produÇÃo de minitomate em sistema orgÂnico em...
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HAROLDO FERREIRA DE ARAÚJO
PRODUÇÃO DE MINITOMATE EM SISTEMA ORGÂNICO EM
AMBIENTE PROTEGIDO
CAMPINAS
2015
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HAROLDO FERREIRA DE ARAÚJO
PRODUÇÃO DE MINITOMATE EM SISTEMA ORGÂNICO EM
AMBIENTE PROTEGIDO
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Agrícola da Faculdade de
Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de
Campinas para obtenção do título de Doutor em
Engenharia Agrícola na área de concentração em
Construções Rurais e Ambiência.
CAMPINAS
2015
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
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RESUMO
O mercado de alimentos orgânicos cresce a cada ano, porém poucas são as pesquisas que
abordam esse sistema de produção. Assim, objetivou-se com esta pesquisa avaliar e comparar,
em termos quantitativos, qualitativos e econômicos, a produção orgânica de minitomateiro em
vasos e canteiros associados às diferentes doses de biofertilizante em três ambientes de casas de
vegetação com controle micrometeorológico parcial. A pesquisa foi desenvolvida no campo
experimental da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri/Unicamp), com a cultivar Carolina,
conduzida no espaçamento 0,5 x 0,9 m em duas hastes com manejo da adubação orgânica e
sistema de irrigação por gotejamento automatizado. Em cada casa de vegetação, utilizou-se o
delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC) em esquema de parcelas subdivididas
com dez tratamentos e cinco repetições. Posteriormente, os dados foram agrupados e reavaliados
em análises conjuntas. Os resultados das análises mostraram pouca relevância estatística das
doses de biofertilizante sobre as variáveis analisadas, entretanto estas foram significativamente
melhores nos canteiros em todas as casas de vegetação, com destaque para a casa de vegetação B
quando analisado conjuntamente. As condições micrometeorológicas não foram alteradas entre os
ambientes de produção, permanecendo a temperatura e a umidade relativa do ar dentro da faixa
adequada para a cultura. A casa de vegetação C, com tela termorrefletora fixa, apresentou a maior
altura e o menor diâmetro da haste das plantas, associada à forma de cultivo em vasos, com
melhor qualidade dos frutos em termos de sólidos solúveis. A casa de vegetação B, com controle
temporal automatizado da tela termorrefletora, mostrou maior produtividade na forma de cultivo
em canteiros, bem como a unidade de produção com área mínima de 500 m2 para as condições de
investimento, com período payback de 6,54 anos em condições de financiamento pelo Pronaf. A
aplicação do biofertilizante Microgeo® via solo não indicou acréscimos produtivos e qualitativos
significativos no cultivo do minitomate orgânico.
Palavras-chave: Casas de vegetação, Tomateiro, Graus tecnológicos, Análise econômica.
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ABSTRACT
The organic food market is growing every year, but few researches on this production system.
The objective was to evaluate and compare, in quantitative, qualitative and economic terms,
the organic production cherry associated soil bed and pot at different levels of biofertilizer in
three different environments greenhouses with partial micrometeorologic control. The research
was conducted in the experimental field of Faculty of Agricultural Engineering
(Feagri/Unicamp), with Carolina growing, conducted in 0.5 x 0.9 m spacing in two stems with
organic fertilization management and automated drip irrigation system. The experimental
design for each greenhouse was completely randomized design (CRD) in split plot with ten
treatments and five replications (two cultivation forms and five biofertilizer levels), being
subsequently grouped and re-evaluated on an analysis. The individual analyzes the research
showed little statistical relevance of biofertilizer levels on the variables analyzed, however
these were significantly better the soil beds in all greenhouses, especially the B greenhouse
when analyzed together. Thus concludes the C greenhouse, with fixed thermal reflector
screen, showed the highest height and smaller diameter the stem of plants associated with the
form cultivation in pots, with better fruit quality in terms of total soluble solids, while the
greenhouse B with automated temporal control of thermal reflector screen, had the highest
productivity associated the form of grown in soil beds, as well as the best production unit with
a minimum area of 500 m2 for Pronaf investment conditions, and economically viable even for
real rates of interest above the prevailing market, with period payback of 6.54 years in
financing conditions. The application of biofertilizer Microgeo® the soil showed no
significant yield and qualitative increases in organic farming cherry.
Keywords: Greenhouses, Tomato, Technological degrees, Economic analysis.
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SUMÁRIO
3.1 Objetivo geral ....................................................................................................................... 4
3.2 Objetivos específicos ............................................................................................................ 4
4.1 Cultivo em ambiente protegido ............................................................................................. 5
4.2 Sistema de produção orgânica .............................................................................................. 9
4.3 Biofertilizantes em olerícolas ............................................................................................. 12
4.4 Cultura do tomateiro ........................................................................................................... 15
4.5 Exigência climática da cultura ............................................................................................ 16
4.6 Indicadores de rentabilidade e risco da análise de investimento ........................................ 17
5.1 Localização e caracterização da área experimental ............................................................ 20
5.2 Cultivar utilizada ................................................................................................................. 20
5.3 Descrição dos experimentos ............................................................................................... 21
5.4 Automação dos equipamentos das casas de vegetação ....................................................... 25
5.4.1 Ventilação mecânica ................................................................................................... 25
5.4.2 Umidificação e ventilação mecânica ........................................................................... 26
5.4.3 Telas termorrefletoras ................................................................................................. 26
5.5 Dados meteorológicos ......................................................................................................... 28
5.5.1 Temperatura e umidade relativa do ar ......................................................................... 28
5.5.2 Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) e Global (RT) ........................................ 30
5.6 Preparo dos canteiros e vasos ............................................................................................. 31
5.7 Características físico-químicas do solo e compostos .......................................................... 32
5.8 Manejo da adubação de fundação ....................................................................................... 33
5.9 Produção das mudas ............................................................................................................ 34
5.10 Manejo da adubação de cobertura .................................................................................... 36
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
2 HIPÓTESE ........................................................................................................................... 3
3 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 4
4 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 5
5 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 20
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5.11 Manejo da cultura ............................................................................................................. 38
5.12 Estado nutricional das plantas ........................................................................................... 40
5.13 Colheita dos frutos ............................................................................................................ 41
5.14 Manejo fitossanitário ........................................................................................................ 42
5.15 Manejo do biofertilizante .................................................................................................. 44
5.16 Manejo da irrigação .......................................................................................................... 45
5.17 Delineamento experimental .............................................................................................. 48
5.18 VARIÁVEIS ANALISADAS .......................................................................................... 50
5.18.1 Casas de vegetação .................................................................................................... 50
5.18.2 Variáveis relacionadas à cultura................................................................................ 50
5.18.2.1 Crescimento das plantas ...................................................................................... 50
5.18.2.2 Índice relativo de clorofila ................................................................................... 51
5.18.2.3 Produção e porcentagem de massa seca .............................................................. 51
5.18.3 Componentes da produção ........................................................................................ 51
5.18.3.1 Qualidade da produção dos frutos ....................................................................... 52
5.18.4 Análise de rentabilidade ............................................................................................ 53
5.18.4.1 Custos de produção .............................................................................................. 55
5.18.5 Atributos químicos do solo ....................................................................................... 56
5.19 ANÁLISES ESTATÍSTICAS DAS VARIÁVEIS ........................................................... 56
6.1 Dados meteorológicos ......................................................................................................... 58
6.1.1 Avaliação da temperatura e umidade relativa do ar: médias mensais, máximas e
mínimas nos diferentes ambientes ....................................................................................... 58
6.1.2 Avaliação das alturas e horários de medição em cada casa de vegetação .................. 60
6.1.3 Análises dos diferentes ambientes e horários de medição na altura de 2 m ............... 64
6.1.4 Análises dos dados de radiação ................................................................................... 68
6.1.4.1 Dias claros e sem nuvens ....................................................................................... 68
6.1.4.2 Dias nublados ........................................................................................................ 69
6.1.4.3 Dias chuvosos ........................................................................................................ 69
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 58
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6.1.5 Médias gerais entre as casas de vegetação .................................................................. 70
6.2 Análises dos dados em cada casa de vegetação .................................................................. 72
6.2.1 Casa de vegetação A ................................................................................................... 72
6.2.1.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas .................................................. 72
6.2.1.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC) .................................................... 75
6.2.1.3 Avaliação dos dados de produção ......................................................................... 76
6.2.1.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção ...................................................... 77
6.2.2 Análises dos dados da casa de vegetação B ................................................................ 81
6.2.2.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas .................................................. 81
6.2.2.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC) .................................................... 83
6.2.2.3 Avaliação dos dados de produção ......................................................................... 84
6.2.2.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção ...................................................... 85
6.2.3 Análises dos dados da casa de vegetação C ................................................................ 89
6.2.3.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas .................................................. 89
6.2.3.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC) .................................................... 96
6.2.3.3 Avaliação dos dados produtivos ............................................................................ 97
6.2.3.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção ...................................................... 99
6.3 ANÁLISE CONJUNTA DOS DADOS ........................................................................... 101
6.3.1 Dados de crescimento das plantas ............................................................................. 101
6.3.2 Análises dos dados do índice relativo de clorofila (IRC) ......................................... 108
6.3.3 Análises dos dados de produção ............................................................................... 110
6.3.4 Análises dos dados qualitativos ................................................................................ 113
6.4 Atributos químicos do solo após produção ....................................................................... 116
6.5 Indicadores de rentabilidade e período payback ............................................................... 119
6.5.1 Análise de sensibilidade dos indicadores de rentabilidade ....................................... 122
7 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 124
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 125
APÊNDICES .............................................................................................................................. 135
xiv
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Raimundo Ferreira de Araújo e
Antônia Ferreira de Araújo, a todos os meus
irmãos, à minha esposa, Maria do Socorro de
Oliveira Silva, e nossos filhos, Oliver de Oliveira
Araújo e Bianca de Oliveira Araújo, com os quais
compartilhei minha vida e a academia e, em
especial, a Deus, pela força concedida nessa
caminhada tão árdua e desafiadora.
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xvii
AGRADECIMENTOS
A Deus, luz misericordiosa, que me presenteou com vida, inteligência e bondade, sendo
responsável pelo ser que sou fazendo-me superar todas as dificuldades para a realização deste
trabalho.
À minha esposa Maria e nossos filhos, Oliver e Bianca, pelo amor e carinho a mim
dedicados e pela compreensão nos momentos difíceis dessa trajetória.
Aos meus pais, Raimundo e Antônia, ao meu irmão William, à minhas tias, Claudete,
Celiane, Carlene, Claudio, meus cunhados (as), Carlos, José, Antônio, Rita, Salete, Maria,
Edinilsa, Antonia, que sempre estiveram ao nosso lado mesmo quando estávamos distantes.
Ao Prof. Dr. Paulo Ademar Martins Leal, pela amizade, orientação, aprendizado,
compreensão e confiança em mim depositados.
À Universidade Estadual de Campinas, à Faculdade de Engenharia Agrícola onde estudei e
vivi momentos prazerosos durante essa etapa da minha vida acadêmica.
Aos professores membros titulares da banca examinadora (Prof. Dr. Paulo Cesar, T. M –
Esalq/USP, Prof. Dr. Sebastião Wilson Tivelli - UPD/APTA, Prof. Dr. Sílvio, Luís Honório –
Feagri/Unicamp e à Profa Dr
a Maria Ângela Fagnani - Feagri/Unicamp), pelas valiosas
observações e contribuições para a conclusão deste trabalho, aos professores doutores e membros
suplentes (Edson Eiji Matsura e Roberto Testezlaf da Feagri/Unicamp, Luis Felipe Villani
Purquerio - IAC, Luciana A. Carlini Garcia – APTA/Piracicaba), pela disposição em contribuir
com esta pesquisa.
Aos amigos que muito cooperaram para o início deste projeto: Eduardo Nunes e Diego Luis
Ferrari.
Aos amigos que colaboraram com a execução e o andamento do projeto: Thais Q. Z,
Pâmela S. B, Guilherme F. S., e Oldeny.
Às amigas do ciências e artes nas férias: Lilian B. S. G e Giovana F. G.
Às amizades construídas ao longo destes anos: Adriana, Ana Elisa, Camila, Diego, Diogo,
Douglas, Fábio, Fernando, Flávia, Franciana, Gabriela, Guilherme, Leonardo, Glenda, Denise,
Henrique, Luís Fernando “Bixinho”, Luiz, Marcelão, Márcio, Marlus “BH”, Maycon, Michender,
Rhuanito, Romeu, Roni, Rose, Tomaz, pelo apoio, otimismo e pela alegria compartilhados.
xviii
Às empresas que acreditaram e contribuíram com doações para a realização do projeto:
Equipesca, ElectroPlastic, Microgeo, Hidrogood, Netafim, JKS Bandejas, Polysack e R4F.
Ao Programa de Pós-Graduação da FEAGRI/UNICAMP, em nome de seus funcionários
Célia R. de Carvalho, Fábio E. D. Augusto, Marta A. R. Vechi, Rita de C. C. Ferreira, Sidnei de
J. Trombeta e coordenadores Luiz H. A. Rodrigues, Zigomar M. de Souza e Luiz H. Antunes
Rodrigues pelo acolhimento, oportunidade em desenvolver este trabalho e dedicação irrestrita.
Às laboratoristas Rosa Helena, em especial, a Rosália, que sempre contribuíram com seus
conhecimentos técnico-científicos para o desenvolvimento deste estudo.
Aos funcionários do campo experimental (Carlão, Sr. Freire, Jamilson, João e Pequeno) e
da oficina mecânica (Chicão, Devis, José Maria e Luís), pelo apoio incondicional.
Ao Serviço de Apoio ao Estudante da Unicamp (SAE/UNICAMP), pelo apoio total à
moradia, alimentação e institucional nos dados durante a realização desta pesquisa.
Ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Processo n°
142626/2011-2), pela concessão da bolsa de estudos e à Fundação de Amparo à Pesquisa no
Estado de São Paulo (FAPESP) pelo financiamento do projeto de pesquisa.
Finalmente, agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para o êxito deste
trabalho e à conquista de mais uma vitória.
Muito obrigado!!!
xix
Ser mestre não é de modo algum um emprego e a
sua atividade se não pode aferir pelos métodos
correntes; ganhar a vida é no professor um
acréscimo e não o alvo; e o que importa, no seu
juízo final, não é a idéia que fazem dele os
homens do tempo; o que verdadeiramente há-de
pesar na balança é a pedra que lançou para os
alicerces do futuro.
(Agostinho Silva)
xx
xxi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Área do campo experimental e casas de vegetação; (a) Visualização frontal; (b)
Visualização posterior. .................................................................................................................. 20
Figura 2. Croquis demonstrativos das casas de vegetação (Experimentos 2, 3 e 1,
respectivamente). ........................................................................................................................... 21
Figura 3. Detalhes da área experimental: (a) No início das reformas; (b) Retirada do plástico das
estruturas. ....................................................................................................................................... 22
Figura 4. Instalação das casas de vegetação: (a) Do plástico leitoso difusor e tela antiafídeo nas
laterais; (b) Da tela termorrefletora. .............................................................................................. 22
Figura 5. Exaustores instalados: (a) Vista do exaustor ED24; (b) Vista dos dois exaustores ED24
e EM30. ......................................................................................................................................... 23
Figura 6. Sistema de resfriamento evaporativo: (a) Meio poroso instalado e protegido com tela
antiafídeo; (b) Sistema de circulação fechada de água. ................................................................. 24
Figura 7. Sistema de movimentação das telas: (a) Detalhes do sistema de mancais e polias; (b)
Motor reverso de acionamento do sistema móvel com tela termorrefletora. ................................ 24
Figura 8. Sistema de sensores e controlador: (a) Concentrador da Rede de sensores Sem Fio; (b e
c) Sensores de Temperatura e Umidade Relativa alocados em tubos de PVC de 0,10 m Ø envoltos
com papel alumínio e micro ventilador numa das bases. .............................................................. 25
Figura 9. Tela termorrefletora e sistema de controle: (a) Fechada; (b) Sensores (RFA e RT)
instalados na fileira de plantas. ...................................................................................................... 27
Figura 10. Vistas dos psicrômetros nas diferentes alturas: (a) Psicrômetro instalado a 1,00 m; (b)
Psicrômetro instalado a 2,00 m e (c) Psicrômetro instalado a 3,00 m. .......................................... 28
Figura 11. Equipamento de aquisição de dados: (a) Chassis com módulo de aquisição National;
(b) Plataforma de visualização e programação do Labview. ......................................................... 29
Figura 12. Sensores e sistema de aquisição de dados de radiação: (a) Sensores de RT e RFA
instalados próximos ao dossel das plantas (variação da altura); (b) Sistema de aquisição de dados.
....................................................................................................................................................... 30
Figura 13. Preparo do solo para preenchimento das formas de cultivo: (a) Retirada dos torrões;
(b) Canteiros prontos para adubação e transplantio. ..................................................................... 31
xxii
Figura 14. Preparo do solo para enchimento dos vasos: (a) Solo sendo peneirado; (b) Vasos
preenchidos na linha de plantio. .................................................................................................... 32
Figura 15. Preparo e adubação de fundação: (a e b) Distribuição dos insumos nos canteiros e
vasos; (c) Incorporação dos insumos nos canteiros e vasos. ......................................................... 34
Figura 16. Preparo das mudas de tomateiro: (a) Mudas após a repicagem; (b) Detalhes das mudas
prontas para transplantio e sistema de irrigação. ........................................................................... 35
Figura 17. Mudas prontas a serem transplantadas: (a) Detalhes das características agronômicas
desejadas nas mudas para transplantio; (b) Detalhes das mudas transplantadas nos canteiros e
vasos. ............................................................................................................................................. 36
Figura 18. Adensamento das plantas: (a) Nos canteiros; (b) Nos vasos. ..................................... 37
Figura 19. Condução das plantas: (a) Detalhes da condução das plantas em duas hastes; (b)
Detalhes da espaldeira de bambu e fitilhamento para condução das hastes das plantas. .............. 38
Figura 20. Detalhes de condução das plantas: (a) Plantas passando da linha da espaldeira (2,0 m);
(b) Detalhes das hastes amarradas sobre o arame suspenso a 0,50 m do solo............................... 39
Figura 21. Detalhes de condução das plantas: (a) Plantas após o desfolhamento das hastes
abaixadas; (b) Racimos formados com frutos em amadurecimento. ............................................. 39
Figura 22. Modo de condução em círculo fechado: (a) Detalhes da curva entre as linhas de
plantio para condução em ciclo fechado; (b) Condução horizontal das hastes. ............................ 40
Figura 23. Detalhes dos frutos em ponto de colheita: (a; b) Frutos aptos a serem colhidos. ....... 41
Figura 24. Quantificação da produção: (a) Frutos colhidos em sacos devidamente identificados;
(b) Frutos acondicionados em embalagens de 0,45 kg. ................................................................. 42
Figura 25. Principais pragas e doenças verificadas: (a) Detalhes do ataque do ácaro do
bronzeamento nos frutos; (b) Detalhes de manchas de estenfílio (Stemphylium solani); (c) Oidio
(Erysiphe sp); (d) (Cladosporium fulvum); (e) Mosca-branca (Bemisia tabaci) sob as folhas; (f)
Sintomas de requeima (Phytophthora infestans) ou míldio no caule. ........................................... 44
Figura 26. Modo de preparo do biofertilizante: (a) Manual técnico do fabricante (Disponível em:
<http://www.microgeo.com.br>); (b) Produção do biofertilizante no experimento. .................... 45
Figura 27. Sistema de manejo para controle do tempo de irrigação: (a) Detalhes do coletor de
água percolada antes da irrigação; (b) Detalhes do coletor de água percolada depois da irrigação.
....................................................................................................................................................... 46
xxiii
Figura 28. Detalhe dos controladores da irrigação: (a) Sistema de controle com válvulas
solenoides; (b) Detalhe do controlador de irrigação. ..................................................................... 47
Figura 29. Detalhes do sistema de irrigação: (a) Gotejadores instalados na linha de plantio dos
vasos; (b) Gotejadores instalados nos canteiros. ........................................................................... 47
Figura 30. Ilustração do arranjo experimental dentro das casas de vegetação ............................. 49
Figura 31. Detalhes da medição da altura das plantas: (a) Medição com fita métrica; (b)
Marcação das plantas com fitilhos em 1,50 m e demais múltiplos. .............................................. 50
Figura 32. Medição das variáveis de importância comercial dos frutos: (a) Diâmetro
longitudinal; (b) Diâmetro equatorial. ........................................................................................... 52
Figura 33. Gráficos das médias mensal da temperatura e umidade relativa do ar nos diferentes
ambientes; (a) Médias, máximas e mínimas na CVA; (b) Médias, máximas e mínimas na CVB;
(c) Médias, máximas e mínimas na CVC; (d) Médias, máximas e mínimas ambiente externo. ... 59
Figura 34. Comparação das médias pelo teste de Tukey nas diferentes alturas; (a) Para
temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar. ...................................................................... 61
Figura 35. Comparação das médias pelo teste de Tukey nos diferentes horários; (a) Para
temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar. ...................................................................... 62
Figura 36. Comparação das médias de umidade relativa do ar nos diferentes ambientes a 2 m de
altura. ............................................................................................................................................. 66
Figura 37. Comparação das médias pelo teste de Tukey nos diferentes horários e ambientes a 2
m de altura; (a) Para temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar. ..................................... 66
Figura 38. Irradiância solar obtida em dois dias claros nos diferentes ambientes. ..................... 68
Figura 39. Irradiância solar obtida em dois dias nublados ou parcialmente chuvosos nos
diferentes ambientes. ..................................................................................................................... 69
Figura 40. Irradiância solar obtida em um dia chuvoso nos diferentes ambientes ....................... 70
Figura 41. Radiação global ao longo do período de cultivo nos diferentes ambientes ................ 71
Figura 42. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante da análise aos 48 DAT na CVA; (a) Sobre a variável altura de plantas; (b) Sobre a
taxa de crescimento absoluto das plantas. ..................................................................................... 74
Figura 43. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante da análise aos 136 DAT na CVB sobre a taxa de crescimento absoluto das plantas.
....................................................................................................................................................... 83
xxiv
Figura 44. Representação gráfica da equação de regressão dos tratamentos com as doses de
biofertilizante que apresentou incremento significativo sobre a variável pH na CVB. ................ 87
Figura 45. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante na CVB; (a) Sobre os sólidos solúveis (ºBrix); (b) Sobre o pH dos frutos. ........... 87
Figura 46. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante
das análises (88, 113, 136, 159 e 184 DAT) estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável
altura de plantas. ............................................................................................................................ 92
Figura 47. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da
análise aos 29 DAT estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável diâmetro da haste. ...... 93
Figura 48. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante sobre a variável altura das plantas analisada na CVC; (a) 08 DAT; (b) e 136 DAT.
....................................................................................................................................................... 94
Figura 49. Médias da interação dos fatores formas de cultivo versus as doses de biofertilizante
sobre a variável diâmetro da haste ou colo das plantas analisada na CVC; (a) 08 DAT; (b) 29
DAT; (c) 48 DAT. ......................................................................................................................... 94
Figura 50. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante sobre a variável taxa média de crescimento absoluto do diâmetro analisado na
CVC; (a) aos 08 DAT; (b) aos 113 DAT....................................................................................... 95
Figura 51. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da
análise aos 136 DAT estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável Índice relativo de
clorofila. ......................................................................................................................................... 97
Figura 52. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da
análise aos 136 DAT estatisticamente diferente, sobre a variável TCAA em análise conjunta. . 104
xxv
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Análise físico-química de macro e micronutrientes do solo antes das adubações,
Campinas - SP. .............................................................................................................................. 32
Tabela 2. Análise química (macro e micronutrientes) do esterco bovino, Campinas - SP........... 33
Tabela 3. Análise química (macro e micronutrientes) do composto bio-bokashi, Campinas - SP.
....................................................................................................................................................... 33
Tabela 4. Análise química (macro e micronutrientes) do biofertilizante, Campinas - SP. ........... 33
Tabela 5. Calendário de adubação de cobertura com composto em (g) utilizado nos canteiros e
vasos, Campinas - SP. ................................................................................................................... 37
Tabela 6. Calendário de adubação de cobertura com sulfato de potássio em (g) utilizado nos
canteiros e vasos. ........................................................................................................................... 37
Tabela 7. Teores foliares de macro e micronutrientes nas diferentes datas, casas de vegetação e
formas de cultivos, Campinas - SP. ............................................................................................... 40
Tabela 8. Teores foliares de macro (g kg-1
) e micronutrientes (mg kg-1
) considerados adequados
para a cultura do tomateiro, Campinas - SP. ................................................................................. 41
Tabela 9. Histórico de produtos aplicados durante o ciclo produtivo nos diferentes ambientes. . 42
Tabela 10. Valores médios das avaliações (inicial e final) do sistema de irrigação, Campinas -
SP. .................................................................................................................................................. 48
Tabela 11. Quantificação da água aplicada por planta durante todo o ciclo produtivo da cultura,
Campinas - SP. .............................................................................................................................. 48
Tabela 12. Análises de variância dos dados micrometeorológicos registrados nas três casas de
vegetação em função das alturas e horários de medição, Campinas - SP. .................................... 60
Tabela 13. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de
medição na CVA, Campinas - SP. ................................................................................................. 62
Tabela 14. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários
de medição na CVA, Campinas - SP. ............................................................................................ 63
Tabela 15. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de
medição na CVB, Campinas - SP. ................................................................................................. 63
Tabela 16. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários
de medição na CVB, Campinas - SP. ............................................................................................ 63
xxvi
Tabela 17. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de
medição na CVC, Campinas - SP. ................................................................................................. 64
Tabela 18. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários
de medição na CVC, Campinas - SP. ............................................................................................ 64
Tabela 19. Análises de variância dos dados micrometeorológicos (temperatura e umidade
relativa do ar) nos quatros ambientes em função dos horários de medição na altura de 2 metros,
Campinas - SP. .............................................................................................................................. 65
Tabela 20. Médias da temperatura do ar (ºC) em função dos ambientes nos diferentes horários de
medição dos dados avaliados a 2 metros de altura, Campinas - SP. ............................................. 67
Tabela 21. Médias da umidade relativa do ar (%) em função dos ambientes nos diferentes
horários de medição dos dados avaliados a 2 m de altura, Campinas - SP. .................................. 67
Tabela 22. Médias dos dados das análises de crescimento das plantas de tomateiro em função
estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVA, Campinas - SP. .......................................... 73
Tabela 23. Regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente sobre a
TCAA analisada na CVA, Campinas - SP. ................................................................................... 75
Tabela 24. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVA em função
dos diferentes estádios de desenvolvimento das plantas e tratamentos, Campinas - SP. .............. 75
Tabela 25. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVA em função dos
diferentes tratamentos, Campinas - SP. ......................................................................................... 76
Tabela 26. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVA em função dos diferentes
tratamentos, Campinas - SP. .......................................................................................................... 77
Tabela 27. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVA em função dos
diferentes tratamentos, Campinas - SP. ......................................................................................... 78
Tabela 28. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP............................................................ 79
Tabela 29. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes
intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP. ........................................................................... 79
Tabela 30. Médias dos sólidos solúveis dos frutos (ºBrix) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP............................................................ 80
Tabela 31. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo
e diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP. ........................................................ 80
xxvii
Tabela 32. Médias da acidez titulável dos frutos(g/100g de ácido cítrico) em função das formas
de cultivo e diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP. ....................................... 80
Tabela 33. Médias dos dados analisados de crescimento das plantas de tomateiro em função
estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVB, Campinas – SP. ......................................... 82
Tabela 34. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVB em função
dos diferentes estádios de desenvolvimento das plantas e tratamentos, Campinas – SP. ............. 83
Tabela 35. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVB em função dos
diferentes tratamentos, Campinas – SP. ........................................................................................ 84
Tabela 36. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVB em função dos diferentes
tratamentos, Campinas – SP. ......................................................................................................... 84
Tabela 37. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVB em função dos
diferentes tratamentos, Campinas – SP. ........................................................................................ 85
Tabela 38. Regressão polinomial da variável potencial hidrogeniônico (pH) estatisticamente
diferente na CVB, Campinas - SP. ................................................................................................ 86
Tabela 39. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................... 88
Tabela 40. Médias do diâmetro equatorial dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................... 88
Tabela 41. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes
intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................................... 88
Tabela 42. Médias dos sólidos solúveis dos frutos (ºBrix) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................... 89
Tabela 43. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo
e diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP. ........................................................ 89
Tabela 44. Médias dos dados analisados de crescimento das plantas de tomateiro em função
estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVC, Campinas – SP. ......................................... 90
Tabela 45. Regressão polinomial das análises (88, 113, 136, 159 e 184 DAT) estatisticamente
diferentes sobre a altura das plantas analisadas na CVC, Campinas - SP. .................................... 92
Tabela 46. Regressão polinomial da análise aos 29 DAT estatisticamente diferente sobre o
diâmetro da haste das plantas analisadas na CVC, Campinas - SP. .............................................. 93
xxviii
Tabela 47. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVC em função
dos estádios de desenvolvimento das plantas e diferentes tratamentos, Campinas – SP. ............. 96
Tabela 48. Regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente sobre o
índice relativo de clorofila analisado na CVC, Campinas - SP. .................................................... 97
Tabela 49. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVC em função dos
diferentes tratamentos, Campinas – SP. ........................................................................................ 97
Tabela 50. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVC em função dos diferentes
tratamentos, Campinas – SP. ......................................................................................................... 98
Tabela 51. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVC em função dos
diferentes tratamentos, Campinas – SP. ........................................................................................ 99
Tabela 52. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP. ......................................................... 100
Tabela 53. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes
intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP. ......................................................................... 100
Tabela 54. Médias dos sólidos solúveis (ºBrix) em função das formas de cultivo e diferentes
intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP. ......................................................................... 100
Tabela 55. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo
e diferentes intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP. ...................................................... 101
Tabela 56. Médias dos dados de crescimento (altura e sua taxa de crescimento absoluto) das
plantas de tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas – SP. ..................................... 102
Tabela 57. Médias dos dados de crescimento (diâmetro e sua taxa de crescimento absoluto) das
plantas de tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas – SP. ..................................... 102
Tabela 58. Análise de regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente,
sobre a variável TCAA em análise conjunta, Campinas – SP. .................................................... 104
Tabela 59. Médias da altura das plantas (cm) nos ambientes de produção e diferentes formas de
cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas – SP. ........................................ 105
Tabela 60. Médias da altura das plantas (cm) nos ambientes de produção e diferentes formas de
cultivo na análise aos 48 DAT em análise conjunta, Campinas – SP. ........................................ 105
Tabela 61. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos
ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta,
Campinas – SP. ............................................................................................................................ 105
xxix
Tabela 62. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos
ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 68 DAT em análise conjunta,
Campinas – SP. ............................................................................................................................ 106
Tabela 63. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos
ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 159 DAT em análise
conjunta, Campinas – SP. ............................................................................................................ 106
Tabela 64. Médias da taxa de crescimento absoluto altura das plantas (TCAA) (cm) nas formas
de cultivo em função das doses de biofertilizante na análise aos 159 DAT em análise conjunta,
Campinas – SP. ............................................................................................................................ 107
Tabela 65. Médias do diâmetro da haste das plantas (mm) nos ambientes de produção e
diferentes formas de cultivo na análise aos 8 DAT em análise conjunta, Campinas – SP. ......... 107
Tabela 66. Médias do diâmetro da haste das plantas (mm) nos ambientes de produção e
diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas – SP. ....... 107
Tabela 67. Médias da taxa de crescimento absoluto do diâmetro da haste das plantas (TCAD)
(mm) nos ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 48 DAT em
análise conjunta, Campinas - SP. ................................................................................................ 108
Tabela 68. Médias dos dados da variável índice relativo de clorofila das folhas das plantas de
tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas - SP. ....................................................... 109
Tabela 69. Médias do índice relativo de clorofila (IRC) (unidades SPAD) nos ambientes de
produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas -
SP. ................................................................................................................................................ 110
Tabela 70. Médias do índice relativo de clorofila (IRC) (unidades SPAD) nos ambientes de
produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 68 DAT em análise conjunta, Campinas -
SP. ................................................................................................................................................ 110
Tabela 71. Média dos diferentes dados de produção nos ambientes de produção e formas de
cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .............................................................................. 111
Tabela 72. Média dos diferentes dados de qualidade nos ambientes de produção e formas de
cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .............................................................................. 113
Tabela 73. Médias do diâmetro equatorial dos frutos (mm) nos ambientes de produção e
diferentes formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. ............................................. 115
xxx
Tabela 74. Médias da massa média dos frutos (mm) nos ambientes de produção e diferentes
formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .............................................................. 115
Tabela 75. Médias do potencial hidrogeniônico (pH) nos ambientes de produção e diferentes
formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .............................................................. 115
Tabela 76. Médias da acidez titulável dos frutos (g/100g de ácido cítrico) nos ambientes de
produção e diferentes formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP. .......................... 115
Tabela 77. Valores dos atributos químicos do solo mais importantes nutricionalmente após a
produção orgânica de minitomate em função das diferentes casas de vegetação, formas de cultivo
e doses de biofertilizante, Campinas - SP. .................................................................................. 117
Tabela 78. Valores dos atributos químicos do solo mais importantes nutricionalmente antes das
adubações e transplantio da cultura nas casas de vegetação, Campinas - SP. ............................. 118
Tabela 79. Valores dos indicadores de rentabilidade em função das diferentes casas de vegetação
e formas de cultivo para investimento na produção de minitomate, Campinas - SP. ................. 120
Tabela 80. Análise de sensibilidade dos indicadores de rentabilidade em função de taxas de
descontos alternativas, Campinas - SP. ....................................................................................... 122
1
1 INTRODUÇÃO
A agricultura orgânica expandiu-se de forma intensa, contando atualmente com mais de
164 países que a praticam. Cerca de 37,5 milhões de hectares de terras agrícolas são geridos
organicamente por 1,9 milhões de agricultores. As vendas globais de alimentos orgânicos e
bebida chegaram a aproximadamente US$ 64 bilhões em 2012 (WILLER et al., 2014). Segundo a
fonte, a América Latina, especificamente o Brasil, constitui uma das maiores potências
exportadoras desses alimentos do mundo, exportando em 2010 cerca de US$ 187 milhões em
produtos orgânicos.
O IPD (2011) (Instituto de Promoção e Desenvolvimento) atesta que, do total de
produtos orgânicos produzidos no Brasil, 95% estão nas propriedades de pequenos e médios
produtores, e 60% da renda da produção vêm das exportações. As commodities são quase que
totalmente negociadas com países estrangeiros, enquanto as frutas, verduras e legumes são
vendidos internamente. Os orgânicos são vistos pela maioria dos consumidores como alimento
saudável, benéfico à saúde e sem a utilização de agrotóxicos, fazendo com que estes sejam menos
sensíveis aos preços, que podem alcançar mais de 100% do valor similar convencional.
Diante do potencial produtivo e econômico desse mercado e da importância da cultura
do tomateiro na economia nacional (SHIRAHIGE et al., 2010), é possível vislumbrar um
mercado em ascensão, mas sujeito a uma maior sazonalidade e baixa qualidade produtiva,
especialmente em relação à suscetibilidade da cultura a pragas e doenças e variações
meteorológicas, principalmente em sistema de produção a campo.
Assim, associado à demanda de mercado, sazonalidade de produção e pressão do
mercado consumidor por produtos agrícolas com melhor qualidade e livres de resíduos químicos,
o cultivo protegido do tomateiro tem se mostrado uma saída viável. Dentre as vantagens do
cultivo protegido, destacam-se a possibilidade de cultivo em épocas ou regiões nas quais as
condições climáticas são desfavoráveis, proteção contra o excesso de chuvas no verão, aumento
de produtividade, melhoria da qualidade produtiva, reciclagem de água, controle de pragas e
doenças facilitado e potencial de cultivo sem o uso de solo e agrotóxicos (FACTOR et al., 2008;
MARGARET et al., 2004).
O cultivo do tomateiro em ambiente protegido tem se expandido nos últimos anos,
principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com o propósito de melhorar a produtividade,
qualidade e regularidade de produção (CARDOSO, 2007; REIS et al., 2013). Entretanto, em
2
busca na literatura por trabalhos científicos com a utilização dessas estruturas para as condições
do Brasil, observa-se que a proteção aos cultivos resume-se, quase em sua totalidade, a túneis
baixos e a casas de vegetação sem controle micrometeorológico eficaz. Isto, normalmente,
dificulta a maximização da produtividade em função do potencial genético das plantas. Além
disso, as formas de cultivo mais utilizadas nesses ambientes ainda são o cultivo em solo na forma
de canteiros, conforme trabalhos realizados pelos autores (AZEVEDO et al., 2010; LUZ et al.,
2007, MELO et al., 2009) ou sem solo, utilizando substratos em vasos. Poucos são os trabalhos
que analisam a viabilidade produtiva e econômica sob a forma de cultivo em vasos e manejo da
produção orgânica.
As pesquisas que tratam da produção de tomateiro em ambientes protegidos nas
condições climáticas do Brasil, em sua maioria, são em ambientes com algum controle
micrometeorológico estático ou fixo, como os realizados por Carvalho e Tessarioli Neto (2005);
Holcman (2009); Melo et al. (2009) e Shirahige et al. (2010), sem nenhum tipo de controle em
resposta às variações micrometeorológicas adequadas às plantas. Assim, a proteção aos cultivos
limita-se a quase que exclusivamente ao “efeito guarda-chuva” (BLISKA JUNIOR, 2011).
Todavia, estão disponíveis no mercado nacional estruturas com alto grau tecnológico para
modificação do ambiente interno das casas de vegetação, cujos recursos permitem um maior
controle dos fatores água, nutrientes, luz, temperatura, umidade relativa e concentração de CO2
(BLISKA JUNIOR, 2011), mantendo estes fatores mais próximos possíveis às faixas
consideradas adequadas para as culturas. Contudo, garantir essas condições micrometeorológicas
para a cultura, certamente propiciará o desenvolvimento de pragas e principalmente de doenças,
podendo gerar um problema ainda maior perante os controles micrometeorológicos em função da
cultura. Neste contexto, por tratar-se de tecnologias muitas vezes importadas, é fundamental que
sejam realizadas pesquisas que quantifiquem produtiva e economicamente culturas e sistemas de
produção para as condições brasileiras.
Sabe-se que a produção de tomate de mesa de melhor qualidade demanda a utilização de
tecnologia e mão de obra especializada. Portanto, estudos com tecnologias que maximizem o uso
da terra, insumos e, consequentemente a produção (ANDRIOLO, 1999), principalmente orgânica,
testando alternativas produtivas como formas de cultivo e biofertilizantes associados a casas de
vegetação, vêm se somar à viabilização dessa agricultura nesses ambientes de produção.
3
2 HIPÓTESE
A produtividade e a qualidade do tomate sob cultivo orgânico em vasos com associação
de biofertilização em casa de vegetação com sistemas automatizados de ventilação mecânica,
resfriamento evaporativo e de tela termorrefletora móvel, mostram-se economicamente viáveis
em relação aos cultivos em casas de vegetação com ventilação natural e tela termorrefletora tanto
fixa quanto móvel quando comparadas com o cultivo em canteiros.
4
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Avaliar e comparar, em termos qualitativos, quantitativos e econômicos, a produção
orgânica de minitomateiro em vasos e canteiros associados a diferentes doses de biofertilizante
em três casas de vegetação: (1) totalmente fechada com polietileno de baixa densidade (PEDB),
equipada com sistemas automatizados de ventilação mecânica, resfriamento evaporativo e tela
termorrefletora móvel; casas de vegetação com cobertura superior de PEBD, laterais com tela
antiafídeo e, (2) tela termorrefletora móvel automatizada; (3) tela termorrefletora fixa.
3.2 Objetivos específicos
Avaliar a influência dos diferentes graus tecnológicos em relação às condições
micrometeorológicas dos ambientes de produção;
Verificar o desenvolvimento das plantas nos diferentes estágios fenológicos e
tratamentos;
Quantificar a produção média por planta nos vasos e canteiros nas diferentes casas de
vegetação, associada a cada nível de biofertilizante;
Avaliar a qualidade dos frutos e das plantas nos vasos e canteiros nas três casas de
vegetação, por meio da medição dos parâmetros físico-químicos: peso médio, diâmetro
longitudinal e equatorial dos frutos, altura e diâmetro da haste, massa seca da parte aérea total,
sólidos solúveis (ºBrix), potencial hidrogeniônico (pH) e acidez titulável;
Comparar o desempenho (no crescimento, na produção e na qualidade) da cultura nas três
casas de vegetação e doses de biofertilizante;
Analisar os custos de produção e a rentabilidade financeira para os três diferentes sistemas
produtivos, associados aos melhores tratamentos produtivos com investimento oriundos do
Pronaf;
Pesquisar a fertilidade do solo antes e depois da produção nas diferentes casas de
vegetação, doses de biofertilizante e formas de cultivo.
5
4 REVISÃO DE LITERATURA
4.1 Cultivo em ambiente protegido
O cultivo protegido é definido como um sistema de produção agrícola especializado, que
possibilita certo grau de controle das condições micrometeorológicas do ambiente, possibilitando
regularidade produtiva, melhor produtividade e qualidade dos produtos (REÍS et al., 2013). No
entanto, Figueiredo e Leite (2011) ressaltam que é necessário um planejamento da produção e
uma pesquisa de mercado para que possa ser utilizado como uma ferramenta de alta eficiência.
Este tipo de cultivo permite proteção às plantas contra condições adversas de clima e solo como
ventos, chuvas, temperatura elevadas, alta intensidade de radiação solar, entre outros, durante
todo o seu desenvolvimento e produção (PIVETTA et al., 2010, REÍS et al., 2013). A proteção é
feita com plásticos, telas e outros materiais impermeáveis tratados contra os raios ultravioletas,
translúcidos ou não, que deixam passar luz em alguma porcentagem.
Segundo Figueiredo e Leite (2011), dentre as estruturas de ambientes protegidos mais
comuns adotadas pelos produtores brasileiros estão a casa de vegetação (estrutura coberta com
plástico) e o telado (estrutura coberta com telas e outros materiais permeáveis). A escolha da
melhor opção (casa de vegetação ou telado) está diretamente ligada à cultura a ser instalada e às
condições climáticas da região. Margaret et al. (2004) afirmam que na maioria das vezes a
escolha está relacionada às vantagens de aumento da produção em até dez vezes, melhoria da
qualidade, reciclagem de água e aumento do potencial produtivo sem o uso de agroquímicos,
além da possibilidade de produzir alimentos em épocas e/ou regiões nas quais as condições
climáticas são desfavoráveis.
Atualmente, a produção de mudas, hortaliças e flores constituem as culturas de maior
importância produtiva em ambiente protegido, em virtude dos altos valores agregados da
produção e das exigências edafoclimáticas, sendo esta última mais relacionada à qualidade do
produto final, além do rápido retorno financeiro dos investimentos aplicados.
Para Andriolo (1999), a produção de hortaliças em ambiente protegido constitui um
agroecossistema diferente do cultivo tradicional a campo, apresentando duas características
fundamentais: (1) produção na entressafra, estendendo o ciclo das espécies para a maior parte do
ano e (2) possibilidade de ajuste dos fatores micrometeorológicos do ambiente às exigências das
plantas. Tais características são destacadas por Factor et al. (2008), que acrescentam a
6
possibilidade de diminuir custos e aumentar a produtividade com o uso de novas tecnologias
aplicadas à área de irrigação.
Na produção sob cultivo protegido existem alguns fatores que devem ser controlados
para o bom desenvolvimento das culturas e redução da poluição do solo e do lençol freático,
como controle da irrigação, solução nutritiva e aplicação de defensivos, que atuam entre os mais
importantes, pois as condições micrometeorológicas no interior desses ambientes são bastante
modificadas (“efeito estufa”) em relação ao ambiente externo, o que favorece a intensificação dos
processos de evapotranspiração e salinização do solo. Magán et al. (2008) ressaltam, em estudos
sobre os efeitos da salinidade no rendimento e qualidade de frutos de tomateiro cultivado em
ambiente protegido nas condições climáticas da região do Mediterrâneo, que a salinidade do solo
provocada pela solução nutritiva causa baixo rendimento produtivo e baixa qualidade da cultura.
O clima figura entre os fatores determinantes da produção e do desenvolvimento da
cultura do tomateiro, sendo estes principalmente a luz, temperatura, umidade do solo e
atmosférica (PURQUERIO e TIVELLI, 2006; ALVARENGA, 2013). A luz é essencial para a
primeira etapa da cadeia de fixação do CO2 pelas reações da fotossíntese, processo no qual é
produzida a energia bioquímica necessária ao crescimento e produção das culturas
(PAPADOPOULOS et al., 1997; ANDRIOLO, 1999), sendo o espectro da radiação
fotossinteticamente ativa considerado entre 400 e 700 nm. Para Reis et al. (2013) a luz tem
influência complexa no crescimento, desenvolvimento e na produção das culturas, porém graças
à absorção e reflexão do material de cobertura (plástico PEBD), a densidade de fluxo da radiação
solar global no interior do ambiente protegido é menor que a observada externamente, o que pode
ser benéfico para as plantas.
Santos et al. (2010) em avaliação das variações de luminosidade, temperatura do ar e do
solo, em diferentes ambientes de cultivo protegido, observaram que telas de sombreamento 40%
e 50% e termorrefletora de 50% foram eficientes na redução da luminosidade, da temperatura do
ar e do solo, sendo uma boa opção o uso destas tecnologias em condições tropicais.
A temperatura do ar exerce importante função no controle da velocidade das reações
químicas celulares, as quais governam o crescimento e desenvolvimento das plantas, afetando
diretamente os processos de germinação, floração, polinização e frutificação e, indiretamente, a
qualidade da produção, assim como a ocorrência de pragas e doenças (COCKSHULL, 1992;
GANESAN, 2002). Neste sentido, as culturas são agrupadas em faixas de temperatura
7
considerada suportável, estando às hortaliças entre 5ºC e 40°C e o tomateiro para cultivo em
ambiente protegido na faixa de 12°C e 30°C para as temperaturas mínima e máxima,
respectivamente, exigindo termoperiodicidade ao redor de 6°C para que ocorra um crescimento
vegetativo moderado e desejado (PEREIRA et al., 2000). Todavia, cabe ressaltar que esta faixa
de temperatura aceitável pela cultura pode variar para mais ou para menos de acordo com a
espécie ou cultivar, porém esta é a faixa mais considerada.
Ganesan (2002) estudou o efeito da temperatura e ventilação em diferentes tipos de
cobertura em casa de vegetação e comparou com a condição de campo o desempenho do
tomateiro nas condições climáticas da Índia. Para tanto, avaliou a produtividade da cultura e
verificou que os maiores incrementos produtivos foram obtidos na casa de vegetação coberta com
plástico e fechada com tela de sombreamento de 25%, com ambiente parcialmente controlado por
meio da abertura e fechamento das laterais ao longo do dia.
Assim como os demais parâmetros micrometeorológicos, a umidade relativa do ar
também é um dos aspectos a ser analisado na produção em ambiente protegido, visto que seu
desequilíbrio pode acarretar sérios problemas fitossanitários de difícil controle. Nas plantas, afeta
a transpiração por interferir na condutância estomática e indiretamente na turgência dos tecidos,
alterando os processos metabólicos ligados ao crescimento da planta como, por exemplo, a
absorção de nutrientes (ANDRIOLO, 1999). Caliman et al. (2005) asseguram que a elevação da
umidade do ar favorece a expansão foliar do tomateiro contribuindo para a ocorrência de uma
interceptação maior de energia luminosa, resultando numa maior produção de fotoassimilados
nas plantas cultivadas sob cultivo protegido.
Dessa forma, conhecendo os componentes meteorológicos que comprometem direta e
indiretamente o desenvolvimento e a produção das culturas, tem-se a possibilidade de
modificação dos ambientes de produção de forma a fornecer faixas micrometeorológicas
consideradas adequadas (luz, temperatura e umidade relativa do ar) ou mesmo aceitáveis. Para
Alvarenga (2013), a escolha favorável das condições ambientais para o crescimento e
desenvolvimento do tomateiro propiciará a redução de doenças e distúrbios fisiológicos e,
consequentemente, alto rendimento de frutos de boa cotação comercial. No entanto, o autor
ressalva que condições ótimas de cultivo para os diferentes estádios de crescimento da planta de
tomate são raramente encontradas, mesmo sob condições de cultivo protegido com controle
micrometeorológico.
8
Problemas relacionados à alta temperatura e baixa umidade e vice-versa são comuns em
cultivo protegido no Brasil em virtude da baixa troca de ar do ambiente interno com o externo,
requerendo o uso de métodos artificiais para o controle desses fatores (SEGINER, 1994). Dentre
os métodos estão ventilação mecânica, uso de telas de sombreamentos e resfriamento
evaporativo. A ventilação mecânica, além de reduzir a temperatura interna da casa de vegetação,
de forma a equilibrá-la com a temperatura externa, tem a função de auxiliar na redução da
umidade relativa e de permitir o fornecimento de dióxido de carbono para a fotossíntese
(BOODLEY e NEWMAN, 2009). As telas de sombreamentos são utilizadas para reduzir a
radiação incidente e com isso reduzir picos de temperatura, controlar a umidade relativa por meio
da prevenção da condensação ou atuando como uma barreira térmica entre o ambiente interno e o
externo (COOMANS et al., 2013). O método de resfriamento evaporativo baseia-se no princípio
de umidificação adiabática, em que o calor sensível do ar externo é usado para evaporar água no
painel evaporativo (transferência de calor) e esse é convertido em calor latente (transferência de
massa) (STEIDLE NETO e ZOLNIER, 2010). Esses processos resultam na diminuição da
temperatura de bulbo seco e no aumento da umidade relativa (LERTSATITTHANAKORN et al.,
2006), porém limitados às condições de temperatura e umidade relativa do ar externamente.
Trabalhos têm mostrado bons resultados vegetativos e produtivos de culturas cultivadas
em ambiente protegido com controle micrometeorológico, contudo sem informações econômicas.
Costa e Leal (2008), em avaliação da biomassa foliar de morangueiro hidropônico em diferentes
ambientes protegidos, verificaram que os melhores resultados foram obtidos no ambiente com
controle da temperatura e umidade relativa do ar.
O controle e manejo das variáveis micrometeorológicas conforme os limites tolerados
pelas culturas podem ser determinantes para o sucesso da produção para algumas regiões e
culturas tipicamente sazonais e/ou nichos de mercado como o dos produtos orgânicos. Entretanto,
os custos com investimentos iniciais devem ser considerados e avaliados a curto e longo prazo,
principalmente sob as condições de produção da região.
O mercado de hortaliças orgânicas é promissor e se destaca a cada ano, e o tomate é uma
das mais procuradas pelos mercados consumidores, certamente em razão das muitas utilidades
culinárias, além da preocupação dos consumidores com o risco de contaminação por resíduos de
agroquimicos, pois, segundo Cabral et al. (2013), para o bom desempenho da cultura em sistema
convencional, é necessário o uso intensivo desses produtos.
9
O crescimento desse mercado ainda é um desafio, visto a alta suscetibilidade da cultura a
pragas e doenças, além da sazonalidade de produção mesmo sob cultivo protegido
(HERNÁNDEZ et al., 2008; SCHALLENBERGER et al., 2008). Como na agricultura orgânica é
restringido o uso de agrotóxicos e insumos de fontes minerais, muitas vezes, o cultivo do
tomateiro torna-se inviável. Assim, considerando os problemas decorrentes das condições
meteorológicas responsáveis por reduzir o desenvolvimento normal das plantas, estudos
relacionados a manejos (controle micrometeorológicos, formas de cultivo, nutrição etc.) são
indispensáveis para a evolução dos cenários produtivos, principalmente quando se deseja atender
a um mercado consumidor carente em produção e qualidade.
4.2 Sistema de produção orgânica
O intensivo e indiscriminado uso de pesticidas nas lavouras tem levado à contaminação
do meio ambiente e principalmente de alimentos de origem agrícola. Dados da ANVISA (2012)
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de uma lista de alimentos com amostras
insatisfatórias quanto à presença de resíduos de agrotóxicos, destacou as culturas do pimentão
(84%), cenoura (67%) e alface (47%). O tomate aparece com o índice de 9% das amostras
insatisfatórias.
Diante desses dados e de órgãos responsáveis pela difusão da agricultura orgânica
(MAPA, ORGANICS BRASIL, IPD etc.) infere-se que os consumidores estão acrescentando
mais alimentos saudáveis e de procedência conhecida à sua rotina alimentar, gerando, assim, um
crescimento do mercado de alimentos orgânicos em todo o mundo, com maior demanda
principalmente na América do Norte e Europa (WILLER e LERNOUD, 2014).
Em 2012, esse mercado movimentou cerca de US$ 64 bilhões, ocupando área de 37,5
milhões de hectares de terras agrícolas orgânicas, inclindo as áreas em conversão, o que equivale
a apenas 0,9% das terras agrícolas do mundo. Esta área está distribuída entre a Oceania (32,40%),
Europa (29,75%), América Latina (18,21%), Ásia (8,57%), América do Norte (8,02%) e África
(03,05%) (WILLER et al., 2014). De acordo com a fonte, a América Latina, especificamente o
Brasil, constitui uma das maiores potências exportadoras desses alimentos do mundo, apesar de
ter exportado apenas US$ 187 milhões em produtos orgânicos em 2010. No entanto, dados extra-
oficiais mostram que as exportações brasileiras de produtos orgânicos somaram cerca de US$ 130
milhões em negócio no ano de 2013, um crescimento em torno de 10% em relação ao ano
10
anterior (ORGANICS BRASIL, 2013). Essa diferença de valores provavelmente está relacionada
às fontes, sendo a primeira internacional, que envolve valores de produtos exportados de todo o
país, enquanto na segunda nacional, apenas valores de produtos exportados de cooperados.
Segundo o IPD (2011) (Instituto de Promoção e Desenvolvimento), do total de produtos
orgânicos produzidos no Brasil, 95% estão nas propriedades de pequenos e médios produtores, e
60% da renda da produção vêm das exportações. As commodities são quase que totalmente
negociadas com países estrangeiros, enquanto todas as frutas, verduras e legumes são vendidos
internamente. Estes alimentos são vistos pela maioria dos consumidores como alimento saudável,
benéficos à saúde e sem a utilização de agrotóxicos, fazendo com que estes sejam menos
sensíveis aos preços, que podem alcançar mais de 100% do valor similar convencional.
A valorização dos produtos orgânicos, certamente está ligada à oferta de produção e
demanda de mercado. De acordo com trabalho realizado por Luz et al. (2007) comparando
sistemas de produção de tomate (convencional e orgânico) em cultivo protegido, os autores
demonstraram que o custo de produção do cultivo orgânico foi 17,2% menor que o cultivo
convencional. O cultivo orgânico apresenta lucratividade de 59,9% maior no verão e 113,6% no
inverno. Resultados semelhantes foram encontrados por Engindeniz e Tuzel (2006), em análise
econômica da produção orgânica de alface em estufas na Turquia, em que obtiveram lucro
líquido variando entre U$ 0,376 e U$ 0,901 m-2
de canteiro.
A produção de alimentos orgânicos no Brasil concentra-se nos estados do Paraná, São
Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo (70%), (CAMARGO et al., 2006); no
entanto, segundo Brasil (2014), o Piauí é o estado com o maior número de produtores (978),
seguido por Rio Grande do Sul (863), São Paulo (832) e Paraná (680). O Nordeste reúne o maior
número de unidades de produção (3.198), à frente das regiões Sul (3.165), Sudeste (2.409), Norte
(1.023) e Centro-Oeste (269). Apesar de o maior número de produtores estarem registrados na
região Nordeste, esta responde por uma pequena parcela da produção de orgânicos, pois são
unidades produtivas compostas basicamente por agricultores familiares com pequena área
produtiva.
Mesmo com o crescimento das unidades produtoras de orgânicos no país, como
descrevem Araújo Neto et al. (2009), ainda há o preconceito de que sistemas orgânicos de
produção sejam onerosos, por trabalhar-se com alto volume de materiais a serem reciclados e
pelo suposto acréscimo nos custos de produção. Todavia, as tecnologias de produção e os
11
resultados apresentados atualmente, ao contrário do pensamento da maioria dos técnicos e
agricultores desse país, indicam plena viabilidade técnica e, especialmente econômica para a
produção de importantes culturas (tomate, pimentão, alface, cenoura etc.), em sistema orgânico
(SOUZA, 2010).
Notadamente, a pesquisa científica tem contribuído limitadamente para o avanço dessa
agricultura (orgânica), pois o sucesso das unidades de produção depende, em parte, da geração de
conhecimento e de bases tecnológicas apropriadas que assegurem a sustentação destas unidades
no tempo e no espaço (REZENDE et al., 2007).
Para Souza (2010), a produção desses alimentos não significa apenas substituir insumos
sintéticos por insumos orgânicos no manejo dos cultivos, mas também cumprir direitos
trabalhistas, princípios e técnicas de produção e certificação dos produtos, para alcance de
credibilidade no mercado. Por conseguinte, o autor enfatiza o desafio de criar agroecossistemas
sustentáveis que incorporem as qualidades de ecossistemas naturais de estabilidade, equilíbrio e
produtividade, que assegurem melhor a manutenção do equilíbrio dinâmico necessário para
estabelecer uma base ecológica de sustentabilidade.
Para produzir organicamente uma cultura aos moldes da legislação brasileira, além das
dificuldades de manejo produtivo, o agricultor é submetido a um rigoroso processo de
investigação das condições ambientais do estabelecimento agrícola e de potencialidade para a
produção (SANTOS e MONTEIRO, 2004). Precisa cumprir um conjunto de normas estipuladas
pela Lei Federal 10.831 (BRASIL, 2003), regulamentada pelo Decreto Federal 6.323 (BRASIL,
2007), além das Instruções Normativas 19 e 50 (BRASIL, 2009), 46 (BRASIL, 2011) e IN 17
(BRASIL, 2014) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Neste sentido, o sistema produtivo da agricultura orgânica é regido por lei, decreto e
instruções normativas para garantir a sustentabilidade da produção e a garantia de qualidade
depositada pelos consumidores quando compram os alimentos advindos desse sistema produtivo.
Entretanto, para garantir oferta constante no mercado desses alimentos, principalmente o de
tomate, há a necessidade da utilização de técnicas que viabilizem a produção. Assim, as
diferentes formas de cultivo e biofertilizante, associados às técnicas de cultivo protegido do
tomateiro que buscam minimizar as perdas causadas pelas adversidades micrometeorológicas e
fitopatológicas (GENUNCIO et al., 2010), podem ser determinantes para o sucesso da produção
da cultura. Para Assis e Romeiro (2007), pela própria característica da produção e
12
comercialização de hortaliças em geral que, em função de seu dinamismo, exige do agricultor
uma relação mais constante com o mercado e o processo de inovação tecnológica.
Debona (2011) relata que a produção de tomateiro de mesa em ambiente protegido é
uma boa alternativa de renda para as pequenas propriedades, uma vez que, numa casa de
vegetação de 500 m2 com produção em sistema convencional, o agricultor pode ganhar cerca de
R$ 15 mil por ano programando a produção para os períodos de entressafra.
4.3 Biofertilizantes em olerícolas
Os biofertilizantes são componentes líquidos ou sólidos, bioativos, oriundos da
fermentação de compostos orgânicos e água em condições aeróbicas ou anaeróbicas
(MEDEIROS et al., 2003). São constituídos principalmente por células vivas ou latentes de
microrganismos, além de metabólitos e quelatos organominerais, antibióticos, aminoácidos,
vitaminas, enzimas e hormônios, gerando a produção de gás metano e gás carbônico (CO2)
durante o processo fermentativo (ALVES et al., 2001). Sua potência biológica pode ser definida
pela quantidade de microrganismos existentes, responsáveis pela liberação de metabólitos e
entimetabólitos, entre eles vários antibióticos e hormônios vegetais (BETTIOL et al., 1998).
Atualmente, os biofertilizantes são utilizados como uma forma de reaproveitamento de
insumos que, descartados na natureza, poderiam contaminar o meio ambiente (esterco bovino,
equino, suíno, subproduto da indústria canavieira etc.). As pesquisas com biofertilizantes
oriundos desses insumos, apesar de reduzidas, têm apresentado resultados promissores,
principalmente na produção de hortaliças orgânicas. Estes biofertilizantes são um eficiente
método de controle preventivo e curativo de pragas e doenças, por meio de substâncias com ação
fungicida, bactericida e/ou inseticida presentes em sua composição, além de se constituírem
condicionantes da melhoria nutricional das plantas e do solo, refletindo maior resistência destas
aos elementos fitopatogênicos (BETTIOL et al., 1998, RICCI et al., 2006).
O controle de algumas doenças e repelência a pragas têm por base o equilíbrio
nutricional e biodinâmico do vegetal (MEDEIROS et al., 2003). Por sua vez, a importância como
fertilizante está relacionada à diversidade da composição mineral de macro e micronutrientes
disponibilizados pela atividade biológica na forma de compostos quelatizados.
Em olerícolas, os biofertilizantes líquidos ou sólidos são usados como forma alternativa
de suplementação de nutrientes na produção orgânica e convencional, além de condicionadores
13
da microflora do solo (MEDEIROS e LOPES, 2006; SOUZA e RESENDE, 2006; RICCI et al.,
2006), podendo ser aplicados via solo ou foliar. Na aplicação via solo, proporcionam melhoria
das propriedades físicas (estrutura e porosidade), químicas e biológicas, e quando aplicados sobre
as folhas podem contribuir para um suprimento equilibrado de macro e micronutrientes,
permitindo que as plantas desenvolvam melhor seu potencial genético produtivo (SILVA
ALVES et al., 2009).
Os insumos utilizados como matéria prima para produção de biofertilizantes já vêm
sendo empregados na agricultura como fonte de matéria orgânica ao solo. Contudo, a conversão
desses insumos em biofertilizantes requer elevados volumes, ficando aquém da demanda destes a
produção de biofertilizantes para suprir as necessidades nutricionais das plantas quando aplicados
sem adubação suplementar. Aliado à falta de matéria prima e ao tempo de preparo, existem no
mercado muitas formulações de biofertilizantes certificadas para uso na agricultura em geral e
outros fins (ALVES et al., 2001). Assim, em consequência dos custos, muitos produtores
orgânicos fazem uso de formulações próprias ou propostas na literatura com insumos locais, além
do fato de que são poucas as restrições quanto à aplicação dos preparados naturais como
biofertilizantes para controle de pragas e doenças, devendo apenas estar isentos de determinadas
substâncias proibidas pela regulamentação de orgânicos (BRASIL, 2014).
As pesquisas referentes ao manejo tanto via solo quanto foliar ainda são restritas a
alguns biofertilizantes. Apesar disso, existem formulações no mercado, a exemplo o Microgeo®
(Microbiol Biotecnologia®) que vêm sendo utilizado por produtores orgânicos e convencionais,
em razão dos benefícios “apresentados” às plantas e ao solo, associado ao baixo volume aplicado
por hectare via foliar. Segundo o fabricante, o produto proporciona fertilidade ao solo a níveis
superiores a 80%, maior eficiência dos fertilizantes aplicados, e uma série de benefícios para o
solo e às plantas que superam o investimento na compra e aplicação do produto.
O Microgeo® é um produto proveniente de pesquisas desenvolvidas por uma equipe de
patologia e controle microbiano da ESALQ (MEDEIROS et al., 2003), e se classifica como um
composto orgânico com registro no Ministério da Agricultura e certificado pelo IBD (Instituto
Biodinâmico), preparado à base de diversas fontes orgânicas e inorgânicas e enriquecido com
rochas moídas que somam 48% de silicatos de magnésio, cálcio, ferro e outros oligoelementos,
fundamentais para estimulação do metabolismo primário e secundário das plantas.
14
Assim como o Microgeo®, outras formulações existentes no mercado fazem uso dos
mesmos termos para qualificar seus benefícios às plantas e ao solo, porém sem dados científicos
que comprovem tais resultados enumerados pelas empresas fabricantes, em especial na produção
orgânica. Os benefícios de alguma forma existem, no entanto é necessária a quantificação destes
cientificamente, principalmente com dados produtivos das culturas para contabilização
econômico-financeira, já que esses produtos podem representar parcela significava nos custos de
produção.
Em geral, os processos de preparo dos biofertilizantes necessitam em média de 1 a 30
dias para estarem aptos ao uso, e podem ser aplicados diretamente no solo ou via foliar em alta
(100%) ou baixa (<10%) concentração e volume, associado ou não a outros insumos
(MEDEIROS et al., 2003; SOUZA e RESENDE, 2006). Entretanto, mesmo aplicados com outros
insumos, muitas das recomendações existentes (maior concentração e volume) demandam de
grandes quantidades de matéria prima para o preparo do produto final, principalmente para
aplicações via solo.
Medeiros e Lopes (2006) relatam o uso de biofertilizantes em pulverizações foliares
normalmente é realizado com diluições em água entre 0,1 a 5%. Porém, concentrações elevadas
podem causar estresse fisiológico nas plantas retardando seu crescimento, floração e frutificação.
Segundo os autores, em hortaliças recomendam-se pulverizações semanais entre 0,1 a 3% de
concentração do biofertilizante, podendo variar conforme as formulações. Já Ricci et al. (2006)
recomendam para aplicações foliares diluições de 20% a 40% para o biofertilizante produzido a
partir de simples fermentação de esterco fresco de bovinos.
Gomes Júnior et al. (2011), avaliaram o crescimento e a produtividade de minitomate em
função da aplicação de biofertilizante líquido e fungo micorrízico. Os autores observaram que a
aplicação de biofertilizante líquido a 5% via foliar promoveu o aumento da biomassa seca da
parte aérea e da produtividade do minitomate. Bezerra et al. (2008), em avaliação da aplicação de
biofertilizante via foliar na cultura do milho, concluíram que as concentrações de 2% e 3%
proporcionaram ganhos nas variáveis de crescimento e produção, corroborando os resultados
encontrados por Araújo et al. (2007), que verificaram incrementos significativos na produtividade
do pimentão, em análise da aplicação de biofertilizante à base de esterco fresco bovino na
concentração de 20% associado ou não com matéria orgânica.
15
Em geral, as pesquisas relativas a doses ou níveis de biofertilizante mostram resultados
positivos sobre a produção das culturas, no entanto, em sua maioria, estas não retratam a
viabilidade econômica e financeira, o que justifica a comparação os custos de produção com e
sem aplicação de biofertilizante.
4.4 Cultura do tomateiro
O tomateiro é originário da zona andina da América do Sul, mas foi domesticado no
México e introduzido na Europa em 1544 (GOULD, 1992; ALVARENGA, 2009). São
encontradas espécies desde o litoral do Pacífico até uma altitude de 2.000 m nos Andes, sendo,
portanto, uma espécie de clima tropical de altitude que se adapta a quase todos os tipos de climas
(NAIKA et al., 2006).
Pertencente à família botânica das Solanáceas e ao gênero Solanum lycopersicom L é
constituído por nove espécies, variando seu crescimento em determinado e indeterminado. A
espécie cultivada caracteriza-se por plantas de porte arbustivas, folhas pecioladas, compostas e
número ímpar de folíolos, caule flexível com abundância em brotações laterais, flores bissexuais,
fruto tipo baga carnosa e sementes abundantes (NAIKA et al., 2006; ALVARENGA, 2009). Esta
espécie apresenta diversas cultivares de tomateiro, entretanto as mais cultivadas e consumidas são
provenientes dos grupos santa cruz, salada, italiano, caqui e minitomate, sendo os mesmos
classificados conforme formato do fruto e sua finalidade de uso (ANDREUCCETTI et al. 2004).
Dentre as hortaliças de frutos, o tomate tornou-se a mais importante do mundo.
Atualmente, ocupa o primeiro lugar em valor e volume de produção no Brasil (IBGE, 2015).
Segundo a fonte, a produção de tomate do Brasil em 2015 foi de aproximadamente 4,294 milhões
de toneladas, com média de produtividade de 65,80 t ha-1
, sendo o oitavo maior produtor mundial
segundo a FAO (2012). Considerando o panorama nacional, Goiás é o maior estado produtor,
com área de 11.653,0 ha e produção de 1,025 milhões de toneladas (87,96 t ha-1
), seguido de São
Paulo com uma área de 11.303,0 ha e 849.052,0 toneladas (75,11 t ha-1
) e Minas Gerais com área
de 9.311,0 ha e produção de 674.962,0 toneladas (72,49) (IBGE, 2015).
Por sua importância econômica ao país, o tomateiro é uma das hortaliças mais
pesquisadas nos últimos anos. No entanto, suas exigências edafoclimáticas, nutricionais e
fitossanitárias indicam que há muitos estudos a serem realizados com esta cultura, principalmente
com cultivares mais produtivas adaptadas às variações agrometeorológicas, casas de vegetação
16
com alto grau tecnológico de controle micrometeorológicos, formas de cultivo, manejo da
adubação, irrigação etc., adaptáveis aos sistemas orgânicos de produção.
4.5 Exigência climática da cultura
A cultura do tomateiro adapta-se a uma ampla faixa de condições climática, variando
entre clima temperado, quente e úmido ao tropical. A temperatura do ar ideal está entre 15 e
25°C, com amplitude térmica (Dia/Noite) chegando a 18°C (PENTEADO, 2004; NAIKA et al.,
2006). As plantas podem sobreviver até certa amplitude de temperatura, mas abaixo de 10°C e
acima de 38°C há danificação dos tecidos (NAIKA et al., 2006), causando abortamentos de
flores, mau desenvolvimento dos frutos e formação de frutos ocos, além de a produção de pólen
ser afetada, com influência direta na polinização e, consequentemente, na produtividade
(ALVARENGA, 2013).
A temperatura do solo mais adequada para germinação das sementes está em torno de 15
e 25°C. Após o transplantio durante o dia requer temperaturas variando de 21 a 28°C e de 15 a
20°C à noite com amplitude de 8 a 10°C (SILVA e GIORDANO, 2000; PENTEADO, 2004).
Segundo Alvarenga (2013), o ideal é que haja um gradiente de temperatura entre o dia e a noite
para maximizar a produção.
Assim como a temperatura, a umidade relativa do ar é um fator preponderante no cultivo
do tomateiro, de preferência inferior a 90%. Valores superiores a 90% favorecem o
desenvolvimento de pragas e doenças, estando os valores adequados entre 70 e 80% para todo o
ciclo produtivo da cultura (PENTEADO, 2004; NAIKA et al., 2006). Porém, Alvarenga (2013)
recomenda que em casa de vegetação, para o bom desenvolvimento da cultura, esta deve ser
cultivada em ambiente com umidade variando entre 50 e 70%.
Com um período entre nove a quinze horas de luminosidade diárias o tomateiro é
indiferente com relação ao desenvolvimento e produção (ALVARENGA, 2013). Valores de
radiação total diária em torno de 0,85 MJ m-2
são os limiares para que o florescimento tenha
sucesso, sendo preferível maior iluminação em menor período de tempo do que iluminação mais
fraca durante mais tempo (NAIKA et al., 2006, ALVARENGA, 2013).
De forma geral, as fases de crescimento e desenvolvimento do tomateiro de acordo com
Doorenbos e Pruitt (1984) dividem-se entre os estádios: I - estabelecimento ou mudas 30 dias de
duração, II - vegetativo e/ou florescimento 40 dias, III - pegamento de frutos 40 dias e IV -
17
maturação com 25 dias, totalizando um ciclo médio de 135 dias, podendo variar conforme as
condições locais, manejo da cultura e cultivar utilizada.
4.6 Indicadores de rentabilidade e risco da análise de investimento
O controle dos custos somados com a estrutura de receitas é fundamental para se obter
os resultados econômicos desejados, propiciando, assim, uma avaliação econômica da atividade
produtiva para o processo decisório estratégico e, fundamentalmente, para a escolha e construção
de sistemas de determinação de custos de referência para a fixação de preços de vendas dos
produtos ofertados (PONCIANO et al., 2003). De acordo com a fonte, deve-se entender a
estrutura de custos e o demonstrativo de receitas, como instrumentos “ex-ante” para decisões
estratégicas e “ex-post” para revisões corretivo-estratégicas dos resultados das atividades
produtivas analisadas.
Para Engindeniz e Gül (2009), avaliações de custos e retornos financeiros podem ser
úteis para produtores porque permitem aos mesmos comparar o custo total da produção e o
retorno seguindo variações de tipo de olericultor, tempo de produção, localização geográfica,
tamanho do empreendimento e custo das estruturas. Entretanto, poucos são os trabalhos de
pesquisas já desenvolvidos com alternativas para o aumento da produtividade agropecuária que
apresentam ou discutam a economicidade da aplicação das novas alternativas propostas
(POTTER et al., 2000; ARAÚJO et al., 2013). Dessa forma, deixa-se de gerar informações
importantes sobre as reais compensações do investimento que gerou ou não incremento
produtivo, a ponto de ser atrativo financeiramente em relação a outras atividades menos
dispendiosas do mercado.
No conceito de Botteon (2009), para se avaliar economicamente um projeto é
fundamental calcular corretamente o fluxo de entrada e saída em termos monetários, em uma
base de tempo comum, pois este será relevante para calcular os indicadores de rentabilidade do
projeto. Apesar de úteis, os indicadores de rentabilidade e risco nunca substituem a qualidade dos
fluxos, visto que, se os custos e benefícios estiverem mal estimados, os indicadores não terão
nenhuma utilidade, uma vez que estes são derivados destes (custos e benefícios) (AREDES et
al.,2009).
18
Costa et al. (2010) afirmam que, ao se efetuar um investimento, é de suma importância
analisar a rentabilidade do mesmo a longo prazo, visto que os retornos advindos deste
investimento ocorrerão durante vários anos.
Os autores Hoffman et al. (1992) e Treasy (2014) asseguram que dentre os principais
indicadores financeiros para análise de rentabilidade de um projeto estão a relação
benefício/custo, o valor presente líquido, a taxa interna de retorno, além de período payback;
esses últimos também usados para análise de risco. Com base nas fontes, a relação
benefício/custo (B/C) é definida como o quociente entre o valor presente das receitas (benefícios)
a ser obtido e o valor presente dos custos (inclusive os investimentos). Para critério de decisão, o
investimento será considerado viável se esta relação for maior que um. Assim, quanto maior o
valor, mais estável tende a ser o investimento em relação às oscilações das taxas de juros do
mercado.
O valor presente líquido (VPL), também conhecido como valor atual líquido (VAL),
representa o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada,
menos o custo do investimento inicial. O VPL de um projeto de investimento potencial deve ser
empreendido se o valor presente de todas as entradas de caixa menos o valor presente de todas as
saídas for maior que zero. Qualquer outro valor significa que o investimento não é
economicamente atrativo.
Para verificar até que ponto um projeto de investimento é de fato rentável, passa
necessariamente pela análise da taxa interna de retorno (TIR) comparada à taxa mínima de
atratividade (TMA) ou taxa de juros, sendo esta representada como taxa necessária para igualar o
valor de um investimento no presente com os seus respectivos retornos futuros. A TIR se refere à
taxa de atualização do projeto que torna o VPL nulo, representando a taxa média que o investidor
obtém capitais que se mantêm investidos no projeto, enquanto o investimento inicial é recuperado
progressivamente. Se a TIR for maior que a TMA, significa que o investimento é
economicamente atrativo, se igual ou menor o investimento está economicamente numa situação
de indiferença ou não é economicamente atrativo, respectivamente. Quanto mais a TIR for
próxima à TMA, maior o risco do projeto, e, portanto, deve ser analisado com cautela (TREASY,
2014).
Não menos relevante, o período payback ou prazo de recuperação do investimento, é
outro indicador de risco de projetos de investimentos, considerado um importante indicador
19
dentro do processo de tomada de decisão sobre investimentos, voltado à medida do tempo
necessário para recuperar o capital investido (TREASY, 2014). Neste sentido, quanto menor o
período payback, mais atrativo é o projeto em termos econômicos.
Diante do exposto, as análises de rentabilidade e riscos de projetos apresentam-se como
excelentes ferramentas, uma vez que estas são responsáveis em orientar a tomada de decisão
estratégica com margem de segurança relativamente confiável, almejando sempre a melhor
aplicação do capital financeiro do produtor e redução dos riscos da atividade. Ressalta-se,
portanto, a suma importância suas análises nas alternativas produtivas propostas pelas pesquisas.
20
5 MATERIAL E MÉTODOS
5.1 Localização e caracterização da área experimental
Os experimentos foram conduzidos no período de fevereiro a novembro de 2013, em
três diferentes casas de vegetação de igual forma e volume (Figura 1, a; b), instaladas na área do
campo experimental da Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) da Universidade Estadual
de Campinas (UNICAMP), no município de Campinas – SP. A área está situada nas coordenadas
geográficas de 22º 49' 06'' de latitude sul, 47º 03' 40'' de longitude oeste e altitude média de 635
metros. O clima da região, na classificação de Köppen, é do tipo Cwa, caracterizado por clima
tropical de altitude, com chuvas no verão e seca no inverno, apresentando temperatura máxima e
mínima média (1988 - 2008) de 30,00ºC (fevereiro) e 12,30ºC (julho), respectivamente
(CEPAGRI, 2008).
Figura 1. Área do campo experimental e casas de vegetação; (a) Visualização frontal; (b)
Visualização posterior.
5.2 Cultivar utilizada
Utilizou-se a cultivar de tomateiro do grupo minitomate, variedade não híbrida
(Carolina, da empresa Feltrin), hábito de crescimento indeterminado, tolerante às doenças
fúngicas de solo verticilium e fusarium 1 e 2, frutos pesando entre 10 e 12 g e colheita variando
de 100 a 115 dias.
Na definição do uso desta variedade consideraram-se alguns fatores importantes, dentre
eles: bom desempenho produtivo em sistema orgânico de produção, conforme avaliado por
Guilherme (2007), valor de aquisição das sementes e de mercado dos frutos.
(a) (b)
21
5.3 Descrição dos experimentos
Foram realizados três experimentos concomitantes e equidistantes entre si em 2,0 m, em
virtude da reduzida área disponível para implantação das estruturas, conforme descrição abaixo e
croqui demonstrativo (Figura 2):
Figura 2. Croquis demonstrativos das casas de vegetação (Experimentos 2, 3 e 1,
respectivamente).
Experimento 1: Casa de vegetação totalmente fechada com polietileno de baixa
densidade (PEBD), equipada com sistema de ventilação mecânica, resfriamento evaporativo e
tela termorrefletora com sistema de controle automatizado.
Experimento 2: Casa de vegetação com cobertura superior de PEBD, laterais com tela
antiafídeo e tela termorrefletora móvel automatizada.
Experimento 3: Casa de vegetação com cobertura superior de PEBD, laterais com tela
antiafídeo e tela termorrefletora fixa.
Esses experimentos foram instalados em estruturas já existentes no campo experimental
da FEAGRI (Figura 3, a; b), as quais foram reformadas de acordo com a proposta de cada
experimento. Essas estruturas eram de aço galvanizado com telhado duas águas com inclinação
de 31,60º, nas dimensões: Vão; 6,40 m de largura e 03 módulos de 3,66 m, com 3,0 m de altura
de pé direito e cumeeira de 4,50 m, porta de entrada nas dimensões de 1,17 m de largura e 2,05 m
de altura, possuindo um perímetro de 36,00 m, área de piso de 70,27 m2 e volume de 281,09 m
3.
22
Figura 3. Detalhes da área experimental: (a) No início das reformas; (b) Retirada do plástico das
estruturas.
Para cobertura das casas de vegetação e proteção das laterais da casa de vegetação ou
ambiente A, foi utilizado plástico PEBD de 150 μm de espessura, tratado contra raios
ultravioleta, tipo difusor antivírus modelo M36 Clear de fabricação nacional (Marca Electro
Plastic) (Figura 4, a). Para a proteção das laterais das demais casas de vegetação ou ambientes (B
e C), usou-se tela antiafídeo tipo clarite de cor cristal, malha 0,0030 x 0,0080 m, modelo Baby
Citrus (Marca Equipesca) (Figura 04, a), além da tela termorrefletora tipo aluminizada com 50%
de transmissividade, modelo Aluminet (Marca Polysack) (Figura 4, b) suspensa e estendida a
2,60 m de altura em todas as casas de vegetação.
Figura 4. Instalação das casas de vegetação: (a) Do plástico leitoso difusor e tela antiafídeo nas
laterais; (b) Da tela termorrefletora.
(a) (b)
(a) (b)
23
Os experimentos foram classificados de acordo com o uso de tecnologias
(equipamentos) e automação, de modo que, o experimento 1 caracterizou o maior grau
tecnológico, identificado pela letra A com instalação de sistemas de ventilação mecânica,
resfriamento evaporativo e tela termorrefletora. O sistema de ventilação mecânica foi composto
por dois exaustores modelos ED24 e EM30 (marca Euroemme® Munters), sendo o primeiro
instalado a 2,60 m de altura na posição central da casa de vegetação (Figura 5, a) para retirada do
bolsão térmico formado nessa região. O segundo exaustor (EM30) foi instalado a 1,10 m de
altura na mesma posição do primeiro (Figura 5, b) para forçar a troca de calor (passagem do ar
pelo meio poroso) entre o meio externo e interno. Por sua vez, o sistema de resfriamento
evaporativo com meio poroso (marca CelDek® Munters) na largura da casa de vegetação (6,40
m), 0,15 m de espessura e 1,45 m de altura (Figura 6, a), foi instalado na face sul da casa de
vegetação sobre uma mureta de alvenaria de 0,50 m de altura. Para aspersão de água em cima do
meio poroso foi empregado um sistema de circulação fechada de água, constituído por bomba
centrífuga de 1,0 CV, vazão de 7.000 L h-1
(modelo NXDP-4, marca Mark) interligada a um
reservatório de 500 L (Figura 6, b) abastecido automaticamente com água da Sociedade de
Abastecimento de Água e Saneamento S/A (SANASA) por meio de chave boia reguladora de
nível.
Figura 5. Exaustores instalados: (a) Vista do exaustor ED24; (b) Vista dos dois exaustores ED24
e EM30.
(a) (b)
24
Figura 6. Sistema de resfriamento evaporativo: (a) Meio poroso instalado e protegido com tela
antiafídeo; (b) Sistema de circulação fechada de água.
A tela termorrefletora foi fixada horizontalmente sob um sistema móvel a 2,60 m de
altura no interior da casa de vegetação, cuja abertura e fechamento foram operados por um
sistema de mancais e polias (Figura 7, a), acionados por um motor reverso, modelo Deslizante
Light, (Marca Peccinin de 0,33 cv) (Figura 7, b) automatizado em função de um sensor de
radiação global (W m-2
), instalado na altura do dossel das plantas.
Figura 7. Sistema de movimentação das telas: (a) Detalhes do sistema de mancais e polias; (b)
Motor reverso de acionamento do sistema móvel com tela termorrefletora.
Os experimentos 2 e 3 foram desenvolvidos para caracterizar os sistemas convencionais
de cultivo protegido utilizados na tomaticultura brasileira. O experimento 2 foi caracterizado pelo
grau tecnológico intermediário, representado pela letra B, constituído somente por sistema de tela
termorrefletora instalada horizontalmente a 2,60 m de altura, cuja abertura e fechamento foram
(a) (b)
(a) (b)
25
operados conforme os sistemas instalados no ambiente A (mancais e polias e motor reverso). Sua
automação realizou-se em função de clock pré-definidos ao longo do dia, conforme
movimentação usualmente feita pelos produtores de tomate de mesa, quando fazem uso desta
tecnologia (tela termorrefletora).
O experimento 3 caracterizou o menor grau tecnológico, representado pela letra C, e
neste, ao contrário dos anteriores, não houve movimentação da tela termorrefletora instalada
horizontalmente a 2,60 m de altura no interior da casa de vegetação.
5.4 Automação dos equipamentos das casas de vegetação
Todos os equipamentos automatizados foram acionados e monitorados por uma Rede de
Sensores Sem Fio (concentrador-RSSF) (Figura 8, a), composto por sensores de temperatura e
umidade relativa do ar (modelo NS100, precisão ±0,30°C e ±1,80%), marca R4F® (Figura 8, b;
c), e acionadores a relés (modelo NA100, marca R4F®). Esses acionadores foram ligados a
contatores específicos para os exaustores e bomba centrífuga com os dados do monitoramento e
da consolidação das séries históricas a cada 00:01:00 h gerenciados pelo software supervisório
ScadaBR.
Figura 8. Sistema de sensores e controlador: (a) Concentrador da Rede de sensores Sem Fio; (b e
c) Sensores de Temperatura e Umidade Relativa alocados em tubos de PVC de 0,10 m Ø envoltos
com papel alumínio e micro ventilador numa das bases.
5.4.1 Ventilação mecânica
Instalou-se, para o controle desse sistema, um sensor de temperatura do ar (modelo
NS100, precisão ±0,30°C marca R4F®) a 3,00 m de altura, próximo ao centro geométrico da casa
(a) (b) (c)
26
de vegetação para monitoramento desta variável nessa região. A lógica de comando do exaustor
(ED24) foi diretamente relacionada com a leitura do sensor (tempo real), sinalizando seu
acionamento quando a temperatura atingisse 26,00°C, desligando-o em 24,00°C, histerese de ±
2,00ºC.
5.4.2 Umidificação e ventilação mecânica
O sistema de resfriamento evaporativo foi controlado em função de um par de sensores
de temperatura e umidade relativa do ar (modelo NS100, precisão ±0,30°C e ±1,80% marca
R4F®), instalados a 2,00 m de altura, próximo ao centro geométrico da casa de vegetação. Os
parâmetros para programação do acionamento do sistema seguiram os valores instantâneos de
temperatura e umidade relativa do ar, obedecendo à seguinte lógica: temperatura do ar > 28,00ºC
e/ou umidade relativa do ar < 65,00% era acionado o exaustor (EM30) e a bomba que
umidificava o meio poroso, seguindo a ordem, exaustor 00:01:00 h depois a bomba; quando a
umidade relativa atingia 75,00% era desligada a bomba e 00:05:00 h depois se a temperatura não
estivesse > 28,00ºC ou < 26,00ºC o exaustor (EM30), histerese ± 2,00ºC para temperatura e de ±
10,00% para umidade relativa do ar.
Para reduzir o efeito da formação do orvalho, principalmente durante o período da
madrugada, o exaustor (EM30) foi programado para acionar sempre que a diferença entre a
temperatura de bulbo seco e a temperatura de ponto de orvalho calculada por equação atingissem
valores próximos a 1,00ºC. Assim, os acionamentos automatizados dos equipamentos foram
realizados de forma a garantir as condições de conforto edafoclimático para a cultura o mais
próximo possível da sua condição adequada, na faixa de 21,00°C a 28,00°C para temperatura e de
60,00% a 80,00% para umidade relativa do ar durante o período diurno.
5.4.3 Telas termorrefletoras
A automação (abrir e fechar) das telas deu-se conforme proposta de cada pesquisa. Na
casa de vegetação A, o motor foi acionado para abrir e fechar a tela (Figura 9, a) por acionador à
relé (modelo NA100, marca R4F®) com controle em função de um sensor de radiação Global
(Rg) (W m-2
) (modelo LI-200SA, marca LI-COR) instalado na altura do dossel das plantas sob a
tela, próximo ao terço superior da parte aérea das plantas, região de maior interceptação da
radiação solar e assimilação líquida, como visto em Acock et al. (1978), variando a altura até
27
atingir a espaldeira (Figura 9, b). A lógica de comando para abertura (reduzir a incidência
“direta” da radiação solar) e fechamento (permitir a incidência da radiação solar) dessa tela
obedecia tanto à leitura do sensor (tempo real) quanto a horários pré-definidos: às 6:00 h fechava-
se a tela; e às 18:00 h abria-se, permanecendo aberta durante todo o período noturno; entre as
6:00 h e às 18:00 h, o acionamento ficava em função da radiação global, abrindo a tela caso a
radiação atingisse 300 W m-2
já considerando a transmissividade da tela, permanecendo por
00:10 h, retornando em seguida à leitura do sensor. Caso mantivesse valores acima de 300 W m-2
,
a tela continuava aberta, caso contrário Rg < 300 W m-2
a tela era fechada. Para utilizar este valor
de 300 W m-2
, teve-se como base o trabalho de Acock et al. (1978), que usou 200 W m-2
para
avaliação da interceptação da radiação solar em função da altura das plantas de tomateiro e taxa
de assimilação líquida de CO2 nas folhas da cultura.
Figura 9. Tela termorrefletora e sistema de controle: (a) Fechada; (b) Sensores (RFA e RT)
instalados na fileira de plantas.
Na casa de vegetação B, apesar de usar o mesmo sistema de monitoramento e controle, a
programação de abertura e fechamento da tela seguiu o padrão horário, com motor acionado para
abrir e fechar a tela por acionador a relé (modelo NA100, marca R4F®
) em horários pré-
definidos: às 6:00 h fechava-se (recolhia) e às 10:00 h abria-se (estendia); às 16:00 h fechava e às
18:00 h abria-se e permanecia aberta até às 6:00 h. Em dias nublados, o controle da
movimentação da tela era feito manualmente com controle remoto do motor, permanecendo
fechada nos períodos nublados. Dessa forma, evitava-se o período de “maior” radiação solar
(10:00 h às 16:00 h) e mantinha-se as plantas com incidência “direta” nos períodos de “menor”
radiação.
(a) (b)
28
5.5 Dados meteorológicos
5.5.1 Temperatura e umidade relativa do ar
Para medição da temperatura de bulbo seco e úmido no interior das casas de vegetação,
instalaram-se termopares tipo T alocados em tubos de PVC de 0,10 m de diâmetro e 0,40 m de
comprimento revestidos com papel alumínio (para proteção contra os efeitos da radiação). Um
micro ventilador de 0,08 m, 12 v (4,0 m s-1
) foi alojado numa das extremidades e um reservatório
d’água destilada de 0,5 L para umidificação do fio de algodão de um termopar (temperatura de
bulbo úmido do ar). Esses tubos foram instalados nas alturas de 1,00 m, 2,00 m e 3,00 m em
relação ao piso de cada casa de vegetação, na posição vertical próximo ao centro geométrico
(Figura 10, a; b; c).
Figura 10. Vistas dos psicrômetros nas diferentes alturas: (a) Psicrômetro instalado a 1,00 m; (b)
Psicrômetro instalado a 2,00 m e (c) Psicrômetro instalado a 3,00 m.
Assim, indiretamente por intermédio dos dados de temperatura de bulbo seco e úmido
do ar calculou-se a umidade relativa do ambiente por meio de equações empíricas, conforme
Viana e Azevedo (2008):
100*
s
a
e
eUR Equação (1)
)(**0008,0 TuTsPRee sua Equação (2)
Tu
Tu
su eXe15,273
.27,17
* Equação (3)
Ts
Ts
s eXe15,273
.27,17
* Equação (4)
(a) (b) (c)
29
Em que:
UR: Umidade relativa do ar;
(ea): Pressão atual do vapor d'água em mmHg;
(es): Pressão de saturação do vapor d'água em mmHg;
(esu): Pressão de saturação na temperatura do bulbo úmido em mmHg
X = Pressão de saturação, em mmHg: 4,58;
PR: Pressão real de 720 mmHg;
Ts: Temperatura de bulbo seco em °C;
Tu: Temperatura de bulbo úmido em °C.
Quanto a coleta e armazenamento dos dados de temperatura do ar, empregou-se um
sistema de aquisição de dados da marca National Instruments modelo compactDAQ com módulo
de entrada analógica de 32 canais, consolidando-os em um computador comum à taxa de um
dado por minuto, usando a plataforma do software Labview 2012 para programação e
monitoramento (Figura 11, a; b).
Figura 11. Equipamento de aquisição de dados: (a) Chassis com módulo de aquisição National;
(b) Plataforma de visualização e programação do Labview.
Para a caracterização do ambiente externo instalou-se uma estação meteorológica
simples com anemômetro de caneca colocado a 6,00 m de altura e sensores de temperatura e
umidade relativa do ar a 2,00 m de altura, distante 5,00 metros das casas de vegetação.
Além do sistema de aquisição de dados da National Instruments, também se usou um
sistema de controle, monitoramento e aquisição de dados, composto por uma Rede de Sensores
(a) (b)
30
Sem Fio (RSSF), com sensores de temperatura e umidade relativa do ar (modelo NS100, marca
R4F®). A consolidação das séries históricas foi realizada a cada 00:01:00 h gerenciada pelo
software supervisório livre ScadaBR, por meio do qual foi possível desenvolver toda a lógica de
automação dos equipamentos das casas de vegetação.
5.5.2 Radiação Fotossinteticamente Ativa (RFA) e Global (RT)
Os dados relativos a RFA e a RT foram amostrados dentro e fora das casas de vegetação
(variando a altura até atingir a espaldeira), com sensores próximos à região do terço superior da
parte aérea das plantas. Para esta medição selecionou-se uma planta aleatoriamente próxima ao
centro geométrico nas casas de vegetação, com medidas amostradas em dias claros, nublados e
chuvosos, de acordo com a caracterização do CEPAGRI, sendo realizadas das 06:30 h da manhã
às 18:00 h da tarde com coleta de dados a intervalos médios de 00:30 h. Estes dados foram
amostrados aleatoriamente ao longo do ciclo produtivo, utilizando sensores da marca LI-COR
Instruments, com detectores fotovoltaicos de silício de alta estabilidade, sendo os mesmos
acoplados dois a dois pelas bases, ficando as células detectoras opostas (para cima e para baixo)
uma a outra (Figura 12, a). Dois conjuntos foram montados e devidamente nivelados, o primeiro
com dois sensores Quantum LI-190SA para medir a RFA na faixa do visível de 400 a 700nm
incidente e albedo e o outro conjunto composto por apenas um Piranômetro LI-200SZ para medir
a radiação global na faixa de 400 a 1100nm incidente. A aquisição dos dados deu-se por um
sistema da mesma marca dos sensores (Li-Cor Instruments), modelo LI-1400 (Figura 12, b).
Figura 12. Sensores e sistema de aquisição de dados de radiação: (a) Sensores de RT e RFA
instalados próximos ao dossel das plantas (variação da altura); (b) Sistema de aquisição de dados.
(a) (b)
31
5.6 Preparo dos canteiros e vasos
Os canteiros e vasos foram preenchidos com solo selecionado de local livre de cultivos
(abertura de estrada), obtido da camada de 0,0 a 0,40 m de profundidade. Antes do
preenchimento foi feita uma calagem de acordo com análise do solo e equação 5, elevando a
saturação por base para 80%, usando calcário dolomítico, aplicando 1,83 t ha-1
quarenta dias
antes do transplantio.
NC = ((V2 – V1) x T x f)/100 Equação (5)
Em que:
NC: Necessidade de Calagem (t ha-1
);
V2: Saturação por base que se pretende elevar (80%);
V1 (%): (100 x S) / T (S - Saturação por base da análise do solo, (cmolc dm-3
));
T: Capacidade de troca de cátions (cmolc dm-3
);
f: Fator de correção de pureza (100/PRNT do produto utilizado).
Os canteiros foram preparados nas dimensões de 0,40 m de largura, 0,20 m de altura e
5,50 m de comprimento (447 L), confeccionados com tábuas de madeirit (0,009 m), preenchidos
com solo já livre dos torrões, com diâmetros > 0,030 m (Figura 13, a; b).
Figura 13. Preparo do solo para preenchimento das formas de cultivo: (a) Retirada dos torrões;
(b) Canteiros prontos para adubação e transplantio.
Os vasos utilizados foram de polietileno (modelo PL 30) de 0,30 m de diâmetro e 0,25 m
de altura com capacidade para 15 L, sendo preenchidos com 9 L de solo devidamente peneirado
(a) (b)
32
(Figura 14, a; b) em peneira feita com tela de arame galvanizado (Tela para pinteiro) de 0,015 m
de diâmetro.
Figura 14. Preparo do solo para enchimento dos vasos: (a) Solo sendo peneirado; (b) Vasos
preenchidos na linha de plantio.
5.7 Características físico-químicas do solo e compostos
O solo utilizado para preenchimento dos canteiros e vasos foi previamente analisado
para caracterização físico-química (Tabela 1) em laboratório especializado, assim como os
compostos: esterco bovino, bio-bokashi e biofertilizante, e somente para caracterização química e
quantificação dos teores de macro e micronutrientes existentes nos produtos conforme análises,
respectivamente (Tabelas 2; 3; 4).
Tabela 1. Análise físico-química de macro e micronutrientes do solo antes das adubações,
Campinas - SP.
Composição Granulométrica (%)
Densidade Solo (g cm-3
)
Camada (m)
Areia
grossa
Areia
fina Silte Argila
Classe
textural Global Partículas
0,0 - 0,40 20,7 10,5 14,6 54,2 Argilosa 1,10 2,80
Complexo Sortido (cmolc dm-3
)
V M O pH
PResina
Ca2+
Mg2+
K+ Na
+ H
++Al
3+ Al
3+ S T (%) (%) (H20) (mg dm
-3)
2,8 0,7 0,26 0,00 3,5 0,00 3,76 6,26 60,06 2,6 5,90 9,0 S: soma de bases; T: capacidade de troca de cátions; V: saturação por bases; PST: porcentagem de sódio tracável; MO: matéria
orgânica.
(a) (b)
33
Tabela 2. Análise química (macro e micronutrientes) do esterco bovino, Campinas - SP.
Macronutrientes (%) Micronutrientes (ppm) MO
(%)
U
(%) C/N pH
N P205 K20 Ca Mg S
Mn Cu Zn B Na
1,30 0,78 0,45 0,85 0,27 0,34
190 38 135 230 540 19 23 8/1 6,4 MO: matéria orgânica; U: umidade do esterco bovino; C/N: relação carbono nitrogênio.
Tabela 3. Análise química (macro e micronutrientes) do composto bio-bokashi, Campinas - SP.
Macronutrientes (%) Micronutrientes (ppm) MO
(%)
U
(%) C/N pH
N P205 K20 Ca Mg S
Mn Cu Zn B Na
3,5 2,65 1,48 1,9 0,9 0,4 370 15 70 250 395 80,42 9,65 13/1 5,5 MO: matéria orgânica; U: umidade do composto; C/N: relação carbono nitrogênio.
Tabela 4. Análise química (macro e micronutrientes) do biofertilizante, Campinas - SP.
Macronutrientes (mg L-1
) Micronutrientes (mg L
-1)
pH EC
(dS/m) NO3-
P Cl - S NO
4+ K
+ Ca
Na Mg B Cu Fe Mn Zn
4,5 5,9 95,9 6,9 2,1 238,8 27,0
52,4 11,0 0,2 0,02 1,9 0,33 0,03 7,1 0,8
5.8 Manejo da adubação de fundação
As adubações de fundação dos canteiros e vasos foram efetivadas conforme
recomendação de adubação para a cultura do tomateiro estaqueado (RAIJ et al., 1997) e análise
de solo, sendo utilizado esterco bovino (1,30% N), composto orgânico comercial bio-bokashi
farelado (3,45% N), termofosfato (yoorin máster) (17% P2O5) e sulfato de potássio (50% K2O)
para suprir a demanda das plantas por macronutrientes e um mix dos principais micronutrientes,
FTE Br 12 composto por (Cálcio (Ca): 7,1%; Enxofre (S): 5,7%; Boro (B): 1,8%; Cobre (Cu):
0,8%; Manganês (Mn): 2,0%; Molibdênio (Mo): 0,1% e Zinco (Zn): 9,0%). Assim, foi aplicado
em fundação 2,0 kg de esterco bovino curtido (peso úmido) por metro linear de canteiro e 1,0 kg
por vaso, totalizando 22 t ha-1
como a seguinte recomendação de Souza e Rezende (2006): 0,20
kg de composto bio-bokashi, adicionado de 0,30 kg de termofosfato (yoorin máster), 0,027 kg de
sulfato de potássio, e 0,10 kg de FTE Br 12 por metro linear de canteiro, incorporados 40 dias
antes do transplantio das mudas, juntamente da adubação de esterco bovino (Figura 15, a). Para
os vasos, as quantidades fornecidas nos canteiros foram fracionadas conforme o número de
plantas por metro linear (duas), de forma a garantir a mesma quantidade de insumos por planta
nas duas formas de cultivo, sendo a adubação de fundação constituída de 0,10 kg de composto
(bio-bokashi), adicionado de 0,15 kg de termofosfato (yoorin máster), 0,0135 kg sulfato de
34
potássio, e 0,050 kg FTE Br 12 (Figura 15, b), incorporado na mesma época dos canteiros,
(Figura 15, c). Dessa forma, aplicou-se em fundação 66,00 kg N ha-1
, 566,70 kg P2O5 ha-1
e
150,00 kg K2O ha-1
.
Figura 15. Preparo e adubação de fundação: (a e b) Distribuição dos insumos nos canteiros e
vasos; (c) Incorporação dos insumos nos canteiros e vasos.
5.9 Produção das mudas
As mudas foram produzidas in loco, em casa de vegetação coberta com PEBD difusor
antivírus, modelo M36 Clear (Marca Electro Plastic), laterais com tela antiafídeo, tipo Clarite de
malha 0,0030 m x 0,0080 m (Marca Equipesca) e tela de termorrefletora aluminizada de 50% de
transmissividade. Para produção utilizou-se bandejas de polietileno de 162 células com guia
radicular (Marca JKS), com 0,050 L de volume por célula, substrato constando a mistura para
cada 1,0 L de composto comercial LUPA®, 0,5 L de esterco bovino e 0,0036 kg de termosfosfato
(P2O5) segundo recomendação de Penteado (2004) para produção de mudas orgânicas de
tomateiro. As sementes foram semeadas no dia 21/02/2013, (duas por célula) diretamente sobre
as células das bandejas (04 bandejas, 20% a mais de mudas) na profundidade de ± 0,01 m,
deixando-as cobertas com filme plástico (mulching) preto nos primeiros três dias, para facilitar
sua germinação (reduzir a luz e aumentar a temperatura). Nesse período a irrigação foi feita
manualmente, uma vez ao dia no período da manhã (08:00 h). Após a germinação das sementes, a
irrigação foi realizada duas vezes ao dia (08:00 h e 16:00 h) com controle automatizado por timer
analógico com tempo de 15 minutos cada irrigação. A irrigação foi executada por sistema de
microaspersão com microaspersores (modelo supernet LR, marca Netafin) de 30 L h-1
de vazão,
acionado por uma motobomba de ½ cv (modelo KSB HYDROBLOC P 500 / P 1000, marca
(a) (b) (c)
35
KSB), interligada a um reservatório de 500 L com água previamente armazenada (eliminação do
cloro) da SANASA S/A. Além da irrigação, quinzenalmente aplicavam-se pulverizações de
biofertilizante Microgeo® na concentração de 3%.
No 10º dia após a semeadura, quando as plantas mostravam-se com aproximadamente
0,06 m de altura foi realizado um raleamento, deixando a planta de maior vigor de cada célula
(Figura 16, a; b).
Figura 16. Preparo das mudas de tomateiro: (a) Mudas após a repicagem; (b) Detalhes das mudas
prontas para transplantio e sistema de irrigação.
No dia 27/03/2013 ao 35º dia após a semeadura, quando as plantas apresentavam as
características agronômicas desejadas (Figura 17, a) (5,0 folhas definitivas e altura ± 0,10 m), no
final da tarde (16:00 h), foi feito o transplantio das mudas (Figura 17, b) (menor temperatura do
ar e insolação). O transplantio teve início pela casa de vegetação B, seguido da C e A,
registrando-se, respectivamente, a temperatura e umidade relativa do ar no momento do
transplantio de 29ºC e 58,9% na casa B, 27ºC e 60,8% na C e 26,5ºC e 65% na casa A, na altura
de 1,00 m do centro geométrico. O transplantio realizou-se em esquema de fileiras simples no
espaçamento de 0,90 m x 0,50 m, totalizando 2,20 plantas m-2
, 154 plantas por casa de vegetação,
462 plantas totais.
(a) (b)
36
Figura 17. Mudas prontas a serem transplantadas: (a) Detalhes das características agronômicas
desejadas nas mudas para transplantio; (b) Detalhes das mudas transplantadas nos canteiros e
vasos.
5.10 Manejo da adubação de cobertura
As adubações de cobertura seguiram adaptação da metodologia de manejo da adubação
orgânica utilizada por Libânio (2010) para produção orgânica de tomateiro em ambiente
protegido nas condições de Lavras-MG e interpretação da análise de solo (Tabela 2). Estas
adubações foram distribuídas no tempo de acordo com as necessidades das fases fenológicas da
cultura, com base na totalização de aproximadamente 200 kg de N ha-1
e 450 kg K2O ha-1
para
ciclo de 180 dias, segundo dados de Libânio (2010). Assim, ao 10º dia após o transplantio (DAT),
iniciaram-se as adubações de cobertura, usando composto bio-bokashi e sulfato de potássio que
perduraram a intervalos de 10 dias até o 70º dia, quando foram suspensas as adubações com
composto em virtude do elevado crescimento vegetativo das plantas, principalmente nos
canteiros (Figura 18, a; b), retornando 35 dias depois, tomando-se como base de referência para
tomada dessa decisão os dados do índice de clorofila das folhas. Assim, estabeleceram-se os
intervalos médios de aplicações de 35 dias até o final do ciclo produtivo. Após esse período (70
dias), as adubações com sulfato de potássio passaram a ser efetuadas via fertirrigação, em função
da facilidade no manejo e eficiência de aplicação e absorção pelas plantas, principalmente nos
vasos, onde havia maior facilidade de lixiviação provocada pela percolação da água de irrigação.
Esta fertirrigação deu-se em intervalos de dois dias, aplicando solução com eletrocondutividade
de 2,5 mS/cm conforme automação do tempo de irrigação da casa vegetação A, (menor tempo de
irrigação), sendo aplicado às 07:00h da manhã, com o mesmo tempo de aplicação nos canteiros e
(a) (b)
37
vasos. A solução nutritiva foi preparada a intervalos médios de oito dias em reservatório de 500
litros de água armazenada, interligado a bomba de irrigação por registros operados manualmente.
Figura 18. Adensamento das plantas: (a) Nos canteiros; (b) Nos vasos.
Nas Tabelas 5 e 6 são apresentados os cronogramas e quantidades aplicadas nas
adubações dos canteiros por metro linear e vasos, respectivamente. Juntamente dessas adubações
(composto), foi realizado amontoas com solo das laterais dos canteiros e nos vasos, adicionando
0,20 L de solo, para facilitar o desenvolvimento de raízes adventícias no colo das plantas.
Tabela 5. Calendário de adubação de cobertura com composto em (g) utilizado nos canteiros e
vasos, Campinas - SP.
Número de adubações 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º
DAT 10 20 30 40 50 60 70 105 140 175 210
Bio-bokashi (g) Canteiros 78,0 78,0 78,0 78,0 45,0 45,0 45,0 90,0 90,0 90,0 90,0
Vasos 39,0 39,0 39,0 39,0 22,5 22,5 22,5 45,0 45,0 45,0 45,0
Tabela 6. Calendário de adubação de cobertura com sulfato de potássio em (g) utilizado nos
canteiros e vasos.
Número de adubações 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
DAT 10 20 30 40 50 60 70 80 88 96
S. Potássio (g) Canteiros 4,68 4,68 9,00 13,50 13,50 9,90 9,00 5,40 5,40 3,60
Vasos 2,34 2,34 4,50 6,75 6,75 4,95 4,50 2,70 2,70 1,80
Número de adubações 11º 12º 13º 14º .... 22º 23º 24º 25º 26º
DAT 104 112 120 128 .... 192 200 209 218 227
S. Potássio (g) Canteiros 2,70 2,34 2,34
Constantes 2,34 2,34 2,34 2,34
Vasos 1,35 1,17 1,17 1,17 1,17 1,17 1,17
(a) (b)
38
Assim, em consequência do alongamento do ciclo de produção, foi aplicado em
cobertura 269 kg N ha-1
e 608 kg K2O ha-1
, cerca de 35% superior à condução do ciclo produtivo
de 180 dias.
5.11 Manejo da cultura
As plantas foram conduzidas em duas hastes, sendo a segunda haste conduzida a partir
da 7ª folha, com objetivo de uniformizar o crescimento das duas (Figura 19, a). As hastes foram
conduzidas sob a forma de tutoramento simples, utilizando um fio de arame nº 14 nas linhas de
plantio, esticado com estacas de bambu espaçadas a cada 2,50 m. O arame ficou suspenso a 2,0 m
de altura em relação à superfície do solo dos canteiros e vasos, sendo as plantas conduzidas com
fitilho (Figura 19, b) até o mesmo.
Figura 19. Condução das plantas: (a) Detalhes da condução das plantas em duas hastes; (b)
Detalhes da espaldeira de bambu e fitilhamento para condução das hastes das plantas.
À medida que as hastes ultrapassavam 0,30 m acima do arame (média de 10 dias)
(Figura 20, a), estas eram abaixadas e amarradas horizontalmente em igual comprimento sobre
um fio de arame suspenso a 0,50 m de altura da superfície do solo na linha de cultivo (Figura 20,
b). Após esse procedimento, eram retiradas as folhas (Figura 21, a) de baixo para cima de cada
planta até o 1º racimo completamente formado e cheio (Figura 21, b).
(a) (b)
39
Figura 20. Detalhes de condução das plantas: (a) Plantas passando da linha da espaldeira (2,0 m);
(b) Detalhes das hastes amarradas sobre o arame suspenso a 0,50 m do solo.
Figura 21. Detalhes de condução das plantas: (a) Plantas após o desfolhamento das hastes
abaixadas; (b) Racimos formados com frutos em amadurecimento.
Ao longo do cultivo, o crescimento horizontal (hastes abaixadas) foi conduzido em
“círculo fechado” entre duas linhas de plantio (Figura 22, a; b). Esse manejo foi feito em até 187
dias após o transplantio, plantas com aproximadamente 6,0 m de comprimento, quando foi
realizada poda apical. Além do manejo do crescimento vegetativo, realizou-se a retirada dos
brotos laterais das hastes das plantas a cada sete dias, e, durante o período de floração,
diariamente procedia-se a uma pequena vibração nas plantas para facilitar a polinização das
flores. Esse método foi necessário devido à redução da ventilação natural e a entrada de insetos
polinizadores evitado no interior das casas de vegetação em função da tela antiafídeos e PEBD de
suas laterais.
(a) (b)
(a) (b)
40
Figura 22. Modo de condução em círculo fechado: (a) Detalhes da curva entre as linhas de
plantio para condução em ciclo fechado; (b) Condução horizontal das hastes.
5.12 Estado nutricional das plantas
Para verificação do estado nutricional das plantas ao longo do cultivo, foram feitas três
análises foliares das plantas para verificação dos teores de macro e micronutrientes nas mesmas,
sendo estas realizadas aos 90, 180 e 240 DAT nas diferentes casas de vegetação e forma de
cultivo (Tabela 7) e comparados aos teores considerados adequados para a cultura do tomateiro
de acordo com os estudos de Malavolta et al. (1997) (Tabela 8).
Tabela 7. Teores foliares de macro e micronutrientes nas diferentes datas, casas de vegetação e
formas de cultivos, Campinas - SP.
Fonte de variação Macronutrientes (g kg-1
) Micronutrientes (mg kg-1
)
Casa Datas Forma N P K Ca Mg S Fe Mn Cu Zn B
A
90 DAT Canteiros 43,3 2,8 26,2 28,9 6,1 10,9
281 47 890,1 22,7 84
Vasos 44,3 4,7 26,1 21,5 6,1 18,2
1226 67,9 848,5 27,6 310
180 DAT Canteiros 43,2 2,4 24,6 28,3 4,4 14,6
251 110,9 647,5 34,2 125
Vasos 37 3 29,3 28,4 5,1 18
226 133,7 953,9 49,4 216
240 DAT Canteiros 41,2 2,2 28,7 26,5 5 9,5
232 79,7 23,3 18,6 117
Vasos 37,8 2,7 32,6 22,4 4,8 9,1 112 72,9 14,4 17,3 132
B
90 DAT Canteiros 47,2 2,9 30,1 25,3 5,7 10,4
555 41,1 1088 27,1 122
Vasos 39 5,6 31,9 22,1 6,7 13,7
354 46 1111 32,7 243
180 DAT Canteiros 33,8 1,7 27,3 27,7 4,7 11,7
491 74,1 547,3 16,7 99
Vasos 38,5 2,4 23,1 29,3 4,1 16,7
427 80,2 917,7 16,5 185
240 DAT Canteiros 39,1 2,3 31,1 16,2 3,5 6,3
231 46,7 12,9 19,1 84
Vasos 39,4 2,9 30,9 18,8 3,7 7,9 275 56,5 17 21,9 121
(a) (b)
41
(Continuação)
Fonte de variação Macronutrientes (g kg-1
) Micronutrientes (mg kg-1
)
Casa Datas Forma N P K Ca Mg S Fe Mn Cu Zn B
C
90 DAT Canteiros 42,3 3,6 31,9 31 7,1 12,7
769 49,9 1410 27,9 153
Vasos 37,6 6,3 35,8 21,4 6,9 16,2
300 51,8 947,4 29,2 313
180 DAT Canteiros 36,8 1,8 31 28,4 5 11,1
353 77,1 142 14,4 92
Vasos 44 2,8 23,8 30,2 4 19,1
662 82,2 248,2 18,6 233
240 DAT Canteiros 39,9 2,1 27,3 22,3 3,7 7
256 51,1 11 13,6 91
Vasos 32 2,6 30 16,6 3,4 6,7 151 50,1 8,4 13,8 92
Tabela 8. Teores foliares de macro (g kg-1
) e micronutrientes (mg kg-1
) considerados adequados
para a cultura do tomateiro, Campinas - SP.
Macronutrientes (g kg-1
)
Micronutrientes (mg kg-1
)
N P K Ca Mg S
Fe Mn Cu Zn B
40-60 04-08 30-50 14-40 04-08 03-10
100-300 50-250 05-15 30-100 30-100 Fonte: Adaptado de Malavolta et al. (1997).
5.13 Colheita dos frutos
A partir do ponto de colheita dos frutos, caracterizado pela mudança de coloração verde
para completamente vermelho (91 DAT) (Figura 23, a; b), deu-se início às colheitas, sendo estas
realizadas a intervalos médios de 4 a 7 dias e perdurando até o final do ciclo de produção 245
DAT. Cada tratamento foi colhido individualmente em sacos de 1 kg devidamente identificado
(Figura 24, a), contado o número de frutos, pesados e acondicionados em embalagens de 0,45 kg
(Figura 24, b).
Figura 23. Detalhes dos frutos em ponto de colheita: (a; b) Frutos aptos a serem colhidos.
(a) (b)
42
Figura 24. Quantificação da produção: (a) Frutos colhidos em sacos devidamente identificados;
(b) Frutos acondicionados em embalagens de 0,45 kg.
5.14 Manejo fitossanitário
O controle de pragas e doenças deu-se de forma preventiva e curativa, com aplicações de
extrato de alho e pimenta, calda bordalesa e enxofre, com pulverizações foliares (Tabela 9) e
iscas nas cores azul e amarela para atrair alguns insetos, principalmente a mosca-branca.
Tabela 9. Histórico de produtos aplicados durante o ciclo produtivo nos diferentes ambientes.
Data de
aplicação Casas Produtos Formulações/Quantidade
12/abr/13 A, B e C Calda bordalesa 10g/L - S. cobre + 14g/L cal virgem
03/mai/13 A, B e C Calda bordalesa 10g/L - S. cobre + 14g/L cal virgem
17/mai/13 A, B e C Enxofre 3g/L de enxofre
05/jun/13 A, B e C Enxofre 3g/L enxofre
24/jun/13 A, B e C Enxofre e extrato
de alho 3g/L enxofre + 3%/L extrato de alho
09/jul/13 A Enxofre 3g/L enxofre
24/jul/13 A Calda bordalesa 10g/L - S. cobre + 14g/L cal virgem
20/ago/13 A, B e C Enxofre e extrato
de alho 3g/L enxofre + 3%/L extrato de alho
10/set/13 A Enxofre 3g/L enxofre
19/set/13 A, B e C Micronutrientes 4g/L
23/set/13 A, B e C Calda bordalesa +
leite
10g/L - S. cobre + 14g/L cal virgem +
100ml/L leite
15/out/13 A, B e C Enxofre e extrato
de alho 3g/L enxofre + 3%/L extrato de alho
(a) (b)
43
Durante a condução da cultura foi verificada em algumas plantas isoladas a incidência
de ácaro do bronzeamento (Aculops lycopersici) (Figura 25, a) nas casas B e C, manchas de
Estenfílio (Stemphylium solani) (Figura 25, b), Oidio (Erysiphe) (Figura 25, c) e Cladosporium
fulvum (Figura 25, d) nas três casas. No final do ciclo produtivo observou-se, somente na casa de
vegetação B, a incidência de mosca-branca (Bemisia tabaci) (Figura 25, e), além de três hastes
de plantas apresentando sintomas provavelmente de requeima ou míldio (Figura 25, f), não se
proliferando para as demais plantas. O patógeno Cladosporium fulvum é de ocorrência comum
em cultivo protegido de tomateiro, sendo considerada uma doença de difícil controle no sistema
convencional e mais ainda no sistema orgânico. Dessa forma, esta foi a principal doença
encontrada durante a condução da cultura, com maior incidência na casa de vegetação A no final
do ciclo, certamente em razão das condições climáticas propícias ao desenvolvimento do fungo,
porém não chegou a comprometer a produção da cultura. Todas as identificações de pragas e
doenças foram definidas somente por comparações com imagens de livros de autores como
Alvarenga, 2013, e Penteado, 2004.
(a) (b) (c)
44
Figura 25. Principais pragas e doenças verificadas: (a) Detalhes do ataque do ácaro do
bronzeamento nos frutos; (b) Detalhes de manchas de estenfílio (Stemphylium solani); (c) Oidio
(Erysiphe sp); (d) (Cladosporium fulvum); (e) Mosca-branca (Bemisia tabaci) sob as folhas; (f)
Sintomas de requeima (Phytophthora infestans) ou míldio no caule.
5.15 Manejo do biofertilizante
Utilizou-se o biofertilizante comercial do fabricante (Microbiol Biotecnologia),
denominado Microgeo®, de acordo com as especificações do fabricante. Para o preparo, foi
usado esterco bovino e composto Microgeo®, seguindo a recomendação do fabricante e dos
autores Medeiros et al. (2003), para produção da quantidade necessária à pesquisa. Assim, num
reservatório de 500 L, devidamente marcado em 100 L, adicionou-se 5% (5,0 kg) do composto
MICROGEO®, 20% (20 L) de esterco bovino, completando o restante com água (sem cloro) e
fazendo a mistura. A cada três dias a pleno sol, a solução foi movimentada com o auxílio de um
rodo, repetindo a ação por um período de quinze dias (Figura 26, a; b), estando pronto para uso.
As aplicações foram efetuadas via solo semanalmente até desponta apical das plantas, e o volume
recomendado aplicado manualmente conforme cada tratamento. Os tratamentos constaram da
aplicação das doses 0%, 50%, 100%, 150% e 200% do biofertilizante, sendo estas inferidas com
base na recomendação do fabricante para aplicação semanal via solo para hortaliças: 150 L ha-1
o
que equivaleu a 5,25 ml planta-1
, tendo-o como tratamento padrão (100% = 5,25 ml planta-1
) para
mensurar as demais doses utilizadas na pesquisa, deixando como testemunha a dose 0% de
aplicação.
(b) (c) (e) (f)
(d) (e) (f)
45
Fonte: Manual Técnico do fabricante
Figura 26. Modo de preparo do biofertilizante: (a) Manual técnico do fabricante (Disponível em:
<http://www.microgeo.com.br>); (b) Produção do biofertilizante no experimento.
5.16 Manejo da irrigação
O cultivo foi realizado sob regime de irrigação por gotejamento com manejo definido
com base na percolação de água nos vasos nas diferentes casas de vegetação. Assim,
semanalmente aumentavam-se os pulsos de irrigação definidos previamente nos horários de 7:00
h; 11:00 h; 13:30 h e 16:00 h, sendo os três últimos horários definidos com menor intervalo de
aplicação da irrigação em virtude da elevação da taxa evaporativa do solo nesses períodos nas
casas de vegetação.
Para definição do tempo de irrigação, foram colocadas seis bandejas de polietileno
pretas de 0,50 m de diâmetro sob alguns vasos (Figura 27, a; b), aleatoriamente, nas diferentes
casas de vegetação, e semanalmente pela manhã definia-se um tempo qualquer de irrigação
(maior que o anterior) e à medida que o solo dos vasos saturava-se e iniciava a percolação em
pelo menos cinco vasos com as bandejas, desligava-se a irrigação e definia-se o tempo para os
próximos sete dias consecutivos. Esse manejo foi feito separadamente para cada casa de
vegetação, determinando-se dessa forma o tempo de irrigação diferenciado de acordo com a
“necessidade hídrica” das plantas em cada casa. O tempo de irrigação dos canteiros foi estipulado
em 50% do tempo de irrigação dos vasos, pois o espaçamento entre os gotejadores fazia com que
o volume de água aplicado fosse igual para ambas as formas de cultivo. Em dias nublados,
(a)
(b)
46
seguindo a mesma metodologia de manejo da irrigação, foi possível observar o tempo de
irrigação dos vasos e canteiros com uma redução em 50% e em dias chuvosos em 75%, o que
evitava a percolação excessiva.
Figura 27. Sistema de manejo para controle do tempo de irrigação: (a) Detalhes do coletor de
água percolada antes da irrigação; (b) Detalhes do coletor de água percolada depois da irrigação.
Após a terceira semana de produção foi aumentado o intervalo de verificação do tempo
de percolação para definição do tempo de irrigação para cada 14 dias, porém, sempre que eram
verificados sintomas de deficiências hídricas nas plantas (murchamento dos ponteiros das plantas
nos horários mais críticos do dia de 11:00 h às 15:00 h), adiantava-se a verificação.
As casas de vegetação foram abastecidas com água da SANASA S/A, armazenada em
reservatório de 1.000 l interligado a um sistema de irrigação com seis linhas de derivação
independente, pelo fato de a necessidade hídrica das plantas ser diferente em cada casa de
vegetação e formas de cultivo. Cada linha de derivação foi controlada por uma válvula solenoide,
acionada conforme programação do controlador de irrigação.
O sistema de irrigação constituiu-se por uma bomba centrífuga de 0,5 CV modelo BC
91S trifásica, marca Schneider, acionada automaticamente, juntamente da linha de derivação
específica, por meio da válvula solenoide (Figura 28, a) e de um controlador de irrigação da
marca Galcon, modelo 8059 9S (Figura 28, b). Utilizou-se o sistema por gotejamento composto
por gotejadores in line modelo uniramTM
HCNL (Marca Netafim) de vazão de 2 L h-1
, com
gotejadores espaçados entre si de 0,50 m para os vasos (Figura 29, a) e 0,25 m para os canteiros
(Figura 29, b), de maneira a formar bulbo molhado contínuo ao longo dos canteiros.
(a) (b)
47
Figura 28. Detalhe dos controladores da irrigação: (a) Sistema de controle com válvulas
solenoides; (b) Detalhe do controlador de irrigação.
Figura 29. Detalhes do sistema de irrigação: (a) Gotejadores instalados na linha de plantio dos
vasos; (b) Gotejadores instalados nos canteiros.
O sistema de irrigação foi avaliado no início e no final do ciclo produtivo em cada uma
das casas de vegetação e formas de cultivo, com base na metodologia proposta por Deniculi et al.
(1980). Assim, examinaram-se a vazão média (Vm) dos gotejadores, o coeficiente de
uniformidade de Christiansen (CUC) e de distribuição (CUD) e eficiência de aplicação (Ea) do
sistema de irrigação (gotejamento > 85%) (Tabela 10).
(a)
(a) (b)
(b)
48
Tabela 10. Valores médios das avaliações (inicial e final) do sistema de irrigação, Campinas -
SP.
Casa Formas Vm (L h-1
) CUC (%) CUD (%) Ea (%)
Médias
A Canteiros 1,98 97,85 96,83 87,15
Vasos 1,95 97,29 96,22 86,61
B Canteiros 1,99 96,99 96,15 86,54
Vasos 1,97 97,87 96,38 86,75
C Canteiros 1,96 97,82 96,26 86,63
Vasos 1,97 97,54 96,56 86,91
Com relação à quantificação da água aplicada em cada casa de vegetação (Tabela 11)
levou-se em consideração apenas a vazão média obtida nas avaliações das diferentes casas de
vegetação e formas de cultivo.
Tabela 11. Quantificação da água aplicada por planta durante todo o ciclo produtivo da cultura,
Campinas - SP.
Casas de vegetação Formas de cultivo L planta ciclo-1
A Canteiros 135,12
Vasos 135,24
B Canteiros 171,95
Vasos 170,22
C Canteiros 154,29
Vasos 155,25
5.17 Delineamento experimental
O delineamento experimental utilizado em cada casa de vegetação foi inteiramente
casualizado (DIC) no esquema de parcelas subdivididas em dez tratamentos e cinco repetições.
Os tratamentos primários foram dispostos nas parcelas (duas formas de cultivo: vaso e canteiro) e
os tratamentos secundários nas subparcelas (cinco doses de biofertilizante: 0%, 50%, 100%,
150% e 200%) (Figura 30).
49
Figura 30. Ilustração do arranjo experimental dentro das casas de vegetação
A distribuição do delineamento estatístico constou de 7 fileiras de 11 m de comprimento
com 22 plantas cada, sendo, para a pesquisa, consideradas úteis apenas as 5 fileiras centrais; cada
fileira subdividida em duas parcelas de 5,50 m comprimento e 11 plantas, onde foram sorteadas,
aleatoriamente, as formas de cultivo (vaso ou canteiro). As subparcelas foram igualmente
sorteadas de forma aleatória dentro das parcelas, ficando com 1,0 m de comprimento e duas
plantas úteis. Para evitar o efeito bordadura, as plantas ao redor de toda a casa de vegetação
foram desconsideradas para efeito de análise.
50
5.18 VARIÁVEIS ANALISADAS
5.18.1 Casas de vegetação
Nas três casas de vegetação coletaram-se dados meteorológicos (temperatura de bulbo
seco e umidade relativa do ar) durante todo o período de cultivo em horários sinóticos
intermediários (03:00 h; 09:00 h; 15:00 h e 21:00 h) nas alturas de 1,0 m, 2,0 m e 3,0 m no centro
geométrico de cada casa de vegetação, além da temperatura e umidade relativa do ar fora dos
ambientes de produção a 2,0 metros de altura. Dados de radiação global e fotossinteticamente
ativa ao longo do período de cultivo em dias considerados claros, nublados e chuvosos nos três
ambientes de produção e externo, na altura do dossel das plantas.
5.18.2 Variáveis relacionadas à cultura
Dez dias após o transplantio, iniciaram-se as análises das plantas perdurando a intervalos
médios de 20 dias até a poda apical, sendo analisadas as seguintes variáveis:
5.18.2.1 Crescimento das plantas
As avaliações destas variáveis constaram da determinação da altura das planas, diâmetro
da haste, além de suas taxas de crescimento absoluto. A altura das plantas foi realizada entre o
nível do solo e a gema apical, com auxílio de uma trena graduada em escala de 0,01 m de 1,50 m
de comprimento (Figura 31, a). À medida que as plantas atingiam 1,50 m de altura e demais
múltiplos desse valor, era amarrado na haste principal do caule, um fitilho no local (1,50 m e
múltiplos) para facilitar a identificação e diminuir erros nas medições posteriores (Figura 31, b).
Figura 31. Detalhes da medição da altura das plantas: (a) Medição com fita métrica; (b)
Marcação das plantas com fitilhos em 1,50 m e demais múltiplos.
(a) (b)
51
O diâmetro da haste ou caule foi medido na região localizada a 0,02 m de altura em
relação à superfície do solo, com auxílio de um paquímetro digital com escala de 0,001 m. A
determinação da taxa média de crescimento absoluto (TMCA) seguiu metodologia proposta por
Benincasa (2003) conforme a equação abaixo.
TMCA = Equação (6)
Em que:
TMCA: Taxa de crescimento absoluto em altura de plantas, cm dia-1
;
AP1: Altura ou diâmetro da planta no tempo t1, cm;
AP2: Altura ou diâmetro da planta no tempo t2, cm.
5.18.2.2 Índice relativo de clorofila
Para a medição do índice relativo de clorofila (IRC) usou-se apenas a parte adaxial de
uma folha por planta, sendo esta localizada na região do terço médio, estando completamente
expandida e livre de doenças e pragas de acordo com a metodologia de Silveira et al. (2003), e do
equipamento SPAD 502 Plus (marca Konica Minolta).
5.18.2.3 Produção e porcentagem de massa seca
Para determinação da matéria seca da parte aérea e total das plantas, foram coletadas
todas as folhas senescentes (não funcionais), e demais folhas retiradas durante todo o ciclo
produtivo, pesadas antes e depois de secas em estufa de circulação forçada a 65ºC até peso
constante, conforme metodologia da EMBRAPA (2009).
No final do ciclo produtivo, todas as plantas foram recolhidas, pesadas antes e depois de
secas e seu peso somado ao peso da massa seca das folhas contabilizada ao longo do ciclo da
cultura para quantificação da massa seca total.
5.18.3 Componentes da produção
Durante as colheitas foram contabilizados o número de frutos por planta e por racimo,
massa média dos frutos, produtividade total e comercial (kg m-2
) de todas as plantas e seus
respectivos tratamentos dentro das casas de vegetação. A produtividade foi quantificada pela
relação entre a massa total de frutos por planta em kg e a área em m2 (0,5 x 0,9 m) ocupada por
esta.
52
5.18.3.1 Qualidade da produção dos frutos
A avaliação da qualidade comercial dos frutos foi feita a cada quatro colheitas com a
quantificação do comprimento no sentido longitudinal (Figura 32, a) e diâmetro no sentido
equatorial dos frutos (Figura 32, b), com auxílio de um paquímetro digital, além da massa média
desses frutos. Estas medições foram realizadas nas regiões centrais, escolhidos aleatoriamente nas
ocasiões das colheitas de cada planta (tratamento), sendo estas feitas em três frutos para
quantificação da média.
Figura 32. Medição das variáveis de importância comercial dos frutos: (a) Diâmetro longitudinal;
(b) Diâmetro equatorial.
A avaliação da qualidade relacionada ao sabor foi feita a cada oito colheitas com a
quantificação da concentração de sólidos solúveis dos frutos (ºBrix), potencial hidrogeniônico
(pH) e acidez titulável, de forma a caracterizar a qualidade dos frutos no início, no meio e no
final da produção.
Para quantificação dessas variáveis selecionaram-se, aleatoriamente, quatro frutos de
cada planta, triturados e homogeneizados, sendo a determinação dos sólidos solúveis realizada
diretamente em um refratômetro de bancada, expressa em graus brix (ºBrix). Uma alíquota de 10
g foi tomada e colocada em um erlenmeyer com 90 ml de água destilada sobre um agitador. A
acidez foi determinada por meio da titulação com solução 0,1 N de NaOH até que a solução
atingisse pH 8,1, assim, através de cálculos, encontrou-se a acidez titulável, expressa em termos
de g por 100 g de ácido cítrico.
(a) (b)
53
Com relação à quantificação do pH utilizou-se um potenciômetro com escala de 0,1
unidade, cujos eletrodos eram calibrados em duas soluções tampão a 20ºC (pH – 4,0 e pH 7,0) e
em seguida imergidos na amostra também a 20ºC, em que se realizava diretamente a leitura.
5.18.4 Análise de rentabilidade
Para as análises de rentabilidade de investimento de cada casa de vegetação, considerou-
se uma área mínima de produção de 500 m2, comportando 1000 plantas com específico
espaçamento, valor de referência de plantas normalmente utilizado para os cuidados de uma
pessoa.
Seguiu-se a metodologia de Hoffman et al. (1992), com avaliação da receita bruta e
líquida, além dos indicadores de rentabilidade para análise de investimento (relação
benefício/custo, valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TR)) e período payback.
Teve-se como base crédito de investimento para agricultura familiar oriundo do PRONAF
Agroecologia, com taxas de juros de 1% ao ano, 10 anos para pagamento, sendo 3 anos de
carência (Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, 2014), no entanto, utilizado apenas um
ano de carência (ano 0).
Nas análises, considerou-se o preço unitário por embalagem de 0,45 kg vendida a preço
médio de R$ 3,50, com coleta da produção in loco. Cada tratamento avaliado foi tido como uma
unidade de produção, quantificando seus custos fixos e variáveis a valores reais de mercado para
implantação e produção da cultura na região.
Para os cálculos das variáveis analisadas usaram-se as seguintes equações:
Receita bruta (RB): Produção (Prod), multiplicado pelo preço unitário do produto (Pu),
obtida em:
RB = Prod x Pu Equação (7)
Receita líquida (RL): Diferença entre a RB e as despesas (D) ou gastos despendidos
durante o processo produtivo, como segue a equação:
RL = RB – D Equação (8)
Relação Benefício Custo (B/C): Relação entre o valor presente das receitas a serem
obtidas e o valor presente dos custos (inclusive os investimentos), calculado conforme equação a
seguir:
54
n
i
n
i
ii rCirRiCB0 0
)1/(/)1/(/ Equação (9)
Em que:
Ri: Receita obtida no ano;
r: Taxa real anual de juros (decimal);
i: Número de anos para quitar o investimento ou vida útil dos equipamentos;
Ci: Custos no ano.
O Valor Presente Líquido (VPL): Consiste em transferir para o instante atual todas as
variações de caixa esperada, descontá-las a uma determinada taxa de juros, e somá-las
algebricamente, sendo representado pelo valor presente dos Benefícios Líquidos
(Benefícios/Custos), calculado de acordo com a seguinte equação:
n
0i
n
0i
n
0i
iii )r1/(Ci)r1/(Ri)r1/()CiRi(VPL Equação (10)
Em que:
Ri: Receita obtida no ano;
r: Taxa real anual de juros (decimal);
i: Número de anos para quitar o investimento ou vida útil dos equipamentos;
Ci: Custos no ano.
Taxa Interna de Retorno (TIR): Taxa que torna nulo o VPL do fluxo de caixa de
investimento, caracterizando, assim, a taxa de remuneração do capital investido, calculado
conforme equação abaixo.
VPL = 0)1/()(0
n
i
irCiRi Equação (11)
Em que:
Ri: Receita obtida no ano;
r: Taxa real anual de juros (decimal);
i: Número de anos para quitar o investimento ou vida útil dos equipamentos;
Ci: Custos no ano.
O período payback representa o número de períodos necessários para que o fluxo de
benefícios supere o capital investido, podendo ser calculado como mostra a equação 12.
55
PV = n
n
i
Fc
)1(
1
Equação (12)
Em que:
PV: Período Payback;
Fc: Fluxo de caixa;
n; Ano de análise;
i; Taxa mínima de atratividade ou juros.
5.18.4.1 Custos de produção
Os custos de produção desta pesquisa estão apresentados nos Apêndices A, B e C, para
cada casa de vegetação de 500 m2 de área e período de análise.
O custo da água (R$ 4,80 m-3
) foi analisado somente para título de pagamento pela
água utilizada, sendo estipulado com base nos valores das tarifas de água tratada na categoria
residencial padrão, contido na resolução da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento
das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (RES-PCJ), Nº 37, de dezembro de 2013.
O valor da tarifa de energia elétrica foi formado pela soma do custo de consumo
efetivo da energia e demanda da potência elétrica dos equipamentos, cujo valor é de 1 Kwh
tarifa residencial (R$ 0,317), obtido pela CPFL (Campanhia Paulista de Força e Luz), conforme
normas da ANEEL (2014) (Agência Nacional de Energia Elétrica) para tarifas praticadas na
vigência do projeto.
O custo do consumo de energia elétrica foi estimado com base na equação 13.
PkwhTfPot0,7457CE Equação (13)
Em que:
CE: Custo da energia elétrica durante o ciclo da cultura, em R$;
0,7457: Fator de conversão de cv para kw;
Pot: Potência do motor, em cv;
Tf: Tempo de funcionamento dos equipamentos.
Pkwh: Preço do kwh, em R$.
Vale ressaltar que para a análise de investimento, considerou-se o arrendamento da
terra zero (própria), taxa real anual de juros de 1% ao ano, segundo as normas de financiamento
56
do Pronaf, além do fato que os equipamentos teriam uma vida útil de 10 anos, e nulo o seu valor
residual.
5.18.5 Atributos químicos do solo
As análises dos atributos químicos do solo (macro e micronutriente) foram efetuadas no
início e no final do ciclo da cultura, sendo estas específicas para cada tratamento (casas de
vegetação, formas de cultivo e doses de biofertilizante). Para essas análises, as amostras de solo
foram coletadas com auxílio de trado holandês na profundidade do sistema radicular 0 a 0,15 m,
sendo analisados os parâmetros de fertilidade de macro e micronutrientes, além da acidez
potencial (H +Al) e matéria orgânica no solo.
5.19 ANÁLISES ESTATÍSTICAS DAS VARIÁVEIS
As variáveis micrometeorológicas (temperatura de bulbo seco e umidade relativa do ar)
coletadas durante o período de produção foram tabuladas nos horários sinóticos (3 h; 9 h; 15 h e
21 h), quantificadas as médias das máximas e mínimas, assim como as médias mensais nas
diferentes alturas de medição (1,0 m, 2,0 m e 3,0 m). Realizaram-se análises de variância entre os
respectivos horários e alturas de medição (1,0 m, 2,0 m e 3,0 m) em cada ambiente produtivo
isoladamente, além de um estudo das médias mensais das variáveis: horários e ambientes A, B, C
e D para a altura de 2 m.
As variáveis de crescimento das plantas (altura e diâmetro do caule das plantas; taxa
média de crescimento absoluto da altura e diâmetro) e índice relativo de clorofila foram
analisadas no tempo de acordo com cada estádio de crescimento: Estádio I: 0 a 50 dias após o
transplantio (DAT), Estádio II: 51 a 90 DAT e Estádio III: 91 a 187 DAT tendo em vista o
delineamento experimental das casas de vegetação.
As avaliações da qualidade comercial e sabor, cujas análises foram feitas no tempo
(diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos, sólidos solúveis, acidez titulável e
potencial hidrogeniônico) foram agrupados conforme os intervalos de colheita e analisadas
estatisticamente conforme delineamento experimental das casas de vegetação, assim como os
dados produtivos.
Assim, primeiramente os dados de cada casa de vegetação foram submetidos à análise
de variância pelo teste F, separadamente. Atestando significância, os tratamentos com variáveis
57
qualitativas (formas de cultivo) foram submetidos a teste de médias comparadas pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade, utilizando o Software ASSISTAT versão 7.7 beta 2012 e os
tratamentos com variáveis quantitativas (doses de biofertilizante) submetidas ao teste de
regressão pelo mesmo Software.
Para análises das médias gerais dos experimentos, os dados de crescimento, produtivos e
qualitativos da produção foram submetidos aos critérios estatísticos de análise conjunta dos
experimentos, pelo mesmo software em esquema fatorial triplo (3 casas de vegetação x 2 formas
de cultivos x 5 doses de biofertilizante).
58
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Dados meteorológicos
6.1.1 Avaliação da temperatura e umidade relativa do ar: médias mensais, máximas e
mínimas nos diferentes ambientes
A temperatura do ar observada durante o período da pesquisa registrou variação média das
máximas e mínimas mensais na casa de vegetação A (CVA) entre (33,21 e 14,11ºC), CVB (33,27
e 9,23ºC), CVC (34,25 e 9,52ºC) e ambiente externo D entre (33,27 e 8,48ºC), respectivamente.
Entretanto, o valor da temperatura mínima registrada na casa de vegetação A, pode estar
relacionada à conservação de energia adquirida em decorrência do efeito estufa e manejo tela
termorrefletora em função da radiação solar.
A média mensal registrada nos diferentes ambientes variou entre (17,75 e 23,30ºC) na casa
de vegetação A, (19,59 e 22,78ºC) B, (18,86 e 24,89ºC) C e de (17,37 e 22,79ºC) no ambiente
externo, sendo nesse último registrados os menores valores. De forma geral, observou-se que a
temperatura do ar permaneceu dentro da faixa considerada adequada para a cultura (22 a 28ºC)
em todos os ambientes de produção. Porém, ressalta-se a eficiência do sistema de resfriamento
evaporativo no controle da temperatura do ar na casa de vegetação A, visto que esta se manteve
totalmente fechada.
(a) (b)
59
Figura 33. Gráficos das médias mensal da temperatura e umidade relativa do ar nos diferentes
ambientes; (a) Médias, máximas e mínimas na CVA; (b) Médias, máximas e mínimas na CVB;
(c) Médias, máximas e mínimas na CVC; (d) Médias, máximas e mínimas ambiente externo.
Ao contrário da temperatura do ar, a variação das médias mensais das máximas da
umidade relativa do ar permaneceu praticamente no limite máximo, acima de 91% em todos os
ambientes, o que favoreceu a ocorrência de doenças fúngicas, principalmente na casa de
vegetação A (CVA), onde esta foi mais crítica. Segundo Campen (2009), o excesso de umidade
causa doenças fúngicas reduzindo a quantidade e a qualidade produtiva das plantas. A umidade
relativa média mensal variou entre (82,61 e 93,47%) na Casa A, (69,47 e 83,95%) casa B, (69,44
e 84,01%) na casa C e entre (58,90 e 80,58%) no ambiente externo, com menor variação no
ambiente A, visto o controle proporcionado pelo pad fan (resfriamento evaporativo). Em função
desse controle, as médias das mínimas nesse ambiente (A) mantiveram-se dentro dos limites
adequados para cultura (60 a 80%), registrando-se valores entre (56,64% e 79,90%) em
detrimento a (36,93 e 62,35%) da casa B, (35,15 e 56,59%) da casa C e (27,75 e 44,55%) do
ambiente externo. Variações semelhantes de umidade relativa e temperatura do ar foram
registradas por Silva et al. (2013) em produção de tomateiro em ambiente protegido no mesmo
período produtivo (outono-inverno) nas condições meteorológicas da Paraíba-PB.
Os resultados do controle micrometeorológico obtidos na casa de vegetação A
corroboram os observados por Steidle Neto e Zolnier (2010) trabalhando com sistema de
resfriamento evaporativo tipo meio poroso-exaustor, em que os autores verificaram que esta é
uma tecnologia eficiente no controle da temperatura do ar. De forma semelhante aos resultados
encontrados pelos autores, a temperatura mínima e a umidade relativa máxima não foram
(c) (d)
60
efetivamente controladas, atingindo valores de 9,52°C e de 100%, respectivamente, por não haver
sistema de aquecimento para mantê-las sobre controle. Coomans et al. (2013) indicam que o
aquecimento previne a queda da temperatura interna abaixo de um determinado ponto durante os
períodos mais frios e a ventilação mecânica pode controlar a desumidificação e reduzir, com isso,
a demanda de energia em comparação com o sistema de aquecimento.
Em geral, a umidade relativa média mensal manteve-se praticamente estável, porém alta,
na CVA (82,61% e 93,47%) em função, principalmente, do controle desta variável ao longo do
dia, diferente da CVC (69,44% e 75,38%) e CVB (72,50% e 83,95%). Assim, ao analisar esta
variável ao longo do cultivo, verificou-se que a CVC sem manejo da tela termorrefletora
apresentou as melhores médias em termos edafoclimáticos (temperatura e umidade relativa do ar)
para cultura, comprovando os argumentos de Coomans et al. (2013) e Van den Bulck et al.
(2013), que o efeito do uso intensivo da tela é ambíguo, pois não apenas reduz a demanda de
calor, como também aumenta a umidade relativa no ambiente interno da casa de vegetação.
6.1.2 Avaliação das alturas e horários de medição em cada casa de vegetação
Na Tabela 12 constam as análises de variância dos dados de temperatura e umidade
relativa do ar em função dos diferentes horários e alturas de medição. Houve diferença estatística
entre os tratamentos avaliados ao nível de 1% de probabilidade nas três casas de vegetação, sendo
estas analisadas isoladamente. Os resultados apontaram uma variação significativa da
temperatura e umidade relativa do ar ao longo do dia (24 horas) e alturas de medição, bem como
ao longo dos meses, representados pelos blocos.
Tabela 12. Análises de variância dos dados micrometeorológicos registrados nas três casas de
vegetação em função das alturas e horários de medição, Campinas - SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
C vegetação A C vegetação B C vegetação C
T (°C) UR (%)
T (°C) UR (%)
T (°C) UR (%)
Fator A (alturas) 2 130,30** 455,23**
54,18** 3086,51**
157,34** 936,02**
Fator B (horários) 3 472,01** 1343,21**
352,17** 2551,68**
542,36** 4559,43**
Fator A x Fator B 6 33,10** 104,90**
11,30** 309,03**
63,55** 668,46**
Tratamentos 11 170,47** 506,32**
112,06** 1425,65**
211,75** 1778**
Blocos (Meses) 7 54,74** 43,72**
38,14** 89,70**
48,75** 220,44**
Resíduos 77 1,25 7,11 0,54 29,59 0,84 9,31
CV (%) 5,26 3,15 3,49 7,17 4,26 4,23 C: casa CV: coeficiente de variação; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F.
61
Na comparação das médias da temperatura do ar em virtude das alturas de medição
(Figura 34, a), observou-se que na casa de vegetação A (CVA) com controle micrometeorológico
automatizado, esta aumentou significativamente ao longo das alturas, fato também verificado
para umidade relativa (Figura 34, b), todavia, de forma inversa conforme princípios
psicrométricos. Esse incremento da temperatura em razão da altura de medição está relacionado
ao fato de esta casa (A) estar totalmente fechada, o que facilitou a ascensão da dissipação do
bolsão térmico de ar para cumeeira, auxiliado pelo exaustor. Nas demais casas de vegetação B
(CVB) e C (CVC), as alturas de 1 e 2 m não apresentaram aumentos significativos na temperatura
do ar, sendo o mesmo observado somente a 3 m. Infere-se que esta ausência de significância
possa estar ligada à abertura das laterais destas casas de vegetação, proporcionada pela tela
antiafídeos, facilitando assim a circulação de ar nessa região (entre 1 e 2 m).
Ademais, a umidade relativa do ar mostrou-se com incrementos descendentes na CVB
ao longo das alturas, certamente em decorrência do controle parcial da abertura da tela
termorrefletora, pois o mesmo não foi verificado na CVC, que se manteve indiferente nas
primeiras alturas (1 e 2 m), e diferente na altura de 3 m.
Médias seguidas da mesma letra nas linhas não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 34. Comparação das médias pelo teste de Tukey nas diferentes alturas; (a) Para
temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar.
Com relação aos horários de medição, na comparação das médias da temperatura do ar
(Figura 35, a), em todas as casas de vegetação, analisadas isoladamente, as temperaturas
avaliadas às 9 e às 15 h, assim como às 21 e às 3 h da manhã não se diferiram significativamente
entre si. Porém, entre o dia e à noite apresentaram-se diferentes em virtude dos processos de
(a) (b)
62
absorção e perda de energia que ocorrem de forma inversa nesses períodos (Figura 35, b). Esta
ausência de significância entre os horários sinóticos do dia e da noite, certamente está atrelada à
análise apenas das médias mensais, pois estas não representam as variações de máximas e
mínimas ocorridas ao longo das 24 horas do dia.
Médias seguidas da mesma letra nas linhas não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 35. Comparação das médias pelo teste de Tukey nos diferentes horários; (a) Para
temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar.
As médias da temperatura do ar em função das alturas nos diferentes horários de
medição e casas de vegetação mostraram semelhança nos resultados entre si, mesmo estas sendo
analisadas isoladamente. Dessa forma, registrou-se na CVA uma tendência de aumento da
temperatura do ar (Tabela 13) em função da elevação da altura e do horário de medição ao longo
do dia, no entanto, com maiores incrementos entre os horários do dia (9 e 15 h) e da noite (21 e 3
h). A mesma tendência foi observada para a umidade relativa do ar (Tabela 14).
Tabela 13. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de
medição na CVA, Campinas - SP.
Alturas de
medição (m)
Horários de medição (hora) Médias
3 9 15 21
1 17,21 aB 22,10 cA 22,12 cA 17,21 aB 19,67
2 17,29 aB 23,79 bA 23,81 bA 17,29 aB 20,55
3 17,69 aB 29,30 aA 29,37 aA 17,70 aB 23,52
Médias 17,40 25,07 25,10 17,41 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
(a) (b)
63
Tabela 14. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários
de medição na CVA, Campinas - SP.
Alturas de
medição (m)
Horários de medição (hora) Médias
3 9 15 21
1 92,16 aA 83,96 aB 83,96 aB 92,13 aA 88,06
2 90,58 aA 79,94 bB 79,92 bB 90,55 aA 85,25
3 90,65 aA 70,62 cB 70,49 cB 90,58 aA 80,59
Médias 91,13 78,18 78,13 91,09 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Nas demais casas de vegetação (B e C), as médias são apresentadas nas Tabelas 15 e 16
para temperatura e umidade relativa do ar, respectivamente, para a casa (B) e nas Tabelas 17 e 18
para a casa C. Notou-se que tanto na comparação das alturas nos diferentes horários de medição
quanto na comparação dos horários de medição nas diferentes alturas, os dados de temperatura do
ar registrados nestas duas casas comportaram-se de maneira exatamente iguais em termos
estatísticos. Os dados de umidade relativa tenderam a uma maior discrepância entre as alturas nos
diferentes horários de medição, provavelmente, pelo manejo da tela termorrefletora.
Tabela 15. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de
medição na CVB, Campinas - SP.
Alturas de
medição (m)
Horários de medição (hora) Médias
3 9 15 21
1 17,60 aB 22,62 bA 22,66 bA 17,61 aB 20,13
2 17,60 aB 23,50 bA 23,53 bA 17,61 aB 20,56
3 18,08 aB 27,01 aA 27,07 aA 18,09 aB 22,57
Médias 17,76 24,38 24,42 17,77 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 16. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários
de medição na CVB, Campinas - SP.
Alturas de
medição (m)
Horários de medição (hora) Médias
3 9 15 21
1 89,13 aA 80,91 aA 79,65 aB 89,21 aB 84,73
2 85,02 abA 70,66 abA 69,64 bB 84,96 bB 77,57
3 80,18 bA 51,06 bA 49,76 cB 80,22 cB 65,31
Médias 84,78 67,55 66,35 84,80 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
64
Tabela 17. Médias da temperatura do ar (ºC) em função das alturas nos diferentes horários de
medição na CVC, Campinas - SP.
Alturas de
medição (m)
Horários de medição (hora) Médias
3 9 15 21
1 17,65 aB 22,61 bA 22,64 bA 17,65 aB 20,14
2 17,55 aB 23,42 bA 23,45 bA 17,56 aB 20,50
3 17,25 aB 31,10 aA 31,04 aA 17,19 aB 24,15
Médias 17,49 25,71 25,71 17,47
Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 18. Médias da umidade relativa do ar (%) em função das alturas nos diferentes horários
de medição na CVC, Campinas - SP.
Alturas de
medição (m)
Horários de medição (hora) Médias
3 9 15 21
1 82,19 bA 68,67 bA 68,80 aB 82,22 aB 75,48
2 83,03 bA 67,02 bA 66,94 aB 83,05 aB 75,02
3 86,76 aA 45,70 aA 43,99 aB 87,07 bB 65,89
Médias 84,00 60,47 59,92 84,12
Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
6.1.3 Análises dos diferentes ambientes e horários de medição na altura de 2 m
Por apresentar maior relevância para a cultura e ausência de dados meteorológicos
externos, as casas de vegetação nas alturas de 1 e 3 m, a comparação dos ambientes entre si, e
horários de medição foram realizados apenas para a altura de 2 metros. Assim, os resultados das
análises de variância mostrados na Tabela 19, indicam que não houve diferenciação estatística
entre os ambientes para a variável temperatura, fator que pode estar relacionado ao período de
análises (outono e inverno). Os demais fatores e suas interações apresentaram-se altamente
significativos, tanto para temperatura como para umidade relativa do ar.
65
Tabela 19. Análises de variância dos dados micrometeorológicos (temperatura e umidade
relativa do ar) nos quatros ambientes em função dos horários de medição na altura de 2 metros,
Campinas - SP.
Fonte de Variação GL Quadrados Médios
T (°C) UR (%)
Fator A (Ambientes) 3 0,14ns 1082,82**
Fator B (horários) 3 407,76** 2827,92**
Fator A x fator B 9 9,72** 184,41**
Blocos (Meses) 15 87,42** 892,79**
Tratamentos 7 45,11** 134,69**
Resíduos 105 0,49 21,18
CV (%) 3,41 5,95 CV: coeficiente de variação; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F; ns: não significativo.
Na comparação das médias (Figura 36), verificou-se que, ao contrário da temperatura, a
umidade relativa do ar apresentou diferença estatística entre os ambientes, com a CVA ou
ambiente A com controle automatizado desta variável registrando a maior média (85,25%),
diferindo-se dos demais ambientes. A CVB e C, não mostraram diferenças entre si, somente entre
a CVA e o ambiente externo, fato explicável, pois estas casas de vegetação possuíam baixo grau
tecnológico de controle micrometeorológico, além das laterais parcialmente abertas com tela
antiafídeos. Nesses ambientes (B e C) há um ganho no balanço de massa provocado pela
evapotranspiração das plantas e evaporação da água de irrigação, tornando a umidade relativa do
ar maior que a registrada no ambiente externo e menor que na CVA, mas com tendência ao
equilíbrio com o ambiente externo, de acordo com as características do sistema de ventilação
natural (COOMANS et al., 2013). Resultados semelhantes foram obtidos por Rampazzo et al.
(2014), trabalhando com ambiente de produção telado com tela termorrefletora de 50% com o
cultivo da cultura da alface.
66
Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 36. Comparação das médias de umidade relativa do ar nos diferentes ambientes a 2 m de
altura.
Os horários de medição interferiram estatisticamente sobre as variáveis temperatura e
umidade relativa do ar em todos os ambientes analisados. A maior média da temperatura do ar foi
registrada (24,26°C) às 15 horas e a menor (17,14°C) às 3 horas da manhã (Figura 37, a),
mostrando a alta variabilidade desta variável ao longo do dia (24 horas). Análoga à temperatura, a
umidade relativa do ar (Figura 37, b) apresentou comportamento semelhante, com exceção dos
horários de medição no período noturno que não indicaram diferença significativa entre si.
Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 37. Comparação das médias pelo teste de Tukey nos diferentes horários e ambientes a 2
m de altura; (a) Para temperatura do ar; (b) Para umidade relativa do ar.
(a) (b)
67
A comparação das médias da temperatura do ar (Tabela 20) em função dos ambientes
dentro dos horários de medição ou avaliação (alt/hm) e dos horários de avaliação dentro dos
ambientes (hm/alt), apontou uma tendência de diminuição da temperatura do ar entre os
ambientes e horários das 3 e 9 horas da manhã. Apesar dessa diminuição, houve significância
estatística somente entre os horários de medição do dia (9 e 21 horas) e da noite (21 e 3 horas).
Na comparação dentro dos ambientes, os horários de medição não revelaram diferença estatística,
exceto para o ambiente externo. Os dados de umidade relativa do ar seguiram os resultados
obtidos para temperatura, entretanto, o controle efetivo desta variável ao longo do dia na CVA
mostrou as maiores discrepâncias entre esta os demais ambientes, principalmente entre o
ambiente D (Tabela 21).
Tabela 20. Médias da temperatura do ar (ºC) em função dos ambientes nos diferentes horários de
medição dos dados avaliados a 2 metros de altura, Campinas - SP.
Casas de
vegetação
Horários de medição (hora) Médias
3 9 15 21
A 17,29 aB 23,79 aA 23,81 bA 17,29 bB 20,55
B 17,60 aB 23,50 aA 23,53 bA 17,61 bB 20,56
C 17,55 aB 23,42 aA 23,45 bA 17,56 bB 20,50
D 16,10 bD 21,11 bB 25,86 aA 18,59 aC 20,42
Médias 17,14 22,96 24,16 17,77 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 21. Médias da umidade relativa do ar (%) em função dos ambientes nos diferentes
horários de medição dos dados avaliados a 2 m de altura, Campinas - SP.
Casas de
vegetação
Horários de medição (hora) Médias
3 9 15 21
A 90,58 aA 79,94 aB 79,92 aB 90,55 aA 85,25
B 85,02 abA 70,66 bB 69,63 bB 84,95 abA 77,57
C 83,03 bA 67,02 bB 66,94 bB 83,05 bcA 75,02
D 87,44 abA 69,18 bC 52,01 cD 77,57 cB 71,55
Médias 86,52 71,70 67,13 84,04 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
68
6.1.4 Análises dos dados de radiação
6.1.4.1 Dias claros e sem nuvens
Em dias claros e sem nuvens, a radiação solar incidente externa às casas de vegetação
atingiu picos próximos aos 1400 µmol s-1
m-2
, seguindo a mesma tendência à radiação global ou
total (Figura 38). No ambiente interno, essas radiações comportaram-se conforme o manejo da
tela termorrefletora, sendo registrados na CVA e B picos no início da manhã e final da tarde, de
acordo com a atuação dos controles programados para abertura e fechamento das telas. Na CVC,
por sua vez, a radiação incidente manteve-se abaixo de 400 µmol s-1
m-2
sem picos de máximas
ao longo do dia, visto a tela manter-se fixa.
Figura 38. Irradiância solar obtida em dois dias claros nos diferentes ambientes.
Apesar da variação provocada pela coleta de dados em dias diferentes, percebeu-se que
as telas termorrefletoras atenuaram de forma eficaz contra o excesso de energia em todas as casas
de vegetação, certamente pelos processos de absorção e reflexão de parte da radiação solar
incidente conforme citam Sethi e Sharma, (2007) e Guiselini et al. (2010). Entretanto, as curvas
de tendência dos dados coletados nas diferentes casas de vegetação acompanharam a curva da
radiação solar externa. Assim, registrou-se em dias claros radiação solar global diária (RSGD)
sempre acima do valor mínimo líquido ou limite trófico de radiação solar diária de 2332,4 W m-2
dia-1
ou 8,4 MJ m-2
dia-1
estabelecido pela FAO (1990) como suficiente para a produção mínima
necessária de fotoassimilados para a cultura.
Resultados semelhantes foram destacados por Ferrari (2013) em casas de vegetação com
tela termorrefletora de 50% de sombreamento móvel (movimentação manual) e sem tela, nas
69
condições meteorológicas de Rio das Pedras-SP, verificando picos de aproximadamente 800 W
m-2
e 950 W m-2
, respectivamente, para os ambientes com e sem tela.
A radiação refletida ou albedo dentro das casas de vegetação comportou-se praticamente
de maneira igual, possivelmente em virtude da redução dessa radiação provocada em decorrência
da proteção dos ambientes com PEBD, pois no ambiente externo se notou tendência diferente,
apresentando maior refletância.
6.1.4.2 Dias nublados
Em dias nublados ou com pouca chuva (Figura 39) detectou-se uma redução da radiação
incidente, especialmente dentro das casas de vegetação, não ultrapassando 900 µmol s-1
m-2
, com
grandes oscilações ao longo do dia. Em dias como estes ou chuvosos, a CVA manteve-se quase
que indiferente às demais casas, mas com sua radiação solar diária média um pouco superior
(5,35 MJ m-2
dia-1
), haja vista o mecanismo de abertura e fechamento da tela termorrefletora estar
em função da radiação solar global. Assim, verificou-se média de 4,64 MJ m-2
dia-1
para a CVB,
de 3,37 MJ m-2
dia-1
para a CVC e de 13,50 MJ m-2
dia-1
para o ambiente externo.
Figura 39. Irradiância solar obtida em dois dias nublados ou parcialmente chuvosos nos
diferentes ambientes.
6.1.4.3 Dias chuvosos
Em dias chuvosos, a radiação incidente não ultrapassou os 450 µmol s-1
m-2
(Figura 40)
externo às casas de vegetação, sendo verificadas baixa RSGD nas diferentes casas, A (3,08 MJ m-
2 dia
-1), B (2,17 MJ m
-2 dia
-1), C (0,59 MJ m
-2 dia
-1) e ambiente D (5,66 MJ m
-2 dia
-1). Dias como
70
estes foram de baixa ocorrência, porém registraram-se três dias seguidos no período de floração,
o que causou abortamento de flores, certamente decorrente da redução da intensidade luminosa,
associada às outras variáveis meteorológicas, ficando três racimos sem frutos em cada planta.
Este abortamento dos botões florais pode estar relacionado à produção insuficiente de
fotoassimilados para suprir a demanda das plantas nesse período como relatam Picanço et al.
(1998). Al-Helal e Abdel-Ghany (2010) confirmam que sob condições de nebulosidade, poucas
são as plantas que crescerão sob radiação fotossinteticamente ativa (RFA) inferior a 30 W m-2
.
Figura 40. Irradiância solar obtida em um dia chuvoso nos diferentes ambientes
6.1.5 Médias gerais entre as casas de vegetação
Analisando a radiação global entre as casas de vegetação e ambiente externo (Figura
41), verificou-se que estas atenuaram com eficiência a irradiância ao longo do período de cultivo,
mas dependendo do manejo da tecnologia utilizada esta atenuação pode prejudicar o
desenvolvimento das plantas.
71
Figura 41. Radiação global ao longo do período de cultivo nos diferentes ambientes
Em geral, as casas de vegetação A e B mantiveram a radiação global acima do limite
trófico para cultura, com médias de 10,85 e 9,95 MJ m-2
dia-1
, respectivamente, cerca de três
vezes menor que a registrada no ambiente externo (31,81 MJ m-2
dia-1
). Essa diferença de valores
atribui-se a atenuação da radiação pela cobertura de PEBD e ao manejo da tela termorrefletora
utilizado nessas casas, fazendo com que esta permanecesse aberta somente nos períodos
considerados críticos em excesso de radiação solar ao longo do dia.
Assim, os resultados alcançados nessas casas de vegetação assemelharam-se aos
encontrados por Max et al. (2009) em avaliação destas variáveis em casas de vegetação com
resfriamento evaporativo, ventilação natural e mecânica com laterais e cobertura com filme de
polietileno de absorção de UV de 200 micras e ambiente externo nas condições meteorológicas
da Tailândia. Os autores atingiram praticamente a mesma taxa de atenuação da radiação solar
global, provavelmente por se tratar de uma região também de clima tropical.
Reis et al. (2013) em avaliação da radiação solar em ambiente protegido similar ao desta
pesquisa, porém com tela de sombreamento de 50% nas laterais, nas condições de Alagoas,
registraram médias de 10,78 e 17,00 MJ m-2
dia-1
para os ambientes interno e externo da casa de
vegetação. O valor interno foi próximo ao encontrado nesta pesquisa, porém alto quando avaliado
o grau de redução em relação ao ambiente externo, provavelmente pela ausência de tela.
Ao contrário das demais casas de vegetação, a casa C permaneceu praticamente todo o
período de produção com a radiação global abaixo do limite trófico para a cultura (5,98 MJ m-2
72
dia-1
), apenas pelo simples fato de manter a tela termorrefletora sem manejo algum. Isso pode ter
prejudicado o desenvolvimento e a produção da cultura, visto que as plantas não tiveram radiação
solar mínima necessária à produção de fotoassimilados para sua manutenção (BECKMANN et
al., 2006). Os resultados confirmam os encontrados por Guiseleni et al. (2010) em avaliação da
radiação global em casa de vegetação coberta com PEDB difusor e tela termorrefletora de 50%
fixa na altura do pé direito nas condições de Piracicaba-SP, em que os autores anotaram média de
3,2 MJ m-2
dia-1
.
6.2 Análises dos dados em cada casa de vegetação
6.2.1 Casa de vegetação A
6.2.1.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas
As análises de variância dos dados apresentadas nos Apêndices D e F mostraram que no
primeiro estádio de desenvolvimento das plantas houve diferença estatística ao nível de 5% de
probabilidade somente para a interação das formas de cultivo x doses de biofertilizante sobre a
variável altura das plantas na terceira análise (48 DAT). Esta interação estendeu-se à taxa média
de crescimento absoluta da altura (TCAA). O diâmetro do caule indicou significância ao nível de
1% de probabilidade para os tratamentos com as formas de cultivo, assim como sua taxa média
de crescimento absoluto (TCAD), porém ao nível de 5%.
No segundo e no último estádio (91 a 184 DAT) de desenvolvimento avaliado, as
alturas das plantas mantiveram-se indiferentes estatisticamente aos tratamentos. A variável
TCAA apresentou incremento significativo a 5% de probabilidade somente no segundo estádio
(88 DAT) para os tratamentos com as formas de cultivo e no terceiro estádio (136 DAT) para as
doses de biofertilizante. Ao contrário destas variáveis, o diâmetro do caule das plantas mostrou-se
altamente significativo para as formas de cultivo a partir da terceira análise (48 DAT) do primeiro
estádio de desenvolvimento, porém a TCAD não revelou diferenças estatísticas para nenhum dos
tratamentos ao longo dos dois últimos estádios. Todavia, foi verificado alto coeficiente de
variação (CV), provavelmente por erros no manuseio do equipamento de medição no momento
da coleta de dados (altura, ângulo, posição etc.), mesmo tomando todos os cuidados necessários
para evitá-los.
Os resultados da comparação das médias apresentados na Tabela 22 indicaram que a
forma de cultivo em canteiros apresentou as melhores médias com incrementos significativos em
73
todas as análises que se mostraram estatisticamente diferentes, independentemente da variável
analisada. A altura das plantas conseguiu taxa média de crescimento absoluto ciclo entre 3,36 e
3,34 cm dia-1
para os canteiros e vasos, respectivamente, no entanto a variável diâmetro do caule
revelou alta taxa de crescimento nos canteiros (0,120 mm dia-1
) contra 0,061 mm dia-1
dos vasos,
provavelmente, em razão do maior volume de solo nos canteiros, por conseguinte maior liberação
de nutrientes para o desenvolvimento das plantas, (decomposição do composto orgânico), aliado
ao controle micrometeorológico proporcionado pelo sistema de resfriamento evaporativo do ar,
que é mais efetivo na região até a altura do pad fan.
Tabela 22. Médias dos dados das análises de crescimento das plantas de tomateiro em função
estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVA, Campinas - SP.
Causa de
variação
Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Altura das plantas (cm)
Canteiros 13,32a 60,86a 119,72a 190,80a 290,20a 377,96a 442,44a 511,32a 600,01a
Vasos 14,09a 61,72a 118,32a 197,78a 286,56a 367,64a 437,44a 508,84a 598,12a
CV médio (%) 11,12 7,94 6,82 7,15 5,41 6,37 6,02 6,05 5,6
Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)
Canteiros 2,26a 3,09a 3,55a 5,01a 3,51a 2,80a 2,99a 3,69a
Vasos 2,27a 2,96a 3,98a 4,44b 3,24a 3,03a 3,10a 3,72a
CV médio (%) 9,68 14,48 16,6 17,33 20,1 15,35 15,02 16,36
Diâmetro do Caule (mm)
Canteiros 3,78a 9,49a 11,89a 12,77a 13,48a 14,07a 14,52a 15,22a 16,22a
Vasos 3,91a 8,98a 10,51b 11,07b 11,82b 12,34b 12,96b 13,58b 14,20b
CV médio (%) 17,36 8,28 7,48 7,38 8,28 8,25 8,82 8,72 9,57
Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)
Canteiros 0,271a 0,114a 0,418a 0,034a 0,027a 0,021a 0,033a 0,043a
Vasos 0,24a 0,074b 0,026a 0,036a 0,024a 0,029a 0,029a 0,029a
CV médio (%) 18,47 45,31 79,21 98,32 110,01 66,31 90,15 71,5 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey
(p<0,05); Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de
frutos e maturação.
Nas médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante da análise aos 48 DAT (Figura 42, a), constatou-se uma tendência crescente da
altura das plantas com o aumento das doses de biofertilizante nos vasos, diferente
estatisticamente somente para o tratamento sem aplicação. Mesmo comportamento foi detectado
para sua taxa de crescimento absoluto, para o tratamento com nível de aplicação de 100% (Figura
74
42, b). Nos canteiros, observou-se que dentre as doses de biofertilizante utilizadas, o
recomendado pelo fabricante (Microgeo®) gerou o maior pico de crescimento das plantas,
alcançando 3,48 cm dia-1
.
Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 42. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante da análise aos 48 DAT na CVA; (a) Sobre a variável altura de plantas; (b) Sobre a
taxa de crescimento absoluto das plantas.
Ao analisar a influência das doses de biofertilizante sobre a variável TCAA na análise
aos 136 DAT (Tabela 23), verificou-se que somente a equação de regressão de 4º grau ajustou-se
aos dados significativamente. Entretanto, essa informação sobre os tratamentos utilizados é muito
subjetiva, podendo ter muitas explicações para o mesmo fato ocorrido, visto a dispersão dos
dados. Comumente, para que se possa retirar alguma informação utilizável na agricultura dos
tratamentos propostos, aplica-se equação de regressão até de 2º ordem (quadrática). Dessa
maneira, os resultados mostraram que, para a produção orgânica de minitomateiro em ambiente
protegido de alto grau tecnológico de controle micrometeorológico, o uso de biofertilizante
Microgeo® pouco interferiu nas variáveis de crescimento vegetativo da cultura.
(b) (a)
75
Tabela 23. Regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente sobre a
TCAA analisada na CVA, Campinas - SP.
Fonte de variação GL Quadrados Médios
Reg.linear 1 6,25 ns
Reg.quadra 1 21,60 ns
Reg.cúbica 1 20,25 ns
Reg.4ºgrau 1 207,37 **
Total 4 GL-resíduo=32 GL: grau de liberdade; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste de Tukey.
6.2.1.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC)
No decorrer das análises desta variável, foi identificada somente uma com diferença
significativa, aos 29 DAT (Apêndice G) para as formas de cultivo. Este fato se explica,
provavelmente, por não haver nenhuma fonte de aplicação direta de nitrogênio entre os
tratamentos, ficando este elemento disponível para as plantas indiretamente por meio da
decomposição da matéria orgânica adicionada às formas de cultivo pelos microrganismos
presentes no solo e composto.
Na comparação das médias do IRC constantes da Tabela 24, notou-se que os valores
registrados para a forma de cultivo em canteiros sempre se mantiveram acima dos verificados
para os vasos, porém estatisticamente diferentes somente para a análise aos 29 DAT. Contudo, a
média geral manteve-se dentro da faixa nutricional recomendada de nitrogênio (N) (35,50 e
46,50) para cultura conforme Guimarães et al. (1999).
Tabela 24. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVA em função
dos diferentes estádios de desenvolvimento das plantas e tratamentos, Campinas - SP.
Causa de
variação
Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Índice Relativo de Clorofila (IRC)
Canteiros 27,73a 37,92a 38,48a 39,06a 36,17a 36,68a 36,84a 36,07a 36,74a
Vasos 28,19a 35,24b 36,70a 37,46a 33,86a 37,45a 35,35a 36,50a 36,40a
Médias 27,96 36,58 37,59 38,26 35,01 37,06 36,09 36,28 36,57
CV Médio (%) 5,45 5,89 8,86 6,46 9,62 12,91 7,94 10,96 6,48 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey
(p<0,05); Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de
frutos e maturação.
76
6.2.1.3 Avaliação dos dados de produção
A análise de variância dos dados de produção total e comercial, bem como de seus
indicadores técnicos (frutos planta-1
, massa média dos frutos, frutos racimo e massa seca da parte
aérea total) exposta na Tabela 25, não acusou diferença estatística entre os tratamentos. Essa
ausência de significância pode estar relacionada ao controle micrometeorológico realizado nesse
ambiente, pois dentre os tratamentos avaliados foi o de maior importância para a cultura,
principalmente sobre estas variáveis (produtivas). Ao contrário do verificado nesta pesquisa,
Dannehl et al. (2012), usando método de resfriamento por nebulização para controle
micrometeorológico em casa de vegetação com a cultura do tomateiro nas condições da
Alemanha, observaram aumentos significativos com uma tendência de ganhos produtivos e de
qualidade durante as análises, relativas à produção da cultura em condições meteorológicas
convencionais (sem controle micrometeorológico).
Tabela 25. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVA em função dos
diferentes tratamentos, Campinas - SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
PT
(kg m-2
)
PC
(kg m-2
)
Frutos
planta-1
Massa
média dos
frutos (g)
Frutos
racimo-1
Massa seca
total (g)
F. cultivo (A) 1 0,022ns 0,020ns 1458,00ns 3,933ns 0,569ns 83654,49ns
D. biofertilizante (B) 4 0,391ns 0,355ns 576,97ns 0,150ns 0,264ns 2526,19ns
(A x B) 4 0,312ns 0,283ns 552,60ns 0,043ns 0,318ns 15,11,13ns
Resíduos A 8 0,923 0,838 1111,88 0,980 0,513 17657,49
Resíduos B 32 0,217 0,197 362,92 0,130 0,180 2992,80
CV (%) a 25,26 24,87 17,59 11,35 16,07 30,07
b 12,29 12,80 10,05 4,14 9,53 12,38 CV: coeficiente de variação; F: formas; D: doses; GL: grau de liberdade; PT: produtividade total; PC: produtividade comercial;
ns: não significativo.
Para eventuais comparações das médias de produção alcançadas neste estudo com as de
outros trabalhos científicos da literatura, além da utilização das mesmas nas análises econômicas,
foram registradas na Tabela 26 todas as médias em função dos diferentes tratamentos avaliados.
77
Tabela 26. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVA em função dos diferentes
tratamentos, Campinas - SP.
Fonte de variação PT
(kg m-2
)
PC
(kg m-2
)
Frutos
planta-1
Massa
média dos
frutos (g)
Frutos
racimo-1
Massa seca
total (g)
Canteiros
0 4,22 4,02 197,00 9,10 4,67 478,74
50 4,21 4,01 196,00 9,20 4,59 470,64
100 3,40 3,24 162,00 8,94 3,82 494,22
150 3,74 3,56 180,00 8,89 4,27 488,79
200 3,86 3,68 186,00 8,88 4,42 481,92
Médias 3,89 a 3,70 a 184,20 a 9,00 a 4,35 a 482,86 a
Vasos
0 4,08 3,89 204,00 8,61 4,62 403,15
50 3,73 3,56 189,00 8,46 4,49 400,15
100 3,88 3,70 197,00 8,44 4,60 420,71
150 3,82 3,64 193,00 8,48 4,58 424,47
200 3,70 3,53 193,00 8,22 4,56 356,80
Médias 3,84 a 3,66 a 195,20 a 8,44 a 4,57 a 401,06 a PT: produtividade total; PC: produtividade comercial: Médias seguidas da mesma não se diferem estatisticamente pelo teste de
Tukey (p<0,05).
Max et al. (2009), trabalhando com a cultura, porém com cultivares do grupo longa vida
em casa de vegetação com resfriamento evaporativo com cumeeira protegida com tela
antiafideos, laterais e cobertura com filme de polietilenos anti-UV de 200 micras e em ambiente
externo nas condições climáticas da Tailândia em sistema de produção convencional, obtiveram
média de produção entre as cultivares de 1,3 kg m-2
, valor muito abaixo do verificado nesta
pesquisa, principalmente quando comparado a massa dos frutos dos grupos (longa vida e
minitomate). Os autores concluem que em regiões com alta umidade relativa do ar ou casa de
vegetação com resfriamento evaporativo sem modificações técnicas que permitam
desumidificação do ar ambiente interno não alcançaram bons resultados na produção da cultura
do tomateiro.
6.2.1.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção
As análises de variância constantes no Apêndice H apontaram significância estatística ao
nível de 1% de probabilidade para os tratamentos sobre as variáveis analisadas, com destaque
para as formas de cultivo que expressaram significância estatística sobre o diâmetro longitudinal
78
e massa média dos frutos, sólidos solúveis e pH. Seguindo a mesma tendência, os intervalos de
colheita mostraram inferências estatísticas sobre todas as variáveis analisadas.
As doses de biofertilizante aplicadas permaneceram estatisticamente indiferentes entre
si, possivelmente pelo baixo volume aplicado via solo, que ainda se dissociavam ao longo de
cada irrigação (água), além da ação conjunta do mesmo com o composto orgânico, inibindo,
assim, sua ação unitária sobre as plantas. Outro fator importante a ser considerado é a quantidade
de matéria orgânica existente no solo em questão.
Houve interação somente dos fatores formas de cultivo (TA) versus intervalos de
colheita (TC) sobre todas as variáveis analisadas, com exceção do diâmetro equatorial dos frutos.
Na comparação das médias (Tabela 27) notou-se que o diâmetro longitudinal, massa
média e pH dos frutos apresentaram os melhores resultados nos canteiros, ficando o diâmetro
equatorial e acidez titulável indiferentes às formas de cultivo. Os sólidos solúveis, variável
relacionada ao teor de açúcar ou sabor, expressa em oBrix, mostrou os melhores resultados para a
forma de cultivo em vasos, certamente pela menor disponibilidade de água às plantas, associado a
maior disponibilidade nutricional no tempo, principalmente de K2O, causado em decorrência do
volume reduzido de solo e pelo fato de não haver competição por nutrientes com outras plantas.
Tabela 27. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVA em função dos
diferentes tratamentos, Campinas - SP.
Fonte de variação
Diâmetro
Longitudinal
(mm)
Diâmetro
Equatorial
(mm)
Massa
média
(g)
Sólidos
Solúveis
(oBrix)
pH
Acidez
titulável
(g/100g de
ácido cítrico)
Canteiros 28,135 a 21,726 a 8,568 a 5,396 b 4,867 a 0,448 a
Vasos 27,139 b 21,649 a 8,067 b 6,128 a 4,276 b 0,446 a
95 DAT 31,230 a 23,790 a 11,066 a 5,174 b 4,330 b 0,464 a
110 DAT 28,279 b 23,471 a 9,629 b
135 DAT 25,758 c 20,202 b 6,545 d 5,026 b 5,015 a 0,443 ab
180 DAT 26,461 c 20,451 b 6,832 d
208 DAT 26,460 c 20,524 b 7,511 c 7,087 a 4,369 b 0,439 b
Médias 27,635 21,685 8,313 5,758 4,733 0,446
CV (%) 6,13 5,29 12,40 8,52 5,68 10,09 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Nas avaliações da qualidade de produção em função dos intervalos de colheita, concluiu-
se que para o diâmetro longitudinal e equatorial dos frutos, variáveis que estão relacionadas ao
79
tamanho e à forma dos frutos (± ovalados), houve uma diminuição crescente a partir da segunda
data de avaliação até o final das mesmas. A massa média dos frutos seguiu igual tendência,
porém a última análise aos 208 DAT apontou uma ligeira ascensão. Tal diminuição da massa
média dos frutos ao longo das análises pode ter sido reflexo do corte da adubação com composto
aos 70 DAT. Entretanto, apesar dessa diminuição da qualidade comercial dos frutos (frutos
pequenos), a massa média dos mesmos (8,31g) manteve-se dentro dos padrões comerciais para o
grupo e características genéticas da cultivar. As demais variáveis (sólidos solúveis e acidez
titulável), à exceção do pH, aumentaram a qualidade dos frutos, na medida em que foi
prolongado o período de produção.
As médias da interação das formas de cultivo dentro dos intervalos de colheita e dos
intervalos de colheita dentro das formas de cultivo para o diâmetro longitudinal estão expostas na
Tabela 28 e as da massa média dos frutos na Tabela 29. De uma forma geral, notou-se que as
primeiras análises (95 e 110 DAT) ofereceram os melhores resultados nos canteiros, sendo a
primeira análise melhor que a segunda. As demais (135, 180 e 208 DAT) ficaram praticamente
indiferentes estatisticamente, com exceção das análises aos 135 e 180 DAT para a variável massa
média dos frutos. Houve também um decréscimo do diâmetro longitudinal e da massa média dos
frutos ao longo dos intervalos de colheita, sem interferência das formas de cultivo dentro de cada
análise.
Tabela 28. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.
Formas de
cultivo
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 110 135 180 208
Canteiros 32,68 aA 29,41 aB 25,80 aC 26,34 aC 26,43 aC 28,13
Vasos 29,77 bA 27,47 bB 25,71 aC 26,57 aC 26,48 aC 27,20
Médias 31,23 28,44 25,76 26,46 26,46
Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 29. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes
intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.
Formas de
cultivo
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 110 135 180 208
Canteiros 12,06 aA 10,16aB 6,04 bD 7,15 aC 7,41 aC 8,56
Vasos 10,06 bA 9,09 bB 7,04 aCD 6,51 bD 7,61 aC 8,06
Médias 11,06 9,63 6,54 6,83 7,51
Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
80
As médias da interação das formas de cultivo dentro dos intervalos de colheita (Fc/Ic) e
dos intervalos de colheita dentro das formas de cultivo (Ic/Fc) para os sólidos solúveis são
exibidas na Tabela 30, do pH na Tabela 31 e da acidez titulável na Tabela 32. Ao contrário das
variáveis anteriores, verificou-se que a qualidade da produção aumentou ao longo das análises ou
períodos de avaliações, principalmente para a forma de cultivo em vasos em função dos
intervalos de colheita.
Tabela 30. Médias dos sólidos solúveis dos frutos (ºBrix) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.
Formas de cultivo
(DAT)
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 135 208
Canteiros 5,12 aB 4,01 bC 7,05 aA 5,39
Vasos 5,22 aC 6,04 aB 7,12 aA 6,13
Médias 5,17 5,03 7,09 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 31. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo
e diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.
Formas de cultivo Intervalos de colheita (DAT)
Médias 95 135 208
Canteiros 4,40 aB 5,90 aA 4,30 aB 4,87
Vasos 4,25 aB 4,13 bB 4,43 aA 4,27
Médias 4,33 5,02 4,37
Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 32. Médias da acidez titulável dos frutos(g/100g de ácido cítrico) em função das formas
de cultivo e diferentes intervalos de colheita na CVA, Campinas – SP.
Formas de cultivo
(DAT)
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 135 208
Canteiros 0,45 Aa 0,44 aA 0,44 aA 0,44
Vasos 0,47 Aa 0,44 aA 0,42 aB 0,44
Médias 0,46 0,44 0,43 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
81
6.2.2 Análises dos dados da casa de vegetação B
6.2.2.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas
As análises de variância, contidas nos Apêndices I e J atestaram que as variáveis de
crescimento das plantas permaneceram indiferentes sob o ponto de vista estatístico às doses de
biofertilizante aplicadas. Entretanto, os tratamentos com as formas de cultivo demonstraram
efetiva ação mesmo que esporádicas sobre algumas variáveis.
Ao contrário do verificado na CVA, a altura das plantas e sua taxa média de crescimento
absoluto apontaram significância ao nível de 1% de probabilidade em algumas análises nos dois
primeiros estádios de desenvolvimento para os tratamentos com as formas de cultivo. No entanto,
observou-se uma interação dos fatores forma de cultivo x doses de biofertilizante no terceiro
estádio (136 DAT) somente sobre a TCAA. Estatisticamente, as demais variáveis (diâmetro do
caule e sua TCA) seguiram com praticamente os mesmos resultados obtidos na CVA, com
exceção da diferença significativa nas primeiras análises. Assim como na casa de vegetação
anterior, o coeficiente de variação para a variável TCAD se manteve alto.
A comparação das médias (Tabela 33) mostrou que dentre as análises significativas para
altura e sua TCA, a forma de cultivo em vasos ofereceu os melhores resultados, ao contrário do
verificado na CVA. A variação da taxa média de crescimento absoluto ciclo foi de 3,41 cm dia-1
para os vasos, contra 3,39 cm dia-1
dos canteiros. O diâmetro da haste e sua TCA conservaram-se
semelhantes à CVA, com os canteiros apresentando as melhores médias de crescimento absoluto
de 0,077 mm dia-1
, contra 0,064 mm dia-1
para os vasos. Os resultados indicaram que as plantas
cultivadas nos vasos apresentaram uma maior relação altura/diâmetro da haste, o que caracterizou
uma planta ao longo do cultivo bem uniforme, sem características de excessos, principalmente
nutricional. Dessa forma, inferiu-se que os resultados alcançados sobre essas variáveis de
crescimento, ao longo dos estádios de desenvolvimento possivelmente se relacionem diretamente
ao manejo da tela termorrefletora nesta casa de vegetação, pois, este manejo certamente
proporcionou horas de luz de melhor qualidade aos processos de produção de fotoassimilados,
aliado principalmente à forma de cultivo (vasos), que garantiu a nutrição (decomposição do
composto orgânico) adequada para o desenvolvimento equilibrado das plantas.
82
Tabela 33. Médias dos dados analisados de crescimento das plantas de tomateiro em função
estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVB, Campinas – SP.
Causa de
variação
Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Altura das plantas (cm)
Canteiros 11,92b 50,96b 109,32a 167,18b 283,48a 371,64a 434,16a 509,00a 604,40a
Vasos 13,20a 59,54a 116,96a 182,78a 286,96a 375,44a 443,72a 510,96a 607,48a
CV Médio (%) 11,54 10,3 9,58 6,84 7,28 6,81 6,66 6,54 5,9
Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)
Canteiros 1,86b 3,07a 2,89b 5,81a 3,52a 2,74a 3,22a 3,97a
Vasos 2,20a 3,02a 3,29a 5,20a 3,63a 2,96a 2,94a 4,02a
CV Médio (%) 13,665 13,39 13,975 16,61 19,78 13,52 24,07 20,23
Diâmetro do Caule (mm)
Canteiros 3,12b 9,06a 11,77a 12,74a 13,61a 14,20a 14,69a 15,34a 16,18a
Vasos 3,85a 8,99a 10,40b 11,18b 11,92b 12,61b 13,35b 13,93b 14,64b
CV Médio (%) 12,72 8,46 5,77 5,47 6,64 7,725 6,96 7,5 10,41
Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)
Canteiros 0,283a 0,129a 0,046a 0,041a 0,028a 0,023a 0,030a 0,039a
Vasos 0,244b 0,067b 0,036a 0,035a 0,034a 0,033a 0,027a 0,034a
CV Médio (%) 14,6 44,52 84,48 81,99 69,47 71,59 70,9 105,5
CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey
(p<0,05).
As médias da interação das formas de cultivo versus as doses de biofertilizante ocorridas
na análise aos 136 DAT sobre a TCAA estão ilustradas na Figura 43. Observou-se que as formas
de cultivo em canteiros e vasos ficaram indiferentes estatisticamente às doses de biofertilizante, à
exceção do nível de aplicação 150%, que se portou diferente nos vasos em relação aos canteiros
para esta variável.
83
Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 43. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante da análise aos 136 DAT na CVB sobre a taxa de crescimento absoluto das plantas.
6.2.2.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC)
Na análise de variância dos dados de IRC constante no Apêndice K, foi verificada
somente uma análise significativa, aos 184 DAT para os tratamentos com as formas de cultivo,
provavelmente em virtude dos mesmos fatores outrora mencionados para o ambiente B.
Na comparação das médias inclusas na Tabela 34, notou-se que nos canteiros os valores
de IRC se sustentaram acima dos observados para os vasos, porém só diferenciando
estatisticamente na análise aos 184 DAT. As médias gerais em algumas análises nas duas formas
de cultivo registraram valores abaixo da faixa nutricional recomendada de N correlacionado pelo
equipamento (<35,0), podendo ter ocasionado deficiência desse elemento nas plantas sem
sintomas aparentes, visto a reposição constante do composto orgânico no solo.
Tabela 34. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVB em função
dos diferentes estádios de desenvolvimento das plantas e tratamentos, Campinas – SP.
Causa de
variação
Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Índice Relativo de Clorofila (IRC)
Canteiros 25,25a 33,95a 38,98a 37,71a 34,14a 34,57a 35,62a 37,17a 40,06a
Vasos 25,99a 34,38a 38,30a 37,78a 32,71a 33,8a 34,6a 37,61a 37,65b
Médias 25,62 34,17 38,64 37,75 33,43 34,19 35,11 37,39 38,86
CV Médio (%) 6,77 4,27 7,54 5,33 7,58 8,13 7,06 7,77 8,26 Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05); Estádio I:
Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
84
6.2.2.3 Avaliação dos dados de produção
A Tabela 35 contém a análise de variância em que foi observada significância estatística
ao nível de 5% de probabilidade somente sobre a variável massa média dos frutos para as
diferentes formas de cultivo.
Tabela 35. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVB em função dos
diferentes tratamentos, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
PT
(kg m-2
)
PC
(kg m-2
)
Frutos
planta-1
Massa
média dos
frutos (g)
Frutos
racimo-1
Massa seca
total (g)
F. cultivo (A) 1 1,09ns 0,988ns 380,88ns 1,559* 0,012ns 30760,08ns
D. biofertilizante (B) 4 0,106ns 0,096ns 206,20ns 0,074ns 0,366ns 360,63ns
(A x B) 4 0,068ns 0,061ns 73,21ns 0,103ns 0,065ns 4613,02ns
Resíduos A 8 0,89 0,815 1387,26 0,220 0,845 7680,38
Resíduos B 32 0,32 0,296 687,45 0,145 0,540 5133,08
CV (%) a 22,25 21,22 16,82 5,44 17,92 17,46
b 13,02 12,8 11,84 4,41 14,26 14,27 CV: coeficiente de variação; F: formas; D: doses; GL: grau de liberdade; PT: produtividade total; PC: produtividade comercial; *
Significativo ao nível de 5% de probabilidade (p <0,05) pelo teste F; (ns) não significativo.
Na comparação das médias (Tabela 36), observou-se que a forma de cultivo em
canteiros apresentou média sempre acima das registradas para os vasos, entretanto,
estatisticamente diferente somente para a variável massa média dos frutos.
Tabela 36. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVB em função dos diferentes
tratamentos, Campinas – SP.
Fonte de variação PT
(kg m-2
)
PC
(kg m-2
)
Frutos
planta-1
Massa
média dos
frutos (g)
Frutos
racimo-1
Massa seca
total (g)
Canteiros
0 4,73 4,51 225 9 5,35 529,98
50 4,78 4,55 230 8,9 5,17 542,12
100 4,64 4,42 227 8,74 5,24 535,67
150 4,38 4,17 215 8,7 4,98 531,99
200 4,55 4,33 223 8,71 5,13 494,14
Médias 4,61a 4,40 a 224 a 8,81 a 5,17 a 526,78 a
Vasos
0 4,47 4,25 227 8,42 5,55 453,17
50 4,29 4,09 217 8,49 5,23 465,59
100 4,21 4,01 218 8,27 5,04 473,21
150 4,29 4,08 213 8,64 4,88 473,98
200 4,34 4,14 219 8,47 5,01 519,9
Médias 4,32 a 4,11 a 219 a 8,46 b 5,14 a 477,17 a Médias seguidas da mesma letra na coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
85
6.2.2.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção
No Apêndice L encontram-se os resultados das análises de variância dos dados
qualitativos, nesta casa de vegetação, os quais mostraram significância estatística ao nível de 1%
de probabilidade para os tratamentos. Registrou-se alta influência estatística das formas de
cultivo sobre as variáveis: diâmetro longitudinal, massa média dos frutos, sólidos solúveis e
acidez titulável, e dos intervalos de colheitas sobre todas as variáveis, bem como a interação
desses fatores para todas as variáveis, exceto acidez titulável e diâmetro equatorial.
As doses de biofertilizante, ao contrário da CVA, foram significativas somente sobre o
pH dos frutos e interação com as formas de cultivo (TA) sobre as variáveis sólidos solúveis e pH.
A comparação das médias dos tratamentos com significância (Tabela 37) mostrou que as
variáveis tiveram comportamento semelhante aos resultados obtidos na CVA, apresentando para
a forma de cultivo em canteiros os melhores resultados gerais de padrões comercias (Diâmetro
longitudinal e equatorial e massa média dos frutos) e nos vasos os de padrões relacionados ao
teor de açúcar ou sabor (sólidos solúveis, pH e acidez titulável).
Tabela 37. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVB em função dos
diferentes tratamentos, Campinas – SP.
Fonte de variação
Diâmetro
Longitudinal
(mm)
Diâmetro
Equatorial
(mm)
Massa
média
(g)
Sólidos
solúveis
(oBrix)
pH
Acidez
titulável
(g/100g de
ácido cítrico)
Canteiros 28,357 a 21,433 a 9,183 a 5,400 b 4,192 a 0,425 a
Vasos 27,176 b 21,481 a 8,442 b 5,994 a 4,216 a 0,404 b
95 DAT 30, 811 a 21,443 a 10,812 a 4,515 b 4,103 c 0,405 b
110 DAT 26,076 c 21,311 b 8,559 b
135 DAT 25,758 c 20,444 c 7,435 c 6,366 a 4,208 b 0,440 a
180 DAT 27,921 b 20,411 c 8,646 b
208 DAT 28,268 b 21,676 b 8,613 b 6,210 a 4,302 a 0,399 b
Médias 27,761 21,169 8,813 5,69 4,21 0,414
CV (%) 6,08 5,15 10,67 8,19 2,00 10,74 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey
(p<0,05).
Seguindo a mesma tendência da casa de vegetação anterior, a qualidade da produção em
função dos intervalos de colheita revelou uma perda de qualidade dos frutos a partir da segunda
data de análise. Nas análises seguintes foi detectada uma ligeira queda inicialmente, atingindo um
86
ponto crítico até próximo ao meio do período de produção. A partir da análise aos 180 DAT até a
análise final, houve uma estabilização da qualidade, registrando um ligeiro aumento destas
variáveis. Este declínio na qualidade da produção comercial dos frutos pode referir-se a muitos
fatores, entretanto o fator nutricional, principalmente de nitrogênio, deve ter sido o mais
provável, visto que esta nutrição dependia da decomposição do composto orgânico adicionado ao
solo. As demais variáveis comportaram-se de forma inversa, ou seja, os frutos aumentaram os
sólidos solúveis ao longo do ciclo. Apesar desta oscilação de formato e massa, esta não
comprometeu a qualidade comercial dos frutos em massa, já que a massa média dos frutos
manteve-se dentro dos padrões comerciais para o grupo e cultivar em praticamente todas as
colheitas.
Assim, os resultados médios de 5,59 ºBrix encontrados neste ambiente de produção
comprovaram os observados por Ferrari (2013) em avaliação das características qualitativas em
sistema convencional de produção de minitomate cultivar TSV796 em ambiente protegido com
manejo de tela termorrefletora de 50% (movimentação manual), bem como aos resultados obtidos
por Mansour et al. (2014) de (5,50º Brix). No entanto, os valores de pH (4,20) foram
considerados ácidos em comparação aos valores definidos pelos autores de pH 6,50 em sistema
orgânico, próximo aos resultados descritos por Pieper e Barrett (2009), de 4,5 para o mesmo
sistema de produção.
Analisando as doses de biofertilizante que, ofereceram incrementos significativos por
regressão, definiu-se que a equação com modelo linear (Tabela 38) foi a que mais se ajustou aos
dados. A representação gráfica do modelo (Figura 44) mostrou uma tendência decrescente da
acidez, e coeficiente de correlação de 74,68% entre os tratamentos, mesmo com coeficiente de
determinação de 56%.
Tabela 38. Regressão polinomial da variável potencial hidrogeniônico (pH) estatisticamente
diferente na CVB, Campinas - SP.
Fonte de variação GL Quadrados Médios
Reg.linear 1 0,06483 **
Reg.quadra 1 0,02016 ns
Reg.cúbica 1 0,0023 ns
Reg.4ºgrau 1 0,02758 ns
Total 4 GL-resíduos = 120
GL: graus de liberdade; **Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F; (ns) não significativo.
87
Figura 44. Representação gráfica da equação de regressão dos tratamentos com as doses de
biofertilizante que apresentou incremento significativo sobre a variável pH na CVB.
As médias da interação das formas de cultivo versus as doses de biofertilizante sobre os
sólidos solúveis e pH dos frutos estão descritas na Figura 45, (a; b), respectivamente. Os sólidos
solúveis mostraram os melhores resultados em termos estatísticos para as plantas cultivadas nos
vasos, exceto para a dose de biofertilizante 100%. O valores registrados do pH seguiram mesma
tendência, com exceção das doses de biofertilizante aplicadas de 50% e 100%, que se
conservaram indiferentes entre as formas de cultivo. Os valores registrados no cultivo em vasos
para a dose 150% ficaram muito abaixo dos registrados nos canteiros.
Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 45. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante na CVB; (a) Sobre os sólidos solúveis (ºBrix); (b) Sobre o pH dos frutos.
(a) (b)
88
As médias da interação das formas de cultivo dentro dos intervalos de colheita e dos
intervalos de colheita dentro das formas de cultivo para o diâmetro longitudinal estão inseridas na
Tabela 39, do diâmetro equatorial na Tabela 40 e da massa média dos frutos na Tabela 41.
Observou-se que a comparação das médias para o diâmetro longitudinal e da massa média dos
frutos, tiveram comportamentos semelhantes estatisticamente, sendo os melhores resultados para
a forma de cultivo em canteiros nas duas primeiras análises (95 e 110 DAT) com posterior
redução e estabilização. O diâmetro equatorial se manifestou indiferente nos tratamentos com as
formas de cultivo, exceto para a análise aos 135 DAT, em que foram registrados os vasos
sobrepondo-se aos canteiros. Os intervalos de colheita continuaram os mesmos dos anteriores
para diâmetro longitudinal e massa média dos frutos.
Tabela 39. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.
Formas de
cultivo
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 110 135 180 208
Canteiros 32,08 aA 27,26 aB 25,80 aC 28,35 aB 28,27 aB 28,35
Vasos 29,54 bA 24,88 bC 25,71 aC 27,48 aB 28,26 aB 27,17
Médias 30,81 26,07 25,7583 27,915 28,265 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 40. Médias do diâmetro equatorial dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.
Formas de
cultivo
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 110 135 180 208
Canteiros 23,58 aA 21,55 aB 20,07 bC 20,44 aC 21,5 aB 21,43
Vasos 23,30 aA 21,06 aB 20,80 aC 20,37 aC 21,84 aB 21,47
Médias 23,44 21,305 20,435 20,405 21,67 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 41. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes
intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.
Formas de
cultivo
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 110 135 180 208
Canteiros 11,86 aA 8,89 aB 7,64 aC 8,94 aB 8,58 aB 9,18
Vasos 9,75 bA 8,22 bB 7,22 aC 8,35 aB 8,64 aB 8,44
Médias 10,805 8,555 7,43 8,645 8,61 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
89
Nas médias da interação dos mesmos fatores sobre as variáveis respectivas ao sabor
(sólidos solúveis e pH), inclusas nas Tabelas 42 e 43, respectivamente, foi possível avaliar, que a
qualidade da produção aumentou em função do tempo de colheita nas duas formas de cultivo.
Porém, as formas de cultivo em vasos se destacaram estatisticamente em relação aos canteiros,
principalmente nos extremos, o que pode ter sido influenciado pelo ambiente de produção,
associado à evapotranspiração da cultura nesta forma de cultivo (vasos), potencializando, assim, a
absorção do nutriente que está diretamente relacionado a esta qualidade (Potássio).
Tabela 42. Médias dos sólidos solúveis dos frutos (ºBrix) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.
Formas de cultivo Intervalos de colheita (DAT)
Médias 95 135 208
Canteiros 4,29 bC 6,24 aA 5,67 bB 5,40
Vasos 4,74 aB 6,49 aA 6,75 aA 5,99
Médias 4,515 6,365 6,21 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 43. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo
e diferentes intervalos de colheita na CVB, Campinas – SP.
Formas de cultivo Intervalos de colheita (DAT)
Médias 95 135 208
Canteiros 4,189 aB 4,124 bC 4,264 bA 4,19
Vasos 4,016 bB 4,291 aA 4,340 aA 4,22
Médias 4,10 4,21 4,30 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
6.2.3 Análises dos dados da casa de vegetação C
6.2.3.1 Avaliação dos dados de crescimento das plantas
Nos Apêndices M e N, constam os resultados das análises de variância dos dados de
crescimento das plantas de acordo com os estádios de desenvolvimento. Com relação à CVB,
houve diferença significativa para os tratamentos com as formas de cultivo sobre a variável altura
de plantas, mas com maior número de análises que geraram significância em pelo menos 5% de
probabilidade. Além disso, detectou-se um alto número de análises significativas para os
tratamentos com as doses de biofertilizante, e duas interações, uma no estádio I aos 08 DAT e a
outra no III aos 136 DAT.
90
A TCAA mostrou influência estatística somente nas três primeiras análises (8, 29 e 48
DAT) e aos 156 DAT para os tratamentos com as formas de cultivo, não seguindo
necessariamente a mesma significância para a altura das plantas.
O diâmetro do caule e sua TCA comportaram-se de forma semelhante às demais casas
de vegetação, porém com influência significativa das doses de biofertilizante na segunda análise
aos 29 DAT e das formas de cultivo ao longo de todos os estádios de desenvolvimento das
plantas sobre a variável diâmetro da haste das plantas. Houve duas interações sobre a variável
TCAD, uma no estádio I aos 8 DAT e outra no III aos 113 DAT. O coeficiente de variação
manteve-se conforme verificado nas demais casas de vegetação para esta variável.
De forma geral, identificou-se um maior número de amostras significativas dos
tratamentos sobre as variáveis e estádios de desenvolvimento analisados nesta casa de vegetação
em relação às demais casas. Certamente, as condições micrometeorológicas observadas nesse
ambiente (CVC) proporcionaram maior sombreamento às plantas, favorecendo assim o seu
crescimento, bem como a ação das doses de biofertilizante.
Os resultados da comparação de médias para os tratamentos que, demonstraram
significância estatística são, incluídos na Tabela 44. As análises indicaram que a forma de cultivo
em vasos, apresentou inicialmente os maiores valores em termos estatísticos da altura das plantas,
no entanto, nas duas análises finais os valores de altura das plantas registrados nos canteiros
sobrepuseram-se aos dos vasos, alcançando crescimento total de 6,25 metros. Todavia, o
sombreamento ocasionado pela tela termorrefletora provocou um crescimento diferenciado na
altura das plantas em relação às demais casas de vegetação em todos os estádios de
desenvolvimento, possivelmente, em razão de um estiolamento das hastes das plantas provocado
pela maior taxa de sombra.
Tabela 44. Médias dos dados analisados de crescimento das plantas de tomateiro em função
estádios de desenvolvimento e tratamentos na CVC, Campinas – SP.
Causa de
variação
Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Altura das plantas (cm)
Canteiros 11,47b 51,56b 113,20a 175,92b 291,00a 388,96a 452,76a 534,76a 625,72a
Vasos 13,13a 56,86a 116,04a 186,94a 293,92a 386,48a 452,12a 519,68b 602,92b
CV Médio (%) 12,97 8,14 6,445 4,92 4,005 4,96 4,585 4,445 5,275
91
(Continuação)
Causa de
variação
Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)
Canteiros 1,90b 3,24a 3,13b 5,75a 3,91a 2,77a 3,56a 3,79a
Vasos 2,08a 3,11b 3,54a 5,35a 3,70a 2,85a 2,93b 3,47a
CV Médio (%) 11,405 8,205 9,315 11,41 17,365 21,8 23,72 25,97
Diâmetro do Caule (mm)
Canteiros 3,23b 9,45a 11,26a 12,28a 13,07a 13,65a 14,23a 14,85a 15,82a
Vasos 3,91a 8,71b 10,13b 10,57b 11,19b 11,73b 12,22b 12,76b 13,38b
CV Médio (%) 15 9,28 7,14 5,58 6,685 6,775 6,695 6,985 9,335
Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)
Canteiros 0,296a 0,086a 0,048a 0,037a 0,027a 0,027a 0,029a 0,046a
Vasos 0,228b 0,067a 0,021b 0,029a 0,026a 0,023a 0,026a 0,029a
CV Médio (%) 19,4 47,08 67,365 75,21 70,555 51,08 65,23 100,2 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de
Tukey (p<0,05).
Os resultados obtidos nesta pesquisa, confirmaram os encontrados por Seleguini et al.
(2006), em avaliação do espaçamento entre plantas de tomateiro em ambiente protegido. Os
autores notaram que quanto menor o espaçamento maior a altura das plantas, atribuindo o
sombreamento e a competição interplantas como causas, do crescimento.
A taxa máxima de crescimento em todas as casas de vegetação ocorreu em torno de 88
DAT, coincidindo com o período mais frio registrado nos ambientes, o que se infere que o clima
potencializou de forma direta (condições micrometeorológica adequada a cultura) e indireta
(condições micrometeorológica adequada a microflora do solo) para esse crescimento. Os
resultados estão próximos aos verificados por Ar Lopes et al. (2011), que detectaram taxa
máxima de crescimento absoluto por volta de 70 DAT para a cultura do tomateiro tipo saladete,
de crescimento determinado sob diferentes tipos de cobertura de solo em produção convencional.
Analisando as avaliações significativas para os tratamentos com as doses de
biofertilizante, os resultados comprovaram que a equação de regressão com modelo linear melhor
se ajustou estatisticamente aos dados de todas as análises (Tabela 45), exceto a análise aos 113
DAT. Na representação gráfica do modelo detalhado na Figura 46, verificou-se que a altura das
plantas apontou aumentos positivos ao longo de todas as análises e doses. Os resultados
92
corroboraram aos obtidos por Medeiros et al. (2011), utilizando água salina com biofertilizante
comum enriquecido na cultura do minitomate.
Tabela 45. Regressão polinomial das análises (88, 113, 136, 159 e 184 DAT) estatisticamente
diferentes sobre a altura das plantas analisadas na CVC, Campinas - SP.
Fonte de
variação GL
Quadrados Médios
88 DAT 113 DAT 136 DAT 159 DAT 184 DAT
Reg.linear 1 864,36** 1176,49ns 2787,48** 6099,61** 6625,96*
Reg.quadra 1 140,00ns 234,000ns 749,82ns 342,57ns 713,25ns
Reg.cúbica 1 5,29ns 835,21ns 0,16* 127,69ns 33,64ns
Reg.4ºgrau 1 686,07* 2307,77** 1349ns 1489,20ns 4012,82*
Total 4 GL-resíduo=32
GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste
F; (ns) não significativo.
Figura 46. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante
das análises (88, 113, 136, 159 e 184 DAT) estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável
altura de plantas.
A regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante para a análise aos 29 DAT
sobre a variável diâmetro da haste das plantas (Tabela 46) indicou que o modelo linear ajustou-se
melhor aos dados, apresentando coeficiente de determinação (R2) de 0,456. Na representação
gráfica do modelo (Figura 47), as doses aplicadas nos dois extremos e do meio (0%, 100% e
200%) mostraram os maiores aumentos, com destaque para o tratamento testemunha (0%).
93
Tabela 46. Regressão polinomial da análise aos 29 DAT estatisticamente diferente sobre o
diâmetro da haste das plantas analisadas na CVC, Campinas - SP.
Fonte de variação GL Quadrados Médios
Reg.linear 1 0,03 ns
Reg.quadra 1 1,58 *
Reg.cúbica 1 0,03 ns
Reg.4ºgrau 1 1,93 *
Total 4 GL-resíduo=32
GL: graus de liberdade; * Significativo ao nível de 5% de probabilidade (p <0,05) pelo teste F; (ns) não significativo.
Figura 47. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da
análise aos 29 DAT estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável diâmetro da haste.
A comparação das médias da interação dos fatores formas de cultivo (Fc) versus as
doses de biofertilizante (Db) sobre a variável altura das plantas aos 8 e 136 DAT (Figura 48, a; b)
confirmaram que inicialmente na análise aos 08 DAT os vasos apresentaram os maiores
incrementos na altura em função das doses de biofertilizante, sendo estatisticamente diferente em
relação aos canteiros somente nas duas primeiras doses (0 e 50%). Na análise aos 136 DAT,
houve uma tendência de estabilização de crescimento das plantas nos vasos e canteiros em função
das doses de aplicação de biofertilizante, sendo identificado incremento estatístico somente para
o tratamento sem aplicação de biofertilizante (0%) para a forma de cultivo em canteiros.
94
Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 48. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante sobre a variável altura das plantas analisada na CVC; (a) 08 DAT; (b) e 136 DAT.
As médias da interação dos fatores Fc x Db sobre a variável diâmetro da haste das
plantas nas análises aos 8 e 29 e 48 DAT (Figura 49, a; b; c) mostraram que inicialmente na
análise aos 08 DAT, os vasos apontaram os maiores valores diferentes estatisticamente, aos
verificados nos canteiros em função das doses de biofertilizante, exceto para a dose de aplicação
150%. Nas demais análises (29 e 48 DAT), os valores do diâmetro da haste das plantas
registrados nos canteiros, sobrepuseram aos observados na forma de cultivo em vasos,
independentes das doses de biofertilizante, à,exceção das doses de aplicação intermediárias (50,
100 e 150%) na análise aos 29 DAT.
Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 49. Médias da interação dos fatores formas de cultivo versus as doses de biofertilizante
sobre a variável diâmetro da haste ou colo das plantas analisada na CVC; (a) 08 DAT; (b) 29
DAT; (c) 48 DAT.
(a) (b)
(a) (b) (c)
95
As médias da interação desses fatores (Fc x Db) sobre a TCAD mostraram inicialmente
na análise aos 08 DAT (Figura 50, a) os canteiros com os melhores resultados em termos
estatísticos para todas as doses aplicadas de biofertilizante, à exceção, da dose 150%. A análise
subsequente aos 113 DAT (Figura 50, b) , registrou uma tendência decrescente de crescimento da
TCAD nas duas formas de cultivo ao longo das doses de biofertilizante, e a dose recomendada
pelo fabricante atingiu um incremento diferenciado em relação às demais doses nos vasos.
Contudo, ressalta-se o alto coeficiente de variação destas variáveis, a partir da segunda análise
(29 DAT), provocado pela discrepância entre os dados observados e as doses de biofertilizante
aplicadas.
Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 50. Médias da interação dos fatores formas de cultivo em função das doses de
biofertilizante sobre a variável taxa média de crescimento absoluto do diâmetro analisado na
CVC; (a) aos 08 DAT; (b) aos 113 DAT.
Anjos Soares et al. (2011), em pesquisas da TCAA e TCAD em diferentes fases de
desenvolvimento (FD) e lâmina de irrigação (L) na cultura do tomateiro de crescimento
determinado em ambiente protegido, não verificaram diferença estatística para a TCAA; somente
para a variável TCAD. No entanto, os autores, afirmam que a interação dos fatores sobre esta
variável, ajusta-se melhor ao modelo quadrático.
Apesar dos incrementos significativos sobre altura e diâmetro da haste das plantas
destacados nesta pesquisa nos diferentes tratamentos, os resultados discordam dos alcançados por
Gomes et al. (2011), ao avaliarem essas variáveis (altura e diâmetro da haste) em tomateiro cereja
em sistema hidropônico com rejeitos de dessalinização em ambiente protegido nas condições de
Mossoró-RN. Os autores não identificaram efeito significativo dos tratamentos sobre as variáveis,
(a) (b)
96
o que pode ser justificado pelo sistema de produção, tratamentos e reduzido período de análises
(até 42 DAT).
6.2.3.2 Avaliação do índice relativo de clorofila (IRC)
Assim como nos ambientes de produção anteriores, ocorreu somente uma análise
significativa aos 136 DAT (Apêndice O) tanto para as formas de cultivo quanto para as doses de
aplicação do biofertilizante.
Na comparação das médias (Tabela 47), notou-se que nos vasos os valores de IRC
permaneceram acima dos verificados para os canteiros até a análise aos 68 DAT. A partir desta
análise, os valores registrados nos canteiros sobrepuseram-se aos vasos, só diferenciando
estatisticamente na análise aos 136 DAT. As médias em algumas análises nas duas formas de
cultivo mostraram valores abaixo da faixa nutricional recomendada de N correlacionado pelo
equipamento SPAD (<35,0), podendo ter ocasionado deficiência desse elemento nas plantas sem
sintomas aparentes, haja vista a reposição constante do composto orgânico no solo.
Tabela 47. Médias da variável índice relativo de clorofila (IRC) analisada na CVC em função
dos estádios de desenvolvimento das plantas e diferentes tratamentos, Campinas – SP.
Causa de
variação
Estádio I (DAP) Estádio II (DAP) Estádio III (DAP)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Índice Relativo de Clorofila (IRC)
Canteiros 26,63a 33,96a 38,74a 38,04a 32,61a 34,17a 36,68a 37,31a 39,05a
Vasos 28,21a 34,07a 39,64a 39,62a 31,92a 33,48a 33,04b 35,9a 37,55a
Médias 27,42 34,02 39,19 38,83 32,27 33,83 34,86 36,61 38,30
CV Médio (%) 9,26 4,47 8,20 6,69 9,55 8,31 8,98 8,76 6,35 Médias seguidas da mesma letra e mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05); Estádio I:
Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
A análise de regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante na análise aos
136 DAT sobre o IRC das folhas das plantas (Tabela 48) admitiu que o modelo linear melhor se
ajustou aos dados, com coeficiente de determinação (R2) de 59,60% e de correlação entre os
tratamentos de 77,24%. A representação gráfica do modelo (Figura 51) indicou uma tendência
crescente de crescimento do índice relativo de clorofila ao longo das doses de aplicação de
biofertilizante.
97
Tabela 48. Regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente sobre o
índice relativo de clorofila analisado na CVC, Campinas - SP.
Fonte de variação GL Quadrados Médios
Reg.linear 1 79,39 *
Reg.quadra 1 2,89 ns
Reg.cúbica 1 50,13 ns
Reg.4ºgrau 1 0,67 ns
Total 4 GL-resíduo=32
GL: graus de liberdade; * Significativo ao nível de 5% de probabilidade (p <0,05) pelo teste F; (ns) não significativo.
Figura 51. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da
análise aos 136 DAT estatisticamente diferente na CVC, sobre a variável Índice relativo de
clorofila.
6.2.3.3 Avaliação dos dados produtivos
A análise de variância contida na Tabela 49 significância estatística ao nível de 5% e 1%
de probabilidade sobre as variáveis; massa média dos frutos e massa seca total, respectivamente,
somente para os tratamentos com as formas de cultivo, ficando as demais variáveis indiferentes
aos demais tratamentos.
Tabela 49. Análise de variância dos dados de produção analisados na CVC em função dos
diferentes tratamentos, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
PT
(kg m-2
)
PC
(kg m-2
)
Frutos
planta-1
Massa
média dos
frutos (g)
Frutos
racimo-1
Massa seca
total (g)
F. cultivo (A) 1 4,010ns 3,389ns 2145,94ns 4,133* 0,654ns 136357,80**
D. biofertilizante (B) 4 0,300ns 0,318ns 736,71ns 0,137ns 0,185ns 3527,28ns
98
(continuação)
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
PT
(kg m-2
)
PC
(kg m-2
)
Frutos
planta-1
Massa
média dos
frutos (g)
Frutos
racimo-1
Massa seca
total (g)
(A x B) 4 0,128ns 0,100ns 304,16ns 0,123ns 0,136ns 676,82ns
Resíduos A 8 2,173 1,979 3210,00 0,462 1,164 11642,54
Resíduos B 32 0,361 0,31 647,64 0,121 0,396 1456,99
CV (%) a 38,21 38,19 27,44 8,52 22,76 25,25
b 15,59 15,13 12,32 4,37 13,27 8,93 F: formas; D: doses; GL: grau de liberdade; PT: produtividade total; PC: produtividade comercial; **, * Significativo ao nível de
1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não significativo.
Na comparação das médias (Tabela 50), foi visto que a forma de cultivo em canteiros
destacou-se pela média sempre acima das registradas para a forma de cultivo em vasos, no
entanto, expressou significância estatística somente para as variáveis massa média dos frutos e
massa seca da parte aérea total. Os canteiros proporcionaram um incremento na massa seca da
parte aérea total de 104,45g, mas esse incremento não se converteu em aumento de produção,
estabelecendo, dessa forma, uma planta apenas com alto vigor vegetativo, certamente em virtude
do sombreamento proporcionado pela tela termorrefletora sem movimentação.
Tabela 50. Médias dos diferentes dados produtivos analisados na CVC em função dos diferentes
tratamentos, Campinas – SP.
Fonte de variação PT
(kg m-2
)
PC
(kg m-2
)
Frutos
planta-1
Massa
média dos
frutos (g)
Frutos
racimo-1
Massa seca
total (g)
Canteiros
0 4,31 4,1 219 8,39 4,99 503,52
50 3,97 3,78 211 8,02 4,84 458,38
100 4,28 4,07 226 8,07 5,12 467,45
150 3,76 3,58 193 8,34 4,57 460,97
200 4,40 4,19 216 8,52 4,77 507,46
Médias 4,14 a 3,95 a 213 a 8,27 a 4,86a 479,56 a
Vasos
0 3,71 3,53 206 7,74 4,84 372,22
50 3,60 3,43 198 7,79 4,67 360,87
100 3,45 3,29 196 7,57 4,48 379,73
150 3,45 3,29 192 7,7 4,52 361,9
200 3,66 3,58 203 7,69 4,62 400,85
Médias 3,75 a 3,43 a 199 a 7,70 b 4,63a 375,11 b PT: produtividade total; PC: produtividade comercial: Médias seguidas da mesma letra na coluna não se diferem estatisticamente
pelo teste de Tukey (p<0,05).
99
6.2.3.4 Avaliação dos dados qualitativos da produção
As análises de variância dos dados qualitativos constam do Apêndice P. Os resultados
especificaram alta significância estatística para os tratamentos com as formas de cultivo sobre
todas as variáveis analisadas, com exceção apenas da acidez titulável e dos intervalos de colheita
sobre todas as variáveis analisadas. As doses de biofertilizante mantiveram-se indiferentes
estatisticamente às variáveis. Houve interação dos fatores formas de cultivo (TA) com os
intervalos de colheita (TC) para todas as variáveis, menos o diâmetro equatorial e a acidez
titulável.
A Tabela 51 mostra a comparação das médias dos tratamentos com significância, cujos
resultados se comportaram semelhantes às demais casas de vegetação, com os canteiros
oferecendo os melhores resultados para os padrões comerciais dos frutos (massa média dos
frutos, diâmetro longitudinal e equatorial), e os vasos os melhores resultados ao sabor (ºBrix e
pH).
Tabela 51. Médias dos dados qualitativos da produção analisados na CVC em função dos
diferentes tratamentos, Campinas – SP.
Tratamentos
Diâmetro
Longitudinal
(mm)
Diâmetro
Equatorial
(mm)
Massa
média (g)
Sólidos
solúveis
(oBrix)
pH
Acidez
titulável
(g/100g de
ácido cítrico)
Canteiros 28,324 a 21,957 a 8,951 a 5,746 b 4,296 b 0,403 a
Vasos 26,842 b 21,436 b 7,704 b 6,400 a 4,367 a 0,409 a
95 DAT 30,545 a 23,517 a 10,285 a 4,975 c 3,932 c 0,424 a
110 DAT 28,666 b 23,300 a 8,820 b
135 DAT 25,778 d 20,903 b 7,254 c 5,985 b 4,410 b 0,416 a
180 DAT 26,811 c 20,145 c 7,721 c
208 DAT 26,117 cd 20,592 bc 7,558 c 7,260 a 4,653 a 0,381 b
Médias 27,578 21,6880 8,3270 6,070 4,330 0,403
CV (%) 5,75 4,78 13,77 7,19 2,35 9,44 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
A comparação das médias da interação das formas de cultivo dentro dos intervalos de
colheita (Fc/Ic) e dos intervalos de colheita dentro das formas de cultivo (Ic/Fc) para a variável
diâmetro longitudinal encontra-se na Tabela 52, e da variável massa média dos frutos na Tabela
53. Os dados indicam que as duas variáveis se comportaram de forma semelhante, apresentando
os melhores resultados em termos estatísticos para a forma de cultivo em canteiros ao longo dos
100
intervalos de colheitas. Todavia, as duas variáveis diminuíram ao longo dos intervalos de
colheita.
Tabela 52. Médias do diâmetro longitudinal dos frutos (mm) em função das formas de cultivo e
diferentes intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP.
Formas de
cultivo
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 110 135 180 208
Canteiros 31,76 aA 29,74 aB 25,91 aD 27,60 aC 26,59 aD 28,32
Vasos 29,32 bA 27,59 bB 25,64 aC 26,01 bC 25,64 bC 26,84
Médias 30,54 28,665 25,775 26,805 26,115 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 53. Médias da massa média dos frutos (g) em função das formas de cultivo e diferentes
intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP.
Formas de
cultivo
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 110 135 180 208
Canteiros 11,76 aA 9,54 aB 7,44 aC 8,17 aC 7,84 aC 8,91
Vasos 8,80 bA 8,10 bAB 7,06 aC 7,27 bBC 7,27 aBC 7,70
Médias 10,18 8,82 7,25 7,72 7,555 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Quanto às variáveis relativas ao sabor, as médias desta mesma interação ((Fc/Ic) e
(Ic/Fc)) para a variável sólidos solúveis (Tabela 54) e pH (Tabela 55) mostraram tendências
semelhantes, porém, ao contrário das variáveis relacionadas à qualidade comercial, houve uma
melhoria desses atributos (sólidos solúveis e pH) em função do tempo de colheita nas duas
formas de cultivo, em especial para a forma de cultivo em vasos.
Tabela 54. Médias dos sólidos solúveis (ºBrix) em função das formas de cultivo e diferentes
intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP.
Formas de cultivo
(DAT)
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 135 208
Canteiros 4,61 bC 5,59 bB 6,84 bA 5,68
Vasos 5,34 aC 6,18 aB 7,68 aA 6,40
Médias 4,975 5,885 7,26
Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
101
Tabela 55. Médias do potencial hidrogeniônico dos frutos (pH) em função das formas de cultivo
e diferentes intervalos de colheita na CVC, Campinas – SP.
Formas de cultivo
(DAT)
Intervalos de colheita (DAT) Médias
95 135 208
Canteiros 3,86 bC 4,41 aB 4,61 bA 4,29
Vasos 4,00 aC 4,40 aB 4,69 aA 4,30
Médias 3,93 4,405 4,55
Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
6.3 ANÁLISE CONJUNTA DOS DADOS
6.3.1 Dados de crescimento das plantas
Nos Apêndices Q e R visualizam-se as análises de variância referentes às avaliações do
crescimento das plantas ao longo da produção da cultura em função dos estádios de
desenvolvimento e diferentes tratamentos. As análises mostraram que houve influência estatística
dos tratamentos (ambientes e formas de cultivo) sobre as variáveis altura e diâmetro da haste das
plantas ao longo dos estádios fenológicos pesquisados. Os tratamentos com as doses de
biofertilizante não apontaram diferença estatística sobre as variáveis analisadas.
A TCAA mostrou influência estatística nas análises aos 29, 68, 88, 113 e 184 DAT para
os tratamentos com os ambientes. Os tratamentos com as formas de cultivo foram semelhantes
até o final do estádio vegetativo II, e, a partir de então, indicou significância apenas para as
análises aos 136 e 159 DAT. Houve interações dos fatores ambientes (TA) versus as formas de
cultivo (TB) aos 29, 68 e 159 DAT e dos fatores TB x doses de biofertilizante (TC) na análise aos
136 DAT.
A variável diâmetro da haste das plantas mostrou-se altamente significativa para os
tratamentos com os ambientes e formas de cultivo, registrando também interação dos fatores
ambientes (TA) versus as formas de cultivo (TB) aos 8 e 29 DAT e dos fatores TB x doses de
biofertilizante (TC) na análise aos 8 DAT. Sua TCA apresentou somente uma análise
estatisticamente diferente das demais aos 48 DAT para os tratamentos com os ambientes,
enquanto para as forma de cultivo nas análises 8, 29 e 48 DAT.
Conforme observado nas análises individuais dos ambientes de produção, a variável
TCAD mostrou alto coeficiente de variação, provavelmente relacionado a erros ao manusear o
102
equipamento de medição, visto a dificuldade de ser utilizado sempre na mesma posição, altura,
ângulo etc., no momento da coleta de dados.
Na comparação das médias inclusas nas Tabelas 56 e 57, foi possível observar que, até a
análise aos 68 DAT, as plantas apresentaram maior crescimento em altura e taxa de crescimento
absoluto na casa de vegetação A, na forma de cultivo em vaso. Depois, até o final das análises, a
casa de vegetação C sobrepôs-se às demais casas, que se comportaram indiferentes entre si (A e
B), bem como para as formas de cultivo. Este incremento no crescimento das plantas pode ser
relativo ao maior grau de sombreamento provocado pela tela termorrefletora fixa em comparação
às demais casas, principalmente nesse estádio de desenvolvimento, que coincidiu com o período
de elevação das variáveis micrometeorológicas (temperatura e umidade relativa do ar).
Tabela 56. Médias dos dados de crescimento (altura e sua taxa de crescimento absoluto) das
plantas de tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas – SP.
Causa de
variação
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Altura das plantas (cm)
Casa A 13,70 a 61,29 a 118,92 a 194,29 a 288,38 a 372,80 b 439,94 b 510,08 b 599,06 b
Casa B 12,56 b 55,25 b 113,14 b 174,98 c 285,22 a 373,54 b 439,24 b 509,98 b 605,94 ab
Casa C 12,30 b 54,21 b 114,62 b 181,43 b 292,46 a 387,72 a 452,44 a 527,22 a 614,32 a
Canteiros 12,23 b 54,46 b 114,08 b 177,96 b 288,22 a 379,52 a 443,32 a 518,36 a 610,04 a
Vasos 13,47 a 59,37 a 117,04 a 189,16 a 289,14 a 376,52 a 444,42 a 513,16 a 602,84 a
CV (%) 10,8 7,87 6,78 5,99 5,43 5,21 4,94 5,18 5
Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)
Casa A 2,266 a 3,033 a 3,76 a 4,72 b 3,376 b 2,919 a 3,049 a 3,707 ab
Casa B 2,032 b 3,046 a 3,09 c 5,51 a 3,58 ab 2,856 a 3,084 a 3,998 a
Casa C 1,99 b 3,179 a 3,34 b 5,55 a 3,810 a 2,813 a 3,251 a 3,629 b
Canteiros 2,010 b 3,137 a 3,19 b 5,52 a 3,651 a 2,774 b 3,262 a 3,820 a
Vasos 2,185 a 3,035 a 3,60 a 4,99 b 3,526 a 2,952 a 2,994 b 3,736 a
CV (%) 10,41 11,26 13,95 14,83 17,56 16,54 21,76 20,75 Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 57. Médias dos dados de crescimento (diâmetro e sua taxa de crescimento absoluto) das
plantas de tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas – SP.
Causa de
variação
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Diâmetro do Caule (mm)
Casa A 3,85 a 9,235 a 11,202 a 11,92 a 12,65 a 13,207 a 13,741 a 14,404 a 15,163 ab
Casa B 3,49 b 9,031 a 11,092 a 11,96 a 12,76 a 13,429 a 14,024 a 14,637 a 15,415 a
Casa C 3,57 b 9,083 a 10,698 b 11,42 b 12,13 b 12,694 b 13,225 b 13,812 b 14,604 b
103
(Continuação)
Causa de
variação
Estádio I (DAP) Estádio II (DAT) Estádio II (DAT)
8 68 68 68 88 113 136 159 184
Canteiros 3,38 b 9,33 a 11,646 a 12,60 a 13,39 a 13,976 a 14,484 a 15,140 a 16,043 a
Vasos 3,89 a 8,89 b 10,349 b 10,94 b 11,64 b 12,244 b 12,843 b 13,428 b 14,078 b
CV (%) 13,99 7,53 6,64 6,02 7,14 7,57 7,46 7,62 8,88
Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)
Casa A 0,256 a 0,094 a 0,034 a 0,034 a 0,026 a 0,025 a 0,031 a 0,036 a
Casa B 0,263 a 0,098 a 0,041 a 0,038 a 0,031 a 0,028 a 0,029 a 0,037 a
Casa C 0,262 a 0,076 b 0,034 a 0,033 a 0,026 a 0,025 a 0,027 a 0,037 a
Canteiros 0,283 a 0,109 a 0,045 a 0,037 a 0,027 a 0,024 a 0,031 a 0,043 a
Vasos 0,237 b 0,069 b 0,028 b 0,033 a 0,028 a 0,028 a 0,027 a 0,030 b
CV (%) 15,55 41,23 78,16 87,78 84,23 60,31 78,32 88,02 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de
Tukey (p<0,05).
Associados ao maior crescimento das plantas na CVC ao longo da produção registraram-
se os menores valores em termos estatísticos para o diâmetro da haste das plantas, tendo como
destaque a forma de cultivo em vasos. As casas A e B apontaram tendências semelhantes
estatisticamente. A TCAD mostrou semelhanças entre os dados avaliados nas casas A e B, no
entanto, os dados registrados para a forma de cultivo em canteiros sobrepuseram-se aos vasos.
De forma geral, as plantas atingiram maior crescimento e menor diâmetro do caule ou
haste na CVC, entretanto, a taxa de crescimento absoluto variou bastante ao longo das análises,
com pico de crescimento em torno de 88 DAT, chegando a 5,55 cm dia-1
. Apesar desse pico, as
plantas mantiveram taxa média de crescimento acima de 3,00 cm dia-1
, o que é considerado alto,
por tratar-se de um sistema produtivo orgânico e ao verificado por Anjos Soares et al. (2011) de
0,80 cm dia-1
na fase vegetativa para cultura em sistema de produção convencional em ambiente
protegido.
A regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante sobre a variável taxa de
crescimento absoluto da altura das plantas na análise aos 136 DAT (Tabela 58), que apresentou
incremento significativo, mostrou que o modelo cúbico ajustou-se melhor aos dados, tendo
coeficiente de determinação (R2) de 94,26%. Na representação gráfica do modelo (Figura 52),
verificou-se que a dose aplicada de 150% gerou o maior pico de crescimento, com posterior
decréscimo para a dose de 200%.
104
Tabela 58. Análise de regressão polinomial da análise aos 136 DAT estatisticamente diferente,
sobre a variável TCAA em análise conjunta, Campinas – SP.
Fonte de variação GL Quadrados Médios
Reg.linear 1 0,459 ns
Reg.quadra 1 0,043 ns
Reg.cúbica 1 1,770**
Reg.4ºgrau 1 0,138 ns
Total 4 GL-resíduo=120
GL: graus de liberdade; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F; (ns) não
significativo.
Figura 52. Representação gráfica da regressão dos tratamentos com as doses de biofertilizante da
análise aos 136 DAT estatisticamente diferente, sobre a variável TCAA em análise conjunta.
As médias da interação dos fatores casas de vegetação dentro das formas de cultivo, e
das formas de cultivo dentro das casas de vegetação para a variável altura de plantas nas análises
aos 29 e 48 encontram-se nas Tabelas 59 e 60. Os resultados indicaram que a CVA apresentou os
melhores resultados com a forma de cultivo em canteiros entre as casas, porém, dentro do mesmo
ambiente, não se diferenciou estatisticamente dos vasos. Nos demais ambientes (B e C), apesar de
não serem díspares entre si, houve uma diferenciação estatística entre as formas de cultivo, com
destaque para os valores registrados para os vasos.
105
Tabela 59. Médias da altura das plantas (cm) nos ambientes de produção e diferentes formas de
cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas – SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 60,86 aA 61,72 aA 61,29
Casa B 50,96 bB 59,54 abA 55,25
Casa C 51,56 bB 56,86 bA 54,21
Médias 54,46 59,37 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 60. Médias da altura das plantas (cm) nos ambientes de produção e diferentes formas de
cultivo na análise aos 48 DAT em análise conjunta, Campinas – SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 119,72 aA 118,12 aA 118,92
Casa B 109,32 bB 116,96 aA 113,14
Casa C 113,20bA 116,04 aA 114,62
Médias 114,08 117,04 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Na comparação das médias da variável taxa de crescimento absoluto da altura das
plantas nas análises aos 29, 68 e 159 DAT, (Tabelas 61, 62 e 63), verificou-se que os dados
mostraram o mesmo desempenho em relação à altura das plantas. Aos 68, entretanto, os vasos se
comportaram de forma diferente dos canteiros na CVA e na análise aos 159 DAT as formas de
cultivo não se diferenciaram entre si nos ambientes de produção B e C.
Tabela 61. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos
ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta,
Campinas – SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 2,263 aA 2,268 aA 2,27
Casa B 1,859 bB 2,206 abA 2,03
Casa C 1,909 bB 2,082 bA 2,00
Médias 2,01 2,19 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
106
Tabela 62. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos
ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 68 DAT em análise conjunta,
Campinas – SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 3,55 aB 3,98 aA 3,77
Casa B 2,89 bB 3,29 bA 3,09
Casa C 3,13 bB 3,54 bA 3,34
Médias 3,19 3,60 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 63. Médias da taxa de crescimento absoluto da altura das plantas (TCAA) (cm) nos
ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 159 DAT em análise
conjunta, Campinas – SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 2,99 bA 3,10 aA 3,05
Casa B 3,22 abA 2,94 aA 3,08
Casa C 3,56 aA 2,93 aB 3,25
Médias 3,26 2,99 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
A forma de aplicação das doses de biofertilizante pode influir nos resultados, pois,
segundo estudos de Araújo et al. (2007), a associação de composto orgânico com a aplicação de
biofertilizante via foliar proporcionou melhor interação com a produção da cultura do pimentão,
vista a associação com aplicação via solo. Os autores asseguram que a aplicação de biofertilizante
via foliar atendeu às exigências nutricionais do pimentão, em função do fornecimento equilibrado
de macro e micronutrientes do solo.
Na comparação das médias da interação dos tratamentos formas de cultivo em função
das doses de biofertilizante na análise aos 136 DAT (Tabela 64), observou-se que somente a dose
150% se diferenciou estatisticamente da forma de cultivo em canteiros, porém não se
diferenciando ao longo das demais doses na mesma forma de cultivo.
107
Tabela 64. Médias da taxa de crescimento absoluto altura das plantas (TCAA) (cm) nas formas
de cultivo em função das doses de biofertilizante na análise aos 159 DAT em análise conjunta,
Campinas – SP.
Formas de
cultivo
Doses de biofertilizante (%) Médias
0 50 100 150 200
Canteiros 2,91 a 2,66 a 2,82 a 2,71 b 2,73 a 2,77
Vasos 2,83 a 2,71 a 2,75 a 3,43 a 3,01 a 2,95
Médias 2,87 2,69 2,79 3,07 2,87 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Assim como as variáveis anteriores (altura e TCAA), as médias da interação dos fatores
casas de vegetação em função das formas de cultivo sobre o diâmetro da haste e sua taxa de
crescimento absoluto (Tabelas 65; 66; 67), mostraram comportamento estatísticos semelhantes.
Inicialmente a CVA obteve os melhores resultados em relação às casas (B e C), todavia não se
diferindo entre as formas de cultivo. Ao longo das demais análises, as casas ficaram praticamente
indiferentes em termos estatísticos, no entanto, as formas de cultivo em canteiro apresentaram os
melhores resultados.
Tabela 65. Médias do diâmetro da haste das plantas (mm) nos ambientes de produção e
diferentes formas de cultivo na análise aos 8 DAT em análise conjunta, Campinas – SP.
.Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 3,78 aA 3,91 aA 3,85
Casa B 3,12 bB 3,85 aA 3,49
Casa C 3,23 bB 3,91 aA 3,57
Médias 3,38 3,89
Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 66. Médias do diâmetro da haste das plantas (mm) nos ambientes de produção e
diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas – SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 9,49 aA 8,97 aB 9,23
Casa B 9,06 aA 8,99 aA 9,03
Casa C 9,45 aA 8,71 aB 9,08
Médias 3,38 3,89 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
108
Tabela 67. Médias da taxa de crescimento absoluto do diâmetro da haste das plantas (TCAD)
(mm) nos ambientes de produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 48 DAT em
análise conjunta, Campinas - SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 0,114 aA 0,075 aB 0,09
Casa B 0,129 aA 0,067 aB 0,10
Casa C 0,086 bA 0,067 aA 0,08
Médias 0,11 0,07 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
6.3.2 Análises dos dados do índice relativo de clorofila (IRC)
Nos resultados das análises de variância constantes no Apêndice S, verificou-se que
houve uma variação significativa desta variável entre as casas de vegetação e formas de cultivo,
de acordo com os estádios de desenvolvimento das plantas. As doses de biofertilizante, por sua
vez, não apresentaram relevância estatística sobre as variáveis analisadas, o que pode ser
explicado pelo fato de os biofertilizantes não estarem relacionados à liberação direta de N como
fertilizante, mas apenas como melhorador das atividades microbiológicas do solo e ativador
enzimático do metabolismo vegetal (PRATES e MEDEIROS, 2001). Silva Alves et al. (2009),
avaliando o estado nutricional da cultura do pimentão com a aplicação via solo de diferentes tipos
de biofertilizantes, nas condições climáticas da Paraíba-PI, ressaltam que não houve efeito
significativo de nenhum dos tipos de biofertilizantes sobre a variável N (nitrogênio) registradas
nas folhas das plantas.
Deve-se enfatizar que, ao longo dos resultados, verificou-se um baixo coeficiente de
variação (CV) para todas as varáveis analisadas, o que revela boa precisão nos valores de
determinação do índice relativo de clorofila pelo equipamento (SPAD) para a cultura.
Na comparação das médias para os tratamentos com significância estatística (Tabela 68)
foi concluído, de forma geral, que a casa de vegetação A forneceu as melhores médias para a
forma de cultivo em canteiros, exceto para a análise aos 8 DAT. Os valores registrados nesse tipo
de cultivo (canteiros) ficaram acima de 35,00 unidades SPAD, dentro da variação (35,50 a 46,50)
obtida por Guimarães et al. (1999) para a cultura em sistema convencional, a qual os autores
concordam estar dentro da faixa nutricional recomendada de N para a cultura.
109
As demais casas de vegetação B e C praticamente não indicaram diferença estatística
significativa entre si, com exceção da primeira análise que mostrou a CVC estatisticamente igual
à CVA. Neste sentido, os resultados permitiram deduzir que a adubação com composto orgânico
proporcionou boa nutrição do elemento N para as plantas. De acordo com dados de Cavalcante et
al. (2012), em avaliação do estado nutricional da cultura do pinheiro sob adubação orgânica à
base de esterco bovino e cama de frango, independentemente da fonte de matéria orgânica
aplicada, o incremento das doses elevou os teores de nitrogênio, fósforo e potássio da matéria
seca foliar da cultura.
Tabela 68. Médias dos dados da variável índice relativo de clorofila das folhas das plantas de
tomateiro minitomate em análise conjunta, Campinas - SP.
Causa de
variação
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Índice relativo de clorofila
Casa A 27,92a 36,58a 37,59b 38,26a 35,02a 37,07a 36,24a 36,28a 36,57b
Casa B 25,62b 34,16b 39,14a 38,24a 33,42b 34,19b 35,11b 37,39a 38,86a
Casa C 27,42a 34,01b 39,19a 38,83a 32,26b 34,83b 34,86b 36,61a 38,30a
Canteiros 26,54b 35,27a 38,73a 38,27a 34,30a 35,15a 36,38a 36,85a 38,62a
Vasos 27,46a 34,56b 38,54a 38,62a 32,83b 34,91a 34,43b 36,67a 37,20b
CV (%) 7,09 4,7 8,07 5,65 8,25 9,71 8,35 8,11 7,17
CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de
Tukey (p<0,05).
Certamente, os resultados alcançados na CVA sobre esta variável estão ligados à
condição micrometeorológica controlada em função das condições edafoclimáticas da cultura, o
que de certa forma favoreceu a atividade microbiana do solo na composição do composto
orgânico, resultando numa maior taxa de liberação de N na forma absorvível pelas plantas.
As médias da interação dos ambientes de produção dentro das formas de cultivo, e das
formas de cultivo dentro dos ambientes de produção nas análises aos 29 e 68 DAT são
apresentadas nas Tabelas 69 e 70. A CVA se sobrepôs às outras casas (B e C) nas duas formas de
cultivo, com melhores resultados nos vasos. As casas de vegetação B e C não revelaram diferença
estatística entre si, nem entre as formas de cultivo, exceto para a análise aos 68 DAT, em que a
forma de cultivo em vasos se destacou em relação aos canteiros.
110
Tabela 69. Médias do índice relativo de clorofila (IRC) (unidades SPAD) nos ambientes de
produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 29 DAT em análise conjunta, Campinas -
SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 37,92 aA 35,24 aB 36,58
Casa B 33,95 bA 34,38 bA 34,17
Casa C 33,96 bA 34,07 bA 34,02
Médias 35,28 34,56 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 70. Médias do índice relativo de clorofila (IRC) (unidades SPAD) nos ambientes de
produção e diferentes formas de cultivo na análise aos 68 DAT em análise conjunta, Campinas -
SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 39,06 aA 37,46 bB 38,26
Casa B 37,71 aA 38,78 abA 38,25
Casa C 38,04 aB 39,62 aA 38,83
Médias 38,27 38,62 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
6.3.3 Análises dos dados de produção
No Apêndice T são destacados os resultados das análises de variância dos dados
produtivos analisados nesta pesquisa. Esses dados expressaram significância estatística ao nível
de 1% de probabilidade para todas as variáveis analisadas em função das diversas casas de
vegetação. Para os tratamentos com as formas de cultivo, estes geraram significância em pelo
menos 5% de probabilidade para as variáveis produtividade, massa de frutos e massa seca total.
Os demais tratamentos, bem como suas interações, não apontaram diferença significativa sobre as
variáveis analisadas.
Feita a comparação das médias dos tratamentos (Tabela 71), observou-se que a CVB obteve
os melhores resultados para todas as variáveis analisadas, não se diferenciando apenas da CVA
para a variável massa média dos frutos. A produtividade total e comercial e massa seca total não
se diferiram entre as casas de vegetação A e B. No entanto, houve diferenciação estatística para
as variáveis número de frutos por planta, racimo e massa média dos frutos. Essas variáveis são de
111
suma importância na quantificação da produção, tendo em vista sua dependência simultânea para
o aumento da produtividade, conforme Azevedo et al. (2010), em avaliação da produção orgânica
de minitomate.
Tabela 71. Média dos diferentes dados de produção nos ambientes de produção e formas de
cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.
Tratamentos PT
(kg m-2
)
PC
(kg m-2
)
Frutos
planta-1
Massa
média dos
frutos (g)
Frutos
Racimo
Massa
Seca Total
(g)
Casa de vegetação A 3,86 b 3,681 b 189,56 c 8,723 a 4,36 c 441,96 b
Casa de vegetação B 4,46 a 4,254 a 221,42 a 8,632 a 5,12 a 501,97 a
Casa de vegetação C 3,85 b 3,674 b 205,91 b 7,982 b 4,76 b 427,33 b
Canteiros 4,21 a 4,014 a 207,133 a 8,694 a 4,82 a 496,39 a
Vasos 3,91 a 3,726 b 204, 126 a 8,198 b 4,66 a 417,78 b
CV (%) 17,86 17,54 14,14 5,51 15,91 15,50 CV: coeficiente de variação; Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de
Tukey (p<0,05).
A forma de cultivo em canteiros registrou os melhores resultados de produção, exceto as
variáveis número de frutos por planta e racimo. Considerando o incremento da produtividade
comercial de 288 g obtida entre canteiros e vasos, massa média dos frutos e ainda massa seca
total da parte aérea, mesmo significativa para os canteiros, o cultivo em vasos pode apresentar
resultados econômicos relevantes ao produtor, em razão das vantagens no manejo fitossanitário,
adubação e irrigação.
De modo geral, a casa de vegetação B associada à produção em canteiros mostrou os
melhores incrementos de produção em todo o conjunto das variáveis analisadas. Assim, esta casa
apresentou média de produtividade comercial de 4,25 kg m-2
, frutos planta-1
(222), massa média
dos frutos (8,63 g) (referência da cultivar 10 g frutos-1
), frutos racimo-1
(5,12) e massa seca da
parte aérea total de 501,97 g planta-1
. O incremento produtivo em relação aos demais ambientes
(A e C) refere-se ao benefício micrometeorológico proporcionado pela movimentação da tela
termorrefletora ao longo do dia, reduzindo a carga de radiação incidente não utilizada pelas
plantas para a realização de fotossíntese e consequentes perdas de energia com respiração de
manutenção. Contudo, controlar o ambiente de produção em função das condições
edafoclimáticas para a cultura, aplicando tecnologias comumente utilizadas em outros países para
modificação micrometeorológica, nem sempre é a melhor opção, pois a cultura pode não
112
responder produtivamente à altura do esperado, que justifique os custos das tecnologias
aplicadas, gerando assim custos desnecessários.
Comparando-se os resultados desta pesquisa aos da literatura nacional e internacional,
estes mostraram grande relevância para o sistema de produção. Toledo et al. (2011), trabalhando
com a cultivar Chadwick Cherry sob manejo orgânico de produção a campo nas condições de
Minas Gerais, observaram uma média de 15 frutos racimo-1
e produtividade média comercial de
0,677 kg m-2
.
Azevedo et al. (2010), em avaliação da produtividade de minitomate em função do
espaçamento e sistema de condução em cultivo orgânico a campo, descreveram produtividade em
torno de 1,0 kg m-2
e 115 frutos planta-1
, valores muito abaixo ao encontrado neste estudo,
provavelmente em virtude do ambiente de cultivo e do número de dias do ciclo de produção.
Guilherme et al. (2014), trabalhando com esta mesma cultivar (Carolina) e sistema de produção,
obtiveram média de 64 frutos planta-1
e produtividade média total para diâmetro entre 25 a 30
mm em torno de 5,39 kg m2, no entanto os autores conferiram massa media dos frutos de 30,0 g,
cerca de 3,5 vezes maior ao verificado nesta pesquisa (8,50 g), certamente por tratar-se de
cultivar com características de produção diferente.
Dados produtivos de tomate longa vida em ambiente protegido com tela de
sombreamento de 50% nas laterais, destacados por Reis et al. (2013), em ciclo curto e manejo da
adubação convencional, mostraram produtividade de 4,92 kg m-2
, valor próximo ao encontrado
nesta pesquisa, porém baixo quando considerados a massa média do frutos (158,14 g) e o manejo
da adubação.
Leyva et al. (2013) observaram produtividade média de 1,10 kg m-2
(2,20 plantas m-2
) e
massa média de 11,85 g fruto-1
em avaliação dos efeitos do controle climático em casa de
vegetação com telas de sombreamento, sobre a produção de minitomate em sistema convencional
nas condições da Espanha. Os autores encontraram valores de produção abaixo dos obtidos nesta
pesquisa, considerando a média das três casas de vegetação (3,869 kg m-2
). O fato de a massa
média dos frutos apresentar um maior incremento (3,4 g) em relação ao descrito nesta pesquisa,
pode ter como fator a própria característica da cultivar utilizada. Já Gusmão et al. (2006), em
avaliação da produtividade de tomate tipo cereja híbrido cultivado em ambiente protegido,
relataram produtividade média de 6,52 kg m-2
e 264,33 frutos planta-1
em 60 dias de produção,
com 4 plantas por m-2
. Comparando os resultados obtidos aos encontrados desta pesquisa, os
113
mesmos são bem satisfatórios por tratar-se de sistema orgânico e cultivar comum (não híbrida),
além do menor número de plantas por m2.
6.3.4 Análises dos dados qualitativos
As análises de variância inclusas no Apêndice U, referentes aos dados médios para a
avaliação da qualidade de produção em função dos diferentes tratamentos, mostraram
significância estatística ao nível de 1% de probabilidade para todas as variáveis relacionadas ao
sabor (sólidos solúveis, pH e acidez titulável), além da massa média dos frutos em função dos
diferentes ambientes de produção.
Os tratamentos com as formas de cultivo tiveram significância em pelo menos 5% de
probabilidade para todas as variáveis, com exceção apenas da acidez titulável.
As doses de biofertilizante não apontaram diferença estatística sobre as variáveis
analisadas, bem como as interações que continham este tratamento, no entanto, a interação casas
vegetação versus formas de cultivo viabilizou incrementos diferentes sobre a variável diâmetro
equatorial, massa média dos frutos, pH e acidez titulável.
Na comparação das médias dos tratamentos (Tabela 72), notou-se que os ambientes de
produção se comportaram de forma diferente em cada variável analisada, ao passo que a massa
média dos frutos mostrou-se melhor na CVB, os sólidos solúveis na CVC, pH e acidez titulável
na CVA. Interposto aos resultados observados nos ambientes, a forma de cultivo em canteiros
alcançou os melhores resultados, à exceção do grau brix onde os vasos se sobrepuseram aos
canteiros, provavelmente em consequência da maior concentração de P2O5, ocasionado pela
relação de volume de solo.
Tabela 72. Média dos diferentes dados de qualidade nos ambientes de produção e formas de
cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.
Tratamentos
Diâmetro
longitudinal
(mm)
Diâmetro
equatorial
(mm)
Massa
média (g)
Sólidos
solúveis
(oBrix)
pH
Acidez
Titulável
(g/100g de
ácido cítrico)
Casa A 27,637 a 21,687 a 8,318 b 5,762 b 4,571 a 0,447 a
Casa B 27,767 a 21,475 a 8,813 a 5,697 b 4,204 c 0,414 b
Casa C 27,583 a 21,691 a 8,327b 6,073 a 4,332 b 0,407 b
Canteiros 28,272 a 21,705 a 8,901 a 5,514 b 4,452 a 0,426 a
Vasos 27,052 b 21,518 b 8,071 b 6,174 a 4,286 b 0,420 a Médias seguidas da mesma letra na mesma coluna não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05).
114
De forma geral, os frutos atingiram o padrão comercial para o grupo e cultivar, ficando
com diâmetro longitudinal médio em torno de 27,66 mm e equatorial de 21,61 mm e massa
média de 8,48 g. Tais resultados são próximos aos verificados por Holcman (2009) em avaliação
dessas características sob cultivo protegido, com a cultivar Sweet Grape de frutos oblongos, e aos
encontrados por Azevedo et al. (2010), em avaliação da produção orgânica de cultivares do grupo
cereja, cultivar Perinha.
O teor médio de sólidos solúveis de 5,84 ºBrix foi inferior aos registrados por Holcman
(2009), que obtiveram valores entre 9,7 e 8,7 ºBrix para as cultivares Sweet Grape e Sweet
Million, respectivamente, sendo provável que esses resultados possam estar relacionados às
características da cultivar e do sistema de cultivo (convencional). Sobreira et al. (2010)
reportaram resultados de um ensaio de 15 acessos do grupo cereja em ambiente protegido, em
que as médias de sólidos solúveis permaneceram entre 1,82 e 6,61 ºBrix, e pH entre 4,12 e 4,60.
Araújo et al. (2014), em avaliação da qualidade físico-química de diferentes cultivares de tomate
de mesa em sistema de produção orgânica, obtiveram valores de pH (4,17 e 4,38) e sólidos
solúveis (4,97 e 6,00 oBrix), porém com acidez titulável (0,19 e 0,30 g/100g de ácido cítrico)
baixa, provavelmente decorrente das características do grupo. Charlo et al. (2009) observaram
valores de pH (4,27 e 4,28), sólidos solúveis (4,86 e 5,00 oBrix) e acidez titulável (0,18 e 0,20
g/100g de ácido cítrico) em produção de tomate de mesa em ambiente protegido e sistema de
cultivo convencional.
Thybo et al. (2006) em avaliação da qualidade química e sensorial da produção de
tomates orgânicos em diferentes formas de cultivo, encontraram sólidos solúveis (oBrix), pH e
acidez titulável (g/100g de ácido cítrico) médios de 4,75, 4,07 e 0,435 respectivamente, valores
que corroboraram aos desta pesquisa, à exceção do sólidos solúveis, que foi cerca de 19%
superior.
Quanto à comparação das médias da interação dos fatores (ambientes de produção x
formas de cultivo), as variáveis seguiram tendências diferentes em função dos tratamentos.
Assim, o diâmetro equatorial dos frutos (Tabela 73) mostrou-se melhor na CVC para a forma de
cultivo em canteiros, do que a massa média dos frutos (Tabela 74) na CVB para a mesma forma
de cultivo (Canteiros). A CVA proporcionou frutos com pH (Tabela 75) menos ácidos na forma
de cultivo em canteiros, proporcionando ainda maior acidez titulável (Tabela 76) nas duas formas
de cultivo.
115
Tabela 73. Médias do diâmetro equatorial dos frutos (mm) nos ambientes de produção e
diferentes formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 21,72 bA 21,65 aA 21,69
Casa B 21,43 bA 21,48 aA 21,46
Casa C 21,95 aA 21,42 aB 21,69
Médias 21,70 21,52 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 74. Médias da massa média dos frutos (mm) nos ambientes de produção e diferentes
formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 8,58 bA 8,06 abB 8,32
Casa B 9,18 aA 8,44 aB 8,81
Casa C 8,95 abA 7,70 bB 8,33
Médias 8,90 8,07 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 75. Médias do potencial hidrogeniônico (pH) nos ambientes de produção e diferentes
formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 4,86aA 4,27bB 4,57
Casa B 4,19cA 4,21bA 4,20
Casa C 4,29bB 4,36aA 4,33
Médias 4,45 4,28 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
Tabela 76. Médias da acidez titulável dos frutos (g/100g de ácido cítrico) nos ambientes de
produção e diferentes formas de cultivo em análise conjunta, Campinas - SP.
Ambientes de produção Formas de cultivo
Médias Canteiros Vasos
Casa A 0,44 aA 0,44 aA 0,44
Casa B 0,425 bA 0,404 bB 0,41
Casa C 0,405 cA 0,409 bA 0,41
Médias 0,42 0,42 Colunas – Letras minúsculas; Linhas – Letras maiúsculas; Médias seguidas da mesma letra não se diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey (p<0,05).
116
6.4 Atributos químicos do solo após produção
Nas Tabelas 77 e 78 são elucidadas as análises químicas do solo após o ciclo de
produção da cultura em função dos diferentes tratamentos, e antes do início da produção, com o
solo ainda não trabalhado organicamente, respectivamente. Comparando as duas análises,
observou-se, de forma geral, que a matéria orgânica, soma de base, capacidade de troca de
cátions e saturação por base aumentaram em média 45,00; 319,65; 173,25 e 53,29%,
respectivamente, passando de uma condição de solo com baixo teor para alto teor nutricional
após o cultivo sob sistema de manejo da adubação orgânica.
117
Tabela 77. Valores dos atributos químicos do solo mais importantes nutricionalmente após a produção orgânica de minitomate em
função das diferentes casas de vegetação, formas de cultivo e doses de biofertilizante, Campinas - SP.
Casas de
vegetação
Formas
cultivo
Doses de
biofertilizante
M O pH P K H+Al Soma de bases. C T C V B Zn
g dm-3
- mg dm-3
mmolc dm-3
% mg dm-3
Casa A
Canteiros
0 34 6,1 312 6 15 130 145 90 3,53 10,2
50 34 6,3 160 5,8 15 114,8 129,8 88 3,16 11,7
100 34 6,4 196 5,4 15 118,4 133,4 89 3,72 10,6
150 38 6,4 224 4,1 15 113,1 128,1 88 2,91 12,8
200 34 6,4 184 6,6 15 130,6 145,6 90 5,51 10,9
Vasos
0 44 6,9 632 5,9 13 178,9 191,9 93 2,96 14,2
50 44 6,9 576 5,6 13 165,6 178,6 93 2,41 15,3
100 42 6,9 744 4,2 13 183,2 196,2 93 2,17 16,7
150 48 6,9 680 3,6 15 190,6 205,6 93 1,85 16,2
200 48 6,8 680 4,4 13 203,4 216,4 94 3,91 13,8
Casa B
Canteiros
0 34 6,4 304 9,4 13 136,4 149,4 91 10,34 8,8
50 32 6,4 224 11,4 15 134,4 149,4 90 10,02 9,2
100 29 6,5 224 10 13 112 125 90 5,69 8,1
150 30 6,6 248 8,8 12 133,8 145,8 92 6,18 8,9
200 32 6,7 272 9,5 13 136,5 149,5 91 6,24 9,4
Vasos
0 43 6,8 424 6,4 13 189,4 202,4 94 3,88 15,5
50 39 6,9 272 4,5 13 163,5 176,5 93 2,76 13,1
100 39 6,9 344 4,7 13 172,7 185,7 93 3,14 12,2
150 39 6,9 408 4,8 13 195,8 208,8 94 2,91 16,3
200 36 6,8 376 5,1 13 171,1 184,1 93 2,87 14,7 MO: matéria orgânica; CTC; capacidade de troca de cátions; V: saturação por bases
118
(Continuação)
Casas de
vegetação
Formas
cultivo
Doses de
biofertilizante
M O pH P K H+Al Soma de bases. C T C V B Zn
g dm-3
- mg dm-3
mmolc dm-3
% mg dm-3
Casa C
Canteiros
0 35 6,6 240 12,8 12 145,8 157,8 92 13,59 10,5
50 33 6,8 296 12,7 12 170,7 182,7 93 12,89 9,7
100 36 6,9 288 12,1 12 162,1 174,1 93 10,96 10,4
150 33 6,9 368 12,8 12 157,8 169,8 93 10,44 12,2
200 34 6,9 344 8,7 13 142,7 155,7 92 5,16 9,6
Vasos
0 41 6,8 368 7,3 13 167,3 180,3 93 5,14 13,9
50 41 6,9 392 7,9 13 165,9 178,9 93 5,73 15,6
100 39 6,9 416 7 13 178 191 93 7,7 12,9
150 41 7 376 8,7 12 179,7 191,7 94 11,41 14,8
200 45 7 432 7,4 13 189,4 202,4 94 4,87 12,9 MO: matéria orgânica; CTC; capacidade de troca de cátions; V: saturação por bases
Tabela 78. Valores dos atributos químicos do solo mais importantes nutricionalmente antes das adubações e transplantio da cultura nas
casas de vegetação, Campinas - SP.
Matéria orgânica
(MO) pH
Fósforo
(P2O5 )
Potássio
(K2O) H+Al
Soma de
Bases
Capacidade de
troca de cátions
Saturação
por bases
Boro
(B)
Zinco
(Zn)
% - mg dm-3
mmolc dm-3
% mg dm-3
26 5,90 9 0,026 0,35 37,60 62,60 60,06 0,10 3,00
119
Todos os macros e micronutrientes aumentaram consideravelmente, com maior
expressividade na forma de cultivo em canteiros nos ambientes de produção B e C, onde foram
encontrados valores elevados de potássio e boro. Com estes resultados inferiu-se que,
provavelmente, as condições micrometeorológicos proporcionadas nestes ambientes associadas à
forma de cultivo interferiram para esse aumento.
Na casa de vegetação A para a forma de cultivo em vasos, houve um incremento
considerável de fósforo em relação aos demais ambientes, o que pode ser consequência da sua
condição micrometeorológica, visto que as quantidades adicionadas inicialmente foram
constantes para todos os ambientes e formas de cultivos. Ainda sobre esta forma de cultivo, em
todas as casas de vegetação, com exceção da CVA nas duas formas, foram registrados baixos
valores do macronutriente potássio e do micronutriente boro, o que já era esperado, pelo fato de o
volume de solo ser reduzido, o que aperfeiçoou o processo de perdas por ascensão capilar
provocada pela evaporação acentuada e/ou lixiviação da água de irrigação nessas casas de
vegetação.
Dentro de cada ambiente e forma de cultivo, as doses de biofertilizante praticamente não
apresentaram alterações bruscas dos componentes químicos nutricionais presentes no solo, com
exceção de algumas doses, certamente pela diminuta quantidade aplicada.
Levando-se em consideração os resultados deste estudo afirma-se que o cultivo com
manejo da adubação orgânica em casa de vegetação pode ser trabalhado intensivamente com
produções sucessivas, adicionando, quando necessário, nutrição, de forma a gerar um sistema de
produção sustentável no tempo e no espaço, sem comprometer a qualidade nutritiva do solo.
6.5 Indicadores de rentabilidade e período payback
Por não apresentar diferença significativa entre si e ainda oferecer maior média de
produção nas parcelas sem utilização de biofertilizante, optou-se em realizar as análises de fluxo
de caixa e dos indicadores de rentabilidade somente para as médias entre as casas de vegetação e
formas de cultivo.
Assim, nos Apêndices V, W, X são apresentados os elementos econômicos para os
cálculos dos indicadores de rentabilidade com base na taxa de juros de 1% ao ano do
financiamento e dez anos para quitação do crédito. Dessa forma, as receitas foram compostas
120
pelo valor bruto da produção (VBP) de minitomateiro orgânico para o primeiro ano de produção,
considerando a produção dos demais anos iguais há do primeiro ano.
Os custos operacionais foram compostos por todos os custos fixos e variáveis para a
produção de um ciclo ano, sendo a estes custos adicionados no primeiro ano apenas os juros do
serviço da dívida. A partir do segundo ano, além dos custos operacionais, somaram-se as
amortizações da dívida, perdurando estas até o décimo ano de produção. Assim, contabilizou-se o
fluxo de caixa para cada casa de vegetação (Apêndices 1V, 1W, 1X), além do período payback
que se situou em torno de 6,54 anos para as condições de financiamento da melhor unidade de
produção.
Na Tabela 79 constam os indicadores da análise de investimento para os diferentes
ambientes de produção e formas de cultivo. Os resultados mostraram, de acordo com os critérios
de decisão, tratar-se de um investimento viável em todos os ambientes e formas de cultivo, tendo
em vista que a relação benefício/custo foi sempre superior a uma unidade, taxa interna de retorno
financeiro acima de 18%, e destaque para a CVB na forma de cultivo em canteiro.
Tabela 79. Valores dos indicadores de rentabilidade em função das diferentes casas de vegetação
e formas de cultivo para investimento na produção de minitomate, Campinas - SP.
Variáveis analisadas B/C VPL (R$) TIR (%) PV (Anos)
Casa de
vegetação A
Canteiros 1,29 33.588,72 29,00 > 10
Vasos 1,24 28.388,69 24,43 > 10
Casa de
vegetação B
Canteiros 1,69 68.909,93 69,23 6,54
Vasos 1,58 58.352,93 58,40 8,31
Casa de
vegetação C
Canteiros 1,64 60.293,72 64,01 6,81
Vasos 1,47 41.904,94 46,78 > 10 B/C: relação benefício custos; VPL: valor presente líquido; TIR: taxa interna de retorno; PV: período payback
Apesar da viabilidade econômica observada para todos os ambientes de produção e
formas de cultivo para investimento com esta taxa de juros (1% a.a), o período payback em
algumas análises ultrapassou o período de análise do investimento. Dessa forma, o fluxo de
benefícios não superou o capital investido, conferindo a estes tratamentos um projeto de alto risco
de investimento. Sobretudo, a CVB para a forma de cultivo em canteiros apresentou os melhores
resultados de rentabilidade, com relação benefício/custo de 1,70, o que gerou um benefício
líquido de R$ 0,70 para cada R$ 1,70 aplicado e taxa de atratividade do projeto de
aproximadamente 70%, resultando lucro líquido de R$ 6.890,99 para cada ciclo de 250 dias, com
121
perspectiva de pagamento do projeto em aproximadamente 6,54 anos. Assim, a rentabilidade
líquida mensal do produtor variou em torno de R$ 830,00 e 1.330,00 contabilizando mão de obra
particular ou sua própria mão de obra, respectivamente.
Vale ressaltar que a análise de rentabilidade é altamente influenciada pela produtividade
obtida e custos de produção, além da taxa de juros do crédito de investimento e preço de venda da
produção, o que explica os baixos retornos financeiros obtidos principalmente na CVA nas duas
formas de cultivo.
Os resultados obtidos nesta pesquisa estão próximos aos valores médios observados por
Araújo et al. (2013) de 1,71 (B/C), 40.869,95 (VPL) e 71,75% (TIR) em avaliação dos
indicadores técnico econômicos do maracujazeiro amarelo em sistema convencional, porém com
a vantagem de ser orgânico e utilizar pouca área para obter praticamente a mesma rentabilidade.
Miguel et al. (2008), em avaliação da rentabilidade da cultura de alface e cenoura em
sistema orgânico a campo nas condições de São Paulo, conseguiram taxa de retorno de 77,3%
para alface e 33,7% para cenoura em área de cultivo de 10.000 m2, próximo ao verificado nesta
pesquisa (alface), no entanto, deve-se considerar a relação de áreas produção, que nesta pesquisa
foi apenas 500 m2. Já Rezende et al. (2009) analisando a rentabilidade das culturas de alface,
rabanete, rúcula e repolho em cultivo solteiro e consorciadas com pimentão, obtiveram taxa de
retorno baixo de 14%.
Arêdes et al. (2009) em pesquisa econômica da aplicação de tecnologias de irrigação na
cultura do maracujazeiro registraram valores da relação B/C de 1,24 e 1,09, VPL de R$
29.907,82 e 19.929,57 e TIR equivalentes a 52,82% e 72,94% para cultivos não irrigados e
irrigados, respectivamente.
O potencial econômico desta unidade de produção em sistema orgânico pode ser
otimizado com o uso de cultivares de tomateiros melhorados geneticamente que expressem
potencial de produção de até três vezes ao obtido nesta pesquisa (cultivar não híbrida) sem
aumentos significativos nos custos operacionais, além do aumento do preço de venda da
produção por se tratar de um produto diferenciado no mercado.
122
6.5.1 Análise de sensibilidade dos indicadores de rentabilidade
No sentido de verificar o comportamento dos indicadores de rentabilidade para outras
taxas de desconto ou juros existentes no mercado, realizou-se uma análise de sensibilidade, cujos
resultados se encontram na Tabela 80.
Tabela 80. Análise de sensibilidade dos indicadores de rentabilidade em função de taxas de
descontos alternativas, Campinas - SP.
Variáveis analisadas Taxa de juros de mercado B/C VPL (R$) TIR (%)
Casa de
vegetação
A
Canteiros
3% 1,2122 24021,93 21,22
5% 1,1396 15517,21 13,96
9% 1,0098 1057,77 0,98
Vasos
3% 1,1691 19207,48 16,91
5% 1,0990 11037,12 9,90
9% 0,9735 -2876,58 -2,65
Casa de
vegetação
B
Canteiros
3% 1,6016 58115,53 60,16
5% 1,5159 48585,23 51,59
9% 1,3593 32559,69 35,93
Vasos
3% 1,4989 48380,86 49,89
5% 1,4183 39564,76 41,83
9% 1,2766 25076,92 27,66
Casa de
vegetação
C
Canteiros
3% 1,6414 55446,41 64,14%
5% 1,4773 42307,05 47,73%
9% 1,3313 28115,47 33,13%
Vasos
3% 1,3193 29232,28 31,93%
5% 1,2518 22420,15 25,18%
9% 1,1277 10888,46 12,77% B/C: relação benefício custos; VPL: valor presente líquido; TIR: taxa interna de retorno.
Enfim, a partir das análises, observou-se que a CVA nas suas diferentes formas de
cultivo e demais casas para o cultivo em vasos mostrou baixa viabilidade econômica para as
condições de financiamento a taxas de juros praticadas no mercado, que, em longo prazo são da
ordem de 8% ao ano, historicamente. Em contrapartida, a CVB, para a forma de cultivo em vaso,
embora mostre viabilidade econômica à maioria das taxas de juros praticadas no mercado,
alternativas mais atrativas como as observadas para a forma de cultivo em canteiros (maiores
indicadores econômicos) tornam o projeto mais consistente para financiamento.
123
Assim, o sistema de produção orgânico em ambiente protegido mostrou-se atrativo para
financiamento, principalmente com recursos oriundos do Pronaf para a agricultura familiar, por
se tratar de um projeto com boa rentabilidade financeira líquida mensal associado à baixa
necessidade de área de produção, condição esta reinante nos ambientes de produção dessa
agricultura.
124
7 CONCLUSÕES
Diante dos resultados alcançados nesta pesquisa, rejeitou-se a hipótese apresentada
inicialmente, concluindo-se que:
As condições micrometeorológicas não foram alteradas entre os ambientes de produção,
permanecendo a temperatura e a umidade relativa do ar dentro da faixa adequada para a
cultura.
A casa de vegetação C, com tela termorrefletora fixa, apresentou a maior altura e o menor
diâmetro da haste das plantas, associada à forma de cultivo em vasos.
A casa de vegetação B, dotada de cobertura superior de PEBD, laterais com tela antiafídeo
e controle temporal automatizado da movimentação da tela termorrefletora, registrou a
maior produtividade, associada à forma de cultivo em canteiros.
A aplicação das doses de biofertilizante Microgeo® via solo não mostrou incrementos
produtivos e qualitativos no cultivo do minitomate orgânico.
Os caracteres de produção número de frutos por planta, massa média e número de frutos
por racimo apresentaram-se como determinantes na quantificação da produtividade da
cultura, o mesmo não ocorrendo com os caracteres de qualidade comercial, diâmetro
longitudinal e equatorial de frutos.
Os atributos de qualidade relacionados ao sabor dos frutos (sólidos solúveis) mostraram-se
melhores na casa de vegetação C para a forma de cultivo em vaso, enquanto pH e acidez
titulável na casa de vegetação A para a forma de cultivo em canteiro.
A melhor alternativa de rentabilidade líquida mensal ciclo foi de aproximadamente um
salário mínimo, para a condição com mão de obra particular, e de 1,5 salários mínimos sem
mão de obra particular, associado à casa de vegetação B na forma de cultivo em canteiros.
A casa de vegetação B, associada à forma de cultivo em canteiros, destacou-se como a
melhor unidade produtiva com área mínima de 500 m2 para as condições de investimento
do Pronaf, sendo economicamente viável até mesmo para taxas reais de juros acima das
praticadas no mercado, apresentando período payback de 6,54 anos em condições de
financiamento.
O manejo nutricional orgânico promoveu aumentos expressivos nos atributos químicos do
solo, melhorando consideravelmente sua fertilidade em todas as casas de vegetação e
formas de cultivo.
125
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135
APÊNDICES
Apêndice A. Custos de produção para o cultivo orgânico de minitomate em casa de vegetação de alto grau tecnológico para área
mínima de 500 m2 nas condições de Campinas-SP.
Casa A (500 m2)
1 º ano (Ciclo 250 dias) 2º ano 3º ano 4º; 6º; 8º;
10º=2º ano
5º; 7º;
9º=3º
ano CUSTOS VARIÁVEIS Quant. Hora/dia Unidade Custo unitário
(R$)
Total
(R$)
Total
(R$)
A) Mão-de-obra
Construção dos Canteiros 6 dias 8 48 8,00 384,00
48,00
Enchimento dos Vasos 4 dias 8 32 8,00 256,00
Adubação de fundação 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 24,00
Instalação das espaldeiras 6 dias 8 48 8,00 384,00
48,00
Condução das Mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00
Transplantio das mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00
Desbrota/Condução 18 dias 8 144 8,00 1152,00 1152,00 1152,00
Adubação de cobertura 11 dias 3 33 8,00 264,00 264,00 264,00
Polinização 190 dias 1 190 8,00 1520,00 1520,00 1520,00
Aplicação de defensivos 15 dias 1 15 8,00 120,00 120,00 120,00
Colheitas 20 dias 4 80 8,00 640,00 640,00 640,00
Total 4912,00 3888,00 3944,00
B) Insumos
Sementes
3 envel. 5,45 16,35 16,35 16,35
Bandejas plásticas de 162 células
8 peças 13,50 121,50
Substrato Carolina Soil
2 sc 14,8 (25 L) 29,60 29,60 29,60
Calcário
30 kg 0,40 (kg) 12,00
12,00
Esterco bovino
67 sc 5,00 (30kg sc) 335,00 335,00 335,00
Biobokashi farelado
7 sc 45,00 (25 kg) 315,00 315,00 315,00
Sulfato de potássio
45 kg 2,24 (kg) 100,80 100,80 100,80
136
Termosfosfato de Yoryn
50 kg 1,75 (kg) 87,50 87,50 87,50
Fte - Br - 12
17 kg 40,00 (25 kg) 27,20 27,20 27,20
Enxofre
2 kg 18,00 (kg) 36,00 36,00 36,00
Sulfato de cobre
4 kg 6,30 (kg) 25,20 25,20 25,20
Dipel
0,5 kg 47,50 (0,5 kg) 47,50 47,50 47,50
Fitilho
24 rolos 7,50 180,00 180,00 180,00
Acido bórico
3 kg 4,00 (kg) 12,00 12,00 12,00
Óleo de nim
200 ml 20,00 (100ml) 40,00 40,00 40,00
Tesoura de poda
3 Uni 18,00 (Uni) 54,00
Microgeo® 25 5,25 ml
425,00 (25kg)
T1 - 0% de aplicação
0 L 0 kg 0,00 0,00 0,00
Subtotal 1439,65 1252,15 1264,15
Total R$ - (A+B) 6351,65 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15
T2 - 50% de aplicação
70 L 3,5 kg 59,50 59,50 59,50
Subtotal 1499,15 1311,65 1323,65
Total R$ - (A+B) 6411,15 5199,65 5267,65 5199,65 5267,65
T3 - 100% de aplicação
140 L 7 kg 119,00 119,00 119,00
Subtotal 1558,65 1371,15 1383,15
Total R$ - (A+B) 6470,65 5259,15 5327,15 5259,15 5327,15
T4 - 150% de aplicação
210 L 10,5 kg 178,50 178,50 178,50
Subtotal 1618,15 1430,65 1442,65
Total R$ - (A+B) 6530,15 5318,65 5386,65 5318,65 5386,65
T5 - 200% de aplicação
280 L 14 kg 238,00 238,00 238,00
Subtotal 1677,65 1490,15 1502,15
Total R$ - (A+B) 6589,65 5378,15 5446,15 5378,15 5446,15
CUSTOS FIXOS
Madeirit - Canteiros
100 (Uni) 21,25 (Uni) 2125,00
Vasos
1000 Uni 2,50 (Uni) 2500,00
137
Casa de vegetação (completa)
62361,13
Estrutura+ mão de obra
500 m2 47,00 (m
2) 23500,00
Exaustor ED24
3 Uni 1825,00 (Uni) 5475,00
Exaustor EM30
2 Uni 2087,50 (Uni) 4175,00
Resfriamento evaporativo Comp.
1 Uni
5912,00
Motor redutor
2 Uni 4,50 (Uni) 900,00
Sistema móvel da tela
2 Uni
1970,00
Painel de controle (completo)
1 Uni
2337,00
Tela termorrefletora 6,4x26m
3 Uni (4,70m2) 2434,60
Filme de polietileno para laterais
8 x 50 m 962,00
Filme polietileno difusor 150 micras
8 x 90 m
1750,00
Troca do filme plástico da casa 2 vezes
8 x 90 m
6500,00
Mão de obra
2500,00
Arame liso nº 14
32 kg 14,80 (kg) 464,00
Custo energia exaustor ED24
525,451
Custo energia exaustor EM30
70,103
Custo energia RE
23,784
Custo energia Irrigação
16,344
Custos com água de irrigação
652,498
Controlador de irrigação
1 Uni 289,66 289,660
Sistema de irrigação 1903,690
Custo Total - Canteiros 64486,130
Custo Total - Vasos 64861,130
Preço do kwh (R$) 0,316
Tempo de funcionamento dos sistemas:
Exaustor ED24 1466,4 h
PkwhTfPot0,7457CE
138
Exaustor EM30 293,45 h
Resfriamento Evaporativo 100,93 h
Bomba de Irrigação 69,36 h
1 kg Microgeo® para cada 20 L
Preço 1 m
3 de água (R$) 4,80
Consumo de água em m
3 ciclo 135,94
Apêndice B. Custos de produção para cultivo orgânico de minitomate em casa de vegetação de médio grau tecnológico para área
mínima de 500 m2 nas condições de Campinas-SP.
Casa B (500 m2)
1 º ano (Ciclo 250 dias) 2º ano 3º ano 4º; 6º;
8º;
10º=2º
ano
5º; 7º;
9º=3º
ano CUSTOS VARIÁVEIS Quant Hora/dia Unidade Custo unitário (R$) Total (R$) Total (R$)
A) Mão-de-obra
Construção dos Canteiros 6 dias 8 48 8,00 384,00
48,00
Enchimento dos Vasos 4 dias 8 32 8,00 256,00
Adubação de fundação 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 24,00
Instalação das espaldeiras 6 dias 8 48 8,00 384,00
48,00
Condução das Mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00
Transplantio das mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00
Desbrota/Condução 18 dias 8 144 8,00 1152,00 1152,00 1152,00
Adubação de cobertura 11 dias 3 33 8,00 264,00 264,00 264,00
Polinização 190 dias 1 190 8,00 1520,00 1520,00 1520,00
Aplicação de defensivos 15 dias 1 15 8,00 120,00 120,00 120,00
Colheitas 20 dias 4 80 8,00 640,00 640,00 640,00
Total 4912,00 3888,00 3944,00
B) Insumos
Sementes
3 envel. 5,45 16,35 16,35 16,35
139
Bandejas plásticas de 162 células
8 peças 13,50 121,50
Substrato Carolina Soil
2 sc 14,8 (25 L) 29,60 29,60 29,60
Calcário
30 kg 0,40 (kg) 12,00
12,00
Esterco bovino
67 sc 5,00 (30 kg sc) 335,00 335,00 335,00
Biobokashi farelado
7 sc 45,00 (25kg) 315,00 315,00 315,00
Sulfato de potássio
45 kg 2,24 (kg) 100,80 100,80 100,80
Termosfosfato de Yoryn
50 kg 1,75 (kg) 87,50 87,50 87,50
Fte - Br - 12
17 kg 40,00 (25kg) 27,20 27,20 27,20
Enxofre
2 kg 18,00 (kg) 36,00 36,00 36,00
Sulfato de cobre
4 kg 6,30 (kg) 25,20 25,20 25,20
Dipel
0,5 kg 47,50 (0,5 kg) 47,50 47,50 47,50
Fitilho
24 rolos 7,50 180,00 180,00 180,00
Acido bórico
3 kg 4,00 (kg) 12,00 12,00 12,00
Óleo de nim
200 ml 20,00 (100ml) 40,00 40,00 40,00
Tesoura de poda
3 Uni 18,00 (Uni) 54,00
Microgeo® 25 5,25 ml
425,00 (25kg)
T1 - 0% de aplicação
0 L 0 kg 0,00 0,00 0,00
Subtotal 1439,65 1252,15 1264,15
Total R$ - (A+B) 6351,65 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15
T2 - 50% de aplicação
70 L 3,5 kg 59,50 59,50 59,50
Subtotal 1499,15 1311,65 1323,65
Total R$ - (A+B) 6411,15 5199,65 5267,65 5199,65 5267,65
T3 - 100% de aplicação
140 L 7 kg 119,00 119,00 119,00
Subtotal 1558,65 1371,15 1383,15
Total R$ - (A+B) 6470,65 5259,15 5327,15 5259,15 5327,15
T4 - 150% de aplicação
210 L 10,5 kg 178,50 178,50 178,50
Subtotal 1618,15 1430,65 1442,65
Total R$ - (A+B) 6530,15 5318,65 5386,65 5318,65 5386,65
140
T5 - 200% de aplicação
280 L 14 kg 238,00 238,00 238,00
Subtotal 1677,65 1490,15 1502,15
Total R$ - (A+B) 6589,65 5378,15 5446,15 5378,15 5446,15
CUSTOS FIXOS
Madeirit - Canteiros
100 (Uni) 21,25 (Uni) 2125,00
Vasos
1000 Uni 2,50 (Uni) 2500,00
Casa de vegetação (completa)
46220,20
Estrutura+ mão de obra
500 m2 47,00 (m
2) 23500,00
Motor redutor
2 Uni 4,50 (Uni) 900,00
Sistema móvel da tela
2 Uni
1970,00
Painel de controle (completo)
1 Uni
2337,00
Tela termorrefletora
6,4x26m 3 Uni (4,70m2) 2434,60
Filme de polietileno difusor 150 micras
8 x 90 m
1750,00
Troca do filme plástico da casa 2 vezes
8 x 90 m
6500,00
Tela antiafideo (Baby citrus)
160 m2
846,00
Mão de obra
2500,00
Arame liso nº 14
32 kg 14,80 (kg) 464,00
Custo energia Irrigação
8,19
Custos com água de irrigação
817,06
Controlador de irrigação
1 Uni 289,66 289,66
Sistema de irrigação 1903,69
Custo Total - Canteiros 48345,199
Custo Total - Vasos 48720,199
Preço do kWh (R$) 0,317
Tempo de funcionamento dos sistemas:
Bomba de Irrigação 69,36 h
1 kg Microgeo® para cada 20 L
PkwhTfPot0,7457CE
141
preço 1 m3 de água (R$) 4,80
Consumo de água em m3 ciclo 170,22
Apêndice C. Custos de produção para cultivo orgânico de minitomate em casa de vegetação de baixo grau tecnológico para área
mínima de 500 m2 nas condições de Campinas-SP.
Casa C (500 m2)
1 º ano (Ciclo 250 dias) 2º ano 3º ano 4º; 6º;
8;
10º=2º
ano
5º; 7º;
9º=3º
ano CUSTOS VARIÁVEIS Quant Hora/dia Unidade Custo unitário (R$) Total (R$) Total (R$)
A) Mão-de-obra
Construção dos Canteiros 6 dias 8 48 8,00 384,00
48,00
Enchimento dos Vasos 4 dias 8 32 8,00 256,00
Adubação de fundação 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 24,00
Instalação das espaldeiras 6 dias 8 48 8,00 384,00
48,00
Condução das Mudas 2 dias 8 16 8,00 128,00 128,00 128,00
Transplantio das mudas 1 dia 8 8 8,00 64,00 64,00 64,00
Desbrota/Condução 18 dias 8 144 8,00 1152,00 1152,00 1152,00
Adubação de cobertura 11 dias 3 33 8,00 264,00 264,00 264,00
Polinização 190 dias 1 190 8,00 1520,00 1520,00 1520,00
Aplicação de defensivos 15 dias 1 15 8,00 120,00 120,00 120,00
Colheitas 20 dias 4 80 8,00 640,00 640,00 640,00
Total 4976,00 3952,00 4008,00
B) Insumos
Sementes
3 envelope 5,45 16,35 16,35 16,35
Bandejas plásticas de 162 células
8 peças 13,50 121,50
Substrato Carolina Soil
2 sc 14,8 (25 L) 29,60 29,60 29,60
Calcário
30 kg 0,40 (kg) 12,00
12,00
Esterco bovino
67 sc 5,00 (30 kg sc) 335,00 335,00 335,00
142
Biobokashi farelado
7 sc 45,00 (25 kg) 315,00 315,00 315,00
Sulfato de potássio
45 kg 2,24 (kg) 100,80 100,80 100,80
Termosfosfato de Yoryn
50 kg 1,75 (kg) 87,50 87,50 87,50
Fte - Br - 12
17 kg 40,00 (25 kg) 27,20 27,20 27,20
Enxofre
2 kg 18,00 (kg) 36,00 36,00 36,00
Sulfato de cobre
4 kg 6,30 (kg) 25,20 25,20 25,20
Dipel
0,5 kg 47,50 (0,5 kg) 47,50 47,50 47,50
Fitilho
24 rolos 7,50 180,00 180,00 180,00
Acido bórico
3 kg 4,00 (kg) 12,00 12,00 12,00
Óleo de nim
200 ml 20,00 (100ml) 40,00 40,00 40,00
Tesoura de poda
3 Uni 18,00 (Uni) 54,00
Microgeo® 25 5,25 ml
425,00 (25kg)
T1 - 0% de aplicação
0 L 0 kg 0,00 0,00 0,00
Subtotal 1439,65 1252,15 1264,15
Total R$ - (A+B) 6415,65 5204,15 5272,15 5204,15 5272,15
T2 - 50% de aplicação
70 L 3,5 kg 59,50 59,50 59,50
Subtotal 1499,15 1311,65 1323,65
Total R$ - (A+B) 6475,15 5263,65 5331,65 5263,65 5331,65
T3 - 100% de aplicação
140 L 7 kg 119,00 119,00 119,00
Subtotal 1558,65 1371,15 1383,15
Total R$ - (A+B) 6534,65 5323,15 5391,15 5323,15 5391,15
T4 - 150% de aplicação
210 L 10,5 kg 178,50 178,50 178,50
Subtotal 1618,15 1430,65 1442,65
Total R$ - (A+B) 6594,15 5382,65 5450,65 5382,65 5450,65
T5 - 200% de aplicação
280 L 14 kg 238,00 238,00 238,00
Subtotal 1677,65 1490,15 1502,15
Total R$ - (A+B) 6653,65 5442,15 5510,15 5442,15 5510,15
CUSTOS FIXOS
143
Madeirit - Canteiros
100 (Uni) 21,25 (Uni) 2125,00
Vasos
1000 Uni 2,50 (Uni) 2500,00
Casa de vegetação (completa)
40937,55
Estrutura+mais mão de obra
500 m2 47,00 (m
2) 23500,00
Tela termorrefletora
6,4x26m 3 Uni (4,70m2) 2434,60
Filme polietileno difusor 150 micras
8 x 90 m
1750,00
Troca do filme plástico da casa 2 vezes
8 x 90 m
6500,00
Tela antiafideo (Baby cítrus)
160 m2
846,00
Mão de obra
2500,00
Arame liso nº 14
32 kg 14,80 (kg) 464,00
Custo energia Irrigação
8,193
Custos com água de irrigação
741,408
Controlador de irrigação
1 Uni 289,66 289,660
Sistema de irrigação 1903,690
Custo Total - Canteiros 43062,551
Custo Total - Vasos 43437,551
Preço do kwh (R$) 0,317
Tempo de funcionamento dos sistemas:
Bomba de Irrigação 69,36 h 1 kg Microgeo® para cada 20 L
Preço 1 m
3 de água (R$) 4,80
Consumo de água em m
3 ciclo 154,460
PkwhTfPot0,7457CE
144
Apêndice D. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (altura e taxa média de crescimento absoluto da altura) em
função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVA, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Altura das plantas (cm)
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 7,411ns 9,245ns 32,000ns 609,005ns 165,62ns 1331,28ns 312,50ns 76,88ns 44,18ns
Resíduos 8 2,728 37,00 84,01 230,15 215,82 963,49 1313,99 1775,25 1943,78
Doses de biofertilizante (TB) 4 2,054 30,917ns 63,87ns 42,017ns 134,32ns 56,15ns 342,98ns 422,27ns 337,88ns
TA x TB 4 2,376 25,157ns 89,15* 274,467ns 138,22ns 140,53ns 425,90ns 704,13ns 385,08ns
Resíduos 32 1,949 13,328 26,627 159,698 273,482 269,69 278,84 386,225 529,267
CV (%) a 12,05 9,92 9,31 7,81 5,09 8,33 8,24 8,26 7,36
b 10,19 5,96 4,34 6,5 5,73 4,41 3,80 3,85 3,84
Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,0003ns 0,209ns 2,300ns 3,976* 0,892ns 0,668ns 0,150ns 0,0078ns
Resíduos 8 0,077 0,37 0,433 0,659 0,693 0,336 0,293 0,453
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,065ns 0,123ns 0,104ns 0,624ns 0,0336ns 0,316* 0,291ns 0,063ns
TA x TB 4 0,031ns 0,249* 0,430ns 0,295ns 0,048ns 0,252ns 0,240ns 0,1228ns
Resíduos 32 0,025 0,072 0,351 0,679 0,275 0,336 0,14 0,292
CV (%) a 12,31 20,07 17,47 17,21 24,66 19,88 17,75 18,16
b 7,06 8,88 15,73 17,46 15,54 10,82 12,30 14,57
CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não
significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
145
Apêndice F. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (diâmetro e taxa média de crescimento absoluto do diâmetro)
em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVA, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Diâmetro da haste (mm)
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,220ns 3,279ns 23,957** 36,091** 34,36** 37,44** 30,48** 33,22** 46,06**
Resíduos 8 0,561 0,839 0,952 0,97 1,504 1,429 1,937 2,223 3,392
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,165ns 0,420ns 0,441ns 0,228ns 0,583ns 0,443ns 0,696ns 0,972ns 0,999ns
TA x TB 4 0,374ns 0,386ns 0,663ns 0,419ns 0,181ns 0,200ns 0,298ns 0,539ns 1,284ns
Resíduos 32 0,345 0,376 0,492 0,600 0,755 0,982 1,068 1,045 1,126
CV (%) a 19,45 9,92 8,71 8,26 9,69 9,05 10,13 10,35 12,15
b 15,26 6,65 6,26 6,50 6,87 7,50 7,52 7,10 7,00
Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,011ns 0,019* 0,0028ns 0,00005ns 0,00015ns 0,0008ns 0,00013ns 0,0023ns
Resíduos 8 0,003 0,003 0,0007 0,0013 0,0004 0,00026 0,0008 0,00047
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0007ns 0,0011ns 0,0011ns 0,0028ns 0,00017ns 0,0002ns 0,0007ns 0,00023ns
TA x TB 4 0,0016ns 0,0009ns 0,0001ns 0,0011ns 0,0004ns 0,0004ns 0,00009ns 0,00068ns
Resíduos 32 0,0014 0,0009 0,0007 0,001 0,0008 0,0003 0,0008 0,0009
CV (%) a 22,07 58,24 78,31 103,75 110,20 63,09 90,63 60,18
b 14,88 32,37 80,12 92,9 109,82 69,54 89,68 82,83 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não significativo;
Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
146
Apêndice G. Análise de variância dos dados de Índice relativo de clorofila em função dos diferentes tratamentos e estádios
fenológicos das plantas na CVA, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Índice relativo de clorofila
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Formas (vasos e canteiros)
(TA) 1 2,599ns 89,498** 39,961ns 32,08ns 66,355ns 7,296ns 17,76ns 3,332ns 1,513ns
Resíduos 8 1,43 4,987 8,652 8,295 15,152 28,633 11,21 24,864 4,46
Doses de biofertilizante (TB) 4 1,154ns 3,377ns 19,88ns 5,864ns 1,832ns 7,222ns 11,827ns 7,581ns 7,723ns
TA x TB 4 3,353ns 6,649ns 17,278ns 1,103ns 4,624ns 2,512ns 8,365ns 9,44ns 5,752ns
Resíduos 32 3,427 4,314 13,821 4,236 8,077 17,806 5,776 8,818 6,917
CV (%) a 4,28 6,10 7,82 7,53 11,12 14,43 9,24 13,74 5,77
b 6,62 5,68 9,89 5,38 8,12 11,38 6,63 8,18 7,19 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; ** Significativo ao nível de 1% de probabilidade (p <0,01) pelo teste F; (ns) não significativo; Estádio I: Crescimento
vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
147
Apêndice H. Análise de variância dos dados qualitativos da produção; diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos,
Sólidos solúveis (oBrix), potencial hidrogeniônico e acidez titulável (g/100g de ácido cítrico) dos frutos na CVA, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Diâmetro
Longitudinal (mm)
Diâmetro
Equatorial (mm)
Massa
média (g) GL
Graus
Brix pH
Acidez
titulável
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 62,022** 0,371ns 15,719** 1 20,056** 13,136** 0,00006ns
Doses de biofertilizante (TB) 4 3,125ns 3,107ns 1,683ns 4 0,029ns 0,043ns 0,0017ns
Intervalos de colheita (TC) 4 245,317** 158,658** 190,752** 2 66,076** 7,407** 0,011**
TA x TB 4 0,548ns 0,608ns 0,249ns 4 0,114ns 0,037ns 0,0032ns
TA x TC 4 27,067** 2,241ns 16,738** 2 15,763** 13,223** 0,0069*
TB x TC 16 2,507ns 0,683ns 0,991ns 8 0,413ns 0,074ns 0,0022ns
TA x TB x TC 16 2,479ns 0,964ns 0,359ns 8 0,215ns 0,047ns 0,0028ns
Tratamentos 49 25,429** 13,983** 17,865** 29 6,529** 1,920** 0,0033*
Resíduos 200 2,873 1,314 1,063 120 0,24 0,067 0,0020
CV (%) 6,13 5,29 12,40 8,52 5,68 10,09
CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não
significativo.
148
Apêndice I. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (altura e taxa média de crescimento absoluto da altura) em
função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVB, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Altura das plantas (cm)
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 20,48* 920,20** 729,62ns 3042,00** 151,38ns 180,50ns 1003,52ns 48,02ns 118,58ns
Resíduos 8 2,961 51,89 207,6 247,44 570,75 1305,34 1705,1 1818,67 2040,73
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,79ns 28,912ns 65,68ns 96,357ns 58,07ns 54,13ns 96,23ns 328,67ns 203,38ns
TA x TB 4 0,71ns 34,942ns 90,92ns 102,537ns 672,83ns 306,45ns 603,37ns 483,07ns 489,48ns
Resíduos 32 1,387 17,386 52,912 66,947 309,55 217,402 295,2 577,95 688,155
CV (%) a 13,7 13,04 12,73 8,99 8,38 9,67 9,4 8,36 7,46
b 9,38 7,55 6,43 4,68 6,17 3,95 3,91 4,71 4,33
Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 1,51** 0,0306ns 1,980** 4,59ns 0,143ns 0,629ns 1,029ns 0,0272ns
Resíduos 8 0,112 0,231 0,14 1,014 0,692 0,197 3,704 0,762
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0621ns 0,0605ns 0,086ns 0,390ns 0,013ns 0,067ns 0,275ns 1,030ns
TA x TB 32 0,093ns 0,0678ns 0,220ns 1,048ns 0,555ns 0,294* 0,221ns 0,735ns
Resíduos 4 0,048 0,0112 0,236 0,678 0,341 0,107 0,647 0,554
CV (%) a 16,48 15,8 12,21 18,27 23,25 15,55 22,06 21,84
b 10,85 10,98 15,74 14,95 16,31 11,49 26,08 18,62
CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não
significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
149
Apêndice J. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (diâmetro e taxa média de crescimento absoluto do diâmetro)
em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVB, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Diâmetro da haste (mm)
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 6,705** 0,064ns 23,38** 30,318** 35,524** 30,209** 22,767** 24,928** 29,368**
8 0,253 0,968 0,355 0,381 0,445 0,943 0,671 0,808 2,878
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,186ns 0,128ns 0,773ns 0,797ns 0,235ns 0,245ns 0,302ns 0,577ns 1,321ns
TA x TB 4 0,197ns 0,325ns 0,405ns 0,219ns 0,234ns 0,226ns 0,251ns 1,166ns 1,696ns
Resíduos 32 0,147 0,295 0,466 0,478 1,056 1,217 1,282 1,68 2,284
CV (%) a 14,43 10,9 5,38 5,16 5,23 7,23 5,84 6,14 11,01
b 11 6,02 6,16 5,78 8,05 8,22 8,08 8,86 9,81
Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,018* 0,047** 0,0010ns 0,00047ns 0,0005ns 0,0012ns 0,00011ns 0,00041ns
Resíduos 8 0,0022 0,0026 0,0012 0,00073 0,00042 0,0006 0,00034 0,002
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0005ns 0,0013ns 0,00012ns 0,0012ns 0,00034ns 0,00014ns 0,00038ns 0,0012ns
TA x TB 4 0,0010ns 0,0006ns 0,00099ns 0,00025ns 0,00011ns 0,00026ns 0,00086ns 0,00036ns
Resíduos 32 0,0009 0,0013 0,0012 0,0013 0,00054 0,00023 0,00052 0,001
CV (%) a 17,83 51,91 85,6 70,31 65,18 90,25 63,32 121,98
b 11,36 37,12 83,35 93,67 73,75 52,93 78,48 89,01
CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não
significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
150
Apêndice K. Análise de variância dos dados de Índice relativo de clorofila em função dos diferentes tratamentos e estádios
fenológicos das plantas na CVB, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Índice relativo de clorofila
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 6,697ns 2,311ns 1,280ns 14,311ns 25,347ns 7,372ns 13,107ns 2,420ns 72,963*
Resíduos 8 3,263 3,532 11,182 3,625 6,537 7,175 3,735 10,687 11,745
Doses de biofertilizante (TB) 4 4,874ns 0305ns 4,800ns 1,427ns 9,015ns 8,025ns 13,252ns 11,267ns 11,385ns
TA x TB 4 1,713ns 0,671ns 2,272ns 3,437ns 2,655ns 7,085ns 14,835ns 11,122ns 4,928ns
Resíduos 32 2,767 1,078 6,556 4,708 6,3 8,298 9,134 6,439 8,952
CV (%) a 7,05 5,50 8,54 4,98 7,65 7,83 5,5 8,74 8,82
b 6,49 3,04 6,54 5,67 7,51 8,42 8,61 6,79 7,70 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; * Significativo ao nível de 5% de probabilidade (p < 0,05) pelo teste F; (ns) não significativo; Estádio I: Crescimento
vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
151
Apêndice L. Análise de variância dos dados qualitativos da produção; diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos (g),
Sólidos solúveis (oBrix), potencial hidrogeniônico e Acidez titulável (g/100g de ácido cítrico) dos frutos da CVB, Campinas - SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Diâmetro
Longitudinal
(mm)
Diâmetro
Equatorial
(mm)
Massa
média
(g)
GL Sólido
solúvel
(oBrix)
pH
Acidez
titulável
(g/100g de
ácido cítrico)
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 87,261** 0,116 ns 34,301** 1 13,231** 0,018ns 0,017**
Doses de biofertilizante (TB) 4 3,068ns 0,563 ns 0,573ns 4 0,0499ns 0,028** 0,0006ns
Intervalos de colheitas (TC) 4 205,502** 62,828 ** 75,336** 2 52,696** 0,490** 0,024**
TA x TB 4 0,888ns 1,436 ns 0,984ns 4 1,077** 0,032** 0,0026ns
TA x TC 4 18,520** 2,449 * 8,295** 2 2,336** 0,392** 0,0044ns
TB x TC 16 2,766ns 1,046 ns 0,487ns 8 0,568ns 0,007ns 0,0014ns
TA x TB x TC 16 2,357ns 1,104 ns 0,306ns 8 1,592ns 0,056ns 0,0008ns
Tratamentos 49 22,064** 7,560** 7,913** 29 4,880** 0,087** 0,0036*
Resíduos 200 2,853 1,219 0,885 120 0,217 0,007 0,002
CV (%) 6,08 5,15 10,67 8,19 2,00 10,74 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não significativo.
152
Apêndice M. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (altura e taxa média de crescimento absoluto da altura) em
função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVC, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Altura das plantas (cm)
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 34,44** 351,12** 100,82ns 1518,00** 106,58ns 76,88ns 5,12ns 2842,58* 6498,00*
Resíduos 8 3,835 22,415 43,72 70,875 198,13 440,75 529,85 411,25 1154,21
Doses de biofertilizante (TB) 4 1,250ns 6,092ns 24,97ns 18,482ns 423,93** 1138,37* 1221,88* 2014,77* 2846,42*
TA x TB 4 4,551* 9,987ns 60,47ns 53,342ns 121,33ns 258,53ns 947,32* 595,93ns 421,70ns
Resíduos 32 1,513 16,743 66,67 89,115 93,617 292,737 340,55 706,85 949,272
CV (%) a 15,92 8,73 5,77 4,64 4,7 5,51 5,09 3,85 5,53
b 10,01 7,55 7,12 5,2 3,31 4,41 4,08 5,04 5,02
Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,375* 0,209* 2,091** 2,05ns 0,583ns 0,08ns 4,927* 1,293ns
Resíduos 8 0,063 0,0372 0,11 0,396 0,467 0,338 0,571 0,832
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0236ns 0,094ns 0,058ns 0,933ns 0,594ns 0,674ns 0,397ns 0,426ns
TA x TB 32 0,0326ns 0,0723ns 0,053ns 0,138ns 0,249ns 0,783ns 1,039ns 0,746ns
Resíduos 4 0,0413 0,1081 0,084 0,405 0,408 0,415 0,618 0,945
CV (%) a 12,62 6,07 9,93 11,35 17,95 20,69 23,26 25,15
b 10,19 10,34 8,70 11,47 16,78 22,91 24,18 26,79
CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não
significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
153
Apêndice N. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (diâmetro e taxa média de crescimento absoluto do diâmetro)
em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas na CVC, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Diâmetro da haste (mm)
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 5,79** 6,88* 16,193** 36,748** 44,396** 45,708** 50,561** 54,747** 74,615**
8 0,445 1,227 0,604 0,466 0,862 0,772 0,909 1,267 3,052
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,201ns 0,892* 0,557ns 0,636ns 0,183ns 0,730ns 0,910ns 1,235ns 0,581ns
TA x TB 4 0,587* 1,143* 0,0217** 0,557ns 1,148ns 1,118ns 0,628ns 0,406ns 1,267ns
Resíduos 32 0,164 0,334 0,562 0,351 0,48 0,708 0,667 0,646 0,961
CV (%) a 18,66 12,2 7,27 5,97 7,65 6,92 7,21 8,15 11,96
b 11,34 6,36 7,01 5,19 5,72 6,63 6,18 5,82 6,71
Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 0,057** 0,0044ns 0,0094** 0,0008ns 0,00002ns 0,00028ns 0,00018ns 0,0034ns
Resíduos 8 0,004 0,00155 0,0006 0,0006 0,00039 0,00021 0,00036 0,0022
Doses de biofertilizante (TB) 4 0,0018ns 0,0020ns 0,00095ns 0,00015ns 0,00086ns 0,00032ns 0,0005ns 0,00044ns
TA x TB 4 0,00057** 0,0022ns 0,00013ns 0,00039ns 0,0011* 0,00033ns 0,0002ns 0,00083ns
Resíduos 32 0,0014 0,00109 0,0005 0,0006 0,00033 0,00013 0,00031 0,0008
CV (%) a 24,29 51,22 69,19 74,04 73,27 57,30 67,97 125,48
b 14,51 42,93 65,54 76,38 67,84 44,86 62,49 74,91
CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p <0,01) pelo teste F; (ns) não
significativo; Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
154
Apêndice O. Análise de variância dos dados de Índice relativo de clorofila em função dos diferentes tratamentos e estádios
fenológicos das plantas na CVC, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Índice relativo de clorofila
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 31,205ns 0,151ns 10,035ns 31,284ns 5,944ns 5,985ns 165,256** 24,921ns 28,125ns
Resíduos 8 9,093 2,775 13,224 13,056 15,083 10,448ns 7,607 18,191 5,427
Doses de biofertilizante (TB) 4 9,537ns 0,936ns 3,686ns 6,112ns 1,122ns 8,97ns 33,266* 8,842ns 3,174ns
TA x TB 4 6,093ns 0,333ns 9,105ns 0,661ns 3,358ns 2,11ns 4,83ns 2,258ns 6,939ns
Resíduos 32 4,01 1,883 7,782 2,509 5,181 5,704 12,263 4,606 6,427
CV (%) a 11,21 4,90 9,27 9,3 12,04 9,56 7,91 11,65 6,08
b 7,3 4,03 7,12 4,08 7,05 7,06 10,05 5,86 6,62 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não significativo;
Estádio I: Crescimento vegetativo; Estádio II: Floração e enchimento de frutos; Estádio III: Floração, enchimento de frutos e maturação.
155
Apêndice P. Análise de variância dos dados qualitativos da produção; diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos,
Gruas brix, potencial hidrogeniônico e acidez titulável dos frutos na CVC, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Diâmetro
Longitudinal (mm)
Diâmetro
Equatorial (mm)
Massa
média GL
Graus
Brix pH
Acidez
titulável
Formas (vasos e canteiros) (TA) 1 137,285** 17,657** 97,270** 1 16,006** 0,189** 0,00056ns
Doses de biofertilizante (TB) 4 5,315ns 1,370ns 1,062ns 4 0,157ns 0,0025ns 0,0013ns
Intervalo de colheitas (TC) 4 199,909** 126,769** 77,331** 2 65,557** 6,737** 0,026**
TA x TB 4 1,909ns 0,990ns 2,145ns 4 0,113ns 0,0079ns 0,00048ns
TA x TC 4 9,744** 1,332ns 13,426** 2 0,687* 0,0710** 0,0038ns
TB x TC 16 2,804ns 0,582ns 1,171ns 8 0,348ns 0,0200ns 0,0017ns
TA x TB x TC 16 2,076ns 0,546ns 0,907ns 8 0,303ns 0,0052ns 0,00096ns
Tratamentos 49 22,056** 11,378** 10,334** 29 5,337** 0,487** 0,00308ns
Resíduos 200 2,511 1,072 1,314 120 0,190 0,010 0,0015
CV (%) 5,75 4,78 13,77 7,19 2,35 9,44 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não significativo.
156
Apêndice Q. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (altura e taxa média de crescimento absoluto da altura) em
função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas em análises conjunta, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Altura das plantas (cm)
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Casas (A, B e C) (TA) 2 27,93** 730,74** 450,74** 4832,15** 658,74ns 3535,22** 2758,16** 4925,06** 2920,22*
Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 57,35** 705,28** 328,56** 4704,00** 31,74ns 337,50ns 45,92ns 1014,00ns 1944,00ns
Doses de biofertilizante (TC) 4 2,40ns 36,48ns 31,02ns 41,87ns 212,39ns 369,64ns 700,95ns 1224,69ns 1099,15ns
TA x TB 2 2,49ns 187,64** 266,84* 232,50ns 195,92ns 625,58ns 637,60ns 976,74ns 2358,38ns
TA x TC 8 0,44ns 14,71ns 61,74ns 57,49ns 201,96ns 439,50ns 480,06ns 770,51ns 1144,26ns
TB x TC 4 1,51ns 32,61ns 103,24ns 282,05ns 338,27ns 556,25ns 436,743ns 899,41ns 571,51ns
TA x TB x TC 8 3,06ns 18,73ns 68,64ns 74,14ns 297,05ns 74,63ns 269,92ns 441,85ns 362,37ns
Tratamentos 29 5,69** 113,31** 115,31** 592,48** 273,65ns 568,12ns 737,52ns 1069,41ns 1077,13ns
Resíduos 120 1,92 20,07 61,35 120,76 245,48 388,59 480,48 712,62 920,36
CV (%) 10,8 7,87 6,78 5,99 5,43 5,21 4,94 5,18 5,00
Taxa média de crescimento absoluto da altura (cm)
Casas (A, B e C) (TA) 2 1,072** 0,326ns 5,85** 10,97** 2,353** 0,140ns 0,581ns 1,891*
Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 1,149** 0,396ns 6,36* 10,33** 0,589ns 1,195* 2,701* 0,260ns
Doses de biofertilizante (TC) 4 0,065ns 0,091ns 0,049ns 0,392ns 0,179ns 0,602* 0,112ns 0,330ns
TA x TB 2 0,368** 0,026ns 0,0030* 0,140ns 0,515ns 0,0912ns 1,702* 0,533ns
TA x TC 8 0,045ns 0,093ns 0,1000ns 0,778ns 0,232ns 0,227ns 0,425ns 0,595ns
TB x TC 4 0,047ns 0,150ns 0,440ns 0,612ns 0,148ns 0,839** 0,385ns 0,594ns
TA x TB x TC 8 0,055ns 0,119ns 0,131ns 0,435ns 0,352ns 0,245ns 0,558ns 0,505ns
Tratamentos 29 5,269** 0,130ns 0,754** 1,596** 0,424ns 0,386* 0,590ns 0,607ns
Resíduos 120 0,047 0,12 0,225 0,608 0,39704 0,224 0,463 0,614
CV (%) 10,41 11,26 13,95 14,83 17,56 16,54 21,76 20,75
CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01) pelo teste F; (ns) não
significativo.
157
Apêndice R. Análise de variância dos dados de crescimento das plantas (diâmetro e taxa média de crescimento absoluto do diâmetro)
em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos das plantas em análises conjunta, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Diâmetro da haste (mm)
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Casas (A, B e C) (TA) 2 1,78** 0,564ns 3,511** 4,46** 5,77** 7,098** 8,218** 9,039** 8,599**
Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 9,95** 7,323** 63,06** 102,97** 113,90** 112,56** 100,95** 109,88** 144,82**
Doses de biofertilizante (TC) 4 0,167ns 0,409ns 0,360ns 0,297ns 0,641ns 0,369ns 0,458ns 0,733ns 0,309ns
TA x TB 2 1,379** 1,450* 0,236ns 0,093ns 0,190ns 0,399ns 1,426ns 1,509ns 2,609ns
TA x TC 8 0,193ns 0,515ns 0,705ns 0,682ns 0,330ns 0,524ns 0,725ns 1,026ns 1,296ns
TB x TC 4 0,695* 0,635ns 0,368ns 0,093ns 0,468ns 0,262ns 0,372ns 0,664ns 1,492ns
TA x TB x TC 8 0,232ns 0,609ns 0,361ns 0,551ns 0,548ns 0,641ns 0,403ns 0,723ns 1,378ns
Tratamentos 29 0,797** 0,846* 2,828** 4,259** 4,734** 4,807** 4,572** 5,192** 6,753**
Resíduos 120 0,259 0,47 0,361 0,502 0,798 0,985 1,039 1,185 1,787
CV (%) 13,99 7,53 6,64 6,02 7,14 7,57 7,46 7,62 8,88
Taxa média de crescimento absoluto do diâmetro (mm)
Casas (A, B e C) (TA) 2 0,0008ns 0,0065* 0,00081ns 0,0003ns 0,00041ns 0,00016ns 0,00017ns 0,00003ns
Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 0,078** 0,060** 0,011** 0,00063ns 0,00002ns 0,00071ns 0,00043ns 0,0054*
Doses de biofertilizante (TC) 4 0,00016ns 0,0013ns 0,00021ns 0,00041ns 0,00022ns 0,00014ns 0,0005ns 0,00049ns
TA x TB 2 0,0047ns 0,0057* 0,0011ns 0,00035ns 0,00032ns 0,00078ns 0,00002ns 0,0004ns
TA x TC 8 0,0014ns 0,0015ns 0,00098ns 0,00157ns 0,00058ns 0,00027ns 0,00056ns 0,00176sns
TB x TC 4 0,0014ns 0,0013ns 0,00036ns 0,00102ns 0,00055ns 0,00046ns 0,00056ns 0,00088ns
TA x TB x TC 8 0,0035ns 0,0012ns 0,00105ns 0,00038ns 0,00052ns 0,00026ns 0,00029ns 0,0005ns
Tratamentos 29 0,0046** 0,0040** 0,00115ns 0,0008ns 0,00046ns 0,00032ns 0,00041ns 0,00103ns
Resíduos 120 0,0016 0,0013 0,00083 0,00098 0,00056 0,00025 0,00054 0,00106
CV (%) 15,55 41,23 78,16 87,78 84,23 60,31 78,32 88,02 CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não
significativo.
158
Apêndice S. Análise de variância dos dados de Índice relativo de clorofila em função dos diferentes tratamentos e estádios fenológicos
em análise conjunta, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Índice relativo de clorofila
Estádio I (DAT) Estádio II (DAT) Estádio III (DAT)
8 29 48 68 88 113 136 159 184
Casas (A, B e C) (TA) 2 75,06** 103,79** 41,33* 5,59ns 95,39** 157,59** 27,28* 16,24ns 71,10**
Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 31,92** 19,00** 1,36ns 4,59ns 81,31** 2,02ns 142,69** 1,21ns 75,75**
Doses de biofertilizante (TC) 4 4,70ns 0,328ns 5,90ns 8,30ns 3,13ns 5,80ns 16,51ns 15,10ns 3,25ns
TA x TB 2 4,28ns 36,47** 24,95ns 36,54** 8,16ns 9,31ns 26,71ns 14,22ns 13,42ns
TA x TC 8 5,43ns 1,64ns 11,263ns 2,54ns 4,41ns 9,20ns 20,91ns 6,29ns 9,51ns
TB x TC 4 7,19ns 0,164ns 7,91ns 1,77ns 1,88ns 2,17ns 14,00ns 3,27ns 7,13ns
TA x TB x TC 8 1,98ns 0,744ns 10,37ns 1,71ns 4,37ns 4,76ns 7,01ns 9,77ns 5,24ns
Tratamentos 29 10,25** 11,05** 12,48ns 5,63ns 13,06* 16,53ns 20,55** 9,11ns 13,94**
Resíduos 120 3,66 2,69 9,71 4,72 7,66 11,56 8,74 8,88 7,38
CV (%) 7,09 4,7 8,07 5,65 8,25 9,71 8,35 8,11 7,17
CV: Coeficiente de variação; GL: graus de liberdade; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não
significativo.
159
Apêndice T. Análise de variância dos dados produtivos em função dos diferentes tratamentos, sob a forma de análise conjunta,
Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
PT
(kg m-2
)
PC
(kg m-2
)
Frutos
planta-1
Massa
média dos
frutos (g)
Frutos
Racimo
Massa Seca
Total (g)
Casas (A, B e C) (TA) 2 6,11** 5,543** 12691,185** 8,145 ** 7,226** 78222,656**
Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 3,41* 3,098* 339,001ns 9,230** 0,960ns 231786,941**
Niveis de biofertilizante (TC) 4 0,52ns 0,474ns 894,088ns 0,173ns 0,826ns 658,727ns
TA x TB 2 0,86ns 0,783ns 2028,001ns 0,192ns 0,720ns 9492,722ns
TA x TC 4 0,14ns 0,125ns 188,317ns 0,055ns 0,176ns 2877,693ns
TB x TC 8 0,12ns 0,112ns 276,700ns 0,094ns 0,226ns 752,956ns
TA x TB x TC 8 0,19ns 0,175ns 359,629ns 0,106ns 0,186ns 3024,012ns
Tratamentos 29 0,77ns 0,706ns 1351,642* 0980** 0,826ns 15864,761**
Resíduos 120 0,51 0,460 845,5 0,216 0,570 5020,799
CV (%) 17,86 17,54 14,14 5,51 15,91 15,50 GL: graus de liberdade; CV: coeficiente de variação; PT: produtividade total; PC: produtividade comercial; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade,
respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não significativo.
160
Apêndice U. Análise de variância dos dados qualitativos da produção; diâmetro longitudinal e equatorial, massa média dos frutos,
Gruas brix, potencial hidrogeniônico e Acidez titulável dos frutos em análise conjunta, Campinas – SP.
Fonte de Variação GL
Quadrados Médios
Diâmetro
longitudinal
(mm)
Diâmetro
equatorial
(mm)
Massa
médias
(g)
Sólidos
solúveis
(ºBrix)
pH
Acidez
Titulável
(g/100g de
ácido cítrico)
Casas (A, B e C) (TA) 2 0,443ns 0,901ns 4,009** 2,021** 1,736** 0,022**
Formas (vasos e canteiros) (TB) 1 55,810** 1,311* 25,831** 16,313** 1,035** 0,0014ns
Doses de biofertilizante (TC) 4 1,444ns 0,745ns 0,214ns 0,113ns 0,006ns 0,0006ns
TA x TB 2 0,751ns 1,161* 1,813* 0,056ns 1,106** 0,0022*
TA x TC 8 0,428ns 0,143ns 0,224ns 0,057ns 0,009ns 0,0003ns
TB x TC 4 0,239ns 0,281ns 0,210ns 0,139ns 0,0025ns 0,0006ns
TA x TB x TC 8 0,214ns 0,194ns 0,232ns 0,148ns 0,011ns 0,00074ns
Tratamentos 29 2,416** 0,422ns 1,477** 0,797** 0,280** 0,0022**
Resíduos 120 0,832 0,302 0,419 0,07 0,009 0,00069
CV (%) (TA) 3,300 2,550 7,63 4,54 2,24 6,21
GL: graus de liberdade; CV: coeficiente de variação; **, * Significativo ao nível de 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, (0,05 < p < 0,01)pelo teste F; (ns) não
significativo.
161
Apêndice V. Dados base para os cálculos dos indicadores de rentabilidade a taxa de juros de 1%
ao ano para casa de vegetação A, Campinas – SP.
CANTEIROS
Anos Valores Nominais (reais) Fator de desconto
(r=1%)
Valores Atualizados (reais)
C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas
0 708,39 15620,50 1,0000 708,39 15620,50
1 13719,59 15620,50 0,9901 13583,75 15465,84
2 13708,88 15620,50 0,9803 13438,76 15312,71
3 13562,17 15620,50 0,9706 13163,30 15161,10
4 13551,46 15620,50 0,9610 13022,68 15010,99
5 13404,75 15620,50 0,9515 12754,16 14862,37
6 13394,04 15620,50 0,9420 12617,79 14715,22
7 13247,32 15620,50 0,9327 12356,02 14569,52
8 13236,61 15620,50 0,9235 12223,79 14425,27
9 13089,90 15620,50 0,9143 11968,62 14282,45
Total 121.623,10 156.205,00 - 115.837,26 149.425,98 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.
VASOS
Anos Valores Nominais (reais) Fator de desconto
(r=1%)
Valores Atualizados (reais)
C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas
0 712,14 15116,50 1,0000 712,14 15116,50
1 13765,00 15116,50 0,9901 13628,71 14966,83
2 13753,88 15116,50 0,9803 13482,87 14818,64
3 13606,75 15116,50 0,9706 13206,57 14671,92
4 13595,62 15116,50 0,9610 13065,12 14526,65
5 13448,50 15116,50 0,9515 12795,78 14382,83
6 13437,37 15116,50 0,9420 12658,60 14240,42
7 13290,24 15116,50 0,9327 12396,04 14099,43
8 13279,11 15116,50 0,9235 12263,03 13959,83
9 13131,99 15116,50 0,9143 12007,09 13821,61
Total 122.020,60 151.165,00 - 116.216,01 144.604,70 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.
162
Apêndice W. Dados base para os cálculos dos indicadores de rentabilidade a taxa de juros de 1%
ao ano para casa de vegetação B, Campinas – SP.
CANTEIROS
Anos Valores Nominais (reais) Fator de
desconto (r=1%)
Valores Atualizados (reais)
C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas
0 546,97 17608,50 1,0000 546,97 17608,50
1 11764,55 17608,50 0,9901 11648,07 17434,16
2 11771,77 17608,50 0,9803 11539,82 17261,54
3 11643,00 17608,50 0,9706 11300,58 17090,64
4 11650,22 17608,50 0,9610 11195,64 16921,42
5 11521,45 17608,50 0,9515 10962,26 16753,88
6 11528,67 17608,50 0,9420 10860,53 16588,00
7 11399,90 17608,50 0,9327 10632,89 16423,77
8 11407,13 17608,50 0,9235 10534,29 16261,15
9 11278,35 17608,50 0,9143 10312,25 16100,15
Total 104.512,01 176.085,00 99.533,30 168.443,22 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.
VASOS
Anos Valores Nominais (reais) Fator de
desconto (r=1%)
Valores Atualizados (reais)
C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas
0 550,72 16544,50 1,0000 550,72 16544,50
1 11809,96 16544,50 0,9901 11693,03 16380,69
2 11816,77 16544,50 0,9803 11583,93 16218,51
3 11687,58 16544,50 0,9706 11343,85 16057,93
4 11694,39 16544,50 0,9610 11238,08 15898,94
5 11565,20 16544,50 0,9515 11003,89 15741,52
6 11572,01 16544,50 0,9420 10901,36 15585,67
7 11442,82 16544,50 0,9327 10672,92 15431,35
8 11449,63 16544,50 0,9235 10573,54 15278,57
9 11320,44 16544,50 0,9143 10350,72 15127,30
Total 104909,51 165445,00 - 99.912,05 158.264,98 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.
163
Apêndice X. Dados base para os cálculos dos indicadores de rentabilidade a taxa de juros de 1%
ao ano para casa de vegetação C, Campinas – SP.
CANTEIROS
Anos Valores Nominais (reais) Fator de desconto
(r=1%)
Valores Atualizados (reais)
C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas
0 494,14 16150,04 1,0000 494,14 16150,04
1 11124,76 16150,04 0,9901 11014,61 15990,14
2 11137,85 16150,04 0,9803 10918,39 15831,82
3 11014,95 16150,04 0,9706 10691,00 15675,07
4 11028,04 16150,04 0,9610 10597,73 15519,87
5 10905,14 16150,04 0,9515 10375,87 15366,21
6 10918,24 16150,04 0,9420 10285,47 15214,07
7 10795,33 16150,04 0,9327 10069,00 15063,43
8 10808,43 16150,04 0,9235 9981,40 14914,29
9 10685,52 16150,04 0,9143 9770,20 14766,62
Total 98.912,40 161.500,37 - 941.97,82 154.491,54 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.
VASOS
Anos Valores Nominais (reais) Fator de
desconto
(r=1%)
Valores Atualizados (reais)
C. oper + S. dívida Receitas C. Totais Receitas
0 712,14 13745,80 1,0000 712,14 13745,80
1 13765,00 13745,80 0,9901 13628,72 13609,70
2 13753,88 13745,80 0,9803 13482,87 13474,95
3 8466,60 13745,80 0,9706 8217,60 13341,53
4 13595,62 13745,80 0,9610 13065,13 13209,44
5 13448,50 13745,80 0,9515 12795,78 13078,65
6 13437,37 13745,80 0,9420 12658,61 12949,16
7 13290,24 13745,80 0,9327 12396,05 12820,95
8 13279,11 13745,80 0,9235 12263,04 12694,01
9 13131,99 13745,80 0,9143 12007,10 12568,33
Total 116.880,45 137.457,96 - 111.227,03 131.492,53 C: custos; Oper; operacionais; S: saldo.
164
Apêndice 1V. Fluxo de caixa a taxa de juros de 1% ao ano para casa de vegetação A, Campinas – SP.
CANTEIROS
Item
Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1
Receitas de produção 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50
Desinvestimentos1
0,00
Credito de investimento 70.839,39
Total de entradas2 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50 15.620,50
Saídas
Inversões 64.487,74
C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15
Serviços da dívidas3 708,39 8.579,44 8.500,73 8.422,02 8.343,31 8.264,60 8.185,89 8.107,17 8.028,46 7.949,75 0,00
Total de saídas4 708,39 13.719,59 13.708,88 13.562,17 13.551,46 13.404,75 13.394,04 13.247,32 13.236,61 13.089,90 5.208,15
Fluxo de caixa 14.912,11 1.900,91 1.911,62 2.058,33 2.069,04 2.215,75 2.226,46 2.373,18 2.383,89 2.530,60 10.412,35
Fluxo de caixa acumulado 14.912,11 16.813,02 18.724,64 20.782,98 22.852,02 25.067,77 27.294,24 29.667,42 32.051,30 34.581,90 44.994,25
Rentabilidade Mensal 1.864,01 237,61 238,95 257,29 258,63 276,97 278,31 296,65 297,99 316,32 1.301,54
Período Payback 14.912,11 16.794,20 18.668,15 20.665,95 22.654,26 24.762,48 26.859,91 29.073,41 31.274,89 33.588,72
VASOS
Item
Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1
Receitas de produção 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50
Desinvestimentos1
0,00
Credito de investimento 71.214,39
Total de entradas
2 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50 15.116,50
Saídas
Inversões 64862,74
165
C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15
Serviços da dívidas3 712,14 8.624,85 8.545,73 8.466,60 8.387,47 8.308,35 8.229,22 8.150,09 8.070,96 7.991,84 0,00
Total de saídas4 712,14 13.765,00 13.753,88 13.606,75 13.595,62 13.448,50 13.437,37 13.290,24 13.279,11 13.131,99 5.208,15
Fluxo de caixa 14.404,36 1.351,50 1.362,62 1.509,75 1.520,88 1.668,00 1.679,13 1.826,26 1.837,39 1.984,51 9.908,35
Fluxo de caixa acumulado 1.4404,36 15.755,85 17.118,48 18.628,23 20.149,10 21.817,11 23.496,24 25.322,50 27.159,88 29.144,40 39.052,75
Rentabilidade Mensal 1.800,54 168,94 170,33 188,72 190,11 208,50 209,89 228,28 229,67 248,06 1.238,54
Período Payback 14.404,36 15.742,47 17.078,25 18.543,59 20.005,13 21.592,18 23.173,99 24.877,38 26.574,17 28.388,69
Apêndice 1W. Fluxo de caixa a taxa de juros de 1% ao ano para casa de vegetação B, Campinas – SP.
CANTEIROS
Item
Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1
Receitas de produção 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50
Desinvestimentos1
0,00
Credito de investimento 54.696,85
Total de entradas
2 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50 17.608,50
Saídas
Inversões 48.345,20
C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15
Serviços da dívidas3 546,97 6.624,40 6.563,62 6.502,85 6.442,07 6.381,30 6.320,52 62.59,75 6.198,98 6.138,20 0,00
Total de saídas4 546,97 11.764,55 11.771,77 11.643,00 11.650,22 11.521,45 11.528,67 11.399,90 11.407,13 11.278,35 5.208,15
Fluxo de caixa 17.061,53 5.843,95 5.836,73 5.965,50 5.958,28 6.087,05 6.079,83 6.208,60 6.201,37 6.330,15 12.400,35
Fluxo de caixa acumulado 17.061,53 22.905,49 28.742,21 34.707,72 40.665,99 46.753,04 52.832,87 59.041,47 65.242,84 71.572,99 83.973,34
Rentabilidade Mensal 2.132,69 730,49 729,59 745,69 744,78 760,88 759,98 776,07 775,17 791,27 1.550,04
Período Payback 17.061,53 22.847,62 28.569,35 34.359,40 40.085,19 45.876,81 51.604,28 57.395,15 6.3122,02 68.909,93
166
VASOS
Item
Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1
Receitas de
produção 13.745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79
Desinvestimentos1
0
Credito de
investimento 49.789,21
Total de entradas
2 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79 13745,79
Saídas
Inversões 43.437,55
C. operacionais 6351,65 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15 5140,15 5208,15
Serviços da dívidas3 497,89 6030,03 5974,70 5919,38 5864,06 5808,74 5753,42 5698,10 5642,78 5587,45 0,00
Total de saídas4 497,89 11170,18 11182,85 11059,53 11072,21 10948,89 10961,57 10838,25 10850,93 10727,60 5208,15
Fluxo de caixa 13247,90 2575,62 2562,94 2686,26 2673,58 2796,91 2784,23 2907,55 2894,87 3018,19 8537,65
Fluxo de caixa
acumulado 13247,90 15823,53 18386,47 21072,73 23746,32 26543,22 29327,45 32235,00 35129,87 38148,06 46685,71
Rentabilidade
Mensal 1655,99 321,95 320,37 335,78 334,20 349,61 348,03 363,44 361,86 377,27 1067,21
Período Playback 13247,90 15798,02 18310,47 20917,73 23486,99 26148,15 28771,02 31482,94 34156,31 36915,96
Apêndice 1X. Fluxo de caixa a taxa de juros de 1% ao ano para casa de vegetação C, Campinas – SP.
CANTEIROS
Item
Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1
Receitas de produção 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04
Desinvestimentos1
0,00
Credito de investimento 49.414,20
Total de entradas
2 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04 16.150,04
167
Saídas
Inversões 43.062,55
C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15
Serviços da dívidas3 494,14 5.984,61 5.929,70 5.874,80 5.819,89 5.764,99 5.710,09 5.655,18 5.600,28 5.545,37 0,00
Total de saídas4 494,14 11.124,76 11.137,85 11.014,95 11.028,04 10.905,14 10.918,24 10.795,33 10.808,43 10.685,52 5.208,15
Fluxo de caixa 15.655,90 5.025,28 5.012,18 5.135,09 5.121,99 5.244,90 5.231,80 5.354,71 5.341,61 5.464,52 10.941,89
Fluxo de caixa acumulado 15.655,90 20.681,17 25.693,36 30.828,44 35.950,44 41.195,33 46.427,13 51.781,84 57.123,45 62.587,97 73.529,85
Rentabilidade Mensal 1.956,99 628,16 626,52 641,89 640,25 655,61 653,98 669,34 667,70 683,06 1.367,74
Período Payback 15.655,90 20.631,42 25.544,84 30.528,91 35.451,04 40.441,38 45.369,97 50.364,41 55.297,29 60.293,72
VASOS
Item
Entradas Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 1
Receitas de produção 13.745,80 13.45,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80
Desinvestimentos1
0,00
Credito de investimento 71.214,39
Total de entradas
2 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80 13.745,80
Saídas
Inversões 43.437,55
C. operacionais 6.351,65 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15 5.140,15 5.208,15
Serviços da dívidas3 712,14 8.624,85 8.545,73 8.466,60 8.387,47 8.308,35 8.229,22 8.150,09 8.070,96 7.991,84 0,00
Total de saídas4 712,14 13.765,00 13.753,88 13.606,75 13.595,62 13.448,50 13.437,37 13.290,24 13.279,11 13.131,99 5.208,15
Fluxo de caixa 13.033,65 -19,21 -8,08 139,05 150,17 297,30 308,43 455,56 466,68 613,81 8537,65
Fluxo de caixa acumulado 13.033,65 13.014,44 13.006,36 13.145,41 13.295,58 13.592,89 13.901,31 14.356,87 14.823,55 15.437,36 23.975,01
Rentabilidade Mensal 1.629,21 -2,40 -1,01 17,38 18,77 37,16 38,55 56,94 58,34 76,73 1.067,21
Período Payback 13.033,65 13.014,64 13.006,71 13.141,67 13.285,99 13.568,86 13.859,41 14.284,31 14.715,29 15.276,52