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Reformas Religiosas

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Crise do Cristianismo

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Crise do Cristianismo

Vejamos que razões motivaram esse movimento, para depois estudarmos cada uma de suas correntes históricas.

Novas Interpretações da Bíblia

Como vimos no capítulo anterior, o alemão Johann Gutenberg desenvolveu, no Século XV, a Imprensa ou Tipografia – processo de impressão com tipos móveis de metal, que possibilitou a reprodução em série de um mesmo texto.

A difusão desse processo contribuiu para aumentar a produção de livros, entre eles a Bíblia – o primeiro livro impresso por Gutenberg –, que a partir de então pôde chegar às mãos de um número maior de fiéis.

A Bíblia impressa apareceu primeiro em Latim e Grego, mas depois, no Século XVI, foi traduzida para outras línguas, como o Alemão, o Francês e o Inglês, ampliando o número de leitores potenciais.

Com isso, cada vez mais pessoas começaram a ler os textos sagrados cristãos, depois de séculos de domínio dos Sacerdotes Católicos sobre eles.

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Crise do Cristianismo

Tal fato favoreceu o surgimento de novas interpretações dos textos cristãos, os quais, sem a intermediação dos padres, nem sempre estavam em harmonia com os ensinamentos da Igreja.

Nesse cenário, ganhou força, por exemplo, uma Corrente Religiosa que, apoiada na Teoria de Santo Agostinho, afirmava que a salvação do ser humano era alcançada unicamente pela Fé.

Essa idéia contrariava a interpretação dominante entre os líderes da Igreja, baseada em Santo Tomás de Aquino, segundo a qual a Fé precisava ser acompanhada das boas obras para conduzir à salvação eterna.

Essa divergência gerou debates acalorados e muito conflito entre os Cristãos.

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Crise do Cristianismo

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Crise do Cristianismo

– Falta de Preparo do Clero

Boa parte dos Sacerdotes, especialmente o Baixo Clero, desconhecia até a própria Doutrina Católica e demonstrava falta de preparo intelectual para as funções religiosas, fragilizando ainda mais a Imagem da Igreja.

A ignorância e o mau comportamento do Clero não eram problemas menores, principalmente quase se considerava que, como pretendia a Igreja, os Sacerdotes deveriam cumprir o papel de intermediários entre os Seres Humanos e Deus.

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Crise do Cristianismo

Nova Ética Religiosa

Desde a Idade Média, a Igreja Católica censurava a Usura, isto é, o Lucro Excessivo, defendendo o “preço justo” nas transações econômicas.

Essa recomendação, no entanto, começou a incomodar os capitalistas nascentes.

É que alguns comerciantes ficavam divididos entre a busca do lucro (própria da lógica capitalista) e as obrigações morais católicas, que recomendavam moderação.

Aqueles que buscavam grandes ganhos econômicos se sentiriam confortáveis se pudessem contar com uma Nova Ética Religiosa, mais adequada ao Espírito Capitalista.

Esse anseio Burguês foi atendido, em parte, por alguns ramos do movimento protestante.

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Crise do Cristianismo

Sentimento Nacionalista

Com o fortalecimento das Monarquias Nacionais (assunto que trabalharemos mais à frente), surgiram diversos conflitos políticos entre as Autoridades da Igreja e alguns Governantes Europeus.

Representando a Unidade Nacional, os Soberanos viam na autoridade do Papa uma barreira para o fortalecimento de seu poder.

Alguns Governantes passaram a encarar a Igreja, que tinha sede em Roma e cujo Idioma Oficial era o Latim, como “entidade estrangeira” que interferia em seus países.

O Papa e outros membros do Clero, por seu lado, insistiam em apresentar a Igreja como instituição universal (Católica significa “Universal”) que unia, culturalmente o Mundo Cristão.

Essa questão de universalidade, entretanto, foi perdendo força, à medida que crescia o sentimento nacionalista.

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Crise do Cristianismo

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Luteranismo

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Luteranismo

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Luteranismo

Salvação Pela Fé

Entre 1511 e 1513, Lutero aprofundou-se nos estudos religiosos e amadureceu suas idéias Teológicas.

Numa das epístolas do Apóstolo Paulo (que faz parte do Novo Testamento Bíblico) encontrou algumas passagens que lhe pareceram fundamentais, como “aquele que é justo pela Fé viverá” (Romanos, cap. 3, vers. 28).

Interpretando essa mensagem, Lutero concluiu que o Ser Humano, corrompido em razão do “pecado original”, só poderia salvar-se pela Fé em Deus.

Assim, a Fé em Deus, e não nas obras humanas, seria o único instrumento de salvação, graças à Misericórdia Divina.

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Luteranismo

Rompimento com a Igreja Católica

Depois de um período de tensões, em 1517 Lutero deu um passo decisivo que provocaria seu Rompimento com a Igreja Católica.

Com o objetivo de arrecadar dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro, o Papa Leão X autorizou a concessão de Indulgências aos fiéis que contribuíssem financeiramente com a obra.

Escandalizado com a atitude do Papa, Lutero afixou na porta da Igreja de Wittenberg (cidade da atual Alemanha) um manifesto público – as 95 teses – em que protestava contra essa medida e expunha alguns elementos de sua concepção religiosa.

Veja algumas dessas teses:

21 – Estão errados os pregadores de indulgências que dizem que um homem é libertado e salvo de todo o castigo dos pecados pelas indulgências papais.

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Luteranismo

27 – Eles pregam que a alma voa para fora do purgatório tão logo tilinte o dinheiro jogado na caixa.

45 – Os cristãos deveriam aprender que todo aquele que vê um homem necessitado e não o socorre, e depois dá dinheiro para perdões, não está comprando para si a indulgência do papa, mas a cólera de Deus.

82 – Por que o papa não esvazia o purgatório apenas por caridade, se o faz através do dinheiro que emprega na construção de uma Basílica?

Tinha início uma longa discussão entre Lutero e as Autoridades Católicas, que culminou com a sua excomunhão (expulsão da Igreja), em 1521.

Para demonstrar seu desprezo à Igreja Católica, Lutero queimou em praça pública a Bula Papal que o condenava.

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Luteranismo

Doutrina Luterana

Depois da excomunhão, Lutero passou a divulgar sua Doutrina Religiosa pelo norte da Europa, com o apoio de diversos membros da nobreza e da alta burguesia.

Entre os principais pontos de sua Doutrina, firmados na Comissão de Augsburgo em 1530, destacavam-se:

– O direito dos fiéis ao livre exame das Escrituras Sagradas (Bíblia);

– As Escrituras Sagradas como único caminho para a Fé Cristã;

– A Fé Cristã como único caminho para a Salvação Eterna;

Além disso, o Luteranismo não aceitava o culto aos Santos, promovido pelos Católicos, a adoração de Imagens Religiosas e a Autoridade do Papa.

Em vez dos Sete Sacramentos Católicos – Batismo, Confirmação (Crisma), Eucaristia, Matrimônio, Penitência, Ordem e Unção dos Enfermos – só reconhecia validade bíblica em dois deles: o Batismo e a Eucaristia.

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Luteranismo

Após a Excomunhão, Lutero foi perseguido pelas Autoridades Católicas, que, entretanto, não conseguiram impedir a difusão de sua Doutrina.

Em 1521, Lutero refugiou-se no Castelo de Wartburg, do Príncipe alemão Frederico, seu amigo e protetor,onde iniciou a Tradução da Bíblia para o alemão, a partir de originais Gregos.

A versão Luterana da Bíblia foi considerada um dos principais modelos da Moderna Língua Escrita Alemã.

A Origem do Termo “Protestante”

Em 1529, nobres alemães luteranos protestaram contra as medidas que impediam cada Estado de adotar sua própria religião.

Foi a partir deste protesto que se difundiu o nome Protestante para designar Cristãos Não Católicos.

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Fé e Audição

Leia o texto do historiador Lucien Febvre, que comenta o domínio de diferentes formas de percepção.

Hoje, entre todos os nossos sentidos, a visão é a que mais trabalha. Por isso, sentimos mais piedade dos cegos do que dos surdos.

Para os homens do Século XVI, entretanto, a visão não era tão fundamental como em nossas sociedades. Para eles, era a audição que tinha um papel predominante. Isso pode ser observado no extremo valor atribuído à música e à palavra oral. Vejamos um exemplo do valor da audição.

O Século XVI era um século de vida religiosa. Era o século da Reforma e da Contrarreforma. E qual a autoridade que os religiosos invocavam? A palavra de Deus. Que se prestassem ouvidos à Palavra de Deus.

A Fé é Audição. Lutero dizia textualmente: “somente os ouvidos são os órgãos do cristão”.

Assim, o homem do Século XVI tinha uma extraordinária capacidade de ouvir.por isso, eram comuns as pregações religiosas, que duravam horas, dirigidas a uma multidão que se acotovelava para ouvi-las.

Hoje sabemos das notícias lendo jornais, vendo televisão. Aqueles homens sabiam das notícias ouvindo-as, de boca a boca.

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Calvinismo

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Calvinismo

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Calvinismo

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Calvinismo

Doutrina da Predestinação Divina

Em 1536, Calvino publicou sua principal obra, Instituição da Religião Cristã, na qual defendia que o ser humano estava predestinado ao Céu ou ao Inferno.

Explicava que algumas pessoas haviam sido eleitas por Deus para a Salvação, enquanto outras seriam condenadas à Maldição Eterna.

A partir dessa Doutrina, o trabalho intenso e constante, recompensado pela prosperidade econômica, foi interpretado pelos seguidores de Calvino com um “sinal” da Predestinação para a Salvação.

E como o Calvinismo pregava o estímulo ao trabalho, a condenação ao desperdício e a legitimidade do lucro, as idéias Calvinistas acabaram indo ao encontro dos interesses da Burguesia, já que, segundo essas idéias, os indivíduos não seriam salvos por aquilo que fizessem, mas pela Vontade Divina.

Não podendo interferir nessa determinação de Deus, cada pessoa deveria viver de acordo com suas possibilidades.

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Calvinismo

Assim, embora o luxo fosse censurado, a acumulação de riquezas e o lucro não eram considerados imorais nos termos em que a Nova Religião foi instituída.

O Calvinismo espalhou-se por diversas regiões da Europa Ocidental, como França, Inglaterra, Escócia e Holanda, dando origem a diversas correntes locais, como os Huguenotes, a dos Puritanos e a dos Presbiterianos.

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Calvinismo

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Reforma Anglicana

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Reforma Anglicana

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Reforma Anglicana

– Poder Político

O Clero Católico exercia grande influência na Inglaterra; para fortalecer o poder da Monarquia Inglesa, era preciso reduzir a Influência do Papa dentro do país.

– Bens da Igreja

A Igreja era proprietária de muitas terras e monopolizava o comércio de “Relíquias Sagradas”.

Setores da Nobreza Inglesa queriam apossar-se das terras e dos bens da Igreja; para isso, era preciso apoiar o Rei, a fim de enfraquecer o poder das Autoridades Católicas.

– Anulação do Casamento

Além desse quadro geral, Henrique VIII teve negado pelo Papa o pedido de anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. O Rei queria romper o matrimônio por três razões principais: devido à origem espanhola da esposa (já que o Governo da Espanha, na época, era inimigo do Governo da Inglaterra), por ela não ter gerado um Herdeiro do sexo masculino para o Trono e porque ele queria casar-se com Ana Bolena, sua amante, de quem esperava um Herdeiro.

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Reforma Anglicana

Mescla do Catolicismo e do Protestantismo

Diante da Recusa do Papa, o rei conseguiu que a anulação fosse reconhecida pelo Parlamento e pelo Alto Clero Inglês.

Em 1534, o Parlamento Inglês votou o Ato de Supremacia, pelo qual o Rei Henrique VIII tornava-se o chefe supremo da Igreja da Inglaterra.

Assim foi criada a Igreja Anglicana, sem grandes modificações em termos de Doutrina e Culto em relação à Igreja Católica.

Após a fundação da Igreja Anglicana, ocorreram, nos governos dos sucessores de Henrique VIII, tentativas de implantar o Calvinismo e também uma reação Católica.

Foi somente no reinado de Elizabeth I (1558-1603) que a Igreja Anglicana se consolidou, incluindo elementos do Catolicismo e do Protestantismo Calvinista.

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Reforma Anglicana

Vejamos alguns itens que ilustram essa mistura:

– Do Catolicismo

Preservação da Hierarquia Eclesiástica e da liturgia na missa; substituindo-se, entretanto, na celebração, o Latim pelo Inglês.

– Do Calvinismo

Salvação pela Fé no contexto da Predestinação Divina; prática de apenas dois Sacramentos: Batismo e Eucaristia; presença espiritual de Cristo na Eucaristia.

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Os Protestantes Entre Nós

Na tradição latino-americana, todos os membros dos variados movimentos religiosos da “grande família protestante” são chamados de Evangélicos.

Há, no entanto, uma importante diferença entre eles:

De um lado, há os Fieis das Denominações chamadas históricas ou tradicionais, isto é, ligadas à Reforma Protestante em suas origens européias, com Lutero e Calvnino (entre outros), a partir do Século XVI.

São chamadas Denominações porque constituem um movimento religioso particular e organizado, possuidor de um nome e de um organismo diretor.

De outro lado, há os chamados Protestantes de Conversão, Fiéis de movimentos organizados na História mais recente, principalmente na América, e que constituíram novas Denominações.

Destaca-se aqui o Pentecostalismo, cuja expansão nos centros urbanos e em camadas mais pobres da população tem sido muito intensa.

Ao contrário do Catolicismo, religião hierárquica e aglutinadora, no Protestantismo há uma grande independência dos vários grupos.

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Contrarreforma

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Contrarreforma

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Contrarreforma

Expansão Protestante e Lutas Religiosas

No início, a primeira reação das autoridades da Igreja Católica foi punir os principais Líderes Protestantes, como fizeram com Lutero e Calvino.

Com isso, esperavam que as idéias dos Reformadores fossem sufocadas e o Mundo Católico recuperasse a unidade perdida.

A tática, entretanto, não deu bons resultados.

O Protestantismo espalhou-se pelo continente, conquistando crescente número de seguidores.

Em aproximadamente 50 Anos, as Igrejas Protestantes tinham conseguido a adesão de cerca de 40% dos Europeus Ocidentais.

No mapa a seguir, observamos que o Movimento Protestante (Anglicanos, Luteranos, Calvinistas) espalhou-se pelo Norte Europeu – pelos territórios que correspondem às atuais Inglaterra, Escócia, Alemanha, Dinamarca e Suécia.

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Difusão das Religiões na Europa

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Contrarreforma

No mapa a seguir, observamos que o Movimento Protestante (Anglicanos, Luteranos, Calvinistas) espalhou-se pelo Norte Europeu – pelos territórios que correspondem às atuais Inglaterra, Escócia, Alemanha, Dinamarca e Suécia.

Já no Sul da Europa, permaneceu o Domínio Católico nos atuais Estados de Portugal, Espanha e Itália.

No meio dessas duas áreas, havia uma zona intermediária marcada por disputas religiosas, abrangendo o que hoje corresponde à França, Holanda, Suíça, Áustria, Hungria e Polônia.

Essas Disputas Religiosas transformavam-se, frequentemente, em Guerras Violentas, devido a vinculação entre Estado e Religião.

Nas Guerras Religiosas desse período, os Protestantes contavam com o apoio e tropas dos Soberanos da Inglaterra e da Dinamarca, dos Príncipes Alemães, etc.

Já lado Católico dispunha, por exemplo, das forças do Imperador Filipe II da Espanha, que, em seu vasto Império, perseguiu duramente os Protestantes.

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Contrarreforma

Na França, as Guerras Religiosas afetaram a vida das pessoas, arrastando-se por três décadas (1562 a 1598).

Embora os Católicos Franceses constituíssem a maioria da população, os Protestantes eram organizados e espalharam-se por todo país:

Vencidos num local, recompunham-se em outros.

Um dos mais célebres e trágicos episódios das Lutas Religiosas na França ocorreu em 24 de agosto de 1572 e ficou conhecido como Noite de São Bartolomeu.

Nesse episódio, milhares de Protestantes Franceses (conhecidos como Huguenotes) foram massacrados em Paris por Forças Católicas a mando do Rei Carlos IX, diretamente influenciado por sua Mãe, a Rainha Catarina de Médicis.

Noite de São BartolomeuO episódio foi assim chamado porque ocorreu, segundo o Calendário Religioso Católico, no dia de São Bartolomeu, um dos Apóstolos de Cristo.

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Contrarreforma

Nos desmembramentos desse massacre, estima-se que tenham sido mortos cerca de 20 mil Huguenotes.

Numa época em que a Religião marcava profundamente as pessoas, a liberdade religiosa era considerada incompatível com a Paz Social.

Considerando que sem Paz não existiria Ordem Política, os Soberanos pretendiam impor, em seus domínios, uma única religião para todos os Súditos.

Contrapondo-se a essa concepção que vinculava o Estado a uma única religião, líderes religiosos como Menno Simons (1496-1561) pregava que a Fé era um Dom de Deus e, por isso, não poderia ser imposta pela Espada do Governante.

Mas vozes como essa ecoaram isoladas.

Nessa época, a liberdade religiosa era uma ilha perdida no oceano da intolerância.

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Noite de São Bartolomeu

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Contrarreforma

Medidas Adotadas pela Igreja

Vejamos algumas das principais medidas adotadas pelas lideranças da Igreja, que caracterizaram a Contrarreforma.

– Ordem dos Jesuítas

Em 1534, o religioso católico e ex-militar espanhol Inácio de Loyola fundou a Companhia de Jesus (também chamada Sociedade de Jesus ou Ordem dos Jesuítas).

Posteriormente, em 1540, o Papa Paulo III aprovou a criação dessa Ordem e de seus Estatutos Gerais.

Inspirados na estrutura militar, os Jesuítas consideravam-se “Soldados da Igreja”, cuja missão era, inicialmente, combater a expansão do Protestantismo.

Nesse contexto, Inácio de Loyola escreveu um livro intitulado Os Exercícios Espirituais, no qual apresentava formas de converter o indivíduo ao Catolicismo por meio de Técnicas de Contemplação Religiosa.

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Contrarreforma

A principal estratégia dos Jesuítas foi investir na criação de Escolas Religiosas.

Eles também se empenharam na Catequeses dos Nãos Cristãos ,isto é, na conversão ao catolicismo dos povos dos continentes recém-descobertos pelos europeus.

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A Companhia de Jesus de Hoje

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Contrarreforma

– Concílio de Trento

No ano de 1545, o Papa Paulo III convocou um Concílio, cujas primeiras reuniões foram realizadas na cidade de Trento, na Península Itálica.

Em 1563, ao final de anos de trabalhos, os Bispos reunidos no Concílio de Trento apresentavam um conjunto de decisões que procuravam garantir a Unidade na Fé Católica e a Disciplina Eclesiástica.

Em relação às críticas e as idéias protestantes foram reafirmados pontos básicos da Doutrina Católica, como os Sete Sacramentos (Batismo, Crisma, Eucaristia, Matrimônio, Penitência, Ordem e Unção dos Enfermos), a tese da Infalibilidade do Papa e o “monopólio” do Clero Católico na interpretação correta da Bíblia

Reafirmou-se também como correta e legítima, a concessão de indulgências, recomendando-se evitar abusos.

ConcílioReunião de Bispos, conduzida ou aprovada pelo Papa, para discutir e aprovar questões relacionadas à Doutrina ou à Disciplina Eclesiástica.

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Contrarreforma

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Contrarreforma

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Concílio de Trento

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Contrarreforma

Volta da Inquisição

Os Tribunais da Inquisição, criados pela Igreja Católica em 1231 para investigar e punir os “crimes contra a fé católica”, foram, com o tempo, reduzindo suas atividades em diversos países.

Entretanto, com o avanço do Protestantismo, em meados do Século XVI, a Alta Hierarquia da Igreja e alguns Governantes Católicos decidiram reativar a Inquisição.

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Contrarreforma

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Inquisição Católica

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Inquisição Católica

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Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 1 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

EYMERICH, Nicolau. Manual dos Inquisidores – Brasília, UnB/Rosa dos Tempos, 1993.

SILVA, Janice Theodoro da. Descobrimentos e Renascimento – São Paulo, Contexto, 1991.

Wikipedia.org

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