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Prof. Juliana P. Viecheneski
• A escola é obrigatória para todos e tem
significativo papel na formação dos cidadãos,
fornecendo subsídios necessários para uma
ação ativa e consciente nos diferentes contextos
sociais.
BRASIL., 2012, p. 29
• “O ensino de História, segundo o trecho da Lei, deve ser garantido, como meio para que se possa asseverar a compreensão do ambiente social, do sistema político e dos valores em que se fundamenta a sociedade.” (BRASIL, 2012, p. 30)
• O ensino de História tem um papel formativo, cultural e político. O professor pode fornecer ao aluno os subsídios necessários para o entendimento e posicionamento crítico frente ao contexto social, tendo como referência os valores do respeito à diversidade, da postura democrática, da ética, do senso crítico e da justiça social. (SILVA; FONSECA, 2010)
• O foco na alfabetização, nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, não pode vir a representar na prática escolar, uma desvalorização do ensino e da aprendizagem da História
• Estudos indicam que a efetivação de um ensino pautado em práticas contextualizadas e interdisciplinares ainda é um desafio para muitos docentes (SILVA; FONSECA, 2010; BRANDI;GURGEL, 2002; ROSA; PEREZ; DRUM, 2007).
• Ainda é presente concepções e práticas pedagógicas que separam o processo de aquisição da leitura e escrita, das áreas de História, Geografia, Ciências (SILVA; FONSECA, 2010)
• “Muitos educadores ainda acreditam que, primeiro, é
preciso ensinar a ler e a escrever, para depois ensinar
e aprender História.” (SILVA; FONSECA, 2010, p. 24)
• “É possível ensinar História sem antes alfabetizar?”
• “É possível alfabetizar sem a História?” (SILVA;
FONSECA, 2010, p. 24)
• O “foco na alfabetização”, não pode desconsiderar
as diversas dimensões que o processo de
alfabetização envolve. (SILVA; FONSECA, 2010)
• A alfabetização não se reduz ao domínio de
“técnicas” de leitura e escrita. “[...] É o domínio destas
técnicas em termos conscientes. [...] Implica numa
autoformação de que possa resultar uma postura
interferente do homem sobre seu contexto”. (FREIRE,
1980, p. 111)
• É possível aprender a ler sem buscar a compreensão
do contexto social, e que requer, necessariamente, a
aprendizagem de conhecimentos das áreas como
História, Geografia e Ciências?
• “É necessário, sim, alfabetizar as crianças, ensinando e aprendendo História. Aprender História é ler e compreender o mundo em que vivemos e no qual outros seres humanos viveram.”(SILVA; FONSECA, 2010, p. 24)
• Ensinar História – ponto de partida – realidade sociocultural e questões problematizadoras voltadas ao contexto atual e a outros tempos, e à multiplicidade de sujeitos, lugares e culturas.
“É impossível veicular-se na escola situações que não coincidam
com as necessidades dos alunos e da sociedade em geral.”
(VIEIRA; MOURA; ALMEIDA, 2011, p. 51
Leituras de fotos
Leitura e releitura de obras de arte, desenho e pinturas
Brincadeiras e brinquedos
Pesquisas, entrevistas
Dramatização
Criação de histórias
Músicas
Visitas
Projeto: Nossa cidade, nossa casa
Produto: uma mostra que expresse a cultura e a produção
artística do bairro, da cidade ou do município em que a escola se
localiza.
O acervo pode ser verbal (oral e/ou escrito), imagético
(fotografias, colagens, desenhos, etc), fílmico (gravações em fitas
de vídeo). Pode ser uma exposição de obras da cultura local:
esculturas, quadros, peças de tecido, utensílios variados etc.
• Objetivo: propiciar que o estudante conheça mais o lugar em
que vive, percebendo-se como parte dele.
• Desenvolvimento do trabalho
1 – Discuta com os estudantes o projeto: objetivos,
etapas, necessidade de envolvimento de todos,
responsabilidade de cada um e produto final. Discuta o
projeto com os pais/comunidade no sentido de ter a
adesão deles em relação à finalidade desse trabalho,
assim como possíveis contribuições.
2 – Organize as crianças em grupos para que cada um
faça uma pesquisa.
• Possíveis categorias:
a história da cidade; o museu; a biblioteca; os
grupos de dança; os grupos musicais; as comidas
típicas; o teatro ou grupos de teatro; artesanato
local; os artistas da região: poetas, contadores
de histórias, repentistas, pintores, etc.; as
atrações turísticas
• 3 – Auxilie os grupos com a sua pesquisa; peça
para que as crianças pesquisem com familiares,
amigos e moradores mais antigos seus
conhecimentos sobre a cultura local e até
mesmo se há disponibilidade de objetos que
possam ser emprestados para a mostra
cultural/acervo.
• Gênero textual para esse momento pode ser a
entrevista oral ou escrita.
• 4 – Proporcione visitas a locais da cidade que
possam contribuir para a pesquisa das crianças
(sede da prefeitura, o jornal da região, etc)
• Para essa saída da escola, é possível
elaborar com as crianças uma carta-
requerimento para reservar/marcar a ida a
esses lugares.
• 5 – Trabalhe a questão das mudanças históricas havidas entre o “antigamente” e o “hoje”. Organize com eles, um cartaz que possa ir registrando as contribuições das pesquisas,, na direção de compreenderem um importante conceito que se refere às permanências e mudanças do contexto histórico e geográfico.
• 6 – Os produtos finais podem ser apresentados e acordados com os estudantes e a comunidade.
(NERY, 2006, p. 120-121)
Aquilo que eu escuto, eu esqueço.
Aquilo que vejo, eu lembro.
Aquilo que faço, aprendo.
(Confúcio)
• BRANDI, A. T. E.; GURGEL, C. M. A. A alfabetização científica e o processo de ler e escrever em séries iniciais: emergências de um estudo de investigação-ação. Ciência & Educação, Brasília, v. 8, n. 1, p.113-125, 2002. Disponível em: <http://www2.fc.unesp.br/cienciaeeducacao/include/getdoc.php?id=541&article=191&mode=pdf> Acesso em 25 ago. 2012.
• BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Planejamento escolar: alfabetização e ensino da língua portuguesa. Brasília, 2012.
• ROSA, C. W.; PEREZ, C. A. S.;DRUM, C. Ensino de física nas séries iniciais: concepções da prática docente. Investigações em Ensino de Ciências, v. 12, n. 3, p.357-368, 2007. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID176/v12_n3_a2007.pdf>. Acesso em 03 abr. 2013.
• NERY, A. Modalidades organizativas do trabalho pedagógico: uma possibilidade. In: Brasil. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: inclusão para crianças de seis anos de idade. Brasília, MEC, 2006.(Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/ensifund9anobasefinal.pdf>).
• SILVA, M. A. da; FONSECA, S. G. Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e perdas. Revista Brasileira de História, v. 31, n. 60, p. 13-33, 2010.
• VIEIRA, J. D; MOURA, R. N. de A.; ALMEIDA, S. A. P. de. Licenciatura em Pedagogia: Fundamentos teóricos e metodológicos das ciências sociais e naturais: Ensino de História. Ponta Grossa, 2011.