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i HAROLDO FERREIRA DE ARAÚJO PRODUÇÃO DE MINITOMATE EM SISTEMA ORGÂNICO EM AMBIENTE PROTEGIDO CAMPINAS 2015

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HAROLDO FERREIRA DE ARAÚJO

PRODUÇÃO DE MINITOMATE EM SISTEMA ORGÂNICO EM

AMBIENTE PROTEGIDO

CAMPINAS

2015

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HAROLDO FERREIRA DE ARAÚJO

PRODUÇÃO DE MINITOMATE EM SISTEMA ORGÂNICO EM

AMBIENTE PROTEGIDO

Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Engenharia Agrícola da Faculdade de

Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de

Campinas para obtenção do título de Doutor em

Engenharia Agrícola na área de concentração em

Construções Rurais e Ambiência.

CAMPINAS

2015

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA

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RESUMO

O mercado de alimentos orgânicos cresce a cada ano, porém poucas são as pesquisas que

abordam esse sistema de produção. Assim, objetivou-se com esta pesquisa avaliar e comparar,

em termos quantitativos, qualitativos e econômicos, a produção orgânica de minitomateiro em

vasos e canteiros associados às diferentes doses de biofertilizante em três ambientes de casas de

vegetação com controle micrometeorológico parcial. A pesquisa foi desenvolvida no campo

experimental da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri/Unicamp), com a cultivar Carolina,

conduzida no espaçamento 0,5 x 0,9 m em duas hastes com manejo da adubação orgânica e

sistema de irrigação por gotejamento automatizado. Em cada casa de vegetação, utilizou-se o

delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC) em esquema de parcelas subdivididas

com dez tratamentos e cinco repetições. Posteriormente, os dados foram agrupados e reavaliados

em análises conjuntas. Os resultados das análises mostraram pouca relevância estatística das

doses de biofertilizante sobre as variáveis analisadas, entretanto estas foram significativamente

melhores nos canteiros em todas as casas de vegetação, com destaque para a casa de vegetação B

quando analisado conjuntamente. As condições micrometeorológicas não foram alteradas entre os

ambientes de produção, permanecendo a temperatura e a umidade relativa do ar dentro da faixa

adequada para a cultura. A casa de vegetação C, com tela termorrefletora fixa, apresentou a maior

altura e o menor diâmetro da haste das plantas, associada à forma de cultivo em vasos, com

melhor qualidade dos frutos em termos de sólidos solúveis. A casa de vegetação B, com controle

temporal automatizado da tela termorrefletora, mostrou maior produtividade na forma de cultivo

em canteiros, bem como a unidade de produção com área mínima de 500 m2 para as condições de

investimento, com período payback de 6,54 anos em condições de financiamento pelo Pronaf. A

aplicação do biofertilizante Microgeo® via solo não indicou acréscimos produtivos e qualitativos

significativos no cultivo do minitomate orgânico.

Palavras-chave: Casas de vegetação, Tomateiro, Graus tecnológicos, Análise econômica.

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ABSTRACT

The organic food market is growing every year, but few researches on this production system.

The objective was to evaluate and compare, in quantitative, qualitative and economic terms,

the organic production cherry associated soil bed and pot at different levels of biofertilizer in

three different environments greenhouses with partial micrometeorologic control. The research

was conducted in the experimental field of Faculty of Agricultural Engineering

(Feagri/Unicamp), with Carolina growing, conducted in 0.5 x 0.9 m spacing in two stems with

organic fertilization management and automated drip irrigation system. The experimental

design for each greenhouse was completely randomized design (CRD) in split plot with ten

treatments and five replications (two cultivation forms and five biofertilizer levels), being

subsequently grouped and re-evaluated on an analysis. The individual analyzes the research

showed little statistical relevance of biofertilizer levels on the variables analyzed, however

these were significantly better the soil beds in all greenhouses, especially the B greenhouse

when analyzed together. Thus concludes the C greenhouse, with fixed thermal reflector

screen, showed the highest height and smaller diameter the stem of plants associated with the

form cultivation in pots, with better fruit quality in terms of total soluble solids, while the

greenhouse B with automated temporal control of thermal reflector screen, had the highest

productivity associated the form of grown in soil beds, as well as the best production unit with

a minimum area of 500 m2 for Pronaf investment conditions, and economically viable even for

real rates of interest above the prevailing market, with period payback of 6.54 years in

financing conditions. The application of biofertilizer Microgeo® the soil showed no

significant yield and qualitative increases in organic farming cherry.

Keywords: Greenhouses, Tomato, Technological degrees, Economic analysis.

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SUMÁRIO

3.1 Objetivo geral ....................................................................................................................... 4

3.2 Objetivos específicos ............................................................................................................ 4

4.1 Cultivo em ambiente protegido ............................................................................................. 5

4.2 Sistema de produção orgânica .............................................................................................. 9

4.3 Biofertilizantes em olerícolas ............................................................................................. 12

4.4 Cultura do tomateiro ........................................................................................................... 15

4.5 Exigência climática da cultura ............................................................................................ 16

4.6 Indicadores de rentabilidade e risco da análise de investimento ........................................ 17

5.1 Localização e caracterização da área experimental ............................................................ 20

5.2 Cultivar utilizada ................................................................................................................. 20

5.3 Descrição dos experimentos ............................................................................................... 21

5.4 Automação dos equipamentos das casas de vegetação ....................................................... 25

5.4.1 Ventilação mecânica ................................................................................................... 25

5.4.2 Umidificação e ventilação mecânica ........................................................................... 26

5.4.3 Telas termorrefletoras ................................................................................................. 26

5.5 Dados meteorológicos ......................................................................................................... 28

5.5.1 Temperatura e umidade relativa do ar ......................................................................... 28

5.5.2 Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) e Global (RT) ........................................ 30

5.6 Preparo dos canteiros e vasos ............................................................................................. 31

5.7 Características físico-químicas do solo e compostos .......................................................... 32

5.8 Manejo da adubação de fundação ....................................................................................... 33

5.9 Produção das mudas ............................................................................................................ 34

5.10 Manejo da adubação de cobertura .................................................................................... 36

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

2 HIPÓTESE ........................................................................................................................... 3

3 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 4

4 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 5

5 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 20

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5.11 Manejo da cultura ............................................................................................................. 38

5.12 Estado nutricional das plantas ........................................................................................... 40

5.13 Colheita dos frutos ............................................................................................................ 41

5.14 Manejo fitossanitário ........................................................................................................ 42

5.15 Manejo do biofertilizante .................................................................................................. 44

5.16 Manejo da irrigação .......................................................................................................... 45

5.17 Delineamento experimental .............................................................................................. 48

5.18 VARIÁVEIS ANALISADAS .......................................................................................... 50

5.18.1 Casas de vegetação .................................................................................................... 50

5.18.2 Variáveis relacionadas à cultura................................................................................ 50

5.18.2.1 Crescimento das plantas ...................................................................................... 50

5.18.2.2 Índice relativo de clorofila ................................................................................... 51

5.18.2.3 Produção e porcentagem de massa seca .............................................................. 51

5.18.3 Componentes da produção ........................................................................................ 51

5.18.3.1 Qualidade da produção dos frutos ....................................................................... 52

5.18.4 Análise de rentabilidade ............................................................................................ 53

5.18.4.1 Custos de produção .............................................................................................. 55

5.18.5 Atributos químicos do solo ....................................................................................... 56

5.19 ANÁLISES ESTATÍSTICAS DAS VARIÁVEIS ........................................................... 56

6.1 Dados meteorológicos ......................................................................................................... 58

6.1.1 Avaliação da temperatura e umidade relativa do ar: médias mensais, máximas e

mínimas nos diferentes ambientes ....................................................................................... 58

6.1.2 Avaliação das alturas e horários de medição em cada casa de vegetação .................. 60

6.1.3 Análises dos diferentes ambientes e horários de medição na altura de 2 m ............... 64

6.1.4 Análises dos dados de radiação ................................................................................... 68

6.1.4.1 Dias claros e sem nuvens ....................................................................................... 68

6.1.4.2 Dias nublados ........................................................................................................ 69

6.1.4.3 Dias chuvosos ........................................................................................................ 69

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 58

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6.1.5 Médias gerais entre as casas de vegetação .................................................................. 70

6.2 Análises dos dados em cada casa de vegetação .................................................................. 72

6.2.1 Casa de vegetação A ................................................................................................... 72

6.2.1.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas .................................................. 72

6.2.1.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC) .................................................... 75

6.2.1.3 Avaliação dos dados de produção ......................................................................... 76

6.2.1.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção ...................................................... 77

6.2.2 Análises dos dados da casa de vegetação B ................................................................ 81

6.2.2.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas .................................................. 81

6.2.2.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC) .................................................... 83

6.2.2.3 Avaliação dos dados de produção ......................................................................... 84

6.2.2.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção ...................................................... 85

6.2.3 Análises dos dados da casa de vegetação C ................................................................ 89

6.2.3.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas .................................................. 89

6.2.3.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC) .................................................... 96

6.2.3.3 Avaliação dos dados produtivos ............................................................................ 97

6.2.3.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção ...................................................... 99

6.3 ANÁLISE CONJUNTA DOS DADOS ........................................................................... 101

6.3.1 Dados de crescimento das plantas ............................................................................. 101

6.3.2 Análises dos dados do índice relativo de clorofila (IRC) ......................................... 108

6.3.3 Análises dos dados de produção ............................................................................... 110

6.3.4 Análises dos dados qualitativos ................................................................................ 113

6.4 Atributos químicos do solo após produção ....................................................................... 116

6.5 Indicadores de rentabilidade e período payback ............................................................... 119

6.5.1 Análise de sensibilidade dos indicadores de rentabilidade ....................................... 122

7 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 124

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 125

APÊNDICES .............................................................................................................................. 135

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Raimundo Ferreira de Araújo e

Antônia Ferreira de Araújo, a todos os meus

irmãos, à minha esposa, Maria do Socorro de

Oliveira Silva, e nossos filhos, Oliver de Oliveira

Araújo e Bianca de Oliveira Araújo, com os quais

compartilhei minha vida e a academia e, em

especial, a Deus, pela força concedida nessa

caminhada tão árdua e desafiadora.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, luz misericordiosa, que me presenteou com vida, inteligência e bondade, sendo

responsável pelo ser que sou fazendo-me superar todas as dificuldades para a realização deste

trabalho.

À minha esposa Maria e nossos filhos, Oliver e Bianca, pelo amor e carinho a mim

dedicados e pela compreensão nos momentos difíceis dessa trajetória.

Aos meus pais, Raimundo e Antônia, ao meu irmão William, à minhas tias, Claudete,

Celiane, Carlene, Claudio, meus cunhados (as), Carlos, José, Antônio, Rita, Salete, Maria,

Edinilsa, Antonia, que sempre estiveram ao nosso lado mesmo quando estávamos distantes.

Ao Prof. Dr. Paulo Ademar Martins Leal, pela amizade, orientação, aprendizado,

compreensão e confiança em mim depositados.

À Universidade Estadual de Campinas, à Faculdade de Engenharia Agrícola onde estudei e

vivi momentos prazerosos durante essa etapa da minha vida acadêmica.

Aos professores membros titulares da banca examinadora (Prof. Dr. Paulo Cesar, T. M –

Esalq/USP, Prof. Dr. Sebastião Wilson Tivelli - UPD/APTA, Prof. Dr. Sílvio, Luís Honório –

Feagri/Unicamp e à Profa Dr

a Maria Ângela Fagnani - Feagri/Unicamp), pelas valiosas

observações e contribuições para a conclusão deste trabalho, aos professores doutores e membros

suplentes (Edson Eiji Matsura e Roberto Testezlaf da Feagri/Unicamp, Luis Felipe Villani

Purquerio - IAC, Luciana A. Carlini Garcia – APTA/Piracicaba), pela disposição em contribuir

com esta pesquisa.

Aos amigos que muito cooperaram para o início deste projeto: Eduardo Nunes e Diego Luis

Ferrari.

Aos amigos que colaboraram com a execução e o andamento do projeto: Thais Q. Z,

Pâmela S. B, Guilherme F. S., e Oldeny.

Às amigas do ciências e artes nas férias: Lilian B. S. G e Giovana F. G.

Às amizades construídas ao longo destes anos: Adriana, Ana Elisa, Camila, Diego, Diogo,

Douglas, Fábio, Fernando, Flávia, Franciana, Gabriela, Guilherme, Leonardo, Glenda, Denise,

Henrique, Luís Fernando “Bixinho”, Luiz, Marcelão, Márcio, Marlus “BH”, Maycon, Michender,

Rhuanito, Romeu, Roni, Rose, Tomaz, pelo apoio, otimismo e pela alegria compartilhados.

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Às empresas que acreditaram e contribuíram com doações para a realização do projeto:

Equipesca, ElectroPlastic, Microgeo, Hidrogood, Netafim, JKS Bandejas, Polysack e R4F.

Ao Programa de Pós-Graduação da FEAGRI/UNICAMP, em nome de seus funcionários

Célia R. de Carvalho, Fábio E. D. Augusto, Marta A. R. Vechi, Rita de C. C. Ferreira, Sidnei de

J. Trombeta e coordenadores Luiz H. A. Rodrigues, Zigomar M. de Souza e Luiz H. Antunes

Rodrigues pelo acolhimento, oportunidade em desenvolver este trabalho e dedicação irrestrita.

Às laboratoristas Rosa Helena, em especial, a Rosália, que sempre contribuíram com seus

conhecimentos técnico-científicos para o desenvolvimento deste estudo.

Aos funcionários do campo experimental (Carlão, Sr. Freire, Jamilson, João e Pequeno) e

da oficina mecânica (Chicão, Devis, José Maria e Luís), pelo apoio incondicional.

Ao Serviço de Apoio ao Estudante da Unicamp (SAE/UNICAMP), pelo apoio total à

moradia, alimentação e institucional nos dados durante a realização desta pesquisa.

Ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Processo n°

142626/2011-2), pela concessão da bolsa de estudos e à Fundação de Amparo à Pesquisa no

Estado de São Paulo (FAPESP) pelo financiamento do projeto de pesquisa.

Finalmente, agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para o êxito deste

trabalho e à conquista de mais uma vitória.

Muito obrigado!!!

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Ser mestre não é de modo algum um emprego e a

sua atividade se não pode aferir pelos métodos

correntes; ganhar a vida é no professor um

acréscimo e não o alvo; e o que importa, no seu

juízo final, não é a idéia que fazem dele os

homens do tempo; o que verdadeiramente há-de

pesar na balança é a pedra que lançou para os

alicerces do futuro.

(Agostinho Silva)

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Área do campo experimental e casas de vegetação; (a) Visualização frontal; (b)

Visualização posterior. .................................................................................................................. 20

Figura 2. Croquis demonstrativos das casas de vegetação (Experimentos 2, 3 e 1,

respectivamente). ........................................................................................................................... 21

Figura 3. Detalhes da área experimental: (a) No início das reformas; (b) Retirada do plástico das

estruturas. ....................................................................................................................................... 22

Figura 4. Instalação das casas de vegetação: (a) Do plástico leitoso difusor e tela antiafídeo nas

laterais; (b) Da tela termorrefletora. .............................................................................................. 22

Figura 5. Exaustores instalados: (a) Vista do exaustor ED24; (b) Vista dos dois exaustores ED24

e EM30. ......................................................................................................................................... 23

Figura 6. Sistema de resfriamento evaporativo: (a) Meio poroso instalado e protegido com tela

antiafídeo; (b) Sistema de circulação fechada de água. ................................................................. 24

Figura 7. Sistema de movimentação das telas: (a) Detalhes do sistema de mancais e polias; (b)

Motor reverso de acionamento do sistema móvel com tela termorrefletora. ................................ 24

Figura 8. Sistema de sensores e controlador: (a) Concentrador da Rede de sensores Sem Fio; (b e

c) Sensores de Temperatura e Umidade Relativa alocados em tubos de PVC de 0,10 m Ø envoltos

com papel alumínio e micro ventilador numa das bases. .............................................................. 25

Figura 9. Tela termorrefletora e sistema de controle: (a) Fechada; (b) Sensores (RFA e RT)

instalados na fileira de plantas. ...................................................................................................... 27

Figura 10. Vistas dos psicrômetros nas diferentes alturas: (a) Psicrômetro instalado a 1,00 m; (b)

Psicrômetro instalado a 2,00 m e (c) Psicrômetro instalado a 3,00 m. .......................................... 28

Figura 11. Equipamento de aquisição de dados: (a) Chassis com módulo de aquisição National;

(b) Plataforma de visualização e programação do Labview. ......................................................... 29

Figura 12. Sensores e sistema de aquisição de dados de radiação: (a) Sensores de RT e RFA

instalados próximos ao dossel das plantas (variação da altura); (b) Sistema de aquisição de dados.

....................................................................................................................................................... 30

Figura 13. Preparo do solo para preenchimento das formas de cultivo: (a) Retirada dos torrões;

(b) Canteiros prontos para adubação e transplantio. ..................................................................... 31

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Figura 14. Preparo do solo para enchimento dos vasos: (a) Solo sendo peneirado; (b) Vasos

preenchidos na linha de plantio. .................................................................................................... 32

Figura 15. Preparo e adubação de fundação: (a e b) Distribuição dos insumos nos canteiros e

vasos; (c) Incorporação dos insumos nos canteiros e vasos. ......................................................... 34

Figura 16. Preparo das mudas de tomateiro: (a) Mudas após a repicagem; (b) Detalhes das mudas

prontas para transplantio e sistema de irrigação. ........................................................................... 35

Figura 17. Mudas prontas a serem transplantadas: (a) Detalhes das características agronômicas

desejadas nas mudas para transplantio; (b) Detalhes das mudas transplantadas nos canteiros e

vasos. ............................................................................................................................................. 36

Figura 18. Adensamento das plantas: (a) Nos canteiros; (b) Nos vasos. ..................................... 37

Figura 19. Condução das plantas: (a) Detalhes da condução das plantas em duas hastes; (b)

Detalhes da espaldeira de bambu e fitilhamento para condução das hastes das plantas. .............. 38

Figura 20. Detalhes de condução das plantas: (a) Plantas passando da linha da espaldeira (2,0 m);

(b) Detalhes das hastes amarradas sobre o arame suspenso a 0,50 m do solo............................... 39

Figura 21. Detalhes de condução das plantas: (a) Plantas após o desfolhamento das hastes

abaixadas; (b) Racimos formados com frutos em amadurecimento. ............................................. 39

Figura 22. Modo de condução em círculo fechado: (a) Detalhes da curva entre as linhas de

plantio para condução em ciclo fechado; (b) Condução horizontal das hastes. ............................ 40

Figura 23. Detalhes dos frutos em ponto de colheita: (a; b) Frutos aptos a serem colhidos. ....... 41

Figura 24. Quantificação da produção: (a) Frutos colhidos em sacos devidamente identificados;

(b) Frutos acondicionados em embalagens de 0,45 kg. ................................................................. 42

Figura 25. Principais pragas e doenças verificadas: (a) Detalhes do ataque do ácaro do

bronzeamento nos frutos; (b) Detalhes de manchas de estenfílio (Stemphylium solani); (c) Oidio

(Erysiphe sp); (d) (Cladosporium fulvum); (e) Mosca-branca (Bemisia tabaci) sob as folhas; (f)

Sintomas de requeima (Phytophthora infestans) ou míldio no caule. ........................................... 44

Figura 26. Modo de preparo do biofertilizante: (a) Manual técnico do fabricante (Disponível em:

<http://www.microgeo.com.br>); (b) Produção do biofertilizante no experimento. .................... 45

Figura 27. Sistema de manejo para controle do tempo de irrigação: (a) Detalhes do coletor de

água percolada antes da irrigação; (b) Detalhes do coletor de água percolada depois da irrigação.

....................................................................................................................................................... 46

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Figura 28. Detalhe dos controladores da irrigação: (a) Sistema de controle com válvulas

solenoides; (b) Detalhe do controlador de irrigação. ..................................................................... 47

Figura 29. Detalhes do sistema de irrigação: (a) Gotejadores instalados na linha de plantio dos

vasos; (b) Gotejadores instalados nos canteiros. ........................................................................... 47

Figura 30. Ilustração do arranjo experimental dentro das casas de vegetação ............................. 49

Figura 31. Detalhes da medição da altura das plantas: (a) Medição com fita métrica; (b)

Marcação das plantas com fitilhos em 1,50 m e demais múltiplos. .............................................. 50

Figura 32. Medição das variáveis de importância comercial dos frutos: (a) Diâmetro

longitudinal; (b) Diâmetro equatorial. ........................................................................................... 52

Figura 33. Gráficos das médias mensal da temperatura e umidade relativa do ar nos diferentes

ambientes; (a) Médias, máximas e mínimas na CVA; (b) Médias, máximas e mínimas na CVB;

(c) Médias, máximas e mínimas na CVC; (d) Médias, máximas e mínimas ambiente externo. ... 59

Figura 34. Comparação das médias pelo teste de Tukey nas diferentes alturas; (a) Para

temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar. ...................................................................... 61

Figura 35. Comparação das médias pelo teste de Tukey nos diferentes horários; (a) Para

temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar. ...................................................................... 62

Figura 36. Comparação das médias de umidade relativa do ar nos diferentes ambientes a 2 m de

altura. ............................................................................................................................................. 66

Figura 37. Comparação das médias pelo teste de Tukey nos diferentes horários e ambientes a 2

m de altura; (a) Para temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar. ..................................... 66

Figura 38. Irradiância solar obtida em dois dias claros nos diferentes ambientes. ..................... 68

Figura 39. Irradiância solar obtida em dois dias nublados ou parcialmente chuvosos nos

diferentes ambientes. ..................................................................................................................... 69

Figura 40. Irradiância solar obtida em um dia chuvoso nos diferentes ambientes ....................... 70

Figura 41. Radiação global ao longo do período de cultivo nos diferentes ambientes ................ 71

Figura 42. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante da análise aos 48 DAT na CVA; (a) Sobre a variável altura de plantas; (b) Sobre a

taxa de crescimento absoluto das plantas. ..................................................................................... 74

Figura 43. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante da análise aos 136 DAT na CVB sobre a taxa de crescimento absoluto das plantas.

....................................................................................................................................................... 83

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xxiv

Figura 44. Representação gráfica da equação de regressão dos tratamentos com as doses de

biofertilizante que apresentou incremento significativo sobre a variável pH na CVB. ................ 87

Figura 45. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante na CVB; (a) Sobre os sólidos solúveis (ºBrix); (b) Sobre o pH dos frutos. ........... 87

Figura 46. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante

das análises (88, 113, 136, 159 e 184 DAT) estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável

altura de plantas. ............................................................................................................................ 92

Figura 47. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da

análise aos 29 DAT estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável diâmetro da haste. ...... 93

Figura 48. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante sobre a variável altura das plantas analisada na CVC; (a) 08 DAT; (b) e 136 DAT.

....................................................................................................................................................... 94

Figura 49. Médias da interação dos fatores formas de cultivo versus as doses de biofertilizante

sobre a variável diâmetro da haste ou colo das plantas analisada na CVC; (a) 08 DAT; (b) 29

DAT; (c) 48 DAT. ......................................................................................................................... 94

Figura 50. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante sobre a variável taxa média de crescimento absoluto do diâmetro analisado na

CVC; (a) aos 08 DAT; (b) aos 113 DAT....................................................................................... 95

Figura 51. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da

análise aos 136 DAT estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável Índice relativo de

clorofila. ......................................................................................................................................... 97

Figura 52. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da

análise aos 136 DAT estatisticamente diferente, sobre a variável TCAA em análise conjunta. . 104

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xxv

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Análise físico-química de macro e micronutrientes do solo antes das adubações,

Campinas - SP. .............................................................................................................................. 32

Tabela 2. Análise química (macro e micronutrientes) do esterco bovino, Campinas - SP........... 33

Tabela 3. Análise química (macro e micronutrientes) do composto bio-bokashi, Campinas - SP.

....................................................................................................................................................... 33

Tabela 4. Análise química (macro e micronutrientes) do biofertilizante, Campinas - SP. ........... 33

Tabela 5. Calendário de adubação de cobertura com composto em (g) utilizado nos canteiros e

vasos, Campinas - SP. ................................................................................................................... 37

Tabela 6. Calendário de adubação de cobertura com sulfato de potássio em (g) utilizado nos

canteiros e vasos. ........................................................................................................................... 37

Tabela 7. Teores foliares de macro e micronutrientes nas diferentes datas, casas de vegetação e

formas de cultivos, Campinas - SP. ............................................................................................... 40

Tabela 8. Teores foliares de macro (g kg-1

) e micronutrientes (mg kg-1

) considerados adequados

para a cultura do tomateiro, Campinas - SP. ................................................................................. 41

Tabela 9. Histórico de produtos aplicados durante o ciclo produtivo nos diferentes ambientes. . 42

Tabela 10. Valores médios das avaliações (inicial e final) do sistema de irrigação, Campinas -

SP. .................................................................................................................................................. 48

Tabela 11. Quantificação da água aplicada por planta durante todo o ciclo produtivo da cultura,

Campinas - SP. .............................................................................................................................. 48

Tabela 12. Análises de variância dos dados micrometeorológicos registrados nas três casas de

vegetação em função das alturas e horários de medição, Campinas - SP. .................................... 60

Tabela 13. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de

medição na CVA, Campinas - SP. ................................................................................................. 62

Tabela 14. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários

de medição na CVA, Campinas - SP. ............................................................................................ 63

Tabela 15. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de

medição na CVB, Campinas - SP. ................................................................................................. 63

Tabela 16. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários

de medição na CVB, Campinas - SP. ............................................................................................ 63

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Tabela 17. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de

medição na CVC, Campinas - SP. ................................................................................................. 64

Tabela 18. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários

de medição na CVC, Campinas - SP. ............................................................................................ 64

Tabela 19. Análises de variância dos dados micrometeorológicos (temperatura e umidade

relativa do ar) nos quatros ambientes em função dos horários de medição na altura de 2 metros,

Campinas - SP. .............................................................................................................................. 65

Tabela 20. Médias da temperatura do ar (ºC) em função dos ambientes nos diferentes horários de

medição dos dados avaliados a 2 metros de altura, Campinas - SP. ............................................. 67

Tabela 21. Médias da umidade relativa do ar (%) em função dos ambientes nos diferentes

horários de medição dos dados avaliados a 2 m de altura, Campinas - SP. .................................. 67

Tabela 22. Médias dos dados das análises de crescimento das plantas de tomateiro em função

estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVA, Campinas - SP. .......................................... 73

Tabela 23. Regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente sobre a

TCAA analisada na CVA, Campinas - SP. ................................................................................... 75

Tabela 24. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVA em função

dos diferentes estádios de desenvolvimento das plantas e tratamentos, Campinas - SP. .............. 75

Tabela 25. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVA em função dos

diferentes tratamentos, Campinas - SP. ......................................................................................... 76

Tabela 26. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVA em função dos diferentes

tratamentos, Campinas - SP. .......................................................................................................... 77

Tabela 27. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVA em função dos

diferentes tratamentos, Campinas - SP. ......................................................................................... 78

Tabela 28. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP............................................................ 79

Tabela 29. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes

intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP. ........................................................................... 79

Tabela 30. Médias dos sólidos solúveis dos frutos (ºBrix) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP............................................................ 80

Tabela 31. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo

e diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP. ........................................................ 80

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xxvii

Tabela 32. Médias da acidez titulável dos frutos(g/100g de ácido cítrico) em função das formas

de cultivo e diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP. ....................................... 80

Tabela 33. Médias dos dados analisados de crescimento das plantas de tomateiro em função

estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVB, Campinas – SP. ......................................... 82

Tabela 34. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVB em função

dos diferentes estádios de desenvolvimento das plantas e tratamentos, Campinas – SP. ............. 83

Tabela 35. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVB em função dos

diferentes tratamentos, Campinas – SP. ........................................................................................ 84

Tabela 36. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVB em função dos diferentes

tratamentos, Campinas – SP. ......................................................................................................... 84

Tabela 37. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVB em função dos

diferentes tratamentos, Campinas – SP. ........................................................................................ 85

Tabela 38. Regressão polinomial da variável potencial hidrogeniônico (pH) estatisticamente

diferente na CVB, Campinas - SP. ................................................................................................ 86

Tabela 39. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................... 88

Tabela 40. Médias do diâmetro equatorial dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................... 88

Tabela 41. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes

intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................................... 88

Tabela 42. Médias dos sólidos solúveis dos frutos (ºBrix) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................... 89

Tabela 43. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo

e diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................ 89

Tabela 44. Médias dos dados analisados de crescimento das plantas de tomateiro em função

estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVC, Campinas – SP. ......................................... 90

Tabela 45. Regressão polinomial das análises (88, 113, 136, 159 e 184 DAT) estatisticamente

diferentes sobre a altura das plantas analisadas na CVC, Campinas - SP. .................................... 92

Tabela 46. Regressão polinomial da análise aos 29 DAT estatisticamente diferente sobre o

diâmetro da haste das plantas analisadas na CVC, Campinas - SP. .............................................. 93

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xxviii

Tabela 47. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVC em função

dos estádios de desenvolvimento das plantas e diferentes tratamentos, Campinas – SP. ............. 96

Tabela 48. Regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente sobre o

índice relativo de clorofila analisado na CVC, Campinas - SP. .................................................... 97

Tabela 49. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVC em função dos

diferentes tratamentos, Campinas – SP. ........................................................................................ 97

Tabela 50. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVC em função dos diferentes

tratamentos, Campinas – SP. ......................................................................................................... 98

Tabela 51. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVC em função dos

diferentes tratamentos, Campinas – SP. ........................................................................................ 99

Tabela 52. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP. ......................................................... 100

Tabela 53. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes

intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP. ......................................................................... 100

Tabela 54. Médias dos sólidos solúveis (ºBrix) em função das formas de cultivo e diferentes

intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP. ......................................................................... 100

Tabela 55. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo

e diferentes intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP. ...................................................... 101

Tabela 56. Médias dos dados de crescimento (altura e sua taxa de crescimento absoluto) das

plantas de tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas – SP. ..................................... 102

Tabela 57. Médias dos dados de crescimento (diâmetro e sua taxa de crescimento absoluto) das

plantas de tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas – SP. ..................................... 102

Tabela 58. Análise de regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente,

sobre a variável TCAA em análise conjunta, Campinas – SP. .................................................... 104

Tabela 59. Médias da altura das plantas (cm) nos ambientes de produção e diferentes formas de

cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas – SP. ........................................ 105

Tabela 60. Médias da altura das plantas (cm) nos ambientes de produção e diferentes formas de

cultivo na análise aos 48 DAT em análise conjunta, Campinas – SP. ........................................ 105

Tabela 61. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos

ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta,

Campinas – SP. ............................................................................................................................ 105

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xxix

Tabela 62. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos

ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 68 DAT em análise conjunta,

Campinas – SP. ............................................................................................................................ 106

Tabela 63. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos

ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 159 DAT em análise

conjunta, Campinas – SP. ............................................................................................................ 106

Tabela 64. Médias da taxa de crescimento absoluto altura das plantas (TCAA) (cm) nas formas

de cultivo em função das doses de biofertilizante na análise aos 159 DAT em análise conjunta,

Campinas – SP. ............................................................................................................................ 107

Tabela 65. Médias do diâmetro da haste das plantas (mm) nos ambientes de produção e

diferentes formas de cultivo na análise aos 8 DAT em análise conjunta, Campinas – SP. ......... 107

Tabela 66. Médias do diâmetro da haste das plantas (mm) nos ambientes de produção e

diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas – SP. ....... 107

Tabela 67. Médias da taxa de crescimento absoluto do diâmetro da haste das plantas (TCAD)

(mm) nos ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 48 DAT em

análise conjunta, Campinas - SP. ................................................................................................ 108

Tabela 68. Médias dos dados da variável índice relativo de clorofila das folhas das plantas de

tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas - SP. ....................................................... 109

Tabela 69. Médias do índice relativo de clorofila (IRC) (unidades SPAD) nos ambientes de

produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas -

SP. ................................................................................................................................................ 110

Tabela 70. Médias do índice relativo de clorofila (IRC) (unidades SPAD) nos ambientes de

produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 68 DAT em análise conjunta, Campinas -

SP. ................................................................................................................................................ 110

Tabela 71. Média dos diferentes dados de produção nos ambientes de produção e formas de

cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .............................................................................. 111

Tabela 72. Média dos diferentes dados de qualidade nos ambientes de produção e formas de

cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .............................................................................. 113

Tabela 73. Médias do diâmetro equatorial dos frutos (mm) nos ambientes de produção e

diferentes formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. ............................................. 115

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xxx

Tabela 74. Médias da massa média dos frutos (mm) nos ambientes de produção e diferentes

formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .............................................................. 115

Tabela 75. Médias do potencial hidrogeniônico (pH) nos ambientes de produção e diferentes

formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .............................................................. 115

Tabela 76. Médias da acidez titulável dos frutos (g/100g de ácido cítrico) nos ambientes de

produção e diferentes formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .......................... 115

Tabela 77. Valores dos atributos químicos do solo mais importantes nutricionalmente após a

produção orgânica de minitomate em função das diferentes casas de vegetação, formas de cultivo

e doses de biofertilizante, Campinas - SP. .................................................................................. 117

Tabela 78. Valores dos atributos químicos do solo mais importantes nutricionalmente antes das

adubações e transplantio da cultura nas casas de vegetação, Campinas - SP. ............................. 118

Tabela 79. Valores dos indicadores de rentabilidade em função das diferentes casas de vegetação

e formas de cultivo para investimento na produção de minitomate, Campinas - SP. ................. 120

Tabela 80. Análise de sensibilidade dos indicadores de rentabilidade em função de taxas de

descontos alternativas, Campinas - SP. ....................................................................................... 122

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1

1 INTRODUÇÃO

A agricultura orgânica expandiu-se de forma intensa, contando atualmente com mais de

164 países que a praticam. Cerca de 37,5 milhões de hectares de terras agrícolas são geridos

organicamente por 1,9 milhões de agricultores. As vendas globais de alimentos orgânicos e

bebida chegaram a aproximadamente US$ 64 bilhões em 2012 (WILLER et al., 2014). Segundo a

fonte, a América Latina, especificamente o Brasil, constitui uma das maiores potências

exportadoras desses alimentos do mundo, exportando em 2010 cerca de US$ 187 milhões em

produtos orgânicos.

O IPD (2011) (Instituto de Promoção e Desenvolvimento) atesta que, do total de

produtos orgânicos produzidos no Brasil, 95% estão nas propriedades de pequenos e médios

produtores, e 60% da renda da produção vêm das exportações. As commodities são quase que

totalmente negociadas com países estrangeiros, enquanto as frutas, verduras e legumes são

vendidos internamente. Os orgânicos são vistos pela maioria dos consumidores como alimento

saudável, benéfico à saúde e sem a utilização de agrotóxicos, fazendo com que estes sejam menos

sensíveis aos preços, que podem alcançar mais de 100% do valor similar convencional.

Diante do potencial produtivo e econômico desse mercado e da importância da cultura

do tomateiro na economia nacional (SHIRAHIGE et al., 2010), é possível vislumbrar um

mercado em ascensão, mas sujeito a uma maior sazonalidade e baixa qualidade produtiva,

especialmente em relação à suscetibilidade da cultura a pragas e doenças e variações

meteorológicas, principalmente em sistema de produção a campo.

Assim, associado à demanda de mercado, sazonalidade de produção e pressão do

mercado consumidor por produtos agrícolas com melhor qualidade e livres de resíduos químicos,

o cultivo protegido do tomateiro tem se mostrado uma saída viável. Dentre as vantagens do

cultivo protegido, destacam-se a possibilidade de cultivo em épocas ou regiões nas quais as

condições climáticas são desfavoráveis, proteção contra o excesso de chuvas no verão, aumento

de produtividade, melhoria da qualidade produtiva, reciclagem de água, controle de pragas e

doenças facilitado e potencial de cultivo sem o uso de solo e agrotóxicos (FACTOR et al., 2008;

MARGARET et al., 2004).

O cultivo do tomateiro em ambiente protegido tem se expandido nos últimos anos,

principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com o propósito de melhorar a produtividade,

qualidade e regularidade de produção (CARDOSO, 2007; REIS et al., 2013). Entretanto, em

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2

busca na literatura por trabalhos científicos com a utilização dessas estruturas para as condições

do Brasil, observa-se que a proteção aos cultivos resume-se, quase em sua totalidade, a túneis

baixos e a casas de vegetação sem controle micrometeorológico eficaz. Isto, normalmente,

dificulta a maximização da produtividade em função do potencial genético das plantas. Além

disso, as formas de cultivo mais utilizadas nesses ambientes ainda são o cultivo em solo na forma

de canteiros, conforme trabalhos realizados pelos autores (AZEVEDO et al., 2010; LUZ et al.,

2007, MELO et al., 2009) ou sem solo, utilizando substratos em vasos. Poucos são os trabalhos

que analisam a viabilidade produtiva e econômica sob a forma de cultivo em vasos e manejo da

produção orgânica.

As pesquisas que tratam da produção de tomateiro em ambientes protegidos nas

condições climáticas do Brasil, em sua maioria, são em ambientes com algum controle

micrometeorológico estático ou fixo, como os realizados por Carvalho e Tessarioli Neto (2005);

Holcman (2009); Melo et al. (2009) e Shirahige et al. (2010), sem nenhum tipo de controle em

resposta às variações micrometeorológicas adequadas às plantas. Assim, a proteção aos cultivos

limita-se a quase que exclusivamente ao “efeito guarda-chuva” (BLISKA JUNIOR, 2011).

Todavia, estão disponíveis no mercado nacional estruturas com alto grau tecnológico para

modificação do ambiente interno das casas de vegetação, cujos recursos permitem um maior

controle dos fatores água, nutrientes, luz, temperatura, umidade relativa e concentração de CO2

(BLISKA JUNIOR, 2011), mantendo estes fatores mais próximos possíveis às faixas

consideradas adequadas para as culturas. Contudo, garantir essas condições micrometeorológicas

para a cultura, certamente propiciará o desenvolvimento de pragas e principalmente de doenças,

podendo gerar um problema ainda maior perante os controles micrometeorológicos em função da

cultura. Neste contexto, por tratar-se de tecnologias muitas vezes importadas, é fundamental que

sejam realizadas pesquisas que quantifiquem produtiva e economicamente culturas e sistemas de

produção para as condições brasileiras.

Sabe-se que a produção de tomate de mesa de melhor qualidade demanda a utilização de

tecnologia e mão de obra especializada. Portanto, estudos com tecnologias que maximizem o uso

da terra, insumos e, consequentemente a produção (ANDRIOLO, 1999), principalmente orgânica,

testando alternativas produtivas como formas de cultivo e biofertilizantes associados a casas de

vegetação, vêm se somar à viabilização dessa agricultura nesses ambientes de produção.

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3

2 HIPÓTESE

A produtividade e a qualidade do tomate sob cultivo orgânico em vasos com associação

de biofertilização em casa de vegetação com sistemas automatizados de ventilação mecânica,

resfriamento evaporativo e de tela termorrefletora móvel, mostram-se economicamente viáveis

em relação aos cultivos em casas de vegetação com ventilação natural e tela termorrefletora tanto

fixa quanto móvel quando comparadas com o cultivo em canteiros.

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4

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Avaliar e comparar, em termos qualitativos, quantitativos e econômicos, a produção

orgânica de minitomateiro em vasos e canteiros associados a diferentes doses de biofertilizante

em três casas de vegetação: (1) totalmente fechada com polietileno de baixa densidade (PEDB),

equipada com sistemas automatizados de ventilação mecânica, resfriamento evaporativo e tela

termorrefletora móvel; casas de vegetação com cobertura superior de PEBD, laterais com tela

antiafídeo e, (2) tela termorrefletora móvel automatizada; (3) tela termorrefletora fixa.

3.2 Objetivos específicos

Avaliar a influência dos diferentes graus tecnológicos em relação às condições

micrometeorológicas dos ambientes de produção;

Verificar o desenvolvimento das plantas nos diferentes estágios fenológicos e

tratamentos;

Quantificar a produção média por planta nos vasos e canteiros nas diferentes casas de

vegetação, associada a cada nível de biofertilizante;

Avaliar a qualidade dos frutos e das plantas nos vasos e canteiros nas três casas de

vegetação, por meio da medição dos parâmetros físico-químicos: peso médio, diâmetro

longitudinal e equatorial dos frutos, altura e diâmetro da haste, massa seca da parte aérea total,

sólidos solúveis (ºBrix), potencial hidrogeniônico (pH) e acidez titulável;

Comparar o desempenho (no crescimento, na produção e na qualidade) da cultura nas três

casas de vegetação e doses de biofertilizante;

Analisar os custos de produção e a rentabilidade financeira para os três diferentes sistemas

produtivos, associados aos melhores tratamentos produtivos com investimento oriundos do

Pronaf;

Pesquisar a fertilidade do solo antes e depois da produção nas diferentes casas de

vegetação, doses de biofertilizante e formas de cultivo.

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5

4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Cultivo em ambiente protegido

O cultivo protegido é definido como um sistema de produção agrícola especializado, que

possibilita certo grau de controle das condições micrometeorológicas do ambiente, possibilitando

regularidade produtiva, melhor produtividade e qualidade dos produtos (REÍS et al., 2013). No

entanto, Figueiredo e Leite (2011) ressaltam que é necessário um planejamento da produção e

uma pesquisa de mercado para que possa ser utilizado como uma ferramenta de alta eficiência.

Este tipo de cultivo permite proteção às plantas contra condições adversas de clima e solo como

ventos, chuvas, temperatura elevadas, alta intensidade de radiação solar, entre outros, durante

todo o seu desenvolvimento e produção (PIVETTA et al., 2010, REÍS et al., 2013). A proteção é

feita com plásticos, telas e outros materiais impermeáveis tratados contra os raios ultravioletas,

translúcidos ou não, que deixam passar luz em alguma porcentagem.

Segundo Figueiredo e Leite (2011), dentre as estruturas de ambientes protegidos mais

comuns adotadas pelos produtores brasileiros estão a casa de vegetação (estrutura coberta com

plástico) e o telado (estrutura coberta com telas e outros materiais permeáveis). A escolha da

melhor opção (casa de vegetação ou telado) está diretamente ligada à cultura a ser instalada e às

condições climáticas da região. Margaret et al. (2004) afirmam que na maioria das vezes a

escolha está relacionada às vantagens de aumento da produção em até dez vezes, melhoria da

qualidade, reciclagem de água e aumento do potencial produtivo sem o uso de agroquímicos,

além da possibilidade de produzir alimentos em épocas e/ou regiões nas quais as condições

climáticas são desfavoráveis.

Atualmente, a produção de mudas, hortaliças e flores constituem as culturas de maior

importância produtiva em ambiente protegido, em virtude dos altos valores agregados da

produção e das exigências edafoclimáticas, sendo esta última mais relacionada à qualidade do

produto final, além do rápido retorno financeiro dos investimentos aplicados.

Para Andriolo (1999), a produção de hortaliças em ambiente protegido constitui um

agroecossistema diferente do cultivo tradicional a campo, apresentando duas características

fundamentais: (1) produção na entressafra, estendendo o ciclo das espécies para a maior parte do

ano e (2) possibilidade de ajuste dos fatores micrometeorológicos do ambiente às exigências das

plantas. Tais características são destacadas por Factor et al. (2008), que acrescentam a

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possibilidade de diminuir custos e aumentar a produtividade com o uso de novas tecnologias

aplicadas à área de irrigação.

Na produção sob cultivo protegido existem alguns fatores que devem ser controlados

para o bom desenvolvimento das culturas e redução da poluição do solo e do lençol freático,

como controle da irrigação, solução nutritiva e aplicação de defensivos, que atuam entre os mais

importantes, pois as condições micrometeorológicas no interior desses ambientes são bastante

modificadas (“efeito estufa”) em relação ao ambiente externo, o que favorece a intensificação dos

processos de evapotranspiração e salinização do solo. Magán et al. (2008) ressaltam, em estudos

sobre os efeitos da salinidade no rendimento e qualidade de frutos de tomateiro cultivado em

ambiente protegido nas condições climáticas da região do Mediterrâneo, que a salinidade do solo

provocada pela solução nutritiva causa baixo rendimento produtivo e baixa qualidade da cultura.

O clima figura entre os fatores determinantes da produção e do desenvolvimento da

cultura do tomateiro, sendo estes principalmente a luz, temperatura, umidade do solo e

atmosférica (PURQUERIO e TIVELLI, 2006; ALVARENGA, 2013). A luz é essencial para a

primeira etapa da cadeia de fixação do CO2 pelas reações da fotossíntese, processo no qual é

produzida a energia bioquímica necessária ao crescimento e produção das culturas

(PAPADOPOULOS et al., 1997; ANDRIOLO, 1999), sendo o espectro da radiação

fotossinteticamente ativa considerado entre 400 e 700 nm. Para Reis et al. (2013) a luz tem

influência complexa no crescimento, desenvolvimento e na produção das culturas, porém graças

à absorção e reflexão do material de cobertura (plástico PEBD), a densidade de fluxo da radiação

solar global no interior do ambiente protegido é menor que a observada externamente, o que pode

ser benéfico para as plantas.

Santos et al. (2010) em avaliação das variações de luminosidade, temperatura do ar e do

solo, em diferentes ambientes de cultivo protegido, observaram que telas de sombreamento 40%

e 50% e termorrefletora de 50% foram eficientes na redução da luminosidade, da temperatura do

ar e do solo, sendo uma boa opção o uso destas tecnologias em condições tropicais.

A temperatura do ar exerce importante função no controle da velocidade das reações

químicas celulares, as quais governam o crescimento e desenvolvimento das plantas, afetando

diretamente os processos de germinação, floração, polinização e frutificação e, indiretamente, a

qualidade da produção, assim como a ocorrência de pragas e doenças (COCKSHULL, 1992;

GANESAN, 2002). Neste sentido, as culturas são agrupadas em faixas de temperatura

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considerada suportável, estando às hortaliças entre 5ºC e 40°C e o tomateiro para cultivo em

ambiente protegido na faixa de 12°C e 30°C para as temperaturas mínima e máxima,

respectivamente, exigindo termoperiodicidade ao redor de 6°C para que ocorra um crescimento

vegetativo moderado e desejado (PEREIRA et al., 2000). Todavia, cabe ressaltar que esta faixa

de temperatura aceitável pela cultura pode variar para mais ou para menos de acordo com a

espécie ou cultivar, porém esta é a faixa mais considerada.

Ganesan (2002) estudou o efeito da temperatura e ventilação em diferentes tipos de

cobertura em casa de vegetação e comparou com a condição de campo o desempenho do

tomateiro nas condições climáticas da Índia. Para tanto, avaliou a produtividade da cultura e

verificou que os maiores incrementos produtivos foram obtidos na casa de vegetação coberta com

plástico e fechada com tela de sombreamento de 25%, com ambiente parcialmente controlado por

meio da abertura e fechamento das laterais ao longo do dia.

Assim como os demais parâmetros micrometeorológicos, a umidade relativa do ar

também é um dos aspectos a ser analisado na produção em ambiente protegido, visto que seu

desequilíbrio pode acarretar sérios problemas fitossanitários de difícil controle. Nas plantas, afeta

a transpiração por interferir na condutância estomática e indiretamente na turgência dos tecidos,

alterando os processos metabólicos ligados ao crescimento da planta como, por exemplo, a

absorção de nutrientes (ANDRIOLO, 1999). Caliman et al. (2005) asseguram que a elevação da

umidade do ar favorece a expansão foliar do tomateiro contribuindo para a ocorrência de uma

interceptação maior de energia luminosa, resultando numa maior produção de fotoassimilados

nas plantas cultivadas sob cultivo protegido.

Dessa forma, conhecendo os componentes meteorológicos que comprometem direta e

indiretamente o desenvolvimento e a produção das culturas, tem-se a possibilidade de

modificação dos ambientes de produção de forma a fornecer faixas micrometeorológicas

consideradas adequadas (luz, temperatura e umidade relativa do ar) ou mesmo aceitáveis. Para

Alvarenga (2013), a escolha favorável das condições ambientais para o crescimento e

desenvolvimento do tomateiro propiciará a redução de doenças e distúrbios fisiológicos e,

consequentemente, alto rendimento de frutos de boa cotação comercial. No entanto, o autor

ressalva que condições ótimas de cultivo para os diferentes estádios de crescimento da planta de

tomate são raramente encontradas, mesmo sob condições de cultivo protegido com controle

micrometeorológico.

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Problemas relacionados à alta temperatura e baixa umidade e vice-versa são comuns em

cultivo protegido no Brasil em virtude da baixa troca de ar do ambiente interno com o externo,

requerendo o uso de métodos artificiais para o controle desses fatores (SEGINER, 1994). Dentre

os métodos estão ventilação mecânica, uso de telas de sombreamentos e resfriamento

evaporativo. A ventilação mecânica, além de reduzir a temperatura interna da casa de vegetação,

de forma a equilibrá-la com a temperatura externa, tem a função de auxiliar na redução da

umidade relativa e de permitir o fornecimento de dióxido de carbono para a fotossíntese

(BOODLEY e NEWMAN, 2009). As telas de sombreamentos são utilizadas para reduzir a

radiação incidente e com isso reduzir picos de temperatura, controlar a umidade relativa por meio

da prevenção da condensação ou atuando como uma barreira térmica entre o ambiente interno e o

externo (COOMANS et al., 2013). O método de resfriamento evaporativo baseia-se no princípio

de umidificação adiabática, em que o calor sensível do ar externo é usado para evaporar água no

painel evaporativo (transferência de calor) e esse é convertido em calor latente (transferência de

massa) (STEIDLE NETO e ZOLNIER, 2010). Esses processos resultam na diminuição da

temperatura de bulbo seco e no aumento da umidade relativa (LERTSATITTHANAKORN et al.,

2006), porém limitados às condições de temperatura e umidade relativa do ar externamente.

Trabalhos têm mostrado bons resultados vegetativos e produtivos de culturas cultivadas

em ambiente protegido com controle micrometeorológico, contudo sem informações econômicas.

Costa e Leal (2008), em avaliação da biomassa foliar de morangueiro hidropônico em diferentes

ambientes protegidos, verificaram que os melhores resultados foram obtidos no ambiente com

controle da temperatura e umidade relativa do ar.

O controle e manejo das variáveis micrometeorológicas conforme os limites tolerados

pelas culturas podem ser determinantes para o sucesso da produção para algumas regiões e

culturas tipicamente sazonais e/ou nichos de mercado como o dos produtos orgânicos. Entretanto,

os custos com investimentos iniciais devem ser considerados e avaliados a curto e longo prazo,

principalmente sob as condições de produção da região.

O mercado de hortaliças orgânicas é promissor e se destaca a cada ano, e o tomate é uma

das mais procuradas pelos mercados consumidores, certamente em razão das muitas utilidades

culinárias, além da preocupação dos consumidores com o risco de contaminação por resíduos de

agroquimicos, pois, segundo Cabral et al. (2013), para o bom desempenho da cultura em sistema

convencional, é necessário o uso intensivo desses produtos.

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O crescimento desse mercado ainda é um desafio, visto a alta suscetibilidade da cultura a

pragas e doenças, além da sazonalidade de produção mesmo sob cultivo protegido

(HERNÁNDEZ et al., 2008; SCHALLENBERGER et al., 2008). Como na agricultura orgânica é

restringido o uso de agrotóxicos e insumos de fontes minerais, muitas vezes, o cultivo do

tomateiro torna-se inviável. Assim, considerando os problemas decorrentes das condições

meteorológicas responsáveis por reduzir o desenvolvimento normal das plantas, estudos

relacionados a manejos (controle micrometeorológicos, formas de cultivo, nutrição etc.) são

indispensáveis para a evolução dos cenários produtivos, principalmente quando se deseja atender

a um mercado consumidor carente em produção e qualidade.

4.2 Sistema de produção orgânica

O intensivo e indiscriminado uso de pesticidas nas lavouras tem levado à contaminação

do meio ambiente e principalmente de alimentos de origem agrícola. Dados da ANVISA (2012)

(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de uma lista de alimentos com amostras

insatisfatórias quanto à presença de resíduos de agrotóxicos, destacou as culturas do pimentão

(84%), cenoura (67%) e alface (47%). O tomate aparece com o índice de 9% das amostras

insatisfatórias.

Diante desses dados e de órgãos responsáveis pela difusão da agricultura orgânica

(MAPA, ORGANICS BRASIL, IPD etc.) infere-se que os consumidores estão acrescentando

mais alimentos saudáveis e de procedência conhecida à sua rotina alimentar, gerando, assim, um

crescimento do mercado de alimentos orgânicos em todo o mundo, com maior demanda

principalmente na América do Norte e Europa (WILLER e LERNOUD, 2014).

Em 2012, esse mercado movimentou cerca de US$ 64 bilhões, ocupando área de 37,5

milhões de hectares de terras agrícolas orgânicas, inclindo as áreas em conversão, o que equivale

a apenas 0,9% das terras agrícolas do mundo. Esta área está distribuída entre a Oceania (32,40%),

Europa (29,75%), América Latina (18,21%), Ásia (8,57%), América do Norte (8,02%) e África

(03,05%) (WILLER et al., 2014). De acordo com a fonte, a América Latina, especificamente o

Brasil, constitui uma das maiores potências exportadoras desses alimentos do mundo, apesar de

ter exportado apenas US$ 187 milhões em produtos orgânicos em 2010. No entanto, dados extra-

oficiais mostram que as exportações brasileiras de produtos orgânicos somaram cerca de US$ 130

milhões em negócio no ano de 2013, um crescimento em torno de 10% em relação ao ano

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anterior (ORGANICS BRASIL, 2013). Essa diferença de valores provavelmente está relacionada

às fontes, sendo a primeira internacional, que envolve valores de produtos exportados de todo o

país, enquanto na segunda nacional, apenas valores de produtos exportados de cooperados.

Segundo o IPD (2011) (Instituto de Promoção e Desenvolvimento), do total de produtos

orgânicos produzidos no Brasil, 95% estão nas propriedades de pequenos e médios produtores, e

60% da renda da produção vêm das exportações. As commodities são quase que totalmente

negociadas com países estrangeiros, enquanto todas as frutas, verduras e legumes são vendidos

internamente. Estes alimentos são vistos pela maioria dos consumidores como alimento saudável,

benéficos à saúde e sem a utilização de agrotóxicos, fazendo com que estes sejam menos

sensíveis aos preços, que podem alcançar mais de 100% do valor similar convencional.

A valorização dos produtos orgânicos, certamente está ligada à oferta de produção e

demanda de mercado. De acordo com trabalho realizado por Luz et al. (2007) comparando

sistemas de produção de tomate (convencional e orgânico) em cultivo protegido, os autores

demonstraram que o custo de produção do cultivo orgânico foi 17,2% menor que o cultivo

convencional. O cultivo orgânico apresenta lucratividade de 59,9% maior no verão e 113,6% no

inverno. Resultados semelhantes foram encontrados por Engindeniz e Tuzel (2006), em análise

econômica da produção orgânica de alface em estufas na Turquia, em que obtiveram lucro

líquido variando entre U$ 0,376 e U$ 0,901 m-2

de canteiro.

A produção de alimentos orgânicos no Brasil concentra-se nos estados do Paraná, São

Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo (70%), (CAMARGO et al., 2006); no

entanto, segundo Brasil (2014), o Piauí é o estado com o maior número de produtores (978),

seguido por Rio Grande do Sul (863), São Paulo (832) e Paraná (680). O Nordeste reúne o maior

número de unidades de produção (3.198), à frente das regiões Sul (3.165), Sudeste (2.409), Norte

(1.023) e Centro-Oeste (269). Apesar de o maior número de produtores estarem registrados na

região Nordeste, esta responde por uma pequena parcela da produção de orgânicos, pois são

unidades produtivas compostas basicamente por agricultores familiares com pequena área

produtiva.

Mesmo com o crescimento das unidades produtoras de orgânicos no país, como

descrevem Araújo Neto et al. (2009), ainda há o preconceito de que sistemas orgânicos de

produção sejam onerosos, por trabalhar-se com alto volume de materiais a serem reciclados e

pelo suposto acréscimo nos custos de produção. Todavia, as tecnologias de produção e os

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resultados apresentados atualmente, ao contrário do pensamento da maioria dos técnicos e

agricultores desse país, indicam plena viabilidade técnica e, especialmente econômica para a

produção de importantes culturas (tomate, pimentão, alface, cenoura etc.), em sistema orgânico

(SOUZA, 2010).

Notadamente, a pesquisa científica tem contribuído limitadamente para o avanço dessa

agricultura (orgânica), pois o sucesso das unidades de produção depende, em parte, da geração de

conhecimento e de bases tecnológicas apropriadas que assegurem a sustentação destas unidades

no tempo e no espaço (REZENDE et al., 2007).

Para Souza (2010), a produção desses alimentos não significa apenas substituir insumos

sintéticos por insumos orgânicos no manejo dos cultivos, mas também cumprir direitos

trabalhistas, princípios e técnicas de produção e certificação dos produtos, para alcance de

credibilidade no mercado. Por conseguinte, o autor enfatiza o desafio de criar agroecossistemas

sustentáveis que incorporem as qualidades de ecossistemas naturais de estabilidade, equilíbrio e

produtividade, que assegurem melhor a manutenção do equilíbrio dinâmico necessário para

estabelecer uma base ecológica de sustentabilidade.

Para produzir organicamente uma cultura aos moldes da legislação brasileira, além das

dificuldades de manejo produtivo, o agricultor é submetido a um rigoroso processo de

investigação das condições ambientais do estabelecimento agrícola e de potencialidade para a

produção (SANTOS e MONTEIRO, 2004). Precisa cumprir um conjunto de normas estipuladas

pela Lei Federal 10.831 (BRASIL, 2003), regulamentada pelo Decreto Federal 6.323 (BRASIL,

2007), além das Instruções Normativas 19 e 50 (BRASIL, 2009), 46 (BRASIL, 2011) e IN 17

(BRASIL, 2014) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Neste sentido, o sistema produtivo da agricultura orgânica é regido por lei, decreto e

instruções normativas para garantir a sustentabilidade da produção e a garantia de qualidade

depositada pelos consumidores quando compram os alimentos advindos desse sistema produtivo.

Entretanto, para garantir oferta constante no mercado desses alimentos, principalmente o de

tomate, há a necessidade da utilização de técnicas que viabilizem a produção. Assim, as

diferentes formas de cultivo e biofertilizante, associados às técnicas de cultivo protegido do

tomateiro que buscam minimizar as perdas causadas pelas adversidades micrometeorológicas e

fitopatológicas (GENUNCIO et al., 2010), podem ser determinantes para o sucesso da produção

da cultura. Para Assis e Romeiro (2007), pela própria característica da produção e

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comercialização de hortaliças em geral que, em função de seu dinamismo, exige do agricultor

uma relação mais constante com o mercado e o processo de inovação tecnológica.

Debona (2011) relata que a produção de tomateiro de mesa em ambiente protegido é

uma boa alternativa de renda para as pequenas propriedades, uma vez que, numa casa de

vegetação de 500 m2 com produção em sistema convencional, o agricultor pode ganhar cerca de

R$ 15 mil por ano programando a produção para os períodos de entressafra.

4.3 Biofertilizantes em olerícolas

Os biofertilizantes são componentes líquidos ou sólidos, bioativos, oriundos da

fermentação de compostos orgânicos e água em condições aeróbicas ou anaeróbicas

(MEDEIROS et al., 2003). São constituídos principalmente por células vivas ou latentes de

microrganismos, além de metabólitos e quelatos organominerais, antibióticos, aminoácidos,

vitaminas, enzimas e hormônios, gerando a produção de gás metano e gás carbônico (CO2)

durante o processo fermentativo (ALVES et al., 2001). Sua potência biológica pode ser definida

pela quantidade de microrganismos existentes, responsáveis pela liberação de metabólitos e

entimetabólitos, entre eles vários antibióticos e hormônios vegetais (BETTIOL et al., 1998).

Atualmente, os biofertilizantes são utilizados como uma forma de reaproveitamento de

insumos que, descartados na natureza, poderiam contaminar o meio ambiente (esterco bovino,

equino, suíno, subproduto da indústria canavieira etc.). As pesquisas com biofertilizantes

oriundos desses insumos, apesar de reduzidas, têm apresentado resultados promissores,

principalmente na produção de hortaliças orgânicas. Estes biofertilizantes são um eficiente

método de controle preventivo e curativo de pragas e doenças, por meio de substâncias com ação

fungicida, bactericida e/ou inseticida presentes em sua composição, além de se constituírem

condicionantes da melhoria nutricional das plantas e do solo, refletindo maior resistência destas

aos elementos fitopatogênicos (BETTIOL et al., 1998, RICCI et al., 2006).

O controle de algumas doenças e repelência a pragas têm por base o equilíbrio

nutricional e biodinâmico do vegetal (MEDEIROS et al., 2003). Por sua vez, a importância como

fertilizante está relacionada à diversidade da composição mineral de macro e micronutrientes

disponibilizados pela atividade biológica na forma de compostos quelatizados.

Em olerícolas, os biofertilizantes líquidos ou sólidos são usados como forma alternativa

de suplementação de nutrientes na produção orgânica e convencional, além de condicionadores

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da microflora do solo (MEDEIROS e LOPES, 2006; SOUZA e RESENDE, 2006; RICCI et al.,

2006), podendo ser aplicados via solo ou foliar. Na aplicação via solo, proporcionam melhoria

das propriedades físicas (estrutura e porosidade), químicas e biológicas, e quando aplicados sobre

as folhas podem contribuir para um suprimento equilibrado de macro e micronutrientes,

permitindo que as plantas desenvolvam melhor seu potencial genético produtivo (SILVA

ALVES et al., 2009).

Os insumos utilizados como matéria prima para produção de biofertilizantes já vêm

sendo empregados na agricultura como fonte de matéria orgânica ao solo. Contudo, a conversão

desses insumos em biofertilizantes requer elevados volumes, ficando aquém da demanda destes a

produção de biofertilizantes para suprir as necessidades nutricionais das plantas quando aplicados

sem adubação suplementar. Aliado à falta de matéria prima e ao tempo de preparo, existem no

mercado muitas formulações de biofertilizantes certificadas para uso na agricultura em geral e

outros fins (ALVES et al., 2001). Assim, em consequência dos custos, muitos produtores

orgânicos fazem uso de formulações próprias ou propostas na literatura com insumos locais, além

do fato de que são poucas as restrições quanto à aplicação dos preparados naturais como

biofertilizantes para controle de pragas e doenças, devendo apenas estar isentos de determinadas

substâncias proibidas pela regulamentação de orgânicos (BRASIL, 2014).

As pesquisas referentes ao manejo tanto via solo quanto foliar ainda são restritas a

alguns biofertilizantes. Apesar disso, existem formulações no mercado, a exemplo o Microgeo®

(Microbiol Biotecnologia®) que vêm sendo utilizado por produtores orgânicos e convencionais,

em razão dos benefícios “apresentados” às plantas e ao solo, associado ao baixo volume aplicado

por hectare via foliar. Segundo o fabricante, o produto proporciona fertilidade ao solo a níveis

superiores a 80%, maior eficiência dos fertilizantes aplicados, e uma série de benefícios para o

solo e às plantas que superam o investimento na compra e aplicação do produto.

O Microgeo® é um produto proveniente de pesquisas desenvolvidas por uma equipe de

patologia e controle microbiano da ESALQ (MEDEIROS et al., 2003), e se classifica como um

composto orgânico com registro no Ministério da Agricultura e certificado pelo IBD (Instituto

Biodinâmico), preparado à base de diversas fontes orgânicas e inorgânicas e enriquecido com

rochas moídas que somam 48% de silicatos de magnésio, cálcio, ferro e outros oligoelementos,

fundamentais para estimulação do metabolismo primário e secundário das plantas.

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Assim como o Microgeo®, outras formulações existentes no mercado fazem uso dos

mesmos termos para qualificar seus benefícios às plantas e ao solo, porém sem dados científicos

que comprovem tais resultados enumerados pelas empresas fabricantes, em especial na produção

orgânica. Os benefícios de alguma forma existem, no entanto é necessária a quantificação destes

cientificamente, principalmente com dados produtivos das culturas para contabilização

econômico-financeira, já que esses produtos podem representar parcela significava nos custos de

produção.

Em geral, os processos de preparo dos biofertilizantes necessitam em média de 1 a 30

dias para estarem aptos ao uso, e podem ser aplicados diretamente no solo ou via foliar em alta

(100%) ou baixa (<10%) concentração e volume, associado ou não a outros insumos

(MEDEIROS et al., 2003; SOUZA e RESENDE, 2006). Entretanto, mesmo aplicados com outros

insumos, muitas das recomendações existentes (maior concentração e volume) demandam de

grandes quantidades de matéria prima para o preparo do produto final, principalmente para

aplicações via solo.

Medeiros e Lopes (2006) relatam o uso de biofertilizantes em pulverizações foliares

normalmente é realizado com diluições em água entre 0,1 a 5%. Porém, concentrações elevadas

podem causar estresse fisiológico nas plantas retardando seu crescimento, floração e frutificação.

Segundo os autores, em hortaliças recomendam-se pulverizações semanais entre 0,1 a 3% de

concentração do biofertilizante, podendo variar conforme as formulações. Já Ricci et al. (2006)

recomendam para aplicações foliares diluições de 20% a 40% para o biofertilizante produzido a

partir de simples fermentação de esterco fresco de bovinos.

Gomes Júnior et al. (2011), avaliaram o crescimento e a produtividade de minitomate em

função da aplicação de biofertilizante líquido e fungo micorrízico. Os autores observaram que a

aplicação de biofertilizante líquido a 5% via foliar promoveu o aumento da biomassa seca da

parte aérea e da produtividade do minitomate. Bezerra et al. (2008), em avaliação da aplicação de

biofertilizante via foliar na cultura do milho, concluíram que as concentrações de 2% e 3%

proporcionaram ganhos nas variáveis de crescimento e produção, corroborando os resultados

encontrados por Araújo et al. (2007), que verificaram incrementos significativos na produtividade

do pimentão, em análise da aplicação de biofertilizante à base de esterco fresco bovino na

concentração de 20% associado ou não com matéria orgânica.

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Em geral, as pesquisas relativas a doses ou níveis de biofertilizante mostram resultados

positivos sobre a produção das culturas, no entanto, em sua maioria, estas não retratam a

viabilidade econômica e financeira, o que justifica a comparação os custos de produção com e

sem aplicação de biofertilizante.

4.4 Cultura do tomateiro

O tomateiro é originário da zona andina da América do Sul, mas foi domesticado no

México e introduzido na Europa em 1544 (GOULD, 1992; ALVARENGA, 2009). São

encontradas espécies desde o litoral do Pacífico até uma altitude de 2.000 m nos Andes, sendo,

portanto, uma espécie de clima tropical de altitude que se adapta a quase todos os tipos de climas

(NAIKA et al., 2006).

Pertencente à família botânica das Solanáceas e ao gênero Solanum lycopersicom L é

constituído por nove espécies, variando seu crescimento em determinado e indeterminado. A

espécie cultivada caracteriza-se por plantas de porte arbustivas, folhas pecioladas, compostas e

número ímpar de folíolos, caule flexível com abundância em brotações laterais, flores bissexuais,

fruto tipo baga carnosa e sementes abundantes (NAIKA et al., 2006; ALVARENGA, 2009). Esta

espécie apresenta diversas cultivares de tomateiro, entretanto as mais cultivadas e consumidas são

provenientes dos grupos santa cruz, salada, italiano, caqui e minitomate, sendo os mesmos

classificados conforme formato do fruto e sua finalidade de uso (ANDREUCCETTI et al. 2004).

Dentre as hortaliças de frutos, o tomate tornou-se a mais importante do mundo.

Atualmente, ocupa o primeiro lugar em valor e volume de produção no Brasil (IBGE, 2015).

Segundo a fonte, a produção de tomate do Brasil em 2015 foi de aproximadamente 4,294 milhões

de toneladas, com média de produtividade de 65,80 t ha-1

, sendo o oitavo maior produtor mundial

segundo a FAO (2012). Considerando o panorama nacional, Goiás é o maior estado produtor,

com área de 11.653,0 ha e produção de 1,025 milhões de toneladas (87,96 t ha-1

), seguido de São

Paulo com uma área de 11.303,0 ha e 849.052,0 toneladas (75,11 t ha-1

) e Minas Gerais com área

de 9.311,0 ha e produção de 674.962,0 toneladas (72,49) (IBGE, 2015).

Por sua importância econômica ao país, o tomateiro é uma das hortaliças mais

pesquisadas nos últimos anos. No entanto, suas exigências edafoclimáticas, nutricionais e

fitossanitárias indicam que há muitos estudos a serem realizados com esta cultura, principalmente

com cultivares mais produtivas adaptadas às variações agrometeorológicas, casas de vegetação

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com alto grau tecnológico de controle micrometeorológicos, formas de cultivo, manejo da

adubação, irrigação etc., adaptáveis aos sistemas orgânicos de produção.

4.5 Exigência climática da cultura

A cultura do tomateiro adapta-se a uma ampla faixa de condições climática, variando

entre clima temperado, quente e úmido ao tropical. A temperatura do ar ideal está entre 15 e

25°C, com amplitude térmica (Dia/Noite) chegando a 18°C (PENTEADO, 2004; NAIKA et al.,

2006). As plantas podem sobreviver até certa amplitude de temperatura, mas abaixo de 10°C e

acima de 38°C há danificação dos tecidos (NAIKA et al., 2006), causando abortamentos de

flores, mau desenvolvimento dos frutos e formação de frutos ocos, além de a produção de pólen

ser afetada, com influência direta na polinização e, consequentemente, na produtividade

(ALVARENGA, 2013).

A temperatura do solo mais adequada para germinação das sementes está em torno de 15

e 25°C. Após o transplantio durante o dia requer temperaturas variando de 21 a 28°C e de 15 a

20°C à noite com amplitude de 8 a 10°C (SILVA e GIORDANO, 2000; PENTEADO, 2004).

Segundo Alvarenga (2013), o ideal é que haja um gradiente de temperatura entre o dia e a noite

para maximizar a produção.

Assim como a temperatura, a umidade relativa do ar é um fator preponderante no cultivo

do tomateiro, de preferência inferior a 90%. Valores superiores a 90% favorecem o

desenvolvimento de pragas e doenças, estando os valores adequados entre 70 e 80% para todo o

ciclo produtivo da cultura (PENTEADO, 2004; NAIKA et al., 2006). Porém, Alvarenga (2013)

recomenda que em casa de vegetação, para o bom desenvolvimento da cultura, esta deve ser

cultivada em ambiente com umidade variando entre 50 e 70%.

Com um período entre nove a quinze horas de luminosidade diárias o tomateiro é

indiferente com relação ao desenvolvimento e produção (ALVARENGA, 2013). Valores de

radiação total diária em torno de 0,85 MJ m-2

são os limiares para que o florescimento tenha

sucesso, sendo preferível maior iluminação em menor período de tempo do que iluminação mais

fraca durante mais tempo (NAIKA et al., 2006, ALVARENGA, 2013).

De forma geral, as fases de crescimento e desenvolvimento do tomateiro de acordo com

Doorenbos e Pruitt (1984) dividem-se entre os estádios: I - estabelecimento ou mudas 30 dias de

duração, II - vegetativo e/ou florescimento 40 dias, III - pegamento de frutos 40 dias e IV -

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maturação com 25 dias, totalizando um ciclo médio de 135 dias, podendo variar conforme as

condições locais, manejo da cultura e cultivar utilizada.

4.6 Indicadores de rentabilidade e risco da análise de investimento

O controle dos custos somados com a estrutura de receitas é fundamental para se obter

os resultados econômicos desejados, propiciando, assim, uma avaliação econômica da atividade

produtiva para o processo decisório estratégico e, fundamentalmente, para a escolha e construção

de sistemas de determinação de custos de referência para a fixação de preços de vendas dos

produtos ofertados (PONCIANO et al., 2003). De acordo com a fonte, deve-se entender a

estrutura de custos e o demonstrativo de receitas, como instrumentos “ex-ante” para decisões

estratégicas e “ex-post” para revisões corretivo-estratégicas dos resultados das atividades

produtivas analisadas.

Para Engindeniz e Gül (2009), avaliações de custos e retornos financeiros podem ser

úteis para produtores porque permitem aos mesmos comparar o custo total da produção e o

retorno seguindo variações de tipo de olericultor, tempo de produção, localização geográfica,

tamanho do empreendimento e custo das estruturas. Entretanto, poucos são os trabalhos de

pesquisas já desenvolvidos com alternativas para o aumento da produtividade agropecuária que

apresentam ou discutam a economicidade da aplicação das novas alternativas propostas

(POTTER et al., 2000; ARAÚJO et al., 2013). Dessa forma, deixa-se de gerar informações

importantes sobre as reais compensações do investimento que gerou ou não incremento

produtivo, a ponto de ser atrativo financeiramente em relação a outras atividades menos

dispendiosas do mercado.

No conceito de Botteon (2009), para se avaliar economicamente um projeto é

fundamental calcular corretamente o fluxo de entrada e saída em termos monetários, em uma

base de tempo comum, pois este será relevante para calcular os indicadores de rentabilidade do

projeto. Apesar de úteis, os indicadores de rentabilidade e risco nunca substituem a qualidade dos

fluxos, visto que, se os custos e benefícios estiverem mal estimados, os indicadores não terão

nenhuma utilidade, uma vez que estes são derivados destes (custos e benefícios) (AREDES et

al.,2009).

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Costa et al. (2010) afirmam que, ao se efetuar um investimento, é de suma importância

analisar a rentabilidade do mesmo a longo prazo, visto que os retornos advindos deste

investimento ocorrerão durante vários anos.

Os autores Hoffman et al. (1992) e Treasy (2014) asseguram que dentre os principais

indicadores financeiros para análise de rentabilidade de um projeto estão a relação

benefício/custo, o valor presente líquido, a taxa interna de retorno, além de período payback;

esses últimos também usados para análise de risco. Com base nas fontes, a relação

benefício/custo (B/C) é definida como o quociente entre o valor presente das receitas (benefícios)

a ser obtido e o valor presente dos custos (inclusive os investimentos). Para critério de decisão, o

investimento será considerado viável se esta relação for maior que um. Assim, quanto maior o

valor, mais estável tende a ser o investimento em relação às oscilações das taxas de juros do

mercado.

O valor presente líquido (VPL), também conhecido como valor atual líquido (VAL),

representa o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada,

menos o custo do investimento inicial. O VPL de um projeto de investimento potencial deve ser

empreendido se o valor presente de todas as entradas de caixa menos o valor presente de todas as

saídas for maior que zero. Qualquer outro valor significa que o investimento não é

economicamente atrativo.

Para verificar até que ponto um projeto de investimento é de fato rentável, passa

necessariamente pela análise da taxa interna de retorno (TIR) comparada à taxa mínima de

atratividade (TMA) ou taxa de juros, sendo esta representada como taxa necessária para igualar o

valor de um investimento no presente com os seus respectivos retornos futuros. A TIR se refere à

taxa de atualização do projeto que torna o VPL nulo, representando a taxa média que o investidor

obtém capitais que se mantêm investidos no projeto, enquanto o investimento inicial é recuperado

progressivamente. Se a TIR for maior que a TMA, significa que o investimento é

economicamente atrativo, se igual ou menor o investimento está economicamente numa situação

de indiferença ou não é economicamente atrativo, respectivamente. Quanto mais a TIR for

próxima à TMA, maior o risco do projeto, e, portanto, deve ser analisado com cautela (TREASY,

2014).

Não menos relevante, o período payback ou prazo de recuperação do investimento, é

outro indicador de risco de projetos de investimentos, considerado um importante indicador

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dentro do processo de tomada de decisão sobre investimentos, voltado à medida do tempo

necessário para recuperar o capital investido (TREASY, 2014). Neste sentido, quanto menor o

período payback, mais atrativo é o projeto em termos econômicos.

Diante do exposto, as análises de rentabilidade e riscos de projetos apresentam-se como

excelentes ferramentas, uma vez que estas são responsáveis em orientar a tomada de decisão

estratégica com margem de segurança relativamente confiável, almejando sempre a melhor

aplicação do capital financeiro do produtor e redução dos riscos da atividade. Ressalta-se,

portanto, a suma importância suas análises nas alternativas produtivas propostas pelas pesquisas.

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5 MATERIAL E MÉTODOS

5.1 Localização e caracterização da área experimental

Os experimentos foram conduzidos no período de fevereiro a novembro de 2013, em

três diferentes casas de vegetação de igual forma e volume (Figura 1, a; b), instaladas na área do

campo experimental da Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) da Universidade Estadual

de Campinas (UNICAMP), no município de Campinas – SP. A área está situada nas coordenadas

geográficas de 22º 49' 06'' de latitude sul, 47º 03' 40'' de longitude oeste e altitude média de 635

metros. O clima da região, na classificação de Köppen, é do tipo Cwa, caracterizado por clima

tropical de altitude, com chuvas no verão e seca no inverno, apresentando temperatura máxima e

mínima média (1988 - 2008) de 30,00ºC (fevereiro) e 12,30ºC (julho), respectivamente

(CEPAGRI, 2008).

Figura 1. Área do campo experimental e casas de vegetação; (a) Visualização frontal; (b)

Visualização posterior.

5.2 Cultivar utilizada

Utilizou-se a cultivar de tomateiro do grupo minitomate, variedade não híbrida

(Carolina, da empresa Feltrin), hábito de crescimento indeterminado, tolerante às doenças

fúngicas de solo verticilium e fusarium 1 e 2, frutos pesando entre 10 e 12 g e colheita variando

de 100 a 115 dias.

Na definição do uso desta variedade consideraram-se alguns fatores importantes, dentre

eles: bom desempenho produtivo em sistema orgânico de produção, conforme avaliado por

Guilherme (2007), valor de aquisição das sementes e de mercado dos frutos.

(a) (b)

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5.3 Descrição dos experimentos

Foram realizados três experimentos concomitantes e equidistantes entre si em 2,0 m, em

virtude da reduzida área disponível para implantação das estruturas, conforme descrição abaixo e

croqui demonstrativo (Figura 2):

Figura 2. Croquis demonstrativos das casas de vegetação (Experimentos 2, 3 e 1,

respectivamente).

Experimento 1: Casa de vegetação totalmente fechada com polietileno de baixa

densidade (PEBD), equipada com sistema de ventilação mecânica, resfriamento evaporativo e

tela termorrefletora com sistema de controle automatizado.

Experimento 2: Casa de vegetação com cobertura superior de PEBD, laterais com tela

antiafídeo e tela termorrefletora móvel automatizada.

Experimento 3: Casa de vegetação com cobertura superior de PEBD, laterais com tela

antiafídeo e tela termorrefletora fixa.

Esses experimentos foram instalados em estruturas já existentes no campo experimental

da FEAGRI (Figura 3, a; b), as quais foram reformadas de acordo com a proposta de cada

experimento. Essas estruturas eram de aço galvanizado com telhado duas águas com inclinação

de 31,60º, nas dimensões: Vão; 6,40 m de largura e 03 módulos de 3,66 m, com 3,0 m de altura

de pé direito e cumeeira de 4,50 m, porta de entrada nas dimensões de 1,17 m de largura e 2,05 m

de altura, possuindo um perímetro de 36,00 m, área de piso de 70,27 m2 e volume de 281,09 m

3.

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Figura 3. Detalhes da área experimental: (a) No início das reformas; (b) Retirada do plástico das

estruturas.

Para cobertura das casas de vegetação e proteção das laterais da casa de vegetação ou

ambiente A, foi utilizado plástico PEBD de 150 μm de espessura, tratado contra raios

ultravioleta, tipo difusor antivírus modelo M36 Clear de fabricação nacional (Marca Electro

Plastic) (Figura 4, a). Para a proteção das laterais das demais casas de vegetação ou ambientes (B

e C), usou-se tela antiafídeo tipo clarite de cor cristal, malha 0,0030 x 0,0080 m, modelo Baby

Citrus (Marca Equipesca) (Figura 04, a), além da tela termorrefletora tipo aluminizada com 50%

de transmissividade, modelo Aluminet (Marca Polysack) (Figura 4, b) suspensa e estendida a

2,60 m de altura em todas as casas de vegetação.

Figura 4. Instalação das casas de vegetação: (a) Do plástico leitoso difusor e tela antiafídeo nas

laterais; (b) Da tela termorrefletora.

(a) (b)

(a) (b)

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Os experimentos foram classificados de acordo com o uso de tecnologias

(equipamentos) e automação, de modo que, o experimento 1 caracterizou o maior grau

tecnológico, identificado pela letra A com instalação de sistemas de ventilação mecânica,

resfriamento evaporativo e tela termorrefletora. O sistema de ventilação mecânica foi composto

por dois exaustores modelos ED24 e EM30 (marca Euroemme® Munters), sendo o primeiro

instalado a 2,60 m de altura na posição central da casa de vegetação (Figura 5, a) para retirada do

bolsão térmico formado nessa região. O segundo exaustor (EM30) foi instalado a 1,10 m de

altura na mesma posição do primeiro (Figura 5, b) para forçar a troca de calor (passagem do ar

pelo meio poroso) entre o meio externo e interno. Por sua vez, o sistema de resfriamento

evaporativo com meio poroso (marca CelDek® Munters) na largura da casa de vegetação (6,40

m), 0,15 m de espessura e 1,45 m de altura (Figura 6, a), foi instalado na face sul da casa de

vegetação sobre uma mureta de alvenaria de 0,50 m de altura. Para aspersão de água em cima do

meio poroso foi empregado um sistema de circulação fechada de água, constituído por bomba

centrífuga de 1,0 CV, vazão de 7.000 L h-1

(modelo NXDP-4, marca Mark) interligada a um

reservatório de 500 L (Figura 6, b) abastecido automaticamente com água da Sociedade de

Abastecimento de Água e Saneamento S/A (SANASA) por meio de chave boia reguladora de

nível.

Figura 5. Exaustores instalados: (a) Vista do exaustor ED24; (b) Vista dos dois exaustores ED24

e EM30.

(a) (b)

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Figura 6. Sistema de resfriamento evaporativo: (a) Meio poroso instalado e protegido com tela

antiafídeo; (b) Sistema de circulação fechada de água.

A tela termorrefletora foi fixada horizontalmente sob um sistema móvel a 2,60 m de

altura no interior da casa de vegetação, cuja abertura e fechamento foram operados por um

sistema de mancais e polias (Figura 7, a), acionados por um motor reverso, modelo Deslizante

Light, (Marca Peccinin de 0,33 cv) (Figura 7, b) automatizado em função de um sensor de

radiação global (W m-2

), instalado na altura do dossel das plantas.

Figura 7. Sistema de movimentação das telas: (a) Detalhes do sistema de mancais e polias; (b)

Motor reverso de acionamento do sistema móvel com tela termorrefletora.

Os experimentos 2 e 3 foram desenvolvidos para caracterizar os sistemas convencionais

de cultivo protegido utilizados na tomaticultura brasileira. O experimento 2 foi caracterizado pelo

grau tecnológico intermediário, representado pela letra B, constituído somente por sistema de tela

termorrefletora instalada horizontalmente a 2,60 m de altura, cuja abertura e fechamento foram

(a) (b)

(a) (b)

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operados conforme os sistemas instalados no ambiente A (mancais e polias e motor reverso). Sua

automação realizou-se em função de clock pré-definidos ao longo do dia, conforme

movimentação usualmente feita pelos produtores de tomate de mesa, quando fazem uso desta

tecnologia (tela termorrefletora).

O experimento 3 caracterizou o menor grau tecnológico, representado pela letra C, e

neste, ao contrário dos anteriores, não houve movimentação da tela termorrefletora instalada

horizontalmente a 2,60 m de altura no interior da casa de vegetação.

5.4 Automação dos equipamentos das casas de vegetação

Todos os equipamentos automatizados foram acionados e monitorados por uma Rede de

Sensores Sem Fio (concentrador-RSSF) (Figura 8, a), composto por sensores de temperatura e

umidade relativa do ar (modelo NS100, precisão ±0,30°C e ±1,80%), marca R4F® (Figura 8, b;

c), e acionadores a relés (modelo NA100, marca R4F®). Esses acionadores foram ligados a

contatores específicos para os exaustores e bomba centrífuga com os dados do monitoramento e

da consolidação das séries históricas a cada 00:01:00 h gerenciados pelo software supervisório

ScadaBR.

Figura 8. Sistema de sensores e controlador: (a) Concentrador da Rede de sensores Sem Fio; (b e

c) Sensores de Temperatura e Umidade Relativa alocados em tubos de PVC de 0,10 m Ø envoltos

com papel alumínio e micro ventilador numa das bases.

5.4.1 Ventilação mecânica

Instalou-se, para o controle desse sistema, um sensor de temperatura do ar (modelo

NS100, precisão ±0,30°C marca R4F®) a 3,00 m de altura, próximo ao centro geométrico da casa

(a) (b) (c)

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de vegetação para monitoramento desta variável nessa região. A lógica de comando do exaustor

(ED24) foi diretamente relacionada com a leitura do sensor (tempo real), sinalizando seu

acionamento quando a temperatura atingisse 26,00°C, desligando-o em 24,00°C, histerese de ±

2,00ºC.

5.4.2 Umidificação e ventilação mecânica

O sistema de resfriamento evaporativo foi controlado em função de um par de sensores

de temperatura e umidade relativa do ar (modelo NS100, precisão ±0,30°C e ±1,80% marca

R4F®), instalados a 2,00 m de altura, próximo ao centro geométrico da casa de vegetação. Os

parâmetros para programação do acionamento do sistema seguiram os valores instantâneos de

temperatura e umidade relativa do ar, obedecendo à seguinte lógica: temperatura do ar > 28,00ºC

e/ou umidade relativa do ar < 65,00% era acionado o exaustor (EM30) e a bomba que

umidificava o meio poroso, seguindo a ordem, exaustor 00:01:00 h depois a bomba; quando a

umidade relativa atingia 75,00% era desligada a bomba e 00:05:00 h depois se a temperatura não

estivesse > 28,00ºC ou < 26,00ºC o exaustor (EM30), histerese ± 2,00ºC para temperatura e de ±

10,00% para umidade relativa do ar.

Para reduzir o efeito da formação do orvalho, principalmente durante o período da

madrugada, o exaustor (EM30) foi programado para acionar sempre que a diferença entre a

temperatura de bulbo seco e a temperatura de ponto de orvalho calculada por equação atingissem

valores próximos a 1,00ºC. Assim, os acionamentos automatizados dos equipamentos foram

realizados de forma a garantir as condições de conforto edafoclimático para a cultura o mais

próximo possível da sua condição adequada, na faixa de 21,00°C a 28,00°C para temperatura e de

60,00% a 80,00% para umidade relativa do ar durante o período diurno.

5.4.3 Telas termorrefletoras

A automação (abrir e fechar) das telas deu-se conforme proposta de cada pesquisa. Na

casa de vegetação A, o motor foi acionado para abrir e fechar a tela (Figura 9, a) por acionador à

relé (modelo NA100, marca R4F®) com controle em função de um sensor de radiação Global

(Rg) (W m-2

) (modelo LI-200SA, marca LI-COR) instalado na altura do dossel das plantas sob a

tela, próximo ao terço superior da parte aérea das plantas, região de maior interceptação da

radiação solar e assimilação líquida, como visto em Acock et al. (1978), variando a altura até

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atingir a espaldeira (Figura 9, b). A lógica de comando para abertura (reduzir a incidência

“direta” da radiação solar) e fechamento (permitir a incidência da radiação solar) dessa tela

obedecia tanto à leitura do sensor (tempo real) quanto a horários pré-definidos: às 6:00 h fechava-

se a tela; e às 18:00 h abria-se, permanecendo aberta durante todo o período noturno; entre as

6:00 h e às 18:00 h, o acionamento ficava em função da radiação global, abrindo a tela caso a

radiação atingisse 300 W m-2

já considerando a transmissividade da tela, permanecendo por

00:10 h, retornando em seguida à leitura do sensor. Caso mantivesse valores acima de 300 W m-2

,

a tela continuava aberta, caso contrário Rg < 300 W m-2

a tela era fechada. Para utilizar este valor

de 300 W m-2

, teve-se como base o trabalho de Acock et al. (1978), que usou 200 W m-2

para

avaliação da interceptação da radiação solar em função da altura das plantas de tomateiro e taxa

de assimilação líquida de CO2 nas folhas da cultura.

Figura 9. Tela termorrefletora e sistema de controle: (a) Fechada; (b) Sensores (RFA e RT)

instalados na fileira de plantas.

Na casa de vegetação B, apesar de usar o mesmo sistema de monitoramento e controle, a

programação de abertura e fechamento da tela seguiu o padrão horário, com motor acionado para

abrir e fechar a tela por acionador a relé (modelo NA100, marca R4F®

) em horários pré-

definidos: às 6:00 h fechava-se (recolhia) e às 10:00 h abria-se (estendia); às 16:00 h fechava e às

18:00 h abria-se e permanecia aberta até às 6:00 h. Em dias nublados, o controle da

movimentação da tela era feito manualmente com controle remoto do motor, permanecendo

fechada nos períodos nublados. Dessa forma, evitava-se o período de “maior” radiação solar

(10:00 h às 16:00 h) e mantinha-se as plantas com incidência “direta” nos períodos de “menor”

radiação.

(a) (b)

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5.5 Dados meteorológicos

5.5.1 Temperatura e umidade relativa do ar

Para medição da temperatura de bulbo seco e úmido no interior das casas de vegetação,

instalaram-se termopares tipo T alocados em tubos de PVC de 0,10 m de diâmetro e 0,40 m de

comprimento revestidos com papel alumínio (para proteção contra os efeitos da radiação). Um

micro ventilador de 0,08 m, 12 v (4,0 m s-1

) foi alojado numa das extremidades e um reservatório

d’água destilada de 0,5 L para umidificação do fio de algodão de um termopar (temperatura de

bulbo úmido do ar). Esses tubos foram instalados nas alturas de 1,00 m, 2,00 m e 3,00 m em

relação ao piso de cada casa de vegetação, na posição vertical próximo ao centro geométrico

(Figura 10, a; b; c).

Figura 10. Vistas dos psicrômetros nas diferentes alturas: (a) Psicrômetro instalado a 1,00 m; (b)

Psicrômetro instalado a 2,00 m e (c) Psicrômetro instalado a 3,00 m.

Assim, indiretamente por intermédio dos dados de temperatura de bulbo seco e úmido

do ar calculou-se a umidade relativa do ambiente por meio de equações empíricas, conforme

Viana e Azevedo (2008):

100*

s

a

e

eUR Equação (1)

)(**0008,0 TuTsPRee sua Equação (2)

Tu

Tu

su eXe15,273

.27,17

* Equação (3)

Ts

Ts

s eXe15,273

.27,17

* Equação (4)

(a) (b) (c)

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Em que:

UR: Umidade relativa do ar;

(ea): Pressão atual do vapor d'água em mmHg;

(es): Pressão de saturação do vapor d'água em mmHg;

(esu): Pressão de saturação na temperatura do bulbo úmido em mmHg

X = Pressão de saturação, em mmHg: 4,58;

PR: Pressão real de 720 mmHg;

Ts: Temperatura de bulbo seco em °C;

Tu: Temperatura de bulbo úmido em °C.

Quanto a coleta e armazenamento dos dados de temperatura do ar, empregou-se um

sistema de aquisição de dados da marca National Instruments modelo compactDAQ com módulo

de entrada analógica de 32 canais, consolidando-os em um computador comum à taxa de um

dado por minuto, usando a plataforma do software Labview 2012 para programação e

monitoramento (Figura 11, a; b).

Figura 11. Equipamento de aquisição de dados: (a) Chassis com módulo de aquisição National;

(b) Plataforma de visualização e programação do Labview.

Para a caracterização do ambiente externo instalou-se uma estação meteorológica

simples com anemômetro de caneca colocado a 6,00 m de altura e sensores de temperatura e

umidade relativa do ar a 2,00 m de altura, distante 5,00 metros das casas de vegetação.

Além do sistema de aquisição de dados da National Instruments, também se usou um

sistema de controle, monitoramento e aquisição de dados, composto por uma Rede de Sensores

(a) (b)

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Sem Fio (RSSF), com sensores de temperatura e umidade relativa do ar (modelo NS100, marca

R4F®). A consolidação das séries históricas foi realizada a cada 00:01:00 h gerenciada pelo

software supervisório livre ScadaBR, por meio do qual foi possível desenvolver toda a lógica de

automação dos equipamentos das casas de vegetação.

5.5.2 Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) e Global (RT)

Os dados relativos a RFA e a RT foram amostrados dentro e fora das casas de vegetação

(variando a altura até atingir a espaldeira), com sensores próximos à região do terço superior da

parte aérea das plantas. Para esta medição selecionou-se uma planta aleatoriamente próxima ao

centro geométrico nas casas de vegetação, com medidas amostradas em dias claros, nublados e

chuvosos, de acordo com a caracterização do CEPAGRI, sendo realizadas das 06:30 h da manhã

às 18:00 h da tarde com coleta de dados a intervalos médios de 00:30 h. Estes dados foram

amostrados aleatoriamente ao longo do ciclo produtivo, utilizando sensores da marca LI-COR

Instruments, com detectores fotovoltaicos de silício de alta estabilidade, sendo os mesmos

acoplados dois a dois pelas bases, ficando as células detectoras opostas (para cima e para baixo)

uma a outra (Figura 12, a). Dois conjuntos foram montados e devidamente nivelados, o primeiro

com dois sensores Quantum LI-190SA para medir a RFA na faixa do visível de 400 a 700nm

incidente e albedo e o outro conjunto composto por apenas um Piranômetro LI-200SZ para medir

a radiação global na faixa de 400 a 1100nm incidente. A aquisição dos dados deu-se por um

sistema da mesma marca dos sensores (Li-Cor Instruments), modelo LI-1400 (Figura 12, b).

Figura 12. Sensores e sistema de aquisição de dados de radiação: (a) Sensores de RT e RFA

instalados próximos ao dossel das plantas (variação da altura); (b) Sistema de aquisição de dados.

(a) (b)

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31

5.6 Preparo dos canteiros e vasos

Os canteiros e vasos foram preenchidos com solo selecionado de local livre de cultivos

(abertura de estrada), obtido da camada de 0,0 a 0,40 m de profundidade. Antes do

preenchimento foi feita uma calagem de acordo com análise do solo e equação 5, elevando a

saturação por base para 80%, usando calcário dolomítico, aplicando 1,83 t ha-1

quarenta dias

antes do transplantio.

NC = ((V2 – V1) x T x f)/100 Equação (5)

Em que:

NC: Necessidade de Calagem (t ha-1

);

V2: Saturação por base que se pretende elevar (80%);

V1 (%): (100 x S) / T (S - Saturação por base da análise do solo, (cmolc dm-3

));

T: Capacidade de troca de cátions (cmolc dm-3

);

f: Fator de correção de pureza (100/PRNT do produto utilizado).

Os canteiros foram preparados nas dimensões de 0,40 m de largura, 0,20 m de altura e

5,50 m de comprimento (447 L), confeccionados com tábuas de madeirit (0,009 m), preenchidos

com solo já livre dos torrões, com diâmetros > 0,030 m (Figura 13, a; b).

Figura 13. Preparo do solo para preenchimento das formas de cultivo: (a) Retirada dos torrões;

(b) Canteiros prontos para adubação e transplantio.

Os vasos utilizados foram de polietileno (modelo PL 30) de 0,30 m de diâmetro e 0,25 m

de altura com capacidade para 15 L, sendo preenchidos com 9 L de solo devidamente peneirado

(a) (b)

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(Figura 14, a; b) em peneira feita com tela de arame galvanizado (Tela para pinteiro) de 0,015 m

de diâmetro.

Figura 14. Preparo do solo para enchimento dos vasos: (a) Solo sendo peneirado; (b) Vasos

preenchidos na linha de plantio.

5.7 Características físico-químicas do solo e compostos

O solo utilizado para preenchimento dos canteiros e vasos foi previamente analisado

para caracterização físico-química (Tabela 1) em laboratório especializado, assim como os

compostos: esterco bovino, bio-bokashi e biofertilizante, e somente para caracterização química e

quantificação dos teores de macro e micronutrientes existentes nos produtos conforme análises,

respectivamente (Tabelas 2; 3; 4).

Tabela 1. Análise físico-química de macro e micronutrientes do solo antes das adubações,

Campinas - SP.

Composição Granulométrica (%)

Densidade Solo (g cm-3

)

Camada (m)

Areia

grossa

Areia

fina Silte Argila

Classe

textural Global Partículas

0,0 - 0,40 20,7 10,5 14,6 54,2 Argilosa 1,10 2,80

Complexo Sortido (cmolc dm-3

)

V M O pH

PResina

Ca2+

Mg2+

K+ Na

+ H

++Al

3+ Al

3+ S T (%) (%) (H20) (mg dm

-3)

2,8 0,7 0,26 0,00 3,5 0,00 3,76 6,26 60,06 2,6 5,90 9,0 S: soma de bases; T: capacidade de troca de cátions; V: saturação por bases; PST: porcentagem de sódio tracável; MO: matéria

orgânica.

(a) (b)

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33

Tabela 2. Análise química (macro e micronutrientes) do esterco bovino, Campinas - SP.

Macronutrientes (%) Micronutrientes (ppm) MO

(%)

U

(%) C/N pH

N P205 K20 Ca Mg S

Mn Cu Zn B Na

1,30 0,78 0,45 0,85 0,27 0,34

190 38 135 230 540 19 23 8/1 6,4 MO: matéria orgânica; U: umidade do esterco bovino; C/N: relação carbono nitrogênio.

Tabela 3. Análise química (macro e micronutrientes) do composto bio-bokashi, Campinas - SP.

Macronutrientes (%) Micronutrientes (ppm) MO

(%)

U

(%) C/N pH

N P205 K20 Ca Mg S

Mn Cu Zn B Na

3,5 2,65 1,48 1,9 0,9 0,4 370 15 70 250 395 80,42 9,65 13/1 5,5 MO: matéria orgânica; U: umidade do composto; C/N: relação carbono nitrogênio.

Tabela 4. Análise química (macro e micronutrientes) do biofertilizante, Campinas - SP.

Macronutrientes (mg L-1

) Micronutrientes (mg L

-1)

pH EC

(dS/m) NO3-

P Cl - S NO

4+ K

+ Ca

Na Mg B Cu Fe Mn Zn

4,5 5,9 95,9 6,9 2,1 238,8 27,0

52,4 11,0 0,2 0,02 1,9 0,33 0,03 7,1 0,8

5.8 Manejo da adubação de fundação

As adubações de fundação dos canteiros e vasos foram efetivadas conforme

recomendação de adubação para a cultura do tomateiro estaqueado (RAIJ et al., 1997) e análise

de solo, sendo utilizado esterco bovino (1,30% N), composto orgânico comercial bio-bokashi

farelado (3,45% N), termofosfato (yoorin máster) (17% P2O5) e sulfato de potássio (50% K2O)

para suprir a demanda das plantas por macronutrientes e um mix dos principais micronutrientes,

FTE Br 12 composto por (Cálcio (Ca): 7,1%; Enxofre (S): 5,7%; Boro (B): 1,8%; Cobre (Cu):

0,8%; Manganês (Mn): 2,0%; Molibdênio (Mo): 0,1% e Zinco (Zn): 9,0%). Assim, foi aplicado

em fundação 2,0 kg de esterco bovino curtido (peso úmido) por metro linear de canteiro e 1,0 kg

por vaso, totalizando 22 t ha-1

como a seguinte recomendação de Souza e Rezende (2006): 0,20

kg de composto bio-bokashi, adicionado de 0,30 kg de termofosfato (yoorin máster), 0,027 kg de

sulfato de potássio, e 0,10 kg de FTE Br 12 por metro linear de canteiro, incorporados 40 dias

antes do transplantio das mudas, juntamente da adubação de esterco bovino (Figura 15, a). Para

os vasos, as quantidades fornecidas nos canteiros foram fracionadas conforme o número de

plantas por metro linear (duas), de forma a garantir a mesma quantidade de insumos por planta

nas duas formas de cultivo, sendo a adubação de fundação constituída de 0,10 kg de composto

(bio-bokashi), adicionado de 0,15 kg de termofosfato (yoorin máster), 0,0135 kg sulfato de

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potássio, e 0,050 kg FTE Br 12 (Figura 15, b), incorporado na mesma época dos canteiros,

(Figura 15, c). Dessa forma, aplicou-se em fundação 66,00 kg N ha-1

, 566,70 kg P2O5 ha-1

e

150,00 kg K2O ha-1

.

Figura 15. Preparo e adubação de fundação: (a e b) Distribuição dos insumos nos canteiros e

vasos; (c) Incorporação dos insumos nos canteiros e vasos.

5.9 Produção das mudas

As mudas foram produzidas in loco, em casa de vegetação coberta com PEBD difusor

antivírus, modelo M36 Clear (Marca Electro Plastic), laterais com tela antiafídeo, tipo Clarite de

malha 0,0030 m x 0,0080 m (Marca Equipesca) e tela de termorrefletora aluminizada de 50% de

transmissividade. Para produção utilizou-se bandejas de polietileno de 162 células com guia

radicular (Marca JKS), com 0,050 L de volume por célula, substrato constando a mistura para

cada 1,0 L de composto comercial LUPA®, 0,5 L de esterco bovino e 0,0036 kg de termosfosfato

(P2O5) segundo recomendação de Penteado (2004) para produção de mudas orgânicas de

tomateiro. As sementes foram semeadas no dia 21/02/2013, (duas por célula) diretamente sobre

as células das bandejas (04 bandejas, 20% a mais de mudas) na profundidade de ± 0,01 m,

deixando-as cobertas com filme plástico (mulching) preto nos primeiros três dias, para facilitar

sua germinação (reduzir a luz e aumentar a temperatura). Nesse período a irrigação foi feita

manualmente, uma vez ao dia no período da manhã (08:00 h). Após a germinação das sementes, a

irrigação foi realizada duas vezes ao dia (08:00 h e 16:00 h) com controle automatizado por timer

analógico com tempo de 15 minutos cada irrigação. A irrigação foi executada por sistema de

microaspersão com microaspersores (modelo supernet LR, marca Netafin) de 30 L h-1

de vazão,

acionado por uma motobomba de ½ cv (modelo KSB HYDROBLOC P 500 / P 1000, marca

(a) (b) (c)

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KSB), interligada a um reservatório de 500 L com água previamente armazenada (eliminação do

cloro) da SANASA S/A. Além da irrigação, quinzenalmente aplicavam-se pulverizações de

biofertilizante Microgeo® na concentração de 3%.

No 10º dia após a semeadura, quando as plantas mostravam-se com aproximadamente

0,06 m de altura foi realizado um raleamento, deixando a planta de maior vigor de cada célula

(Figura 16, a; b).

Figura 16. Preparo das mudas de tomateiro: (a) Mudas após a repicagem; (b) Detalhes das mudas

prontas para transplantio e sistema de irrigação.

No dia 27/03/2013 ao 35º dia após a semeadura, quando as plantas apresentavam as

características agronômicas desejadas (Figura 17, a) (5,0 folhas definitivas e altura ± 0,10 m), no

final da tarde (16:00 h), foi feito o transplantio das mudas (Figura 17, b) (menor temperatura do

ar e insolação). O transplantio teve início pela casa de vegetação B, seguido da C e A,

registrando-se, respectivamente, a temperatura e umidade relativa do ar no momento do

transplantio de 29ºC e 58,9% na casa B, 27ºC e 60,8% na C e 26,5ºC e 65% na casa A, na altura

de 1,00 m do centro geométrico. O transplantio realizou-se em esquema de fileiras simples no

espaçamento de 0,90 m x 0,50 m, totalizando 2,20 plantas m-2

, 154 plantas por casa de vegetação,

462 plantas totais.

(a) (b)

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Figura 17. Mudas prontas a serem transplantadas: (a) Detalhes das características agronômicas

desejadas nas mudas para transplantio; (b) Detalhes das mudas transplantadas nos canteiros e

vasos.

5.10 Manejo da adubação de cobertura

As adubações de cobertura seguiram adaptação da metodologia de manejo da adubação

orgânica utilizada por Libânio (2010) para produção orgânica de tomateiro em ambiente

protegido nas condições de Lavras-MG e interpretação da análise de solo (Tabela 2). Estas

adubações foram distribuídas no tempo de acordo com as necessidades das fases fenológicas da

cultura, com base na totalização de aproximadamente 200 kg de N ha-1

e 450 kg K2O ha-1

para

ciclo de 180 dias, segundo dados de Libânio (2010). Assim, ao 10º dia após o transplantio (DAT),

iniciaram-se as adubações de cobertura, usando composto bio-bokashi e sulfato de potássio que

perduraram a intervalos de 10 dias até o 70º dia, quando foram suspensas as adubações com

composto em virtude do elevado crescimento vegetativo das plantas, principalmente nos

canteiros (Figura 18, a; b), retornando 35 dias depois, tomando-se como base de referência para

tomada dessa decisão os dados do índice de clorofila das folhas. Assim, estabeleceram-se os

intervalos médios de aplicações de 35 dias até o final do ciclo produtivo. Após esse período (70

dias), as adubações com sulfato de potássio passaram a ser efetuadas via fertirrigação, em função

da facilidade no manejo e eficiência de aplicação e absorção pelas plantas, principalmente nos

vasos, onde havia maior facilidade de lixiviação provocada pela percolação da água de irrigação.

Esta fertirrigação deu-se em intervalos de dois dias, aplicando solução com eletrocondutividade

de 2,5 mS/cm conforme automação do tempo de irrigação da casa vegetação A, (menor tempo de

irrigação), sendo aplicado às 07:00h da manhã, com o mesmo tempo de aplicação nos canteiros e

(a) (b)

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vasos. A solução nutritiva foi preparada a intervalos médios de oito dias em reservatório de 500

litros de água armazenada, interligado a bomba de irrigação por registros operados manualmente.

Figura 18. Adensamento das plantas: (a) Nos canteiros; (b) Nos vasos.

Nas Tabelas 5 e 6 são apresentados os cronogramas e quantidades aplicadas nas

adubações dos canteiros por metro linear e vasos, respectivamente. Juntamente dessas adubações

(composto), foi realizado amontoas com solo das laterais dos canteiros e nos vasos, adicionando

0,20 L de solo, para facilitar o desenvolvimento de raízes adventícias no colo das plantas.

Tabela 5. Calendário de adubação de cobertura com composto em (g) utilizado nos canteiros e

vasos, Campinas - SP.

Número de adubações 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º

DAT 10 20 30 40 50 60 70 105 140 175 210

Bio-bokashi (g) Canteiros 78,0 78,0 78,0 78,0 45,0 45,0 45,0 90,0 90,0 90,0 90,0

Vasos 39,0 39,0 39,0 39,0 22,5 22,5 22,5 45,0 45,0 45,0 45,0

Tabela 6. Calendário de adubação de cobertura com sulfato de potássio em (g) utilizado nos

canteiros e vasos.

Número de adubações 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

DAT 10 20 30 40 50 60 70 80 88 96

S. Potássio (g) Canteiros 4,68 4,68 9,00 13,50 13,50 9,90 9,00 5,40 5,40 3,60

Vasos 2,34 2,34 4,50 6,75 6,75 4,95 4,50 2,70 2,70 1,80

Número de adubações 11º 12º 13º 14º .... 22º 23º 24º 25º 26º

DAT 104 112 120 128 .... 192 200 209 218 227

S. Potássio (g) Canteiros 2,70 2,34 2,34

Constantes 2,34 2,34 2,34 2,34

Vasos 1,35 1,17 1,17 1,17 1,17 1,17 1,17

(a) (b)

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Assim, em consequência do alongamento do ciclo de produção, foi aplicado em

cobertura 269 kg N ha-1

e 608 kg K2O ha-1

, cerca de 35% superior à condução do ciclo produtivo

de 180 dias.

5.11 Manejo da cultura

As plantas foram conduzidas em duas hastes, sendo a segunda haste conduzida a partir

da 7ª folha, com objetivo de uniformizar o crescimento das duas (Figura 19, a). As hastes foram

conduzidas sob a forma de tutoramento simples, utilizando um fio de arame nº 14 nas linhas de

plantio, esticado com estacas de bambu espaçadas a cada 2,50 m. O arame ficou suspenso a 2,0 m

de altura em relação à superfície do solo dos canteiros e vasos, sendo as plantas conduzidas com

fitilho (Figura 19, b) até o mesmo.

Figura 19. Condução das plantas: (a) Detalhes da condução das plantas em duas hastes; (b)

Detalhes da espaldeira de bambu e fitilhamento para condução das hastes das plantas.

À medida que as hastes ultrapassavam 0,30 m acima do arame (média de 10 dias)

(Figura 20, a), estas eram abaixadas e amarradas horizontalmente em igual comprimento sobre

um fio de arame suspenso a 0,50 m de altura da superfície do solo na linha de cultivo (Figura 20,

b). Após esse procedimento, eram retiradas as folhas (Figura 21, a) de baixo para cima de cada

planta até o 1º racimo completamente formado e cheio (Figura 21, b).

(a) (b)

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Figura 20. Detalhes de condução das plantas: (a) Plantas passando da linha da espaldeira (2,0 m);

(b) Detalhes das hastes amarradas sobre o arame suspenso a 0,50 m do solo.

Figura 21. Detalhes de condução das plantas: (a) Plantas após o desfolhamento das hastes

abaixadas; (b) Racimos formados com frutos em amadurecimento.

Ao longo do cultivo, o crescimento horizontal (hastes abaixadas) foi conduzido em

“círculo fechado” entre duas linhas de plantio (Figura 22, a; b). Esse manejo foi feito em até 187

dias após o transplantio, plantas com aproximadamente 6,0 m de comprimento, quando foi

realizada poda apical. Além do manejo do crescimento vegetativo, realizou-se a retirada dos

brotos laterais das hastes das plantas a cada sete dias, e, durante o período de floração,

diariamente procedia-se a uma pequena vibração nas plantas para facilitar a polinização das

flores. Esse método foi necessário devido à redução da ventilação natural e a entrada de insetos

polinizadores evitado no interior das casas de vegetação em função da tela antiafídeos e PEBD de

suas laterais.

(a) (b)

(a) (b)

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40

Figura 22. Modo de condução em círculo fechado: (a) Detalhes da curva entre as linhas de

plantio para condução em ciclo fechado; (b) Condução horizontal das hastes.

5.12 Estado nutricional das plantas

Para verificação do estado nutricional das plantas ao longo do cultivo, foram feitas três

análises foliares das plantas para verificação dos teores de macro e micronutrientes nas mesmas,

sendo estas realizadas aos 90, 180 e 240 DAT nas diferentes casas de vegetação e forma de

cultivo (Tabela 7) e comparados aos teores considerados adequados para a cultura do tomateiro

de acordo com os estudos de Malavolta et al. (1997) (Tabela 8).

Tabela 7. Teores foliares de macro e micronutrientes nas diferentes datas, casas de vegetação e

formas de cultivos, Campinas - SP.

Fonte de variação Macronutrientes (g kg-1

) Micronutrientes (mg kg-1

)

Casa Datas Forma N P K Ca Mg S Fe Mn Cu Zn B

A

90 DAT Canteiros 43,3 2,8 26,2 28,9 6,1 10,9

281 47 890,1 22,7 84

Vasos 44,3 4,7 26,1 21,5 6,1 18,2

1226 67,9 848,5 27,6 310

180 DAT Canteiros 43,2 2,4 24,6 28,3 4,4 14,6

251 110,9 647,5 34,2 125

Vasos 37 3 29,3 28,4 5,1 18

226 133,7 953,9 49,4 216

240 DAT Canteiros 41,2 2,2 28,7 26,5 5 9,5

232 79,7 23,3 18,6 117

Vasos 37,8 2,7 32,6 22,4 4,8 9,1 112 72,9 14,4 17,3 132

B

90 DAT Canteiros 47,2 2,9 30,1 25,3 5,7 10,4

555 41,1 1088 27,1 122

Vasos 39 5,6 31,9 22,1 6,7 13,7

354 46 1111 32,7 243

180 DAT Canteiros 33,8 1,7 27,3 27,7 4,7 11,7

491 74,1 547,3 16,7 99

Vasos 38,5 2,4 23,1 29,3 4,1 16,7

427 80,2 917,7 16,5 185

240 DAT Canteiros 39,1 2,3 31,1 16,2 3,5 6,3

231 46,7 12,9 19,1 84

Vasos 39,4 2,9 30,9 18,8 3,7 7,9 275 56,5 17 21,9 121

(a) (b)

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41

(Continuação)

Fonte de variação Macronutrientes (g kg-1

) Micronutrientes (mg kg-1

)

Casa Datas Forma N P K Ca Mg S Fe Mn Cu Zn B

C

90 DAT Canteiros 42,3 3,6 31,9 31 7,1 12,7

769 49,9 1410 27,9 153

Vasos 37,6 6,3 35,8 21,4 6,9 16,2

300 51,8 947,4 29,2 313

180 DAT Canteiros 36,8 1,8 31 28,4 5 11,1

353 77,1 142 14,4 92

Vasos 44 2,8 23,8 30,2 4 19,1

662 82,2 248,2 18,6 233

240 DAT Canteiros 39,9 2,1 27,3 22,3 3,7 7

256 51,1 11 13,6 91

Vasos 32 2,6 30 16,6 3,4 6,7 151 50,1 8,4 13,8 92

Tabela 8. Teores foliares de macro (g kg-1

) e micronutrientes (mg kg-1

) considerados adequados

para a cultura do tomateiro, Campinas - SP.

Macronutrientes (g kg-1

)

Micronutrientes (mg kg-1

)

N P K Ca Mg S

Fe Mn Cu Zn B

40-60 04-08 30-50 14-40 04-08 03-10

100-300 50-250 05-15 30-100 30-100 Fonte: Adaptado de Malavolta et al. (1997).

5.13 Colheita dos frutos

A partir do ponto de colheita dos frutos, caracterizado pela mudança de coloração verde

para completamente vermelho (91 DAT) (Figura 23, a; b), deu-se início às colheitas, sendo estas

realizadas a intervalos médios de 4 a 7 dias e perdurando até o final do ciclo de produção 245

DAT. Cada tratamento foi colhido individualmente em sacos de 1 kg devidamente identificado

(Figura 24, a), contado o número de frutos, pesados e acondicionados em embalagens de 0,45 kg

(Figura 24, b).

Figura 23. Detalhes dos frutos em ponto de colheita: (a; b) Frutos aptos a serem colhidos.

(a) (b)

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42

Figura 24. Quantificação da produção: (a) Frutos colhidos em sacos devidamente identificados;

(b) Frutos acondicionados em embalagens de 0,45 kg.

5.14 Manejo fitossanitário

O controle de pragas e doenças deu-se de forma preventiva e curativa, com aplicações de

extrato de alho e pimenta, calda bordalesa e enxofre, com pulverizações foliares (Tabela 9) e

iscas nas cores azul e amarela para atrair alguns insetos, principalmente a mosca-branca.

Tabela 9. Histórico de produtos aplicados durante o ciclo produtivo nos diferentes ambientes.

Data de

aplicação Casas Produtos Formulações/Quantidade

12/abr/13 A, B e C Calda bordalesa 10g/L - S. cobre + 14g/L cal virgem

03/mai/13 A, B e C Calda bordalesa 10g/L - S. cobre + 14g/L cal virgem

17/mai/13 A, B e C Enxofre 3g/L de enxofre

05/jun/13 A, B e C Enxofre 3g/L enxofre

24/jun/13 A, B e C Enxofre e extrato

de alho 3g/L enxofre + 3%/L extrato de alho

09/jul/13 A Enxofre 3g/L enxofre

24/jul/13 A Calda bordalesa 10g/L - S. cobre + 14g/L cal virgem

20/ago/13 A, B e C Enxofre e extrato

de alho 3g/L enxofre + 3%/L extrato de alho

10/set/13 A Enxofre 3g/L enxofre

19/set/13 A, B e C Micronutrientes 4g/L

23/set/13 A, B e C Calda bordalesa +

leite

10g/L - S. cobre + 14g/L cal virgem +

100ml/L leite

15/out/13 A, B e C Enxofre e extrato

de alho 3g/L enxofre + 3%/L extrato de alho

(a) (b)

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43

Durante a condução da cultura foi verificada em algumas plantas isoladas a incidência

de ácaro do bronzeamento (Aculops lycopersici) (Figura 25, a) nas casas B e C, manchas de

Estenfílio (Stemphylium solani) (Figura 25, b), Oidio (Erysiphe) (Figura 25, c) e Cladosporium

fulvum (Figura 25, d) nas três casas. No final do ciclo produtivo observou-se, somente na casa de

vegetação B, a incidência de mosca-branca (Bemisia tabaci) (Figura 25, e), além de três hastes

de plantas apresentando sintomas provavelmente de requeima ou míldio (Figura 25, f), não se

proliferando para as demais plantas. O patógeno Cladosporium fulvum é de ocorrência comum

em cultivo protegido de tomateiro, sendo considerada uma doença de difícil controle no sistema

convencional e mais ainda no sistema orgânico. Dessa forma, esta foi a principal doença

encontrada durante a condução da cultura, com maior incidência na casa de vegetação A no final

do ciclo, certamente em razão das condições climáticas propícias ao desenvolvimento do fungo,

porém não chegou a comprometer a produção da cultura. Todas as identificações de pragas e

doenças foram definidas somente por comparações com imagens de livros de autores como

Alvarenga, 2013, e Penteado, 2004.

(a) (b) (c)

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44

Figura 25. Principais pragas e doenças verificadas: (a) Detalhes do ataque do ácaro do

bronzeamento nos frutos; (b) Detalhes de manchas de estenfílio (Stemphylium solani); (c) Oidio

(Erysiphe sp); (d) (Cladosporium fulvum); (e) Mosca-branca (Bemisia tabaci) sob as folhas; (f)

Sintomas de requeima (Phytophthora infestans) ou míldio no caule.

5.15 Manejo do biofertilizante

Utilizou-se o biofertilizante comercial do fabricante (Microbiol Biotecnologia),

denominado Microgeo®, de acordo com as especificações do fabricante. Para o preparo, foi

usado esterco bovino e composto Microgeo®, seguindo a recomendação do fabricante e dos

autores Medeiros et al. (2003), para produção da quantidade necessária à pesquisa. Assim, num

reservatório de 500 L, devidamente marcado em 100 L, adicionou-se 5% (5,0 kg) do composto

MICROGEO®, 20% (20 L) de esterco bovino, completando o restante com água (sem cloro) e

fazendo a mistura. A cada três dias a pleno sol, a solução foi movimentada com o auxílio de um

rodo, repetindo a ação por um período de quinze dias (Figura 26, a; b), estando pronto para uso.

As aplicações foram efetuadas via solo semanalmente até desponta apical das plantas, e o volume

recomendado aplicado manualmente conforme cada tratamento. Os tratamentos constaram da

aplicação das doses 0%, 50%, 100%, 150% e 200% do biofertilizante, sendo estas inferidas com

base na recomendação do fabricante para aplicação semanal via solo para hortaliças: 150 L ha-1

o

que equivaleu a 5,25 ml planta-1

, tendo-o como tratamento padrão (100% = 5,25 ml planta-1

) para

mensurar as demais doses utilizadas na pesquisa, deixando como testemunha a dose 0% de

aplicação.

(b) (c) (e) (f)

(d) (e) (f)

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45

Fonte: Manual Técnico do fabricante

Figura 26. Modo de preparo do biofertilizante: (a) Manual técnico do fabricante (Disponível em:

<http://www.microgeo.com.br>); (b) Produção do biofertilizante no experimento.

5.16 Manejo da irrigação

O cultivo foi realizado sob regime de irrigação por gotejamento com manejo definido

com base na percolação de água nos vasos nas diferentes casas de vegetação. Assim,

semanalmente aumentavam-se os pulsos de irrigação definidos previamente nos horários de 7:00

h; 11:00 h; 13:30 h e 16:00 h, sendo os três últimos horários definidos com menor intervalo de

aplicação da irrigação em virtude da elevação da taxa evaporativa do solo nesses períodos nas

casas de vegetação.

Para definição do tempo de irrigação, foram colocadas seis bandejas de polietileno

pretas de 0,50 m de diâmetro sob alguns vasos (Figura 27, a; b), aleatoriamente, nas diferentes

casas de vegetação, e semanalmente pela manhã definia-se um tempo qualquer de irrigação

(maior que o anterior) e à medida que o solo dos vasos saturava-se e iniciava a percolação em

pelo menos cinco vasos com as bandejas, desligava-se a irrigação e definia-se o tempo para os

próximos sete dias consecutivos. Esse manejo foi feito separadamente para cada casa de

vegetação, determinando-se dessa forma o tempo de irrigação diferenciado de acordo com a

“necessidade hídrica” das plantas em cada casa. O tempo de irrigação dos canteiros foi estipulado

em 50% do tempo de irrigação dos vasos, pois o espaçamento entre os gotejadores fazia com que

o volume de água aplicado fosse igual para ambas as formas de cultivo. Em dias nublados,

(a)

(b)

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46

seguindo a mesma metodologia de manejo da irrigação, foi possível observar o tempo de

irrigação dos vasos e canteiros com uma redução em 50% e em dias chuvosos em 75%, o que

evitava a percolação excessiva.

Figura 27. Sistema de manejo para controle do tempo de irrigação: (a) Detalhes do coletor de

água percolada antes da irrigação; (b) Detalhes do coletor de água percolada depois da irrigação.

Após a terceira semana de produção foi aumentado o intervalo de verificação do tempo

de percolação para definição do tempo de irrigação para cada 14 dias, porém, sempre que eram

verificados sintomas de deficiências hídricas nas plantas (murchamento dos ponteiros das plantas

nos horários mais críticos do dia de 11:00 h às 15:00 h), adiantava-se a verificação.

As casas de vegetação foram abastecidas com água da SANASA S/A, armazenada em

reservatório de 1.000 l interligado a um sistema de irrigação com seis linhas de derivação

independente, pelo fato de a necessidade hídrica das plantas ser diferente em cada casa de

vegetação e formas de cultivo. Cada linha de derivação foi controlada por uma válvula solenoide,

acionada conforme programação do controlador de irrigação.

O sistema de irrigação constituiu-se por uma bomba centrífuga de 0,5 CV modelo BC

91S trifásica, marca Schneider, acionada automaticamente, juntamente da linha de derivação

específica, por meio da válvula solenoide (Figura 28, a) e de um controlador de irrigação da

marca Galcon, modelo 8059 9S (Figura 28, b). Utilizou-se o sistema por gotejamento composto

por gotejadores in line modelo uniramTM

HCNL (Marca Netafim) de vazão de 2 L h-1

, com

gotejadores espaçados entre si de 0,50 m para os vasos (Figura 29, a) e 0,25 m para os canteiros

(Figura 29, b), de maneira a formar bulbo molhado contínuo ao longo dos canteiros.

(a) (b)

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Figura 28. Detalhe dos controladores da irrigação: (a) Sistema de controle com válvulas

solenoides; (b) Detalhe do controlador de irrigação.

Figura 29. Detalhes do sistema de irrigação: (a) Gotejadores instalados na linha de plantio dos

vasos; (b) Gotejadores instalados nos canteiros.

O sistema de irrigação foi avaliado no início e no final do ciclo produtivo em cada uma

das casas de vegetação e formas de cultivo, com base na metodologia proposta por Deniculi et al.

(1980). Assim, examinaram-se a vazão média (Vm) dos gotejadores, o coeficiente de

uniformidade de Christiansen (CUC) e de distribuição (CUD) e eficiência de aplicação (Ea) do

sistema de irrigação (gotejamento > 85%) (Tabela 10).

(a)

(a) (b)

(b)

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48

Tabela 10. Valores médios das avaliações (inicial e final) do sistema de irrigação, Campinas -

SP.

Casa Formas Vm (L h-1

) CUC (%) CUD (%) Ea (%)

Médias

A Canteiros 1,98 97,85 96,83 87,15

Vasos 1,95 97,29 96,22 86,61

B Canteiros 1,99 96,99 96,15 86,54

Vasos 1,97 97,87 96,38 86,75

C Canteiros 1,96 97,82 96,26 86,63

Vasos 1,97 97,54 96,56 86,91

Com relação à quantificação da água aplicada em cada casa de vegetação (Tabela 11)

levou-se em consideração apenas a vazão média obtida nas avaliações das diferentes casas de

vegetação e formas de cultivo.

Tabela 11. Quantificação da água aplicada por planta durante todo o ciclo produtivo da cultura,

Campinas - SP.

Casas de vegetação Formas de cultivo L planta ciclo-1

A Canteiros 135,12

Vasos 135,24

B Canteiros 171,95

Vasos 170,22

C Canteiros 154,29

Vasos 155,25

5.17 Delineamento experimental

O delineamento experimental utilizado em cada casa de vegetação foi inteiramente

casualizado (DIC) no esquema de parcelas subdivididas em dez tratamentos e cinco repetições.

Os tratamentos primários foram dispostos nas parcelas (duas formas de cultivo: vaso e canteiro) e

os tratamentos secundários nas subparcelas (cinco doses de biofertilizante: 0%, 50%, 100%,

150% e 200%) (Figura 30).

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49

Figura 30. Ilustração do arranjo experimental dentro das casas de vegetação

A distribuição do delineamento estatístico constou de 7 fileiras de 11 m de comprimento

com 22 plantas cada, sendo, para a pesquisa, consideradas úteis apenas as 5 fileiras centrais; cada

fileira subdividida em duas parcelas de 5,50 m comprimento e 11 plantas, onde foram sorteadas,

aleatoriamente, as formas de cultivo (vaso ou canteiro). As subparcelas foram igualmente

sorteadas de forma aleatória dentro das parcelas, ficando com 1,0 m de comprimento e duas

plantas úteis. Para evitar o efeito bordadura, as plantas ao redor de toda a casa de vegetação

foram desconsideradas para efeito de análise.

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50

5.18 VARIÁVEIS ANALISADAS

5.18.1 Casas de vegetação

Nas três casas de vegetação coletaram-se dados meteorológicos (temperatura de bulbo

seco e umidade relativa do ar) durante todo o período de cultivo em horários sinóticos

intermediários (03:00 h; 09:00 h; 15:00 h e 21:00 h) nas alturas de 1,0 m, 2,0 m e 3,0 m no centro

geométrico de cada casa de vegetação, além da temperatura e umidade relativa do ar fora dos

ambientes de produção a 2,0 metros de altura. Dados de radiação global e fotossinteticamente

ativa ao longo do período de cultivo em dias considerados claros, nublados e chuvosos nos três

ambientes de produção e externo, na altura do dossel das plantas.

5.18.2 Variáveis relacionadas à cultura

Dez dias após o transplantio, iniciaram-se as análises das plantas perdurando a intervalos

médios de 20 dias até a poda apical, sendo analisadas as seguintes variáveis:

5.18.2.1 Crescimento das plantas

As avaliações destas variáveis constaram da determinação da altura das planas, diâmetro

da haste, além de suas taxas de crescimento absoluto. A altura das plantas foi realizada entre o

nível do solo e a gema apical, com auxílio de uma trena graduada em escala de 0,01 m de 1,50 m

de comprimento (Figura 31, a). À medida que as plantas atingiam 1,50 m de altura e demais

múltiplos desse valor, era amarrado na haste principal do caule, um fitilho no local (1,50 m e

múltiplos) para facilitar a identificação e diminuir erros nas medições posteriores (Figura 31, b).

Figura 31. Detalhes da medição da altura das plantas: (a) Medição com fita métrica; (b)

Marcação das plantas com fitilhos em 1,50 m e demais múltiplos.

(a) (b)

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51

O diâmetro da haste ou caule foi medido na região localizada a 0,02 m de altura em

relação à superfície do solo, com auxílio de um paquímetro digital com escala de 0,001 m. A

determinação da taxa média de crescimento absoluto (TMCA) seguiu metodologia proposta por

Benincasa (2003) conforme a equação abaixo.

TMCA = Equação (6)

Em que:

TMCA: Taxa de crescimento absoluto em altura de plantas, cm dia-1

;

AP1: Altura ou diâmetro da planta no tempo t1, cm;

AP2: Altura ou diâmetro da planta no tempo t2, cm.

5.18.2.2 Índice relativo de clorofila

Para a medição do índice relativo de clorofila (IRC) usou-se apenas a parte adaxial de

uma folha por planta, sendo esta localizada na região do terço médio, estando completamente

expandida e livre de doenças e pragas de acordo com a metodologia de Silveira et al. (2003), e do

equipamento SPAD 502 Plus (marca Konica Minolta).

5.18.2.3 Produção e porcentagem de massa seca

Para determinação da matéria seca da parte aérea e total das plantas, foram coletadas

todas as folhas senescentes (não funcionais), e demais folhas retiradas durante todo o ciclo

produtivo, pesadas antes e depois de secas em estufa de circulação forçada a 65ºC até peso

constante, conforme metodologia da EMBRAPA (2009).

No final do ciclo produtivo, todas as plantas foram recolhidas, pesadas antes e depois de

secas e seu peso somado ao peso da massa seca das folhas contabilizada ao longo do ciclo da

cultura para quantificação da massa seca total.

5.18.3 Componentes da produção

Durante as colheitas foram contabilizados o número de frutos por planta e por racimo,

massa média dos frutos, produtividade total e comercial (kg m-2

) de todas as plantas e seus

respectivos tratamentos dentro das casas de vegetação. A produtividade foi quantificada pela

relação entre a massa total de frutos por planta em kg e a área em m2 (0,5 x 0,9 m) ocupada por

esta.

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52

5.18.3.1 Qualidade da produção dos frutos

A avaliação da qualidade comercial dos frutos foi feita a cada quatro colheitas com a

quantificação do comprimento no sentido longitudinal (Figura 32, a) e diâmetro no sentido

equatorial dos frutos (Figura 32, b), com auxílio de um paquímetro digital, além da massa média

desses frutos. Estas medições foram realizadas nas regiões centrais, escolhidos aleatoriamente nas

ocasiões das colheitas de cada planta (tratamento), sendo estas feitas em três frutos para

quantificação da média.

Figura 32. Medição das variáveis de importância comercial dos frutos: (a) Diâmetro longitudinal;

(b) Diâmetro equatorial.

A avaliação da qualidade relacionada ao sabor foi feita a cada oito colheitas com a

quantificação da concentração de sólidos solúveis dos frutos (ºBrix), potencial hidrogeniônico

(pH) e acidez titulável, de forma a caracterizar a qualidade dos frutos no início, no meio e no

final da produção.

Para quantificação dessas variáveis selecionaram-se, aleatoriamente, quatro frutos de

cada planta, triturados e homogeneizados, sendo a determinação dos sólidos solúveis realizada

diretamente em um refratômetro de bancada, expressa em graus brix (ºBrix). Uma alíquota de 10

g foi tomada e colocada em um erlenmeyer com 90 ml de água destilada sobre um agitador. A

acidez foi determinada por meio da titulação com solução 0,1 N de NaOH até que a solução

atingisse pH 8,1, assim, através de cálculos, encontrou-se a acidez titulável, expressa em termos

de g por 100 g de ácido cítrico.

(a) (b)

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53

Com relação à quantificação do pH utilizou-se um potenciômetro com escala de 0,1

unidade, cujos eletrodos eram calibrados em duas soluções tampão a 20ºC (pH – 4,0 e pH 7,0) e

em seguida imergidos na amostra também a 20ºC, em que se realizava diretamente a leitura.

5.18.4 Análise de rentabilidade

Para as análises de rentabilidade de investimento de cada casa de vegetação, considerou-

se uma área mínima de produção de 500 m2, comportando 1000 plantas com específico

espaçamento, valor de referência de plantas normalmente utilizado para os cuidados de uma

pessoa.

Seguiu-se a metodologia de Hoffman et al. (1992), com avaliação da receita bruta e

líquida, além dos indicadores de rentabilidade para análise de investimento (relação

benefício/custo, valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TR)) e período payback.

Teve-se como base crédito de investimento para agricultura familiar oriundo do PRONAF

Agroecologia, com taxas de juros de 1% ao ano, 10 anos para pagamento, sendo 3 anos de

carência (Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, 2014), no entanto, utilizado apenas um

ano de carência (ano 0).

Nas análises, considerou-se o preço unitário por embalagem de 0,45 kg vendida a preço

médio de R$ 3,50, com coleta da produção in loco. Cada tratamento avaliado foi tido como uma

unidade de produção, quantificando seus custos fixos e variáveis a valores reais de mercado para

implantação e produção da cultura na região.

Para os cálculos das variáveis analisadas usaram-se as seguintes equações:

Receita bruta (RB): Produção (Prod), multiplicado pelo preço unitário do produto (Pu),

obtida em:

RB = Prod x Pu Equação (7)

Receita líquida (RL): Diferença entre a RB e as despesas (D) ou gastos despendidos

durante o processo produtivo, como segue a equação:

RL = RB – D Equação (8)

Relação Benefício Custo (B/C): Relação entre o valor presente das receitas a serem

obtidas e o valor presente dos custos (inclusive os investimentos), calculado conforme equação a

seguir:

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n

i

n

i

ii rCirRiCB0 0

)1/(/)1/(/ Equação (9)

Em que:

Ri: Receita obtida no ano;

r: Taxa real anual de juros (decimal);

i: Número de anos para quitar o investimento ou vida útil dos equipamentos;

Ci: Custos no ano.

O Valor Presente Líquido (VPL): Consiste em transferir para o instante atual todas as

variações de caixa esperada, descontá-las a uma determinada taxa de juros, e somá-las

algebricamente, sendo representado pelo valor presente dos Benefícios Líquidos

(Benefícios/Custos), calculado de acordo com a seguinte equação:

n

0i

n

0i

n

0i

iii )r1/(Ci)r1/(Ri)r1/()CiRi(VPL Equação (10)

Em que:

Ri: Receita obtida no ano;

r: Taxa real anual de juros (decimal);

i: Número de anos para quitar o investimento ou vida útil dos equipamentos;

Ci: Custos no ano.

Taxa Interna de Retorno (TIR): Taxa que torna nulo o VPL do fluxo de caixa de

investimento, caracterizando, assim, a taxa de remuneração do capital investido, calculado

conforme equação abaixo.

VPL = 0)1/()(0

n

i

irCiRi Equação (11)

Em que:

Ri: Receita obtida no ano;

r: Taxa real anual de juros (decimal);

i: Número de anos para quitar o investimento ou vida útil dos equipamentos;

Ci: Custos no ano.

O período payback representa o número de períodos necessários para que o fluxo de

benefícios supere o capital investido, podendo ser calculado como mostra a equação 12.

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PV = n

n

i

Fc

)1(

1

Equação (12)

Em que:

PV: Período Payback;

Fc: Fluxo de caixa;

n; Ano de análise;

i; Taxa mínima de atratividade ou juros.

5.18.4.1 Custos de produção

Os custos de produção desta pesquisa estão apresentados nos Apêndices A, B e C, para

cada casa de vegetação de 500 m2 de área e período de análise.

O custo da água (R$ 4,80 m-3

) foi analisado somente para título de pagamento pela

água utilizada, sendo estipulado com base nos valores das tarifas de água tratada na categoria

residencial padrão, contido na resolução da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento

das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (RES-PCJ), Nº 37, de dezembro de 2013.

O valor da tarifa de energia elétrica foi formado pela soma do custo de consumo

efetivo da energia e demanda da potência elétrica dos equipamentos, cujo valor é de 1 Kwh

tarifa residencial (R$ 0,317), obtido pela CPFL (Campanhia Paulista de Força e Luz), conforme

normas da ANEEL (2014) (Agência Nacional de Energia Elétrica) para tarifas praticadas na

vigência do projeto.

O custo do consumo de energia elétrica foi estimado com base na equação 13.

PkwhTfPot0,7457CE Equação (13)

Em que:

CE: Custo da energia elétrica durante o ciclo da cultura, em R$;

0,7457: Fator de conversão de cv para kw;

Pot: Potência do motor, em cv;

Tf: Tempo de funcionamento dos equipamentos.

Pkwh: Preço do kwh, em R$.

Vale ressaltar que para a análise de investimento, considerou-se o arrendamento da

terra zero (própria), taxa real anual de juros de 1% ao ano, segundo as normas de financiamento

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56

do Pronaf, além do fato que os equipamentos teriam uma vida útil de 10 anos, e nulo o seu valor

residual.

5.18.5 Atributos químicos do solo

As análises dos atributos químicos do solo (macro e micronutriente) foram efetuadas no

início e no final do ciclo da cultura, sendo estas específicas para cada tratamento (casas de

vegetação, formas de cultivo e doses de biofertilizante). Para essas análises, as amostras de solo

foram coletadas com auxílio de trado holandês na profundidade do sistema radicular 0 a 0,15 m,

sendo analisados os parâmetros de fertilidade de macro e micronutrientes, além da acidez

potencial (H +Al) e matéria orgânica no solo.

5.19 ANÁLISES ESTATÍSTICAS DAS VARIÁVEIS

As variáveis micrometeorológicas (temperatura de bulbo seco e umidade relativa do ar)

coletadas durante o período de produção foram tabuladas nos horários sinóticos (3 h; 9 h; 15 h e

21 h), quantificadas as médias das máximas e mínimas, assim como as médias mensais nas

diferentes alturas de medição (1,0 m, 2,0 m e 3,0 m). Realizaram-se análises de variância entre os

respectivos horários e alturas de medição (1,0 m, 2,0 m e 3,0 m) em cada ambiente produtivo

isoladamente, além de um estudo das médias mensais das variáveis: horários e ambientes A, B, C

e D para a altura de 2 m.

As variáveis de crescimento das plantas (altura e diâmetro do caule das plantas; taxa

média de crescimento absoluto da altura e diâmetro) e índice relativo de clorofila foram

analisadas no tempo de acordo com cada estádio de crescimento: Estádio I: 0 a 50 dias após o

transplantio (DAT), Estádio II: 51 a 90 DAT e Estádio III: 91 a 187 DAT tendo em vista o

delineamento experimental das casas de vegetação.

As avaliações da qualidade comercial e sabor, cujas análises foram feitas no tempo

(diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos, sólidos solúveis, acidez titulável e

potencial hidrogeniônico) foram agrupados conforme os intervalos de colheita e analisadas

estatisticamente conforme delineamento experimental das casas de vegetação, assim como os

dados produtivos.

Assim, primeiramente os dados de cada casa de vegetação foram submetidos à análise

de variância pelo teste F, separadamente. Atestando significância, os tratamentos com variáveis

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57

qualitativas (formas de cultivo) foram submetidos a teste de médias comparadas pelo teste de

Tukey a 5% de probabilidade, utilizando o Software ASSISTAT versão 7.7 beta 2012 e os

tratamentos com variáveis quantitativas (doses de biofertilizante) submetidas ao teste de

regressão pelo mesmo Software.

Para análises das médias gerais dos experimentos, os dados de crescimento, produtivos e

qualitativos da produção foram submetidos aos critérios estatísticos de análise conjunta dos

experimentos, pelo mesmo software em esquema fatorial triplo (3 casas de vegetação x 2 formas

de cultivos x 5 doses de biofertilizante).

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58

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1 Dados meteorológicos

6.1.1 Avaliação da temperatura e umidade relativa do ar: médias mensais, máximas e

mínimas nos diferentes ambientes

A temperatura do ar observada durante o período da pesquisa registrou variação média das

máximas e mínimas mensais na casa de vegetação A (CVA) entre (33,21 e 14,11ºC), CVB (33,27

e 9,23ºC), CVC (34,25 e 9,52ºC) e ambiente externo D entre (33,27 e 8,48ºC), respectivamente.

Entretanto, o valor da temperatura mínima registrada na casa de vegetação A, pode estar

relacionada à conservação de energia adquirida em decorrência do efeito estufa e manejo tela

termorrefletora em função da radiação solar.

A média mensal registrada nos diferentes ambientes variou entre (17,75 e 23,30ºC) na casa

de vegetação A, (19,59 e 22,78ºC) B, (18,86 e 24,89ºC) C e de (17,37 e 22,79ºC) no ambiente

externo, sendo nesse último registrados os menores valores. De forma geral, observou-se que a

temperatura do ar permaneceu dentro da faixa considerada adequada para a cultura (22 a 28ºC)

em todos os ambientes de produção. Porém, ressalta-se a eficiência do sistema de resfriamento

evaporativo no controle da temperatura do ar na casa de vegetação A, visto que esta se manteve

totalmente fechada.

(a) (b)

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59

Figura 33. Gráficos das médias mensal da temperatura e umidade relativa do ar nos diferentes

ambientes; (a) Médias, máximas e mínimas na CVA; (b) Médias, máximas e mínimas na CVB;

(c) Médias, máximas e mínimas na CVC; (d) Médias, máximas e mínimas ambiente externo.

Ao contrário da temperatura do ar, a variação das médias mensais das máximas da

umidade relativa do ar permaneceu praticamente no limite máximo, acima de 91% em todos os

ambientes, o que favoreceu a ocorrência de doenças fúngicas, principalmente na casa de

vegetação A (CVA), onde esta foi mais crítica. Segundo Campen (2009), o excesso de umidade

causa doenças fúngicas reduzindo a quantidade e a qualidade produtiva das plantas. A umidade

relativa média mensal variou entre (82,61 e 93,47%) na Casa A, (69,47 e 83,95%) casa B, (69,44

e 84,01%) na casa C e entre (58,90 e 80,58%) no ambiente externo, com menor variação no

ambiente A, visto o controle proporcionado pelo pad fan (resfriamento evaporativo). Em função

desse controle, as médias das mínimas nesse ambiente (A) mantiveram-se dentro dos limites

adequados para cultura (60 a 80%), registrando-se valores entre (56,64% e 79,90%) em

detrimento a (36,93 e 62,35%) da casa B, (35,15 e 56,59%) da casa C e (27,75 e 44,55%) do

ambiente externo. Variações semelhantes de umidade relativa e temperatura do ar foram

registradas por Silva et al. (2013) em produção de tomateiro em ambiente protegido no mesmo

período produtivo (outono-inverno) nas condições meteorológicas da Paraíba-PB.

Os resultados do controle micrometeorológico obtidos na casa de vegetação A

corroboram os observados por Steidle Neto e Zolnier (2010) trabalhando com sistema de

resfriamento evaporativo tipo meio poroso-exaustor, em que os autores verificaram que esta é

uma tecnologia eficiente no controle da temperatura do ar. De forma semelhante aos resultados

encontrados pelos autores, a temperatura mínima e a umidade relativa máxima não foram

(c) (d)

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60

efetivamente controladas, atingindo valores de 9,52°C e de 100%, respectivamente, por não haver

sistema de aquecimento para mantê-las sobre controle. Coomans et al. (2013) indicam que o

aquecimento previne a queda da temperatura interna abaixo de um determinado ponto durante os

períodos mais frios e a ventilação mecânica pode controlar a desumidificação e reduzir, com isso,

a demanda de energia em comparação com o sistema de aquecimento.

Em geral, a umidade relativa média mensal manteve-se praticamente estável, porém alta,

na CVA (82,61% e 93,47%) em função, principalmente, do controle desta variável ao longo do

dia, diferente da CVC (69,44% e 75,38%) e CVB (72,50% e 83,95%). Assim, ao analisar esta

variável ao longo do cultivo, verificou-se que a CVC sem manejo da tela termorrefletora

apresentou as melhores médias em termos edafoclimáticos (temperatura e umidade relativa do ar)

para cultura, comprovando os argumentos de Coomans et al. (2013) e Van den Bulck et al.

(2013), que o efeito do uso intensivo da tela é ambíguo, pois não apenas reduz a demanda de

calor, como também aumenta a umidade relativa no ambiente interno da casa de vegetação.

6.1.2 Avaliação das alturas e horários de medição em cada casa de vegetação

Na Tabela 12 constam as análises de variância dos dados de temperatura e umidade

relativa do ar em função dos diferentes horários e alturas de medição. Houve diferença estatística

entre os tratamentos avaliados ao nível de 1% de probabilidade nas três casas de vegetação, sendo

estas analisadas isoladamente. Os resultados apontaram uma variação significativa da

temperatura e umidade relativa do ar ao longo do dia (24 horas) e alturas de medição, bem como

ao longo dos meses, representados pelos blocos.

Tabela 12. Análises de variância dos dados micrometeorológicos registrados nas três casas de

vegetação em função das alturas e horários de medição, Campinas - SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

C vegetação A C vegetação B C vegetação C

T (°C) UR (%)

T (°C) UR (%)

T (°C) UR (%)

Fator A (alturas) 2 130,30** 455,23**

54,18** 3086,51**

157,34** 936,02**

Fator B (horários) 3 472,01** 1343,21**

352,17** 2551,68**

542,36** 4559,43**

Fator A x Fator B 6 33,10** 104,90**

11,30** 309,03**

63,55** 668,46**

Tratamentos 11 170,47** 506,32**

112,06** 1425,65**

211,75** 1778**

Blocos (Meses) 7 54,74** 43,72**

38,14** 89,70**

48,75** 220,44**

Resíduos 77 1,25 7,11 0,54 29,59 0,84 9,31

CV (%) 5,26 3,15 3,49 7,17 4,26 4,23 C: casa CV: coeficiente de variação; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F.

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61

Na comparação das médias da temperatura do ar em virtude das alturas de medição

(Figura 34, a), observou-se que na casa de vegetação A (CVA) com controle micrometeorológico

automatizado, esta aumentou significativamente ao longo das alturas, fato também verificado

para umidade relativa (Figura 34, b), todavia, de forma inversa conforme princípios

psicrométricos. Esse incremento da temperatura em razão da altura de medição está relacionado

ao fato de esta casa (A) estar totalmente fechada, o que facilitou a ascensão da dissipação do

bolsão térmico de ar para cumeeira, auxiliado pelo exaustor. Nas demais casas de vegetação B

(CVB) e C (CVC), as alturas de 1 e 2 m não apresentaram aumentos significativos na temperatura

do ar, sendo o mesmo observado somente a 3 m. Infere-se que esta ausência de significância

possa estar ligada à abertura das laterais destas casas de vegetação, proporcionada pela tela

antiafídeos, facilitando assim a circulação de ar nessa região (entre 1 e 2 m).

Ademais, a umidade relativa do ar mostrou-se com incrementos descendentes na CVB

ao longo das alturas, certamente em decorrência do controle parcial da abertura da tela

termorrefletora, pois o mesmo não foi verificado na CVC, que se manteve indiferente nas

primeiras alturas (1 e 2 m), e diferente na altura de 3 m.

Médias seguidas da mesma letra nas linhas não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 34. Comparação das médias pelo teste de Tukey nas diferentes alturas; (a) Para

temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar.

Com relação aos horários de medição, na comparação das médias da temperatura do ar

(Figura 35, a), em todas as casas de vegetação, analisadas isoladamente, as temperaturas

avaliadas às 9 e às 15 h, assim como às 21 e às 3 h da manhã não se diferiram significativamente

entre si. Porém, entre o dia e à noite apresentaram-se diferentes em virtude dos processos de

(a) (b)

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62

absorção e perda de energia que ocorrem de forma inversa nesses períodos (Figura 35, b). Esta

ausência de significância entre os horários sinóticos do dia e da noite, certamente está atrelada à

análise apenas das médias mensais, pois estas não representam as variações de máximas e

mínimas ocorridas ao longo das 24 horas do dia.

Médias seguidas da mesma letra nas linhas não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 35. Comparação das médias pelo teste de Tukey nos diferentes horários; (a) Para

temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar.

As médias da temperatura do ar em função das alturas nos diferentes horários de

medição e casas de vegetação mostraram semelhança nos resultados entre si, mesmo estas sendo

analisadas isoladamente. Dessa forma, registrou-se na CVA uma tendência de aumento da

temperatura do ar (Tabela 13) em função da elevação da altura e do horário de medição ao longo

do dia, no entanto, com maiores incrementos entre os horários do dia (9 e 15 h) e da noite (21 e 3

h). A mesma tendência foi observada para a umidade relativa do ar (Tabela 14).

Tabela 13. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de

medição na CVA, Campinas - SP.

Alturas de

medição (m)

Horários de medição (hora) Médias

3 9 15 21

1 17,21 aB 22,10 cA 22,12 cA 17,21 aB 19,67

2 17,29 aB 23,79 bA 23,81 bA 17,29 aB 20,55

3 17,69 aB 29,30 aA 29,37 aA 17,70 aB 23,52

Médias 17,40 25,07 25,10 17,41 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

(a) (b)

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63

Tabela 14. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários

de medição na CVA, Campinas - SP.

Alturas de

medição (m)

Horários de medição (hora) Médias

3 9 15 21

1 92,16 aA 83,96 aB 83,96 aB 92,13 aA 88,06

2 90,58 aA 79,94 bB 79,92 bB 90,55 aA 85,25

3 90,65 aA 70,62 cB 70,49 cB 90,58 aA 80,59

Médias 91,13 78,18 78,13 91,09 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Nas demais casas de vegetação (B e C), as médias são apresentadas nas Tabelas 15 e 16

para temperatura e umidade relativa do ar, respectivamente, para a casa (B) e nas Tabelas 17 e 18

para a casa C. Notou-se que tanto na comparação das alturas nos diferentes horários de medição

quanto na comparação dos horários de medição nas diferentes alturas, os dados de temperatura do

ar registrados nestas duas casas comportaram-se de maneira exatamente iguais em termos

estatísticos. Os dados de umidade relativa tenderam a uma maior discrepância entre as alturas nos

diferentes horários de medição, provavelmente, pelo manejo da tela termorrefletora.

Tabela 15. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de

medição na CVB, Campinas - SP.

Alturas de

medição (m)

Horários de medição (hora) Médias

3 9 15 21

1 17,60 aB 22,62 bA 22,66 bA 17,61 aB 20,13

2 17,60 aB 23,50 bA 23,53 bA 17,61 aB 20,56

3 18,08 aB 27,01 aA 27,07 aA 18,09 aB 22,57

Médias 17,76 24,38 24,42 17,77 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 16. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários

de medição na CVB, Campinas - SP.

Alturas de

medição (m)

Horários de medição (hora) Médias

3 9 15 21

1 89,13 aA 80,91 aA 79,65 aB 89,21 aB 84,73

2 85,02 abA 70,66 abA 69,64 bB 84,96 bB 77,57

3 80,18 bA 51,06 bA 49,76 cB 80,22 cB 65,31

Médias 84,78 67,55 66,35 84,80 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

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Tabela 17. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de

medição na CVC, Campinas - SP.

Alturas de

medição (m)

Horários de medição (hora) Médias

3 9 15 21

1 17,65 aB 22,61 bA 22,64 bA 17,65 aB 20,14

2 17,55 aB 23,42 bA 23,45 bA 17,56 aB 20,50

3 17,25 aB 31,10 aA 31,04 aA 17,19 aB 24,15

Médias 17,49 25,71 25,71 17,47

Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 18. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários

de medição na CVC, Campinas - SP.

Alturas de

medição (m)

Horários de medição (hora) Médias

3 9 15 21

1 82,19 bA 68,67 bA 68,80 aB 82,22 aB 75,48

2 83,03 bA 67,02 bA 66,94 aB 83,05 aB 75,02

3 86,76 aA 45,70 aA 43,99 aB 87,07 bB 65,89

Médias 84,00 60,47 59,92 84,12

Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

6.1.3 Análises dos diferentes ambientes e horários de medição na altura de 2 m

Por apresentar maior relevância para a cultura e ausência de dados meteorológicos

externos, as casas de vegetação nas alturas de 1 e 3 m, a comparação dos ambientes entre si, e

horários de medição foram realizados apenas para a altura de 2 metros. Assim, os resultados das

análises de variância mostrados na Tabela 19, indicam que não houve diferenciação estatística

entre os ambientes para a variável temperatura, fator que pode estar relacionado ao período de

análises (outono e inverno). Os demais fatores e suas interações apresentaram-se altamente

significativos, tanto para temperatura como para umidade relativa do ar.

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Tabela 19. Análises de variância dos dados micrometeorológicos (temperatura e umidade

relativa do ar) nos quatros ambientes em função dos horários de medição na altura de 2 metros,

Campinas - SP.

Fonte de Variação GL Quadrados Médios

T (°C) UR (%)

Fator A (Ambientes) 3 0,14ns 1082,82**

Fator B (horários) 3 407,76** 2827,92**

Fator A x fator B 9 9,72** 184,41**

Blocos (Meses) 15 87,42** 892,79**

Tratamentos 7 45,11** 134,69**

Resíduos 105 0,49 21,18

CV (%) 3,41 5,95 CV: coeficiente de variação; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F; ns: não significativo.

Na comparação das médias (Figura 36), verificou-se que, ao contrário da temperatura, a

umidade relativa do ar apresentou diferença estatística entre os ambientes, com a CVA ou

ambiente A com controle automatizado desta variável registrando a maior média (85,25%),

diferindo-se dos demais ambientes. A CVB e C, não mostraram diferenças entre si, somente entre

a CVA e o ambiente externo, fato explicável, pois estas casas de vegetação possuíam baixo grau

tecnológico de controle micrometeorológico, além das laterais parcialmente abertas com tela

antiafídeos. Nesses ambientes (B e C) há um ganho no balanço de massa provocado pela

evapotranspiração das plantas e evaporação da água de irrigação, tornando a umidade relativa do

ar maior que a registrada no ambiente externo e menor que na CVA, mas com tendência ao

equilíbrio com o ambiente externo, de acordo com as características do sistema de ventilação

natural (COOMANS et al., 2013). Resultados semelhantes foram obtidos por Rampazzo et al.

(2014), trabalhando com ambiente de produção telado com tela termorrefletora de 50% com o

cultivo da cultura da alface.

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66

Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 36. Comparação das médias de umidade relativa do ar nos diferentes ambientes a 2 m de

altura.

Os horários de medição interferiram estatisticamente sobre as variáveis temperatura e

umidade relativa do ar em todos os ambientes analisados. A maior média da temperatura do ar foi

registrada (24,26°C) às 15 horas e a menor (17,14°C) às 3 horas da manhã (Figura 37, a),

mostrando a alta variabilidade desta variável ao longo do dia (24 horas). Análoga à temperatura, a

umidade relativa do ar (Figura 37, b) apresentou comportamento semelhante, com exceção dos

horários de medição no período noturno que não indicaram diferença significativa entre si.

Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 37. Comparação das médias pelo teste de Tukey nos diferentes horários e ambientes a 2

m de altura; (a) Para temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar.

(a) (b)

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A comparação das médias da temperatura do ar (Tabela 20) em função dos ambientes

dentro dos horários de medição ou avaliação (alt/hm) e dos horários de avaliação dentro dos

ambientes (hm/alt), apontou uma tendência de diminuição da temperatura do ar entre os

ambientes e horários das 3 e 9 horas da manhã. Apesar dessa diminuição, houve significância

estatística somente entre os horários de medição do dia (9 e 21 horas) e da noite (21 e 3 horas).

Na comparação dentro dos ambientes, os horários de medição não revelaram diferença estatística,

exceto para o ambiente externo. Os dados de umidade relativa do ar seguiram os resultados

obtidos para temperatura, entretanto, o controle efetivo desta variável ao longo do dia na CVA

mostrou as maiores discrepâncias entre esta os demais ambientes, principalmente entre o

ambiente D (Tabela 21).

Tabela 20. Médias da temperatura do ar (ºC) em função dos ambientes nos diferentes horários de

medição dos dados avaliados a 2 metros de altura, Campinas - SP.

Casas de

vegetação

Horários de medição (hora) Médias

3 9 15 21

A 17,29 aB 23,79 aA 23,81 bA 17,29 bB 20,55

B 17,60 aB 23,50 aA 23,53 bA 17,61 bB 20,56

C 17,55 aB 23,42 aA 23,45 bA 17,56 bB 20,50

D 16,10 bD 21,11 bB 25,86 aA 18,59 aC 20,42

Médias 17,14 22,96 24,16 17,77 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 21. Médias da umidade relativa do ar (%) em função dos ambientes nos diferentes

horários de medição dos dados avaliados a 2 m de altura, Campinas - SP.

Casas de

vegetação

Horários de medição (hora) Médias

3 9 15 21

A 90,58 aA 79,94 aB 79,92 aB 90,55 aA 85,25

B 85,02 abA 70,66 bB 69,63 bB 84,95 abA 77,57

C 83,03 bA 67,02 bB 66,94 bB 83,05 bcA 75,02

D 87,44 abA 69,18 bC 52,01 cD 77,57 cB 71,55

Médias 86,52 71,70 67,13 84,04 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

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68

6.1.4 Análises dos dados de radiação

6.1.4.1 Dias claros e sem nuvens

Em dias claros e sem nuvens, a radiação solar incidente externa às casas de vegetação

atingiu picos próximos aos 1400 µmol s-1

m-2

, seguindo a mesma tendência à radiação global ou

total (Figura 38). No ambiente interno, essas radiações comportaram-se conforme o manejo da

tela termorrefletora, sendo registrados na CVA e B picos no início da manhã e final da tarde, de

acordo com a atuação dos controles programados para abertura e fechamento das telas. Na CVC,

por sua vez, a radiação incidente manteve-se abaixo de 400 µmol s-1

m-2

sem picos de máximas

ao longo do dia, visto a tela manter-se fixa.

Figura 38. Irradiância solar obtida em dois dias claros nos diferentes ambientes.

Apesar da variação provocada pela coleta de dados em dias diferentes, percebeu-se que

as telas termorrefletoras atenuaram de forma eficaz contra o excesso de energia em todas as casas

de vegetação, certamente pelos processos de absorção e reflexão de parte da radiação solar

incidente conforme citam Sethi e Sharma, (2007) e Guiselini et al. (2010). Entretanto, as curvas

de tendência dos dados coletados nas diferentes casas de vegetação acompanharam a curva da

radiação solar externa. Assim, registrou-se em dias claros radiação solar global diária (RSGD)

sempre acima do valor mínimo líquido ou limite trófico de radiação solar diária de 2332,4 W m-2

dia-1

ou 8,4 MJ m-2

dia-1

estabelecido pela FAO (1990) como suficiente para a produção mínima

necessária de fotoassimilados para a cultura.

Resultados semelhantes foram destacados por Ferrari (2013) em casas de vegetação com

tela termorrefletora de 50% de sombreamento móvel (movimentação manual) e sem tela, nas

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69

condições meteorológicas de Rio das Pedras-SP, verificando picos de aproximadamente 800 W

m-2

e 950 W m-2

, respectivamente, para os ambientes com e sem tela.

A radiação refletida ou albedo dentro das casas de vegetação comportou-se praticamente

de maneira igual, possivelmente em virtude da redução dessa radiação provocada em decorrência

da proteção dos ambientes com PEBD, pois no ambiente externo se notou tendência diferente,

apresentando maior refletância.

6.1.4.2 Dias nublados

Em dias nublados ou com pouca chuva (Figura 39) detectou-se uma redução da radiação

incidente, especialmente dentro das casas de vegetação, não ultrapassando 900 µmol s-1

m-2

, com

grandes oscilações ao longo do dia. Em dias como estes ou chuvosos, a CVA manteve-se quase

que indiferente às demais casas, mas com sua radiação solar diária média um pouco superior

(5,35 MJ m-2

dia-1

), haja vista o mecanismo de abertura e fechamento da tela termorrefletora estar

em função da radiação solar global. Assim, verificou-se média de 4,64 MJ m-2

dia-1

para a CVB,

de 3,37 MJ m-2

dia-1

para a CVC e de 13,50 MJ m-2

dia-1

para o ambiente externo.

Figura 39. Irradiância solar obtida em dois dias nublados ou parcialmente chuvosos nos

diferentes ambientes.

6.1.4.3 Dias chuvosos

Em dias chuvosos, a radiação incidente não ultrapassou os 450 µmol s-1

m-2

(Figura 40)

externo às casas de vegetação, sendo verificadas baixa RSGD nas diferentes casas, A (3,08 MJ m-

2 dia

-1), B (2,17 MJ m

-2 dia

-1), C (0,59 MJ m

-2 dia

-1) e ambiente D (5,66 MJ m

-2 dia

-1). Dias como

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70

estes foram de baixa ocorrência, porém registraram-se três dias seguidos no período de floração,

o que causou abortamento de flores, certamente decorrente da redução da intensidade luminosa,

associada às outras variáveis meteorológicas, ficando três racimos sem frutos em cada planta.

Este abortamento dos botões florais pode estar relacionado à produção insuficiente de

fotoassimilados para suprir a demanda das plantas nesse período como relatam Picanço et al.

(1998). Al-Helal e Abdel-Ghany (2010) confirmam que sob condições de nebulosidade, poucas

são as plantas que crescerão sob radiação fotossinteticamente ativa (RFA) inferior a 30 W m-2

.

Figura 40. Irradiância solar obtida em um dia chuvoso nos diferentes ambientes

6.1.5 Médias gerais entre as casas de vegetação

Analisando a radiação global entre as casas de vegetação e ambiente externo (Figura

41), verificou-se que estas atenuaram com eficiência a irradiância ao longo do período de cultivo,

mas dependendo do manejo da tecnologia utilizada esta atenuação pode prejudicar o

desenvolvimento das plantas.

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71

Figura 41. Radiação global ao longo do período de cultivo nos diferentes ambientes

Em geral, as casas de vegetação A e B mantiveram a radiação global acima do limite

trófico para cultura, com médias de 10,85 e 9,95 MJ m-2

dia-1

, respectivamente, cerca de três

vezes menor que a registrada no ambiente externo (31,81 MJ m-2

dia-1

). Essa diferença de valores

atribui-se a atenuação da radiação pela cobertura de PEBD e ao manejo da tela termorrefletora

utilizado nessas casas, fazendo com que esta permanecesse aberta somente nos períodos

considerados críticos em excesso de radiação solar ao longo do dia.

Assim, os resultados alcançados nessas casas de vegetação assemelharam-se aos

encontrados por Max et al. (2009) em avaliação destas variáveis em casas de vegetação com

resfriamento evaporativo, ventilação natural e mecânica com laterais e cobertura com filme de

polietileno de absorção de UV de 200 micras e ambiente externo nas condições meteorológicas

da Tailândia. Os autores atingiram praticamente a mesma taxa de atenuação da radiação solar

global, provavelmente por se tratar de uma região também de clima tropical.

Reis et al. (2013) em avaliação da radiação solar em ambiente protegido similar ao desta

pesquisa, porém com tela de sombreamento de 50% nas laterais, nas condições de Alagoas,

registraram médias de 10,78 e 17,00 MJ m-2

dia-1

para os ambientes interno e externo da casa de

vegetação. O valor interno foi próximo ao encontrado nesta pesquisa, porém alto quando avaliado

o grau de redução em relação ao ambiente externo, provavelmente pela ausência de tela.

Ao contrário das demais casas de vegetação, a casa C permaneceu praticamente todo o

período de produção com a radiação global abaixo do limite trófico para a cultura (5,98 MJ m-2

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72

dia-1

), apenas pelo simples fato de manter a tela termorrefletora sem manejo algum. Isso pode ter

prejudicado o desenvolvimento e a produção da cultura, visto que as plantas não tiveram radiação

solar mínima necessária à produção de fotoassimilados para sua manutenção (BECKMANN et

al., 2006). Os resultados confirmam os encontrados por Guiseleni et al. (2010) em avaliação da

radiação global em casa de vegetação coberta com PEDB difusor e tela termorrefletora de 50%

fixa na altura do pé direito nas condições de Piracicaba-SP, em que os autores anotaram média de

3,2 MJ m-2

dia-1

.

6.2 Análises dos dados em cada casa de vegetação

6.2.1 Casa de vegetação A

6.2.1.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas

As análises de variância dos dados apresentadas nos Apêndices D e F mostraram que no

primeiro estádio de desenvolvimento das plantas houve diferença estatística ao nível de 5% de

probabilidade somente para a interação das formas de cultivo x doses de biofertilizante sobre a

variável altura das plantas na terceira análise (48 DAT). Esta interação estendeu-se à taxa média

de crescimento absoluta da altura (TCAA). O diâmetro do caule indicou significância ao nível de

1% de probabilidade para os tratamentos com as formas de cultivo, assim como sua taxa média

de crescimento absoluto (TCAD), porém ao nível de 5%.

No segundo e no último estádio (91 a 184 DAT) de desenvolvimento avaliado, as

alturas das plantas mantiveram-se indiferentes estatisticamente aos tratamentos. A variável

TCAA apresentou incremento significativo a 5% de probabilidade somente no segundo estádio

(88 DAT) para os tratamentos com as formas de cultivo e no terceiro estádio (136 DAT) para as

doses de biofertilizante. Ao contrário destas variáveis, o diâmetro do caule das plantas mostrou-se

altamente significativo para as formas de cultivo a partir da terceira análise (48 DAT) do primeiro

estádio de desenvolvimento, porém a TCAD não revelou diferenças estatísticas para nenhum dos

tratamentos ao longo dos dois últimos estádios. Todavia, foi verificado alto coeficiente de

variação (CV), provavelmente por erros no manuseio do equipamento de medição no momento

da coleta de dados (altura, ângulo, posição etc.), mesmo tomando todos os cuidados necessários

para evitá-los.

Os resultados da comparação das médias apresentados na Tabela 22 indicaram que a

forma de cultivo em canteiros apresentou as melhores médias com incrementos significativos em

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73

todas as análises que se mostraram estatisticamente diferentes, independentemente da variável

analisada. A altura das plantas conseguiu taxa média de crescimento absoluto ciclo entre 3,36 e

3,34 cm dia-1

para os canteiros e vasos, respectivamente, no entanto a variável diâmetro do caule

revelou alta taxa de crescimento nos canteiros (0,120 mm dia-1

) contra 0,061 mm dia-1

dos vasos,

provavelmente, em razão do maior volume de solo nos canteiros, por conseguinte maior liberação

de nutrientes para o desenvolvimento das plantas, (decomposição do composto orgânico), aliado

ao controle micrometeorológico proporcionado pelo sistema de resfriamento evaporativo do ar,

que é mais efetivo na região até a altura do pad fan.

Tabela 22. Médias dos dados das análises de crescimento das plantas de tomateiro em função

estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVA, Campinas - SP.

Causa de

variação

Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Altura das plantas (cm)

Canteiros 13,32a 60,86a 119,72a 190,80a 290,20a 377,96a 442,44a 511,32a 600,01a

Vasos 14,09a 61,72a 118,32a 197,78a 286,56a 367,64a 437,44a 508,84a 598,12a

CV médio (%) 11,12 7,94 6,82 7,15 5,41 6,37 6,02 6,05 5,6

Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)

Canteiros 2,26a 3,09a 3,55a 5,01a 3,51a 2,80a 2,99a 3,69a

Vasos 2,27a 2,96a 3,98a 4,44b 3,24a 3,03a 3,10a 3,72a

CV médio (%) 9,68 14,48 16,6 17,33 20,1 15,35 15,02 16,36

Diâmetro do Caule (mm)

Canteiros 3,78a 9,49a 11,89a 12,77a 13,48a 14,07a 14,52a 15,22a 16,22a

Vasos 3,91a 8,98a 10,51b 11,07b 11,82b 12,34b 12,96b 13,58b 14,20b

CV médio (%) 17,36 8,28 7,48 7,38 8,28 8,25 8,82 8,72 9,57

Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)

Canteiros 0,271a 0,114a 0,418a 0,034a 0,027a 0,021a 0,033a 0,043a

Vasos 0,24a 0,074b 0,026a 0,036a 0,024a 0,029a 0,029a 0,029a

CV médio (%) 18,47 45,31 79,21 98,32 110,01 66,31 90,15 71,5 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey

(p<0,05); Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de

frutos e maturação.

Nas médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante da análise aos 48 DAT (Figura 42, a), constatou-se uma tendência crescente da

altura das plantas com o aumento das doses de biofertilizante nos vasos, diferente

estatisticamente somente para o tratamento sem aplicação. Mesmo comportamento foi detectado

para sua taxa de crescimento absoluto, para o tratamento com nível de aplicação de 100% (Figura

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74

42, b). Nos canteiros, observou-se que dentre as doses de biofertilizante utilizadas, o

recomendado pelo fabricante (Microgeo®) gerou o maior pico de crescimento das plantas,

alcançando 3,48 cm dia-1

.

Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 42. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante da análise aos 48 DAT na CVA; (a) Sobre a variável altura de plantas; (b) Sobre a

taxa de crescimento absoluto das plantas.

Ao analisar a influência das doses de biofertilizante sobre a variável TCAA na análise

aos 136 DAT (Tabela 23), verificou-se que somente a equação de regressão de 4º grau ajustou-se

aos dados significativamente. Entretanto, essa informação sobre os tratamentos utilizados é muito

subjetiva, podendo ter muitas explicações para o mesmo fato ocorrido, visto a dispersão dos

dados. Comumente, para que se possa retirar alguma informação utilizável na agricultura dos

tratamentos propostos, aplica-se equação de regressão até de 2º ordem (quadrática). Dessa

maneira, os resultados mostraram que, para a produção orgânica de minitomateiro em ambiente

protegido de alto grau tecnológico de controle micrometeorológico, o uso de biofertilizante

Microgeo® pouco interferiu nas variáveis de crescimento vegetativo da cultura.

(b) (a)

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75

Tabela 23. Regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente sobre a

TCAA analisada na CVA, Campinas - SP.

Fonte de variação GL Quadrados Médios

Reg.linear 1 6,25 ns

Reg.quadra 1 21,60 ns

Reg.cúbica 1 20,25 ns

Reg.4ºgrau 1 207,37 **

Total 4 GL-resíduo=32 GL: grau de liberdade; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste de Tukey.

6.2.1.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC)

No decorrer das análises desta variável, foi identificada somente uma com diferença

significativa, aos 29 DAT (Apêndice G) para as formas de cultivo. Este fato se explica,

provavelmente, por não haver nenhuma fonte de aplicação direta de nitrogênio entre os

tratamentos, ficando este elemento disponível para as plantas indiretamente por meio da

decomposição da matéria orgânica adicionada às formas de cultivo pelos microrganismos

presentes no solo e composto.

Na comparação das médias do IRC constantes da Tabela 24, notou-se que os valores

registrados para a forma de cultivo em canteiros sempre se mantiveram acima dos verificados

para os vasos, porém estatisticamente diferentes somente para a análise aos 29 DAT. Contudo, a

média geral manteve-se dentro da faixa nutricional recomendada de nitrogênio (N) (35,50 e

46,50) para cultura conforme Guimarães et al. (1999).

Tabela 24. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVA em função

dos diferentes estádios de desenvolvimento das plantas e tratamentos, Campinas - SP.

Causa de

variação

Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Índice Relativo de Clorofila (IRC)

Canteiros 27,73a 37,92a 38,48a 39,06a 36,17a 36,68a 36,84a 36,07a 36,74a

Vasos 28,19a 35,24b 36,70a 37,46a 33,86a 37,45a 35,35a 36,50a 36,40a

Médias 27,96 36,58 37,59 38,26 35,01 37,06 36,09 36,28 36,57

CV Médio (%) 5,45 5,89 8,86 6,46 9,62 12,91 7,94 10,96 6,48 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey

(p<0,05); Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de

frutos e maturação.

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76

6.2.1.3 Avaliação dos dados de produção

A análise de variância dos dados de produção total e comercial, bem como de seus

indicadores técnicos (frutos planta-1

, massa média dos frutos, frutos racimo e massa seca da parte

aérea total) exposta na Tabela 25, não acusou diferença estatística entre os tratamentos. Essa

ausência de significância pode estar relacionada ao controle micrometeorológico realizado nesse

ambiente, pois dentre os tratamentos avaliados foi o de maior importância para a cultura,

principalmente sobre estas variáveis (produtivas). Ao contrário do verificado nesta pesquisa,

Dannehl et al. (2012), usando método de resfriamento por nebulização para controle

micrometeorológico em casa de vegetação com a cultura do tomateiro nas condições da

Alemanha, observaram aumentos significativos com uma tendência de ganhos produtivos e de

qualidade durante as análises, relativas à produção da cultura em condições meteorológicas

convencionais (sem controle micrometeorológico).

Tabela 25. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVA em função dos

diferentes tratamentos, Campinas - SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

PT

(kg m-2

)

PC

(kg m-2

)

Frutos

planta-1

Massa

média dos

frutos (g)

Frutos

racimo-1

Massa seca

total (g)

F. cultivo (A) 1 0,022ns 0,020ns 1458,00ns 3,933ns 0,569ns 83654,49ns

D. biofertilizante (B) 4 0,391ns 0,355ns 576,97ns 0,150ns 0,264ns 2526,19ns

(A x B) 4 0,312ns 0,283ns 552,60ns 0,043ns 0,318ns 15,11,13ns

Resíduos A 8 0,923 0,838 1111,88 0,980 0,513 17657,49

Resíduos B 32 0,217 0,197 362,92 0,130 0,180 2992,80

CV (%) a 25,26 24,87 17,59 11,35 16,07 30,07

b 12,29 12,80 10,05 4,14 9,53 12,38 CV: coeficiente de variação; F: formas; D: doses; GL: grau de liberdade; PT: produtividade total; PC: produtividade comercial;

ns: não significativo.

Para eventuais comparações das médias de produção alcançadas neste estudo com as de

outros trabalhos científicos da literatura, além da utilização das mesmas nas análises econômicas,

foram registradas na Tabela 26 todas as médias em função dos diferentes tratamentos avaliados.

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Tabela 26. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVA em função dos diferentes

tratamentos, Campinas - SP.

Fonte de variação PT

(kg m-2

)

PC

(kg m-2

)

Frutos

planta-1

Massa

média dos

frutos (g)

Frutos

racimo-1

Massa seca

total (g)

Canteiros

0 4,22 4,02 197,00 9,10 4,67 478,74

50 4,21 4,01 196,00 9,20 4,59 470,64

100 3,40 3,24 162,00 8,94 3,82 494,22

150 3,74 3,56 180,00 8,89 4,27 488,79

200 3,86 3,68 186,00 8,88 4,42 481,92

Médias 3,89 a 3,70 a 184,20 a 9,00 a 4,35 a 482,86 a

Vasos

0 4,08 3,89 204,00 8,61 4,62 403,15

50 3,73 3,56 189,00 8,46 4,49 400,15

100 3,88 3,70 197,00 8,44 4,60 420,71

150 3,82 3,64 193,00 8,48 4,58 424,47

200 3,70 3,53 193,00 8,22 4,56 356,80

Médias 3,84 a 3,66 a 195,20 a 8,44 a 4,57 a 401,06 a PT: produtividade total; PC: produtividade comercial: Médias seguidas da mesma não se diferem estatisticamente pelo teste de

Tukey (p<0,05).

Max et al. (2009), trabalhando com a cultura, porém com cultivares do grupo longa vida

em casa de vegetação com resfriamento evaporativo com cumeeira protegida com tela

antiafideos, laterais e cobertura com filme de polietilenos anti-UV de 200 micras e em ambiente

externo nas condições climáticas da Tailândia em sistema de produção convencional, obtiveram

média de produção entre as cultivares de 1,3 kg m-2

, valor muito abaixo do verificado nesta

pesquisa, principalmente quando comparado a massa dos frutos dos grupos (longa vida e

minitomate). Os autores concluem que em regiões com alta umidade relativa do ar ou casa de

vegetação com resfriamento evaporativo sem modificações técnicas que permitam

desumidificação do ar ambiente interno não alcançaram bons resultados na produção da cultura

do tomateiro.

6.2.1.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção

As análises de variância constantes no Apêndice H apontaram significância estatística ao

nível de 1% de probabilidade para os tratamentos sobre as variáveis analisadas, com destaque

para as formas de cultivo que expressaram significância estatística sobre o diâmetro longitudinal

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78

e massa média dos frutos, sólidos solúveis e pH. Seguindo a mesma tendência, os intervalos de

colheita mostraram inferências estatísticas sobre todas as variáveis analisadas.

As doses de biofertilizante aplicadas permaneceram estatisticamente indiferentes entre

si, possivelmente pelo baixo volume aplicado via solo, que ainda se dissociavam ao longo de

cada irrigação (água), além da ação conjunta do mesmo com o composto orgânico, inibindo,

assim, sua ação unitária sobre as plantas. Outro fator importante a ser considerado é a quantidade

de matéria orgânica existente no solo em questão.

Houve interação somente dos fatores formas de cultivo (TA) versus intervalos de

colheita (TC) sobre todas as variáveis analisadas, com exceção do diâmetro equatorial dos frutos.

Na comparação das médias (Tabela 27) notou-se que o diâmetro longitudinal, massa

média e pH dos frutos apresentaram os melhores resultados nos canteiros, ficando o diâmetro

equatorial e acidez titulável indiferentes às formas de cultivo. Os sólidos solúveis, variável

relacionada ao teor de açúcar ou sabor, expressa em oBrix, mostrou os melhores resultados para a

forma de cultivo em vasos, certamente pela menor disponibilidade de água às plantas, associado a

maior disponibilidade nutricional no tempo, principalmente de K2O, causado em decorrência do

volume reduzido de solo e pelo fato de não haver competição por nutrientes com outras plantas.

Tabela 27. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVA em função dos

diferentes tratamentos, Campinas - SP.

Fonte de variação

Diâmetro

Longitudinal

(mm)

Diâmetro

Equatorial

(mm)

Massa

média

(g)

Sólidos

Solúveis

(oBrix)

pH

Acidez

titulável

(g/100g de

ácido cítrico)

Canteiros 28,135 a 21,726 a 8,568 a 5,396 b 4,867 a 0,448 a

Vasos 27,139 b 21,649 a 8,067 b 6,128 a 4,276 b 0,446 a

95 DAT 31,230 a 23,790 a 11,066 a 5,174 b 4,330 b 0,464 a

110 DAT 28,279 b 23,471 a 9,629 b

135 DAT 25,758 c 20,202 b 6,545 d 5,026 b 5,015 a 0,443 ab

180 DAT 26,461 c 20,451 b 6,832 d

208 DAT 26,460 c 20,524 b 7,511 c 7,087 a 4,369 b 0,439 b

Médias 27,635 21,685 8,313 5,758 4,733 0,446

CV (%) 6,13 5,29 12,40 8,52 5,68 10,09 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Nas avaliações da qualidade de produção em função dos intervalos de colheita, concluiu-

se que para o diâmetro longitudinal e equatorial dos frutos, variáveis que estão relacionadas ao

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tamanho e à forma dos frutos (± ovalados), houve uma diminuição crescente a partir da segunda

data de avaliação até o final das mesmas. A massa média dos frutos seguiu igual tendência,

porém a última análise aos 208 DAT apontou uma ligeira ascensão. Tal diminuição da massa

média dos frutos ao longo das análises pode ter sido reflexo do corte da adubação com composto

aos 70 DAT. Entretanto, apesar dessa diminuição da qualidade comercial dos frutos (frutos

pequenos), a massa média dos mesmos (8,31g) manteve-se dentro dos padrões comerciais para o

grupo e características genéticas da cultivar. As demais variáveis (sólidos solúveis e acidez

titulável), à exceção do pH, aumentaram a qualidade dos frutos, na medida em que foi

prolongado o período de produção.

As médias da interação das formas de cultivo dentro dos intervalos de colheita e dos

intervalos de colheita dentro das formas de cultivo para o diâmetro longitudinal estão expostas na

Tabela 28 e as da massa média dos frutos na Tabela 29. De uma forma geral, notou-se que as

primeiras análises (95 e 110 DAT) ofereceram os melhores resultados nos canteiros, sendo a

primeira análise melhor que a segunda. As demais (135, 180 e 208 DAT) ficaram praticamente

indiferentes estatisticamente, com exceção das análises aos 135 e 180 DAT para a variável massa

média dos frutos. Houve também um decréscimo do diâmetro longitudinal e da massa média dos

frutos ao longo dos intervalos de colheita, sem interferência das formas de cultivo dentro de cada

análise.

Tabela 28. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.

Formas de

cultivo

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 110 135 180 208

Canteiros 32,68 aA 29,41 aB 25,80 aC 26,34 aC 26,43 aC 28,13

Vasos 29,77 bA 27,47 bB 25,71 aC 26,57 aC 26,48 aC 27,20

Médias 31,23 28,44 25,76 26,46 26,46

Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 29. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes

intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.

Formas de

cultivo

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 110 135 180 208

Canteiros 12,06 aA 10,16aB 6,04 bD 7,15 aC 7,41 aC 8,56

Vasos 10,06 bA 9,09 bB 7,04 aCD 6,51 bD 7,61 aC 8,06

Médias 11,06 9,63 6,54 6,83 7,51

Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

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As médias da interação das formas de cultivo dentro dos intervalos de colheita (Fc/Ic) e

dos intervalos de colheita dentro das formas de cultivo (Ic/Fc) para os sólidos solúveis são

exibidas na Tabela 30, do pH na Tabela 31 e da acidez titulável na Tabela 32. Ao contrário das

variáveis anteriores, verificou-se que a qualidade da produção aumentou ao longo das análises ou

períodos de avaliações, principalmente para a forma de cultivo em vasos em função dos

intervalos de colheita.

Tabela 30. Médias dos sólidos solúveis dos frutos (ºBrix) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.

Formas de cultivo

(DAT)

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 135 208

Canteiros 5,12 aB 4,01 bC 7,05 aA 5,39

Vasos 5,22 aC 6,04 aB 7,12 aA 6,13

Médias 5,17 5,03 7,09 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 31. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo

e diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.

Formas de cultivo Intervalos de colheita (DAT)

Médias 95 135 208

Canteiros 4,40 aB 5,90 aA 4,30 aB 4,87

Vasos 4,25 aB 4,13 bB 4,43 aA 4,27

Médias 4,33 5,02 4,37

Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 32. Médias da acidez titulável dos frutos(g/100g de ácido cítrico) em função das formas

de cultivo e diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.

Formas de cultivo

(DAT)

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 135 208

Canteiros 0,45 Aa 0,44 aA 0,44 aA 0,44

Vasos 0,47 Aa 0,44 aA 0,42 aB 0,44

Médias 0,46 0,44 0,43 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

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81

6.2.2 Análises dos dados da casa de vegetação B

6.2.2.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas

As análises de variância, contidas nos Apêndices I e J atestaram que as variáveis de

crescimento das plantas permaneceram indiferentes sob o ponto de vista estatístico às doses de

biofertilizante aplicadas. Entretanto, os tratamentos com as formas de cultivo demonstraram

efetiva ação mesmo que esporádicas sobre algumas variáveis.

Ao contrário do verificado na CVA, a altura das plantas e sua taxa média de crescimento

absoluto apontaram significância ao nível de 1% de probabilidade em algumas análises nos dois

primeiros estádios de desenvolvimento para os tratamentos com as formas de cultivo. No entanto,

observou-se uma interação dos fatores forma de cultivo x doses de biofertilizante no terceiro

estádio (136 DAT) somente sobre a TCAA. Estatisticamente, as demais variáveis (diâmetro do

caule e sua TCA) seguiram com praticamente os mesmos resultados obtidos na CVA, com

exceção da diferença significativa nas primeiras análises. Assim como na casa de vegetação

anterior, o coeficiente de variação para a variável TCAD se manteve alto.

A comparação das médias (Tabela 33) mostrou que dentre as análises significativas para

altura e sua TCA, a forma de cultivo em vasos ofereceu os melhores resultados, ao contrário do

verificado na CVA. A variação da taxa média de crescimento absoluto ciclo foi de 3,41 cm dia-1

para os vasos, contra 3,39 cm dia-1

dos canteiros. O diâmetro da haste e sua TCA conservaram-se

semelhantes à CVA, com os canteiros apresentando as melhores médias de crescimento absoluto

de 0,077 mm dia-1

, contra 0,064 mm dia-1

para os vasos. Os resultados indicaram que as plantas

cultivadas nos vasos apresentaram uma maior relação altura/diâmetro da haste, o que caracterizou

uma planta ao longo do cultivo bem uniforme, sem características de excessos, principalmente

nutricional. Dessa forma, inferiu-se que os resultados alcançados sobre essas variáveis de

crescimento, ao longo dos estádios de desenvolvimento possivelmente se relacionem diretamente

ao manejo da tela termorrefletora nesta casa de vegetação, pois, este manejo certamente

proporcionou horas de luz de melhor qualidade aos processos de produção de fotoassimilados,

aliado principalmente à forma de cultivo (vasos), que garantiu a nutrição (decomposição do

composto orgânico) adequada para o desenvolvimento equilibrado das plantas.

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Tabela 33. Médias dos dados analisados de crescimento das plantas de tomateiro em função

estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVB, Campinas – SP.

Causa de

variação

Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Altura das plantas (cm)

Canteiros 11,92b 50,96b 109,32a 167,18b 283,48a 371,64a 434,16a 509,00a 604,40a

Vasos 13,20a 59,54a 116,96a 182,78a 286,96a 375,44a 443,72a 510,96a 607,48a

CV Médio (%) 11,54 10,3 9,58 6,84 7,28 6,81 6,66 6,54 5,9

Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)

Canteiros 1,86b 3,07a 2,89b 5,81a 3,52a 2,74a 3,22a 3,97a

Vasos 2,20a 3,02a 3,29a 5,20a 3,63a 2,96a 2,94a 4,02a

CV Médio (%) 13,665 13,39 13,975 16,61 19,78 13,52 24,07 20,23

Diâmetro do Caule (mm)

Canteiros 3,12b 9,06a 11,77a 12,74a 13,61a 14,20a 14,69a 15,34a 16,18a

Vasos 3,85a 8,99a 10,40b 11,18b 11,92b 12,61b 13,35b 13,93b 14,64b

CV Médio (%) 12,72 8,46 5,77 5,47 6,64 7,725 6,96 7,5 10,41

Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)

Canteiros 0,283a 0,129a 0,046a 0,041a 0,028a 0,023a 0,030a 0,039a

Vasos 0,244b 0,067b 0,036a 0,035a 0,034a 0,033a 0,027a 0,034a

CV Médio (%) 14,6 44,52 84,48 81,99 69,47 71,59 70,9 105,5

CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey

(p<0,05).

As médias da interação das formas de cultivo versus as doses de biofertilizante ocorridas

na análise aos 136 DAT sobre a TCAA estão ilustradas na Figura 43. Observou-se que as formas

de cultivo em canteiros e vasos ficaram indiferentes estatisticamente às doses de biofertilizante, à

exceção do nível de aplicação 150%, que se portou diferente nos vasos em relação aos canteiros

para esta variável.

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83

Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 43. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante da análise aos 136 DAT na CVB sobre a taxa de crescimento absoluto das plantas.

6.2.2.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC)

Na análise de variância dos dados de IRC constante no Apêndice K, foi verificada

somente uma análise significativa, aos 184 DAT para os tratamentos com as formas de cultivo,

provavelmente em virtude dos mesmos fatores outrora mencionados para o ambiente B.

Na comparação das médias inclusas na Tabela 34, notou-se que nos canteiros os valores

de IRC se sustentaram acima dos observados para os vasos, porém só diferenciando

estatisticamente na análise aos 184 DAT. As médias gerais em algumas análises nas duas formas

de cultivo registraram valores abaixo da faixa nutricional recomendada de N correlacionado pelo

equipamento (<35,0), podendo ter ocasionado deficiência desse elemento nas plantas sem

sintomas aparentes, visto a reposição constante do composto orgânico no solo.

Tabela 34. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVB em função

dos diferentes estádios de desenvolvimento das plantas e tratamentos, Campinas – SP.

Causa de

variação

Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Índice Relativo de Clorofila (IRC)

Canteiros 25,25a 33,95a 38,98a 37,71a 34,14a 34,57a 35,62a 37,17a 40,06a

Vasos 25,99a 34,38a 38,30a 37,78a 32,71a 33,8a 34,6a 37,61a 37,65b

Médias 25,62 34,17 38,64 37,75 33,43 34,19 35,11 37,39 38,86

CV Médio (%) 6,77 4,27 7,54 5,33 7,58 8,13 7,06 7,77 8,26 Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05); Estádio I:

Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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84

6.2.2.3 Avaliação dos dados de produção

A Tabela 35 contém a análise de variância em que foi observada significância estatística

ao nível de 5% de probabilidade somente sobre a variável massa média dos frutos para as

diferentes formas de cultivo.

Tabela 35. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVB em função dos

diferentes tratamentos, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

PT

(kg m-2

)

PC

(kg m-2

)

Frutos

planta-1

Massa

média dos

frutos (g)

Frutos

racimo-1

Massa seca

total (g)

F. cultivo (A) 1 1,09ns 0,988ns 380,88ns 1,559* 0,012ns 30760,08ns

D. biofertilizante (B) 4 0,106ns 0,096ns 206,20ns 0,074ns 0,366ns 360,63ns

(A x B) 4 0,068ns 0,061ns 73,21ns 0,103ns 0,065ns 4613,02ns

Resíduos A 8 0,89 0,815 1387,26 0,220 0,845 7680,38

Resíduos B 32 0,32 0,296 687,45 0,145 0,540 5133,08

CV (%) a 22,25 21,22 16,82 5,44 17,92 17,46

b 13,02 12,8 11,84 4,41 14,26 14,27 CV: coeficiente de variação; F: formas; D: doses; GL: grau de liberdade; PT: produtividade total; PC: produtividade comercial; *

Significativo ao nível de 5% de probabilidade (p <0,05) pelo teste F; (ns) não significativo.

Na comparação das médias (Tabela 36), observou-se que a forma de cultivo em

canteiros apresentou média sempre acima das registradas para os vasos, entretanto,

estatisticamente diferente somente para a variável massa média dos frutos.

Tabela 36. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVB em função dos diferentes

tratamentos, Campinas – SP.

Fonte de variação PT

(kg m-2

)

PC

(kg m-2

)

Frutos

planta-1

Massa

média dos

frutos (g)

Frutos

racimo-1

Massa seca

total (g)

Canteiros

0 4,73 4,51 225 9 5,35 529,98

50 4,78 4,55 230 8,9 5,17 542,12

100 4,64 4,42 227 8,74 5,24 535,67

150 4,38 4,17 215 8,7 4,98 531,99

200 4,55 4,33 223 8,71 5,13 494,14

Médias 4,61a 4,40 a 224 a 8,81 a 5,17 a 526,78 a

Vasos

0 4,47 4,25 227 8,42 5,55 453,17

50 4,29 4,09 217 8,49 5,23 465,59

100 4,21 4,01 218 8,27 5,04 473,21

150 4,29 4,08 213 8,64 4,88 473,98

200 4,34 4,14 219 8,47 5,01 519,9

Médias 4,32 a 4,11 a 219 a 8,46 b 5,14 a 477,17 a Médias seguidas da mesma letra na coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

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85

6.2.2.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção

No Apêndice L encontram-se os resultados das análises de variância dos dados

qualitativos, nesta casa de vegetação, os quais mostraram significância estatística ao nível de 1%

de probabilidade para os tratamentos. Registrou-se alta influência estatística das formas de

cultivo sobre as variáveis: diâmetro longitudinal, massa média dos frutos, sólidos solúveis e

acidez titulável, e dos intervalos de colheitas sobre todas as variáveis, bem como a interação

desses fatores para todas as variáveis, exceto acidez titulável e diâmetro equatorial.

As doses de biofertilizante, ao contrário da CVA, foram significativas somente sobre o

pH dos frutos e interação com as formas de cultivo (TA) sobre as variáveis sólidos solúveis e pH.

A comparação das médias dos tratamentos com significância (Tabela 37) mostrou que as

variáveis tiveram comportamento semelhante aos resultados obtidos na CVA, apresentando para

a forma de cultivo em canteiros os melhores resultados gerais de padrões comercias (Diâmetro

longitudinal e equatorial e massa média dos frutos) e nos vasos os de padrões relacionados ao

teor de açúcar ou sabor (sólidos solúveis, pH e acidez titulável).

Tabela 37. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVB em função dos

diferentes tratamentos, Campinas – SP.

Fonte de variação

Diâmetro

Longitudinal

(mm)

Diâmetro

Equatorial

(mm)

Massa

média

(g)

Sólidos

solúveis

(oBrix)

pH

Acidez

titulável

(g/100g de

ácido cítrico)

Canteiros 28,357 a 21,433 a 9,183 a 5,400 b 4,192 a 0,425 a

Vasos 27,176 b 21,481 a 8,442 b 5,994 a 4,216 a 0,404 b

95 DAT 30, 811 a 21,443 a 10,812 a 4,515 b 4,103 c 0,405 b

110 DAT 26,076 c 21,311 b 8,559 b

135 DAT 25,758 c 20,444 c 7,435 c 6,366 a 4,208 b 0,440 a

180 DAT 27,921 b 20,411 c 8,646 b

208 DAT 28,268 b 21,676 b 8,613 b 6,210 a 4,302 a 0,399 b

Médias 27,761 21,169 8,813 5,69 4,21 0,414

CV (%) 6,08 5,15 10,67 8,19 2,00 10,74 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey

(p<0,05).

Seguindo a mesma tendência da casa de vegetação anterior, a qualidade da produção em

função dos intervalos de colheita revelou uma perda de qualidade dos frutos a partir da segunda

data de análise. Nas análises seguintes foi detectada uma ligeira queda inicialmente, atingindo um

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ponto crítico até próximo ao meio do período de produção. A partir da análise aos 180 DAT até a

análise final, houve uma estabilização da qualidade, registrando um ligeiro aumento destas

variáveis. Este declínio na qualidade da produção comercial dos frutos pode referir-se a muitos

fatores, entretanto o fator nutricional, principalmente de nitrogênio, deve ter sido o mais

provável, visto que esta nutrição dependia da decomposição do composto orgânico adicionado ao

solo. As demais variáveis comportaram-se de forma inversa, ou seja, os frutos aumentaram os

sólidos solúveis ao longo do ciclo. Apesar desta oscilação de formato e massa, esta não

comprometeu a qualidade comercial dos frutos em massa, já que a massa média dos frutos

manteve-se dentro dos padrões comerciais para o grupo e cultivar em praticamente todas as

colheitas.

Assim, os resultados médios de 5,59 ºBrix encontrados neste ambiente de produção

comprovaram os observados por Ferrari (2013) em avaliação das características qualitativas em

sistema convencional de produção de minitomate cultivar TSV796 em ambiente protegido com

manejo de tela termorrefletora de 50% (movimentação manual), bem como aos resultados obtidos

por Mansour et al. (2014) de (5,50º Brix). No entanto, os valores de pH (4,20) foram

considerados ácidos em comparação aos valores definidos pelos autores de pH 6,50 em sistema

orgânico, próximo aos resultados descritos por Pieper e Barrett (2009), de 4,5 para o mesmo

sistema de produção.

Analisando as doses de biofertilizante que, ofereceram incrementos significativos por

regressão, definiu-se que a equação com modelo linear (Tabela 38) foi a que mais se ajustou aos

dados. A representação gráfica do modelo (Figura 44) mostrou uma tendência decrescente da

acidez, e coeficiente de correlação de 74,68% entre os tratamentos, mesmo com coeficiente de

determinação de 56%.

Tabela 38. Regressão polinomial da variável potencial hidrogeniônico (pH) estatisticamente

diferente na CVB, Campinas - SP.

Fonte de variação GL Quadrados Médios

Reg.linear 1 0,06483 **

Reg.quadra 1 0,02016 ns

Reg.cúbica 1 0,0023 ns

Reg.4ºgrau 1 0,02758 ns

Total 4 GL-resíduos = 120

GL: graus de liberdade; **Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F; (ns) não significativo.

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87

Figura 44. Representação gráfica da equação de regressão dos tratamentos com as doses de

biofertilizante que apresentou incremento significativo sobre a variável pH na CVB.

As médias da interação das formas de cultivo versus as doses de biofertilizante sobre os

sólidos solúveis e pH dos frutos estão descritas na Figura 45, (a; b), respectivamente. Os sólidos

solúveis mostraram os melhores resultados em termos estatísticos para as plantas cultivadas nos

vasos, exceto para a dose de biofertilizante 100%. O valores registrados do pH seguiram mesma

tendência, com exceção das doses de biofertilizante aplicadas de 50% e 100%, que se

conservaram indiferentes entre as formas de cultivo. Os valores registrados no cultivo em vasos

para a dose 150% ficaram muito abaixo dos registrados nos canteiros.

Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 45. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante na CVB; (a) Sobre os sólidos solúveis (ºBrix); (b) Sobre o pH dos frutos.

(a) (b)

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As médias da interação das formas de cultivo dentro dos intervalos de colheita e dos

intervalos de colheita dentro das formas de cultivo para o diâmetro longitudinal estão inseridas na

Tabela 39, do diâmetro equatorial na Tabela 40 e da massa média dos frutos na Tabela 41.

Observou-se que a comparação das médias para o diâmetro longitudinal e da massa média dos

frutos, tiveram comportamentos semelhantes estatisticamente, sendo os melhores resultados para

a forma de cultivo em canteiros nas duas primeiras análises (95 e 110 DAT) com posterior

redução e estabilização. O diâmetro equatorial se manifestou indiferente nos tratamentos com as

formas de cultivo, exceto para a análise aos 135 DAT, em que foram registrados os vasos

sobrepondo-se aos canteiros. Os intervalos de colheita continuaram os mesmos dos anteriores

para diâmetro longitudinal e massa média dos frutos.

Tabela 39. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.

Formas de

cultivo

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 110 135 180 208

Canteiros 32,08 aA 27,26 aB 25,80 aC 28,35 aB 28,27 aB 28,35

Vasos 29,54 bA 24,88 bC 25,71 aC 27,48 aB 28,26 aB 27,17

Médias 30,81 26,07 25,7583 27,915 28,265 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 40. Médias do diâmetro equatorial dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.

Formas de

cultivo

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 110 135 180 208

Canteiros 23,58 aA 21,55 aB 20,07 bC 20,44 aC 21,5 aB 21,43

Vasos 23,30 aA 21,06 aB 20,80 aC 20,37 aC 21,84 aB 21,47

Médias 23,44 21,305 20,435 20,405 21,67 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 41. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes

intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.

Formas de

cultivo

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 110 135 180 208

Canteiros 11,86 aA 8,89 aB 7,64 aC 8,94 aB 8,58 aB 9,18

Vasos 9,75 bA 8,22 bB 7,22 aC 8,35 aB 8,64 aB 8,44

Médias 10,805 8,555 7,43 8,645 8,61 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

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89

Nas médias da interação dos mesmos fatores sobre as variáveis respectivas ao sabor

(sólidos solúveis e pH), inclusas nas Tabelas 42 e 43, respectivamente, foi possível avaliar, que a

qualidade da produção aumentou em função do tempo de colheita nas duas formas de cultivo.

Porém, as formas de cultivo em vasos se destacaram estatisticamente em relação aos canteiros,

principalmente nos extremos, o que pode ter sido influenciado pelo ambiente de produção,

associado à evapotranspiração da cultura nesta forma de cultivo (vasos), potencializando, assim, a

absorção do nutriente que está diretamente relacionado a esta qualidade (Potássio).

Tabela 42. Médias dos sólidos solúveis dos frutos (ºBrix) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.

Formas de cultivo Intervalos de colheita (DAT)

Médias 95 135 208

Canteiros 4,29 bC 6,24 aA 5,67 bB 5,40

Vasos 4,74 aB 6,49 aA 6,75 aA 5,99

Médias 4,515 6,365 6,21 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 43. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo

e diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.

Formas de cultivo Intervalos de colheita (DAT)

Médias 95 135 208

Canteiros 4,189 aB 4,124 bC 4,264 bA 4,19

Vasos 4,016 bB 4,291 aA 4,340 aA 4,22

Médias 4,10 4,21 4,30 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

6.2.3 Análises dos dados da casa de vegetação C

6.2.3.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas

Nos Apêndices M e N, constam os resultados das análises de variância dos dados de

crescimento das plantas de acordo com os estádios de desenvolvimento. Com relação à CVB,

houve diferença significativa para os tratamentos com as formas de cultivo sobre a variável altura

de plantas, mas com maior número de análises que geraram significância em pelo menos 5% de

probabilidade. Além disso, detectou-se um alto número de análises significativas para os

tratamentos com as doses de biofertilizante, e duas interações, uma no estádio I aos 08 DAT e a

outra no III aos 136 DAT.

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90

A TCAA mostrou influência estatística somente nas três primeiras análises (8, 29 e 48

DAT) e aos 156 DAT para os tratamentos com as formas de cultivo, não seguindo

necessariamente a mesma significância para a altura das plantas.

O diâmetro do caule e sua TCA comportaram-se de forma semelhante às demais casas

de vegetação, porém com influência significativa das doses de biofertilizante na segunda análise

aos 29 DAT e das formas de cultivo ao longo de todos os estádios de desenvolvimento das

plantas sobre a variável diâmetro da haste das plantas. Houve duas interações sobre a variável

TCAD, uma no estádio I aos 8 DAT e outra no III aos 113 DAT. O coeficiente de variação

manteve-se conforme verificado nas demais casas de vegetação para esta variável.

De forma geral, identificou-se um maior número de amostras significativas dos

tratamentos sobre as variáveis e estádios de desenvolvimento analisados nesta casa de vegetação

em relação às demais casas. Certamente, as condições micrometeorológicas observadas nesse

ambiente (CVC) proporcionaram maior sombreamento às plantas, favorecendo assim o seu

crescimento, bem como a ação das doses de biofertilizante.

Os resultados da comparação de médias para os tratamentos que, demonstraram

significância estatística são, incluídos na Tabela 44. As análises indicaram que a forma de cultivo

em vasos, apresentou inicialmente os maiores valores em termos estatísticos da altura das plantas,

no entanto, nas duas análises finais os valores de altura das plantas registrados nos canteiros

sobrepuseram-se aos dos vasos, alcançando crescimento total de 6,25 metros. Todavia, o

sombreamento ocasionado pela tela termorrefletora provocou um crescimento diferenciado na

altura das plantas em relação às demais casas de vegetação em todos os estádios de

desenvolvimento, possivelmente, em razão de um estiolamento das hastes das plantas provocado

pela maior taxa de sombra.

Tabela 44. Médias dos dados analisados de crescimento das plantas de tomateiro em função

estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVC, Campinas – SP.

Causa de

variação

Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Altura das plantas (cm)

Canteiros 11,47b 51,56b 113,20a 175,92b 291,00a 388,96a 452,76a 534,76a 625,72a

Vasos 13,13a 56,86a 116,04a 186,94a 293,92a 386,48a 452,12a 519,68b 602,92b

CV Médio (%) 12,97 8,14 6,445 4,92 4,005 4,96 4,585 4,445 5,275

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91

(Continuação)

Causa de

variação

Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)

Canteiros 1,90b 3,24a 3,13b 5,75a 3,91a 2,77a 3,56a 3,79a

Vasos 2,08a 3,11b 3,54a 5,35a 3,70a 2,85a 2,93b 3,47a

CV Médio (%) 11,405 8,205 9,315 11,41 17,365 21,8 23,72 25,97

Diâmetro do Caule (mm)

Canteiros 3,23b 9,45a 11,26a 12,28a 13,07a 13,65a 14,23a 14,85a 15,82a

Vasos 3,91a 8,71b 10,13b 10,57b 11,19b 11,73b 12,22b 12,76b 13,38b

CV Médio (%) 15 9,28 7,14 5,58 6,685 6,775 6,695 6,985 9,335

Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)

Canteiros 0,296a 0,086a 0,048a 0,037a 0,027a 0,027a 0,029a 0,046a

Vasos 0,228b 0,067a 0,021b 0,029a 0,026a 0,023a 0,026a 0,029a

CV Médio (%) 19,4 47,08 67,365 75,21 70,555 51,08 65,23 100,2 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de

Tukey (p<0,05).

Os resultados obtidos nesta pesquisa, confirmaram os encontrados por Seleguini et al.

(2006), em avaliação do espaçamento entre plantas de tomateiro em ambiente protegido. Os

autores notaram que quanto menor o espaçamento maior a altura das plantas, atribuindo o

sombreamento e a competição interplantas como causas, do crescimento.

A taxa máxima de crescimento em todas as casas de vegetação ocorreu em torno de 88

DAT, coincidindo com o período mais frio registrado nos ambientes, o que se infere que o clima

potencializou de forma direta (condições micrometeorológica adequada a cultura) e indireta

(condições micrometeorológica adequada a microflora do solo) para esse crescimento. Os

resultados estão próximos aos verificados por Ar Lopes et al. (2011), que detectaram taxa

máxima de crescimento absoluto por volta de 70 DAT para a cultura do tomateiro tipo saladete,

de crescimento determinado sob diferentes tipos de cobertura de solo em produção convencional.

Analisando as avaliações significativas para os tratamentos com as doses de

biofertilizante, os resultados comprovaram que a equação de regressão com modelo linear melhor

se ajustou estatisticamente aos dados de todas as análises (Tabela 45), exceto a análise aos 113

DAT. Na representação gráfica do modelo detalhado na Figura 46, verificou-se que a altura das

plantas apontou aumentos positivos ao longo de todas as análises e doses. Os resultados

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92

corroboraram aos obtidos por Medeiros et al. (2011), utilizando água salina com biofertilizante

comum enriquecido na cultura do minitomate.

Tabela 45. Regressão polinomial das análises (88, 113, 136, 159 e 184 DAT) estatisticamente

diferentes sobre a altura das plantas analisadas na CVC, Campinas - SP.

Fonte de

variação GL

Quadrados Médios

88 DAT 113 DAT 136 DAT 159 DAT 184 DAT

Reg.linear 1 864,36** 1176,49ns 2787,48** 6099,61** 6625,96*

Reg.quadra 1 140,00ns 234,000ns 749,82ns 342,57ns 713,25ns

Reg.cúbica 1 5,29ns 835,21ns 0,16* 127,69ns 33,64ns

Reg.4ºgrau 1 686,07* 2307,77** 1349ns 1489,20ns 4012,82*

Total 4 GL-resíduo=32

GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste

F; (ns) não significativo.

Figura 46. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante

das análises (88, 113, 136, 159 e 184 DAT) estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável

altura de plantas.

A regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante para a análise aos 29 DAT

sobre a variável diâmetro da haste das plantas (Tabela 46) indicou que o modelo linear ajustou-se

melhor aos dados, apresentando coeficiente de determinação (R2) de 0,456. Na representação

gráfica do modelo (Figura 47), as doses aplicadas nos dois extremos e do meio (0%, 100% e

200%) mostraram os maiores aumentos, com destaque para o tratamento testemunha (0%).

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93

Tabela 46. Regressão polinomial da análise aos 29 DAT estatisticamente diferente sobre o

diâmetro da haste das plantas analisadas na CVC, Campinas - SP.

Fonte de variação GL Quadrados Médios

Reg.linear 1 0,03 ns

Reg.quadra 1 1,58 *

Reg.cúbica 1 0,03 ns

Reg.4ºgrau 1 1,93 *

Total 4 GL-resíduo=32

GL: graus de liberdade; * Significativo ao nível de 5% de probabilidade (p <0,05) pelo teste F; (ns) não significativo.

Figura 47. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da

análise aos 29 DAT estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável diâmetro da haste.

A comparação das médias da interação dos fatores formas de cultivo (Fc) versus as

doses de biofertilizante (Db) sobre a variável altura das plantas aos 8 e 136 DAT (Figura 48, a; b)

confirmaram que inicialmente na análise aos 08 DAT os vasos apresentaram os maiores

incrementos na altura em função das doses de biofertilizante, sendo estatisticamente diferente em

relação aos canteiros somente nas duas primeiras doses (0 e 50%). Na análise aos 136 DAT,

houve uma tendência de estabilização de crescimento das plantas nos vasos e canteiros em função

das doses de aplicação de biofertilizante, sendo identificado incremento estatístico somente para

o tratamento sem aplicação de biofertilizante (0%) para a forma de cultivo em canteiros.

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94

Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 48. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante sobre a variável altura das plantas analisada na CVC; (a) 08 DAT; (b) e 136 DAT.

As médias da interação dos fatores Fc x Db sobre a variável diâmetro da haste das

plantas nas análises aos 8 e 29 e 48 DAT (Figura 49, a; b; c) mostraram que inicialmente na

análise aos 08 DAT, os vasos apontaram os maiores valores diferentes estatisticamente, aos

verificados nos canteiros em função das doses de biofertilizante, exceto para a dose de aplicação

150%. Nas demais análises (29 e 48 DAT), os valores do diâmetro da haste das plantas

registrados nos canteiros, sobrepuseram aos observados na forma de cultivo em vasos,

independentes das doses de biofertilizante, à,exceção das doses de aplicação intermediárias (50,

100 e 150%) na análise aos 29 DAT.

Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 49. Médias da interação dos fatores formas de cultivo versus as doses de biofertilizante

sobre a variável diâmetro da haste ou colo das plantas analisada na CVC; (a) 08 DAT; (b) 29

DAT; (c) 48 DAT.

(a) (b)

(a) (b) (c)

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95

As médias da interação desses fatores (Fc x Db) sobre a TCAD mostraram inicialmente

na análise aos 08 DAT (Figura 50, a) os canteiros com os melhores resultados em termos

estatísticos para todas as doses aplicadas de biofertilizante, à exceção, da dose 150%. A análise

subsequente aos 113 DAT (Figura 50, b) , registrou uma tendência decrescente de crescimento da

TCAD nas duas formas de cultivo ao longo das doses de biofertilizante, e a dose recomendada

pelo fabricante atingiu um incremento diferenciado em relação às demais doses nos vasos.

Contudo, ressalta-se o alto coeficiente de variação destas variáveis, a partir da segunda análise

(29 DAT), provocado pela discrepância entre os dados observados e as doses de biofertilizante

aplicadas.

Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Figura 50. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de

biofertilizante sobre a variável taxa média de crescimento absoluto do diâmetro analisado na

CVC; (a) aos 08 DAT; (b) aos 113 DAT.

Anjos Soares et al. (2011), em pesquisas da TCAA e TCAD em diferentes fases de

desenvolvimento (FD) e lâmina de irrigação (L) na cultura do tomateiro de crescimento

determinado em ambiente protegido, não verificaram diferença estatística para a TCAA; somente

para a variável TCAD. No entanto, os autores, afirmam que a interação dos fatores sobre esta

variável, ajusta-se melhor ao modelo quadrático.

Apesar dos incrementos significativos sobre altura e diâmetro da haste das plantas

destacados nesta pesquisa nos diferentes tratamentos, os resultados discordam dos alcançados por

Gomes et al. (2011), ao avaliarem essas variáveis (altura e diâmetro da haste) em tomateiro cereja

em sistema hidropônico com rejeitos de dessalinização em ambiente protegido nas condições de

Mossoró-RN. Os autores não identificaram efeito significativo dos tratamentos sobre as variáveis,

(a) (b)

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96

o que pode ser justificado pelo sistema de produção, tratamentos e reduzido período de análises

(até 42 DAT).

6.2.3.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC)

Assim como nos ambientes de produção anteriores, ocorreu somente uma análise

significativa aos 136 DAT (Apêndice O) tanto para as formas de cultivo quanto para as doses de

aplicação do biofertilizante.

Na comparação das médias (Tabela 47), notou-se que nos vasos os valores de IRC

permaneceram acima dos verificados para os canteiros até a análise aos 68 DAT. A partir desta

análise, os valores registrados nos canteiros sobrepuseram-se aos vasos, só diferenciando

estatisticamente na análise aos 136 DAT. As médias em algumas análises nas duas formas de

cultivo mostraram valores abaixo da faixa nutricional recomendada de N correlacionado pelo

equipamento SPAD (<35,0), podendo ter ocasionado deficiência desse elemento nas plantas sem

sintomas aparentes, haja vista a reposição constante do composto orgânico no solo.

Tabela 47. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVC em função

dos estádios de desenvolvimento das plantas e diferentes tratamentos, Campinas – SP.

Causa de

variação

Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Índice Relativo de Clorofila (IRC)

Canteiros 26,63a 33,96a 38,74a 38,04a 32,61a 34,17a 36,68a 37,31a 39,05a

Vasos 28,21a 34,07a 39,64a 39,62a 31,92a 33,48a 33,04b 35,9a 37,55a

Médias 27,42 34,02 39,19 38,83 32,27 33,83 34,86 36,61 38,30

CV Médio (%) 9,26 4,47 8,20 6,69 9,55 8,31 8,98 8,76 6,35 Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05); Estádio I:

Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

A análise de regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante na análise aos

136 DAT sobre o IRC das folhas das plantas (Tabela 48) admitiu que o modelo linear melhor se

ajustou aos dados, com coeficiente de determinação (R2) de 59,60% e de correlação entre os

tratamentos de 77,24%. A representação gráfica do modelo (Figura 51) indicou uma tendência

crescente de crescimento do índice relativo de clorofila ao longo das doses de aplicação de

biofertilizante.

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97

Tabela 48. Regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente sobre o

índice relativo de clorofila analisado na CVC, Campinas - SP.

Fonte de variação GL Quadrados Médios

Reg.linear 1 79,39 *

Reg.quadra 1 2,89 ns

Reg.cúbica 1 50,13 ns

Reg.4ºgrau 1 0,67 ns

Total 4 GL-resíduo=32

GL: graus de liberdade; * Significativo ao nível de 5% de probabilidade (p <0,05) pelo teste F; (ns) não significativo.

Figura 51. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da

análise aos 136 DAT estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável Índice relativo de

clorofila.

6.2.3.3 Avaliação dos dados produtivos

A análise de variância contida na Tabela 49 significância estatística ao nível de 5% e 1%

de probabilidade sobre as variáveis; massa média dos frutos e massa seca total, respectivamente,

somente para os tratamentos com as formas de cultivo, ficando as demais variáveis indiferentes

aos demais tratamentos.

Tabela 49. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVC em função dos

diferentes tratamentos, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

PT

(kg m-2

)

PC

(kg m-2

)

Frutos

planta-1

Massa

média dos

frutos (g)

Frutos

racimo-1

Massa seca

total (g)

F. cultivo (A) 1 4,010ns 3,389ns 2145,94ns 4,133* 0,654ns 136357,80**

D. biofertilizante (B) 4 0,300ns 0,318ns 736,71ns 0,137ns 0,185ns 3527,28ns

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98

(continuação)

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

PT

(kg m-2

)

PC

(kg m-2

)

Frutos

planta-1

Massa

média dos

frutos (g)

Frutos

racimo-1

Massa seca

total (g)

(A x B) 4 0,128ns 0,100ns 304,16ns 0,123ns 0,136ns 676,82ns

Resíduos A 8 2,173 1,979 3210,00 0,462 1,164 11642,54

Resíduos B 32 0,361 0,31 647,64 0,121 0,396 1456,99

CV (%) a 38,21 38,19 27,44 8,52 22,76 25,25

b 15,59 15,13 12,32 4,37 13,27 8,93 F: formas; D: doses; GL: grau de liberdade; PT: produtividade total; PC: produtividade comercial; **, * Significativo ao nível de

1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não significativo.

Na comparação das médias (Tabela 50), foi visto que a forma de cultivo em canteiros

destacou-se pela média sempre acima das registradas para a forma de cultivo em vasos, no

entanto, expressou significância estatística somente para as variáveis massa média dos frutos e

massa seca da parte aérea total. Os canteiros proporcionaram um incremento na massa seca da

parte aérea total de 104,45g, mas esse incremento não se converteu em aumento de produção,

estabelecendo, dessa forma, uma planta apenas com alto vigor vegetativo, certamente em virtude

do sombreamento proporcionado pela tela termorrefletora sem movimentação.

Tabela 50. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVC em função dos diferentes

tratamentos, Campinas – SP.

Fonte de variação PT

(kg m-2

)

PC

(kg m-2

)

Frutos

planta-1

Massa

média dos

frutos (g)

Frutos

racimo-1

Massa seca

total (g)

Canteiros

0 4,31 4,1 219 8,39 4,99 503,52

50 3,97 3,78 211 8,02 4,84 458,38

100 4,28 4,07 226 8,07 5,12 467,45

150 3,76 3,58 193 8,34 4,57 460,97

200 4,40 4,19 216 8,52 4,77 507,46

Médias 4,14 a 3,95 a 213 a 8,27 a 4,86a 479,56 a

Vasos

0 3,71 3,53 206 7,74 4,84 372,22

50 3,60 3,43 198 7,79 4,67 360,87

100 3,45 3,29 196 7,57 4,48 379,73

150 3,45 3,29 192 7,7 4,52 361,9

200 3,66 3,58 203 7,69 4,62 400,85

Médias 3,75 a 3,43 a 199 a 7,70 b 4,63a 375,11 b PT: produtividade total; PC: produtividade comercial: Médias seguidas da mesma letra na coluna não se diferem estatisticamente

pelo teste de Tukey (p<0,05).

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99

6.2.3.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção

As análises de variância dos dados qualitativos constam do Apêndice P. Os resultados

especificaram alta significância estatística para os tratamentos com as formas de cultivo sobre

todas as variáveis analisadas, com exceção apenas da acidez titulável e dos intervalos de colheita

sobre todas as variáveis analisadas. As doses de biofertilizante mantiveram-se indiferentes

estatisticamente às variáveis. Houve interação dos fatores formas de cultivo (TA) com os

intervalos de colheita (TC) para todas as variáveis, menos o diâmetro equatorial e a acidez

titulável.

A Tabela 51 mostra a comparação das médias dos tratamentos com significância, cujos

resultados se comportaram semelhantes às demais casas de vegetação, com os canteiros

oferecendo os melhores resultados para os padrões comerciais dos frutos (massa média dos

frutos, diâmetro longitudinal e equatorial), e os vasos os melhores resultados ao sabor (ºBrix e

pH).

Tabela 51. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVC em função dos

diferentes tratamentos, Campinas – SP.

Tratamentos

Diâmetro

Longitudinal

(mm)

Diâmetro

Equatorial

(mm)

Massa

média (g)

Sólidos

solúveis

(oBrix)

pH

Acidez

titulável

(g/100g de

ácido cítrico)

Canteiros 28,324 a 21,957 a 8,951 a 5,746 b 4,296 b 0,403 a

Vasos 26,842 b 21,436 b 7,704 b 6,400 a 4,367 a 0,409 a

95 DAT 30,545 a 23,517 a 10,285 a 4,975 c 3,932 c 0,424 a

110 DAT 28,666 b 23,300 a 8,820 b

135 DAT 25,778 d 20,903 b 7,254 c 5,985 b 4,410 b 0,416 a

180 DAT 26,811 c 20,145 c 7,721 c

208 DAT 26,117 cd 20,592 bc 7,558 c 7,260 a 4,653 a 0,381 b

Médias 27,578 21,6880 8,3270 6,070 4,330 0,403

CV (%) 5,75 4,78 13,77 7,19 2,35 9,44 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

A comparação das médias da interação das formas de cultivo dentro dos intervalos de

colheita (Fc/Ic) e dos intervalos de colheita dentro das formas de cultivo (Ic/Fc) para a variável

diâmetro longitudinal encontra-se na Tabela 52, e da variável massa média dos frutos na Tabela

53. Os dados indicam que as duas variáveis se comportaram de forma semelhante, apresentando

os melhores resultados em termos estatísticos para a forma de cultivo em canteiros ao longo dos

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100

intervalos de colheitas. Todavia, as duas variáveis diminuíram ao longo dos intervalos de

colheita.

Tabela 52. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e

diferentes intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP.

Formas de

cultivo

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 110 135 180 208

Canteiros 31,76 aA 29,74 aB 25,91 aD 27,60 aC 26,59 aD 28,32

Vasos 29,32 bA 27,59 bB 25,64 aC 26,01 bC 25,64 bC 26,84

Médias 30,54 28,665 25,775 26,805 26,115 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 53. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes

intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP.

Formas de

cultivo

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 110 135 180 208

Canteiros 11,76 aA 9,54 aB 7,44 aC 8,17 aC 7,84 aC 8,91

Vasos 8,80 bA 8,10 bAB 7,06 aC 7,27 bBC 7,27 aBC 7,70

Médias 10,18 8,82 7,25 7,72 7,555 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Quanto às variáveis relativas ao sabor, as médias desta mesma interação ((Fc/Ic) e

(Ic/Fc)) para a variável sólidos solúveis (Tabela 54) e pH (Tabela 55) mostraram tendências

semelhantes, porém, ao contrário das variáveis relacionadas à qualidade comercial, houve uma

melhoria desses atributos (sólidos solúveis e pH) em função do tempo de colheita nas duas

formas de cultivo, em especial para a forma de cultivo em vasos.

Tabela 54. Médias dos sólidos solúveis (ºBrix) em função das formas de cultivo e diferentes

intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP.

Formas de cultivo

(DAT)

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 135 208

Canteiros 4,61 bC 5,59 bB 6,84 bA 5,68

Vasos 5,34 aC 6,18 aB 7,68 aA 6,40

Médias 4,975 5,885 7,26

Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

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101

Tabela 55. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo

e diferentes intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP.

Formas de cultivo

(DAT)

Intervalos de colheita (DAT) Médias

95 135 208

Canteiros 3,86 bC 4,41 aB 4,61 bA 4,29

Vasos 4,00 aC 4,40 aB 4,69 aA 4,30

Médias 3,93 4,405 4,55

Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

6.3 ANÁLISE CONJUNTA DOS DADOS

6.3.1 Dados de crescimento das plantas

Nos Apêndices Q e R visualizam-se as análises de variância referentes às avaliações do

crescimento das plantas ao longo da produção da cultura em função dos estádios de

desenvolvimento e diferentes tratamentos. As análises mostraram que houve influência estatística

dos tratamentos (ambientes e formas de cultivo) sobre as variáveis altura e diâmetro da haste das

plantas ao longo dos estádios fenológicos pesquisados. Os tratamentos com as doses de

biofertilizante não apontaram diferença estatística sobre as variáveis analisadas.

A TCAA mostrou influência estatística nas análises aos 29, 68, 88, 113 e 184 DAT para

os tratamentos com os ambientes. Os tratamentos com as formas de cultivo foram semelhantes

até o final do estádio vegetativo II, e, a partir de então, indicou significância apenas para as

análises aos 136 e 159 DAT. Houve interações dos fatores ambientes (TA) versus as formas de

cultivo (TB) aos 29, 68 e 159 DAT e dos fatores TB x doses de biofertilizante (TC) na análise aos

136 DAT.

A variável diâmetro da haste das plantas mostrou-se altamente significativa para os

tratamentos com os ambientes e formas de cultivo, registrando também interação dos fatores

ambientes (TA) versus as formas de cultivo (TB) aos 8 e 29 DAT e dos fatores TB x doses de

biofertilizante (TC) na análise aos 8 DAT. Sua TCA apresentou somente uma análise

estatisticamente diferente das demais aos 48 DAT para os tratamentos com os ambientes,

enquanto para as forma de cultivo nas análises 8, 29 e 48 DAT.

Conforme observado nas análises individuais dos ambientes de produção, a variável

TCAD mostrou alto coeficiente de variação, provavelmente relacionado a erros ao manusear o

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102

equipamento de medição, visto a dificuldade de ser utilizado sempre na mesma posição, altura,

ângulo etc., no momento da coleta de dados.

Na comparação das médias inclusas nas Tabelas 56 e 57, foi possível observar que, até a

análise aos 68 DAT, as plantas apresentaram maior crescimento em altura e taxa de crescimento

absoluto na casa de vegetação A, na forma de cultivo em vaso. Depois, até o final das análises, a

casa de vegetação C sobrepôs-se às demais casas, que se comportaram indiferentes entre si (A e

B), bem como para as formas de cultivo. Este incremento no crescimento das plantas pode ser

relativo ao maior grau de sombreamento provocado pela tela termorrefletora fixa em comparação

às demais casas, principalmente nesse estádio de desenvolvimento, que coincidiu com o período

de elevação das variáveis micrometeorológicas (temperatura e umidade relativa do ar).

Tabela 56. Médias dos dados de crescimento (altura e sua taxa de crescimento absoluto) das

plantas de tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas – SP.

Causa de

variação

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Altura das plantas (cm)

Casa A 13,70 a 61,29 a 118,92 a 194,29 a 288,38 a 372,80 b 439,94 b 510,08 b 599,06 b

Casa B 12,56 b 55,25 b 113,14 b 174,98 c 285,22 a 373,54 b 439,24 b 509,98 b 605,94 ab

Casa C 12,30 b 54,21 b 114,62 b 181,43 b 292,46 a 387,72 a 452,44 a 527,22 a 614,32 a

Canteiros 12,23 b 54,46 b 114,08 b 177,96 b 288,22 a 379,52 a 443,32 a 518,36 a 610,04 a

Vasos 13,47 a 59,37 a 117,04 a 189,16 a 289,14 a 376,52 a 444,42 a 513,16 a 602,84 a

CV (%) 10,8 7,87 6,78 5,99 5,43 5,21 4,94 5,18 5

Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)

Casa A 2,266 a 3,033 a 3,76 a 4,72 b 3,376 b 2,919 a 3,049 a 3,707 ab

Casa B 2,032 b 3,046 a 3,09 c 5,51 a 3,58 ab 2,856 a 3,084 a 3,998 a

Casa C 1,99 b 3,179 a 3,34 b 5,55 a 3,810 a 2,813 a 3,251 a 3,629 b

Canteiros 2,010 b 3,137 a 3,19 b 5,52 a 3,651 a 2,774 b 3,262 a 3,820 a

Vasos 2,185 a 3,035 a 3,60 a 4,99 b 3,526 a 2,952 a 2,994 b 3,736 a

CV (%) 10,41 11,26 13,95 14,83 17,56 16,54 21,76 20,75 Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 57. Médias dos dados de crescimento (diâmetro e sua taxa de crescimento absoluto) das

plantas de tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas – SP.

Causa de

variação

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Diâmetro do Caule (mm)

Casa A 3,85 a 9,235 a 11,202 a 11,92 a 12,65 a 13,207 a 13,741 a 14,404 a 15,163 ab

Casa B 3,49 b 9,031 a 11,092 a 11,96 a 12,76 a 13,429 a 14,024 a 14,637 a 15,415 a

Casa C 3,57 b 9,083 a 10,698 b 11,42 b 12,13 b 12,694 b 13,225 b 13,812 b 14,604 b

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103

(Continuação)

Causa de

variação

Estádio I (DAP) Estádio II (DAT) Estádio II (DAT)

8 68 68 68 88 113 136 159 184

Canteiros 3,38 b 9,33 a 11,646 a 12,60 a 13,39 a 13,976 a 14,484 a 15,140 a 16,043 a

Vasos 3,89 a 8,89 b 10,349 b 10,94 b 11,64 b 12,244 b 12,843 b 13,428 b 14,078 b

CV (%) 13,99 7,53 6,64 6,02 7,14 7,57 7,46 7,62 8,88

Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)

Casa A 0,256 a 0,094 a 0,034 a 0,034 a 0,026 a 0,025 a 0,031 a 0,036 a

Casa B 0,263 a 0,098 a 0,041 a 0,038 a 0,031 a 0,028 a 0,029 a 0,037 a

Casa C 0,262 a 0,076 b 0,034 a 0,033 a 0,026 a 0,025 a 0,027 a 0,037 a

Canteiros 0,283 a 0,109 a 0,045 a 0,037 a 0,027 a 0,024 a 0,031 a 0,043 a

Vasos 0,237 b 0,069 b 0,028 b 0,033 a 0,028 a 0,028 a 0,027 a 0,030 b

CV (%) 15,55 41,23 78,16 87,78 84,23 60,31 78,32 88,02 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de

Tukey (p<0,05).

Associados ao maior crescimento das plantas na CVC ao longo da produção registraram-

se os menores valores em termos estatísticos para o diâmetro da haste das plantas, tendo como

destaque a forma de cultivo em vasos. As casas A e B apontaram tendências semelhantes

estatisticamente. A TCAD mostrou semelhanças entre os dados avaliados nas casas A e B, no

entanto, os dados registrados para a forma de cultivo em canteiros sobrepuseram-se aos vasos.

De forma geral, as plantas atingiram maior crescimento e menor diâmetro do caule ou

haste na CVC, entretanto, a taxa de crescimento absoluto variou bastante ao longo das análises,

com pico de crescimento em torno de 88 DAT, chegando a 5,55 cm dia-1

. Apesar desse pico, as

plantas mantiveram taxa média de crescimento acima de 3,00 cm dia-1

, o que é considerado alto,

por tratar-se de um sistema produtivo orgânico e ao verificado por Anjos Soares et al. (2011) de

0,80 cm dia-1

na fase vegetativa para cultura em sistema de produção convencional em ambiente

protegido.

A regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante sobre a variável taxa de

crescimento absoluto da altura das plantas na análise aos 136 DAT (Tabela 58), que apresentou

incremento significativo, mostrou que o modelo cúbico ajustou-se melhor aos dados, tendo

coeficiente de determinação (R2) de 94,26%. Na representação gráfica do modelo (Figura 52),

verificou-se que a dose aplicada de 150% gerou o maior pico de crescimento, com posterior

decréscimo para a dose de 200%.

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104

Tabela 58. Análise de regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente,

sobre a variável TCAA em análise conjunta, Campinas – SP.

Fonte de variação GL Quadrados Médios

Reg.linear 1 0,459 ns

Reg.quadra 1 0,043 ns

Reg.cúbica 1 1,770**

Reg.4ºgrau 1 0,138 ns

Total 4 GL-resíduo=120

GL: graus de liberdade; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F; (ns) não

significativo.

Figura 52. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da

análise aos 136 DAT estatisticamente diferente, sobre a variável TCAA em análise conjunta.

As médias da interação dos fatores casas de vegetação dentro das formas de cultivo, e

das formas de cultivo dentro das casas de vegetação para a variável altura de plantas nas análises

aos 29 e 48 encontram-se nas Tabelas 59 e 60. Os resultados indicaram que a CVA apresentou os

melhores resultados com a forma de cultivo em canteiros entre as casas, porém, dentro do mesmo

ambiente, não se diferenciou estatisticamente dos vasos. Nos demais ambientes (B e C), apesar de

não serem díspares entre si, houve uma diferenciação estatística entre as formas de cultivo, com

destaque para os valores registrados para os vasos.

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105

Tabela 59. Médias da altura das plantas (cm) nos ambientes de produção e diferentes formas de

cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas – SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 60,86 aA 61,72 aA 61,29

Casa B 50,96 bB 59,54 abA 55,25

Casa C 51,56 bB 56,86 bA 54,21

Médias 54,46 59,37 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 60. Médias da altura das plantas (cm) nos ambientes de produção e diferentes formas de

cultivo na análise aos 48 DAT em análise conjunta, Campinas – SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 119,72 aA 118,12 aA 118,92

Casa B 109,32 bB 116,96 aA 113,14

Casa C 113,20bA 116,04 aA 114,62

Médias 114,08 117,04 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Na comparação das médias da variável taxa de crescimento absoluto da altura das

plantas nas análises aos 29, 68 e 159 DAT, (Tabelas 61, 62 e 63), verificou-se que os dados

mostraram o mesmo desempenho em relação à altura das plantas. Aos 68, entretanto, os vasos se

comportaram de forma diferente dos canteiros na CVA e na análise aos 159 DAT as formas de

cultivo não se diferenciaram entre si nos ambientes de produção B e C.

Tabela 61. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos

ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta,

Campinas – SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 2,263 aA 2,268 aA 2,27

Casa B 1,859 bB 2,206 abA 2,03

Casa C 1,909 bB 2,082 bA 2,00

Médias 2,01 2,19 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

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106

Tabela 62. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos

ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 68 DAT em análise conjunta,

Campinas – SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 3,55 aB 3,98 aA 3,77

Casa B 2,89 bB 3,29 bA 3,09

Casa C 3,13 bB 3,54 bA 3,34

Médias 3,19 3,60 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 63. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos

ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 159 DAT em análise

conjunta, Campinas – SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 2,99 bA 3,10 aA 3,05

Casa B 3,22 abA 2,94 aA 3,08

Casa C 3,56 aA 2,93 aB 3,25

Médias 3,26 2,99 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

A forma de aplicação das doses de biofertilizante pode influir nos resultados, pois,

segundo estudos de Araújo et al. (2007), a associação de composto orgânico com a aplicação de

biofertilizante via foliar proporcionou melhor interação com a produção da cultura do pimentão,

vista a associação com aplicação via solo. Os autores asseguram que a aplicação de biofertilizante

via foliar atendeu às exigências nutricionais do pimentão, em função do fornecimento equilibrado

de macro e micronutrientes do solo.

Na comparação das médias da interação dos tratamentos formas de cultivo em função

das doses de biofertilizante na análise aos 136 DAT (Tabela 64), observou-se que somente a dose

150% se diferenciou estatisticamente da forma de cultivo em canteiros, porém não se

diferenciando ao longo das demais doses na mesma forma de cultivo.

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107

Tabela 64. Médias da taxa de crescimento absoluto altura das plantas (TCAA) (cm) nas formas

de cultivo em função das doses de biofertilizante na análise aos 159 DAT em análise conjunta,

Campinas – SP.

Formas de

cultivo

Doses de biofertilizante (%) Médias

0 50 100 150 200

Canteiros 2,91 a 2,66 a 2,82 a 2,71 b 2,73 a 2,77

Vasos 2,83 a 2,71 a 2,75 a 3,43 a 3,01 a 2,95

Médias 2,87 2,69 2,79 3,07 2,87 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Assim como as variáveis anteriores (altura e TCAA), as médias da interação dos fatores

casas de vegetação em função das formas de cultivo sobre o diâmetro da haste e sua taxa de

crescimento absoluto (Tabelas 65; 66; 67), mostraram comportamento estatísticos semelhantes.

Inicialmente a CVA obteve os melhores resultados em relação às casas (B e C), todavia não se

diferindo entre as formas de cultivo. Ao longo das demais análises, as casas ficaram praticamente

indiferentes em termos estatísticos, no entanto, as formas de cultivo em canteiro apresentaram os

melhores resultados.

Tabela 65. Médias do diâmetro da haste das plantas (mm) nos ambientes de produção e

diferentes formas de cultivo na análise aos 8 DAT em análise conjunta, Campinas – SP.

.Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 3,78 aA 3,91 aA 3,85

Casa B 3,12 bB 3,85 aA 3,49

Casa C 3,23 bB 3,91 aA 3,57

Médias 3,38 3,89

Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 66. Médias do diâmetro da haste das plantas (mm) nos ambientes de produção e

diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas – SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 9,49 aA 8,97 aB 9,23

Casa B 9,06 aA 8,99 aA 9,03

Casa C 9,45 aA 8,71 aB 9,08

Médias 3,38 3,89 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

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108

Tabela 67. Médias da taxa de crescimento absoluto do diâmetro da haste das plantas (TCAD)

(mm) nos ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 48 DAT em

análise conjunta, Campinas - SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 0,114 aA 0,075 aB 0,09

Casa B 0,129 aA 0,067 aB 0,10

Casa C 0,086 bA 0,067 aA 0,08

Médias 0,11 0,07 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

6.3.2 Análises dos dados do índice relativo de clorofila (IRC)

Nos resultados das análises de variância constantes no Apêndice S, verificou-se que

houve uma variação significativa desta variável entre as casas de vegetação e formas de cultivo,

de acordo com os estádios de desenvolvimento das plantas. As doses de biofertilizante, por sua

vez, não apresentaram relevância estatística sobre as variáveis analisadas, o que pode ser

explicado pelo fato de os biofertilizantes não estarem relacionados à liberação direta de N como

fertilizante, mas apenas como melhorador das atividades microbiológicas do solo e ativador

enzimático do metabolismo vegetal (PRATES e MEDEIROS, 2001). Silva Alves et al. (2009),

avaliando o estado nutricional da cultura do pimentão com a aplicação via solo de diferentes tipos

de biofertilizantes, nas condições climáticas da Paraíba-PI, ressaltam que não houve efeito

significativo de nenhum dos tipos de biofertilizantes sobre a variável N (nitrogênio) registradas

nas folhas das plantas.

Deve-se enfatizar que, ao longo dos resultados, verificou-se um baixo coeficiente de

variação (CV) para todas as varáveis analisadas, o que revela boa precisão nos valores de

determinação do índice relativo de clorofila pelo equipamento (SPAD) para a cultura.

Na comparação das médias para os tratamentos com significância estatística (Tabela 68)

foi concluído, de forma geral, que a casa de vegetação A forneceu as melhores médias para a

forma de cultivo em canteiros, exceto para a análise aos 8 DAT. Os valores registrados nesse tipo

de cultivo (canteiros) ficaram acima de 35,00 unidades SPAD, dentro da variação (35,50 a 46,50)

obtida por Guimarães et al. (1999) para a cultura em sistema convencional, a qual os autores

concordam estar dentro da faixa nutricional recomendada de N para a cultura.

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109

As demais casas de vegetação B e C praticamente não indicaram diferença estatística

significativa entre si, com exceção da primeira análise que mostrou a CVC estatisticamente igual

à CVA. Neste sentido, os resultados permitiram deduzir que a adubação com composto orgânico

proporcionou boa nutrição do elemento N para as plantas. De acordo com dados de Cavalcante et

al. (2012), em avaliação do estado nutricional da cultura do pinheiro sob adubação orgânica à

base de esterco bovino e cama de frango, independentemente da fonte de matéria orgânica

aplicada, o incremento das doses elevou os teores de nitrogênio, fósforo e potássio da matéria

seca foliar da cultura.

Tabela 68. Médias dos dados da variável índice relativo de clorofila das folhas das plantas de

tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas - SP.

Causa de

variação

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Índice relativo de clorofila

Casa A 27,92a 36,58a 37,59b 38,26a 35,02a 37,07a 36,24a 36,28a 36,57b

Casa B 25,62b 34,16b 39,14a 38,24a 33,42b 34,19b 35,11b 37,39a 38,86a

Casa C 27,42a 34,01b 39,19a 38,83a 32,26b 34,83b 34,86b 36,61a 38,30a

Canteiros 26,54b 35,27a 38,73a 38,27a 34,30a 35,15a 36,38a 36,85a 38,62a

Vasos 27,46a 34,56b 38,54a 38,62a 32,83b 34,91a 34,43b 36,67a 37,20b

CV (%) 7,09 4,7 8,07 5,65 8,25 9,71 8,35 8,11 7,17

CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de

Tukey (p<0,05).

Certamente, os resultados alcançados na CVA sobre esta variável estão ligados à

condição micrometeorológica controlada em função das condições edafoclimáticas da cultura, o

que de certa forma favoreceu a atividade microbiana do solo na composição do composto

orgânico, resultando numa maior taxa de liberação de N na forma absorvível pelas plantas.

As médias da interação dos ambientes de produção dentro das formas de cultivo, e das

formas de cultivo dentro dos ambientes de produção nas análises aos 29 e 68 DAT são

apresentadas nas Tabelas 69 e 70. A CVA se sobrepôs às outras casas (B e C) nas duas formas de

cultivo, com melhores resultados nos vasos. As casas de vegetação B e C não revelaram diferença

estatística entre si, nem entre as formas de cultivo, exceto para a análise aos 68 DAT, em que a

forma de cultivo em vasos se destacou em relação aos canteiros.

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110

Tabela 69. Médias do índice relativo de clorofila (IRC) (unidades SPAD) nos ambientes de

produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas -

SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 37,92 aA 35,24 aB 36,58

Casa B 33,95 bA 34,38 bA 34,17

Casa C 33,96 bA 34,07 bA 34,02

Médias 35,28 34,56 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 70. Médias do índice relativo de clorofila (IRC) (unidades SPAD) nos ambientes de

produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 68 DAT em análise conjunta, Campinas -

SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 39,06 aA 37,46 bB 38,26

Casa B 37,71 aA 38,78 abA 38,25

Casa C 38,04 aB 39,62 aA 38,83

Médias 38,27 38,62 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

6.3.3 Análises dos dados de produção

No Apêndice T são destacados os resultados das análises de variância dos dados

produtivos analisados nesta pesquisa. Esses dados expressaram significância estatística ao nível

de 1% de probabilidade para todas as variáveis analisadas em função das diversas casas de

vegetação. Para os tratamentos com as formas de cultivo, estes geraram significância em pelo

menos 5% de probabilidade para as variáveis produtividade, massa de frutos e massa seca total.

Os demais tratamentos, bem como suas interações, não apontaram diferença significativa sobre as

variáveis analisadas.

Feita a comparação das médias dos tratamentos (Tabela 71), observou-se que a CVB obteve

os melhores resultados para todas as variáveis analisadas, não se diferenciando apenas da CVA

para a variável massa média dos frutos. A produtividade total e comercial e massa seca total não

se diferiram entre as casas de vegetação A e B. No entanto, houve diferenciação estatística para

as variáveis número de frutos por planta, racimo e massa média dos frutos. Essas variáveis são de

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111

suma importância na quantificação da produção, tendo em vista sua dependência simultânea para

o aumento da produtividade, conforme Azevedo et al. (2010), em avaliação da produção orgânica

de minitomate.

Tabela 71. Média dos diferentes dados de produção nos ambientes de produção e formas de

cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.

Tratamentos PT

(kg m-2

)

PC

(kg m-2

)

Frutos

planta-1

Massa

média dos

frutos (g)

Frutos

Racimo

Massa

Seca Total

(g)

Casa de vegetação A 3,86 b 3,681 b 189,56 c 8,723 a 4,36 c 441,96 b

Casa de vegetação B 4,46 a 4,254 a 221,42 a 8,632 a 5,12 a 501,97 a

Casa de vegetação C 3,85 b 3,674 b 205,91 b 7,982 b 4,76 b 427,33 b

Canteiros 4,21 a 4,014 a 207,133 a 8,694 a 4,82 a 496,39 a

Vasos 3,91 a 3,726 b 204, 126 a 8,198 b 4,66 a 417,78 b

CV (%) 17,86 17,54 14,14 5,51 15,91 15,50 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de

Tukey (p<0,05).

A forma de cultivo em canteiros registrou os melhores resultados de produção, exceto as

variáveis número de frutos por planta e racimo. Considerando o incremento da produtividade

comercial de 288 g obtida entre canteiros e vasos, massa média dos frutos e ainda massa seca

total da parte aérea, mesmo significativa para os canteiros, o cultivo em vasos pode apresentar

resultados econômicos relevantes ao produtor, em razão das vantagens no manejo fitossanitário,

adubação e irrigação.

De modo geral, a casa de vegetação B associada à produção em canteiros mostrou os

melhores incrementos de produção em todo o conjunto das variáveis analisadas. Assim, esta casa

apresentou média de produtividade comercial de 4,25 kg m-2

, frutos planta-1

(222), massa média

dos frutos (8,63 g) (referência da cultivar 10 g frutos-1

), frutos racimo-1

(5,12) e massa seca da

parte aérea total de 501,97 g planta-1

. O incremento produtivo em relação aos demais ambientes

(A e C) refere-se ao benefício micrometeorológico proporcionado pela movimentação da tela

termorrefletora ao longo do dia, reduzindo a carga de radiação incidente não utilizada pelas

plantas para a realização de fotossíntese e consequentes perdas de energia com respiração de

manutenção. Contudo, controlar o ambiente de produção em função das condições

edafoclimáticas para a cultura, aplicando tecnologias comumente utilizadas em outros países para

modificação micrometeorológica, nem sempre é a melhor opção, pois a cultura pode não

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112

responder produtivamente à altura do esperado, que justifique os custos das tecnologias

aplicadas, gerando assim custos desnecessários.

Comparando-se os resultados desta pesquisa aos da literatura nacional e internacional,

estes mostraram grande relevância para o sistema de produção. Toledo et al. (2011), trabalhando

com a cultivar Chadwick Cherry sob manejo orgânico de produção a campo nas condições de

Minas Gerais, observaram uma média de 15 frutos racimo-1

e produtividade média comercial de

0,677 kg m-2

.

Azevedo et al. (2010), em avaliação da produtividade de minitomate em função do

espaçamento e sistema de condução em cultivo orgânico a campo, descreveram produtividade em

torno de 1,0 kg m-2

e 115 frutos planta-1

, valores muito abaixo ao encontrado neste estudo,

provavelmente em virtude do ambiente de cultivo e do número de dias do ciclo de produção.

Guilherme et al. (2014), trabalhando com esta mesma cultivar (Carolina) e sistema de produção,

obtiveram média de 64 frutos planta-1

e produtividade média total para diâmetro entre 25 a 30

mm em torno de 5,39 kg m2, no entanto os autores conferiram massa media dos frutos de 30,0 g,

cerca de 3,5 vezes maior ao verificado nesta pesquisa (8,50 g), certamente por tratar-se de

cultivar com características de produção diferente.

Dados produtivos de tomate longa vida em ambiente protegido com tela de

sombreamento de 50% nas laterais, destacados por Reis et al. (2013), em ciclo curto e manejo da

adubação convencional, mostraram produtividade de 4,92 kg m-2

, valor próximo ao encontrado

nesta pesquisa, porém baixo quando considerados a massa média do frutos (158,14 g) e o manejo

da adubação.

Leyva et al. (2013) observaram produtividade média de 1,10 kg m-2

(2,20 plantas m-2

) e

massa média de 11,85 g fruto-1

em avaliação dos efeitos do controle climático em casa de

vegetação com telas de sombreamento, sobre a produção de minitomate em sistema convencional

nas condições da Espanha. Os autores encontraram valores de produção abaixo dos obtidos nesta

pesquisa, considerando a média das três casas de vegetação (3,869 kg m-2

). O fato de a massa

média dos frutos apresentar um maior incremento (3,4 g) em relação ao descrito nesta pesquisa,

pode ter como fator a própria característica da cultivar utilizada. Já Gusmão et al. (2006), em

avaliação da produtividade de tomate tipo cereja híbrido cultivado em ambiente protegido,

relataram produtividade média de 6,52 kg m-2

e 264,33 frutos planta-1

em 60 dias de produção,

com 4 plantas por m-2

. Comparando os resultados obtidos aos encontrados desta pesquisa, os

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113

mesmos são bem satisfatórios por tratar-se de sistema orgânico e cultivar comum (não híbrida),

além do menor número de plantas por m2.

6.3.4 Análises dos dados qualitativos

As análises de variância inclusas no Apêndice U, referentes aos dados médios para a

avaliação da qualidade de produção em função dos diferentes tratamentos, mostraram

significância estatística ao nível de 1% de probabilidade para todas as variáveis relacionadas ao

sabor (sólidos solúveis, pH e acidez titulável), além da massa média dos frutos em função dos

diferentes ambientes de produção.

Os tratamentos com as formas de cultivo tiveram significância em pelo menos 5% de

probabilidade para todas as variáveis, com exceção apenas da acidez titulável.

As doses de biofertilizante não apontaram diferença estatística sobre as variáveis

analisadas, bem como as interações que continham este tratamento, no entanto, a interação casas

vegetação versus formas de cultivo viabilizou incrementos diferentes sobre a variável diâmetro

equatorial, massa média dos frutos, pH e acidez titulável.

Na comparação das médias dos tratamentos (Tabela 72), notou-se que os ambientes de

produção se comportaram de forma diferente em cada variável analisada, ao passo que a massa

média dos frutos mostrou-se melhor na CVB, os sólidos solúveis na CVC, pH e acidez titulável

na CVA. Interposto aos resultados observados nos ambientes, a forma de cultivo em canteiros

alcançou os melhores resultados, à exceção do grau brix onde os vasos se sobrepuseram aos

canteiros, provavelmente em consequência da maior concentração de P2O5, ocasionado pela

relação de volume de solo.

Tabela 72. Média dos diferentes dados de qualidade nos ambientes de produção e formas de

cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.

Tratamentos

Diâmetro

longitudinal

(mm)

Diâmetro

equatorial

(mm)

Massa

média (g)

Sólidos

solúveis

(oBrix)

pH

Acidez

Titulável

(g/100g de

ácido cítrico)

Casa A 27,637 a 21,687 a 8,318 b 5,762 b 4,571 a 0,447 a

Casa B 27,767 a 21,475 a 8,813 a 5,697 b 4,204 c 0,414 b

Casa C 27,583 a 21,691 a 8,327b 6,073 a 4,332 b 0,407 b

Canteiros 28,272 a 21,705 a 8,901 a 5,514 b 4,452 a 0,426 a

Vasos 27,052 b 21,518 b 8,071 b 6,174 a 4,286 b 0,420 a Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).

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114

De forma geral, os frutos atingiram o padrão comercial para o grupo e cultivar, ficando

com diâmetro longitudinal médio em torno de 27,66 mm e equatorial de 21,61 mm e massa

média de 8,48 g. Tais resultados são próximos aos verificados por Holcman (2009) em avaliação

dessas características sob cultivo protegido, com a cultivar Sweet Grape de frutos oblongos, e aos

encontrados por Azevedo et al. (2010), em avaliação da produção orgânica de cultivares do grupo

cereja, cultivar Perinha.

O teor médio de sólidos solúveis de 5,84 ºBrix foi inferior aos registrados por Holcman

(2009), que obtiveram valores entre 9,7 e 8,7 ºBrix para as cultivares Sweet Grape e Sweet

Million, respectivamente, sendo provável que esses resultados possam estar relacionados às

características da cultivar e do sistema de cultivo (convencional). Sobreira et al. (2010)

reportaram resultados de um ensaio de 15 acessos do grupo cereja em ambiente protegido, em

que as médias de sólidos solúveis permaneceram entre 1,82 e 6,61 ºBrix, e pH entre 4,12 e 4,60.

Araújo et al. (2014), em avaliação da qualidade físico-química de diferentes cultivares de tomate

de mesa em sistema de produção orgânica, obtiveram valores de pH (4,17 e 4,38) e sólidos

solúveis (4,97 e 6,00 oBrix), porém com acidez titulável (0,19 e 0,30 g/100g de ácido cítrico)

baixa, provavelmente decorrente das características do grupo. Charlo et al. (2009) observaram

valores de pH (4,27 e 4,28), sólidos solúveis (4,86 e 5,00 oBrix) e acidez titulável (0,18 e 0,20

g/100g de ácido cítrico) em produção de tomate de mesa em ambiente protegido e sistema de

cultivo convencional.

Thybo et al. (2006) em avaliação da qualidade química e sensorial da produção de

tomates orgânicos em diferentes formas de cultivo, encontraram sólidos solúveis (oBrix), pH e

acidez titulável (g/100g de ácido cítrico) médios de 4,75, 4,07 e 0,435 respectivamente, valores

que corroboraram aos desta pesquisa, à exceção do sólidos solúveis, que foi cerca de 19%

superior.

Quanto à comparação das médias da interação dos fatores (ambientes de produção x

formas de cultivo), as variáveis seguiram tendências diferentes em função dos tratamentos.

Assim, o diâmetro equatorial dos frutos (Tabela 73) mostrou-se melhor na CVC para a forma de

cultivo em canteiros, do que a massa média dos frutos (Tabela 74) na CVB para a mesma forma

de cultivo (Canteiros). A CVA proporcionou frutos com pH (Tabela 75) menos ácidos na forma

de cultivo em canteiros, proporcionando ainda maior acidez titulável (Tabela 76) nas duas formas

de cultivo.

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115

Tabela 73. Médias do diâmetro equatorial dos frutos (mm) nos ambientes de produção e

diferentes formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 21,72 bA 21,65 aA 21,69

Casa B 21,43 bA 21,48 aA 21,46

Casa C 21,95 aA 21,42 aB 21,69

Médias 21,70 21,52 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 74. Médias da massa média dos frutos (mm) nos ambientes de produção e diferentes

formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 8,58 bA 8,06 abB 8,32

Casa B 9,18 aA 8,44 aB 8,81

Casa C 8,95 abA 7,70 bB 8,33

Médias 8,90 8,07 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 75. Médias do potencial hidrogeniônico (pH) nos ambientes de produção e diferentes

formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 4,86aA 4,27bB 4,57

Casa B 4,19cA 4,21bA 4,20

Casa C 4,29bB 4,36aA 4,33

Médias 4,45 4,28 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

Tabela 76. Médias da acidez titulável dos frutos (g/100g de ácido cítrico) nos ambientes de

produção e diferentes formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.

Ambientes de produção Formas de cultivo

Médias Canteiros Vasos

Casa A 0,44 aA 0,44 aA 0,44

Casa B 0,425 bA 0,404 bB 0,41

Casa C 0,405 cA 0,409 bA 0,41

Médias 0,42 0,42 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo

teste de Tukey (p<0,05).

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116

6.4 Atributos químicos do solo após produção

Nas Tabelas 77 e 78 são elucidadas as análises químicas do solo após o ciclo de

produção da cultura em função dos diferentes tratamentos, e antes do início da produção, com o

solo ainda não trabalhado organicamente, respectivamente. Comparando as duas análises,

observou-se, de forma geral, que a matéria orgânica, soma de base, capacidade de troca de

cátions e saturação por base aumentaram em média 45,00; 319,65; 173,25 e 53,29%,

respectivamente, passando de uma condição de solo com baixo teor para alto teor nutricional

após o cultivo sob sistema de manejo da adubação orgânica.

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117

Tabela 77. Valores dos atributos químicos do solo mais importantes nutricionalmente após a produção orgânica de minitomate em

função das diferentes casas de vegetação, formas de cultivo e doses de biofertilizante, Campinas - SP.

Casas de

vegetação

Formas

cultivo

Doses de

biofertilizante

M O pH P K H+Al Soma de bases. C T C V B Zn

g dm-3

- mg dm-3

mmolc dm-3

% mg dm-3

Casa A

Canteiros

0 34 6,1 312 6 15 130 145 90 3,53 10,2

50 34 6,3 160 5,8 15 114,8 129,8 88 3,16 11,7

100 34 6,4 196 5,4 15 118,4 133,4 89 3,72 10,6

150 38 6,4 224 4,1 15 113,1 128,1 88 2,91 12,8

200 34 6,4 184 6,6 15 130,6 145,6 90 5,51 10,9

Vasos

0 44 6,9 632 5,9 13 178,9 191,9 93 2,96 14,2

50 44 6,9 576 5,6 13 165,6 178,6 93 2,41 15,3

100 42 6,9 744 4,2 13 183,2 196,2 93 2,17 16,7

150 48 6,9 680 3,6 15 190,6 205,6 93 1,85 16,2

200 48 6,8 680 4,4 13 203,4 216,4 94 3,91 13,8

Casa B

Canteiros

0 34 6,4 304 9,4 13 136,4 149,4 91 10,34 8,8

50 32 6,4 224 11,4 15 134,4 149,4 90 10,02 9,2

100 29 6,5 224 10 13 112 125 90 5,69 8,1

150 30 6,6 248 8,8 12 133,8 145,8 92 6,18 8,9

200 32 6,7 272 9,5 13 136,5 149,5 91 6,24 9,4

Vasos

0 43 6,8 424 6,4 13 189,4 202,4 94 3,88 15,5

50 39 6,9 272 4,5 13 163,5 176,5 93 2,76 13,1

100 39 6,9 344 4,7 13 172,7 185,7 93 3,14 12,2

150 39 6,9 408 4,8 13 195,8 208,8 94 2,91 16,3

200 36 6,8 376 5,1 13 171,1 184,1 93 2,87 14,7 MO: matéria orgânica; CTC; capacidade de troca de cátions; V: saturação por bases

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118

(Continuação)

Casas de

vegetação

Formas

cultivo

Doses de

biofertilizante

M O pH P K H+Al Soma de bases. C T C V B Zn

g dm-3

- mg dm-3

mmolc dm-3

% mg dm-3

Casa C

Canteiros

0 35 6,6 240 12,8 12 145,8 157,8 92 13,59 10,5

50 33 6,8 296 12,7 12 170,7 182,7 93 12,89 9,7

100 36 6,9 288 12,1 12 162,1 174,1 93 10,96 10,4

150 33 6,9 368 12,8 12 157,8 169,8 93 10,44 12,2

200 34 6,9 344 8,7 13 142,7 155,7 92 5,16 9,6

Vasos

0 41 6,8 368 7,3 13 167,3 180,3 93 5,14 13,9

50 41 6,9 392 7,9 13 165,9 178,9 93 5,73 15,6

100 39 6,9 416 7 13 178 191 93 7,7 12,9

150 41 7 376 8,7 12 179,7 191,7 94 11,41 14,8

200 45 7 432 7,4 13 189,4 202,4 94 4,87 12,9 MO: matéria orgânica; CTC; capacidade de troca de cátions; V: saturação por bases

Tabela 78. Valores dos atributos químicos do solo mais importantes nutricionalmente antes das adubações e transplantio da cultura nas

casas de vegetação, Campinas - SP.

Matéria orgânica

(MO) pH

Fósforo

(P2O5 )

Potássio

(K2O) H+Al

Soma de

Bases

Capacidade de

troca de cátions

Saturação

por bases

Boro

(B)

Zinco

(Zn)

% - mg dm-3

mmolc dm-3

% mg dm-3

26 5,90 9 0,026 0,35 37,60 62,60 60,06 0,10 3,00

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119

Todos os macros e micronutrientes aumentaram consideravelmente, com maior

expressividade na forma de cultivo em canteiros nos ambientes de produção B e C, onde foram

encontrados valores elevados de potássio e boro. Com estes resultados inferiu-se que,

provavelmente, as condições micrometeorológicos proporcionadas nestes ambientes associadas à

forma de cultivo interferiram para esse aumento.

Na casa de vegetação A para a forma de cultivo em vasos, houve um incremento

considerável de fósforo em relação aos demais ambientes, o que pode ser consequência da sua

condição micrometeorológica, visto que as quantidades adicionadas inicialmente foram

constantes para todos os ambientes e formas de cultivos. Ainda sobre esta forma de cultivo, em

todas as casas de vegetação, com exceção da CVA nas duas formas, foram registrados baixos

valores do macronutriente potássio e do micronutriente boro, o que já era esperado, pelo fato de o

volume de solo ser reduzido, o que aperfeiçoou o processo de perdas por ascensão capilar

provocada pela evaporação acentuada e/ou lixiviação da água de irrigação nessas casas de

vegetação.

Dentro de cada ambiente e forma de cultivo, as doses de biofertilizante praticamente não

apresentaram alterações bruscas dos componentes químicos nutricionais presentes no solo, com

exceção de algumas doses, certamente pela diminuta quantidade aplicada.

Levando-se em consideração os resultados deste estudo afirma-se que o cultivo com

manejo da adubação orgânica em casa de vegetação pode ser trabalhado intensivamente com

produções sucessivas, adicionando, quando necessário, nutrição, de forma a gerar um sistema de

produção sustentável no tempo e no espaço, sem comprometer a qualidade nutritiva do solo.

6.5 Indicadores de rentabilidade e período payback

Por não apresentar diferença significativa entre si e ainda oferecer maior média de

produção nas parcelas sem utilização de biofertilizante, optou-se em realizar as análises de fluxo

de caixa e dos indicadores de rentabilidade somente para as médias entre as casas de vegetação e

formas de cultivo.

Assim, nos Apêndices V, W, X são apresentados os elementos econômicos para os

cálculos dos indicadores de rentabilidade com base na taxa de juros de 1% ao ano do

financiamento e dez anos para quitação do crédito. Dessa forma, as receitas foram compostas

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120

pelo valor bruto da produção (VBP) de minitomateiro orgânico para o primeiro ano de produção,

considerando a produção dos demais anos iguais há do primeiro ano.

Os custos operacionais foram compostos por todos os custos fixos e variáveis para a

produção de um ciclo ano, sendo a estes custos adicionados no primeiro ano apenas os juros do

serviço da dívida. A partir do segundo ano, além dos custos operacionais, somaram-se as

amortizações da dívida, perdurando estas até o décimo ano de produção. Assim, contabilizou-se o

fluxo de caixa para cada casa de vegetação (Apêndices 1V, 1W, 1X), além do período payback

que se situou em torno de 6,54 anos para as condições de financiamento da melhor unidade de

produção.

Na Tabela 79 constam os indicadores da análise de investimento para os diferentes

ambientes de produção e formas de cultivo. Os resultados mostraram, de acordo com os critérios

de decisão, tratar-se de um investimento viável em todos os ambientes e formas de cultivo, tendo

em vista que a relação benefício/custo foi sempre superior a uma unidade, taxa interna de retorno

financeiro acima de 18%, e destaque para a CVB na forma de cultivo em canteiro.

Tabela 79. Valores dos indicadores de rentabilidade em função das diferentes casas de vegetação

e formas de cultivo para investimento na produção de minitomate, Campinas - SP.

Variáveis analisadas B/C VPL (R$) TIR (%) PV (Anos)

Casa de

vegetação A

Canteiros 1,29 33.588,72 29,00 > 10

Vasos 1,24 28.388,69 24,43 > 10

Casa de

vegetação B

Canteiros 1,69 68.909,93 69,23 6,54

Vasos 1,58 58.352,93 58,40 8,31

Casa de

vegetação C

Canteiros 1,64 60.293,72 64,01 6,81

Vasos 1,47 41.904,94 46,78 > 10 B/C: relação benefício custos; VPL: valor presente líquido; TIR: taxa interna de retorno; PV: período payback

Apesar da viabilidade econômica observada para todos os ambientes de produção e

formas de cultivo para investimento com esta taxa de juros (1% a.a), o período payback em

algumas análises ultrapassou o período de análise do investimento. Dessa forma, o fluxo de

benefícios não superou o capital investido, conferindo a estes tratamentos um projeto de alto risco

de investimento. Sobretudo, a CVB para a forma de cultivo em canteiros apresentou os melhores

resultados de rentabilidade, com relação benefício/custo de 1,70, o que gerou um benefício

líquido de R$ 0,70 para cada R$ 1,70 aplicado e taxa de atratividade do projeto de

aproximadamente 70%, resultando lucro líquido de R$ 6.890,99 para cada ciclo de 250 dias, com

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121

perspectiva de pagamento do projeto em aproximadamente 6,54 anos. Assim, a rentabilidade

líquida mensal do produtor variou em torno de R$ 830,00 e 1.330,00 contabilizando mão de obra

particular ou sua própria mão de obra, respectivamente.

Vale ressaltar que a análise de rentabilidade é altamente influenciada pela produtividade

obtida e custos de produção, além da taxa de juros do crédito de investimento e preço de venda da

produção, o que explica os baixos retornos financeiros obtidos principalmente na CVA nas duas

formas de cultivo.

Os resultados obtidos nesta pesquisa estão próximos aos valores médios observados por

Araújo et al. (2013) de 1,71 (B/C), 40.869,95 (VPL) e 71,75% (TIR) em avaliação dos

indicadores técnico econômicos do maracujazeiro amarelo em sistema convencional, porém com

a vantagem de ser orgânico e utilizar pouca área para obter praticamente a mesma rentabilidade.

Miguel et al. (2008), em avaliação da rentabilidade da cultura de alface e cenoura em

sistema orgânico a campo nas condições de São Paulo, conseguiram taxa de retorno de 77,3%

para alface e 33,7% para cenoura em área de cultivo de 10.000 m2, próximo ao verificado nesta

pesquisa (alface), no entanto, deve-se considerar a relação de áreas produção, que nesta pesquisa

foi apenas 500 m2. Já Rezende et al. (2009) analisando a rentabilidade das culturas de alface,

rabanete, rúcula e repolho em cultivo solteiro e consorciadas com pimentão, obtiveram taxa de

retorno baixo de 14%.

Arêdes et al. (2009) em pesquisa econômica da aplicação de tecnologias de irrigação na

cultura do maracujazeiro registraram valores da relação B/C de 1,24 e 1,09, VPL de R$

29.907,82 e 19.929,57 e TIR equivalentes a 52,82% e 72,94% para cultivos não irrigados e

irrigados, respectivamente.

O potencial econômico desta unidade de produção em sistema orgânico pode ser

otimizado com o uso de cultivares de tomateiros melhorados geneticamente que expressem

potencial de produção de até três vezes ao obtido nesta pesquisa (cultivar não híbrida) sem

aumentos significativos nos custos operacionais, além do aumento do preço de venda da

produção por se tratar de um produto diferenciado no mercado.

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122

6.5.1 Análise de sensibilidade dos indicadores de rentabilidade

No sentido de verificar o comportamento dos indicadores de rentabilidade para outras

taxas de desconto ou juros existentes no mercado, realizou-se uma análise de sensibilidade, cujos

resultados se encontram na Tabela 80.

Tabela 80. Análise de sensibilidade dos indicadores de rentabilidade em função de taxas de

descontos alternativas, Campinas - SP.

Variáveis analisadas Taxa de juros de mercado B/C VPL (R$) TIR (%)

Casa de

vegetação

A

Canteiros

3% 1,2122 24021,93 21,22

5% 1,1396 15517,21 13,96

9% 1,0098 1057,77 0,98

Vasos

3% 1,1691 19207,48 16,91

5% 1,0990 11037,12 9,90

9% 0,9735 -2876,58 -2,65

Casa de

vegetação

B

Canteiros

3% 1,6016 58115,53 60,16

5% 1,5159 48585,23 51,59

9% 1,3593 32559,69 35,93

Vasos

3% 1,4989 48380,86 49,89

5% 1,4183 39564,76 41,83

9% 1,2766 25076,92 27,66

Casa de

vegetação

C

Canteiros

3% 1,6414 55446,41 64,14%

5% 1,4773 42307,05 47,73%

9% 1,3313 28115,47 33,13%

Vasos

3% 1,3193 29232,28 31,93%

5% 1,2518 22420,15 25,18%

9% 1,1277 10888,46 12,77% B/C: relação benefício custos; VPL: valor presente líquido; TIR: taxa interna de retorno.

Enfim, a partir das análises, observou-se que a CVA nas suas diferentes formas de

cultivo e demais casas para o cultivo em vasos mostrou baixa viabilidade econômica para as

condições de financiamento a taxas de juros praticadas no mercado, que, em longo prazo são da

ordem de 8% ao ano, historicamente. Em contrapartida, a CVB, para a forma de cultivo em vaso,

embora mostre viabilidade econômica à maioria das taxas de juros praticadas no mercado,

alternativas mais atrativas como as observadas para a forma de cultivo em canteiros (maiores

indicadores econômicos) tornam o projeto mais consistente para financiamento.

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123

Assim, o sistema de produção orgânico em ambiente protegido mostrou-se atrativo para

financiamento, principalmente com recursos oriundos do Pronaf para a agricultura familiar, por

se tratar de um projeto com boa rentabilidade financeira líquida mensal associado à baixa

necessidade de área de produção, condição esta reinante nos ambientes de produção dessa

agricultura.

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124

7 CONCLUSÕES

Diante dos resultados alcançados nesta pesquisa, rejeitou-se a hipótese apresentada

inicialmente, concluindo-se que:

As condições micrometeorológicas não foram alteradas entre os ambientes de produção,

permanecendo a temperatura e a umidade relativa do ar dentro da faixa adequada para a

cultura.

A casa de vegetação C, com tela termorrefletora fixa, apresentou a maior altura e o menor

diâmetro da haste das plantas, associada à forma de cultivo em vasos.

A casa de vegetação B, dotada de cobertura superior de PEBD, laterais com tela antiafídeo

e controle temporal automatizado da movimentação da tela termorrefletora, registrou a

maior produtividade, associada à forma de cultivo em canteiros.

A aplicação das doses de biofertilizante Microgeo® via solo não mostrou incrementos

produtivos e qualitativos no cultivo do minitomate orgânico.

Os caracteres de produção número de frutos por planta, massa média e número de frutos

por racimo apresentaram-se como determinantes na quantificação da produtividade da

cultura, o mesmo não ocorrendo com os caracteres de qualidade comercial, diâmetro

longitudinal e equatorial de frutos.

Os atributos de qualidade relacionados ao sabor dos frutos (sólidos solúveis) mostraram-se

melhores na casa de vegetação C para a forma de cultivo em vaso, enquanto pH e acidez

titulável na casa de vegetação A para a forma de cultivo em canteiro.

A melhor alternativa de rentabilidade líquida mensal ciclo foi de aproximadamente um

salário mínimo, para a condição com mão de obra particular, e de 1,5 salários mínimos sem

mão de obra particular, associado à casa de vegetação B na forma de cultivo em canteiros.

A casa de vegetação B, associada à forma de cultivo em canteiros, destacou-se como a

melhor unidade produtiva com área mínima de 500 m2 para as condições de investimento

do Pronaf, sendo economicamente viável até mesmo para taxas reais de juros acima das

praticadas no mercado, apresentando período payback de 6,54 anos em condições de

financiamento.

O manejo nutricional orgânico promoveu aumentos expressivos nos atributos químicos do

solo, melhorando consideravelmente sua fertilidade em todas as casas de vegetação e

formas de cultivo.

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134

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Acesso em: 13 fev. 2014.

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135

APÊNDICES

Apêndice A. Custos de produção para o cultivo orgânico de minitomate em casa de vegetação de alto grau tecnológico para área

mínima de 500 m2 nas condições de Campinas-SP.

Casa A (500 m2)

1 º ano (Ciclo 250 dias) 2º ano 3º ano 4º; 6º; 8º;

10º=2º ano

5º; 7º;

9º=3º

ano CUSTOS VARIÁVEIS Quant. Hora/dia Unidade Custo unitário

(R$)

Total

(R$)

Total

(R$)

A) Mão-de-obra

Construção dos Canteiros 6 dias 8 48 8,00 384,00

48,00

Enchimento dos Vasos 4 dias 8 32 8,00 256,00

Adubação de fundação 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 24,00

Instalação das espaldeiras 6 dias 8 48 8,00 384,00

48,00

Condução das Mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00

Transplantio das mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00

Desbrota/Condução 18 dias 8 144 8,00 1152,00 1152,00 1152,00

Adubação de cobertura 11 dias 3 33 8,00 264,00 264,00 264,00

Polinização 190 dias 1 190 8,00 1520,00 1520,00 1520,00

Aplicação de defensivos 15 dias 1 15 8,00 120,00 120,00 120,00

Colheitas 20 dias 4 80 8,00 640,00 640,00 640,00

Total 4912,00 3888,00 3944,00

B) Insumos

Sementes

3 envel. 5,45 16,35 16,35 16,35

Bandejas plásticas de 162 células

8 peças 13,50 121,50

Substrato Carolina Soil

2 sc 14,8 (25 L) 29,60 29,60 29,60

Calcário

30 kg 0,40 (kg) 12,00

12,00

Esterco bovino

67 sc 5,00 (30kg sc) 335,00 335,00 335,00

Biobokashi farelado

7 sc 45,00 (25 kg) 315,00 315,00 315,00

Sulfato de potássio

45 kg 2,24 (kg) 100,80 100,80 100,80

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136

Termosfosfato de Yoryn

50 kg 1,75 (kg) 87,50 87,50 87,50

Fte - Br - 12

17 kg 40,00 (25 kg) 27,20 27,20 27,20

Enxofre

2 kg 18,00 (kg) 36,00 36,00 36,00

Sulfato de cobre

4 kg 6,30 (kg) 25,20 25,20 25,20

Dipel

0,5 kg 47,50 (0,5 kg) 47,50 47,50 47,50

Fitilho

24 rolos 7,50 180,00 180,00 180,00

Acido bórico

3 kg 4,00 (kg) 12,00 12,00 12,00

Óleo de nim

200 ml 20,00 (100ml) 40,00 40,00 40,00

Tesoura de poda

3 Uni 18,00 (Uni) 54,00

Microgeo® 25 5,25 ml

425,00 (25kg)

T1 - 0% de aplicação

0 L 0 kg 0,00 0,00 0,00

Subtotal 1439,65 1252,15 1264,15

Total R$ - (A+B) 6351,65 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15

T2 - 50% de aplicação

70 L 3,5 kg 59,50 59,50 59,50

Subtotal 1499,15 1311,65 1323,65

Total R$ - (A+B) 6411,15 5199,65 5267,65 5199,65 5267,65

T3 - 100% de aplicação

140 L 7 kg 119,00 119,00 119,00

Subtotal 1558,65 1371,15 1383,15

Total R$ - (A+B) 6470,65 5259,15 5327,15 5259,15 5327,15

T4 - 150% de aplicação

210 L 10,5 kg 178,50 178,50 178,50

Subtotal 1618,15 1430,65 1442,65

Total R$ - (A+B) 6530,15 5318,65 5386,65 5318,65 5386,65

T5 - 200% de aplicação

280 L 14 kg 238,00 238,00 238,00

Subtotal 1677,65 1490,15 1502,15

Total R$ - (A+B) 6589,65 5378,15 5446,15 5378,15 5446,15

CUSTOS FIXOS

Madeirit - Canteiros

100 (Uni) 21,25 (Uni) 2125,00

Vasos

1000 Uni 2,50 (Uni) 2500,00

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137

Casa de vegetação (completa)

62361,13

Estrutura+ mão de obra

500 m2 47,00 (m

2) 23500,00

Exaustor ED24

3 Uni 1825,00 (Uni) 5475,00

Exaustor EM30

2 Uni 2087,50 (Uni) 4175,00

Resfriamento evaporativo Comp.

1 Uni

5912,00

Motor redutor

2 Uni 4,50 (Uni) 900,00

Sistema móvel da tela

2 Uni

1970,00

Painel de controle (completo)

1 Uni

2337,00

Tela termorrefletora 6,4x26m

3 Uni (4,70m2) 2434,60

Filme de polietileno para laterais

8 x 50 m 962,00

Filme polietileno difusor 150 micras

8 x 90 m

1750,00

Troca do filme plástico da casa 2 vezes

8 x 90 m

6500,00

Mão de obra

2500,00

Arame liso nº 14

32 kg 14,80 (kg) 464,00

Custo energia exaustor ED24

525,451

Custo energia exaustor EM30

70,103

Custo energia RE

23,784

Custo energia Irrigação

16,344

Custos com água de irrigação

652,498

Controlador de irrigação

1 Uni 289,66 289,660

Sistema de irrigação 1903,690

Custo Total - Canteiros 64486,130

Custo Total - Vasos 64861,130

Preço do kwh (R$) 0,316

Tempo de funcionamento dos sistemas:

Exaustor ED24 1466,4 h

PkwhTfPot0,7457CE

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138

Exaustor EM30 293,45 h

Resfriamento Evaporativo 100,93 h

Bomba de Irrigação 69,36 h

1 kg Microgeo® para cada 20 L

Preço 1 m

3 de água (R$) 4,80

Consumo de água em m

3 ciclo 135,94

Apêndice B. Custos de produção para cultivo orgânico de minitomate em casa de vegetação de médio grau tecnológico para área

mínima de 500 m2 nas condições de Campinas-SP.

Casa B (500 m2)

1 º ano (Ciclo 250 dias) 2º ano 3º ano 4º; 6º;

8º;

10º=2º

ano

5º; 7º;

9º=3º

ano CUSTOS VARIÁVEIS Quant Hora/dia Unidade Custo unitário (R$) Total (R$) Total (R$)

A) Mão-de-obra

Construção dos Canteiros 6 dias 8 48 8,00 384,00

48,00

Enchimento dos Vasos 4 dias 8 32 8,00 256,00

Adubação de fundação 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 24,00

Instalação das espaldeiras 6 dias 8 48 8,00 384,00

48,00

Condução das Mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00

Transplantio das mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00

Desbrota/Condução 18 dias 8 144 8,00 1152,00 1152,00 1152,00

Adubação de cobertura 11 dias 3 33 8,00 264,00 264,00 264,00

Polinização 190 dias 1 190 8,00 1520,00 1520,00 1520,00

Aplicação de defensivos 15 dias 1 15 8,00 120,00 120,00 120,00

Colheitas 20 dias 4 80 8,00 640,00 640,00 640,00

Total 4912,00 3888,00 3944,00

B) Insumos

Sementes

3 envel. 5,45 16,35 16,35 16,35

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139

Bandejas plásticas de 162 células

8 peças 13,50 121,50

Substrato Carolina Soil

2 sc 14,8 (25 L) 29,60 29,60 29,60

Calcário

30 kg 0,40 (kg) 12,00

12,00

Esterco bovino

67 sc 5,00 (30 kg sc) 335,00 335,00 335,00

Biobokashi farelado

7 sc 45,00 (25kg) 315,00 315,00 315,00

Sulfato de potássio

45 kg 2,24 (kg) 100,80 100,80 100,80

Termosfosfato de Yoryn

50 kg 1,75 (kg) 87,50 87,50 87,50

Fte - Br - 12

17 kg 40,00 (25kg) 27,20 27,20 27,20

Enxofre

2 kg 18,00 (kg) 36,00 36,00 36,00

Sulfato de cobre

4 kg 6,30 (kg) 25,20 25,20 25,20

Dipel

0,5 kg 47,50 (0,5 kg) 47,50 47,50 47,50

Fitilho

24 rolos 7,50 180,00 180,00 180,00

Acido bórico

3 kg 4,00 (kg) 12,00 12,00 12,00

Óleo de nim

200 ml 20,00 (100ml) 40,00 40,00 40,00

Tesoura de poda

3 Uni 18,00 (Uni) 54,00

Microgeo® 25 5,25 ml

425,00 (25kg)

T1 - 0% de aplicação

0 L 0 kg 0,00 0,00 0,00

Subtotal 1439,65 1252,15 1264,15

Total R$ - (A+B) 6351,65 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15

T2 - 50% de aplicação

70 L 3,5 kg 59,50 59,50 59,50

Subtotal 1499,15 1311,65 1323,65

Total R$ - (A+B) 6411,15 5199,65 5267,65 5199,65 5267,65

T3 - 100% de aplicação

140 L 7 kg 119,00 119,00 119,00

Subtotal 1558,65 1371,15 1383,15

Total R$ - (A+B) 6470,65 5259,15 5327,15 5259,15 5327,15

T4 - 150% de aplicação

210 L 10,5 kg 178,50 178,50 178,50

Subtotal 1618,15 1430,65 1442,65

Total R$ - (A+B) 6530,15 5318,65 5386,65 5318,65 5386,65

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140

T5 - 200% de aplicação

280 L 14 kg 238,00 238,00 238,00

Subtotal 1677,65 1490,15 1502,15

Total R$ - (A+B) 6589,65 5378,15 5446,15 5378,15 5446,15

CUSTOS FIXOS

Madeirit - Canteiros

100 (Uni) 21,25 (Uni) 2125,00

Vasos

1000 Uni 2,50 (Uni) 2500,00

Casa de vegetação (completa)

46220,20

Estrutura+ mão de obra

500 m2 47,00 (m

2) 23500,00

Motor redutor

2 Uni 4,50 (Uni) 900,00

Sistema móvel da tela

2 Uni

1970,00

Painel de controle (completo)

1 Uni

2337,00

Tela termorrefletora

6,4x26m 3 Uni (4,70m2) 2434,60

Filme de polietileno difusor 150 micras

8 x 90 m

1750,00

Troca do filme plástico da casa 2 vezes

8 x 90 m

6500,00

Tela antiafideo (Baby citrus)

160 m2

846,00

Mão de obra

2500,00

Arame liso nº 14

32 kg 14,80 (kg) 464,00

Custo energia Irrigação

8,19

Custos com água de irrigação

817,06

Controlador de irrigação

1 Uni 289,66 289,66

Sistema de irrigação 1903,69

Custo Total - Canteiros 48345,199

Custo Total - Vasos 48720,199

Preço do kWh (R$) 0,317

Tempo de funcionamento dos sistemas:

Bomba de Irrigação 69,36 h

1 kg Microgeo® para cada 20 L

PkwhTfPot0,7457CE

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141

preço 1 m3 de água (R$) 4,80

Consumo de água em m3 ciclo 170,22

Apêndice C. Custos de produção para cultivo orgânico de minitomate em casa de vegetação de baixo grau tecnológico para área

mínima de 500 m2 nas condições de Campinas-SP.

Casa C (500 m2)

1 º ano (Ciclo 250 dias) 2º ano 3º ano 4º; 6º;

8;

10º=2º

ano

5º; 7º;

9º=3º

ano CUSTOS VARIÁVEIS Quant Hora/dia Unidade Custo unitário (R$) Total (R$) Total (R$)

A) Mão-de-obra

Construção dos Canteiros 6 dias 8 48 8,00 384,00

48,00

Enchimento dos Vasos 4 dias 8 32 8,00 256,00

Adubação de fundação 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 24,00

Instalação das espaldeiras 6 dias 8 48 8,00 384,00

48,00

Condução das Mudas 2 dias 8 16 8,00 128,00 128,00 128,00

Transplantio das mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00

Desbrota/Condução 18 dias 8 144 8,00 1152,00 1152,00 1152,00

Adubação de cobertura 11 dias 3 33 8,00 264,00 264,00 264,00

Polinização 190 dias 1 190 8,00 1520,00 1520,00 1520,00

Aplicação de defensivos 15 dias 1 15 8,00 120,00 120,00 120,00

Colheitas 20 dias 4 80 8,00 640,00 640,00 640,00

Total 4976,00 3952,00 4008,00

B) Insumos

Sementes

3 envelope 5,45 16,35 16,35 16,35

Bandejas plásticas de 162 células

8 peças 13,50 121,50

Substrato Carolina Soil

2 sc 14,8 (25 L) 29,60 29,60 29,60

Calcário

30 kg 0,40 (kg) 12,00

12,00

Esterco bovino

67 sc 5,00 (30 kg sc) 335,00 335,00 335,00

Page 172: PRODUÇÃO DE MINITOMATE EM SISTEMA ORGÂNICO EM …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/257133/1/... · 2018-08-27 · ambientes de produção, permanecendo a temperatura

142

Biobokashi farelado

7 sc 45,00 (25 kg) 315,00 315,00 315,00

Sulfato de potássio

45 kg 2,24 (kg) 100,80 100,80 100,80

Termosfosfato de Yoryn

50 kg 1,75 (kg) 87,50 87,50 87,50

Fte - Br - 12

17 kg 40,00 (25 kg) 27,20 27,20 27,20

Enxofre

2 kg 18,00 (kg) 36,00 36,00 36,00

Sulfato de cobre

4 kg 6,30 (kg) 25,20 25,20 25,20

Dipel

0,5 kg 47,50 (0,5 kg) 47,50 47,50 47,50

Fitilho

24 rolos 7,50 180,00 180,00 180,00

Acido bórico

3 kg 4,00 (kg) 12,00 12,00 12,00

Óleo de nim

200 ml 20,00 (100ml) 40,00 40,00 40,00

Tesoura de poda

3 Uni 18,00 (Uni) 54,00

Microgeo® 25 5,25 ml

425,00 (25kg)

T1 - 0% de aplicação

0 L 0 kg 0,00 0,00 0,00

Subtotal 1439,65 1252,15 1264,15

Total R$ - (A+B) 6415,65 5204,15 5272,15 5204,15 5272,15

T2 - 50% de aplicação

70 L 3,5 kg 59,50 59,50 59,50

Subtotal 1499,15 1311,65 1323,65

Total R$ - (A+B) 6475,15 5263,65 5331,65 5263,65 5331,65

T3 - 100% de aplicação

140 L 7 kg 119,00 119,00 119,00

Subtotal 1558,65 1371,15 1383,15

Total R$ - (A+B) 6534,65 5323,15 5391,15 5323,15 5391,15

T4 - 150% de aplicação

210 L 10,5 kg 178,50 178,50 178,50

Subtotal 1618,15 1430,65 1442,65

Total R$ - (A+B) 6594,15 5382,65 5450,65 5382,65 5450,65

T5 - 200% de aplicação

280 L 14 kg 238,00 238,00 238,00

Subtotal 1677,65 1490,15 1502,15

Total R$ - (A+B) 6653,65 5442,15 5510,15 5442,15 5510,15

CUSTOS FIXOS

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143

Madeirit - Canteiros

100 (Uni) 21,25 (Uni) 2125,00

Vasos

1000 Uni 2,50 (Uni) 2500,00

Casa de vegetação (completa)

40937,55

Estrutura+mais mão de obra

500 m2 47,00 (m

2) 23500,00

Tela termorrefletora

6,4x26m 3 Uni (4,70m2) 2434,60

Filme polietileno difusor 150 micras

8 x 90 m

1750,00

Troca do filme plástico da casa 2 vezes

8 x 90 m

6500,00

Tela antiafideo (Baby cítrus)

160 m2

846,00

Mão de obra

2500,00

Arame liso nº 14

32 kg 14,80 (kg) 464,00

Custo energia Irrigação

8,193

Custos com água de irrigação

741,408

Controlador de irrigação

1 Uni 289,66 289,660

Sistema de irrigação 1903,690

Custo Total - Canteiros 43062,551

Custo Total - Vasos 43437,551

Preço do kwh (R$) 0,317

Tempo de funcionamento dos sistemas:

Bomba de Irrigação 69,36 h 1 kg Microgeo® para cada 20 L

Preço 1 m

3 de água (R$) 4,80

Consumo de água em m

3 ciclo 154,460

PkwhTfPot0,7457CE

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144

Apêndice D. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (altura e taxa média de crescimento absoluto da altura) em

função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVA, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Altura das plantas (cm)

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 7,411ns 9,245ns 32,000ns 609,005ns 165,62ns 1331,28ns 312,50ns 76,88ns 44,18ns

Resíduos 8 2,728 37,00 84,01 230,15 215,82 963,49 1313,99 1775,25 1943,78

Doses de biofertilizante (TB) 4 2,054 30,917ns 63,87ns 42,017ns 134,32ns 56,15ns 342,98ns 422,27ns 337,88ns

TA x TB 4 2,376 25,157ns 89,15* 274,467ns 138,22ns 140,53ns 425,90ns 704,13ns 385,08ns

Resíduos 32 1,949 13,328 26,627 159,698 273,482 269,69 278,84 386,225 529,267

CV (%) a 12,05 9,92 9,31 7,81 5,09 8,33 8,24 8,26 7,36

b 10,19 5,96 4,34 6,5 5,73 4,41 3,80 3,85 3,84

Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,0003ns 0,209ns 2,300ns 3,976* 0,892ns 0,668ns 0,150ns 0,0078ns

Resíduos 8 0,077 0,37 0,433 0,659 0,693 0,336 0,293 0,453

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,065ns 0,123ns 0,104ns 0,624ns 0,0336ns 0,316* 0,291ns 0,063ns

TA x TB 4 0,031ns 0,249* 0,430ns 0,295ns 0,048ns 0,252ns 0,240ns 0,1228ns

Resíduos 32 0,025 0,072 0,351 0,679 0,275 0,336 0,14 0,292

CV (%) a 12,31 20,07 17,47 17,21 24,66 19,88 17,75 18,16

b 7,06 8,88 15,73 17,46 15,54 10,82 12,30 14,57

CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não

significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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145

Apêndice F. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (diâmetro e taxa média de crescimento absoluto do diâmetro)

em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVA, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Diâmetro da haste (mm)

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,220ns 3,279ns 23,957** 36,091** 34,36** 37,44** 30,48** 33,22** 46,06**

Resíduos 8 0,561 0,839 0,952 0,97 1,504 1,429 1,937 2,223 3,392

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,165ns 0,420ns 0,441ns 0,228ns 0,583ns 0,443ns 0,696ns 0,972ns 0,999ns

TA x TB 4 0,374ns 0,386ns 0,663ns 0,419ns 0,181ns 0,200ns 0,298ns 0,539ns 1,284ns

Resíduos 32 0,345 0,376 0,492 0,600 0,755 0,982 1,068 1,045 1,126

CV (%) a 19,45 9,92 8,71 8,26 9,69 9,05 10,13 10,35 12,15

b 15,26 6,65 6,26 6,50 6,87 7,50 7,52 7,10 7,00

Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,011ns 0,019* 0,0028ns 0,00005ns 0,00015ns 0,0008ns 0,00013ns 0,0023ns

Resíduos 8 0,003 0,003 0,0007 0,0013 0,0004 0,00026 0,0008 0,00047

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0007ns 0,0011ns 0,0011ns 0,0028ns 0,00017ns 0,0002ns 0,0007ns 0,00023ns

TA x TB 4 0,0016ns 0,0009ns 0,0001ns 0,0011ns 0,0004ns 0,0004ns 0,00009ns 0,00068ns

Resíduos 32 0,0014 0,0009 0,0007 0,001 0,0008 0,0003 0,0008 0,0009

CV (%) a 22,07 58,24 78,31 103,75 110,20 63,09 90,63 60,18

b 14,88 32,37 80,12 92,9 109,82 69,54 89,68 82,83 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não significativo;

Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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146

Apêndice G. Análise de variância dos dados de Índice relativo de clorofila em função dos diferentes tratamentos e estádios

fenológicos das plantas na CVA, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Índice relativo de clorofila

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Formas (vasos e canteiros)

(TA) 1 2,599ns 89,498** 39,961ns 32,08ns 66,355ns 7,296ns 17,76ns 3,332ns 1,513ns

Resíduos 8 1,43 4,987 8,652 8,295 15,152 28,633 11,21 24,864 4,46

Doses de biofertilizante (TB) 4 1,154ns 3,377ns 19,88ns 5,864ns 1,832ns 7,222ns 11,827ns 7,581ns 7,723ns

TA x TB 4 3,353ns 6,649ns 17,278ns 1,103ns 4,624ns 2,512ns 8,365ns 9,44ns 5,752ns

Resíduos 32 3,427 4,314 13,821 4,236 8,077 17,806 5,776 8,818 6,917

CV (%) a 4,28 6,10 7,82 7,53 11,12 14,43 9,24 13,74 5,77

b 6,62 5,68 9,89 5,38 8,12 11,38 6,63 8,18 7,19 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F; (ns) não significativo; Estádio I: Crescimento

vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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147

Apêndice H. Análise de variância dos dados qualitativos da produção; diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos,

Sólidos solúveis (oBrix), potencial hidrogeniônico e acidez titulável (g/100g de ácido cítrico) dos frutos na CVA, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Diâmetro

Longitudinal (mm)

Diâmetro

Equatorial (mm)

Massa

média (g) GL

Graus

Brix pH

Acidez

titulável

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 62,022** 0,371ns 15,719** 1 20,056** 13,136** 0,00006ns

Doses de biofertilizante (TB) 4 3,125ns 3,107ns 1,683ns 4 0,029ns 0,043ns 0,0017ns

Intervalos de colheita (TC) 4 245,317** 158,658** 190,752** 2 66,076** 7,407** 0,011**

TA x TB 4 0,548ns 0,608ns 0,249ns 4 0,114ns 0,037ns 0,0032ns

TA x TC 4 27,067** 2,241ns 16,738** 2 15,763** 13,223** 0,0069*

TB x TC 16 2,507ns 0,683ns 0,991ns 8 0,413ns 0,074ns 0,0022ns

TA x TB x TC 16 2,479ns 0,964ns 0,359ns 8 0,215ns 0,047ns 0,0028ns

Tratamentos 49 25,429** 13,983** 17,865** 29 6,529** 1,920** 0,0033*

Resíduos 200 2,873 1,314 1,063 120 0,24 0,067 0,0020

CV (%) 6,13 5,29 12,40 8,52 5,68 10,09

CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não

significativo.

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148

Apêndice I. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (altura e taxa média de crescimento absoluto da altura) em

função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVB, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Altura das plantas (cm)

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 20,48* 920,20** 729,62ns 3042,00** 151,38ns 180,50ns 1003,52ns 48,02ns 118,58ns

Resíduos 8 2,961 51,89 207,6 247,44 570,75 1305,34 1705,1 1818,67 2040,73

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,79ns 28,912ns 65,68ns 96,357ns 58,07ns 54,13ns 96,23ns 328,67ns 203,38ns

TA x TB 4 0,71ns 34,942ns 90,92ns 102,537ns 672,83ns 306,45ns 603,37ns 483,07ns 489,48ns

Resíduos 32 1,387 17,386 52,912 66,947 309,55 217,402 295,2 577,95 688,155

CV (%) a 13,7 13,04 12,73 8,99 8,38 9,67 9,4 8,36 7,46

b 9,38 7,55 6,43 4,68 6,17 3,95 3,91 4,71 4,33

Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 1,51** 0,0306ns 1,980** 4,59ns 0,143ns 0,629ns 1,029ns 0,0272ns

Resíduos 8 0,112 0,231 0,14 1,014 0,692 0,197 3,704 0,762

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0621ns 0,0605ns 0,086ns 0,390ns 0,013ns 0,067ns 0,275ns 1,030ns

TA x TB 32 0,093ns 0,0678ns 0,220ns 1,048ns 0,555ns 0,294* 0,221ns 0,735ns

Resíduos 4 0,048 0,0112 0,236 0,678 0,341 0,107 0,647 0,554

CV (%) a 16,48 15,8 12,21 18,27 23,25 15,55 22,06 21,84

b 10,85 10,98 15,74 14,95 16,31 11,49 26,08 18,62

CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não

significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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149

Apêndice J. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (diâmetro e taxa média de crescimento absoluto do diâmetro)

em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVB, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Diâmetro da haste (mm)

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 6,705** 0,064ns 23,38** 30,318** 35,524** 30,209** 22,767** 24,928** 29,368**

8 0,253 0,968 0,355 0,381 0,445 0,943 0,671 0,808 2,878

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,186ns 0,128ns 0,773ns 0,797ns 0,235ns 0,245ns 0,302ns 0,577ns 1,321ns

TA x TB 4 0,197ns 0,325ns 0,405ns 0,219ns 0,234ns 0,226ns 0,251ns 1,166ns 1,696ns

Resíduos 32 0,147 0,295 0,466 0,478 1,056 1,217 1,282 1,68 2,284

CV (%) a 14,43 10,9 5,38 5,16 5,23 7,23 5,84 6,14 11,01

b 11 6,02 6,16 5,78 8,05 8,22 8,08 8,86 9,81

Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,018* 0,047** 0,0010ns 0,00047ns 0,0005ns 0,0012ns 0,00011ns 0,00041ns

Resíduos 8 0,0022 0,0026 0,0012 0,00073 0,00042 0,0006 0,00034 0,002

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0005ns 0,0013ns 0,00012ns 0,0012ns 0,00034ns 0,00014ns 0,00038ns 0,0012ns

TA x TB 4 0,0010ns 0,0006ns 0,00099ns 0,00025ns 0,00011ns 0,00026ns 0,00086ns 0,00036ns

Resíduos 32 0,0009 0,0013 0,0012 0,0013 0,00054 0,00023 0,00052 0,001

CV (%) a 17,83 51,91 85,6 70,31 65,18 90,25 63,32 121,98

b 11,36 37,12 83,35 93,67 73,75 52,93 78,48 89,01

CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não

significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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150

Apêndice K. Análise de variância dos dados de Índice relativo de clorofila em função dos diferentes tratamentos e estádios

fenológicos das plantas na CVB, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Índice relativo de clorofila

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 6,697ns 2,311ns 1,280ns 14,311ns 25,347ns 7,372ns 13,107ns 2,420ns 72,963*

Resíduos 8 3,263 3,532 11,182 3,625 6,537 7,175 3,735 10,687 11,745

Doses de biofertilizante (TB) 4 4,874ns 0305ns 4,800ns 1,427ns 9,015ns 8,025ns 13,252ns 11,267ns 11,385ns

TA x TB 4 1,713ns 0,671ns 2,272ns 3,437ns 2,655ns 7,085ns 14,835ns 11,122ns 4,928ns

Resíduos 32 2,767 1,078 6,556 4,708 6,3 8,298 9,134 6,439 8,952

CV (%) a 7,05 5,50 8,54 4,98 7,65 7,83 5,5 8,74 8,82

b 6,49 3,04 6,54 5,67 7,51 8,42 8,61 6,79 7,70 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; * Significativo ao nível de 5% de probabilidade (p < 0,05) pelo teste F; (ns) não significativo; Estádio I: Crescimento

vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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151

Apêndice L. Análise de variância dos dados qualitativos da produção; diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos (g),

Sólidos solúveis (oBrix), potencial hidrogeniônico e Acidez titulável (g/100g de ácido cítrico) dos frutos da CVB, Campinas - SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Diâmetro

Longitudinal

(mm)

Diâmetro

Equatorial

(mm)

Massa

média

(g)

GL Sólido

solúvel

(oBrix)

pH

Acidez

titulável

(g/100g de

ácido cítrico)

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 87,261** 0,116 ns 34,301** 1 13,231** 0,018ns 0,017**

Doses de biofertilizante (TB) 4 3,068ns 0,563 ns 0,573ns 4 0,0499ns 0,028** 0,0006ns

Intervalos de colheitas (TC) 4 205,502** 62,828 ** 75,336** 2 52,696** 0,490** 0,024**

TA x TB 4 0,888ns 1,436 ns 0,984ns 4 1,077** 0,032** 0,0026ns

TA x TC 4 18,520** 2,449 * 8,295** 2 2,336** 0,392** 0,0044ns

TB x TC 16 2,766ns 1,046 ns 0,487ns 8 0,568ns 0,007ns 0,0014ns

TA x TB x TC 16 2,357ns 1,104 ns 0,306ns 8 1,592ns 0,056ns 0,0008ns

Tratamentos 49 22,064** 7,560** 7,913** 29 4,880** 0,087** 0,0036*

Resíduos 200 2,853 1,219 0,885 120 0,217 0,007 0,002

CV (%) 6,08 5,15 10,67 8,19 2,00 10,74 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não significativo.

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152

Apêndice M. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (altura e taxa média de crescimento absoluto da altura) em

função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVC, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Altura das plantas (cm)

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 34,44** 351,12** 100,82ns 1518,00** 106,58ns 76,88ns 5,12ns 2842,58* 6498,00*

Resíduos 8 3,835 22,415 43,72 70,875 198,13 440,75 529,85 411,25 1154,21

Doses de biofertilizante (TB) 4 1,250ns 6,092ns 24,97ns 18,482ns 423,93** 1138,37* 1221,88* 2014,77* 2846,42*

TA x TB 4 4,551* 9,987ns 60,47ns 53,342ns 121,33ns 258,53ns 947,32* 595,93ns 421,70ns

Resíduos 32 1,513 16,743 66,67 89,115 93,617 292,737 340,55 706,85 949,272

CV (%) a 15,92 8,73 5,77 4,64 4,7 5,51 5,09 3,85 5,53

b 10,01 7,55 7,12 5,2 3,31 4,41 4,08 5,04 5,02

Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,375* 0,209* 2,091** 2,05ns 0,583ns 0,08ns 4,927* 1,293ns

Resíduos 8 0,063 0,0372 0,11 0,396 0,467 0,338 0,571 0,832

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0236ns 0,094ns 0,058ns 0,933ns 0,594ns 0,674ns 0,397ns 0,426ns

TA x TB 32 0,0326ns 0,0723ns 0,053ns 0,138ns 0,249ns 0,783ns 1,039ns 0,746ns

Resíduos 4 0,0413 0,1081 0,084 0,405 0,408 0,415 0,618 0,945

CV (%) a 12,62 6,07 9,93 11,35 17,95 20,69 23,26 25,15

b 10,19 10,34 8,70 11,47 16,78 22,91 24,18 26,79

CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não

significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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153

Apêndice N. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (diâmetro e taxa média de crescimento absoluto do diâmetro)

em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVC, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Diâmetro da haste (mm)

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 5,79** 6,88* 16,193** 36,748** 44,396** 45,708** 50,561** 54,747** 74,615**

8 0,445 1,227 0,604 0,466 0,862 0,772 0,909 1,267 3,052

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,201ns 0,892* 0,557ns 0,636ns 0,183ns 0,730ns 0,910ns 1,235ns 0,581ns

TA x TB 4 0,587* 1,143* 0,0217** 0,557ns 1,148ns 1,118ns 0,628ns 0,406ns 1,267ns

Resíduos 32 0,164 0,334 0,562 0,351 0,48 0,708 0,667 0,646 0,961

CV (%) a 18,66 12,2 7,27 5,97 7,65 6,92 7,21 8,15 11,96

b 11,34 6,36 7,01 5,19 5,72 6,63 6,18 5,82 6,71

Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,057** 0,0044ns 0,0094** 0,0008ns 0,00002ns 0,00028ns 0,00018ns 0,0034ns

Resíduos 8 0,004 0,00155 0,0006 0,0006 0,00039 0,00021 0,00036 0,0022

Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0018ns 0,0020ns 0,00095ns 0,00015ns 0,00086ns 0,00032ns 0,0005ns 0,00044ns

TA x TB 4 0,00057** 0,0022ns 0,00013ns 0,00039ns 0,0011* 0,00033ns 0,0002ns 0,00083ns

Resíduos 32 0,0014 0,00109 0,0005 0,0006 0,00033 0,00013 0,00031 0,0008

CV (%) a 24,29 51,22 69,19 74,04 73,27 57,30 67,97 125,48

b 14,51 42,93 65,54 76,38 67,84 44,86 62,49 74,91

CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p <0,01) pelo teste F; (ns) não

significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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154

Apêndice O. Análise de variância dos dados de Índice relativo de clorofila em função dos diferentes tratamentos e estádios

fenológicos das plantas na CVC, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Índice relativo de clorofila

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 31,205ns 0,151ns 10,035ns 31,284ns 5,944ns 5,985ns 165,256** 24,921ns 28,125ns

Resíduos 8 9,093 2,775 13,224 13,056 15,083 10,448ns 7,607 18,191 5,427

Doses de biofertilizante (TB) 4 9,537ns 0,936ns 3,686ns 6,112ns 1,122ns 8,97ns 33,266* 8,842ns 3,174ns

TA x TB 4 6,093ns 0,333ns 9,105ns 0,661ns 3,358ns 2,11ns 4,83ns 2,258ns 6,939ns

Resíduos 32 4,01 1,883 7,782 2,509 5,181 5,704 12,263 4,606 6,427

CV (%) a 11,21 4,90 9,27 9,3 12,04 9,56 7,91 11,65 6,08

b 7,3 4,03 7,12 4,08 7,05 7,06 10,05 5,86 6,62 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não significativo;

Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.

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155

Apêndice P. Análise de variância dos dados qualitativos da produção; diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos,

Gruas brix, potencial hidrogeniônico e acidez titulável dos frutos na CVC, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Diâmetro

Longitudinal (mm)

Diâmetro

Equatorial (mm)

Massa

média GL

Graus

Brix pH

Acidez

titulável

Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 137,285** 17,657** 97,270** 1 16,006** 0,189** 0,00056ns

Doses de biofertilizante (TB) 4 5,315ns 1,370ns 1,062ns 4 0,157ns 0,0025ns 0,0013ns

Intervalo de colheitas (TC) 4 199,909** 126,769** 77,331** 2 65,557** 6,737** 0,026**

TA x TB 4 1,909ns 0,990ns 2,145ns 4 0,113ns 0,0079ns 0,00048ns

TA x TC 4 9,744** 1,332ns 13,426** 2 0,687* 0,0710** 0,0038ns

TB x TC 16 2,804ns 0,582ns 1,171ns 8 0,348ns 0,0200ns 0,0017ns

TA x TB x TC 16 2,076ns 0,546ns 0,907ns 8 0,303ns 0,0052ns 0,00096ns

Tratamentos 49 22,056** 11,378** 10,334** 29 5,337** 0,487** 0,00308ns

Resíduos 200 2,511 1,072 1,314 120 0,190 0,010 0,0015

CV (%) 5,75 4,78 13,77 7,19 2,35 9,44 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não significativo.

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156

Apêndice Q. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (altura e taxa média de crescimento absoluto da altura) em

função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas em análises conjunta, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Altura das plantas (cm)

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Casas (A, B e C) (TA) 2 27,93** 730,74** 450,74** 4832,15** 658,74ns 3535,22** 2758,16** 4925,06** 2920,22*

Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 57,35** 705,28** 328,56** 4704,00** 31,74ns 337,50ns 45,92ns 1014,00ns 1944,00ns

Doses de biofertilizante (TC) 4 2,40ns 36,48ns 31,02ns 41,87ns 212,39ns 369,64ns 700,95ns 1224,69ns 1099,15ns

TA x TB 2 2,49ns 187,64** 266,84* 232,50ns 195,92ns 625,58ns 637,60ns 976,74ns 2358,38ns

TA x TC 8 0,44ns 14,71ns 61,74ns 57,49ns 201,96ns 439,50ns 480,06ns 770,51ns 1144,26ns

TB x TC 4 1,51ns 32,61ns 103,24ns 282,05ns 338,27ns 556,25ns 436,743ns 899,41ns 571,51ns

TA x TB x TC 8 3,06ns 18,73ns 68,64ns 74,14ns 297,05ns 74,63ns 269,92ns 441,85ns 362,37ns

Tratamentos 29 5,69** 113,31** 115,31** 592,48** 273,65ns 568,12ns 737,52ns 1069,41ns 1077,13ns

Resíduos 120 1,92 20,07 61,35 120,76 245,48 388,59 480,48 712,62 920,36

CV (%) 10,8 7,87 6,78 5,99 5,43 5,21 4,94 5,18 5,00

Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)

Casas (A, B e C) (TA) 2 1,072** 0,326ns 5,85** 10,97** 2,353** 0,140ns 0,581ns 1,891*

Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 1,149** 0,396ns 6,36* 10,33** 0,589ns 1,195* 2,701* 0,260ns

Doses de biofertilizante (TC) 4 0,065ns 0,091ns 0,049ns 0,392ns 0,179ns 0,602* 0,112ns 0,330ns

TA x TB 2 0,368** 0,026ns 0,0030* 0,140ns 0,515ns 0,0912ns 1,702* 0,533ns

TA x TC 8 0,045ns 0,093ns 0,1000ns 0,778ns 0,232ns 0,227ns 0,425ns 0,595ns

TB x TC 4 0,047ns 0,150ns 0,440ns 0,612ns 0,148ns 0,839** 0,385ns 0,594ns

TA x TB x TC 8 0,055ns 0,119ns 0,131ns 0,435ns 0,352ns 0,245ns 0,558ns 0,505ns

Tratamentos 29 5,269** 0,130ns 0,754** 1,596** 0,424ns 0,386* 0,590ns 0,607ns

Resíduos 120 0,047 0,12 0,225 0,608 0,39704 0,224 0,463 0,614

CV (%) 10,41 11,26 13,95 14,83 17,56 16,54 21,76 20,75

CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não

significativo.

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157

Apêndice R. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (diâmetro e taxa média de crescimento absoluto do diâmetro)

em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas em análises conjunta, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Diâmetro da haste (mm)

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Casas (A, B e C) (TA) 2 1,78** 0,564ns 3,511** 4,46** 5,77** 7,098** 8,218** 9,039** 8,599**

Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 9,95** 7,323** 63,06** 102,97** 113,90** 112,56** 100,95** 109,88** 144,82**

Doses de biofertilizante (TC) 4 0,167ns 0,409ns 0,360ns 0,297ns 0,641ns 0,369ns 0,458ns 0,733ns 0,309ns

TA x TB 2 1,379** 1,450* 0,236ns 0,093ns 0,190ns 0,399ns 1,426ns 1,509ns 2,609ns

TA x TC 8 0,193ns 0,515ns 0,705ns 0,682ns 0,330ns 0,524ns 0,725ns 1,026ns 1,296ns

TB x TC 4 0,695* 0,635ns 0,368ns 0,093ns 0,468ns 0,262ns 0,372ns 0,664ns 1,492ns

TA x TB x TC 8 0,232ns 0,609ns 0,361ns 0,551ns 0,548ns 0,641ns 0,403ns 0,723ns 1,378ns

Tratamentos 29 0,797** 0,846* 2,828** 4,259** 4,734** 4,807** 4,572** 5,192** 6,753**

Resíduos 120 0,259 0,47 0,361 0,502 0,798 0,985 1,039 1,185 1,787

CV (%) 13,99 7,53 6,64 6,02 7,14 7,57 7,46 7,62 8,88

Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)

Casas (A, B e C) (TA) 2 0,0008ns 0,0065* 0,00081ns 0,0003ns 0,00041ns 0,00016ns 0,00017ns 0,00003ns

Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 0,078** 0,060** 0,011** 0,00063ns 0,00002ns 0,00071ns 0,00043ns 0,0054*

Doses de biofertilizante (TC) 4 0,00016ns 0,0013ns 0,00021ns 0,00041ns 0,00022ns 0,00014ns 0,0005ns 0,00049ns

TA x TB 2 0,0047ns 0,0057* 0,0011ns 0,00035ns 0,00032ns 0,00078ns 0,00002ns 0,0004ns

TA x TC 8 0,0014ns 0,0015ns 0,00098ns 0,00157ns 0,00058ns 0,00027ns 0,00056ns 0,00176sns

TB x TC 4 0,0014ns 0,0013ns 0,00036ns 0,00102ns 0,00055ns 0,00046ns 0,00056ns 0,00088ns

TA x TB x TC 8 0,0035ns 0,0012ns 0,00105ns 0,00038ns 0,00052ns 0,00026ns 0,00029ns 0,0005ns

Tratamentos 29 0,0046** 0,0040** 0,00115ns 0,0008ns 0,00046ns 0,00032ns 0,00041ns 0,00103ns

Resíduos 120 0,0016 0,0013 0,00083 0,00098 0,00056 0,00025 0,00054 0,00106

CV (%) 15,55 41,23 78,16 87,78 84,23 60,31 78,32 88,02 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não

significativo.

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158

Apêndice S. Análise de variância dos dados de Índice relativo de clorofila em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos

em análise conjunta, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Índice relativo de clorofila

Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)

8 29 48 68 88 113 136 159 184

Casas (A, B e C) (TA) 2 75,06** 103,79** 41,33* 5,59ns 95,39** 157,59** 27,28* 16,24ns 71,10**

Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 31,92** 19,00** 1,36ns 4,59ns 81,31** 2,02ns 142,69** 1,21ns 75,75**

Doses de biofertilizante (TC) 4 4,70ns 0,328ns 5,90ns 8,30ns 3,13ns 5,80ns 16,51ns 15,10ns 3,25ns

TA x TB 2 4,28ns 36,47** 24,95ns 36,54** 8,16ns 9,31ns 26,71ns 14,22ns 13,42ns

TA x TC 8 5,43ns 1,64ns 11,263ns 2,54ns 4,41ns 9,20ns 20,91ns 6,29ns 9,51ns

TB x TC 4 7,19ns 0,164ns 7,91ns 1,77ns 1,88ns 2,17ns 14,00ns 3,27ns 7,13ns

TA x TB x TC 8 1,98ns 0,744ns 10,37ns 1,71ns 4,37ns 4,76ns 7,01ns 9,77ns 5,24ns

Tratamentos 29 10,25** 11,05** 12,48ns 5,63ns 13,06* 16,53ns 20,55** 9,11ns 13,94**

Resíduos 120 3,66 2,69 9,71 4,72 7,66 11,56 8,74 8,88 7,38

CV (%) 7,09 4,7 8,07 5,65 8,25 9,71 8,35 8,11 7,17

CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não

significativo.

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159

Apêndice T. Análise de variância dos dados produtivos em função dos diferentes tratamentos, sob a forma de análise conjunta,

Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

PT

(kg m-2

)

PC

(kg m-2

)

Frutos

planta-1

Massa

média dos

frutos (g)

Frutos

Racimo

Massa Seca

Total (g)

Casas (A, B e C) (TA) 2 6,11** 5,543** 12691,185** 8,145 ** 7,226** 78222,656**

Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 3,41* 3,098* 339,001ns 9,230** 0,960ns 231786,941**

Niveis de biofertilizante (TC) 4 0,52ns 0,474ns 894,088ns 0,173ns 0,826ns 658,727ns

TA x TB 2 0,86ns 0,783ns 2028,001ns 0,192ns 0,720ns 9492,722ns

TA x TC 4 0,14ns 0,125ns 188,317ns 0,055ns 0,176ns 2877,693ns

TB x TC 8 0,12ns 0,112ns 276,700ns 0,094ns 0,226ns 752,956ns

TA x TB x TC 8 0,19ns 0,175ns 359,629ns 0,106ns 0,186ns 3024,012ns

Tratamentos 29 0,77ns 0,706ns 1351,642* 0980** 0,826ns 15864,761**

Resíduos 120 0,51 0,460 845,5 0,216 0,570 5020,799

CV (%) 17,86 17,54 14,14 5,51 15,91 15,50 GL: graus de liberdade; CV: coeficiente de variação; PT: produtividade total; PC: produtividade comercial; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade,

respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não significativo.

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160

Apêndice U. Análise de variância dos dados qualitativos da produção; diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos,

Gruas brix, potencial hidrogeniônico e Acidez titulável dos frutos em análise conjunta, Campinas – SP.

Fonte de Variação GL

Quadrados Médios

Diâmetro

longitudinal

(mm)

Diâmetro

equatorial

(mm)

Massa

médias

(g)

Sólidos

solúveis

(ºBrix)

pH

Acidez

Titulável

(g/100g de

ácido cítrico)

Casas (A, B e C) (TA) 2 0,443ns 0,901ns 4,009** 2,021** 1,736** 0,022**

Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 55,810** 1,311* 25,831** 16,313** 1,035** 0,0014ns

Doses de biofertilizante (TC) 4 1,444ns 0,745ns 0,214ns 0,113ns 0,006ns 0,0006ns

TA x TB 2 0,751ns 1,161* 1,813* 0,056ns 1,106** 0,0022*

TA x TC 8 0,428ns 0,143ns 0,224ns 0,057ns 0,009ns 0,0003ns

TB x TC 4 0,239ns 0,281ns 0,210ns 0,139ns 0,0025ns 0,0006ns

TA x TB x TC 8 0,214ns 0,194ns 0,232ns 0,148ns 0,011ns 0,00074ns

Tratamentos 29 2,416** 0,422ns 1,477** 0,797** 0,280** 0,0022**

Resíduos 120 0,832 0,302 0,419 0,07 0,009 0,00069

CV (%) (TA) 3,300 2,550 7,63 4,54 2,24 6,21

GL: graus de liberdade; CV: coeficiente de variação; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não

significativo.

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161

Apêndice V. Dados base para os cálculos dos indicadores de rentabilidade a taxa de juros de 1%

ao ano para casa de vegetação A, Campinas – SP.

CANTEIROS

Anos Valores Nominais (reais) Fator de desconto

(r=1%)

Valores Atualizados (reais)

C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas

0 708,39 15620,50 1,0000 708,39 15620,50

1 13719,59 15620,50 0,9901 13583,75 15465,84

2 13708,88 15620,50 0,9803 13438,76 15312,71

3 13562,17 15620,50 0,9706 13163,30 15161,10

4 13551,46 15620,50 0,9610 13022,68 15010,99

5 13404,75 15620,50 0,9515 12754,16 14862,37

6 13394,04 15620,50 0,9420 12617,79 14715,22

7 13247,32 15620,50 0,9327 12356,02 14569,52

8 13236,61 15620,50 0,9235 12223,79 14425,27

9 13089,90 15620,50 0,9143 11968,62 14282,45

Total 121.623,10 156.205,00 - 115.837,26 149.425,98 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.

VASOS

Anos Valores Nominais (reais) Fator de desconto

(r=1%)

Valores Atualizados (reais)

C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas

0 712,14 15116,50 1,0000 712,14 15116,50

1 13765,00 15116,50 0,9901 13628,71 14966,83

2 13753,88 15116,50 0,9803 13482,87 14818,64

3 13606,75 15116,50 0,9706 13206,57 14671,92

4 13595,62 15116,50 0,9610 13065,12 14526,65

5 13448,50 15116,50 0,9515 12795,78 14382,83

6 13437,37 15116,50 0,9420 12658,60 14240,42

7 13290,24 15116,50 0,9327 12396,04 14099,43

8 13279,11 15116,50 0,9235 12263,03 13959,83

9 13131,99 15116,50 0,9143 12007,09 13821,61

Total 122.020,60 151.165,00 - 116.216,01 144.604,70 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.

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162

Apêndice W. Dados base para os cálculos dos indicadores de rentabilidade a taxa de juros de 1%

ao ano para casa de vegetação B, Campinas – SP.

CANTEIROS

Anos Valores Nominais (reais) Fator de

desconto (r=1%)

Valores Atualizados (reais)

C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas

0 546,97 17608,50 1,0000 546,97 17608,50

1 11764,55 17608,50 0,9901 11648,07 17434,16

2 11771,77 17608,50 0,9803 11539,82 17261,54

3 11643,00 17608,50 0,9706 11300,58 17090,64

4 11650,22 17608,50 0,9610 11195,64 16921,42

5 11521,45 17608,50 0,9515 10962,26 16753,88

6 11528,67 17608,50 0,9420 10860,53 16588,00

7 11399,90 17608,50 0,9327 10632,89 16423,77

8 11407,13 17608,50 0,9235 10534,29 16261,15

9 11278,35 17608,50 0,9143 10312,25 16100,15

Total 104.512,01 176.085,00 99.533,30 168.443,22 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.

VASOS

Anos Valores Nominais (reais) Fator de

desconto (r=1%)

Valores Atualizados (reais)

C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas

0 550,72 16544,50 1,0000 550,72 16544,50

1 11809,96 16544,50 0,9901 11693,03 16380,69

2 11816,77 16544,50 0,9803 11583,93 16218,51

3 11687,58 16544,50 0,9706 11343,85 16057,93

4 11694,39 16544,50 0,9610 11238,08 15898,94

5 11565,20 16544,50 0,9515 11003,89 15741,52

6 11572,01 16544,50 0,9420 10901,36 15585,67

7 11442,82 16544,50 0,9327 10672,92 15431,35

8 11449,63 16544,50 0,9235 10573,54 15278,57

9 11320,44 16544,50 0,9143 10350,72 15127,30

Total 104909,51 165445,00 - 99.912,05 158.264,98 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.

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163

Apêndice X. Dados base para os cálculos dos indicadores de rentabilidade a taxa de juros de 1%

ao ano para casa de vegetação C, Campinas – SP.

CANTEIROS

Anos Valores Nominais (reais) Fator de desconto

(r=1%)

Valores Atualizados (reais)

C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas

0 494,14 16150,04 1,0000 494,14 16150,04

1 11124,76 16150,04 0,9901 11014,61 15990,14

2 11137,85 16150,04 0,9803 10918,39 15831,82

3 11014,95 16150,04 0,9706 10691,00 15675,07

4 11028,04 16150,04 0,9610 10597,73 15519,87

5 10905,14 16150,04 0,9515 10375,87 15366,21

6 10918,24 16150,04 0,9420 10285,47 15214,07

7 10795,33 16150,04 0,9327 10069,00 15063,43

8 10808,43 16150,04 0,9235 9981,40 14914,29

9 10685,52 16150,04 0,9143 9770,20 14766,62

Total 98.912,40 161.500,37 - 941.97,82 154.491,54 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.

VASOS

Anos Valores Nominais (reais) Fator de

desconto

(r=1%)

Valores Atualizados (reais)

C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas

0 712,14 13745,80 1,0000 712,14 13745,80

1 13765,00 13745,80 0,9901 13628,72 13609,70

2 13753,88 13745,80 0,9803 13482,87 13474,95

3 8466,60 13745,80 0,9706 8217,60 13341,53

4 13595,62 13745,80 0,9610 13065,13 13209,44

5 13448,50 13745,80 0,9515 12795,78 13078,65

6 13437,37 13745,80 0,9420 12658,61 12949,16

7 13290,24 13745,80 0,9327 12396,05 12820,95

8 13279,11 13745,80 0,9235 12263,04 12694,01

9 13131,99 13745,80 0,9143 12007,10 12568,33

Total 116.880,45 137.457,96 - 111.227,03 131.492,53 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.

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164

Apêndice 1V. Fluxo de caixa a taxa de juros de 1% ao ano para casa de vegetação A, Campinas – SP.

CANTEIROS

Item

Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1

Receitas de produção 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50

Desinvestimentos1

0,00

Credito de investimento 70.839,39

Total de entradas2 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50

Saídas

Inversões 64.487,74

C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15

Serviços da dívidas3 708,39 8.579,44 8.500,73 8.422,02 8.343,31 8.264,60 8.185,89 8.107,17 8.028,46 7.949,75 0,00

Total de saídas4 708,39 13.719,59 13.708,88 13.562,17 13.551,46 13.404,75 13.394,04 13.247,32 13.236,61 13.089,90 5.208,15

Fluxo de caixa 14.912,11 1.900,91 1.911,62 2.058,33 2.069,04 2.215,75 2.226,46 2.373,18 2.383,89 2.530,60 10.412,35

Fluxo de caixa acumulado 14.912,11 16.813,02 18.724,64 20.782,98 22.852,02 25.067,77 27.294,24 29.667,42 32.051,30 34.581,90 44.994,25

Rentabilidade Mensal 1.864,01 237,61 238,95 257,29 258,63 276,97 278,31 296,65 297,99 316,32 1.301,54

Período Payback 14.912,11 16.794,20 18.668,15 20.665,95 22.654,26 24.762,48 26.859,91 29.073,41 31.274,89 33.588,72

VASOS

Item

Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1

Receitas de produção 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50

Desinvestimentos1

0,00

Credito de investimento 71.214,39

Total de entradas

2 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50

Saídas

Inversões 64862,74

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165

C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15

Serviços da dívidas3 712,14 8.624,85 8.545,73 8.466,60 8.387,47 8.308,35 8.229,22 8.150,09 8.070,96 7.991,84 0,00

Total de saídas4 712,14 13.765,00 13.753,88 13.606,75 13.595,62 13.448,50 13.437,37 13.290,24 13.279,11 13.131,99 5.208,15

Fluxo de caixa 14.404,36 1.351,50 1.362,62 1.509,75 1.520,88 1.668,00 1.679,13 1.826,26 1.837,39 1.984,51 9.908,35

Fluxo de caixa acumulado 1.4404,36 15.755,85 17.118,48 18.628,23 20.149,10 21.817,11 23.496,24 25.322,50 27.159,88 29.144,40 39.052,75

Rentabilidade Mensal 1.800,54 168,94 170,33 188,72 190,11 208,50 209,89 228,28 229,67 248,06 1.238,54

Período Payback 14.404,36 15.742,47 17.078,25 18.543,59 20.005,13 21.592,18 23.173,99 24.877,38 26.574,17 28.388,69

Apêndice 1W. Fluxo de caixa a taxa de juros de 1% ao ano para casa de vegetação B, Campinas – SP.

CANTEIROS

Item

Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1

Receitas de produção 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50

Desinvestimentos1

0,00

Credito de investimento 54.696,85

Total de entradas

2 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50

Saídas

Inversões 48.345,20

C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15

Serviços da dívidas3 546,97 6.624,40 6.563,62 6.502,85 6.442,07 6.381,30 6.320,52 62.59,75 6.198,98 6.138,20 0,00

Total de saídas4 546,97 11.764,55 11.771,77 11.643,00 11.650,22 11.521,45 11.528,67 11.399,90 11.407,13 11.278,35 5.208,15

Fluxo de caixa 17.061,53 5.843,95 5.836,73 5.965,50 5.958,28 6.087,05 6.079,83 6.208,60 6.201,37 6.330,15 12.400,35

Fluxo de caixa acumulado 17.061,53 22.905,49 28.742,21 34.707,72 40.665,99 46.753,04 52.832,87 59.041,47 65.242,84 71.572,99 83.973,34

Rentabilidade Mensal 2.132,69 730,49 729,59 745,69 744,78 760,88 759,98 776,07 775,17 791,27 1.550,04

Período Payback 17.061,53 22.847,62 28.569,35 34.359,40 40.085,19 45.876,81 51.604,28 57.395,15 6.3122,02 68.909,93

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166

VASOS

Item

Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1

Receitas de

produção 13.745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79

Desinvestimentos1

0

Credito de

investimento 49.789,21

Total de entradas

2 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79

Saídas

Inversões 43.437,55

C. operacionais 6351,65 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15

Serviços da dívidas3 497,89 6030,03 5974,70 5919,38 5864,06 5808,74 5753,42 5698,10 5642,78 5587,45 0,00

Total de saídas4 497,89 11170,18 11182,85 11059,53 11072,21 10948,89 10961,57 10838,25 10850,93 10727,60 5208,15

Fluxo de caixa 13247,90 2575,62 2562,94 2686,26 2673,58 2796,91 2784,23 2907,55 2894,87 3018,19 8537,65

Fluxo de caixa

acumulado 13247,90 15823,53 18386,47 21072,73 23746,32 26543,22 29327,45 32235,00 35129,87 38148,06 46685,71

Rentabilidade

Mensal 1655,99 321,95 320,37 335,78 334,20 349,61 348,03 363,44 361,86 377,27 1067,21

Período Playback 13247,90 15798,02 18310,47 20917,73 23486,99 26148,15 28771,02 31482,94 34156,31 36915,96

Apêndice 1X. Fluxo de caixa a taxa de juros de 1% ao ano para casa de vegetação C, Campinas – SP.

CANTEIROS

Item

Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1

Receitas de produção 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04

Desinvestimentos1

0,00

Credito de investimento 49.414,20

Total de entradas

2 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04

Page 197: PRODUÇÃO DE MINITOMATE EM SISTEMA ORGÂNICO EM …repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/257133/1/... · 2018-08-27 · ambientes de produção, permanecendo a temperatura

167

Saídas

Inversões 43.062,55

C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15

Serviços da dívidas3 494,14 5.984,61 5.929,70 5.874,80 5.819,89 5.764,99 5.710,09 5.655,18 5.600,28 5.545,37 0,00

Total de saídas4 494,14 11.124,76 11.137,85 11.014,95 11.028,04 10.905,14 10.918,24 10.795,33 10.808,43 10.685,52 5.208,15

Fluxo de caixa 15.655,90 5.025,28 5.012,18 5.135,09 5.121,99 5.244,90 5.231,80 5.354,71 5.341,61 5.464,52 10.941,89

Fluxo de caixa acumulado 15.655,90 20.681,17 25.693,36 30.828,44 35.950,44 41.195,33 46.427,13 51.781,84 57.123,45 62.587,97 73.529,85

Rentabilidade Mensal 1.956,99 628,16 626,52 641,89 640,25 655,61 653,98 669,34 667,70 683,06 1.367,74

Período Payback 15.655,90 20.631,42 25.544,84 30.528,91 35.451,04 40.441,38 45.369,97 50.364,41 55.297,29 60.293,72

VASOS

Item

Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1

Receitas de produção 13.745,80 13.45,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80

Desinvestimentos1

0,00

Credito de investimento 71.214,39

Total de entradas

2 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80

Saídas

Inversões 43.437,55

C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15

Serviços da dívidas3 712,14 8.624,85 8.545,73 8.466,60 8.387,47 8.308,35 8.229,22 8.150,09 8.070,96 7.991,84 0,00

Total de saídas4 712,14 13.765,00 13.753,88 13.606,75 13.595,62 13.448,50 13.437,37 13.290,24 13.279,11 13.131,99 5.208,15

Fluxo de caixa 13.033,65 -19,21 -8,08 139,05 150,17 297,30 308,43 455,56 466,68 613,81 8537,65

Fluxo de caixa acumulado 13.033,65 13.014,44 13.006,36 13.145,41 13.295,58 13.592,89 13.901,31 14.356,87 14.823,55 15.437,36 23.975,01

Rentabilidade Mensal 1.629,21 -2,40 -1,01 17,38 18,77 37,16 38,55 56,94 58,34 76,73 1.067,21

Período Payback 13.033,65 13.014,64 13.006,71 13.141,67 13.285,99 13.568,86 13.859,41 14.284,31 14.715,29 15.276,52