professora: susana rolim s. silva · - conjunto de teorias que apontam para a determinação da...
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Sociólogo, filósofo e antropólogo francês.
Conferiu a Sociologia o reconhecimento
acadêmico.
Considerado por muitos o pai da Sociologia.
Sua grande preocupação: estabelecer o objeto de
estudo e o método de investigação da Sociologia.
A Sociologia deveria tornar-se independente.
Tinha uma visão otimista da sociedade capitalista.
Para ele, a divisão do trabalho não gerava conflitos,
mas sim solidariedade.
Não atribuía aos fatores econômicos as causas da
crise nas sociedades européias.
Para ele, o grande problema da sociedade moderna
não era de cunho econômico, mas moral.
Definiu o objeto de estudo da Sociologia
- Conjunto de teorias que apontam para a determinação da funcionalidade de certas instituições sociais sobre as formas de existência cultural.
- Predominância da cultura sobre a economia e a política.
- A partir das funções das instituições culturais é que os grupos humanos vão desenvolvendo suas estratégias de vida e organização social.
“Consistem eles em maneiras de fazer ou de pensar,
reconhecíveis pela particularidade de serem
suscetíveis de exercer influência coercitiva sobre as
consciências particulares”.
Apresentam uma maneira de ser constante.
Possuem existência própria; o indivíduo encontra-os
formados e não consegue impedi-los de existir, nem
modificá-los.
Institui certas maneiras de agir e de pensar.
“O conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade”.
Sistema com vida própria e difusa em toda a sociedade.
Pertence a uma instância moral e difere da consciência individual, embora se realiza nos indivíduos.
Consciência coletiva nas sociedades simples ou arcaicas e nas sociedades complexas.
GENERALIDADE:
Os fatos sociais
estão presentes em
todas as
sociedades.
EXTERIORIDADE:
Eles são exteriores
ao indivíduos.
O devoto ao nascer
encontra prontas as
crenças e as
práticas.
COERCITIVIDADE:
Eles impõem
determinadas
maneiras de agir e
de pensar ao
indivíduo.
“Vítimas de uma
ilusão, acreditamos
ser produto de nossa
própria elaboração
aquilo que nos é
imposto do exterior.”
O normal como “padrão”.
O patológico: fere a consciência coletiva, agride os preceitos morais e põe em risco a integração social.
O crime: normal ou patológico?
Ele é geral e útil à sociedade: a transgressão favorece o fortalecimento dos valores feridos.
A criminalidade e o suicídio: fatos sociais normais. O aumento de suas taxas os tornam patológicos.
Anomia: carência de regulamentação social, de regras
Considerar os fatos sociais como coisas, cuja
natureza não é passível de fácil modificação.
Não que os fatos sociais sejam coisas materiais, e
sim que constituem coisas tais como as coisas
materiais, embora de maneira diferente.
É preciso desconfiar sempre das primeiras
impressões, afastar-se de todas as prenoções (base
do método) e libertar-se de falsas evidências.
Recusa a explicar o mais complexo pelo mais
simples.
“É todo objeto de conhecimento que a inteligência
não penetra de maneira natural, tudo aquilo que não
podemos formular uma noção adequada por simples
processo de análise mental...”
É tudo o que é dado, tudo que se oferece à
observação.
Só podemos conhecer por meio da observação e
experimentação, passando das características mais
exteriores e mais acessíveis para as menos visíveis e
mais profundas.
Para ele a divisão do trabalho, onde cada um é
treinado e especializado numa determinada área,
cria dependência entre os indivíduos.
E essa dependência propicia o desenvolvimento
de uma cooperação, de uma solidariedade entre
os homens.
Para que haja essa solidariedade é preciso que
haja um consenso moral, ou seja, uma aprovação
e aceitação por parte de todos os membros.
Implica consenso moral.
Tipo de coesão social no qual todos os
membros de um grupo se ajudam
mutuamente movidos simplesmente por um
impulso de solidariedade.
Nessa forma de solidariedade os indivíduos
estão unidos por laços de parentesco.
O Direito Repressivo e Justiça Retributiva.
Forma de coesão baseada nas relações de troca,
dentro de uma divisão diferenciada do trabalho
(cada indivíduo dedica-se a uma especialidade e
não têm como produzir tudo o que necessita- a
troca de produtos).
É fruto das diferenças sociais, já que são essas
diferenças que unem os indivíduos pela
necessidade de troca de serviços.
Direito Restitutivo e Justiça Restaurativa.
Para melhor explicar a progressão de uma
solidariedade a outra, ele examinou o
desenvolvimento do sistema de leis, que
segundo ele, são as prescrições morais, ou seja,
aquilo que se recomenda praticar na sociedade.
E todas as leis envolvem sanções que expressam
o caráter obrigatório dos códigos morais.
Nesse sentido, as leis e sanções vão servir como
uma espécie de guia da conduta humana,
mostrando aquilo que deve e não deve ser feito.
São aquelas características do direito civil e
comercial e envolvem a restauração do estado de
coisas que existiam antes da transgressão da lei.
Seu objetivo é o reajustamento.
Essas sanções servem para restituir a sociedade
naquilo que lhe foi tirado.
Exemplo: a obrigação de devolver ou pagar um
bem que fora roubado.
São aquelas que se associam com a lei penal
e consistem na aplicação de alguma forma de
repressão ou de sofrimento.
Exemplo: a perda da liberdade.
DURKHEIM, Émile. As Regras do Método
Sociológico. São Paulo: Editora Nacional, 1987.
FILHO, Arnaldo Lemos et al. Sociologia Geral e do
Direito. 3. ed. Campinas: Alínea, 2008.
GIDDENS, Anthony. As ideias de Durkheim. São
Paulo: Cultrix, 1978.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São
Paulo: Brasiliense, 2006.