produÇÃo de hortaliÇas em sistema orgÂnico · beneficiamento da casca do coco verde para...
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PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS EM
SISTEMA ORGÂNICO
Ronessa Bartolomeu de SouzaEng. Agrônoma, Dra., Pesquisadora - Embrapa Hortaliç as
Setembro de 2009
BIODIVERSIDADE
- Diversificação de cultivos
- Cordões de contorno
Desenhos Agroecológicos
- Cordões de contorno
o solo é um simples suporte para o
desenvolvimento vegetal, um reservatório
de nutrientes.
o solo é um sistema vivo e complexo, e
sua sustentabilidade deve ser mantida.
sustentabilidade do solo
manutenção de sua capacidade produtiva ao longo do tempo.
A agricultura orgânica busca, através do manejoorgânico do solo, produzir alimentos de formaambientalmente viável, mantendo e melhorando aqualidade do solo e promovendo suasustentabilidade.
Considera o solo um sistema vivo e complexo,que abriga uma grande diversidade de fauna eflora.
Base do manejo orgânico do solo
Todo o carbono orgânico presente no solo na forma de resíduos
MATÉRIA ORGÂNICA (MO)
presente no solo na forma de resíduos frescos ou em diversos estágios de
decomposição, compostos humificados e materiais carbonizados, associados ou
não à fração mineral; assim como a porção viva, composta por raízes e pela
micro, meso e macrofauna.
Efeitos benéficos da MO:
� fornecedora de nutrientes (principalmente N, P, S emicronutrientes): decomposição/mineralização deresíduos orgânicos
� condicionadora de solo: aeração, capacidade deretenção de água, estrutura, capacidade de troca decátions, capacidade tampão, corrige a acidez do solo,
O preparo e o manejo da fertilidade do solo nossistemas orgânicos de produção levam emconsideração a manutenção (e o aumento) dos teores deMO do solo.
cátions, capacidade tampão, corrige a acidez do solo,redução da variação térmica, aumento da atividademicrobiana, substrato para os microorganismos.
Preparo do solo e manejo de sua fertilidade no sistema orgânico
Preparo
� Abordagem conservacionista
� Movimentação mínima do solo
� Primeiro ano: aração, gradagem e levantamentodos canteiros.
� Anos seguintes: utilizar mecanização reduzida,mantendo cobertura verde ou morta sobre o solo, erealizar o novo plantio sem que seja feito um novopreparo de solo.
Fertilidade
� No início: análise química do solo para conhecer opH e os teores de nutrientes e MO.
� Anos seguintes: novas análises para acompanhar a fertilidade.
� Correção da acidez: pH entre 5,5 e 6,5.
� Fosfatagem corretiva: termofosfatos e fosfatosnaturais de baixa ou alta reatividade, permitidos pelasnormas técnicas de produção orgânica / InstruçãoNormativa do Ministério da Agricultura .
Beneficiamento da casca do coco verde para produção de substrato
Coleta da matéria prima:
• Escolher cascas de mesma procedência ; Selecionar cocos verdes
Desintegração/trituração da casca:• Cortar a casca com o facão em pedaços; • Desfibrar com picadeira de forragem; Deixar secar; • Triturar com peneira de 3mm ou 4mm.
Lavagem das fibras:Lavagem das fibras:• Lavar por imersão; Evitar perda de fibras menores• Deixar escorrer.
“Compostagem” (Fermentação):• 3 :1 fibra: cama de matriz de aves; 2 kg/m3 de termofosfato ou fosfato natural• 60 dias para cultivo; 90 dias para mudas.
Armazenamento:
• Local limpo, seco e coberto.
Colocação em contentor:• Produção de mudas;
•Cultivo de hortaliças e flores.
Melhoria características químicas e físicas: Misturas com outros materiais
Bandeja de 72 células (sem suplementação)Bandeja de 128 células (aplicação de humus de minhoca ou Biofertilizante)
Ingredientes Quant. (volume)
Fibra da casca coco verde compostada (fibra + cama de frango 3:1 + fosfato
50%(fibra + cama de frango 3:1 + fosfato natural ou rocha moida Ipirá)
Vermiculita ou areia lavada 30 a 40%
Bokashi (composto farelos) 10%
cinzas 2,5 a 5%
� O manejo equilibrado da fertilidade do solo pode serrealizado por meio de:
♦adubos orgânicos: estercos animais compostados,compostos ou outras fontes orgânicas recomendadaspelas normas técnicas de produção (por exemplo, póde ossos)
♦adubação verde com leguminosas e/ou gramíneas;
♦adubações complementares com biofertilizanteslíquidos via solo (de acordo com a necessidade);
♦adubações auxiliares com adubos minerais de baixasolubilidade permitidos pelas normas técnicas deprodução;
♦Rotação de culturas e outras associações entreplantas
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Principais Adubos Orgânicos
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Efeitos físicos e Biológicos diminuem Efeitos químicos aumentam
� Adubos verdes
♦ Plantas cultivadas ou crescidas espontaneamente no própriolocal ou importadas de outra área, deixadas, preferencialmente,na superfície do solo, com a finalidade de preservar e/oumelhorar a fertilidade das terras agrícolas
♦ Adubos verdes em Rotação, Sucessão ou Consórcio com acultura principal.
♦ Uso isolado ou em conjunto (coquetel)
♦ Características principais: crescimento rápido, boa coberturado solo e com grande produção de biomassa vegetal, fixaçãode N e/ou aumento na disponibilidade de nutrientes no solo.
� Adubos verdes
♦ escolha de espécies que melhor se adaptem ao local -comportamento diferente de acordo com o ambiente
♦ espécies tolerantes à acidez do solo: feijão bravo do Ceará(Canavalia brasiliensis), feijão de porco (Canavalia ensiformes) emucuna preta (Mucuna aterrima)
♦ espécies de verão: mucuna preta (Mucuna aterrima), Crotalaria♦ espécies de verão: mucuna preta (Mucuna aterrima), Crotalariajuncea, Crotalaria ocroleuca, Crotalaria spectabilis, Crotalariapaulina, feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), guandu (Cajanuscajan), girassol (Helianthus annus), milheto (Pennisetum glaucum) esorgo forrageiro (Sorghum bicolor).
♦ espécies de inverno: aveia preta (Avena strigosa Scheb), naboforrageiro (Raphanus sativus), ervilhaca (Vicia sativa) e ervilhaforrageira (Pisus arvense).
aveia preta
Semeio: 01/12/2004
Florescimento: 02/02/2005
guandu
Semeio: 01/12/2004
Florescimento: 28/02/2005
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
Sorgo Forrageiro
Nabo Forrgeiro
Milheto
Crotalaria juncea
Feijão de Porco
Aveia Preta b
Produção de Matéria Fresca (t/ha)
Aveia Preta b
Mucuna
Gundu Anão
Crotalaria spectabillis
Feijão Bravo do Ceará a
Verão, Embrapa Hortaliças, Brasilia/DF. Espécies com cores iguais não diferem estaticamente pelo Teste de Scott-Knott a 5% de prob.
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Rotação de culturasRotação de culturas
Rotação
Rotação de culturas� mais exigentes com menos exigentes� com estrutura radicular diferente� com relação C/N diferente� evitar acúmulo de inóculos (# famílias)
Alface crespa CenouraMilho + mucuna
Rotação
Culturas Nº frutos/planta Produção/planta
(kg)
Produção/área
(t/ha)
Tomate 18,38 2,70 71,88
Pimentão 2,92 0,25 6,77
Pepino 12,25 2,27 60,66
Crotalaria/Sorgo - - 25,2/27,6
Crotalária - - 27,68
6. Consorciação de culturasTipos: - em linha
- em faixa
CULTURAS COMPAHEIRAS ANTAGONISTAS
ABÓBORAMilho, vagem, abóbora,taioba, chicória, etc
batata
ALFACECenoura, rabanete, morango,pepino, beterraba, rúcula,cebola, etc
salsa
Esquema para consorciação de culturas - hortaliças
cebola, etcCEBOLA Beterraba, morango, tomate,
cenoura, pepino, couve, etc.ervilha, feijão
TOMATE Cebola, salsa, cenoura, alho,etc
Couve, batata,repolho, pepino,milho,etc.
BATATA Feijão, milho, repolho,ervilha, alho, couve,berinjela, etc
Abóbora, pepino,tomate
CENOURA Ervilha, alface, tomate,cebola, acelga, cebolinha, etc
(Debarba, 2000)
Em linhas
Em faixas
Monitoramento de pragas e inimigos naturais na cultura do tomateiro
Maria Alice Medeiros - Embrapa Hortaliças
traça adulto
0
50
100
150
200
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
orgânico
convencional
inimigos naturais
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60
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120
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
orgânico
convencional
Manejo e controle de plantas espontâneas
Estratégias de convívio: período de competição capinas em faixascanteiros
Estratégias de controle: manual ou mecanizadasolarizaçãocobertura mortacobertura com adubo verdecobertura com adubo verde
� Cobertura morta (mulching)
♦ Cobertura com capins secos triturados (sem sementes),palhas, ou outros resíduos vegetais de alta relação C/N emcamada de aproximadamente 5 cm.
♦ Vantagens: características químicas, físicas e biológicasdo solo; decomposição mais lenta da biomassa do solo pordo solo; decomposição mais lenta da biomassa do solo porefeito da temperatura; economia de água; controle depatógenos, pragas do solo e plantas espontâneas
♦ Preferência por materiais abundantes no local e dedecomposição relativamente lenta (manter nível adequadode organismos no solo)
Quantidade: 1 a 2 kg/ m2
SOLO TEMP(ºC)
Umidade(%)
IPE(20 DAS)
IPE(45 DAS)
Controle 31,99 a 9,79 b 90,25 a 48,75 a
Serragem 28,53 bc 12,10 a 25,50 bc 25,50 b
Casca arroz 28,80 b 12,16 a 46,50 b 23,25 bc
Infestação de plantas espontâneas (IPE) na cultura da cenoura com cobertura de solo
Maravalha 28,27 c 11,41 a 13,75 c 14,0 bc
Capim seco 28,84 b 11,72 a 13,00 c 11,25 c
Tratamentos E. Final
( Nº pl./m2)
PRBC
(t/ha)
PMBC
(g/bulbo)
Com Cobertura
Sem Cobertura
47,63 b
55,20 a
46,55 a
28,40 b
112,68 a
73,00 b
Cobertura de solo em cebola
� Estercos puros de animais, tortas e restos deculturasEstercos puros de animais (compostados) – menos utilizados queo composto orgânico
esterco de aves - bastante solúvel com rápida disponibilização denutrientes para as plantas
Composição de macro e micronutrientes é variável de acordocom a fonte – tabelas disponíveis na literatura
� Esterco curtidoEnvelhecimento sob condições não controladas;Microorganismos presentes consomem parte do carbonoorgânico concentrando os nutrientes minerais.
Local Coberto
� Compostagem
♦ Decomposição aeróbica de resíduos vegetais (alto C) e animais (alto N)
♦ Relação C/N ideal 25 a 30 : 1- Maior eficiência na decomposição
75% de restos vegetais diversos + 25% de esterco ou 75% de restos vegetais diversos + 25% de esterco ou
50% de restos vegetais frescos + 50% restos vegetais velhos
Esquema simplificado do processo de compostagem
Resíduos Microorga- O2 e Mat. Org. Calor e + + +
Nutri-+
Resíduos orgânicos
Microorga-nismos
O2 e H2O
Mat. Org. estável
Calor e CO2
+ + +Nutri-entes+
Métodos de Compostagem
• Natural: compostagem com revolvimento periódico das
leiras, manual ou mecânico
• Acelerada:- leira estática com aeração forçada • Acelerada:- leira estática com aeração forçada
(injeção, sucção ou misto), sem revolvimento
- reatores fechados (controle total temp. um.
gases e chorume, menor tempo (30 dias) e menor área
utilizada (50%)
Leira estática aeradaComposto pronto
Resíduos orgânicos
Composto pronto
Resíduos orgânicos
Sistema de drenagem
Composto pronto (para reduzir odores)
Resíduos orgânicos
Sistema de drenagem
Tubulação plástica ou em PVC, perfurada, em forma de retângulo
ligada a um compressor ou exaustor
Aeração por Injeção, Sucção ou Misto (Nobrega, 1991):
Misto mais eficiente, > degradação mat. Orgânica, menor tempo de aeração, e maior eficiência na eliminação de patógenos
Biorreatores
• Mais utilizado para compostagem de resíduos urbanos (lixo ebiossólido) e para tratamento de solos/resíduos contaminados• O material orgânico ou solo contaminado é transferido para umreator contendo água, microrganismos(micróbios capazes dedegradar os contaminantes alvos), nutrientes, com adição dedegradar os contaminantes alvos), nutrientes, com adição deoxigênio e agitação contínua• Maior controle do processo•Permite controle dos gases desprendidos - reciclagem,combustão, biofiltração• Alto custo• Baixo tempo de compostagem – muitíssimo acelerado (30 dias)
Compostagem com revolvimento manual-Embrapa Hortaliças
�Materiais por camada: 15 carrinhos de mão de capimBrachiaria roçado, 30 carrinhos de capim Napier, 20carrinhos de Cama de matriz de aviário, 13 kg de Fosfatonatural ou Termofosfato;
�Medas: Formar camadas alternadas na seguinte ordem:�Medas: Formar camadas alternadas na seguinte ordem:Brachiaria, Napier, Cama de Matriz e Termofosfato. Medasde 1m x 10m x 1,5m de altura;
�Reviramentos: Quinzenalmente, por 4 vezes, e molhar;
�Tempo: Revira-se até 60 dias, aos 90 estará pronto;
�Esta quantidade produzirá ~2.500kg de composto,suficientes para 800-2400m de canteiros.
4ª. Camada Capim roçado
Capim triturado
3ª. Camada Fosfato natural ou Termofosfato
Cama de matriz
Capim triturado
Capim roçado
2ª. Camada Fosfato natural ou Termofosfato
MONTAGEM DA LEIRA OU MEDA:
2ª. Camada Fosfato natural ou Termofosfato
Cama de matriz
Capim triturado
Capim roçado
1ª. Camada Fosfato natural ou Termofosfato
Cama de matriz
Capim triturado
Capim roçado
Leira estática aerada• túnel de ventilação natural
Fonte: Processo de compostagem, a partir de lixo orgânico urbano, em leira estática com ventilação natural. Circular técnica 33. 2004. Embrapa Amazônia Oriental, Belem/PA
Leira estática aerada com monitoramento remoto da temperatura – D’Ró
• Três tubos de aeração perfurados em todos os sentidos colocados a 50 cm do piso – injeção
• túnel todo perfurado, colocado sobre o piso, ligado a um exaustor
• Nenhum revolvimento• Nenhum revolvimento
• Sensores de temperatura colocados em 5 diferentes alturas da pilha ligados a um computador
•Água é nebulizada sobre a leira, quando necessário
• Chorume é recolhido e retorna à pilha de composto
• Inoculação do composto com microorganismos
Leira estática aeradaVantagens:
• menor gasto com mão de obra
• menor perda de nutrientes do chorume
• permite produção em grande escala
• acelera a decomposição dos resíduos ~ 54 a 60 dias? (em estudo)
• Caracterização, Avaliação da Qualidade e da Eficiência Agronômica do composto estão em andamento
Compostagem – Embrapa Hortaliças
�Montagem da pilha : local seco, arejado, plano e de fácillocalização
�Irrigações : se formar um torrão e este se desmanchar com facilidade (não pode escorrer água entre os dedos)
�Reviramentos : o primeiro deve ser feito a 10 dias os �Reviramentos : o primeiro deve ser feito a 10 dias os demais a cada 15 dias
�Temperatura : ~ 60ºC
�O composto estará pronto quando a sua cor estiver escura e a temperatura em torno de 30ºC.Aproximadamente de 80-90 dias.
�Materiais: 15 carrinhos de mão de capim Brachiaria roçado. 30 carrinhos de capim Napier, 20 carrinhos de Cama de matriz, 14 kg de Fosfato Natural ou Termofosfato;
�Medas: Formar camadas alternadas na ordem: Brachiaria, Napier, Cama de Matriz e Termofosfato. Medas de 1m x 10m x 1,5m de altura1,5m de altura
�Tempo : Revira-se até 60 dias, aos 90 estará pronto;
�Esta quantidade produzirá 2.500kg de composto
� Composto de farelos (‘Bokashi’)
Mistura de farelos fermentada
Rico em nutrientes, principalmente N P e K
Preparo rápido (3 a 21 dias)
Matéria prima: farinha de ossos, farinha de peixe, farelos de Matéria prima: farinha de ossos, farinha de peixe, farelos de arroz, de oleaginosas ....
Umidade ideal 50 a 60% e Temperatura ~ 50 C
Revolvimento diário (temperatura sobe com facilidade)
Pode ser aeróbico ou anaeróbico
Bokashi
5kgFarelo de mamona
20kgFarelo de arroz ou algodão
25kgComposto pronto ou esterco de gado
25kgTerra de mata (inoculante)
100kgTerra virgem (barranco)
QuantidadeIngredientes
0,5kgFubá de milho
45 %Água
0,5kgAmido de mandioca
1kgRapadura, açúcar mascavo
5kgCinzas (munha de carvão)
25kgResíduos de sementes
10kgFarinha de ossos
5kgFarelo de mamona
Bokashi anaeróbico (sem ar)
Ingredientes quantidade Proporção (%) Cama de matrizes de aviário 480 kg 55 Calcário dolomítico 40 kg 5 Torta de mamona 100 kg 12 Farelo de Trigo 120 kg 14 Farinha de ossos 50 kg 6 Cinzas ou carvão 10 kg 1 Cinzas ou carvão 10 kg 1 solução ~ 65 L 8
Ingredientes quantidade Agua 60 L Leite 2 L EM (microorganismos eficazes) 2 L Açúcar cristal 1,5 kg
SOLUÇÃO:
♦ Fertilizantes orgânicos líquidos – aplicação via solo emfertirrigação
♦Fornece todos os macro e micronutrientes, aumenta aresistência das plantas a pragas e doenças e auxilia no controledos mesmos
� Biofertilizantes
♦ Extrato de Composto – Composto orgânico + água (1:2) – usoimediato
♦Biofertilizante Líquido: Esterco bovino fresco + água (1:1),sistema fechado (anaeróbico) por 30 dias –
♦ Variações: Agrobio, Super Magro, Vairo, biofertilizantesenriquecidos (↑N↑K; ↓N ↑K; ↓K ↑N e etc.)
♦ Agrobio : 200 litros de água; 100 litros de esterco bovinofresco; 20 litros de leite de vaca ou soro de leite; 3kg demelaço
- Misturar, fermentar 1 semana; Nas 7 semanas subseqüentesacrescentar:
430 g de bórax ou ácido bórico, 570 g de cinza de lenha, 850 gde cloreto de cálcio, 43 g de sulfato ferroso, 60 g de farinha d eosso, 60g de farinha de carne, 143 g de termofosfatomagnesiano, 1,5 kg de melaço, 30 g de molibdato de sódio, 30magnesiano, 1,5 kg de melaço, 30 g de molibdato de sódio, 30g sulfato de cobalto, 43 g de sulfato de cobre, 86 g de sulfatode manganês, 143 g de sulfato de magnésio, 57 g de sulfatode zinco, 29 g de torta de mamona e 30 gotas de solução deiodo a 1%, semanalmente;
- Nas 4 últimas semanas acrescentar 500 mL de urina de vaca;Mexer a calda 2 x ao dia ; após 8 semanas, completar ovolume para 500 L e coar
Produto final - cor bem escura e odor característico deproduto fermentado, pH 5 a 6; Análise química: 34,69 g/lde matéria orgânica; 0,8% de carbono; 631 mg/l de N; 170mg/l de P; 1,2 g/l de Ca e 480 mg/l de Mg e traços deMicro.
Recomendação de Uso:
produção de mudas : preventivo em pulverização,produção de mudas : preventivo em pulverização,Agrobio a 2%;
Produção Folhosas: pulverização semanal, Agrobio a 4%ou 2 vezes por semana a 2%;
Hortaliças de fruto: pulverização semanal, Agrobio 4%
Biofertilizante Bioembrapa
Ingrediente p/ 100 L Quantidade
Inoculante Shigeo Doi 1 LFarinha de sangue 1 kgFarelo de arroz ou algodão 4,4 kgFarelo de mamona 1 kgFarinha de ossos 2,2 kgFarinha de ossos 2,2 kgResíduo de sementes 1 kgCinzas 1 kgRapadura ou açúcar mascavo 0,5 kgPolvilho 0,5 kgÁgua 88 L
Agitar 3 vezes ao dia com haste de madeira ou aeração constante
Pronto em 8 a 10 dias
Inoculante (Shigeo Doi)
Ingredientes p/ 200 L Quantidade
Melaço 8 L
Vinhoto 4 L
Rapadura ou açúcar cristal 5 kg
Polvilho ou batata cozida amassada 500 gPolvilho ou batata cozida amassada 500 g
Terra de mata (camada de cima) 10 L
Água não clorada Completar para 200 L
Agitar 3 vezes ao dia com haste de madeira ou aeração constante
Pronto em 10 a 15 dias
Quantidade em função biofertilizanteN = 150kg/ha de NitrogênioSemanas após transplante Quantidade (mL por m2 de canteiro por semana)
Alface Pimentão Tomate
Bioembrapa Agrobio Bioembrapa Agrobio Bioembrapa Agrobio
1a. Semana 100 370 35 130 45 1702a. Semana 287 1070 170 630 90 3403a. Semana 2000 7480 520 1940 90 3404a. Semana 2000 7480 520 1940 90 3405a. Semana 2000 7480 520 1940 160 6006a. Semana 1200 4540 570 2130 160 6007a. Semana7a. Semana 1200 4540 570 2130 160 6008a. Semana 1200 4540 570 2130 160 6009a. Semana 680 2550 600 225010a. Semana 680 2550 600 225011a. Semana 680 2550 600 225012a. Semana 880 3300 600 225013a. Semana 880 3300 600 225014a. Semana 880 3300 600 225015a. Semana 620 2300 1220 460016a. Semana 620 2300 1220 4600
17a. Semana 620 2300 1220 4600
18a. Semana 750 280019a. Semana 750 2800
20a. Semana 750 2800
Bio N P K Ca Mg Sg.kg-1 mg.l-1
Agrobio 0,4 78 1405,1 2174,3 561,5 419,5
Bioembrapa 1,5 170,5 1861,4 984,5 495,6 82,3
Ext. composto 0,2 108,1 3065,8 72,5 57,6 164,6
Análise química dos biofertilizantes Macronutrientes:
Ext. composto 0,2 108,1 3065,8 72,5 57,6 164,6
Bio B Cu Fe Mn Znmg.l-1
Agrobio 702,4 47,7 57,3 227,3 91Bioembrapa 89,2 0,6 12,5 9 1,4Ext. Composto 8,9 1,6 6 1,1 1,8
Micronutrientes:
Análise química dos biofertilizantes
Contaminantes minerais:
Bio As Cd Pb Cr Hg Ni Se
mg.l-1
Agrobio <0,01 0,01 0,1 0,4 0,1 0,8 <0,01Agrobio <0,01 0,01 0,1 0,4 0,1 0,8 <0,01
Bioembrapa <0,01 <0,01 <0,01 0,3 <0,01 0,2 0,1
Composto <0,01 <0,01 0,04 <0,01 <0,01 0,1 <0,01
Agentes e contaminantes biológicos dos biofertilizantes
Bioembrapa AgrobioListeria monocytogenes Ausente/25ml Ausente/25ml
Clostridium Sulfito redutores
2,0x104 <1,0x100
Clostridium perfringens <1,0x100 <1,0x100
Escherichia coli <1,0x100 <1,0x100Escherichia coli <1,0x100 <1,0x100
Salmonella ausente/25 mL ausente/25mL
Ovos viáveis de Helmintos ausente/4 g ausente/4g
Bolores e leveduras 3,7x105 <1,0x100
Microorganismos mesófilos aeróbios estritos e facultativos viáveis
4,0x104 UFC/ml 5,9x102 UFC/ml
Contaminante Valor máximo admitido
Arsênio (mg/kg) 20,0
Cádmio (mg/kg) 3,0
Chumbo (mg/kg) 150,0
Cromo (mg/kg) 200,0
Mercúrio (mg/kg) 1,0
Instrução Normativa SDA Nº. 27/2006ANEXO V
Limites máximos de contaminantes admitidos em fertilizantes orgânicos
Mercúrio (mg/kg) 1,0
Níquel (mg/kg) 70,0
Selênio (mg/kg) 80,0
Coliformes termotolerantes - número mais provável por grama de matéria seca (NMP/g de MS)
1.000,0
Ovos viáveis de helmintos - número por 4 gramas de sólidos totais (nº em 4g ST)
1,0
Salmonella sp Ausência em 10 g de matéria seca
Resultados obtidos com Alface Americana
Cultivar
Produção Comercial (t ha-1) c/ 67900 plantas ha-1
Testemunha Bioembrapa AgrobioExtrato de Composto
OGR 326 27,1 A a 35,4 A a 23,9 B b 15,9 C a
Gloriosa 29,0 B a 36,7 A a 25,1 B b 15,8 C a
Médias seguidas por letras minúsculas iguais nas colunas e maiúsculas nas linhasnão diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Gloriosa 29,0 B a 36,7 A a 25,1 B b 15,8 C a
Tainá 29,2 A a 31,6 A a 28,9 A ab 17,0 B a
Laurel 27,8 B a 35,4 A a 30,6 AB a 15,7 C a
Resultados obtidos com Alface Americana
Cultivar
Massa média de cabeça comercial (g cabeça-1)
Testemunha Bioembrapa AgrobioExtrato de Composto
OGR 326 399,7 A a 522,0 A a 352,7 B b 234,0 C a
Gloriosa 426,9 B a 540,1 A a 369,3 B b 233,3 C aGloriosa 426,9 B a 540,1 A a 369,3 B b 233,3 C a
Tainá 430,0 A a 465,3 A a 424,9 A ab 250,0 B a
Laurel 409,3 B a 521,7 A a 450,0 AB a 231,3 C a
Médias seguidas por letras minúsculas iguais nas colunas e maiúsculas nas linhasnão diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Resultados obtidos com Alface Americana
CultivarMassa Média de Cabeça Inteira (g cabeça-1)
Testemunha Bioembrapa AgrobioExtrato de Composto
OGR 326 468,3 B a 601,0 A a 399,0 B b 280,7 C a
Médias seguidas por letras minúsculas iguais nas colunas e maiúsculas nas linhasnão diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
OGR 326 468,3 B a 601,0 A a 399,0 B b 280,7 C a
Gloriosa 484,0 B a 626,0 A a 427,3 B ab 292,0 C a
Tainá 506,3 A a 540,3 A a 499,3 A a 304,3 B a
Laurel 484,7 B a 594,7 A a 513,7 AB a 273,7 C a
Resultados obtidos com Alface Americana
Cultivar
Número de Folhas
Testemunha Bioembrapa AgrobioExtrato de Composto
OGR 326 23,4 BC b 27,6 A a 26,6 AB a 21,8 C a
Médias seguidas por letras minúsculas iguais nas colunas e maiúsculas nas linhasnão diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
OGR 326 23,4 BC b 27,6 A a 26,6 AB a 21,8 C a
Gloriosa 28,8 A a 27,8 A a 26,6 AB a 22,8 C a
Tainá 24,0 AB b 27,8 A a 28,0 A a 20,4 B a
Laurel 28,0 A a 29,6 A a 26,4 AB a 23,8 B a
Aplicação Foliar
Biofertilizantes com componentes de origem vegetal:sem restrições
Biofertilizantes com componentes de origem animal :
menos de 1 ovo viável de helmintos por 4 gramas,quando em aplicação foliar ou nas partes comestíveis.
Hortaliças
RENDIM. COMERCAL (kg/ha)
ESPÉCIES SISTEMAORGÂNICO
MÉDIA / SISTEMACONVENCIONAL
DIFERENCIAL (%)
Abóbora 7.325 6.000 + 26
Alho 6.102 5.000 + 22
Tabela 1. Produções comerciais de algumas olerícola s em sistema orgânico e convencional. Média de 10 anos.
Batata 19.451 15.000 + 30
Batata baroa 15.355 13.000 + 18
Cenoura 23.535 22.000 + 7
Couve-flor 13.686 15.000 - 9
Inhame 23.805 12.000 + 98
Repolho 55.325 45.000 + 23
Tomate 34.545 48.400 - 29
Fonte: INCAPER, 2000
Custos de Produção
São Paulo ParanáIndicador
Pr. 01 Pr. 02 Pr. 03 Conv. Pr. 01 Conv.
Mão de obra
Máquinas
70,85
13,47
80,11
1,63
59,91
10,71
25,39
13,89
73,08
7,04
26,78
15,55
Tabela . Indicadores de eficiência econômica (%) da cultura da alface (1 ha) em sistema orgânico e convencional
Máquinas
Equipamentos
Insumos
Desp. Gerais
13,47
3,72
10,73
1,23
1,63
6,93
11,33
-
10,71
5,12
24,26
-
13,89
7,53
57,16
-
7,04
2,69
12,99
4,21
15,55
8,69
45,81
4,37
Custo (R$) 10.419,19 7.294,48 3.672,77 3.053,84 4.336,87 2.992,55
Receita (R$) 56.700,00 21.875,00 54.545,45 17.700,00 45. 805,56 17.233,33
(Carmo & Magalhães, 1999) - Informações Econômicas
� Exemplo de cálculo de Adubação
Recomendação de acordo com a análise de solo:
1 ha de Cebola:
120 kg de N, 180 de K2O e 300 kg de P2O5
Fertilizante orgânico Composição químicaFertilizante orgânico Composição químicaN P K
%MS fc %MS fc %MS fcEsterco Bovino 5 20 2,5 40 5 20Fosfato Natural - - 30 3,3 - -Cinzas - - 2,5 40 10 10
fc = 100/ %MS
� Exemplo
Esterco Bovino compostado ou curtido:N = 120 x 20 = 2.400 kg ha-1 de esterco bovino que fornecetambém:P = 2.400/40 = 60 kg ha-1
K = 2.400/20 = 120 kg ha-1
Cinzas:Cinzas:K = 180 – 120 = 60 x 10 = 600 kg ha-1 de cinzas que fornecetambém:P = 600/40 = 15 kg ha-1
Fosfato Natural:P = 300 – 60 – 15 = 225 x 3,3 = 742 kg ha-1 de fosfato natural