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Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

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Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

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TRANSTORNOS DE HUMOR

TRANSTORNOSDEPRESSIVOS

(Unipolar)O Principal Sintoma

é a Depressão

TRANSTORNOSBIPOLARES

Sintomas que alternamentre depressão

e mania

TRANSTORNOCICLOTÍMICO

Uma forma menossevera do transtorno

bipolar

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Depressão Maior

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Transtorno Depressivo Maior

Caracteriza-se por um ou mais Episódios Depressivos Maiores:

duas semanas de humor deprimido ou perda de interesse

acompanhados por pelo menos quatro sintomas adicionais de depressão

Pode começar em qualquer idade, situando-se em média em torno de 25

anos.

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DEPRESSÃO MAIOR

É responsável por pelo menos 75% das internações psiquiátricas;

De 15 a 20% dos adultos sofrem níveis significativos de sintomatologia depressiva;

12% - experimentam a depressão grave;De 15 a 20% seguem para uma evolução crônica

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Depressões Típicas aquelas que se apresentam através dos Episódios Depressivos

Depressões Atípicas aquelas que se manifestam predominantemente através de

sintomas ansiosos (Pânico, Fobia ...) e somáticos.

Podem ser: Leve, Moderada ou Grave

Dependerá da intensidade com a qual se apresentam os Episódios Depressivos.

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Causas

Multifatoriais origem em fatores endógenos (neurobiológicos, genéticos) e

fatores exógenos (psicossociais) e que apresentam uma forte relação de

interdependência

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GenéticaA pessoa já nasce com pré-disposição a

desenvolver a depressão

SituacionaisDificuldades na vida incluindo problemas financeiros, divórcios, morte e perdas de

pessoas amadas

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Neurobiológicos

Ocorre uma alteração bioquímica no cérebro, causada por um déficit no metabolismo da

serotonina que é o principal neurotransmissor responsável pelo equilíbrio do humor e da sensação de bem-estar no indivíduo.

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Em situação normal, sem Depressão, o número de neuroreceptores no neurônio 2 (pós-sináptico) é normal.

Page 11: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

 Na Depressão, à medida em que escasseiam os neurotransmissores, aumentam os

neuroreceptores.

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SINTOMAS (pelo menos 4)

Freqüente propensão ao choro, irritabilidade, ruminação obsessiva, ansiedade, fobias,

preocupação com a saúde física e queixas de dores; Tristeza profunda (tristeza, desesperança);

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Vontade de morrer ou ideações suicidas, tentativa ou o suicídio completado;

Anedonia (falta de capacidade de sentir prazer);

Diminuição da energia, levando-o a uma Importante falta de ânimo que interfere na

vida no indivíduo; Sentimento de inutilidade ou culpa

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Alterações:

No apetite e no peso (aumento ou diminuição);

Na regulação circadiana da temperatura corporal e da secreção de cortisol,

No ciclo sono-vigília (insônia ou hipersonia).

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Dificuldade nos relacionamentos íntimos, Diminuição das interações sociais satisfatórias,

dificuldades no funcionamento sexual ou diminuição na libido.

(anorgasmia nas mulheres ou disfunção erétil nos homens)

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       Funções cognitivas:

Diminuição da atenção e memória;

O processo cognitivo torna-se mais automático;

Dificuldades de concentração e na tomada de decisões

Evocação de informações de cunho negativo

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A tríade cognitiva Tendência a se ver como inadequado, incapaz e

fracassado, e atribuir às experiências desagradáveis responsabilidades pessoais

O segundo componente consiste na tendência da pessoa depressiva em interpretar as experiências de uma forma negativa.

O terceiro componente da tríade consiste em uma visão negativa do futuro.

Ao fazer projeções, dificuldades são antecipadas e o sofrimento parece que permanecerá definitivamente.

Page 18: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

      Funções vegetativas:

Lentificação dos processos mentais;

Retardo ou agitação psicomotora

Rebaixamento de 5HT (serotonina)

Elevação NA (Noradrenalina)

Estreitamento do campo vivencial;

Page 19: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

DEPRESSÃO X TRISTEZA

Depressão:

É mais grave e pode causar danos enormes:

As relações interpessoais ficam muito

comprometidas

e podem levar a separações conjugais;• Perdas de relacionamentos com pessoas

significativas em ligações de amizade ou

profissionais;• Afeta muito a capacidade de produzir ;

• Pode comprometer a saúde e a vida da pessoa,

etc...

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Transtorno Distímico

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Caracteriza-se por um humor cronicamente triste ou deprimido na maior parte dos dias, na maioria dos dias, por

no mínimo dois anos.Os distímicos descrevem seu humor como triste ou "na

fossa", o que muitas vezes é confundido com características de personalidade.

O paciente se reconhece como tendo sido sempre "mal humorado" e irritado.

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A sintomatologia é em geral semelhante a da Depressão Maior, de forma menos intensa, excluindo-se a ideação suicida.

A Distimia tem início insidioso, ou seja, instala-se lentamente ao longo do tempo.

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TRATAMENTOS

Farmacoterapia

Terapia Cognitivo-Comportamental

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FARMACOTERAPIATEMPO DE

AÇÃO/MELHORA

MEDICAMENTOS MAIS USADOS

     ISRS (Inibidores seletivos da

recaptação de serotonina) -->

Promove o alívio dos sintomas e o aumento de motivação, concentração e energia.

15 a 20 dias - quando o

excesso de receptores são

reabsorvido pelo organismo.

Fluoxetina – ProzacSertralina – ZooloftParoxetina - AropaxCitalopran - Cipranil

Escitalopran - Lexapró

     

ISRS e ISRNA - Os DUAIS são mais modernos – inibem recaptação da serotonina e da Noradrenalina e não dão efeitos colaterais.

15 a 20 dias - quando o

excesso de receptores são

reabsorvido pelo organismo.

Venlafaxina - EfexorDuloxetina - Cymbalta

 Reboxina – Prolift

     Tricíclicos – inibem a recaptação

da serotonina e da Noradrenalina, mas têm muitos efeitos colaterais (boca seca, obstipação intestinal, retenção urinária, visão borrada, alterações cognitivas, hipotensão, taquicardia, sedação

15 a 20 dias - quando o

excesso de receptores são

reabsorvido pelo organismo.

Imipramina – TofranilClorimipramina –

AnafranilAmitriptilina –

TriptanolNortriptilina - Pamelor

Page 25: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Tratamento com TCC:

Objetivos principais:

1) Aumento do reforço positivo ao paciente;2) Fixação de objetivos atingíveis a fim de

assegurar experiência satisfatória;3) Conceder a si mesmo recompensas para

atingir seus objetivos.

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Alvos em potencial para a TCC da Depressão Resistente

Desesperança Anedonia Pouca Energia Ansiedade Pensamentos Automáticos Negativos Crenças desadaptativas Problemas interpessoais Não–adesão à farmacoterapia

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  Plano Geral de Tratamento:

Levantamento de problemas atuais e sintomas;

Levantamento de co-morbidades; Avaliação do risco de suicídio (Teste de

Desesperança); Avaliação dos aspectos cognitivos,

comportamentais e interpessoais;

Page 28: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Avaliação do abuso/dependência de substâncias psicoativas e uso de medicações;

Avaliação da introdução/modificação de medicação;

Testes e outras avaliações/questionários (BDI, BAI, BHS); Avaliação do comprometimento do paciente

com o tratamento e estabelecimento de um contrato explícito de não-suicídio.

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BDIInventário de Depressão de Beck

1)(0) Não me sinto triste.(1) Eu me sinto triste.(2) Estou sempre triste e não consigo sair disto.(3) Estou tão triste ou infeliz que não consigo suportar.

2)(0) Não estou especialmente desanimado quanto ao futuro.(1) Eu me sinto desanimado quanto ao futuro.(2) Acho que nada tenho a esperar.(3) Acho o futuro sem esperança e tenho a impressão de que as coisas não podem melhorar.

3)(0) Não me sinto um fracasso.(1) Acho que fracassei mais do que uma pessoa comum.(2) Quando olho para trás, na minha vida, tudo o que posso ver é um monte de fracassos.(3) Acho que, como pessoa, sou um completo fracasso.

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BAIInventário de Ansiedade de Beck

1. Dormência ou formigamento _Não_ _Levem/___ _Moderadam/ _Gravem/_

2. Sensação de calor ________ ___________ _________ _________ 3. Tremores nas pernas ________ ___________ _________ _________

4. Incapaz de relaxar ________ ___________ _________ _________

5. Medo que aconteça o pior. ________ ___________ _________ _________

6. Atordoado ou tonto. ________ ___________ _________ _________

7. Palpitação ou aceleração do coração ___ ___________ _________ _________

8. Sem equilíbrio. ________ ___________ _________ _________ 9. Aterrorizado. ________ ___________ _________ _________

10. Nervoso. ________ ___________ _________ _________11. Sensação de sufocamento. ________ ___________ _________ _________

12. Tremores nas mãos. ________ ___________ _________ _________

13. Trêmulo. ________ ___________ _________ _________ 14. Medo de perder o controle. ________ ___________ _________ _________

Page 31: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Escores BDI e BAI

Inventário de Depressão de Beck O inventário de Depressão de Beck consta de 21 afirmativas com escores

que variam de 0 a 3 sendo à soma das respostas atribuídos os níveis:

mínimo (0-11) leve (12-19)moderado (20-35) grave (36- 63)

Inventário de Ansiedade de Beck O inventário de Ansiedade de Beck consta de 21 sintomas de ansiedade que

variam de 0 a 3 sendo à soma das respostas atribuídos os níveis:

mínimo (0 -10)leve (11-19)moderado (20- 30) grave (31-63)

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Escala de Ideação SuicidaI.Características de Atitude em Relação a Viver/Morrer1. Desejo de Viver0.Moderado a Forte1.Fraco2.Nenhum

II.Características de Ideação/Desejo Suicida6. Duração de tempo0.Períodos breves1.Períodos mais longos2.Contínuo (crônico) ou quase contínuo

III.Características de Tentativa Ponderada12. Método: Especificidade/Planejamento0.Não considerado1.Considerado, mas detalhes não trabalhados2.Detalhes trabalhados/bem formulados

IV. Atualização da Tentativa Ponderada18. Preparo Real0.Nenhum1.Parcial (por exemplo, juntar comprimidos)2.Completo(por xemplo:tinha pílulas, lâminas de barbear, revólver carregado)

V. Fatores Históricos22. Técnicas de Suicídio Anteriores0.Nenhuma1.Uma2.Mais de uma

Page 33: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

BHS

1) Contém 20 afirmações V/F que permitem avaliar a extensão das expectativas negativas do paciente sobre seu futuro imediato e a longo prazo.

2) Cada afirmação é pontuada com 0 ou 1.Das 20 afirmações: 9 são otimistas e 11 pessimistas.

3) Resultado: 0-3= Assintomático 4-8= Médio 9-14= Desesperança moderada 14-20= Desesperança severa

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Depressão graveDesenvolvimento de uma lista de razões para

viverCartão de EnfrentamentoMinhas razões para viver:

Meus filhos me amam e ficariam abalados com minha morte.

Outros (pais e amigos) também me amam.

Quando não estou deprimido(a), há coisas na vida das quais eu gosto.

Quando consigo trabalhar com minha capacidade “normal”, sou um(a) funcionário(a) valorizado(a).

Meu médico diz que vou responder ao tratamento e posso estar melhor dentro de algumas semanas.

Page 35: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

MODELO - CONTRATO TERAPÊUTICO - ANTI-SUICÍDIO Concordo que, apesar de estar em dor emocional, é importante não desistir da esperança e, em vez

disso, continuar a buscar maneiras de melhorar minha vida. Entendo que a terapia às vezes é difícil, mas colaborarei com meu terapeuta para encontrar

maneiras de lidar com meus sintomas e meus problemas da vida. Declaro que vale a pena preservar minha vida e não farei nada que a coloque em risco. Percebo que posso ficar tentando me ferir em determinados momentos, mas me refrearei em agir

dessa forma. Em momentos de crise emocional, em vez de me isolar, tentarei entrar em contato com o(a)

psiquiatra .........., Psicólogo(a) ............. algum parente ou amigo do local......... onde moro. Se não conseguir entrar em contato com as pessoas acima, sei que posso ir ao pronto socorro mais

próximo de minha residência. Antes de supor que estou desamparado(a) e derrotado(a), tentarei muita das habilidades da terapia

cognitiva que aprendi no trabalho com o(a) Psicólogo(a) ..., como relaxar, me acalmar, me envolver em atividades produtivas e prazerosas, fazer anotações no Registro Diário de Pensamentos, escrever em meu próprio diário ou me envolver em distrações agradáveis, como assistir filmes ou ler um bom livro. Se nada disso funcionar, sei que ainda posso contar com minha equipe de apoio.

Sei que meu terapeuta está do meu lado, e continuarei a trabalhar sempre com ele(a). Também entendo que ele(a) está tentando me ensinar habilidades e estratégias para ajudar a melhorar minha vida. Usarei essas técnicas, em vez de tentar me ferir.

Fui informado(a) de que o(a) meu Psicólogo(a) tentará estar disponível para sessões improvisadas de terapia e entrarei em contato com ele(a) se sentir necessidade.

Sou realista o suficiente para saber que todo contato tem furos imprevisíveis, mas eu e meu terapeuta não nos aproveitaremos de tais furos. Em prol de meu bem estar a curto e longo prazo, nós dois prometemos seguir o espírito de compromisso com a vida deste contrato.

____________________________________________________________________Assinatura da Paciente: Assinatura da Terapeuta

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Intervenções e Técnicas:

Técnicas ComportamentaisMudança Cognitiva através de mudança ComportamentalInício – objetivo: restaurar o funcionamento do paciente ao período anterior à depressão severa.Engajar atenção e interesse, induzindo-o a neutralizar seu isolamento, envolvendo-se em atividades mais construtivas.Acreditam e ele próprio crê não ser mais capaz de realizar atividades antes feitas sem problemas, achando que não voltará a ter mais prazer.Preso em um círculo vicioso = Ineficaz = Desencorajamento = Imobilidade = baixa autoestimaPara o terapeuta - tarefa difícil convencê-lo – (não)fraco, inepto ou vazio

Page 37: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Mudança Cognitiva através de mudança Comportamental

Demonstrar ao paciente que suas conclusões negativas hipergeneralizadas estavam incorretas.

Após mudança de comportamento mostrar que não perdeu suas habilidades de funcionar, mas que seu desencorajamento e pessimismo dificultam mobilizar seus recursos para fazer o esforço necessário.

Fonte do problema: Erro Cognitivo: “ser inepto, fraco e desamparado”

Importante salientar que as técnicas comportamentais não deixam de trabalhar a cognição do paciente.

São pequenos experimentos que farão com que o paciente obtenha maior segurança em voltar a fazer aquilo que sempre fez.

Page 38: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Mudança Cognitiva através de mudança Comportamental

Observa-se que mudanças comportamentais não operam mudanças cognitivas hipervalentes ao mesmo tempo.

Ex. uma pessoa que se esforça ao realizar uma atividade pode parecer superar a depressão. Mas poderá manter a crença de incapacidade e concluir que seu desempenho não poderia ser pior.

As cognições tendenciosas não são necessariamente alteradas simplesmente com uma mudança de comportamento.

A mudança de comportamento é importante para o paciente avaliar empiricamente suas idéias de inadequação e incompetência.

Page 39: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Estratégias comportamentais: Monitoração de Atividades

Domínio e Prazer

Programação de Atividades

Tarefas de Casa Gradativas

Ensaio Cognitivo

Treino de Assertividade e Dramatização

Page 40: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

A. Monitoração de Atividades e Domínio de Prazer: Pede-se aos pacientes que registrem o que fazem, de hora

em hora, e que avaliem cada atividade numa escala que vai até 1O, com relação ao Prazer (P) e ao Domínio (D).

* As avaliações “p'', mostram o quanto a pessoa encontrou prazer na atividade.

* As avaliações “d ", mostram, a partir de como a pessoa se sentiu no momento, o quanto a atividade representou em termos de conquista.

*A automonitoração também demonstra a relação entre humor e atividade.

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Monitoramento de AtividadesPlanejamento Semanal de AtividadesEscreva em cada espaço:1- Atividade2- Avaliação do Humor (0-100%)

Hora 2ª.feira

3ª.feira

4ª.feira

5ª.feira

6ª.feira

sábado

domingo

06-07

07-08

08-09

09-10

Page 42: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Monitoramento de AtividadesPlanejamento Semanal de AtividadesEscreva em cada espaço:1- Atividade2- Avaliação do Humor (0-100%)

Hora 2ª.feira

3ª.feira

4ª.feira

5ª.feira

6ª.feira

sábado

domingo

06-07Acord

ei60

Acordei70

Acordei30

Acordei60

Acordei40

Acordei50

Acordei60

07-08Banho

40Vestir

30Banho

50Vestir

60Deitad

o80

Vestir70

Vestir60

08-09Camin

,Café70

Café50

Café40

Camin,

Café80

Camin,

Café70

Café60

Café80

09-10Nadar

40TV50

Parque

70

Amigo70

TV80

Camin80

Loja90

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Domínio e Prazer

Hora 2ª.feira

3ª.feira 4ª.feira

5ª.feira

6ª.feira

sábado

domingo

06-07Acorde

i60D

Acordei70P

Acordei

30D

Acordei

60P

Acordei

40D

Acordei50D

Acordei60P

07-08Banho

40D

Vestir30D

Banho50D

Vestir60D

Deitado

80P

Vestir70D

Vestir60D

08-09Camin,Café70P

Café50D

Café40D

Camin,Café80P

Camin,Café70P

Café60D

Café80D

09-10Nadar

40P

TV50P

Parque70P

Amigo70P

TV80P

Camin80P

Loja90P

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B. Programação de atividades:Agenda de atividadesPlanejamento de ações

O objetivo é aumentar os níveis de atividades e maximizar o Domínio e Prazer.

Vantagens:

Reduz um aglomerado de tarefas a uma lista exeqüível Remove a necessidade de tomar decisões repetidas Aumenta a probabilidade de que as atividades sejam

realizadas Incentiva um aumento de proporção de atividades

satisfatórias Aumenta o senso de controle dos pacientes sobre suas vidas As informações obtidas através desse cronograma podem ser

usadas para confrontar pensamentos automáticos negativos.

Page 45: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

C. Tarefas de Casa Gradativa

Reflete a prática de aumentar a possibilidade de êxito ao se desmembrar as tarefas em passos pequenos e exequíveis, cada um dos quais sendo reforçado em razão do seu próprio mérito.

Pode ser usada para ajudar os pacientes a lidar com a inércia e enfrentar situações de ansiedade.

Paciente e terapeuta planejam as tarefas com o objetivo de tentar iniciá-las e não a obrigatoriedade de cumprir toda a agenda programada.

Ex. leitura de um texto (passo a passo: palavra, frase, parágrafo, página, etc.)

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D. Ensaio Cognitivo

Imaginar o procedimento de uma tarefa a ser realizada na imaginação.

Prestando atenção aos detalhes de tal execução, neutraliza a tendência de a mente vaguear.

Sistema pré-programado para executar a tarefa.

Identificar obstáculos potenciais (cognitivos, comportamentais ou ambientais) que impeçam a realização da tarefa.

Ex.: uma paciente com dificuldade de ir à academia de ginástica. Fazer todo o processo na imaginação

Page 47: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

E. Treino Assertivo e

DramatizaçãoTécnicas de ModelagemTreinamento e ensaio ComportamentalDramatização: papéis representados por paciente e terapeuta com o objetivo de melhorar e entender melhor as relações sociais.Assim procura-se esclarecer cognições autoderrotistas ou interferentes.Ex.: Não ser assertivo para não criar problemas. (discutir em sessão).

Page 48: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Técnicas Cognitivas Treinar o paciente a observar e registrar suas cognições:1. Definir Pensamento Automático.

2. Demonstrar a relação entre pensamento, afeto e comportamento, usando exemplos específicos.

3. Demonstrar a presença de cognições da experiência recente do paciente.

4. Designar experimentos para o paciente a fim de coletar cognições.

5. Revisar os registros do paciente e fornecer retorno concreto.

Page 49: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Estratégias Cognitivas Técnica de Distração Contagem de Pensamento

Estas técnicas são apresentadas ao paciente como uma maneira de reduzir o tempo despendido com ruminações, que levam a um aumento da perturbação.

São úteis no início do tratamento.

Não produzem uma mudança cognitiva fundamental, mas ao reduzirem a freqüência dos pensamentos depressivos, levam à melhora do humor.

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A. Técnicas de Distração: * Enfoque no Objeto: os pacientes são instruídos a concentrar a atenção em

um objeto, descrevendo-o para si mesmos com o máximo de detalhes possíveis.

* Percepção Sensorial: pacientes instruídos a se concentrarem no ambiente ao seu redor de forma global, utilizando a visão, a audição, o paladar, o tato e o olfato.

* Exercícios Mentais: pacientes são instruídos a contagem regressiva a partir de 1000 em sete segundos, ou pensando em animais começando com cada letra do alfabeto. Qualquer atividade mental que ocupe a atenção.

* Lembranças e fantasias agradáveis: lembranças nítidas de prazeres passados (por ex.: Férias divertidas), fantasias (por ex.: o que fariam se ganhassem na loteria).

* Atividades que ocupam a atenção: selecionar atividades que ocupem a mente, como por exemplo, quebra-cabeças, palavras cruzadas, etc.

Page 51: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

B. Contagem de Pensamentos: Destina-se a promover o distanciamento dos

pensamentos negativos.

O paciente aprende a registrar a ocorrência dos pensamentos automáticos negativos, e a deixá-Ios de lado em vez de permitir que eles determinem seu humor.

Page 52: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Transtorno BIPOLARTranstorno BIPOLAR I ITranstorno BIPOLAR IITranstorno BIPOLAR II

Transtorno CICLOTÍMICO Transtorno CICLOTÍMICO

Page 53: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

A Bipolaridade compreende uma mescla de transtornos afetivos, possivelmente relacionados com depressão unipolar,

mas envolvendo graus variados de agitação, euforia, impulsividade, irritabilidade

e ideação psicótica. 

Page 54: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

É uma doença mental grave, crônica, recorrente e incapacitante;

Envolve graus variados de agitação, euforia, impulsividade, irritabilidade e ideação psicótica (mania/hipomania) e também

episódios de humor muito baixo e desespero (depressão);

A maioria dos pacientes com TAB inicia a doença com um episódio depressivo;

Page 55: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Os avanços dos sintomas podem ser precipitados

pelo ambiente,

por fatores orgânicos, idiopáticos (do próprio transtorno)

e por estressores psicossociais;

Acomete 1,6% da população hoje em dia.

Page 56: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Aproximadamente 25% das pessoas com TAB I (Weissman et al., 1988)

e até 60% dos que têm TAB II tentam suicídio durante a

evolução da doença (Jurema et al., 2000)

Page 57: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Hipóteses sobre causas

Fatores hereditários; Nível crítico de estresse cotidiano (incluindo

discórdia familiar); Estilos cognitivos

Page 58: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I:

Um episódio maníaco pleno ou misto tem de ter ocorrido em algum momento na história do paciente.

(Quadros de mania + Depressão)

Page 59: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II

Pelo menos um episódio hipomaníaco com pelo menos um episódio depressivo maior

(sem uma história de mania).(Quadros de hipomania + Depressão)

Page 60: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

2 semanas Depressão 2 anos Distimia Hipomania 3 semanas Mania Bipolaridade Cicladores rápidos

4 dias

1 semana

4 dias de hipomania ou mania e duas semanas de depressão

Page 61: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO
Page 62: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Episódio Depressivo Maior no Transtorno Bipolar

Características necessárias: Humor deprimido na maior parte do dia, pelo

menos 2 semanas ou

Perda de interesse ou prazer (anedonia) na maior parte do dia, todos os dias, por pelo menos 2 semanas.

Page 63: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Se os sintomas forem graves o suficiente para provocar angústia subjetiva significativa

ou afetar aspectos importantes no funcionamento da vida da pessoa.

Page 64: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Avaliar pelo menos 5 sintomas dos problemas:

Diminuição da energia; Sentimento de desvalia, culpa e auto-

recriminação; Dificuldade de concentração ou tomada de

decisões; Alterações no apetite;

Page 65: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Perturbação do sono (adormecer/acordar, despertar durante a noite/muito cedo com

dificuldade de voltar a dormir); Extremos na atividade psicomotora

(retardo ou agitação); Redução marcante da libido;

Ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio

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Episódio Maníaco

Características:

Exibir humor eufórico ou irritável anormal por pelo menos 1 semana com os seguintes problemas:

- Grandiosidade; Relatos subjetivos de necessidade de muito

pouco sono durante dias; Pressão por falar;

Page 67: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Fuga de idéias e pensamentos que voam;

Grande desorganização e distratibilidade; Envolvimento excessivo em atividades dirigidas a

objetivos; Busca por grande estimulação, comportamento hedonista (prazer como único objetivo) e viciosos.

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Outros sintomas:

Resiste em tomar medicamentos; Hiperatividade, impulsividade e comportamento

promíscuo; Fala excessiva (logorréia) e muitas idéias ao

mesmo tempo

Page 69: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Acredita ser capaz de realizar atos inimagináveis;

Relata ter várias habilidades; Gasta seu dinheiro em excesso e de

forma descontrolada; Abusa de drogas e álcool;

Isolamento da família e amigos;

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Episódio misto

É um estado maníaco grave que envolve uma mistura de características

depressivas excessivas (Dunner, 1999) durando pelo menos 1 semana e

provocando uma interrupção significativa no funcionamento

acadêmico-profissional e interpessoal-social.

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Sintomas comuns:

InsôniaAgitação;

Pensamento psicótico;Tendência suicida

Page 72: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Episódio Hipomaníaco

Semelhante à síndrome maníaca plena, mas com duração menor pelo menos 4 dias de

intensidade dos sintomas e interrupção das atividades cotidianas.

Sem a presença de sintomas psicóticos, e estados de humor não extremos ou bizarros, podem não

causar comprometimento funcional óbvio.

Page 73: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Episódio HipomaníacoSintomas comuns:

Humor extraordinariamente expansivo; Menos necessidade de sono;

Distratibilidade; Envolvimento excessivo em atividades

dirigidas a objetivos;

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Impulsividade com relação a comportamentos hedonistas

Ocorrendo 1 desses episódios junto com o depressivo maior Tipo II

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Transtorno Bipolar com Ciclagem Rápida

Bipolares do Tipo I ou II exibem 4 ou mais ciclos dentro de um ano ( 4 dias de

hipomania ou mania e 2 semanas de depressão).

É mais comum em mulheres, talvez indicando os processos reprodutivos e hormonais,

relevantes ao sexo na estabilidade do humor.Está relacionada com um maior risco de

suicídio (Fawcett et al., 1987)

Page 76: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Ciclotimia

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Ciclotimia

É uma categoria diagnóstica que parece representar um cruzamento entre uma

forma subsindrômica de transtorno bipolar com ciclagem rápida e a distimia por pelo

menos 2 anos sem intervalos livres de sintomas. (Crônico)

Page 78: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Transtorno Bipolar “Atípico”

“Sem outra especificação”

Os pacientes podem demonstrar sintomas maníacos sem a duração necessária ou exibir períodos de hipomania sem uma história de episódio depressivo maior.

Page 79: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

AJUSTAMENTO COM HUMOR DEPRESSIVO

(Depressão Reativa)

Luto patológico (a pessoa não mexe em nada, como se o

outro fosse voltar) Perdas

Incidentes da vida

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TRANSTORNO DE HUMOR ORGÂNICO

Qualquer lesão cerebral;

Qualquer doença de humor: demências, epilepsia, lesão dos gânglios da base, lesão por

AVC, ...

Pode dar tanto euforia quanto sintomas depressivo.

Page 81: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Co-morbidades:

Abuso de substancias; Transtornos de Ansiedade;

Transtornos de Personalidade;

Page 82: Profa. Ms. Eliana Melcher Martins DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

TRATAMENTOS: Farmacoterapia

Terapia Cognitivo-Comportamental

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Farmacoterapia

Não elimina completamente recorrências de mania ou depressão, mas pode diminuir a freqüência, a duração e a gravidade dos episódios maníacos e

depressivos , reduzindo o sofrimento do paciente, a hospitalização e o custo melhorando seu

funcionamento psicossocial, (Baastrup e Schou, 1967)

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1- LÍTIO

Poderoso protetor contra a ameaça de suicídio (Isometsã, 1993);

Agente de 1ª linha no tratamento da mania, tanto nos episódios agudos como para prevenir futuras

ocorrências (Bauer et al., 1999).

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Aumento do lítio provoca insuficiência renal, tireóide e cardíaca 

Fazer controle com exame de função renal (uréia, creatinina, t3, t4, TSH) semanal,

quinzenal, mensal e trimestral – 0,8 a 1,2 eg/l (normal)

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2 – Ácido valpróico (Depakote)(estabilizador de humor)

Pode ser muito útil no tratamento de mania mista e de ciclagem rápida (Walden, Normann,

1998).

Muitas vezes são usados em combinação com o lítio (Solomon et al., 1998)

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3 - Anticonvulsivantes: Carbamazepina (Tegretol)

Lamotrigina (Lamictal)Topiramato (Topamax)

6 – Medicações antidepressivas;7 – Medicações antipsicóticas

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 Tratamento com TCC

Enfatiza identificar precocemente episódios hipomaníacos e depressivos, Estratégias para lidar com esses episódios; Regularizar sono, alimentação e níveis de atividade do paciente, Reduzir a vulnerabilidade do paciente, a exposição a situações disparadoras (Palmer, Williams & Adams, 1994)

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 Objetivos:

Capacitar com habilidades para modular suas reações subjetivas ao estresse (Beck et al., 1979);

Fortalecer auto estima e diminuir a oscilação do afeto em relação aos eventos da vida (Jacobs, 1982);

Aumento da aderência à psicofarmacoterapia;

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Estratégias cognitivo-comportamentais para modificar atitudes negativas com relação a tomar as medicações:

1) Registros diários de pensamentos;

2) Análise das vantagens e desvantagens de tomar a medicação;

3) Métodos de controle de estímulos para lembrar da medicação (desenvolver planos, lembretes e estratégias)

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Técnicas:

1) Psicoeducação: transtorno, TCC e medicações:

2) Avaliação e modificação de interpretações

subjetiva da tríade cognitiva para obter eficácia em lidar com sua doença.

3) Diários – (registrar a ocorrência, a gravidade e o curso dos sintomas maníacos e depressivos que permitam uma

intervenção precoce se os sintomas se agravarem);

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4) Educá-lo quanto a comunicação interpessoal

de modo que possa enviar mensagens

aos outros de maneira mais eficaz e recebê-las

sem interpretá-las mal.

5) Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD)

6) Automonitoração e escalas de humor

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7) Resolução de Problemas

(Planejamento, prevenção e resolução de

problemas).

8) Planejamento semanal

9) Manejo dos sintomas agudos (vantagens e desvantagens de se apegar a uma crença extremamente

positiva)

10) Elaboração conjunta, com paciente e família de estratégias terapêuticas.

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