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PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153 1

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2 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 13

2. DADOS DO EMPREENDEDOR........................................................................................................... 15

2.1 DO RESPONSÁVEL PELO EMPREENDIMENTO................................................................................................ 15

3. DADOS DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO....................................................................... 16

3.1 EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................................................. 16 3.1.1 COORDENADOR GERAL............................................................................................................................... 16 3.1.2 MEIO FÍSICO ................................................................................................................................................ 17 3.1.3 MEIO BIÓTICO ............................................................................................................................................. 17 3.1.4 MEIO ANTRÓPICO........................................................................................................................................ 18

4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.................................................................................... 19

4.1 LOCALIZAÇÃO..................................................................................................................................... 19 4.2 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO .......................................................................................................... 21 4.2.1 OBRA DE ARTE ESPECIAL (OAE)................................................................................................................... 21 4.2.1.1 Características Geométricas ........................................................................................................... 21 4.2.1.2 Características Geotécnicas e Estruturais..................................................................................... 22 4.2.1.3 Aspectos Construtivos........................................................................................................................ 26 4.2.1.4 Resumo dos Quantitativos ................................................................................................................ 32 4.2.2 ACESSOS ..................................................................................................................................................... 36 4.2.2.1 Características Físicas e Geométricas ........................................................................................... 37 4.2.2.2 Aspectos Construtivos........................................................................................................................ 37 4.2.2.3 Resumo dos Quantitativos ................................................................................................................ 44

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4.3 ESPECIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA............................................................................. 45 4.4 ESPECIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS MAQUINÁRIOS E EQUIPAMENTO...................................................... 45 4.5 CANTEIRO DE OBRAS ............................................................................................................................ 46 4.6 FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA...................................................................................................... 46 4.7 MATERIAL MINERAL .............................................................................................................................. 47 4.8 BOTA-FORA ........................................................................................................................................ 49 4.9 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO............................................................................................................... 49

5. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL (PGA)................................................................................... 51

5.1 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................................... 51 5.2 OBJETIVOS .......................................................................................................................................... 51 5.3 METAS................................................................................................................................................ 52 5.4 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA .......................................................................................... 52 5.5 ETAPAS DE EXECUÇÃO .......................................................................................................................... 55 5.5.1 CONTRATAÇÃO DOS SUPERVISORES .............................................................................................................. 55 5.5.2 ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DOS PROGRAMAS ...................................................................................... 55 5.5.3 SUPERVISÃO AMBIENTAL ............................................................................................................................... 55 5.5.4 ELABORAÇÃO DOS RELATÓRIOS PARCIAIS..................................................................................................... 56 5.5.5 REUNIÕES INTERNAS PARA AVALIAÇÃO DO PROGRAMA................................................................................. 56 5.6 RECURSOS NECESSÁRIOS ....................................................................................................................... 56 5.7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO............................................................................................................... 57 5.8 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ............................................................ 58

6. PROGRAMA AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO (PAC)........................................................................ 59

6.1 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................................... 59 6.2 OBJETIVO ........................................................................................................................................... 59 6.3 METAS................................................................................................................................................ 60 6.4 PÚBLICO-ALVO.................................................................................................................................... 60 6.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA .......................................................................................... 61 6.5.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE APOIO ....................................................................................... 61 6.5.2 CONTROLE DO MATERIAL PARTICULADO, GASES E RUÍDOS ............................................................................ 62 6.5.2.1 Atividades Previstas............................................................................................................................ 62 6.5.3 CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS ........................................................................................................... 66 6.5.3.1 Cuidados Ambientais nas Principais Etapas Construtivas da Obra......................................... 66 6.5.3.2 Atividades de Proteção dos Acessos à Ponte e Faixas Lindeiras............................................. 69 6.5.4 CONTROLE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .............................................................................................................. 70 6.5.5 CONTROLE DOS RESÍDUOS LÍQUIDOS ............................................................................................................. 71 6.5.5.1 Águas Servidas.................................................................................................................................... 71 6.5.5.2 Óleos e Graxas.................................................................................................................................... 72 6.6 ETAPAS DE EXECUÇÃO .......................................................................................................................... 72 6.7 RECURSOS NECESSÁRIOS ....................................................................................................................... 72 6.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO............................................................................................................... 73 6.9 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ............................................................ 73

7. PROGRAMA DE TREINAMENTO DOS PROFISSIONAIS EM QUESTÕES AMBIENTAIS (PTQA)............. 74

7.1 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................................... 74 7.2 OBJETIVOS .......................................................................................................................................... 76 7.3 METAS................................................................................................................................................ 76 7.4 PÚBLICO-ALVO.................................................................................................................................... 76 7.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA .......................................................................................... 77 7.5.1 ESTRUTURAÇÃO DO PROGRAMA................................................................................................................... 77

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7.5.2 ATIVIDADES DO PROGRAMA......................................................................................................................... 78 7.5.2.1 Etapas de Articulação e Planejamento ........................................................................................ 78 7.5.2.2 Etapas de Execução do Plano de Ação....................................................................................... 80 7.5.3 DETALHAMENTO DO CÓDIGO DE CONDUTA ................................................................................................. 82 7.6 ETAPAS DE EXECUÇÃO .......................................................................................................................... 83 7.7 RECURSOS NECESSÁRIOS ....................................................................................................................... 83 7.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO............................................................................................................... 84 7.9 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ............................................................ 85

8. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (PCS) ........................................................................... 86

8.1 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................................... 86 8.2 OBJETIVOS .......................................................................................................................................... 87 8.3 METAS................................................................................................................................................ 88 8.4 PÚBLICO-ALVO.................................................................................................................................... 88 8.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA .......................................................................................... 88 8.5.1 PRESSUPOSTOS BÁSICOS ............................................................................................................................... 88 8.5.2 ELABORAÇÃO DA MENSAGEM ..................................................................................................................... 89 8.5.3 SELEÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO .................................................................................................... 90 8.5.4 RESPOSTAS ÀS SOLICITAÇÕES DA POPULAÇÃO .............................................................................................. 91 8.5.5 INFORMATIVOS PERIÓDICOS.......................................................................................................................... 91 8.5.6 INDICADORES............................................................................................................................................... 91 8.6 ETAPAS DE EXECUÇÃO .......................................................................................................................... 92 8.7 RECURSOS NECESSÁRIOS ....................................................................................................................... 92 8.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO............................................................................................................... 93 8.9 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ............................................................ 93

9. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (PEA) ............................................................................. 95

9.1 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................................... 95 9.2 OBJETIVOS .......................................................................................................................................... 96 9.3 METAS................................................................................................................................................ 96 9.4 PÚBLICO-ALVO.................................................................................................................................... 97 9.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA .......................................................................................... 97 9.5.1 OFICINAS LÚDICAS RECREATIVAS .................................................................................................................. 98 9.5.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA OS USUÁRIOS DA FUTURA PONTE ..................................................................... 98 9.5.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O COMBATE ÀS QUEIMADAS........................................................................... 99 9.5.4 PRODUÇÃO DE MATERIAL EDUCATIVO/INFORMATIVO.................................................................................... 99 9.6 ETAPAS DE EXECUÇÃO ........................................................................................................................ 100 9.7 RECURSOS NECESSÁRIOS ..................................................................................................................... 100 9.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO............................................................................................................. 101 9.9 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA .......................................................... 102

10. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO (PGR) .................................................................... 103

10.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................. 103 10.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 104 10.3 METAS............................................................................................................................................ 104 10.4 PÚBLICO-ALVO................................................................................................................................ 104 10.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA ...................................................................................... 104 10.5.1 AÇÃO PARA PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ACIDENTES ............................................................................... 104 10.5.2 DISPONIBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO............ 107 10.5.3 MAPEAMENTO DAS DEPENDÊNCIAS DA OBRA........................................................................................... 111 10.6 ETAPAS DE EXECUÇÃO ...................................................................................................................... 113

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10.7 RECURSOS NECESSÁRIOS ................................................................................................................... 113 10.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ........................................................................................................... 114 10.9 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ........................................................ 115

11. PROGRAMA DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA (PAE)............................................................................ 116

11.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................. 116 11.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 117 11.3 METAS............................................................................................................................................ 117 11.4 PÚBLICO-ALVO................................................................................................................................ 117 11.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA ...................................................................................... 118 11.5.1 COLETA, ANÁLISE E TABULAÇÃO DOS DADOS........................................................................................... 118 11.5.2 IDENTIFICAÇÃO DOS TRECHOS CRÍTICOS ................................................................................................... 118 11.5.3 ATIVIDADES E AÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA ................................................................... 119 11.5.3.1 Implementação do Sistema de Prevenção, Controle e Atendimento Emergencial ...... 119 11.5.3.2 Proposição de Medidas Estruturais............................................................................................. 120 11.5.3.3 Implantação de Medidas Estruturais.......................................................................................... 120 11.5.3.4 Equipamentos Fixos de Segurança ............................................................................................ 120 11.5.4 PLANO GERAL DE SINALIZAÇÃO ............................................................................................................... 121 11.5.4.1 Abrangência e Deflagração....................................................................................................... 121 11.5.4.2 Planos Gerais de Contingência e de Emergência ................................................................. 122 11.5.5 AÇÕES GENÉRICAS DE EMERGÊNCIAS ...................................................................................................... 122 11.5.6 AVALIAÇÃO DE RISCO PROVÁVEL ............................................................................................................ 149 11.5.7 PLANOS DE CONTINGÊNCIA: INFORMAÇÃO E CONTROLE.......................................................................... 149 11.5.7.1 Estrutura e Conteúdo Temático do Plano................................................................................. 150 11.5.8 MONITORAMENTO ................................................................................................................................... 152 11.6 ETAPAS DE EXECUÇÃO ...................................................................................................................... 153 11.7 RECURSOS NECESSÁRIOS ................................................................................................................... 153 11.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ........................................................................................................... 154 11.9 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ........................................................ 154

12. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA (PMQA)..................................... 155

12.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................. 155 12.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 155 12.3 METAS............................................................................................................................................ 156 12.4 PÚBLICO-ALVO................................................................................................................................ 156 12.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA ...................................................................................... 156 12.5.1 VERIFICAÇÃO DOS DADOS DISPONÍVEIS ................................................................................................... 157 12.5.2 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS CRÍTICAS COM SENSIBILIDADE AMBIENTAL.......................................................... 157 12.5.3 RECONHECIMENTO DA ÁREA.................................................................................................................... 157 12.5.4 SELEÇÃO DOS LOCAIS DE AMOSTRAGEM .................................................................................................. 157 12.5.5 SELEÇÃO DOS PARÂMETROS..................................................................................................................... 160 12.5.6 ANÁLISES E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS........................................................................................... 165 12.5.7 ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA - IQA.................................................................................................... 165 12.6 FREQÜÊNCIA DE AMOSTRAGEM E DURAÇÃO DO PROGRAMA ................................................................... 166 12.7 ETAPAS DE EXECUÇÃO ...................................................................................................................... 166 12.8 RECURSOS NECESSÁRIOS ................................................................................................................... 167 12.9 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO. .......................................................................................................... 167 12.10 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ...................................................... 168

13. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) ............................................. 169

13.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................. 169

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13.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 169 13.3 METAS............................................................................................................................................ 170 13.4 PÚBLICO-ALVO................................................................................................................................ 170 13.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA ...................................................................................... 170 13.5.1 ASPECTOS GERAIS ................................................................................................................................... 170 13.5.2 PASSOS PARA READEQUAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS ......................................................................... 172 13.5.2.1 Remoção de Estruturas ................................................................................................................. 172 13.5.2.2 Adequação Física do Terreno..................................................................................................... 173 13.5.2.3 Instalação ou Adaptação de Rede de Drenagem nas Áreas Degradadas.................... 173 13.5.2.4 Análise do Solo................................................................................................................................ 173 13.5.2.5 Preparação do Solo....................................................................................................................... 173 13.5.2.6 Recomposição da Camada de Solo Orgânico...................................................................... 174 13.5.2.7 Seleção de Espécies para Revegetação................................................................................. 174 13.5.2.8 Aquisição de Mudas...................................................................................................................... 176 13.5.2.9 Preparo das Covas e Plantio ....................................................................................................... 176 13.5.2.10 Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais ...........................................................................176 13.5.2.11 Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental......................................................... 177 13.5.3 ETAPAS DE EXECUÇÃO ............................................................................................................................. 177 13.6 RECURSOS NECESSÁRIOS ................................................................................................................... 178 13.7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ........................................................................................................... 178 13.8 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ........................................................ 179

14. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DAS MATAS CILIARES (PCRM) .................................................. 181

14.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................. 181 14.2 OBJETIVOS DO PROGRAMA................................................................................................................ 182 14.3 METAS............................................................................................................................................ 182 14.4 PÚBLICO ALVO ................................................................................................................................ 182 14.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA ...................................................................................... 183 14.5.1 ADEQUAÇÃO FÍSICA DO TERRENO ............................................................................................................ 183 14.5.2 ANÁLISE DO SOLO ................................................................................................................................... 184 14.5.3 PREPARAÇÃO DO SOLO........................................................................................................................... 184 14.5.4 RECOMPOSIÇÃO DA CAMADA DE SOLO ORGÂNICO ............................................................................... 184 14.5.5 SELEÇÃO DAS ESPÉCIES VEGETAIS ............................................................................................................. 184 14.5.6 OBTENÇÃO DAS MUDAS .......................................................................................................................... 186 14.5.7 ALINHAMENTO DE LOCAÇÃO DAS COVAS................................................................................................ 186 14.5.8 ABERTURA DE COVAS .............................................................................................................................. 187 14.5.9 CALAGEM E ADUBAÇÃO DE PLANTIO ....................................................................................................... 187 14.5.10 PLANTIO ................................................................................................................................................ 187 14.5.10.1 Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais ...........................................................................188 14.5.10.2 Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental......................................................... 189 14.5.11 ETAPAS DE EXECUÇÃO........................................................................................................................... 189 14.6 RECURSOS NECESSÁRIOS ................................................................................................................... 189 14.7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ........................................................................................................... 190 14.8 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ........................................................ 190

15. PROGRAMA DE PESQUISA, PROSPECÇÃO E RESGATE DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL.......................................................................................................................... 192

15.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................. 192 15.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 196 15.3 METAS............................................................................................................................................ 196 15.4 PÚBLICO-ALVO................................................................................................................................ 196 15.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA ...................................................................................... 197 15.5.1 PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO ................................................................................................................. 197

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15.5.2 PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL ........................................................................................................ 198 15.5.3 EDUCAÇÃO PATRIMONIAL........................................................................................................................ 199 15.6 ETAPAS DE EXECUÇÃO ...................................................................................................................... 200 15.6.1 ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA .............................................................................................................. 200 15.6.2 LEGALIZAÇÃO DA PESQUISA ..................................................................................................................... 200 15.6.3 ANÁLISES DOCUMENTAIS E DEFINIÇÕES ESTRATÉGICAS............................................................................... 200 15.6.4 TRABALHOS DE CAMPO............................................................................................................................ 200 15.6.5 LABORATÓRIO ......................................................................................................................................... 201 15.6.6 EDUCAÇÃO PATRIMONIAL........................................................................................................................ 201 15.6.7 ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS.................................................................................................................. 201 15.6.8 APROVAÇÃO DO PROGRAMA ................................................................................................................. 201 15.7 RECURSOS NECESSÁRIOS ................................................................................................................... 201 15.8 IMPLANTAÇÃO ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ............................................................................... 202

16. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA AQUÁTICA (PMFA)............................................ 204

16.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................. 204 16.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 204 16.3 METAS............................................................................................................................................ 205 16.4 PÚBLICO-ALVO................................................................................................................................ 205 16.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA ...................................................................................... 205 16.5.1 FREQÜÊNCIA DE AMOSTRAGEM E DURAÇÃO DO PROGRAMA.................................................................... 207 16.5.2 MÉTODOS DE CAPTURA............................................................................................................................ 207 16.5.3 CÁLCULO DA ABUNDÂNCIA TOTAL E RELATIVA.......................................................................................... 208 16.5.4 ANÁLISE DA SIMILARIDADE........................................................................................................................ 209 16.5.5 ANÁLISE DA DIVERSIDADE......................................................................................................................... 209 16.5.6 CÁLCULO DA RIQUEZA DAS ESPÉCIES........................................................................................................ 210 16.5.7 CÁLCULO DA REAÇÃO GONADOSSOMÁTICA (RGS) ............................................................................... 210 16.5.8 ANÁLISE DO CONTEÚDO ESTOMACAL....................................................................................................... 210 16.6 ETAPAS DE EXECUÇÃO ...................................................................................................................... 211 16.7 RECURSOS NECESSÁRIOS ................................................................................................................... 211 16.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO. .......................................................................................................... 211 16.9 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ........................................................ 212

17. PROGRAMA DE DESAPROPRIAÇÃO E INDENIZAÇÃO DE TERRAS E BENFEITORIAS (PITB)............ 213

17.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................. 213 17.2 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 213 17.3 METAS............................................................................................................................................ 214 17.4 PÚBLICO-ALVO................................................................................................................................ 214 17.5 METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA ...................................................................................... 214 17.5.1 PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA LIBERAÇÃO DE ÁREAS ............................................................................ 214 17.5.1.1 Diagnóstico da Situação Fundiária ............................................................................................ 214 17.5.1.2 Informação às Prefeituras e Registros Imobiliários ................................................................... 214 17.5.1.3 Cadastramento dos Imóveis........................................................................................................ 215 17.5.1.4 Cadastramento dos Proprietários ou Posseiros ........................................................................ 216 17.5.1.5 Análise Documental ...................................................................................................................... 217 17.5.1.6 Avaliação da Propriedade.......................................................................................................... 224 17.5.1.7 Opção pela Forma de Liberação das Áreas........................................................................... 233 17.5.1.8 O Termo de Opção ....................................................................................................................... 233 17.5.1.9 A Liberação das Áreas.................................................................................................................. 233 17.6 ETAPAS DE EXECUÇÃO ...................................................................................................................... 237 17.7 RECURSOS NECESSÁRIOS ................................................................................................................... 238 17.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ........................................................................................................... 238 17.9 IMPLANTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ........................................................ 239

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18. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 240

19. ANEXOS......................................................................................................................................... 254

ANEXO A. MODELO DE FICHA DE SUPERVISÃO AMBIENTAL................................................................................. 255

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Lista de Quadros Quadro 1. Resumo do quantitativo de materiais e serviços necessários para a implantação da Ponte sobre o Rio

Araguaia. ...............................................................................................................................................................................32

Quadro 2. Características físicas e geométricas dos acessos à Ponte sobre o Rio Araguaia. ..................................................37

Quadro 3. Resumo das atividades de terraplanagem dos acessos à Ponte sobre o Rio Araguaia. ........................................39

Quadro 4. Resumo do quantitativo de materiais e serviços necessários para a implantação dos acessos à Ponte sobre o

Rio Araguaia. .........................................................................................................................................................................44

Quadro 5. Relação da equipe mínima necessária para implantação do empreendimento...................................................45

Quadro 6. Relação de Maquinários e equipamentos a serem utilizados na implantação do empreendimento.................45

Quadro 7. Listagem das ocorrências de material mineral para o empreendimento..................................................................47

Quadro 8. Cronograma de Execução da Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São

Geraldo do Araguaia/PA. ...................................................................................................................................................50

Quadro 9. Recursos necessários para e execução do Programa de Gestão Ambiental (PGA). .............................................56

Quadro 10. Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental (PGA)....................................................................57

Quadro 11. Recursos necessários para e execução do Programa Ambiental da Construção (PAC).......................................72

Quadro 12. Cronograma de execução do Programa Ambiental da Construção (PAC). ...........................................................73

Quadro 13. Etapas de Execução do Programa de Treinamento dos Profissionais em Questões Ambientais...........................83

Quadro 14. Recursos necessários para e execução do Programa de Treinamento dos Profissionais em Questões

Ambientais (PQTA)................................................................................................................................................................84

Quadro 15. Cronograma de execução do Programa de Treinamento dos Profissionais em Questões Ambientais (PQTA)..84

Quadro 16. Etapas de execução do Programa de Comunicação Social (PCS)...........................................................................92

Quadro 17. Recursos necessários para e execução do Programa de Comunicação Social (PCS) ..........................................92

Quadro 18. Cronograma de execução do Programa de Comunicação Social (PCS)................................................................93

Quadro 19. Etapas de Execução do Programa de Educação Ambiental. ..................................................................................100

Quadro 20. Recursos necessários para e execução do Programa de Educação Ambiental (PEA) ........................................101

Quadro 21. Cronograma de execução do Programa de Educação Ambiental (PEA). ............................................................101

Quadro 22. Identificação dos grupos de riscos para mapeamento do empreendimento. ......................................................112

Quadro 23. Recursos necessários para e execução do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). ..............................114

Quadro 24. Cronograma de execução do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). ...................................................114

Quadro 25. Pontos críticos das vias de acesso da ponte sobre o Rio Araguaia. .........................................................................119

Quadro 26. Recursos necessários para e execução do Programa de Ação de Emergência (PAE)........................................153

Quadro 27. Cronograma de execução do Plano de Ação de Emergência (PAE).....................................................................154

Quadro 28. Listagem dos pontos de monitoramento da qualidade da água.............................................................................158

Quadro 29. Síntese das alterações na qualidade da água.............................................................................................................164

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10 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Quadro 30. Classificação do Índice de Qualidade da Água, segundo CETESB (2000). .............................................................166

Quadro 31. Freqüência de monitoramento. .......................................................................................................................................167

Quadro 32. Recursos necessários para e execução do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (PMQAI.) 167

Quadro 33. Cronograma de execução do Programa de Monitoramento da Ictiofauna (PMI)...............................................168

Quadro 34. Lista de espécies recomendadas para a recomposição das áreas do canteiro de obras. ................................175

Quadro 35. Lista de espécies recomendadas para a recomposição de taludes a jazidas de solo. .......................................175

Quadro 36. Recursos necessários para e execução do Programa de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD)........178

Quadro 37. Cronograma de execução do Programa de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD). ............................179

Quadro 38. Lista de espécies recomendadas para a recomposição das matas ciliares do Rio Araguaia. ...........................185

Quadro 39. Recursos necessários para e execução do Programa de Recuperação das Matas Ciliares (PRMC) ................190

Quadro 40. Cronograma de execução do Programa de Recuperação das Matas Ciliares (PRMC). ....................................190

Quadro 41. Recursos necessários para e execução do Programa de Pesquisa, Prospecção e Resgate do Patrimônio

Arqueológico, Histórico e Cultural ...................................................................................................................................202

Quadro 42. Cronograma de execução do Programa de Pesquisa, Prospecção e Resgate do Patrimônio Arqueológico,

Histórico e Cultural ..............................................................................................................................................................202

Quadro 43. Marcos evolutivo de acompanhamento do programa..............................................................................................203

Quadro 44. Recursos necessários para e execução do Programa de Monitoramento da Fauna Aquática (PMFA) ...........211

Quadro 45. Cronograma de execução do Programa de Monitoramento da Ictiofauna (PMI)...............................................212

Quadro 46. Classes de Uso do Solo, comparativamente ao seu poder de produção de renda. ............................................229

Quadro 47. Comparação quanto aos acessos as propriedades influenciadas. .........................................................................230

Quadro 48. Critérios para avaliação de pastagem instalada nas propriedades afetadas pelo empreendimento.............231

Quadro 49. Critérios para avaliação de construções nas propriedades afetadas pelo empreendimento. ..........................232

Quadro 50. Critérios para avaliação da depreciação das construções nas propriedades afetadas pelo

empreendimento................................................................................................................................................................232

Quadro 51. Recursos necessários para e execução do Programa de Desapropriação e Indenização de Terras e

Benfeitorias (PITB). ...............................................................................................................................................................238

Quadro 52. Cronograma de execução do Programa de Desapropriação e Indenização de Terras e Benfeitorias (PITB). 239

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153 11

Lista de Figuras

Figura 1. Croqui de localização da Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São

Geraldo/PA na diretriz da BR-153...........................................................................................................................................20

Figura 2. Esquema linear da pavimentação asfáltica.........................................................................................................................43

Figura 3. Perfil longitudinal da pavimentação asfáltica dos acessos à Ponte sobre o Rio Araguaia. ........................................43

Figura 4. Localização das ocorrências de material mineral para implantação da Ponte sobre o Rio Araguaia entre

Xambioá/TO e São Geraldo/PA na diretriz da BR-153........................................................................................................48

Figura 5. .Identificação dos símbolos que devem ser fixados na carga dos veículos. ................................................................123

Figura 6. Subclasses 1.1, 1.2 e 1.3. Fundo: cor alaranjada. Símbolo: cor preta. ............................................................................124

Figura 7. Subclasse 1.4. Fundo: cor alaranjada. Símbolo: cor preta. ..............................................................................................124

Figura 8. Subclasse 2.1. Fundo: cor vermelha. Símbolo: cor branca. ..............................................................................................125

Figura 9. Subclasse 2.2. Fundo: cor verde. Símbolo: cor preta ou branca. ....................................................................................127

Figura 10. Subclasse 2.3. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta. ....................................................................................................129

Figura 11. Classe 3. Fundo: cor vermelha. Símbolo: cor preta ou branca. .....................................................................................131

Figura 12. Subclasse 4.1. Fundo: branco com raias vermelhas. Símbolo: cor preta. .....................................................................133

Figura 13. Subclasse 4.2. Fundo: metade superior branca e metade inferior vermelha. Símbolo: cor preta. ..........................135

Figura 14. Subclasse 4.2. Fundo: cor azul. Símbolo: cor preta ou branca. ......................................................................................136

Figura 15. Subclasse 5.1. Fundo: cor amarela. Símbolo: cor preta. ..................................................................................................138

Figura 16. Subclasse 5.2. Fundo: cor amarela. Símbolo: cor preta. ..................................................................................................140

Figura 17. Subclasse 6.1. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta. ....................................................................................................142

Figura 18. Subclasse 6.1. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta. ....................................................................................................142

Figura 19. Subclasse 6.2. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta. ....................................................................................................144

Figura 20. Classe 7. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta. .............................................................................................................145

Figura 21. Classe 7. Fundo: metade superior amarela e metade inferior branca. Símbolo: cor preta. .....................................145

Figura 22. Classe 8. Fundo: metade superior branca e metade inferior preta. Símbolo: cor preta. ..........................................147

Figura 23. Localização dos pontos de monitoramento da qualidade da água...........................................................................159

Figura 24. Localização dos pontos de monitoramento da fauna aquática. .................................................................................206

Figura 25. Fluxograma de composição da propriedade...................................................................................................................225

Figura 26. Classes de Capacidade de Uso e os usos possíveis para cada classe.........................................................................229

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12 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Lista de Fotos Foto 1. Exemplos de capacetes..........................................................................................................................................................107

Foto 2. Exemplo de capacete. ...........................................................................................................................................................107

Foto 3. Exemplo de bota de cano baixo...........................................................................................................................................108

Foto 4. Exemplos de botas de cano alto...........................................................................................................................................108

Foto 5. Exemplo de luva de raspa. .....................................................................................................................................................108

Foto 6. Exemplo de luvas de borracha. .............................................................................................................................................108

Foto 7. Exemplos de óculos..................................................................................................................................................................109

Foto 8. Exemplo de óculos. ..................................................................................................................................................................109

Foto 9. Exemplos de máscaras contra materiais particulados em geral. ....................................................................................109

Foto 10. Exemplo de máscara com filtro de carvão ativado..........................................................................................................109

Foto 11. Exemplos de protetores faciais...............................................................................................................................................110

Foto 12. Exemplo de protetor facial para trabalhos de soldagem.................................................................................................110

Foto 13. Exemplo de protetor auricular................................................................................................................................................110

Foto 14. Exemplo de protetor auricular................................................................................................................................................110

Foto 15. Exemplo de avental. ................................................................................................................................................................111

Foto 16. Exemplos de coletes. ...............................................................................................................................................................111

Foto 17. Exemplo de como mostrar de forma interativa o resultado do mapeamento de risco..............................................112

Foto 18. Exemplo de como mostrar de forma interativa o resultado do mapeamento de risco..............................................112

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153 13

1. Introdução

As obras de implantação da ponte sobre o Rio Araguaia e acessos da ligação entre Xambioá/TO

e São Geraldo do Araguaia/PA, na diretriz da Rodovia BR-153, ocasionarão impactos nos meios

físico, biótico e antrópico, conforme identificados, qualificados e descritos no Estudo Ambiental

(EA).

Para cada efeito sobre o meio ambiente proveniente de cada uma das atividades e processos

impactantes previstos, devem ser propostas medidas mitigadoras e potencializadoras. Neste

contexto, a partir da identificação e classificação dos prováveis impactos ambientais,

decorrentes das ações e processos das fases de planejamento, implantação e operação do

empreendimento, foram relacionados neste documento os planos básicos ambientais para

acompanhamento e monitoramento na área de influência direta. Os planos ambientais têm o

objetivo de acompanhar a evolução da qualidade ambiental e permitir a adoção de medidas

complementares de controle para o empreendimento, quando necessário.

Tendo em vista a identificação de impactos sobre os meios físico, biótico e antrópico, uma série

de programas ambientais foi proposta no Estudo Ambiental (EA), no intuito de se evitar, mitigar ou

compensar tais impactos. Esses planos compõem este PBA, contemplando o detalhamento de

ações e procedimentos que deverão ser observados nas fases de implantação e operação do

empreendimento, em atendimento as condicionantes da Licença Prévia (LP) nº 297/2008, emitida

pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA),

especificamente, o item 2 – Condições Específicas, no que se refere ao Plano Básico Ambiental.

A elaboração dos planos ambientais está baseada nas recomendações dos estudos de

viabilidade ambiental e no termo de referência fornecido pelo Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), abrangendo as medidas gerais de

controle ambiental propostas como balizadoras, estando agrupadas e discutidos da seguinte

forma:

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14 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

1. Programa de Gestão Ambiental (PGA);

2. Programa Ambiental da Construção (PAC);

3. Programa de Treinamento dos Profissionais em Questões Ambientais (PTQA);

4. Programa de Comunicação Social (PCS);

5. Programa de Educação Ambiental (PEA);

6. Programa de Gerenciamento de Risco (PGR);

7. Programa de Ação de Emergência (PAE);

8. Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (PMQA);

9. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD);

10. Programa de Recuperação das Matas Ciliares (PCRM);

11. Programa de Resgate Arqueológico;

12. Programa de Monitoramento da Fauna Aquática.

13. Programa de Desapropriação e Indenização de Terras e Benfeitorias;

Os planos propostos neste documento estão pautados em práticas que impeçam, minimizem

e/ou compensem os impactos provenientes da instalação do empreendimento e foram baseados

no estudo de viabilidade ambiental, além de ser adequado à realidade tecnológica no contexto

econômico e geográfico que se insere o projeto.

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153 15

2. Dados do Empreendedor

SECRETARIA DA INFRA-ESTRUTURA DO TOCANTINS - SEINF

CNPJ: 01.786.011/0001-01

Endereço: Praça dos Girassóis, s/n, Área Administrativa, Palmas, Tocantins.

Telefone: (63) 3218-1600 / 3218-1635

Representante Legal: José Edmar Brito Miranda

CPF: 011.030.161-72

Cargo: Secretário Estadual de Infra-Estrutura

2.1 Do Responsável pelo Empreendimento

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM DO TOCANTINS - DERTINS

CNPJ: 02.503.756/0001-89

Endereço: Rodovia TO-010, km 01, Setor Leste, Área Verde, Lote 11, Palmas, Tocantins.

Telefone: (63) 3218-7100 / 3218-7123

Representante Legal: Manoel José Pedreira

CPF: 060.815.681-72

Cargo: Presidente

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16 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

3. Dados da Empresa Responsável Pelo Estudo

ENGETEC ENGENHARIA LTDA

CNPJ: 01.218.091/0001-07

Inscrição Estadual: 29.069.056-0

Registro no Conselho: CREA/TO 009535-4

Cadastro Técnico Federal: 24299

Cadastro Naturatins: PS 800.636-2008

Endereço: 103 Norte, Av. LO-02, nº 56, Sala 13, Ed. Olympia, Centro, CEP 77001-022, Palmas/TO.

Telefone: (63) 3215-8200

Home Page: www.engetec.eng.br

E-mail: [email protected]

3.1 Equipe Técnica

3.1.1 Coordenador Geral

ADRIAN DA SILVA

Formação: Engenheiro Agrônomo

Registro Profissional: CREA/PR 2393-9/D

Cadastro Técnico Federal: 168194

Cadastro Naturatins: PS 800.156-2005

CPF: 628.742.689-68

RG: 9.347.927 SSP/SP

Endereço: 103 Norte, Av. LO-02, nº 56, Sala 13, Ed. Olympia, Centro, CEP 77001-022, Palmas/TO.

Telefone: (63) 3215-8200 / 8401-3104 / 8111-1300

E-mail: [email protected]

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153 17

3.1.2 Meio Físico

ADMAR DA SILVA

Formação: Engenheiro Agrônomo

Registro Profissional: CREA/SP 17821/D

DALVIRENE MENDES RODRIGUES ABRANTES

Formação: Engenheira Ambiental

Registro Profissional: CREA/TO 10545-9/D

ADRIAN DA SILVA

Formação: Engenheiro Agrônomo

Registro Profissional: CREA/PR 2393-9/D

BRENO CARDOSO DIAS RATTES

Formação: Acadêmico de Engenheira Ambiental (10º Período)

Função: Estagiário

3.1.3 Meio Biótico

BEATRICE MANNO BOULANGER

Formação: Bióloga M.Sc.

Registro Profissional: CRBio 16.339/04D

Cadastro Técnico Federal: 244908

WILSON RUFINO DIAS JÚNIOR

Formação: Biólogo

Registro Profissional: CRBio 57920/04-D

LUANA BORGES MIZUKAMI BARCELLOS

Formação: Bióloga Licenciada

Cadastro Técnico Federal: 2685669

MARCELA PULTRINI PEREIRA DE OLIVEIRA

Formação: engenheira ambiental

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18 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

3.1.4 Meio Antrópico

ERIKA M. ROBRAHN-GONZÁLEZ

Formação: Doutora em Arqueologia, Antropologia e História.

MARIANA ANSELMO VENTURELI

Formação: Cientista Social

Cadastro Técnico Federal: 3998099

PATRÍCIA DE JESUS SALES

Formação: Geógrafa Licenciada

Cadastro Técnico Federal: 2685650

DALVIRENE MENDES RODRIGUES ABRANTES

Formação: Engenheira Ambiental

Registro Profissional: CREA/TO 10545-9/D

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4. Caracterização do Empreendimento

4.1 Localização

A Ponte sobre o Rio Araguaia e seus acessos será construída na diretriz da Rodovia Federal BR-153,

na divisa dos estados do Tocantins e Pará. Interligará as cidades de Xambioá, região norte do

Tocantins, e São Geraldo do Araguaia, região sudeste do Estado do Pará, entre as coordenadas

22M 771778/9290773 (margem direita) e 22M 770779/9291907 (margem esquerda). Na Figura 1 é

apresentado o mapa de localização do empreendimento.

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20 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Figura 1. Croqui de localização da Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO

e São Geraldo/PA na diretriz da BR-153.

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4.2 Descrição do Empreendimento

O conhecimento técnico a respeito de determinado empreendimento permite a análise de todas

as ações e processos que irão atuar sobre os recursos naturais, desencadeados com a execução

das obras, permitindo identificar, quantificar e valorar os impactos ambientais (positivos e

negativos) para posteriormente propor ações que maximizem ou mitiguem esses impactos.

As principais características técnicas e construtivas desta obra são detalhadas a seguir.

4.2.1 Obra de Arte Especial (OAE)

4.2.1.1 Características Geométricas

Os estudos desenvolvidos para a OAE basearam-se em observações do local e nos elementos

topográficos e geotécnicos, coletados através de trabalhos em campo, como a batimetria do

leito natural do rio e de campanhas de sondagens. Foram realizados 15 furos de sondagens do

tipo misto (SPT e rotativa) ao longo do traçado escolhido para o desenvolvimento do Projeto

Básico de Engenharia.

Foram observadas também as condições necessárias à navegabilidade do manancial. O projeto

da futura ponte obedeceu às exigências da Administração das Hidrovias Tocantins/Araguaia

(AHITAR) para preservar as condições mínimas de navegabilidade, através da realização de

consultas, determinando o retângulo livre para navegação a ser considerado no projeto das

estruturas.

Estudos hidrológicos da Bacia Hidrográfica do Araguaia foram realizados, de forma a atender às

condições de navegabilidade durante as cheias do rio, que resultou no Projeto Básico de

Engenharia para uma OAE com extensão total de 1.727,36 m para o local.

O retângulo previsto para a navegação observado no projeto possui dimensões de

aproximadamente 100,00 m livres na horizontal e 15,00 m de altura, o que atende

satisfatoriamente à futura transposição de embarcações, previstas para a hidrovia sob a ponte

projetada.

As dimensões basearam-se na cota de máxima enchente (M.E.O) registrada para o local que foi

de 122,00 metros. Quando em regime normal, foram observadas cotas de 117,640 metros, em

média. Em condições normais, o gabarito (vão-luz) terá aproximadamente 19,36 metros, com

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22 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

exceção do vão central, que deverá ter 112,00 metros.

O Projeto Geométrico das pistas para a transposição foi concebido com um greide longitudinal

para a concordância de duas rampas, uma ascendente e outra descendente, de +2,25% a -

2,25%, respectivamente. Estes dois trechos em rampa batida, simétricos para ambas as margens,

desenvolvem-se sobre as estruturas dos denominados viadutos de acesso, com extensão de

740,68 metros a partir de cada uma das margens.

Estes dois segmentos em rampa de +2,25% e -2,25% são concordados por um trecho central de

tabuleiro em curva parabólica, com extensão de 246,00 metros. Este greide foi projetado para

atender o gabarito vertical de navegação na região central da travessia do rio e para a redução

das alturas dos aterros de acesso das margens. Isto irá permitir a implantação da ponte com

extensão mínima de transposição.

De acordo com as necessidades geométricas de concordância com a plataforma dos acessos, à

qual será integrada a futura ponte, foram observadas as dimensões transversais mínimas a serem

atendidas. Como estão previstas para os acessos duas faixas de tráfego, em pista simples, de 3,50

mettros de largura cada, e acostamentos, em ambos os bordos, com largura de 2,50 metros, a

plataforma inicial projetada para a OAE teria largura mínima de 12,00 metros.

Considerando-se ainda, a necessidade de proteção dos bordos laterais, foram previstas barreiras

de concreto armado do tipo “New Jersey”, conforme especificações da norma da ABNT - NBR-

14885/2004, com dimensões de 0,40 metros cada, que proporcionou uma largura da plataforma

de 12,80 metros, apenas para atendimento técnico e geométrico da própria Rodovia BR-153.

Porém, tratando-se, ainda, de uma ligação entre municípios, onde é constante e intenso o tráfego

de pedestres e ciclistas, foram previstos espaços laterais, além dos acostamentos. Os passeios

laterais foram projetados, em ambas as laterais, com largura de 1,70m cada. A proteção a ser

instalada será os guarda-corpos adequados à segurança do tráfego em toda a extensão da

travessia, o que permitirá espaços livres aos usuários de no mínimo 1,50 m cada.

Desta maneira, a largura final adotada para a plataforma da OAE foi de 16,20 m ao longo de

toda a travessia sobre a ponte projetada.

4.2.1.2 Características Geotécnicas e Estruturais.

A solução estrutural, além de estar condicionada às condições topográficas, hidrológicas, de

navegabilidade e geométricas deve ser condicionada às observações geotécnicas do local.

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As sondagens realizadas na área foram analisadas através de 15 furos de prospecção realizados

pelo sistema misto, com sondagens do tipo SPT à percussão até o material impenetrável do

subsolo, e ainda, sondagens rotativas além destes limites e em rocha.

Embora em cotas diferenciadas, as características dos materiais encontrados são bastante

regulares para a formação geológica. De maneira geral, foi observada uma camada de

espessura variável, composta por material arenoso e com grande incidência de pedregulhos,

seguida do material impenetrável até a observação da rocha do tipo metamórfica, quartzito, de

muito a pouco fraturada, até se atingir a interrupção das prospecções realizadas.

Pela tentativa de reprodução de um perfil geológico, através dos resultados dos diversos furos de

sondagens e descrição dos materiais neles contidos, pôde-se observar uma espessa camada de

material arenoso com pedregulhos formando um grande bolsão sobre o perfil da rocha, bastante

acentuado e definido na região mais central do rio. Este bolsão encontra-se quase coincidente

com o trecho central da travessia pelas estruturas e muito próximo ao local previsto para o vão

destinado ao canal de navegação.

A extensão estimada para deste grande bolsão depositado sobre o extradorso da formação

rochosa é de aproximadamente 185,00 metros. Esta extensão é considerada superior às

necessidades de transposição de um vão para conter o canal de navegação exigido, que é de

100,00 metros.

Pela possibilidade de atender a esta transposição com apenas um vão central de 112,00 m de

extensão e preservando-se a premissa de custo benefício para o empreendimento a ser

projetado, optou-se, frente à adversidade geotécnica observada, por locar apenas o apoio mais

longo do vão central na região mais profunda para se atingir a rocha desejada, apoiando as

fundações a serem projetadas. Desta maneira os demais apoios foram locados, próximos ou

mesmo fora desta região.

Desde que esta configuração geológica seja realmente confirmada por novas sondagens a

serem obrigatoriamente realizadas no detalhamento do Projeto Executivo de Engenharia, foi

recomendado que os novos furos de sondagens fossem realizados exatamente nas posições dos

apoios a serem projetados.

Para a solução estrutural das fundações, observadas as condições geotécnicas e os estudos

realizados através da reprodução do perfil geológico, optou-se por adotar a solução

convencional das médias e grandes estruturas, largamente utilizada em obras similares.

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Estas estruturas de fundações serão executadas sob a forma de estacas escavadas

mecanicamente, de grande diâmetro, com a utilização de revestimentos metálicos cravados, em

camadas de solo até o substrato impenetrável ou rochoso e, a partir destes níveis de

profundidade, a continuidade da escavação será realizada em diâmetro reduzido, para

implantação de pinos de engastamento, sem revestimento auxiliar, no interior do perfil

impenetrável e na rocha.

Serão adotados dois diâmetros para os elementos das fundações (estacas escavadas

mecanicamente): os de 1,20 metros com revestimento metálico de mesmo diâmetro interno e

pinos de engastamento em rocha, sem previsão de revestimento, com 1,05 metros de diâmetro

teórico e; os de 1,40 metros, com revestimento metálico de mesmo diâmetro interno e pinos de

engastamento em rocha, sem previsão de revestimento, com 1,25 metros de diâmetro teórico.

Os trechos considerados nos comprimentos, tanto das estacas escavadas como de seus

revestimentos metálicos auxiliares das escavações, foram os comprimentos desde a cota inferior

do substrato impenetrável do solo até o nível da lâmina d'água; e desde o leito natural do rio,

conforme dados obtidos da batimetria, até a cota de arrasamento dos blocos de coroamento,

acima do nível NA.

Para os pinos de engastamento em solo impenetrável e em camadas de material rochoso de boa

capacidade de suporte, sem a previsão de revestimento, para estacas de diâmetro de 1,20

métros, foi previsto o comprimento mínimo de 8,0 metros e diâmetro de 1,05 metros. Da mesma

forma, para as estacas previstas com diâmetro de 1,40 metros o comprimento previsto foi de 8,0

metros, exceto nos elementos que compõem as fundações do vão central, que foi previsto

comprimento mínimo de 10,0 metros, e todos com diâmetros teóricos de 1,25 metros.

De forma natural e correta, sob o ponto de vista estrutural, estes elementos foram considerados,

em número, quantidade e seus diâmetros, de acordo com as suas capacidades de suportar

cargas, compatíveis com o material geotécnico observado e de acordo com as cargas atuantes

obtidas na análise estrutural desenvolvida para o Projeto Básico de Engenharia.

As estacas com 1,20 metros de diâmetro foram previstas apenas nas margens, sem a previsão de

comprimentos livres em lâmina d’água ou em ar, com maior expressividade fora do terreno

natural das margens. As estacas especificadas com diâmetro de 1,40 metros, foram previstas nos

demais apoios da travessia em lâmina d’água.

Os elementos estruturais das fundações especificados para execução seguiram as

recomendações da norma NBR-6122/1996, no que diz respeito aos procedimentos executivos,

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materiais constituintes e suas capacidades de carga, individuais ou de grupo, a serem

consideradas nos cálculos.

Quanto aos segmentos, o projeto prevê um trecho central e principal, para a transposição do

canal de navegação e os dois trechos extremos, denominados de viadutos de acesso. Para

ambos os viadutos de acesso, com extensão de 740,68 metros cada, totalizando 1.481,36 metros,

a solução estrutural para a superestrutura foi, de forma mais convencional, a adoção de

tabuleiros formados por cinco vigas-longarina pré-moldadas de concreto protendido, para

formarem vãos em grelha de 37,00 metros de extensão cada.

Para cada um dos dois segmentos de viadutos de acesso, assim projetados, foram previstos vinte

vãos em cada margem, sendo cinco segmentos de quatro vãos contínuos sobre os apoios através

de lajes elásticas e sobre os demais apoios. Entre os cinco trechos de tabuleiros contínuos e nas

extremidades, junto às cortinas de contenção dos aterros de acesso e na transição com o trecho

central, foram previstos juntas estruturais. Desta forma, foi especificada a aplicação de

revestimentos de vedação do tipo juntas de pavimentação no nível das pistas e passeios para

pedestres e ciclistas.

A solução adotada para os viadutos de acesso, é considerada como vãos bastante econômicos.

Resultam em vigas pré-moldadas de peso relativamente reduzido, de fácil deslocamento e

lançamento, com reduzida necessidade de taxas de armaduras passivas, como ativas de

protensão. Sua construção permite abrir diferentes frentes de serviços simultaneamente,

possibilitando a pré-moldagem das vigas-longarina nos canteiros de pré-moldagem,

concomitantemente com a implantação dos demais elementos estruturais constituintes da infra e

mesoestrutura, bem como com a execução da superestrutura do trecho central a ser moldada no

local.

Somente os elementos de solidarização em concreto armado convencional, os protendidos

(transversinas, previstas apenas nos apoios) e a laje do tabuleiro serão moldados no local. Foram

previstas também as lajes fabricadas sobre pré-lajes de concreto pré-moldado. Desta maneira,

somente as regiões das lajes dos passeios e das lajes de continuidade ou de juntas entre

segmentos, serão executadas sobre escoramentos.

Para o trecho central de transposição do futuro canal de navegação, devido às necessidades

geométricas, foi prevista uma superestrutura em seção do tipo caixão celular de concreto

armado e protendido, que serão moldadas no local, formando um segmento contínuo sobre os

apoios centrais dividida em 03 vãos: de 67,00 metros, 112,00 metros e 67,00 metros, totalizando

uma extensão de 246,0 metros. Este trecho será construído pelo processo de balanços sucessivos

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ou pela moldagem segmentada em aduelas ditas progressivas.

O processo consiste na moldagem no local, sob a sustentação de escoramentos metálicos,

suspensos e móveis, a partir dos dois apoios do vão central, denominados de arranques, com a

execução de segmentos denominados de aduelas em balanço, sucessivamente protendidos, até

os fechamentos junto aos apoios extremos do vão central. Estão previstos elementos ou unidades

de protensão, em todas as etapas, desde a moldagem das aduelas sucessivas em balanço, após

os fechamentos laterais e no vão central.

Para a solução dos elementos estruturais de mesoestrutura, de alturas mais significativas, foram

previstos, para os apoios, a execução de pilares únicos do tipo parede de concreto armado, de

seção vazada, que será executado pelo procedimento denominado de formas deslizantes. Este

método dispensa a montagem de escoramentos independentes, pois, trata-se de um processo

sucessivo de deslizamento contínuo das formas logo após a moldagem, através de escoramentos

e formas já incorporadas aos dispositivos utilizados neste processo construtivo de elementos

verticais.

Para apoio efetivo das superestruturas, foram projetadas travessas de concreto armado e

moldadas no local, a serem implantadas no topo dos pilares e para serem posicionados os

aparelhos de apoio, exceto para os dois apoios do vão central, nos quais os pilares se tornam

septos e estão previstos de serem rigidamente ligados à superestrutura projetada.

As normas observadas para o desenvolvimento do projeto Básico de Engenharia, foram as

compatíveis com o empreendimento em questão. Foi consultada a previsão do veículo tipo T-45

da NBR-7188, a nova NBR-6118/2003, entre outras normas e demais especificações do próprio

DNIT, como as pertencentes ao Manual de Projetos de OAE do DNER/DNIT.

A solução estrutural foi determinada pelos diversos fatores de influência que serviram de base

para o adequado desenvolvimento da obra, apresentando-se como solução técnica e

economicamente mais recomendável para a implantação da Ponte sobre o Rio Araguaia.

4.2.1.3 Aspectos Construtivos

Serão apresentadas a seguir as diretrizes básicas para execução das diversas etapas dos serviços

relativos à construção da obra de arte especial (OAE) sobre o Rio Araguaia.

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I - Fundações em Estacas Escavadas

As fundações foram projetadas em estacas escavadas com diâmetro de 1,20 metros e 1,40

metros. Estas estacas serão executadas mecanicamente, dispensando a presença de operário no

poço de perfuração.

a) Perfuração

O equipamento para perfuração é composto essencialmente de uma mesa rotativa que aciona

uma haste telescópia (kelly-bar) que tem acoplada na sua extremidade inferior a ferramenta de

perfuração, cujo tipo varia em função da natureza do terreno a perfurar: trado (auger), caçamba

(bucket) ou coroa (coring crown).

À medida que a haste penetra no solo por rotação, a ferramenta se preenche gradualmente e,

quando cheia, a haste é levantada e é automaticamente esvaziada por força centrífuga. A mesa

rotativa ou perfuratriz é acionada por motor a diesel. É dotada de uma central hidráulica de

comando “pull down” da haste telescópia, utilizado para dar maior penetração à ferramenta de

perfuração.

As manobras da mesa são controladas pelo operador do guindaste através do comando

instalado na cabine. O guindaste aciona um cabo de aço para descida e levantamento da

haste telescópia. Quando a escavação atinge horizontes abaixo do lençol freático a perfuração

é normalmente executada em presença da lama bentonítica.

A técnica de perfurações profundas desenvolveu-se devido ao emprego da lama bentonítica,

que tem a dupla função de garantir a estabilidade do furo (evitando a utilização do tubo de

revestimento) e de manter em suspensão os detritos provenientes da desagregação do terreno. A

perfuração com lama bentonítica pode ser realizada com circulação direta ou circulação

inversa.

Quando as condições do terreno não permitem a aplicação das técnicas acima mencionadas,

poderão ser utilizados os equipamentos do tipo R12, entubadeiras ou vibradores para cravação e

extração de camisas metálicas de revestimento, retirando-se o material interno com a mesma

perfuratriz ou com “hammer grab”.

Para execução das estacas onde existe lâmina d’água será utilizado a cravação de camisas

metálicas perdidas, e os equipamentos irão trabalham sobre balsas.

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b) Colocação da armação

Concluída a perfuração inicia-se a colocação da armadura, por meio de guindaste auxiliar ou

com o próprio guindaste da perfuratriz. A armadura será reforçada com anéis de rigidez e dotada

de distanciadores para garantir o necessário recobrimento, que é normalmente de 5,00 cm.

c) Concretagem

O sistema de concretagem a ser utilizado na execução das estacas é o submerso, ou seja,

executado no sentido ascendente de modo contínuo e uniforme. Este processo consiste na

aplicação de concreto por gravidade através de um tubo (tremie) locado no centro do furo,

munido de uma tremonha de alimentação (funil), cuja extremidade, durante a concretagem

deve estar conveniente imersa no concreto. Para evitar que a lama se misture com o concreto

lançado, coloca-se um obturador no interior do tubo, funcionando como êmbolo, que expulsa a

lama pelo peso próprio da coluna de concreto.

No lançamento do concreto, deve-se manter um fluxo constante e retangular a fim de se obter

uma concretagem adequada, com o concreto preenchendo o furo no sentido ascendente

continuamente, garantindo a perfeita aderência do fuste da estaca ao terreno.

II - Execução dos Blocos de Coroamento

Os painéis das formas a serem utilizadas, poderão ser projetados antecipadamente pelo setor

técnico e, individualmente para cada elemento estrutural. A fabricação destes painéis ficará a

cargo, da carpintaria da obra. Mas, a montagem dessas estruturas será feita no campo, de

acordo com o projeto previamente elaborado e seguindo todos os detalhes de travamento,

atirantamento, estroncamento, encunhamento e vedação.

No dimensionamento destes painéis será levado em consideração, para cada caso, todos os

esforços a serem desenvolvidos nas diversas fases de sua utilização, tais como: içamento,

travamento, pressão de vedação ao pé do painel junto à camada anterior, velocidade da

concretagem associada à geometria do bloco ou encontro, impacto oriundo do lançamento de

concreto plástico, entre outros.

O escoramento dos blocos sobre o rio será realizado utilizando-se como apoio as camisas

metálicas das estacas escavadas. Para minimizar este escoramento, pode-se executar o bloco

em duas etapas de modo que o peso do concreto da 2ª etapa seja revestido pela 1º

concretagem.

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As armaduras serão preparadas na central de armação no canteiro de obras. Os ferros cortados e

dobrados serão levados à frente de trabalho em caminhões carroceria. Para os elementos

estruturais cuja aplicação de armaduras pré-montadas (função do peso e dimensões do

conjunto, para transporte e colocação) e ferragens sejam possíveis, poderá ser total ou

parcialmente montada com antecipadamente no pátio da central de armação.

A concretagem dos blocos de fundação poderá ser executada com bomba de concreto ou

caçamba, içada por guindaste. Quando for possível, a concretagem se fará através de calhas ou

diretamente dos carrinhos-de-mão que efetuarão o transporte do concreto desde as betoneiras

até os locais especificados.

III - Execução dos Pilares

Foi recomendada a utilização de formas metálicas deslizantes para a execução dos pilares. Estas

formas serão constituídas de módulos metálicos, enrijecidos e contraventados horizontal e

verticalmente através de perfis metálicos, com andaimes laterais e inferiores acoplados à estrutura

da forma. A movimentação ascensional da forma de cada lance de concretagem para o lance

subseqüente, será feita através de macacos acionados por bombas hidráulicas.

As armaduras serão preparadas no canteiro principal na central de armações, e levadas às

frentes de trabalhos cortadas e dobradas para a montagem. No lançamento do concreto para a

construção dos pilares serão utilizados elevadores que transportarão as “giricas” até o ponto de

lançamento.

IV - Execução da Superestrutura

a) Trechos em Vigas Pré-moldadas

Os trechos de acesso ao vão central possuirão superestrutura em vigas múltiplas pré-moldadas

protendidas. O projeto prevê a execução de 110 vigas pré-moldadas de 37,00m de comprimento.

As vigas serão executadas sobre berços de concreto armado que possuirão nichos (inserts)

metálicos para a perfeita fixação das formas, que poderão ser de madeirit plastificadas ou

metálicas, escolhidas de acordo com os números de berços que serão executados. Sobre os

berços serão montadas as armaduras em aço e posicionadas as bainhas metálicas galvanizadas

para posterior enfiação dos cabos de protensão.

As bainhas deverão ser posicionadas em cada seção, sobre galgas (gabaritos) de barras de aço

executadas especificamente para esta função. O cobrimento das armações especificado no

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projeto deverá ser assegurado por meio de espaçadores próprios ou por pastilhas de nata de

cimento feitas na obra.

A última etapa da montagem da viga antes do fechamento das formas corresponde ao

posicionamento das placas de ancoragem nas extremidades das formas. Estas placas serão pré-

moldadas em canteiro próprio e a concretagem será feita com as mesmas em posição horizontal

de forma a garantir o perfeito adensamento do concreto nesta peça de grande

congestionamento de armações e dispositivos de ancoragem dos cabos.

A identificação das placas de ancoragem deverá ser criteriosa, tendo em vista que as mesmas

incorporam as cunhas de nivelamento para materialização do greide da ponte. Esta

identificação poderá ser feita através de pintura sobre a própria peça, em correspondência com

a viga em que a placa será aplicada.

A concretagem das placas pré-moldadas será executada com antecedência mínima de dez dias

do início da concretagem da viga e o concreto deverá possuir fck ≥35 MPa. Após a completa

conferência das armações, quanto à bitola e espaçamentos, será realizado o fechamento das

formas e a limpeza completa para iniciar a operação de concretagem.

Antes da concretagem devem ser revistos os escoramentos, alinhamentos e prumos das formas. A

concretagem será executada em camadas de 30,00 cm ao longo do comprimento da viga e de

forma contínua. O traço do concreto será dosado experimentalmente para garantia do

abatimento adequado e do fck ≥35 MPa, não sendo admitidas interrupções na concretagem. A

retirada das formas ocorrerá 24 horas após o término da concretagem.

Após a liberação pelo laboratório de controle tecnológico do concreto, atingindo-se o fck

requerido para a 1ª etapa de protensão, dar-se-á início a limpeza das bainhas, a enfiação dos

cabos e a protensão dos mesmos. O controle da força de protensão será feito através da

comparação entre o alongamento real dos cabos e o alongamento teórico previsto no projeto.

Após a liberação dos cabos inicia-se a injeção das bainhas com calda de cimento ou o

transporte da viga pré-moldada para o pátio de estocagem. A injeção das bainhas poderá ser

realizada no pátio de estocagem, e não no berço de fabricação, de modo a acelerar o

processo. O deslocamento da viga do berço de fabricação até o pátio de estocagem será

executado por meio de estruturas metálicas específicas (fischiettis) instaladas nas extremidades

das vigas e movimentadas sobre trilho com tracionamento através de tifores.

O lançamento das vigas até suas posições definitivas no vão da ponte será feito através de

treliças lançadores autopropelidas tipo Sicet com capacidade portante de 1000 kN.

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Após o posicionamento das vigas pré-moldadas, inicia-se a execução das transversinas de apoio

e intermediárias. Antes da execução das transversinas, deve-se assegurar a estabilidade

transversal das vigas já posicionadas através de estroncas na região dos apoios das vigas.

Protendidas as transversinas, procede-se o posicionamento das pré-lajes entre as vigas pré-

moldadas. Estas pré-lajes devem estar fundidas de acordo com o projeto no canteiro de vigas

pré-moldadas. Neste mesmo local serão fabricadas as placas de concreto pré-moldadas de

arremate da seção transversal. Com as pré-lajes posicionadas iniciarão os trabalhos de armação

complementar das lajes, para em seguida concretar as mesmas, deixando as armaduras de

espera das guarda-rodas e soleira do guarda-corpo.

Concluídos os serviços acima especificados, serão fixadas as placas pré-moldadas de arremate,

concretando os guarda-rodas e fixando as grades metálicas.

b) Trechos em Balanços Progressivos

O trecho que será executado pelo método dos balanços sucessivos está compreendido entre os

pilares P11 e P14, sendo composto por duas torres ligadas entre si que perfazem um pórtico

contínuo de três vãos. Cada uma das torres é constituída por um trecho moldado no local através

de escoramento direto sobre os pilares, com comprimento de 16,50 metros e por onze aduelas de

cada lado.

A construção consistirá na execução dos trechos da superestrutura em plena seção transversal,

denominados aduelas, que vão avançando em balanço, a partir dos pilares, até a completa

realização do vão. As aduelas serão moldadas no local, utilizando-se como cimbramento uma

treliça metálica especialmente projetada que apóia na aduela anterior já executada e

protendida, e que projeta-se em balanço sobre a próxima aduela a ser executada. O

comprimento de cada aduela será de 4,25 metros. Assim, o apoio frontal da treliça funciona de

forma comprimido, enquanto o apoio traseiro funciona à tração, tendo que ser atirantado na laje

superior da aduela já executada.

Após a concretagem da aduela, serão aguardados de dois a três dias para iniciar a protensão,

que seguirá o plano de protensão previsto no desenho do projeto.

Concluída a protensão, a aduela torna-se autoportante e pode-se liberar a treliça para o avanço

e execução de uma nova aduela. O processo se repete até a execução das últimas aduelas,

exceto nos trechos de fechamento extremo e central que devem ser concretados posteriormente.

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4.2.1.4 Resumo dos Quantitativos

No Quadro 1 é apresentado o resumo dos quantitativos de materiais e serviços necessários para a

implantação da Ponte sobre o Rio Araguaia.

Quadro 1. Resumo do quantitativo de materiais e serviços necessários para a implantação da Ponte sobre o Rio Araguaia.

Discriminação dos serviços Especificação Unidade Quantidade Serviços gerais e preliminares

Mobilização de equipamentos e execução de sondagens geotécnicas tipo SPT em solo. NBR-6484/2001 m 704,00

Mobilização de equipamentos e execução de sondagens geotécnicas tipo rotativas em material impenetrável ao SPT ou em rocha. NBR-6484/2001 m 444,00

Contratação e apresentação para aprovação dos detalhamentos em forma de projeto executivo de engenharia das estruturas. MPOAE-DNER/1996 m² 27983,23

Contratação de pessoal especializado p/ serviços de Acompanhamento Técnico de Obra (ATO) de consultoria estrutural durante a implantação das estrutura, inclusive remuneração da equipe técnica, despesas administrativas, de transporte p/ deslocamento e estadias .

MP de OAE-DNER/1996 mês 36,00

Montagem de canteiro de obras, mobilização e desmobilização (em ambas as margens). MC de OAE-DNER/1995 vb 1,00

Serviços de mobilização e desmobilização de equipamentos de obra. MC de OAE-DNER/1995 vb 1,00 Infra-estrutura

Execução de estacas Estacas em terra (nas margens)

Escavação de regularização em solo, sem esgotamento, para nivelamento das cotas de arrasamento das estacas e fundo do lastro dos blocos de coroamento. DNER-ES-334/97 m³ 902,54

Fornecimento e cravação tipo retro-percurssiva de camisas metálicas em aço tipo A-36 – c/ diâm. Interno>=1200mm – espessura de chapa de fuste ef=10mm – e faca de ponta ep=16mm (C /L=50cm) (peso teórico p/ metro de fuste Pf>298,40kg/m e peso teórico de faca de ponte Pp>240kg).

DNER-ES-334/97 kg 153776,64

Escavação mecânica para estacas escavadas no interior de camisas metálicas cravadas (formas perdidas) com diâmetro = 1200mm em terreno de subsolo de 1ª Categoria (em solo com NSPT<30 golpes).

DNER-ES-334/97 m³ 369,15

Escavação mecânica para estacas escavadas no interior de camisas metálicas cravadas (formas perdidas) com diâmetro = 1200mm em terreno de subsolo de 2ª Categoria (em solo com NSPT<30 golpes até o impenetrável).

DNER-ES-334/97 m³ 184,57

Escavação mecânica para estacas escavadas alem do interior do revestimento em camisas metálicas cravadas sem, formas perdidas, com pino de engastamento de cravação dos fustes, com diâmetro = 1050mm em terreno de subsolo de 3ª Categoria (em solo impenetrável ao SPT ou em rocha)

DNER-ES-334/97 m³ 221,67

Equipamentos e serviços de limpeza de todo o interior das camisas metálicas, fustes dos trechos pinos de engastamento escavados das estacas, pela utilização do processo de retro circulação de água por processo de ar comprimido tipo “AIR LIFT”.

DNER-ES-334/97 m³ 775,40

Aço CA-50, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas (inclusive nas estacas escavadas) DNER-ES-331/97 kg³ 46523,72

Fornecimento e lançamento de concreto submerso C30 (fck>=30 Mpa) A/C<0,55 – c/ consumo mínimo de cimento de 400kg/m³ (NBR-6122) p/ moldagem dos fustes e pinos de engastamento das estacas escavadas.

DNER-ES-330/97 m³ 775,40

Execução de serviços de arrastamento de estacas de diâm=1200mm c/ demolição do concreto, corte das camisas metálicas e limpeza das cabeça das estacas escavadas, p/ o adequado embutimento no interior dos futuros blocos de coroamento.

DNER-ES-334/97 ud 32,00

Estacas em trecho de lâmina d’água Fornecimento e cravação tipo retro-percurssiva de camisas metálicas em aço tipo A-36 – c/ diâm. Interno >=1400mm – espessura de chapa de fuste ef=12,5mm – e faca de ponta ep=16mm (C/L=50cm)–( peso teórico p/ metro de fuste Pf>435,4kg/m e peso teórico de faca de ponte Pp>280kg.

DNER-ES-334/97 kg 1136292,22

Escavação mecânica para estacas escavadas no interior de camisas metálicas cravadas (formas perdidas) com diâmetro = 1400mm em terreno de subsolo de 1ª Categoria (em solo com NSPT<30golpes).

DNER-ES-334/97 m³ 1250,18

Escavação mecânica para estacas escavadas no interior de camisas metálicas cravadas (formas perdidas) com diâmetro = 1400mm em terreno de subsolo de 2ª Categoria (em solo com NSPT<30golpes até o impenetrável).

DNER-ES-334/97 m³ 625,09

Escavação mecânica para estacas escavadas além do interior do revestimento em camisas metálicas cravadas, sem formas perdidas, como pino de engastamento de cravação dos fustes, com diâmetro = 1250mm, em terreno de subsolo de 3ª Categoria ( em solo impenetrável ao SPT ou em rocha).

DNER-ES-334/97 m³ 1668,97

Equipamentos e serviços de limpeza de todo o interior das camisas metálicas, fustes e dos trechos pinos de engastamento escavados das estacas, pela DNER-ES-334/97 m³ 5524,04

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153 33

Discriminação dos serviços Especificação Unidade Quantidade utilização do processo de retro circulação de água por processo de ar comprimido tipo “AIR LIFT”. Aço CA – 50A, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas (inclusive nas estacas escavadas) DNER-ES-331/97 kg 331442,49

Fornecimento e lançamento de concreto submerso C30 (fck>=30 Mpa) A/C<0,55 – c/ consumo mínimo de cimento de 400kg/m³ (NBR-6122) p/ moldagem dos fustes e pinos de engastamento das estacas escavadas.

DNER-ES-330/97 m³ 5524,04

Execução de serviços de arrasamento de estacas de diâm=1400mm c/ demolição do concreto, corte das camisas metálicas e limpeza das cabeças das estacas escavadas, p/ o adequado embutimento no interior dos futuros blocos de coroamento.

DNER-ES-334/97 ud 164,00

Execução dos blocos de coroamento Blocos de coroamento, cortinas e alas das extremidades.

Fornecimento e lançamento de concreto magro C15 (fck>= 15 Mpa) (sem finalidade estrutural) – p/ regularização de fundo na moldagem dos blocos de coroamento.

DNER-ES-330/97 m³ 15,42

Fornecimento e montagem de formas comum de madeira, inclusive escoramentos laterais dos blocos, cortinas, consoles de apoio à laje de transmissão e das alas laterais.

DNER-ES-333/97 m² 401,20

Aço CA-50A, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas. DNER-ES-331/97 kg 39055,92

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>=30 Mpa) A/C<0,55. DNER-ES-330/97 m³ 325,47 Blocos De Coroamento Em Terra (Nas Margens)

Fornecimento e lançamento de concreto magro c15 (FCK>=15 Mpa) (sem finalidade estrutural) – p/ regularização de fundo na moldagem dos blocos de coroamento.

DNER-ES-330/97 m³ 29,90

Fornecimento e montagem de formas comum de madeira, inclusive escoramentos laterais e, ainda, inferiores, quando em blocos elevados do terreno natural da margens.

DNER-ES-333/97 m² 464,50

Aço CA – 50A, fornecimento, corte,dobragem, montagem e colocação nas formas. DNER-ES-331/97 kg 81720,00

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>=30 Mpa) A/C<0,55. DNER-ES-330/97 m³ 681,00 Blocos de coroamento em trecho c/ lâmina d’água

Fornecimento e montagem de formas comum de madeira, inclusive escoramentos especiais apoiados em consoles metálicos e, ainda, p/ as laterais dos blocos sobre a lâmina d’água.

DNER-ES-333/97 m² 3977,84

Aço CA – 50A, fornecimento, corte,dobragem, montagem e colocação nas formas. DNER-ES-331/97 kg 463046,40

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>=30 Mpa) A/C<0,55. DNER-ES-330/97 m³ 3858,72 Execução de defensas contra choque de embarcações nos apoios do vão

central

Execução de estacas em lâmina d’água Fornecimento e cravação tipo retro-percussiva de camisas metálicas em Aço tipo A-36 – c / diam. Interno >=1400mm – espessura de chapa de fuste ef = 12,5mm – e faca de ponta ep = 16mm (C/L = 50cm) – (peso teórico para metro de fuste Pf> 435,4 kg/m e peso teórico de faca de ponte Pp>280kg)

DNER-ES-334/97 kg 187161,80

Escavação mecânica para estacas escavadas no interior de camisas metálicas cravadas (formas perdidas) com diâmetro = 1400mm em terreno de subsolo de 1ª Categoria (em solo com NSPT<30golpes)

DNER-ES-334/97 m³ 254,51

Escavação mecânica para estacas escavadas no interior de camisas metálicas cravadas (formas perdidas) com diâmetro = 1400mm em terreno de subsolo de 2ª Categoria (em solo com NSPT<30golpes até o impenetrável)

DNER-ES-334/97 m³ 127,26

Escavação mecânica para estacas escavadas além do interior do revestimento em camisas metálicas cravadas, sem formas perdidas, como pino de engastamento de cravação dos fustes, com diâmetro = 1250mm, em terreno de subsolo de 3ª Categoria ( em solo impenetrável ao SPT ou em rocha)

DNER-ES-334/97 m³ 245,44

Equipamentos e serviços de limpeza de todo o interior das camisas metálicas, fustes e dos trechos pinos de engastamento escavados das estacas, pela utilização do processo de retro circulação de água por processo de ar comprimido tipo “AIR LIFT”

DNER-ES-334/97 m³ 887,36

Aço CA – 50A, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas (inclusive nas estacas escavadas) DNER-ES-331/97 kg 53241,51

Fornecimento e lançamento de concreto submerso C30 (fck>=30 Mpa) A/C<0,55 – c/ consumo mínimo de cimento de 400kg/m³ (NBR-6122) p/ moldagem dos fustes e pinos de engastamento das estacas escavadas

DNER-ES-330/97 m³ 887,36

Execução de serviços de arrasamento de estacas de diâm=1400mm c/ demolição do concreto, corte das camisas metálicas e limpeza das cabeças das estacas escavadas, p/ o adequado embutimento no interior dos futuros blocos de coroamento

DNER-ES-334/97 ud 20,00

Execução de blocos de coroamento em lâmina d’água Fornecimento e montagem de formas comum de madeira, inclusive escoramentos especiais apoiados em consoles metálicos e, ainda, p/ as laterais dos blocos sobre a lâmina d’água

DNER-ES-333/97 m² 514,20

Aço CA-50A, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas. DNER-ES-331/97 kg 70632,00

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>=30 Mpa) A/C<0,55 DNER-ES-330/97 m³ 588,60 Fornecimento e colocação por fixação através de adesivo a base de epóxi, de DNER-ES-331/97 Kg 8142,00

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34 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Discriminação dos serviços Especificação Unidade Quantidade tiras ou placas de neoprene simples, em superfícies verticais dos blocos de proteção contra choque de embarcações, inclusive limpeza por hidrojateamento e preparo das superfícies de concreto p/ colagem, materiais e equipamentos auxiliares.

Mesoestrutura Serviços para execução dos pilares

Fornecimento de equipamentos, matérias e mão de obra, para execução de pilares com formas especiais para concreto aparente pelos processos de formas deslizantes ou trepantes (neste caso inclusive escoramentos trepantes e suas fixações)

DNER-ES-333/97 m² 10747,38

Aço CA-50A, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas DNER-ES-331/97 kg 327367,80

Fornecimento e lançamento de concreto C35 (fck>=35 Mpa) A/C<0,50 DNER-ES-330/97 m³ 2182,45 Serviços para execução das travessas de apoio

Fornecimento e execução de formas especiais para concreto aparente e escoramentos para moldagem de travessas superiores de apoio DNER-ES-333/97 m² 2453,42

Aço CA-50A, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas DNER-ES-331/97 kg 272727,00

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>=30 Mpa) A/C<0,55 DNER-ES-330/97 m³ 1515,15 Fornecimento e lançamento de argamassa estrutural tipo SIKAGROUT TIX, ou similar, com adição de 30% de pedrisco para execução de cunhas, calços e berços dos apoios

DNER-ES-330/97 m³ 9,94

Fornecimento e colocação de aparelhos de apoio metálicos móveis unidirecionais CERNOFLON CU- 1500/50 tipo PROFIP ou similar (para os apoios móveis das vigas dos vãos dos viadutos de acesso)

DNER-ES-335/97 ud 200,00

Fornecimento e colocação de aparelhos de apoio metálicos fixos CERNOFLON CF-1500 tipo PROFIP ou similar (para os apoios fixos das vigas dos vãos dos viadutos de acesso)

DNER-ES-335/97 ud 200,00

Fornecimento e colocação de aparelhos de apoio metálicos móveis unidirecionais RUNDFLON RU-5000/100 tipo PROFIP ou similar (para as extremidades dos balanços sucessivos)

DNER-ES-335/97 ud 2,00

Fornecimento e colocação de aparelhos de apoio metálicos móveis multidirecionais RUNDFLON RU-5000/100/20 tipo PROFIP ou similar (para as extremidades dos balanços sucessivos)

DNER-ES-335/97 ud 2,00

Superestrutura Trechos dos viadutos de acesso em vigas pré-moldadas

Berço de concretagem das vigas pré-moldadas, inclusive estocagem e linhas para movimentação (em ambas as margens) DNER-ES-337/97 m² 7600,00

Formas de placa de madeira compensada plastificada p/ moldagem das vigas pré-moldadas DNER-ES-333/97 m² 36827,34

Transporte, lançamento e posicionamento de vigas pré-moldadas com P<=75tf – L=36,10m DNER-ES-337/97 ud 200,00

Lançamento e posicionamento de pré-laje de concreto pré-moldada (210cmx40cmx6cm) Peso>126kg DNER-ES-337/97 ud 13600,00

Formas de placa de madeira compensada plastificada p/ moldagem das pré-lajes pré-moldadas DNER-ES-333/97 m² 15504,00

Formas de placa de madeira compensada plastificada p/ moldagem das tranvesinas DNER-ES-333/97 m² 2220,67

Formas de placa de madeira compensada plastificada p/ moldagem das lajes moldadas no local em balanço para os passeios laterais DNER-ES-333/97 m² 6660,00

Formas de placa de madeira compensada plastificada p/ moldagem das lajes moldadas no local sobre os apoios, para regiões de juntas ou de laje de continuidade e balanços laterais

DNER-ES-333/97 m² 2652,32

Escoramentos suspensos especiais, em treliças metálicas móveis, para sustentação de formas e plataformas de trabalho na execução das lajes em balanço para passeios laterais a serem moldadas no local

DNER-ES-337/97 m² 6660,00

Escoramentos convencionais apoiados nas travessas, para sustentação de formas na execução das lajes em balanço de juntas, lajes de continuidade e das transversinas, nas regiões dos apoios, a serem moldadas no local

DNER-ES-337/97 m² 2652,32

Aço CA-50A, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas DNER-ES-331/97 kg 1576671,60

Fornecimento e lançamento de concreto C40 (fck>= 40 Mpa) A/C<0,45 (p/ execução das vigas pré-moldadas) DNER-ES-330/97 m³ 5902,00

Fornecimento e lançamento de concreto C35 (fck>= 35 Mpa) A/C<0,50 (p/ execução das transversinas) DNER-ES-330/97 m³ 232,03

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>= 30 Mpa) A/C<0,55 (p/ execução das pré-lajes pré-moldadas) DNER-ES-330/97 m³ 685,44

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>= 30 Mpa) A/C<0,55 (p/ execução de moldagem da laje do tabuleiro no local) DNER-ES-330/97 m³ 4041,20

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>= 30 Mpa) A/C<0,55 (p/ execução de moldagem da laje em balanços dos passeios no local em segunda etapa de execução)

DNER-ES-330/97 m³ 830,87

Fornecimento, colocação e protensão de ancoragens ativas para 6 diâm. 12,7mm – (p/ as transversinas) DNER-ES-332/97 ud 320,00

Fornecimento, corte, colocação, inclusive bainhas galvanizadas corrugadas diâm. Int. 55mm e injeção, de cabos em aço CP-190 RB 6 diâm. 12,7mm DNER-ES-332/97 Kg 10713,60

Fornecimento, colocação e protensão de ancoragens ativas para 15 diâm. DNER-ES-332/97 Ud 1600,00

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Discriminação dos serviços Especificação Unidade Quantidade 12,7mm – (p/ as vigas longarinas) Fornecimento, corte, colocação, inclusive bainhas galvanizadas corrugadas diâm. Int. 75mm e injeção, de cabos em aço CP-190 RB 15 diâm. 12,7mm DNER-ES-332/97 Kg 349600,00

Trecho central e balanços sucessivos Fornecimento, mobilização e desmobilização, montagem e desmontagem, inclusive operação, de 02 (duas) unidades de gruas com altura H>= 25m – comprimento de lança L>= 45m c/ capacidade de carga de ponta P>= 1200 kg, p/ serviços de apoio p/ movimentação e transporte, de materiais e equipamentos, durante a execução da superestrutura.

DNER-ES-337/97 Mês 8,50

Escoramentos apoiados, tipo ou torres metálicas, para sustentação de formas e plataformas de trabalho na execução dos arranques da superestrutura sobre os pilares centrais

DNER-ES-337/97 m³ 7459,20

Escoramento suspensos especiais, em treliças metálicas móveis, para sustentação de formas e plataformas de trabalho na execução das aduelas da superestrutura moldadas no local em avanços sucessivos, c/ a previsão de capacidade de carga máxima P>= 160 tf

DNER-ES-337/97 m² 2713,60

Escoramento suspensos especiais, em treliças metálicas suspensas, para sustentação de formas e plataformas de trabalho na execução do trecho da superestrutura moldadas no local nos fechamentos das extremidades dos avanços sucessivos

DNER-ES-332/97 m² 179,20

Escoramentos nas lajes de fundo, das formas internas das aduelas em caixão celular de concreto DNER-ES-332/97 m³ 3590,38

Formas internas de placas de madeira tipo compensado resignado (p/ aplicação de moldagem no interior das aduelas da superestrutura) DNER-ES-333/97 m² 3254,26

Formas externas de placas de madeira tipo compensado resignado (p/ aplicação de moldagem no exterior das aduelas dos arranques e nas demais aduelas da superestrutura)

DNER-ES-333/97 m² 4665,64

Aço CA-50A, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas DNER-ES-331/97 kg 384149,16

Fornecimento, colocação e protensão de ancoragens ativas para 15 diâm. 12,7mm – (p/ as aduelas) DNER-ES-332/97 Ud 336,00

Fornecimento, colocação e protensão de ancoragens de emendas para 15 diâm. 12,7mm – (p/ as aduelas de extremidades adicionais em balanço) DNER-ES-332/97 Ud 8,00

Fornecimento, corte, colocação, inclusive bainhas galvanizadas corrugadas diâm. Int. 75mm e injeção, de cabos em aço CP-190 RB 15 diâm. 12,7mm (p/ as aduelas)

DNER-ES-332/97 kg 120913,28

Formas de placa compensada plastificada p/ moldagem das lajes moldadas no local em balanço para os passeios laterais DNER-ES-333/97 m² 1107,00

Escoramento suspensos especiais, em treliças metálicas móveis, para sustentação de formas e plataformas de trabalho na execução das lajes em balanços para passeios laterais a serem moldadas no local

DNER-ES-337/97 m² 1107,00

Fornecimento e lançamento de concreto C40 (fck>= 40 Mpa) fator A/C<0,45 (p/ execução do tabuleiro – arranques e aduelas da superestrutura) DNER-ES-330/97 m³ 2422,89

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>= 30 Mpa) A/C<0,55 (p/ execução de moldagem da laje em balanços dos passeios no local em segunda etapa de execução)

DNER-ES-330/97 m³ 138,10

Lajes de transição Fornecimento e lançamento de concreto simples e magro para regularização, sem função estrutural, C15 (fck>= 15 Mpa). DNER-ES-330/97 m³ 9,92

Fornecimento e execução de pintura das superfícies de apoio da laje de transição, sobre os consoles, com emulsão tipo IGOLFLEX preto ou similar. DNER-ES-335/97 kg 35,70

Fornecimento e montagem de formas comum de madeira. DNER-ES-333/97 m² 19,08 Aço CA-50A, fornecimento, corte, dobragem, montagem e colocação nas formas. DNER-ES-331/97 kg 3427,20

Fornecimento e lançamento de concreto C30 (fck>= 30 Mpa) A/C<0,55. DNER-ES-330/97 m³ 28,56 Fornecimento e aplicação de mastique elástico, tipo SIKAFLEX t68, ou similar. DNER-ES-335/97 kg 30,62

Serviços de acabamentos Execução de concreto armado tipo New Jersey (concreto C30 – A/C<0,55) (inclusive materiais).

NBR – 14885/DNER PRO- 176/94 m 3454,60

Fornecimento de materiais, fabricação e colocação de guarda-copo em tubos metálicos, inclusive preparo e acabamento de superfícies dos tubos metálicos, com limpeza de fundo, aplicação de jateamento abrasivo tipo metal quase branco (SSPC-SP10), pintura base de fundo em duas de mão x 30 micra cada de zarcão óxido de ferro epóxi, a dois componentes, amino ou poliamida curado e pintura de acabamento com duas de mão x 30 micra cada com acabamento epóxi semibrilhante, a dois componentes, poliamida.

DNER-ES-335/97 m 3470,60

Fornecimento e colocação de dremos PVC diâm. 4”, c= 50cm. DNER-ES-335/97 ud 1728,00 Fornecimento de materiais e execução de pavimento de concreto tipo CML (concreto modificado com látex) contínuo C30 (fck> 30MPa fator A/C<0,55) – com adição de látex tipo NITOBOND SBR (ou similar) na relação 1:4 – SBR : Água, na água de amassamento e com adição de grampos metálicos tipo Dramix – RC – 80/60 BN na proporção de 35kg/m³, c/ previsão de limpeza das superfícies de aplicação c/ jateamento d’água sob pressão, aplicação de ponte de aderência por aspersão com adesivo à base de resina acrílica tipo NITOBOND – AR (c/ consumo mínimo de 1/2kg/m²), execução de juntas serradas c/ disco diamantado de 10x20mm, 03x longitudinais e transversais a cada 4m c/ previsão de preenchimento das juntas c/ aplicação de selante, mastique elástico tipo

DNER-ES-335/97 - DNER-ES-330/97 m³ 1450,93

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Discriminação dos serviços Especificação Unidade Quantidade SIKAFLEX T68 ou similar (consumo mínimo de 1,6 kg/dm³ de junta preenchida). Fornecimento dos materiais, preparo das superfícies, colocação e fixação de revestimento flexível de juntas no pavimento do tipo PROFIP-GPE-80 ou similar (p/ as extremidades dos balanços sucessivos).

DNER-ES-335/97 m 24,00

Fornecimento dos materiais, preparo das superfícies, colocação e fixação de revestimento flexível de juntas no pavimento do tipo PROFIP-RAN-50S ou similar (p/ os trechos dos viadutos de acesso).

DNER-ES-335/97 m 120,00

Fornecimento e aplicação de espuma expansiva de poliuretano tipo SIKA BOOM-S, ou similar, para preenchimento e pré-vedação das juntas transversais dos passeios sobre os apoios, como preparo para posterior vedação de acabamento superficial c/ mastique elástico.

DNER-ES-335/97 kg 552,73

Fornecimento e aplicação de mastique elástico, tipo SIKAFLEX T68, ou similar nas juntas transversais dos passeios sobre os apoios. DNER-ES-335/97 Kg 156,77

Fabricação, instara de fundolação e colocação, inclusive preparo anticorrosão de superfície com pintura de fundo e de acabamento, de tampas móveis removíveis e suas fixações, em aço tipo A-36 (c/ peso aproximado de 60 kg/unidade), para vedação das aberturas (portas alçapões de visita) para acesso ao interior da seção caixão pelas aberturas das transversinas dos extremos do balanço sucessivo.

DNER-ES-335/97 ud 2,00

Pintura das barreiras com tinta mineral, tipo CIMENTOL ou similar (inclusive materiais e mão de obra). DNER-ES-335/97 m 3454,60

Pintura dos pilares da mesoestrutura com tinta mineral tipo CIMENTOL ou similar (após a execução de moldagem dos elementos estruturais e com a necessidade de dispositivos auxiliares suspensos p/ acesso – balcancins, inclusive materiais e mão de obra).

DNER-ES-335/97 m² 6406,98

Pintura das superfícies dos blocos de coroamento expostos, da mesoestrutura (travessas de apoio) e do infradorso da superestrutura com tinta mineral tipo CIMENTOL ou similar (durante a execução de moldagem dos elementos estruturais e sem a necessidade de dispositivos auxiliares suspensos p/ acesso à pintura – somente materiais e mão de obra).

DNER-ES-335/97 m² 77448,13

Total de serviços de acabamento Serviços complementares

Fornecimento e operações de embarcações, rebocadores e flutuantes como apoio náutico para execução de todos os serviços na região da lâmina d’água p/ implantação da obra.

MC de OAE – DNER/1995 mês 36,00

Projeto e execução, inclusive materiais para as estacas e estruturas auxiliares de reação, para realização de provas de carga estática por reação e instrumentação dinâmica, em estacas de fuste c/ diâm. 1200mm e c/ pino de engastamento c/ diâm.1050mm, com instrumentação e emissão de relatório técnico.

NBR/12131 – NBR13208 ud 3,00

Projeto e execução, inclusive materiais para as estacas e estruturas auxiliares de reação, para realização de provas de carga estática por reação e instrumentação dinâmica, em estacas de fuste c/ diâm. 1400mm e c/ pino de engastamento c/ diâm.1250mm, com instrumentação e emissão de relatório técnico.

NBR/12131 – NBR13208 ud 3,00

Projeto e execução, inclusive materiais e equipamentos, para realização de provas de carga tipo dinâmica nas estruturas, com instrumentação, fornecimento de equipamentos e emissão de relatório técnico.

ud 1,00

4.2.2 Acessos

Esta etapa do projeto consiste na construção e pavimentação asfáltica dos acessos entre o

entroncamento das rodovias BR-153/TO e TO-164 e à margem direita da Ponte sobre o Rio

Araguaia na cidade de Xambioá/TO, e da margem esquerda da referida ponte até a

adequação do greide na diretriz da Rodovia BR-153/PA, na cidade de São Geraldo do

Araguaia/PA.

A extensão dos acessos é de aproximadamente 2012,04 metros, sendo 1802,04 metros na margem

direita e 210,00 metros na margem esquerda. Somando a extensão da ponte, que será de 1727,36

metros, totaliza-se uma extensão de 3.739,40 metros.

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153 37

4.2.2.1 Características Físicas e Geométricas O Quadro 2 abaixo mostra as características físicas e geométricas em planta, perfil e seção

transversal, correspondente ao segmento dos acessos à Ponte sobre o Rio Araguaia, obtidas após

levantamentos e pesquisas desenvolvidas no local.

Quadro 2. Características físicas e geométricas dos acessos à Ponte sobre o Rio Araguaia.

Seção Transversal Características Valores

Largura da plataforma de terraplenagem 13,50 Largura da pista de rolamento 7,00 Largura do acostamento 2,50 Largura da faixa de domínio 80,00 Abaulamento da plataforma 3% Inclinação do talude de corte 1,0/1,0 Inclinação do talude de aterro 1,0/1,5

Traçado em Planta Características Extensão (%)

Extensão total em curva 603,500 16,14 Extensão total em tangente 3.135,944 83,86 Extensão em zona urbana 480,00 12,84 Extensão total 3.739,400 100,00

Traçado em Perfil Características Extensão (%)

Extensão em rampa 3.739,400 100,00 Extensão em nível 0,000 0,00 Extensão total 3.739,400 100,00 Declividade longitudinal máxima 760 3,18 Declividade longitudinal mínima 0,000 0,00

4.2.2.2 Aspectos Construtivos

As obras de terraplanagem, drenagem e pavimentação asfáltica previstas, possuem detalhes de

implantação próprios decorrentes das características regionais, respeitando-se as normas

brasileiras de execução destas obras. Assim, estes procedimentos de implantação destas são um

misto entre as normas brasileiras, experiências anteriores, soluções regionais e critérios

estabelecidos pelo DNIT.

I – Serviços Preliminares

É o conjunto de operações que será desenvolvido com a finalidade de preparar a faixa na qual

serão executados todos os serviços previstos no projeto. Procedendo a execução dos serviços

preliminares aqui definidos, a executante providenciará a marcação dos “off-sets”, a locação das

obras de arte correntes e a marcação das áreas de empréstimo quando necessário.

Devido ao traçado encontrar-se pré-estabelecido e totalmente urbanizado, não haverá

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necessidade de supressão de vegetação, limitando os serviços preliminares à limpeza e

destocamento dos locais.

O destocamento compreende a operação de remoção de tocos de árvores e raízes; a limpeza

compreende a operação de remoção de camada de solo ou material orgânico, até a

profundidade aproximada de 20 centímetros, e qualquer outro objeto e material indesejável que

porventura ainda existirem no local. Vale ressaltar que, em função de não haver necessidade de

supressão de nenhum tipo de vegetação na área, torna-se desnecessária à obtenção da

Autorização para Supressão da Vegetação expedida pelos órgãos ambientais competentes.

II – Abertura de Caminhos de Serviço e/ou Desvios de Tráfego

Caminhos de serviços e desvio de tráfego, têm caráter temporário e são construídos com o

objetivo de atender ao tráfego normal durante período de execução de serviços,

proporcionando conforto e segurança tanto aos veículos da obra como aos da população que

sempre se utilizam desse trajeto.

Esses caminhos devem possuir condições de tráfego e drenagem compatíveis com a topografia

local, suficientes para uma utilização adequada dos equipamentos e veículos. Estas áreas

deverão receber freqüentemente aspersão de água, visando aumentar a segurança com a

diminuição dos materiais particulados em suspensão.

III – Terraplanagem

a) Aspectos Gerais

Consiste em retirar (terraplanagem) ou colocar (terraplenagem) terra para nivelamento de

terreno, ou seja, são as atividades relacionadas ao corte e aterro.

“Cortes” são os segmentos da estrada, cuja implantação requer a escavação e a retirada do

material do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto (off-

set) que definem o corpo estradal. As operações de corte compreendem:

• Escavação dos materiais constituintes do terreno natural até o greide da terraplanagem

indicada no projeto;

• Escavação, em alguns casos, dos materiais constituintes do terreno natural, em espessuras

abaixo do greide da terraplanagem iguais a 40 cm, quando ocorrer rocha ou rocha em

decomposição, ou a 60 cm, quando se tratar de solos de elevada expansão, baixa

capacidade de suporte ou solos orgânicos, conforme indicações de projeto,

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complementadas por observações da fiscalização durante a execução dos serviços;

• Transporte dos materiais escavados para aterros ou bota-foras;

• Retirada dos materiais de má qualidade visando o preparo das fundações de aterro. Esses

materiais serão transportados para locais previamente indicados, de modo que não

causem transtorno às obras, em caráter temporário ou definitivo.

“Aterros” são segmentos de rodovia, cuja construção requer o depósito e a estabilização de

materiais no interior dos limites das seções de projeto (off-sets), que definem o corpo estradal. Os

materiais são escavados em cortes, caixas de empréstimo e/ou jazidas e transportados para a

área onde será construído o aterro. As operações de aterros compreendem:

• Descarga, espalhamento e, quando conveniente, umedecimento ou aeração, e

compactação dos materiais para a construção do corpo do aterro, até 0,60 m abaixo da

cota correspondente ao greide da terraplanagem;

• Descarga, espalhamento, homogeneização e, quando conveniente, umedecimento ou

aeração, compactação dos materiais selecionados oriundos de cortes, para a construção

das camadas finais do aterro até a cota correspondente ao greide da terraplanagem;

• Descargas, espalhamento e, quando conveniente, umedecimento ou aeração e

compactação dos materiais oriundos de cortes, destinados a substituir, eventualmente, os

materiais inadequados, previamente retirados de fundações de aterros ou abaixo do

greide de terraplenagem, nos cortes.

b) Aspectos Técnicos

A diretriz básica do projeto foi o de máximo aproveitamento da plataforma de terraplenagem

existente, efetuando-se apenas algumas modificações para a introdução de melhoramentos

geométricos e atendimento à nova situação dos acessos. No lançamento do greide, procurou-se

evitar fatias de corte e aterro na terraplanagem. Os quantitativos de terraplanagem do

empreendimento são apresentados no Quadro 3, a seguir.

Quadro 3. Resumo das atividades de terraplanagem dos acessos à Ponte sobre o Rio Araguaia.

Discriminação Volume ( m³ ) Volume de corte compensado longitudinalmente 26.736,37 Volume de compensação lateral 492,64 Alargamento de corte 222,51 Volume de empréstimo lateral - Volume de empréstimo lateral / alargamento de corte 222,51 Volume de empréstimo concentrado - Bota fora de 1ª categoria 1.316,64 Bota fora de 2ª categoria - Bota fora de 3ª categoria - Bota fora de solo mole - Volume de corte sem compensação 1.316,64

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Discriminação Volume ( m³ ) Volume de substituição de sub-leito - Volume de rebaixo em rocha - Volume total escavado 28.545,66 Volume escavado de 1ª categoria 28.545,66 Volume escavado de 2ª categoria - Volume escavado de 3ª categoria - Volume escavado de solo mole - Volume total escavado por km 7.842,22 Volume total de aterro 27.229,02 Volume total de aterro por km 955,00 Volume total de aterro compactado 20.945,40 Compactação de aterro a 95% 14.429,10 Compactação de aterro a 100% 6.516,22

IV - Drenagem Pluvial

Pode-se definir drenagem de uma via como um “conjunto de operações e instalações destinadas

a ordenar o fluxo das águas provenientes do escoamento superficial e do afloramento do lençol

freático, de forma a proteger o corpo estradal e o meio ambiente, e garantir que a vida útil da via

estimada para o projeto, seja atingida”.

Assim, a importância da drenagem dentro do contexto da via é facilmente observada,

principalmente, durante e após o período chuvoso. Os trabalhos desenvolvidos abordaram,

basicamente, os seguintes itens de serviço:

• Obras de drenagem superficial: para dar escoamento às águas precipitadas sobre o

corpo estradal;

• Obras de drenagem subterrânea: para dar vazão às águas superficiais e das precipitações

captadas pelas bocas de lobo;

• Obras de drenagem de grota: para dar vazão às águas superficiais e das precipitações no

cruzamento da avenida com os corpos hídricos.

a) Drenagem Superficial

O projeto de drenagem superficial tem como objetivo o dimensionamento dos dispositivos para

adequar sua capacidade de coletar e conduzir as águas que precipitam sobre a via e suas

adjacências, conduzindo-as para um local de deságüe seguro, garantindo a integridade do

corpo estradal e o fluxo contínuo dos veículos com segurança.

Para facilitar esta condução, a implantação das pistas de rolamento será executada de forma

que elas apresentem uma inclinação do centro para cada uma das extremidades da via em

tangente, e somente para um lado em curva, conforme será demonstrado posteriormente. Os

dispositivos de drenagem superficial adotados para o empreendimento estão detalhados abaixo.

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a.1) Sarjetas e Meios-Fios de Concreto

Dispositivos de concreto posicionados paralelamente à rodovia, com o objetivo de captar as

águas que precipitam sobre o corpo estradal e conduzi-las até locais adequados ao deságüe.

O dimensionamento das seções das sarjetas visa atender as necessidades da avenida, em função

de suas características geométricas, área de implúvio, coeficiente de escoamento, coeficiente de

rugosidade e segurança do usuário, considerando uma precipitação de 10 minutos de duração

de máxima intensidade, para um período de recorrência de 10 anos definida pelos estudos

hidrológicos.

O cuidado principal que se deve ter em um projeto de drenagem superficial, é com a área de

deságüe. De acordo com a bibliografia existente sobre velocidade máxima do escoamento

superficial das águas e o surgimento de erosão nos solos, haveria necessidade de dispositivos de

proteção (dissipadores de energia) praticamente em todos os deságües. Assim, é preciso sempre

questionar a adequação dos dados obtidos através da bibliografia e a realidade local.

Foram projetadas sarjetas revestidas em concreto tipo STC-03 e STC-04 para corte e meios-fios de

concreto tipo MFC-03 e MFC-05 para aterros.

a.2) Descidas D'água em Aterros e Cortes

São dispositivos, apoiados nos taludes, destinados a conduzir as águas precipitadas sobre a

plataforma, coletadas pelas saídas d’água dos meios-fios de aterro.

Utilizou-se nestes casos dispositivos tipo DAR-02 (descida d’água lisa em aterros) e entradas d’água

tipo EDA-01 e 02, nas extremidades dos comprimentos críticos dos meios-fios e nos pontos baixos

de greide.

b) Drenagem Profunda

Na fase de projeto, foi diagnosticada umidade excessiva nos cortes, o que denotou a

necessidade de implantação de drenagem subterrânea. Nestes locais foram projetados os drenos

tipo DPS-07.

c) Obras de Arte Corrente (OAC)

O DNIT adota o diâmetro mínimo de 1,00m para os bueiros tubulares, devido aos problemas de

conservação, além da maior facilidade de fornecimento de tubos deste padrão nos locais de

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obra. Assim, é praxe utilizar bueiros múltiplos toda vez que o bueiro único ficar limitado pela vazão

de projeto ao invés de projetar bueiros dimensionados para cada local.

O projeto de drenagem de talvegue teve como objetivo a análise dos bueiros existentes quanto a

sua suficiência hidráulica e posicionamento junto à rodovia. Os bueiros tubulares foram calculados

para atenderem à capacidade de vazão para períodos de recorrência de 15 anos.

No funcionamento como orifício, a carga hidráulica a montante foi calculada utilizando-se

ábacos e fórmulas de “U.S. Bureau of Public Roads”, apresentados no Estudo Hidrológico.

O Projeto de Engenharia prevê a construção de três tipos de obras de arte corrente: Bueiro

Simples Tubular de Concreto (BSTC), Bueiro Duplo Celular de Concreto (BDCC) e Bueiro Triplo

Celular de Concreto (BTCC).

V - Pavimentação Asfáltica

Os pavimentos são estruturas complexas e suas características envolvem muitas variáveis, tais

como: cargas do tráfego, solicitações ambientais, técnicas construtivas, práticas de manutenção

e reabilitação, tipo e qualidade dos materiais etc. Em função do seu volume relativo, os

pavimentos representam parcela expressiva da infra-estrutura de transportes e, portanto,

melhoramentos marginais nos seus componentes podem resultar em grande economia em termos

absolutos. Desta maneira, o projeto foi desenvolvido com base no procedimento oficial de

dimensionamento do DNIT, Método de Dimensionamentos dos Pavimentos Flexíveis.

Em função da metodologia aplicada, o pavimento indicado pelo dimensionamento teórico foi o

tratamento superficial duplo de 2,5centímetros na pista e acostamentos. Já estrutura da base e

sub-base, segundo o “Dimensionamento de Murillo”, contará com base de 20,00 centímetros e

sub-base de 20,00centímetros de espessura, conforme esquema linear ilustrado na Figura 2.

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Figura 2. Esquema linear da pavimentação asfáltica.

O pavimento projetado possuirá diferenças no sentido do escoamento superficial, que irá

depender do traçado ser em curva ou em tangente, conforme demonstrado na Figura 3.

Figura 3. Perfil longitudinal da pavimentação asfáltica dos acessos à Ponte sobre o Rio Araguaia.

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4.2.2.3 Resumo dos Quantitativos

No Quadro 4 é apresentado o resumo dos quantitativos de materiais e serviços necessários para a

implantação dos acessos à Ponte sobre o Rio Araguaia.

Quadro 4. Resumo do quantitativo de materiais e serviços necessários para a implantação dos acessos à Ponte sobre o Rio Araguaia.

Descrição dos Serviços Especificações Adotadas Unidade Quantidades

Projeto de terraplanagem Desm. Dest.limpeza áreas c/arv. Diam. Até 0,15 m ES-278 m² 104000,00 Esc. Carga transp. Mat. 1ª cat dmt 50 m c/m ES- 280 E ES- 281 m³ 492,65 Esc. Carga transp. Mat. 1ª cat dmt 50 a 200m c/m ES- 280 E ES- 281 m³ 1088,05 Esc. Carga transp. Mat. 1ª cat dmt 200 a 400m c/m ES- 280 E ES- 281 m³ 22895,91 Esc. Carga transp. Mat. 1ª cat dmt 400 a 600m c/m ES- 280 E ES- 281 m³ 4069,07 Compactação de aterros a 95% proctor normal ES- 282 m³ 14429,18 Compactação de aterros a 100% proctor normal ES- 282 m³ 6516,22 Compactação de material de “bota-fora” ES- 282 m³ 1316,64

Projeto de pavimentação Regularização do subleito ES- 299 m² 27244,19 Sub-base solo estabilizado granul. S/mistura ES- 303 m³ 5340,27 Base de solo cimento c/ mistura em usina ES- 305 m³ 5123,14 Imprimação ES- 306 m² 25072,90 Tratamento superficial duplo c/ emulsão ES- 309 m² 25072,90 Fornecimento de asfalto diluído cm 30 T 30,09 Fornecimento de emulsão asfáltica rr-2c T 75,22 Transporte de asfalto dilído cm-30 T 30,09 Transporte de emulsão asfáltica rr-2c T 75,22

Drenagem Dreno longitdinal prof. P/ corte em solo – dps07 ES- 292 m 1727,07 Boca saída para dreno longitudinal prof. Bsd 02 ES- 292 Und 6,00 Sargeta triangular de concreto – stc 03 ES- 288 m 164,00 Sargeta triangular de concreto – stc 04 ES- 288 m 1043,00 Meio fio de concreto - mf c 03 ES- 290 m 1656,00 Meio fio de concreto - mf c 05 ES-290 m 400,00 Descida d´água tipo rap – canal retang – dar 02 ES-291 m 72,70 Entrada d´água – eda 01 ES-291 Und 15,00 Entrada d´água – eda 02 ES-291 Und 2,00 Dissipador de energia – des 01 ES-283 Und 9,00 Dissipador de energia – deb 01 ES- 283 Und 12,00 Dissipador de energia – ded 01 ES- 283 Und 5,00

Projeto de obras de artes correntes Corpo bstc d=1,00m ES- 284 m 8,00 Boca bstc d=1,00m normal ES- 284 und 2,00

Sinalização Pintura faixa c/ termoplástico – 3 anos (p/ aspersão) ES-339 m² 629,88 Pintura setas e zebrado term. – 3 anos (p/ aspersão) ES-339 m² 46,75 Forn. E colocação de tacha reflet.bidirecional ES-339 Und 666,00 Forn. E implantação placa sinaliz. Tot. Refletiva ES- 340 m² 32,25

Obras complementares Defensa semi-maleável simples (forn./impl.) ES- 144/85 m 128,00

Serviços de componente ambiental Hidrossemeadura ES-341 m² 49621,58 Enleivamento ES-341 m² 20000,00

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4.3 Especificação e Quantificação da Mão-de-Obra

Para exercer suas atividades, a empresa executora deverá manter contratado em regime da

Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), uma equipe de profissionais qualificados detalhada no

Quadro 5.

Quadro 5. Relação da equipe mínima necessária para implantação do empreendimento.

Quantidade Função Nível superior

1 Engenheiro supervisor 1 Engenheiro residente 2 Engenheiro auxiliar

Nível médio 1 Encarregado geral 1 Topógrafo 1 Encarregado de terraplenagem 1 Encarregado de drenagem e obras de artes correntes 1 Encarregados de sinalização e obras complementares 1 Encarregado de pavimentação 1 Encarregado de laboratório 1 Laboratorista 1 Sub-encarregado de drenagem 1 Sub-encarregado de pedreira

Além dos profissionais descritos no quadro acima, estima-se a contratação de aproximadamente

200 funcionários para as áreas que demandam menor qualificação profissional.

4.4 Especificação e Quantificação dos Maquinários e Equipamento

Os equipamentos e máquinas necessários para a execução das obras são os mesmos

empregados em obras de arte especial, permitindo relacionar as quantidades mínimas para uma

obra desta magnitude, conforme o Quadro 6 abaixo.

Quadro 6. Relação de Maquinários e equipamentos a serem utilizados na implantação do empreendimento.

Equipamento Quantidade Trator de esteira com lamina d-8 300 hp ou similar 1 Trator de esteira com lâmina e escarificador d-6 180 hp 1 Trator de esteira pusher 270 hp 1 Motoniveladora, 125 hp 2 Carregadeira frontal de pneus, capacidade 3 jc 170 hp 2 Carregadeira com retroescavadeira, 70 hp 1 Compressor de ar, 105 hp 1 Grupo gerador 40 kva hp 1 Rolo vibratório liso autoproulsor, 140 hp 1 Rolo de pneus, autopropulsor, 21 t 1 Rolo de pneus autopropulsor, 31 t 1 Rolo pé-de-carneiro, autopropulsor, 140 hp 1

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Equipamento Quantidade Grade de disco 20 x 24” 1 Vassoura mecânica 1 Vibro-acabadora de esteira 50 hp 1 Caminhão carroceria fixa, 11 t 1 Caminhão basculante, 10m3 (145 hp) 10 Caminhão-pipa, capacidade de 10.000 litros, com barra espargidora (130 hp) 2 Vibrador de imersão para concreto 3.450 rpm 1 Betoneira de 320 litros, motor diesel (5 hp) 2 Serra circular 1 Conjunto de britagem, 100 t/h 1 Equipamento para hidrossemeadura 5.500l 1

4.5 Canteiro de Obras

O projeto proposto possuirá um canteiro de obras que atenderá tanto a obra da ponte como dos

acessos. O local proposto para o canteiro central é a estaca 105, mais especificamente na

margem direita (sentido TO/PA), a aproximadamente 200,00 m do Porto de Travessia da Balsa,

município de Xambioá/TO, com uma área total estimada em 20.000,00 m².

O canteiro de obras a ser executado contemplará áreas para a instalação do setor administrativo

da obra, alojamento, refeitório, ambulatório, laboratório, carpintaria, serralheria, calandragem,

armações e formas, estoque de agregados, oficina mecânica, lavajato, posto de abastecimento

de combustíveis, área de vivência, pátio de vigas e central de concretagem.

O local terá somente uma entrada, a fim de controlar o fluxo de pessoas e veículos, e um sistema

eficiente de drenagem superficial para evitar inundações e alagamentos.

Para a instalação do canteiro de obra, a empresa responsável irá apresentar junto aos órgãos

ambientais competentes a documentação e os projetos necessários ao licenciamento ambiental

dessa atividade, detalhando principalmente as questões relacionadas a geração e disposição de

resíduos sólidos, os resíduos líquidos e os sistemas de tratamento e disposição final, refeitórios,

sanitários, bebedouros, fontes de abastecimentos, postos de combustíveis, lava-jatos, depósito de

material betuminoso, bem como um Plano de Desmobilização da Área.

4.6 Fontes de Abastecimento de Água A água a ser utilizada na obra será captada diretamente no Rio Araguaia ou através de poço a

ser perfurado na área do canteiro de obras. Neste contexto, será requerida junto aos órgãos

competentes a Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos.

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4.7 Material Mineral

No estudo das jazidas de material mineral do projeto, procurou-se sempre a menor distância de

transporte possível e facilidade de acesso, cujos materiais não apresentassem dificuldade em sua

exploração.

Foram estudadas e selecionadas, objetivando o fornecimento de material mineral para as obras

da ponte e acessos, 2 jazidas de cascalho, 1 jazida de areia e 1 jazida de granito que estão

detalhadas no Quadro 7 a seguir.

Quadro 7. Listagem das ocorrências de material mineral para o empreendimento.

Código Descrição Material Localização Estaca de Acesso

Distância da Est. de Acesso Uso

JC-1 Jazida Quartzo c/ seixo siltoso São Geraldo/PA 0 + 0,0 4,425 km Base e Sub-base

JC-2 Jazida Quartzo siltoso Xambioá/TO 186 + 19,408 3,70 km Base e Sub-base

JA-1 Jazida Areia natural Xambioá/TO 112 + 0,0 0,01 km Obra de Arte

JG-1 Jazida Brita 19 mm Araguaína/TO 186 + 19,408 119,90 km Obra de Arte Especial

As áreas apresentadas para extração de cascalho serão objetos de licenciamento ambiental

específico junto ao Instituto Natureza do Estado do Tocantins (NATURATINS) e Secretaria de Estado

de Meio Ambiente (SEMA – PA)., devido aos impactos negativos que essa atividade pode

ocasionar para o meio ambiente.

A aquisição de areia e granito será feita através de estabelecimentos comerciais locais

devidamente licenciados.

A Figura 4 ilustra a localização das áreas de ocorrência de material mineral (cascalho, areia e

granito) para suprimento das obras da Ponte sobre o Rio Araguaia e seus acessos.

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Figura 4. Localização das ocorrências de material mineral para implantação da Ponte sobre o Rio

Araguaia entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na diretriz da BR-153.

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4.8 Bota-Fora

São locais previamente escolhidos em função de suas condições técnicas e ambientais favoráveis

para a disposição de materiais inservíveis (descartados) durante a obra, principalmente materiais

não aproveitáveis dos cortes e limpeza do “off set”.

O volume de material inservível do projeto para disposição em bota-fora será de 1.316,64 m³,

quantidade esta oriunda das obras dos acessos. Para a obra da ponte, não será necessária área

para bota-fora, devido à baixa geração de materiais inservíveis gerados neste tipo de obra, onde

os mesmo poderão ser dispostos no sistema de disposição final de resíduos sólidos dos municípios

de Xambioá/TO e São Geraldo/PA.

A empresa responsável pela execução da obra apresentará a documentação e os projetos

exigidos pelos órgãos competentes para o licenciamento ambiental da área escolhida para essa

finalidade, em função dos impactos ambientais negativos que essa atividade pode ocasionar,

principalmente sobre os recursos hídricos.

4.9 Cronograma de Execução

A Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo do

Araguaia/PA será instalada seguindo ao cronograma de execução apresentado no Quadro 8.

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Quadro 8. Cronograma de Execução da Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo do Araguaia/PA.

Período Meses 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Atividades Dias 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 570 600 630 660 690 720 750 780 810 840 870 900 930 960 990 1020 1050 1080

Canteiro de obras

Instalação e manutenção. Canteiro de obras.

50% 35% 15%

Mobilização 100%

Detalhamento do Projeto Executivo

Detalhamento do projeto executivo 30% 30% 30% 10%

Obra de arte especial - Ponte Rio Araguaia (1.727,36m)

Infraestrutura 5% 8% 10% 10% 10% 10% 10% 8% 8% 8% 8% 5%

Mesoestrutura inclusive encontro 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10%

Superestrutura 3% 3% 3% 3% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 4% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3%

Acabamentos 5% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 5% 5% 3% 3% 3% 3% 3%

Serviços complementares 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2%

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5. Programa de Gestão Ambiental (PGA)

5.1 Justificativa

A gestão ambiental é uma ferramenta de fundamental importância para gerenciar o

desenvolvimento de todos os programas ambientais que serão implantados durante fases do

empreendimento. Desta forma, as atividades, ações e normatizações previstas nos estudos e

projetos ambientais da obra, assim como a coordenação geral da equipe técnica que atuará em

cada um dos programas ambientais previstos serão gerenciadas pelo Programa de Gestão

Ambiental.

A implantação dos programas ambientais se traduz pela materialização de um elenco bastante

amplo e diversificado de ações, em termos de sua correlação com as obras e a operação de

obras deste porte. O PGA busca, dentro da sistemática estabelecida, equacionar, integrar e

acompanhar todos os planos, projetos e programas de ordem ambiental estabelecidos no PBA.

5.2 Objetivos

Garantir que todos os programas ambientais instituídos no PBA serão desenvolvidos com estrita

observância à legislação ambiental, seja federal, estadual ou municipal, antes e durante a

implantação do empreendimento, bem como garantir a realização de todos os acordos e

condições estabelecidas durante o processo de licenciamento ambiental.

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5.3 Metas As metas do Programa de Gestão Ambiental são:

Realizar campanhas mensais de supervisão ambiental na área do empreendimento com

produção de relatórios dos resultados encontrados;

Realizar acordos e convênios com instituições para a realização das atividades do PBA;

Organizar toda documentação referente aos programas ambientais e formular banco de

dados para organização das tarefas e cumprimento de prazos;

Prover de suporte técnico todos os programas ambientais, bem como contratar consultores

quando da necessidade de estudos adicionais ou pareceres técnicos;

Acompanhar todas as atividades dos programas ambientais e avaliar a eficácia das

medidas adotadas;

Manter comunicação com os órgãos ambientais competentes, reportando as atividades

realizadas e informando das exigências ou complementações solicitadas.

5.4 Metodologia e Descrição do Programa

O Programa de Gestão Ambiental das obras de construção da Ponte sobre o Rio Araguaia,

Interligando os municípios de Xambioá/TO e São Geraldo do Araguaia/PA, na diretriz da BR-153,

será de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Tocantins (DERTINS),

através da Superintendência Técnica.

A Superintendência Técnica, unidade diretiva diretamente subordinada à Presidência do DERTINS,

constitui uma unidade de assessoramento, coordenadora, integradora e de apoio às ações

desenvolvidas pelas demais superintendências e áreas do DERTINS.

A Superintendência Técnica tem uma equipe multifuncional e multidisciplinar, a qual atua nas

macro-áreas de engenharia, planejamento, meio ambiente, gestão, tecnologia da informação,

licitações, orçamentos, convênios, estatísticas e normas internas do DERTINS. Esta superintendência

divide-se em três diretorias: Diretoria de Gestão Operacional; Diretoria de Projetos e Diretoria de

Meio Ambiente.

Atualmente a equipe técnica da Diretoria de Meio Ambiente é composta por cinco engenheiros

ambientais, um geógrafo, um geólogo, um engenheiro agrônomo, um biólogo e um assistente

operacional. Esta equipe compõe a Coordenadoria de Gestão Ambiental, unidade executiva,

diretamente subordinada à Diretoria de Meio Ambiente, e a ela compete:

Coordenar e supervisionar os contratos de elaboração de programas, planos, estudos,

projetos e relatórios de impacto e controle ambiental;

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Elaborar os projetos ambientais relativos às obras rodoviárias, aeroportuárias e obras civis

estatais;

Acompanhar o trâmite processual, junto aos órgãos ambientais, referente ao licenciamento

ambiental das obras rodoviárias, aeroportuárias e obras civis estatais;

Acompanhar o processo de regularização de projeto e/ou obra de acordo com a

legislação vigente, obtendo o respectivo licenciamento ambiental;

Executar, monitorar, e controlar os estudos e pesquisas, visando o desenvolvimento e

aprimoramento do emprego de técnicas, métodos, processos, materiais e equipamentos,

em planejamento, projetos, construção, conservação e operação de rodovias,

considerando a variável ambiental e observando a legislação vigente;

Executar programas e planos de medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos

ambientais ocasionados por obras rodoviárias, aeroportuária e obras civis públicas estatais;

Acompanhar as execuções dos programas e planos de medidas mitigadoras e

compensatórias dos impactos ambientais ocasionados por obras rodoviárias, aeroportuária

e obras civis públicas estatais junto às empresas contratadas;

Executar as atividades de implementação da política ambiental dentro do DERTINS;

Exercer outras atribuições que lhe forem determinadas.

A partir dos procedimentos derivados da análise do PBA e da legislação vigente, a Diretoria de

Meio Ambiente, através da Coordenadoria de Gestão Ambiental, deverá organizar as atividades

pertinentes à prevenção, recuperação, proteção e controle ambiental, definindo os parâmetros

de avaliação de desempenho ambiental. Para isso deverão ser identificados os indicadores de

desempenho, os métodos e as unidades de medição dos indicadores e os critérios de avaliação

dos resultados obtidos.

As principais atribuições da Coordenaria de Gestão Ambiental da obra são as seguintes:

Realizar o gerenciamento de todas as fases do empreendimento, desde sua pré-

implantação até o início de operação e garantir o suporte técnico necessário para

condução dos programas ambientais previstos neste PBA;

Garantir a realização de todos os acordos e condições estabelecidos para as diferentes

fases do licenciamento junto aos organismos de fiscalização e controle ambiental nos prazos

estabelecidos;

Garantir que os outros programas ambientais e os condicionamentos, instituídos no decorrer

da obra, sejam desenvolvidos com estrita observância à legislação de qualquer nível

(federal, estadual e municipal);

Averiguar o fornecimento de suporte técnico em questionamentos ao empreendimento, tais

como os originados por auditorias, representações, inquéritos, ações civis públicas,

denúncias de organismos não governamentais, bem como os de outras naturezas e origens,

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mantendo ao mesmo tempo um serviço público que permita a intervenção aos

questionamentos de moradores e usuários da ponte;

Promover às adequações que se fizerem necessárias durante a implantação e execução

dos programas ambientais, desde que devidamente comunicada e aprovada pela

instituição licenciadora.

Antecedendo o início das obras, as principais ações e atividades pertinentes à Coordenadoria de

Gestão Ambiental serão as seguintes:

Análise de toda a documentação técnica do empreendimento, em especial dos aspectos

de interface do Projeto de Engenharia com os programas propostos neste PBA;

Revisar toda documentação técnica e ambiental do empreendimento, incluindo os

quantitativos e custos, na fase de detalhamento do projeto;

Realizar inspeção preliminar na área das obras para certificação de que as “condições de

campo” são efetivamente as retratadas no Projeto de Engenharia com vistas, inclusive, à

detecção da necessidade de eventuais adequações das atividades ambientais previstas;

Participar da elaboração dos termos de contratos e convênios a serem celebradas com

empresas especializadas, instituições de pesquisa e ONG para implementação e

desenvolvimento das atividades especializadas previstas no PBA.

Durante a construção do empreendimento, as principais ações e atividades da Coordenadoria

de Gestão Ambiental são:

Executar o monitoramento e o acompanhamento de todas as atividades ambientais,

inventariando e avaliando, periodicamente seus efeitos, resultados e propondo, quando

necessário, alterações, complementações, ou novas ações e atividades, definindo as fases

de estudos e projetos, e considerando também se os prazos contratuais e os recursos

alocados estão de acordo com o andamento dos serviços;

Realizar inspeções mensais nas dependências da obra, supervisionando o andamento dos

programas ambientais quanto ao cumprimento dos cronogramas, a evolução da execução

dos serviços com avaliação qualitativa e quantitativa, assim como a observância das

respectivas especificações técnicas pertinentes;

Analisar os relatórios de andamento dos programas ambientais, elaborados pelos gerentes

de cada programa ambiental e elaborar os relatórios semestrais de acompanhamento da

obra que deverão ser encaminhados ao NATURATINS.

É importante observar que a abertura de novas frentes de serviço da obra deverá estar

condicionada ao cumprimento das responsabilidades ambientais das empresas executoras das

obras de engenharia.

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5.5 Etapas de Execução

O Programa de Gestão Ambiental é responsável por organizar todas as fases dos demais

programas ambientais propostos, tanto para minimizar quanto para otimizar os impactos

ambientais causados pelas obras de construção da ponte sobre o Rio Araguaia. Desta forma

podem ser separadas as seguintes etapas:

5.5.1 Contratação dos Supervisores

Nesta fase serão contratados os Supervisores Ambientais para o início das atividades de

coordenação dos programas ambientais.

5.5.2 Organização das Atividades dos Programas

Esta etapa consiste na definição do sistema utilizado pela Gestão Ambiental para a formação de

banco de dados e organização da documentação necessária ao andamento das obras.

5.5.3 Supervisão Ambiental

Deverá ser realizada a Supervisão Ambiental na área do empreendimento durante a instalação e

operação, supervisionando o andamento dos programas ambientais quanto ao cumprimento dos

cronogramas, a evolução da execução dos serviços com avaliação qualitativa e quantitativa,

assim como a observância das respectivas especificações técnicas pertinentes.

A supervisão ambiental objetiva avaliar as não-conformidades ambientais do empreendimento,

principalmente relacionadas aos resíduos sólidos e líquidos e as recomendações destinadas à

proteção do meio ambiente contidas nos estudos ambientais, dotando o empreendimento de

mecanismos eficientes de gestão que garantam a execução de todas as ações planejadas para

controlar, monitorar e compensar os impactos por ele gerados, de forma a manter um elevado

padrão de qualidade ambiental.

A equipe de Gestão Ambiental realizará vistorias mensais no empreendimento para a

constatação da conformidade ou não das medidas de proteção ao meio ambiente,

desenvolvidas, verificando as possíveis irregularidades, através de instrumentos de

acompanhamento utilizados nestas atividades, ou seja, preenchimento das planilhas de

verificação de não-conformidades (Fichas de Supervisão Ambiental).

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Esta avaliação ou monitoramento ambiental da supervisão consiste em acompanhar a

implementação das medidas de controle ambiental na fase de instalação e operação, e avaliar

periodicamente seus efeitos e resultados, propondo, quando necessárias, alterações,

complementações e/ou novas ações e atividades. No Anexo A é apresentado o modelo da Ficha

de Supervisão Ambiental para o cadastramento das não-conformidades possíveis de serem

encontradas na implantação e operação do projeto

5.5.4 Elaboração dos Relatórios Parciais

Em função das vistorias realizadas durante a construção da ponte serão elaborados relatórios

parciais semestrais com as informações precisas a respeito do andamento dos Programas

Ambientais e encaminhados aos órgãos ambientais competentes.

5.5.5 Reuniões Internas para avaliação do Programa

Com a mesma periodicidade em que os órgãos ambientais estarão recebendo as informações, a

equipe da Gestão Ambiental e os diversos agentes participantes da gestão ambiental se reunirão

para verificar a eficácia das medidas adotadas. O objetivo destes encontros é verificar, em face

às decisões dos órgãos ambientais, se os programas têm se mostrado eficientes na mitigação dos

impactos ambientais.

5.6 Recursos Necessários

O custo final deste programa foi estimado em R$ 966.720,09, envolvendo a formação da equipe

para a coordenação dos programas, contratação de consultoria, bem como as despesas

relacionadas a serviços gráficos, material de divulgação, material de consumo, veículos e diárias,

conforme apresentado no Quadro 9 abaixo.

Quadro 9. Recursos necessários para e execução do Programa de Gestão Ambiental (PGA).

Mobilização Preço Item Descrição Nível

Unid Qtde Unitário* Total

Recursos Humanos

1.1 Coordenador Geral P1 horas 1.728 79,02 136.546,56

1.2 Engenheiro Ambiental P2 horas 2.880 68,24 196.531,20

1.3 Consultor P0 horas 864 101,00 87.264,00

1.4 Assistente Administrativo A1 horas 2.880 11,78 33.926,40

1.5 Auxiliar de Campo T6 horas 2.880 6,04 17.395,20

1.6 Motorista A2 horas 2.880 7,69 22.147,20

Sub-Total 493.810,56

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Mobilização Preço Item Descrição Nível

Unid Qtde Unitário* Total

Outros Recursos

1.7 Diárias P diária 684 96,00 65.664,00

1.8 Diárias T diária 1.080 75,00 81.000,00

1.9 Veículo (Sedan) diária 216 113,55 24.526,80

1.10 Veículo (4x4) diária 360 371,55 133.758,00

1.11 Aluguel mês 36 1.000,00 36.000,00

1.12 Combustível (gasolina) Litros 7.200 3,00 21.600,00

1.13 Combustível (diesel) Litros 14.400 2,00 28.800,00

1.14 Equipamentos unidade 1 13.160,73 13.160,73

1.15 Materiais de Consumo unidade 36 650,00 23.400,00

1.16 Serviços Gráficos unidade 15.000 3,00 45.000,00

Sub-Total 472.909,53

* Base de Referência: Dezembro de 2008 Total 966.720,09

5.7 Cronograma de Execução

O Programa de Gestão Ambiental (PGA) deverá ser executado em 36 campanhas mensais

distribuídas no período de 36 meses de execução das obras, em conformidade com o

cronograma de execução apresentado no Quadro 10.

Quadro 10. Cronograma de execução do Programa de Gestão Ambiental (PGA).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Contratação dos Supervisores

Organização das Atividades dos Programas

Supervisão Ambiental

Elaboração dos Relatórios Parciais

Reuniões Internas para avaliação do Programa ANO II Ações 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Contratação dos Supervisores Organização das Atividades dos Programas Supervisão Ambiental Elaboração dos Relatórios Parciais Reuniões Internas para avaliação do Programa

ANO III Ações 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Contratação dos Supervisores Organização das Atividades dos Programas Supervisão Ambiental Elaboração dos Relatórios Parciais Reuniões Internas para avaliação do Programa

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5.8 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

O DERTINS, através da Diretoria de Meio Ambiente, será o responsável pela implantação do

Programa de Gestão Ambiental, sendo o seu acompanhamento e avaliação realizados por meio

dos relatórios mensais de Supervisão Ambiental.

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6. Programa Ambiental da Construção (PAC)

6.1 Justificativa

A necessidade de criação de medidas para o controle ambiental deste empreendimento parte

da experiência de que determinadas etapas do processo construtivo geram danos ao meio

ambiente e atingem as populações locais bem como a fauna e a flora. Desta forma, há um

comprometimento da qualidade de vida durante a implantação da obra deixando como

legado, impactos que, por atuação dos processos naturais, podem se expandir para regiões além

das áreas de influência. Tais impactos podem ser facilmente minimizados e até mesmo eliminados,

caso sejam tomadas providências no momento em que estão sendo realizadas as etapas do

processo construtivo.

Portanto, justifica-se a criação deste programa como compromisso firmado entre o

empreendedor, empresa executora e os órgãos ambientais envolvidos, no sentido de diminuir os

impactos causados pela implantação de uma obra deste porte.

6.2 Objetivo Criar medidas e ações que, durante o processo construtivo, diminuam os impactos no solo e nos

trabalhadores da obra, minimizando a degradação gerada pela implantação do

empreendimento e otimizando as ações dos outros programas ambientais voltados para o meio

físico.

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6.3 Metas

Para atingir a sua finalidade, o PAC atuará em cinco áreas básicas, que se relacionam com o

processo construtivo da obra e com a melhoria do ambiente de trabalho dos operários, com as

seguintes metas:

1) Regularização ambiental das áreas de apoio:

Licenciamento ambiental do canteiro de obras;

Licenciamento ambiental da jazida de solos para aterros;

Obtenção da Autorização de Supressão de Vegetação;

Demais licenciamentos que se fizerem necessários.

2) Controle do material particulado, gases e ruídos:

Implantação de sistema de acompanhamento da produção de material particulado, gases

e ruídos na obra;

Implementação de sistemas de controle ambiental da produção de material particulado,

gases e ruídos na obra;

3) Controle dos processos erosivos:

Acompanhamento das atividades de limpeza e desmatamento;

Cuidados com o refugo da limpeza e desmatamento para ser utilizado posteriormente na

recuperação;

Construção de pequenas obras para evitar o início ou a continuidade de processos erosivos;

Revegetação de áreas alteradas e susceptíveis à instalação de processos erosivos;

4) Controle de resíduos sólidos:

Implantação de sistema de destinação intermediária e final de resíduos sólidos;

Implantação de sistema de coleta seletiva de resíduos.

5) Controle dos resíduos líquidos:

Construção de caixas separadores de água e óleo em todas as dependências onde há

risco de contaminação do solo com óleo e graxa;

Construção de um sistema de coleta de águas servida para todas as instalações do

canteiro de obras e áreas adjacentes onde os operários e técnicos estarão trabalhando.

6.4 Público-Alvo

São os operários e técnicos que atuam na frente de serviço, bem como os empregados que

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atuam nas áreas de apoio do empreendimento. Os empregados, operários e técnicos atuarão

em suas funções sob as determinações das medidas apresentadas neste programa.

6.5 Metodologia e Descrição do Programa

6.5.1 Licenciamento Ambiental das Áreas de Apoio

A experiência com o licenciamento ambiental mostra que durante as fases de construção das

obras as empresas executoras encontram dificuldades com a liberação dos órgãos ambientais

para utilização das áreas de apoio ao empreendimento principal. Tais dificuldades estão

relacionadas com a autorização para exploração das caixas de empréstimo, jazidas de solos,

jazidas de granito e areia, bem como com a liberação para instalação do canteiro de obras.

Esta constitui uma das fases mais importantes do processo construtivo da ponte, pois é a partir do

licenciamento ambiental destas áreas que a empresa executora poderá ter acesso aos recursos

materiais disponíveis no local e fazer as devidas modificações físicas para a implantação de

estruturas de apoio como, por exemplo, o canteiro de obras.

Os materiais de uso imediato na construção civil, tais como brita, areia e cascalho (seixos) a serem

utilizados na obra serão adquiridos de terceiros, extraídos em locais já devidamente licenciados

pelos empreendedores, junto aos órgãos competentes, desta forma pretende-se ultrapassar

algumas etapas e otimizar o tempo prioritariamente para as atividades construtivas.

Estão previstas como estruturas de apoio à obra de construção da ponte, jazidas de solos e o

canteiro de obras. Pela natureza destas áreas prevê-se o licenciamento ambiental das áreas de

apoio no Instituto Natureza do Estado do Tocantins (NATURATINS) e na Secretaria de Estado de

Meio Ambiente (SEMA – PA).

A importância de se realizar o licenciamento destas áreas previamente à mobilização se deve ao

tempo gasto com este processo que pode demorar meses e impede o início de qualquer

intervenção na área de interesse.

Além do licenciamento ambiental das áreas de apoio o empreendedor deve prover a obra da

Autorização de Supressão de Vegetação (ASV). Este documento trata do inventário florístico das

Áreas de Preservação Permanente do Rio Araguaia que serão diretamente afetadas pelo

empreendimento. Este é um documento qualitativo e quantitativo do material vegetal que será

retirado para a construção da ponte, das vias de acesso e das estruturas de apoio à obra.

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Para a obtenção das licenças ambientais é importante a existência de um quadro de pessoal

para promover a interface institucional com os órgãos ambientais. Da ação destes profissionais

dependerá a manifestação dos órgãos ambientais e posterior emissão dos termos de referência

para confecção de estudos ambientais.

6.5.2 Controle do Material Particulado, Gases e Ruídos

A elaboração do programa ora apresentado teve como base a utilização de vários elementos

obtidos em etapas distintas como o levantamento e análise dos dados existentes, estudo

ambiental apresentado, reconhecimento de campo e contatos institucionais.

Na fase de construção, deverão ser observadas as seguintes medidas:

Orientação adequada na localização dos canteiros de obra e outras estruturas de apoio;

Acompanhamento do planejamento para o transporte de materiais e equipamentos,

evitando-se os horários de pico nas rodovias de acesso ao local da obra e o período

noturno próximo às aglomerações urbanas;

Acompanhamento do controle do teor de umidade do solo, com aspersões periódicas,

inclusive nos acessos às obras;

Fiscalização da utilização de equipamentos de segurança, como máscaras, botas, fones de

ouvido, luvas e capacetes pelos funcionários das obras;

Fiscalização da utilização de equipamentos antipoluentes e redutores de ruídos e, da

regulagem dos motores de veículos e maquinários.

O monitoramento permanente da efetiva implementação das diversas ações de controle aqui

propostas garantirão a mínima emissão de poluentes do ar e de ruído com o mínimo impacto à

população lindeira e ao meio ambiente em geral. Todas as atividades com potencial de emissão

de poluentes do ar e ruídos, frentes de obras, terraplanagem, veículos e equipamentos utilizados

na obras, terão suas emissões controladas.

6.5.2.1 Atividades Previstas

Neste item serão descritas as atividades que serão desenvolvidas durante as fases de construção

da ponte. Nesta fase, as atividades estão voltadas basicamente para as ações de controle e

monitoramento da eficiência das áreas de usinas de concreto, frentes de terraplanagem,

pavimentação e caminhos de serviço.

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a) Controle das Usinas de Concreto e do Material Betuminoso

a.1) Medidas de Controle

Deverão ser observadas as seguintes orientações ambientais na escolha do local de instalação

da usina de concreto e dos tanques de estocagem do material betuminoso:

As áreas de implantação não podem estar sujeitas a instabilidades físicas passíveis de

ocorrência em cotas superiores;

As áreas dos tanques de estocagem de asfalto e usina de concreto não podem ser

susceptíveis a cheias e inundações;

As áreas dos tanques de estocagem e usina de concreto não podem situar-se próximas a

nascentes de cursos d’água e núcleos urbanos;

Deve ser evitado que a usina de concreto seja instalada em linha com a direção

predominante dos ventos para os núcleos urbanos;

A instalação dos tanques de estocagem de asfalto e usina de concreto obedecerá à

legislação de uso e ocupação do solo vigente nos municípios envolvidos;

Na instalação dos tanques de estocagem de asfalto e usina de concreto será

implementado um sistema de sinalização, envolvendo advertências, orientações e riscos de

acidentes.

As principais medidas para o controle da poluição do ar na fase de operação dos tanques de

estocagem de material betuminoso e usina de concreto são:

Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituído de ciclone e filtro de mangas ou

de equipamentos que atendam ao padrão estabelecido;

Dotar o misturador, os tanques de agregados quentes e as peneiras classificatórias de

sistema de exaustão conectado ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar

emissões de vapores e partículas para a atmosfera;

Fechar os tanques de estocagem de material betuminoso;

Manter limpas e úmidas as vias de acesso internas;

Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes de dar partida nos equipamentos

de processo;

Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de

controle;

Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura, para

evitar a dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento;

Enclausurar a correia transportadora de agregados frios;

Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem emissão

visível para a atmosfera;

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Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para

que sejam evitados emissões de partículas na entrada e saída do mesmo;

Dotar os silos de estocagem de “filler” de sistema próprio de filtragem a seco;

Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos

sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas;

Manter em boas condições de operação todos os equipamentos de processo e de

controle.

As atividades desenvolvidas nas áreas de usinagem de concreto e estocagem de asfalto são

potencialmente poluidoras do ar e as exigências de controles específicos à essas atividades

requerem um sistema de fiscalização constante para que sejam integralmente cumpridas.

a) Controle dos Caminhos de Serviço e das Frentes de Terraplenagem e Pavimentação

Os caminhos de serviço são abertos para uso provisório durante as obras, seja para permitir uma

operação mais eficiente das máquinas e equipamentos de construção, seja para garantir o

acesso à área de exploração de materiais e insumos (água, solos, etc.).

As obras de terraplanagem normalmente exigem o movimento de grandes volumes, gerando

tráfego intenso de veículos pesados. As nuvens de poeira e a lama, nos trechos rurais, e a

interferência com o público nas áreas mais povoadas podem causar acidentes como também

elevar consideravelmente a emissão de poeira e gases.

A emissão de ruídos resulta principalmente da operação dos veículos e equipamentos de

construção.

b.1) Medidas de Controle

As principais medidas para as atividades de terraplanagem são:

Lavagens periódicas dos equipamentos e veículos minimizando a quantidade de

sedimentos transportados para as vias;

Todas as caçambas de caminhões de transporte de terra e solos deverão ser protegidas

com lonas, evitando-se a emissão de poeira em suspensão;

Executar manutenção periódica dos veículos e equipamentos para que se minimize a

emissão de gases poluentes;

Umidificar as vias de acesso às obras, e os desvios de tráfego não pavimentados, através de

caminhões pipa, evitando-se a geração de poeira em suspensão;

Dar prioridade à escolha de veículos e equipamentos que apresentam baixos índices de

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ruídos, realizando manutenção periódica para eliminar problemas mecânicos operacionais.

Operações com alto índice de geração de ruídos só poderão ser executadas em horários

diurnos;

Em áreas próximas às residências, deverão ser atendidas todas as exigências formuladas

pela Portaria nº 92 de 19/06/80 do IBAMA, e níveis de ruídos aceitáveis da NB-95 da ABNT,

bem como cumprimento da legislação estadual e posturas municipais.

b) Monitoramento

Durante a fase de construção da ponte deverão ser desenvolvidas ações que visam monitorar a

implementação e a eficiência das medidas de controle adotadas. Tais ações deverão ser

coordenadas por uma equipe de gestão ambiental, que se responsabilizará pela relação do

empreendimento com a fiscalização estadual e federal.

c.1) Acompanhamento Visual da Emissão de Poeira

Sempre que a execução de alguma atividade estiver emitindo uma quantidade significativa de

poeira, visualmente verificada, o local deverá ser aspergido até que a emissão de material

particulado seja sanada.

c.2) Acompanhamento Visual da Emissão de Gases

As máquinas ou implementos que emitirem quantidades significativas de gases serão

temporariamente desativados para sua devida manutenção. Dessa forma, garante-se a

constante manutenção dos equipamentos utilizados na fase de construção.

Para a continuidade das atividades os equipamentos desativados deverão se substituídos por

equipamentos em conformidade com as normas que restringem a emissão de gases para a

atmosfera.

c.3) Acompanhamento da Emissão de Ruídos

Por se tratar de uma obra que exige a utilização de maquinários de grande porte, a emissão de

ruídos é uma situação típica deste tipo de empreendimento. Portanto a verificação da

manutenção das máquinas é a forma mais adequada de se acompanhar a emissão excessiva de

ruídos.

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6.5.3 Controle de Processos Erosivos

As atividades concernentes à implantação do programa agregam a execução de medidas de

caráter preventivo e corretivo conforme apresentado abaixo.

6.5.3.1 Cuidados Ambientais nas Principais Etapas Construtivas da Obra

A seguir serão apresentados os principais cuidados ambientais a serem seguidos pelas empresas

construtoras, contratadas para execução das obras, de maneira a controlar os processos erosivos,

de acordo com cada etapa construtiva da obra.

a) Instalação do Canteiro de Obra

Apesar do Canteiro de Obra ser objeto de licenciamento à parte, segue uma lista de

recomendações que serão cobradas pela fiscalização ambiental do empreendimento:

A área de implantação do canteiro não pode ser susceptível à instalação de processos

erosivos;

A instalação do canteiro de obras deverá contemplar a implantação de um sistema de

drenagem específico para cada local, de um sistema de contenção de erosão e de

estabilização;

Quando da necessidade de realização de serviços de terraplenagem no pátio do Canteiro

de Obras, estes deverão ser objeto de planejamento prévio, com a finalidade de se evitar

e/ou minimizar a exposição desnecessária dos solos à ação das águas pluviais. O solo

orgânico deverá ser raspado e estocado em pilhas ou leiras de até dois metros de altura,

protegidas do carreamento pelas águas pluviais. Este material deverá ser posteriormente

utilizado no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas;

Quando da necessidade de realização de cortes e aterros no Canteiro, estes deverão estar

previstos em projetos específicos, os quais contemplarão sistema de drenagem apropriado e a

proteção com cobertura vegetal de espécies gramíneas e arbustivas.

Todo e qualquer serviço de implantação do Canteiro, desde a limpeza do terreno até a

edificação dos componentes do mesmo, deverá ser realizada após a obtenção da Licença de

Instalação do Canteiro de Obra e precedida de autorização formal da equipe de Gestão

Ambiental do empreendimento.

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b) Limpeza

Este serviço deverá ser orientado a limitar-se ao estritamente necessário à implantação das

obras na faixa de domínio dos acessos;

Manter a execução do corte estritamente no limite definido na Nota de Serviço;

A limpeza das Áreas de Preservação Permanente deverá se restringir ao mínimo de

vegetação ciliar, inclusive na implantação de bueiros se necessário.

c) Caminhos de Serviço

As áreas selecionadas para a abertura de trilhas, caminhos de serviço e entradas de acesso

não devem ser susceptíveis a processos erosivos;

Sempre deverão ser priorizados traçados que não transponham as cotas do terreno de

maneira abrupta, de maneira a não criar locais que dificultem o acesso de máquinas e

caminhões;

Quando da implantação dos caminhos de serviço, deverão ser utilizados os artifícios

necessários para escoamento das águas pluviais de seu leito, tais como: canaletas;

lombadas; “bigodes”; bueiros provisórios;

Quando do acúmulo de águas pluviais no leito da estrada ou caminho de serviço, deverá

ser realizada a elevação do nível da mesma nos pontos específicos.

c) Áreas de Instalação das Jazidas Minerais

Estão previstas duas jazidas de solos para este empreendimento, sendo uma em cada um dos

municípios afetados. Estas áreas não podem ser susceptíveis a cheias e inundações e não devem

apresentar lençol freático aflorante.

As áreas destinadas à exploração de solos que se encontrem fora dos limites da Faixa de Domínio

dos acessos à ponte serão objeto de licenciamento ambiental específico junto ao NATURATINS e

SEMA-PA.

d) Terraplanagem

Esses serviços deverão ser objeto de planejamento prévio, com a finalidade de se evitar

e/ou minimizar a exposição desnecessária dos solos à ação das águas pluviais;

Todo solo orgânico do leito proveniente da limpeza dos “off -set s” deverá ser raspado e

estocado em pilhas ou leiras de até dois metros de altura, protegidas do carreamento pelas

águas pluviais. Este deverá ser reaplicado nos locais a serem recuperadas, conforme

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estabelecido no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas;

Deverá ser limitada ao máximo a abertura de novas frentes de terraplenagem do corpo

estradal, sem que as áreas já abertas, tenham os elementos de proteção estabelecidos

(drenagem, cobertura de proteção, bacias de sedimentação);

Os taludes de aterro da ponte e das áreas de exploração de solos deverão ser revegetados;

Adotar sistema temporário de drenagem e captação de águas pluviais nas áreas com

operação de atividades de terraplenagem. Recomenda-se, para este fim, a construção de

bacias de sedimentação as quais se constituem em pequenas e temporárias estruturas de

contenção, formadas por escavação e/ou dique, que interceptam e retêm sedimentos

carreados pelas águas pluviais, evitando o assoreamento de cursos d’água;

Tais bacias deverão ser construídas próximas ao pé dos taludes dos aterros ou nas proximidades

das saídas das descargas dos drenos das águas pluviais, de fontes de sedimentos de aterros e

cortes, não devendo ser construídas no leito de cursos d’água.

e) Taludes de Aterro

Executar medidas de proteção contra processos erosivos e desmoronamentos em aterros de

encontros e em aterros que apresentem faces de contato com o corpo hídrico. As medidas

de proteção pertinentes envolvem a construção de terra armada, enrocamento, pedra

argamassada, argamassa projetada, devendo se estender até a cota máxima da cheia;

Revegetação de taludes expostos e com alta declividade, terraceamento, drenagem,

amenização da declividade de taludes, manejo e compactação do solo.

f) Cuidados de Cunho Geral

Em qualquer que seja o serviço, deverá ser respeitada a legislação de uso e ocupação do

solo, vigente dos municípios envolvidos;

As áreas destinadas à abertura de trilhas, caminhos de serviço e estradas de acesso,

instalação de jazidas de solos e áreas terraplenadas não podem estar sujeitas às

instabilidades físicas passíveis de ocorrência em cotas superiores, como por exemplo,

escorregamentos de materiais instáveis;

Sempre deverão ser adotadas providências para a implantação de dispositivos que

impeçam o carreamento de sedimentos para os corpos d’água, tais como: o enleiramento

do material removido; a construção de valetas para condução das águas pluviais; valetas

paralelas ao corpo d’água, entre outros;

Sempre que houver a necessidade de disciplinamento do fluxo de águas pluviais para se

evitar ou corrigir processos erosivos ou o carreamento de material particulado para os cursos

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hídricos, deverão ser construídos sistemas de captação, drenagem ou acumulação.

6.5.3.2 Atividades de Proteção dos Acessos à Ponte e Faixas Lindeiras

Essas atividades envolvem um conjunto de medidas preventivas relativas a problemas decorrentes

da instalação de processos erosivos, que visam a proteção do empreendimento durante toda sua

vida útil. Compreende a execução de dispositivos de drenagem, bem como a proteção da

camada superficial do solo por meio da execução de revestimento vegetal de taludes de aterro,

conforme estabelecido no Projeto de Engenharia.

a) Atividades Voltadas para Execução da Drenagem

As atividades que envolvem a construção de dispositivos variados são definidas em termos de

modalidades, localizações, funções específicas, quantitativos e processos construtivos, e constam

no Projeto Básico de Engenharia em capítulos específicos relativos à execução da drenagem, à

execução das obras-de-arte correntes e à execução das obras-de-arte especiais.

No projeto da obra são definidos dispositivos com a finalidade de proteger a infra-estrutura do

empreendimento, assegurando a adequada drenagem das águas pluviais em todas as suas

formas de ocorrência, dos quais os mais usuais se destacam:

Valetas de proteção dispostas a montante dos “off-sets” do corpo estradal, para interceptar

as águas que poderão atingir o talude do aterro;

Sarjetas utilizadas na plataforma da ponte e seus acessos para coletar a água pluvial e

encaminhá-la para fora do corpo estradal;

Descidas d’água empregadas nos pontos baixos dos aterros e nos locais onde o fluxo

d’água na sarjeta estiver próximo da capacidade de escoamento da mesma;

Dissipadores de energia para atenuar a velocidade das águas, diminuindo o risco de erosão

no terreno natural; meio fio e demais dispositivos.

b) Atividades de Proteção Superficial dos Taludes

A proteção superficial dos taludes de aterros é feita de forma conjugada com a construção dos

dispositivos de drenagem superficial, dado o papel que desempenham na estabilização dos

maciços, impedindo a formação de processos erosivos e diminuindo o escoamento superficial de

água no mesmo.

O revestimento vegetal dos taludes de aterros será realizado com a utilização do plantio de

gramíneas, através da hidrossemeadura ou manual (matracas).

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Cabe esclarecer que a metodologia de revestimento vegetal de taludes, assim como a proteção

vegetal dos canteiros de obra, dos caminhos de serviços, e de todas as demais unidades

instaladas dentro e fora da faixa de domínio está contemplada no Programa de Recuperação de

Áreas Degradadas.

c) Ocorrências de Deslizamento e Solapamentos

Destacam-se os casos de arrastes ou deslizamentos de massas, por ruptura ao cisalhamento,

decorrentes freqüentemente da saturação do maciço pelas águas em época de chuvas intensas.

As medidas de caráter preventivo e corretivo preconizadas na literatura que trata do assunto

envolvem a proteção de taludes instáveis através de estruturas apropriadas. A importância deste

tópico está relacionada com a instabilidade das margens do Rio Araguaia frente às obras de

construção da ponte, que promoverão a retirada da vegetação local. Soma-se a isto a

ocorrência de chuvas torrenciais em determinadas épocas do ano. Tais fatores colocam as

margens do rio em uma situação de alto risco para a instalação de processos erosivos.

A estabilização destes locais pode ser associada à adoção de procedimentos ordinários, tais

como:

Reintrodução de cobertura vegetal nestes locais através da semeadura de gramíneas;

Remoção de todo material escorregado e, quando possível, de rochas e matacões com

potencial de escorregamento;

Retaludamento e reconformação da superfície atingida;

Construção de banquetas nos taludes;

Implantação de sistema de drenagem nas banquetas dos taludes.

Em casos que a implantação destes dispositivos preventivos não sejam suficientes para a

proteção do corpo estradal e ocorram deslizamentos, serão tomadas as seguintes providências:

Remoção do material erodido;

Reconstituição da área erodida com a recomposição do aterro;

Recomposição do sistema de drenagem superficial;

Recomposição do corpo estradal;

Reintrodução de cobertura vegetal na saia do aterro.

6.5.4 Controle dos Resíduos Sólidos

Um dos grandes problemas da implantação de empreendimentos é a geração de resíduos. As

atividades construtivas e a mobilização de funcionários provocam a produção de lixo e restos de

obra que podem causar impactos ambientais irreversíveis ao meio ambiente se os mesmos não

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forem dispostos corretamente. Para tentar mitigar as conseqüências de tais ações, são sugeridas

as seguintes medidas:

Instalar lixeiras em áreas previamente selecionadas para o armazenamento dos resíduos

sólidos domésticos.

Disponibilizar containeres metálicos para o armazenamento dos resíduos de construção

(entulhos).

Ao final de cada dia de trabalho deverá haver uma equipe responsável pela verificação

de acúmulo de resíduos sólidos em locais inadequados, providenciando, se for o caso, a

remoção dos mesmos.

Instalar banheiros químicos móveis nas frentes de serviços, evitando a contaminação do

solo e do lençol freático.

Conscientizar os funcionários envolvidos na implantação do empreendimento quanto à

disposição inadequada dos resíduos sólidos e ao uso dos banheiros químicos através do

“Diálogo Diário de Segurança (DDS)”.

Disposição diária dos resíduos domésticos e resíduos de construção (entulhos) no sistema

de disposição final dos resíduos sólidos dos municípios envolvidos.

6.5.5 Controle dos Resíduos Líquidos

Os efluentes líquidos mais comuns neste tipo de empreendimento são as águas servidas dos

vestiários e banheiros localizados nas dependências da obra e a produção de resíduos graxo-

oleosos nos procedimentos de lavagem de veículos, manutenção de máquinas, bem como no

abastecimento dos maquináriosl.

6.5.5.1 Águas Servidas

Para o tratamento deste tipo de material serão utilizadas fossas sépticas seguidas de sumidouro. As

fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a

separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto.

Este sistema é fundamental no combate a doenças, verminoses e endemias (como a cólera), pois

evitam o lançamento dos dejetos humanos diretamente em rios, lagos, nascente ou mesmo na

superfície do solo. O seu uso é essencial para a melhoria das condições de higiene das

populações em geral, que não dispõem de sistema de coleta e tratamento de esgotos.

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6.5.5.2 Óleos e Graxas

Este tipo de efluente é de fácil separação devido às características de solubilidade deste produto

frente à água, que em muitos momentos é o meio de condução desse tipo de componente.

Serão enviados por gravidade sendo usadas canaletas que cercam as áreas de manipulação dos

produtos, até tanques de separação de água e óleo. A disposição do efluente será realizada no

solo através de sumidouro.

6.6 Etapas de Execução

O Programa Ambiental da Construção compõe-se de cinco vertentes e terão as seguintes etapas

de execução: licenciamento ambiental das áreas de apoio; controle do material particulado,

gases e ruídos; controle dos processos erosivos; controle dos resíduos sólido e controle dos resíduos

líquidos.

6.7 Recursos Necessários O custo final deste projeto foi estimado em R$ 321.993,60, envolvendo a formação da equipe para

a condução dos trabalhos e despesas relacionadas a serviços gráficos, material de divulgação,

material de consumo, veículos e diárias, conforme apresentado no Quadro 11 abaixo.

Quadro 11. Recursos necessários para e execução do Programa Ambiental da Construção (PAC).

Mobilização Preço Item Descrição Nível

Unid Qtde Unitário* Total Recursos Humanos

1.1 Coordenador Geral P1 horas 1.152 79,02 91.031,04

1.2 Técnico de Nível Superior (Engenheiro Ambiental) P2 horas 1.152 68,24 78.612,48

1.3 Motorista A2 horas 1.152 7,69 8.858,88 Sub-total 178.502,40 Outros Recursos

1.7 Diárias P diária 288 96,00 27.648,00 1.8 Diárias T diária 144 75,00 10.800,00 1.10 Veículo (4x4) diária 144 371,55 53.503,20 1.13 Combustível (diesel) Litros 1.920 2,00 3.840,00 1.14 Equipamentos unidade 2 10.800,00 21.600,00 1.15 Materiais de Consumo unidade 36 650,00 23.400,00 1.16 Serviços Gráficos unidade 900 3,00 2.700,00

Sub-Total 143.491,20 * Base de referência: Dezembro de 2008. Total 321.993,60

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6.8 Cronograma de Execução

O Programa Ambiental da Construção (PAC) deverá ser executado em 36 campanhas mensais

distribuídas no período de 36 meses de execução das obras, em conformidade com o

cronograma de execução apresentado no Quadro 12.

Quadro 12. Cronograma de execução do Programa Ambiental da Construção (PAC).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Licenciamento ambiental das áreas de apoio

Controle do material particulado, gases e ruídos

Controle dos processos erosivos

Controle dos resíduos sólido

Controle dos resíduos líquidos ANO II Ações 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Licenciamento ambiental das áreas de apoio Controle do material particulado, gases e ruídos Controle dos processos erosivos Controle dos resíduos sólido Controle dos resíduos líquidos

ANO III Ações 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Licenciamento ambiental das áreas de apoio Controle do material particulado, gases e ruídos Controle dos processos erosivos Controle dos resíduos sólido Controle dos resíduos líquidos

6.9 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste programa será de responsabilidade da empresa executora da obra. O

acompanhamento será realizado pelo coordenador do PAC e a avaliação pela Gestão

Ambiental do empreendimento.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios semestrais,

elaborados pelo coordenador do PAC. Ao final deste programa será elaborado um Relatório Final

de Avaliação a ser encaminhado à Gestão Ambiental.

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7. Programa de Treinamento dos Profissionais em Questões

Ambientais (PTQA)

7.1 Justificativa

A recomendação de número 96 da 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente

Humano, realizada em Estocolmo de 5 a 16 de junho de 1972, aponta a educação ambiental

como um dos elementos essenciais ao combate à crise do meio ambiente no mundo. Embora a

questão ambiental tenha sido oficializada mundialmente a partir dessa conferência, a educação

ambiental no interior das empresas é um assunto ainda recente.

Ao longo das décadas de 60, 70 e 80, o nível de conscientização ambiental aumentou

gradativamente no mundo. No caso específico de empresas, houve um grande avanço a partir

dos anos 90, com o surgimento das normas verdes referentes ao gerenciamento ambiental.

A criação de Sistemas de Gestão Ambiental de empreendimentos é relativamente recente no

Brasil e surgiu como uma exigência não só dos órgãos licenciadores ambientais, mas como

resultado do avanço de uma consciência ambientalista no país em um contexto de

democratização e de fortalecimento da cidadania.

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Nesse processo, aprofundou-se a percepção que grande parte dos impactos decorrentes da

implantação de empreendimentos pode ser evitada e/ou minimizada através da adoção de

procedimentos construtivos ambientalmente adequados. Com tal objetivo, constituíram-se os

Planos Ambientais de Construção – PAC que determinam, de forma detalhada, os procedimentos

a serem adotados em cada ação da construção de um empreendimento com vistas a evitar

danos ambientais e prevenir ou reduzir impactos potenciais.

Experiências recentes de construção de empreendimentos, sobretudo os lineares, seguindo um

Plano Ambiental de Construção mostraram sua elevada importância tanto na redução dos danos

ambientais como no sentido de evitar a adoção de medidas posteriores de recuperação de

áreas degradadas, muitas vezes incapazes de reproduzir as condições iniciais e que

invariavelmente implicam em elevados custos para o empreendedor.

A eficácia da aplicação dos Planos Ambientais de Construção, no entanto, depende

diretamente da ação do conjunto de trabalhadores alocados ao empreendimento, incluindo

engenheiros, mestres de obra, motoristas de equipamentos pesados, trabalhadores não

especializados, razão pela qual torna-se necessária sua sensibilização sobre os procedimentos

construtivos a serem adotados no sentido de evitar e/ou minimizar os impactos decorrentes das

obras.

Se a adoção desses procedimentos se reflete em menores danos ambientais, também se faz sentir

na própria melhoria das condições e da segurança do trabalho e, através da adoção de Códigos

de Conduta, no relacionamento com a sociedade local, reduzindo o impacto social dos

empreendimentos.

Atingir a meta de que o conjunto de trabalhadores de um empreendimento adote as normas

propostas para que se efetivem procedimentos social e ambientalmente adequados é uma

tarefa por vezes difícil e que contraria uma longa tradição de práticas de desrespeito ao meio

ambiente, à sociedade e à própria segurança dos trabalhadores, muitas vezes consolidada entre

os trabalhadores. Seguramente, a simples transmissão das informações sobre os procedimentos a

serem adotados é totalmente ineficaz, caso não seja acompanhada de um trabalho de

conscientização e de formação do indivíduo para a cidadania.

O Programa de Treinamento dos Técnicos em Questões Ambientais visa exatamente criar uma

nova relação do trabalhador com seu ambiente de trabalho cujos resultados se manifestarão em

uma redução de danos ambientais e sociais e em acidentes de trabalho. Ele tem, ainda, a

capacidade de transformar a visão destes trabalhadores, o que se refletirá em mudanças de

comportamentos e atitudes no conjunto das atividades subseqüentes realizadas por estes

indivíduos.

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76 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

7.2 Objetivos

Desenvolver ações de sensibilização, treinamento e capacitação dos trabalhadores

visando contribuir para a prevenção e a minimização dos impactos ambientais e sociais

do empreendimento.

Sensibilizar e conscientizar os trabalhadores sobre os procedimentos ambientalmente

adequados relacionados às obras, conforme estabelecido no Plano Ambiental da

Construção - PAC;

Difundir conceitos e informações, visando manter as condições de saúde dos

trabalhadores, das comunidades locais e da população indígena, com ênfase na

prevenção de doenças transmissíveis, inclusive sexuais;

Orientar sobre o comportamento socialmente adequado no ambiente de trabalho, nos

alojamentos e na relação com as comunidades locais e com a população indígena;

Difundir as normas de segurança no trabalho a serem adotadas durante as obras;

Orientar os responsáveis diretos pelos trabalhadores, encarregados e engenheiros

responsáveis, sobre a necessidade de uma atitude pró-ativa e de cooperação junto aos

órgãos de fiscalização e ambientais nas esferas federal, estadual e municipal.

7.3 Metas

Envolver a totalidade dos trabalhadores alocados ao projeto nas atividades de

capacitação e treinamento em temas ambientais, sociais de forma a evitar ou minimizar

as não conformidades geradas pelo empreendimento;

Envolver a totalidade dos trabalhadores nas atividades de capacitação e treinamento em

segurança do trabalho de forma a proteger a saúde dos trabalhadores;

Envolver a totalidade dos trabalhadores nas atividades educacionais relacionadas à

saúde, contribuindo para que o empreendimento não se torne causa da propagação de

doenças transmissíveis;

Difundir entre a totalidade dos trabalhadores as normas e procedimentos apresentados no

Plano Ambiental da Construção – PAC.

7.4 Público-Alvo

Foi identificado como público alvo do programa o conjunto de trabalhadores alocados ao

empreendimento, composto por responsáveis técnicos, pessoal de nível gerencial e superior;

pessoal de nível técnico e trabalhadores não qualificados.

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7.5 Metodologia e Descrição do Programa

O programa foi elaborado a partir da compreensão que uma parcela significativa dos impactos

ambientais e sociais do empreendimento pode ser evitada e mitigada a partir da adoção de

uma estratégia de sensibilização e conscientização da mão-de-obra alocada ao projeto, visando

reforçar comportamentos e atitudes de respeito ao meio ambiente e para com a população da

região.

Do ponto de vista metodológico o programa tem como premissa o princípio da

Interdisciplinaridade, entendida como o desenvolvimento de um processo de conhecimento que

tem como base a interconexão entre as diferentes esferas dos saberes para a apreensão da

realidade. Busca-se construir um processo de aprendizagem calçado na compreensão da lógica

dos diversos processos, em suas múltiplas abordagens – socioeconômicas, político-institucionais,

jurídicas, culturais e ecológicas. A partir dessa perspectiva integradora serão definidos os

conteúdos programáticos das palestras e dos diferentes cursos de capacitação, e elaborado o

material didático.

As ações de capacitação e sensibilização ambiental deverão estar articuladas com as

características socioambientais do local da obra. Além dos temas gerais relacionados ao meio

ambiente regional, à saúde, à segurança e às normas de conduta para com a população,

comum ao conjunto dos trabalhadores, serão ressaltados temas específicos por cada frente da

obra (áreas ecologicamente sensíveis, locais de incidência de evidências arqueológicas, núcleos

urbanos, entre outros) enfocando as características locais, principais impactos e formas de evitá-

los.

7.5.1 Estruturação do Programa

A partir dos pressupostos acima enunciados, o programa foi estruturado com base em duas

vertentes: o treinamento e capacitação dos trabalhadores e o monitoramento e avaliação das

ações e de seus resultados.

A vertente de treinamento e capacitação estará voltada aos seguintes temas:

Ambientais - abrangendo as atividades destinadas a proporcionar ferramentas, sensibilizar e

conscientizar o conjunto dos trabalhadores para que possam cumprir as medidas de

proteção ambiental requeridas durante as obras e que encontram-se expressas no Plano

Ambiental da Construção – PAC;

Sociais - abrangendo as atividades destinadas a regular e normatizar a relação dos

trabalhadores no ambiente de trabalho, nos alojamentos e com as comunidades locais;

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Saúde - abrangendo as atividades destinadas a garantir a saúde dos trabalhadores e da

população da área de influência direta;

Segurança - abrangendo as atividades destinadas a manter a integridade física dos

trabalhadores durante as obras.

O monitoramento e avaliação envolvem os procedimentos adotados para a aferição do

desenvolvimento das ações e de seus resultados.

7.5.2 Atividades do Programa

As atividades do Programa serão iniciadas no momento da mobilização da mão-de-obra,

desenvolvendo-se durante todo o período de construção e concluindo-se na fase de

desmobilização. Apresentam-se, a seguir, por fases, as principais atividades do Programa.

7.5.2.1 Etapas de Articulação e Planejamento

a) Atividade 1: Articulação com as empreiteiras.

Objetivo: Sensibilizar e mobilizar os responsáveis das empreiteiras contratadas, inclusive

encarregados do Programa de Saúde e Segurança dos Trabalhadores, de modo a que se possa

construir coletivamente a estratégia de atuação, com vistas a maximizar as ações em torno do

Programa.

Metodologia: Realização de reuniões técnicas para apresentação do Programa com

identificação de suas interfaces com as ações do empreendimento e os demais Programas

Ambientais. Esta atividade deverá perpetuar durante todo o tempo de desenvolvimento do

Programa, visando à troca de informações e a atualização das ações e dos procedimentos em

uso.

b) Atividade 2: Articulação com as equipes de Gestão e Supervisão Ambiental e o pessoal

encarregado dos Programas Ambientais, especialmente dos Programas de Gerenciamento de

Riscos, Comunicação Social e de Educação Ambiental.

Objetivo: Integrar o programa com as atividades de gestão e supervisão ambiental; identificação,

junto às equipes encarregadas dos Programas Ambientais, das principais questões a serem

abordadas nas ações/atividades do Programa.

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Metodologia: Realização de reuniões técnicas para apresentação do Programa visando sua

compatibilização e integração com o sistema de gestão ambiental e com os programas

ambientais.

c) Atividade 3: Caracterização Socioambiental.

Objetivo: A caracterização socioambiental da obra e da área onde será construída a ponte irá

subsidiar a definição dos conteúdos específicos a serem repassados aos trabalhadores nas

atividades de treinamento e capacitação.

Metodologia: A atividade será realizada com base no diagnostico ambiental da área, atualizado

pelos Programas Ambientais na fase do PBA e aprofundado onde se fizer necessário.

d) Atividade 4: Definição do Conteúdo Programático.

Objetivo: Definição e detalhamento do conteúdo programático a ser repassado para os

trabalhadores de nível gerencial e superior, os profissionais técnicos e a mão-de-obra não

qualificada.

Metodologia: O conteúdo programático será definido com base nas atividades descritas

anteriormente. Serão detalhados os conteúdos das ações referentes aos Temas Ambientais,

Sociais, de Saúde e de Segurança no Trabalho.

e) Atividade 5: Elaboração e Reprodução do Material Didático.

Objetivo: Elaboração e reprodução do material didático a ser produzido para trabalhadores de

nível gerencial e superior, profissionais técnicos e mão-de-obra não qualificada.

Metodologia: Com base no conteúdo programático, será elaborado o material didático relativo

aos temas ambientais e sociais, em conjunto com o Programa de Educação Ambiental e de

Gerenciamento de Riscos. Preliminarmente considera-se como necessária a elaboração folhetos,

cartilhas e cartazes do Código de Conduta dos Trabalhadores (detalhado no item 7.5.3) e o

material didático e cartazes enfocando a educação em saúde e segurança no trabalho. A

reprodução do material estará a cargo do Programa de Comunicação Social. Inicialmente será

reproduzido material suficiente para os primeiros meses de trabalho. Decorrida a primeira

experiência de cursos e oficinas tais materiais poderão vir a ser revistos em função da avaliação a

ser realizada no âmbito do monitoramento e avaliação do programa

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f) Atividade 6: Elaboração do Plano de Ação do Programa.

Objetivo: Elaborar o Plano de Ação, com base no cronograma da obra.

Metodologia: Reuniões entre a equipe do programa, empresa executora da obra e coordenação

do Programa de Gerenciamento de Riscos.

7.5.2.2 Etapas de Execução do Plano de Ação

a) Atividade 1: Cursos de Treinamento e Capacitação Ambiental.

Objetivo: Sensibilizar e capacitar os trabalhadores para a adoção de práticas ambientalmente

sustentáveis, disseminando conteúdos específicos visando comportamentos adequados durante o

processo de construção e despertar a preocupação com as questões ambientais.

Metodologia: Os cursos deverão ser realizados a partir da mobilização da mão-de-obra para

trabalhadores não qualificados. Serão realizadas palestras com apresentação de material

audiovisual e escrito onde serão enfocados:

Aspectos técnicos construtivos e ambientais, com ênfase nas áreas sensíveis e áreas

protegidas;

Prevenção, controle e contenção de elementos de contaminação do solo e da água;

Proteção da fauna e da flora;

Planos de contingência relacionados aos impactos no meio ambiente.

b) Atividade 2: Capacitação Social.

Objetivo: Sensibilizar e capacitar para a adoção de comportamento social adequado na relação

entre os próprios trabalhadores e destes com as comunidades locais, inclusive a população

indígena.

Metodologia: Os cursos deverão contar com o apoio de apresentação de vídeo, seguido por

curta palestra, materiais escritos (cartilha, folhetos, ou outros) a serem comentados e debates com

os trabalhadores, enfocando os seguintes principais aspectos:

Características das comunidades localizadas nas proximidades do trecho;

Proteção do patrimônio cultural e arqueológico;

Diversidade cultural e o respeito pelas práticas culturais locais;

Sociabilidade e cidadania.

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c) Atividade 3: Campanhas Educativas Voltadas à Saúde.

Objetivo: Informar e sensibilizar os trabalhadores na prevenção e controle de doenças

transmissíveis, alcoolismo e drogas.

Metodologia: Desenvolver campanhas e materiais educativos, visando contribuir para a

manutenção das condições de saúde dos trabalhadores e para que o empreendimento não se

torne causa de propagação de doenças entre a população da área.

d) Atividade 4: Treinamento e Capacitação em Segurança no Trabalho.

Objetivo: Informar e sensibilizar os trabalhadores sobre as normas e procedimentos a serem

adotados e equipamentos de segurança a serem utilizados durante as obras, visando evitar

acidentes de trabalho.

Metodologia: As atividades (palestras, cursos, distribuição de material educativo) deverão ser

realizadas antes do início das obras, envolvendo temas gerais e enfocando temas específicos,

quando pertinente. Todos os trabalhadores deverão ter conhecimento dos procedimentos e

equipamentos a serem utilizados. As atividades deverão ser realizadas em conjunto com o

Programa de Gerenciamento de Riscos.

e) Atividade 5: Atividades Recreativas, Desportivas, Culturais e Lúdicas.

Objetivo: Desenvolver atividades recreativas, desportivas, culturais e lúdicas visando fortalecer a

auto-estima dos trabalhadores e reforçar comportamentos ambiental e socialmente adequados.

Metodologia: A partir de consulta aos trabalhadores organizar atividades como torneios

desportivos, gincanas, palestras, apresentação de filmes, entre outros.

Atividade 6: Reforço das Atividades.

Objetivo: Replicar atividades de sensibilização, treinamento e capacitação em locais onde for

identificado número significativo de não-conformidades ambientais e/ou sociais, assim como

acidentes de trabalho. As atividades de monitoramento e avaliação das ações deverão indicar

onde será necessário esse reforço.

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Metodologia: Para o reforço das atividades serão utilizados os instrumentos ou material produzido

pelo Programa. Deverá ser avaliada, caso a caso, a necessidade de criação de novos

instrumentos e conteúdos.

7.5.3 Detalhamento do Código de Conduta

A produção do material informativo e educativo deverá ser articulado com as equipes de

Educação Ambiental e Comunicação Social, utilizando linguagem adequada ao público alvo a

ser atingido.

O Código de Conduta objetiva orientar e disciplinar a conduta do conjunto dos trabalhadores

envolvidos com o empreendimento, tanto no que se refere aos procedimentos ambientalmente

adequados durante as obras como na relação entre os trabalhadores, e destes com as

comunidades locais, inclusive a população indígena.

Todos os trabalhadores contratados deverão conhecer e cumprir rigorosamente o Código de

Conduta que, em função dos impactos do empreendimento, deverá enfocar as seguintes regras

principais:

São proibidas: a caça, a pesca, a comercialização e a captura de animais silvestres, assim

como a manutenção de animais domésticos nos locais das obras e nos alojamentos;

São proibidas a extração, o transporte e a comercialização de espécies vegetais nativas;

Deverão ser obedecidas as diretrizes do Plano Ambiental da Construção (PAC) referentes

ao tratamento de resíduos e efluentes sanitários, ao não-lançamento de resíduos no meio

ambiente, à minimização da geração de poeira e ruídos, à utilização de equipamentos de

segurança. Entre outros;

É proibido portar arma branca ou de fogo nos alojamentos, canteiros e áreas da obra. As

ferramentas de trabalho que possam ser utilizadas como armas serão controladas e

sempre recolhidas a locais seguros, a fim de serem guardadas, diariamente, visando

impedir sua utilização para outros fins;

É proibida a venda, manutenção e consumo de bebidas alcoólicas, assim como de

drogas ilegais nos locais de trabalho e alojamentos;

É proibida qualquer fonte de fogo que possa provocar incêndio;

No contato com pessoas das comunidades situadas próximas aos alojamentos, canteiros

ou frentes de obras, os trabalhadores deverão comportar-se corretamente. Da mesma

forma, deverão comportar-se adequadamente com seus companheiros de trabalho,

evitando brigas, desentendimentos, etc.;

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Os trabalhadores deverão comunicar qualquer situação que possa desencadear danos

ao meio ambiente, como incêndios, derramamento de combustíveis, contaminação do

rio, entre outros;

É proibido o tráfego de veículos em velocidades que comprometam a segurança das

pessoas, equipamentos e animais;

Somente poderão ser utilizados acessos que tenham sido previamente autorizados.

7.6 Etapas de Execução

As etapas de execução do programa são apresentadas no Quadro 13 abaixo:

Quadro 13. Etapas de Execução do Programa de Treinamento dos Profissionais em Questões Ambientais.

Etapas Duração Observação

Organização dos trabalhos 1 mês Definição dos temas em reuniões promovidas pela equipe de Profissionais em questões ambientais com técnicos contratados para a implantação do programa.

Elaboração do material de treinamento 2 meses Contratação dos serviços para a elaboração do material

de treinamento.

Distribuição de informativos 9 meses A divulgação será feita nos canteiros de obras para melhor entendimento dos trabalhadores.

Realização de reuniões 9 meses Serão realizadas reuniões nos canteiros de obra que estarão relacionados com aspectos operacionais da obra.

Realização de mini-curso 9 meses Serão realizados mini-cursos para os trabalhadores voltados para a conservação do meio ambiente.

Realização de palestra 9 meses Serão realizadas palestras para os trabalhadores com intuito de promover uma interação entre os trabalhadores.

Avaliação do programa 9 meses Serão feitas avaliações semestrais, abrangendo a qualidade do trabalho, pontos positivos e negativos da obra e interesse e participação do público-alvo.

Elaboração de Relatórios 9 meses

Resultados alcançados e esperados com o programa, atividades executadas, prazos, custos, detalhamento das reuniões realizadas, contendo lista de presença e memorial fotográfico.

7.7 Recursos Necessários

O custo final do programa foi estimado em R$ 254.645,04 envolvendo a formação de equipe

multidisciplinar. Além disso, considerou-se também os dispêndios relacionados a confecção de

informativos, cartazes, reuniões, aluguel de veículos, combustível (gasolina) e diárias.

No Quadro 14 estão apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais

e o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

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Quadro 14. Recursos necessários para e execução do Programa de Treinamento dos Profissionais em Questões Ambientais (PQTA)

Mobilização Preço Item Descrição Nível

Unid Qtde Unitário* Total Recursos Humanos

6.1 Coordenador Geral P1 horas 576 79,02 45.515,52 6.2 Pedagogo P2 horas 576 68,24 39.306,24 6.3 Engenheiro Florestal P2 horas 576 68,24 39.306,24 6.4 Motorista A2 horas 576 7,69 4.429,44

Sub-Total 128.557,44 Outros Recursos

6.5 Diárias Profissionais P diária 216 96,00 20.736,00 6.6 Diárias Motorista T diária 72 75,00 5.400,00 6.7 Veículo (4x4) diária 72 371,55 26.751,60 6.8 Combustível (diesel) litros 2.400 2,00 4.800,00 6.9 Impressos unidade 9 6.500,00 58.500,00 6.10 Material de Consumo unidade 9 650,00 5.850,00 6.11 Serviços Gráficos unidade 1.350 3,00 4.050,00

Sub-TotaL 126.087,60 * Base de referência: Dezembro de 2008. Total 254.645,04

7.8 Cronograma de Execução. O Programa de Treinamento dos Profissionais em Questões Ambientais (PTQA) deverá ser

executado em nove campanhas distribuídas no período de 36 meses de execução das obras, em

conformidade com o cronograma de execução apresentado no Quadro 15.

Quadro 15. Cronograma de execução do Programa de Treinamento dos Profissionais em Questões Ambientais (PQTA).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Organização dos trabalhos Elaboração do material de treinamento Distribuição de informativos Realização de reuniões Realização de mini-curso Realização de palestra Avaliação do programa Elaboração de Relatórios

ANO II Ações 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Organização dos trabalhos Elaboração do material de treinamento Distribuição de informativos Realização de reuniões Realização de mini-curso Realização de palestra Avaliação do programa Elaboração de Relatórios

ANO III Ações 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Organização dos trabalhos Elaboração do material de treinamento Distribuição de informativos Realização de reuniões Realização de mini-curso Realização de palestra Avaliação do programa Elaboração de Relatórios

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7.9 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação do programa será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de

Gestão Ambiental, através da equipe técnica deste PTQA. O acompanhamento será realizado

pelo coordenador do PTQA e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades

será de responsabilidade da equipe de Gestão Ambiental.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios semestrais

elaborados pelo coordenador do PTQA. Ao final deste programa será elaborado um Relatório de

Avaliação a ser encaminhado Gestão Ambiental do empreendimento.

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8. Programa de Comunicação Social (PCS)

8.1 Justificativa

O recente processo de redemocratização e o desenvolvimento de uma consciência

ambientalista no país vêm suscitando a discussão sobre a implantação de grandes projetos e

impactos sociais e ambientais a eles associados e, ao mesmo tempo, contribuindo para a criação

de um consenso sobre a necessidade de uma política participativa na formulação e

implementação de projetos modificadores do meio natural e antrópico. Estas novas exigências,

associadas às normas legais para o licenciamento de projetos com significativos impactos

ambientais e sociais, se constituem em uma conquista da sociedade no sentido da consolidação

da democracia e da cidadania. Neste contexto se insere o projeto de construção da Ponte sobre

o Rio Araguaia entre os municípios de Xambioá/TO e São Geraldo do Araguaia/PA. Na busca de

facilitar o acesso e encurtas as distancias entre estes municípios, o empreendimento poderá

acirrar processos historicamente recorrentes de ocupação da região amazônica.

Situa-se entre os principais impactos identificados o desmatamento, as queimadas e a exploração

não-sustentável dos recursos naturais, além do aumento da criminalidade e o agravamento das

condições de saúde pública. Essa percepção dos benefícios e impactos negativos é

compartilhada, em diversos níveis, pela população local e regional e pelas entidades

ambientalistas, como foi observado durante os levantamentos de campo realizados na fase dos

estudos ambientais.

Com base nos impactos ambientais e sociais do empreendimento, foram propostas, nos estudos

ambientais de viabilidade, uma série de medidas e a implantação de Programas Ambientais com

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o objetivo de prevenir, minimizar e compensar os impactos negativos e maximizar os impactos

positivos.

O Programa de Comunicação Social integra o conjunto de Programas Ambientais propostos que

compõem o Plano de Gestão Ambiental do empreendimento, e se justifica não só em função dos

impactos sócio-ambientais, mas, sobretudo, pela busca de um novo relacionamento entre o setor

público e a sociedade brasileira em um contexto de democracia e construção da cidadania.

Em função do seu caráter de canal de comunicação e interação entre o empreendedor e a

sociedade, caracteriza-se como o programa de maior abrangência em relação ao público a ser

atingido e aos impactos que a ele estão associados. No entanto, a compreensão de que a

implantação de grandes projetos, em especial os que afetam o meio natural e antrópico como o

de construção de pontes e seus acessos, envolve uma partilha desigual de custos e benefícios

entre os diversos setores sociais, recaindo os custos sociais e materiais sobre a população local e

os benefícios para a sociedade como um todo, condiciona uma hierarquização dos públicos e

das ações de comunicação social a serem desenvolvidas.

Neste sentido, no desenvolvimento do Programa de Comunicação Social será priorizada a

população diretamente afetada pelo projeto, seja por deslocamentos compulsórios, pela

presença de trabalhadores ou pelos transtornos durante o período das obras.

O Programa de Comunicação Social deverá, ainda, articular o conjunto de ações de

comunicação social do empreendimento de forma a evitar conflitos de informações e/ou

decorrentes de atuações diferenciadas entre as equipes encarregadas pela implantação dos

Programas Ambientais e empresas contratadas para as obras e serviços na relação com a

população.

8.2 Objetivos

Criar um canal de comunicação contínuo entre o empreendedor e a sociedade,

especialmente a população diretamente afetada pelo empreendimento, de forma a

motivar e possibilitar a sua participação em todas as fases do empreendimento;

Divulgar a importância do empreendimento para o desenvolvimento local e regional;

Garantir o amplo e antecipado acesso às informações sobre o empreendimento, os

impactos ambientais e sociais associados e os Planos de Gestão Ambiental e Ambiental de

Construção - PAC;

Contribuir para a minimização dos impactos ambientais e sociais do empreendimento e

reduzir potenciais conflitos;

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Mitigar os transtornos causados à população e aos proprietários circunvizinhos do

empreendimento durante o período das obras;

Contribuir para a criação de um relacionamento construtivo entre o empreendedor com a

população afetada, suas entidades representativas, organizações governamentais e não

governamentais, através da constituição de mecanismos de ouvidoria - recepção e

respostas aos questionamentos, preocupações e demandas;

Integrar e compatibilizar as diversas ações do projeto que envolvam comunicação e

interação comunitária.

8.3 Metas

As ações de comunicação deverão atingir todas as famílias afetadas diretamente pelo

empreendimento;

Responder às solicitações de informações e de questionamentos enviados ao

empreendedor através dos instrumentos de ouvidoria e de comunicação implantados;

Atender às solicitações de reuniões necessárias a esclarecimentos públicos encaminhados

pela população afetada por meio de suas entidades representativas, Prefeituras

Municipais da Área de Influência e organizações comunitárias;

Divulgar o empreendimento nos principais meios de comunicação regional e local.

8.4 Público-Alvo

Foram identificados como públicos alvo do Programa os segmentos relacionados a seguir:

Opinião pública regional e municipal;

Órgãos governamentais com atuação na Área de Influência do empreendimento, em

especial as Prefeituras Municipais de Xambioá/TO e São Geraldo do Araguaia/PA;

Associações, Entidades Ambientalistas e Organizações da Sociedade Civil;

População da Área de Influência do empreendimento, em especial a população

residente no entorno da obra;

Favorecidos pelo diretamente pelo Projeto.

8.5 Metodologia e Descrição do Programa

8.5.1 Pressupostos Básicos

Para a elaboração do programa adotou-se a concepção de comunicação em seu sentido mais

amplo, envolvendo a elaboração, o envio e a recepção de mensagens, e a compreensão de seu

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caráter de suporte às atividades do projeto em todas as fases do empreendimento.

A comunicação social não se limita à disseminação de informações e elaboração de

instrumentos para tal. Os contatos estabelecidos entre o empreendedor e os diferentes agentes

envolvidos na obra e na implantação dos Programas Ambientais com os diversos atores sociais,

quaisquer que sejam as formas utilizadas, também são ações de comunicação social, e como tal

devem seguir um padrão e uma orientação comum.

A comunicação, muito mais do que a promoção do empreendimento, deve ter por objetivo a

criação de mecanismos que facilitem a participação dos setores interessados nas diversas fases

do empreendimento. A comunicação deve objetivar o correto entendimento dos impactos sobre

a vida dos diferentes grupos, enfatizando as razões pelas quais isto ocorre, os direitos que lhes

correspondem e as formas pelas quais serão ressarcidos, não devendo criar, em momento algum,

falsas expectativas.

A comunicação social deve ser utilizada para a construção de um relacionamento construtivo do

empreendedor com os diferentes setores sociais. Para tal deve se garantir o acesso antecipado às

informações relacionadas ao empreendimento e às atividades necessárias à sua implantação,

com uso de linguagem e instrumentos de comunicação apropriados a cada segmento do

público alvo.

Parte-se do pressuposto que as ações de comunicação do projeto de construção da ponte, já

foram iniciadas, na prática, através dos contatos, levantamentos de campo e atividades

realizadas durante a fase de elaboração dos estudos ambientais. Com base neste conhecimento

foi possível apreender as características sócioculturais da população e suas principais

expectativas relacionadas ao empreendimento, que se constituíram em importantes subsídios

para a elaboração do Programa de Comunicação Social ora proposto.

8.5.2 Elaboração da Mensagem

Conteúdo, estrutura e formato, de acordo com as informações obtidas nas etapas anteriores. Os

conteúdos das mensagens estão baseados nos seguintes assuntos:

O projeto de implantação da ponte sobre o Rio Araguaia, fases de desenvolvimento e

características básicas;

O papel dos estudos ambientais em grandes projetos;

Conceitos básicos de comunicação e tipologia. A importância da comunicação para a

construção da cidadania nas diversas etapas do empreendimento;

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90 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Regras básicas de conduta nos contatos com a população afetada e com os usuários da

ponte;

Legislação ambiental aplicável ao empreendimento;

Andamento dos programas ambientais, resultados esperados e obtidos.

Estes assuntos destinam-se a orientar as ações de divulgação e informação sobre o

empreendimento, garantindo às comunidades afetadas e diretamente envolvidas o acesso a

informações, a importância da ponte no contexto nacional e regional, os principais impactos e as

ações e planos ambientais que serão implantados.

Para as comunidades envolvidas é fundamental que essa população tenha possibilidade de

interagir em um contexto de mudanças que interferem em maior ou menor medida, no seu

cotidiano.

Não se verifica, até o momento, nenhum tipo de repúdio da sociedade local e regional quanto à

implantação do empreendimento. Ao contrário, a implantação da ponte é entendida

positivamente, como capaz de proporcionar benefícios significativos na região. Em visão local a

expectativa é também positiva, uma vez que as alterações para a dinâmica regional sejam

pouco significativas.

Visando também sensibilizar a comunidade para apoiar as medidas de conservação ambiental

que serão implementadas a partir da execução dos PBA e que dizem respeito não só a garantia

da integridade da obra como também ao respeito ao meio ambiente.

O programa comporta o detalhamento e a elaboração de dois conjuntos temáticos:

• Informações sobre o projeto: disponibilizar ao público, informações sobre a ponte e seus

acessos, a obra, os prazos de execução, os valores investidos, os responsáveis pela obra, os

empregos gerados e os reflexos sociais.

• Informações sobre os danos ambientais: principais impactos, aspectos diretamente ligados

a comunidade local, medidas mitigadoras e ações nos PBA.

8.5.3 Seleção dos Meios de Comunicação

A comunicação será executada através de reuniões periódicas, faixas, cartazes, informativos e

carros de som. Os meios de comunicação para o PCS foram determinados a partir de entrevistas

com representantes do poder público.

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Cada meio de comunicação traz um benefício e tem custos diferenciados. Somados,

proporcionarão um resultado maior do que se utilizados separadamente.

8.5.4 Respostas às Solicitações da População

O retorno às solicitações de informações e eventuais reclamações e dúvidas dos diversos setores

interessados deve ser permanente garantindo, independente do teor da questão e das formas

utilizadas para o seu encaminhamento. Parte-se do pressuposto que a criação de mecanismos de

comunicação sem um retorno constitui-se em fator muito mais negativo do que a própria

ausência desses mecanismos na medida em que cria falsas expectativas.

O PCS tem como responsabilidade, além de informar a partir dos instrumentos implantados com

este objetivo, receber e garantir o retorno aos questionamentos da sociedade. Para tal, deve

direcioná-los aos setores e acompanhar o processo de encaminhamento das respostas.

Sendo assim, o PCS disponibilizará caixas de sugestão nas prefeituras dos municípios de

Xambioá/TO e São Geraldo do Araguaia/PA para a população enviar reclamações e dúvidas a

serem sanadas pelos responsáveis pelo empreendimento. Além disso, serão realizadas campanhas

de comunicação (reuniões) apresentados os resultados e discutindo assuntos relacionados ao

empreendimento.

8.5.5 Informativos Periódicos

Para divulgar as ações que estão sendo implementadas para mitigar ou potencializar os impactos

ambientais do empreendimento, serão elaborados semestralmente e distribuídos para a

população e órgãos envolvidos, informativos, servindo como meio de divulgação do

empreendimento. O informativo deverá ser confeccionado em linguagem simples e ilustrado para

o melhor entendimento das ações executadas pelo PBA.

8.5.6 Indicadores

Grau de satisfação do público-alvo, em especial a população afetada, com acesso e

disponibilização das informações sobre o empreendimento, o sistema de gestão Ambiental

e os Programas Ambientais, a ser aferido através dos mecanismos de ouvidoria

implantados;

Percentual de solicitações e questionamentos respondidos em relação ao total;

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Percentual de atendimento às solicitações de reuniões e esclarecimentos públicos em

relação ao total solicitado.

8.6 Etapas de Execução

A execução do Programa de Comunicação Social seguirá as etapas apresentadas no Quadro 16.

Quadro 16. Etapas de execução do Programa de Comunicação Social (PCS)

Etapas Duração Observação

Organização dos trabalhos 1 mês

Definição dos temas em reuniões promovidas pela equipe de Comunicação Social com técnicos contratados para a implantação do programa.

Elaboração de material 2 meses Contratação dos serviços para a elaboração do material de divulgação.

Execução do Plano (Divulgação) 9 meses

A divulgação será feita nos municípios através de material elaborado (informativos, carro de som e cartazes). Material que facilite o entendimento do empreendimento pela população.

Realização de reuniões 9 meses Serão realizadas reuniões nas prefeituras de cada município,

sendo aberta a toda população.

Avaliação do Programa 9 meses

Serão feitas avaliações quadrimestrais, abrangendo a qualidade do trabalho, pontos positivos e negativos da obra e interesse e participação do público-alvo.

Elaboração de Relatórios 9 meses

Resultados alcançados durante todo o percurso da obra, sendo eles, parciais e finais.

8.7 Recursos Necessários

O custo final do programa foi estimado em R$ 282.425,10 envolvendo a formação de equipe

multidisciplinar, composta pelo coordenados geral, um comunicador (especialista em

comunicação), um técnico em comunicação e um motorista. Além disso, considerou-se também

os dispêndios relacionados com a elaboração de cartazes e panfletos, veículos, combustível e

diárias.

No Quadro 17 são apresentadas às estimativas de custos relativos a contratação de profissionais e

o consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

Quadro 17. Recursos necessários para e execução do Programa de Comunicação Social (PCS)

Mobilização Preço Item Descrição Nível

Unid Qtde Unitário* Total Outros Recursos

11.1 Técnico de Nível Superior - Coordenador Geral P1 horas 720 79,02 56.894,40 11.2 Assistente - Comunicador Social P2 horas 720 68,24 49.132,80 11.3 Técnico de Nível Médio T2 horas 720 16,53 11.901,60 11.4 Motorista A2 horas 720 7,69 5.536,80

Sub-Total 123.465,60

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Mobilização Preço Item Descrição Nível

Unid Qtde Unitário* Total Outros Recursos

11.5 Diárias P diária 180 96,00 17.280,00 11.6 Diárias T diária 180 75,00 13.500,00 11.7 Veículo (4x4) diária 90 371,55 33.439,50 11.8 Combustível (diesel) Litros 2.640 2,00 5.280,00 11.9 Impressos e Equipamentos Unidade 9 8.840,00 79.560,00 11.10 Material de Consumo Unidade 9 650,00 5.850,00 11.11 Serviços Gráficos unidade 1.350 3,00 4.050,00

Sub-Total 158.959,50 *Base de referência: Dezembro de 2008. Total 282.425,10

8.8 Cronograma de Execução

O Programa de Comunicação Social deverá ter sua implantação, um mês antes das obras e terá

campanhas quadrimestrais, totalizando nove campanhas durante o período do desenvolvimento

da obra, conforme apresentado no Quadro 18.

Quadro 18. Cronograma de execução do Programa de Comunicação Social (PCS).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Organização dos trabalhos Elaboração de material Execução do Plano (Divulgação) Realização de reuniões Avaliação do Programa Elaboração de Relatórios

ANO II Ações 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Organização dos trabalhos Elaboração de material Execução do Plano (Divulgação) Realização de reuniões Avaliação do Programa Elaboração de Relatórios

ANO III Ações 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Organização dos trabalhos Elaboração de material Execução do Plano (Divulgação) Realização de reuniões Avaliação do Programa Elaboração de Relatórios

8.9 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação do PCS será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de

Gestão Ambiental. A execução será realizada pela equipe técnica do PCS. O acompanhamento

será realizado pelo coordenador do PCS e pela Gestão Ambiental da obra. A avaliação das

atividades será de responsabilidade da equipe do CGA.

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Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios ao término de

cada campanha realizada, elaborado pelo coordenador do PCS. Ao final deste programa será

elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à Gestão Ambiental do

empreendimento.

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9. Programa de Educação Ambiental (PEA)

9.1 Justificativa

Tanner (1978), que elabora um quadro comparativo entre a educação conservacionista e a

educação ambiental, entende que a principal característica da primeira é o foco no ambiente

não humano. Daí ser também intitulada com freqüência como “o estudo da natureza”.

Predominantemente rural, aborda basicamente as ciências naturais como conteúdo a transmitir,

e a sua principal mensagem é mostrar ao educando os impactos decorrentes das atividades

humanas na natureza, para então enfatizar os meios tecnológicos capazes de enfrentá-los.

Entendendo o problema ambiental como fruto de um desconhecimento dos princípios ecológicos

que gera “maus comportamentos”, caberia à educação conservacionista, um instrumento de

socialização humana perante a natureza, criar “bons comportamentos”.

Por outro lado, Tanner (1978) esclarece que a educação ambiental insere o ambiente humano

em suas considerações, sobretudo o urbano, promovendo uma maior articulação entre o mundo

natural e o mundo social. Com isso, transcende a perspectiva da abordagem de conteúdos

meramente biologizantes das ciências naturais e engloba aspectos socioeconômicos, políticos e

culturais das ciências sociais e humanas.

Com efeito, a Conferência de Tbilisi, considerada o marco conceitual definitivo da educação

ambiental (Dias, 1993), apresenta uma visão crítica da realidade bastante pertinente,

demonstrando que a causa primeira da atual degradação ambiental deve sua origem ao sistema

cultural da sociedade industrial, cujo paradigma norteador da estratégia desenvolvimentista,

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pautada pelo competitivo como a instância reguladora da sociedade, fornece uma visão de

mundo unidimensional, utilitarista, economicista e a curto prazo da realidade, em que o ser

humano ocidental se percebe numa relação de exterioridade e domínio da natureza.

Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade

constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio-ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de

vida e sua sustentabilidade.

Dessa forma, o Programa de Educação Ambiental é fundamental por possibilitar a atuação e

participação da comunidade no processo de construção de melhores condições de vida para a

coletividade e para o indivíduo, e também por ser um elo entre a comunidade afetada e o

projeto, tornando-se um meio indispensável para a mitigação dos impactos, pois permite a

comunidade manter-se informada e com visão crítica a respeito do empreendimento,

possibilitando a responsabilidade ambiental e social.

9.2 Objetivos

Desenvolver ações educativas visando, através de um processo participativo, capacitar e

habilitar os setores sociais para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental

e de vida nos municípios da área de influência do empreendimento;

Contribuir para a prevenção e a minimização dos impactos ambientais e sociais

decorrentes do empreendimento, através da Inserção da Educação Ambiental nas

atividades do empreendimento;

Incentivar a formação de hábitos e atitudes ambientalmente corretos junto à população

escolar da região;

Contribuir para a modificação de hábitos e atitudes da população em relação ao meio

ambiente;

Envolver os órgãos do poder público da área de influência do empreendimento na

realização das ações de educação Ambiental;

Integrar e compatibilizar as diversas ações de projetos que envolvam educação

ambiental;

Realizar intercâmbio permanente com os demais programas integrantes do Plano Básico

Ambiental.

9.3 Metas

As práticas agrupadas sob o conceito de educação ambiental têm sido categorizadas de muitas

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maneiras: educação ambiental popular, crítica, política, comunitária, formal, não formal, para o

desenvolvimento sustentável, conservacionista, socioambiental, ao ar livre, para solução de

problemas entre tantas outras. Nesse caminho, são agrupadas abaixo as metas para construir

dentro dessa reunião de tendências o Programa de Educação Ambiental.

Realização de palestras nas prefeituras municipais de Xambioá/TO e São Geraldo do

Araguaia/PA, com espaço aberto a toda população, durante as obras;

Realização de oficinas pedagógicas, voltadas para crianças da pré-escola e do ensino

fundamental, sendo realizadas nas escolas municipais de ensino fundamental;

Realização de debates e atividades extraclasse, com alunos do ensino médio nas escolas;

Mini - cursos para os trabalhadores, nos canteiros de obras no início e durante as obras;

Serão produzidos 3000 informativos, 4000 cartilhas que serão distribuídos a toda população,

e todas as escolas que servirá como suporte para a discussão junto à comunidade;

9.4 Público-Alvo

Identificam-se como público-alvo do PEA os segmentos relacionados a seguir: população da área

de influência, em especial a residente no entorno das obras; técnicos e professores da rede

pública de ensino e da área de meio ambiente; trabalhadores da obra e usuários da ponte.

9.5 Metodologia e Descrição do Programa

As linhas de ação e metodologias adotadas nesse Programa procuram promover a Educação

Ambiental como instrumento e temática fomentadores da mobilização e articulação da

comunidade. Isso porque sempre se procurará buscar atividades em que a participação de

representantes comunitários e sua articulação, enquanto potenciais agentes multiplicadores seja

a ferramenta maior que garanta a legitimação e efetividade dos projetos.

Aliado a isso, se buscará difundir práticas, conhecimentos e metodologias que fortaleçam e

possibilitem a prática da Educação Ambiental em diversos setores, fomentando ações

ambientais, que assegurem atenção e melhoria constantes em relação à qualidade de vida dos

municípios e de seus habitantes.

A metodologia prevê, também, que em todos os projetos o público envolvido seja multiplicador

do seu aprendizado, levando a uma otimização maior do aprendizado e estimulando o agente

ambiental a manter-se articulado às questões da comunidade, na busca da melhoria constante

da qualidade ambiental dos municípios. O Programa busca, assim, contribuir para que o caráter

interpessoal seja alcançado, possibilitando às pessoas um maior envolvimento na construção de

projetos e ações comunitárias.

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98 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

O Programa de Educação Ambiental será desenvolvido a partir de 4 (quatro) grandes linhas de

ação:

Oficinas lúdicas recreativas para os alunos da rede pública de ensino;

Educação Ambiental para os usuários da ponte;

Educação Ambiental para o combate às queimadas;

Produção de material educativo/informativo.

O detalhamento das Linhas de ação do Programa será apresentado no item a seguir.

9.5.1 Oficinas Lúdicas Recreativas

Objetivo: Desenvolver o processo de inserção da Educação Ambiental no currículo das escolas

sob o enfoque interdisciplinar utilizando ferramentas do universo lúdico e iconográfico.

Público Alvo: Ensino Fundamental e Médio.

Principais Atividades:

Diagnóstico das práticas curriculares desenvolvidas nas escolas municipais, e identificação

de pontos de entrada para a dimensão ambiental;

Realização de oficinas lúdicas recreativas para os alunos nos municípios da área de

influência;

Elaboração de Projetos Interdisciplinares em que se cruzem o conceito de arte e educação

para atravessar o pensamento da educação para o desenvolvimento sustentável.

9.5.2 Educação Ambiental para os Usuários da Futura Ponte

Objetivo: Sensibilizar para a adoção de posturas ambientalmente adequadas

Público Alvo: Caminhoneiros, proprietários e funcionários de empresas transportadoras,

proprietários de veículos particulares e motoristas, usuários de ônibus e transporte alternativo.

Principais Atividades:

Realização de Seminários Temáticos (meio ambiente, animais silvestres, conservação e

preservação do patrimônio natural e transformado, resíduos sólidos, práticas em educação

ambiental) e cursos de segurança no trânsito nos municípios da área de influência;

Realização de parcerias com empresas de telefonia, postos de combustíveis, empresas

transportadoras etc., que utilizarão a ponte para o transporte de carga com o objetivo de

confeccionar e distribuir informativos educativos e sacolas de lixo para os usuários;

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Organização de campanha denominada “Amigos do rio Araguaia”;

Disseminação de conhecimentos e informações sobre conservação do meio ambiente

natural e transformado, através da distribuição de informativos em rodovias, postos de

abastecimento, restaurantes, lanchonetes, praças, etc.

9.5.3 Educação Ambiental para o Combate às Queimadas

Objetivo: Sensibilizar para a necessidade de diminuição de práticas nocivas à saúde humana e ao

meio ambiente.

Público Alvo: Membros da comunidade escolar, comunidades do entorno da ponte, setor

produtivo: proprietários e trabalhadores.

Principais Atividades:

Palestras para professores e alunos sobre as conseqüências das queimadas e as implicações

para o meio ambiente;

Confecção de mural permanente nas escolas com informações atualizadas sobre as

queimadas;

Debates com os pais dos alunos sobre os problemas ocasionados pela queimada sem

controle;

Visitas aos locais com maiores incidências de queimada;

Discussão com a população do entorno da Ponte, especialmente os pecuaristas, sobre as

queimadas enquanto fator de interferência e comprometimento na qualidade de vida da

população;

Organizar exposição e debates sobre os efeitos nocivos da queimada sobre a saúde da

população;

Difundir a legislação ambiental sobre as queimadas para professores, alunos, pais,

pecuaristas, fazendeiros e pequenos produtores residentes na área de influência da Ponte;

Elaboração de cartilha “o controle da queimada nas margens do rio Araguaia”.

9.5.4 Produção de Material Educativo/Informativo

O material informativo/educativo será elaborado de forma a atingir a todo o público do

programa e considerando as orientações do Programa Nacional de Educação Ambiental -

PRONEA, e do Programa Estadual de Educação Ambiental - PEAM. Os materiais deverão tomar a

forma de:

Cartilhas educativas, com informações didáticas e cientificas acerca dos problemas sócio-

ambientais globais e locais, vistos sob a ótica da interdisciplinaridade;

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Jogos educativos com temática ambiental;

Agenda 21 Escolar, com os compromissos da comunidade escolar perante a conservação

do meio ambiente;

Folhetos informativos e educativos sobre cuidados e tratamento dos resíduos sólidos.

9.6 Etapas de Execução

O Programa de Educação Ambiental será desenvolvido conforma as etapas apresentadas no

Quadro 19.

Quadro 19. Etapas de Execução do Programa de Educação Ambiental.

Etapas Duração Observação

Organização dos trabalhos

1 mês Definição dos temas em reuniões promovidas pela equipe de Educação Ambiental com técnicos contratados para a implantação do programa

Elaboração do material educativo

2 meses Contratação dos serviços para a confecção do material de divulgação.

Realização de reuniões 9 meses Serão realizadas reuniões nas prefeituras de cada município, sendo aberta a toda população.

Oficinas lúdicas recreativas

9 meses Serão realizadas atividades pedagógicas nas escolas e visitas às áreas degradadas e atividades voltadas para a recuperação ambiental

Treinamento e oficinas no canteiro de obras

9 meses Serão realizados mini-cursos nos canteiros de obras

9.7 Recursos Necessários

O custo final do programa foi estimado em R$263.773,50, envolvendo a formação de equipe

multidisciplinar e despesas relacionadas com a impressão de informativos, cartilhas,

cartazes,reprodução de material para a escola, material didático, aluguel de veículo(sedan),

combustível(gasolina) e diárias.

No Quadro 20 é apresentada às estimativas de custos relativos à contratação de profissionais e o

consumo de materiais necessários para o desenvolvimento do programa.

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Quadro 20. Recursos necessários para e execução do Programa de Educação Ambiental (PEA)

Preço Item Descrição Nível Un. Qtde

Unitário Total

10.1 Recursos Humanos

10.2 Coordenador Geral - Pedagogo P1 horas 720 79,02 56.894,40

10.3 Engenheiro Ambiental P2 horas 720 68,24 49.132,80

10.4 Motorista A2 horas 720 7,69 5.536,80

Sub-Total 111.564,00

Outros Recursos

10.5 Diárias P diária 180 96,00 17.280,00

10.6 Diárias T diária 90 75,00 6.750,00

10.7 Veículo (4x4) diária 90 371,55 33.439,50

10.8 Combustível (diesel) Litros 2.640 2,00 5.280,00

10.9 Impressos Unidade 9 8.840,00 79.560,00

10.10 Material de Consumo Unidade 9 650,00 5.850,00

10.11 Serviços Gráficos unidade 1.350 3,00 4.050,00

Sub-Total 152.209,50

* Base de referência: Dezembro de 2008. Total 263.773,50

9.8 Cronograma de Execução

O Programa de Educação Ambiental deverá ter sua implantação, no início das obras e terá

campanhas quadrimestrais, totalizando 9 campanhas durante o período do desenvolvimento da

obra (36 meses), conforme apresentado no Quadro 21.

Quadro 21. Cronograma de execução do Programa de Educação Ambiental (PEA).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Organização dos trabalhos Elaboração do material educativo Realização de reuniões Oficinas lúdicas recreativas Treinamento e oficinas no canteiro de obras

ANO II Ações 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Organização dos trabalhos Elaboração do material educativo Realização de reuniões Oficinas lúdicas recreativas Treinamento e oficinas no canteiro de obras

ANO III Ações 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Organização dos trabalhos Elaboração do material educativo Realização de reuniões Oficinas lúdicas recreativas Treinamento e oficinas no canteiro de obras

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102 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

9.9 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação do PEA será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de

Gestão Ambiental. A execução será realizada pela equipe técnica do PEA. O acompanhamento

será realizado pelo coordenador do PEA e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das

atividades será de responsabilidade da equipe de Gestão Ambiental do Empreendimento.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de

cada atividade, elaborados pelo coordenador do PEA. Ao final deste programa será elaborado

um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à Gestão Ambiental do empreendimento.

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10. Programa de Gerenciamento de Risco (PGR)

10.1 Justificativa

O levantamento de riscos ambientais para a saúde dos trabalhadores na fase de instalação do

empreendimento é de fundamental importância para definir as situações de risco inerentes ao

empreendimento com o intuito de prover os operários e técnicos de informações quanto aos

procedimentos e cuidados específicos.

O levantamento de riscos ambientais para a saúde da população e trabalhadores da obra

apresentado neste programa, foi realizado com base no diagnóstico, na vulnerabilidade do meio

ambiente e no estudo dos processos e tecnologias previstos para serem empregados na obra.

A instalação de canteiros de obra para 300 a 500 trabalhadores, em áreas de municípios que

contam com população inferior a 30.000 habitantes, pode trazer alterações significativas no modo

de vida destas populações, podendo vir a se manifestar em sobrecarga na rede de serviços e

mudanças no perfil da saúde (acidentes e violências, doenças sexualmente transmissíveis,

contaminação da água, doenças infecto-contagiosas), de forma mais marcante do que em

centros com mais de 100.000 habitantes.

Portanto, há que se definir as situações de riscos inerentes ao empreendimento com o intuito de

prover os operários e técnicos de informações quanto aos procedimentos e cuidados específicos

nas dependências da obra.

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10.2 Objetivos

Desenvolver atividades que minimizem os riscos para os trabalhadores da obra, uma vez que estes

se encontram em constante situação de perigo, bem como, de evitar a possibilidade de

acidentes de trabalho.

Cumprir os procedimentos que visam à operação do empreendimento de forma segura,

prevenindo a ocorrência de situações de emergência que possam gerar danos ao meio

ambiente e, no caso de inevitabilidade de danos, minimizar as suas conseqüências.

10.3 Metas

As metas do Programa de Gerenciamento de Risco são:

Manter os indicadores de saúde do canteiro de obras nos níveis aceitáveis;

Dotar a obra de procedimentos e rotinas que visam prevenir acidente de trabalho durante a

construção do empreendimento;

Prevenir as doenças comuns ao ambiente de trabalho, tais como: doenças

imunopreveníveis (sarampo, tétano, difteria, rubéola e caxumba); doenças de notificação

compulsória (meningite, hanseníase, sexualmente transmissíveis, cólera); acidentes com

animais peçonhentos; doenças endêmicas (malária, Chagas, febre amarela, leishmaniose,

dengue);

Monitorar os indicadores de saúde através de análise dos relatórios de atendimento no

ambulatório do canteiro e postos de saúde dos municípios envolvidos;

Prover os funcionários da obra de equipamentos de segurança;

Mapeamento das áreas de risco de acidente;

Divulgação dos dados do mapeamento.

10.4 Público-Alvo

O alvo do programa são os operários e técnicos mobilizados para a construção da ponte sobre o

Rio Araguaia e acessos.

10.5 Metodologia e Descrição do Programa

10.5.1 Ação para Prevenção de Doenças e Acidentes

Figuram como impactos relacionados à saúde do trabalhador e da população lindeira à obra:

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Poluição das águas superficiais e subterrâneas;

Aumento de vibrações e ruídos;

Exposição da população ao risco de acidentes;

Alteração do quadro demográfico;

Formação de ambiente propício à proliferação de vetores;

Alteração nos níveis de emissões atmosféricas.

A mobilização e concentração de operários inerentes às obras civis, em grande parte proveniente

de outras regiões, possibilitam o aparecimento de doenças até então não existentes na

população do entorno, tais como:

Doenças transmitidas por meio de vetores já existentes na região ou trazidas de fora, como

à esquistossomose, dengue, leishmaniose, malária, doença de Chagas;

Doenças transmitidas por contágio direto, como a tuberculose, hanseníase, meningite,

sarampo;

Doenças transmitidas pela contaminação de água e alimentos, como as diarréias,

intoxicações, hepatite A, verminoses;

Doenças sexualmente transmissíveis, como a blenorragia, sífilis, hepatite B, AIDS;

Acidentes de transporte, de trabalho e com animais peçonhentos, além de violências

como: homicídios, suicídios e agressões.

A fim de evitar estes problemas, o atendimento médico-sanitário e educação em saúde para os

trabalhadores da obra, a Empreiteira deve seguir os critérios mínimos descritos:

Seleção de funcionários e trabalhadores com boa saúde: a(s) empreiteira(s) responsável

(eis) pela(s) obra(s) deverá (ão) realizar exames clínicos e laboratoriais de admissão de

trabalhadores;

Manutenção da boa saúde de funcionários e trabalhadores: implantação pela(s)

empreiteira(s) de ambulatório junto ao local das obras, para prontos atendimentos de

emergência, imunizações, coleta e encaminhamento de material para exames de

laboratório, consultas de rotina com clínico geral e dentista, fornecimento de

medicamentos e encaminhamento de pacientes à rede regional de saúde;

Educação para prevenção de acidentes de trabalho, de trânsito e com animais

peçonhentos, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, alcoolismo e uso de

drogas;

Educação para hábitos de higiene e limpeza pessoal, bem como de auto-reconhecimento

precoce de doenças da pele e presença de pediculose (piolhos), fitiríase (chatos) e

escabiose (sarna);

Disponibilização de equipamentos para resgate e salvamento de trabalhadores, vítimas de

acidentes de trabalho, de trânsito e com animais peçonhentos, como: macas para

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transporte, kits de primeiros-socorros, coletes salva-vidas, embarcações pequenas e ágeis

para realização de resgates em água e soro-antiofídico;

Não abrir, interligar, ou realizar qualquer tipo de serviço no sistema de drenagem ou

tratamento de efluentes sem a prévia aprovação da gestão ambiental;

Proteger as aberturas provisórias e guarda-corpos, a fim de evitar acidentes;

Atestar a potabilidade da água consumida nas dependências da obra por meio de

laboratório idôneo;

Proteger do sistema de abastecimento de água contra contaminação, especialmente em

caixas d’água e poços semi-artesianos, por meio da adequada localização e cercamento;

Observar as restrições ambientais quanto à disposição de resíduos domésticos,

obedecendo, ainda, o disposto no Programa Ambiental para Construção;

Proteger e sinalizar áreas de risco de queda de material.

Os operários deverão usar material de proteção adequado para a prevenção dos acidentes

listados abaixo:

Picada de animais peçonhentos;

Ferramentas de corte (facões ou enxadas);

Ruídos produzidos pelo maquinário pesado da obra e que não têm possibilidade de controle

da emissão sonora;

Quedas de ferramentas ou outros materiais durante os processos construtivos;

Fagulhas ou material de pequeno porte que possam oferecer risco aos olhos dos operários;

Choques elétricos.

As atividades e ações previstas para a implantação das atividades de prevenção de doenças e

acidentes são:

Cercar ou sinalizar as áreas de risco de acidentes de acordo com o mapa de risco do

empreendimento;

Disponibilizar o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os

trabalhadores mobilizados para a obra.

Atividades a serem desenvolvidas pela área de segurança e medicina do trabalho do canteiro de

obra são:

Campanhas de segurança no trabalho;

Palestras sobre segurança no trabalho;

Campanhas para o incentivo do uso dos equipamentos de segurança do trabalhador.

As atividades de coordenação e monitoramento integral do Programa de Gerenciamento de

Risco, seus componentes e suas interfaces com os demais programas ambientais, são organizadas

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de modo a permitir a constituição de uma equipe que coordene, fiscalize e monitore as

atividades propostas.

As atividades de gerenciamento de risco estarão em conformidade com o que preceitua as

normas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), inclusive dentro daquilo que prevê a criação

da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), previsto na Norma Regulamentadora nº

5, alterada pela Portaria SSST n° 8, de 23 de fevereiro de 1999.

10.5.2 Disponibilização de Equipamentos de Segurança e Prevenção de

Acidentes de Trabalho

Em observância a ação para prevenção de doenças e acidentes será mencionada abaixo

alguns materiais para uso dos operários da obra que se destina à proteção corporal.

I –Capacete

Dispositivo básico de segurança em qualquer obra. O casco é feito de material plástico rígido de

alta resistência à penetração e impacto. É desenhado para rebater o material em queda para o

lado, evitando lesões no pescoço do trabalhador. É utilizado com suspensão, que permite o ajuste

mais exato à cabeça e amortece os impactos.

Foto 1. Exemplos de capacetes. Foto 2. Exemplo de capacete.

II - Calçados

Os sapatos são de uso permanente na obra, possui o objetivo de proteger contra materiais

pesados que possam ocasionalmente cair nos pés dos operários.

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Foto 3. Exemplo de bota de cano baixo. Foto 4. Exemplos de botas de cano alto.

III - Luvas

Destinadas a proteção das mãos contra perfurações, riscos e cortes no manuseio de materiais

leves e outras operações que ponham os trabalhadores em risco.

Foto 5. Exemplo de luva de raspa. Foto 6. Exemplo de luvas de borracha.

IV - Óculos

São especificados de acordo com o tipo de risco, desde materiais sólidos perfurantes até poeiras

em suspensão, passando por materiais químicos, radiação e serviços de solda ou corte a quente

com maçarico.

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Foto 7. Exemplos de óculos. Foto 8. Exemplo de óculos.

V - Máscaras

Considera-se poluente qualquer substância presente no ar e que, pela sua concentração, possa

torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, causando inconveniente ao bem estar humano.

Para proteção do sistema respiratório dos operários contra materiais particulados em geral,

recomenda-se a utilização de máscaras.

Foto 9. Exemplos de máscaras contra materiais particulados em geral.

Foto 10. Exemplo de máscara com filtro de carvão ativado.

VI - Protetor Facial

Utilizados em trabalhos de soldagem e serralheria para proteger o operário contra fagulhas e

partículas de metal geradas no processo de beneficiamento de metais.

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Foto 11. Exemplos de protetores faciais. Foto 12. Exemplo de protetor facial para

trabalhos de soldagem.

VII - Protetores Auriculares

Protegem os ouvidos em ambientes onde o ruído está acima dos limites de tolerância, ou seja, 85

dB para oito horas de exposição.

Deverão ser utilizados pelos operadores de máquinas e equipamentos produtores de ruídos

excessivos.

Foto 13. Exemplo de protetor auricular. Foto 14. Exemplo de protetor auricular.

VIII - Vestuário

As roupas constituem a proteção mais eficaz contra o sol para os trabalhadores da construção

civil. A melhor forma de proteção é usar calças compridas e camisas ou blusas de mangas longas.

Visto que os operários recebem bastante insolação e na maioria das vezes dispõem de apenas

uma vestimenta, percebe-se a necessidade de encontrar um tipo de tecido que seja leve e que

ofereça proteção contra insolação.

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O uso de acessórios varia de acordo com o tipo da função do trabalhador. O avental protege a

vestimenta e a sanidade física do operário que trabalha com soldagem. Já os coletes protegem e

melhoram a visualização dos operários que trabalham em ambientes com menos luminosidade.

Foto 15. Exemplo de avental. Foto 16. Exemplos de coletes.

10.5.3 Mapeamento das Dependências da Obra

Será promovido, pela equipe de Gestão Ambiental em conjunto com a coordenação do

Programa de Gerenciamento de Riscos, um mapeamento das áreas de risco nas dependências

da obra da ponte. Este mapeamento tem como finalidade orientar as outras atividades deste

programa, orientando os operários e técnicos quanto a sua postura ao adentrar em área onde há

aumento do risco de acidentes.

O Diário Oficial da União de 20 de agosto de 1992 publicou uma portaria do Departamento

Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (DNSST) implantando a obrigatoriedade da

elaboração de mapas de riscos pelas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) nas

empresas e obras. O mapa é um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores da obra.

Trata-se de um identificador de situações e locais potencialmente perigosos.

A partir da planta baixa do empreendimento são levantados todos os tipos de riscos,

classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande. Os graus de riscos são

simbolizados por círculos de três tamanhos distintos: diâmetro de 0,5 cm (pequeno); diâmetro de

1,0 cm (médio) e diâmetro de 1,5 cm (grande). Estes tipos são agrupados em cinco grupos

classificados pelas cores: vermelho, verde, marrom, amarelo e azul. Cada grupo corresponde a

um tipo de agente: químico (vermelho), físico (verde), biológico (marrom), ergonômico (amarelo)

e acidentes (azul), conforme apresentado no Quadro 22.

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Quadro 22. Identificação dos grupos de riscos para mapeamento do empreendimento.

Grupo de Riscos Cor de Identificação Descrição

Físicos Verde Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes, vibrações, temperatura externa, etc.

Químicos Vermelho Poeiras, fungos, gases, enxofre, solventes, combustíveis, etc.

Biológicos Marrom Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos, lixo, restos de comidas, etc.

Ergonômicos Amarela Levantamento e transporte manual de peso, monotonia, repetitividade, ritmo excessivo, posturas inadequadas de trabalho, etc.

Acidentes Azul Piso escorregadio, iluminação inadequada, incêndio e explosão, eletricidade, máquinas e equipamentos sem proteção, quedas e acidentes com animais peçonhentos.

Esse mapeamento tem por objetivo identificar situações perigosas, avaliar a severidade de

eventuais impactos decorrentes desses perigos e fornecer os subsídios necessários para permitir a

implementação de medidas mitigadoras para a redução e controle dos riscos.

Ao término do mapeamento, os resultados serão disponibilizados para os demais trabalhadores de

forma interativa, através de painéis, cartazes, educativos e de sinalização específica. A

sinalização constará de símbolos de fácil entendimento sempre dispostos em local de simples

visualização.

Foto 17. Exemplo de como mostrar de forma interativa o resultado do mapeamento de risco.

Foto 18. Exemplo de como mostrar de forma interativa o resultado do mapeamento de risco.

Um importante aspecto que deverá ser implementado no projeto é a sinalização, advertindo a

população e funcionários dos possíveis riscos. Abaixo são apresentadas as principais áreas que

receberão sinalização de advertência:

Vias de acesso;

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Desvios;

Abertura de cavas (valas);

Frentes de serviços;

Sistema de tratamento dos efluentes;

Postos de abastecimento;

Área de Armazenamento de produtos perigosos;

Áreas de riscos de acidentes com equipamentos;

Área de captação de água;

Área de armazenamento de resíduos sólidos;

Equipamentos geradores de ruídos.

Desta forma, pretende-se que os funcionários da obra identifiquem o grau de periculosidade do

local e utilizem a informação para se proteger com os equipamentos de segurança exigidos para

o ambiente.

10.6 Etapas de Execução

O projeto básico prevê a implantação no canteiro de obras, de um ambulatório com

capacidade para pequenas intervenções, consultas de rotina e para consultas esporádicas. Os

casos mais graves serão removidos para os hospitais de São Geraldo do Araguaia/PA,

Marabá/PA, Xambioá/TO, Araguaína ou Palmas/TO.

As medidas acima descritas serão aplicadas quando iniciada a fase de construção da ponte,

pela simples aplicação da legislação trabalhista. Portanto, este programa basear-se-á na

implementação do mapeamento das áreas de risco e divulgação dos resultados de forma

interativa.

Para a confecção deste mapeamento serão realizadas as seguintes etapas:

Contratação da consultoria para realização do mapeamento;

Realização do mapeamento de gerenciamento de risco;

Confecção do relatório;

Elaboração dos serviços de divulgação;

Divulgação dos resultados.

10.7 Recursos Necessários O custo final deste projeto foi estimado em R$ 86.193,60, envolvendo a formação da equipe para

a realização dos trabalhos, contratação de consultoria para a elaboração do mapeamento das

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áreas de riscos, bem como as despesas relacionadas a serviços gráficos, material de divulgação,

material de consumo, veículos e diárias, conforme apresentado no Quadro 23 abaixo.

Quadro 23. Recursos necessários para e execução do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Preço Item Descrição Nível Un. Qtde Unitário* Total Recursos Humanos

3.1 Coordenador Geral P1 horas 384 79,02 30.343,68

3.2 Técnico de Nível Superior (Especialista em Segurança no Trabalho) P2 horas 384 68,24 26.204,16

3.3 Auxiliar Técnico T6 horas 384 6,04 2.319,36 Sub-Total 58.867,20

Outros Recursos 3.4 Diárias P diária 96 96,00 9.216,00 3.5 Diárias T diária 48 75,00 3.600,00 3.6 Veículo (sedan) diária 48 113,55 5.450,40 3.7 Combustível (gasolina) Litros 720 3,00 2.160,00 3.8 Impressos unidade 1 2.500,00 2.500,00 3.9 Material de Consumo unidade 4 650,00 2.600,00 3.11 Serviços Gráficos unidade 600 3,00 1.800,00

Sub-Total 27.326,40 * Base de referência: Dezembro de 2008 Total 86.193,60

10.8 Cronograma de Execução

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) deverá ser executado em quatro campanhas

mensais distribuídas no período de 36 meses de execução das obras, em conformidade com o

cronograma de execução apresentado no Quadro 24.

Quadro 24. Cronograma de execução do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Contratação da consultoria para o mapeamento Realização do mapeamento de gerenciamento de risco Confecção do relatório Divulgação dos resultados Elaboração dos Relatórios de Acompanhamento Elaboração do Relatório Final

ANO II Ações 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Contratação da consultoria para o mapeamento Realização do mapeamento de gerenciamento de risco Confecção do relatório Divulgação dos resultados Elaboração dos Relatórios de Acompanhamento Elaboração do Relatório Final

ANO III Ações 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Contratação da consultoria para o mapeamento Realização do mapeamento de gerenciamento de risco Confecção do relatório Divulgação dos resultados Elaboração dos Relatórios de Acompanhamento Elaboração do Relatório Final

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10.9 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação será realizada pela equipe técnica deste programa, sendo que algumas

atividades poderão ser objeto de convênios com instituições públicas como a Secretaria de

Saúde do Estado (SESAU) ou organizações não-governamentais que tratam do assunto.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental

da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe de gestão ambiental.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de

cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do PGR. Ao final deste

programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à gestão ambiental

do empreendimento.

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11. Programa de Ação de Emergência (PAE)

11.1 Justificativa

A probabilidade de ocorrência de acidentes com cargas perigosas torna-se cada vez maior à

medida que as novas necessidades de consumo e o desenvolvimento tecnológico aparecem no

contexto social da região em estudo.

Observando-se a ocorrência de acidentes deste tipo em várias outras regiões do país, pode-se

traçar um perfil das causas mais constantes que proporcionaram estes incidentes. Uma pesquisa

feita pela CETESB para todas as rodovias de São Paulo, publicada em setembro de 1993, mostrou

que 415 casos observados, as causas dos acidentes com cargas perigosas foram em 38,7% dos

casos devido às falhas mecânicas do veículo, 20,4% devido a operação incorreta, 32,8%

referentes às causas não identificadas e 8,1% ocasionados por causas externas ao transporte.

Apesar de existir uma alta porcentagem de “causas não identificadas” verifica-se que a grande

maioria dos acidentes ocorre por falhas nos veículos de transporte e/ou operação incorreta dos

mesmos. Para minimizar essas causas torna-se necessária uma correta fiscalização por parte dos

responsáveis pelo transportes, assim como atividades de reciclagem dos operadores destes

veículos. Nas “causas externas ao transporte” encontram-se englobadas as condições de

trafegabilidade e segurança das rodovias.

A fiscalização do transporte rodoviário de cargas perigosas nos Estados do Paraá e Tocantins é

recente, tornando-se, portanto, essencial o desenvolvimento de um projeto específico para a

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ponte sobre o Rio Araguaia entre as cidades de Xambioá/TO e São Geraldo do Araguaia/PA,

objetivando evitar interferências nas comunidades do entorno e possíveis riscos de contaminação

do meio ambiente.

11.2 Objetivos

Buscar medidas construtivas de cunho preventivo que restrinjam ao máximo a probabilidade e os

efeitos de acidentes envolvendo cargas perigosas na área do empreendimento.

Definir as providências, atribuições e os recursos utilizados em caso de ocorrência de uma

situação de emergência durante a operação do empreendimento e avaliá-los, apresentando um

conjunto de informações objetivas, que visam facilitar a visualização do cenário de acidente e

estimar suas possíveis conseqüências.

11.3 Metas

As metas do Programa de Ação de Emergência são:

Criação de procedimentos para a prevenção de acidentes com produtos perigosos no

percurso que encerram as vias de acesso e a ponte sobre o Rio Araguaia;

Tornar público os procedimentos de segurança em casos de acidentes com este tipo de

produto;

Relacionar os diversos órgãos interessados neste tipo de assunto para que, no futuro, possam

ser traçadas diretrizes de segurança;

Adotar a sinalização prevista em trechos considerados críticos;

Evitar tanto a majoração de investimentos, como de fazê-los em locais em que sua

necessidade seja desprezível;

Centralizar as análises de soluções construtivas para evitar acidentes com cargas perigosas

geradoras de impactos ambientais nos pontos considerados críticos;

Onde haja um risco sensível de impacto, no caso de cargas perigosas, como no traçado

margeando mananciais de água, especificar uma proteção destinada primordialmente às

cargas perigosas, como barreiras “new jersey”, sendo seu custo atribuído a esta prevenção.

11.4 Público-Alvo

O alvo deste programa são os usuários da ponte, a população residente nas imediações, os

recursos naturais e as dependências do canteiro de obras que trabalham com cargas perigosas.

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11.5 Metodologia e Descrição do Programa

11.5.1 Coleta, Análise e Tabulação dos Dados

Os procedimentos metodológicos adotados são pautados na coleta de dados e informações, na

análise do Projeto de Engenharia e na compilação das soluções de projeto com o quadro

ambiental da Área de Influência Direta. Estes procedimentos permitem verificar os segmentos

críticos da rodovia, em face de acidentes dessa natureza, e orientar as proposições de caráter

institucional, operacional, estrutural e instrumental para o alcance dos objetivos estabelecidos.

Procedeu-se ao exame das informações constantes no Projeto de Engenharia, tendo sido

destacados os impactos passíveis de ocorrência, como também os dados construtivos da rodovia,

respectivamente.

Com base na análise e sistematização das informações obtidas, em visitas a campo, discussões

conjuntas com outras equipes setoriais, foram identificados os trechos críticos que devem merecer

tratamento específico pelos riscos que apresentam na eventualidade da ocorrência de acidentes

com cargas perigosas e analisadas as medidas preventivas a serem adotadas.

11.5.2 Identificação dos Trechos Críticos

Na identificação dos trechos críticos foram consideradas as situações que poderão apresentar

repercussões ambientais complexas e os segmentos que apresentam maior probabilidade de

ocorrência de acidentes.

Foram considerados como críticos os trechos que, por condições inevitáveis de traçado, passam

por áreas mais sensíveis aos impactos de um acidente com cargas perigosas, como áreas

urbanizadas, mananciais ou áreas de preservação ambiental, ou ainda aqueles trechos que, por

suas características geométricas, pode oferecer uma maior probabilidade de acidentes, como:

Transposição de mananciais (córregos, rios, entre outros);

Travessia ou tangenciamento de áreas de preservação permanente, devido ao valor de

seus atributos e recursos naturais de fauna, flora ou paisagismo, que merecem cuidados

voltados à conservação e preservação;

Interseções que, embora em desnível, dispõem de pistas de aceleração e desaceleração

criando condições para colisões tangenciais, quando ocorrem imprudências dos motoristas

em manobras;

Trechos sinuosos, em razão de ultrapassagens imprudentes e veículos parados sem

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visibilidade adequada que podem levar a colisões envolvendo cargas perigosas;

Encostas, dada a possibilidade de saída da pista e deslizamento pela encosta, provocando

derramamento da carga e inclusive a contaminação de corpos hídricos;

Áreas de preservação permanente.

O Quadro 25 mostra a relação dos trechos críticos a serem observados na construção da ponte

sobre o Rio Araguaia e seus acessos.

Quadro 25. Pontos críticos das vias de acesso da ponte sobre o Rio Araguaia.

Obra Estacas Encontro com a TO-164 EST 181,536 BSTC EST 160 BDTC EST 149 + 14,0 m BTTC EST 126 + 16,0 m BDTC 102 + 5,0 m APP MD - PCA EST 10 + 10,00m a EST 96 + 10,00m APP ME - BTTC 190 m da EST 0

APP – Área de Preservação Permanente; PCA – Ponte em Concreto Armado; BTTC – Bueiro Triplo Tubular de Concreto; BDTC – Bueiro Duplo Tubular de Concreto; BSTC – Bueiro Simples Tubular de Concreto. 11.5.3 Atividades e Ações para a Implantação do Programa

Dada a multidisciplinaridade do tema, sua abrangência e as diferentes conseqüências que

podem acarretar, a participação de uma gama de entidades especializadas é sempre um

elemento determinante de seu enfrentamento eficiente.

Como em toda ação coletiva de organismos e de filosofias de trabalho, sistemas organizacionais

e procedimentos operacionais distintos e mesmo esferas de governo diferentes, verifica-se a

necessidade de ação coordenada e antecipadamente planejada dos participantes da

operação, especialmente em casos complexos de acidentes rodoviários com cargas perigosas.

11.5.3.1 Implementação do Sistema de Prevenção, Controle e Atendimento

Emergencial

As proposições deste programa enfocam dois conjuntos de medidas, distintos por sua natureza,

envolvendo de um lado a implantação de medidas estruturais representadas por obras ou

dispositivos que visam aumentar a segurança proporcionada pela rodovia e possibilitar a

adequada fiscalização e controle do transporte de produtos perigosos. De outro, envolve a

implantação de medidas não estruturais, destinadas à implementação de um Sistema de Gestão

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e de um Sistema de Prevenção, Controle e Atendimento Emergencial, bem como a capacitação

das bases operacionais.

11.5.3.2 Proposição de Medidas Estruturais

No caso do empreendimento em questão, as medidas estruturais previstas na prevenção de

ocorrências de acidentes envolvendo veículos transportadores de produtos perigosos, ou na

atenuação das conseqüências inerentes a essas fatalidades, contempla a implantação de:

Estruturas fixas de prevenção e defesa representadas por e barreiras tipo new jersey;

Sinalização específica em locais vulneráveis;

Sistema de comunicação de emergência.

11.5.3.3 Implantação de Medidas Estruturais

A implantação de obras fixas de prevenção e defesa contra acidentes com cargas perigosas

deve se basear, na medida do possível, em instalações e equipamentos usuais na construção de

rodovias, como construções destinadas ao controle e fiscalização dos veículos e de suas cargas,

ao estacionamento adequado desses veículos e a implantação de dispositivos, tais como:

canaletas de concreto, defensas metálicas e barreiras tipo new jersey, preparadas para o

impacto de caminhões.

Quando tais elementos são eficientes e não prejudicam o entorno paisagístico, configuram-se em

elementos de contenção do veículo acidentado na faixa de domínio da rodovia, de retenção de

vazamentos ou de detenção da difusão e retardadores de seu run-off, facilitando as medidas

mitigadoras do impacto ambiental. Tais obras fixas, quando adequadas, têm por padrão os

modelos usualmente empregados em rodovias do DNIT.

11.5.3.4 Equipamentos Fixos de Segurança

São constituídas por barreiras new jersey, padrão para impacto de caminhão carregado, que são

adequadas para deter na pista os veículos com cargas perigosas e minimizar a possibilidade de

impactos ambientais mais graves. Tendo em vista sua incorporação ao projeto de engenharia, em

observância às normas de segurança de tráfego do DNIT, não foram computadas nestas

proposições as colocações laterais em vãos de pontes e viadutos, ou no meio de canteiros

centrais estreitos, já contempladas no Projeto com a finalidade de diminuir os acidentes

rodoviários.

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11.5.4 Plano Geral de Sinalização

Como no caso de instalações e equipamentos das obras fixas de prevenção e defesa contra

acidentes com cargas perigosas, as placas de sinalização específicas para este caso seguirão os

padrões e normas contidos no "Manual de Sinalização Rodoviária para Rota de Produtos

Perigosos" do antigo DNER, edição de 1998, tanto no que se refere ao tipo construtivo e seus

desenhos, frases e cores, quanto à localização ao longo do trecho, nos pontos citados pelo

Manual, como: travessias urbanas, áreas de preservação e mananciais, locais de estacionamento

e locais com restrições de parada, circulação e velocidade, ou somente para educação dos

condutores.

É recomendável a implantação de delineadores reflexivos entre faixas de tráfego e nas bordas

das mesmas, tipo "olho de gato" ou similar, bem como faixas pintadas com tintas reflexivas nas

barreiras laterais de contenção nas obras de arte especiais.

11.5.4.1 Abrangência e Deflagração

A adoção de uma sistemática de ação deve partir de parâmetros de enquadramento das

possíveis ocorrências, sendo quase que universalmente adotados os relativos à abrangência e à

severidade.

O conceito de "abrangência" tem duas vertentes: quantidade de poluente disseminada pelo

acidente no ambiente circundante e extensão da área atingida pelo poluente derramado. Estes

dois parâmetros podem, inclusive, ser cumulativos, ou seja, uma grande quantidade de poluente

afetando uma grande área no local do acidente.

O conceito de "severidade" também tem aspectos distintos: aspecto dos elementos de ocupação

da área atingida pelo poluente, como casas, corpos d’água, área de preservação e em que

graus foram afetados; aspecto de agressividade do poluente em relação ao meio ambiente;

aspecto relativo à quantidade de poluente disseminada, tecnologia e custos de sua erradicação

ou pelo menos a neutralização por medidas mitigadoras.

Uma primeira estimativa da abrangência e da severidade deve ser transmitida do local do

acidente pelo primeiro socorro que chegar ou pelo escalão operacional que primeiro receber o

aviso.

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11.5.4.2 Planos Gerais de Contingência e de Emergência

Os planos de contingência se centram na prevenção, principalmente em circunstâncias especiais

de aumento da probabilidade de acidentes, tais como: realização de eventos de grande

demanda popular em locais lindeiros com grande atração de tráfego, restrições ao fluxo livre em

conseqüência de uma emergência em outro setor ou tipo de transporte, entre outros.

Os planos de emergência, como o próprio nome diz, objetivam programar a ação das

autoridades envolvidas quando da ocorrência de um acidente com cargas perigosas na rodovia.

11.5.5 Ações Genéricas de Emergências

No programa de comunicação e educação ambiental, a população diretamente influenciada

pelo empreendimento, deve ser informada de procedimentos básicos a serem tomados em caso

de acidentes com cargas perigosas.

Um acidente deste tipo é uma situação na qual um produto perigoso escapa ou pode escapar

para o ambiente que o rodeia. Todas as atividades que são requeridas quando se aciona uma

ação emergencial nestes acidentes podem ser divididas em cinco amplos elementos que

interagem entre si:

- Reconhecimento: Identificação da substância envolvida e as características que determinam

seu grau de periculosidade. Para esta identificação, faz-se necessário a identificação dos símbolos

normalmente fixados na carga ou no veículo de transporte. No retângulo, a linha superior se refere

ao número de risco do produto transportado e é composto por no mínimo dois algarismos e, no

máximo, pela letra X e três algarismos numéricos. A letra X identifica se o produto reage

perigosamente com a água. Na linha inferior encontra-se o Número da ONU (Organização das

Nações Unidas), sempre composta por quatro algarismos numéricos, cuja função é identificar a

carga transportada. Caso o Painel de Segurança não apresente nenhuma identificação, significa

que estão sendo transportados mais de um produto perigoso (Figura 6).

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Figura 5. .Identificação dos símbolos que devem ser fixados na carga dos veículos.

- Avaliação do Impacto ou Risco: apresentado pela substância à saúde pública e ao meio

ambiente.

- Controle: Métodos para eliminar ou reduzir o impacto do acidente;

- Informação: Conhecimento adquirido através de Inteligência, Instrumentos de Leitura Direta e de

Exames de Amostras;

- Segurança: Proteção daquelas pessoas que transitam durante as ações emergenciais tentando

debelar o acidente;

Para o combate às situações de risco é necessário um conjunto mínimo de equipamentos, que

devem estar presentes nos veículos de transporte de cargas perigosas como: abafadores, rótulo

de risco, painéis de segurança, cones, fitas zebradas, extintores, antifaiscante, pá, enxada,

almofadas, mantas, capacete, luvas, óculos, respiradores, conjunto antiácidos, e placas

indicativas de perigo.

Com base na classificação genérica dos tipos de substâncias consideradas perigosas para o

transporte e seus respectivos símbolos, seguem abaixo, algumas ações emergenciais a serem

tomadas pelas populações lindeiras ou por equipes especializadas em caso de incidente. Estas

indicações são consideradas genéricas, já que se tratam de ações previstas para uma gama

ampla de substâncias unidas em grupos e subgrupos conforme classificação da ONU.

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a) Materiais Explosivos (Classe 1)

Figura 6. Subclasses 1.1, 1.2 e 1.3. Fundo: cor alaranjada. Símbolo: cor preta.

Figura 7. Subclasse 1.4. Fundo: cor alaranjada. Símbolo: cor preta.

a.1 – Riscos Potenciais (Subclasses 1.1, 1.2, 1.3, 1.4, 1.5 e 1.6)

Riscos para a Saúde:

Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos.

Fogo ou Explosão:

Pode explodir e espalhar fragmentos num raio de 600 m ou mais, se o fogo atingir a área de

carga;

Fogo no veículo ou equipamento: inundar com água; se não houver água, usar pó químico,

Halon ou terra;

O fogo nos pneus pode recomeçar. Se possível, desengatar o veículo trator do reboque;

Não mover a carga ou veículo, se a carga tiver sido exposta ao calor;

Não combater o fogo se este atingir a carga. Abandonar a área e deixar queimar;

Se houver incêndio, isolar imediatamente a área, removendo todas as pessoas da

vizinhança. Primeiramente remover as pessoas fora da linha de visão da cena do acidente e

afastá-las das janelas. Obter melhores informações e orientação específica de autoridades

competentes que possam estar relacionadas nos documentos fiscais do transportador;

Se houver suspeita de que explosivos de alta periculosidade, tais como bombas ou projéteis

de artilharia estejam expostos à ação do calor ou chamas, aumentar a área de isolamento

em todas as direções para: 1200 m para carregamento em caminhões e 1600 m para

carregamentos em trens.

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a.2 – Ação de Emergência

Em caso de fogo, interromper todo o tráfego e evacuar a área em todas as direções, num

raio de 800 m;

Manter as pessoas afastadas;

Não combater o fogo na carga. Tentar impedir que o fogo atinja o compartimento com

carga explosiva;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada.

a.3 – Derramamento ou Vazamento

Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

Não tocar no produto derramado.

a.4 – Primeiros Socorros

Solicitar assistência médica de emergência;

Ministrar os primeiros socorros de acordo com a natureza dos ferimentos.

b) Gases Inflamáveis Comprimidos ou Liquefeitos (Subclasse 2.1)

Figura 8. Subclasse 2.1. Fundo: cor vermelha. Símbolo: cor branca.

b.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Pode ser nocivo se inalado;

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Vapor extremamente irritante; o contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

O contato com o líquido pode causar lesões na pele por congelamento;

O fogo pode ocasionar a emissão de gases irritantes ou venenosos;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

Extremamente inflamável: pode inflamar-se com o calor, fagulhas ou chamas;

Vapores podem deslocar-se até uma fonte de ignição e provocar retrocesso de chamas;

Os recipientes podem explodir com o calor do fogo;

Há riscos de envenenamento e de explosão do vapor em ambientes fechados ou abertos

ou em rede de esgotos;

Deixar o vagão, carreta ou tanque de estocagem queimar, a menos que o vazamento

possa ser estancado;

Para tanques menores ou cilindros, extinguir/isolar de outros inflamáveis;

Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon;

Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo

após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à

distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar;

Retirar-se imediatamente caso aumente o barulho do dispositivo de segurança/alívio ou

ocorrendo qualquer descoloração do tanque devido ao fogo.

b.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada;

Evacuar imediatamente a área do derramamento ou vazamento, em todas as direções,

num raio de pelo menos 15 m (consultar a Tabela de Distância de Evacuação, no final

deste manual. Se o nome do produto for encontrado nessa Tabela, procurar ajuda para

efetivar a evacuação recomendada);

Isolar a área em todas as direções, num raio de 800 m, se o vagão ou carreta estiverem

envolvidos no fogo;

Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

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b.3 – Derramamento ou Vazamento

Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

Estancar o vazamento, se isso for feito sem risco;

Usar neblina de água para reduzir os vapores: Isolar a área até que o gás tenha se

dispersado.

b.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não

estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

Remover imediatamente, roupas e calçados contaminados;

Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pelo ou os olhos com água

corrente, durante pelo menos 15 minutos;

Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

c) Gases Não-Inflamáveis Comprimidos ou Liquefeitos (Subclasse 2.2)

Figura 9. Subclasse 2.2. Fundo: cor verde. Símbolo: cor preta ou branca.

c.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Pode ser nocivo se inalado;

Vapor extremamente irritante;

O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

O contato com o líquido pode causar lesões na pele por congelamento;

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As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

O cilindro pode explodir com o calor do fogo;

Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon;

Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo

após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

c.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados

antes de entrar;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada;

Evacuar imediatamente a área do derramamento ou vazamento, em todas as direções,

num raio de pelo menos 15 m.

c.3 – Derramamento ou Vazamento

Estancar o vazamento, se isso puder ser feito sem risco;

Usar neblina de água para reduzir os vapores: não usar água diretamente na área de

derramamento ou vazamento;

Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

c.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não

estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

Em casos de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água

corrente, durante pelo menos 15 minutos;

Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

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d) Gases Tóxicos Comprimidos ou Liquefeitos (Subclasse 2.3)

Figura 10. Subclasse 2.3. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta.

d.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Venenoso; pode ser fatal se inalado ou absorvido pela pele;

O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

O contato com o líquido pode causar lesões na pele por congelamento;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

O cilindro pode explodir com o calor do fogo;

Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon;

Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

Não deixar penetrar água nos recipientes;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

Resfriar lateralmente com água os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo

após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

d.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

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Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados

antes de entrar;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada, se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

Roupas protetoras de encapsulamento total deverão ser usadas em caso de derramamento

ou vazamento sem fogo;

Evacuar imediatamente a área do derramamento ou vazamento, em todas as direções,

num raio de pelo menos 15 m.

d.3 – Derramamento ou Vazamento

Estancar o vazamento, se isso for feito sem risco;

Usar neblina de água para reduzir os vapores: não usar água diretamente na área de

derramamento ou vazamento;

Pequenos derramamentos: Lavar a área com grandes quantidades de água;

Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte;

Não deixar penetrar água dentro do recipiente;

Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

d.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não

estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

Em casos de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água

corrente, durante pelo menos 15 minutos;

Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

Os efeitos podem ser retardados; manter a vítima em observação.

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e) Líquidos Inflamáveis (Classe 3)

Figura 11. Classe 3. Fundo: cor vermelha. Símbolo: cor preta ou branca.

e.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Pode ser venenoso se inalado ou absorvido pela pele;

Os vapores podem causar tontura ou sufocação;

O contato pode causar queimaduras ou irritação na pele e nos olhos;

O fogo pode ocasionar a emissão de gases irritantes ou venenosos;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

Produto inflamável/ combustível: pode inflamar-se com o calor, f agulhas ou chamas;

Vapores podem deslocar-se até uma fonte de ignição e provocar retrocesso de chamas.;

Os recipientes podem explodir com o calor do fogo;

Há riscos de explosão do vapor em ambientes fechados ou abertos ou em rede de esgotos;

O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, CO2, Halon, neblina de água ou espuma

para álcool;

Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma para álcool são

recomendadas;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo

após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

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132 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à

distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar;

Retirar-se imediatamente caso aumente o barulho do dispositivo de segurança/alívio ou

ocorrendo qualquer descoloração do tanque devido ao fogo.

e.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada;

Isolar a área em todas as direções, num raio de 800 m, se o vagão ou carreta estiverem

envolvidos no fogo;

Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

e.3 – Derramamento ou Vazamento

Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

Estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

Usar neblina de água para reduzir os vapores; mas isso não evitará a ignição em locais

fechados;

Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente não

combustível e guardar em recipientes para posterior descarte;

Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

e.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco solicitar assistência médica de emergência; se não estiver

respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente,

durante pelo menos 15 minutos; lavar a pele com água e sabão;

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados.

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f) Sólido Inflamável (Subclasse 4.1)

Figura 12. Subclasse 4.1. Fundo: branco com raias vermelhas. Símbolo: cor preta.

f.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Venenoso se ingerido ou se a fumaça (fumos) for inalada repetidamente;

O fogo pode ocasionar a emissão de gases irritantes ou venenosos;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

Extremamente inflamável: inflama-se quando exposto ao ar;

Reinflama-se após o fogo ter sido extinto;

Queima rapidamente emitindo densa fumaça (fumos) branca;

O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

Incêndio de pequenas proporções: Cobrir com areia, terra ou neblina de água e manter

molhado com água;

Incêndio de grandes proporções: Neblina de água é recomendada;

Não espalhar o produto derramado com jatos de água de alta pressão;

Remover os recipientes da área de fogo, se isso puder ser feito sem risco;

Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos as chamas, mesmo

após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à

distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar.

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f.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

f.3 – Derramamento ou Vazamento

Não tocar no produto derramado: estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

Usar neblina de água para reduzir os vapores: mas isso não evitará a ignição em locais

fechados;

Pequenos derramamentos: Cobrir com água, areia ou terra. Colocar em recipientes

metálicos e manter o material imerso em água;

Grandes derramamentos: Confinar o fluxo para posterior descarte e cobrir com areia ou

terra molhada.

f.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência: se não

estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

Em caso de contato com o produto, manter as áreas da pele expostas, imersas em água ou

cobertas com ataduras molhadas, até que seja prestada assistência médica;

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminado, colocando-se em

recipientes metálicos cheios de água. Há risco de fogo caso sequem;

Os efeitos podem ser retardados; manter a vítima em observação.

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g) Substâncias Sujeitas a Combustão Espontânea (Subclasse 4.2)

Figura 13. Subclasse 4.2. Fundo: metade superior branca e metade inferior vermelha. Símbolo: cor preta.

g.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Pode ser nocivo se inalado;

O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

O fogo pode ocasionar a emissão de gases irritantes ou venenosos;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

Produto inflamável/ combustível;

Pode inflamar-se se exposto ao ar;

Pode reinflamar-se após o fogo ter sido extinto;

Pode queimar rapidamente, apresentando labaredas;

O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

Alguns desses produtos podem reagir violentamente com água;

Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, carbonato de sódio (barrilha), cal ou areia;

Incêndio de grandes proporções: Inundar a área com água, mantendo-se à distância;

Não deixar penetrar água nos recipientes;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo

após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques;

Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à

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distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar.

g.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

g.3 – Derramamento ou Vazamento

Não tocar no produto derramado, estancar o vazamento se isso puder ser f eito sem risco;

Não deixar penetrar água dentro dos recipientes;

Pequenos derramamentos: Lavar a área com grandes quantidades de água;

Grandes derramamentos: Confinar o fluxo para posterior descarte.

g.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência;

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente,

durante pelo menos 15 minutos.

h) Substâncias que em Contato com Água Emitem Gases Inflamáveis (Subclasse 4.2)

Figura 14. Subclasse 4.2. Fundo: cor azul. Símbolo: cor preta ou branca.

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h.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Riscos para a Saúde:

Em contato com água produz gás venenoso;

Venenoso em contato com a pele;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

Pode inflamar-se em presença de umidade;

Em contato com água produz gás inflamável;

O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

Não usar água ou espuma;

Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, carbonato de sódio (barrilha), cal ou areia;

Incêndio de grandes proporções: Abandonar a área e deixar o fogo queimar;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco.

h.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados

antes de entrar;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

Roupas protetoras de encapsulamento total deverão ser usadas em casos de

derramamento ou vazamento sem fogo;

Ocorrendo poluição de águas, notificar as autoridades competentes;

Isolar a área em todas as direções, num raio de 800m, se o vagão ou carreta estiverem

envolvidos no fogo.

h.3 – Derramamento ou Vazamento

Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

Não tocar no produto derramado;

Não jogar água no produto derramado; não deixar penetrar água dentro dos recipientes;

Pequenos derramamentos secos: Com uma pá limpa, colocar o produto dentro de um

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recipiente limpo e seco; tampar; remover os recipientes da área do derramamento;

Grandes derramamentos, confinar o fluxo para posterior descarte;

Cobrir o pó derramado com um lençol plástico para evitar que o mesmo se espalhe;

Fazer limpeza somente sob a supervisão de um especialista.

h.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não

estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água

corrente, durante pelo menos 15 minutos;

Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

i) Substâncias Oxidantes (Subclasse 5.1)

Figura 15. Subclasse 5.1. Fundo: cor amarela. Símbolo: cor preta.

i.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Pode ser nocivo se inalado; o contato pode provocar queimaduras na pele e nos olhos;

Os vapores podem causar tontura ou sufocação;

O contato com o líquido pode causar lesões na pele por congelamento;

Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos.

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Fogo ou Explosão:

Extremamente inflamável;

Pode inflamar-se com o calor, fagulhas ou chamas;

Vapores podem deslocar-se até uma fonte de ignição e provocar retrocesso de chamas;

Os recipientes podem explodir violentamente, com o calor do fogo;

Há risco de explosão do vapor em ambientes fechados ou abertos ou em rede de esgotos;

Incêndios de pequenas proporções: Pó químico. CO2, Halon;

Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

Manter-se longe dos tanques;

Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à

distância ou canhão monitor. Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar;

Retirar-se imediatamente caso aumente o barulho do dispositivo de segurança/alívio ou

ocorrendo qualquer descoloração do tanque devido ao fogo;

Resfriar o recipiente com água, utilizando dispositivo manejado à distância, mesmo após a

extinção do fogo.

i.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas: isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas: afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados

antes de entrar;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada;

Isolar a área em todas as direções, num raio de 800 m, se o vagão ou carreta estiverem

envolvidos no fogo.

i.3 – Derramamento ou Vazamento

Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

Estancar o vazamento, se isso for feito sem risco;

Usar neblina de água para reduzir os vapores: mas isso não evitará a ignição em locais

fechados;

Isolar a área até que o gás tenha se dispersado.

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i.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não

estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

Em caso de lesões por congelamento, descongelar com água as partes afetadas;

Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

j) Peróxidos Orgânicos (Subclasse 5.2)

Figura 16. Subclasse 5.2. Fundo: cor amarela. Símbolo: cor preta.

j.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

Pode inflamar-se se exposto ao ar;

Pode inflamar-se com o calor, fagulhas ou chamas;

Pode queimar rapidamente, apresentando labaredas;

Pode explodir devido ao calor, contaminação ou perda de controle da temperatura;

O escoamento para a rede de esgotos pode criar riscos de fogo ou explosão;

Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, C02, ou Halon ou neblina de água ou

espuma normal;

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Incêndios de grandes proporções: Inundar a área com água;

Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à

distância ou canhão monitor;

Se o fogo puder ser controlado, resfriar os recipientes com água, usando mangueiras com

suporte manejadas à distância ou canhão monitor, mesmo após a extinção do fogo;

Se isso não for possível, abandonar a área e deixar queimar.

j.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas; isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas; afastar-se de áreas baixas;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada.

j.3 – Perda de Resfriamento

A temperatura de controle especificada para o produto deve ser mantida. Obter nitrogênio

líquido, gelo seco ou gelo, para resfriamento. Se nenhum deles puder ser obtido, evacuar a

área.

j.4 – Derramamento ou Vazamento

Não tocar no produto derramado; estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

Eliminar fontes de ignição, impedir fagulhas, chamas e não fumar na área de risco;

Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente, não

combustível; remover os recipientes da área do derramamento;

Grandes derramamentos: Confinar o fluxo para posterior descarte.

j.5 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência;

Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente os olhos com água corrente,

durante pelo menos 15 minutos; lavar a pele com água e sabão;

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.

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K) Substâncias Tóxicas (Subclasse 6.1)

Figura 17. Subclasse 6.1. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta.

Figura 18. Subclasse 6.1. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta.

k.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Venenoso: pode ser fatal se inalado ou absorvido pela pele;

O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição de

água e emitir gases venenosos;

Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos.

Fogo ou Explosão:

Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

Os recipientes podem explodir violentamente com o calor do fogo;

Incêndio de pequenas proporções: Pó químico, C02, ou Halon ou neblina de água ou

espuma normal;

Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

Combater o fogo numa maior distância possível. Manter-se longe dos tanques;

Confinar as águas residuais de controle do fogo para posterior descarte; não espalhar o

produto.

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k.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas; isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas; afastar-se de áreas baixas e ventilar locais fechados

antes de entrar;

Equipamentos autônomos de respiração e roupas protetoras contra produtos químicos,

especificamente recomendados pelo transportador ou produtor podem ser usadas, mas

não oferecem proteção térmica, a não ser que isso seja especificado pelo fabricante das

mesmas;

Vestimentas usuais de combate ao fogo não são eficientes com esses produtos;

Remover e isolar imediatamente roupas contaminadas.

k.3 – Derramamento ou Vazamento

Não tocar no produto derramado; estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

Usar neblina de água para reduzir os vapores;

Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente, não

combustível e guardar em recipientes para posterior descarte;

Pequenos derramamentos secos: Com uma pá limpa, colocar o produto dentro de um

recipiente limpo e seco; tampar; remover os recipientes da área do derramamento;

Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

k.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não

estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele e os olhos com água

corrente, durante pelo menos 15 minutos;

É de extrema importância a rápida remoção do produto da pele;

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

Os efeitos podem ser retardados; manter a vítima em observação.

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l) Substâncias Infectantes (Subclasse 6.2)

Figura 19. Subclasse 6.2. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta.

l.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

O contato com o produto pode causar infecção e doença;

As águas residuais de controle de fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

Fogo ou Explosão:

O produto pode inflamar-se se contiver um líquido inflamável;

Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, carbonato de sódio (barrilha), cal ou areia;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco.

l.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas;

Não tocar no produto derramado; estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco.

Misturar com areia ou outro material absorvente não combustível e guardar em recipientes

para posterior descarte.

l.3 – Derramamento ou Vazamento

Não tocar em recipientes danificados ou no produto derramado;

Manter materiais combustíveis (madeira, papel, óleo, etc.) longe do produto derramado;

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Não tocar no produto derramado;

Estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

Isolar a área até que o gás tenha se dispersado;

Poluição de águas, notificar as autoridades competentes.

l.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco solicitar assistência médica de emergência;

Em caso de contato com o produto lavar imediatamente os olhos com água corrente

durante pelo menos 15 minutos: lavar a pele com água e sabão;

Remover e isolar imediatamente roupas e calçados contaminados.

m) Materiais Radioativos (Classe 7)

Figura 20. Classe 7. Fundo: cor branca. Símbolo: cor preta.

Figura 21. Classe 7. Fundo: metade superior amarela e metade inferior branca. Símbolo: cor preta.

m.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Radiação externa do produto radioativo não blindado;

Radiação interna por inalação, ingestão ou absorção através da pele;

Produto radioativo: o grau de risco varia muito, dependendo do tipo e quantidade do

produto radioativo;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

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Fogo ou Explosão:

Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

Não remover recipientes danificados; remover os recipientes não danificados para longe da

área do fogo;

Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, C02, Halon, neblina de água ou espuma

normal;

Incêndios de grandes proporções: Neblina de água (em grandes quantidades);

Em caso de fogo intenso em áreas de carga, usar mangueiras com suporte manejadas à

distância ou canhão monitor;

Combater o fogo a maior distância possível. Manter-se longe dos tanques.

m.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas do derramamento, a pelo menos 50 m e com o vento pelas

costas; maiores distâncias poderão ser necessárias, se recomendadas por autoridades em

radiação;

Isolar a área de risco e impedir a entrada de pessoas;

Somente entrar na área do derramamento para salvar vidas; limitar a entrada ao mínimo

indispensável;

Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas usuais de combate ao fogo

oferecem proteção limitada, se o tempo de exposição a esses produtos for curto;

Reter as pessoas não feridas e equipamentos que tenham sido expostos ao produto

radioativo, até a chegada de elemento qualificado ou de instruções das autoridades

competentes em radiação;

Retardar a limpeza até a chegada de pessoa qualificada ou de instruções das autoridades

em radiação.

m.3 – Derramamento ou Vazamento

Não tocar em recipientes danificados ou no produto derramado;

Dano ao recipiente externo poderá não afetar o recipiente interno primário;

Pequenos derramamentos líquidos: Absorver com areia, terra ou outro material absorvente

não combustível;

Grandes derramamentos: Confinar o fluxo longe do derramamento, para posterior descarte.

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m.4 – Primeiros Socorros

Solicitar Assistência Médica de Emergência;

Se não afetar os ferimentos, remover e isolar roupas e calçados contaminados, envolver a

vítima em cobertor, antes de transportá-la;

Se a vítima não estiver ferida, remover e isolar roupas e calçados contaminados; lavar a

vítima com água e sabão;

Com exceção dos feridos, reter pessoas e equipamentos expostos ao produto radioativo,

até a chegada de pessoa qualificada ou de instruções das autoridades competentes em

radiação;

Informar o pessoal de atendimento médico que as pessoas feridas podem estar

contaminadas por produto radioativo.

n) Corrosivo (Classe 8)

Figura 22. Classe 8. Fundo: metade superior branca e metade inferior preta. Símbolo: cor preta.

n.1 – Riscos Potenciais

Riscos para a Saúde:

Venenoso se ingerido;

Venenoso em contato com a pele;

O contato pode causar queimaduras na pele e nos olhos;

Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos;

As águas residuais de controle do fogo e as águas de diluição podem causar poluição.

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Fogo ou Explosão:

Alguns desses produtos podem queimar, mas nenhum deles se inflama facilmente;

Alguns desses produtos podem inflamar outros materiais combustíveis (madeira, papel, óleo,

etc.);

Alguns desses produtos podem reagir violentamente com água;

Incêndios de pequenas proporções: Pó químico, C02, Halon, neblina de água ou espuma

para álcool;

Incêndios de grandes proporções: Neblina de água ou espuma normal são recomendadas;

Remover os recipientes da área do fogo, se isso puder ser feito sem risco;

Resfriar lateralmente com água, os recipientes que estiverem expostos às chamas, mesmo

após a extinção do fogo. Manter-se longe dos tanques.

n.2 – Ação de Emergência

Manter as pessoas afastadas; isolar a área de risco e impedir a entrada;

Manter-se com o vento pelas costas; afastar-se de áreas baixas;

Equipamentos autônomos de respiração e roupas protetoras contra produtos químicos,

especificamente recomendadas pelo transportador ou produtor; podem ser usadas, mas

não oferecem proteção térmica, a não ser que isso seja especificado pelo fabricante das

mesmas. Vestimentas usuais de combate ao fogo não são eficientes com esses produtos.

n.3 – Derramamento ou Vazamento

Não tocar no produto derramado; estancar o vazamento se isso puder ser feito sem risco;

Usar neblina de água para reduzir os vapores;

Pequenos derramamentos: Absorver com areia ou outro material absorvente, não

combustível e guardar em recipientes para posterior descarte;

Grandes derramamentos: Confinar o fluxo para posterior descarte.

n.4 – Primeiros Socorros

Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não

estiver respirando, fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio;

Remover e isolar imediatamente, roupas e calçados contaminados;

Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele e os olhos com água

corrente, durante pelo menos 15 minutos;

Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo;

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Os efeitos podem ser retardados; manter a vítima em observação.

11.5.6 Avaliação de Risco Provável

A análise preliminar de riscos tem se mostrado um instrumento valioso na identificação de cenários

e determinação de áreas vulneráveis. O conhecimento das situações de riscos e áreas vulneráveis

permite planejar ações de emergência e treinar previamente as comunidades envolvidas no

acidente.

A prática mostra que a probabilidade de acidentes com cargas perigosas são relativamente

baixas, mas, quando acontecem, provocam fortes impactos sociais, seja pelo número de vítimas

diretas e indiretas, ou pelo dano ambiental decorrente.

Em qualquer dos casos o ônus de operadores, concessionários e polícias é grande, com enorme

repercussão nos meios de comunicação social, fato que futuramente irá dificultar a implantação

de empreendimentos semelhantes.

Desta forma, deve ser elaborado um mapeamento das áreas de risco contendo as informações

quanto ao uso e ao risco de uso de produtos classificados como “cargas perigosas” na área de

influência direta do empreendimento.

11.5.7 Planos de Contingência: Informação e Controle

Trata-se de um planejamento cujo objetivo maior não é a emergência, mas a preparação

cuidadosa e antecipada para pronta resposta no caso dela existir. Estrutura a coordenação e as

responsabilidades definem plantões e linhas de ação e os procedimentos necessários, mantendo

atualizada a informação organizacional (entidades, contatos e telefones) e a informação

técnica, como códigos e características dos produtos (quem os fábrica, como os transportam,

quem é o responsável e quem os consomem).

Sua ação tem abrangência regional, como na seleção de rotas alternativas e seu controle no

caso de fechamento prolongado das imediações da ponte, ou na eventualidade de uma

evacuação da população, ou de alternativas emergenciais na hipótese de contaminação grave

de mananciais públicos.

A vertente controle deste planejamento, em conformidade com os textos legais e normas

vigentes, age de forma a reduzir ao máximo a probabilidade de ocorrência de uma emergência

envolvendo produtos perigosos.

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150 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

11.5.7.1 Estrutura e Conteúdo Temático do Plano Para formulação do Plano de Contingências de Cargas Perigosas da ponte serão indicados, a

seguir, os respectivos conteúdos a serem desenvolvidos na sua elaboração.

Os conhecimentos sobre a ponte e sua área de influência são apresentados nos estudos

ambientais do empreendimento e deverão ser considerados na concepção e desenvolvimento

do Plano.

a) Itens e Conteúdo Temático a Serem Desenvolvidos na Proposta

a.1 – Apresentação ou Introdução

Nesse item deverá ser apresentada a estrutura do Plano e feito um resumo executivo do mesmo,

expondo-se as linhas gerais e principais assuntos abordados em seus diversos capítulos e itens.

a.2 – Proponente

O Departamento de Estradas e Rodagens de Tocantins (DERTINS) será o proponente e o

responsável pelo acompanhamento e realização do Plano. Com isto, este item deverá explicitar

suas funções com relação à execução do Plano.

a.3 – Entidade Executora

O órgão executor do Plano será o Departamento de Estradas e Rodagens de Tocantins (DERTINS),

que contratará sua elaboração a empresa especializada. O Plano deverá nomear e explicitar

ainda a atuação das instituições que também estarão envolvidas.

a.4 – Justificativa

Será necessário justificar a necessidade de elaboração e implementação do Plano, dentro do

contexto do Plano Básico Ambiental - PBA e da área de influência da ponte.

a.5 – Objetivos e Metas

O Plano deverá especificar objetivos gerais e específicos, e as metas através de estudos

preliminares de avaliação dos riscos ambientais e das bases existentes nos relatórios ambientais e

nos estados.

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a.6 – Abordagem Metodológica

a.6.1 – Estudos e Análises Iniciais

Para elaboração do Plano de Contingências, será necessária a execução de estudos e análises,

que fornecerão as informações de base para seu andamento, quais sejam:

Elaboração de linha de desejo do fluxo de carga, baseado em pesquisa de origem e

destino a ser realizada;

Realização de análise da qualidade das águas dos cursos d’águas que estão na rota da

rodovia, adotando parâmetros físico-químicos e bacteriológicos indicados pela legislação

ambiental vigente;

Elaboração de estudo para rotas de cargas perigosas e impactos ambientais;

a.6.2 – Diretrizes e conteúdo básico do Plano de Contingências

O Plano de Contingências deverá constituir um instrumento que oriente a atuação do DERTINS e

demais órgãos voltados para estruturar, coordenar e desencadear ações preventivas e

emergenciais frente a cargas perigosas na ponte sobre o Rio Araguaia.

Seu conteúdo deverá abordar, no mínimo, os seguintes temas:

Relação do perfil das fontes produtoras e consumidoras de cargas perigosas;

Levantamento de rotas atuais e potenciais das cargas perigosas;

Levantamento de elementos de interesse ambiental nas rotas;

Levantamento e análise das condições das vias urbanas quanto à vulnerabilidade

ambiental;

Indicação do Gerenciamento e Administração, através do estabelecimento de normas e do

Plano de Gerenciamento de Riscos - PGR;

Proposição da Capacitação Técnica;

Indicação e descrição de medidas de socorro e urgência;

Indicação de equipamentos e materiais para emergências;

Estrutura institucional/operacional para atendimento ao Plano de Ação de Emergência –

PAE.

a.7 –Especificações dos Serviços

a.7.1 – Descrição dos Serviços

Indicam-se as seguintes atividades a serem consideradas no desenvolvimento do Plano.

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Primeira Etapa:

Execução dos estudos e análises iniciais da abordagem metodológica e diretrizes e

conteúdo básico do Plano de Contingências, que fornecerão as informações de base para

andamento dos serviços.

Segunda Etapa:

Levantamento de áreas de preservação permanente, hidrografia, unidades de

conservação, áreas densamente ocupadas e outras de interesse ambiental, limítrofes ou

interceptadas por vias de percurso dos transportes de produtos perigosos;

Análise das condições das vias quanto à característica da vulnerabilidade ambiental e

indicadores de acidentes;

Elaboração de um mapa de influência direta com indicação de todos os elementos

vulneráveis localizados nos percursos das rotas dos produtos;

Levantamento e análise dos recursos humanos e materiais (órgãos das administrações

federal, estadual, municipal e entidades privadas) disponíveis para exercer, de forma

articulada, ações de resgate, neutralização de riscos e controle de trânsito em locais de

ocorrência de acidentes com produtos perigosos;

Identificação de medidas de prevenção de acidentes envolvendo o transporte de cargas

perigosas;

Levantamento dos agentes, modelos de ação de socorro, resgate de vítimas, programas de

assistência à ocorrência de acidentes com produtos perigosos;

Levantamento de toda a legislação no âmbito federal, estadual e municipal em relação ao

transporte de produtos perigosos e relacioná-la para estruturação jurídico-institucional de um

Sistema de Trânsito de Cargas Perigosas; e

Estabelecimento do Plano de Contingências e sua implementação, envolvendo todas as

medidas preventivas e os agentes envolvidos.

O documento deverá estar acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica dos

integrantes da equipe, em seus respectivos conselhos de classe.

11.5.8 Monitoramento

Caberá à Gestão Ambiental do empreendimento o monitoramento das ações previstas neste

programa, acompanhando a implementação das atividades estipuladas nos planos de

emergência para o atendimento a acidentes com produtos perigosos, verificando o fiel

cumprimento das cláusulas e procedimentos contidos nos convênios e planos de trabalho das

entidades conveniadas.

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11.6 Etapas de Execução

Este programa possui um caráter institucional forte, sendo que algumas de suas ações dependem

da inter-relação entre instituições de direito público para serem implementadas. Algumas ações

que podem ser implantadas pelo programa estão elencadas abaixo:

Coleta e análise de dados e legislação para formação de banco de dados;

Exame dos pontos críticos;

Verificação de lacunas informativas e implementação do Sistema de Gerenciamento do

Banco de Dados;

Análise de possíveis impactos, prevenção e mitigação;

Proposição de soluções;

Elaboração do plano de trabalho detalhado para discussão e aprovação pelo DERTINS;

Período de levantamentos e estudos básicos para o Plano de Contingência de Risco;

Elaboração da versão preliminar do Plano;

Seminário de discussão do Plano com instituições envolvidas;

Reunião com o DERTINS, e órgãos executores;

Execução da versão final do Plano.

11.7 Recursos Necessários O custo final deste programa foi estimado em R$186.843,40, envolvendo a formação da equipe

para a realização dos trabalhos, contratação de consultoria especializada a elaboração do

plano, bem como as despesas relacionadas a serviços gráficos, material de divulgação, material

de consumo, veículos e diárias, conforme apresentado no Quadro 26 abaixo.

Quadro 26. Recursos necessários para e execução do Programa de Ação de Emergência (PAE).

Mobilização Preço Item Descrição Nível

Unid Qtde Unitário* Total Outros Recursos

11.1 Técnico de Nível Superior - Coordenador Geral P1 horas 480 79,02 37.929,60 11.2 Assistente - Comunicador Social P2 horas 480 68,24 32.755,20 11.3 Técnico de Nível Médio T2 horas 480 16,53 7.934,40 11.4 Motorista A2 horas 480 7,69 3.691,20

Sub-Total 82.310,40 Outros Recursos

11.5 Diárias P diária 120 96,00 11.520,00 11.6 Diárias T diária 120 75,00 9.000,00 11.7 Veículo (4x4) diária 60 371,55 22.293,00 11.8 Combustível (diesel) Litros 1.040 2,00 2.080,00 11.9 Impressos e Equipamentos Unidade 6 8.840,00 53.040,00 11.10 Material de Consumo Unidade 6 650,00 3.900,00 11.11 Serviços Gráficos unidade 900 3,00 2.700,00

Sub-Total 104.533,00 * Base de referência: Dezembro de 2008 Total 186.843,40

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11.8 Cronograma de Execução

O Programa de Ação de Emergência (PAE) deverá ser executado em quatro campanhas mensais

distribuídas no período de 36 meses de execução das obras, exceto os levantamentos e estudos

básicos para a elaboração do plano, em conformidade com o cronograma de execução

apresentado no Quadro 27.

Quadro 27. Cronograma de execução do Plano de Ação de Emergência (PAE).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Coleta e análise de dados e legislação para formação de banco de dados

Exame dos pontos críticos Verificação de lacunas informativas e implementação do Sistema de Gerenciamento do Banco de Dados

Análise de possíveis impactos, prevenção e mitigação Proposição de soluções Elaboração do plano de trabalho detalhado para discussão e aprovação pelo DERTINS

Período de levantamentos e estudos básicos para formulação do Plano de Contingência de Risco

Elaboração da versão preliminar do Plano Seminário de discussão do Plano com instituições envolvidas

Reunião com o DERTINS, e órgãos executores Execução da versão final do Plano

11.9 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de

cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do programa. Ao final

será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à CGA.

A implementação das medidas pode ser realizada em conjunto com instituições preparadas e

criadas para estabelecer normas e diretrizes para as atividades deste programa, como por

exemplo, a Polícia Rodoviária Federal e Estadual, o Corpo de Bombeiros e o Departamento de

Trânsito do Estado do Tocantins e Pará.

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12. Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (PMQA)

12.1 Justificativa

As obras de pavimentação e construção de pontes de um modo geral são fontes difusas de

poluição dos recursos hídricos e constituem focos significativos de poluição, tanto no período de

implantação quanto nos períodos subseqüentes de operação e manutenção.

Na fase de implantação, principalmente, observa-se o carreamento de materiais sólidos através

das áreas de drenagem com grande impacto no assoreamento dos corpos de água, em razão

da movimentação de terra.

Entre os impactos detectados, há a possibilidade de ocorrer impacto nos recursos hídricos, e,

portanto, seus usos a serem afetados, por ações ocorridas durante as etapas construtivas do

empreendimento. Visando minimizar tais impactos, foi sugerida a elaboração do Programa de

Monitoramento da Qualidade da Água.

12.2 Objetivos

Estabelecer os critérios, os parâmetros e métodos a serem utilizados no Programa de

Monitoramento da Água na área de influência da Ponte sobre o rio Araguaia, entre as

cidades de Xambioá/TO e São Geraldo do Araguaia/PA;

Avaliar se os impactos identificados nos estudos ambientais estão sendo devidamente

mitigados e se estão sendo efetivamente implementadas as medidas de controle

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indicadas no Plano Básico Ambiental, de modo a se reduzir os impactos das atividades de

implantação do empreendimento sobre o Meio Ambiente;

Verificar, a partir dos dados coletados, a qualidade das águas anterior à implantação do

empreendimento e durante a sua construção, especificamente com relação aos

parâmetros físico-químicos que podem ser afetados;

Com base nas observações realizadas, sugerir ao empreendedor medidas eficazes de

controle ambiental, visando a minimização dos impactos decorrentes das atividades de

construção na qualidade da água dos cursos hídricos atingidos a jusante do

empreendimento;

Monitorar características físicas das águas em decorrência de processos erosivos e

carreamento de sólidos;

Avaliar as características bióticas e químicas da água em função de problemas nos

canteiros de obra e demais instalações ou eventualmente acidentes;

Analisar qualidade atual e predominante dos rios e mananciais durante o período de

implantação das obras, visando verificar e assegurar a não degradação desses corpos

hídricos pelas atividades do empreendimento;

12.3 Metas

Como se trata de um programa ambiental que visa o monitoramento de parâmetros que

determinam a qualidade das águas da região é necessário ter um padrão de qualidade antes da

etapa de monitoramento. Portanto, assume-se como metas para a conclusão do programa:

O monitoramento dos corpos hídricos relevantes para a detecção de possíveis

interferências da obra, antes e depois do início das obras, através da realização de 10

(dez) campanhas de monitoramento.

12.4 Público-Alvo

O Rio Araguaia e seus tributários da área de influência do empreendimento, bem como os órgãos

ambientais.

12.5 Metodologia e Descrição do Programa

As seguintes etapas foram realizadas para a elaboração do Programa de Monitoramento da

Qualidade da Água.

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12.5.1 Verificação dos Dados Disponíveis

Foram verificados os dados disponíveis apresentados nos Estudos Ambientais de Viabilidade

referentes à qualidade da água dos cursos d’água influenciados pelo empreendimento,

informações relativas aos usos da água e dos solos diagnosticados na região e dados adicionais

foram incorporados quando da visita à região.

12.5.2 Identificação de Áreas Críticas com Sensibilidade Ambiental

Foram identificadas as áreas consideradas críticas sob o ponto de vista ambiental e da qualidade

dos recursos hídricos. A identificação foi realizada a partir do levantamento dos dados primários e

dos dados secundários disponíveis nos estudos ambientais, fontes pesquisadas e ainda, durante a

verificação aos locais diretamente atingidos.

12.5.3 Reconhecimento da Área

Nesta etapa, foi realizado um reconhecimento da região de estudo, considerando as seguintes

informações:

Mapas cartográficos, desenhos esquemáticos e imagens de satélite;

Visita ao trecho estudado;

Entrevistas com moradores da região e representantes do Poder Público local.

12.5.4 Seleção dos Locais de Amostragem

Serão realizadas amostragens a montante e a jusante das interceptações dos cursos d’água e nos

tributários do Rio Araguaia. Ressalta-se que no curso do Rio Araguaia deverão ser utilizados os

mesmos procedimentos de localização das amostragens.

Os pontos de coleta foram selecionados levando-se em conta os dados dos levantamentos

realizados para a elaboração do Estudo Ambientl (EA) do empreendimento e são apresentados

no Quadro 28 abaixo.

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Quadro 28. Listagem dos pontos de monitoramento da qualidade da água.

Ponto Descrição Coordenada (UTM) Vista Geral

01 Rio Xambioá 22L 0769102/9291010

02 Rio Xambioazinho 22L 0769165/9289166

03 Rio Araguaia (ME Montante) 22L 0770669/9291824

04 Rio Araguaia (CT Montante) 22L 0770981/9291470

05 Rio Araguaia (MD Montante) 22L 0771612/9290784

06 Rio Araguaia (MD Jusante) 22L 0773064/9291404

07 Rio Araguaia (ME Jusante) 22L 0771479/9292470

A Figura 23 ilustra os locias propostos para as coletas das amostras de água.

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Figura 23. Localização dos pontos de monitoramento da qualidade da água.

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12.5.5 Seleção dos Parâmetros

O monitoramento dos recursos hídricos ao longo da implantação da Ponte sobre o Rio Araguaia

tem como objetivo avaliar o impacto do empreendimento sobre os cursos d’água e com objetivo

indireto conhecer a qualidade da água dos mananciais de modo a poder estabelecer e

complementar a rede de monitoramento dos recursos hídricos do Estado do Tocantins. Assim,

foram escolhidos os parâmetros básicos utilizados por diversas agências ambientais para a

caracterização dos mananciais de água através de um sistema que permita obter o Índice de

Qualidade da Água (IQA) para cada ponto. Os parâmetros básicos são:

Temperatura;

Oxigênio Dissolvido;

pH;

Turbidez;

Série de Sólidos

Óleos e Graxas;

DBO;

DQO;

Nitrito, Nitrato e Amônia;

Fosfato;

Coliformes Fecais e Totais;

Algumas dessas análises podem ser realizadas com equipamentos portáteis, permitindo respostas

rápidas que subsidiarão ações corretivas imediatas, caso seja constatado que as alterações

observadas na qualidade da água sejam originárias da implantação do empreendimento.

A seguir é apresentada a descrição dos parâmetros selecionados e sua relação com a área em

estudo.

a) Temperatura

Os corpos hídricos sofrem variações de temperatura de acordo com as flutuações climáticas

normais. Estas variações ocorrem com as estações do ano e também, durante o dia. Os lagos

apresentam ainda variações ao longo das profundidades, podendo ocorrer estratificação da

temperatura ao longo da coluna d’água. A temperatura das águas superficiais é influenciada

pela latitude, altitude, estação, horário, circulação atmosférica, cobertura de nuvens, além da

profundidade e vazão do corpo hídrico. Por sua vez, a temperatura afeta os processos físicos,

químicos e biológicos que ocorrem nos corpos hídricos, e desta forma, a concentração de várias

variáveis, pois afeta as taxas de reação química (solubilização, evaporação, metabolismo, etc).

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A temperatura das águas superficiais varia mundialmente entre 0 ºC e 30 ºC, com mínimos nos

períodos de inverno e máximas nos períodos de verão. Deve ser medida no próprio local, no

momento da amostragem, com o uso de um termômetro ou sensor para temperatura. Como a

temperatura é um parâmetro que possui uma influência em vários processos aquáticos e em

outras variáveis, é importante incluí-la na amostragem, anotando sempre o horário em que a

amostra foi tomada.

b) Oxigênio Dissolvido - OD

O oxigênio é essencial a todas as formas de vida aquática, incluindo os organismos responsáveis

pela auto-purificação da água em processos naturais. O conteúdo de oxigênio dissolvido varia

com a temperatura, salinidade, atividade fotossintética e pressão atmosférica. Em águas doces o

conteúdo de oxigênio tende a variar entre 15 mg/l (0 ºC) até 8 mg/l (25 ºC).

Descargas de efluentes ricos em matéria orgânica podem causar o decréscimo da concentração

de OD, podendo inclusive levar a condições anaeróbicas. Concentrações de OD inferiores a

5mg/l podem causar efeitos adversos em comunidades biológicas, e concentrações inferiores a 2

mg/l podem causar a morte de peixes.

A determinação da concentração de oxigênio dissolvido é portanto primordial em estudos de

qualidade da água, uma vez que o oxigênio está envolvido ou influencia praticamente todos os

processos químicos e biológicos que ocorrem em um corpo hídrico. A determinação de OD pode

ser utilizada ainda como indicador do grau de poluição por matéria orgânica.

A medição da concentração de oxigênio dissolvido deve ser realizada no campo, através de

equipamentos portáteis.

c) Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO

A DBO é uma medida aproximada da quantidade de matéria orgânica biodegradável presente

em uma amostra de água. Águas não poluídas apresentam em geral teores de DBO inferiores a 2

mg/l O², enquanto que águas que recebem efluentes podem apresentar teores superiores a 20

mg/l O², especialmente se a amostra for tomada próximo ao local do lançamento.

Este parâmetro pode ser minimizado ou controlado de acordo com a quantidade de supressão

de vegetação nas margens dos rios, evitando que sejam depositados no leito do rio.

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d) Demanda Química de Oxigênio - DQO

A DQO é amplamente utilizada como medida da susceptibilidade a oxidação de materiais

orgânicos e inorgânicos presentes na água. Embora não represente o conteúdo total de carbono

orgânico presente na água, é um bom indicador para despejos industriais. A concentração de

DQO em águas superficiais varia entre 20 mg/l O² ou menos em águas limpas, até valores

superiores a 200 mg/l em águas poluídas. Efluentes industriais apresentam valores entre 100 mg/l

até 60.000 mg/l O².

Este parâmetro pode ser minimizado ou controlado de acordo com a quantidade de supressão

de vegetação nas margens dos rios, evitando que sejam depositados no leito do rio.

e) Potencial Hidrogeniônico - pH

O pH é uma variável importante na avaliação da qualidade da água, uma vez que influencia

vários processos biológicos e químicos em corpos hídricos, assim como os processos associados ao

abastecimento e tratamento da água.

Alterações no pH podem indicar a presença de efluentes, mais facilmente identificável se forem

registrados de maneira contínua e conjunta com a condutividade elétrica. Variações de pH ao

longo do dia devem estar associadas com ciclo de respiração de algas. O pH em águas naturais

varia entre 6,0 e 8,5, podendo ocorrer valores mais elevados nos casos de águas subterrâneas ou

lagos salgados.

O pH deve ser medido no campo uma vez que é afetado por vários fatores naturais. A

temperatura da água deve ser também anotada, v isto ser o pH dependente da temperatura.

f) Turbidez

O tipo e a concentração de material em suspensão controla a turbidez da água. Os materiais em

suspensão correspondem a silte, argila, partículas finas de compostos orgânicos e inorgânicos,

plâncton e outros organismos microscópicos. A turbidez é medida pelo espalhamento e absorção

da luz incidente em uma amostra, e deve ser medida no campo, uma vez que alterações de pH e

da luz podem levar a precipitação de materiais e alterações nos resultados.

A medição de turbidez pode ser afetada pela presença de fortes chuvas na bacia de captação

da estação de monitoramento. Ações antrópicas na bacia, tais como, remoção de solos,

também mostram efeitos na turbidez da água.

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g) Sólidos Totais Dissolvidos

Os sólidos correspondem a grandes partículas transportadas na água. Os sólidos aumentam a

turbidez da água, ocasionando a redução da penetração da luz, e conseqüentemente da

produtividade do ecossistema.

A quantidade e a natureza de sólidos nas águas variam muito. Em águas superficiais, os sólidos

ocorrem, em geral, na forma dissolvida e são constituídos principalmente de sais inorgânicos, além

de pequenas quantidades de matéria orgânica. O conteúdo de sólidos totais varia entre 20 e 500

mg/l. As quantidades de material coloidal não dissolvido e de material em suspensão aumentam

o grau de poluição. Por isso, a determinação de resíduos não filtráveis é de grande utilidade para

avaliar o grau poluidor de águas residuais.

h) Compostos Nitrogenados

O nitrogênio é um elemento de grande importância para os organismos. O acúmulo de

nitrogênio, principalmente nas suas formas nitrato e amônia, decorre da poluição orgânica e da

drenagem de solos adubados.

Em águas naturais, o teor de nitrato é da ordem de 0,1 mg/l. Quando influenciado por ação

humana, pode elevar as concentrações para cerca de 1 a 5 mg/l. Concentrações acima de 5

mg/l mostram a contaminação por poluição humana, uso de fertilizantes ou runoff. Em casos de

poluição extrema, as concentrações podem atingir 200 mg/l.

i) Fosfato

O fósforo é um nutriente essencial para os organismos existentes no meio aquático em formas

dissolvidas e particuladas. O aumento artificial em sua concentração é devido às atividades

humanas: efluentes domésticos (principalmente contendo detergentes), efluentes industriais, uso

de fertilizantes, etc. Em águas naturais, sua concentração varia de 0,005 a 0,020 mg/l PO4-P.

Águas salinas (lagos) podem apresentar concentrações da ordem de 200 mg/l PO4-P.

Como o fósforo é um componente essencial aos ciclos biológicos nos corpos hídricos, é

freqüentemente incluído em programas de avaliação da qualidade da água, para

conhecimento das características dos rios (“background”).

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j) Coliformes Fecais e Coliformes Totais

O risco mais comum à saúde humana associada à água decorre da presença de

microorganismos causadores de doenças. Vários desses microorganismos são decorrentes da

poluição das águas por efluentes domésticos (esgotos): as fezes humanas contém grande

variedade de patogênicos que podem causar doenças, variando entre simples distúrbios

gástricos até disenteria e tifo.

Efluentes domésticos em geral apresentam de 10 a 100 milhões de coliformes por 100 ml. O

monitoramento para a presença de bactérias patogênicas, neste caso, utilizando as bactérias do

grupo coliforme como indicadoras da contaminação, é um componente essencial de programas

de avaliação de qualidade da água, onde o uso da água leva direta ou indiretamente a

ingestão da água. Nestes casos estão incluídos os usos de potabilidade, usos domésticos,

recreação, irrigação de culturas, etc.

Os usos existentes para a água na região de implantação do empreendimento, bem como os

usos dados aos solos, causam direta ou indiretamente, alterações à qualidade das águas que

podem ser detectadas pelas alterações observadas nos parâmetros medidos.

As alterações nos parâmetros de qualidade da água apresentam muitas vezes mais de uma

agente causador, de difícil determinação. O Quadro 29 apresenta as causas prováveis das

alterações que podem ser observadas na qualidade da água dos rios e dos mananciais.

Quadro 29. Síntese das alterações na qualidade da água.

Variável Alteração Observada Causa Provável

Coliformes Termotolerantes Aumento na contagem das bactérias

Lançamento de efluentes domésticos ou atividades agropecuárias

Potencial Hidrogeniônico (pH) Diminuição ou aumento do pH

Alterações nos processos bioquímicos da água

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) Aumento da DBO Lançamento de cargas orgânicas

Demanda Química de Oxigênio (DQO) Aumento da DQO Lançamento de cargas orgânicas

Nitrogênio Total Aumento dos níveis Lançamento de efluentes

Fósforo Total Aumento dos níveis Lançamento de efluentes ou atividades agropecuárias

Temperatura Aumento na temperatura Lançamento de efluentes ou acidentes envolvendo cargas perigosas.

Turbidez Aumento da turbidez Movimentação de terra Sólidos Totais Dissolvidos Aumento da turbidez Movimentação de terra Oxigênio Dissolvido Redução dos níveis de O2 Lançamento de cargas orgânicas

pH Diminuição ou aumento acentuado do pH

Alterações nos processos bioquímicos da água

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12.5.6 Análises e Interpretação dos Resultados

As amostras coletadas deverão ser preservadas e analisadas conforme Standard Methods for

Examination of Water – 20 Edition.

Os resultados obtidos no monitoramento da qualidade da água serão analisados conforme as

definições apresentadas na Resolução CONAMA 357/2005.

Os valores obtidos deverão ser trabalhados estatisticamente de modo a se obter gráficos e o IQA

correspondente a cada ponto.

12.5.7 Índice de Qualidade da Água - IQA

Índices de qualidade da água (IQA) são bastante úteis para transmitir informações a respeito da

qualidade da água ao público em geral, podendo dar uma idéia da tendência de evolução da

qualidade ao longo do tempo, além de permitir uma comparação entre diferentes cursos d’água.

Varia normalmente entre 0 (zero) e 100 (cem), sendo que quanto maior o seu valor, melhor é a

qualidade da água, estando associado ao uso que se deseja para um corpo d’água.

O IQA utilizado pelas Secretarias de Estado para Assuntos do Meio Ambiente é o mesmo

elaborado pela National Sanitation Foundation e adaptado pela CETESB. Este índice leva em

consideração o estabelecimento do abastecimento de água como uso a ser avaliado.

Para a obtenção do IQA, é realizado o produto ponderado das qualidades de água

correspondentes aos parâmetros: Oxigênio Dissolvido (OD); Demanda Bioquímica de Oxigênio

(DBO5, a 20ºC); Coliformes Fecais, Temperatura, pH, Nitrogênio Total, Fosfato Total, Turbidez e

Sólidos Totais, através da seguinte fórmula:

Onde:

IQA = Índice de qualidade das águas. Um número entre 0 e 100;

qi = qualidade do i-ésimo parâmetro. Um número entre 0 e 100, obtido do respectivo gráfico de

qualidade, em função de sua concentração ou medida (resultado da análise);

wi = peso correspondente ao i-ésimo parâmetro fixado em função da sua importância para a

conformação global da qualidade, isto é, um número entre 0 e 1, de forma que:

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Onde:

n = o número de parâmetros que entram no cálculo do IQA.

Para interpretar os dados referentes à qualidade das águas superficiais, indicada pelo IQA,

utilizou-se uma escala de 0 a 100, recomendada pela Companhia de Tecnologia de Saneamento

Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), no qual pode ser classificada em faixas, de acordo

com o Quadro 30.

Quadro 30. Classificação do Índice de Qualidade da Água, segundo CETESB (2000).

Nível de Qualidade Faixa Cor de Referência

Qualidade Ótima 90 < IQA ≤ 100

Qualidade Boa 70 < IQA ≤ 90

Qualidade Aceitável 50 < IQA ≤ 70

Qualidade Ruim 25 < IQA ≤ 50

Qualidade Péssima 0 < IQA ≤ 25

12.6 Freqüência de Amostragem e Duração do Programa

O PMQA foi elaborado considerando-se a sua execução em duas fases distintas, perfazendo um

total de 36 meses:

FASE 1 - Anterior as obras de implantação da ponte e das áreas de apoio, uma coleta

visando determinar as condições prévias existentes nos cursos d’água;

FASE 2 - Durante a realização das obras (estimadas em 3 anos), para avaliação da situação

ambiental durante a fase de Implantação da Infra-estrutura do Empreendimento. Serão

realizadas coletas quadrimestrais. Para estas fases, foram percebidas necessidades iguais

de freqüência para o monitoramento da qualidade das águas.

12.7 Etapas de Execução

Considerando a execução do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água em duas

fases distintas, perfazendo um total de 36 meses, foi determinada as fases para o monitoramento

(Quadro 31).

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Quadro 31. Freqüência de monitoramento.

Fases Duração Frequência Observação

FASE 01: Anterior as obras 1 mês - Análise bacteriológica e físico-química

FASE 02: Durante as obras 3 anos Quadrimestral Análise bacteriológica e físico-química

Durante a Fase 2, as campanhas deverão estar de acordo com o cronograma das obras, de

modo a contemplar as atividades mais impactantes aos recursos hídricos (terraplenagem,

montagem de canteiros de obra), prevendo-se em qualquer caso campanhas quadrimestrais,

com duração máxima de cinco dias cada.

As amostras coletadas deverão ser enviadas para o laboratório no máximo de 24 horas, em

virtude da necessidade de análise rápida de alguns parâmetros.

12.8 Recursos Necessários

O custo final do programa foi estimado em R$163.501,50, envolvendo a mobilização para a

realização das campanhas e contratação de profissionais habilitados, conforme apresentado no

Quadro 32 abaixo.

Quadro 32. Recursos necessários para e execução do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (PMQAI.)

Preço Item Descrição Nível Un. Qtde

Unitário* Total Recursos Humanos

8.1 Químico ou Biólogo - Coordenador Geral P2 horas 400 68,24 27.296,00 8.2 Assistente Técnico T5 horas 400 10,87 4.348,00 8.3 Motorista A2 horas 400 7,69 3.076,00

Sub-Total 34.720,00 Outros Recursos

8.4 Diárias P diária 50 96,00 4.800,00 8.5 Diárias T diária 100 75,00 7.500,00 8.6 Veículo (4x4) diária 50 371,55 18.577,50 8.7 Combustível (diesel) Litros 2.000 2,00 4.000,00 8.8 Análises Laboratoriais e Pareceres unidade 1.120 66,70 74.704,00 8.9 Equipamentos unidade 1 8.850,00 8.850,00 8.10 Materiais de Consumo unidade 9 650,00 5.850,00 8.11 Serviços Gráficos unidade 1.500 3,00 4.500,00

Sub-Total 128.781,50 * Base de referência: Dezembro de 2008. Total 163.501,50

12.9 Cronograma de Execução.

O Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (PMQA) deverá ser executado em uma

campanha de reconhecimento, antecedendo o período construtivo (FASE 1), dando sequência

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em mais nove campanhas quadrimestrais, de cinco dias cada (FASE 2), , em conformidade com o

cronograma de execução apresentado no Quadro 33.

Quadro 33. Cronograma de execução do Programa de Monitoramento da Ictiofauna (PMI).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Planejamento das campanhas Coletas das Amostras Análises Laboratoriais Elaboração de relatório

ANO II Ações 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Planejamento das campanhas Coletas das Amostras Análises Laboratoriais Elaboração de relatório

ANO III Ações 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Planejamento das campanhas Coletas das Amostras Análises Laboratoriais Elaboração de relatório

12.10 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação do programa será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de

Gestão Ambiental, através da equipe técnica do PMQA. O acompanhamento será realizado pelo

coordenador do PMQA e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de

responsabilidade da equipe de Gestão Ambiental.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios quadrimestrais

elaborados pelo coordenador do PMQA. Ao final deste programa será elaborado um Relatório de

Avaliação a ser encaminhado para a Gestão Ambiental do empreendimento.

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13. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)

13.1 Justificativa

A construção de uma ponte e seu respectivo sistema viário, qualquer que seja sua dimensão, traz

consigo uma série de problemas para o meio ambiente em todos os seus níveis, podendo estar

relacionado ao meio biótico, socioeconômico ou físico. A formação de benfeitorias, a abertura

de clareiras, a utilização dos recursos naturais para agregado são alguns exemplos de atividades

geradoras de impactos que advêm com a implantação deste tipo de empreendimento.

O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas justifica-se pela necessidade de recuperar as

áreas degradadas devendo caminhar junto ao desenvolvimento de práticas conservacionistas

visando à otimização dos recursos técnicos e financeiros.

13.2 Objetivos

Recuperar as áreas de jazida de solos, canteiro de obras e as vias de acesso as balsas,

minimizando ou eliminando os efeitos adversos decorrentes das intervenções e alterações

ambientais inerentes ao processo construtivo e à operação do empreendimento, as quais são

potencialmente geradoras de fenômenos indutores de impactos ambientais que manifestarão nas

áreas de influência do empreendimento.

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13.3 Metas

O Programa tem por meta o estabelecimento de procedimentos e medidas que adaptam a

utilização e a reabilitação das áreas exploradas pelo empreendimento, principalmente as áreas

de jazida de solos, bota-fora, canteiro de obras e as vias de acesso as balsas, visando o resgate

das características paisagísticas originais.

13.4 Público-Alvo

Foram identificados como público-alvo do PRAD a sociedade próxima ao empreendimento, os

proprietários das áreas alteradas, a empresa executora e o DERTINS.

13.5 Metodologia e Descrição do Programa

Inicialmente deverá ser realizado um planejamento das atividades deste programa em função da

previsão do cronograma de implantação das etapas construtivas ao longo de toda extensão do

empreendimento.

13.5.1 Aspectos Gerais

Com objetivo de recompor ou recuperar, da forma eficaz, as áreas das jazidas de solos, bota-fora,

canteiro de obras e vias de acesso a travessia de veículos nas balsas, são listados abaixo alguns

procedimentos genéricos a serem adotados nas diferentes etapas construtivas do

empreendimento:

As áreas exploradas deverão sofrer medidas de isolamento em relação ao trânsito de

animais domésticos e pessoas, devendo ser controlado e permitido somente o acesso do

pessoal especializado e envolvido especificamente na área;

Em casos específicos, onde for constatada a necessidade, deverá ser executada a

construção de rede de drenagem;

Sempre que constatada a necessidade, a descompactação do solo deverá ser realizada

mediante o uso de escarificadores ou subsoladores, visando ao rompimento de camadas

compactadas;

O solo orgânico proveniente de alguma limpeza que se fizer necessária, de escavações

para fins de corte e aterro ou ainda de área de empréstimo, deverá ser estocado

adequadamente fora da área trabalhada para efeito de reaproveitamento futuro, como

revestimento vegetal de superfícies a serem recuperadas. Torna-se imprescindível o efetivo

controle da remoção, disposição e acondicionamento do solo orgânico, prevendo-se

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para tanto a conveniência de acompanhamento profissional específico para a escolha

de locais estratégicos para os depósitos do citado material. Esta medida permitirá o

controle da manutenção das características de fertilidade do solo orgânico, fundamentais

para a recomposição posterior, que constitui o destino final desse material. Eventuais

trabalhos de gradeamento nestes depósitos podem favorecer o controle de processos

erosivos superficiais;

Deverá ser realizada uma análise das condições físico-químicas, por amostragem, das

diferentes áreas alteradas. Quando constatada a necessidade, deverão ser aplicados

fertilizantes, calcário e adubos orgânicos, de forma a se obter a correção do solo;

As espécies vegetais a serem utilizadas para a revegetação devem ser preferencialmente

gramíneas e leguminosas, que fixam o nitrogênio no solo, além de espécies arbustivas e

arbóreas;

A revegetação das áreas afetadas deverá ser realizada preferencialmente com a

utilização de espécies vegetais nativas, de forma a propiciar a aceleração do processo de

regeneração natural e não introduzir ao ambiente espécies vegetais exóticas de hábito

agressivo. Quando a situação permitir, poderão ser utilizadas coberturas vegetais

destinadas à criação de gado, conforme combinação com proprietário das terras

alteradas;

A revegetação, cujo principal objetivo é propiciar a cobertura eficiente do solo,

protegendo da erosão e favorecendo a recuperação de suas propriedades físico-

químicas, deve inicialmente contemplar o desenvolvimento das espécies herbáceas e

arbustivas, vindo a favorecer a formação de vegetação arbórea, recuperando parte da

vegetação existente, em casos de recuperação;

O material vegetal proveniente das limpezas deverá ser utilizado na recuperação das

jazidas e demais áreas alteradas;

As medidas a serem implementadas devem ser particularizadas para cada caso

guardando consonância com a situação de cada área degradada existente e devendo

ser aplicadas na ordem sugerida, sem defasagem prolongada entre elas, o que poderia

provocar intensificação dos processos erosivos;

No caso de jazidas, quando originarem grandes depressões no terreno, estas poderão ser

utilizadas como locais de bota-fora de materiais excedentes, não contaminados e

retrabalhados de forma a permitir a uniformização, antes da aplicação da camada de

solo fértil;

Os taludes e rampas deverão ter sua declividade suavizada, a fim de evitar a

intensificação dos processos erosivos, facilitando a recuperação destas áreas. Na

recuperação de taludes de corte deve ser utilizada, preferencialmente, hidrossemeadura

de espécies de gramíneas e leguminosas. No caso de taludes de aterro, recomenda-se

controle da erosão e utilização de gramíneas, sugerindo-se a escolha de espécies rápido

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desenvolvimento;

13.5.2 Passos para Readequação das Áreas Degradadas

Consiste nas atividades a serem desenvolvidas quando da desmobilização de áreas de canteiro

de obras, jazidas, caixas de empréstimo, bota-fora, além de áreas de instalações industriais e

caminhos de serviço.

O preparo definitivo dessas áreas deverá ser realizado através das seguintes atividades:

Remoção de todos os prédios, pisos e bases de concreto, caso não exista

reaproveitamento previamente acordado destas instalações pelas populações lindeiras

ao empreendimento;

Desifecção satisfatória das fossas e sumidouros com cal, na proporção de 30 kg/m³

Enchimento de fossas e sumidouros com pedras;

Remoção de cercas internas da área a ser recuperada;

Erradicação de áreas propícias ao acúmulo de águas pluviais;

Remoção de quaisquer barramentos ou obstáculos decorrentes das obras;

Desobstrução da rede de drenagem natural;

Implantação de um sistema de drenagem superficial;

Remoção de bueiros provisórios.

As terras de baixa capacidade de produção que devam ser recuperadas e que são

naturalmente muito suscetíveis à erosão deverão ser recobertas com vegetação nativa e

permanente densa, capaz de exercer o controle dos processos erosivos e de recuperar o aspecto

cênico dessas áreas.

A sucessão secundária é o mecanismo pelo qual as florestas se auto renovam. A implantação de

uma floresta com finalidades conservacionistas deve obedecer a este modelo, com a

combinação de diferentes grupos de espécies, com vistas à obtenção de um recobrimento

rápido, eficiente e com baixos custos de manutenção.

Desta maneira e de forma cronológica, será descrito os passos previstos neste Programa.

13.5.2.1 Remoção de Estruturas

Em um primeiro momento é necessário a remoção de todas as instalações físicas existentes na

área. Como por exemplo, as rampas de concreto do canteiro de obras.

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O material recolhido inservível deverá ser recolhido e encaminhado ao sistema de disposição de

resíduos sólidos de Xambioá/TO ou São Geraldo do Araguaia/PA.

13.5.2.2 Adequação Física do Terreno

Com objetivo de preparar o terreno para receber o plantio das espécies previamente

selecionadas, o executor do empreendimento deverá promover uma adequação geométrica

dos terrenos, colocando-os em uma inclinação favorável, assim como implementando redes de

drenagens provisórias ou definitivas, quando necessárias, impedindo assim o aparecimento de

focos de erosão.

Essa adequação deverá ser executada nas áreas onde ocorrer alterações na geometria do

terreno, principalmente nas rampas de acesso ao rio, onde a declividade é acentuada.

13.5.2.3 Instalação ou Adaptação de Rede de Drenagem nas Áreas Degradadas

Consiste na verificação do grau de alteração da drenagem local promovida pelo processo

construtivo e, se for o caso, na implantação de rede de drenagem para contenção de processos

erosivos, considerando-se as características de cada área a reabilitar.

Deverão ser instaladas no pé dos taludes canaletas com 0,50 m de largura e 0,4 m de

profundidade, no mínimo. As canaletas têm a finalidade de coletar águas pluviais e de

escorrimento superficial, de modo a direcioná-las para um sistema composto por descidas d’água

e bacias de sedimentação adequadamente posicionadas.

No caso das margens do Rio Araguaia, quando da ocorrência de processos erosivos ativos,

condicionar o fluxo d’água para dissipadores de energia tipo escada.

13.5.2.4 Análise do Solo

Serão coletadas amostras de solos representativas das áreas a serem recuperadas e enviadas pra

laboratório credenciado para as análises físico-químicas. Essas análises têm por objetivo

proporcionar uma garantia quanto ao favorável crescimento da vegetação a ser implantada,

através de correção e adubação adequadas.

13.5.2.5 Preparação do Solo

Deverão ocorrer práticas de caráter mecânico, usadas através de estruturas artificiais, mediante a

disposição adequada das porções de terra, com a finalidade de melhor incorporação de

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nutrientes e corretivos. No caso de solos muito compactados, a descompactação deverá ser

realizada através do uso de subsoladores, criando sulcos de no mínimo 0, 50 m de profundidade.

Já em solos encharcados, este dependerá do grau de encharcamento e disponibilidade de

água.

Será realizado uma limpeza da área para melhor determinação dos pontos demarcados. A partir

deste, delimitar pontos das covas, abrindo-as conforme recomendação das espécies que serão

usadas no processo.

Cabe ressaltar que esta atividade deverá ser executada apenas nas áreas onde ocorrer

alterações na geometria do terreno.

13.5.2.6 Recomposição da Camada de Solo Orgânico

Consiste no recobrimento das superfícies dos terrenos a serem revegetados com a camada de

solo orgânico, previamente removida e armazenada. Esta camada constitui-se em fator

preponderante para o pleno desenvolvimento da cobertura vegetal que será introduzida nas

áreas alteradas. Estas áreas são representadas, basicamente, pelas caixas de empréstimos, áreas

que sofreram exploração mineral, os taludes de aterros e as áreas atuais de acesso á balsa.

Recomenda-se que este solo seja espalhado numa camada de espessura média em torno de

0,20 m e nunca inferior a 0,10 m.

13.5.2.7 Seleção de Espécies para Revegetação

Respeitando as condições de espécies características da região, estas capazes de se reproduzir

no ambiente sugerido, tem-se como objetivo a recuperação ambiental viável ao solo em

diagnóstico.

As características biológicas, químicas e físicas das plantas deverão ser consideradas,

correlacionadas à taxa de crescimento, compatibilidade com outras espécies, tipo de clima

local, assim como forma final das espécies a serem selecionadas e introduzidas ou replantadas

nas áreas alteradas. A seleção de espécies deverá ser orientada para sua auto sustentação,

levando-se em conta também à relação da espécie selecionada com a fauna local. As

características de maiores importâncias, estes desejáveis da vegetação são a seguir relacionadas:

Agressividade;

Rusticidade;

Rápido desenvolvimento;

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Fácil propagação;

Fácil implantação com baixo custo;

Pouca exigência quanto a condições do solo;

Fácil integração na paisagem;

Inocuidade às condições biológicas da região;

Fator de produção de alimento para a fauna.

Preferencialmente deverão ser utilizadas plantas nativas dos estratos herbáceo, arbustivo e

arbóreo. Algumas plantas possuem características ideais para uma sustentação do equilíbrio físico

do solo. No Quadro 34 são apresentadas as espécies recomendadas para composição da

cobertura vegetal das áreas do canteiro de obras.

Quadro 34. Lista de espécies recomendadas para a recomposição das áreas do canteiro de obras.

Nome Científico Nome Vulgar Hymenaea stigocarpa Jatobá Enterolobium ellipticum Tamboril Anadenanthera macrocarpa Angico branco Inga spp Ingás Anadenanthera falcata Angiquinho Tabebuia avellanadae Ipê-rosa Anarcadium occidentale Caju Astronium fraxinifolium Gonçalo Alves Psidium guajava Goiaba Myracrodruon urundeuva Aroeira Anarcadium humile Cajuí Copaifera langsdorffii Copaíba Caryocar brasiliense Pequi Hancornia speciosa Mangaba Maurita vinifera Buriti Luehea divaricata Açoita-cavalo Bixa orellana Urucum Simarouba versicolor Mata cachorro Byrsonima sp Murici Bauhinia forificada Pata de vaca Curatella Lixeira Acrocomia sp Macaúba Physocalymma sp Cega machado Oenocarpus bacaba Bacaba

O Quadro 35 apresenta a lista de espécies de gramíneas recomendas para a estabilização física

dos taludes dos aterros, das jazidas de solos e bota-fora.

Quadro 35. Lista de espécies recomendadas para a recomposição de taludes a jazidas de solo.

Nome Científico Nome Vulgar Brachiaria decumbens Braquiária Brachiaria humidicola Braquiária Cynodon dactylon Grama bermuda Paspalum saurae Grama pensacola

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Vale ressaltar que as relações de espécies indicadas no Quadro 34 e 35 podem sofrer

modificações, devidamente autorizadas, em função de disponibilidade de mudas e da

adaptabilidade das espécies.

13.5.2.8 Aquisição de Mudas

A obtenção de mudas em viveiros existentes na região da obra deverá ser priorizada, uma vez

verificada a capacidade de atendimento à demanda, bem como a compatibilização das

distâncias destas às áreas a reabilitar e a produção das espécies requeridas.

13.5.2.9 Preparo das Covas e Plantio

As covas deverão ter dimensões de 30 x 30 x 30 centímetros, sendo previamente abertas e

efetuadas adubações segundo as características e resultados das análises do solo.

O plantio deverá ser iniciado no período chuvoso do ano, evitando maiores custos com rega e

proporcionando condições mais adequadas para o estabelecimento das espécies.

Para as espécies arbustivas e arbóreas, o plantio de mudas será feito diretamente nas covas com

espaçamento de 4,0 x 4,0 metros, ou seja, 625 plantas por hectare.

Cabe ressaltar que a recuperação de jazidas localizadas em áreas de particulares será realizada

de acordo com os interesses de cada proprietário. Se for realizado o plantio de espécies

arbustivas e arbóreas deverá seguir o mesmo padrão apresentado acima.

A cobertura vegetal com gramíneas poderá ser obtida através de plantio de mudas ou

hidrossemeadura, com as seguintes densidades: de 12 Kg/ha para as braquiária, de 12 Kg/ha

para a grama bermuda e de 6 Kg/ha para grama pensacola.

Deverá ser realizado também o tutoramento das mudas através de estacas de madeira

aproveitada da obra para conferir um melhor suporte no direcionamento do crescimento das

mesmas.

13.5.2.10 Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais

Abrange, basicamente, a capina (coroamento) das áreas plantadas, o combate sistemático a

pragas e doenças (formiga, fungos e outros), a adubação em cobertura ao final do primeiro ano

do plantio e o replantio de falhas observadas durante o desenvolvimento da vegetação

introduzida.

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Caso ocorra a morte das mudas plantadas devido a fatores diversos, tenha sido realizada a

inspeção e tenham se passado quarenta dias a partir do plantio, a planta deverá ser replantada,

exigindo, porém, uma maior atenção nas recomendações de adubação e manejo.

Pode ser necessário implantar anualmente, no mês de agosto, conhecido como início do

“período de queimadas”, aceiros no entorno da área, evitando que incêndios ocasionais possam

colocar a perder a vegetação implantada.

Deverá ser realizado o monitoramento da área em recuperação ambiental. Este monitoramento

acompanhará freqüência das atividades de supervisão ambiental da obra, e tem como principal

objetivo o de verificar o desenvolvimento das mudas plantadas e manter as condições

necessárias ao cumprimento dos objetivos preestabelecidos no plano de recuperação

apresentado.

13.5.2.11 Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental

É recomendável que, depois de concluídos os serviços de recuperação ambiental conforme

recomendações anteriormente explicitadas, e atendidas eventuais exigências apresentadas pelos

órgãos ambientais competentes, garantindo a comprovação da total recuperação ambiental

dessas áreas, deva ser negociada com os órgãos licenciadores ambientais a formalização do

encerramento do processo de licenciamento das mesmas.

13.5.3 Etapas de Execução

O PRAD será realizado concomitante ao processo construtivo. Este procedimento é importante

para que as áreas expostas às intempéries não tenham seu grau de degradação ampliado,

obedecendo às etapas de execução apresentadas abaixo:

Elaboração dos projetos

Remoção das Estruturas (Limpeza);

Adequação Física do Terreno;

Instalação ou Adaptação de Rede de Drenagem nas Áreas Degradadas;

Análise do Solo;

Preparação do Solo;

Recomposição da Camada de Solo Orgânico;

Seleção de Espécies para Revegetação;

Aquisição de Mudas;

Preparo das Covas e Plantio;

Replantio;

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Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais;

Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental.

Cada atividade de recuperação deverá possuir um projeto específico. Este confeccionado pelo

coordenador do Programa e auxiliado por funcionários da empresa executora.

13.6 Recursos Necessários O custo final deste programa foi estimado em R$ 453.221,10, envolvendo a formação da equipe

para a realização dos trabalhos, contratação de consultoria especializada a elaboração dos

projetos de recuperação, bem como as despesas relacionadas a serviços gráficos, material de

divulgação, material de consumo, veículos e diárias, conforme apresentado no Quadro 36 abaixo.

Quadro 36. Recursos necessários para e execução do Programa de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD).

Preço Item Descrição Nível Un. Qtde

Unitário* Total Recursos Humanos

5.1 Coordenador P1 horas 1.360 79,02 107.467,20 5.2 Engenheiro florestal P2 horas 1.360 68,24 92.806,40 5.3 Geólogo P2 horas 1.360 68,24 92.806,40 5.4 Auxiliar de Campo - Assistente Técnico T5 horas 960 10,87 10.435,20 5.5 Motorista A2 horas 960 7,69 7.382,40

Sub-Total 310.897,60 Outros Recursos

5.6 Diárias Coordenador P diária 170 96,00 16.320,00 5.7 Diárias Engenheiro Florestal P diária 170 96,00 16.320,00 5.8 Diárias Geólogo P diária 170 96,00 16.320,00 5.9 Diárias Auxiliar de Campo T diária 120 75,00 9.000,00 5.10 Diárias Motorista T diária 120 75,00 9.000,00 5.12 Veículo (4x4) diária 120 371,55 44.586,00 5.13 Veículo (sedan) diária 50 113,55 5.677,50 5.14 Combustível (gasolina) Litros 500 3,00 1.500,00 5.15 Combustível (diesel) Litros 5.200 2,00 10.400,00 5.16 Material de Consumo unidade 12 650,00 7.800,00 5.17 Serviços Gráficos unidade 1.800 3,00 5.400,00

Sub-Total 142.323,50 *Base de referência: Dezembro de 2008. Total 453.221,10

13.7 Cronograma de Execução

O Programa de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD) deverá ser executado em 12

campanhas distribuídas no período de 36 meses de execução das obras, em conformidade com

o cronograma de execução apresentado no Quadro 37.

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Quadro 37. Cronograma de execução do Programa de Recuperação das Áreas Degradadas (PRAD).

ANO I Ações

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Elaboração dos Projetos Remoção das Estruturas (Limpeza) Adequação Física do Terreno Instalação ou Adaptação de Rede de Drenagem Análise do Solo Preparação do Solo Recomposição da Camada de Solo Orgânico Seleção de Espécies para Revegetação Aquisição de Mudas Preparo das Covas e Plantio Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental

ANO II Ações

13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Elaboração dos Projetos Remoção das Estruturas (Limpeza) Adequação Física do Terreno Instalação ou Adaptação de Rede de Drenagem Análise do Sol Preparação do Solo Recomposição da Camada de Solo Orgânico Seleção de Espécies para Revegetação Aquisição de Mudas Preparo das Covas e Plantio Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental

ANO III Ações

25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Elaboração dos Projetos Remoção das Estruturas (Limpeza) Adequação Física do Terreno Instalação ou Adaptação de Rede de Drenagem Análise do Sol Preparação do Solo Recomposição da Camada de Solo Orgânico Seleção de Espécies para Revegetação Aquisição de Mudas Preparo das Covas e Plantio Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental

13.8 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação deste PRAD será de responsabilidade da empresa contratada para a execução

da obra. O Acompanhamento será realizado pela equipe técnica do programa e pela Supervisão

Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe da

Coordenação de Gestão Ambiental.

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Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de

cada atividade, elaborados pelo coordenador do PRAD. Ao final deste programa será elaborado

um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado a Gestão Ambiental.

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14. Programa de Recuperação das Matas Ciliares (PCRM)

14.1 Justificativa

As matas ciliares constituem um conjunto de vegetação que se desenvolvem ao longo das

margens dos rios, riachos, córregos e nascentes e representam o habitat de maior complexidade

estrutural do Cerrado, contendo grande riqueza e diversidade de espécies. A importância deste

tipo de formação vegetal está relacionada às diferentes funções que desempenham em uma

bacia hidrográfica e está diretamente ligada à qualidade de vida da população local. As matas

são responsáveis pela proteção da qualidade da água, pois remove material em suspensão,

poluentes e substâncias tóxicas como pesticidas e herbicidas utilizados na agricultura para matar

pragas.

A formação da mata ciliar é favorecida pelas excelentes condições dos terrenos próximos dos

rios. Os rios fornecem a água e os nutrientes, que são levados através deles e se depositam em

suas margens ajudando as plantas em crescimento.

A presença de uma boa cobertura florestal é de grande importância para o controle do processo

de erosão, que pode resultar em grandes acúmulos de sedimentos nos cursos d’água, assoreando

os mesmos. No caso de uma cobertura florestal intacta, a taxa de infiltração de água da chuva

no solo é máxima. A vegetação que se forma às margens dos rios também serve de abrigo aos

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animais, que podem se reproduzir ali e também se alimentar dessas plantas. Esses animais também

podem utilizar a mata ciliar como um corredor entre fragmentos distantes entre si. Os peixes

também acabam se servindo das árvores, que fornecem alimento e cria na região do rio um

clima onde são menores as variações de temperatura.

Face a sua importância ecológica, as Matas Ciliares são objeto de amparo jurídico através da Lei

4771/65 (Código Florestal). Assim, são asseguradas como áreas de preservação permanente as

florestas e demais formas de vegetação existentes ao redor de rios, nascentes, lagos, lagoas e

reservatórios artificiais.

Tendo em vista que a construção da ponte sobre o Rio Araguaia e seus acessos implicará na

interferência em área de mata de galeria e ciliares, faz-se necessária a adoção de medidas de

controle, mitigação e recuperação destes locais.

14.2 Objetivos do Programa

Recompor a cobertura vegetal das margens do Rio Araguaia que serão influenciadas

diretamente pela implantação do empreendimento e de estruturas de apoio para as

obras;

Eliminar ou minimizar os efeitos adversos decorrentes das intervenções ambientais inerentes

ao processo construtivo e à operação do empreendimento, como a instalação de

processos erosivos e o carreamento de sedimentos ao rio;

Resgatar a biodiversidade e o ecossitema da área de influencia do empreendimento,

garantindo a qualidade ambiental da região.

14.3 Metas

Recuperar as matas ciliares do Rio Araguaia a serem afetadas diretamente pelo

empreendimento.

14.4 Público Alvo

O publico alvo deste programa é formado pela sociedade próxima ao empreendimento, pelos

proprietários das áreas alteradas, a empresa executora da obra e o DERTINS.

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14.5 Metodologia e Descrição do Programa

As matas ciliares são formações vegetais constituídas por essências florestais de ocorrência em

áreas restritas, ao longo dos cursos d’água e locais sujeitos a inundações temporárias. Essa

vegetação típica apresenta diferenças estruturais e florísticas relacionadas a fatores

determinantes como o elevado teor de água do solo e do ar (umidade), ocasionado pela

superficialidade do lençol freático ou por inundações periódicas Para a recomposição desta

fitofisionomia verifica-se diversas metodologias citadas em literatura especializada, sendo que em

sua maioria, de um modo geral priorizam o sistema sucessional.

O sistema sucessional para recomposição florestal procura promover o reflorestamento de uma

determinada área, em curto espaço de tempo, por exigir uma diversidade menor de espécies,

pertencentes à mesma gama de representantes. No presente programa de recuperação

recomenda-se uma adaptação da metodologia proposta por Toscano (1994), sendo que a

mesma classifica as espécies arbóreas tropicais basicamente em dois grupos distintos, na

orientação do reflorestamento de forma organizada e funcional. As espécies são subdivididas e

enquadradas e grupos diferenciados quanto às necessidades de luz, qualitativamente e

quantitativamente.

Primeiro grupo: encontram-se as chamadas Pioneiras (P) são heliófitas, de moderado a rápido

desenvolvimento, desenvolvem em clareiras ou nas bordas da floresta. Possui ciclo de vida curto,

de porte médio a médio-baixo, com dispersão por intermédio de pássaros e insetos.

Segundo grupo: aparecem às espécies Não Pioneiras (NP), sendo elas denominadas secundarias

e climáceas, com dispersão anemócórica (por vento) e zoocórica (por animais). São de porte

maior, com ciclo de vida pouco mais longo que as Pioneiras, desenvolve-se em condições de

sombra leve ou densa.

14.5.1 Adequação Física do Terreno

Com objetivo de preparar o terreno para receber o plantio das espécies selecionadas, será

promovida uma adequação geométrica dos terrenos, colocando-os em uma inclinação

favorável, implementando com isso a drenagem definitiva das águas pluviais, quando

necessárias, através de terraceamento, patamares, desvios de águas, entre outros, impedindo o

aparecimento de processos erosivos.

Essa adequação deverá ser executada nas áreas onde ocorrer alterações na geometria do

terreno, principalmente nas rampas de acesso ao rio, onde a declividade é acentuada.

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14.5.2 Análise do Solo

Serão coletadas amostras de solos representativas das áreas a serem recuperadas e enviadas

para laboratório credenciado para as análises físico-químicas. Essas análises têm por objetivo

proporcionar uma garantia quanto ao favorável crescimento da vegetação a ser implantada,

através de correção e adubação adequadas.

14.5.3 Preparação do Solo

Deverão ocorrer práticas de caráter mecânico, usadas através de estruturas artificiais, mediante a

disposição adequada das porções de terra, com a finalidade de melhor incorporação de

nutrientes e corretivos. No caso de solos muito compactados, a descompactação deverá ser

realizada através do uso de subsoladores, criando sulcos de no mínimo 0, 50 m de profundidade.

Já em solos encharcados, este dependerá do grau de encharcamento e disponibilidade de

água.

Será realizado uma limpeza da área para melhor determinação dos pontos demarcados. A partir

deste, delimitar pontos das covas, abrindo-as conforme recomendação das espécies que serão

usadas no processo.

Cabe ressaltar que esta atividade deverá ser executada apenas nas áreas onde ocorrer

alterações na geometria do terreno.

14.5.4 Recomposição da Camada de Solo Orgânico

Consiste no recobrimento das superfícies dos terrenos a serem revegetados com a camada de

solo orgânico, previamente removida e armazenada. Esta camada constitui-se em fator

preponderante para o pleno desenvolvimento da cobertura vegetal que será introduzida nas

áreas alteradas.

Recomenda-se que este solo seja espalhado numa camada de espessura média em torno de 0,

20 m e nunca inferior a 0, 10 m.

14.5.5 Seleção das Espécies Vegetais

A escolha adequada de espécies é um aspecto fundamental para a implantação de programas

de restauração e deve ser considerada a adaptabilidade diferencial das espécies para cada

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condição ambiental. As características biológicas, químicas e físicas das plantas deverão ser

consideradas, correlacionadas à taxa de crescimento, sucessão ecológica, compatibilidade com

outras espécies, tipo de clima local, assim como forma final das espécies a serem introduzidas ou

replantadas nas áreas degradadas. A seleção das espécies deverá ser orientada para sua auto-

sustentação, levando-se em conta também a relação da espécie selecionada com a fauna

local. Devem ser observadas as seguintes características:

Agressividade;

Rusticidade;

Rápido desenvolvimento;

Fácil implantação com baixo custo;

Fácil propagação;

Pouca exigência quanto às condições de solo;

Fácil integração na paisagem;

Fator de produção de alimento para a fauna.

O uso de espécies nativas é fundamental visto que as espécies que evoluíram no local já têm

estabelecidas as interações com polinizadores, dispersores e predadores, garantindo assim a

reprodução e regeneração das populações implantadas. Devem ser utilizados os extratos

herbáceo, arbustivo e arbóreo. A vegetação herbácea protege essencialmente contra erosão

superficial, ravinamento, dissecação, alteração da superfície, agrega as camadas superficiais

numa espessura variável, em média de 0,5m a 0,25m, participa na formação do húmus e se

implanta rapidamente.

Já a vegetação arbustiva e arbórea, com raízes mais fortes e estruturadas, permite a coesão das

camadas de solo em profundidade e facilitam a percolação da água em profundidade,

alimentando o lençol freático. Com o desenvolvimento da vegetação arbórea o estrato

herbáceo tende a desaparecer em conseqüência de processos ecológicos e do sombreamento

formado. No Quadro 38 são apresentadas as espécies recomendadas para composição da

cobertura vegetal das áreas de mata ciliar do Rio Araguaia.

Quadro 38. Lista de espécies recomendadas para a recomposição das matas ciliares do Rio Araguaia.

Nome Científico Nome Vulgar Hymenaea stigocarpa Jatobá Enterolobium ellipticum Tamboril Anadenanthera macrocarpa Angico branco Inga spp Ingás Anadenanthera falcata Angiquinho Tabebuia avellanadae Ipê-rosa Anarcadium occidentale Caju Astronium fraxinifolium Gonçalo Alves Psidium guajava Goiaba Myracrodruon urundeuva Aroeira Anarcadium humile Cajuí

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Nome Científico Nome Vulgar Copaifera langsdorffii Copaíba Caryocar brasiliense Pequi Hancornia speciosa Mangaba Maurita vinifera Buriti Luehea divaricata Açoita-cavalo Bixa orellana Urucum Simarouba versicolor Mata cachorro Byrsonima sp Murici Bauhinia forificada Pata de vaca Curatella Lixeira Acrocomia sp Macaúba Physocalymma sp Cega machado Oenocarpus bacaba Bacaba

O plantio dessas espécies depende da disponibilidade de mudas e adaptabilidade das espécies,

podendo sofrer alterações em relação à escolha das espécies a serem utilizadas na recuperação.

14.5.6 Obtenção das Mudas

A obtenção de mudas em viveiros existentes na região da obra deverá ser priorizada. Dessa

forma, serão contactados hortos existentes na região para a produção de mudas já adaptadas

as condições encontradas no local. É essencial evitar alto custo de aquisição e transporte

mediante a diminuição de perdas por locomoção e adaptação.

14.5.7 Alinhamento de Locação das Covas

O plantio em nível é demarcado com o auxílio de uma nivelada básica, fazendo o primeiro risco

(sulco) com o trator. A partir daí, a marcação das covas podem ser feitas com o uso de uma vara,

ou bambu, com a dimensão escolhida para as entrelinhas, conduzida por dois homens, de tal

forma que uma ponta fique sobre o risco (sulco) já aberto e outra demarque onde o sulcador

deverá abrir novo risco (rua). Dentro dos riscos (sulcos) já demarcados e a partir do centro do

talhão, são locados os pontos onde serão plantados as mudas (essências florestais) com o auxílio

de um bambu, ou corrente de comprimento igual à distância entre as plantas. Ambos deverão ser

trabalhados dentro dos sulcos para evitar erros de inclinação.

Para os locais onde não existe a possibilidade de se fazerem os riscos (sulcos) com o trator, o

nivelamento será realizado com a utilização de estacas (varas), que serão dispostas ao longo

desse mesmo nivelamento. A partir daí, serão demarcadas as covas, onde serão plantadas as

essências florestais.

As essências florestais poderão ser plantadas, sem uso de aparelho topográfico, num alinhamento

paralelo às margens do curso d’água. Esse alinhamento paralelo será feito, também, com a

utilização de estacas (varas).

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14.5.8 Abertura de Covas

A prática de coveamento tem por objetivo abrir espaço para plantio das mudas (essenciais

florestais) e promover um bom desenvolvimento de sistema radicular. As covas deverão ter as

dimensões de 30 x 30 x 30 centímetros, previamente marcadas em níveis.

A abertura das covas é, geralmente, feita manualmente, podendo-se utilizar um broca acoplada

a um trator, o que resulta em maior rendimento. Entretanto, deve-se desfazer a superfície vertical

interna da cova, pois a mesma pode ficar vitrificada na operação de sua abertura, impedindo a

penetração das raízes, principalmente nos solos excessivamente arenosos ou naqueles

trabalhados enquanto úmidos.

14.5.9 Calagem e Adubação de Plantio

De acordo com os dados apresentados nos estudos ambientais, verificou-se que os solos da

região possuem acidez elevada, alta concentração de alumínio e baixa fertilidade. Essas

condições caracterizam-se como desfavorável ao desenvolvimento das espécies arbóreas a

serem introduzidas, sendo de fundamental importância a correção desta acidez, com o emprego

do calcário, neutralizando os íons tóxicos ao solo (H + Al) e da adubação química através da

aplicação de adubos químicos solúveis.

A metodologia empregada recomenda a aplicação de 500 g de calcário/cova. Já em relação

ao adubo químico recomenda-se 300 g/cova do fertilizante N-P-K 5:25:15. Contudo, esta

dosagem poderá sofrer alterações depois que as amostras de solos forem analisadas e

interpretadas.

O calcário e o adubo químico deverão ser incorporados à terra que for reservada

separadamente, durante a abertura das covas. Ao preencher a cova, invertem-se as camadas,

colocando-se primeiro a terra da superfície e depois a terra originária do fundo. Deve-se aguardar

de 30 a 40 dias para o plantio das essências florestais.

14.5.10 Plantio

O plantio das espécies florestais deve ser iniciado, preferencialmente, no período chuvoso do ano.

No caso da muda estar protegida por um envoltório de plástico, deve-se retirá-lo

cuidadosamente, por ocasião do plantio, de modo que o torrão não se desfaça. Com tesoura de

poda, eliminam-se as raízes laterais enoveladas, tortas ou malformadas, geralmente agarradas à

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parede externa do torrão. Após essa operação, a muda é colocada no centro da cova,

compactando a terra com os pés. O colo da muda deve ficas sempre no nível ou pouco abaixo

da superfície (2-3 cm) do solo, nunca acima.

Ao término, constrói-se uma coroa ao redor, bem reforçada, com capacidade para receber 20

litros de água, quando a quantidade de chuva for insuficiente ou não ocorrer, principalmente no

período inicial de crescimento das mudas. Essa coroa deve receber um material palhoso para

diminuir a evaporação no período de necessidade de irrigação.

Nas áreas de declive acentuado, será plantado gramíneas com alto poder de sustentação,

principalmente nas cabeceiras da ponte e nas rampas de acesso ao rio.

Por razões ecológicas e econômicas, o espaçamento utilizado para o plantio das espécies será

de 2,5 x 2,5 metros (6,25m2/planta), o que determina uma população 1.600 plantas por hectare. A

relação entre o numero de espécies pioneiras e não pioneiras deve obedecer a uma proporção

de 1:1.

14.5.10.1 Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais

Abrange, basicamente, a capina (coroamento) das áreas plantadas, o combate sistemático a

pragas e doenças (formiga, fungos e outros), a adubação em cobertura ao final do primeiro ano

do plantio e o replantio de falhas observadas durante o desenvolvimento da vegetação

introduzida.

Caso ocorra a morte das mudas plantadas devido a fatores diversos, tenha sido realizada a

inspeção e tenham se passado quarenta dias a partir do plantio, a planta deverá ser replantada,

exigindo, porém, uma maior atenção nas recomendações de adubação e manejo.

Pode ser necessário implantar anualmente, no mês de agosto, conhecido como início do

“período de queimadas”, aceiros no entorno da área, evitando que incêndios ocasionais possam

colocar a perder a vegetação implantada.

Deverá ser realizado o monitoramento da área em recuperação ambiental. Este monitoramento

acompanhará freqüência das atividades de supervisão ambiental da obra, e tem como principal

objetivo o de verificar o desenvolvimento das mudas plantadas e manter as condições

necessárias ao cumprimento dos objetivos preestabelecidos no plano de recuperação

apresentado.

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14.5.10.2 Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental

É recomendável que, depois de concluídos os serviços de recuperação ambiental conforme

recomendações anteriormente explicitadas, e atendidas eventuais exigências apresentadas pelos

órgãos ambientais competentes, garantindo a comprovação da total recuperação ambiental

dessas áreas, deva ser negociada com os órgãos licenciadores ambientais a formalização do

encerramento do processo de licenciamento das mesmas.

14.5.11 Etapas de Execução

O PRMC será realizado concomitante ao processo construtivo. Este procedimento é importante

para que as áreas expostas às intempéries não tenham seu grau de degradação ampliado,

obedecendo as etapas de execução apresentadas abaixo:

Elaboração do projeto;

Adequação Física do Terreno

Análise do Solo

Preparação do Solo

Recomposição da Camada de Solo Orgânico

Seleção das Espécies Vegetais

Obtenção das Mudas

Alinhamento de Locação das Covas

Abertura de Covas

Calagem e Adubação de Plantio

Plantio

Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais

Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental

Cada atividade de recuperação deverá possuir um projeto específico. Este confeccionado pelo

coordenador do Programa e auxiliado por funcionários da empresa executora.

14.6 Recursos Necessários O custo final deste programa foi estimado em R$145.599,35 envolvendo a formação da equipe

para a realização dos trabalhos, contratação de consultoria especializada a elaboração dos

projetos de recuperação, bem como as despesas relacionadas a serviços gráficos, material de

divulgação, material de consumo, veículos e diárias, conforme apresentado no Quadro 39 abaixo.

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190 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Quadro 39. Recursos necessários para e execução do Programa de Recuperação das Matas Ciliares (PRMC)

Preço Item Descrição Nível Un. Qtde

Unitário* Total Recursos Humanos

13.1 Coordenador Geral P1 horas 552 79,02 43.619,04 13.2 Engenheiro Florestal ou Agrônomo P2 horas 552 68,24 37.668,48 13.3 Auxiliar de Campo T5 horas 832 10,87 9.043,84 13.4 Motorista A2 horas 416 7,69 3.199,04

Sub-Total 93.530,40 Outros Recursos

13.5 Diárias Coordenador Geral P diária 69 96,00 6.624,00 13.6 Diárias Engenheiro Flroestal ou Agrônomo P diária 69 96,00 6.624,00 13.7 Diárias Auxiliar de Campo T diária 104 75,00 7.800,00 13.8 Diárias Motorista T diária 52 75,00 3.900,00 13.9 Veículo (4x4) diária 52 371,55 19.320,60 13.10 Veículo (sedan) diária 17 113,55 1.930,35 13.11 Combustível (gasolina) Litros 170 3,00 510,00 13.12 Combustível (diesel) Litros 480 2,00 960,00 13.13 Material de Consumo unidade 4 650,00 2.600,00 13.14 Serviços Gráficos unidade 600 3,00 1.800,00

Sub-Total 52.068,95 * Base de referência: Dezembro de 2008. Total 145.599,35

14.7 Cronograma de Execução

O Programa de Recuperação das Matas Ciliares (PRMC) deverá ser executado em quatro

campanhas distribuídas no segundo ano da obra, em conformidade com o cronograma de

execução apresentado no Quadro 40.

Quadro 40. Cronograma de execução do Programa de Recuperação das Matas Ciliares (PRMC).

ANO III Ações 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Elaboração do Projeto

Adequação Física do Terreno

Análise do Solo

Preparação do Solo

Recomposição da Camada de Solo Orgânico

Seleção das Espécies Vegetais

Obtenção das Mudas

Alinhamento de Locação das Covas

Abertura de Covas

Calagem e Adubação de Plantio

Plantio

Manutenção dos Plantios – Tratos Culturais

Conclusão dos Serviços de Recuperação Ambiental

14.8 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação do PRMC será de responsabilidade da empresa contratada para a execução da

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PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153 191

obra. O Acompanhamento será realizado pela equipe técnica do programa e pela Supervisão

Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe da

Coordenação de Gestão Ambiental.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de

cada atividade, elaborados pelo coordenador do programa. Ao final deste programa será

elaborado um Relatório Final a ser encaminhado a Gestão Ambiental.

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15. Programa de Pesquisa, Prospecção e Resgate do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural

15.1 Justificativa

Este programa atende a legislação brasileira no que se refere à proteção ao patrimônio

arqueológico, histórico e cultural, considerando:

Decreto-Lei n. 25, de 30/11/1937, que organiza a proteção do patrimônio histórico e

artístico nacional;

A Lei n. 3.924, de 26/07/1961, que proíbe a destruição ou mutilação, para qualquer fim,

da totalidade ou parte das jazidas arqueológicas, o que é considerado crime contra o

patrimônio nacional

A Constituição Federal de 1988 (artigo 216), que define o patrimônio cultural brasileiro, de

natureza material e imaterial, garantindo sua guarda e proteção.

Por outro lado, este programa considera também as diretrizes normativas e operacionais

fornecidas pelos seguintes instrumentos:

Resolução CONAMA 01/86, especificamente artigo 6, inciso I, alínea C, onde são

destacados os sítios e monumentos arqueológicos como elementos a serem considerados

nas diferentes fases de planejamento e implantação do Empreendimento (LP, LI, LO).

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Resolução CONAMA 07/97, que vem detalhar as atividades e produtos esperados para

cada uma das fases acima citadas.

Manual de Estudos de Efeitos Ambientais dos Sistemas Elétricos (ELETROBRÁS/

ELETRONORTE, março/1986), que detalha as especificidades operacionais dos programas

ambientais.

Portaria IPHAN/MinC 07, de 01.12.1988, que normatiza e regulamenta as ações de

intervenção junto ao patrimônio arqueológico nacional, bem como define o

acompanhamento e aprovação dos trabalhos.

Portaria IPHAN/MinC 230, de 17.12.2002, que define o escopo das pesquisas a serem

realizadas durante as diferentes fases de licenciamento de obra.

Portaria IPHAN/Minc 127, de 05.05.09, que estabelece a chancela da Paisagem Cultural

Brasileira

Os estudos diagnósticos desenvolvidos para a área da Ponte sobre o rio Araguaia durante o ano

de 2008, (Robrahn-González 2008) não revelaram a presença de vestígios arqueológicos no

terreno definido para as obras, compreendendo a ponte propriamente dita e as estradas de

acesso. Todavia, revelaram a presença de sítios nas proximidades, a saber:

Sítio cerâmico São Geraldo do Araguaia, a 175 metros de distância da cabeceira da

ponte, na margem esquerda do Araguaia, município de São Geraldo do Araguaia;

Sítio Xambioá 2, compreendendo um sítio a céu aberto com material cerâmico, lítico

polido e lascado, a 1.800 m de distância;

Sítio histórico correspondendo a um Acampamento do Exército Brasileiro durante a

Guerrilha do Araguaia, a cerca de 500 m da cabeceira da futura ponte.

A ocorrência destes vestígios já era esperada, considerando o contexto arqueológico e histórico

existente na região do rio Araguaia. Portanto, a situação arqueológica reconhecida está de

acordo com o padrão de ocupação existente na região do empreendimento, compreendendo

assentamentos humanos que podem recuar a mais de 15.000 anos atrás até os dias atuais,

incluindo movimentos históricos nacionalmente significativos, como a Guerrilha do Araguaia (vide,

entre outros, Araújo Costa 1983, Robrahn-González & De Blasis 2003, Souza 2003, De Blasis &

Robrahn-González 2003, Ferreira 1960, 1977, Farias 1990, Doles 1972, Bruno, 1967, Karasch 1998,

Garcia 1999, Palacín 1990).

Considerando que as prospecções de campo realizadas obedeceram a uma metodologia

extensiva amostral, aderente ao que especifica a Resolução CONAMA 01/86 e a Portaria IPHAN

230/02, indicou-se então a necessidade de serem desenvolvidos detalhamentos de pesquisa

durante a Fase de Prospecção (Fase de Licença de Instalação – LI), conforme também previsto

pela Portaria IPHAN acima citada.

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Os sítios arqueológicos identificados na Área de Influência Direta do empreendimento (sítio São

Geraldo, a 175 m de distância) e na Área de Influência Indireta (sítios Xambioá 2 e Acampamento

do Exército) apontam para um potencial patrimonial positivo. Por outro lado, há que se considerar

a possibilidade do sítio São Geraldo se estender para a área da ponte e/ou acesso projetados,

considerando a grande extensão que estes sítios cerâmicos podem atingir, com centenas de

metros, de acordo com o padrão arqueológico regional conhecido para estes tipos de sítio.

Finalmente, deve-se considerar os outros 12 sítios arqueológicos cadastrados para o município de

Xambioá, indicados pelo Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos do IPHAN, reiterando o

potencial arqueológico positivo para a região. Compreendem sítios de natureza diversificada

(sítios cerâmicos a céu aberto, sítios em abrigo com material lítico lascado, sítios de arte rupestre),

ampliando a variabilidade de vestígios presentes na área que, muito seguramente, remete a

contextos distintos e também diversificados de ocupações indígenas que ali se desenvolveram, ao

longo do tempo. Vale salientar que, também aquii, certamente estes 12 sítios de Xambioá não

correspondem ao total de patrimônio arqueológico efetivamente presente na região mas, sim,

reflete as pesquisas até o momento ali realizadas.

Considerando as características topográficas e locacionais dos terrenos previstos para instalação

da ponte (margens e terraços adjacentes ao rio Araguaia), é possível que ali ocorram todos os

tipos de sítios arqueológicos acima citados, com exceção dos sítios em abrigo com arte rupestre,

característicos de paredões rochosos que integram ambientes serranos.

No que se refere ao contexto indígena pré-colonial, análises quantitativas realizadas para o vale

do rio Tocantins (do qual o Araguaia é tributário), indicam uma larga predominância de sítios

líticos (compreendem 49% do total de sítios identificados) e de sítios cerâmicos (39%) sobre todos

os demais (De Blasis & Robrahn-González 2003). Assim, a julgar a grande possibilidade deste

padrão se estender para a área da futura ponte, considerando os amplos padrões arqueológicos

regionais definidos para toda a região do Planalto Central Brasileiro, indica-se maior potencial da

área da Ponte do rio Araguaia conter seus vestígios, que compreendem, em síntese:

Sítios líticos, atribuídos a grupos de caçadores e coletores: a maior parte destes sítios é

superficial ou rasa, salvo exceções de sítios localizados em antigas dunas, datados em

12.000 anos de idade. Podem ser sítios discretos (pequenas áreas de ocorrência de

material, e reduzido número de peças), ou ainda, alcançar mais de 1 km de extensão nos

terraços anexos às margens dos grandes rios (como o Tocantins ou Araguaia). Os sítios

geralmente não ocorrem isolados, mas, sim, em adensamentos, onde um sítio de maiores

proporções e variedade de material lascado (que parece desempenhar um papel

central no sistema de assentamento destes grupos indígenas), se encontra no epicentro

de vários outros sítios menores. Sítios nas proximidades ou sobre afloramentos de matéria

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prima (cascalheiras) são também abundantes, por vezes situados em áreas de praias.

Finalmente, variações na indústria lítica, na cronologia dos assentamentos e no padrão

de implantação na paisagem indicaram ao menos dois grandes horizontes de grupos

caçadores-coletores para o médio vale do Tocantins, e que podem se estender para o

Araguaia: um horizonte mais antigo, de 12.000 a 9.000 anos atrás; e um horizonte

intermediário, de 6.000 a 5.000 anos atrás.

Sítios cerâmicos, resultantes da ocupação de grupos cultivadores que se desenvolveram

na área um pouco antes de 2.000 anos atrás. Os sítios podem ter, também, diferentes

dimensões: pequenas áreas com baixa quantidade de fragmentos cerâmicos, ou

grandes e extensas aldeias contendo milhares de peças. As indústrias cerâmicas

presentes nos sítios exibem padrões tecnológicos e estilísticos que possibilitaram classificá-

los como integrantes das grandes tradições cerâmicas do Planalto Central Brasileiro,

designadas Una, Aratu, Uru e Tupiguarani. Isto indica a presença de grupos ceramistas

distintos na área. Em muitos sítios as indústrias aparecem mescladas, em diferentes

combinações, sugerindo fenômenos de reocupação das áreas e/ou processos de

interação cultural.

No que se refere aos demais tipos de sítio, embora com menor potencial em ocorrer nos terrenos

planejados para a construção da Ponte sobre o rio Araguaia, caracterizam-se, em síntese:

Sítios lito-cerâmicos: compreendem sítios multicomponenciais, ou seja, sítios que

apresentam vestígios de duas ocupações distintas, por exemplo, uma camada referente

a ocupação de grupos caçadores-coletores (sítio lítico) e uma camada referente a

ocupação de grupos cultivadores (sítio cerâmico). Constituem sítios importantes, uma vez

que fornecem dados de sequencia cronológica dos assentamentos.

Sítios a céu aberto com arte rupestre, definidos pela presença de grafismos (gravuras em

baixo relevo) inscritos sobre afloramentos rochosos ou matacões isolados em corredeiras.

Sítios históricos, que se referem à remanescentes de assentamentos de época colonial ou

mais recente, marcados pela presença de vestígios de origem não indígena (européia ou

brasileira). Destaca-se a importante presença, já reconhecida durante os trabalhos de

campo da fase Diagnóstica, de sítios históricos ligados à Guerrilha do Araguaia, e que

constituem, além de patrimônio histórico, importante referência da formação política e

social do país.

Dentro deste contexto, a obra de implantação da Ponte sobre o rio Araguaia poderá provocar os

seguintes impactos, caso não sejam realizadas as ações mitigadoras necessárias e indicadas pelo

presente PBA: perda de patrimônio arqueológico/ histórico; comprometimento de estudos

regionais de ocupação humana e alteração de manifestações culturais tradicionais (cultura

imaterial).

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De acordo com o que estabelece a Portaria IPHAN/MinC no. 230, de 17/12/02, a ação mitigadora

cabível para empreendimentos desta natureza é o desenvolvimento de um Programa de

Pesquisa, Prospecção e Resgate do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural, dando conta do

patrimônio envolvido.

A realização deste Programa se baseia, portanto, por um lado, na justificativa científica acima

indicada, uma vez que a área já apresenta um patrimônio positivo em sua AID (Área de Influência

Direta) e AII (Área de Influência Indireta), além do alto potencial em conter vestígios também na

ADA (Área Diretamente Afetada); por outro lado, baseia-se em uma justificativa legal (leis,

resoluções e portarias), também exposta neste capítulo.

15.2 Objetivos

Realizar os levantamentos e estudos previstos na Etapa de Prospecção e Resgate do

patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural existente na área de influência da Ponte

sobre o rio Araguaia;

Atender à legislação brasileira no que se refere à proteção e intervenção junto a este

patrimônio;

Produzir conhecimento científico sobre a Arqueologia e História da área, contribuindo para

a ampliação do conhecimento da cultura nacional;

Desenvolver atividades que busquem o envolvimento das comunidades locais em todas as

etapas do Programa, aliando o reconhecimento e a perspectiva científica do programa

com aquela apresentada pelos grupos sociais envolvidos sobre seu patrimônio cultural.

15.3 Metas

Identificação e caracterização das diversas culturas que ocuparam a região buscando, em

especial, suas dimensões espaciais e cronológicas, assim como sua inserção em contextos

arqueológicos, históricos e culturais de caráter macro-regional. Para tal finalidade, a abordagem

envolve a identificação e inserção geográfica, ambiental e temporal dos sítios

arqueológicos/históricos e bens culturais da região, testemunhos das sociedades humanas que

habitaram e habitam a região.

15.4 Público-Alvo

A comunidade dos municípios envolvidos (Xambioá e São Geraldo do Araguaia), incluindo

organizações não governamentais voltadas ao patrimônio histórico e cultural, considerando que o

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objetivo maior do presente Programa é recuperar os diferentes cenários de ocupação humana

que se desenvolveram na área, ao longo do tempo, permitindo a incorporação e apropriação de

seus resultados na memória coletiva, visando contribuir para o fortalecimento de sua identidade.

Os órgãos licenciadores envolvidos, de forma a desenvolver as ações previstas e atender a

legislação vigente. Em especial o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional),

responsável pela emissão de Portaria de Pesquisa, acompanhamento e regulamentação sobre o

patrimônio cultural brasileiro.

O grupo empreendedor e executor da obra, visando garantir o desenvolvimento adequado de

programas preventivos e/ou mitigadores que permitam o cumprimento das etapas de pesquisa

exigida nas diferentes fases do processo de licenciamento.

A comunidade científica, uma vez que o desenvolvimento dos trabalhos deverá trazer dados

novos para os campos da Arqueologia, História e Etno-História.

15.5 Metodologia e Descrição do Programa

A diretriz básica da pesquisa é considerar a Arqueologia como uma Ciência Social, voltada para

o estudo de sociedades humanas. No caso do presente Programa, será abordado o conjunto de

ocupações de grupos indígenas e não indígenas que se desenvolveram na área planejada pra

implantação da Ponte sobre o rio Araguaia, desde tempos pré-coloniais até os dias atuais. Neste

sentido, a pesquisa deve-se dar através dos seguintes procedimentos e metodologias:

1. Detalhamento das prospecções arqueológicas na ADA, AID e AII;

2. Pesquisa, registro e valoração histórico/cultural das comunidades envolvidas;

3. Avaliações patrimoniais e elaboração de Programa de Resgate;

4. Realização de ações de Educação Patrimonial

5. Elaboração e entrega de relatórios finais.

A conceituação básica destas abordagens e metodologia de trabalho é fornecida nos intes

seguintesr.

15.5.1 Patrimônio Arqueológico

O Programa deverá prever ações de mapeamento, cadastro, avaliação e estudo dos sítios

arqueológicos (incluindo sítios pré-históricos e históricos) presentes nas áreas de influência da obra,

compreendo as seguintes ações:

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Realização de levantamentos intensivos sistemáticos (varredura) da ADA para

mapeamento total dos possíveis vestígios ali existentes, através da implantação de uma

malha de caminhamentos com abertura de poços-teste de 25 X 25 metros.

Detalhamentos de prospecção na área de AID, abrangendo terrenos em raio de 1.000

metros ao redor da ponte e acesso. Especial atenção deverá ser dada ao sítio

arqueológico Sítio cerâmico São Geraldo do Araguaia, a 175 metros de distância da

cabeceira da ponte, na margem esquerda do Araguaia, município de São Geraldo do

Araguaia; e ao sítio histórico correspondendo a um Acampamento do Exército Brasileiro

durante a Guerrilha do Araguaia, a cerca de 500 m da cabeceira da futura ponte. Ao

menos no que se refere ao sítio cerâmico São Geraldo do Araguaia, é alto o potencial de

que se estenda para a área de obras da ponte, considerando o padrão de grandes

aldeias cerâmicas típico da região central brasileira.

Deverão ser também realizadas prospecções extensivas para a AIII, visando identificar sítios

arqueológicos e históricos que forneçam contextos de referência para os vestígios

presentes na ADA e AID, permitindo análises científicas regionais e ampliando as

possibilidades interpretativas do Programa. Neste caso, a atuação deverá ser de cadastro

de sítios e obtenção de dados relativos à morfologia e indústrias associadas, sem previsão

de extensas escavações, visando garantir a preservação do patrimônio arqueológico

nacional.

Nos sítios arqueológicos cadastrados na ADA e AID (incluindo tanto os sítios identificados

durante os estudos de Diagnóstico, como aqueles que resultarem das prospecções aqui

descritas) deverão ser desenvolvidas pesquisas de resgate, sendo que a magnitude das

pesquisas deverá variar conforme as características dos sítios, seu potencial científico e

estado de conservação.

O Programa deverá contemplar, ainda, a realização de tratamentos e análises integrais

em laboratório/ gabinete, incluindo curadoria e análise científica das coleções de

materiais coletados, sistematização e tratamento completo dos documentos e registros

obtidos durante as pesquisas, bem como seqüências de datações absolutas dos sítios

arqueológicos escavados.

15.5.2 Patrimônio Histórico e Cultural

A abrangência destes estudos deve contemplar fontes documentais (nacional, estadual e

municipal) e a pesquisa e registro de fontes orais e cultura imaterial junto à comunidade (ADA e

AID).

No que se refere à pesquisa em fontes documentais, os procedimentos e métodos deverão

contemplar:

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Levantamento sistemático de fontes documentais junto a bibliotecas, arquivos públicos e

privados e casas de memória, considerando os diferentes cenários históricos de

desenvolvimento da área (com bases cartográficas indicando cada cenário);

Levantamento de coleções públicas e particulares que contenham acervo histórico

(objetos históricos, iconografia);

Levantamento etno-histórico sobre a região.

No que se refere à pesquisa e registro de fontes orais e cultura imaterial, os procedimentos e

metodologia deverão contemplar:

Levantamento de história oral junto à comunidade local, na forma de entrevistas formais.

Esse levantamento buscará mapear e identificar elementos relativos à percepção de

patrimônio histórico e cultural apresentado pelas comunidades, a partir de seus valores

identitários, voltado a uma reflexão mais abrangente da trajetória de formação e

transformação histórica da comunidade;

Inventário das referências culturais das comunidades, dos bens imóveis urbanos e rurais,

públicos e privados, referentes à cultura material de relevância histórica ou cultural;

Identificação e caracterização dos eventos culturais tradicionais, englobando as diversas

manifestações de cultura popular que a comunidade local apresenta (artesanato, saberes

locais, medicina popular, culinária, festas, procissões, novenas, folias, entre outros). Seus

resultados virão compor um acervo de referência para a preservação de uma memória

regional e, em especial, reforçar os elementos identitários construídos e resguardados pela

comunidade, procurando elementos que remetam à valorização de suas origens.

Considerando a presença já reconhecida, na AID da obra, de locais contendo vestígios

associados à Guerrilha do Araguaia, deverá haver ação específica voltada ao registro da

memória e participação ativa cda comunidade no resgate deste passado, considerando,

inclusive, as sensibilidades sociais envolvidas.

15.5.3 Educação Patrimonial

Como resultado e conseqüência das pesquisas realizadas por este Programa, deverão ser

desenvolvidas ações de Educação Patrimonial junto à comunidade local e regional envolvida,

visando:

Apresentar à comunidade os resultados alcançados pela pesquisa, objetivando sua

incorporação à identidade cultural regional promovendo, em última instância, sua

valorização e preservação;

Produzir material científico relativo à Arqueologia da região (Ciência Aplicada), a ser

divulgado junto à comunidade local e comunidade científica nacional/ internacional;

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200 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Fornecer subsídios aos órgãos públicos que contribuam para o gerenciamento do

patrimônio cultural dos municípios envolvidos.

Para tanto estará sendo desenvolvido um amplo leque de ações, abaixo sintetizadas:

Publicação final dos trabalhos, na forma de produtos voltados para os diferentes públicos

envolvidos (cartilha patrimonial para a comunidade local, publicação científica para a

comunidade científica).

Divulgação eletrônica com disponibilização dos dados e acolhimento de indicações e

participações da comunidade. Sugere-se a implantação e manutenção de um Site do

projeto.

Elaboração e montagem de exposição itinerante que contemple as escolas dos

municípios abrangidos e outros locais de interesse.

Realização de palestra sobre o resultado dos trabalhos, a ser organizada junto às

Prefeituras e Secretarias de Cultura de cada município.

15.6 Etapas de Execução

15.6.1 Organização do Programa

Envolve o detalhamento das ações, formação de equipe, refinamento da metodologia de

trabalhos de campo.

15.6.2 Legalização da Pesquisa

Envolve elaboração de projeto científico, reunião de documentos necessários e abertura de

processo junto ao IPHAN visando obtenção de Portaria.

15.6.3 Análises Documentais e Definições Estratégicas

Envolve o total de atividades previstas de pesquisa bibliográfica, cartográfica e iconográfica para

a elaboração de Quadro Regional de Ocupações Humanas e Zoneamento Arqueológico

preliminar da ADA, AID e AII.

15.6.4 Trabalhos de Campo

Envolve o total de atividades de pesquisa arqueológica, histórica e cultural prevista na área do

empreendimento (ADA e AII). Prevê-se um total de 15 dias de campo, com diferentes equipes

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trabalhando de forma simultânea.

15.6.5 Laboratório

Os trabalhos de laboratório envolvem o total de atividades de tratamento, organização,

sistematização, análise científica do conjunto de dados obtido em campo e avaliações

estratégicas. Envolve desde o acervo arqueológico em si, coletado durante as pesquisas, até a

documentação gráfica produzida (mapas, plantas, croquis, fichas, diários de campo, etc.),

entrevistas com a comunidade, filmagens, e outros.

15.6.6 Educação Patrimonial

Envolve a produção de materiais previstos (cartilha, artigo científico, exposição itinerante) e sua

aplicação junto à comunidade.

15.6.7 Elaboração de Relatórios

Envolve a elaboração e entrega de relatórios finais ao IPHAN e demais órgãos licenciadores

envolvidos.

15.6.8 Aprovação do Programa

Envolve a obtenção do parecer IPHAN referente aos trabalhos (aprovação).

15.7 Recursos Necessários

Os recursos humanos e materiais necessários para o bom desenvolvimento deste programa foram

estimados em R$161.445,22 conforme apresentado no Quadro 41 abaixo. Foi estabelecido um

orçamento prévio que atenda aos instrumentos normativos existentes em processos de

licenciamento ambiental. Para tanto, deverá ser contratada equipe de profissionais

especializados, cujas atividades serão previamente avaliadas e licenciadas pelo IPHAN/MinC

através da publicação de Portaria de Pesquisa no D.O.U.

Este Programa deverá contar com apoio de uma Instituição de Pesquisa que garanta a guarda

do material arqueológico coletado, bem como forneça o suporte científico necessário ao

atendimento do patrimônio envolvido.

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202 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Quadro 41. Recursos necessários para e execução do Programa de Pesquisa, Prospecção e Resgate do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural

Preço Item Descrição Nível Unidade Qtde

Unitário* Total 1.0 Recursos Humanos 1.1 Consultor - Arqueólogo P0 Horas 456 101,00 46056,00 1.2 Coordenador - Arqueólogo P1 Horas 456 79,02 36033,12 1.3 Técnico em Arqueologia T1 Horas 240 20,55 4932,00 1.4 Auxiliar de Campo A3 Horas 480 5,65 2712,00 1.5 Motorista A2 Horas 240 7,69 1845,60

Sub-Total 91.578,72 2.0 Outros Recursos 2.1 Diárias - Consultor P Diária 15 96,00 1.440,00 2.2 Diárias - Arqueólogos P Diária 15 96,00 1.440,00 2.3 Diárias - Técnicos em Arqueologia T Diária 30 75,00 2.250,00 2.4 Diárias - Auxiliares de Campo T Diária 60 75,00 4.500,00 2.5 Diárias - Motorista T Diária 30 75,00 2.250,00 2.6 Veículo (4x4) Diária 30 371,55 11.146,50 2.7 Combustível (diesel) Litros 720 2,00 1.440,00 2.8 Equipamentos e Passagem Aéreas Unidade 4 8.500,00 34.000,00 2.9 Materiais de Consumo Unidade 6 650,00 3.900,00

2.10 Serviços Gráficos Unidade 2.500 3,00 7.500,00 Sub-Total 69.866,50 * Base de Referência: Dezembro de 2008. Total 161.445,22

Este Programa deverá ser desenvolvido antes do início de implantação das obras, de forma a

evitar toda e qualquer interferência sobre possíveis sítios arqueológicos e bens histórico/culturais

existentes na área. A duração total prevista para o Programa é de seis meses, considerando a

pouca extensão da área prevista de obras, conforme apresentado no Quadro 42.

Quadro 42. Cronograma de execução do Programa de Pesquisa, Prospecção e Resgate do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural

ANO I Ações -1 -2 -3 -4 -5 -6 1 2 3 4 5 6 Organização ações Legalização da pesquisa Estudos documentais e definições estratégicas Trabalhos de campo Estudos laboratóriais Educação patrimononial Elaboração relatórios Aprovação da pesquisa

15.8 Implantação Acompanhamento e Avaliação

Ao longo da implantação do Programa de Prospecção do Patrimônio Arqueológico, Histórico e

Cultural da Ponte sobre o Rio Araguaia (Xambioá/TO a São Geraldo do Araguaia/PA) deverá ser

feito o acompanhamento a partir dos seguintes marcos evolutivos, conforme demonstra o Quadro

43 abaixo:

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Quadro 43. Marcos evolutivo de acompanhamento do programa.

Etapas de desenvolvimento Marcos de acompanhamento: resultados previstos e produtos Detalhamento do programa, organização das ações, definição da equipe de trabalho

Elaboração de Projeto Científico. Protocolo junto ao IPHAN/MinC visando obtenção de Portaria de Pesquisa.

Legalização do Programa Publicação no D.O.U. da Portaria de Pesquisa pelo IPHAN/MinC

Estudos documentais Apresentação de Quadro Regional de Ocupações Humanas (arqueológico, histórico, cultural) e Zoneamento Patrimonial preliminar da ADA e AII

Etapa de campo, atendimento à comunidade

Mensuração dos procedimentos de campo através da asplicação de método de varredura da área; mensuração de participação da comunidade; avaliação de resultados

Ações de laboratório Tratamento do acervo documental e material obtido durante os trabalhos de campo

Ações de educação patrimonial Elaboração e implantação dos produtos de divulgação previstos

Conclusão do Sub-Programa Elaboração e entrega de Relatório Final, protocolo junto ao IPHAN/MinC.

Aprovação do Sub-Programa Obtenção de parecer de avaliação do IPHAN/MinC.

Considerando as etapas de pesquisa anteriormente definidas e descritas, o acompanhamento

dos trabalhos deverá ocorrer na forma de relatórios parciais de andamento. Estes relatórios

deverão trazer as ações realizadas e concluídas, análise de andamento do cronograma e

previsão de ações para o próximo período, permitindo um acompanhamento e avaliação

continuada das etapas de implantação do programa.

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204 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

16. Programa de Monitoramento da Fauna Aquática (PMFA)

16.1 Justificativa

De modo geral, a ictiofauna das bacias do Araguaia e Tocantins não foi contemplada por

estudos específicos mais completos. No entanto, aplicam-se informações referentes às espécies

que se encontram distribuídas pela bacia amazônica. A grande maioria dos estudos existentes

refere-se aos estudos efetuados como estudos de impacto ambiental relativos à implantação de

novos empreendimentos hídricos.

O Programa de Monitoramento da Fauna Aquática pretende detectar e avaliar mudanças na

comunidade de peixes que poderão ocorrer a partir da construção da ponte. Este programa de

monitoramento permitirá ainda detectar quais as espécies que passarão a ser dominantes e quais

terão seu número reduzido, em função do estabelecimento do empreendimento.

Assim, a obtenção de uma série temporal e espacial de dados ictiofaunísticos, abrangendo os

períodos de construção da ponte sobre o Rio Araguaia é imprescindível para diagnosticar e

quantificar os impactos positivos e negativos ocorridos sobre esta comunidade.

16.2 Objetivos

Conhecer e identificar a população de peixes na área de influência do empreendimento;

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Identificar as condições de procriação dos peixes, com relação aos habitats observados

no ambiente em estudo;

Verificar a distribuição de ovos e larvas ao longo do trecho em estudo;

Estabelecer medidas de preservação da comunidade ictíica.

16.3 Metas

Realização de 12 (doze) campanhas de monitoramento da Ictiofauna para obter informação

para preservação da Ictiofauna local.

16.4 Público-Alvo

O Rio Araguaia e seus Tributários, bem os órgãos ambientais.

16.5 Metodologia e Descrição do Programa

Para a coleta de dados serão realizadas campanhas trimestrais, abrangendo os períodos de seca

e chuva, durante o período de execução das obras, que está estimado em 3 (três) anos.

As coletas serão realizadas nos mesmos locais amostrados nos estudos ambientais de viabilidade,

perfazendo um total de quatro pontos, a seguir indicados:

Ponto 01: Rio Xambioá (Montante – Margem Esquerda) – 22M 769080/9291040;

Ponto 02: Rio Xambioazinho (Montante – Margem Direita) - 22M 769215/9289200;

Ponto 03: Rio Araguaia (Jusante - Margem Direita) - 22M 773521/9292095;

Ponto 04: Rio Araguaia (Jusante – Margem Esquerda) - 22M 772138/9292839.

A Figuraa 24 ilustra os locias propostos para o monitoramento da fauna aquática.

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206 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

Figura 24. Localização dos pontos de monitoramento da fauna aquática.

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16.5.1 Freqüência de Amostragem e Duração do Programa

O programa de Monitoramento da Fauna Aquática foi elaborado considerando-se a sua

execução perfazendo um total de 36 meses durante a realização das obras (estimadas em

3 anos), para avaliação da situação ambiental durante a fase de Implantação da Infra-

estrutura do empreendimento. Serão realizadas coletas trimestrais.

16.5.2 Métodos de Captura

O monitoramento deve verificar possíveis impactos desencadeado pelo empreendimento e ainda

estudar a influência dos diversos obstáculos naturais.

As primeiras campanhas deverão ser utilizadas para delimitação definitiva dos pontos propostos

neste trabalho.

As coletas deverão ser padronizadas, empregando-se redes de espera, tarrafas, espinhéis e redes

de arrasto.

As amostragens deverão ser feitas mediante a instalação de uma bateria de redes, que deverá

permanecer no local por 24 horas. As revistas serão efetuadas no mínimo duas vezes, ao

amanhecer e ao entardecer, de forma a permitir a distinção dos peixes capturados no período

diurno daqueles do período noturno. Caso não seja possível amostrar os afluentes de menor porte

com redes (devido à baixa profundidade), os métodos de captura, nestes locais, deverão ser

avaliados no momento da coleta, podendo ser utilizados tarrafas e redes de arrasto, etc.

Independentemente da instalação de redes, alguns locais serão amostrados com tarrafas e redes

de arrasto. No caso das tarrafas, o número de lances e o número de peixes deverão ser

devidamente anotados, a fim de padronizar a coleta e comparar os resultados com os demais a

serem obtidos em outros locais, pelo mesmo método. O uso da rede de arrasto também deverá se

padronizado, anotando-se a área amostrada. Os espinheis deverão ser operados nos mesmos

pontos de coleta das redes de espera, devendo também ser revistados ao amanhecer e ao

entardecer.

Nos tributários de pequeno porte (córregos e riachos), a serem selecionados em campo, deverão

ser efetuadas coletas intensas utilizando-se equipamento de eletro-choque. A principio estas

coletas deverão ser efetuadas somente na estiagem, quando os locais apresentam baixas

profundidades e pequenas dimensões. O objetivo destas coletas é, dentre outros, o de capturar

espécies de pequeno porte e identificá-las, para saber se são restritas a esses ambientes ou se são

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208 PLANO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) | Ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da Ligação entre Xambioá/TO e São Geraldo/PA na Diretriz da Rodovia Federal BR-153

exemplares jovens de espécies de maior porte que utilizam esses ambientes como habitat para

crescimento. Dessa forma, recomenda-se que sejam intensificadas as amostragens em diferentes

segmentos do riacho, sendo o comprimento do trecho devidamente anotado para permitir

comparações com outro ambiente a ser amostrado com metodologia similar.

Ainda com relação à metodologia, tem-se que os exemplares coletados deverão ser

acondicionados em sacos plásticos e identificados quanto ao local, turno e tipo de aparelho

utilizado, sendo, no caso das redes de espera, ainda anotado a malha da rede antes de serem

transportados para a base de apoio. Após chegada no laboratório, o espécime será identificado

e etiquetado e serão registradas as seguintes informações:

Data;

Ponto de amostragem;

Número do exemplar;

Aparelho de pesca no qual foi capturado;

Nome científico e popular;

Comprimento padrão e total (em cm);

Peso (em g), peso gônadas e do estômago (em 0,01 g);

Sexo e estádio de maturação gonadal; e

Grau de repleção do estômago (0-3).

Para monitorar os impactos sobre a reprodução dos peixes, serão estudadas as áreas de desova

da população ictíica. O conhecimento das áreas de desova é fundamental para a adoção das

medidas preservação das espécies.

As amostras serão coletadas durante 30 minutos em ambientes lóticos e 10 minutos de arrasto em

ambientes lênticos, na subsuperfície da água, duas vezes por dia, às 7:00 e às 19:00h. As coletas

serão realizadas com rede de ictioplâncton, cônico-cilíndrica, malha 0,5 mm. As amostras serão

fixadas em formalina 4% neutra e levadas para o laboratório para triagem, utilizando-se

microscópio estereoscópio, sendo classificado em períodos embrionário, larval e juvenil.

Em todas as coletas serão registrados dados ambientais como: temperatura do ar e da água, pH,

transparência, condutividade, oxigênio dissolvido e velocidade da água, além de dados

meteorológicos (vento, chuvas e nebulosidade), de preferência em parceria com a equipe

responsável pelo Programa de Monitoramento da Qualidade da Água (PMQA).

16.5.3 Cálculo da Abundância Total e Relativa

A abundância total e relativa de cada espécie será calculada com os resultados das capturas

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com redes de espera, através da Captura por Unidade de Esforço (CPUE), em número e

biomassa. O cálculo das CPUE será efetuado, para cada coleta e ambiente amostrado, através

das equações:

8 CPUEn = ∑ (Nm / Epm)*100

m=1

8 CPUEb = ∑ (Bm / Epm)*100

m=1

Onde:

CPUEn = captura em número por unidade de esforço;

CPUEb = captura em biomassa (peso corporal) por unidade de esforço;

Nm = número total de peixes capturados por malha;

Bm = biomassa total capturada na malha m;

Epm = esforço de pesca, que representa a área em m2 das redes;

m = tamanho da malha.

16.5.4 Análise da Similaridade

Para se comparar a composição das comunidades de peixes entre os pontos de coleta, será

utilizada a análise de similaridade, através de uma matriz de dados baseada na presença e na

ausência das espécies. Por este procedimento compara-se somente a composição de espécies

entre as áreas (presença e ausência), pois é dado peso igual a todas, independentemente da

abundância de cada uma.

O Índice de Similaridade de Sorensen (MAGURRAM, 1988, In: AGOSTINHO, 1997) será calculado

segundo a fórmula a seguir:

IR = 2j / (a+b)

Onde:

IS = índice de similaridade;

j = número de espécies em comum;

a e b = número de espécies em dois pontos.

16.5.5 Análise da Diversidade

A diversidade ictiofaunística, estimada para cada estação, será baseada no Índice de Shannon

(H´) (PILEOU, 1975, In: AGOSTINHO, 1997), a partir da seguinte equação:

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H´= ∑ (ni / N)*log (ni / N)

Onde:

ni = número de indivíduos da i-nésima espécie;

N = número total de indivíduos.

A equitabilidade (E) de distribuição das capturas pelas espécies, estimada para cada estação,

será calculada segundo a equação (PILEOU, 1977, in. AGOSTINHO 1997):

E = H´/log S

Onde:

H´= índice de diversidade de Shannon;

S = número de espécies.

16.5.6 Cálculo da Riqueza das Espécies

A riqueza de espécies (d) será estimada pela seguinte equação (ODUM, 1985):

d = (S-1) / log N

Onde:

S = número de espécies;

N = número de indivíduos.

16.5.7 Cálculo da Reação Gonadossomática (RGS)

Para espécies que se mostrarem mais freqüentes ao longo do estudo, nos pontos fixos, deverá ser

feita a análise da contribuição relativa do peso das gônadas no peso total, ou seja, a relação

gonadossomática (RGS) de cada indivíduo, objetivando a quantificação de seu estádio de

maturação gonadal (VAZZOLER, 1996).

RGS = Wg / Wc *100

Onde:

Wg = peso da gônada;

Wc = peso corporal.

16.5.8 Análise do Conteúdo Estomacal

Para análise do conteúdo estomocal serão atribuídos valores, de acordo com o grau de repleção

do estômago, sendo:

0 = vazio;

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1 = parcialmente vazio;

2 = parcialmente cheio;

3 = cheio.

16.6 Etapas de Execução

O Programa de Monitoramento da Fauna Aquática (PMFA) será executado nas seguintes etapas:

planejamento das campanhas, coletas de campo, análise dos exemplares coletados e

elaboração de relatórios.

16.7 Recursos Necessários

O custo final do programa foi estimado em R$461.270,40, envolvendo a mobilização para a

realização das campanhas e contratação de profissionais habilitados, conforme apresentado no

Quadro 44 abaixo.

Quadro 44. Recursos necessários para e execução do Programa de Monitoramento da Fauna Aquática (PMFA)

Preço Item Descrição Nível Un. Qtde

Unitário* Total Recursos Humanos

14.1 Coordenador - Biólogo P1 horas 960 79,02 75.859,20 14.2 Biólogo Assistente P2 horas 960 68,24 65.510,40 14.3 Auxiliar de Coleta T1 horas 1.920 20,55 39.456,00 14.4 Barqueiro A2 horas 960 7,69 7.382,40 14.5 Motorista A2 horas 1.920 7,69 14.764,80

Sub-Total 202.972,80 Outros Recursos

14.6 Diárias P diária 240 96,00 23.040,00 14.7 Diárias T diária 600 75,00 45.000,00 14.8 Veículo (4x4) diária 240 371,55 89.172,00 14.9 Barco de alumínio, motor e carreta diária 120 87,38 10.485,60 14.10 Combustível (gasolina) litros 1.200 3,00 3.600,00 14.11 Combustível (diesel) litros 4.800 2,00 9.600,00 14.12 Equipamentos unidade 12 6.000,00 72.000,00 14.13 Serviços Gráficos unidade 1.800 3,00 5.400,00

Sub-Total 258.297,60 * Base de referência: Dezembro de 2008. Total 461.270,40

16.8 Cronograma de Execução. O Programa de Monitoramento da Fauna Aquática (PMFA) deverá ser executado em 12 (doze)

campanhas trimestrais, de 10 dias cada, distribuídas no período de 36 meses de execução das

obras, em conformidade com o cronograma de execução apresentado no Quadro 45.

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Quadro 45. Cronograma de execução do Programa de Monitoramento da Ictiofauna (PMI).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Planejamento das campanhas Coletas de campo Análises dos exemplares coletados Elaboração de relatório

ANO II Ações 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Planejamento das campanhas Coletas de campo Análises dos exemplares coletados Elaboração de relatório

ANO III Ações 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Planejamento das campanhas Coletas de campo Análises dos exemplares coletados Elaboração de relatório

16.9 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação do programa será de responsabilidade do DERTINS, por meio da Coordenação de

Gestão Ambiental, através da equipe técnica do PMFA. O acompanhamento será realizado pelo

coordenador do PMFA e pela Supervisão Ambiental da obra. A avaliação das atividades será de

responsabilidade da equipe de Gestão Ambiental.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios trimestrais

elaborados pelo coordenador do PMFA. Ao final deste programa será elaborado um Relatório de

Avaliação a ser encaminhado para a Gestão Ambiental do empreendimento.

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17. Programa de Desapropriação e Indenização de Terras e Benfeitorias

(PITB)

17.1 Justificativa

Os investimentos destinados à construção de obras viárias alteram e redefinem a importância

relativa do espaço regional, provocando a necessidade de relocação das comunidades que se

localizam nas áreas a serem afetadas diretamente pelas obras.

Os impactos sociais causados pela remoção de famílias no momento da construção de uma

ponte e seus acessos é um processo complexo de mudança social que implica, além da

movimentação da população, alterações na sua organização cultural, social, econômica e

territorial.

Assim, é essencial, que estas áreas sejam liberadas (adquiridas) pelo empreendedor, que deve

providenciar a reestruturação do espaço físico e sócio-econômico de forma justa, de acordo com

os direitos de cada um, conforme a legislação vigente.

17.2 Objetivos

Orientar o empreendedor nas ações que serão executadas para a liberação das áreas

necessárias à construção da ponte sobre o Rio Araguaia e Acessos da ligação entre as

cidades de Xambioá/TO e São Geraldo do Araguaia/PA;

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Cumprir a legislação ambiental vigente, permitindo a continuidade do processo de

licenciamento ambiental do empreendimento;

17.3 Metas

Levantar todos os imóveis que estão na área de influência das obras do empreendiemento

em questão;

Avaliar as benfeitorias dos imóveis influenciados e elaborar os laudos de avaliação;

Obter a liberação legal das áreas necessárias para a instalação do empreendimento.

17.4 Público-Alvo

São os proprietários dos imóveis que serão influenciados diretamente pelas obras da ponte sobre o

Rio Araguaia e seus Acessos.

17.5 Metodologia e Descrição do Programa

17.5.1 Procedimentos Básicos Para Liberação de Áreas

17.5.1.1 Diagnóstico da Situação Fundiária

Para aumentar a segurança do trabalho de planejamento da liberação das áreas necessárias ao

empreendimento, deve ser realizado o levantamento de toda a área do empreendimento e seu

entorno imediato, estabelecendo claramente quais as áreas atingidas, incluindo as Áreas de

Preservação Permanente, Área de Segurança, Unidades de Conservação, Áreas de Empréstimo,

enfim, todos os locais atingidos diretamente. Este material possibilita uma grande economia de

tempo e proporcionará segurança de planejamento quanto ao prazo necessário para promover

a liberação das áreas necessárias para a execução da obra.

17.5.1.2 Informação às Prefeituras e Registros Imobiliários

Com a definição da área que será atingida pelo empreendimento, uma cópia de toda a

documentação deve ser encaminhada à Prefeitura e Cartório de Registro de Imóveis de

Xambioá/TO e São Geraldo do Araguaia/PA, Ministério Público Estadual, Promotoria de Justiça,

Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), bem como outros órgãos públicos,

associações de moradores, cooperativas e toda entidade que seja julgada conveniente pelo

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empreendedor, já que é parte de sua obrigação a divulgação do maior número de informações

sobre o empreendimento.

Esta medida visa prevenir a aprovação de novos loteamentos, licenciamento de construções,

instalações industriais e explorações minerais nas áreas necessárias para a execução da obra,

impedindo, desta forma, a valorização e acréscimos nos valores de avaliação dos imóveis

atingidos.

17.5.1.3 Cadastramento dos Imóveis

Logo após determinar os limites da faixa de domínio da ponte e seus acessos, é necessário

materializá-lo em campo, de acordo com o interesse do projeto. Este limite para aquisição pode

incluir, caso seja do interesse do empreendedor, áreas estratégicas onde a segurança da obra ou

as recomendações ambientais considerem conveniente o domínio do empreendedor.

Com o limite de aquisição definido, deve ser providenciada a identificação dos imóveis que

sofrerão interferência da obra. Nesta fase, a equipe de cadastro, baseada em levantamento

topográfico confrontado com pesquisa cartorial, deve elaborar as plantas individualizadas de

cada propriedade atingida e o respectivo memorial descritivo. Este trabalho deve envolver toda

a propriedade, ou seja, à parte da propriedade a desapropriar e o remanescente.

Na faixa que será desapropriada, devem ser cadastradas todas as benfeitorias reprodutivas e não

reprodutivas, com o acompanhamento do proprietário, detentor da posse ou seu preposto, que

deve aprovar e receber cópia de todo material produzido, quando possível.

Em casos onde o acesso ao imóvel não seja permitido, o empreendedor, seguindo as normas da

legislação, deverá utilizar a Declaração de Utilidade Pública da área, que obrigará o proprietário

a franquear o acesso ao imóvel, bem como, servirá de subsídio à ação de desapropriação ou, se

for o caso, ao pedido de imissão provisória na posse. Com o Decreto de Utilidade Pública, o

empreendedor poderá solicitar autorização judicial e, se necessário, o acompanhamento de

força policial, para que as equipes contratadas tenham acesso à propriedade.

Em resumo, a planta da parte do imóvel a ser adquirido deverá ser elaborada por dois processos:

Levantamento topográfico dos limites do imóvel e demarcação da área a ser

desapropriada;

Locação na planta de restituição aerofotogramétrica, quando houver, em escala 1:5000

ou 1:10000, com apoio topográfico.

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As plantas produzidas devem individualizar cada imóvel e conter:

Área do imóvel, azimutes ou rumos e distâncias dos lados, com indicação dos limites de

desapropriação, de forma a facilitar a compreensão por leigos;

Área total do imóvel atingido;

Área diretamente atingida, que será desapropriada pelo empreendedor;

Área remanescente;

Identificação dos confrontantes;

Identificação do número da folha de restituição correspondente (se estiver disponível).

Outros dados de identificação do imóvel, conforme normas técnicas. É facultativo

acrescentar os dados para contato com o proprietário, como endereço para

correspondência, telefone, etc.

17.5.1.4 Cadastramento dos Proprietários ou Posseiros

Este cadastramento, que sucede o cadastro físico das propriedades, tem por objetivo adquirir os

dados pessoais do proprietário ou detentor da posse das áreas de interesse para a liberação, sua

situação dominial e fiscal, e sua condição socioeconômica. Deverá conter basicamente:

I. Dados Técnicos

Nome do empreendimento;

Número do projeto de desapropriação;

Números do desenho e respectiva folha de restituição (quando disponível);

Planta de situação do imóvel em relação ao reservatório;

Qualificação do proprietário (sendo espólio, nome do inventariante, Juízo, Cartório e nome

do advogado).

II. Dados da Propriedade

Denominação e localização do imóvel;

Área total atingida em m²;

Transcrição ou matrícula junto ao Cartório de Registro de Imóveis;

Número da Inscrição Municipal e da área cadastrada.

III. Dados Complementares da Área Atingida

Descrição e utilização da área atingida;

Benfeitorias existentes;

Fotografias das benfeitorias com indicação de data e número de identificação;

Detalhamento das benfeitorias cadastradas na etapa anterior;

Dimensões e quantidades;

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Indicação do acesso ao imóvel.

17.5.1.5 Análise Documental

Concluído o cadastro técnico, deverá ser procedida à análise documental para verificação da

situação dominial do imóvel. Caso haja dúvida quanto à titularidade, deverá ser analisada a

cadeia dominial do imóvel, preferencialmente, chegando à sua origem, ou seja, ao título que

proporcionou seu destacamento do patrimônio público.

Relacionamos, a seguir, as principais formas de ocupação e seu ordenamento jurídico:

I. Licença de Ocupação – (LO)

Dentre os tipos de ocupação existentes na área do empreendimento, é o menos provável de ser

encontrado. A Licença de Ocupação (LO) é um documento provisório que permite a ocupação

legal de terras públicas, detendo a especulação e promovendo o “fim social” das áreas através

da concessão feita pelo Poder Executivo, geralmente através do Instituto de Terras do Estado do

Tocantins, consistindo, basicamente, em permitir que cidadãos façam uso da terra pública

mediante condições e atividades pré-determinadas. Uma vez decorrido o prazo avençado, e

cumpridas as obrigações impostas, o beneficiário fará jus à titulação das terras, ou seja, receberá

do Estado o título definitivo, passível de registro em cartório, tornando-se não mais ocupante e sim

proprietário.

As principais obrigações impostas ao Ocupante, neste tipo de documento, são:

Aproveitamento econômico do imóvel;

Acatamento às determinações do poder concedente, no que tange à programação

existente para área (tipo de exploração permitida);

Caráter personalíssimo (intransferível/inalienável);

Permissão para edificação de benfeitorias restrita àquelas essenciais e previstas no plano

de utilização, sendo não indenizáveis as demais, em caso de retomada da área.

Portanto, aqueles que ocupam propriedades através deste tipo de documento, a princípio têm

direito somente ao recebimento das eventuais benfeitorias edificadas. No entanto, em casos já

presenciados, uma cláusula da “Licença Para Ocupação e Exploração de Terras Públicas”, aduzia

que: “Com validade pelo período de 2 anos, dentro do qual o interessado fará jus à obtenção do

respectivo Título Dominial, desde que atenda aos objetivos plenos da cláusula Segunda,

aprovada pelo corpo técnico do Instituto de Terras do Estado, mediante “vistoria”in loco”, e em

consonância com a legislação vigente”.

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Assim, pode-se interpretar que, uma vez cumpridas a determinações contidas na LO, o ocupante

terá direito à titulação definitiva daquele imóvel, podendo exigir judicialmente que o Estado emita

seu título definitivo que o tornará proprietário.

A aquisição dessas propriedades ou partes delas por terceiros (inclusive o empreendedor) sem a

anuência do Instituto de Terras poderá se refletir de duas formas: Quando o adquirente tem

consciência da existência de uma LO, sua má-fé é presumida, e por se tratar de área pública,

não poderá ser usucapida. Caso o adquirente tenha “boa-fé”, ou seja, adquiriu ignorando a

existência de uma LO para a propriedade, o mesmo encontrar-se-á na situação do posseiro

comum, aplicando-se-lhe todos os procedimentos inerentes ao possuidor. Neste caso, possuidor

de terras públicas, sem direito de usucapião.

Portanto, antes de qualquer negociação envolvendo propriedades na área abrangida por

Licenças de Ocupação, será imprescindível o levantamento detalhado de sua situação junto ao

poder concedente, com a finalidade de auxiliar a busca de soluções.

II. Títulos de Propriedade Sob Condições Resolutivas

No âmbito das áreas tituladas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA),

é bastante comum a utilização de cláusulas impondo condições resolutivas, mais conhecidas

como “cláusula resolutiva”.

O significado de impor uma “cláusula resolutiva” seria o mesmo que dizer “cláusula

condicionante”, ou seja, impõem-se condições que, se não cumpridas, invalidam o mesmo,

fazendo com que o objeto retorne ao “status quo ante” do contrato ou escritura.

Sendo assim, aquele instrumento ou contrato só terá eficácia plena, ou melhor, só será totalmente

válido, quando forem cumpridas as condições impostas, devendo o cumprimento das condições,

passar por certificação, neste caso específico, pelo INCRA.

As condições encontradas, geralmente, apresentam-se em um instrumento de titulação padrão,

emitido pelo INCRA, cuja finalidade é impedir que os beneficiários da reforma agrária, ou ainda

dos projetos de colonização, se desfaçam das terras outorgadas aos mesmos, frustrando o fim

pretendido por aquele instituto.

As principais exigências contidas naqueles títulos são as seguintes:

Liquidar integralmente o valor do débito para com o instituto outorgante;

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Decorrerem dez anos, da data do registro do título no competente Cartório de Registro de

Imóveis, em face ao estabelecido no artigo 189 da Constituição Federal; e

O Instituto Outorgante tiver emancipado o Projeto de Colonização, nos casos em que a

alienação foi originária daquele.

Assim, referente à primeira cláusula resolutiva, qual seja, a liquidação de débito existente, esta

deverá ser cumprida para negociação da propriedade e sua regular transferência.

A segunda cláusula, que trata do período de dez anos de registro no Cartório de Registro de

Imóveis competente, fundamenta-se no artigo 189 da Constituição Federal. Tal artigo se refere

àqueles que foram beneficiários da reforma agrária, prevendo tal prazo para inibir que os mesmos

recebessem as terras e as vendessem. Não tendo passados os dez anos de registro, no mínimo, e o

beneficiário se ausentando daquela propriedade, a mesma seria outorgada a outro beneficiário

de reforma agrária.

Ora, em existindo na área que será desapropriada, propriedades com este tipo de cláusula

resolutiva, e, pelo fato das propriedades não serem do interesse do empreendedor, que apenas

uma parte para o estabelecimento da faixa de domínio, não é lógica a exigência do

cumprimento de tal cláusula por parte do INCRA.

Da mesma forma, a terceira cláusula abrange os casos em que o instituto outorgante possui um

projeto de colonização na área e condiciona a plena validade do título à emancipação do

citado projeto.

No entanto, na área do direito público só se permite fazer o que a lei expressamente autoriza.

Assim, para que tais propriedades estejam regularmente disponíveis para compra, é necessária

sua desoneração pelo INCRA, de forma individual. Tal desoneração deve ser buscada através de

procedimento administrativo próprio, a ser executado pelo corpo jurídico do empreendedor sob

orientação dos projetos de desapropriação elaborados, com a finalidade de possibilitar a

transferência plena e legal dos imóveis.

III. Espólios

Os casos de propriedades ocupadas por herdeiros do proprietário legal que, apesar de

inegavelmente serem donos por direito sucessório, ainda não regularizaram a situação legal da

propriedade, ou seja, não deram início ao inventário, inexistindo, portanto, a figura do espólio,

deve ser analisada com muita atenção. É muito provável que as propriedades nesta situação

jurídica, estão assim em virtude da falta de conhecimento e ou de recursos financeiros dos

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herdeiros. Nem todos conhecem a formalidade da titulação de suas terras.

Neste caso, a aquisição poderá ser feita através de escritura de cessão de direitos hereditários, a

ser elaborada criteriosamente pelo empreendedor, após análise acurada de seu departamento

jurídico, único capaz de avaliar a viabilidade desta forma de aquisição, sendo necessária à

participação de todos os herdeiros, levantamento de eventuais dívidas do espólio e autorização

judicial quando existirem menores envolvidos.

Em sendo inviável a aquisição amigável, recomenda-se a utilização do Decreto de Utilidade

Pública, com a qual poderá ser proposta ação formal de desapropriação, contornando-se as

formalidades de aquisição da área, que será indenizada através de depósito judicial, cumprindo

àqueles que se achem no direito de receber e comprovar seu direito.

Opcionalmente, pode ser interessante conceder tratamento preferencial a tais casos, com o

fornecimento de assistência jurídica por parte do empreendedor, o que pode evitar que

problemas potenciais se concretizem.

Todavia, todas as informações necessárias para que o empreendedor tome as decisões

necessárias deverão estar disponíveis no Projeto de Desapropriação.

IV. Cessão de Direitos

Caso relativamente comum, especialmente nos imóveis ocupados em propriedades mais antigas,

quando o vendedor não possui título regular da propriedade. Assim, o vendedor, considerado

ocupante, transfere a outro cidadão qualquer aquela propriedade através de um documento de

cessão de direitos.

Nestes casos, o cedente, sendo o legítimo possuidor, cede ao cessionário, que adquire aquele

direito confiando em sua validade (boa fé).

Novamente o empreendedor deverá, através de seu departamento jurídico, certificar a

viabilidade da aquisição consensual do imóvel.

Havendo riscos, poderá ser interessante utilizar o Decreto de Utilidade Pública da área e propor

ação expropriatória da mesma, ficando por conta do cessionário comprovar judicialmente seu

direito à indenização, que deverá ser depositada em juízo.

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V. Posse Justa e Injusta

Para analisar estes casos, é necessário tecer algumas considerações sobre a classificação das

posses, em função da pureza ou nos vícios da posse. O Código Civil define a posse justa como “a

posse que não for violenta, clandestina ou precária”. Inversamente, posse injusta será aquela que

se revestir de algum destes vícios apontados.

a. Posse violenta

É a que se adquire pela força. O vício caracteriza-se pela violência inicial. Isenta de violência,

denomina-se, na linguagem jurídica, “posse mansa”, pacífica e tranqüila. Em matéria possessória,

não se deve confundir violência com má-fé, pois a primeira pode existir sem a segunda.

b. Posse clandestina

É a que se estabelece sub-repticiamente, às ocultas daquele que tem interesse em conhecê-la. A

qualidade contrária a esse vício é a publicidade, a posse desfrutada na presença de todos.

c. Posse precária

É aquela que se origina do abuso de confiança por parte de quem recebe a coisa com

obrigação de restituí-la e depois se recusa a fazê-lo.

O Código Civil não autoriza a aquisição da posse os atos violentos ou clandestinos, senão depois

de cessar a violência ou a clandestinidade. Porém, a posse injusta não se acha inteiramente

desamparada. Ainda que se ressinta dos vícios já apontados, a posse pode ser defendida pelos

interditos (ações próprias para defesa da posse) não contra aquele, evidentemente, de quem foi

tirada pela violência, clandestinidade ou pelo abuso de confiança, mas contra terceiros que

eventualmente desejem arrebatar a posse para si. Para proteção da posse, não importa seja ela

justa ou injusta, em sentido absoluto. Basta que seja ela justa em relação ao adversário. A tutela é

dispensada em atenção à paz social.

d. Posse de boa e de má fé

A posse é de boa fé, esclarece o código, “se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que lhe

impede a aquisição da coisa ou do direito possuído”. De boa fé, portanto, será a posse em que o

possuidor se encontre na convicção inabalável de que a coisa realmente lhe pertence.

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A posse de má-fé é precisamente a inversa. A posse acha-se eivada de um dos vícios já

mencionados e o possuidor tem ciência do vício obstativo da aquisição da posse.

Essa distinção entre posse de boa e de má-fé é de máxima importância na questão relativa à

indenização por benfeitorias e direito de retenção.

O Código estabelece presunção de boa fé em favor de quem tenha “Justo Título”, salvo prova

em contrário, ou quando a lei expressamente não admita essa presunção.

“Justo Título” é o título hábil a transferir o domínio e que realmente o transferiria, se emanado do

verdadeiro proprietário ou livre de vícios que o impedem de cumprir seu desiderato. Mas essa

presunção cede ante prova em contrário. Por exemplo: O título, supostamente justo, promana de

um menor, não devidamente assistido ou representado. Caso provado que o possuidor tinha

conhecimento dessa incapacidade, a posse não pode ser tachada de boa-fé. Outro exemplo:

Não ocorre a chamada presunção em favor do possuidor cujo título, notoriamente, não foi

outorgado pelo verdadeiro proprietário, tendo o adquirente, ciência dessa circunstância.

A posse que originariamente seja de boa-fé só perde o caráter no caso e desde o momento em

que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. São

circunstâncias capazes de fazer presumir má-fé, a confissão do próprio possuidor, de que o

mesmo não tem nem nunca teve título. A nulidade manifesta do fato de existir em poder do

mesmo, instrumento que repugne à legitimidade de sua posse.

Concluindo-se então que o imóvel é ocupado a título de posse, deve-se analisar quais os

caminhos a seguir:

A primeira situação a verificar, em qualquer caso, é a ancianidade (idade) da posse, sendo

indispensável sua comprovação.

A par desta informação deverá ser realizada uma pesquisa acerca da área. Tal pesquisa terá por

escopo localizar no Cartório de Registro de Imóveis, quem é o proprietário de tais terras.

Partindo-se da possibilidade que tal área seja de uma pessoa privada, o próximo passo é saber

com certeza o tempo de posse exercida pelo atual posseiro e seus eventuais predecessores, para

que possam ser somadas na ação de usucapião.

Colhidos os dados necessários, será analisada a possibilidade de regularização dessa propriedade

por meio do usucapião, de acordo com o tempo de posse e a situação do posseiro.

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O usucapião só é permitido por pessoas físicas, ou seja, não pode o empreendedor ser amparado

por tal instituto, não existindo portanto a possibilidade de adquirir a posse e, após isto, ingressar em

juízo com tal ação.

Assim, o procedimento judicial deverá ser intentado, tendo como autor o usucapiendo, ou seja, o

próprio posseiro, do qual será adquirida a posse e posteriormente a propriedade ou os direitos

sobre aquela ação.

Com o advento da Constituição de 1988, ficaram mantidas as garantias já existentes aos

usucapientes. No entanto, aumentou-se através do artigo 191, o limite de terras passíveis de

usucapir-se, passando o limite anterior, de 25 para 50 hectares. No caso de área superior a essa

medida, o ocupante terá precedência para aquisição da mesma, quando se tratar de terras

públicas as quais ficaram expressamente excluídas da possibilidade de usucapião.

O novo Código Civil, unificando a matéria, instituiu o usucapião “pró-labore” e o “pró-moradia”,

disciplinando-os da seguinte forma: “Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou

urbano, possua como sua, por 5 (cinco) anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona

rural não superior a 50 (cinqüenta) hectares, ou urbana de até 250 (duzentos e cinqüenta) metros

quadrados, tornando-a produtiva com o seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia,

adquirir-lhe-á sua propriedade.

Na pesquisa retro-mencionada, será apurado se houve arrecadação das terras de interesse da

concessionária por algum órgão público. Em tendo ocorrido, caberá ao mesmo regularizar a

situação jurídica do imóvel.

Não pode ser descartada a possibilidade de existirem terras devolutas não arrecadadas por

nenhum órgão público. Neste caso, deverá algum órgão público, mesmo antes de regularizar a

situação, arrecadá-las. Sem dúvida este processo tornará moroso demais o procedimento de

compra dessas propriedades, podendo ser estabelecidos contatos com os poderes executivos e

legislativos, com a finalidade de encontrar alternativas mais ágeis.

VI. Escritura Paroquial

Como o próprio nome nos diz, trata-se de título elaborado pelas paróquias, unidades da igreja

católica, tendo em vista a inexistência de cartórios à época da confecção dos mesmos,

tornando-se documentos de fé pública e relativamente comuns em algumas partes do país.

Apesar de pouco provável sua ocorrência, nesses casos, o procedimento deverá ser a Ação

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Demarcatória, que tem a finalidade de, participando aos confrontantes, e a realização de um

levantamento topográfico na propriedade demarcada, fixando suas divisas.

Desta forma, medida e regularizada a propriedade, a sentença homologatória das mesmas será

averbada, transcrevendo-se para o cartório o memorial descritivo exato do imóvel.

Ressalva-se que se faz necessária aprofundada pesquisa no Cartório de Registro de Imóveis

quando do surgimento de imóveis nessas condições, visando certificar-se de que a mesma área

não possui origens diferentes, ou ainda não foi vendida ou regularizada por outra pessoa.

Não se descarta também a necessidade indiscutível de uma equipe de campo devidamente

especializada, que verificará “in loco”, a situação real do imóvel.

17.5.1.6 Avaliação da Propriedade

Finalizada a análise documental e identificado o detentor do direito de propriedade do imóvel,

deve ser elaborado o laudo de avaliação do imóvel.

Para discorrer sobre avaliação é necessário abordar o significado de alguns conceitos

relacionados ao tema, especialmente o significado de VTN.

Podemos dizer que uma propriedade é composta da forma apresentada na Figura 25 abaixo.

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Figura 25. Fluxograma de composição da propriedade.

O VTN ou “Valor da Terra Nua” pode ser definido da seguinte forma, segundo a Lei nº 9.393, de

1996:

“Terra nua é o imóvel por natureza ou acessão natural, compreendendo o solo com

sua superfície e a respectiva mata nativa, floresta natural e pastagem natural”.

“O Valor da Terra Nua (VTN) é o valor de mercado do imóvel, excluídos os valores de

mercado relativos a”:

I - construções, instalações e benfeitorias;

II - culturas permanentes e temporárias;

III - pastagens cultivadas e melhoradas;

IV - florestas plantadas.

As avaliações devem ser fundamentadas nas normas técnicas da Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT, que rege a avaliação de imóveis rurais, já que o empreendimento somente

atinge áreas rurais.

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O profissional especialista que elaborará os laudos de avaliação, conforme recomendação do

CREA deverá atender os seguintes aspectos:

Possuir nível universitário, comprovado por certidão, e estar devidamente registrado em

seu conselho profissional, bem como ter sua anuidade paga;

A certidão de comprovação do nível universitário deve conter as atribuições profissionais

compatíveis com a atividade que o profissional irá exercer;

Para avaliação de imóveis, o profissional, ao apresentar o laudo, deverá anexar a

Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, devidamente preenchida e recolhida,

conforme artigo 1o da Lei Federal 6.496, de 7 de dezembro de 1977, que define os

responsáveis técnicos para efeitos legais.

Existem, basicamente, 3 métodos de avaliação:

O Método Comparativo, que busca determinar o valor do imóvel baseando-se na

comparação direta entre o imóvel avaliando e outros imóveis em oferta ou negociados no

mercado;

O Método da Renda, que se baseia na capitalização de um rendimento anual que possa

ser obtido no mercado;

O Método Residual, que se baseia em comparar o preço da propriedade avaliada com o

valor de uma propriedade sem benfeitorias, agregando-se a elas o valor das benfeitorias

para compor o preço final. Muito pouco difundido, é mais utilizado pelo avaliador para

aferir o resultado dos outros métodos.

Em trabalho realizado pelo engenheiro Alberto Lélio Moreira (1984), percebe-se que, na prática, o

método comparativo encontra valores mais próximos ao limite superior, enquanto o método da

renda, valores mais próximos ao limite inferior.

Assim, sugere-se a utilização do método comparativo para a avaliação das propriedades a

adquirir, para a implantação das obras da ponte sobre o Rio Araguaia.

I. O Nível de Precisão do Laudo de Avaliação

Os níveis de precisão estão condicionados a confiabilidade e ao tratamento dos elementos

pesquisados, podendo o resultado encontrado ser classificado em três níveis:

a. Avaliação de Precisão Rigorosa

Neste nível está detalhadamente caracterizado, cada um dos elementos que contribuem para

formar a convicção do valor, sendo que a confiabilidade de cada um dos elementos utilizados

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seja assegurada e devidamente verificada, quanto a:

Sua idoneidade e a completa identificação das fontes de informação;

Sua atualidade;

O detalhamento da descrição de suas características;

Sua semelhança com o imóvel objeto da avaliação, no que diz respeito a situação,

destinação, à forma ao grau de aproveitamento; as características físicas e à adequação

ao meio;

A uniformidade dos elementos entre si;

O número de dados de mesma natureza, efetivamente utilizados, maior ou igual a cinco;

O tratamento de homogeneização dos elementos possibilite conferir aos mesmos,

equivalência financeira, nos casos de valor a prazo, taxas de capitalização, tudo

justificado em comprovado em memórias de cálculo;

Valor arbitrado pelo avaliador compreendido entre 80% (confiança máxima) através de

método estatístico e confiança mínima de 90% quando testada a hipótese de sua

existência pela análise de variância.

O valor final deve ser resultado do uso de mais de um método, sempre que possível,

atendendo todos os níveis de precisão exigidos em todos os métodos utilizados. A

aceitável o resultado da aplicação de apenas um método desde que plenamente

justificado.

b. Avaliação de Precisão Normal:

Neste nível de avaliação, os elementos atendem apenas parcialmente aos seguintes requisitos da

avaliação rigorosa:

Atualidade dos elementos;

Semelhança com o imóvel objeto da avaliação, no que diz respeito a situação,

destinação, à forma ao grau de aproveitamento; as características físicas e à adequação

ao meio devidamente verificados;

Confiabilidade do conjunto de elementos, assegurada por homogeneidade,

contemporaneidade, número de dados utilizados maior ou igual a cinco;

Quando utilizado mais de um método, o valor final deverá estar contido entre os valores

extremos encontrados.

c. Avaliação Expedita

Neste nível não é aplicada uma metodologia definida. É dispensada a comprovação expressa

dos elementos e métodos que levarem a convicção do valor.

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No caso específico deste empreendimento, o nível de precisão normal atende as expectativas de

avaliação. O nível mais próximo da precisão rigorosa deve ser utilizado para a formação da

Pesquisa de Preços de Mercado.

II. A Avaliação do “Valor da Terra Nua” (VTN)

O Método Comparativo depende de uma coleta de preços de mercado dos imóveis da região

onde se encontra o imóvel avaliado. Os imóveis em oferta ou negociados recentemente, devem

ser vistoriados e descritos para que auxiliem na composição de parâmetros. Quanto mais

detalhada a descrição dos imóveis que irão formar o paradigma de preços, mais precisa será a

avaliação.

O VTN de uma propriedade varia muito, conforme suas características físicas. O engenheiro

avaliador deverá observar estas características e classificá-las.

Quanto a qualidade de seus solos, deve utilizar o critério de Capacidade de Uso do Solo, que

divide os tipos de solo em 8 classes, através do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos

(EMBRAPA) ou Manual para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificação de Terras no

Sistema de Capacidade de Uso (Sociedade Brasileira da Ciência do Solo). As propriedades

devem ter seus solos descritos e, conforme o potencial produtivo dos solos aumenta, seu valor de

mercado também aumenta.

Assim, segundo Kozma (1984), conforme a intensidade potencial do uso dos solos aumenta, seu

valor de mercado acompanha este aumento. Conforme as limitações de uso aumentam, a seu

valor de mercado diminui. A Figura 26 a seguir mostra a relação entre as Classes de Capacidade

de Uso e os usos possíveis para cada classe.

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Figura 26. Classes de Capacidade de Uso e os usos possíveis para cada classe.

Segundo diversos autores também pode-se representar as Classes de Uso do Solo,

comparativamente ao seu poder de produção de renda, conforme apresentado no Quadro 46.

Quadro 46. Classes de Uso do Solo, comparativamente ao seu poder de produção de renda.

Escala de Valor (%) Classes de Uso Critério Borgonovi Marques Vegni - Neri Souza Média

I Terras para culturas, sem problemas de

conservação, fertilidade exige adubação de manutenção

100 100 100 100 100

II Terras de culturas, com pequenos

problemas de conservação, fertilidade exige práticas simples (nivelamento)

80 67 95 80 80

III Terras de culturas, com sérios problemas

de conservação, fertilidade exige práticas complexas (terraceamento)

64 44 75 61 61

IV Terras de culturas ocasionais e pastagens, sem problemas de

conservação 51 30 55 47 47

V Terras só de pastagens, sem problemas de conservação 41 20 50 39 39

VI Terras só de pastagens, com pequenos problemas de conservação, fertilidade

exige práticas simples 33 13 40 29 29

VII Terras de florestas, sérios problemas de conservação, fertilidade exige práticas

complexas (estradas de acesso) 26 9 30 20 20

VIII Terras de abrigo de vida silvestre, sem problemas de conservação 21 6 20 13 13

Quanto à localização, devem ser consideradas a qualidade dos acessos e a proximidade dos

mercados consumidores dos produtos que a propriedade produz. Assim, o item que deverá ser

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observado com maior cuidado é a qualidade do acesso, e em menor importância, à distância.

Para comparar as diferentes propriedades quanto aos acessos, SOBRINHO propôs a solução

apresentada no Quadro 47.

Quadro 47. Comparação quanto aos acessos as propriedades influenciadas.

Situação Tipo de Estrada Importância das Distâncias

Acesso Durante o Ano

Escala de Valor (%)

Ótima Asfaltada Limitada Permanente 100

Muito boa Primeira classe não asfaltada Relativa Permanente 95

Boa Não pavimentada Significativa Permanente 90

Desfavorável Estradas e servidões de passagem Vias e distâncias se equivalendo

Sem condições satisfatórias 80

Má Fechos nas servidões Distâncias e

classes se equivalendo

Problemas sérios na estação chuvosa 75

Péssima Fechos e interceptadas por córregos sem pontes Problemas sérios

mesmo na seca 70

O Método Comparativo, conforme citado anteriormente, tem como fonte de dados os imóveis

que foram negociados recentemente ou estão em oferta no mercado imobiliário. Assim, as

propriedades não são colocadas a venda com o preço para terra nua e benfeitorias. O avaliador

deve, aplicando a metodologia, avaliar o imóvel, encontrando o valor da terra nua, ou VTN.

O avaliador não pode deixar de considerar que os imóveis ofertados no mercado nem sempre

são vendidos pelo preço inicial pedido. Isto se chama “Elasticidade da Oferta”. Desta forma, com

o mercado normal e dependendo da forma de pagamento, pode ser utilizada uma taxa de

desconto em torno de 10% (dez por cento) sobre o valor pedido pelos imóveis. Com o mercado

atípico, esta taxa pode variar muito. Quando há muitos imóveis e poucos compradores, a

elasticidade (desconto sobre o preço pedido) aumenta, e vice-versa.

Existem outros fatores que influenciam o preço das propriedades, mas os principais e mais

significativos são estes.

III. A Avaliação das Benfeitorias

a. Culturas

Segundo a Norma Brasileira para Avaliação de Imóveis Rurais, as avaliações de culturas devem ser

realizadas de diversas formas, conforme o tipo de cultura. Na prática, MAGOSSI estabelece, de

forma mais clara, sem ferir as normas ABNT, a metodologia para avaliação de culturas.

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Segundo o autor, na avaliação de culturas, deverá adotado o método do valor econômico, que

visa calcular o valor presente dos rendimentos líquidos esperados, deduzido das despesas

vincendas e, submetido a um coeficiente de risco.

No caso de não se conhecer o ciclo da cultura, o valor econômico será calculado através do

somatório do valor atual do custo de formação, acrescido do valor presente das expectativas de

receitas durante o período de formação, devidamente compensadas às receitas intermediárias e

submetidas a coeficiente de risco.

No caso de se avaliarem culturas não recomendáveis para o local, deverá ser considerado

apenas e tão somente, o valor atual do custo de formação.

b. Pastagens

As pastagens plantadas são consideradas culturas. A metodologia se diferencia, porém, do ponto

de vista de conservação, já que o valor da pastagem é indireto porque o produto final é o gado.

A pastagem é considerada de acordo com seu potencial de longevidade e suporte ao gado.

Assim, as pastagens devem ser avaliadas considerando o custo de formação e sua manutenção,

podendo ser depreciada, conforme apresentada no Quadro 48 abaixo.

Quadro 48. Critérios para avaliação de pastagem instalada nas propriedades afetadas pelo empreendimento.

Condição da Pastagem Índice de Depreciação Má formação 0,85 Má manutenção 0,90 Má formação e má manutenção 0,75

Os indicadores de condição de pastagens são, entre outros, a presença de ervas daninhas, falhas

na cobertura do solo, excessiva pressão de pastejo, aspecto ruim, com as plantas apresentando

aspecto vegetativo depauperado.

Para um bem produtivo, calcula-se seu valor com base nos rendimentos integrais da cultura. Ou

seja, pode-se considerar o custo de uma cultura o valor da reposição da lavoura mais a produção

frustrada durante o tempo necessário a esta reposição.

Existem diversas tabelas de referência para auxiliar a avaliação de benfeitorias. A FNP Consultoria

atualiza valores anualmente com duas publicações, uma para agricultura e outra para pecuária.

As carteiras rurais dos bancos que trabalham com custeio agropecuário também são fontes

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seguras e confiáveis para basear os laudos avaliatórios.

c. Construções

As construções devem ser avaliadas através de orçamentos qualitativos e quantitativos ou com o

emprego de custos unitários oriundos de tabelas, que deverão ter origem em fontes confiáveis. A

fonte deve ser mencionada, obrigatoriamente.

A depreciação de construções e instalações deve levar em conta aspectos físicos e funcionais,

com a consideração da vida útil, aparente e provável, bem como seu estado de conservação.

Assim, a fórmula básica pode ser expressa da seguinte forma:

Valor da Construção = Custo Unitário por m² x Área Total x Depreciação

Para construções rústicas, MAGOSSI sugere a aplicação do critério de depreciação linear em

função da idade aparente e vida útil presumível (Quadro 49).

Quadro 49. Critérios para avaliação de construções nas propriedades afetadas pelo empreendimento.

Estado de Conservação Exemplo de Características Fator de Depreciação Ótimo Nova 1,00 (100%) Bom Necessita pintura 0,80 (80%) Regular + troca de telhas 0,60 (60%) Precário + trincas 0,40 (40%) Mau + problemas estruturais 0,20 (20%) Péssimo Sem condições para reforma 0,00 ( 0%)

A depreciação funcional é determinada de acordo com a funcionalidade da construção, dentro

do contexto produtivo da propriedade. Assim, conforme mais se utiliza a construção, menos

depreciada ela será. Através da combinação física e funcional, pode-se utilizar os critérios

apresentados no Quadro 50.

Quadro 50. Critérios para avaliação da depreciação das construções nas propriedades afetadas pelo empreendimento.

Depreciação Funcional Depreciação Física 100% utilizada ou

ótima 75% utilizada ou

média 50% utilizada ou

regular 20% utilizada ou

valor residual Ótimo 100% 1,00 0,75 0,50 0,20 Bom 80% 0,80 0,60 0,40 0,16 Regular 60% 0,60 0,45 0,30 0,12 Precário 40% 0,40 0,30 0,20 0,08 Mau 20% 0,20 0,15 0,10 0,04 Péssimo 0% 0,00 0,00 0,00 0,00

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d. Levantamento das Benfeitorias

Depois de elaborado, o levantamento das benfeitorias deve ser entregue ao proprietário. Os

dados contidos no documento são sigilosos e não devem, em hipótese alguma, ser divulgados,

salvo por ordem judicial.

Ao receber o levantamento das benfeitorias, o proprietário deve conferir as quantidades contidas.

Assim, havendo divergências ou dúvidas, o avaliador deve explicar todos os critérios utilizados.

17.5.1.7 Opção pela Forma de Liberação das Áreas

Neste ponto do procedimento, é necessário definir de qual forma o proprietário, ou detentor da

posse da propriedade atingida, será tratado, ou seja, quais opções serão oferecidas para que ele

recomponha seu patrimônio e sua atividade produtiva.

17.5.1.8 O Termo de Opção

Com o conhecimento do laudo de avaliação e as opções disponíveis, o proprietário atingido,

após solucionar todas as suas dúvidas junto ao empreendedor e seu corpo técnico, optará pela

forma de tratamento que mais lhe agrade. Caso seja necessário, o empreendedor deverá

oferecer recursos para a contratação de acompanhamento especializado para auxiliar os

atingidos na busca da melhor solução. O trabalho seria realizado por assistentes sociais e técnico.

Para formalizar esta opção, deveráser lavrado um contrato particular entre o atingido e o

empreendedor.

A formalização do “Termo de Opção” é fundamental para que o empreendedor possa planejar a

estrutura necessária para que as formas de tratamento sejam materializadas em tempo hábil. Por

exemplo: é necessário que o empreendedor saiba quantas famílias serão reassentadas para

poder comprar uma área de tamanho adequado e realizar nela todas as benfeitorias e estruturas

necessárias antes de entregá-las aos proprietários. Tudo isto deve ser feito em tempo hábil para

que as áreas atingidas possam ser liberadas conforme o cronograma de implantação da obra.

17.5.1.9 A Liberação das Áreas

Com o Termo de Opção formalizado, os procedimentos para a liberação podem ser iniciados. As

ações que compõem a forma de liberação terão seus procedimentos detalhados a seguir,

ressalvando-se a opção da combinação de mais de um deles, objetivando personalizar o

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tratamento, tornando-o mais adequado ao perfil do atingido.

As negociações para definir os termos do contrato serão sempre individuais e sigilosas, podendo o

atingido ser acompanhado por pessoas de sua confiança.

I. Compra e Venda

Para aqueles atingidos que optarem pela venda de sua propriedade ao empreendedor, a

negociação final deverá ser realizada conforme o cronograma apresentado mais adiante,

devendo se estender pelo prazo máximo de 12 meses.

As propriedades que serão adquiridas com prioridade são aquelas que irão abrigar as áreas de

apoio e serão liberadas, preferencialmente de forma consensual, antes das demais.

O pagamento do imóvel deve ser conforme o cronograma proposto e condicionado à

idoneidade do proprietário ou detentor da posse, conforme documentação que o habilite a

negociar o imóvel. O preço será limitado ao valor de mercado local, indicado no Laudo de

Avaliação, segundo parâmetros técnicos estabelecidos conforme as normas ABNT, citadas

anteriormente. Caso existam dúvidas quanto a idoneidade do recebedor, o procedimento judicial

deverá ser adotado, conforme detalhado adiante.

O pagamento dos valores correspondentes a aquisição do imóvel devem ser realizados em três

parcelas, sendo a última mediante a sua desocupação, em moeda corrente ou, conforme

negociação entre empreendedor e atingido, de outras formas que serão discutidas mais adiante.

A primeira parcela será paga à vista, na data de assinatura e registro do Contrato de Compra e

Venda. Esta parcela equivale ao um “sinal”, equivalente a 10%(dez por cento) do valor da

avaliação da propriedade.

A segunda parcela, equivalente a 70%(setenta por cento) do valor da avaliação da propriedade,

será paga na data determinada em contrato. De forma geral, quando a segunda parcela for

paga, haverá decorrido um prazo entre 12 e 16 meses, da negociação, conforme o cronograma

de pagamento.

A terceira e última parcela, equivalente a 20% (vinte por cento) do valor da avaliação da

propriedade, deverá ser paga após a efetiva desocupação do imóvel pelo vendedor, dentro dos

prazos negociados. Esta parcela poderá inclusive ser paga na mesma data que a segunda,

desde que o imóvel se encontre desocupado, conforme vistoria realizada por equipe do

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empreendedor.

Em caso de recusa, por parte do vendedor, na desocupação do imóvel dentro dos prazos

contratados, o empreendedor, ao seu critério, poderá utilizar parte ou a totalidade dos recursos

da terceira parcela para fazer frente a despesas com a desocupação forçada do imóvel,

inclusive remunerando honorários advocatícios para tal, entregando o saldo desta parcela, se

houver, ao vendedor.

Deve fazer parte do Contrato de Compra e Venda a relação e quantitativo de benfeitorias. A

aquisição consensual resultará na lavratura dos seguintes títulos imobiliários, condicionados ao

estágio da documentação do vendedor e à forma de negociação:

Escritura pública de doação;

Contrato particular de compra e venda;

Escritura pública de compra e venda;

Escritura pública de desapropriação por convenção amigável;

Escritura pública de cessão de direitos;

Escritura pública de instituição de servidão de passagem;

Instrumento particular de instituição amigável de servidão de passagem;

Instrumento particular de indenização de benfeitorias;

Escritura pública de compromisso de permuta;

Instrumento particular de cessão de direito possessório;

Escritura pública de aquisição de benfeitorias.

II. Procedimento Judicial

Nos casos em que a aquisição consensual for impossível, seja por insucesso na negociação,

documentação insatisfatória ou desconhecimento do proprietário ou sua localização, enfim,

esgotadas todas as formas amigáveis de aquisição, deverá ser imediatamente ajuizada, pelo

corpo jurídico do empreendedor, uma ação de desapropriação, com oferta de preço para

depósito judicial limitada ao valor da avaliação.

Porém, antes de ajuizar o procedimento judicial, o empreendedor deverá obter a declaração de

utilidade pública desses terrenos e benfeitorias para fins de desapropriação ou instituição de

servidões administrativas.

A declaração de utilidade pública é essencial para a o início das ações de aquisição de áreas

nos procedimentos judiciais.

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Para fundamentar o empreendedor na elaboração da declaração de utilidade pública, que será

individual para cada imóvel, deve ser elaborado um dossiê completo sobre o imóvel, conforme

descrito anteriormente para o processo de aquisição consensual.

Da ação judicial decorrerão os seguintes títulos:

Auto de imissão na posse provisória;

Carta de sentença ou de mandado de registro imobiliário.

III. Registro Imobiliário

Para transferência da titularidade do imóvel é imprescindível o registro da escritura, da carta de

sentença, da adjudicação ou do mandado de registro imobiliário, no respectivo Cartório de

Registro de Imóveis.

No caso de instituição de servidão, é imprescindível a averbação da escritura, da carta de

sentença ou do mandado de registro imobiliário no respectivo Cartório de Registro de Imóveis.

IV. Regularização Cadastral e Fiscal

O empreendedor deverá regularizar legalmente os imóveis adquiridos. o que tange ao domínio, o

órgão competente para tal regularização é o Cartório de Registro de Imóveis onde o imóvel

encontra-se registrado, ao qual será apresentada a escritura pública respectiva para registro.

No que tange aos cadastros dos órgãos políticos, deve ser enviada declaração atualizadora aos

municípios e às Autarquias públicas (INCRA, etc).

V. Ações Preventivas

a. Fiscalização Sistemática

Para manter o estrito controle sobre o patrimônio adquirido, antes durante e após a instalação da

obra, é necessário que a equipe técnica envolvida na aquisição de áreas seja estruturada com

equipamentos e pessoal para realizar, sistematicamente, a inspeção patrimonial. Estas inspeções

devem iniciar-se imediatamente após a aquisição, acompanhando o recebimento da área,

atestando sobre o cumprimento das normas contratuais estabelecidas durante a aquisição,

fiscalizando a desocupação e exercendo a manutenção em todo patrimônio imobiliário recém-

adquirido.

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Desta forma, a fiscalização exercida pela equipe poderá exercer atividades relativas às medidas

preventivas e corretivas contra invasões ou usos inadequados, bem como prever possíveis

problemas quanto ao cumprimento dos prazos de desocupação, além de funcionar como um

canal de comunicação com os atingidos.

A fiscalização deverá ser permanente e sua intensidade deverá se adaptar às características

locais e ao cronograma da obra. Deve-se buscar todos os mecanismos para impedir ocorrência

de invasões, e quando necessário, buscar apoio nos órgãos de segurança pública.

b. Identificação e Cadastramento de Confrontantes

Outra ação importante na prevenção de invasões e uso inadequado da área é incluir no banco

de dados a identificação e cadastro dos confrontantes, mesmo que eles não sejam atingidos pela

implantação do empreendimento. Assim, os confrontantes podem ser incluídos nos programas de

comunicação institucional e educação ambiental do empreendimento, com o objetivo de

promover sua conscientização quanto à convivência correta como o empreendimento,

especialmente os acessos, estabelecendo um compromisso de parceria para a preservação

patrimonial dos imóveis adquiridos.

c. Comunicação Social

O programa de comunicação social deve ocupar posição de destaque entre as ações

desenvolvidas pelo empreendedor, pois, a elaboração de programas permanentes de

informação e orientação à população afetada direta e indiretamente pelo empreendimento,

deve resultar em sua conscientização e comprometimento com a proteção e preservação

patrimonial dos imóveis adquiridos e ao empreendimento.

17.6 Etapas de Execução

Os procedimentos descritos acima serão aplicados quando iniciada a fase de construção da

ponte e seus acessos, sendo que a liberação das áreas será executada nas etapas descritas

abaixo:

Diagnóstico da Situação Fundiária

Informação às Prefeituras e Registros Imobiliários

Cadastramento dos Imóveis

Cadastramento dos Proprietários ou Posseiros

Análise Documental

Avaliação da Propriedade

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Opção pela Forma de Liberação das Áreas

O Termo de Opção

A Liberação das Áreas

17.7 Recursos Necessários O custo final deste programa foi estimado em R$ 103.911,93, envolvendo a formação da equipe

para a realização dos trabalhos e as despesas relacionadas a serviços gráficos, material de

consumo, veículos e diárias, conforme apresentado no Quadro 51 abaixo.

Quadro 51. Recursos necessários para e execução do Programa de Desapropriação e Indenização de Terras e Benfeitorias (PITB).

Preço Item Descrição Nível Un. Qtde

Unitário* Total Recursos Humanos

14.1 Coordenador Geral - Engenheiro Agrônomo P1 horas 320 79,02 25.286,40 14.3 Advogado P1 horas 160 79,02 12.643,20 14.4 Assistente Social P2 horas 160 68,24 10.918,40 14.5 Topógrafo T1 horas 160 20,55 3.288,00 14.6 Auxiliar de Topografia T5 horas 160 10,87 1.739,20 14.7 Motorista A2 horas 160 7,69 1.230,40

Sub-Total 55.105,60 Outros Recursos

14.8 Diárias P diária 80 96,00 7.680,00 14.9 Diárias T diária 60 75,00 4.500,00 14.10 Veículo (4x4) diária 20 371,55 7.431,00 14.11 Veículo (Sedan) diária 40 113,55 4.542,00 14.12 Combustível (diesel) Litros 907 2,00 1.813,33 14.13 Combustível (gasolina) Litros 880 3,00 2.640,00 14.14 Equipamentos verba 4 3.500,00 14.000,00 14.15 Materiais de Consumo unidade 4 650,00 2.600,00 14.16 Serviços Gráficos unidade 1.200 3,00 3.600,00

Sub-Total 48.806,33 * Base de referência: Dezembro de 2008 Total 103.911,93

17.8 Cronograma de Execução

O Programa de Desapropriação e Indenização de Terras e Benfeitorias (PITB) deverá ser

executado em quatro campanhas mensais distribuídas no período inicial compreendido entre os 4

meses iniciais da execução das obras, em conformidade com o cronograma de execução

apresentado no Quadro 52.

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Quadro 52. Cronograma de execução do Programa de Desapropriação e Indenização de Terras e Benfeitorias (PITB).

ANO I Ações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Diagnóstico da situação fundiária

Informação às prefeituras e registros imobiliários

Cadastramento dos imóveis

Cadastramento dos proprietários ou posseiros

Análise documental

Avaliação da propriedade

Escolha da opção pela forma de liberação das áreas

Assinatura do termo de opção

Liberação das áreas

17.9 Implantação, Acompanhamento e Avaliação do Programa

A implantação será realizada pela equipe técnica deste programa, sendo que algumas

atividades poderão ser objeto de convênios com instituições públicas como o Instituto de Terras

do Estado do Pará e Tocantins que tratam do assunto.

O acompanhamento será realizado pelo coordenador do programa e pela Supervisão Ambiental

da obra. A avaliação das atividades será de responsabilidade da equipe de gestão ambiental.

Como instrumentos de acompanhamento e avaliação serão emitidos relatórios após o término de

cada campanha definida neste programa, elaborados pelo coordenador do PITB. Ao final deste

programa será elaborado um Relatório Final de Avaliação a ser encaminhado à gestão ambiental

do empreendimento.

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18. Referências

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19. Anexos

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Anexo A. Modelo de Ficha de Supervisão Ambiental

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