princípios de controle, utfpr - páginas...

31
Diagramas de Bode Constitu´ ıdo de dois gr´ aficos: um do m´ odulo em decibel (dB) outro do ˆ angulo de fase; Ambos s˜ ao tra¸cados em rela¸ ao ` a frequˆ encia em escala logar´ ıtmica; Lembre que o logaritmo do m´ odulo de G (j ωe 20 log 10 |G (j ω)|, com unidade em dB; Vantagens: a multiplica¸c˜ ao dos m´ odulos pode ser convertida em soma; h´ a uma forma simples de esbo¸ car a curva aproximada do m´ odulo em dB, assim como a curva de ˆ angulo de fase; A expans˜ ao da escala de frequˆ encias pelo uso da escala logar´ ıtmica de frequˆ encia ´ e muito vantajosa; As rela¸ oes de frequˆ encia s˜ ao expressas “d´ ecadas”. Uma d´ ecada ´ e o intervalo de frequˆ encia de ω a 10ω, onde ω ´ e qualquer valor de frequˆ encia. 1 of 31 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Upload: vuthuy

Post on 07-Feb-2019

219 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Diagramas de Bode

• Constituıdo de dois graficos: um do modulo em decibel (dB) outro do angulode fase;

• Ambos sao tracados em relacao a frequencia em escala logarıtmica;

• Lembre que o logaritmo do modulo de G(jω) e 20 log10|G(jω)|, com unidadeem dB;

• Vantagens: a multiplicacao dos modulos pode ser convertida em soma; hauma forma simples de esbocar a curva aproximada do modulo em dB, assimcomo a curva de angulo de fase;

• A expansao da escala de frequencias pelo uso da escala logarıtmica defrequencia e muito vantajosa;

• As relacoes de frequencia sao expressas “decadas”.

• Uma decada e o intervalo de frequencia de ω a 10ω, onde ω e qualquervalor de frequencia.

1 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 2: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

• Note que nao se pode tracar as curvas ate a frequencia zero, pois log10(0) =−∞, mas isso, de fato, nao significa nenhuma desvantagem;

• A determinacao experimental de uma funcao de transferencia de um sistemaLIT pode ser feita de forma simples a partir do diagrama de Bode.

• Fatores basicos: os fatores basicos que habitualmente ocorrem em qualquerfuncao de transferencia sao:

1. Ganho K ;2. Fatores integrativo e derivativo (jω)∓1;3. Fatores de primeira ordem (1 + jωT )∓1;

4. Fatores quadraticos[

1 + 2ξ(jω/ωn) + (jω/ωn)2]∓1

;

Conhecendo a caracterıstica de resposta de cada um desses fatores isola-damente, e possıvel utiliza-los para a construcao do diagrama de Bode poruma soma simples de tais fatores.

2 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 3: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

• Ganho K :

⋆ A curva do modulo em dB de um ganho constante K e uma reta horizontalde valor 20 logK decibeis. O angulo de fase de K e zero.

⋆ O efeito da variacao de K e o de deslocar para cima ou para baixo a curvade modulo em dB. Nao ha efeito na curva de angulo de fase.

⋆ Quando um numero aumenta por um fator de 10, o valor correspondenteem dB fica acrescido de 20, ou seja,

20 log10(K · 10) = 20 log10(K ) + 20,

ou ainda,20 log10(K · 10n) = 20 log10(K ) + 20 · n.

⋆ Observe que, quando expresso em decibeis, o recıproco de um numero diferede seu valor apenas no sinal, ou seja, 20 log10(K ) = −20 log10

(

1

K

)

.

3 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 4: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

• Fatores integral e derivativo (jω)∓1:

⋆ O termo (jω)−1 em dB e:

20 log101

jω= −20 log10 ω dB

O angulo de fase de (jω)−1 e constante e igual a −90◦.

⋆ O grafico de −20 log10 ω em funcao de ω em escala logarıtmica, o resultadosera uma reta com inclinacao de −20 dB/decada (ou ≈ −6 dB/decada).

⋆ A inclinacao da curva de modulo em dB para o fator (jω)−n e −20ndB/decada. O angulo de fase desse fator e dado por −90◦ · n.

⋆ Similarmente, a inclinacao da curva de modulo em dB para o fator (jω)n e+20n dB/decada. O angulo de fase desse fator e dado por +90◦ · n.

4 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 5: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Diagramas de Bode: (a) G(s) = 1/s (b) G(s) = s.

5 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 6: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

• Fatores de primeira ordem (1 + jωT )∓1:

⋆ O modulo em dB de (1 + jωT )−1 e:

20 log10|1

1 + jωT| = −20 log10

1 + ω2T 2 dB

Para baixas frequencias, ω << 1/T , o modulo em dB pode ser aproximadopor:

−20 log10√

1 + ω2T 2 ≈ −20 log10 1 = 0 dB

Para altas frequencias,

−20 log10√

1 + ω2T 2 ≈ −20 log10 ωT dB

Em ω = 1/T , o valor do modulo e 0 dB.⋆ O grafico do modulo de (1 + jωT )−1 em dB pode entao ser aproximadopor duas retas assıntotas, uma reta em 0 dB (para a faixa 0 < ω < 1/T ) eoutra com inclinacao igual a −20 dB/decada (para a faixa 1/T < ω < ∞).

⋆ A frequencia na qual as assıntotas se encontram e chamada de frequencia decorte , ω = 1/T , essa frequencia divide a resposta em duas regioes: regiaode baixa frequencia e regiao de alta frequencia.

6 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 7: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

⋆ O angulo de fase exato de (1 + jωT )−1 e

φ = − tan−1(ωT ).

Na frequencia zero, o angulo de fase e zero. No infinito, ele se torna −90◦.Na frequencia de corte , tem-se

φ = − tan−1(T/T ) = −45◦

⋆ O erro maximo entre as curvas assıntotas e a curva real ocorre na frequenciade corte e e aproximadamente igual a −3 dB.

7 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 8: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Diagrama de Bode de G(s) = 1

1+sT.

8 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 9: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

⋆ Note que para fatores recıprocos (inversa da funcao), as curvas de moduloem dB e do angulo de fase necessitam trocar apenas o sinal.

9 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 10: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

• Fatores quadraticos[

1 + 2ξ(jω/ωn) + (jω/ωn)2]∓1

:

⋆ O modulo e a fase do fator quadratico dependem tanto da frequencia decorte (ωn) como do coeficiente de amortecimento ξ;

⋆ As aproximacoes assintoticas para as curvas de resposta em frequencia naosao precisas para um fator com baixos valores de ξ;

⋆ O modulo em dB de[

1 + 2ξ(jω/ωn) + (jω/ωn)2]∓1

e:

20 log10|1

1 + 2ξ(

j ω

ωn

)

+(

j ω

ωn

)2| = −20 log10

(

1−ω2

ω2n

)

+

(

2ξω

ωn

)2

⋆ Para baixas frequencias, ω << ωn, o modulo passa a ser −20 log10 1 = 0dB;

⋆ Para altas frequencias, ω >> ωn, o modulo passa a ser

−20 log10ω2

ω2n

= −40 log10ω

ωn

dB

10 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 11: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

⋆ A assıntota de baixa frequencia e uma reta horizontal em 0 dB, ao passo quea assıntota de alta frequencia e uma reta com inclinacao de −40 dB/decada;

⋆ As assıntotas se cruzam em ω = ωn. Logo, ωn e denominada frequencia decorte .

⋆ As duas assıntotas sao independentes de ξ. Proximo a ω = ωn ocorre umpico de ressonancia. ξ determina o pico dessa ressonancia. O erro entre acurva real e as assıntotas depende de ξ e sera maior para valores pequenosde ξ.

⋆ O angulo de fase do fator quadratico e dado por:

φ = − tan−1

2ξ ω

ωn

1−(

ω

ωn

)2

⋆ Em ω = 0 φ = 0◦. Em ω = ωn, φ = −90◦, independentemente de ξ. Emω → ∞, φ = −180◦.

⋆ Para 1 + 2ξ(jω/ωn) + (jω/ωn)2, as curvas de resposta em frequencia do

modulo em dB e do angulo de fase sao obtidas simplesmente pela inversaodo sinal.

11 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 12: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

12 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 13: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Quadro resumo das assintotas do Diagrama de Bode

13 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 14: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Quadro resumo das assintotas do Diagrama de Bode

14 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 15: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Quadro resumo das assintotas do Diagrama de Bode

15 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 16: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Exemplo

Desenhe o diagrama de bode assintotico de modulo da seguinte funcao detransferencia:

G(jω) =10

(jω)(1 + jω/2)(1 + jω/5)

Os fatores basicos sao analisados separadamente:

1. 20 log10|10| = 20 dB;

2. 20 log10|(jω)−1| = −20 dB/dec;

3. 20 log10|(1 + jω/2)−1

| =

{

≈ 0dB , ω << 2≈ −20 dB/dec , ω >> 2

4. 20 log10|(1 + jω/5)−1

| =

{

≈ 0dB , ω << 5≈ −20 dB/dec , ω >> 5

16 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 17: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

17 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 18: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Exemplo

No Matlab, o diagrama de Bode e obtido atraves do comando bode. Noteque no exemplo anterior,

G(s) =10

s (1 + s/2) (1 + s/5)=

100

s (s + 2) (s + 5)

num = 100;den = [1 7 10 0];sys = tf(num, den); %G(s)bode(sys); % sys pode ainda estar na forma ss ou zpk

18 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 19: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Exemplo - Desenho do Diagrama de Bode

Considere a funcao de transferencia

G(jω) =5(1 + j0.1ω)

jω(1 + j0.5ω)(1 + j0.6(ω/50) + (jω/50)2

Note que os fatores da funcao acima sao:

1. Um ganho constante K = 5.

2. Um polo na origem.

3. Um polo em ω = 2.

4. Um zero em ω = 10.

5. Um par de polos complexo-conjugados em ω = ωn = 50.

19 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 20: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Exemplo - Desenho do Diagrama de Bode

Construcao dos termos no diagrama de Modulo (escala em dB).

20 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 21: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Exemplo - Desenho do Diagrama de Bode

Construcao da assintota final resultante da soma dos termos parciais. Ografico tambem mostra a curva real, e ambas (aproximada via assintotas ereal) sao muito parecidas.

21 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 22: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Exemplo - Desenho do Diagrama de Bode

Construcao dos termos no diagrama de fase.

22 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 23: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Exemplo - Desenho do Diagrama de Bode

Diagrama da fase final resultante.

23 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 24: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Frequencia de Ressonancia ωB e Pico de Ressonancia

Mpω

Frequencia de Ressonancia e Pico de Ressonancia: O modulo da funcaode transferencia de 2a. ordem

G(s) =ω2n

s2 + 2ξωns + ω2n

e dado por

|G(jω)| =1

(

1− ω2

ω2n

)2

+(

2ξ ω

ωn

)2

Se |G(jω)| apresentar algum valor de pico em alguma frequencia, talfrequencia e denominada frequencia de ressonancia, ωr .

24 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 25: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Note que o valor de pico ocorrera quando

g(ω) =

(

1−ω2

ω2n

)2

+

(

2ξω

ωn

)2

for um mınimo. Tal mınimo ocorre em

ωr = ωn

1− 2ξ2, 0 ≤ ξ ≤ 0, 707

Conforme ξ → 0, ωr → ωn. Para 0 ≤ ξ ≤ 0, 707, tem-se ωr < ωd =ωn

1− ξ2. Observe ainda que para ξ > 0, 707, nao ha pico de ressonancia.O valor do pico de ressonancia e dado por

Mr = |G(jω)|ω=ωr⇒ Mr =

1

2ξ√

1− ξ2, 0 ≤ ξ ≤ 0, 707

25 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 26: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

• Para ξ > 0, 707, tem-se Mr = 1.

• Quando ξ → 0, temos Mr → ∞. Isso e crıtico em termos de estabilidade.

O angulo de fase de G(jω) na frequencia em que ocorre o pico de ressonanciae dado por

φ(ωr ) = ∠G(jω)|ω=ωr

= arctan

(

1− 2ξ2

ξ

)

26 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 27: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Perceba no grafico indicado os valores ωr , Mr (igual a Mpw ), e ωB .

27 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 28: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Largura de banda Observe no grafico da pagina anterior o valor denotado porωB . Esse indica a largura de banda (bandwidth), que em termos praticosindica uma medida do quanto o sistema (saıda) consegue reproduzir o sinal deentrada.

• Largura de banda (bandwidth) e a frequencia ωB na qual a amplitudedecresce 3 dB em relacao a amplitude de baixa frequencia.

• Para uma funcao de transferencia de 2a. ordem

G(s) =ω2n

s2 + 2ξωns + ω2n

temos que ωB e dado por

ωB

ωn

= −1.19ξ + 1.85, (0.3 ≤ ξ ≤ 0.8)

28 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 29: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Projeto frequencial de sistema de segunda ordem

HomeworkConsidere

G(s) =2

s2 + 1s + 2

Suponha que G(s) acima e excitada com entrada senoidal u(t) = 2sen(ωr t).(a) Determine a frequencia de ressonancia ωr .(a) Determine a saıda y(t) correspondente.(c) Determine a largura de banda ωB .

29 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 30: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Projeto frequencial de sistema de segunda ordem

Exemplo

Considere

G(s) =ω2n

s2 + 2ξωns + ω2n

Determine ωn, a frequencia e pico de ressonancia, para ξ = 0.52 e largura debanda de 1 Hertz.

Solucao: Note que ωB = 2π × 1 = 6.28 rad/s. Usando ξ = 0.52 na formula

ωB

ωn

= −1.19ξ + 1.85

obtemos ωn = 5.11 rad/s. Agora usamos

Mr =1

2ξ√

1− ξ2ωr = ωn

1− 2ξ2

para obter os valores Mr = 1.15 e ωr = 3.46 rad/s.30 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil

Page 31: Princípios de Controle, UTFPR - Páginas Pessoaispaginapessoal.utfpr.edu.br/avargas/courses-1/principios_de... · • A determina¸c˜ao experimental de uma func¸˜ao de transferˆencia

Dica de atividades

DicaFazer os Exercıcios apresentados no Cap. 8 do livro “Sistemas de ControleModernos” - Richard C. Dorf, Robert H. Bishop.

31 of 31

B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil