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Processo de branqueamento do território e intervenções urbanas na zona portuária do Rio de Janeiro: A Pequena África como fruto de produções espaciais no passado e no presente Autora: Ana Carolina Mauricio de Carvalho Graduanda em geografia UERJ/FFP [email protected] Co-autora: Lisyanne Pereira Ribeiro Graduanda em geografia UERJ/FFP [email protected] Este trabalho é resultado, de uma pesquisa que se encontra em fase inicial, mas construído coletivamente através do acúmulo das discussões realizadas no NEGRAM (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Geografia, Relações Raciais e Movimentos sociais), da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, situada em São Gonçalo/Rio de Janeiro. O objetivo deste artigo é construir um aparato conceitual para entender como o processo de branqueamento do território se coloca como um conceito chave para problematizar o impacto que as reformas urbanas realizadas na região portuária da cidade, tanto no passado quanto no presente, que invisibilizam grupos não hegemônicos, neste caso, levando a diminuição da história afro-brasileira naquele espaço. Quando abordamos projetos de reestruturação urbana na zona portuária, pouco se discute de que maneira isso altera as narrativas acerca da representação, preservação da memória e identidade de um local que foi ocupada majoritariamente pela população negra, nomeada por Heitor dos Prazeres como “Pequena África”, formada na cidade

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Processo de branqueamento do território e intervenções urbanas na zona

portuária do Rio de Janeiro: A Pequena África como fruto de produções espaciais

no passado e no presente

Autora: Ana Carolina Mauricio de Carvalho

Graduanda em geografia UERJ/FFP

[email protected]

Co-autora: Lisyanne Pereira Ribeiro

Graduanda em geografia UERJ/FFP

[email protected]

Este trabalho é resultado, de uma pesquisa que se encontra em fase inicial, mas

construído coletivamente através do acúmulo das discussões realizadas no NEGRAM

(Núcleo de Estudos e Pesquisas em Geografia, Relações Raciais e Movimentos sociais),

da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, situada em São Gonçalo/Rio de

Janeiro.

O objetivo deste artigo é construir um aparato conceitual para entender como o

processo de branqueamento do território se coloca como um conceito chave para

problematizar o impacto que as reformas urbanas realizadas na região portuária da

cidade, tanto no passado quanto no presente, que invisibilizam grupos não

hegemônicos, neste caso, levando a diminuição da história afro-brasileira naquele

espaço.

Quando abordamos projetos de reestruturação urbana na zona portuária, pouco

se discute de que maneira isso altera as narrativas acerca da representação, preservação

da memória e identidade de um local que foi ocupada majoritariamente pela população

negra, nomeada por Heitor dos Prazeres como “Pequena África”, formada na cidade

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durante o século XIX. A alusão ao continente africano na toponímia daquele espaço nos

permite concluir a forte relação com a cultura negra construída ao longo dos séculos.

Hoje o Rio de Janeiro se encontra profundamente alterado pelas obras de

reforma urbana que buscam adequar à cidade ao calendário de megaeventos como a

Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Assim como no período do governo

Pereira Passos, a região portuária se coloca, mais uma vez, no centro dessas

transformações com as obras do “Projeto Porto Maravilha”, que traz uma nova

concepção de região portuária e também sobre o que é a Pequena África.

I – A ZONA PORTUÁRIA E A FORMAÇÃO DA PEQUENA ÁFRICA

O final do século XVIII foi um período importante no tange a inserção

população negra nos espaços da cidade. A partir de 1888, o Brasil aboliu oficialmente a

escravidão. Neste período, a cidade começa um intenso processo de mudança, que

emerge do início de um novo projeto de sociedade que incluía não só a mudança no

modo de produção, mas também a criação de um projeto societário baseado na

importação de populações europeia, a partir da influência de teorias do darwinismo

social que vinham da própria Europa.

A partir daí, a cidade teve seus espaços modelados e ressignificados. Áreas

proletarizadas se formaram, mostrando como essa nova massa populacional se inseria

de maneira subalternizada nesse novo projeto de cidade. Neste período, formou-se um

enorme contingente populacional negro, que se alocou principalmente na região

portuária. Ali se estabeleceu inúmeras práticas sociais, dando origem a uma série de

elementos e símbolos culturais, que mantinham características vindas dos países de

origem destes negros.

Mesmo indo ao encontro ao um novo modelo de sociedade, estes códigos e

elementos culturais não se perderam: Estavam contidos em seus rituais religiosos, nos

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encontros musicais e nas formas de organização. Estas marcas da presença negra no

espaço (SANTOS 2011) ganharam novas formas de representação, que resistia e se

remodelava mesmo após as inúmeras intervenções urbanas que marcaram aquele recorte

espacial.

A zona portuária possui marcas predominantemente negras. Além da bagagem

cultural trazida de seus países de origem, novos elementos surgiram, uma vez que a

cultura trazida é desprendida das formas sociais africanas, foram recriados os meios de

convívio e organização da religião e fora da órbita de controle dos escravagistas, onde é

proibida (MOURA 1995), na tentativa de fazer com que a população negra perdesse

qualquer tipo de vinculo com sua origem, o que poderia facilitar também o controle

sobre esses grupos.

A partir disto, a Pequena África pode ser considerada uma antiga forma de

produção e resistência espacial da população negra, que se caracteriza por um recorte

territorial construindo a partir da ocupação maciça da população negra africana. Desde

então, esse grupo grafou suas territorialidades, como costumes religiosos (o primeiro

terreiro de umbanda criado por Tia Ciata), a música (as primeiras rodas de samba), além

de ser o local de moradia de diversos intelectuais, como Machado de Assis e Heitor dos

Prazeres.

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(Retirado da apresentação: “Race & Identity: about the legacy of mega-events in

Rio de Janeiro”, SANTOS 2012)

Entretanto, esta área sofreu diversas transformações, sendo profundamente

alterada por reformas urbanísticas pensadas a partir de um padrão eurocêntrico

arquitetônico, político e societário. Neste contexto, estas transformações se tornam um

projeto político racializado (CORREA 2013), onde as políticas de Estado comandam

não só o padrão de ocupação, mas também as narrativas culturais e de imagem de

determinado território, fruto da colonialidade presente na formação do território

brasileiro.

Com esta discussão, busco compreender o território como o local onde diversas

territorialidades acontecem, sendo estas controladas – e por vezes definida- a partir da

ação do Estado, definida pelas relações poder que ocorrem em diversas escalas, no caso

da região portuária, pela agenda global capitalista e pela forte relação entre o governo

municipal, estadual e federal.

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Neste sentido, a primeira grande reforma que buscava atender essa lógica foi

realizado no período de governo do prefeito Pereira Passos. Centenas de negros

residentes nestas áreas foram expulsos para que a então capital federal pudesse se

“branquear” e ganhar um novo status. Observa-se então como estas intervenções

urbanas são recorrentes na formação da cidade do Rio de Janeiro, sempre legitimadas a

partir de um discurso que exalta o avanço em direção a modernização.

II – O BRANQUEAMENTO DO TERRITÓRIO COMO CONCEITO CHAVE

PARA ENTENDER AS TRANSFORMAÇÕES NA ZONA PORTUÁRIA DO RIO

DE JANEIRO

Antes de analisar as três dimensões que compõe o conceito de branqueamento

do território, é necessário salientar que a construção de um ideário de nação, advindo de

um novo momento na história do país, impulsionou a tentativa de tornar o Brasil um

país branco. A importação de mão de obra europeia, medida adotada pelo governo

brasileiro a partir da década de 1850, e mais fortemente a partir dos anos de 1890,

funciona então como um fato importante pra entender o processo de branqueamento do

território que desponta nesta época.

Neste sentido, os indícios de branqueamento aparecem neste espaço através de

grafias (SANTOS 2012) que revelam a existência da presença negra (no passado e no

presente), grafias que, neste caso, aparece nas toponímias dos inúmeros lugares que

englobam a Pequena áfrica, uma vez que grande parte de seu legado arquitetônico foi

devastado pelas diversas reformas urbanas que esta área sofreu. Assim, as Toponímias

se transformam em registros históricos que se confrontam com o discurso da não

existência de outros grupos no território.

A partir destas evidências, podemos considerar este processo de redução da

memória negra na região portuária como fruto da colonialidade engendrada no processo

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de formação do país, conduzida por ideais e padrões europeus, tanto arquitetônicos

quanto civilizatórios, que nos induzem a pensar que há somente uma narrativa acerca

dos diversos processos e conflitos que envolveram a formação daquele território.

Então, podemos observar que a colonialidade se constitui enquanto um padrão

de poder que opera em diversas escalas da existência social (QUIJANO 2010),

destacando aqui a cultura e a identidade, que fez (e faz) da Pequena África um lugar de

resistência. Uma vez que estas são cada vez mais apropriadas pelo capitalismo, são

ressignificadas por um projeto hegemônico de território, servindo para legitimar um

novo modelo de cidade: moderna, aberta ao capital estrangeiro e branca.

Iniciadas em meados do século XIX, as políticas de branqueamento faziam parte

da construção de um projeto iniciado pelas elites brasileiras, buscando a consolidação

de um país que apagava de sua história um passado negro, através de ações jurídicas

e/ou simbólicas. O branqueamento da população surge como um projeto político com

foco no controle populacional, que incluiu, entre alternativas, a entrada de imigrantes

europeus sob pretexto de trabalho nas lavouras de café e posteriormente, na indústria,

justificada por uma suposta experiência destes imigrantes com estes dois trabalhos, o

que não correspondia a realidade, principalmente no segundo caso.

Estas políticas (e estratégias) se materializam através de ordenamentos como:

“imigrações financiadas em detrimento da condição de vida do negro,

desterritorialização de grupos não brancos, produção de não existência nas diversas

narrativas e discursos acerca dos territórios” (CORREA, 2013, P. 130), formando parte

das dimensões de análise do branqueamento do território, que pode ser compreendido

através do (i) branqueamento da ocupação, (ii) branqueamento da imagem e (iii)

branqueamento cultural.

O branqueamento da ocupação neste caso, entre outros fatores, está

intrisicamente ligado ao caráter econômico. Com a função estratégica da região

portuária, de entrada e saída de mercadorias, o solo daquela área passa a ter um valor

diferenciado do restante da cidade. Podemos destacar também que, como a porta de

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entrada da cidade em séculos passados, a imagem de uma população negra vivendo de

maneira insalubre, bem como com os ares de uma cidade com arquitetura colonial,

impulsionaram as reformas no governo de Pereira Passos.

Dessa maneira, o componente racial constituía um elemento de desvalorização

daquele espaço, que passa a buscar um referencial europeu, na tentativa de eliminar

todos os elementos que lembrassem a ocupação pela população negra, ainda que os

discursos hegemônicos procurassem mascarar as intencionalidades que mascaravam a

concepção de um novo modelo de cidade.

O período que compreendeu a gestão do então prefeito foi marcado por inúmeras

remoções, ABREU (1997) fala em “cerca de duas ou três mil casas, com famílias

numerosas” (p. 59), que compreendia majoritariamente a população negra.Vale ressaltar

que este quantitativo de pessoas removidas só na região portuária, no século XIX,

representava um impacto muito grande. Isso imprimiu naquele espaço um padrão de

brancura que invisibilizou, e em alguns casos apagou efetivamente, o histórico da

presença negra. Os poucos trabalhos bibliográficos existentes nos permitem ver como a

ancestralidade negra é ocultada quando confrontada com outras narrativas.

Hoje a revitalização também aparece com um sentido econômico, mas

mascarada pelo discurso da revitalização de áreas obsoletas, que se sustenta a partir da

ideia de “vazio demográfico”. O discurso de vazio demográfico já foi fortemente usado

para legitimar a importação de mão de obra europeia para colonizar o Brasil em outrora,

e hoje é reutilizada para justificar as remoções que ocorrem na região portuária.

Neste sentido observamos surgir com muito mais intensidade no atual projeto de

urbanização da zona portuária o branqueamento da imagem e o branqueamento cultural

do território, impulsionado pela releitura de um passado negro nesta área, com a criação

do “Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana”.

Devido a inúmeros tensionamentos feitos pelo Movimento Negro, que já vinha

reivindicando que aquela área fosse oficialmente reconhecida como patrimônio cultural

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da cidade, junto ao atual prefeito Eduardo Paes, fez com lugares históricos da presença

negra na região portuária culminassem na criação dos seis pontos do circuito,

apresentados na imagem abaixo:

(Fonte: http://portomaravilha.com.br/circuito/)

Neste sentido, podemos ver claramente como a política de branqueamento da

imagem e o branqueamento cultural se intercruzam, e atuam apagando efetivamente ou

não algumas narrativas. Ao analisar o mapa da zona portuária do início do século XIX e

hoje, podemos ver como há uma significativa redução territorial da Pequena África, e

como fragmentos da história negra cidade se perderam, e outros foram ressignificados.

O branqueamento da cultura também pode ser observado através da elitização de

áreas de lazer ocupada majoritariamente pela população negra. Com a refuncionalização

dos antigos espaços influenciados pelas intervenções, tem-se a mudança no perfil racial

do público da região, que passa a ser ocupado de maneira intensa pela população

branca, já que a refuncionalização é acompanhada de aumento do custo de vida, que

acaba inviabilizando grupos que não possuem condições financeiras de frequentar

espaços ancestralmente ocupados.

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Hoje, o referencial do que é a Pequena África se resume os pontos que se

encontram no Circuito da Celebração da Herança Africana, resultado do forte impacto

que esses projetos hegemônicos exercem na configuração espacial da zona portuária.

Essa nova leitura, externa, do que é a cultura negra naquela área, não abarca toda a

multiplicidade de territorialidades presentes, levando ao apagamento efetivo de códigos

negros naquela área, ou a uma reconstrução da história negra “sob a lógica eurocêntrica

de territórios não brancos” (p. 131, CORREA).

Entretanto não devemos esquecer que muitas são as problemáticas que envolvem

a criação desse circuito, uma vez que toda criação de políticas culturais e patrimoniais

envolvem diversos embates e negociações entre atores hegemônicos e sociais, que

disputam quais narrativas estarão presente, em um projeto de cidade que ao mesmo

tempo em que traz certa visibilização, se apropria dessa cultura e faz dela fonte de

capital.

III – A PEQUENA ÁFRICA COMO FRUTO DO BRANQUEAMENTO DO

ESPAÇO E DO PRESENTE

O discurso da modernização está diretamente relacionado com a formação da

cidade do Rio de Janeiro, e ao longo da história podemos observar que há momentos em

que é possível ver com mais facilidade o branqueamento da ocupação, em outros o

branqueamento da imagem e o cultural, entretanto é fundamental entender como estas

três dimensões se articulam, nos permitindo entender diversos processos mascarados

por um projeto político.

Desde então, o branqueamento da população surge como uma tentativa de

apagar da história do país o passado escravocrata e a presença da população negra

através do incentivo à mestiçagem. O ato de trazer a população branca europeia para o

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Brasil tinha o intuito não só o branqueamento fenotípico, mas também de outras

representações que buscam invisibilizar a presença de outros grupos no espaço.

Muito se discute a intencionalidade das esferas governamentais na implantação

do Circuito da Celebração Africana. Até que ponto este circuito, criado em um contexto

de megaeventos, onde a cidade se prepara para receber turistas foi apropriado e serve a

lógica de mercantilização da cultura negra, e até onde ele serve como uma tentativa de

um movimento social, neste caso o Movimento Negro, de tornar a cultura afrobrasileira

visível naquele espaço.

Neste sentido a Pequena África é resultado de inúmeras intervenções físicas e

simbólicas, que tanto no passado quanto no presente, atuando de forma a remodelar e

ressignificar seu espaço. Fazer um paralelo de mudanças na zona portuária é contar a

história da Pequena África a partir de diferentes ações governamentais em diferentes

períodos da história, ora negando a existência de um passado negro, ora participando de

políticas de incentivo de valorização a cultura negra.

Estas complexidades que envolvem a preservação da identidade da população,

dentro de uma nova lógica de mercantilização da cultura e de um projeto de cidade que

prioriza cada vez mais a especulação imobiliária e as parcerias entre o setor público e o

capital privado, nos coloca no desafio de pensar e buscar caminhos de ler e entender o

espaço urbanos como um somatório de processos do passado, mas que possuem forte

influência no presente,que através de certas narrativas, que legitimam processos de

remoções e violências contra populações não brancas.

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SANTOS, Renato Emerson dos. Rediscutindo o ensino de geografia: temas da Lei

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CORRÊA, Gabriel Siqueira. Narrativas raciais como narrativas geográficas: uma leitura

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ABREU, Maurício de Almeida. Evolução Urbana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:

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QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Em:

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