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PROFESSORESFILIPPE AUGUSTOPROF. DE CONSTITUCIONAL E COORDENADOR DO CURSODefensor Público Federal, Ex-PGM de Natal (10° colocado), Ex-PGE-PB (8° colocado), Mestre (UFRN) e Doutorando (UFC) em Direito Constitucional, Ex-Professor da UFC e da UFERSA. Apro-vado na AGU e Advogado do BNDES entre outros concursos.

FRANKLIN DEYVESPROF. DE ADMINISTRATIVO E COORDENADOR ADJUNTO DO CURSOProcurador Federal, Consultor Jurídico da FUNASA no RN, Ex-DPE-CE (18° colocado - Nota 10 na prova oral), Ex-Professor da Univeristario. Aprovado na AGU entre outros concursos.

ANDRÉ LIMAPROF. DE CIVILDefensor Público do Rio Grande do Norte (3º lugar). Ex-DPE-CE (13º lugar). Também aprovado na DPE-PB (5º lugar).

HÉLIO VARELAPROF. DE AMBIENTAL E URBANÍSTICOProcurador do Estado do RN (9° lugar), Ex-PGE-AC, Mestre em Direito Constitucional pela UFRN. Aprovado na PGE-PR, PGM-Joao Pessoa entre outros concursos.

FERNANDA PEREIRA BARBOSAPROFA. DE TRABALHO E P. DO TRABALHOProcuradora do Trabalho (10° lugar), Ex-PGM de Uberlândia (5 lugar), Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela UNIDERP.

TIAGO CAETANO DE SOUZAPROF. DE PROCESSO CIVILProcurador do Município de Natal (1º colocado). Advogado. Aprovado na PGE-CE e PGE-PB. Es-pecialista em Processo Civil.

TIAGO DE MELO PONTES E SILVAPROF. DE TRIBUTÁRIO E FINANCEIROProcurador Seccional da Fazenda Nacional em Mossoró-RN.Ex-OJ do TJCE. Ex-Professor Universitário. Aprovado na PGE-RN entre outros concursos. Especia-lista em Direito e Processo Tributário (UNIFOR).

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SUMÁRIO

D. Constitucional - Questões 1 a 30Prof. Filippe Augusto

D. Administrativo - Questões 31 a 60Prof. Franklin Deyves

D. do Trabalho e D. Processual do Trabalho - Questões 61 a 80Profa. Fernanda Pereira Barbosa

Direito Financeiro - Questões 81 a 100Prof. Tiago Melo

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D. CONSTITUCIONALPROF. FILIPPE AUGUSTO

1 - QUESTÃO:

Segundo a jurisprudência do STF, quando a constitucionalidade de uma norma é questiona-da por meio de ação direta, a sua revogação com o propósito de evitar a declaração da sua inconstitucionalidade, enseja a perda superveniente do objeto da ação.

> RESPOSTA: ERRADO.

>> COMENTÁRIO:

Ordinariamente, quando há revogação do ato normativo ANTES do julgamento de méri-to de sua constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, há entendimento pacificado pela PERDA DE OBJETO DA AÇÃO.

No entanto, recentemente, a Corte deparou-se com situações particulares nas quais a revogação do ato normativo foi DIRETAMENTE MOTIVADA PELA PERSPECTIVA DE SER O DI-PLOMA JULGADO INCONSTITUCIONAL. Isto é, a revogação, nestes casos, apresenta-se como uma farsa. Uma espécie de “fraude” à jurisdição da Corte.

Em razão de esse ardil funcionar como um meio de fugir à jurisdição constitucional, bem como em razão de o processo de controle de constitucionalidade ser um processo de controle objetivo, ou seja, não há partes e, por isso, não possuem “interesse processual, uma vez a ação ingressando no sistema de controle fica ao critério do STF julgar ou não tema. Assim sendo, o STF entendeu que, quando há revogação do ato normativo coma finalidade de fugir ao julga-mento, A CORTE PODE SEGUIR COM JULGAMENTO E DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDA-DE.

Vide Info 845 - STF:

Prejudicialidade e comunicação de revogação de ato normativo após julgamento de ADI

Deve-se afastar a prejudicialidade de ação direta de inconstitucionali-dade caso o Supremo Tribunal Federal tenha julgado o mérito da ação sem ter sido comunicado previamente a respeito da revogação da nor-ma atacada.Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, rejeitou embar-gos de declaração.

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No caso, antes do julgamento do feito em 18.11.2004, a Lei Comple-mentar 78/1993 – declarada inconstitucional – havia sido totalmente revogada pela Lei Complementar 255, de 12 de janeiro de 2004, ambas do Estado de Santa Catarina. Entretanto, essa revogação foi informada somente em embargos de declaração e após o Supremo Tribunal Fede-ral ter julgado o mérito da ação e reconhecido a inconstitucionalidade da norma.A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no senti-do de que a revogação de norma cuja constitucionalidade é questiona-da por meio de ação direta enseja a perda superveniente do objeto da ação.Entretanto, devem ser excepcionados desse entendimento os casos em que há indícios de fraude à jurisdição da Corte, como, por exemplo, quando a norma é revogada com o propósito de evitar a declaração da sua inconstitucionalidade.Da mesma forma, é preciso preservar o trabalho já efetuado pelo Tri-bunal, bem como evitar que a constatação da efetiva violação à ordem constitucional se torne inócua.(...)(ADI 951 ED/SC, rel. Min. Roberto Barroso, 27.10.2016).

A questão explora informativo recente do STF. Jurisprudência recente certamente será uma tônica desse concurso. Mantenha seus informativos 2016 atualizados. Aqui tentaremos acertar os que cairão em sua prova!

>>> ASSERTIVA ERRADA!

2 - QUESTÃO:

Segundo o STF, lei municipal que vede a realização, em bens imóveis do Município, de even-tos patrocinados ou copatrocinados por empresas produtoras, distribuidoras, importadoras ou representantes de bebidas alcoólicas ou de cigarros, com a utilização de propaganda, é inconstitucional por desrespeito ao Art. 22, XXIX da Constituição Federal, que atribui à União a competência privativa para legislar sobre propaganda comercial.

> RESPOSTA: ERRADO.

>> COMENTÁRIO:

Questões envolvendo conflitos de competência material ou legislativa entre o município e os demais entes federativos (em especial, a União federal, haja vista o rol taxativo e extenso estabelecido na Constituição) com certeza serão exploradas pela banca!

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Como o que a Constituição veda é a penhora e não os direitos reis em garantia, é total-mente possível a utilização de tais direitos, como a hipoteca e anticrese.

Uma dúvida mais sofisticada seria se o aluno achasse que não seria possível a hipoteca ou a anticrese, pensando que - como eles servem como garantia da dívida -, caso esta não seja paga e não podendo ser executada - por um juízo de prejudicialidade - também não poderia ser alvo de hipoteca e anticrese! ESSE RACIOCÍNIO, CONTUDO, ESTÁ ERRADO! Essa dúvida chegou aos Tribunais, mas foi espancada! O imóvel pode ser dado em hipoteca e anticrese E, AINDA ASSIM, não poderá ser executado em razão disso. Há vários julgados nesse sentido. Veja-se um recente:

ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FIS-CAL. CÉDULA DE CRÉDITO RURAL. GARANTIA HIPOTECÁRIA. PEQUENA PROPRIEDADE RURAL TRABALHADA PELA FAMÍLIA. IMPENHORABILI-DADE. ART. 5º, XXVI, DA CF/88.1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou o entendi-mento de que a pequena propriedade rural trabalhada pela família é impenhorável, ainda que dada pelos proprietários em garantia hipote-cária para financiamento da atividade produtiva, por força da garantia prevista no art. 5º, XXVI, da CF/88.2. Sentença mantida por seus próprios fundamentos.(TRF4 - Apelação Cível Nº 5000643-82.2015.4.04.7117/RS - 05/09/2016.)

Com efeito, a pequena propriedade rural pode ser dada em garantia de dívida, mas essa garantia não pode ser penhorada, o que, na prática, torna tal garantia inócua! O precedente remoto no STF foi o Agravo Regimental e Agravo de Instrumento no RE 184.198/RS.

>>> ASSERTIVA ERRADA!

14 - QUESTÃO:

No regime constitucional dos precatórios, os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam por-tadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixa-do em lei para as requisições de pequeno valor, admitido o fracionamento para essa finali-dade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.

> RESPOSTA: CERTO.

>> COMENTÁRIO:

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Essa questão é IMPORTANTÍSSIMA para a advocacia pública de um modo geral. Trata-se de mudança RECENTÍSSIMA no art. 100, § 2º da Constituição Federal. Vamos comparar rapida-mente a redação ANTERIOR versus a redação ATUAL:

Art. 100, § 2º, CF/88(Redação ANTERIOR1):

Art. 100, § 2º, CF/88(Após a EC 94/2016):

§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pa-gos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apre-sentação do precatório.

1: Redação dada pela EC 62/2009

Os débitos de natureza alimentícia cujos ti-tulares, originários ou por sucessão heredi-tária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com prefe-rência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste ar-tigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.

Assim, a ATUAL redação deixa expresso o direito dos sucessores hereditários à preferên-cia na fila de precatórios, bem como das pessoas com deficiência, na forma da lei. Vale registrar que a Emenda Constitucional vence o entendimento jurisprudencial anterior. Segundo a 2ª Tur-ma do STJ, o direito de preferência no pagamento de precatório, outorgado aos maiores de 60 anos de idade, NÃO SE ESTENDIA aos seus herdeiros, mesmo que também idosos (OBS: ISSO NO REGIME ANTERIOR À NOVA EMENDA CONSTITUCIONAL). No caso concreto julgado pelo STJ, os sucessores do morto alegavam que, assim como o falecido, tinham direito ao benefício previsto pelo art. 100, § 2º, da CF/88. Eis o julgado no regime constitucional anterior:

1. Cuida-se de recurso ordinário interposto contra acórdão que de-negou a segurança ao pleito mandamental de extensão do direito de preferência no pagamento de precatórios aos idosos; alegam os recor-rentes que, por serem herdeiros e, também, idosos, possuem o mesmo direito - com base no art. 100, § 2º da Constituição Federal - outorgado ao titular falecido.2. Os dispositivos constitucionais - introduzidos pela Emenda Constitu-cional n. 62/2009 - mencionam que o direito de preferência será outor-gado aos “titulares que tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na

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data de expedição do precatório” (art. 100, § 2º) e aos “titulares originais de precatórios que tenham completado 60 (sessenta) anos de idade até a data da promulgação desta Emenda Constitucional” (art. 97, § 18); bem se nota que a referência expressa somente atinge aos titulares ori-ginários dos precatórios e não aos sucessores.3. O postulado direito de preferência no pagamento de precatórios não pode ser estendido, uma vez que possui caráter personalíssimo, tal como se infere aos dispositivos da Constituição Federal nos quais está previsto; tal interpretação encontra amparo, ainda, no art. 10, § 2º da Resolução n. 115/2010 do CNJ - Conselho Nacional de Justiça. (...)STJ. 2ª Turma. RMS 44836/MG, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 20/02/2014.

ESSE ENTENDIMENTO, PORTANTO, ESTÁ SUPERADO!

>>> ASSERTIVA CORRETA.

15 - QUESTÃO: O transporte está constitucionalmente positivado como um direito social.

> RESPOSTA: CERTO.

>> COMENTÁRIO:

Trata-se de outra Emenda Constitucional RECENTÍSSIMA! De fato, com a Emenda Consti-tucional n. 90 de 2015, o direito ao transporte foi incluído ao rol do art. 6º da CF/88:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o traba-lho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 90, de 2015)

Fica nítida assim a necessidade de, em provas CESPE, estar com as MAIS RECENTES EMEN-DAS CONSTITUCIONAIS devidamente apreendidas! Reveja todas as ECs, no mínimo, de 2014 para cá!

>>> ASSERTIVA CORRETA!

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vidor acusado, que contamina a validade do ato e do respectivo processo”. (COSTA, José Arman-do da. Teoria e Prática do Processo Administrativo Disciplinar. 5. ed. Brasília: Brasília Jurídica, 2005, p. 432.)

Na Lei nº 8.112/90, o art. 169 que trata da nulidade disciplinar, sem, entretanto, concei-tuá-la, vejamos:

Art. 169. Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgado-ra declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a consti-tuição de outra comissão, para instauração de novo processo.

Nem todos os defeitos que se apresentam nos atos processuais disciplinares podem ser considerados como causa de nulidade. O que vai definir a nulidade será a classificação do vício processual, que pode ser de nulidade, de anulabilidade ou de mera irregularidade.

Os vícios de nulidade são aqueles que causam prejuízos notórios ao servidor acusado. Os vícios de anulabilidade exigem que os prejuízos sejam arguidos e demonstrados. Já os ví-cios de mera irregularidade são aqueles que não implicam prejuízo para as partes, por consis-tirem em meras violações de forma.

Fica a dica sobre nulidade em PAD.

>>>ASSERTIVA ERRADA!

52 - QUESTÃO:

Entende o STF que as sociedades de economia mista prestadoras de serviço público de atu-ação própria do Estado e de natureza não concorrencial submetem-se ao regime de preca-tório.

> RESPOSTA: CERTO.

>> COMENTÁRIO:

O STF analisando o caso concreto de uma sociedade de economia mista de Alagoas, que presta serviço público de abastecimento de água e saneamento, entendeu que, pelo fato da ci-tada sociedade ter capital social majoritariamente estatal, não possuir finalidade lucrativa, pres-tar serviço público primário e em regime de exclusividade, tal atuação corresponderia à própria atuação do Estado, coadunando-se à execução por meio de precatório. Vide julgado:

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Agravo regimental no recurso extraordinário. Constitucional. Socieda-de de economia mista. Regime de precatório. Possibilidade. Prestação de serviço público próprio do Estado. Natureza não concorrencial. Pre-cedentes. 1. A jurisprudência da Suprema Corte é no sentido da apli-cabilidade do regime de precatório às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. 2. A CASAL, sociedade de economia mista prestadora de serviços de abastecimento de água e saneamento no Estado do Alago-as, presta serviço público primário e em regime de exclusividade, o qual corresponde à própria atuação do estado, haja vista não visar à obten-ção de lucro e deter capital social majoritariamente estatal. Preceden-tes. 3. Agravo regimental não provido. (Ag. Reg. no RE 852.302/AL)

Desta forma, sinteticamente, entendeu o STF que, em casos como esse, as sociedades de economia mista se submetem ao regime de precatório por serem uma espécie de “braço” do próprio Estado.

>>>ASSERTIVA CERTA!

53 - QUESTÃO:

A encampação é a forma de extinção do contrato administrativo em que não há qualquer inadimplência do concessionário, mas há interesse da Administração em retomar o serviço. Para tanto, é necessário que haja lei autorizando de forma específica a retomada do serviço e prévio pagamento, pelo concedente, de indenização dos bens do concessionário empre-gado na execução do serviço.

> RESPOSTA: CERTO.

>> COMENTÁRIO:

Nos termos do art. 35, II c/c art. 37 da Lei n.º 8.987/95, a encampação é definida conforme a descrição acima.

Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse pú-blico, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.

A encampação, também chamada de resgate, é instituto estudado pelo Direito Admi-nistrativo. Trata-se da retomada coercitiva do serviço pelo poder concedente. Ocorre durante o prazo da concessão e por motivo de interesse público. É vedado ao concessionário oposição

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79 - QUESTÃO: O Tribunal Superior do Trabalho considera inadmissível a penhora sobre a renda mensal ou faturamento de empresa, presumindo que tal ato terá o condão de comprometer o desen-volvimento regular das atividades.

> RESPOSTA: ERRADO.

>> COMENTÁRIO:

A Orientação Jurisprudencial 93 da SDI-2 admite a penhora sobre renda mensal ou fatu-ramento de empresa, mas desde que limitada a um percentual que não comprometa o desen-volvimento regular de suas atividades.

Abaixo, o texto da OJ em comento:

OJ 93 SDI2. MANDADO DE SEGURANÇA. POSSIBILIDADE DA PENHORA SOBRE PARTE DA RENDA DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL. É admissí-vel a penhora sobre a renda mensal ou faturamento de empresa, limita-da a determinado percentual, desde que não comprometa o desenvol-vimento regular de suas atividades.

>>> ASSERTIVA ERRADA!

80 - QUESTÃO: A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quan-do representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação. Consideran-do que o mandato em questão decorre de nomeação em Diário Oficial, basta que o Procura-dor indique o seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.

> RESPOSTA: ERRADO.

>> COMENTÁRIO:

A jurisprudência do TST entende que, a despeito de a União, Estados, Municípios, DF, Au-tarquias e Fundações Públicas estarem dispensados da juntada de instrumento de mandato e comprovação do ato de nomeação de seus procuradores em juízo, é essencial que o procurador ao menos se declare exercente do cargo, não bastando a meda indicação do número de inscri-ção na OAB.

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Neste sentido, o disposto na Súmula 436 do TST, in verbis:

Súmula nº 436 do TST. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTAR-QUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MAN-DATO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 52 da SBDI-I e inser-ção do item II à redação) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fun-dações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação. II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao me-nos que declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.

>>> ASSERTIVA ERRADA!

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DIREITO FINANCEIRO PROF. TIAGO MELO

81 - QUESTÃO:

De acordo com a doutrina majoritária, receita pública é a espécie de entrada ou ingresso que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspon-dências no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo.

> RESPOSTA: CERTO.

>> COMENTÁRIO:

Há doutrina minoritária que emprega o termo ingresso como sinônimo de entrada provi-sória, contudo, para a doutrina majoritária, ingresso é o mesmo que entrada, em sentido amplo.

Consoante Aliomar Baleeiro, na obra: “Uma Introdução à Ciência das Finanças”:

Receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondências no passivo, vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo.

>>> ASSERTIVA CORRETA!

82 - QUESTÃO:

As receitas correntes são aquelas direcionadas à cobertura das despesas correntes. Estas, abrangem os gastos relacionados ao custeio da atividade administrativa sendo, por isso, denominadas despesas produtivas.

> RESPOSTA: ERRADO.

>> COMENTÁRIO:

A Lei n. 4320/1964, prevê, em seu artigo 11:

Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 1982).

Com efeito, as receitas correntes constituem recursos direcionados à cobertura das des-

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pesas correntes, também denominadas obrigatórias ou improdutivas, pois através de tais des-pesas não há incremento do patrimônio público, apenas o custeio da atividade em si.

>>> ASSERTIVA ERRADA!

83 - QUESTÃO:

Receita pública originária é a auferida pela exploração do patrimônio estatal, de forma vo-luntária e contratual, sendo também alcunhada de receita pública de economia privada. Ca-racterística da mencionada exploração patrimonial é o Poder de Império do Estado.

> RESPOSTA: ERRADO.

>> COMENTÁRIO:

Conforme doutrina dominante, receita originária é aquela oriunda da exploração econô-mica de bens de qualquer natureza de titularidade pública, obtida segundo regras de direito privado. Assim, em tais operações, não há incidência do Poder de Império estatal.

Com efeito, pode-se conceituar as receitas públicas originárias como aquela obtidas em relação jurídica regida pelo direito privado.

>>> ASSERTIVA ERRADA!

84 - QUESTÃO:

Conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os royalties devidos pela exploração de recursos pertencentes à União caracterizam-se como receitas originárias, todavia, cons-tituirão receitas derivadas de Estados e Municípios, quando do repasse realizado de acordo com expressa previsão constitucional.

> RESPOSTA: ERRADO.

>> COMENTÁRIO:

Royalties constituem compensações financeiras devidas em virtude da exploração de re-cursos naturais, recursos esses pertencentes à União.

De acordo com o artigo 20, §1º da CRFB/88:

Art. 20. São bens da União:(...)

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§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

Ou seja, por expresso mandamento constitucional, a União deve repassar uma parcela dos royalties recebidos aos Estados, Distrito Federal e Municípios.

O STF sedimentou o entendimento de que os royalties ostentam natureza de receitas originárias, independentemente de pertencerem à União ou do repasse realizado aos demais entes políticos. A esse respeito:

MANDADO DE SEGURANÇA. ATO CONCRETO. CABIMENTO. EXPLORA-ÇÃO DE PETRÓLEO, XISTO BETUMINOSO E GÁS NATURAL. PARTICIPA-ÇÃO, EM SEU RESULTADO, DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MU-NICÍPIOS. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 20, § 1º. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PARA A FISCA-LIZAÇÃO DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS ORIUNDOS DESTA EXPLORA-ÇÃO NO TERRITÓRIO FLUMINENSE. 1 - Não tendo sido atacada lei em tese, mas ato concreto do Tribunal de Contas da União que autoriza a realização de auditorias nos municípios e Estado do Rio de Janeiro, não tem aplicação a Súmula 266 do STF. 2 - Embora os recursos naturais da plataforma continental e os recursos minerais sejam bens da União (CF, art. 20, V e IX), a participação ou compensação aos Estados, Distrito Fe-deral e Municípios no resultado da exploração de petróleo, xisto betu-minoso e gás natural são receitas originárias destes últimos entes fede-rativos (CF, art. 20, § 1º). 3 - É inaplicável, ao caso, o disposto no art. 71, VI da Carta Magna que se refere, especificamente, ao repasse efetuado pela União - mediante convênio, acordo ou ajuste - de recursos origi-nariamente federais. 4 - Entendimento original da Relatora, em senti-do contrário, abandonado para participar das razões prevalecentes. 5 - Segurança concedida e, ainda, declarada a inconstitucionalidade do arts. 1º, inc. XI e 198, inc. III, ambos do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União, além do art. 25, parte final, do Decreto nº 1, de 11 de janeiro de 1991.(MS 24312, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 19/02/2003, DJ 19-12-2003 PP-00050 EMENT VOL-02137-02 PP-00350).

>>> ASSERTIVA ERRADA!