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PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA NA REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL Gessí Ceccon Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS

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PRODUÇÃO DE MILHO SAFRINHA

NA REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL

Gessí Ceccon

Embrapa Agropecuária Oeste,

Dourados, MS

REGIÃO DE CARACTERIZAÇÃO

Fonte: IBGE (2016). Elaborado por Éder Comunello.

Rio Grande do Sul e São Paulo

Paraná e Mato Groso do Sul

Área - milho safrinha 2017

0

500

1.000

1.500

2.000

2.5001

984

1986

1988

1990

1992

1994

19

96

1998

2000

2002

2004

20

06

2008

2010

2012

2014

20

16

Áre

a (

ha x

1000)

Anos

Paraná

São Paulo

Mato Grosso do Sul

Fonte: Conab, 2017

Área - Soja no verão

Fonte: Conab, 2017

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

1977 1982 1987 1992 1997 2002 2007 2012 2017

Áre

a (

ha x

1000)

Anos

MS SP PR

Produtividade de milho safrinha

Fonte: Conab, 2017

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

198

4

198

6

198

8

199

0

199

2

199

4

199

6

199

8

200

0

200

2

200

4

200

6

200

8

201

0

201

2

201

4

201

6

Pro

du

tivid

ad

e (

kg

ha

-1)

Anos

Paraná

São Paulo

Mato Grosso do Sul

Custo de produção x produtividade

Fonte: Adaptado de Richetti, 2016

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

ADM Depreciação Capital, T&T Operações Insumos Custooperacional

Custo totalReais

po

r h

ecta

re

Conv.Solt

Conv.Cons.

Bt Cons.

Bt+RR Solt

Bt+RR Valor

Produtividade a

15 R$/saca

Produtividade a

20 R$/saca

Operacional 1.914,43 7.658 (128) 5.743 (95)

Total 2.462,28 9.849 (164) 7.387 (123)

Convencional

Operacional 1.714,12 6.856 (114) 5.142 (85)

Total 2.257,00 9.028 (150) 6.771 (112)

Comercialização, 2017.

Contrato 20%

Venda imediata …

Armazenamento50%

Caracterização das regiões

-Solos argilosos de média a alta fertilidade;

-Altitude próxima de 500 m, topografia plana;

Estresses por seca e/ou geadas

-Falta de água em baixas altitudes, SP

-Baixas temperaturas em maior altitude, e acentua c/ latitude.

Ocupação da terra após a soja-Milho safrinha é cultivado em 80 a 95% da área da soja em solos argilosos.

-Parte dos solos arenosos porque o Zoneamento Agrícola é restritivo;

-Consorciado com Brachiaria ruziziensis:

em 3% em SP, de 2 a 20% no PR e de 5 a 50% em MS

VERÃO

Soja Feijão Milho Algodão

SorgoGirassolBraquiária

Trigo Triticale Aveia Nabo Crotalaria spectabilis

Milheto

SAFRINHA

Brachiaria para Rotação de culturas

Safrinha Verão Fafrinha Verão Cultivo

1 Milho safrinha Soja Milho safrinha Soja Sucessão

2 Consórcio Soja Consórcio Soja Sucessão com cobertura

3 Brachiaria Soja Consórcio Soja Rotação para milho

4 Braquiária Pasto Pasto Soja ILP (Rotação 18 m)

Expansão do Milho Safrinha

São Paulo,

-região Noroeste, às margens do rio Tietê, -Vale do Paranapanema em terras de maior altitude, de milho verão;

Paraná-região Oeste e Norte, em solos argilosos, em áreas do trigo.

Mato Grosso do Sul-região Oeste, em solos argilosos

-região Leste, em solos de textura média, ILP;

Cultivo do Milho Safrinha-Semeadura direta em sucessão à soja;

-Antecipa colheita da soja – antecipa semeadura do milho.

-Áreas esporádicas;

-renovação de canavial, Norte/Noroeste de São Paulo;

-Mandioca na região de MS e parte do PR e ILP em MS.

Épocas de semeadura

0

10

20

30

40

50

Jan 20-30 Fev 1-10 Fev 10-20 Fev 20-28 Mar 1-10 Mar 10-20 Mar 21-30

Po

rce

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ge

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em

ea

du

ra

Períodos de semeadura

São Paulo

MS-Centro

MS-Sul

PR-Oeste

PR-Centro-Oeste

PR-Norte

Classes de híbridos

77

20

3

40 40

15

5

40 40

20

57

40

3

35

30

25

10

65

10

25

Híbrido simples Hibrido triplo Híbrido duplo Outros

Po

rcen

tag

em

Classes de híbridos

São Paulo

MS-Centro

MS-Sul

PR-Oeste

PR-Centro-Oeste

PR-Norte

Tecnologias

-Bt em 90 a 100% das lavouras e as

-Bt+RR em 7 a 90% das áreas,

-Predominantes: PRO, PW, Viptera e Leptra.

-Convencionais em 3 a 10%.

Espaçamento entre linhas

60

30

10

85

105

90

10

50 50

40

6065

35

45 - 50 cm 80 - 90 cm Outros

Po

rcen

tag

em

Espaçamento entre linhas (cm)

São Paulo

MS-Centro

MS-Sul

PR-Oeste

PR-Centro-Oeste

PR-Norte

Adubação

-No sulco de semeadura, NPK 10-15-15, 16-16-16 etc.

-Doses de 200 a 250 kg ha-1 no maior potencial;

-Dose é reduzida no menor potencial

-Matérias primas (NP 13-33-00) + K à lanço, antes da cobertura com N .

AdubaçãoAdubação de cobertura

-Com ureia, de V2 a V6. Baixo uso de N + S.

*Antecipar pelo menor NPK na semeadura e maximizar as chuvas no início.

Micronutrientes em 10 a 20% nas melhores lavouras

-cobalto e molibdênio, no tratamento de sementes,

-zinco e molibdênio via foliar.

Azospirillum, de 0 a 30% das lavouras.

Plantas daninhasEm todas as regiões:

Conyza bonariensis (buva),

Digitaria insularis (amargoso),

Commelina benghalensis (trapoeraba),

Glycine max (soja tiguera)

Mais

-fedegoso, apaga-fogo e caruru; poaia e capim-arroz, em SP;

-capim-colchão, capim-carrapicho e picão-preto em MS;

-capim-colchão, corda-de-viola e sorgo-vassoura no PR.

Plantas daninhas

Plantas daninhas

A gradagem não controlou buva nem amargoso.

Plantas daninhas ?

Insetos e inseticidas

O percevejo-barriga-verde (Dichelops

melacanthus e furcatus)

A lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda).

Em menor ocorrência, vaquinha e pulgão.

Insetos e inseticidas

1 - Acefato (contato e ingestão), emergido

2 - Connect (Imidacloprido + beta-ciflutrina )+ Mach

3 – Lannate (Metomil) + Mach (Lufenurom) + Atrazine

4- Fungicida + óleo + Belt (Flubendiamida)

5 - Metomil + Lufenurom

O controle químico para percevejos,

por tratamento de sementes com

neonicotinoides e pulverizações.

Doenças

Em todas as regiões

-mancha branca (Phaeosphaeria),

-mancha de cercospora (Cercospora zeae-maydis) e

-ferrrugem (Puccinia polysora)

-queima de turcicum (Exserohilum turcicum),

-mancha de Bipolaris (Bipolaris maydis).

-Fusarium spp., Macrophomina spp. e Pythium sp.

Controle

-Fungicidas com trator ou avião V8 a pré-pendoamento

-Misturas de triazol e estrobilurina

-Mancozeb adicional onde tem mancha branca.

Agradecimentos-Coautores-Aildson Pereira Duarte - Pesquisador Científico, Instituto Agronômico (IAC),

-Emerson da Silva Nunes - Coordenador Técnico de Culturas Anuais, COCAMAR

-Alfredo Lucas Becher Ribas - Engenheiro Agrônomo, COAMO.

Informações técnicas de campo-Denis Cimonetti, Cooperativa Agropecuária de Pedrinhas Paulista, SP;

-Jorge Luiz Hipólito, CATI/EDR de Araçatuba, SP;

-Marcio de Souza Pecchio, Cooperativa Agroindustrial, Coopermota, SP;

-Renato Massaro Sobrinho, Sindicato Rural de Guaíra, SP;

-Wanessa de Oliveira Queiroz, Detec Assessoria Técnica Ltda, SP;

-Márcio Issamu Yoshida, da Cooperativa Copasul, em Naviraí, MS;

-Marcio Luiz Cichelero, Gênese Consultoria, Maracaju, MS;

-Renan Miranda Viero, da Cooperativa Copasul, em Naviraí, MS;

-Ao Departamento Técnico da Cocamar e da Coamo

Revisões no manuscrito-Alfredo Tsunechiro, Pesquisador Científico do Instituto de Economia Agrícola, SP,

-Marciana Retore, pesquisadora da Embrapa Agropecuária Oeste;

-Eli de Lourdes Vasconcelos, bibliotecária da Embrapa Agropecuária Oeste.

Muito obrigado

Gessí Ceccon

Embrapa Agropecuária Oeste,

Dourados, MS