princípios de administração com qualidade total

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Gestão de Processos Atividades CAPÍTULO 1 - Princípios de Adm. com Qualidade Total Professor: Elicarlos Donizeti Violim

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Processos como Qualidade, PDCA, 5S.

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  • Gesto de Processos Atividades

    CAPTULO 1 - Princpios de Adm. com Qualidade Total

    Professor: Elicarlos Donizeti Violim

  • 1 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Captulo 1

    Princpios de Administrao com Qualidade Total

    Objetivos

    Ao terminar o estudo deste primeiro captulo, voc dever estar preparado para

    explicar e exercitar as seguintes ideias:

    Conceito de qualidade.

    Fases que marcaram a evoluo da gesto pela qualidade.

    Ferramentas da qualidade.

    Normalizao e Certificaes Internacionais.

    A qualidade recordada muito depois de o preo ter sido esquecido.

    Autor desconhecido

  • 2 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    1 Introduo ao assunto

    Voc certamente j ouviu muitas vezes a palavra qualidade associada produo

    das empresas. Tambm pode ser que tenha lido matrias que afirmam que as

    empresas precisam ter produtos e servios de qualidade.

    Mas, afinal, voc j tentou definir com mais detalhes o que qualidade? Ou, ento, o

    que um produto ou um servio de qualidade?

    O que faz, na sua opinio, um produto ou servio ser bom ou ter qualidade?

    possvel fazer um produto ou servio que todos considerem de qualidade? Como

    seria esse produto ou servio?

    A ttulo de exemplo, na msica Ai que saudades da Amlia (Ataulfo Alves e Mrio

    Lago), aquela que era mulher de verdade deixa evidente um conjunto de critrios

    pessoais que o narrador utiliza para falar da qualidade de uma companheira.

    A msica Se todos fossem iguais a voc (Vinicius de Moraes e Tom Jobim) tambm

    faz lembrar do conceito de qualidade. Para o poeta, no h pessoa melhor no mundo

  • 3 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    do que a sua amada. Essa qualidade incomparvel vem da beleza que se manifesta

    na alegria, no canto e na autenticidade de um amor vivido na base da verdade. Ser

    que todas as pessoas valorizam seus companheiros a partir desses critrios?

    Voc acha que a mulher retratada nas msicas Ai, que saudades da Amlia! e Se

    todos fossem iguais a voc so idnticas? Certamente no, todas as pessoas so

    diferentes. No entanto, cada uma delas , com seu jeito especial, para o respectivo

    companheiro, o retrato da qualidade incomparvel. Pelo visto, qualidade um

    conceito bastante relativo!

    Podem ser vrios os conceitos para a palavra qualidade, pois isso depende da

    percepo de cada um a respeito de um produto ou servio.

    Neste estudo, voc vai aprender o que qualidade, e ver na prtica como

    estabelecer uma gesto na empresa voltada para a qualidade.

  • 4 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    2 O que Qualidade?

    Quanto mais um produto ou servio se aproximar da ideia que uma pessoa tem do

    ideal, mais qualidade ele ter para ela. A qualidade de um produto ou servio

    o grau em que esse atende ou excede s expectativas dos consumidores, seus

    desejos e necessidades.

    Ao avaliar a qualidade de um produto ou servio, os consumidores usam alguns

    parmetros. Veja a seguir alguns exemplos de parmetros muito utilizados.

    a) Desempenho: Se uma pessoa comprar um automvel e ele no andar mais

    rpido do que 50 km por hora, vai ficar decepcionada com ele.

    b) Conformidade: O produto ou servio atende aos requisitos a ele

    estabelecido e especificado, obedecendo assim as condies tcnicas e de

    desempenho desejados. Em outras palavras, o produto/servio est de acordo

    com o prometido? No adianta prometer muitos benefcios ao cliente e depois

    entregar um produto ou servio que no esteja de acordo com o que se

    esperava dele.

    c) Confiabilidade: O produto ou servio, atendem e cumprem com as suas

    funes especficas de uso, de forma adequada, durante um determinado

    perodo de tempo (vida til). Se um produto apresentar defeito no segundo

    dia de uso, provvel que voc no volte mais a comprar aquela marca. Um

    produto tem qualidade quando desperta a confiana do consumidor nele e na

    empresa que o produziu.

  • 5 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    d) Convenincia: O produto fcil de usar? O servio est acessvel quando o

    consumidor precisa dele? Ou preciso esperar muito para receb-lo? A

    facilidade para dispor de um produto ou servio tambm est associada

    qualidade. Por exemplo, uma TV muito pesada ou complexa demais para usar

    (com centenas de botes e comandos) pode no ter qualidade para um

    usurio comum, que busca facilidade e conforto. Um consultrio de dentista

    que tenha pouca disponibilidade de horrios, ou ento pouco conforto para os

    pacientes, ter pouca qualidade.

    e) Atendimento e suporte: fundamental na atualidade, o atendimento.

    Diante de inmeras opes, concorrncia enorme, quem consegue se

    sobressair no atendimento, conquistar a confiana do cliente, para que este

    sempre retorne, por ser bem tratado e ter suas necessidades atendidas.

    f) Apresentao: Como o produto: a forma, a cor, o peso? Ele vistoso,

    agradvel vista e ao tato? Todas essas caractersticas fazem parte da

    qualidade do produto. No caso de um servio, a qualidade est associada ao

    ambiente do prestador de servios, apresentao pessoal dos prestadores

    de servios e forma como estes tratam os clientes.

    No pense que essa lista esgota o assunto! Existem outros critrios que voc mesmo

    pode pensar e que levam o cliente a associar qualidade a um produto ou servio.

    3 A qualidade em outros tempos

    Em dcadas anteriores, o controle de qualidade era feito da mesma maneira que as

    cozinheiras escolhem feijo: as peas eram inspecionadas uma a uma, e as

    defeituosas eram separadas.

    Nesta poca, a qualidade era controlada sobretudo pela superviso. Ao final do

    processo de produo, as inspees detectavam defeitos, e as peas ou produtos

    eram rejeitados, voltando para ser consertados.

  • 6 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Por que esse sistema trazia prejuzos?

    Muitos produtos, j prontos, revelavam-se inteis por terem defeitos.

    Havia uma quantidade enorme de horas de retrabalho para consertar falhas.

    Alguns produtos defeituosos acabavam chegando at os clientes e obrigavam

    as empresas a fazer trocas, devolues e at a uma indenizao, nos piores

    casos.

    Certamente perdiam-se muitos clientes descontentes.

    Ainda assim, havia custos altos com as inspees e supervises.

    Posteriormente, alguns pensadores se perguntaram:

    necessrio realmente errar? Por que consertar erros? No

    melhor fazer certo da primeira vez, mesmo que demore

    ou custe um pouco mais?

    Segundo os tericos da qualidade, muito mais barato

    fazer certo e com qualidade da primeira vez, mesmo que

    isso custe certo investimento de tempo e recursos. Isso

    se chama trabalhar com qualidade, com foco no

    atendimento s expectativas do cliente.

    Pois , por incrvel que possa nos parecer, antigamente acreditava-se que produzir

    com mais qualidade custava mais. Hoje, sabe-se que a qualidade acaba por reduzir

    significativamente os custos, implicando maior produtividade. Existem hoje, de fato,

    Na dcada de 20, o Dr. W Edwards Deming, em visita a

    algumas empresas verificou que estas realizavam inspeo

    nos produtos somente ao final do processo, para identificar

    erros. Na sua viso, aquele procedimento estava incorreto,

    pois era apenas uma ao corretiva e no preventiva

    gerando custos maiores.

    Em 1979, Philip B.

    Crosby afirmou

    que qualquer

    nvel de defeito

    alto demais, que

    as empresas

    tinham que ter

    como meta o

    defeito zero.

  • 7 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    maneiras mais eficientes de evitar produtos defeituosos do que esse mtodo

    tradicional, que inspeciona a produo e separa os produtos com defeitos.

    Voc j imaginou quanto tempo era perdido nas empresas na confeco de um

    produto para depois descobrir que ele apresentava defeitos? E somente depois desse

    trabalho todo descart-lo ou consert-lo?

    muito melhor descobrir onde acontece a falha no decorrer do processo de

    produo e corrigi-la antes de terminar o produto, no mesmo? por isso que a

    gesto voltada para a qualidade entende que um processo que tenha o mnimo de

    erros possvel deve ter a qualidade como filosofia, no qual a preocupao de todos

    seja produzir e trabalhar cada vez melhor. E isso significa, entre outras coisas, ter

    uma atitude voltada para melhorar sempre os processos de trabalho.

    4 A gesto da qualidade total

    Pode ser que algum esteja pensando: falar fcil! s vezes, difcil manter a

    qualidade em pequenas coisas de nossas vidas, imagine numa empresa. Quantas

    vezes no tomamos uma resoluo interna de manter o quarto arrumado e meia

    hora depois est tudo fora do armrio! Para trabalhar com a filosofia da qualidade,

    as empresas precisam adotar uma gesto voltada para a qualidade.

    Quatro grandes fase de evoluo da gesto pela qualidade

    Primeira fase Inspeo (inspetores da qualidade).

    Segunda fase Controle Estatstico da Qualidade (cartas e grficos de

    controle de processo, desenvolvidos por Walter A. Shewhart).

    Terceira fase Garantia da Qualidade (difuso dos conceitos norte-americanos

    da qualidade no Japo, por Deming, Joseph Juran e Kaoru Ishikawa).

    Quarta fase Gesto da Qualidade Total (Total Quality Management

    TQM) (Programas de garantia da qualidade, atravs de auditorias realizadas nos

    fornecedores da empresa e, no mais de seus produtos e servios). Surgimento das

    Normas ISO (International Organization for Standardization).

  • 8 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Gesto da Qualidade Total (GQT) o nome que se d ao esforo de uma

    organizao para trabalhar dentro de uma filosofia de qualidade.

    A GVT voltada para o atendimento das necessidades das pessoas dentro e fora da

    instituio. O cliente final, a quem se destina o resultado do trabalho que nela se

    realiza, o seu alvo principal, sem se perder de vista, naturalmente, o atendimento

    das necessidades das pessoas, que fazem parte de sua equipe.

    Com o passar do tempo, o conceito foi sendo atualizado para atender s

    necessidades das empresas, submetidas presso de mercados e s exigncias cada

    vez maiores por parte dos clientes consumidores.

    4.1 Que princpios norteiam a Gesto da Qualidade Total?

    Como estamos tratando de qualidade, devemos sempre pensar: tudo o que vamos

    fazer, seja no ambiente profissional ou na condio de indivduo, voc deve

    estabelecer critrios e disciplina, para ter sucesso nos propsitos.

    POR QUE A GESTO PELA QUALIDADE TOTAL?

    a) CLIENTE EXIGENTE Cada vez mais os clientes exigem das empresas

    qualidade e competncia para sua satisfao plena;

    b) CONCORRNCIA Diante de um mundo cada vez mais evoludo, a

    concorrncia se acentua, exigindo competitividade e competncia;

    c) RPIDAS MUDANAS As novidades surgem a todo tempo, e obrigam

    tanto as pessoas como as instituies a terem aes geis e rpidas, tomar

    decises inteligentes e serem flexveis para adaptaes s exigncias de

    consumo e na forma de viver;

    d) DESENVOLVIMENTO DE RH As pessoas precisam estar e se sentir

    valorizadas e treinadas, para se obter criatividade, produtividade e

    desempenho qualificados;

    e) COMPROMETIMENTO SOCIAL e AMBIENTAL Cuidados com a

    imagem e a participao das organizaes em seu meio de influncia.

    Observar e fomentar as condies de sustentabilidade.

  • 9 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    E na Gesto da Qualidade Total no diferente, portanto, vamos conhecer os

    princpios aplicados.

    Envolver os funcionrios: Se o funcionrio se sente parte integrante do

    processo, ele mesmo pode identificar problemas de qualidade e corrigi-los,

    antes de passar para outra etapa de produo. Qualidade o resultado do

    trabalho da organizao e depende de cada uma das pessoas da equipe.

    Satisfazer o cliente: Cliente satisfeito aquele que obtm o produto ou

    servio de qualidade, adequado ao uso desejado. Se a organizao mantiver

    um relacionamento muito prximo com o cliente, pode perguntar o que

    exatamente ele deseja e faz-lo participar do desenvolvimento de produtos,

    de modo que se aproximem ao mximo de suas expectativas.

    Melhorar continuamente: A melhoria contnua a busca constante de

    solues para melhorar as operaes. Essa filosofia est baseada em um

    conceito japons chamado Kaizen. Kaizen significa aprimoramento contnuo,

    envolvendo todos os funcionrios. importante sempre ter em mente que no

    h um modelo pronto de qualidade total, porque ele pode e deve variar de

    acordo com a empresa, o produto, o mercado, as pessoas envolvidas, o estilo

    de gerenciamento. Por isso, essa uma metodologia que surge de dentro

    para fora, gerada e implantada pela prpria empresa e seus funcionrios.

    5 Controlando a qualidade

    Mudamos continuamente... A cada dia, a cada minuto. Ainda bem

    que mudamos! A cada mudana, renascemos e nos renovamos.

    Como voc v as mudanas na sua vida? J passou por alguma

    mudana marcante? Reflita um pouco sobre o assunto.

    O compositor Raul Seixas fala sobre isso numa de suas msicas, Metamorfose

    ambulante. Num dos trechos, ele diz:

    Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante

    Do que ter aquela velha opinio formada sobre tudo

  • 10 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes

    [...]

    Sobre o que o amor

    Sobre o que eu nem sei quem sou

    Se hoje eu sou estrela amanh j se apagou

    Se hoje eu te odeio amanh lhe tenho amor

    Mudana tem a ver com qualidade. Afinal, para ser cada vez melhor, preciso

    mudar, evoluir, rever o modo como se fazem as coisas para aprimorar os processos.

    Existem algumas ferramentas muito utilizadas

    para melhorar os processos de trabalho na

    empresa. A seguir, voc conhecer algumas delas.

    5.1 PDCA: a melhoria contnua dos processos de trabalho

    Para que a empresa possa atingir suas metas, resolver problemas, e evit-los em

    outros momentos, preciso que adote um mtodo, uma sequncia lgica de

    procedimentos. Na Gesto da Qualidade Total, esse mtodo o PDCA.

    P

    D C

    A

    PLAN

    DO CHECK

    ACTIONN

  • 11 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    O PDCA uma ferramenta de busca da melhoria contnua que pode ser utilizada por

    equipes dentro da empresa, com o objetivo de melhorar a qualidade dos processos

    de trabalho. Pode ser utilizado em qualquer empresa (e at mesmo na sua casa ou

    na sua vida), independentemente da rea ou departamento (vendas, compras,

    Recursos Humanos etc.).

    A sigla PDCA formada pela letra inicial de palavras inglesas. Veja o que significam:

    Entenda os passos do PDCA:

    Planejamento (P) Definir o que queremos, estabelecer metas e definir os

    procedimentos e processos que permitiro atingir as metas propostas.

    Execuo (D) Realizar as atividades, executar o planejado conforme

    definido.

    Verificao (C) Monitorar e controlar os processos e resultados, inclusive

    se a execuo est ocorrendo conforme o planejado. recomendvel a

    elaborao de relatrios para monitoramento, controle e avaliao.

    Ao (A) Fazer as alteraes levantadas na fase de verificao, tomando

    aes corretivas, levantando as aes preventivas ou de melhoria. Hora de

    aprimorar o processo de execuo.

    No ciclo PDCA, a Ao deve buscar eliminar ou reduzir os problemas na Execuo.

    A seguir, voc vai ver esquematicamente em que consiste cada etapa do PDCA.

  • 12 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

  • 13 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    5.2 O programa 5S

    Uma das ferramentas de gesto da qualidade mais populares e tradicionais que

    existem a dos 5S. O Programa 5S foi concebido por Kaoru Ishikawa em 1950, no

    Japo, logo depois da Segunda Guerra Mundial.

    A inspirao era a necessidade de reorganizar o pas naquele momento histrico to

    difcil. Nesta poca faltava tudo: roupas, moradia, trabalhadores, alimentos,

    mquinas etc. Era fundamental evitar o desperdcio. O programa foi to eficaz que

    at hoje um importantssimo instrumento de gesto da qualidade naquele pas.

    O Programa 5S, se prope a eliminar o desperdcio e fazer do ambiente de trabalho

    um lugar agradvel, que facilite sua realizao e que promova relaes harmoniosas

    entre as pessoas.

    Esse programa foi desenvolvido com o objetivo de transformar o ambiente das

    organizaes e a atitude das pessoas, melhorando a qualidade de vida dos

    funcionrios, diminuindo desperdcios, reduzindo custos e aumentando a

    produtividade das instituies.

    O nome 5S vem das iniciais das cinco palavras japonesas que sintetizam as cinco

    etapas do programa. So elas:

  • 14 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    5.2.1 Implantao do 5S

    1 Senso de utilizao / seleo (Seiri)

    Nesse senso, devemos separar os materiais, conforme a sua utilizao, da seguinte

    maneira:

    Materiais que so utilizados constantemente e so indispensveis;

    Materiais necessrios, mas de uso eventual;

    Materiais desnecessrios.

    Os materiais que forem classificados como desnecessrios devero ser identificados

    com uma etiqueta, ou outro meio adequado, e armazenados em um local apropriado,

    que chamaremos de rea de descarte, com a finalidade de analisar o material e

    realizar a destinao final.

  • 15 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Os materiais selecionados para a rea de descarte precisam ter uma identificao da

    rea que enviou o material, o responsvel, o motivo, uma sugesto de destinao, a

    quantidade, a especificao e todas as informaes necessrias para se decidir sobre

    o destino do material, que poder ser: reaproveitado, retrabalhado, vendido, doado

    ou sucateado.

    Objetivos da implantao desse senso:

    a) Liberao de espao fsico;

    b) Controle de estoque de materiais evitando excessos;

    c) Reduo do tempo gasto na procura de materiais, equipamentos e

    documentos;

    d) Eliminao de material ou equipamento obsoleto;

    e) Reduo de custos com compras desnecessrias;

    f) Melhoria do ambiente de trabalho e reduo de acidentes.

    2 Senso de organizao / ordenao (Seiton)

    Como consequncia da liberao de espao e da separao dos materiais

    desnecessrios, podemos reorganizar o arranjo fsico (layout) do ambiente,

    reposicionando mesas, equipamentos e estoques para melhorar o fluxo e otimizar o

    processo. Podemos pensar tambm na criao de novas reas para descanso

    visando ao conforto, para local de reunies ou treinamento, ou para ampliao do

    empreendimento.

    Quanto ao material que foi definido como necessrio, vamos agora definir um local

    para cada coisa e colocar cada coisa no seu lugar. Dessa forma, vamos ordenar e

    organizar os materiais levando em conta o seguinte critrio:

    1) Para os materiais que so utilizados constantemente, armazen-los prximo

    ao local de utilizao, evitando-se transporte desnecessrio (devem estar

    sempre mo);

  • 16 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    2) Para os materiais com uso menos frequente, armazen-los em um local de

    fcil acesso e que no atrapalhe o trnsito das pessoas e de equipamentos;

    3) Para os materiais de uso raro e eventual, armazen-los fora do local de

    trabalho, mas de maneira que facilite sua localizao.

    Objetivos da implantao desse senso:

    a) Melhoria da gesto visual;

    b) Rapidez para localizar materiais e equipamentos;

    c) Reduo do cansao fsico e mental;

    d) Aumento da produtividade;

    e) Melhoria do ambiente de trabalho e reduo de acidentes.

    3 Senso de limpeza (Seiso)

    O sentido literal de Seiso retirar a sujeira, porm, mais importante que limpar a

    sujeira evitar que a sujeira aparea. Para isso, importante a colaborao de todas

    as pessoas da organizao e no apenas do pessoal que faz parte da limpeza. Vale

    aqui a regra: sujou, precisa limpar.

    necessrio criar o hbito de no deixar acumular sujeira. Cada colaborador deve se

    comprometer em manter limpo o seu local de trabalho, antes, durante e aps sua

    jornada de trabalho.

    Usado raramente Fora do ambiente de trabalho

    Usado constantemente Muito prximo ao alcance das

    mos

    Usado com pouca frequncia Prximo ao ambiente de

    trabalho

  • 17 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Objetivos da implantao desse senso:

    a) Ambiente mais agradvel e sadio;

    b) Melhores condies e maior segurana no trabalho;

    c) Aumento da satisfao dos colaboradores;

    d) Maior controle sobre o estado de conservao das instalaes e

    equipamentos;

    e) Melhoria da imagem da organizao.

    4 Senso de padronizao (Seiketsu)

    Nesta fase, pretende-se tornar o ambiente de trabalho favorvel para a manuteno

    da sade fsica, mental e emocional, bem como estimular o respeito e a justia no

    relacionamento. Pretende-se, alm disso, remover as condies inseguras e

    promover a conscientizao para a higiene e a sade.

    Para tanto deve-se manter a arrumao, a limpeza e a ordem em tudo, buscando

    padronizar as melhorias para que no voltem atrs.

    Objetivos da implantao deste senso:

    a) Trabalho dirio agradvel;

    b) Preveno e controle do estresse;

    c) Aumento da autoestima, da satisfao e motivao.

    5 Senso de autodisciplina (Shitsuke)

    Esta fase pode ser resumida da seguinte maneira: participar e consolidar.

    Pretende-se, portanto, reeducar as atitudes de maneira a cumprir sempre o que se

    estabelece com todas as partes interessadas; aprender e praticar com persistncia

    aquilo que correto e adequado; e compartilhar a viso e os valores com os demais.

  • 18 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Objetivos da implantao deste senso:

    a) Conscientizao da responsabilidade em todas as atividades;

    b) Reduo de controles;

    c) Cumprimento de procedimentos e regras;

    d) Consolidao do trabalho em equipe;

    e) Desenvolvimento pessoal.

    5.3 Diagrama de Causa e Efeito

    O diagrama de causa e efeito ou diagrama de Ishikawa uma ferramenta utilizada

    para correlacionar o resultado de um processo, chamado de efeito, e os fatores que

    geraram esse efeito, chamados de causas. Foi utilizado pela primeira vez por Kaoru

    Ishikawa em 1953 e seu objetivo organizar as informaes, para facilitar a

    identificao das possveis causas do efeito em estudo.

    Quando se trata de problemas em processos industriais, as causas geralmente

    podem ser subdivididas em seis tipos de causas primrias: matria-prima, mo de

    obra, mquina, mtodo, medio e meio ambiente.

  • 19 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Seguem detalhados os seis tipos de causas primrias (6 Ms):

    (1) Mo de obra: Analisar a competncia e qualificao dos colaboradores

    envolvidos no problema. Considerar tambm o treinamento, o absentesmo,

    a pontualidade, o cumprimento das regras e o comportamento em geral.

    (2) Mquina: Considerar a capacidade e as boas condies do equipamento.

    Verificar se a mquina est adequada ao processo e detectar desgaste,

    deteriorao, folgas e falta de manuteno.

    (3) Mtodo: Verificar a existncia de falhas nos procedimentos e nas

    especificaes.

    (4) Meio ambiente: Analisar se os aspectos do ambiente de trabalho, como

    iluminao, rudos, temperatura, vibrao, etc., interferem no processo.

    (5) Medio: Verificar as condies dos meios de medio quanto

    manuteno e calibrao. Analisar a adequao do meio de medio no

    processo.

    (6) Matria-prima: Verificar se as matrias-primas esto de acordo com as

    especificaes. Analisar como foram controladas a entrada de lotes novos e

    os fornecedores homologados.

    A figura abaixo mostra um exemplo de diagrama de Ishikawa, no qual esto

    relacionadas diversas causas secundrias para cada uma das causas primrias e duas

    causas tercirias para a causa secundria marca.

  • 20 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    5.4 Planejamento das Aes (5W2H)

    Essa ferramenta apropriada para realizar o planejamento das atividades ao se

    mapear um processo, indicando responsveis, prazos, custo e local, bem como

    verificando sua viabilidade. Serve, portanto, para se ter mais informaes de um

    processo, de seus problemas e das aes planejadas.

    O 5W2H est estruturado para responder s seguintes perguntas a respeito de cada

    atividade de um processo:

    O que ser feito? What?

    Quem ir realizar? Who?

    Quando ser feito? When?

    Onde ser realizado? Where?

    Por que ser feito? Why?

    Como ser feito? How?

    Quanto custa realizar a atividade? How much?

  • 21 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    A tabela a seguir apresenta um exemplo de aplicao do 5W2H no planejamento de

    aes.

    6 Normalizao e certificaes

    Imagine uma empresa muito boa, que todo mundo no pas conhece como referncia,

    mas que no conhecida no exterior. Como ela faria para demonstrar que tem

    timos padres de qualidade e vender seus produtos l fora? Como as empresas de

    fora poderiam confiar nesse fornecedor?

    Pensando nisso, a Organizao Internacional de Padronizao (ISO International

    Organization for Standardization) criou um conjunto de padres, conhecido como

    ISO. A ISO uma organizao privada, sem fins lucrativos, fundada em 1947. a

    Federao Mundial de Organismos Nacionais de Normalizao (ONN). Seus membros

    so ONN de mais de 200 pases, um nico ONN membro por pas (entidade mais

    representativa da normalizao no pas).

    Em outras palavras, a ISO o frum mundial onde se busca o consenso na

    elaborao de normas internacionais por meio da conciliao dos interesses dos

    fornecedores, consumidores, governo, comunidade cientfica e demais

    representantes da sociedade civil organizada.

  • 22 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Normalizao no coisa nova, existindo desde os primrdios da civilizao, quando

    o homem comeou a realizar transaes comerciais, faz parte do nosso dia-a-dia,

    embora no nos demos conta disso. Pode ser descrita como a maneira de organizar

    as atividades pela criao e utilizao de regras ou normas, visando contribuir para

    o desenvolvimento econmico e social.

    A normalizao executada em diferentes nveis de abrangncia, comeando na

    empresa e alcanando o nvel internacional.

    Nvel empresa: So normas preparadas e editadas por uma empresa ou

    grupo de empresas com a finalidade de orientar as compras, a fabricao, as

    vendas e outras operaes.

    Nvel de associao: Algumas entidades associativas ou tcnicas tambm

    estabelecem normas, seja para o uso dos seus associados, seja para uso

    generalizado.

    Nvel nacional: Normas editadas por um Organismo Nacional de

    Normalizao, reconhecido como autoridade para torn-las pblicas, aps a

    verificao de consenso entre os interesses do governo, das indstrias, dos

    consumidores e da comunidade cientfica de um pas.

  • 23 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    Nvel regional: Normas regionais so normas tcnicas estabelecidas por um

    Organismo Regional de Normalizao para aplicao num conjunto de pases

    (uma regio, como a Europa ou o Mercosul).

    Nvel internacional: Normas internacionais so normas tcnicas

    estabelecidas por um Organismo Internacional de Normalizao para aplicao

    em escala mundial.

    Uma norma tcnica um "documento estabelecido por consenso e aprovado por

    um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras,

    diretrizes ou caractersticas para atividades ou seus resultados, visando obteno

    de um grau timo de ordenao em um dado contexto".

    As normas tcnicas so aplicveis a produtos, servios, processos, sistemas de

    gesto, pessoal, enfim, nos mais diversos campos. Elas podem estabelecer requisitos

    de qualidade, de desempenho, de segurana (seja no fornecimento de algo, no seu

    uso ou mesmo na sua destinao final), mas tambm podem estabelecer

    procedimentos, padronizar formas, dimenses, tipos, usos, estabelecer classificaes

    ou terminologias e glossrios, estabelecer a maneira de medir ou determinar

    caractersticas, como os mtodos de ensaio.

    Normalmente, o cliente quem estabelece qual a norma tcnica que dever ser

    seguida para o fornecimento do bem ou servio que pretende adquirir. Isto pode ser

    feito explicitamente, quando o cliente define a norma aplicvel, ou simplesmente

    quando ele espera que as normas em vigor no mercado sejam seguidas.

    Muitas vezes, alm de pretender que o produto siga uma determinada norma, o

    cliente tambm deseja que a conformidade a essa norma seja demonstrada,

    mediante procedimentos de avaliao da conformidade.

    Por vezes, os procedimentos de avaliao da conformidade, em particular a

    certificao, so obrigatrios legalmente para determinados mercados (certificao

    compulsria), outras vezes, embora no haja a obrigatoriedade legal, as prticas

    correntes nesse mercado tornam indispensveis a utilizao de determinados

  • 24 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    procedimentos de avaliao da conformidade (tipicamente a certificao) como

    forma de demonstrao de diferencial de qualidade.

    A participao brasileira nos trabalhos de normalizao da ISO efetuada pela ABNT.

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), entidade privada, sem fins

    lucrativos, reconhecida pelo Estado brasileiro como o Frum Nacional de

    Normalizao, o que significa que as normas elaboradas por ela as NBR so

    formalmente reconhecidas como as Normas Brasileiras. ABNT cabe, como principal

    atribuio, coordenar, orientar e supervisionar o processo de elaborao de Normas

    Brasileiras.

    As normas ISO so voluntrias, cabendo aos seus membros decidirem se as adotam

    como normas nacionais ou no. A adoo de uma norma ISO como Norma Brasileira

    recebe a designao NBR ISO.

    Existem vrios tipos de certificao ISO. A certificao que avalia a qualidade na

    gesto da empresa o conjunto que vai do padro ISO 9000 at ISO 9005. Alm do

    conjunto de padres ISO 9000, outro certificado muito procurado hoje pelas

    empresas o certificado ISO 14000. Ele concedido a empresas que trabalham

    respeitando o meio ambiente.

    Quais so os benefcios da certificao para uma organizao ou empresa? So

    muitos! Veja alguns deles:

    a) Os clientes ficam sabendo que seus servios e suporte so bem

    administrados.

    b) Aumenta a possibilidade de contratao dos servios da empresa ou de venda

    de seus produtos (impulso nas vendas).

    c) Como ela teve que se organizar com processos, aumenta a sua eficincia e

    eficcia.

    d) No processo, os funcionrios podem ser motivados a se envolver e a se

    comprometer.

  • 25 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    6.1 ISO 9000

    A srie ISO 9000 forma um conjunto de padres mundiais que estabelece exigncias

    para os sistemas de administrao da qualidade das empresas. A ISO 9000 est

    sendo mundialmente usada para fornecer um quadro de referncia para garantia de

    qualidade.

    O certificado ISO 9000 exige avaliao externa dos padres e procedimentos de

    qualidade de uma empresa e so feitas auditorias regulares para assegurar que os

    sistemas no se deterioraram. Usualmente o prazo de validade de dois a cinco

    anos, sendo efetuadas auditorias pelo certificador durante esse perodo.

    A ISO 9000 uma srie de 4 normas internacionais para "Gesto da Qualidade" e

    "Garantia da Qualidade". Ela no destinada a um "produto" nem para alguma

    indstria especfica. Tem como objetivo orientar a implantao de sistemas de

    qualidade nas organizaes.

    As regras e os padres da Gesto da Qualidade e Garantia da Qualidade so

    complementares aos padres do produto, e so implantados para melhorar a sua

    qualidade, com impacto na funcionalidade do Sistema da Qualidade.

    A srie composta das seguintes normas:

    ISO 9000 - descreve os fundamentos do sistema de gerenciamento da

    qualidade e especifica a sua terminologia.

    ISO 9001 - Especifica os requisitos do Sistema da Qualidade para uso onde a

    capacidade da organizao de prover produtos que atendam ao cliente e aos

    requisitos regulatrios precisa ser demonstrada.

    ISO 9004 - Fornece diretrizes para implantao de um Sistema de Gesto da

    Qualidade, incluindo os processos para melhoria contnua, que contribui para

    a satisfao dos clientes da organizao e outras partes interessadas.

    ISO 19011 - prov guia para o gerenciamento e conduo de auditorias da

    qualidade e ambiental.

  • 26 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    O propsito da ISO 9000 fornecer garantia aos compradores de produtos ou

    servios e que estes foram produzidos de maneira a atender a suas exigncias.

    6.2 ISO 14000

    Organizaes de todos os tipos esto cada vez mais preocupadas em atingir e

    demonstrar um desempenho ambiental correto, controlando o impacto de suas

    atividades, produtos ou servios no meio ambiente, levando em considerao sua

    poltica e seus objetivos ambientais.

    Esse comportamento se insere no contexto de uma legislao cada vez mais

    exigente, do desenvolvimento de polticas econmicas, de outras medidas destinadas

    a estimular a proteo ao meio ambiente e de uma crescente preocupao das

    partes interessadas em relao s questes ambientais e ao desenvolvimento

    sustentvel.

    Muitas organizaes tm efetuado anlises ou auditorias ambientais a fim de avaliar

    seu desempenho ambiental. No entanto, por si s, tais anlises e auditorias podem

    no ser suficientes para proporcionar a uma organizao a garantia de que seu

    desempenho no apenas atende, mas continuar a atender, aos requisitos legais e

    aos de sua prpria poltica.

    Para que sejam eficazes, necessrio que esses procedimentos sejam conduzidos

    dentro de um sistema de gesto estruturado e integrado ao conjunto das atividades

    de gesto.

    A ISO 14000 tem como principal foco a gesto ambiental e fornece uma estrutura

    organizada para que as empresas consigam promover aes internas para obter a

    certificao.

    A srie composta das seguintes normas:

    ISO 14001: trata do Sistema de Gesto Ambiental (SGA), sendo direcionada

    certificao por terceiras partes.

  • 27 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    ISO 14004: trata do Sistema de Gesto Ambiental, sendo destinada ao uso

    interno da empresa, ou seja, corresponde ao suporte da gesto ambiental.

    ISO 14010: so normas sobre as Auditorias Ambientais. So elas que

    asseguram credibilidade a todo processo de certificao ambiental, visando as

    auditorias de terceiras partes, nas quais se verificam os compromissos

    estabelecidos pela empresa em seu Sistema de Gesto Ambiental.

    ISO 14031: so normas sobre Desempenho Ambiental, que estabelecem as

    diretrizes para medio, anlise e definio do desempenho ambiental de uma

    organizao, a fim de assegurar o SGA.

    ISO 14020: so normas sobre Rotulagem Ambiental, estabelecendo

    orientaes para a expresso das caractersticas ambientais dos produtos das

    empresas, de forma que os rtulos ressaltem as caractersticas ambientais do

    produto.

    ISO 14040: so normas sobre a Anlise do Ciclo de Vida, estabelecendo as

    interaes entre as atividades produtivas e o meio ambiente. Analisa o

    impacto causado pelos produtos, processos e servios relacionados desde a

    extrao dos recursos naturais at a disposio final.

    Quando a empresa utiliza a certificao ISO 14000 ela agrega valor marca e a seus

    produtos, pois estar associada com seu nome uma imagem de organizao que se

    preocupa com a natureza.

    Alm disso, em muitos casos existe ganho econmico, pois as empresas passam a

    reutilizar recursos (como gua) e a utilizar energia eltrica, por exemplo, de forma

    menos agressiva ao planeta e isso se reflete na reduo das contas mensais.

    6.3 OSHAS 18000

    As normas OHSAS 18000 so um guia para implementao de sistemas de gesto de

    segurana e higiene ocupacional. A certificao pela OHSAS 18000 acentua uma

    abordagem pela minimizao do risco. Reduzindo com sua implementao, os

  • 28 ETEC Dr. Francisco Nogueira de Lima Curso Tcnico em Acar e lcool

    acidentes e doenas do trabalho, os tempos de paragem, e consequentemente os

    custos econmicos e sobretudo humanos.

    6.4 ISO 26000

    No dia 1 de novembro de 2010, foi publicada a Norma Internacional ISO 26000

    Diretrizes sobre Responsabilidade Social, cujo lanamento foi em Genebra, Sua. No

    Brasil, no dia 8 de dezembro de 2010, a verso em portugus da norma, a ABNT

    NBR ISO 26000, foi lanada em evento na Fiesp, em So Paulo.

    Segundo a ISO 26000, a responsabilidade social se expressa pelo desejo e pelo

    propsito das organizaes em incorporarem consideraes socioambientais em seus

    processos decisrios e a responsabilizar-se pelos impactos de suas decises e

    atividades na sociedade e no meio ambiente.

    Isso implica um comportamento tico e transparente que contribua para o

    desenvolvimento sustentvel, que esteja em conformidade com as leis aplicveis e

    seja consistente com as normas internacionais de comportamento. Tambm implica

    que a responsabilidade social esteja integrada em toda a organizao, seja praticada

    em suas relaes e leve em conta os interesses das partes interessadas.