prof. audálio ferreira sobrinho1 iter criminis (caminho do crime) crime impossÍvel
TRANSCRIPT
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 1
“iter criminis”(caminho do crime)
CRIME IMPOSSÍVEL
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 2
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1- Caracterizar as fases do crime.
2- Analisar tentativa, o arrependimento eficaz e a desistência voluntária.
3. Identificar o crime impossível.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 3
SUMÁRIO
1. Introdução 2. Fases do crime3. Tentativa4. Desistência voluntária e o arrependimento eficaz5. Crime impossível6. Conclusão
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 4
2. FASES DO CRIME
a- Cogitação. b- Atos Preparatórios. c- Atos de Execução. d- Consumação.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 5
a. COGITAÇÃO
Quando o crime está na mente da pessoa (não punível)
EXCEÇÕES1) art. 152 do CPM: Conspiração2) art. 191 do CPM: Concerto para a
deserção
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 6
b. Atos preparatórios
Atos preliminares externos tendentes à consecução do objetivo criminoso.
(normalmente não puníveis por não demonstrarem com precisão a intenção do agente)
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 7
Atos preparatórios(exceções puníveis)
1) Crimes de perigo (Título VI, CPM);2) Crimes contra o Estado;3) Formação de quadrilha;4) Posse de material p/falsificação de moeda.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 8
c. Atos de Execução(atos executórios)
- Onde o comportamento do agente evidencia o início do tipo penal;
- Quando começa a realização da conduta descrita no núcleo do tipo. (meta optata ou não)
(PASSÍVEL DE PUNIÇÃO)
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 9
d. Consumação
- Quando o tipo está inteiramente realizado;
“Crime Consumado é aquele que reúne todos os elementos de sua definição legal” (art. 30,I do CPM)
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 10
3. Tentativa
O crime é tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. (art. 30,II do CPM)
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 11
Tentativa perfeita
Quando o agente faz tudo que lhe é possível para consumar o crime.
Ex. : “A” descarrega seu revólver em “B”, mas este é encontrado por um terceiro, que o leva ao médico, que salva “B”.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 12
Tentativa imperfeita
Quando o agente não exaure todos os meios que estão à sua disposição,
e o resultado não ocorre.
Ex. : quando “A” vai desferir a segunda punhalada(fatal) em “B”, indefeso, um terceiro intervém e toma-lhe a arma
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 13
Pena de tentativa
Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. (Parágrafo único do art 30 do CPM)
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 14
4. Desistência voluntária
Quando o agente, não tendo exaurido todos os atos de execução, resolve por sua livre e espontânea vontade impedir a consumação.
Ex. : “A”desiste de desferir o tiro fatal em “B”, embora o tivesse à sua mercê.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 15
Arrependimento EFICAZ
Quando o agente TENDO EXAURIDO todos os atos de execução, impede, espontaneamente, que ocorra a consumação.
Ex. : depois de fazer “B “beber todo o veneno suficiente para matá-lo,
“A” ministra-lhe um antídoto.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 16
Em ambos os casos o agente será punido pelos atos praticados
até o momento em que evita o resultado
(Art. 31 do CPM)
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 17
5. Crime impossível
Aquele que não se consuma por ineficácia absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto.
(art. 32 do CPM) não existe punição para o agente
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 18
Ineficácia absoluta do meio
Quando o meio, por sua natureza e circunstâncias, não produzirá o resultado visado pelo agente.
Ex : 1. ministrar açúcar supondo ser arsênico;
2. “cortar”com uma faca de papel.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 19
Ineficácia relativa do meio
O meio pode ser eficaz, mas não funciona, não consegue atingir a meta optata.
Ex.: 1. ministrar veneno insuficiente; 2. incidente de tiro na execução.
(PUNE-SE A TENTATIVA)
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 20
Impropriedade absoluta do objeto
- Quando não existe o objeto material visado pelo agente, ou,
- quando pela situação ou condição do objeto é impossível a produção do resultado
Ex.: 1. “matar”cadáver; 2. furtar de si mesmo; 3. tentar abortar sem gravidez.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 21
Impropriedade relativa do objeto
Quando o bem jurídico existe, mas por circunstância fortuita não é alcançado.
Ex. : apunhalar manequim pensando ser o corpo de alguém.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 22
6. Conclusão
1- Caracterizar as fases do crime.
2- Analisar tentativa, o arrependimento eficaz e a desistência voluntária.
3. Identificar o crime impossível.