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A administração colonial

O início da colonização brasileira foi marcada pela expedição de Martim Afonso deSouza, que possuía três finalidades: iniciar o povoamento da área colonial, realizar aexploração econômica e proteger o litoral contra a presença de estrangeiros.

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Expedições de reconhecimento

Para efetivar o povoamento, MartimAfonso de Souza fundou a vila de SãoVicente, em 1532 e o Engenho doGovernador. Também iniciou adistribuição de sesmarias, isto é,grandes lotes de terra para pessoasque se dispusessem a explorá-los.Com esta expedição, o sistema decapitanias hereditárias começou a seradotado, iniciando efetivamente oprocesso de colonização do Brasil.

Implantadas em 1534, por D. João III,objetivavam garantir a posse colonial ecompensar as sucessivas perdasmercantis do comércio com as Índias.

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Pelo sistema, o ônus da ocupação,exploração e proteção da colônia eratransferido para a iniciativa privada.Semelhante processo de colonização jáfora adotado pelos lusitanos nas ilhas doAtlântico.

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Uma casa portuguesa com certeza...

O Brasil foi dividido em 15 capitaniasque foram entregues as 12 donatários.O sistema de capitanias possuía suabase jurídica em dois documentos:- Carta de Doação: documento queoutorgava a posse das terras ao capitãodonatário.É importante notar que o donatárionão possuía a propriedade da terra,mas sim a posse; cabendo ao rei opoder ou não de tomar a capitania devolta.- Foral: documento que estabelecia osdireitos e obrigações dos colonos.Pelo regime de Capitanias Hereditárias,os capitães donatários possuíamamplos poderes administrativos,jurídicos e militares, sendo por istocaracterizado como um sistema deadministração descentralizado

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A prematura decadência econômica dePortugal e sem um órgão central paracomandar o sistema aos pouco sedesintegrava. Foram por essas razões que D.João III, instituiu o Governo Geral em 1548.

O sistema de Capitanias não foisuficiente para garantir o sucesso daempresa colonizadora e a proteçãoefetivo do território colonial.

A descentralização política dificultouas atividades econômicas obrigandoaos colonos a enfrentarempraticamente sozinhos as ações danatureza, ataques de índios ou aindaconflitos entre vizinhos.

Os problemas financeiros dos donatários e atémesmo a falta de talento administrativo porparte de outros, podem ser apontados comorazões do fracasso do Sistema.

O governo Geral: 1548

Tomé de Souza – 1º Governador Geral

Com Tomé de Souza chegou padreManuel da Nóbrega um dos responsávelpela catequese na colônia. Tomé deSousa participou da fundação doprimeiro bispado do Brasil, assistiu àfundação do primeiro colégio jesuíta,incentivou à agricultura e a pecuária eorganizou expedições a procura demetais preciosos.

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Tomé de Sousa fundou a cidade doSalvador, onde fez edificar a residência dogovernador, a Casa da Câmara, a IgrejaMatriz, Colégio dos Jesuítas.

Duarte da Costa: 1553

...Foi o segundo governador geral doBrasil colonial assumindo o poder emjulho de 1553, veio para substituirTomé de Souza que havia pedido aorei Dom João III para deixar o cargoconcedido pela autoridade real.Sua administração teve que enfrentardiversos problemas que colocavamem risco a manutenção dos domínioslusitanos.Duarte da Costa veio acompanhadopor um grupo de padres jesuítas entreos quais estavam José de Anchieta eManoel da Nóbrega. A atuação destesdois clérigos foi de grandeimportância no processo de formaçãodos primeiros centros urbanos einstituições de ensino da colônia.

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Em 1555, Duarte da Costa combateu e impediu a instalação de uma colônia francesa naregião do Rio de Janeiro. O conflito desenvolvido após a chegada dos franceses foi deextrema dificuldade, pois os invasores contavam com o apoio militar dos índios quelutavam contra a presença dos portugueses.Na verdade, a postura refletia a política nada amistosa de Duarte da Costa, que permitiua utilização da mão-de-obra dos indígenas.

Para solucionar os problemas relacionados a escassez de escravos africanos o governadororganizou tropas para combaterem as tribos indígenas. Essas ações foram duramentecriticadas pelo bispo Pero Fernandes Sardinha. O religioso acusava o governador e seu filhoÁlvaro da Costa de agirem de forma violenta e autoritária.

A contenda entre as duas autoridades chamou a atenção da Coroa Portuguesa, queexigiu que o clérigo prestasse conta sobre as acusações onde denunciava o autoritarismode Álvaro da Costa. Na viagem de volta a Portugal, o bispo Sardinha sofreu um naufrágiona região de Alagoas e acabou sendo morto e devorado por um grupo de índios caetés.Os vários problemas que marcaram a administração de Duarte da Costa acabaram dandofim ao seu governo. Dessa maneira, Duarte da Costa foi substituído pelo governadorMem de Sá no ano de 1558.

3º Governador Geral

Mem de Sá – Governador Geral

Foi o terceiro governador geral doBrasil. Entre seus feitos temos apacificação de índios rebelados emvárias capitanias e a expulsão dosfranceses da Baía de Guanabara.Nascido em Coimbra, torna-sedesembargador da Casa deSuplicação de Lisboa.

Foi nomeado, em julho de 1556,governador geral. No ano seguintechega à Bahia, sede do governo geral.Conseguiu apaziguar a colônia,abalada por desavenças entrecolonos e jesuítas. Controla os índioshostis, contando para isso com aajuda dos padres Manuel da Nóbregae José de Anchieta.

(...) apesar de apresentar diferençasregionais possuía certos traçoscomuns definidos, principalmente,pelo patriarcalismo.A família sempre se unia paraenfrentar os inimigos externos.Internamente essa união eradeterminada pela autoridade doPater-famílias.Ao exercer em seus domínios a suaautoridade, decidindo sobre a vidada mulher e o destino dos filhos edos escravos o senhor assumia emsua casa poderes ilimitados.

A família patriarcal...

...sob a autoridade do pai ou patriarca era formada pela mulher, filhos legítimos eilegítimos, netos, parentes, compadres, afilhados, serviçais, amigos, agregados eescravos.

A sociedade colonial brasileira

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A dinâmica da sociedade colonial...O modelo patriarcal persistiu noBrasil durante toda a épocacolonial, o Império e parte daRepública.

Por outro lado, a educaçãoreligiosa formava os jovensdentro do espírito de totalsubmissão a Deus,possibilitando aos filhos, emalguns momentos, colocar emdúvida as decisões do pai.

Os filhos dos homens ricos que estudavam na Europa ao retornarem ao Brasil, influenciadospelas idéias e filosofias européias passavam muitas vezes a contestar a autoridade dospatriarcas.

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Mandonismo – controle porum homem ou uma famíliacom poderes econômicossobre os moradores de umpovoado, uma vila ou mesmode uma cidade.

Filhotismo – eram osprotegidos e apadrinhadosdos poderosos, a quemestavam obrigados a servircomo retribuição pela ajudarecebida.

As suas leis e suas vontades...

Esse controle ocorria pelo uso da força, pela troca de favores ou pela submissão às idéias deum determinado Senhor.

a população cativa não foi um fato raro nasociedade colonial. Por outro lado, as uniõesconsideradas ilícitas pela igreja entre osescravos ou outros membros da sociedadeeram toleradas pelo Estado. Parte dessacondescendência devia-se a ausência noBrasil, de mulheres de origem européia.

As uniões estáveis ou não entre ...

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Família, casamento e amor... eram regras da vidaconjugal e seguiam osprincípios estabelecidossegundo pela IgrejaCatólica.

A família era um meioeficiente de garantir asalianças políticas, osucesso econômico e oprestigio social.

Às mulheres cabia a procriação, principal objetivo docasamento, cuidar da casa, dos filhos.

Homens e mulheresdesempenhavam funçõesespecíficas na relaçãoconjugal.

Aos homens o bom desempenho nos assuntos relacionados aos negócios e aos interessesfinanceiros da família.

FIMAté a próxima aula...

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