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Profª. Rose Cléa Duarte Universidade Castelo Branco

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Page 1: Profª. Rose Cléa Duarte Universidade Castelo Branco

Profª. Rose Cléa DuarteUniversidade Castelo Branco

Page 2: Profª. Rose Cléa Duarte Universidade Castelo Branco

O QUE É?

◦ É a maneira típica pela qual nos expressamos linguisticamente, individualizando-nos em função de nossa linguagem. (Mattoso)

◦ A estilística estuda os processos de manipulação da linguagem que permitem a quem fala ou escreve sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por meio das palavras.

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Charles Bally diz que “A estilística estuda os fatos de expressão do ponto de vista do seu conteúdo afetivo, isto é, a expressão dos fatos da sensibilidade, mediante a linguagem e a ação dos fatos da linguagem sobre a sensibilidade”.

Estilística distingue-se da gramática, por considerar a linguagem afetiva, enquanto aquela analisa a linguagem intelectiva”. A emoção e a sugestão podem ser transmitidos por processos fônicos (sinestesias, aliterações), associações significativas e construções sintáticas.

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ESTILÍSTICA FÔNICA - Estuda os recursos expressivos presentes no nível fônico da língua.◦ Ex.:

Sino de Belém, pelos que inda vêm! Sino de Belém bate bem-bem-bem. Sino da paixão, pelos que lá vão! Sino da paixão bate bão-bão-bão.

◦ A aliteração do /b/ e a reiteração de vocábulos labiais evocam fonicamente o tanger dos sinos. A onomatopéia bem-bem-bem sugere o som metálico e alegre “pelos que inda vêm” (os batizados); bão-bão-bão, o dobre de finados “pelos que lá vão” (os mortos).

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ESTILÍSTICA SEMÂNTICA - exploram-se os significados possíveis das palavras e expressões.

Ex.: “Marcela amou-me durante quinze meses e

onze contos de réis” (Brás Cubas, XVII)

Senti a seda do seu rosto em meus dedos.

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ESTILÍSTICA SINTÁTICA- a sintaxe, por atuar no nível

da frase e por sua versatilidade, oferece variada

gama de recursos expressivos, por isso é o campo

de estudo estilístico mais fértil de nossa língua.

Ex.:

(1) O Rio de Janeiro assiste (vê) à Record porque a

Record assiste (ajuda) o Rio de Janeiro.

(sintaxe de regência)

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(2) pobre homem ≠ homem pobre ↕ ↕ homem infeliz carente de recursos (SINTAXE DE COLOCAÇÃO)

(3) Todos acreditamos no futuro. (o que constitui alteração de natureza estilística,

ou seja, em favor da expressão de um conteúdo particular)

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1- O uso do singular muitas vezes dá a idéia de pluralidade: O brasileiro é otimista.

2- O uso do plural em nomes abstratos pode concretizá-los e/ou intensificá-los: Os amores que tive roubaram-me a juventude. Lá em casa a família passava fomes.

3- A metonímia permite o plural de várias palavras que não o permitiriam no se sentido denotativo: Existem vários brasis. /Ele tem alguns Portinaris.

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Culturalmente, desenvolveu-se a associação entre o que é forte, poderoso, grande, ao masculino, e entre o que é frágil, pequeno, ao feminino:

Ela é um mulherão. Ele é um mariquinhas.

Nos seres que não possuem sexo, mas apresentam formas para o feminino e o masculino, geralmente a forma masculina traduz maior dimensão: o porto/a porta; o barraco/ a barraca; o cesto/ a cesta; o poço/ a poça.

O aumentativo é também, nos animais, reservado ao masculino, ficando o diminutivo com o feminino: perdiz/perdigão; galo/galinha.