processo do trabalho - estruturada

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CURSO DE DIREITO ALINE STAR PROCESSO DO TRABALHO

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Page 1: Processo Do Trabalho - Estruturada

CURSO DE DIREITO

ALINE STAR

PROCESSO DO TRABALHO

FORTALEZA

2011.1

Page 2: Processo Do Trabalho - Estruturada

INTRODUÇÃO

O processo é o complexo de atos seqüenciais e termos por meio dos quais se concretiza a prestação jurisdicional, através de um instrumento chamado "Ação", originado de um dissídio trabalhista, ou seja, é meio pelo qual o empregado ou empregador se utiliza para satisfazer um prejuízo que eventualmente tenha tido da relação de trabalho.

O processo do trabalho é bastante dinâmico e diferentemente do processo civil, que se apresenta com maior rigor formal, possui características próprias, orientando-se por princípios menos complexos os quais visam dar maior celeridade processual e resolver o conflito com o menor tempo possível.

O propósito desta celeridade está consubstanciado na redução de várias fases processuais e recursos que existe na esfera civil, bem como na redução de prazos e procedimentos dos atos processuais.

Dentre as principais características (princípios) do processo do trabalho, podemos citar:

- Finalidade Social: em razão da própria diferença entre as partes, o Direito do Trabalho procura assegurar que haja um equilíbrio entre o empregado e o empregador. O processo trabalhista permite que o mais fraco (empregado) goze de benefícios que não atingem o empregador, como por exemplo, a isenção do depósito recursal.

- Oralidade: O processo do trabalho é eminentemente oral, isto é, nele prevalece a palavra falada, não só pela valorização da conciliação (acordo), como também pela própria faculdade à parte de propor uma ação ou se defender, sem intermediação de advogado (embora não seja muito recomendado pela falta de conhecimento técnico).

- Celeridade: as questões trabalhistas por trazerem em seu ânimo o único meio de sobrevivência do trabalhador e de sua família (salário), nada justificaria a demora na resolução do conflito. A Justiça Trabalhista prevê, por exemplo, que se o juiz perceber que a reclamada se utiliza de recursos com fins exclusivamente protelatórios (adiar o julgamento), poderá aplicar-lhe multa por tal ato.

Page 3: Processo Do Trabalho - Estruturada

1 - JUSTIÇA DO TRABALHO EM SUA ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA

JURISDIÇÃO

Quando se constitui a vida em sociedade, é fato notório a ocorrência de conflito de

interesses entre os particulares. Para resolver tais conflitos, estabelecer as normas desta

sociedade e administrá-la, surge a necessidade de CONSTITUIÇÃO DO ESTADO, que

apresenta sua forma tripartida:

PODER LEGISLATIVO Com finalidade de estabelecer normas;PODER EXECUTIVO Com finalidade de administrar;PODER JUDICIÁRIO com finalidade de resolver os conflitos de interesse.A atividade do judiciário é de, em sendo provocado, ANALISANDO O

ORDENAMENTO PÁTRIO ESTABELECIDO PELO PODER LEGISLATIVO, dizer

qual das partes envolvidas no conflito de interesses está com a razão, ou seja, dizer

(dicionar) o direito (juris) jurisdicionar.

Entretanto, não é demais dizer que temos conflitos das mais variadas ordens: de

natureza trabalhista, civil, criminal, tributária, comercial, etc. Em razão do grande

número de provocações ao judiciário, surgiu a necessidade de dentro do referido poder,

haver uma divisão de atribuições (estabelecendo-se de competências), para que o poder

judiciário pudesse dar uma prestação jurisdicional da mais alta qualidade.

Supremo Tribunal Federal

STJ TST TSE STM

TJ / TA TRF TRT TRE

Page 4: Processo Do Trabalho - Estruturada

Juiz de Direito

Juiz FederalVara de Trabalho

Junta Eleitoral

Auditoria

Justiça Comum Justiça Especial

Estadual Federal Trabalho Eleitoral Militar

O PODER JURISDICIONAL BRASILEIRO

Cada órgão do poder judiciário terá definida sua competência material (em razão da matéria que podem apreciar), funcional (cada órgão terá suas atribuições dentro de sua competência material) e territorial (competência em razão do local).

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

A Justiça do Trabalho é um órgão do Poder Judiciário, os dissídios, oriundos das relações entre empregados e empregadores bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços, em atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho.AS QUESTÕES REFERENTES A ACIDENTES DO TRABALHO CONTINUAM SUJEITAS À JUSTIÇA ORDINÁRIASão órgãos da Justiça do Trabalho:TST - Tribunal Superior do Trabalho;TRT - Tribunais Regionais do Trabalho;As Varas de Trabalho ou os Juízes do Trabalho.COMPETÊNCIACompetência é o limite da jurisdição. Trataremos aqui de 3 tipos de competência: a material, a funcional e a territorial.

COMPETÊNCIA MATERIALTrata-se do estabelecimento de que matéria poderá ser apreciada pela Justiça do TrabalhoCompete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar- dissídios individuais entre empregados e empregadores;- dissídios coletivos;- execução: das próprias decisões e, de ofício, das contribuições sociais incidentes nas sentenças que proferir;- outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho;

COMPETÊNCIA FUNCIONAL

Page 5: Processo Do Trabalho - Estruturada

Trata-se das atribuições de cada órgão dentro da justiça do trabalho, ou seja, quais as funções de cada um.

DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO O Tribunal Superior do Trabalho, com sede na Capital da República e jurisdição em

todo o território nacional, é a instância superior da Justiça do Trabalho. Suas

competências estão elencadas na Lei nº 7701/88.

DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO Nos Tribunais Regionais constituídos de 6 ou mais Juizes togados, e menos de 11, 1

(um) deles serão escolhido dentre advogados, 1 (um) dentre membros do Ministério

Público da União junto à Justiça do Trabalho e os demais dentre Juizes do Trabalho,

Presidentes de Junta da respectiva Região.

Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:I - ao Tribunal Pleno, especialmente:a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;

b) processar e julgar originariamente:1 - as revisões de sentenças normativas;2 - a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos;3 - os mandados de segurança;4- as impugnações à investidura de Juizes classistas e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento;

c) processar e julgar em última instância:1 - os recursos das multas impostas pelas Turmas;2 - as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos Juizes de Direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos;3 - os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os Juizes de Direito investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aqueles e estas;

d) julgar em única ou última instância:1 - os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos servidores;2 - as reclamações contra atos administrativos de seu Presidente ou de qualquer de seus membros, assim como dos Juizes de primeira instancia e de seus funcionáriosII- às Turmas:a) julgar os recursos ordinários;b) julgar os agravos de petição e de instrumento;

Page 6: Processo Do Trabalho - Estruturada

c) impor multas e demais penalidades relativas a atos de sua competência jurisdicional, e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas e dos Juizes de Direito que as impuserem.

DAS VARAS DE TRABALHO Compete às Varas de Trabalho:a) conciliar e julgar:I-·os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho;III- os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;IV- os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;

b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência.

Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador;

COMPETÊNCIA TERRITORIALAqui se estabelece a competência em razão do lugar. Sabendo-se da competência

material e da funcional, questiona-se acerca da competência territorial. Esta

competência é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou

reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local

ou no estrangeiro.

REGRA: a competência será do lugar onde o empregado prestar serviços, ainda que tenha sido contratado em outro local.

EXCEÇÕES: temos 2 exceções:a) quando o empregador realizar atividade itinerante: o empregado poderá optar pelo

local da celebração do contrato ou da prestação dos serviços;b) quando o empregado for agente ou viajante comercial, a competência obedecerá ao

que segue:1. localidade onde se situar a agência ou filial a qual o empregado esteja subordinado, ou;2. no local do domicílio do empregado ou na localidade mais próxima;

SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHOA Justiça do Trabalho conta com a colaboração de servidores especialmente treinados que estão lotados nos seguintes órgãos.

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- o Distribuidor;- a Secretaria da Vara de Trabalho;- a Secretaria do TRT;- os Oficiais de Justiça;

2 – JUSTIÇA DO TRABALHO DE 1º GRAU

As varas trabalhistas têm como função primordial julgar dissídios individuais, que são

controvérsias surgidas nas relações de trabalho entre o empregador (pessoa física ou

jurídica) e o empregado (sempre pessoa física). Esse conflito chega à Vara na forma de

reclamação trabalhista. A jurisdição da Vara abrange geralmente um ou alguns

municípios, sendo competente para julgar o conflito trabalhista aquela da localidade

onde o empregado, seja reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda

que tenha sido contratado em outro local. A Vara compõe-se de um juiz do trabalho

titular e um juiz do trabalho substituto, além do diretor de secretaria e servidores.

Atualmente a Justiça do Trabalho no Ceará conta com 26 Varas do Trabalho, sendo 14

localizadas em Fortaleza e 12 nos municípios de Baturité, Caucaia, Crateús, Crato,

Iguatu, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Pacajus, Quixadá, Sobral e

Tianguá. Conta também com um Posto Avançado em Aracati e com os serviços da

Justiça Itinerante, que leva a atividade jurisdicional trabalhista às cidades mais distantes

e necessitados, disponibilizada por meio de unidades móveis, geralmente, por meio de

ônibus adaptados.

1ª Instância - Varas da Capital

Endereço para correspondência:Av. Tristão Gonçalves, 912 - Fórum Autran NunesBairro: Centro - Fortaleza/CE CEP: 60.015-000TEL (085) 3252.1935 / 3308.5900

Assessoria de Distribuição dos Feitos das Varas do Trabalho de Fortaleza - ADFVTFDiretor: Giviane Farias CamiloFone: 3308-5997, 3308-5835, 3308-5989 Fone (fax): 3308-5989 Email: [email protected] Diretora: [email protected]: Edifício Anexo

Page 8: Processo Do Trabalho - Estruturada

Jurisdição: Fortaleza

1ª Vara de FortalezaTítular: Juiz Judicael Sudário de PinhoCriada em: 02/05/39Diretor de Secretaria: Gilberto Silva HolandaTel: (0xx85) 3308-5921E-Mail: [email protected]

2ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 5.650 de 11/12/1970Data de instalação: 14/07/1971Juiz Titular: Lena Marcílio XerezDiretor de Secretaria: Roberta de Andrade RibeiroTel: (0xx85) 3308-5922E-Mail: [email protected]ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 5.650 de 11/12/1970Data de instalação: 14/07/1971Juiz Titular: Sinézio Bernardo de OliveiraDiretor de Secretaria: Kílvia Silva de SenaTel: (0xx85) 3308-5923E-Mail: [email protected]

4ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 5.650 de 11/12/1970Data de instalação: 14/07/1971Juiz Titular: Paulo Régis Machado BotelhoDiretor de Secretaria: Sylvianne Fontenele Santos de OliveiraTel: (0xx85) 3308-5924E-Mail: [email protected]

5ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 5.650 de 11/12/1970Data de instalação: 14/07/1971Juiz Titular: Rossana Raia dos SantosDiretor de Secretaria:Tel: (0xx85) 3308-5925E-Mail: [email protected]

6ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 7.729 de 16/01/1989Data de instalação: 07/07/1989Juiz Titular: Plauto Carneiro PortoDiretor de Secretaria: José Marcílio Moura LimaFortaleza/CETel: (0xx85) 3308-5926E-Mail: [email protected]

7ª Vara de Fortaleza

Page 9: Processo Do Trabalho - Estruturada

Criada pela Lei nº 7.729 de 16/01/1989Data de instalação: 01/09/1989Juiz Titular: Jefferson Quesado JúniorDiretor de Secretaria: Fernando Antonio Moura CamposTel: (0xx85) 3308-5927E-Mail: [email protected]

8ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 7.729 de 16/01/1989Data de instalação: 09/02/1989Juiz Titular: Rosa de Lourdes Azevedo BringelDiretor de Secretaria: Antônio Thirso R. G. MedeirosTel: (0xx85) 3308-5928E-Mail: [email protected]

9ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 8.432 de 11/06/1992Data de instalação: 15/10/1992Juiz Titular: João Carlos de Oliveira UchôaDiretor de Secretaria: José Williams Mota da SilvaTel: (0xx85) 3308-5929E-Mail: [email protected]

10ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 8.432 de 11/06/1992Data de instalação: 15/10/1992Juiz Titular: Emmanuel Teófilo FurtadoDiretor de Secretaria: Maysa Feijó NunesTel: (0xx85) 3308-5930E-Mail: [email protected]

11ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 5.650 de 11/12/1970Data de instalação: 02/04/93Juiz Titular: Ivânia Silva AraújoDiretor de Secretaria: Flávia Andréa Queiroz FaçanhaTel: (0xx85) 3308-5931E-Mail: [email protected]

12ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 8.432 de 11/06/1992Data de instalação: 02/04/1993Juiz Titular: Antonio Teófilo FilhoDiretor de Secretaria: Ana Cláudia Arcoverde de MouraTel: (0xx85) 3308-5932E-Mail: [email protected]

13ª Vara de Fortaleza

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Criada pela Lei nº 10.770 de 21/11/2003Data de instalação: 15/09/2005Juiz Titular: Regina Gláucia C. NepomucenoDiretor de Secretaria: Derizane Albuquerque de Oliveira XimenesTel: (0xx85) 3308-5970E-Mail: [email protected]

14ª Vara de FortalezaCriada pela Lei nº 10.770 de 21/11/2003Data de instalação: 15/09/2005Juiz Titular: Durval César de Vasconcelos MaiaDiretor de Secretaria: Lupercínio Carmo do NascimentoTel: (0xx85) 3308-5978E-Mail: [email protected]

3 – JUSTIÇA DO TRABALHO DE 2º GRAU

Os TRTs estão localizados nas capitais e são responsáveis pelo julgamento de recursos

contra decisões das Varas do Trabalho. Julgam também ações que se originam na

própria Corte, como dissídios coletivos de categorias organizadas regionalmente e ações

rescisórias de decisões suas ou das Varas.

O Tribunal Regional do Trabalho do Ceará conta com duas Turmas Recursais e o

Tribunal do Pleno. O edifício-sede utiliza uma bela construção, réplica da casa

cinematográfica de "E O Vento Levou", adquirida da família Jucá, no início dos anos

70. Nele funcionam hoje a Presidência, a Vice-Presidência, o Tribunal Pleno e gabinetes

de desembargadores.

O anexo I, com frente para a rua Desembargador Leite Albuquerque, reúne todos os

setores de atividades jurisdicionais, gabinetes de desembargadores, o Setor de

Distribuição dos Feitos, a Divisão de Assistência aos Servidores, a Assessoria de

Comunicação Social, a Corregedoria, as Secretarias Judiciária e do Tribunal Pleno, as

Divisões de Cálculos e Liquidação Judicial, de Acórdãos e Recursos e Associações

como a de juízes classistas e de servidores do TRT-7ª Região. No anexo II, com entrada

pela rua Vicente Leite, estão os principais setores administrativos, como a Diretoria

Geral, a Secretaria de Administração, Orçamento e Finanças, a Divisão de Apoio

Page 11: Processo Do Trabalho - Estruturada

Administrativo, a Diretoria de Documentação, a Divisão de Recursos Humanos, a

Secretaria de Tecnologia da Informação e a Assessoria de Controle Interno.

2ª Instância – Composição

PRESIDÊNCIA

Desembargador Cláudio Soares PiresPresidente

Desembargador Manoel Arízio Eduardo de CastroVice-Presidente e Corregedor

PLENO

Desembargador Antonio Marques Cavalcante FilhoDesembargadora Dulcina de Holanda PalhanoDesembargador José Antonio Parente da SilvaDesembargadora Maria Roseli Mendes AlencarDesembargadora Maria José GirãoJuiz do Trabalho Paulo Régis Machado Botelho (Convocado)Juíza do Trabalho Rosa de Lourdes Azevedo Bringel (Convocada)Juiz do Trabalho Emmanuel Teófilo Furtado (Convocado)

TURMAS

1ª Turma

Desembargadora Dulcina de Holanda Palhano - Presidente da TurmaDesembargador José Antonio Parente da SilvaDesembargadora Maria José GirãoJuíza do Trabalho Rosa de Lourdes Azevedo Bringel (Convocada)

2ª Turma

Desembargador Antonio Marques Cavalcante Filho - Presidente da TurmaDesembargadora Maria Roseli Mendes AlencarJuiz do Trabalho Paulo Régis Machado Botelho (Convocado)Juiz do Trabalho Emmanuel Teófilo Furtado (Convocado)

4 – JUSTIÇA DO TRABALHO DE 3º GRAU

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3ª Instância – Composição

 Instância extraordinária - Tribunal Superior do Trabalho (TST)

O TST, com sede em Brasília-DF e jurisdição em todo o território nacional, tem por principal função uniformizar a jurisprudência trabalhista. De acordo com o artigo 111-A, "O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal". Julga recursos de revista, recursos ordinários e agravos de instrumento contra decisões de TRTs e dissídios coletivos de categorias organizadas em nível nacional, além de mandados de segurança, embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias.

5 – ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO - PRT

Objetivo principal da atuação da PRT-7a Região:

Prevenir para dar reais condições de saúde e segurança no trabalho.

Como atua a PRT-7a Região ?

Mantém Comissões Temáticas de Saúde e Segurança no Trabalho para, com amplo acesso às informações, estabelecer estratégias de saúde e segurança em todas as áreas e setores produtivos;

Realiza audiências visando sensibilizar e orientar o empresariado para o cumprimento das leis de saúde e segurança;

Integra o Fórum Estadual de Proteção ao Meio Ambiente do Trabalho, coletando informações e demandas de sindicatos patronais e de trabalhadores, além de conselhos de profissionais e órgãos governamentais participantes.

Qual a preocupação da PRT-7a Região?

Ao investigar o cumprimento das normas, a Procuradoria Regional do Trabalho da 7a Região observará, a partir de dados fornecidos através de laudos técnicos de fiscalização, entre outros:

A existência de trabalhadores menores de 18 anos, os quais não poderão exercer atividades em ambientes insalubres, perigosos e penosos, ou em jornada noturna;

A existência de prorrogação de jornada de trabalho em condições insalubres, sem previsão em instrumentos coletivos de trabalho e sem licença da autoridade competente (art. 60 da CLT);

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A existência e a implementaçâo de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PCMSO (art. 168 da CLT e Portaria 3214/78 do MTE, NR 07, subitem 7.3.1, alínea a);

A existência de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA (art. 157, inciso I da CLT e Portaria 25/94 do MTE, item 9.1.1);

A existência e a manutenção de serviço especializado em engenharia de segurança e em medicina do trabalho SESMT (art. 162 da CLT e NR 4, item 4.1 do MTE);

A existência de CIPA, considerado o número de empregados da empresa (art. 163 da CLT e NR 5, item 5.1 do MTE);

O fornecimento e meios de instrução para o uso obrigatório de equipamentos de proteção individual EPI (arts.166 e 157, inciso I da CLT, e Portaria 3214/78 MTE, NR 6, subitem 6.2, alínea a, e NR 24, subitem 24.1.26, alínea e);

A existência de pagamento de adicional para trabalho perigoso ou insalubre (arts. 7º., inciso XXIII da Constituição da República, art. 193 da CLT e Lei 7.369/85 e Portaria 3214/78 MTE, NR 16 item 16.2);

A existência de local apropriado para as refeições dos trabalhadores e instalações sanitárias adequadas (arts. 157, incisos I e III e 200 inciso VII da CLT e Portaria 3214/78 MTE, NR 24 subitens 24.3.1 e 24.6.3; 24.1.26 e 24.1.2.1);

A existência de recipientes adequados para fornecimento de água potável aos empregados (art. 157, inciso III da CLT e Portaria 3214/78 MTE, NR 24 subitem 24.7.1.2);

A existência de chuveiros (art. 157 inciso I da CLT e Portaria 3214/78 MTE, NR 24 subitem 24.1.12);

A existência de instalações elétricas adequadas e protegidas, bem como a de transmissões de força (art. 179 e 186 da CLT e Portaria 12/83 MTE, NRs 10 e 12 subitens 10.2.1.1 e 12.3.1, respectivamente);

A existência de guarda-corpos de proteção contra quedas (art. 173 da CLT e NR 8 subitem 8.3.6);

A existência de extintores de incêndio portáteis para combate inicial de fogo (art. 157, inciso I da CLT e NR 23 subitem 23.12.1);

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REFERÊNCIAS

Martins, Sergio Pinto, Direito do trabalho, 14ª ed., São Paulo, 2001.

Barros, Alice Monteiro de, Curso de Direito do Trabalho, 2ª ed., São Paulo, LTr, 2006.

Cairo Jr, José, Curso de Direito do Trabalho, 4 ed., Salvador, juspodivm, 2010, p. 47.

http://www.tst.gov.br/

http://portal.mte.gov.br/portal-mte/

http://www.trt7.gov.br/

http://www.prt7.mpt.gov.br/

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