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Professor: Joaquim Estevam de Araújo Neto Fone: (95) 99112-3636 - [email protected] Protegido pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais By: J. E. A. Neto 1

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Professor: Joaquim Estevam de Araújo NetoFone: (95) 99112-3636 - [email protected] pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais

By: J. E. A. Neto

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FATO; VALOR; NORMA Censo 2010 (IBGE) revela a atual constituição da família

brasileira;

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PILARES DO DIREITO MODERNO Novo modelo familiar é informado pela dignidade da pessoa

humana, pela igualdade entre seus membros e pelo solidarismo;

Princípio da Solidariedade (solidarismo ou socialidade) Impõe o atuar responsável em relação ao próximo, ou seja, cada

um é responsável pela existência social do outro; Harmonização entre interesses individuais e interesses coletivos

ou sociais, realizando-se uma verdadeira igualdade social.

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PRINCÍPIO DA PATERNIDADE (OU PARENTALIDADE)RESPONSÁVEL

Responsabilidade dos genitores com os filhos; Dever ser dos pais; Dever de cuidar;

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção doEstado.(...)§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e dapaternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão docasal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais ecientíficos para o exercício desse direito, vedada qualquer formacoercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente.Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores,cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir asdeterminações judiciais.

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PRINCÍPIO DA PATERNIDADE (OU PARENTALIDADE)RESPONSÁVEL

Responsabilidade dos genitores com os filhos; Dever ser dos pais; Dever de cuidar;

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção doEstado.(...)§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e dapaternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão docasal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais ecientíficos para o exercício desse direito, vedada qualquer formacoercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente.Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores,cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir asdeterminações judiciais.

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PRINCÍPIO DA LIBERDADE RESTRITA E DA BENEFICÊNCIACONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção doEstado.(...)§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e dapaternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão docasal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais ecientíficos para o exercício desse direito, vedada qualquer formacoercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamentea condição de consortes, companheiros e responsáveis pelosencargos da família.§ 2º O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindoao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para oexercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte deinstituições privadas ou públicas.

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PRINCÍPIO DA LIBERDADE RESTRITA E DA BENEFICÊNCIA

Preventiva: meio de informação, ensino e educação das pessoasa respeito dos métodos, recursos e técnicas para o exercício dosdireitos reprodutivos e sexuais;

Promocional: emprego de recursos e conhecimentos científicospara que as pessoas possam exercer seus direitos reprodutivos esexuais (CALMON, 2008, p. 78-79);

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PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR

Apresenta duas dimensões: a primeira dimensão, no âmbito interno das relações familiares,

em razão do respeito recíproco e dos deveres de cooperaçãoentre seus membros;

APELAÇÃO CÍVEL. ALIMENTOS AVOENGOS. OBRIGAÇÃO SUBSIDIÁRIA.AUSÊNCIA DE PROVA ACERCA DA IMPOSSIBILIDADE DOS GENITORES.DEVER ALIMENTAR DOS PAIS NÃO AFASTADO. INTELIGÊNCIA DOSARTS. 1.694, CAPUT, 1.697 E 1.698 DO CCB. PRECEDENTE. Aobrigação de alimentos somente será repassada a outros parentes,incluindo os avós, excepcionalmente, quando comprovada a totalimpossibilidade dos genitores, a quem incumbe primeiramente essedever, decorrente do poder familiar, sob pena de subversão doprincípio da solidariedade familiar. Apelo provido. (TJRS; AC0079440-79.2016.8.21.7000; Osório; Sétima Câmara Cível; RelªDesª Sandra Brisolara Medeiros; Julg. 26/10/2016; DJERS04/11/2016)

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PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIARPROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIMENTOS.REVISIONAL. PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE. BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE. MAIORIDADE CIVIL. EXONERAÇÃO AUTOMÁTICA.IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA Nº 358 STJ. NECESSIDADE DECONTRADITÓRIO. 1. A obrigação alimentar é um múnus públicofundamentado na solidariedade familiar, obrigando aos parentes odever de assistência mútua atendendo às necessidades que possamprover seus sustentos. 2. Essa obrigação está pautada no princípioda proporcionalidade que possui o binômio necessidade-possibilidade. 3. O alcance da maioridade civil, por si só, nãoautoriza o pai deixar de cumprir a obrigação alimentar à filha,considerando que não se admite exoneração automática, devendohaver o contraditório, inteligência da Súmula nº 358 do STJ. 6.Recurso conhecido e improvido. (TJDF; Rec 2015.00.2.014925-7; Ac.896.303; Segunda Turma Cível; Relª Desª Gislene Pinheiro deOliveira; DJDFTE 30/09/2015; Pág. 117)

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PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 932. São também responsáveis pela reparação civil:I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em suacompanhia;

a segunda dimensão, nas relações do grupo familiar com acomunidade, com as demais pessoas e com o meio ambiente emque vive.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado,interferir na comunhão de vida instituída pela família.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

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VV. DIREITO CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO DE MODIFICAÇÃO DE GUARDA JUDICIAL.DISPUTA ENTRE MÃE BIOLÓGICA E MADRASTA. MANTIDA GUARDA COM A GENITORA.DIREITO DE VISITA À MADRASTA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL.CONCESSÃO. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Impõe-se garantir o direito de visitaà madrasta, sem prejuízo de posterior discussão sobre a guarda compartilhada, pois,se a mãe biológica, que permitiu a permanência do menor, desde tenra idade, sob aguarda do pai e da madrasta, não perde o direito de conviver com o menor, não semostra legítimo que igual direito não tenha a pessoa que assumiu a criação dacriança como se sua mãe fosse, e permaneceu nessa condição por mais de 6 (seis)anos, em evidente relação afetiva recíproca por solidariedade familiar. 2. O princípioda proteção integral, base mestra do estatuto menorista, impõe ao magistrado aatuação, até mesmo de ofício, para determinar todas e quaisquer medidas necessáriasao resguardo dos direitos da criança e do adolescente, nos termos do art. 153 da Leinº 8.069/1990. (...) 3. O restabelecimento do contato entre a apelante e o menormelhor atende ao princípio da proteção integral da criança, devendo ser concedida àrecorrente o direito de visitas, preservando o vínculo afetivo existente. (...) 4. Aolimitar-se a parte ao pedido de guarda, sem nada deduzir perante o juízo de primeirograu quanto ao pleito de regulamentação do direito de visitas, importa em inovaçãorecursal, a impedir o conhecimento da matéria neste grau de jurisdição. 5. Apeloconhecido e desprovido. (TJAC; APL 0704899-08.2014.8.01.0001; Ac. 16.987;Primeira Câmara Cível; Rel. Desig. Des. Laudivon Nogueira; DJAC 21/11/2016; Pág. 7)

PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE FAMILIAR

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PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DOADOLESCENTE

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 227. É DEVER da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, àsaúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, àdignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,exploração, violência, crueldade e opressão.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE GUARDA. DISPUTA ENTRE GENITORES. PRINCÍPIODO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. As alterações deguarda, em regra, devem ser evitadas, na medida em que acarretammodificação na rotina de vida e nos referenciais do menor, e, porconseguinte, geram transtornos de toda ordem. Caso concreto em que ogenitor vem atendendo os interesses e necessidades da menor, razãoplausível para manter-se a guarda paterna. Apelação desprovida. (TJRS; AC0293697-28.2016.8.21.7000; Viamão; Sétima Câmara Cível; Relª DesªLiselena Schifino Robles Ribeiro; Julg. 26/10/2016; DJERS 03/11/2016)

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PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DOADOLESCENTEAGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE POSSE E GUARDA DE MENOR.MODIFICAÇÃO DE GUARDA. TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA.PRINCIPIO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. 1. O Principio do melhorinteresse da criança determina que, ao menos enquanto nãoresolvida definitivamente a controvérsia instaurada na origem,mantenha-se a menor distante da situação denunciada pelo relatóriodo órgão ministerial. 2. As informações prestadas pela agravante vãode encontro ao que foi demonstrado nos autos, uma vez que ficoudemonstrada, em um juízo de cognição sumária, a situação de riscoapta a modificar a guarda da criança, em especial Relatório Técnicoelaborado pelo serviço de Análise Psicossocial do Ministério Público.3. A modificação, em sede de juízo de cognição sumária, da guardadas menores, visa atender o princípio do melhor interesse da criançae do adolescente. 4. Recurso conhecido e improvido. (TJDF; AGI2016.00.2.025945-6; Ac. 967.174; Segunda Turma Cível; Relª DesªGislene Pinheiro; Julg. 21/09/2016; DJDFTE 27/09/2016

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PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.(...)§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre ohomem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar suaconversão em casamento.(...)§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte deconsangüinidade ou outra origem.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base naigualdade de direitos e deveres dos cônjuges.

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PRINCÍPIO DA AFETIVIDADELEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. ECA

Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutelaou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ouadolescente, nos termos desta Lei.§ 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamenteouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio dedesenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, eterá sua opinião devidamente considerada.§ 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seuconsentimento, colhido em audiência.§ 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e arelação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar asconsequências decorrentes da medida.§ 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda damesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco deabuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade desolução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimentodefinitivo dos vínculos fraternais

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PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE

ADOÇÃO DE MENOR. NULIDADE. PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSEDA CRIANÇA. VÍNCULO DE AFETIVIDADE. 1. A falta de intimação dopai biológico da adotanda para a audiência não torna nulo oprocesso se a adotanda, maior de doze anos, manifesta seuconsentimento na adoção. E, se ao longo da ação, a adotandaalcançou a maioridade, dispensa-se o consentimento do paibiológico. 2. Se a adotanda já alcançou a maioridade e encontra-sena guarda dos requerentes desde quando tinha treze dias de vida,reconhecendo-os como pais e os tendo como sua família, provadoestá o forte vínculo de afetividade estabelecido, a justificar aextinção do pátrio poder do pai biológico e concessão da adoção. 3.Apelação não provida. (TJDF; APC 2009.01.3.006526-7; Ac.963.562; Sexta Turma Cível; Rel. Des. Jair Soares; Julg. 31/08/2016;DJDFTE 08/09/2016)

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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. PREVENÇÃO DA QUINTACÂMARA CÍVEL. PRELIMINAR DE NULIDADE DA AÇÃO DE REGISTRO CIVIL. REJEITADA.IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE AJUIZAMENTO DE DEMANDA AUTÔNOMA.PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA POR CERCEAMENTO DE DEFESA. REJEITADA.INEXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO, MAS PROVAS CONSIDERADAS SUFICIENTES AOJULGAMENTO. MÉRITO. EXAME DE DNA NEGATIVO. PROSSEGUIMENTO DA DEMANDAPARA INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE SOCIOAFETIVA. CONVIVÊNCIA POR MAIS DEDEZ ANOS ENTRE O INVESTIGADO E A APELANTE. RECONHECIMENTO PÚBLICO COMOPAI E FILHA. DOCUMENTOS PESSOAIS E FOTOGRAFIAS. PREVALÊNCIA DO PRINCÍPIO DADIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. PATERNIDADE RECONHECIDA. RECURSOCONHECIDO E PROVIDO, CONTRA O PARECER. (...) 04. ainda que tenha sidocomprovada a ausência do vínculo biológico, ante a negativa do exame de dna, épossível proceder ao reconhecimento da paternidade socioafetiva. 05. conformeprecedentes do superior tribunal de justiça, deve-se dar o devido destaque à tutelada personalidade humana, que salvaguarda a filiação como elemento fundamental naformação da identidade do ser humano. assim, no confronto entre a paternidadebiológica e a que derive da relação socioafetiva, deve prevalecer aquela que mais bematenda ao princípio da dignidade da pessoa humana. 06. deve ser reconhecida apaternidade socioafetiva, porquanto a apelante, por mais de dez anos (duranteinfância e adolescência) foi tratada como filha na família e perante toda a sociedade,desenvolvendo nítida relação de afetividade com aquele que a proveu e se portoucomo verdadeiro pai. 07. recurso conhecido e provido, contra o parecer. (TJMS; APL0811208-52.2011.8.12.0001; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Vladimir Abreu da Silva;DJMS 27/09/2016; Pág. 46)

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PRINCÍPIO DO PLURALISMO DAS ENTIDADES FAMILIARES

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LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre ohomem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua eduradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.(...)§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem ea mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada porqualquer dos pais e seus descendentes.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e amulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculoconjugal, e o juiz os declara casados.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente acondição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos dafamília.

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PRINCÍPIO DO PLURALISMO DAS ENTIDADES FAMILIARES

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APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. CASAMENTO CIVIL ENTRE PESSOASDO MESMO SEXO. IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. LEIDE REGISTROS PÚBLICOS. CABIMENTO DE RECURSO. AUSÊNCIA DEPERMISSIVO LEGAL. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 1.514, DO CC.AUTORIZAÇÃO PARA HOMEM E MULHER. ORIENTAÇÃO CONFERIDA PELO STFNO JULGAMENTO DA ADPF N. 132/RJ E DA ADI N. 4.277/DF E PELO STJ NORESP 1183378/RS. RECURSO NÃO PROVIDO. (...) II - A união de pessoas domesmo sexo reverberou em nossa sociedade com o julgamentorelativamente recente na Suprema Corte da ADPF nº 132/RJ e ADI 4.277/DF,sob a Relatoria do iluminado Min. Carlos Ayres Britto. A interpretaçãoconferida pelo STF ao tema já ressoou nos Tribunais pátrios e no âmbito doCNJ, a ponto de se impor aos Cartorários do Registro Civil, a aceitaçãoindistinta de habilitação de casamento de pessoas do mesmo sexo,tal como ocorreu em nosso Estado, por meio do Ofício-Circular nº 59/2012,oriundo da Corregedoria Geral da Justiça. (...) (TJES; APL 0000201-61.2013.8.08.0026; Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Jorge Henrique Valle dosSantos; Julg. 03/02/2014; DJES 12/02/2014) .

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PRINCÍPIO DO PLURALISMO DAS ENTIDADES FAMILIARES

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APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. CASAMENTO CIVIL ENTRE PESSOASDO MESMO SEXO. IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. LEIDE REGISTROS PÚBLICOS. CABIMENTO DE RECURSO. AUSÊNCIA DEPERMISSIVO LEGAL. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 1.514, DO CC.AUTORIZAÇÃO PARA HOMEM E MULHER. ORIENTAÇÃO CONFERIDA PELO STFNO JULGAMENTO DA ADPF N. 132/RJ E DA ADI N. 4.277/DF E PELO STJ NORESP 1183378/RS. RECURSO NÃO PROVIDO (...) III - No julgamento da ADPFnº 132/RJ e ADI 4.277/DF, cuidou o Supremo Tribunal Federal em conferirinterpretação conforme à Constituição ao artigo 1.723 do CódigoCivil, a entender como família a união homoafetiva. Assim, há de seconsiderar que a Constituição Federal, em seu artigo 226, confere à famíliaespecial proteção do Estado, incluindo neste albergue o casamento civil, e épor esta razão, que se estende, ou melhor, se confere aos casaishomossexuais, enquanto família, o direito ao casamento. (...) "(RESP1183378/RS). (TJES; APL 0000201-61.2013.8.08.0026; Quarta CâmaraCível; Rel. Des. Jorge Henrique Valle dos Santos; Julg. 03/02/2014; DJES12/02/2014) .

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PRINCÍPIO DO PLURALISMO DAS ENTIDADES FAMILIARES

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APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. CASAMENTO CIVIL ENTRE PESSOASDO MESMO SEXO. IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. LEIDE REGISTROS PÚBLICOS. CABIMENTO DE RECURSO. AUSÊNCIA DEPERMISSIVO LEGAL. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 1.514, DO CC.AUTORIZAÇÃO PARA HOMEM E MULHER. ORIENTAÇÃO CONFERIDA PELO STFNO JULGAMENTO DA ADPF N. 132/RJ E DA ADI N. 4.277/DF E PELO STJ NORESP 1183378/RS. RECURSO NÃO PROVIDO (...) lV - "Os arts. 1.514, 1.521,1.523, 1.535 e 1.565, todos do Código Civil de 2002, não vedamexpressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e não há comose enxergar uma vedação implícita ao casamento homoafetivo sem afronta acaros princípios constitucionais, como o da igualdade, o da nãodiscriminação, o da dignidade da pessoa humana e os do pluralismo e livreplanejamento familiar. "(RESP 1183378/RS). V - A interpretação conferidapelo STF e pelo STJ ao tema, visa conferir efetividade a regras basilares doestado democrático de direito, alçadas como valores supremos de nossasociedade, como a dignidade da pessoal humana, direito à liberdade,inclusive a sexual, à igualdade e a vedação ao preconceito. VI - Recursoconhecido mas não provido. (TJES; APL 0000201-61.2013.8.08.0026;Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Jorge Henrique Valle dos Santos; Julg.03/02/2014; DJES 12/02/2014) .

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PRINCÍPIO DA CONVIVÊNCIA FAMILIAR

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 227. É DEVER da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, àsaúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, àdignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,exploração, violência, crueldade e opressão.

Avós;Tios;Primos;Enteados;Madrasta;Padrasto;Irmãos;Coleguinhas;Vizinhos;Animais;

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PRINCÍPIO DA IGUALDADE NAS RELAÇÕES CONJUGAIS E UNIÃO ESTÁVEL

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.(...)§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmentepelo homem e pela mulher.

LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdadede direitos e deveres dos cônjuges.

LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente.Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pelamãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles odireito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para asolução da divergência.

LEI Nº 9.278, DE 10 DE MAIO DE 1996.Art. 5º Os bens móveis e imóveis adquiridos por um ou por ambos os conviventes, naconstância da união estável e a título oneroso, são considerados fruto do trabalho eda colaboração comum, passando a pertencer a ambos, em condomínio e em partesiguais, salvo estipulação contrária em contrato escrito.

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PRINCÍPIO DA IGUALDADE NAS RELAÇÕES CONJUGAIS E UNIÃO ESTÁVEL

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.567. A direção da sociedade conjugal será exercida, em colaboração, pelomarido e pela mulher, sempre no interesse do casal e dos filhos.

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dosrendimentos do trabalho, para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquerque seja o regime patrimonial.

LEI Nº 9.278, DE 10 DE MAIO DE 1996.Art. 2º São direitos e deveres iguais dos conviventes:I - respeito e consideração mútuos;II - assistência moral e material recíproca;III - guarda, sustento e educação dos filhos comuns.

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.663. A administração do patrimônio comum compete a qualquer dos cônjuges.

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 1.720. Salvo disposição em contrário do ato de instituição, a administração dobem de família compete a ambos os cônjuges, resolvendo o juiz em caso dedivergência.

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PRINCÍPIO DA IGUALDADE NAS RELAÇÕES CONJUGAIS E UNIÃO ESTÁVELRECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. ALIMENTOS. PEDIDO DE EXONERAÇÃO.PENDÊNCIA DE PARTILHA OBSTADA PELO RECORRIDO. PRINCÍPIOS DAPROPORCIONALIDADE E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. PATRIMÔNIO COMUMDO CASAL SOB A EXCLUSIVA POSSE E ADMINISTRAÇÃO DO ALIMENTANTE.PECULIARIDADE APTA A ENSEJAR O RESTABELECIMENTO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTARENQUANTO A SITUAÇÃO PERDURAR. PERICULUM IN MORA INVERSO. 1. A obrigaçãoalimentícia deve ser mantida enquanto pendente a partilha do patrimônio comum doex-casal manifestamente procrastinada pelo ex-cônjuge recalcitrante, que seencontra na exclusiva posse e administração dos bens e não coopera para que acontrovérsia seja dirimida judicialmente. (...) 6. Atenta contra a igualdadeconstitucional conferir indistintamente, na constância do casamento,a qualquer dos consortes a administração exclusiva dos benscomuns, motivo pelo qual, após a ruptura do estado condominialpelo fim da convivência, impõe-se a realização imediata da partilha,que, uma vez obstada, justifica o restabelecimento da obrigaçãoalimentar transitória enquanto perdurar a situação excepcional. 7.Recurso Especial conhecido e provido. (STJ; REsp 1.287.579; Proc. 2011/0245831-1;RN; Terceira Turma; Rel. Min. Ricardo Villas Boas Cueva; DJE 02/08/2013; Pág. 1210)

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PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS FILHOSCONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, àsaúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, àdignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,exploração, violência, crueldade e opressão.(...)§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção,terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designaçõesdiscriminatórias relativas à filiação.

LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social queadotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança édevido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte)dias. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)§ 1º O salário-maternidade de que trata este artigo será pagodiretamente pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº12.873, de 2013)§ 2º Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãebiológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido obenefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo deadoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejamsubmetidos a Regime Próprio de Previdência Social. (Redação dadapela Lei nº 12.873, de 2013)

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PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS FILHOS

DECRETO Nº 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999.Art. 93-A. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Socialque adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança comidade:I - até um ano completo, por cento e vinte dias;II - a partir de um ano até quatro anos completos, por sessenta dias; ouIII - a partir de quatro anos até completar oito anos, por trinta dias.§ 1º O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de amãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento dacriança.§ 2º O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda nãocontiver a observação de que é para fins de adoção ou só contiver o nome docônjuge ou companheiro.§ 3º Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste danova certidão de nascimento da criança, ou do termo de guarda, o nome dasegurada adotante ou guardiã, bem como, deste último, tratar-se de guardapara fins de adoção.

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PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS FILHOS

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ADOÇÃO. LICENÇA-MATERNIDADE.IGUALDADE DE TRATAMENTO. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL. DEFERIMENTO.LEI Nº 8.112/90, ART. 210. INCONSTITUCIONALIDADE. VIOLAÇÃO AOPRINCÍPIO DA IGUALDADE. CF/88, ART. 227, § 6º. 1. O princípio de tutela aomenor, consagrado na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e doAdolescente, impõe que sejam reconhecidos à adotante direitos e garantiasidênticos aos assegurados à mãe biológica, visando à proteção àmaternidade e, especialmente, à criança. 2. A negativa de concessão delicença em idêntico número de dias ao previsto para licença-maternidadeimplica discriminação, em ofensa ao artigo 5º da Constituição Federal. 3. Éinconstitucional a regra do art. 210, caput e parágrafo único, da Lei nº8.112/90, que instituiu licença para servidoras mães adotantes de duraçãoinferior àquela prevista para servidoras gestantes, e variável conforme aidade da criança adotada. Violação ao preceito contido no art. 227, § 6º, daConstituição da República de 1988, que estabelece a igualdade entre osfilhos, de qualquer condição. (TRF4, ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADENº 0000190-57.2013.404.0000, CORTE ESPECIAL, Des. Federal CândidoALFREDO Silva Leal Júnior, POR UNANIMIDADE, D.E. 21/01/2016). (TRF 4ª R.;APL-RN 5029078-45.2014.404.7200; SC; Terceira Turma; Rel. Des. Fed.Ricardo Teixeira do Valle Pereira; Julg. 11/10/2016; DEJF 19/10/2016).

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PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS FILHOS

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE REVALIDAÇÃO DA ADOÇÃO.ANULAÇÃO/REVOGAÇÃO DA ADOÇÃO. ATO INEFICAZ. PRINCÍPIO DAIGUALDADE ENTRE OS FILHOS. 1. A adoção de pessoa maior de idade, aindaque realizada sob a égide do Código Civil de 1916, que previa apossibilidade de dissolução do vínculo (art. 374), não pode seranulada/revogada em face do princípio da igualdade entre os filhos,instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu art. 227, § 6º, preceitoque retroage no tempo, alcançando todo o ordenamento jurídico e asrelações estabelecidas. 2. Vedada qualquer discriminação, independente daorigem da filiação - legítima, legitimada, adulterina ou adotiva, previstas nodiploma civil revogado -, não pode haver distinção no respeitante à idade nomomento da adoção - maior ou menor de idade -, aplicando-se a regrainsculpida no art. 39, § 1º, do ECA, que dispõe ser a adoção ato irrevogável.APELO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70057352114, Sétima Câmara Cível,Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Julgado em07/05/2014) (TJ-RS - AC: 70057352114 RS, Relator: Sandra BrisolaraMedeiros, Data de Julgamento: 07/05/2014, Sétima Câmara Cível, Data dePublicação: Diário da Justiça do dia 09/05/2014).

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PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE OS FILHOS

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PRINCÍPIO DA NÃO EQUIPARAÇÃO ENTRE O CASAMENTO E O COMPANHEIRISMO

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.(...)§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre ohomem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar suaconversão em casamento.

APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. UNIÃO ESTÁVEL. AUSÊNCIA DE OUTORGAUXÓRIA. OMISSÃO DO ESTADO CIVIL PELO AVALISTA. VALIDADE DO AVAL PRESTADO.MEAÇÃO DA COMPANHEIRA. NÃO COMPROVAÇÃO DA AQUISIÇÃO DO IMÓVELDURANTE A CONVIVÊNCIA MORE UXÓRIO. ESTIPULAÇÃO DO REGIME DA COMUNHÃOUNIVERSAL DE BENS EM CONTRATO DE CONVIVÊNCIA. INEFICÁCIA.PREQUESTIONAMENTO. (...) 3. Embora entidade familiar, a união estável não écasamento e, obviamente, não comporta escolha de regime matrimonial de bens,podendo os conviventes ajustarem a incomunicabilidade dos bens, mediante contratoescrito, ou se submeterem ao regime legal de bens do casamento, consoante expressaprevisão do art. 1.725 do CCB, mas o regime da comunhão universal de bens éincompatível com essa relação informal. (...) Apelação cível conhecida e desprovida.(TJGO; AC 0181161-06.2014.8.09.0137; Rio Verde; Quinta Câmara Cível; Rel. Des.Francisco Vildon José Valente; DJGO 21/10/2016; Pág. 120)

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PRINCÍPIO DA NÃO EQUIPARAÇÃO ENTRE O CASAMENTO E O COMPANHEIRISMO

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVENTÁRIO. DECISÃO QUE AFASTOU DACOMPANHEIRA O DIREITO SUCESSÓRIO QUANTO AOS BENS PARTICULARESDEIXADOS PELO DE CUJUS, REVERTENDO-OS, NA SUA INTEGRALIDADE, ÀHERDEIRA ASCENDENTE. INCONFORMISMO DA COMPANHEIRA SUPÉRSTITE.DIFERENCIAÇÃO DAS REGRAS SUCESSÓRIAS ENTRE A UNIÃO ESTÁVEL E OCASAMENTO. DISTINÇÃO PREVISTA NO ART. 1.790, IIII DO CÓDIGO CIVIL QUESE AFIGURA INCOMPATÍVEL COM O REGIME CONSTITUCIONAL. EXEGESE DAREGRA CONTIDA NO ART. 226 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.INCONSTITUCIONALIDADE NESSE TOCANTE JÁ RECONHECIDA PELO ÓRGÃOESPECIAL DESTA CORTE DE JUSTIÇA. NECESSIDADE DE EQUIPARAÇÃO DOCOMPANHEIRISMO AO CASAMENTO NO QUE TOCA ÀS REGRAS DE SUCESSÃO.DECISÃO REFORMADA. RECURSO PROVIDO. No sistema constitucionalvigente, é inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjugese companheiros, devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regimeestabelecido no art. 1.829 do CC/2002 (voto proferido pelo Exmo. Min.Roberto Barroso no RE n. 878.694/MG). (TJSC; AI 0026042-87.2016.8.24.0000; Seara; Câmara Especial Regional de Chapecó; Rel. Des.Luiz Antônio Zanini Fornerolli; DJSC 07/10/2016; Pag. 395)

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PRINCÍPIO DA NÃO EQUIPARAÇÃO ENTRE O CASAMENTO E O COMPANHEIRISMO

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EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM APELAÇÃO. AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE. VÍCIOSINEXISTENTES. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 18 DO TJCE. EMBARGOS DECLARATÓRIOSNÃO PROVIDOS. 1 A decisão embargada foi objetiva ao apreciar a apelação interposta,explicitando devida fundamentação para concluir: (a) diante da nulidade relativareferente decorrente da morte da parte e, considerando a inexistência de prejuízo aosinteressados, no caso em tela, não é cabível a nulidade da sentença, em prestígio aoprincípio da instrumentalidade das formas; e (b) no tocante à possibilidade desubstituição processual pela companheira, deferida na sentença ora impugnada,esta deve ser mantida, haja vista a equiparação da mesma a cônjuge e oreconhecimento da união estável e a sua equiparação ao casamento. 2 Osembargos de declaração são cabíveis quando o provimento jurisdicional padece deomissão, contradição, obscuridade ou erro material, nos ditames do art. 535, doCPC/1973, o que não se verifica na espécie. Precedentes. 3 Os embargosdeclaratórios, cujo objetivo é a integração da decisão embargada, não servem comomeio de rediscussão da matéria julgada (Súmula nº 18/TJCE). 4 Embargosdeclaratórios conhecidos e não providos. Decisão inalterada. (TJCE; EDcl 0111050-74.2009.8.06.0001/50000; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Teodoro Silva Santos; DJCE29/06/2016; Pág. 45)

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FUNÇÃO SOCIAL

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, àsaúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, àdignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,exploração, violência, crueldade e opressão.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar aspessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendosua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao plenodesenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e suaqualificação para o trabalho.

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ATIVIDADE PROPOSTA

RESOLUÇÃO CFM nº 2.121/2015;

Adota as normas éticas para a utilização das técnicas dereprodução assistida – sempre em defesa do aperfeiçoamento daspráticas e da observância aos princípios éticos e bioéticos queajudarão a trazer maior segurança e eficácia a tratamentos eprocedimentos médicos – tornando-se o dispositivo deontológicoa ser seguido pelos médicos brasileiros e revogando a ResoluçãoCFM nº 2.013/13, publicada no D.O.U. de 9 de maio de 2013,Seção I, p. 119.

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ATIVIDADE PROPOSTA

RESOLUÇÃO CFM nº 2.121/2015;

Com base no que você estudou nesta aula e nas discussõesconstantes no vídeo, é possível afirmar que no Brasil os contratosde maternidade de substituição (Barriga de aluguel), autorizadospela RESOLUÇÃO CFM nº 2.121/2015, podem ser consideradosválidos à luz da legislação civil e constitucional? Havendo recusada mãe gestacional em entregar a criança após o nascimento,como deveria o juiz decidir?

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ATIVIDADE PROPOSTA

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Chave de resposta: Há impossibilidade jurídica do objeto, visto que o objeto seria acriança; impossibilidade de cessão do útero;

RESOLUÇÃO CFM nº 2.121/2015VII - SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO (DOAÇÃO TEMPORÁRIA DO ÚTERO)1- As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família de um dosparceiros em parentesco consanguíneo até o quarto grau (primeiro grau – mãe;segundo grau – irmã/avó; terceiro grau – tia; quarto grau – prima). Demais casosestão sujeitos à autorização do Conselho Regional de Medicina.2- A doação temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial.3- Nas clínicas de reprodução assistida, os seguintes documentos e observaçõesdeverão constar no prontuário do paciente:3.1. Termo de consentimento livre e esclarecido informado assinado pelospacientes e pela doadora temporária do útero, contemplando aspectosbiopsicossociais e riscos envolvidos no ciclo gravídico-puerperal, bem comoaspectos legais da filiação;3.3. Termo de Compromisso entre os pacientes e a doadora temporária do útero(que receberá o embrião em seu útero), estabelecendo claramente a questão dafiliação da criança;3.5. Garantia do registro civil da criança pelos pacientes (pais genéticos), devendoesta documentação ser providenciada durante a gravidez;

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ATIVIDADE PROPOSTA

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LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do própriocorpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, oucontrariar os bons costumes.

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código CivilArt. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fée os usos do lugar de sua celebração.

QUESTÃO 01

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Sobre o princípio da parentalidade responsável, é correto afirmar que:a) Apenas os pais possuem responsabilidade com relação à sua prole, nãopodendo se estender o princípio às mães.b) É princípio que não pode ser invocado para determinar os alimentosdevidos aos filhos.c) O princípio impõe a ambos os genitores responsabilidade individual esocial com relação aos filhos.d) O princípio previsto constitucionalmente é nominado de paternidaderesponsável, sendo um equívoco denominá-lo de parentalidade responsável.

Justificativa: Trata-se de princípio que impõe a ambos os genitores aresponsabilidade individual e social com relação aos filhos, sendo melhordenominá-lo de parentalidade responsável.

QUESTÃO 02

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Sobre o princípio do livre planejamento familiar é correto afirmar que:I. Sendo livre o planejamento familiar, veda-se ao Poder Público a realizaçãode campanhas informativas sobre métodos contraceptivos.II. Sendo livre o planejamento familiar, não se impõe aos genitores aparentalidade responsável, já que essa só pode se exigir de quem convivecom a criança ou adolescente.III. Trata-se de princípio relacionado exclusivamente com a liberdade sexual.IV. Embora não seja um princípio absoluto, veda-se a qualquer instituiçãopública ou privada intervir coercitivamente nas escolhas pessoais referentesao planejamento familiar.a) Estão corretas I e IIb) Está correta a alternativa IVc) Estão corretas III e IVd) Todas estão corretasJustificativa: O livre planejamento familiar tem função preventiva, que comporta odireito à informação sobre métodos contraceptivos. Embora livre, não dispensa osgenitores da paternidade responsável, ainda que não convivam diariamente com acriança e adolescente. Não é princípio que se relaciona exclusivamente com aliberdade sexual, mas, sim, com a responsabilidade dos genitores pelo sustento,desenvolvimento e educação da prole.

QUESTÃO 03

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Admitir a função social da família é admitir, assim como se faz comos contratos, que a família tem apenas função econômica.a) Certob) ErradoJustificativa: A família, após a Constituição Federal de 1988, perdeseu caráter econômico (família patriarcal) para se reconhecer quepossui função social, ou seja, o locus de desenvolvimento dapersonalidade de cada um de seus membros.

QUESTÃO 04

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São repercussões do princípio da solidariedade familiar, EXCETO:a) Responsabilidade subjetiva dos pais por atos dos filhos menores.b) Comunhão plena de vida como finalidade do casamento.c) Dever de prestar alimentos dos filhos em relação aos pais.d) Mútua assistência material e moral entre os companheiros.Justificativa: A responsabilidade dos pais por atos dos filhos menoresé objetiva no Código Civil de 2002.

QUESTÃO 05

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Sobre o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente, écorreto afirmar que:I. O Estatuto da Criança e do Adolescente apenas destina suaproteção aos menores de 18 anos, em nada protegendo o nascituro.II. É princípio que determina especial proteção da criança e doadolescente, agora considerados sujeitos de direitos.III. Não deve ser considerado princípio limitador do livreplanejamento familiar.IV. Não deve ser invocado para determinar a quem o juiz deferirá aguarda.a) Estão corretas I e IIb) Está correta a alternativa IIc) Estão corretas III e IVd) Todas estão corretasJustificativa: O ECA também protege o nascituro. O melhor interesse dacriança deve ser considerado orientador do livre planejamento familiar. Deveser invocado para fundamentar as decisões com relação à guarda.