principios fundamentais do direito de trabalho1 trabalho de grupo

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Principios fundamentais do Direito de trabalho1. Introdução Este trabalho falará sobre os princípios norteadores do Direito do Trabalho. Sabemos que os princípios são dotados de uma força normativa, que dão sentido as normas, suprem as lacunas existentes e orientam quanto a aplicação e interpretação das mesmas. Aqui falaremos sobre conceito, funções e classificação dos princípios aplicados ao Direito do Trabalho, assim como, os princípios gerais do direito, esses de forma restrita. Alguns princípios encontram-se de forma implícita na lei. Outros, por não serem tão relevantes são meramente doutrinários. Fazem uso dos princípios os aplicadores do direito em geral, em especial podemos encontrá-los nas decisões jurisprudenciais. 2. Conceito Toda norma jurídica emana de uma razão, de um fundamento, que é o seu princípio. Princípio é onde algo tem início, e a fonte primária ou básica determinante de alguma coisa. São os alicerces do direito que podem não estar definidos em nenhuma norma legal. Para Miguel Reale "princípios são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, a aplicação e integração ou mesmo para a elaboração de novas normas. São verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por

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Principios fundamentais do Direito de trabalho1. Introdução

Este trabalho falará sobre os princípios norteadores do Direito do Trabalho. Sabemos que os princípios são dotados de uma força normativa, que dão sentido as normas, suprem as lacunas existentes e orientam quanto a aplicação e interpretação das mesmas.

Aqui falaremos sobre conceito, funções e classificação dos princípios aplicados ao Direito do Trabalho, assim como, os princípios gerais do direito, esses de forma restrita.

Alguns princípios encontram-se de forma implícita na lei. Outros, por não serem tão relevantes são meramente doutrinários. Fazem uso dos princípios os aplicadores do direito em geral, em especial podemos encontrá-los nas decisões jurisprudenciais.

2. Conceito

Toda norma jurídica emana de uma razão, de um fundamento, que é o seu princípio.

Princípio é onde algo tem início, e a fonte primária ou básica determinante de alguma coisa. São os alicerces do direito que podem não estar definidos em nenhuma norma legal.

Para Miguel Reale "princípios são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, a aplicação e integração ou mesmo para a elaboração de novas normas. São verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por motivos de ordem prática de caráter operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas necessidades da pesquisa e da práxis".

José Cretella Jr. afirma que "princípios de uma ciência são as proposições básicas fundamentais, típicas, que condicionam todas as estruturações subseqüentes. Princípios, nesse sentido, são os alicerces da ciência".

Pode-se dizer que o princípio inspira a criação da norma, ou seja, tem a função de instruir o legislador ou outro agente sobre os seus motivos. É o primeiro passo na consecução de uma regulação, passo ao qual devem seguir-se outros. Ele é muito mais que uma simples regra, além de estabelecer certas limitações, fornece diretrizes que embasam uma ciência e visam à sua correta compreensão e interpretação.

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"Violar um princípio é muito mais que violar uma regra", pois implica na ofensa não apenas de um mandamento obrigatório, mas a todo um sistema de comandos.

Princípios informam, orientam e inspiram regras gerais. Devem ser observados a quando da criação da norma, na sua interpretação e na sua aplicação, sistematizam e dão origem a institutos.

3. Funções dos princípios

Os princípios têm funções: informadoras, normativas e interpretativas.

A função informadora serve de inspiração ao legislador e de fundamento para normas jurídicas;

A função normativa atua nas lacunas e omissões da lei.

A função interpretativa serve de critério orientador para os intérpretes e aplicadores da lei. No art. 13º do Dec.-Lei nº 5/2007, determina que na falta de disposições legais ou contratuais o intérprete pode socorrer-se dos princípios do Direito privado subsidiariamente.

1º Consequências do reconhecimento da autonomia dogmática: os princípios próprios do direito do Trabalho

Sabendo da autonomia dogmática do direito de trabalho é importante falar dos seus princípios que lhe serve como fundamentação. Os princípios do Direito de trabalho adoptam uma concepção substancial ou valorativa dos princípios jurídicos.

Esses princípios juslaborais partilham com os restantes princípios jurídicos algumas características:

-são princípios gerais, embora a característica da generalidade seja aqui reportada ao domínio do subsistema laboral, ou seja, são princípios gerais autónomos do direito do Trabalho. Por outro lado o carater geral destes princípios exclui a utilidade da sua classificação em função da área de incidência, porque eles são comuns a todas as áreas regulativas do direito do Trabalho.

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- são princípios especifico do direito de trabalho, no sentido em que se diferenciam dos princípios jurídicos gerais (e no caso por força da natureza privada do dto do Trabalho se diferenciam dos princípios do dto civil), mas não são necessariamente opostos a aqueles princípios (ainda que a relação de oposição não seja de excluir).

-não tem uma pretensão de exclusividade, e tem áreas de sobreposição, o que explica que as projeções que deles emanam possam também ser ligadas a outros princípios e que apenas perante um conjunto concreto de normas se possa verificar qual o princípio que prevalece.

-são dinâmicos e inacabados, no sentido em que constituem um conjunto de elementos positivos e de restrição ou limites e tanto os elementos positivos como os limites estão em constante evolução. Este carater inacabado dos princípios explica que eles não sejam imediatamente aplicáveis mas que se vão realizando através de concretização em subprincípios ou valorações menores, com um conteúdo material próprio e, também eles, em evolução permanente.

É importante também aqui falar das funções dos princípios do direito de trabalho, visto que desempenham uma função fundamental no sistema laboral como instância de controlo axiológico ou valorativo do próprio sistema normativo, nas operações de interpretação e aplicação das normas laborais ao caso concreto e na relação entre o dto laboral e o dto civil, para além de constituírem o referente cultural e ético a terem em conta na evolução do sistema normativo e para efeitos de harmonização interna do próprio sistema.

-

2º A autonomia dogmática e a relação entre o direito do Trabalho e o Direito civil

3º Classificação dos princípios gerais do Direito do Trabalho

3º- a) Principio da compensação da posição debitória complexa das partes no contrato de trabalho e as suas projeções

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3º a a) Principio da proteção do trabalhador ( a favor laboratoris; o principio da segurança no emprego; a tutela dos direitos de personalidade; a tutela dos direitos inerentes à maternidade, à paternidade e à conciliação)

3º a a a) Principio da prevalência dos interesses de gestão (principio do colectivo: a autonomia ccolectiva, a intervenção dos trabalhadores na gestão, a primazia do colectivo, a interdependência dos vínculos laborais na organização e a igualdade de tratamento)

3º a a a a) Principio da tutela e as suas projeções