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Produção do espaço

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ALVARO FERREIRA

JOÃO RUA

REGINA CÉLIA DE MATTOS

(ORGS.)

CONSEQUÊNCIA

Produção do espaçoEmancipação social, o comum e a “verdadeira democracia”

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© 2019 dos autores

Direitos desta edição reservados àConsequência EditoraRua Alcântara Machado, 36 sobreloja 210 Centro - Cep: 20.081-010 Rio de Janeiro - RJ BrasilContato: (21) 2233-7935 [email protected]

Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação do copyright (Lei no 9.610/98).

Conselho editorialAlvaro FerreiraCarlos Walter Porto-GonçalvesJoão RuaMarcelo Badaró Mattos Marcos SaquetRuy Moreira Sandra LencioniTimo Bartholl

Coordenação editorial e projeto gráficoConsequência Editora

RevisãoPriscilla Morandi

Capa e diagramaçãoLetra e Imagem

Imagem da capaAmos Chapple/Rex, Vista aérea de Barcelona.

Dados internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) de acordo com ISBD

P964 Produção do espaço: emancipação social, o comum e a “verdadeira de-mocracia” / organizado por Alvaro Ferreira, João Rua, Regina Célia de Mattos. - Rio de Janeiro : Consequência, 2019.

520 p. : il. ; 16cm x 23cm.

Inclui bibliografia e índice.ISBN 978-85-69437-69-7

1. Geografia. 2. Produção do espaço. 3. Democracia. 4. Emancipação

social. I. Ferreira, Alvaro. II. Rua, João. III. Mattos, Regina Célia de. IV. Título.

2019-1135 CDD 910CDU 91

Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410Índice para catálogo sistemático:

1. Geografia 9102. Geografia 91

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SUMÁRIO

Agradecimentos ................................................................................................7

Introução ou…Em meio à escuridão, buscando caminhos (im)possíveis, por Alvaro Ferreira, João Rua e Regina Célia de Mattos ........................... 11

PARTE I. PRODUÇÃO DO ESPAÇO E RADICALIZAÇÃO DA DEMOCRACIA

CAPÍTULO 1. A luta pela “verdadeira democracia” na produção do espaço: por outro projeto de sociedade ................................................... 23Alvaro Ferreira

CAPÍTULO 2. Para uma geografia com todos os lugares: reflexões a partir do caso europeu ................................................................. 55João Ferrão

CAPÍTULO 3. Territocracia: propuesta embrionaria para diseñar territorios transparentes y respetuosos con la vida ..................................... 73Jeffer Chaparro Mendivelso

CAPÍTULO 4. Emancipación social, el común y la democracia: los movimientos frente al extractivismo ...................................................... 99Raúl Zibechi

CAPÍTULO 5. De utopias e de topoi: Espaço e poder em questão (perspectivas desde algumas experiências de lutas sociais na América Latina/Abya Yala) ...................................................................... 109Carlos Walter Porto-Gonçalves

PARTE II. EMANCIPAÇÃO, ESPAÇOS PÚBLICOS E O COMUM URBANO

CAPÍTULO 6. A metrópole convivial: por uma geografia social crítica dos commons ........................................................................... 175Ivaldo Gonçalves de Lima

CAPÍTULO 7. Comum e privatização de espaços públicos: a cidade como lugar da política .................................................................... 199Virgínia Totti Guimarães

CAPÍTULO 8. Injustiça espacial e a consciência crítica como superação.... 225Sandra Lencioni

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CAPÍTULO 9. Modernização e redes técnicas: Entre o controle, a espoliação e a emancipação ....................................................... 243Denis Castilho

PARTE III. ALIENAÇÃO, CONTROLE E ANÁLISE DE CONJUNTURA

CAPÍTULO 10. “Rupturas democráticas”? .................................................. 267Arlete Moysés Rodrigues

CAPÍTULO 11. Gestão territorial e restrições ao exercício da democracia no Brasil ................................................................................ 289Floriano José Godinho de Oliveira e Eveline Algebaile

CAPÍTULO 12. Considerações sobre a forma espetacular: ensaio de conjuntura brasileira e o seu estágio crítico ..............................317Marcio Rufino Silva

CAPÍTULO 13. Transformações da forma condomínio na financeirização do imobiliário: mercantilização da habitação e privatização do espaço na reestruturação metropolitana de São Paulo ....................... 351Beatriz Rufino

CAPÍTULO 14. A crise da crise da segurança pública no Brasil .............. 383João Trajano Sento-Sé

CAPÍTULO 15. Para falar de/em favela ........................................................ 405José Borzacchiello da Silva

CAPÍTULO 16. Da cidade de exceção a um novo modelo urbano pós-olimpíadas: as alterações na legislação urbanística em relação às favelas na cidade do Rio de Janeiro ........................................... 427Rafael Soares Gonçalves e Lohana Ribeiro Campos

CAPÍTULO 17. Ensayos de liberalismo e igualdad espacial en el Chile del siglo XX: trayectorias políticas en vivienda, espacio y ciudad .......... 447Rodrigo Hidalgo Dattwyler, Voltaire Alvarado Peterson e Abraham Paulsen Bilbao

CAPÍTULO 18. Europocentrismo e decolonialidade: estabelecendo pontes teórico-conceituais “perigosas” e ainda pouco cruzadas ............ 475João Rua

Sobre os autores .......................................................................................... 493Índice remissivo .......................................................................................... 505

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CAPÍTULO 2

Para uma geografia com todos os lugares

Reflexões a partir do caso europeu

João Ferrão

Vemos, ouvimos e lemosNão podemos ignorarCantata da Paz, 1969

Sophia de Mello Breyner Andresen A pior distopia é aquela que não conseguimos reconhecer. Jornal Público,

27 de janeiro de 2019. Entrevista a Ulrike Guérot

Introdução

A história não se repete. Mas há recorrências que não podem ser igno-radas. Após a crise dos anos 1930, os movimentos de extrema-direita e os regimes autoritários e fascistas encontraram um contexto parti-cularmente favorável para se expandirem e consolidarem na Europa e noutras partes do mundo. Atualmente, no rescaldo da crise financeira simbolicamente iniciada nos EUA no dia 15 setembro de 2008 com a falência do poderoso banco de investimentos Lehman Brothers, crise essa que rapidamente se transformou numa crise económica, social e política agravada pelas medidas de austeridade impostas pelas orga-nizações internacionais para a combater, assistimos a uma nova onda de movimentos de extrema-direita não só na Europa, como em outros continentes.

É neste contexto que devemos colocar a necessidade de radicalizar a democracia e de discutir como fazê-lo. Este capítulo tem como objetivo contribuir para o debate sobre essa necessidade premente, tendo como referência a realidade europeia recente e como ponto de vista o papel

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da ciência e, em particular, da Geografia. Este capítulo está dividido em quatro partes. A primeira centra-se na ideia de desvitalização democrá-tica, resultante quer de limitações estruturais das democracias repre-sentativas liberais, quer do avanço recente das ideias pós-democráticas. A segunda parte salienta a incidência regionalmente diferenciada dos movimentos pós-democráticos e do voto conservador, populista, na-cionalista e xenófobo, associando-se essa diferenciação à oposição en-tre os lugares, e respetivas classes e categorias socioprofissionais, “que contam” (integrados nos processos de globalização como protagonistas ou beneficiários) e os que “não contam” (excluídos dessa integração e, por isso, cada vez mais periféricos e marginais). A terceira parte visa ilustrar o modo como uma ciência crítica, plural, adversarial, dialógi-ca e propositiva, e, neste âmbito, a Geografia, poderá contribuir para afirmar a radicalização da democracia como resposta às atuais tendên-cias de desvitalização democrática e para combater um conhecimento geográfico demasiado desigual sobre os diferentes lugares, valorizando uns e esquecendo outros. Finalmente, na quarta parte procura-se in-dicar como uma visão conceptualmente enriquecida dos processos de produção do espaço e tematicamente alargada em termos de objetos de estudo poderá constituir um elemento crítico para estabelecer uma relação virtuosa entre ciência geográfica e radicalização da democracia em torno da ideia de uma Geografia com todos os lugares.

Democracia sob pressão: das limitações estruturais da democracia representativa à emergência dos movimentos e regimes pós-democráticos

O conceito de democracia representativa liberal é constitutivo do mo-delo hegemónico em que os projetos de modernidade, o sistema e a ide-ologia capitalistas e os processos de globalização se têm historicamente apoiado. As vantagens em relação a regimes absolutistas, autocráticos, autoritários e totalitários, em termos de liberdades e garantias baseadas num Estado de direito, são evidentes. Mas é também claro que a demo-cracia representativa liberal contém, em si própria, limitações de natu-reza estrutural que restringem, dificultam ou impedem a emergência de práticas democráticas alternativas. Por exemplo, a democracia par-

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ticipativa, a democracia popular ou a democracia direta têm vindo a ser apresentadas ao longo da história e sob designações diferentes, como formas alternativas que visam radicalizar a democracia para além, e, em alguns casos, contra a democracia representativa.

Sucede que hoje, na Europa e também em muitos outros países, se observa uma confluência de tensões resultante de tendências de natu-reza distinta, umas relacionadas com o sistemático empobrecimento, objetivo e subjetivo, das práticas de democracia representativa, outras com tentativas de redinamização ou mesmo reinvenção da democracia representativa a partir da valorização dos processos participativos de base cidadã, outras ainda através da defesa de soluções pós-democráti-cas, de feição autoritária e associadas a ideologias de soberanismo po-pulista de direita e extrema-direita.

Estas tensões alcançam expressões distintas nos diversos países eu-ropeus. No entanto, e no que se refere às práticas associadas aos siste-mas de representação demoliberal, é possível identificar seis tendências relativamente transversais:1. Redução da participação eleitoral, com consequente aumento das

taxas de abstenção;1

2. Esbatimento programático e retração eleitoral dos partidos de cen-tro-direita e de centro-esquerda, os quais lideraram grande parte dos governos nacionais das últimas décadas;

3. Afirmação eleitoral de movimentos, partidos e candidatos presiden-ciais que se apresentam explicitamente como nacionalistas e “antis-sistema”, tendo os primeiros resultados significativos sido obtidos na década de 1990 (Jörg Haider na Áustria e Silvio Berlusconi em Itália) e verificando-se desde então uma evolução ascendente per-manente e acentuada;2

1 Em Portugal, a evolução das taxas de abstenção desde a restauração da democracia em 1974 é bastante significativa, ainda que com variações claras entre diferentes tipos de eleições: (i) Eleições para a Assembleia da República: 8,5% em 1975 e 44,1% em 2017; (ii) Eleições para presidente da República: 24,6% em 1976 e 51,3% em 2016; (iii) Eleições para as autarquias (municípios): 35,4% em 1980 e 45,0% em 2017; (iv) Eleições para o Parlamento Europeu: 27,8% em 1987 e 69,3% em 2019 (Fonte: SIGMAI. POR-DATA. Disponível em: www.pordata.pt. Acesso em: 28 maio 2019; http://www.cne.pt/content/eleicoes-para-o-parlamento-europeu-2019. Acesso em: 5 jun. 2019).2 Segundo a BBC, em setembro de 2018 os partidos da direita nacionalista na Europa

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4. Perda sistemática de importância dos partidos políticos de orienta-ção marxista, hoje irrelevantes do ponto de vista eleitoral;

5. Crescente fragmentação partidária, podendo acontecer que nenhum partido consiga obter 18% dos votos (caso, por exemplo, das eleições legislativas realizadas em abril de 2019 na Finlândia);

6. Crescente desafeição dos jovens pela política partidária (por exem-plo, cerca de 87% dos portugueses com 25 a 34 anos afirmaram que não se interessam por política num inquérito realizado por Lobo, Ferreira e Jussara, [2015]), mas aumento de mobilizações pontuais e efémeras em defesa de causas temáticas (ambientais, sociais) ou de contestação de decisões políticas nacionais e internacionais de natureza específica.

Estas seis tendências relativas às práticas associadas aos sistemas de representação demoliberal refletem uma crescente desconfiança e um alheamento cada vez maior dos cidadãos em relação aos partidos polí-ticos e aos sistemas de democracia representativa (BELCHIOR, 2016), o que significa que a função “representativa” dos eleitos é cada vez menos efetiva.3

Por outro lado, o debate político é hoje polarizado por narrativas que pouco têm em comum com as que dominaram durante grande parte do século XX, então associadas a uma diferenciação mais ou menos clara e estável entre partidos democratas-cristãos/conservadores, liberais, so-cial-democratas, socialistas e comunistas. No espaço público, confron-tam-se atualmente três narrativas principais, ainda que parcialmente sobrepostas: a visão pós-política, que opõe cosmopolitas (que se apre-sentam como não sendo nem de direita nem de esquerda, como o pre-

alcançavam mais de 25% dos votos em dois países (Suíça e Áustria), entre 17 e 24% em cinco países (Dinamarca, Suécia, Finlândia, Hungria e Itália) e entre 9 a 16% noutros cinco países (Holanda, França, Alemanha, República Tcheca e Bulgária). Fonte: ht-tps://www.bbc.com/news/world-europe-36130006. Acesso em: 18 abr. 2019.3 António Brito Guterres dá um exemplo interessante de um bairro periférico da área metropolitana de Lisboa com uma forte presença de comunidades imigrantes (Vale de Amoreira): para uma população informalmente estimada em cerca de 18 mil resi-dentes (muitos deles em situação ilegal), há 9.953 eleitores registados, votaram 3.341 pessoas, e o partido vencedor obteve 1.400 votos, ou seja, representa menos de 8% dos habitantes. Disponível em: http://tedxlisboa.com/eventos/tedxlisboa2015/antonio-

-brito-guterres/. Acesso em: 18 abr. 2019.

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sidente Emmanuel Macron na França) a soberanistas; a visão populista, de direita ou de esquerda, baseada na defesa “dos de baixo” (o povo ou as massas populares) contra “os de cima” (as elites burguesas ou “os que vivem bem”, tanto de direita como de esquerda); e a visão nacionalista xenófoba, centrada na oposição entre “nós” (os autóctones que se sentem ameaçados) e “eles” (os invasores provenientes do exterior: imigrantes, refugiados, islâmicos). Em termos de integração europeia, os primeiros (cosmopolitas) são claramente pró-europeus, os segundos (populistas de direita ou de esquerda) são eurocéticos ou mesmo antieuropeus, e os últimos (nacionalistas xenófobos) são manifestamente antieuropeus e mesmo pós-democráticos, defendendo o que designam por democra-cia iliberal (expressão atribuída a Zakaria [1997], retomada em 2014 pelo presidente húngaro Viktor Orbán). Os defensores da democracia iliberal, ou, em termos mais precisos, do iliberalismo não democrático, contes-tam o pluralismo cultural e religioso, os direitos humanos, a ordem cons-titucional e a liberdade da imprensa e constroem o seu discurso a partir da tríade conservadora família - nação - religião católica.

Paralelamente, emergem narrativas alternativas temáticas, que mobi-lizam sobretudo os jovens, polarizadas, por exemplo, pelos partidos ver-des (que atribuem uma grande importância ao combate às alterações cli-máticas), pelos partidos piratas (críticos da privatização dos direitos auto-rais) e pelos partidos defensores dos direitos e do bem-estar dos animais.

Por último, ganham igualmente importância os partidos regionalistas nacionalistas, com posições ideológicas tanto de direita como de esquer-da, sobretudo em regiões que, por serem ricas no contexto dos respetivos países, se sentem prejudicadas pelo contributo financeiro que têm de dar às restantes regiões através de políticas redistributivas desenvolvidas pe-los governos centrais: norte de Itália, Escócia, Catalunha, Baviera etc.

Em termos governativos, a consequência desta profunda alteração discursivo-ideológica e consequente recomposição político-partidária é a constituição, cada vez mais vulgar porque inevitável, de coligações complexas e não raro incoerentes, na medida em que envolvem parti-dos e movimentos com perspetivas e interesses contraditórios. Este tac-ticismo e pragmatismo partidário pode transformar-se numa nova fon-te de desconfiança dos cidadãos nos partidos políticos e nos sistemas de democracia representativa, aumentando o seu alheamento em relação à ação política e abrindo caminho ao surgimento de movimentos de

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contestação inorgânicos, isto é, sem enquadramento dos partidos polí-ticos e dos sindicatos tradicionais, baseados nas redes sociais, sem uma liderança clara (caso dos Coletes Amarelos, na França) ou liderados por pessoas com forte exposição mediática (caso dos comediantes Beppe Grillo, do Movimento 5 Estrelas em Itália, e de Volodymyr Zelesnky, presidente da Ucrânia eleito em 2019).

A desvitalização democrática resulta, pois, de fatores intrínsecos à democracia liberal, mas também de uma contestação feroz e diversifi-cada, de base populista e nacionalista (HONÓRIO, 2018), ao modelo de economia e de sociedade de que a democracia liberal é parte constitu-tiva: modernidade e cosmopolitismo (importância crescente das elites hipermóveis e com uma agenda cultural pós-material), capitalismo e globalização (concentração cada vez maior da riqueza numa pequena percentagem da população, com esmagamento das classes médias e pauperização das categorias populares) e metropolização e triunfalis-mo urbano (centralidade política, económica e simbólica das grandes cidades em detrimentos dos lugares “que não contam” e que por isso

“ficam para trás”: cidades de média e pequena dimensão e áreas rurais afastadas das metrópoles e das cidades mais prósperas).

Ou seja, a desvitalização democrática, nas suas componentes in-terna (limitações e enviesamentos da democracia representativa) e so-bretudo externa (emergência de movimentos populistas e xenófobos de base nacionalista), revela uma geografia de integrados e esquecidos, dominantes e marginalizados, que não só não pode ser ignorada como constitui um sério aviso ao tipo de ciência e de Geografia que temos vindo a praticar, incluindo as várias correntes críticas.

Da (aparente) guerra entre territórios à Geografia com todos os lugares4

Nos anos 1990, Castells (1996) e outros autores defenderam que estava então a ocorrer a emergência de uma geografia de fluxos em detrimento

4 Esta secção retoma um post publicado no blogue Ambiente, Território e Sociedade, do Grupo de Investigação com o mesmo nome que coordeno no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Portugal.

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da velha geografia dos lugares, no quadro de uma sociedade organizada em rede, potenciada pelas novas tecnologias de informação e comuni-cação, mas, também, pela crescente mobilidade de ideias, capitais, bens e pessoas no contexto da globalização das economias e das sociedades. Alguns autores foram mesmo mais longe (FRIEDMAN, 2005), anun-ciando um mundo “plano” e o consequente fim da geografia, no sentido do esbatimento quer das barreiras à mobilidade, quer da diversidade geográfica. Estaríamos, pois, a caminho de um mundo desterritoria-lizado, sem obstáculos à circulação e tendencialmente homogéneo. O anúncio, ilustrado com múltiplos exemplos factuais apresentados como indicadores de tendências irreversíveis, não constituiu uma verdadeira surpresa. Afinal, a chamada livre circulação dos fatores de produção sempre foi um princípio fundamental das teorias económicas liberais e alcançou uma centralidade particularmente decisiva com o neolibera-lismo e a financeirização da economia.

A leitura linear da emergência da geografia dos fluxos em detrimen-to da geografia dos lugares foi de imediato criticada por diversos auto-res (p. ex., SMITH, 1996; GRAHAM, 1998). O mesmo se passou em re-lação à ideia de fim da geografia (p. ex., HAESBAERT, 2004; SANGUIN, 2014). Mas a resposta mais clara proveio, como sempre, da própria so-ciedade, ainda que de uma forma para muitos inesperada: a emergência dos movimentos de direita e extrema-direita populistas, nacionalistas e xenófobos na Europa e nos EUA, primeiro num número reduzido de países, como a Itália, a França e a Áustria, mas de forma mais genera-lizada a partir de 2016. Neste mesmo ano, os resultados do referendo à permanência do Reino Unido na União Europeia (Brexit) suscitaram análises e interpretações bastante convergentes com as que incidiam sobre as geografias das votações obtidas por partidos populistas de di-reita e extrema-direita em eleições presidenciais e parlamentares ocor-ridas noutros países. Geografia(s) do descontentamento (McCANN, 2016; NEL.LO; GOMÀ, 2018), França periférica e frágil (GUILLY, 2016),

“lugares que não interessam” ou “lugares sem futuro” (RODRÍGUEZ--POSE, 2018) e “lugares que ficaram para trás” (GORDON, 2018; TO-MANEY; PIKE, 2018) são expressões que começaram então a surgir de forma recorrente em textos académicos, na comunicação social e mesmo em publicações de organizações internacionais, como a OCDE (2019).

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Estaremos perante o que Kaplan (2009, 2012) designou por vingança da geografia, embora agora a uma escala sub-regional e local, e não na perspetiva geoestratégica mais ampla adotada por este autor para diver-sos países e áreas do globo? Estaremos, em suma, a assistir ao regresso da geografia dos lugares, à vingança dos lugares que não contam e por isso esquecidos, à vitória da geografia (do voto) sobre a sociologia (dos eleitores) com base em populismos que parecem ter uma base mais ní-tida em termos territoriais do que sociais?

Não existe uma resposta única, porque não se observam tendên-cias e padrões comuns a todos os países europeus ou até no interior de cada um deles (para o caso francês, ver, por exemplo, GUILLY, 2016 e LÉVY, 2019). Mas os estudos comparativos sobre o voto da direita populista e a “geografia do ressentimento político” (RODRÍGUEZ-

-POSE, 2018), incluindo diversos países da Europa e ainda os EUA, apontam para uma significativa convergência em torno de algumas ideias-chave.

Quem são, então, os “descontentes” que apoiam soluções populistas de natureza conservadora, protecionista e xenófoba? São sobretudo os residentes em áreas em declínio estrutural e persistente, vítimas dos efeitos da globalização económica, do cosmopolitismo universalista, do triunfalismo metropolitano e, mais recentemente, da recessão eco-nómica e das políticas de austeridade.

Geograficamente, correspondem aos habitantes de cidades de mé-dia e pequena dimensão, ou de maior dimensão, mas com um passado industrial, e de áreas rurais. Sociologicamente, incluem diversos gru-pos das classes médias e populares tradicionais (operários, assalariados do setor público e privado, camponeses, profissionais independentes, desempregados), crescentemente precarizados e envelhecidos, com ní-veis de qualificação e instrução abaixo das respetivas médias nacionais. Economicamente, integram categorias em empobrecimento absoluto ou relativo, famílias sobre-endividadas, vítimas de estratégias bancá-rias agressivas promotoras da economia de crédito, cujas expectativas de mobilidade e de segurança socioeconómicas parecem cada vez mais irrealizáveis. Culturalmente, mobilizam pessoas que consideram que os seus valores e sentimentos de identidade estão a ser ameaçados quer pela agenda cultural cosmopolita pós-material das elites metropolita-nas, quer pela partilha dos mesmos espaços quotidianos por comunida-

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des imigrantes, em particular as de religião islâmica, sobretudo quando o crescimento destas últimas é recente e rápido.

Em síntese, estes descontentes são pessoas “vulgares” (GUILLY, 2016) que se sentem marginalizadas, esquecidas, ameaçadas, longe tanto do poder político, que associam a elites consideradas distantes e corruptas, como da ação pública, que, na sua perspetiva, beneficia as comunidades imigrantes dos subúrbios das grandes metrópoles através de políticas de habitação social e de equipamentos coletivos a que não têm acesso. São localistas que vêm no território, nos seus territórios, nos lugares onde habitam, a última âncora do capital social e da socia-bilidade que lhes resta e da segurança a que aspiram. São os perdedores da globalização, já que os ganhadores, os beneficiários ou os protegidos

– das elites às comunidades imigrantes enraizadas – vivem nas grandes metrópoles e nas cidades prósperas. São, por isso, os defensores da des-globalização, do nacionalismo, do protecionismo, de nações, regiões e lugares que sejam de novo poderosos e gloriosos (great again), mesmo quando não o foram, porque essa é uma condição para que também eles o sejam ou voltem a sê-lo.

O regresso da geografia dos lugares tem uma grande virtude: recor-da-nos que os lugares contam, pelas suas características, pelo “efeito lugar”, pelos seus graus de (in)visibilidade, pelo poder que têm de in-fluenciar futuros individuais e coletivos. Não se trata de recuperar qual-quer tipo de determinismo geográfico ou de condescender em relação a visões essencialistas de território. Trata-se apenas de salientar que os lugares, nas suas múltiplas dimensões biofísicas, humanas e imateriais, são – ou podem ser – contextos explicativos relevantes e quadros de ação pertinentes.

Sabemos há muito que os territórios são socialmente construídos, não constituindo meros palcos, onde “algo” sucede, ou meros espelhos, onde

“algo” se reflete. A geografia dos “lugares que não contam” contribuiu para a politização das desigualdades territoriais, para usar uma expres-são de Rodríguez-Pose (2018). Mas a análise dessa politização permite-

-nos compreender que não estamos perante uma guerra entre territórios, embora a geografia do voto nacionalista e xenófobo pareça apontar nesse sentido. Enfrentamos, sim, graves problemas de injustiça espacial e de falta de coesão territorial decorrentes dos processos de globalização, do poder das redes cosmopolitas desterritorializadas e do ideário do triun-

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falismo urbano. O regresso da geografia dos lugares ao debate científico e político não deve, por isso, ter como finalidade primeira o combate ao fator que nos relembrou a importância dos lugares, de todos os lugares

– a ascensão dos movimentos defensores da pós-democracia e o voto da direita populista, nacionalista e xenófoba –, mas, antes, o modelo socioe-conómico, cultural e político que os explica e promove.

O papel da Geografia e da comunidade dos geógrafos para o aprofundamento da democracia

As limitações das práticas de democracia liberal e os efeitos sociais e políticos que daí decorrem há muito foram identificados, tendo susci-tado debates e propostas de natureza distinta, umas mais reformistas, centradas sobretudo em questões relacionadas com a qualidade da de-mocracia, e outras mais radicais, colocando em causa o próprio mode-lo de democracia representativa. Curiosamente, em ambos os casos o reforço da democracia participativa e o papel dos movimentos sociais são apresentados como fontes essenciais de novas práticas democrá-ticas, ainda que o papel e a relevância atribuídos a esses movimentos decorram de referenciais teórico-ideológicos não só diferentes como até contraditórios.

Contudo, a experiência da última década mostrou que, embora mui-to relevantes, quer a democracia participativa, sobretudo na visão ha-bermasiana de busca quase obsessiva de consensos com base no diálogo entre as diferentes partes interessadas e na concertação de interesses díspares (FERRÃO, 2017a), quer os movimentos sociais, em relação aos quais se gerou uma crença demasiado voluntarista e quase messiânica acerca do seu papel progressista e da sua capacidade transformadora e que hoje surgem mais dinâmicos e poderosos à direita do que à esquer-da, apresentam igualmente limitações importantes.

Como podem, neste contexto, a ciência e a comunidade científica ajudar a superar esta radicalização incompleta da democracia, contri-buindo para o seu aprofundamento?

A resposta parece residir na adoção de uma perspetiva de ciência que seja, simultaneamente, crítica, plural, adversarial e dialógica do ponto de vista analítico e propositivo.

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Uma ciência crítica terá de ser radical no sentido etimológico da pa-lavra, isto é, procurar ir à raiz dos problemas sem confundir sintomas com causas, e valorativa, ou seja, reger-se por valores, e não por cri-térios pretensamente neutros ou meramente técnicos. Os argumentos a favor do papel e da importância das abordagens científicas críticas são bem conhecidos, pelo que não cabe aqui reproduzi-los, mesmo que de forma sumária. Mas a verdade é que a visão positivista, geralmente associada ao chamado método científico das ciências ditas exatas e na-turais, continua a dominar como paradigma de referência em muitos domínios do conhecimento, acompanhada, nas ciências sociais, pela velha tradição empírico-descritiva entretanto rejuvenescida através do recurso a tecnologias sofisticadas de tratamento de dados e pelas várias metamorfoses do culturalismo relativista pós-moderno das últimas duas décadas do século passado.

Mas uma ciência crítica, radical e valorativa não tem uma única di-reção nem vive numa redoma. Pelo contrário, a sua capacidade ana-lítica e propositiva e as suas dinâmicas de evolução serão tanto mais robustas quanto mais plural ela for e mais debate e controvérsia existir, não só entre diferentes correntes críticas, mas também com defensores de teorias e perspetivas adversárias. O conhecimento científico é um produto da comunidade científica, e esta, na sua diversidade, reflete os interesses, tensões e contradições da sociedade de que faz parte, valo-rizando ou ignorando determinados temas e realidades, e legitimando ou combatendo prioridades, interpretações e soluções concretas. Uma ciência crítica não pode, portanto, ser homogénea (BRENNER, 2018) nem se bastar a si própria. Ela pressupõe a existência de autonomia, por parte dos investigadores, para definirem agendas e perspetivas com base na liberdade intelectual e académica, mas os seus praticantes de-vem trazer o conflito democrático para o seio da comunidade científica e adotar uma cultura dialógica que promova dinâmicas relacionais en-tre universos que se ignoram, não só numa perspetiva interdisciplinar, mas também entre teorias adversariais.

A afirmação de uma ciência geográfica crítica, plural, adversarial e dialógica vai exigir pelo menos quatro inflexões em relação a algumas das tendências atualmente predominantes ou em emergência.

Em primeiro lugar, tem de alcançar uma robustez teórica que lhe per-mita combater com igual eficácia as velhas perspetivas não políticas e

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as novas perspetivas pós-políticas. Neste contexto, a filosofia política, a economia política, a ecologia política e a sociologia crítica devem sur-gir, por igual, como aliadas preferenciais no contexto do que poderíamos designar por práticas de diálogo amigo e controvérsia integrativa de pro-ximidade. Esta postura permite recuperar o legado histórico do conhe-cimento geográfico, combatendo tanto a divisão rígida e artificial entre geografia física e geografia humana (FERRÃO, 2017b) como o enviesa-mento da geografia humana crítica a favor da economia política, bem presente, por exemplo, na centralidade alcançada nos últimos anos pelos estudos sobre a financeirização das economias e dos espaços metropoli-tanos e urbanos, de indiscutível relevância científica e política, mas com um inevitável efeito ofuscador ao relegar para a penumbra, a sombra ou mesmo a invisibilidade lugares, grupos sociais ou realidades sócio-ecoló-gico-espaciais não integradas nesses processos ou que lhes são marginais (ver, a este propósito, as observações pertinentes de Robinson [2006] so-bre cidades “vulgares” vs. cidades mundiais e cidades globais).

Em segundo lugar, deve praticar com persistência a desobediência epistemológica, expressão proposta por Mignolo (2009) num contexto distinto, mas aqui utilizada para salientar a necessidade de romper sis-tematicamente barreiras internas à ciência, como anteriormente referi-mos, mas também barreiras ao diálogo ciência-sociedade. A Geografia terá de incluir rotinas de inter e mesmo transdisciplinaridade no ensi-no, na investigação, na extensão e nas relações ensino-investigação-ex-tensão em torno de temas federadores. E, ao mesmo tempo, apostar na cocriação de conhecimento com atores externos à academia, sobretudo em lugares e com comunidades onde essa cocriação constitui uma con-dição de visibilidade, capacitação, empoderamento, autonomia e eman-cipação dos mais vulneráveis e dos mais esquecidos.

Em terceiro lugar, necessita de adotar uma práxis baseada em va-lores claros e explícitos, integrando a consciência ética e a responsabi-lidade moral na sua ação, não só nas atividades de extensão, na inves-tigação-ação, no diálogo ciência-sociedade e nas práticas profissionais externas à academia, mas, a um nível mais básico, nos diversos graus de ensino. O interesse coletivo e o bem comum são valores centrais numa Geografia que, sendo crítica, será inevitavelmente valorativa, rejeitan-do de forma proactiva quer a neutralidade técnica pré-política, quer a neutralidade pragmática pós-política. A criação de valor público e a

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identificação e superação política de dilemas éticos colocados por deci-sões que põem em confronto interesses e valores contraditórios estarão sempre no centro de uma Geografia que não prescinda da necessidade e da capacidade de produzir conhecimento, promover competências e estimular práticas de compreensão e intervenção em todo o tipo de ter-ritórios e, por essa via, aprofundar a democracia a partir de princípios como os da justiça espacial (PRIRIE, 1983; DEJEAN, 2013; VALENÇA, 2015; LÉVY; FAUCHILLE; PÓVOAS, 2018) e da coesão territorial (ME-DEIROS, 2016, 2019).

Robustez teórica, desobediência epistémica e práxis baseada em valores são os fatores que permitem que a comunidade dos geógrafos vá para além da denúncia, da desconstrução e da resistência, ousando coprotagonizar a imaginação e a construção de futuros de esperança. Da análise rigorosa para a ação pertinente, do presente conhecido para o futuro indefinido, da realidade (objetiva e subjetiva) para a utopia: é este o salto qualitativo que importa promover, adotando uma visão prospetiva estratégica que não seja ditada de forma iluminada ou cega por sábios e poderosos, mas que resulte, pelo contrário, de um trabalho minucioso de construção coletiva de futuros desejados e de identifica-ção de caminhos de mudança e transição.

Em síntese, uma Geografia crítica, plural, adversarial, dialógica e propositiva é necessária para colocar o conhecimento geográfico no centro da construção de uma agenda social de transformação progres-sista em que todos os lugares contem, isto é, uma Geografia total, uma Geografia da totalidade dos lugares, uma Geografia com todos os luga-res. Esta Geografia é particularmente imprescindível num período em que a globalização, nas suas várias dimensões – capitalismo urbano-

-financeiro, cosmopolitismo desterritorializado e triunfalismo metro-politano e urbano –, está a estimular novos conflitos de base territorial, entre formações socioespaciais integradas e excluídas, beneficiárias e esquecidas, ganhadoras e perdedoras.

Caminhos para uma Geografia com todos os lugares

Em maio de 2019 realizaram-se eleições para o Parlamento Europeu. No total, os partidos eurocéticos, populistas e de extrema-direita au-

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mentaram o número de deputados eleitos. Embora esse aumento tenha ficado aquém dos valores previstos tendo por base as sondagens reali-zadas imediatamente antes do ato eleitoral, esses partidos venceram em quatro países (França, Itália, Polónia e Hungria) e alcançaram votações expressivas ou obtiveram aumentos muito significativos em vários ou-tros países.

As eleições para um Parlamento com uma influência tão decisiva nas decisões que irão ser tomadas sobre o futuro do projeto europeu e da União Europeia conseguiram mobilizar em 2019 uma percentagem de eleitores maior do que o habitual (51% contra 43% em 2014), exata-mente como reação à ascensão dos partidos populistas de extrema-di-reita. A geografia dos resultados constitui, aliás, um excelente indicador do que foi referido anteriormente, da desvitalização da democracia re-presentativa ao ressentimento dos deserdados da modernização e dos esquecidos da globalização residentes em lugares e regiões em declínio estrutural e persistente. A comunidade dos geógrafos não pode ignorar esta tendência, nem dela deixar de retirar os necessários ensinamentos.

A Geografia europeia, como a brasileira, tem uma longa tradição de estudos críticos sobre a produção do espaço. Mas, face à realidade com que hoje nos confrontamos, terá de rever o que parecem ser al-gumas das suas limitações mais fortes e recorrentes: a colagem exces-siva à economia política, em detrimento de outras dimensões analíti-cas igualmente relevantes associadas à filosofia e ecologia políticas e à sociologia crítica; a centralidade atribuída aos estudos das metrópoles e grandes cidades e dos grupos sociais extremos (elites e comunida-des mais vulneráveis), desvalorizando lugares e categorias sociais com expressiva relevância numérica e formações sócio-ecológico-espaciais com extensão geográfica significativa; a desproporção entre a análise crítica, de denúncia e de resistência e a ação e a construção coletiva de uma agenda social transformadora; o peso das relações e dos debates disciplinarmente endogâmicos, a desfavor da interdisciplinaridade; o autocentramento académico excessivo e a aposta insuficiente nas com-ponentes de diálogo ciência-sociedade e de cocriação de conhecimento envolvendo organizações e grupos externos às universidades.

A geografia crítica não pode correr o risco de ser vista como uma ciência da elite (intelectual) sobre a elite (económica) ou sobre realida-des extremas produzidas pelas sucessivas metamorfoses do capitalismo.

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A geografia crítica tem de escutar, envolver, entender e trabalhar com as pessoas, os grupos e as comunidades “vulgares”, isto é, os que, por não despertarem interesse por parte da maioria dos geógrafos, perma-necem esquecidos e invisíveis, como se não existissem ou não tivessem importância, até o dia em que surpreendem pelo voto, pelas ideias, pelo ressentimento e pela revolta nas redes sociais ou nas ruas. É, pois, uma Geografia total, uma Geografia de todos os lugares, que temos de cons-truir, o que implica descentrar a nossa atenção dos objetos de estudo que temos vindo a privilegiar nos últimos anos (SCHMIDT, 2018).

Ao mesmo tempo, devemos estar atentos para que o populismo, o nacionalismo, a xenofobia, o protecionismo, o ataque ao multicultura-lismo e ao multilateralismo não contaminem insidiosamente a ciência, mesmo a ciência crítica, sob a forma do idealismo, do autocentramento académico, da endogamia institucional, da arrogância disciplinar, do desprezo pela interdisciplinaridade e pelas formas colaborativas de produção de conhecimento. Nem tudo o que brilha é ouro. E nem tudo o que parece é. O mesmo pode suceder com a geografia crítica. Por isso, não lhe basta o epíteto de crítica. Ela terá de ser simultaneamente radical, valorativa, plural, adversarial, dialógica e propositiva. Porque a radicalização da democracia – política e científica – pressupõe um conhecimento abrangente e inclusivo, em que todos os lugares contam.

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SOBRE OS AUTORES

ALVARO FERREIRA (PUC-Rio / UERJ)

Pesquisador 1D do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Possui graduação em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1996), mestrado em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999) e doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (2003). Realizou pós-doutoramento com o Prof. Horacio Capel, na Universitat de Barcelona. É professor adjunto do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e professor associa-do da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Participa como líder no grupo de pesquisa denominado Núcleo de Estudos e Pesquisa em Espaço e Metropolização (Nepem) e no Núcleo Interdisciplinar de Estudos do Espaço da Baixada Fluminense (Niesbf). Tem participado de congressos no Brasil e no exterior, além de produzir livros e artigos em periódicos nacionais e internacionais, principalmente ligados aos temas metropolização do espaço, (re)produção do espaço urbano, tecnologias de comunicação e informação e as novas espacialidades nas cidades, re-presentações no espaço urbano, espaço e movimentos sociais. Dentre seus livros, todos publicados pela editora Consequência, destacam-se A cidade no século XXI: segregação e banalização do espaço; O espaço e a metropolização; Desafios da metropolização do espaço; e Metropolização do espaço: gestão territorial e relações urbano-rurais.

ABRAHAM PAULSEN BILBAO (PUC-Chile)

Doutor em Território, Sociedade e Meio Ambiente. Atualmente é pro-fessor assistente do Instituto de Geografía de la Pontificia Universidad

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Católica de Chile, onde desenvolve uma linha de investigação vincula-da às religiões, manifestações da fé e representações espaciais da espiri-tualidade inédita no Chile. Entre seus interesses estão a teoria e estru-turas do pensamento geográfico, a desigualdade, o direito como base das políticas públicas e os discursos da sustentabilidade.

ARLETE MOYSÉS RODRIGUES (Unicamp)

Pesquisadora 1B do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí-fico e Tecnológico (CNPq). Graduada e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (1971), mestra em Geografia (Geografia Hu-mana) pela Universidade de São Paulo (1981) e doutora em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (1988). Livre-do-cente em Geografia pela Unicamp (1997). Atualmente é professora co-laboradora ms4-inativo do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Estadual de Campinas. Mestra e doutora em Socio-logia e IG. Mestrado e doutorado em Geografia. Professora visitante na UFPB, na Pós-Graduação em Geografia. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em geografia urbana e em sociologia urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: cidade, espaço urbano, estatuto da cidade, habitação, ambiente, problemática ambiental urba-na, movimentos populares, políticas públicas urbanas. De 1988 a 1990 foi presidente da AGB (Associação dos Geógrafos Brasileiros). Repre-senta a AGB no Fórum Nacional de Reforma Urbana. Foi conselheira do Conselho das Cidades de 2006 a 2010 no segmento entidades acadê-micas, científicas e profissionais. Coordena Projeto de Pesquisa sobre a Problemática Urbana e Ambiental (registrado no CNPq). O blog http://www.arletemoysesrodrigues.blogspot.com.br/ contém vários artigos e livros para consulta.

BEATRIZ RUFINO (USP)

Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Possui graduação em Arquitetura e Urbanis-mo pela Universidade Federal do Ceará (2001), mestrado em Planea-mento e Projecto do Ambiente Urbano pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (2005) e doutorado no Programa de Pós-Gra-

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Sobre os autores 495

duação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2012). Atuou como docente na área de planejamento e projeto urbano na Universidade Federal do Ceará (2006-2008). Profissionalmente, de-senvolveu diversos trabalhos na área de planejamento urbano e habita-ção, tendo participado da equipe de coordenação do Plano Diretor de Fortaleza junto à Prefeitura de Fortaleza e, mais recentemente, atuado como pesquisadora do Instituto Polis. Atualmente desenvolve pesqui-sas em torno dos seguintes temas: produção imobiliária, programas e projetos habitacionais, planejamento e projeto urbano.

CARLOS WALTER PORTO-GONÇALVES (UFF)

Pesquisador 1D do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Possui graduação em Geografia pela Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro (1972), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985) e doutorado em Geo-grafia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Atualmente é professor titular da Universidade Federal Fluminense e coordenador do LEMTO (Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais e Territo-rialidades). Tem experiência na área de geografia, com ênfase em ge-ografia social, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia dos conflitos sociais, geografia e movimentos sociais, justiça territorial e ecologia política.

DENIS CASTILHO (UFG)

Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Goiás, com está-gio doutoral na Universidad de Barcelona. Atualmente é professor dos cursos de Graduação e Pós-Graduação do Instituto de Estudos Socio-ambientais da UFG, coordenador do Grupo de Pesquisa em Teoria e Metodologia da Geografia (GEOtema), do Grupo de Estudos sobre Re-des e Produção do Território (GéTER) e editor-chefe da revista Ateliê Geográfico. Tem dedicado sua atenção profissional ao estudo e pesquisa dos seguintes temas: teoria e metodologia da Geografia, modernização, redes técnicas e produção do território.

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EVELINE ALGEBAILE (UERJ)

Professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na área de políticas públicas e educação. Integra o corpo do-cente da Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo e do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Huma-na (PPFH/UERJ). Mestra e doutora em Educação pela Universidade Federal Fluminense, nas áreas de trabalho e educação e de políticas públicas e movimentos sociais, com pós-doutorado na Universidade de Valência, Espanha (Bolsa Capes 2009-2010). Tem experiência na área de políticas públicas e educação, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas nos contextos capitalistas dependentes; polí-tica social e educação pública; formulação, implementação e expansão de políticas referidas a direitos. Procientista UERJ e pesquisadora do Programa de Internacionalização Capes PrInt do PPFH/UERJ.

FLORIANO JOSÉ GODINHO DE OLIVEIRA (UERJ)

Pesquisador 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Possui bacharelado (1986) e licenciatura (1987) em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR, 1993), doutorado em Geografia (Geografia Huma-na) pela Universidade de São Paulo (USP, 2003) e pós-doutorado na Universidade de Barcelona, Espanha (UB, 2009/2010). É professor as-sociado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Geografia da Faculdade de Formação de Professores, e do Progra-ma de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana (Ca-pes 6) - PPFH/Uerj. É bolsista do Programa de Prociência da UERJ. Coordenador do Projeto de Internacionalização do PPG PPFH/UERJ, vinculado ao Programa Capes Print. Desenvolve pesquisas com ênfase em geografia urbana, focando as políticas territoriais e o ordenamen-to do território em áreas metropolitanas, e geografia econômica, com foco na expansão industrial e suas implicações na estrutura territorial no estado do Rio de Janeiro. Foi representante da UERJ no Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Município de São Gonçalo (2011-2013). Autor do livro Reestruturação

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Sobre os autores 497

produtiva, território e poder no Rio de Janeiro, em 2008, e organiza-dor dos livros Políticas Públicas: interações e urbanidades (2013), e Ge-ografia urbana: ciência e ação política (2014). Coordenador no Núcleo de Pesquisa Espaço e Economia, registrado no Grupo de pesquisa do CNPq. Coordenador do GT CLACSO Expoliación inmobiliaria e criti-ca contrahegemónica, eleito para o triênio 2016-2019. Editor da revista Espaço e Economia. Membro do Conselho Editorial do Laboratório de Políticas Públicas (LPP/Uerj).

IVALDO LIMA (UFF)

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ, 1986), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ,1993) e doutorado em Geografia pela Univer-sidade Federal Fluminense (UFF, 2005), com estágio doutoral na Uni-versitat de Barcelona (UB, 2004-2005). Realizou estágio de pós-dou-toramento na Universitat Autònoma de Barcelona (UAB, 2012-2013). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em geografia política, atuando principalmente nos seguintes temas: geopolítica, redes políti-cas, justiça territorial, globalização do mundo contemporâneo, políti-cas públicas e governança territorial, geografia legal crítica, geografia política e gênero, ensino e avaliação de geografia.

JEFFER CHAPARRO MENDIVELSO (Universidad Nacional de Colombia)

Graduado em Geografia pela Universidad Nacional de Colombia. Pos-sui mestrado em Geografia pela Universitat de Barcelona e doutorado também pela Universitat de Barcelona. É professor assistente do De-partamento de Geografia, Facultad de Ciencias Humanas da Univer-sidad Nacional de Colombia. Recebeu o Premi Extraordinari de Doc-torat (2009-2010) da Universitat de Barcelona, concedido à melhor tese de doutorado defendida no período acadêmico 2009-2010, outorgado pelo Consell de Govern em 7 de junho de 2011 na cidade de Barcelona.

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498 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

JOÃO FERRÃO (Universidade de Lisboa)

Licenciado em Geografia (Faculdade de Letras da UL). Doutorado pela UL em Geografia Humana. É atualmente investigador principal do Ins-tituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Docente no de-partamento de Geografia da Faculdade de Letras de Lisboa (1976-95) e na Universidade Atlântica (1996-2000). Presidente da APDR (Associa-ção Portuguesa para o Desenvolvimento Regional, 1987-1990). Secre-tário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades no XVII Governo Constitucional (2005-2009). Foi coordenador nacional de di-versos projetos e redes de investigação internacionais, nomeadamente no âmbito de vários Programas - Quadro da Comissão Europeia e da European Science Foundation. Desenvolveu atividades de consultoria na área da geografia econômica e social e do desenvolvimento regional e urbano. Foi consultor da OCDE (Programa de Desenvolvimento Ru-ral, 1993). Coordenou diversos estudos de avaliação de políticas públi-cas, para o governo português e para a Comissão Europeia, incluindo a avaliação ex-ante dos Quadros Comunitários de Apoio II e III (Por-tugal). Publicou, individualmente ou em colaboração, dezenas de arti-gos em revistas nacionais e estrangeiras e diversos livros sobre temas relacionados com Geografia, ordenamento do território e políticas de desenvolvimento local e regional.

JOÃO RUA (PUC-Rio)

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Ja-neiro, mestrado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo e doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Uni-versidade de São Paulo. Atualmente é professor assistente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e professor adjunto aposenta-do da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Participa como líder no grupo de pesquisa denominado URAIS (Grupo de Estudos Urbanos e Rurais). Atua nos níveis de graduação e mestrado. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em geografia humana, pesquisando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento local, geogra-fia do estado do Rio de Janeiro, estudos da população (com ênfase em migrações), o espaço agrário e as relações urbano-rurais, implicações

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Sobre os autores 499

territoriais do desenvolvimento. Publicou diversos artigos e livros nes-sas áreas temáticas, na Geografia e em ciências afins. É organizador e coautor dos livros O espaço e a metropolização; Desafios da metropoli-zação do espaço; e Metropolização do espaço: gestão territorial e relações urbano-rurais, todos publicados pela editora Consequência.

JOSÉ BORZACCHIELLO DA SILVA (UFC / PUC-Rio)

Professor titular da Universidade Federal do Ceará. Pós-doutoramento em Geografia Humana pela Université de Paris IV - Sorbonne. Doutor e mestre em Geografia Humana pela USP. Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFC. Coordenador da área de Geogra-fia da CAPES (2008/2010). Presidente da AGB (1986-1988). Presidente da Anpege (2003-2005). Membro do comitê científico das revistas Terra Livre, Aurora Geography Journal (Portugal), Norba (Espanha), Cidades, Confins, Mercator e Geo UERJ. Atua na área de geografia urbana.

JOÃO TRAJANO SENTO-SÉ (UERJ)

Possui graduação em Licenciatura em Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987), graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), mestrado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (1992), mestrado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989) e doutorado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (1997). Atualmente é professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em teoria política contemporânea, atu-ando principalmente nos seguintes temas: estudos sobre violência, cul-tura política, segurança pública e pensamento social brasileiro.

MARCIO RUFINO SILVA (UFRRJ)

Graduado em Geografia (bacharelado e licenciatura) pela Universidade de São Paulo (2005), concluindo mestrado (2008) e doutorado em Geo-grafia Humana (2013) pela mesma universidade. É professor adjunto da

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500 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), atuando junto ao Departamento de Geografia (DGG). Compõe o Programa de Pós-

-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas (PPG-DT), vinculado à UFRRJ, na condição de pesquisador associado. Desde maio de 2017, compõe igualmente o Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), também da UFRRJ, na condição de pesquisador permanente e, atualmente, é vice-coordenador do programa. Coorde-na o grupo “Para uma crítica da Economia Política do Espaço”, cujo escopo de pesquisas e atividades desenvolve-se regularmente junto a estudantes da UFRRJ. Compõe, também, o Grupo de estudos e Pes-quisas em Humanidades: Arte, Filosofia, História e Educação, atuando, mais especificamente, junto à linha de pesquisa Filosofia, Trabalho e Formação Humana. É coordenador do subprojeto Geografia da Resi-dência Pedagógica 2018-2019. E, finalmente, participa do grupo de pes-quisa Geografia Urbana: a vida cotidiana e o urbano, cujas atividades principais consistem na leitura e discussão de textos da obra de Karl Marx, incluindo uma publicação conjunta intitulada O Futuro do Tra-balho, publicada em 2006. Em 2017, publicou o livro Operação urbana e lutas sociais: um histórico da propriedade no Butantã e da reversão da Operação Urbana Consorciada Vila Sônia, pela editora Annablume. Tem experiência na área de geografia humana, com ênfase em geografia urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: urbanização crí-tica, territórios e territorialidades, fronteiras urbanas, cotidiano e vida cotidiana, metropolização, planejamento urbano e crítica à economia política.

RAÚL ZIBECHI (Fundação Alternativas Latinoamericanas de Desarrollo Humano y Estudios Antropológicos – ALDHEA)

Jornalista e militante social uruguaio, colabora com organizações so-ciais, de bairro e de meios de comunicação alternativos. Publica regu-larmente no semanário Brecha, na revista UM, nos jornais Gara e La Jornada, Rebelión, Programa las Américas, Alai e Desde abajo. Publicou vários livros – inclusive pela editora Consequência –, como Os limites do progressismo; Territórios em resistência; Brasil potência.

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Sobre os autores 501

RAFAEL SOARES GONÇALVES (PUC-Rio)

Pesquisador 2 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), graduação em Filosofia pela Facul-dade João Paulo II (RJ, 1997), mestrado em Dynamiques Comparées Des Sociétés En Developpement - Universite de Paris VII - Universite Denis Diderot (2003), doutorado em Histoire et civilisations - Univer-site de Paris VII - Universite Denis Diderot (2007) e pós-doutorado no Laboratório de Antropologia da escrita da École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS, 2008). Desde 2009 é professor adjunto do Departamento de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É Jovem Cientista do Nosso Estado pela Faperj (2012-2014/2015-2017/2018-2020). Em uma perspectiva interdisciplinar, suas pesquisas se concentram sobretudo nos campos da história urbana e do direito urbanístico.

REGINA CÉLIA DE MATTOS (PUC-Rio)

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (1975), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Ja-neiro (1995) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal Flu-minense (2005). É professora adjunta do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, tutora do Programa de Educação Tutorial do Departamento de Geo-grafia e Meio Ambiente da PUC-Rio (PET/GEO - MEC/Sesu) e líder do Grupo de Pesquisas LABORES (Produção do Espaço, Trabalho e Gêne-ro), do CNPq. Docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia na linha de pesquisa Espaço e Sustentabilidades, e Espaço, Cotidiano e Sustentabilidades, atua principalmente nos seguintes temas: produção do espaço, trabalho, gênero e dinâmica das relações sociais no espaço rural. É organizadora e coautora dos livros O espaço e a metropolização; e Desafios da metropolização do espaço, ambos editados pela editora Consequência.

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502 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

RODRIGO HIDALGO DATTWYLER (PUC-Chile)

Doutor em Geografia, professor titular e chefe do Programa de Docto-rado en Geografía de la Pontificia Universidad Católica de Chile. Con-ta também com uma ampla trajetória como investigador responsável por distintos projetos patrocinados pelo Fondo Nacional de Desarrollo Científico y Tecnológico (FONDECYT, Chile). É autor do livro La vi-vienda social en Chile y la producción del espacio urbano en Santiago (2005), e organizador de uma série de investigações em colaboração com autores de Chile, Argentina, Espanha, Alemanha, Brasil, Colôm-bia, entre outros. Seus últimos trabalhos, En las costas del neoliberalis-mo (2016), Expresión territorial de la fragmentación y segregación (2017) y Re-conociendo las geografías de América Latina y El Caribe (2017), ex-pressam a intensa cooperação estabelecida entre estudiosos de diversos campos de saber.

SANDRA LENCIONI (USP / PUC-Rio)

Pesquisadora 1C do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Professora titular do Departamento de Geo-grafia da USP, defendeu tese de livre-docência em 1997, tendo desen-volvido seu pós-doutorado em 1992, na Universidade de Paris I (Pan-theon-Sorbonne). Possui bacharelado em Geografia pela Universidade de São Paulo (1975) e licenciatura em Geografia, também pela mesma universidade e ano. O mestrado e o doutorado são em Geografia (Ge-ografia Humana), sendo o primeiro título de 1985 e o segundo de 1991, ambos obtidos na Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em geografia regional, atuando principal-mente nos seguintes temas: teoria da região, metrópole, indústria e São Paulo. Participou do comitê assessor do CNPq da área de Geografia Humana e foi membro da comissão de avaliação da Pós-Graduação em Geografia da CAPES.

VIRGÍNIA TOTTI GUIMARÃES (PUC-Rio)

Doutora em Direito pela PUC-Rio (2016). Mestra em Planejamento Ur-bano e Regional pelo IPPUR/UFRJ (2011). Especialista em Direito Am-

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Sobre os autores 503

biental pela PUC-Rio (2008) e em Advocacia Pública pela UERJ (2005). Professora de Direito Ambiental e Direito Urbanístico da PUC-Rio. Coordenadora assistente do curso de graduação de Direito da PUC-Rio. Possui pesquisas em direito ambiental, especialmente relacionadas à in-justiça e racismo ambiental, conflitos ambientais, licenciamento, apli-cação do Código Florestal, e em Direito Urbanístico, como direito à cidade, espaços públicos, comuns urbanos.

VOLTAIRE ALVARADO PETERSON (Universidad Academia de Humanismo Cristiano)

Mestre em Geografia y Geomática e professor assistente na Escuela de Geografía de la Universidad Academia de Humanismo Cristiano. Atu-almente é doutorando em Geografia pela Pontificia Universidad Cató-lica de Chile, onde também exerce docência e pesquisa. Participou em diversas publicações científicas em revistas internacionais e em livros como En las costas del neoliberalismo (2016).

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Abrahão, Sérgio Luís, p. 201Abreu, Maurício de Almeida, p. 405,

416Acselrad, Henri, p. 203, 205, 211, 212Acumulação capitalista, p. 178Agambem, Giorgio, p. 290, 296, 431Aglietta, Michel, p. 353.Agostini, Renata, p. 319Ajzenberg, Bernardo, p. 241Albuquerque, p. 79Algebaile, Eveline, p. 295, 298, 299. Alienação fiduciária, p. 359, 369Alienação, p. 28, 30, 31, 32, 40, 51,

211, 226, 237, 238, 259, 293, 338, 348, 480, 487, 489

Almeida, Silvio Luiz, p. 269, 284Alves, Giovanni, p. 16, 17Alves, Rafael, p. 363.Alves, Rafael de Oliveira, p. 480Amin, p. 83Amin, Samir, p. 130.Amoroso, Mauro, p. 443, Anderson, Pierre, p. 120, 121, 123Andrade, Luciana Teixeira de; Bap-

tista, Luís Vicente, p. 205ANEEL – Agência Nacional de

Energia Elétrica, p. 251, 253Angell, A.; Moroni, M., p. 452Anticapitalismo, p. 179Anticapitalistas, p. 103, 488, 489

Apropriação do espaço, p. 104Apropriação privada, p. 306. Apro-

priação: p. 39, 40, 48, 121, 125-126, 139, 159, 201, 205 – 207, 209, 211, 213, 214, 217, 218, 269, 318, 320, 359, 369, 374, 378

Arendt, Hannah, p. 281, 392Arrighi, Giovanni, p. 485Ativismo(s), p. 281, 290, 306, 309,

312, 401Ativismo político, p. 179Atores sociais, p. 12, 26, 28, 38, 278,

406.Autodeterminação, p. 30, 34, 101,

147, 259 Autoemancipação, p. 34 Autogestão, p. 30-32, 34, 43, 44, 47,

50, 51Autogoverno, p. 30, 33, 34, 39, 40, 167Autônoma(os), p. 355, 361Autonomia criativa, p. 187Autonomia, p. 30, 31, 65, 66, 119,

139-148, 165, 233, 234, 294, 300, 301, 302, 306, 353, 423, 425, 449

Ávila, p. 91Azevedo, Lena, p. 429Badiou, Alain, p. 282Barros, José, p. 237Bartra, Armando, p. 113, 132, 134, 166 Bauman, Zygmunt, p. 319

ÍNDICE REMISSIVO

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506 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Beatlen, p. 91Benjamin, César, p. 13, 15Belchior, p. 58Berman, Marshall, p. 247Bittar, Jorge, p. 276, 277Bobbio, Norberto, p. 291. Bookchin, Murray, p. 245, 259 Borja, Jordi; Muxí, Zaida, p. 204 Borsdorf, A.; Hidalgo, R., p. 448Boron, Atílio, p. 32, 33Boligan, p. 91Bonneuil y Gemenne, p. 87BRAHM, E., p. 457BRASIL, 251, 267, 273Breibart, M., p. 471 Brenner, Neil, p. 65, 199, 214 Broswimmer, p. 84Brum, Mário, p. 443 Buck y Vilines, p. 84Burke, Edmund, p. 13Bustos, Beatriz; Opazo, Daniel, p. 211Caldeira, Teresa Pires do Rio, p. 207,

208, 210Caliari, Tânia, p. 251Capel, Horacio, p. 87, 92Capital financeiro, p. 293, 352, 354,

357-360, 363, 366, 368, 370, 374, 378Capital imobiliário, p. 354, 374Capital industrial, p. 293Capital produtivo, p. 353Capital, 17, 24-26, 28, 30, 35, 63, 112-

122, 126, 135, 143-146, 150-151, 154, 159-161, 199, 209, 214, 216, 217, 230, 231, 236, 238, 248, 250, 275, 292, 293, 294, 297, 306, 308, 324, 328, 330, 335, 338, 339, 341, 352, 353, 357, 358, 360, 361, 363,

366, 368, 370, 373, 375, 408, 409, 411, 415, 425, 428, 479, 480, 487

Capitalismo, p. 29, 32, 36, 41, 51, 60, 62, 63, 66, 68, 83, 88, 111-120, 123-130, 131-138, 143-146, 154-158, 160-165, 199, 214, 215, 216, 217, 244, 245, 250, 269, 274, 292, 307,318, 321, 322, 333,349,454,455,461,478,479,482,483,484,485,486,487,488,489

Capitalista, p. 324, 337, 354, 378, 477, 480-483, 487

Carlos, Ana Fani Alessandri, p. 203, 205, 208, 212, 342

Carnoy, Martin, p. 270Carrasco, André de Oliveira Torres,

p. 344Carvalho, Claudio Oliveira, p. 432-

433Casgrain, A., p. 463 Casanova, Pablo. p. 111, 121, 159,

165 Castaneda, T.; Quiroz, J., p. 455,

459, 461Castells, Manuel, p. 60, 85Castilho, Denis (2016) - p. 245, 249,

257Castoriadis, Cornelius - p. 269, 476Castro, Carolina, p. 357Cecena, Ana Esther, p. 487Chaui, Marilena, p. 270, 280, 281Chamorro, C., p. 451, 453Chaparro, y Aguilar, p. 86Chaparro y Meneses, p. 87, 88Chesnais, François. p. 352Chesneaux, Jean, p. 481,483Chomsky, p. 77

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Índice remissivo 507

Chomsky y Ramonet, p. 77Clark y Cooke, p. 91Cidade(s), p. 18, 25, 26, 27, 28, 29, 30,

33, 41, 42, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 73, 78, 88, 90, 91, 92, 110, 111, 120, 122, 127, 129-131, 141-142, 155-157, 159, 178, 179, 183, 184, 186, 190, 191, 192, 194, 199 – 214, 216 – 220, 228, 233-235, 238-241, 248, 271, 272, 273, 279, 289, 292, 302, 304, 305, 309-312, 322, 339, 341, 342, 351, 355-358, 369, 370, 374-378, 399, 406-411, 413-438, 440-441, 443-446, 450, 451, 458, 470, 471, 479, 486

Cilo, Hugo, p. 254Colectivos sociales, p. 102Coleman, p. 85Colonialismo, p. 479, 482, 483Colonial, p. 475, 486, 488Commons, p. 91, 175, 176, 177, 178,

179, 180, 181, 182, 183, 195Comum, p. 11, 28, 44, 51, 58, 66, 133,

145, 200, 213 – 220, 231, 239, 281, 284, 304, 332, 351, 374, 386, 393, 410, 477, 478, 479, 480, 486, 489

Comunidad, p. 104Comunidade, p. 30, 31, 39, 42, 43,

45, 46, 47, 50, 51, 58, 63, 64, 65, 67, 68, 69, 80, 84, 110, 135, 138-141, 144-147, 160, 166-169, 205, 213, 218, 231, 246, 257, 321, 357, 412-413, 423, 439-442, 478

Comunidades organizadas, p. 102Comunidades, p. 103Comunismo p. 33, 34, 36, 39, 40, 51,

113, 154, 156, 160, 165

Comuns, p. 175, 176, 177, 178, 179, 180, 181, 182, 183, 184, 189, 191

Condon, p. 83Conjuntura, p. 427, 428, 430, 446.Conservador(es): p. 58, 118, 128, 137,

161, 317, 325, 330-332, 335, 484. Constituição Federal de 1988. p.

290, 297, 303, 304, 305, 308, 309, 393, 394, 395, 396.

Contreras, V., p. 454Corrigan, Phillip, p. 122, 144, 149,

156, 159, 162, 168 Coronil, Fernando, p.482,483,484Cortés, Georgina Isabel Campos;

Becerril, Jorge Eduardo Brenna, p. 210

Cortés Morales, A., p. 457Costa, Arthur, p. 389Costa, Giuliana, p. 427Costa, Ivone Freire, p. 389.Coutinho, Carlos Nelson, p. 290,

293, 294Coutinho, Sérgio Augusto de Avel-

lar, p. 332Crise (s), p. 33, 34, 55, 117-119, 127,

141, 158, 166, 203, 204, 217, 271, 272, 284,290, 293, 295, 297, 307, 308, 312, 324, 327, 331, 333, 334, 338, 339, 341, 342, 346, 347, 366, 375, 383, 384, 385, 386, 387, 388, 402, 427, 428, 458, 471

Crise capitalista, p. 295Crise civilizacional, p. 386.Crise da democracia, p. 307Crise da segurança, p. 384Crise do capitalismo, p. 306, 307Crise econômico-política, p. 295

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508 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Crise Política p. 453, 457Crítica anticapitalista, p, 179Cultura política, p. 300, 306, 394.Curry, p. 81Damiani, Amélia Luísa et al., p. 341Dardot, Pierre e Laval, Cristhian,

p. 176, 177, 179, 180, 181, 185, 191, 192, 197, 213, 270, 285, 290, 295, 296, 312

Debord, Guy, p. 236, 237, 317, 321, 324, 336, 346

Debrott, D., p. 449Decolonial, p. 483, 484,486,

487,488 Decolonialidade, p. 137 Dejean, p. 67Delgado, Germán, p. 234Democracia formal, p. 292.Democracia liberal burguesa, p. 294.Democracia liberal, p. 293, 294, 295,

296, 306, 307, 347, 447, 450Democracia participativa, p. 64,

275, 276, 278, 279Democracia representativa, p. 56,

57, 58, 59, 60, 64, 68, 84, 275, 276, 293, 432

Democracia, p. 21, 23, 27-32, 34-36, 38-41, 47, 48, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 64, 67, 68, 69, 71, 73, 74, 76, 77, 81, 83, 84, 85, 93, 120, 128, 152, 153, 164, 167, 181-184, 203, 217, 266, 267, 268, 269, 270, 274-285, 289-294, 296, 297, 303, 307, 308, 319, 324, 326, 327, 342, 394, 488

Democratização, p. 297, 378Denaldi, Rosana, p. 276Desenvolvimento econômico, p. 300

Desenvolvimento p. 24, 25, 27, 33, 47, 48

Desenvolvimento social, p. 300.Desenvolvimento, p. 16, 112, 114,

119, 123, 124, 127, 131, 134-137, 140, 157-161, 163,164, 166, 199, 204, 217, 230, 246, 249, 256, 260, 291, 292, 298, 305, 322, 333, 344, 477, 482, 483, 484, 485, 487, 488.

Desvanecimento do Estado, p. 33, 37, 38, 39, 40

Dias, Leila C., p. 249Diaz-Polanco, Hector, p. 136 Diccionario Akal de Geografia,

p. 75Diccionario de Geografia Aplicada y

Profesional, p.75Diccionario de Lengua Española,

p.76Direito, p. 27, 34, 42, 43, 48, 51, 56,

59, 135, 136, 139, 140, 148, 153, 164-165, 168, 199, 201, 206, 211, 212, 220, 230, 238, 246, 257, 260, 268, 269, 270, 271, 272, 274, 275, 279, 280, 281, 282, 283, 284, 352, 355, 360, 444, 445, 448, 450, 457, 459, 461, 468, 470, 471

Direito à cidade, 178, 179, 210, 212, 309, 398-401 430, 443, 458.

Direito ao espaço p. 479, 488Direitos do homem, p. 392 Direitos dos cidadãos, p. 304Direitos humanos, p. 310, 384, 385,

391, 392, 393, 397, 401Direitos políticos, p. 304Direitos sociais, p. 295, 296, 297,

300, 303, 304

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Índice remissivo 509

Direitos, p. 295, 300, 303, 304, 307, 391, 392, 393, 395, 396, 410, 411, 419, 421, 423, 431, 432, 444, 445

Dierckxsens, p. 83Ditadura do proletariado, p. 35, 36,

37, 39, 165Ditadura militar, p. 308. Ditadura, p. 28, 35, 35, 37, 39, 40,

128, 319, 320, 321, 322, 335Division Tecnica De Estudios y

Fomento Habitacional Del Minis-terio De Vivienda y Urbanismo (DITEC), p. 460, 466

Domscheit, p. 83Duhau, Emilio, p. 202 Economia política, p. 292. Ecocentrismo, p. 77, 79, 80, 91Edenburg, 84Elias, Norberto, p. 268Elites políticas, p. 393Emancipação social, p. 289Emancipação, p. 30, 34, 39, 66, 147,

149, 150, 152, 156, 159, 162, 163, 243, 261, 408, 430

Empreendedorismo, p. 129, 429, 443, 444

Engels, Frederick, p. 111, 149, 157-158, 169, 449

Equidade, p. 187Escobar, Arturo, p. 111, 487,488Escobar, Pepe, p. 323, 325- 328, Espacial, p. 47, 63, 67, 72, 74, 79, 85,

112, 120, 122-127, 154-155, 160, 201, 226 - 231, 234, 236 – 238, 248, 338, 339, 342, 343, 347, 348, 373, 375, 377.405-406, 411, 418, 479

Espacialidade: p.12, 207, 227, 410, 422

Espacialidades p. 479, 488Espaço comum, p. 353.Espaço diferencial, p. 377Espaço público: p. 58, 199 – 214, 217

– 220, 377Espaço social, 190Espaço urbano, p. 352, 371, 377Espaço, 11, 12, 23, 24, 25, 56, 58, 62,

66, 68, 70, 73, 74, 75, 77, 78, 85, 91, 92, 93, 109-114, 116-119, 123-125, 127-128, 131, 135-137, 138-139, 142-145, 153, 166, 199-220, 226 - 230, 232 - 236, 238 – 239, 298, 313, 320, 344, 351-359, 361, 364, 369, 374, 375, 378.396, 405, 407-409, 411, 418, 419, 422, 424, 429, 430, 434, 436, 447, 452, 456, 458, 463, 464, 466, 477, 478, 479, 480, 481, 488

Espaços de Resistência, p. 479Espaços públicos, p. 175, 180, 183,

184, 191, 195Especulação imobiliária, p. 26, 27,

48, 429, 434Espoliação, p. 24, 238 - 240Estado capitalista burguês, p. 292Estado de direito, p. 384Estado de exceção, p. 290, 296Estado do bem-estar social, p. 293 Estado do Rio de Janeiro, p. 309,

386, 387Estado liberal, p. 290Estado Mínimo, p. 488Estado moderno, p. 398Estado novo, p. 301, 308 Estado penal, p. 290, 296

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510 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Estado, p. 16, 24, 28, 30-33, 35-40, 50, 51, 56, 78, 82, 86, 101, 112-114, 117-134, 137-145, 147-153, 156, 159-169, 199 – 201,203, 207, 208, 210, 213, 214, 217, 218 – 220, 236, 239 248, 259, 261, 267- 273, 276, 279- 283, 292- 296, 299-301, 303- 305, 323, 324, 328, 342, 345, 347, 359, 360, 368, 384, 385, 388, 392, 395, 397- 399, 410, 411, 419, 423, 428-430, 432, 439, 479, 483, 488, 489

Estados federados, p. 304Estado-Nação, p. 481 Estados nacionais, p. 296, 308Estados, p. 302, 303, 307Estatuto da cidade, p. 309Estatuto da metrópole, p. 309Estratégia política, p. 356Europocentrismo, p. 476 Farias, Hélio Caetano, p. 250Fauchille, p. 67Favela: 212, 232, 234, 239, 337, 405-

407, 411-413, 415, 417-422, 424-427, 429-431, 435, 436, 438-441, 443-446

Federação das Associações de Mo-radores do Estado do Rio de Ja-neiro, p. 310

Federação das favelas, p. 310Fernandes, Florestan, p. 17, 18Fernandes, Maria Cristina, p. 319 Fernandes, Nelson da Nóbrega, p.

418Ferrão, João. p. 48, 64, 66Ferrara, p. 352Ferreira, Alvaro, p. 259Ferreira, Wilson, p. 323, 324

Fim do Estado, p. 38Financeirização, p. 61, 66, 351, 353,

354, 359Fiori, José Luiz, p. 13, 16FIX, Mariana. p. 360, 377Fleury, Sonia, p. 443Flores, Paulo, p. 326Flores Galindo, A., p. 449Formas de participação democrática

liberal, p. 307Foxley, A., p. 459Frações do capital, p. 296 French-Davis, R., p. 449Freire, Leticia de Luna, p. 429Friedman, p. 61Fundos públicos, p. 294Gaffney, C., p. 429Galasso, E., p. 458Galeano, Eduardo, p. 258Gandhi, p. 80Garantia de direitos, p. 395Genro, Tarso; Souza, Ubiratan de,

p. 276Gentrificação, p. 23, 26, 417, 465Geografia, p. 55, 56, 60, 61, 62, 63,

64, 66, 67, 68, 69, 112, 115, 120, 137, 256, 317, 334, 343, 344, 405, 411, 417, 449, 488

Geopolíticas, p. 484 Gestão capitalista do espaço social,

p. 306Gestão da cidade, p. 471Gestão de políticas públicas, p. 295Gestão de políticas, p. 297, 309Gestão do território, p. 297, 299,

302, 304, 306, 309.Gestão dos territórios, p. 295.

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Índice remissivo 511

Gestão Espacial, p. 451Gestão municipal, p. 301Gestão territorial, p. 289, 290, 293,

298, 299, 300, 304, 305 Gestão urbanística, p. 308Gestão, p. 73, 78, 124, 126, 139, 154,

168, 203, 213 – 215, 219, 296-301, 306, 308, 309, 313, 342, 343, 346, 347, 361, 377, 384, 385, 388, 390, 391, 397, 401, 419, 430, 443, 468

Gibney, p. 82, 83.Glaser, Krause, Ratter y Welp, p. 87Global, p. 462Globalização, p. 56, 60, 61, 62, 63,

67, 68, 141, 215, 246Goldmann, Lucien, p. 487Gomà, p.61Gonçalves, Rafael Soares, p. 428,

429, 431, 434, 435, 440, 443Gordon, p.61.Gortázar, Naiara Galarrara, p. 327Governabilidade do capitalismo

democrático, p. 307Gramsci, Antonio, p. 270, 294, 299Graham, p.61Gregório, p. 360Guilly, p. 61, 62, 63Guterman, Norbert; Lefebvre, Hen-

ri, p. 238Gutierrez, Bernardo, p. 44Harari, p. 77, 87Haesbaert, Rogério, p. 15, 61Halbert, Ludovic. p. 366, 377Hallam, p. 87Hamelink, p. 82Hamilton, p. 87Hardt, Michael, p. 51

Hardt, Michael; Negri, Antonio, p. 215, 216, 218

Harvey, David, p. 49, 77, 78, 79, 83, 111, 112, 129, 177, 178, 200, 205, 209, 216, 217, 219, 220, 227, 228, 239, 250, 260, 295, 306, 308, 344, 476, 484

Hegemonía conservadora, p. 99Hegemonía progresista, p. 99Held, G. & Jimenez, L. F., p. 463 Hennenberry, John, p. 377Hettner, Alfred, p. 244Hidalgo, R., p. 454, 457, 468Hidalgo, R., Errazuriz, T. & Booth,

R., p. 451Hidalgo, R, Borsdorf, A. & Zunino,

H., p. 464Hidalgo, R, Alvarado, V. & Santana,

D., p. 448Hirsch, Joachim, p. 269Hobsbawm, Eric, p. 245Hollanda, Cristina Buarque, p. 392Holocracia, p. 83, 84, 86Honório, p. 60Huguenin, Fernanda Pacheco da

Silva, p. 207Hunt, Lynn, p. 392Huxley, Aldous, p.247Ianni, Octavio, p. 476Igualdade política, p. 292Iniciativa privada, p. 356Injustiça espacial, p. 63, 226 - 228,

230, 231, 234, 236, 238, 239, 447, 466Injustiça, p. 89, 136, 226-228, 231,

232, 234, 235, 238-240Instrumentos de gestão e planeja-

mento democráticos, p. 309

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512 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Insurgencias, p. 105IPEA/Fórum Brasileiro de Seguran-

ça Pública, p. 385, 386, 387Issa, H., p. 431Jacobs, Joseph, p. 225Jacques, Paola Berenstein, p. 405Jappe, Anselm, p. 236, 237JnT – Justiça nos Trilhos, p.260Justiça espacial, p. 67, 227, 236Justiça, p. 27, 40, 49, 199, 211, 226,

227, 328, 331, 341, 451Justiça territorial, p. 188, 190, 191, 195Kaplan, p.62Katz, C, p. 486Kosik, Karel, p. 487Kovarick, Lúcio, p. 239Kropotkin, Piotr, p. 258-261Kurz, Robert, p. 344Lafont, Robert, p. 165Lander, Edgardo, p. 111, 159Latouche, Serge, p. 89, 483, 485Laval, Christian, p. 290, 295, 296,

312Lebrun, Gérard, p. 235Lefebvre, Henri, 51, 241, 297, 319,

321, 324, 338, 339, 353, 356, 377, 378, 466

Leff, Enrique, p. 135, 164Leite, Rogério Proença, p. 201, 202,

211Lencioni, Sandra, p. 354Liberalismo, p. 118, 137, 270, 326,

398, 448, 450, 452, 453, 455, 462, 469, 470

Levitsky y Ziblat, p. 77, 83Lévy, p. 62, 67Liberalismo Habitacional, p. 456

Liberalização, p. 333Liberalizante, p. 331Lilla, Mark, p. 18Linera, Álvaro, p. 135, 159, 164,

167-168Lipovetsky y Serroy, p. 83Lovelock, p. 89Löwy, Michael, p. 34, 329Lucarelli, Alberto, p. 215Luchas De Resistencia, p. 105Lugar(es), p. 23, 37, 38, 39, 40, 41, 44,

47, 48, 49, 55, 56, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 75, 76, 110, 112, 113, 115, 116, 118-128, 137-145, 148, 155-157, 164-165, 168-169, 200 – 202, 204, 205, 207, 208, 210 – 212, 216, 218, 219, 228, 229, 231- 235, 237-239, 244, 245, 247, 249, 260, 276, 303, 306, 308, 342, 345, 387, 388, 392, 394, 396, 399, 407, 408, 414, 415, 418, 419, 421-423, 440, 442, 458, 459, 462, 477, 478

Lutas anticapitalistas, p. 295MAB – Movimento dos Atingidos

por Barragens, p. 260Machado, Decio, p. 42, 46Madanipour, Ali; Knierbien, Sabine;

Degros, Aglaée, p. 204, 206Magalhães, Alexandre, p. 429, 434Malatesta, Errico, p. 37Malerba, Julianna, p. 253Marcondes, Danilo, p. 477,478Maricato, Ermínia, p. 408Martins, José de Souza, p. 14Marquardt, Bernd, p. 478Marx, Karl, p. 30, 32, 34, 36, 38, 39,

40, 48, 49, 109-114, 118-125, 133,

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Índice remissivo 513

137, 143-163, 165-166, 168, 169, 200, 229, 230, 269, 292, 339, 392

Marx, Karl; Engels, Friedrich, p. 247Marxismo, p. 33, 34, 112, 114, 137,

143, 147, 325, 331, 333, 334Marxista, p. 32-34, 37, 58, 111-113,

118, 120, 133, 146, 150, 153, 157-159, 165, 448

Mascaro, Alysson, p. 269, 270 Mattei, Ugo, p. 214, 215, 217Mattick, Paul, p. 154, 169Mayol, A., p. 466. 468Mccann, p. 61Mecanismos de participação demo-

crática na gestão de políticas, p. 309

Medeiros, p.67Megaprojetos, p. 26Mendes, Alexandre, p. 429Menegat, Marildo, p. 342Mészáros, István, p. 247Metrópole, p. 60, 63, 68,175-179,

181-183, 185, 188, 191-193, 195, 216, 240, 341, 342, 346, 354, 355, 358, 361, 368, 369, 371, 372, 374, 375, 377, 378. 399, 406, 409, 410, 422, 428, 479

Metropolitana, p. 353, 361, 366Metropolização do espaço, p. 73,

235, 240Metropolização, p. 60, 73, 232, 235,

240, 354, 358, 361, 378, 430Mignolo, Walter D., p. 66, 482, 484Miguel, Luís Felipe, p. 275Milanez, Bruno, p. 253Mingardi, Guaracy, p. 389Mitchell, D., p. 447

Modelos de desenvolvimento, p. 399Modernização, p. 68, 218, 338, 342,

344, 356, 384, 399, 401, 409Montensanti, Edu, p. 329Moore Jr., Barrington, p. 227, 228Morande, F. & Garcia, C., p. 459Moreira, Wilton, p. 320Mouzakis, Fotis, p. 377Movimentos sociais, p. 139-142, 163,

280, 290, 296, 306, 307, 309, 311, 312, 320, 401

Movimiento social, p. 101Movimientos populares, p. 99Movimientos sin tierra, p. 103Movimientos sociales, p. 100, 103Murmis, M. & Portantiero, J. C., p.

453 Naredo, p. 88Naredo Y Gutiérez, p. 87Naves, Márcio Bilharinho, p. 269 Negri, Antonio, p. 215, 216, 219Negri, Antonio; Hardt, Michael, p.

217 Nel.Lo, Oriol, p.61Neoliberal, p. 466, 468, 488Neoliberalismo, p. 16, 268, 269, 270,

276, 277, 282, 283, 284, 285, 296, 308, 328, 456, 469, 471, 489

Neto, Paulo de Mesquita, p. 392Nuevos movimientos sociales, p. 99,

100, 104Nunes, Rodrigo, p. 50O’Donnell, Guillermo, p. 203Olea, J., p. 449Oliveira, Floriano José Godinho de,

p. 295, 298, 299. Oliveira, Francisco de, p. 247, 248,

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514 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Oliveira, Márcio Piñon de, p. 212Ordem política brasileira, p. 301 Orwell, George, p. 247Ostrom, Elinor, p.213Ovadya, Aviv, p. 284Pachukanis, Evgeni, p. 269Paixão, Luiz Antonio, p. 388Participação, p. 27-31, 33, 36, 38, 39,

45, 47, 48, 51, 217, 228, 229, 240, 260, 267, 268, 269, 273, 274, 275, 276, 277, 278, 279, 280, 281, 292, 305, 306, 429, 435, 437

Participação democrática, p. 300Participação direta da sociedade

civil, p. 308Participação social, p. 309Pereira, Paulo Cesar, p. 225PERES, Fabio De Faria; MELO,

Victor Andrade de, p. 205Pike, p. 61Pilatti, Adriano, p. 394Pinheiro, Paulo Sergio, p. 392Pinto, Ana Marcela Ardila, p. 204Pinto, Eduardo Costa, p. 330, 331,

332, 333Pírez, Pedro, p. 359Planejamento, p. 25, 27, 29, 126, 127,

205, 216, 246, 248, 274, 276, 278, 293, 297, 298, 300, 304, 305, 346, 347, 368, 389

Planejamento estratégico, p. 25-27, 29Planejamento participativo, p. 273,

276Planejamento urbano, p. 273, 278,

358, 432, 434Planejamento urbano e regional,

p. 299

Poder executivo, p. 308Poder federal, p. 396Poder paralelo, p. 310Poder político, p. 293, 301, 305, 310,

311, 397Poder político-administrativo, p. 303Poder popular, p. 292Poder público, p. 432-434, 439, 440Poder, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 34, 35,

36, 37, 38, 41, 45, 46, 49, 50, 63, 76, 81, 82, 83, 84, 85, 87, 88, 89, 92, 109-129, 132, 138, 140-145, 150-154, 161, 163-166, 168, 205, 206, 208, 210, 215–217, 219, 234, 239, 258, 259, 270, 272, 291-294, 299-303, 306, 308, 318, 320, 321, 324, 325, 329-333, 345, 396, 408, 410, 413, 419, 423, 428, 430, 443, 478, 482, 483, 484, 488, 489

Poderes de abajo, p. 104Poderes, p. 297Pogrebinschi, Thamy, p. 31, 38 Política, p. 27-33, 37-39, 55, 58, 59,

66, 67, 69, 71, 87, 109, 111-112, 116, 118, 120-122, 125-126, 129, 131-133, 135-141, 145, 148- 149, 151-154, 156, 159-160, 163-165, 168, 199 – 201, 204, 207, 209 – 220, 230, 235, 237, 241, 243-246, 249, 258, 259, 260, 261, 268, 269, 271, 275-281, 284, 290-292, 295-300, 303, 305, 307, 309, 311, 312, 317-319, 323, 325-334, 336, 338, 341, 342, 346, 348, 384, 385, 388, 393, 396, 397, 406, 408, 413, 415, 419, 423, 428, 429, 431,432, 436-438, 440, 444, 448, 450,457,463, 468, 469, 470

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Índice remissivo 515

Políticas, p. 12, 298, 299, 300, 301, 302, 303, 307-309, 312, 383-385, 388, 391, 392, 393, 395, 396, 398, 400, 401, 478, 479,481, 483,484, 485,488

Política em ato, p. 299, 302Política local, p. 306 Política neoliberal 468Política pública, p. 360, 466, 470Política territorial, p. 290Políticas locais, p. 303Políticas públicas, p. 297, 298, 305,

312, 395, 400Políticas setoriais, p. 299Políticas urbanas, p. 398, 399Portella, Eduardo, p. 13Portinari, Natalia, p. 253Porto-Gonçalves, Carlos Walter. p.

121, 125, 164, 166 Pós-ditadura civil-militar, p. 384Poulantzas, Nicos, p. 270Póvoas, p. 67Prie, p. 67Privado(a/os/as), p. 45, 124, 129, 145,

151, 199, 202, 203, 207, 213 – 215, 217 – 220, 234, 236, 277, 281, 282, 333, 337, 345, 357, 369, 377, 428, 432

Privatização do estado, p. 306Produção do Espaço, p. 56, 68, 93,

447, 458, 469Produção do espaço metropolitano,

p. 186Produção do espaço social, p. 295Propriedade, 27, 40, 42, 45, 51, 123,

124, 133, 137, 151, 159, 203, 211, 220, 269, 270, 272, 273, 274, 279,

282, 321, 336, 337, 351-355, 357-361, 369, 370, 374, 375, 377, 378, 412, 417, 433, 437

Propriedade comum, p. 177Propriedade privada, p. 178, 357,

359, 363, 366, 374, 477, 478, 480Propriedade pública estatal, p. 178Público, p. 26, 27, 29, 43, 45, 46, 47,

55, 58, 62, 66, 86, 129, 152, 200 – 203, 206, 207, 213 – 215, 217 – 219, 234, 236, 238, 333, 337, 345, 368, 376, 377, 384, 391, 393, 400, 402, 433, 436, 437, 439, 441, 451, 455, 457, 462, 470

Quijano, Aníbal, p. 111, 115, 117-118, 125, 136, 158-159, 166 , 476, 483, 484,488,489

Quilombolas, p. 486Radicalização da democracia, p. 56,

69, 93, 289Raffestin, Claude, p. 112, 244Raposo, A, p. 456 Ratzel, F, p. 449Ratton, José Luiz, p. 389Rawls, J., p. 471Reacionários, p. 24, 156, 345Redes, p. 44, 60, 61, 63, 69,78, 79, 85,

86, 213, 216, 218228, 235, 243, 244, 245, 246, 247, 249, 250, 256, 258, 259, 260, 261, 342, 370, 470

Redes técnicas, p. 243, 244, 245, 247, 248, 249, 253, 259, 260

Reestruturação, p. 408, 417Reestruturação metropolitana, p.

351, 353, 358, 373Região Metropolitana, p. 353, 361Regime de acumulação, p. 352

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516 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Regime Autocrático, p. 469Regimes autoritários, p. 55Regime ditatorial, p. 356Regimes pós-democráticos, p. 56Rêgo, Valquíria Leão; Loureiro,

Maria Rita, p. 272 Reinstein, A. & Rosende, F., p. 463Representação política, p. 303 Reprodução, p. 29, 30, 142, 166, 203,

208, 216, 218, 219, 230, 236, 243, 245, 248, 269, 273, 275, 284, 324, 339, 342, 347, 352, 354, 358-360, 369, 378, 385, 401

Reproducción, p. 101, 104Revitalização, p. 23-26, 204Ribeiro, Luiz Cesar, p. 239Robertson, p. 84Rocha Lima Jr, Joã, p. 360Rocha, Antônio Sergio, p. 394Rocha, Cristiano Silva da, p. 276 Rodrigues, António Jacinto, p. 125,

127, 154, 157 Rodrigues, Arlete Moysés, p. 278Rodrigues, Arlete Moysés, p. 274, 282Rodriguez-Pose, p. 61, 62, 63Rolim, Marcos, p. 389Rolnik, Raquel, p. 207, 208Rorty, Richard. p. 392Rosseto, Rossella, p. 355Royer, Luciana, p. 360, 377Rua, João, p. 13, 16, 17, 477Rufino, Maria Beatriz, p. 352, 355,

360, 370, 373, 377Ruíz, p. 77Saad Filho, Alfredo; Morais Lécio,

p. 267Sachs, Ignacy, p. 13, 14

Sader, Eder, p. 269Salazar, G., p. 449Salcedo Hansen, Rodrigo, p. 202,

210Salgado, Ivone, p. 356Sànchez i Pèrez, Joan-Eugeni, p. 299Sanfelici, Daniel, p. 360, 366, 370, 371Sanguin, p. 61Santos Junior, Orlando Alves dos, p.

209, 217Santos, Boaventura de Sousa, p. 28,

29, 276Santos, Letícia K., p. 256Santos, Milton, p. 116, 141, 312, 246,

248, 258Santos, Milton; Silveira, Maria Lau-

ra, p. 244, 249Sapori, Luís Flávio, p. 389Saramago, José, p. 18, 19Sayer, Derek, p. 122, 144, 149, 156,

159, 162, 168Scerb, Philippe, p. 366Schmidt, p. 69    Segregação, p. 23, 27, 85, 205, 239,

247, 248, 257, 261, 298, 338, 339, 351, 409, 410, 418

Sen, A., p. 462, 470 Sennet, Richard, p. 202Serviços públicos, p. 302, 305, 308Sevilla-Buitrago, Álvaro, p. 207, 209,

211Shanin, Teodor, p. 110, 112, 144,

152, 159 Shimbo, Lucia, p. 352, 360, 361, 377Soares, Luiz Eduardo, p. 389Skolimowsky, p. 79Smith, p.61

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Índice remissivo 517

Sociocracia, p. 77, 83, 84, 86, 92Socialismo: p. 34, 36, 111, 142, 145-

146, 154, 156, 158, 159, 162, 163, 165, 168, 169, 320, 330-332, 334, 488

Sociedad civil organizada, p. 104Sociedade civil, p. 30-32, 51, 122,

151, 153, 169, 204, 273, 279, 280, 294, 299, 308, 332, 394, 401

Sociedades en movimiento, p. 101Soja, Edward, p. 227, 466Souza, Dalllys Dantas de, p. 256Souza, Jessé, 248, 269Souza, p. 79Souza, Marcelo Lopes de, p. 31, 33,

419Streeck, Wolfgang, p. 307Stone, p. 83Superação do capitalismo, p. 295,

306, 312Swyngedouw, Erik, p. 212Tapia, Luis, p. 132, 159Tecnologia, p. 61, 65, 81, 82, 85, 86,

88, 92, 116, 204, 260, 319, 333.Teixeira, Pedro Aurélio, p. 253Telles, Vera da Silva. 406Teoria marxista, p. 32Teoria política brasileira, p. 395Territorial, p. 360Territorialización, p. 104Território(s), p. 27, 41, 60, 63, 67, 73,

74, 75, 76, 77, 78, 80, 82, 84, 85, 92, 119-121, 131-136, 138, 139, 143, 148, 155, 160, 164, 165, 202, 205, 210, 214, 229, 239, 243, 244, 249, 250, 253-257, 259, 260, 274, 293, 295, 298, 299, 300, 302, 303, 305-

308, 313, 337, 338, 342-345, 351, 358, 361, 363, 364, 366, 373, 398, 407-414, 419, 443, 471, 481

Territorios auto-controlados, p. 104Territocracia, p. 73, 74, 75, 76, 77, 78,

81, 84, 86, 88, 92, 93Tomaney, p.61Tomasello, Federico, p. 216Tone, Beatriz, p. 353TOPALOV, Christian, p. 351, 359Topoi, p. 110, 128, 132, 140, 161, 162,

164, 169Torres Ribeiro, Ana Clara, p. 199Tríade, p. 24, 59, 482, 483Ulloa, p. 88Uso da terra, p.42, 274Utopia, 11, 40, 67, 74,110, 146, 240,

324Utopismo, p. 260 Vainer, Carlos, p. 144-147 204Valladares, Lícia do Prado, p. 406,

413Valença, p. 67Valor de troca, p. 359, 369, 487Valor de uso, p. 359, 369, 378Valor(es), p. 25, 30, 34-36, 40-44,

48-50, 66,86, 200, 227, 228, 230, 234, 273-275, 290, 291, 294, 318, 319, 327, 330-332, 336, 338, 348. 359, 363, 373, 375, 438, 461, 463, 464, 470

Valorização, p. 353, 358, 360, 366, 370, 371, 373, 374, 377

Vaz, Lilian Fessler et al., p. 201Verdadeira democracia, p. 11, 30, 39,

40, 49, 51Vial, G., p. 453

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518 PRODUÇÃO DO ESPAÇO

Vida cotidiana, p. 104Vince, p. 87Wacquant, Loïc, p. 290, 296, 297 Wanders y Salgado, p. 81Waiselfisz, Jacob, p. 386Wallerstein, Imanuel, p. 117, 118,

123, 126, 128, 158, 166 , 483,485Walsh, Catherine, p. 488

Wark, p. 81, 87Woldenberg, p. 84Wood, Ellen Meiksins, p. 269, 270,

292, 293 Zapatistas, p. 486Zibechi, Raúl, p. 42, 46, 159 Zizek, Slavoj, p. 36Zunino, H. M. & Hidalgo, R., p. 474

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Esta obra foi produzida em agosto de 2019 no Rio de Janeiro pela Consequência Editora. Na composição foram empregadas as tipo-logias Minion e Helvetica.

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