procedimento operacional padrÃo...procedimento operacional padrÃo pop n 02 data: 20/05/2020...

UNIVERSIDADE FEDERAL

DO RIO DE JANEIRO

MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Multiprofissional

Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2285 7935 ramal: 241 Tel/Fax: (21) 2556 9368

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

PADRÃO

POP N° 02 Data: 20/05/2020

Revisão N° 01 Data: 05/08/2020

Título: Coleta de swab de nasofaringe e

orofaringe em pacientes com suspeita de

infecção por SARS-CoV-2

Área de Aplicação: Emergência (Sala de

Triagem Respiratória)

Responsáveis Nome Cargo

Elaboração

Isabela Dias Ferreira de Melo

Assessoria de Planejamento, Supervisão e

Cuidado

Revisão Viviane Saraiva de Almeida

Ana Paula Vieira dos Santos

Esteves

Assessoria de Planejamento, Supervisão e

Cuidado

Diretora de Enfermagem

Aprovação Penélope Saldanha Marinho

Diretora Adjunta de Atenção à Saúde

1. EXECUTANTE

1.1 Compete ao Médico solicitar o exame e realizar a coleta de swab de nasofaringe e orofaringe em

pacientes com suspeita de infecção pelo SARS-CoV-2.

1.2 Compete ao Técnico de Enfermagem preencher a etiqueta de identificação do material coletado.

1.3 Compete a Enfermeira responsável pela vigilância epidemiológica preencher o formulário do

GAL Fiocruz no sistema.

1.4 Compete ao maqueiro e motorista o transporte e entrega do material na Fiocruz.

1.5 Compete ao técnico do laboratório de análises clínicas o armazenamento das amostras coletadas

até o transporte para a Fiocruz.

2. RESULTADOS ESPERADOS

2.1 Orientar quanto à realização da coleta das amostras biológicas, com vistas ao diagnóstico

laboratorial de Covid-19 em pacientes suspeitas, atendidas na Triagem Respiratória

(Emergência) da Maternidade Escola.

2.2 Garantir a técnica adequada e a obtenção de uma amostra confiável para a realização do exame.


DO RIO DE JANEIRO



3. MATERIAL NECESSÁRIO

3.1 Luvas de procedimento.

3.2 Capote impermeável de mangas compridas.

3.3 Touca.

3.4 Óculos de proteção.

3.5 Máscaras N-95 ou PFF-2.

3.6 Protetor facial (Face Shield).

3.7 Álcool 70%.

3.8 Gaze não-estéril.

3.9 Papel toalha.

3.10 02 (duas) Etiquetas de identificação.

3.11 Caixa térmica para armazenamento e transporte de amostras.

3.12 02 (dois) Swabs estéreis próprios para coleta do material.

3.13 Impressos próprios (pedido médico, ficha epidemiológica e ficha de inscrição de GAL da

FIOCRUZ).

4. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

4.1 Preencher as etiquetas de identificação contendo: nome completo, data de nascimento da

paciente, data e hora da coleta, local da coleta (nasofaringe e orofaringe) com letra legível.

4.2 Separar o material necessário.

4.3 Solicitar à paciente o preenchimento do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (Ver Anexo

1).

4.4 Verificar se os dois meios de transporte (que contém os swabs) estão devidamente etiquetados e

se os formulários de requisição apropriados foram preenchidos antes de iniciar o procedimento.

4.5 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).

4.6 Colocar a máscara N-95, caso já não esteja com a mesma.

4.7 Calçar luvas de procedimento (1º par).

4.8 Vestir o capote impermeável.

4.9 Colocar touca.


DO RIO DE JANEIRO



4.10 Colocar óculos de proteção.

4.11 Colocar protetor facial (Face Shield).

4.12 Calçar luvas de procedimento (2º e 3º par).

4.13 Acomodar a paciente sentada em uma cadeira e explicar o procedimento. A paciente deverá

permancer de máscara até o início do procedimento. Na sala só devem permanecer a

paciente e o profissional que irá coletar a amostra. Se houver necessidade da presença de

outro profissional, ele deverá estar paramentado com todos os EPIs já citados.

4.14 Retirar o swab da embalagem.

4.15 Inclinar a cabeça da paciente para trás levemente, para que as narinas fiquem mais

acessíveis.

4.16 Inserir cuidadosamente o swab ao longo do septo nasal, paralelamente ao palato, na

nasofaringe, até sentir resistência. O cotonete deve atingir uma profundidade igual à

distância das narinas até a abertura externa da orelha (ver Figura 1)

4.17 Se detectar resistência à passagem do swab, recue e tente reinseri-lo em um ângulo

diferente, mais próximo do assoalho do canal nasal.

4.18 Manter o swab no local por alguns segundos para absorver as secreções, girando por no

mínimo três vezes e depois removê-lo lentamente enquanto o gira.

4.19 Realizar o mesmo procedimento na outra narina.

4.20 Abrir o tubo de coleta e inserir o swab.

4.21 Quebre o swab no sulco e descarte o que resta dele (caso seja necessário e de acordo com o

tipo de swab disponível na instituição).

4.22 Fechar o tubo de coleta.

4.23 Solicitar que a paciente abra a boca.

4.24 Inserir cuidadosamente o segundo swab na área posterior da faringe e tonsilas, evitando

tocar na língua (ver Figura 2).

4.25 Abrir o tubo de coleta, inserir o segundo swab e repetir o item 4.21.

4.26 Fechar o tubo de coleta.

4.27 Solicitar à paciente que recoloque a máscara.

4.28 Retirar o primeiro par de luvas.

4.29 Proceder à desinfecção externa do tubo com álcool 70% e gaze não estéril.

4.30 Colocar o tubo na caixa térmica.


DO RIO DE JANEIRO



4.31 Realizar a desparamentação na seguinte ordem:

4.31.1 Primeiro, remover o capote e o segundo par de luvas;

4.31.2 Remover o protetor facial e a touca;

4.31.3 Retirar o último par de luvas;

4.31.4 Se for retirar a máscara N95, lave as mãos e coloque outro par de luvas de procedimento,

remover a máscara e seguir as diretrizes institucionais para descarte.

4.31.5 Remover o par de luvas.

4.32 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).

4.33 Entregar a amostra coletada no laboratório de análises clínicas onde será armazenado até o

transporte da mesma ao destino final.

4.34 Armazenar o material sob refrigeração a 4º C até o envio (por até 72 horas após a coleta). Se

houver suspeita que sua chegada ao laboratório de apoio/referência se estenda por mais de 72

horas, o material pode ser congelado a -70 ºC ou menos.

4.35 Realizar o transporte em recipiente apropriado (caixas térmicas de material impermeável e

higienizável), contendo gelo reciclável para as amostras refrigeradas, e gelo seco para as

congeladas. Deverá ser sinalizado na parte externa do recipiente, o código padronizado UN

3373 (substâncias infecciosas categoria B).

5. CUIDADOS

5.1 Comunicar ao setor de Vigilância Epidemiológica da ME (Ramal 346) sobre a coleta da amostra

para que a mesma seja cadastrada no sistema GAL Fiocruz.

5.2 O material será entregue às segundas, quartas e sextas na Central de Amostras/INCQS -

FIOCRUZ, aos cuidados da Dra. Marilda Siqueira, coordenadora do Laboratório de Vírus

Respiratórios e Sarampo / COVID da FIOCRUZ.

5.3 O transporte da amostra será realizado pelo maqueiro e motorista em recipiente apropriado para

a FIOCRUZ.

5.4 Indicado para todas as pacientes que forem internadas na Maternidade Escola com suspeita de

infecção por SARS-CoV-2.

5.5 Indicado para toda gestante com sinais e sintomas suspeitos de infecção por SARS-CoV-2, que

não tenham indicação de internação e que tenham a Maternidade Escola como referência para o


DO RIO DE JANEIRO



parto (pré-natal Maternidade Escola, CF Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, CF Santa Marta, CMS

Chapéu Mangueira-Babilônia, CMS Dom Helder Câmara, CMS Manoel José Ferreira e CMS

Rocha Maia).

5.6 As pacientes sintomáticas que não tiverem indicação de internação, quando liberadas serão

informadas que o resultado do teste será comunicado por telefone pela Vigilância

Epidemiológica da Maternidade Escola, logo que estiver disponível.

5.7 Toda paciente que realizar o teste deve preencher o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (Anexo 1) antes da coleta.

5.8 Todas as pacientes com indicação de coleta do PCR deverão realizar a coleta do teste rápido de

anticorpo Sars-CoV-2 (Ver POP de Teste Rápido de anticorpo Sars-CoV-2 em gestantes

sintomáticas).

5.9 Não deverá ser realizada a coleta em pacientes sintomáticas, porém que sejam provenientes do

pré-natal de outras unidades de saúde não mencionadas no item 5.5; ou pacientes que não

apresentem sintomas compatíveis com a COVID-19. As mesmas serão liberadas com

orientações pertinentes.

5.10 Não há contra-indicações específicas para a coleta de amostras de nasofaríngeas. No

entanto, os médicos devem ser cautelosos se a paciente tiver sofrido trauma ou cirurgia nasal

recente, se tiver um septo nasal acentuadamente desviado ou se tiver um histórico de passagens

nasais cronicamente bloqueadas ou coagulopatia grave.

5.11 Recomenda-se atenção na retirada do EPI devido o risco de contaminação.

5.12 “The New England Journal of Medicine” publicou um vídeo que ilustra a realização deste

procedimento de coleta de swab nasofaringe, que pode se acessado através do seguinte link:

https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMvcm2010260?query=C19&cid=DM90478_NEJM_C

OVID-19_Newsletter&bid=185738760

6. REFERÊNCIAS

1. Marty FM, Chen K, Verrill KA. How to obtain a nasopharyngeal swab specimen. NEJM.

Disponível em: https://doi.org/10.1056/NEJMvcm2010260 Acesso em: 20/05/2020.

https://doi.org/10.1056/NEJMvcm2010260


DO RIO DE JANEIRO



2. SES – RJ POP - Coleta, acondicionamento, conservação e transporte de swab covid-19.

Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em:

https://coronavirus.rj.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/POP_Amostras_BiologicasCOVID

19.pdf

7. FIGURAS E ANEXOS

Figura 1

Fonte: Imagem Google

Figura 2

Fonte: Imagem Google

NASOFARINGE

OROFARINGE


DO RIO DE JANEIRO



Anexo 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido


DO RIO DE JANEIRO




DO RIO DE JANEIRO



HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES

DATA VERSÃO ELABORAÇÃO/REVISÃO APROVAÇÃO

05/08/2020 1 Isabela Dias Ferreira de Melo/

Ana Paula Vieira dos Santos

Esteves

Viviane Saraiva de Almeida

Penélope Saldanha Marinho

procedimento operacional padrÃo...procedimento operacional padrÃo pop n 02 data: 20/05/2020...

Documents