programa da disciplina de ciência política - 12º ano

7/31/2019 Programa da disciplina de Cincia Poltica - 12 ano

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Cursos Cientfico-Humansticos

Programa de Cincia Poltica

12 Ano

Autores

Conceio MoreiraJoo Cardoso Rosas (Coordenador)

Marina Costa Lobo

Homologao09/08/2006


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Cincia Poltica2 de 93

ndice

Pg.I Introduo 3

II Apresentao do Programa 5Finalidades 5

Objectivos gerais 5Viso geral dos temas/contedos 6Sugestes metodolgicas gerais 9

Competncias a desenvolver 11Recursos 12

Avaliao 13

III Desenvolvimento do ProgramaUnidade I Introduo

Unidade II As Ideias Polticas no Quadro do Estado ModernoUnidade III Questes Relativas Organizao do Estado

Unidade IV Temas/Problemas Polticos do Mundo Contemporneo

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30

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IV Bibliografia 72


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I Introduo

Cincia Poltica uma disciplina de opo do 12 ano e insere-se na Componente de

Formao Especfica dos Cursos Cientfico-Humansticos. A carga horria da disciplina de

3 unidades lectivas de 90 minutos por semana, perfazendo, no total do ano lectivo, 99

unidades lectivas.

Sendo uma disciplina anual, a inscrio da Cincia Poltica no currculo depende do

Projecto Educativo de cada escola. Esta disciplina tem carcter de iniciao e deve ser

compreendida como disciplina que visa a formao para o exerccio da cidadania e o

alargamento dos conhecimentos e das competncias dos jovens e do seu leque de opes

para prosseguimento de estudos.Os critrios que estiveram na base das opes programticas apresentadas devem-se

preocupao de levar os alunos a conhecer os instrumentos tericos e metodolgicos

basilares da Cincia Poltica e de lhes proporcionar uma abordagem democrtica, rigorosa e

actual desses instrumentos. Alm de integrar os conhecimentos essenciais das diferentes

reas da Cincia Poltica, como as principais ideias polticas no quadro do Estado moderno,

as questes relativas organizao do Estado e alguns dos temas polticos globais mais

importantes da actualidade, este Programa procura estabelecer a relao entre os

problemas polticos gerais e os problemas polticos mais directamente relacionados comPortugal.

Atendendo a que a Cincia Poltica tem por objecto as questes relativas ao poder

poltico, ao modo como ele exercido e aos limites ao seu exerccio, as questes relativas

ao Estado, a sua natureza, as suas funes e a sua legitimidade, e ainda os problemas

relativos s formas como o exerccio do poder poltico e a organizao do Estado se

reflectem na vida quotidiana dos cidados, decidiu-se dar a este Programa um forte pendor

terico-prtico, centrando-o na articulao entre contedos e estratgias especficas. Por

esse motivo, pretende-se que os professores encarem a leccionao em funo das

estratgias a adoptar e seleccionem estratgias e recursos a partir das sugestes dadas no

Programa. Decidiu-se indicar o nvel de abordagem desejvel para cada assunto,

assinalando com um asterisco (*) os temas estruturantes, isto , aqueles que se considerou

necessitarem de aprofundamento e, consequentemente, de tratamento mais demorado.

Considera-se que esses contedos so de aprofundamento, porque so relativos a aspectos

cientficos centrais, so especficos da realidade poltica e social portuguesa e podem ser

especialmente potenciadores da formao cvica dos alunos.

A elaborao deste Programa pautou-se pela finalidade de dotar os jovens de

instrumentos que possibilitem uma anlise crtica do mundo, promovendo a sua participao

activa e informada na sociedade. Por esse motivo, o Programa organiza-se em torno das


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competncias envolvidas no trabalho de pesquisa e de reflexo crtica e pretende que

os alunos tenham um papel activo e interventivo nas aulas, de modo a adquirirem as

competncias para assumirem um papel igualmente activo e interventivo na sociedade.

Uma ltima nota acerca das referncias bibliogrficas: as obras indicadas nas colunasdesignadas Sugestes Metodolgicas e Recursos Especficos so essenciais para a

preparao das aulas e para seleccionar textos para os alunos. Todavia, dado que um ou

outro dos livros de referncia indicados podem no ser de fcil acesso, sugerem-se obras

alternativas na Bibliografia Fundamental. Indicam-se ainda stios de referncia na Internet;

estes stios tambm so essenciais para a preparao das aulas e para os alunos fazerem

pesquisas. Finalmente, indica-se bibliografia e stios de consulta complementar, que so

aconselhados a todos os que quiserem aprofundar os diferentes temas.


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Cincia Poltica 5 de 93

II Apresentao do Programa

2.1. Finalidades

Dada a sua natureza e o lugar que ocupa no currculo do Ensino Secundrio, a

disciplina de Cincia Poltica visa as seguintes finalidades:

Proporcionar conhecimentos bsicos relativos vida poltica, quer em geral, quer

especificamente em Portugal;

Promover a compreenso da necessidade de pautar a aco poltica por uma tica;

Contribuir para a formao de cidados autnomos, responsveis, conscientes,

interventivos e crticos;

Potenciar o desenvolvimento de uma perspectiva crtica sobre o mundo e sobre a

vida em sociedade;

Contribuir para a interiorizao de normas e valores democrticos.

2.2. Objectivos Gerais

2.2.1. Do domnio cognitivo

- Conhecer o estatuto e o papel da Cincia Poltica;

- Reconhecer as interaces entre os diversos ramos da Cincia Poltica;

- Compreender a complexidade da poltica, articulando-a com a sociedade, com a

economia e com a evoluo das mentalidades;

- Compreender a complementaridade entre a teoria poltica e a aco poltica;

- Utilizar os instrumentos de anlise especficos da Cincia Poltica;

- Utilizar o vocabulrio especfico da disciplina.

2.2.2. Do domnio socioafectivo

- Desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo e individualmente;

- Respeitar os diferentes pontos de vista e a pluralidade de opinies;

- Assumir opinies prprias, de forma esclarecida e fundamentada;

- Respeitar as normas e os valores democrticos;

- Desenvolver comportamentos de tolerncia, de solidariedade, de cooperao e de

no-discriminao;- Desenvolver as capacidades de argumentao e de reflexo.


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2.3. Viso Geral dos Temas/Contedos

Este Programa apresenta um conjunto de temas que foram escolhidos e estruturadosde acordo com a natureza opcional da disciplina, com o seu carcter de iniciao e com os

objectivos de formao para a cidadania.

Assim, na Unidade I Introduo, a preocupao central foi a de situar e motivar os

alunos, proporcionando-lhes uma perspectiva geral sobre os temas do Programa, a

especificidade da disciplina, os seus mltiplos ramos e a sua relao com outras disciplinas.

A Unidade II As Ideias Polticas no Quadro do Estado Moderno, parte da

preocupao em fornecer um enquadramento terico e histrico que faculte aos alunos um

conjunto de conhecimentos bsicos sobre o conceito de Estado, a especificidade do Estado

moderno, a importncia da Constituio e dos direitos humanos e de cidadania, as principais

ideologias polticas existentes e as mais recentes e marcantes teorias acerca das funes e

extenso do Estado.

Por sua vez, a elaborao da Unidade III Questes Relativas Organizao do

Estado, releva de uma viso emprica e sincrnica. Pensou-se que seria fundamental

facultar aos alunos conhecimentos slidos sobre a diversidade dos regimes polticos, os

sistemas de governo na actualidade, as modalidades da participao poltica e, muito

especialmente, o funcionamento da democracia portuguesa. A preocupao central a de

dotar os alunos dos instrumentos que lhes permitiro agir como cidados conscientes e bem

informados.

Finalmente, a Unidade IV Temas/Problemas Polticos do Mundo Contemporneo,

aborda um conjunto de temas relativos a fenmenos de dimenso europeia ou global e que

nenhum cidado pode ignorar. Compete ao professor, em dilogo com os alunos e em

funo da especificidade das turmas, escolher um dos temas sugeridos nesta unidade. O

critrio de escolha deve ter em conta a adequao do referido tema ao perfil dos alunos e ao

Projecto Educativo de Escola. Acima de tudo, pretende-se que o tratamento do tema

escolhido contribua para a formao de uma cidadania activa e empenhada na construode um mundo melhor.


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UNIDADE IINTRODUO

1.1. Avaliao diagnstica

1.2. A diversidade do campo da Cincia Poltica: os diferentes ramos da disciplina.

Algumas disciplinas afins

UNIDADE IIAS IDEIAS POLTICAS NO QUADRO DO ESTADO MODERNO

2.1. O Poder Poltico e o Estado

2.1.1. O conceito de Estado

2.1.2. Diversidade das configuraes do Estado na histria

2.1.3. O Estado Europeu moderno

2.2. O Constitucionalismo Liberal e os Direitos do Homem e do Cidado*

2.2.1. Os ideais das Revolues Americana e Francesa e as declaraes dos direitos

do homem e do cidado

2.2.2. Os novos ideais na Constituio portuguesa de 1822

2.2.3. A evoluo da cidadania num sentido democrtico e social

2.3. As Ideologias Polticas*

2.3.1. Direita e esquerda: origem e sentido da dicotomia

2.3.2. As principais correntes ideolgicas: a) Liberalismo; b) Conservadorismo; c)

Socialismo

2.4. A Reflexo Contempornea sobre as Funes e a Extenso do Estado*2.4.1. Direitos individuais e Estado mnimo

2.4.2. Prioridade da justia e igualdade democrtica

UNIDADE IIIQUESTES RELATIVAS ORGANIZAO DO ESTADO

3.1. Regimes polticos democrticos e no democrticos

3.1.1. Totalitarismos e autoritarismos

3.1.2. O Estado de direito democrtico*

3.2. Sistemas de governo na actualidade3.2.1 A Constituio e o sistema de governo*

3.2.2. Tipos de sistemas de governo

3.2.2.1. O Parlamentarismo

3.2.2.2. O Presidencialismo

3.2.2.3. O Semi-Presidencialismo

3.2.3. As polticas pblicas

3.3. A relao dos cidados com a poltica*

3.3.1. A participao poltica

* Contedo de aprofundamento.


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3.3.1.1. Formas de participao poltica convencional

3.3.1.2. Formas de participao poltica no-convencional

3.3.2. Os partidos polticos e os movimentos sociais

3.3.3. Os sistemas eleitorais

3.4. O sistema poltico em Portugal*

3.4.1. O caso portugus de transio para a democracia

3.4.2. As instituies da democracia portuguesa

3.4.2.1. O processo constituinte e as revises constitucionais

3.4.2.2. O relacionamento entre o poder executivo e o legislativo

3.4.2.3. Poder nacional e poder local. As regies autnomas

3.4.3. A evoluo do sistema partidrio portugus em democracia

3.4.4. A democracia portuguesa no contexto internacional

3.4.4.1. A democracia portuguesa e a Unio Europeia

3.4.4.2. As relaes internacionais da democracia portuguesa

UNIDADE IVTEMAS/PROBLEMAS POLTICOS DO MUNDO CONTEMPORNEO

4.1. A Unio Europeia: um sistema poltico sui generis

4.1.1. O nascimento do projecto de integrao europeia. Os tratados e a evoluo da

integrao europeia: da CECA Unio Europeia*

4.1.2. As instituies da Unio Europeia e o seu funcionamento*4.1.3. A Unio Europeia e os cidados europeus

4.2. A diversidade cultural: o fim do Estado-nao homogneo

4.2.1. As sociedades contemporneas*

4.2.2. Os direitos diferenciados de grupo e os direitos humanos

4.2.3. O multiculturalismo e os limites da tolerncia*

4.3. Globalizao e governana global

4.3.1. A globalizao no ps-Guerra Fria*

4.3.2. Governana Global Instituies e documentos para uma Governana global*

4.3.3. Os principais mecanismos da Governana global

4.3.4. Novos movimentos sociais transnacionais anti-globalizao*

4.4. Guerra e terrorismo

4.4.1. Introduo. Polticas de preveno

4.4.2. Concepes tradicionais sobre a guerra: realismo, consequencialismo, guerra

justa e pacifismo*



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4.4.3. A teoria da guerra justa: Jus ad Bellum: os critrios da justia daguerra. Jus in

Bello: a justia naguerra. Jus post Bellum: a justia no ps-guerra*

4.4.4. Os problemas do ps-guerra: refugiados e deslocados. Reconstruo

4.4.5. O terrorismo em contexto democrtico*

2.4. Sugestes Metodolgicas Gerais

Considerando os objectivos do Programa, as actividades de ensino-aprendizagem

devem ser estruturadas de modo a garantir a efectiva participao dos alunos. essencial a

seleco, por parte dos professores, de materiais diversificados, como livros, textos, filmes,

notcias, entre outros, como suportes sistemticos da aprendizagem. A participao dos

alunos deve assumir a forma de textos/comentrios escritos (p. ex., resumos e pequenosensaios) e esquemas.

Assim, e sem prejuzo de os professores poderem utilizar outras estratgias que

considerem adequadas s suas turmas e ao nvel sociocultural dos alunos, apresentam-se

algumas sugestes metodolgicas, a seleccionar de acordo com as caractersticas das

turmas e com os objectivos e contedos programticos especficos:

- Leitura e anlise de textos fundamentais de Cincia Poltica;

- Visionamento e discusso de filmes, documentrios e reportagens;

- Pesquisas na Internet;

- Visitas de estudo a instituies como a Assembleia da Repblica, o Palcio de

Belm, o Museu da Presidncia da Repblica, rgos do poder local, entre outros;

- Conferncias com oradores convidados, oriundos do meio acadmico e do meio

poltico (como, por exemplo, as associaes dos ex-deputados da Assembleia da

Repblica e dos ex-eurodeputados);

- Realizao de debates entre os alunos;

- Apresentao oral e escrita de peas polticas, como manifestos, abaixo-assinados,

peties, programas e cartazes;

- Elaborao de esquemas, resumos, relatrios, textos argumentativos (por exemplo,

simulao de discursos polticos) e pequenos ensaios;

- Edio dos trabalhos escritos e sua divulgao, por exemplo no jornal da escola, ou

em pginas da Internet criadas para o efeito;

- Estabelecimento de contactos com institutos de investigao e departamentos

universitrios de Cincia Poltica, para obter informao sobre a disciplina.

Como a competncia argumentativa fundamental no mundo em que vivemos, os

professores devem incentivar os alunos a exprimirem, oralmente e por escrito, opinies


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devidamente fundamentadas, no sentido de ajudar os jovens a construrem argumentos

sustentados e coerentes.

tambm importante que os professores promovam a leitura e a anlise, nas aulas,

de alguns dos textos fundamentais da disciplina. Tal anlise deve ser orientada, metdica e

sistemtica, devendo ainda possibilitar aprendizagens diferenciadas.

Porm, a leitura e a anlise de textos devem estar sempre ao servio do

desenvolvimento de todas as competncias enunciadas. Neste sentido, fundamental o

confronto entre as diferentes perspectivas tericas e entre essas perspectivas e as dos

alunos. Tal confronto contribuir para o desenvolvimento da autonomia dos alunos e de

competncias fundamentais, designadamente as que respeitam capacidade de reflexo e

de argumentao.

Alm dos textos fundamentais de Cincia Poltica, os alunos devero analisar

documentos de diversa ndole, tais como excertos de ensaios, imagens e filmes ou peas

jornalsticas, os quais tero uma funo complementar dos textos fundamentais da

disciplina.

Na anlise e discusso dos textos, assim como de outros documentos referidos,

fundamental a participao dos alunos e a realizao de trabalhos, individualmente ou em

grupo, que, por um lado, permitam ao professor acompanhar o desenvolvimento das

competncias e a aquisio da informao e, por outro, contribuam para uma efectiva

autonomia na anlise e discusso dos problemas tratados. No primeiro caso, aconselha-sea elaborao de esquemas, de resumos, de fichas de leitura ou de relatrios. No segundo

caso, sugere-se a realizao de debates orientados ou a apresentao de pequenos

ensaios argumentativos.

Sugere-se tambm a discusso orientada de acontecimentos polticos actuais

relatados nos meios de comunicao social. A escolha dos acontecimentos deve ser feita

pelos professores e em funo dos temas do Programa, tendo em conta as sugestes e os

interesses dos alunos, de modo a potenciar uma melhor aquisio dos conhecimentos

programticos e o desenvolvimento das competncias. Sugere-se ainda que, aps odilogo, os alunos sejam incentivados a fazer relatrios, pequenos discursos argumentativos

ou mini-ensaios.

fundamental que o trabalho realizado na sala possa promover a interveno na

comunidade. A redaco de pequenos textos argumentativos e de discursos polticos, bem

como a produo de outros materiais pelos alunos, pode e deve visar a posterior publicao

num jornal ou numa revista da escola, ou em qualquer outro meio de divulgao como, por

exemplo, um blog da turma ou da disciplina, ou a pgina da disciplina ou da escola na

Internet.


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Finalmente, em relao escolha das estratgias a adoptar para a leccionao do

tema da Unidade IV, admite-se o eventual recurso metodologia de projecto.

Interdisciplinaridade

Sempre que possvel, aconselhvel o recurso aos conhecimentos dos alunos, quer

queles que fazem parte da sua cultura geral, quer queles que adquiriram no mbito de

outras disciplinas, nomeadamente Histria, Economia, Geografia, Filosofia e Portugus.

Ao longo de todo o Programa, os alunos devero aplicar conhecimentos de leitura e

anlise adquiridos, em particular, na disciplina de Portugus. Tambm se considera

pertinente recorrer aos conhecimentos sobre texto ou discurso argumentativo, obtidos nas

disciplinas de Portugus e de Filosofia.No estudo das Unidades II e III, e no caso de os alunos frequentarem, ou terem

frequentado, as disciplinas de Histria A, ou Geografia A e/ou Economia A, tambm ser

possvel recorrer aos conhecimentos a adquiridos. Deve-se ainda utilizar e ampliar os

conhecimentos adquiridos em Filosofia, no mbito dos problemas ticos e polticos.

O tema da Unidade IV pode ser trabalhado na rea de Projecto. De qualquer modo, o

estudo dos diferentes temas pode ser articulado com as disciplinas de Histria A, de

Geografia A ou de Economia A, caso os alunos as frequentem.

2.5. Competncias a desenvolver

As competncias adiante identificadas pretendem proporcionar aos professores um

referencial que lhes permita, pela sua articulao com as finalidades e os objectivos gerais,

seleccionar recursos e actividades de ensino-aprendizagem, assim como organizar a

leccionao dos contedos programticos.

Estas competncias foram estruturadas por tipologia para realar a importncia do

saber-fazer e do saber-ser e para fomentar a valorizao da dimenso prtica e

experimental do processo de ensino e de aprendizagem.

Competncias relativas ao saber:

- Caracterizar, nos seus traos gerais, a Cincia Poltica e o campo da actividade

poltica;

- Relacionar a Cincia Poltica com outras cincias e reas do saber;

- Relacionar a poltica com a vida em sociedade;

- Identificar e caracterizar as principais teorias polticas;

- Problematizar ideologias e solues polticas;- Reflectir de modo sistemtico e crtico sobre a Poltica.


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Competncias relativas ao saber-fazer:

- Ler e interpretar diferentes tipos de documentos relativos aos temas da disciplina;

- Aplicar os principais conceitos e os instrumentos de anlise especficos da CinciaPoltica na anlise de novas situaes / problemas;

- Confrontar diferentes opinies, reflectindo criticamente sobre elas;

- Fundamentar as perspectivas pessoais;

- Construir textos fundamentados e coerentes;

- Utilizar tcnicas de pesquisa, de tratamento e de apresentao da informao.

Competncias relativas ao saber-ser:

- Colaborar nas tarefas propostas de forma responsvel;- Respeitar opinies diferentes;

- Respeitar as normas e os valores democrticos;

- Adoptar atitudes de tolerncia, de solidariedade, de cooperao e de no-

discriminao.

2.6. Recursos

A concretizao das sugestes metodolgicas gerais e especficas, assim como o

desenvolvimento das competncias atrs identificadas, exige a mobilizao de recursos

diversificados e permite potenciar os 90 minutos de aula, possibilitando o desdobramento

entre teoria e prtica, aquisio de conhecimentos, aplicao e pesquisa. Assim, as aulas

no sero exclusivamente expositivas e permitiro o desenvolvimento de tarefas de

natureza mais prtica, que envolvero os alunos em trabalhos de pesquisa e de

consolidao de conhecimentos.

Dado que a Cincia Poltica uma disciplina nova no actual currculo do Ensino

Secundrio, no provvel que existam nas escolas materiais especficos desta rea dosaber, pelo que se sugere que os professores criem nas Bibliotecas escolares uma pequena

seco de livros de Cincia Poltica.

Como se pretende evitar que a disciplina de Cincia Poltica tenha uma carga

excessivamente terica, recomenda-se que os professores faam uma seleco prvia de

textos a partir das obras de referncia, ou seja, daquelas que so directamente referidas nas

colunas intituladas Sugestes Metodolgicas e Recursos Especficos, das tabelas adiante

apresentadas. Algumas das obras de referncia recomendadas s existem em lngua

estrangeira. Nesse caso, possvel adoptar alternativas, a seleccionar entre as restantesobras indicadas na Bibliografia Fundamental.


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Destacam-se ainda os seguintes recursos, sem prejuzo de utilizar outros:

- Peas jornalsticas retiradas de jornais, revistas e meios audiovisuais;

- Equipamento de vdeo;- Mediateca;

- Biblioteca;

- Meios informticos, com ligao Internet;

- Expositores de parede;

- Retroprojector e acetatos.

Quanto s pesquisas na Internet, para que os alunos as possam efectivamente realizar

e para que as aulas tenham um carcter mais prtico e menos expositivo, seria desejvel

que pelo menos uma das aulas semanais fosse realizada numa sala equipada comcomputadores ligados Internet. Recomenda-se aos professores especial cuidado com a

seleco dos stios a visitar, cuidado este que extensvel aos meios de comunicao cuja

consulta promovero.

2.7. Avaliao

O processo de avaliao deve acompanhar o processo de ensino-aprendizagem e

deve orientar-se por um conjunto de princpios fundamentais:

- Privilegiar a avaliao formativa, fazendo coincidir as tarefas e actividades de

avaliao com as tarefas e actividades de ensino-aprendizagem;

- Partir de uma avaliao diagnstica rigorosa;

- Diversificar os instrumentos de avaliao: alm dos testes escritos e da participao

oral, o professor avaliar os trabalhos medida que forem realizados nas aulas,

assim como os comportamentos e as atitudes;

- Promover a participao dos alunos na avaliao, mediante a informao rigorosa

sobre, por um lado, os objectivos e os resultados de cada um dos instrumentos e

das fontes de avaliao e, por outro, as dificuldades a superar e o nvel de

desempenho atingido;

- Valorizar a progresso na aprendizagem;

- Motivar os alunos para a superao das suas dificuldades e elaborar os respectivos

instrumentos de apoio.


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Principais instrumentos e fontes de avaliao:

- Grelhas de observao dos comportamentos, elaboradas com o objectivo de aferir

nveis de autonomia, sentido de responsabilidade e respeito pelos valoresdemocrticos;

- Grelhas de registo da participao oral: livre iniciativa na participao, capacidade

de argumentao, coerncia;

- Testes escritos de tipo diagnstico, formativo e sumativo;

- Trabalhos escritos realizados nas aulas quer individualmente, quer em grupo;

- Trabalhos realizados fora do contexto de aula: fichas, pesquisas de livros, jornais e

revistas, pesquisas na Internet, entre outros.

Natureza da avaliao diagnstica

Dado o carcter de iniciao desta disciplina, prope-se que a avaliao diagnstica a

realizar no incio da Unidade I Introduo, seja escrita e verse, pelo menos, os seguintes

aspectos:

- Conhecimentos de Histria: movimentos de Reforma e Contra-Reforma, Revolues

Liberais (Inglesa, Americana, Francesa e Portuguesa), Histria dos Direitos

Humanos, Histria Poltica do sculo XX, nomeadamente 1 e 2 Guerras Mundiais,

a difuso dos regimes democrticos, o fim dos regimes colonialistas, a ascenso equeda do chamado Bloco de Leste. Histria de Portugal, nomeadamente o regime

salazarista, o 25 de Abril de 1974 e a adeso Unio Europeia;

- Conhecimentos adquiridos em Filosofia: noes de cultura, normas, valores, tica,

Direito, Poltica, Estado, sociedade civil, leis, liberdade, igualdade, equidade, justia

social, conscincia cvica, direito diferena;

- Conhecimentos de vocabulrio especfico da Cincia Poltica;

- Competncias lingusticas / argumentativas: domnio da lngua portuguesa e

capacidade de argumentao.


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I Introduo

1.1. Avaliao diagnstica

1.2. A diversidade do campo da Cincia Poltica: os diferentes ramos da

disciplina

Algumas disciplinas afins

Gesto da Carga Horria: 3 unidades lectivas

Gesto do Tema

Atendendo ao carcter introdutrio desta unidade, cumpre entend-la como uma

unidade de diagnstico e de sensibilizao dos alunos para as questes polticas,

particularmente as temticas a tratar nesta disciplina. Como j foi dito na rubrica 2.7.

Avaliao(2. parte deste Programa), deve ser feita uma cuidadosa avaliao diagnstica,

atravs de teste escrito. O esclarecimento dos resultados da avaliao diagnstica poder

funcionar como sensibilizao e mote para a apresentao geral do Programa da disciplina,permitindo que os alunos se apercebam da necessidade de dominar conceitos, teorias e

argumentos para exercer uma cidadania esclarecida e fazer opes polticas bem

fundamentadas.

O trabalho inicial dever consistir em actividades que permitam a identificao, por

parte dos alunos, dos diferentes ramos da Cincia Poltica (Teoria Poltica, Relaes

Internacionais, Polticas Pblicas, Estudos de rea, Estudos Europeus e Poltica

Comparada), e que possibilitem a compreenso da diversidade de temas desta disciplina.

Seguidamente, os alunos devero relacionar a Cincia Poltica com algumas disciplinasafins, como a Histria, a Economia, o Direito, a Sociologia e a Filosofia, de modo a

compreenderem o carcter complexo e interdisciplinar da Cincia Poltica e da actividade

poltica.


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Cincia Poltica

ESQUEMATIZAO GERAL DO DESENVOLVIMENTO DO TEMA

CONTEDOSCONCEITOS,TERMOS ENOES FUNDAMENTAIS

OBJECTIVOS ESPECFICOSS

1.1. Avaliao diagnstica.

1.2. A diversidade do campo da

Cincia Poltica: os diferentesramos da disciplina; algumasdisciplinas afins.

Cincia Poltica - Conhecer os principais temas do

Programa de Cincia Poltica e osobjectivos gerais da disciplina.

- Conhecer a diversidade de ramosda Cincia Poltica.

- Relacionar a Cincia Poltica comalgumas disciplinas afins.

- Inferir o carcter complexo einterdisciplinar da Cincia Poltica eda actividade poltica.

- Teda

- ApdispoTe

- RerahttPo16

- Eladifsu

Tema 1.1. Avaliao diagnsticaUnidade Lectiva I: Introduo

Unidades lectivas previstas: 3 Tema 1.2. A diversidade do campo d


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II AS IDEIAS POLTICAS NO QUADRO DO ESTADO MODERNO

2.1. O Poder Poltico e o Estado2.1.1. O conceito de Estado

2.1.2. Diversidade das configuraes do Estado na histria

2.1.3. O Estado Europeu Moderno


2.2.1. Os ideais das Revolues Americana e Francesa e as declaraes dos

direitos do homem e do cidado


2.2.3. A evoluo da cidadania num sentido democrtico e social2.3. As Ideologias Polticas*



Socialismo

2.4. A Reflexo Contempornea sobre as Funes e a Extenso do Estado*

2.4.1. Direitos individuais e Estado mnimo

2.4.2. Prioridade da justia e igualdade democrtica.

Gesto da carga horria: 24 unidades lectivas

Gesto do Tema

A Unidade II visa proporcionar aos alunos o conhecimento bsico e

necessariamente sucinto da evoluo do pensamento e das ideologias polticas no

quadro do Estado moderno. Como foi referido na Unidade I Introduo, a Cincia

Poltica engloba tambm um tipo de reflexo de carcter normativo que mergulha as

suas origens na tradio da Teoria Poltica. Esta tradio procedeu a uma reflexo sobre

o prprio conceito de Estado, as caractersticas distintivas do Estado moderno, a gnese

do constitucionalismo liberal e a evoluo da cidadania num sentido democrtico e

social. Por outro lado, essa tradio propicia uma anlise das ideologias coexistentes no

espectro constitucional, assim como uma reflexo sobre as funes e a extenso do

Estado na actualidade.



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2.1. O Poder Poltico e o Estado

2.1.1. O conceito de Estado2.1.2. Diversidade das configuraes do Estado na Histria

2.1.3. O Estado Europeu Moderno

Gesto do Tema

Nesta primeira subunidade, pretende-se que os alunos aprendam a distinguir o poder

poltico de outros tipos de poder (econmico, ideolgico) e a relacion-lo com o Estado. O

conceito de Estado tratado na sua acepo lata, englobando o ordenamento do poder

poltico, mas tambm o territrio e o povo.

Esta acepo lata do conceito permitir aos alunos compreender que o Estado, com

um poder poltico separado da sociedade, no existia nas sociedades ditas primitivas, e que

existem diversas configuraes histricas do Estado. Assim, os alunos so chamados a

conhecer sociedades sem Estado e diversos tipos de Estado, como os primeiros Imprios

da Antiguidade, a Polisgrega, a Repblica e o Imprio Romanos, e a organizao poltica

medieval, de tipo feudal ou senhorial.

A maior relevncia dada ao Estado europeu moderno, devendo ser contextualizada a

sua gnese e apreendidas as suas caractersticas distintivas: maior concentrao e

centralizao do poder; melhor definio do territrio; a ideia de soberania como autoridade

suprema no territrio do Estado.


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Cincia Poltica


CONTEDOSCONCEITOS,TERMOS E

NOES FUNDAMENTAISOBJECTIVOS ESPECFICOS

2.1.1. O conceito de Estado.

2.1.2. Diversidade das configuraesdo Estado na histria.

2.1.3. O Estado Europeu moderno.

Estado

Estado Europeu moderno

Poder poltico

Soberania

- Analisar a relao do poder polticocom o Estado.

- Definir Estado.

- Identificar diversas configuraeshistricas do Estado.

- Caracterizar o Estado Europeumoderno.

- Explicar a noo de soberania.

- Exalad

- Leredanaredecaht

- CR

- Eap

Unidade Lectiva II: As Ideias Polticas no Quadro do Estado Moderno

Unidades lectivas previstas: 24

Tema 2.1. O Poder Pol


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2.2.1. Os ideais das Revolues Americana e Francesa e as declaraes dos direitos do

homem e do cidado


2.2.3. A evoluo da cidadania num sentido democrtico e social

Gesto do Tema

Esta subunidade faz uma introduo aos princpios bsicos do constitucionalismo liberal:

abolio do absolutismo monrquico, elaborao de constituies escritas, parlamentarismo e,

especialmente, a afirmao dos direitos do homem e do cidado.

Pretende-se que os alunos conheam o contexto e o contedo das Declaraes de

Direitos da modernidade, nomeadamente a Declarao da Independncia americana (1776), os

primeiros dez aditamentos Constituio Americana (ou seja, o Bill of Rights de 1791), a

Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado (francesa), de 1789, e o Ttulo I da Primeira

Constituio Portuguesa, de 1822.

Ao analisar estas declaraes, os alunos devero aperceber-se do influxo do modelo ingls,

tal como formado a partir da Revoluo Gloriosa, de 1688, e do Bill of Rights, de 1689. Os

alunos devero conhecer tambm a influncia das ideias polticas do tempo, incluindo as ideias

de direitos naturais do homem e de contrato social.

Seguidamente, os alunos devero ser capazes de sintetizar, a partir dos textos das

Declaraes analisadas, os direitos e deveres de cidadania. Ao analisar o conceito de

cidadania, os alunos devero ser permanentemente confrontados com a ideia de que no

possvel falar de direitos sem os correspondentes deveres, mesmo quando estes ltimos no

so explicitados nas Declaraes estudadas.

O conceito de cidadania ser tambm enriquecido pela anlise da sua evoluo a partir

da cidadania civil, para uma cidadania poltica democrtica mediante o alargamento do sufrgioaos destitudos, analfabetos e s mulheres e, por fim, no sentido de uma cidadania social. A

Declarao Universal dos Direitos Humanos (1948) ser apresentada como uma smula dessa

histria, contendo as trs geraes de direitos civis, polticos e sociais e, simultaneamente,

representando a internacionalizao de todos esses direitos enquanto Direitos Humanos.



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Cincia Poltica




2.2.1. Os ideais das RevoluesAmericana e Francesa e asdeclaraes dos direitos dohomem e do cidado.

2.2.2. Os novos ideais naConstituio portuguesa de1822.

2.2.3. A evoluo da cidadania numsentido democrtico e social.

Cidadania civil

Cidadania poltica

Cidadania social

Constitucionalismo liberal

Constituio

Declarao dos direitos dohomem e do cidado

Declarao Universal dosDireitos Humanos

Direitos e deveres decidadania

- Conhecer o contexto e o contedodas primeiras Declaraes deDireitos da modernidade.

- Apreender a influncia exercida pelomodelo ingls sobre essasDeclaraes.

- Compreender a influncia exercidasobre essas mesmas Declaraes

pelas ideias polticas modernas.- Identificar os ideais subjacentes

Constituio portuguesa de 1822.

- Conhecer os deveres e os direitosde cidadania.

- ExaluadFi

- LedaDiex

utCi

- PePorehtthtm

- PaesregoAm

codeintInt





Tema 2.2. O Constitucionalismo Lib


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Cincia Poltica



- Estabelecer a correspondncia entredireitos e deveres de cidadania.

- Conhecer a evoluo progressiva doconceito de cidadania civil para o deplena cidadania poltica e deste parao de cidadania social.

- Conhecer a Declarao Universal

dos Direitos Humanos.

- LedeexCsitapaD

- E




Tema 2.2. O Constitucionalismo Lib


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2.3. As ideologias polticas*



Socialismo

Gesto do Tema

Pretende-se que os alunos conheam a origem e o sentido da distino entre Direita e

Esquerda, assim como alguns dos seus avatares ao longo da poca contempornea.

Partindo de um conceito simples de ideologia poltica, entendida como conjunto de

valores colectivos orientados para a aco, devero ser reconhecidas as principaiscorrentes ideolgicas no quadro constitucional.

Os alunos devero identificar, em particular, as correntes do liberalismo, do

conservadorismo e do socialismo, assim como os pensadores de referncia destas

correntes, especialmente os casos de Adam Smith e John Stuart Mill para o liberalismo,

Edmund Burke para o conservadorismo e Karl Marx e Eduard Bernstein para o socialismo.

Pretende-se tambm que os alunos adquiram alguma familiaridade em relao aos temas e

valores fundamentais de cada uma das correntes ideolgicas, tendo embora em ateno a

multiplicidade das suas verses nacionais ou locais.



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Cincia Poltica




2.3.1. Direita e Esquerda: origem esentido da dicotomia.

2.3.2. As principais correntesideolgicas: a) Liberalismo; b)Conservadorismo; c)Socialismo.

Conservadorismo

Direita

Esquerda

Ideologia Poltica

Liberalismo

Socialismo

- Explicar a origem e o sentido dadistino entre Direita e Esquerda,assim como alguns dos seus avataresao longo da poca contempornea.

- Identificar as principais correntesideolgicas coexistentes no quadroconstitucional: liberalismo,conservadorismo e socialismo.

- Identificar pensadores, temas evalores fundamentais de cada umadestas vertentes ideolgicas.

- LesoP

- OexEe

TrsoRdeeapTaobresoBudi

pohtht_Shy12




Tema 2.3. As ideologias polticas*


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Cincia Poltica




- Rnoa16quidde




Tema 2.3. As ideologias polticas*


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2.4. A reflexo contempornea sobre as funes e a extenso do Estado*

2.4.1. Direitos individuais e Estado mnimo

2.4.2. Prioridade da justia e igualdade democrtica

Gesto do Tema

Pretende-se com este tema que os alunos conheam duas vises opostas quanto s

funes do Estado na actualidade e compreendam se elas se estendem ou no aos

aspectos sociais. A primeira, exemplificada pelo pensamento de Robert Nozick, defende

uma ideia de Estado mnimo. A segunda, patenteada no pensamento de John Rawls,

defende a justia social com um forte pendor igualitrio.Os alunos devero apreender a ideia libertarista ou neoliberal de direitos individuais.

Estes direitos so negativos, isto , indicam o que os outros e o prprio Estado no nos

podem fazer. A defesa desses direitos deve ser associada ao favorecimento de um Estado

mnimo, limitado proteco das liberdades individuais e da propriedade privada. Por fim,

este tipo de Estado deve ser associado a uma concepo de justia que recusa a justia

distributiva em funo de padres e de resultados impostos sociedade. A este propsito,

aconselha-se a explicao do chamado exemplo Wilt Chamberlain, sugerido por Nozick.

Os alunos devero tambm compreender a formulao dos princpios da justia

relativos s liberdades, igualdade equitativa de oportunidades e distribuio do

rendimento e da riqueza, formulados por John Rawls. Para alm destas ideias, devero ser

capazes de formular algumas das suas consequncias institucionais, ou seja, devero ser

capazes de identificar funes sociais do Estado defendidas pela viso mais igualitria,

como a garantia do acesso educao ou a melhoria da situao econmica dos mais

desfavorecidos. Esta viso designada por Rawls como igualdade democrtica. Ela visa

rectificar a posio dos mais desfavorecidos pela lotaria social e natural e deve ser

contraposta ao sistema de liberdade natural que a teoria libertarista ou neoliberal defende.



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Cincia Poltica




2.4.1. Direitos individuais e Estadomnimo.

2.4.2. Prioridade da justia e igualdadedemocrtica.

Crtica da justia padronizadae de resultado final

Estado mnimo

Igualdade democrtica

Instituies justas

Liberdade e propriedadecomo direitos negativos

Princpios da justia

Sistema de liberdade natural

- Identificar duas perspectivas opostasacerca da extenso e funes doEstado na actualidade.

- Definir direitos individuais e Estadomnimo de acordo com a perspectiva

libertarista.- Relacionar a concepo libertarista

dos direitos com a crtica justiapadronizada e de resultado final.

- Explicar a formulao dos princpiosda justia, segundo John Rawls.

- Relacionar os princpios da justiacom as funes sociais do Estadodefendidas por Rawls.

- Contrapor a defesa da igualdadedemocrtica por Rawls perspectiva

libertarista.

- Le

a)

b)

- EpadiSeobcoFu

- RInht

htac




Tema 2.4. A reflexo contemporEstado*


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Cincia Poltica




- Paes

- Oesm




Tema 2.4. A reflexo contemporEstado*


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III QUESTES RELATIVAS ORGANIZAO DO ESTADO

3.1. Regimes polticos democrticos e no democrticos3.1.1. Totalitarismos e autoritarismos


3.2. Sistemas de governo na actualidade

3.2.1. A Constituio e o sistema de governo*

3.2.2. Tipos de sistemas de governo*



3.2.2.3. O Semi-Presidencialismo3.2.3. As polticas pblicas







3.4 O sistema poltico em Portugal

*


3.4.2. As instituies da democracia portuguesa

3.4.2.1. O processo constituinte e as revises constitucionais






Gesto da carga horria: 55 unidades lectivas

Gesto do Tema

Esta unidade pretende proporcionar aos alunos conhecimento e compreenso da

organizao dos sistemas polticos contemporneos.



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Para alcanar esse objectivo, a unidade tratar primeiramente os tipos de regimes

polticos, de modo a contextualizar os sistemas polticos democrticos actuais e, em seguida, as

instituies polticas, as polticas pblicas e as formas de exerccio da cidadania. Em relao aestes temas existem dois tipos de conhecimentos que devero ser conciliados: primeiro, noes

bsicas sobre a organizao do Estado e da sociedade civil; segundo, informao sobre as

caractersticas polticas actuais de alguns pases. Na ltima parte, ser abordado o caso

portugus de forma detalhada, tratando-se sucessivamente a transio para a democracia em

Portugal, as escolhas constitucionais, bem como as posteriores revises constitucionais do

Estado democrtico e, finalmente, a evoluo do sistema partidrio, de modo a completar o

quadro do funcionamento das instituies. Ainda no mbito do tema do sistema poltico

portugus, ser estudado o enquadramento internacional da nossa democracia. Neste contexto,

os alunos devero familiarizar-se com o processo de adeso de Portugal ento Comunidade

Econmica Europeia (CEE) e com a evoluo do processo de integrao europeia desde ento.

Terminamos esta unidade abordando algumas das instituies internacionais de que Portugal

faz parte e/ou integra, nomeadamente, a CPLP, a NATO, a ONU, a OSCE e a OCDE.

No seu conjunto, esta unidade deve ser entendida como um exerccio que ir contribuir

para a compreenso da posio do indivduo enquanto actor interveniente no processo poltico

e do significado da cidadania hoje.


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3.1. Regimes polticos democrticos e no democrticos

3.1.1. Totalitarismos e autoritarismos


Gesto do Tema

Os alunos devem estudar os mais importantes regimes polticos dos sculos XX e XXI e

aprender a reconhecer as principais diferenas entre regimes autoritrios, totalitrios e

democrticos. Em seguida, explicar-se- como se tem concretizado a transio para a

democracia em perodos distintos, comparando a segunda vaga de democratizao ocorrida no

ps 2. Guerra Mundial com a terceira vaga de democratizao ocorrida depois de 1974.

Devero ser introduzidos os conceitos de liberalizao das oportunidades de contestao e de

incluso de todos os grupos sociais na participao poltica. Um especial realce dever ser

dado aos princpios que regem um Estado de Direito Democrtico. Para que um Estado seja

considerado democrtico exige-se uma srie de garantias institucionais que, por um lado,

proporcionem a participao sem entraves dos cidados e que, por outro lado, assegurem a

responsabilizao das instituies. De seguida, dever fazer-se uma apreciao do que tem

sido o processo de democratizao no mundo de hoje. Neste sentido, os alunos devero

familiarizar-se com o conceito das trs vagas de democratizao, saber em que vaga se insere

a democratizao portuguesa e discutir os factores explicativos da terceira vaga de

democratizao.



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Cincia Poltica




S

3.1.1. Totalitarismos e autoritarismos.

3.1.2. O Estado de direito democrtico.*

Estado de Direito

Regime autoritrio

Regime democrtico

Regime totalitrio

Transio democrtica

Vaga de democratizao

- Identificar os principais regimespolticos do sculo XX.

- Caracterizar os principais regimespolticos do sculo XX.

- Caracterizar diferentes regimes no-

democrticos da actualidade.- Determinar se esses regimes no-

democrticos so autoritrios outotalitrios.

- Inferir as diferenas formais entreregimes totalitrios e regimesautoritrios.

- Caracterizar sumariamente osregimes democrticos.

- Analisar os princpios que regem oEstado de Direito Democrtico.

- Explicar como se tem vindo aconcretizar a transio para ademocracia nos ltimos cem anos.

- Explicar resumidamente as trsvagas de democratizao.

- LeitobraPas

- LeittotaNov

Orwnumservnoargu

- PescartRecda E

- Exp

alunDemdisc

- RescapGia


Unidade Lectiva III: Questes Relativas Organizao do Estado


Tema 3.1. Regimes polticos democrt


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Cincia Poltica




- Situar a democratizao portuguesaentre as trs vagas dedemocratizao.

- Distinguir entre si regimesautoritrios, regimes totalitrios eregimes democrticos.

- Recdemorgaa ww

- Rea

a) b

b) i

- Elabos tpas



Tema 3.1. Regimes polticos democrtic


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3.2. Sistemas de Governo na actualidade

3.2.1. A Constituio e o sistema de governo*

3.2.2. Tipos de sistemas de governo*



3.2.2.3. O Semi-Presidencialismo

3.2.3. As polticas pblicas

Gesto do Tema

As trs principais formas de governo praticadas nas democracias contemporneas,

nomeadamente, o presidencialismo, o parlamentarismo e o semi-presidencialismo, constituem o

assunto central desta subunidade. O objectivo que os alunos aprendam noes bsicas

relativas s diferenas entre os principais sistemas polticos actuais. Essencialmente, os alunos

devero conhecer as diferenas entre sistemas no que respeita escolha dos rgos de

soberania e s relaes entre poder executivo e poder legislativo. A importncia da Constituio

ser realada na definio das regras inerentes ao sistema de governo, atravs da anlise de

alguns artigos centrais da Constituio da Repblica Portuguesa. Alm disso, os alunos

devero ser familiarizados com as suas revises, devendo a reviso de 1982 ser identificadacomo aquela que foi mais importante, na medida em que extinguiu o Conselho da Revoluo e

redefiniu os poderes do Presidente da Repblica, criou o Conselho de Estado e o Tribunal

Constitucional.

Para finalizar, ser abordado o tema das polticas pblicas. As polticas pblicas devem

ser entendidas como o resultado das decises tomadas pelo poder executivo. Nesse mbito, h

que compreender a forma como as polticas pblicas iro ter um impacto sobre a sociedade civil

que, por seu turno, ir influenciar o modo como os cidados fazem as suas escolhas polticas e

eleitorais. Neste domnio, interessa examinar a forma como so produzidas as polticas pblicas

e quais so os actores intervenientes na formao das mesmas, sendo fundamental o papel da

Administrao Pblica, na interface entre governo e cidados.



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Cincia Poltica


CONTEDOS CONCEITOS,TERMOS ENOES FUNDAMENTAIS OBJECTIVOS ESPECFICOS

3.2.1. A Constituio e o sistema degoverno.*

3.2.2. Tipos de sistemas de governo*3.2.2.1. O Parlamentarismo.3.2.2.2. O Presidencialismo.3.2.2.3. O Semi-Presidencialismo.

Constituio

Poltica pblica

Sistema de governo

Parlamentarismo

Presidencialismo

Semi-Presidencialismo

- Caracterizar a Constituio enquantodocumento que estabelece as regrasdo sistema de governo.

- Definir sistema de governo.

- Identificar as trs principais formasde governo praticadas nasdemocracias contemporneas.

- Caracterizar essas formas de

governo.- Identificar as diferenas entre os

principais sistemas de governo queexistem na actualidade, em especialno que respeita escolha dosrgos de soberania e s relaesentre poder executivo e poderlegislativo.

- Analisar a Constituio Portuguesaquanto definio do sistema degoverno.

- Conhecer as principais revises da

Constituio Portuguesa,particularmente aquelas querespeitam a alteraes operadas nosistema de governo.

- LedaseindaCumemexdarean

- Le4 de

- RinRRCtaAdaBese




Tema 3.2. Sistemas de Governo na


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Cincia Poltica




3.2.3. As polticas pblicas. - Examinar a forma como soproduzidas as polticas pblicas.

- Identificar os actores intervenientesna formao das polticas pblicas.

- Inferir a importncia das polticaspblicas em democracia.

- LeobPa

- Trdide



Tema 3.2. Sistemas de Governo na


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Gesto do Tema

A relao dos cidados com a poltica uma das questes centrais da actualidade. Por

conseguinte, fundamental que os alunos conheam as principais formas de participao

poltica que existem em democracia, dando um especial destaque s diferentes formas de

participao, nomeadamente, a convencional e a no-convencional. A participao

convencional inclui todas as actividades nos partidos, a participao cvica em associaes e o

voto. A participao no-convencional inclui um leque de actividades que so tidas como

ilegtimas (p. ex., boicotes), ou ilegais (p. ex., cortes de estradas), ou simplesmente inovadoras

(p. ex., blogs polticos). No mbito da participao convencional dever ser dado particular

destaque participao eleitoral, porque aquela que determina, de forma mais directa, acomposio das instituies polticas. Tambm importante que os alunos se familiarizem com

tipologias de partidos polticos, uma vez que estas procuram caracterizar os tipos de partidos ao

longo dos sculos XX e XXI, na sua relao com a sociedade. Alguns tipos de partidos,

nomeadamente os partidos de massas e os partidos eleitoralistas, devem ser caracterizados

para que se compreenda quais as principais mudanas no seu perfil organizativo e as

respectivas consequncias para o seu relacionamento com o eleitorado.

Mas a poltica no vivida pelos cidados apenas atravs dos partidos polticos. Da a

importncia de familiarizar os alunos com a existncia de movimentos sociais. Estes surgiram a

partir dos anos sessenta no mbito do crescimento de temas como o pacifismo, o feminismo e o

ambientalismo e do corpo a movimentos relativamente descentralizados e no-hierrquicos

que tentam influenciar o processo poltico. A adeso a este tipo de movimentos de participao

poltica dever ser discutida paralelamente participao nos partidos. As vrias formas de

participao poltica possveis, tal como o associativismo nas suas mais variadas vertentes

(associaes de alunos, sindicalismo, associaes de interesse local, associaes profissionais,

associaes de defesa de causas nicas, etc.), podem levar a um maior interesse e



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participao na Polis. Finalmente, devero ser salientados, de forma breve, alguns dos

princpios que esto subjacentes aos vrios sistemas eleitorais.


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Cincia Poltica




3.3.1. A participao poltica.

3.3.1.1. Formas de participaopoltica convencional.

3.3.1.2. Formas de participaopoltica no-convencional.

3.3.2. Os partidos polticos e osmovimentos sociais.

3.3.3. Os sistemas eleitorais.

Participao eleitoral

Participao poltica

Partidos polticos

Sistemas eleitorais

- Identificar as principais formas departicipao poltica em democracia.

- Distinguir participao convencionalde participao no-convencional.

- Caracterizar a participao eleitoral.

- Analisar outras formas de

participao poltica.- Identificar tipologias de partidos

polticos.

- Explicar o papel desempenhadopelos partidos na mobilizao doseleitores.

- Explicar a forma como o sistemaeleitoral transforma votos emmandatos.

- Conhecer alguns dos princpiossubjacentes aos dois grandes tipos

de sistemas eleitorais que existem,nomeadamente os maioritrios e osproporcionais.

- Rescapde G

- PesreceNacPb

08/0escocomeleitpolmobvoto

- Trabpolideoconcida

Rec




Tema 3.3. A relao dos cidados c


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Cincia Poltica




httphttpnos

- Readirigobjeestuamb

- ConpartendNac

- AnpolAss

- Sistcon

- RescapGia




Tema 3.3. A relao dos cidados c


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3.4. O sistema poltico em Portugal *


3.4.2. As instituies da democracia portuguesa3.4.2.1. O processo constituinte e as revises constitucionais


3.4.2.3. Poder nacional e poder local. As regies autnomas





Gesto do Tema

A abordagem da transio para a democracia em Portugal dever ser discutida

enquanto primeiro caso da terceira vaga de democratizao.

Uma vez caracterizada a Revoluo de 25 de Abril de 1974, identificando as suas

principais figuras, a sua iconografia, canes mais representativas e outras manifestaes

artsticas, dever-se- proceder a uma anlise sumria das instituies polticas nacionais e

locais portuguesas do ps-25 de Abril. Essa anlise permitir que os alunos caracterizem o

processo constituinte e conheam os principais rgos de soberania, as relaes entre

Presidente, Governo e Parlamento em Portugal, o estatuto das regies autnomas, assim

como as competncias do poder regional, do poder local, de forma a compreenderem as

diferenas entre os dois nveis de poder poltico, nacional e local. De seguida, os alunos

devem familiarizar-se com o momento fundacional dos principais partidos polticos em

Portugal e tambm com a evoluo do voto nesses partidos ao longo dos anos de

democracia.

Para finalizar, analisar-se-, na perspectiva da histria poltica, a evoluo doprocesso de integrao de Portugal na Unio Europeia, caracterizando os perodos pr e

ps adeso. Neste tema, dever tambm ser explicada a importncia de algumas das

instituies internacionais de que o Estado portugus faz parte, nomeadamente, a CPLP, a

ONU, a NATO, a OSCE e a OCDE.



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Cincia Poltica


CONTEDOSCONCEITOS,TERMOS ENOES FUNDAMENTAIS

OBJECTIVOS ESPECFICOS

3.4.4. A democracia portuguesa nocontexto internacional

3.4.4.1. A democracia portuguesae a Unio Europeia 1

3.4.4.2. As relaesinternacionais da

democracia portuguesa.

- Conhecer o estatuto das regiesautnomas.

- Caracterizar o momento fundacionaldos principais partidos polticos emPortugal.

- Caracterizar a forma como evoluiu ovoto nesses partidos ao longo dosanos de democracia.

- Analisar a evoluo do processo deintegrao de Portugal na UnioEuropeia.

- Comparar os perodos pr e psadeso Comunidade EconmicaEuropeia.

- Identificar as principais instituiese/ou organizaes internacionaisque Portugal integra.

- Justificar a importncia dessasinstituies.

- TrleobPA

- ACC

acas

- Em

- Odepaex

- Rere

- PPorede

* Contedo de aprofundamento.1 Caso seja feita a opo pelo Tema 4.1. da Unidade IV, este subtema deve ser estudado apenas numa perspectiva introdutria e de sensibilizao.



Tema 3.4. O sistema poltico em Po


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Cincia Poltica


CONTEDOSCONCEITOS,TERMOS ENOES FUNDAMENTAIS OBJECTIVOS ESPECFICOS

- LePP

- LeAhtouletm

- LereCpaprco

- CEnehthtceht

08




Tema 3.4. O sistema poltico em Po


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IV TEMAS/PROBLEMAS POLTICOS DO MUNDO CONTEMPORNEO

A escolha da Unidade IV para concluir este Programa obedeceu inteno deproporcionar aos alunos um conhecimento mais aprofundado dos problemas polticos que

os Estados e os governos enfrentam actualmente, e que no so especficos deste ou

daquele Estado.

Quanto articulao da escolha do tema com o Projecto Educativo da escola, cumpre

observar que este documento define a cultura e a identidade de cada escola, estabelece as

opes oferecidas e caracteriza os seus recursos humanos e materiais. Por conseguinte, a

escolha do tema a leccionar dever t-lo em considerao e dever estar de acordo com os

objectivos, estratgias de actuao, recursos e relaes com o meio envolvente por ele

definidos.

Por sua vez, o tratamento do tema da Unidade IV do Programa de Cincia Poltica

deve ser muito cuidadoso, proporcionando aos alunos conhecimentos bsicos sobre as

problemticas polticas supra-nacionais e globais, sem nunca deixar de ser pluralista e

fazendo continuamente apelo ao enraizamento local de todas as opes polticas. Da a

importncia de, semelhana do resto deste Programa, o tratamento do tema escolhido

dever exigir a abertura da sala de aula comunidade escolar e ao meio envolvente.

Recomenda-se o recurso a materiais diversificados, nomeadamente, artigos de jornal,

livros, filmes e documentrios, textos descarregados da Internet e reportagens televisivas,

de modo a proporcionar aos alunos uma panormica geral da situao mundial em que

tambm participam. Recomenda-se ainda a visita aos stios na Internet da Unio Europeia,

das Naes Unidas, do Banco Mundial e do Conselho da Europa, e a anlise dos

documentos indicados para cada subtema. No plano das estratgias a utilizar, tambm se

recomenda a articulao entre o estudo do tema escolhido e a rea de Projecto, podendo

recorrer-se metodologia de projecto.

Um dos objectivos gerais mais importantes do estudo desta unidade que os alunos

tomem conscincia de que ningum se pode alhear dos problemas com base no argumentoda distncia. Na sociedade contempornea, a vida do homem no se esgota na esfera

privada ou familiar, nem to-pouco nas comunidades local e nacional. Cada vez mais se

coloca a questo do exerccio da cidadania a um nvel mais alargado e se exige que cada

indivduo faa opes que pem em jogo valores morais, crenas religiosas, ideais culturais

e princpios polticos que dizem respeito a toda a humanidade.


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Tema 4.1. A Unio Europeia: um sistema poltico sui generis

4.1.1. O nascimento do projecto de integrao europeia. Os tratados e a evoluo da

integrao europeia: da CECA Unio Europeia*

4.1.2. As instituies da Unio Europeia e o seu funcionamento*

4.1.3. A Unio Europeia e os cidados Europeus

4.1.3.1. O dfice democrtico na Europa*

4.1.3.2. As eleies para o Parlamento Europeu

4.1.3.3. As atitudes dos cidados perante a Unio Europeia


Gesto do Tema

Uma das maiores novidades na organizao dos Estados europeus do ps-guerra foi a

criao da Comunidade Econmica Europeia. Este fenmeno tem tido um impacto muito

grande em todos os Estados-membros a vrios nveis. Nesta disciplina, o enfoque principal

ser na Unio Europeia enquanto sistema poltico sui generis. A Unio Europeia (ainda) no

um Estado, mas tambm no uma mera organizao internacional. uma instituio

absolutamente inovadora que combina elementos intergovernamentais (por exemplo, a nvel

da poltica externa), com elementos supranacionais, em que a Unio Europeia funciona defacto como um Estado que governa atravs das instituies nacionais. Isto ocorre em

relao a certas polticas pblicas, como as polticas agrcola, de pescas, concorrencial,

comercial e monetria. Alm disso, ao contrrio do que sucede com outras instituies

internacionais, a Unio Europeia tem uma relao directa com os cidados europeus,

atravs das eleies para o Parlamento Europeu.

O objectivo duplo: por um lado, compreender quais foram as origens do projecto de

integrao europeia, quais os objectivos desse projecto e qual tem sido a evoluo da

integrao europeia; por outro, averiguar a forma como se perspectivam as relaes entre

cidados e a Unio Europeia, tanto no que concerne ao comportamento eleitoral como s

opinies dos cidados.

Este tema relativamente vasto dever ser abordado em trs vertentes: em primeiro

lugar, os alunos devero conhecer aspectos bsicos da evoluo do processo de integrao

europeia, atravs de uma anlise dos seus momentos principais, nomeadamente, os

sucessivos Tratados assinados pelos Estados-membros. De seguida, devero analisar as

funes das principais instituies comunitrias, em especial, o Parlamento Europeu, a



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Comisso Europeia e o Conselho da Unio Europeia, descrevendo, de forma breve, a

evoluo das competncias polticas de cada uma destas instituies.

Finalmente, dever ser abordado o tema do relacionamento dos cidados com a Unio

Europeia, tema cuja importncia tem vindo a crescer. Isto deve-se essencialmente ao facto

de, cada vez mais, as polticas pblicas dos Estados-membros serem definidas e decididas

em Bruxelas, nas instncias comunitrias, e no nas capitais nacionais de cada Estado.

Essa chamada europeizao das polticas pblicas levou ao reconhecimento de que seria

necessrio democratizar o processo de tomada de deciso no seio da Unio Europeia.

Neste sentido, a tentativa de reduo do dfice democrtico resultou particularmente na

introduo da eleio directa dos deputados para o Parlamento Europeu (a partir de 1979) e

no progressivo aumento de poder deste rgo em cada Tratado.

Nessa perspectiva, importa conhecer mais de perto a representao que existe no

Parlamento Europeu, pelo que devero ser apresentados os grupos parlamentares destainstituio e analisados os respectivos posicionamentos face Europa. Importa tambm

identificar os grupos a que pertencem os eurodeputados portugueses e investigar e debater

os nveis de participao nessas eleies. Como se poder verificar, existe uma absteno

sustentada e muito elevada neste tipo de eleies, se comparadas com as eleies

legislativas internas de cada Estado-membro.

Outro instrumento bastante importante para avaliar a forma como os cidados

europeus encaram hoje a Unio Europeia so os relatrios Eurobarmetro. A sua anlise

permitir promover uma reflexo sobre as semelhanas e diferenas entre a opinio pblicaportuguesa e a de outros povos europeus e sobre o futuro do projecto europeu. Em cada um

desses relatrios encontra-se um captulo referente s aspiraes dos europeus sobre o

futuro da Europa, relativamente a questes como o alargamento a outros Estados-membros,

o Tratado Constitucional Europeu e o grau de europeizao desejvel das polticas pblicas.


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Cincia Poltica

ESQUEMATIZAO GERAL DO DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE

Unidade Lectiva IV: Temas / Problemas Polticos do Mundo Contemporneo


Tema 4.1. A Unio Europeia: um



S

- Definir cidadania europeia.

- Analisar as relaes dos cidadoseuropeus com a Unio Europeia.

- Explicar em que consiste o dficedemocrtico no funcionamento dosistema poltico da Unio Europeia.

-

Analisar as solues que tm vindo aser postas em prtica para superar oproblema do dfice democrtico.

- Analisar os resultados e os nveis departicipao dos eleitores nas ltimaseleies para o Parlamento Europeu.

- Debater a participao dosportugueses nas eleies para oParlamento Europeu.

- Conhecer o tipo de representaoexistente no Parlamento Europeu.

-

Identificar os grupos parlamentaresque constituem actualmente oParlamento Europeu.

- Explicar o papel do eurodeputado.

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- Cciexin


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Cincia Poltica







S

- Caracterizar o estado da opiniopblica em relao aos temaseuropeus.

- Inferir o tipo de relao entre oscidados europeus e a UnioEuropeia.

- Comparar a opinio pblica

portuguesa com a de outros povoseuropeus sobre a Unio Europeia.

- Reflectir sobre o futuro do ProjectoEuropeu.

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ESQUEMATIZAO GERAL DO DESENVOLVIMENTO DA UNID






S

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- Edoreco

- Leda

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Tema 4.2. A Diversidade Cultural: o fim do Estado-nao homogneo

4.2.1. As sociedades contemporneas*

4.2.1.1. Sociedades pluralistas: minorias tnicas, minorias nacionais, outras

minorias

4.2.1.2. Legislao europeia sobre minorias

4.2.1.3. Portugal: pas de emigrantes e de imigrantes

4.2.1.4. Estudo de um caso

4.2.2. Os direitos diferenciados de grupo e os direitos humanos

4.2.3. O multiculturalismo e os limites da tolerncia*


Gesto do Tema

As sociedades contemporneas so caracterizadas como sociedades que se

confrontam cada vez mais com minorias que exigem o reconhecimento da sua identidade e

a aceitao das suas diferenas culturais e tm vindo a estruturar-se como Estados

multinacionais e politnicos. Pretende-se, portanto, que os alunos se consciencializem do

carcter pluralista das sociedades contemporneas e da diversidade de direitos de

cidadania que, sob determinadas condies, os Estados reconhecem a todos os quehabitam dentro das suas fronteiras. Tal pluralismo deve-se no s s minorias nacionais h

muito estabelecidas, mas tambm s minorias originadas pela migrao e a outras minorias

no culturais. A seguir, caracterizam-se sumariamente esses grupos e passa-se ao estudo

das formas como os diferentes pases tm vindo a reagir politicamente perante as minorias

nacionais.

Em relao a Portugal, os alunos devero consciencializar-se de que o pas deixou de

ser apenas um pas de emigrantes para passar a ser tambm um pas de imigrantes. Por

um lado, h que esclarecer a dimenso pluricontinental da comunidade lusfona; por outro

lado, h que analisar alguns dos efeitos da imigrao, assim como os problemas que os

imigrantes enfrentam no dia-a-dia, por exemplo problemas que dizem respeito legalizao,

reunio de famlias, educao dos filhos e ao acesso proteco social. Este ser o

mote para um primeiro contacto com a actual Lei da Nacionalidade, que permitir conhecer

os critrios para a atribuio da nacionalidade portuguesa e introduzir a distino entre o

princpio que atribui a nacionalidade a uma pessoa de acordo com a dos seus pais (jus

sanguinis) e o princpio que a atribui de acordo com o local onde nasceu (jus soli).

Analisado o caso portugus, retoma-se a seguir uma perspectiva mais abrangente e, a

propsito da relao entre os Estados e as minorias nacionais, sugere-se o estudo mais



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aprofundado de um caso, que poder ser o da Catalunha ou o do Pas Basco, para que os

alunos compreendam que a incapacidade das partes para resolverem de forma democrtica

e pacfica os conflitos derivados da existncia de diferentes naes dentro do mesmo

Estado gera ameaas secessionistas e alimenta a violncia.

O estudo dos casos concretos atrs referidos levar os alunos a compreender que, em

consequncia da diversidade, alguns Estados democrticos do Ocidente tm vindo a

adoptar polticas sensveis ao factor cultural, de modo a que os indivduos oriundos de

grupos tnicos e nacionais minoritrios se sintam mais confortveis na sua nova sociedade

e sintam que a sua especificidade nacional e / ou cultural respeitada.

As polticas sensveis ao factor cultural traduzem-se pelo reconhecimento de direitos

diferenciados de grupo: direitos politnicos para os grupos tnicos, direitos de autogoverno

para as minorias nacionais e direitos de representao especial para todos os grupos que

possuem identidades especficas e que foram / so vtimas de alguma desvantagemsistmica. O principal objectivo do estudo destes direitos que os alunos compreendam que

tais polticas so um instrumento para a preveno dos conflitos e para a resoluo

democrtica dos mesmos. Poder ento problematizar-se a necessidade de direitos

diferenciados de grupo face existncia de direitos humanos universais. A partir dessa

problematizao, explicar-se- que a promoo da diversidade cultural se subordina aos

critrios da liberdade entre os cidados dentro dos grupos e da igualdade entre grupos.

Pretende-se assim demonstrar que a defesa de direitos diferenciados de grupo tem de ser

compatvel com os direitos humanos e com os direitos civis e polticos.Esta abordagem permitir tambm explicar o conceito de cidadania diferenciada,

esclarecer a noo de multiculturalismo e introduzir o tema da tolerncia, que poder ser

estudado a partir da questo como devem as sociedades democrticas pluralistas lidar com

as prticas anti-democrticas de alguns dos grupos que as constituem? Em relao a este

ltimo aspecto, dever ser problematizada a noo de tolerncia e questionada a existncia

de limites para a tolerncia nas sociedades democrticas e multiculturais.


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Tema 4.2. A Diversidade Cult



- Distinguir o princpio que atribui anacionalidade a uma pessoa deacordo com a dos seus pais (jussanguinis) do princpio que a atribui deacordo com o local onde nasceu (jussoli).

- Analisar problemas relacionados como fenmeno da imigrao.

- Analisar o caso de um Estadoconstitudo por diferentes minoriasnacionais.

- Compreender que a demora emresolver conflitos com as minoriaspode conduzir a ameaassecessionistas e/ou de recurso violncia.

- Explicar os objectivos das polticassensveis ao factor cultural.

- Caracterizar os diferentes tipos dedireitos que, a par dos direitos

humanos, so reconhecidos sminorias que habitam os Estadosdemocrticos contemporneos.

- Definir cidadania diferenciada.

- Ecoan

- Cexcrpodiac

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- LeCPnaVaShtovmoc28


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- Explicar que a promoo dadiversidade cultural se subordina aoscritrios da liberdade entre cidadosdentro dos grupos e da igualdadeentre grupos.

- Problematizar a necessidade depolticas sensveis ao factor culturalem pases onde o respeito pelosdireitos humanos j est garantido.

- Definir multiculturalismo.

- Explicar o conceito de tolerncia.

- Analisar os limites da tolerncia.

- Problematizar a existncia de limitespara a tolerncia em sociedadesdemocrticas e multiculturais.

- VexAtdeda

- CCrehtmonrepresalhtDa deNem

- Res

- Epoou



Tema 4.2. A Diversidade Cu


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Tema 4.2. A Diversidade Cult



- TrdeDobof

- LeCdiem

- TrdeCMM

- Pecodijo

- Daogrde


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Tema 4.3. Globalizao e Governana Global

4.3.1. A globalizao no ps-Guerra Fria*

4.3.2. Governana Global Instituies e documentos para uma Governana global*

4.3.2.1 As Naes Unidas e a sua reforma

4.3.2.2. O Banco Mundial e a Organizao Mundial do Comrcio

4.3.3. Os principais mecanismos da Governana global

4.3.3.1. O Tribunal Penal Internacional

4.3.3.2. O Protocolo de Quioto

4.3.3.3. Os Objectivos de Desenvolvimento do Milnio

4.3.4. Novos movimentos sociais transnacionais anti-globalizao*


Gesto do Tema

O conceito de globalizao o ponto de partida para uma caracterizao das

sociedades do ps-Guerra Fria. Pretende-se tambm, a partir desta caracterizao, explicar

a emergncia da globalizao e as diferentes dimenses deste fenmeno.

Tendo este cenrio por pano de fundo, faz-se a apresentao de algumas instituies

que desempenham actualmente um papel crucial na vida dos Estados e dos povos: a

Organizao das Naes Unidas (ONU), o Banco Mundial (BM) e a Organizao Mundial doComrcio (OMC). Importa esclarecer os objectivos e o modus operandidessas instituies.

Pretende-se que os alunos compreendam a complexidade do fenmeno da globalizao e

as dificuldades que enfrentam as instituies de governana global.

Como a ONU uma instituio central em todo este processo, necessrio que os

alunos conheam alguma da sua histria, os seus objectivos e as suas principais

actividades. Um outro aspecto relativo ONU o seu processo de reforma, com vista sua

adaptao s circunstncias da globalizao. As questes a analisar so as seguintes: a) a

composio do Conselho de Segurana; b) a falta de transparncia do funcionamento daONU; c) a democraticidade e os poderes relativos dos rgos que compem a ONU.

O Banco Mundial e a Organizao Mundial do Comrcio so outras das organizaes

internacionais que desempenham papis fundamentais no sistema de governana mundial;

por conseguinte, os alunos devem conhecer resumidamente a histria de cada uma destas

instituies e analisar os respectivos objectivos e mbitos de aco. Pretende-se, ainda, que

os alunos saibam como opera a OMC e conheam algumas das suas actividades.

Uma vez caracterizada a problemtica da globalizao e conhecidas as principais

instituies responsveis pela governana global, define-se este conceito e passa-se a

analisar os mais importantes mecanismos de governana global. Os alunos tomaro



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conscincia de que o fim da Guerra Fria abriu muitas oportunidades para um

multilateralismo abrangente, entendido como veculo para o aumento da segurana mundial.

A partir de 1995, a ONU fez e incentivou algumas reformas que visavam a criao de

mecanismos de governana global, seja na rea da justia internacional, atravs da

fundao do Tribunal Penal Internacional, seja na rea do ambiente, atravs do Protocolo de

Quioto, seja na rea do desenvolvimento sustentvel, atravs da definio dos Objectivos

do Milnio. Em primeiro lugar, estes mecanismos devem ser avaliados quanto aos seus

objectivos e capacidade de coordenao internacional, assim como quanto universalidade

dos valores que os orientam. Em segundo lugar, os alunos devero tentar situar Portugal no

contexto destas instituies e polticas, investigando, designadamente, a forma como

Portugal est a tentar ajudar a cumprir os Objectivos do Milnio.

Para concluir, importante analisar algumas das posies crticas relativamente aos

fenmenos da globalizao e da governana global. Tendo em conta que grande parte doque hoje se entende por poltica extravasa as fronteiras territoriais do Estado-Nao, talvez

no seja surpreendente que tal como os Estados se aliam em redes institucionais de

governana global, tambm se tenham vindo a formar redes de cidados que defendem

causas polticas globais. Os novos movimentos sociais e a forma como os cidados se

posicionam face aos processos de globalizao e de governana global constituem mais um

dos aspectos centrais deste tema.

Ideologicamente, estes novos movimentos sociais so essencialmente movimentos

de protesto contra o consenso generalizado que se formou entre os partidos tradicionais deapoio ao regime democrata-liberal criado no ps-guerra. A partir de finais da dcada de

1960, surgiram os primeiros movimentos apelidados de novos movimentos sociais, por

exemplo, o movimento estudantil, o movimento feminista, o movimento ambientalista, os

movimentos para a paz, e, mais recentemente, o movimento a favor de uma globalizao

alternativa. Estes movimentos tm como princpio unificador o facto de serem altamente

crticos do modelo econmico do Ocidente e contestarem toda a lgica de um sistema que

se baseia no crescimento econmico.

Por fim, importa ainda discutir algumas formas novas de fazer poltica. A ttulo de

exemplo, abordar o Frum Social Mundial, rede de cidados fundada em Portalegre, no

Brasil, que pretende opor-se a alguns dos efeitos alegadamente nocivos da globalizao

econmica.


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Unidades lecti

programa da disciplina de ciência política - 12º ano

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