01 - princípios administrativos ou da administração

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CURSO ON-LINE DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 01 Assunto: Princípios da Administração Pública 1. (FCC/TRE-AM/2010) A exigência de que o administrador público, no desempenho de suas atividades, deve atuar sempre com ética, honestidade e boa-fé, refere-se ao dever de a) eficiência. b) moralidade. c) probidade. d) legalidade. e) discricionariedade. Comentários: Quando relacionado ao principio da probidade, o princípio da moralidade exige dos agentes públicos um comportamento ético, honesto, probo, no trato da coisa pública. Ou seja, no exercício da atividade administrativa é exigida uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. Portanto, a resposta desta questão é a letra c. 2. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Um ato administrativo que viesse a criar direitos, impor obrigações ou prescrever sanções afrontaria o princípio da: a) publicidade. b) probidade administrativa. c) impessoalidade. d) moralidade. e) legalidade Comentários:

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PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

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AULA 01

Assunto:

Princípios da Administração Pública

1. (FCC/TRE-AM/2010) A exigência de que o administrador público, no desempenho de suas atividades, deve atuar sempre com ética, honestidade e boa-fé, refere-se ao dever de

a) eficiência.

b) moralidade.

c) probidade.

d) legalidade.

e) discricionariedade.

Comentários:

Quando relacionado ao principio da probidade, o princípio da moralidade exige dos agentes públicos um comportamento ético, honesto, probo, no trato da coisa pública. Ou seja, no exercício da atividade administrativa é exigida uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

Portanto, a resposta desta questão é a letra c.

2. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Um ato administrativo que viesse a criar direitos, impor obrigações ou prescrever sanções afrontaria o princípio da:

a) publicidade.

b) probidade administrativa.

c) impessoalidade.

d) moralidade.

e) legalidade

Comentários:

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De acordo com o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei.

Deste modo, a Administração Pública não pode, por exemplo, conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo. Para tanto, deve haver previsão em lei. Aí, sim, um ato administrativo poderá regulamentar essa lei.

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

3. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Determinado agente público, realizando fiscalização, verifica tratar-se de caso de aplicação de multa administrativa. Tal agente, de ofício, lavra o auto respectivo. Considerando essa situação à luz de princípios que regem a Administração Pública, é correto afirmar que, em nome do princípio da:

a) autoexecutoriedade, tal multa pode ser exigida independentemente de defesa do autuado em processo administrativo.

b) imperatividade, a cobrança dessa multa não depende de autorização judicial.

c) indisponibilidade do interesse público, o julgador no processo administrativo não pode dar razão às alegações do particular.

d) autotutela, a Administração pode anular a autuação, caso nela constate vícios quanto à legalidade.

e) presunção de legalidade, a Administração só pode reconhecer a invalidade do auto ante prova produzida pelo particular.

Comentários:

As letras a, b e e estão erradas. Os atributos do ato administrativo (autoexecutoriedade, imperatividade e presunção de legalidade) serão estudados na próxima aula.

A letra c está errada. O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado exalta a superioridade do interesse da coletividade, ao estabelecer a prevalência do interesse público sobre o do particular.

Esse princípio, que informa todos os ramos do Direito Público, estabelece que na hipótese de conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá sobre este, sempre.

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Essa posição de supremacia do Estado se expressa através da verticalidade (desigualdade jurídica) que caracteriza as relações jurídicas entre a Administração Pública e os particulares. Diferentemente, no Direito Privado, as relações entre particulares caracterizam-se pela horizontalidade (igualdade jurídica).

Todavia, isso não impede que o julgador no processo administrativo dê razão às alegações do particular. Mesmo porque, quando a Administração Pública, excepcionalmente, não atuar com vistas à consecução de interesses públicos, não lhe será cabível invocar o princípio da supremacia do interesse público.

A letra d está certa. A autotutela consiste no poder-dever que a Administração Pública possui de rever seus próprios atos, anulando-os, quando eivado de vícios, ou revogando-os, quando inconvenientes ou inoportunos.

O princípio da autotutela está consagrado na Súmula nº 473 do STF, cujo enunciado é o seguinte:

JURISPRUDÊNCIAS DO STF:

"A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial." (Súmula nº 473)

Portanto, a resposta desta questão é a letra d.

4. (FCC/TJ-PI/2009) O princípio da legalidade significa que

a) o administrador deve praticar o ato para o seu fim legal.

b) a Administração pode fazer o que a lei não proíbe.

c) o administrador deve atuar de acordo com os padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

d) a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite.

e) a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.

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Comentários:

O princípio da legalidade estabelece que toda atividade administrativa só poderá ser exercida em conformidade absoluta com a lei. A Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite Caso contrário, a atividade será ilícita.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra d.

5. (FCC/TJ-PA/2009) Sobre os princípios básicos da Administração Pública, considere:

I. É composto pelo conjunto de regras finais e disciplinares suscitadas não só pela distinção entre o Bem e o Mal, mas também pela ideia geral de administração e pela ideia de função administrativa.

II. Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige.

III. Objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesão aos direitos fundamentais.

Estes conceitos dizem respeito, respectivamente, aos princípios da

a) razoabilidade, finalidade e moralidade.

b) moralidade, finalidade e razoabilidade.

c) finalidade, razoabilidade e moralidade.

d) moralidade, razoabilidade e finalidade.

e) finalidade, moralidade e razoabilidade.

Comentários:

Item I: O princípio da moralidade exige dos agentes públicos um comportamento ético, honesto, probo, no trato da coisa pública. Ou seja, no exercício da atividade administrativa é exigida uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

Esse princípio impõe ao agente público, quando da aplicação da lei, o dever de buscar a concretização dos princípios nela consagrados. Isto é, para atuar em conformidade com o princípio da moralidade não basta ao agente cumprir a literalidade da lei. É necessário ir além, buscar o verdadeiro sentimento da norma, de modo que ao lado do legal esteja o ético.

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Assim, o servidor público não deve decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto.

Item II: O princípio da impessoalidade, quando relacionado com princípio da finalidade, exige que a atividade administrativa seja exercida em atendimento aos interesses da coletividade. A finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

Item III: Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são considerados as maiores limitações às competências discricionárias da Administração Pública. Pois, exigem que os atos discricionários praticados pela Administração sejam necessários, adequados e proporcionais.

Segundo esses princípios, nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de adequação entre meios e fins, sendo vedado à Administração impor obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

Assim, a resposta desta questão é a letra b.

6. (FCC/TRT-15ªRegião/2009) O princípio da autotutela significa que a Administração Pública

a) exerce o controle sobre seus próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.

b) sujeita-se ao controle do Poder Judiciário, que pode anular ou revogar os atos administrativos que forem inconvenientes ou inoportunos.

c) Direta fiscaliza as atividades das entidades da Administração Indireta a ela vinculadas.

d) Indireta fica sujeita a controle dos órgãos de fiscalização do Ministério do Planejamento mesmo que tenham sido criadas por outro Ministério.

e) tem liberdade de atuação em matérias que lhes são atribuídas por lei.

Comentários:

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Já vimos que, segundo o princípio da autotutela, a Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade.

Por isso, a resposta desta questão é a letra a.

7. (FCC/TJ-PA/2009) Os princípios da Administração Pública que têm previsão expressa na Constituição Federal são:

a) autotutela, publicidade e indisponibilidade.

b) legalidade, publicidade e eficiência.

c) moralidade, indisponibilidade e razoabilidade.

d) publicidade, eficiência e indisponibilidade.

e) eficiência, razoabilidade e moralidade.

Comentários:

Os princípios tanto podem ser explícitos (o seu nome está taxativamente previsto em normas jurídicas) como implícitos (a sua aplicação está prevista em normas jurídicas). Os princípios que regem a Administração Pública são exemplos de princípios explícitos no sistema constitucional pátrio, previstos no art. 37 da Constituição Federal de 1988, nos seguintes termos:

CF/88, ART. 37:

“A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:”

Assim, os princípios básicos da administração pública estão consubstanciados em cinco regras de observância permanente e obrigatória para o bom administrador: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Se você não os conhecia, pode chamá-los de “LIMPE”.

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Princípios da

Administração Pública

(CF/88, art. 37)

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Publicidade

Eficiência

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

8. (FCC/TJ-PA/2009) Quando se diz que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, estamos diante do princípio da

a) especialidade.

b) legalidade ou veracidade.

c) impessoalidade ou finalidade.

d) supremacia do interesse público.

e) indisponibilidade.

Comentários:

O princípio da impessoalidade impede perseguições ou favorecimentos, tratamentos diferenciados benéficos ou prejudiciais aos administrados. Com efeito, todo ato da Administração deve ser praticado com o propósito de satisfazer o interesse público. Qualquer ato praticado em desacordo com o interesse da coletividade será inválido por desvio da finalidade.

Portanto, a resposta desta questão é a letra c.

9. (FCC/TJ-PA/2009) Princípio da eficiência na Administração Pública

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a) é o dever do administrador de indicar os fundamentos de fato e de direito de suas decisões.

b) que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

c) a que se impõe a Administração de atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

d) segundo o qual a Administração só pode agir segundo a lei, jamais contra ou além da lei.

e) pelo qual se exige do administrador atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências.

Comentários:

O princípio da eficiência, que trouxe para a Administração Pública o dever expresso de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, possui três interpretações:

• Dirigido à Administração: exige que o modo de estruturação, organização e disciplina seja racional, com o objetivo de alcançar os melhores resultados no desempenho da atividade administrativa.

• Dirigido aos agentes públicos: exige uma atuação que resulte no melhor desempenho possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados.

• Relativo ao princípio da economicidade: impõe à Administração uma atuação sob uma adequada relação custo/benefício, com vistas a obter o máximo de benefícios com o mínimo de despesas.

IMPORTANTE:

São aplicações do princípio da eficiência quando relacionado à Administração Pública:

• Descentralização.

• Desconcentração.

• Contrato de gestão

São aplicações do princípio da eficiência quando relacionado aos agentes públicos:

• Concurso Público.

• Estágio Probatório.

• Avaliação especial de desempenho para aquisição de estabilidade.

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• Avaliação periódica de desempenho (possibilidade de o servidor estável perder o cargo).

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

10. (FCC/TJ-PA/2009) Sobre os princípios constitucionais da Administração Pública NÃO é correto afirmar que o princípio:

a) da legalidade traduz a idéia de que a Administração Pública somente tem possibilidade de atuar quando exista lei que a determine ou que a autorize.

b) da moralidade está ligado à idéia da probidade administrativa, do decoro e da boa-fé.

c) da impessoalidade também é conhecido como princípio da finalidade.

d) da publicidade apresenta dupla acepção: exigência de publicação dos atos administrativos em órgão oficial como requisito de eficácia e exigência de transparência da atuação administrativa.

e) da impessoalidade tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade.

Comentários:

A letra a está certa. O princípio da legalidade estabelece que toda atividade administrativa só poderá ser exercida em conformidade absoluta com a lei. A Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite Caso contrário, a atividade será ilícita.

A letra b está certa. O princípio da moralidade exige dos agentes públicos um comportamento ético, honesto, probo, no trato da coisa pública. Ou seja, no exercício da atividade administrativa é exigida uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

A letra c está certa. Segundo a doutrina, o princípio da finalidade está inserido no princípio da impessoalidade.

A letra d está certa. O princípio da publicidade pode ser interpretado de duas maneiras. Na primeira delas, faz referência ao princípio da

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publicação oficial dos atos administrativos. Na segunda, refere-se ao princípio da transparência.

PUBLICIDADE

(2 interpretações)

PUBLICAÇÃO OFICIAL (condição de eficácia)

TRANSPARÊNCIA

A letra e está errada. O princípio que tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade é o da eficiência.

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

11. (FCC/PGE-RJ/2009) Há dois princípios constitucionais fundamentais para o Direito Administrativo. A partir deles constroem-se todos os demais. São eles:

a) prescrição de veracidade e publicidade.

b) impessoalidade e legalidade.

c) legalidade e supremacia do interesse público.

d) publicidade e moralidade.

e) especialidade e supremacia do interesse público.

Comentários:

Princípios constitucionais fundamentais para o Direito Administrativo

Maria Sylvia Zanella Di Pietro

legalidade

+ supremacia do interesse público

Celso Antônio Bandeira de Mello

indisponibilidade do interesse público

+ supremacia do interesse público

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Logo, a resposta desta questão é a letra c.

12. (FCC/PGE-RJ/2009) De acordo com o princípio da legalidade, em matéria administrativa, a Administração apenas pode praticar os atos que sejam expressamente permitidos pela lei. A partir deste enunciado, conclui-se que:

a) a observância de medidas provisórias, pela Administração, ofende o princípio da legalidade porque elas não são consideradas lei formal.

b) a Administração poderá praticar os atos permitidos pela lei e, em caso de omissão, estará legitimada a atuar se for habilitada a tanto por decreto do Chefe do Poder Executivo.

c) a prática de atos por razões de conveniência e oportunidade é violadora do princípio da legalidade, uma vez que o mérito do ato administrativo nestes casos não é definido em lei.

d) o controle de legalidade interno dos atos administrativos deve ser preocupação constante da Administração, como forma de atendimento do interesse público na preservação desta legalidade.

e) o reconhecimento de circunstâncias excepcionais, como estado de sítio e estado de defesa, autoriza a Administração a praticar atos discricionários e arbitrários, isentos de controle jurisdicional.

Comentários

A letra a está errada. A observância de medidas provisórias, pela Administração Pública, não ofende o princípio da legalidade. Ocorre justamente o contrário. Como as medidas provisórias têm força de lei, elas devem ser observadas em decorrência do princípio da legalidade.

A letra b está errada. Em caso de omissão legal, a Administração não estará legitimada a atuar se for habilitada a tanto por decreto do Chefe do Poder Executivo. Em regra o Chefe do Poder Executivo só pode editar decretos para dar execução às leis.

A letra c está errada. De acordo com o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei. Logo, não há incompatibilidade entre a discricionariedade e a legalidade.

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A letra d está certa. De fato, o controle de legalidade interno dos atos administrativos deve ser preocupação constante da Administração, como forma de atendimento do interesse público na preservação desta legalidade.

A letra e está errada. Em situações especiais e expressamente previstas na Constituição Federal, o princípio da legalidade pode sofrer supressões provisórias e excepcionais. São exemplos, o Estado de Defesa e o Estado de Sítio (artigos 136 a 141). Contudo, isso não significa que a Administração Pública está autorizada a praticar atos discricionários e arbitrários, isentos de controle jurisdicional.

Logo, a resposta desta questão é a letra d.

13. (FCC/MPE-SE/2009) A Constituição determina expressamente que são princípios da Administração Pública:

a) publicidade, moralidade e eficiência.

b) impessoalidade, moralidade e imperatividade.

c) hierarquia, moralidade e legalidade.

d) legalidade, impessoalidade e auto-executoriedade.

e) impessoalidade, presunção de legitimidade e hierarquia.

Comentários:

Princípios da

Administração Pública

(CF/88, art. 37)

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Publicidade

Eficiência

Logo, a resposta desta questão é a letra a.

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14. (FCC/TRT-SP/2008) Sobre os princípios básicos da Administração, considere:

I. Exigência de que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.

II. A atuação da Administração Pública deve sempre ser dirigida a todos os administrados em geral, sem discriminação de qualquer natureza.

Essas afirmações referem-se, respectivamente, aos princípios da:

a) eficiência e impessoalidade.

b) legalidade e impessoalidade.

c) eficiência e legalidade.

d) moralidade e eficiência.

e) impessoalidade e legalidade.

Comentários:

Princípio da eficiência Princípio da impessoalidade

Exigência de que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.

A atuação da Administração Pública deve sempre ser dirigida a todos os administrados em geral, sem discriminação de qualquer natureza.

Portanto, a resposta desta questão é a letra a.

15. (FCC/TCE-AM/2008) O artigo 37 da Constituição Federal estabelece que a Administração Pública obedecerá aos princípios da "legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência". Essa enumeração:

a) apresenta os princípios ordenados hierarquicamente entre si.

b) não esgota os princípios constitucionais da Administração Pública.

c) consiste em regra de observância facultativa pela Administração Pública, dada a natureza peculiar dos princípios.

d) apresenta princípios aplicáveis apenas à Administração Direta.

e) contém princípios cuja aplicabilidade depende da edição de legislação complementar.

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Comentários:

Os “LIMPE” não são os únicos princípios aplicáveis à Administração Pública. Há outros princípios previstos na Constituição Federal, bem como em normas legais.

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

16. (FCC/TRF-2ª Região/2007) Em razão do princípio da legalidade, é correto afirmar que a:

a) atividade administrativa deve ser exercida com presteza, qualidade e produtividade funcional.

b) Administração Pública tem certa liberdade de atuação, pois pode exercer qualquer atividade, desde que a lei não proíba.

c) Administração Pública só pode fazer o que a lei determina ou autoriza.

d) Administração Pública fica obrigada a manter uma posição imparcial em relação aos administrados.

e) atividade administrativa somente poderá ser válida, se exercida no limite e intensidade necessária ao fim proposto.

Comentários:

De acordo com o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei.

Portanto, a resposta desta questão é a letra c.

17. (FCC/Defensoria Pública-SP/2007) Princípios do Direito Administrativo.

a) O princípio da moralidade só pode ser aferido pelos critérios pessoais do administrador.

b) São princípios explícitos da Administração Pública, entre outros, os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

c) O princípio da razoabilidade ou proporcionalidade não é princípio consagrado sequer implicitamente.

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d) O princípio da publicidade obriga a presença do nome do administrador nos atos, obras, serviços e campanhas do Poder Público.

e) O princípio da motivação não exige a indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão administrativa.

Comentários:

A letra a esta errada. O principio da moralidade fundamenta-se na moral administrativa, que se distingue da moral comum pelo fato de ser jurídica e pela possibilidade de invalidar atos administrativos praticados em desconformidade com o princípio da moralidade.

A moral administrativa toma como referência um conceito impessoal, geral, primado no grupo social, independente dos valores intrínsecos do indivíduo. Não obstante, esse conceito comporta valores de juízos elásticos, indeterminados. Tal fato decorre da impossibilidade de a lei prever todas as condutas morais e amorais.

Já a moral comum fundamenta-se em um conceito pessoal, subjetivo, individual. Contudo, tais distinções não impedem que a ofensa à moral comum implique, também, em ofensa ao princípio da moralidade administrativa.

Em suma, a moralidade administrativa não se confunde com a moral comum. Porque nesta, ao contrário daquela, o conceito sofre variações no tempo e no espaço, o que dificulta a sua aplicação segura e uniforme. Ainda assim, na realização de seus atos, a atividade administrativa também se sujeita à moral comum.

IMPORTANTE:

O conceito de moral administrativa não coincide, necessariamente, com a noção de moral comum. Todavia, determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, por ofender, também, a moral administrativa.

A letra b está certa. Os princípios que regem a Administração Pública são exemplos de princípios explícitos no sistema constitucional pátrio, previstos no art. 37 da Constituição Federal de 1988, nos seguintes termos: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência...”.

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A letra c está errada. O princípio da razoabilidade ou proporcionalidade está expressamente previsto na Lei nº 9.784/99, mas não está explícito no texto da Constituição Federal. Não obstante, de acordo com o STF, esse princípio decorre do princípio do devido processo legal, expresso no art. 5º, LIV, da CF.

A letra d está errada. Em um de suas interpretações, o princípio da impessoalidade reporta-se à vedação à promoção pessoal, prevista no art. 37, § 1º, da Constituição Federal.

CF, ART. 37, § 1º:

“A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.”

De acordo com essa acepção do princípio da impessoalidade, os agentes públicos, no exercício de suas atividades, atuam em nome da Administração. Deste modo, não poderão promover-se pessoalmente. Vejam os exemplos abaixo:

Na divulgação de apreensões feitas pela Polícia Federal não pode haver menção ao nome dos policiais responsáveis pela operação.

As obras públicas serão divulgadas sem citar os nomes de agentes públicos e autoridades por elas responsáveis.

ATENÇÃO:

Em provas, é comum haver questão “misturando” o princípio da publicidade com a vedação à promoção pessoal. Vejam a seguinte “pegadinha”: “o princípio da publicidade obriga (ou impede) a presença do nome do administrador nos atos, obras, serviços e campanhas do Poder Público”. FALSO!

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O princípio da publicidade exige a publicação oficial dos atos externos da administração pública.

≠ “A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicas deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.” (CF, art. 37, §1º)

A letra e está errada. O princípio da motivação exige a indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão administrativa.

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

18. (FCC/TCE-MG/2007) O favorecimento do administrado em razão de parentesco com a autoridade administrativa competente viola o princípio da:

a) eficiência.

b) impessoalidade.

c) publicidade.

d) indivisibilidade.

e) separação de poderes.

Comentários:

O princípio da impessoalidade impede perseguições ou favorecimentos, tratamentos diferenciados benéficos ou prejudiciais aos administrados.

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

19. (FCC/TRE-MS/2007) Entidade administrativa que presta serviço público com excessiva burocracia e produtividade precária, retardando, assim, o interesse da coletividade, ofende o princípio da:

a) impessoalidade.

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b) moralidade.

c) legalidade.

d) eficiência.

e) publicidade.

Comentários:

A prestação de serviço com excessiva burocracia caracteriza ofensa ao princípio da eficíência. Pois, o referido princípio tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade.

IMPORTANTE:

O princípio da eficiência está vinculado noção à administração gerencial. Por outro lado, os princípios da legalidade e da moralidade vinculam-se ao conceito de administração burocrática.

Assim, a resposta desta questão é a letra d.

20. (FCC/MPU/2007) Os princípios da Administração Pública estabelecidos expressamente na Constituição Federal são:

a) eficiência, razoabilidade, objetividade, indisponibilidade e finalidade.

b) capacidade, pessoalidade, razoabilidade, finalidade e publicidade.

c) moralidade, eficiência, razoabilidade, autotutela e disponibilidade.

d) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

e) impessoalidade, capacidade, eficiência, autotutela e finalidade.

Comentários:

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Princípios da

Administração Pública

(CF/88, art. 37)

Legalidade

Impessoalidade

Moralidade

Publicidade

Eficiência

Por isso, a resposta desta questão é a letra d.

21. (FCC/MPU/2007) Com relação aos princípios da Administração Pública, considere:

I. As realizações governamentais não são do funcionário ou autoridade, mas da entidade pública em nome de quem as produzira.

II. Todo agente público deve realizar suas atribuições legais com presteza, perfeição e rendimento funcional.

As proposições citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da:

a) eficiência e legalidade.

b) razoabilidade e moralidade.

c) moralidade e razoabilidade.

d) legalidade e impessoalidade.

e) impessoalidade e eficiência.

Comentários:

Princípio da impessoalidade Princípio da eficiência

As realizações governamentais não são do funcionário ou autoridade, mas da entidade pública em nome de quem as produzira.

Todo agente público deve realizar suas atribuições legais com presteza, perfeição e rendimento funcional.

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Portanto, a resposta desta questão é a letra e.

22. (FCC/TRF-1ªRegião/2006) No que tange aos princípios da Administração Pública, considere:

I. Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao agente que os pratica, mas ao órgão ou entidade da Administração Pública, que é o autor institucional do ato.

II. A Constituição Federal exige, como condição para a aquisição da estabilidade, a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

As proposições citadas referem-se, respectivamente, aos princípios da:

a) impessoalidade e eficiência.

b) hierarquia e finalidade pública.

c) impessoalidade e moralidade.

d) razoabilidade e eficiência.

e) eficiência e impessoalidade.

Comentários:

Princípio da impessoalidade Princípio da eficiência

Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao agente que os pratica, mas ao órgão ou entidade da Administração Pública, que é o autor institucional do ato.

A Constituição Federal exige, como condição para a aquisição da estabilidade, a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra a.

23. (FCC/TCE-PB/2006) Com relação aos princípios da administração pública no Brasil, considere as afirmativas abaixo.

I. Na administração pública, diferentemente do que ocorre na esfera privada, é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe.

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II. O agente administrativo deve saber distinguir não apenas o ato legal do ilegal, mas, também o honesto do desonesto, atendendo ao princípio da moralidade.

III. Em sua atividade, o administrador público deve ser capaz de distinguir os cidadãos segundo seus méritos.

IV. O princípio da publicidade torna obrigatória a divulgação de todos os atos e contratos da Administração Pública, com algumas exceções.

Está correto o que afirma APENAS em:

a) I.

b) II.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

Comentários:

O item I está errado. O princípio da legalidade estabelece que toda atividade administrativa só poderá ser exercida em conformidade absoluta com a lei. Caso contrário, a atividade será ilícita.

Esse significado não é o mesmo quando o princípio se aplica aos particulares. Pois, enquanto a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.

Para os particulares, o princípio da legalidade está previsto no art. 5º, II, da CF. Segundo o dispositivo constitucional, a eles é permitido praticar quaisquer atos que não sejam expressamente proibidos por lei. Nessa acepção, o princípio da legalidade também é chamado de princípio da autonomia da vontade.

CF, art. 5º, II:

“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

Vejam que os particulares têm liberdade para agir, exceto quando há vedação em lei. Por isso, diz-se que essa é a interpretação negativa do princípio da legalidade. É negativa porque a lei surge para proibir, negar a prática de determinado ato.

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Por outro lado, em relação à Administração, a única vontade que podemos considerar é a vontade da lei, independentemente da vontade pessoal do agente. Assim, para a Administração agir, não basta inexistir norma proibitiva. Isto é, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei.

Nas situações em que essas normas legais não existem, a administração está impedida de agir, já que ela é integralmente subserviente a lei. Essa é a interpretação positiva do principio da legalidade. Diz-se positiva porque a lei surge para permitir a prática de determinado ato.

LEGALIDADE

(2 interpretações)

PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

(positiva)

PARA O PARTICULAR

(negativa)

Há outra forma de dizer que a Administração não poder atuar contra lei nem além da lei, mas somente conforme a lei. Diz-se que a atividade administrativa não pode ser “contra legem” nem “praeter legem”, mas apenas “secundum legem”.

Em relação aos particulares, vimos que estes podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Ou seja, os particulares não podem agir “contra legem”, mas podem agir “secundum legem” e “praeter legem”.

Entenderam? Para facilitar, vejam a tabela abaixo:

“secundum legem” segundo, conforme, de acordo com a lei

“praeter legem” além da lei

“contra lengem” contra a lei

O item II está certo. O princípio da moralidade exige dos agentes públicos um comportamento ético, honesto, probo, no trato da coisa pública. Ou seja, no exercício da atividade administrativa é exigida uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

Esse princípio impõe ao agente público, quando da aplicação da lei, o dever de buscar a concretização dos princípios nela consagrados. Isto é, para atuar em conformidade com o princípio da moralidade não basta ao

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agente cumprir a literalidade da lei. É necessário ir além, buscar o verdadeiro sentimento da norma, de modo que ao lado do legal esteja o ético.

Assim, o servidor público não deve decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto.

O item III está errado. Ofende o princípio da impessoalidade.

O item IV está certo. O princípio da publicidade exige a publicação oficial dos atos externos da administração pública, estabelecendo-a como condição de eficácia (produção de efeitos jurídicos).

Convém mencionar que, quanto ao alcance, os atos administrativos classificam-se em:

• Internos: destinam-se a produzir efeito apenas no âmbito da Administração Pública, incidindo diretamente tão-somente sobre seus órgãos e agentes públicos. Exemplo: portaria de remoção de servidor.

• Externos: produzem efeitos perante terceiros, externos à Administração Pública, ou seja, atingem os administrados em geral, criando direitos, obrigações etc. Por isso, a vigência destes atos só se inicia com a publicação oficial do ato. Exemplos: decretos, regulamentos etc.

IMPORTANTE:

Acerca dessa exigência de publicação oficial vocês devem saber:

• Não constitui condição de validade, e sim de eficácia. Logo, o ato não publicado é válido, porém é ineficaz (não produz efeitos jurídicos).

• Não são todos os atos que estão sujeitos à exigência de divulgação oficial, mas somente os atos gerais de efeitos externos (produzem efeitos sobre uma quantidade indeterminada de pessoas) e os que onerem (criam uma obrigação de pagamento) a Administração.

• A divulgação dos atos praticados pela União, pelos Estados ou pelo Distrito Federal obedece à mesma regra: publicação no respectivo Diário Oficial.

• A divulgação dos atos praticados pelos Municípios obedece a duas regras distintas: (1) aqueles que possuem Diário Oficial, seguem a regra dos demais entes federativos. (2) aqueles que não possuem Diário Oficial deverão afixar seus atos na sede da Prefeitura ou da

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Câmara de Vereadores.

• A divulgação do ato na “Voz do Brasil”, bem como em jornal de grande circulação não é considerada publicação oficial. Logo, continua ineficaz o ato cuja divulgação ocorra apenas nesses meios.

Logo, a resposta desta questão é a letra d.

24. (FCC/TRE-SP/2006) Dentre os princípios da Administração Pública, o que impõe ao agente público, quando no exercício de suas funções, objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal, e o que obriga-o a atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé, denominam-se, respectivamente,

a) moralidade e impessoalidade.

b) eficiência e moralidade.

c) impessoalidade e legalidade.

d) impessoalidade e moralidade.

e) legalidade e eficiência.

Comentários:

Princípio da impessoalidade Princípio da moralidade

Impõe ao agente público, quando no exercício de suas funções, objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal.

obriga-o a atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

Portanto, a resposta desta questão é a letra d.

25. (FCC/Salvador-BA/2006) A aplicação do princípio da legalidade, expresso no artigo 37, caput, da Constituição Federal, traz como consequência:

a) a obrigatoriedade de edição de lei para disciplinar a organização e funcionamento da Administração Direta.

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b) a obrigatoriedade de lei para criação de cargos, mas não para a sua extinção, que, quando vagos, pode ser feita por decreto.

c) a não obrigatoriedade de lei para a criação de órgão público, quando implicar ou não aumento de despesa.

d) a obrigatoriedade de lei para fixação e aumento de remuneração dos servidores públicos, inclusive aqueles submetidos ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

e) a exigência de que todos os atos praticados pelo Poder Executivo contém prévia autorização legislativa específica.

Comentários:

Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos (CF, art. 84, VI, b).

Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República (ou seja, mediante lei), dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas (CF, art. 48, X).

Logo, a resposta desta questão é a letra b.

26. (FCC/TRE-SP/2006) No que se refere aos princípios administrativos, considere:

I. Constitui requisito inafastável de eficácia e moralidade da ação administrativa a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos.

II. Todo agente público deve realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

As proposições citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da:

a) moralidade e finalidade.

b) eficiência e impessoalidade.

c) moralidade e continuidade do serviço público.

d) publicidade e imperatividade.

e) publicidade e eficiência.

Comentários:

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Princípio da publicidade Princípio da eficiência

Constitui requisito inafastável de eficácia (e não de validade) e moralidade da ação administrativa a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos.

Todo agente público deve realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

27. (FCC/TRT-24ª Região/2006) O princípio que exige objetividade no atendimento do interesse público, vedando a promoção pessoal de agentes ou autoridades; e aquele que impõe a todo agente público a realização de suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional denominam-se, respectivamente,

a) impessoalidade e eficiência.

b) publicidade e impessoalidade.

c) impessoalidade e moralidade.

d) eficiência e legalidade.

e) publicidade e eficiência.

Comentários:

Princípio da impessoalidade Princípio da eficiência

Exige objetividade (e não subjetividade) no atendimento do interesse público, vedando a promoção pessoal de agentes ou autoridades.

Impõe a todo agente público a realização de suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra a.

28. (FCC/Procurador/Santos-SP/2005) Em tema de legalidade, como um dos princípios norteadores da atividade administrativa, observe o que segue:

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I. O administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei.

II. Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal.

III. Na Administração Pública é lícito fazer tudo que a lei não proíbe.

IV. No exercício de sua atividade funcional, o administrador público está sujeito às exigências do bem comum.

V. A lei para o administrador público significa "pode fazer assim" e para o particular "deve fazer assim".

Está INCORRETO o que se afirma APENAS em:

a) I e V

b) I e II

c) II e IV.

d) III e V

e) III e IV.

Comentários:

O item I está certo. O princípio da legalidade estabelece que toda atividade administrativa só poderá ser exercida em conformidade absoluta com a lei. Caso contrário, a atividade será ilícita.

O item II está certo. O princípio da legalidade tem duas interpretações: uma relacionada à Administração e outra, aos particulares. Estes podem praticar quaisquer atos que não sejam expressamente proibidos por lei. Nessa acepção, o princípio da legalidade também é chamado de princípio da autonomia da vontade.Em relação à Administração Pública, a única vontade que podemos considerar é a vontade da lei, independentemente da vontade pessoal do agente.

O item III está errado. Enquanto os particulares têm liberdade para agir, exceto quando há vedação em lei, para a Administração agir, não basta inexistir norma proibitiva. Ou seja, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei.

O item IV está certo. O princípio da impessoalidade exige que a atividade administrativa seja exercida em atendimento aos interesses da

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coletividade. A finalidade de toda atuação da Administração é a defesa do interesse público.

O item V está errado. A lei para o administrador público significa "pode ou deve fazer assim". Essa é a interpretação positiva do principio da legalidade. Diz-se positiva porque a lei surge para permitir a prática de determinado ato.

Por outro lado, para o particular, a lei significa "não pode deve fazer assim". Por isso, diz-se que essa é a interpretação negativa do princípio da legalidade. É negativa porque a lei surge para proibir, negar a prática de determinado ato.

LEGALIDADE

(2 interpretações)

PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

(positiva)

PARA O PARTICULAR

(negativa)

Logo, a resposta desta questão é a letra d.

29. (FCC/TRE-MG/2005) A obrigação atribuída ao Poder Público de manter uma posição neutra em relação aos administrados, não podendo atuar com objetivo de prejudicar ou favorecer determinadas pessoas, decorre do princípio da:

a) moralidade.

b) impessoalidade.

c) legalidade.

d) motivação.

e) imperatividade.

Comentários

O princípio da impessoalidade impede perseguições ou favorecimentos, tratamentos diferenciados benéficos ou prejudiciais aos administrados.

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Logo, a resposta desta questão é a letra b.

30. (FCC/TRT-22ªRegião/2004) Luís Antônio e Adelaide, servidores públicos do Poder Judiciário do Estado do Piauí, discutiam temas pertinentes à Administração Pública daquele Estado, notadamente sobre os princípios que devem nortear as correspondentes atividades. Em determinado momento, Adelaide inquiriu Luís Antônio sobre qual desses princípios caracteriza o Estado Democrático de Direito, devendo a resposta correta recair sobre o princípio da:

a) impessoalidade.

b) legalidade.

c) probidade administrativa.

d) presunção de legitimidade.

e) indisponibilidade de interesse público.

Comentários:

O princípio da legalidade é uma exigência que decorre do Estado de Direito, isto é, da submissão do Estado ao império da ordem jurídica.

Portanto, a resposta desta questão é a letra b.

31. (FCC/TRT-22ªRegião/2004) Depois de ingressar nos quadros do executivo federal mediante concurso público, o servidor em estágio probatório foi dispensado por não convir à Administração a sua permanência, após ter sido apurado, em avaliação especial de desempenho realizada por comissão instituída para essa finalidade, assegurada a ampla defesa, que realizou atos incompatíveis com a função do cargo em que se encontrava investido. Referida dispensa está embasada, precipuamente, no

a) elemento da impessoalidade.

b) requisito da publicidade.

c) princípio da eficiência.

d) princípio da imperatividade.

e) requisito de presunção de veracidade.

Comentários:

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São aplicações do princípio da eficiência quando relacionado aos agentes públicos: concurso público, estágio probatório, avaliação especial de desempenho para aquisição de estabilidade e avaliação periódica de desempenho (possibilidade de o servidor estável perder o cargo).

Logo, a resposta desta questão é a letra c.

32. (FCC/TRT-22ªRegião/ 2004) Ao tomar ciência de suposta irregularidade perpetrada pela prefeitura da cidade de Campo Verde, Aristóteles Neto peticionou perante àquela municipalidade, objetivando ter acesso aos documentos que comprovariam referida irregularidade. Ocorre que, por ordem expressa do Prefeito, teve seu pleito indeferido. Em virtude da negativa, o executivo municipal desrespeitou o princípio da:

a) imperatividade.

b) impessoabilidade.

c) tipicidade.

d) publicidade.

e) razoabilidade.

33. (FCC/TRT-9ªRegião/2004) João, objetivando adquirir determinado imóvel no bairro X, fica sabendo, por meio de amigos, que, nessa região, será construída uma nova linha do metrô e, conseqüentemente, diversos imóveis serão desapropriados. Tendo em vista referido fato, pede informações à Companhia do Metrô, que se recusa a fornecê-las. Com tal atitude, restou preterido o princípio da Administração Pública denominado:

a) publicidade.

b) imperatividade.

c) supremacia do interesse público.

d) impessoalidade.

e) eficiência.

34. (FCC/TRT-9ªRegião/2004) Após tomar ciência de irregularidades praticadas pela Assembléia Legislativa de seu Estado, o cidadão José da Silva diligenciou junto ao referido órgão, oportunidade em que lhe foi negado o direito de obter certidões que esclarecessem tal fato. Com essa recusa, foi desrespeitado o princípio da:

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a) eficiência.

b) impessoalidade.

c) tipicidade.

d) motivação.

e) publicidade.

Comentários:

De acordo com o princípio da publicidade, a todos são assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. (CF, art. 5º, XXXIV, a e b)

Por isso, a resposta da questão 32 é a letra d, a da questão 33 é a letra a e a da questão 34 é a letra e.

35. (FCC/TRT-9ªRegião/2004) Após constatar a morosidade no serviço de atendimento ao público em diversos órgãos do executivo municipal, o Prefeito da cidade de Campo Largo informatizou referidos órgãos e contratou a empresa DataSoftware Municipal Ltda, por meio de regular processo licitatório, para ensinar aos servidores noções de informática. Em virtude da iniciativa acima descrita, restou patente a melhoria no atendimento aos munícipes. O princípio da Administração Pública observado no caso em tela denomina-se:

a) imperatividade.

b) publicidade.

c) tipicidade.

d) eficiência.

e) motivação.

Comentários:

O princípio da eficiência trouxe para a Administração Pública o dever expresso de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento. Tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra d.

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36. (FCC/TRF-4ªRegião) No que concerne aos princípios administrativos, é INCORRETO afirmar que:

a) o princípio da moralidade impõe ao administrador o dever de, além de obedecer à lei jurídica, regrar suas condutas funcionais de acordo com a lei ética e em consonância com regras tiradas da disciplina interior da Administração, posto que nem tudo o que é legal é honesto.

b) a busca pelo aperfeiçoamento na prestação de serviços públicos, exigindo do administrador resultados positivos que atendam às necessidades da comunidade e seus membros, caracteriza o princípio da eficiência.

c) o princípio da impessoalidade obriga a Administração Pública a agir de modo imparcial em relação aos administrados, bem como proíbe a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos sobre suas realizações.

d) os princípios administrativos previstos constitucionalmente representam uma relação meramente exemplificativa de dogmas que deverão ser obrigatoriamente observados pelo administrador público.

e) o Poder Público pode criar obrigações ou impor vedações aos administrados, independentemente da existência de lei prévia.

Comentários:

A letra a está certa. O princípio da moralidade exige dos agentes públicos um comportamento ético, honesto, probo, no trato da coisa pública. Ou seja, no exercício da atividade administrativa é exigida uma atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

Esse princípio impõe ao agente público, quando da aplicação da lei, o dever de buscar a concretização dos princípios nela consagrados. Isto é, para atuar em conformidade com o princípio da moralidade não basta ao agente cumprir a literalidade da lei. É necessário ir além, buscar o verdadeiro sentimento da norma, de modo que ao lado do legal esteja o ético.

Assim, o servidor público não deve decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto.

A letra b está certa. O princípio da eficiência, inserido no texto constitucional pela EC nº 19/98, trouxe para a Administração Pública o dever expresso de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento.

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Esse princípio visa a garantir que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade.

A letra c está certa. O princípio da impessoalidade pode ser interpretado das seguintes maneiras:

• relacionado ao princípio da finalidade;

• relacionado ao princípio da isonomia;

• relacionado à vedação à promoção pessoal;

• relacionado aos institutos do impedimento e suspensão; e

• relacionado à responsabilidade objetiva da Administração Pública.

A letra d está certa. Os princípios administrativos são os valores, as diretrizes, as idéias centrais que norteiam a atuação da Administração Pública, regulando a validade de todos os atos por ela praticados. São de observância obrigatória por todos os agentes públicos.

Os “LIMPE” não são os únicos princípios aplicáveis à Administração Pública. Há outros princípios previstos na Constituição Federal, bem como em normas legais. Por exemplo, há princípios expressos na Lei nº 9.784/99, na Lei nº 8.666/93 etc.

A letra e está errada. Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode atuar quando autorizada (nas competências discricionárias) ou determinada (nas competências vinculadas) por lei.

Deste modo, a Administração Pública não pode, por exemplo, conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo. Para tanto, deve haver previsão em lei. Aí, sim, um ato administrativo poderá regulamentar essa lei.

Assim, a resposta desta questão é a letra e.

37. (FCC/TRT-17ªRegião) Dentre os princípios constitucionais da Administração Pública, pode-se asseverar:

I. A Administração deve agir, de modo rápido e preciso, para produzir resultados que satisfaçam as necessidades da população.

II. Os programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos deverá ter caráter educativo.

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III. É vedado à Administração editar atos ou tomar medidas contrárias às normas do ordenamento jurídico.

As afirmativas I, II e III correspondem, específica e respectivamente, aos princípios da:

a) legalidade, moralidade e eficiência.

b) legalidade, publicidade e moralidade.

c) impessoalidade, legalidade e finalidade.

d) eficiência, impessoalidade e legalidade.

e) finalidade, impessoalidade e moralidade.

Comentários:

A Administração deve agir, de modo rápido e preciso, para produzir resultados que satisfaçam as necessidades da população.

Eficiência

Os programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos deverá ter caráter educativo.

Impessoalidade

É vedado à Administração editar atos ou tomar medidas contrárias às normas do ordenamento jurídico.

Legalidade

A resposta desta questão, portanto, é a letra d.

38. (FCC/TRT-2ªRegião) "A atividade administrativa não deve fazer acepção de pessoas, deve tratar a todos os administrados igualmente, visto que não ajuda nem prejudica terceiros. Essa atividade é imputada não ao servidor que age, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual ele age". O texto refere-se ao princípio da:

a) legalidade.

b) moralidade.

c) eficiência.

d) publicidade.

e) impessoalidade.

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Comentários:

Princípio da impessoalidade

"A atividade administrativa não deve fazer acepção de pessoas, deve tratar a todos os administrados igualmente, visto que não ajuda nem prejudica terceiros. Essa atividade é imputada não ao servidor que age, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual ele age".

Logo, a resposta desta questão é a letra e.

39. (FCC/TRE-PE/2004) No que tange aos princípios constitucionais em relação ao Direito Administrativo, é certo que o princípio da:

a) publicidade é absoluto, sofrendo restrições apenas quando se tratar de promoções e propaganda pessoal do agente público.

b) legalidade incide somente sobre a atividade administrativa, ficando excluídas as funções atípicas da esfera legislativa e da atividade jurisdicional.

c) impessoalidade nada tem a ver com os princípios da igualdade ou da finalidade, porque os atos administrativos são sempre imputáveis ao funcionário que os pratica.

d) moralidade impõe expressamente à Administração Pública a obrigação de realizar suas atribuições com perfeição, rapidez e rendimento.

e) eficiência é também boa administração, pois deve-se sopesar a relação de custo-benefício, buscar a otimização de recursos, em suma, tem-se por obrigação dotar da maior eficácia possível todas as ações do Estado.

Comentários:

A letra a está errada. Nos termos do art.5º, XXXIII da CF: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” Ou seja, há exceção ao princípio da publicidade.

Ademais, o princípio da publicidade não se confunde com a vedação à promoção pessoal (princípio da impessoalidade).

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A letra b está errada. Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, quando no exercício de atividades administrativas, e em todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a Administração Direta e a Indireta.

A letra c está errada. O princípio da impessoalidade pode ser interpretado de cinco maneiras, a saber: finalidade; isonomia; vedação à promoção pessoal; impedimento e suspensão; e responsabilidade objetiva da Administração Pública.

A letra d está errada. Atuação com perfeição, rapidez e rendimento refere-se ao princípio da eficiência.

A letra e está certa. De fato, eficiência é também boa administração, pois deve-se sopesar a relação de custo-benefício, buscar a otimização de recursos, em suma, tem-se por obrigação dotar da maior eficácia possível todas as ações do Estado.

Por isso, a resposta desta questão é a letra e.

40. (FCC/TRE-PE/2004) A Constituição Federal não se referiu expressamente ao princípio da finalidade, mas o admitiu sob a denominação de princípio da:

a) impessoalidade.

b) publicidade.

c) presunção de legitimidade.

d) legalidade.

e) moralidade.

Comentários:

Segundo a doutrina, o princípio da finalidade está inserido no princípio da impessoalidade.

Logo, a resposta desta questão é a letra a.

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41. (FCC/TRE-BA/2003) As afirmações abaixo estão relacionadas à obrigatoriedade de obediência dos princípios constitucionais pela administração pública.

I. Os princípios devem ser obedecidos pela administração de quaisquer Poderes.

II. A obrigatoriedade de obediência destina-se à administração direta, não alcançando as empresas públicas.

III. Todas as entidades estatais (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) devem obediência àqueles princípios.

Está correto APENAS o que se afirma em:

a) II e III.

b) I e III.

c) I e II.

d) II.

e) I.

Comentários:

Os itens I e III estão certos e o item II está errado. Os princípios enumerados no art. 37 da CF/88 (“LIMPE”) são de observância obrigatória para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, quando no exercício de atividades administrativas, e em todas as esferas da federação (U, E, DF e M), alcançando a Administração Direta e a Indireta.

A resposta desta questão, portanto, é a letra b.

42. (FCC/TRT-21ªRegião) Considere o que segue:

I. A imposição ao administrador público de uma ação planejada e transparente, com o fito de prevenir riscos e corrigir desvios suscetíveis de afetar o equilíbrio das contas públicas.

II. Os atos praticados pela Administração Pública devem ser abstratamente genéricos e isonômicos, sem consagrar privilégios ou situações restritivas injustificadas.

III. A autolimitação do Estado em face dos direitos subjetivos e a vinculação de toda atividade administrativa à lei, como medida de exercício do poder.

Tais disposições dizem respeito, respectivamente, aos princípios da:

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a) publicidade, legalidade e moralidade.

b) eficiência, impessoalidade e legalidade.

c) impessoalidade, publicidade e legalidade.

d) legalidade, eficiência e impessoalidade.

e) moralidade, impessoalidade e eficiência.

Comentários:

A imposição ao administrador público de uma ação planejada e transparente, com o fito de prevenir riscos e corrigir desvios suscetíveis de afetar o equilíbrio das contas públicas.

Eficiência

Os atos praticados pela Administração Pública devem ser abstratamente genéricos e isonômicos, sem consagrar privilégios ou situações restritivas injustificadas.

Impessoalidade

A autolimitação do Estado em face dos direitos subjetivos e a vinculação de toda atividade administrativa à lei, como medida de exercício do poder.

Legalidade

Assim, a resposta desta questão é a letra b.

43. (FCC/TRT-24ªRegião/2003) O Prefeito Municipal passou a exibir nas placas de todas as obras públicas a indicação "GOVERNO TOTONHO FILHO". Assim agindo, o governante ofendeu o princípio da administração pública conhecido como:

a) moralidade.

b) impessoalidade.

c) autotutela.

d) razoabilidade.

e) publicidade.

Comentários:

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A vedação à promoção pessoal refere-se ao princípio da impessoalidade.

Assim, a resposta desta questão é a letra b.

44. (FCC/TRF-5ªRegião/2003) É uma decorrência possível do princípio da impessoalidade aplicado à Administração Pública:

a) serem os atos praticados pelos agentes públicos imputados à entidade da Administração em nome da qual eles agem.

b) ser vedado à autoridade que pratica um ato administrativo identificar-se pessoalmente.

c) não serem os agentes públicos pessoalmente responsáveis pelos atos que praticam em nome da Administração.

d) não poder a Administração praticar atos que gerem conseqüências para pessoas nominalmente identificadas.

e) não possuir a Administração responsabilidade civil pelos atos praticados por seus agentes, nas hipóteses em que estejam exercendo competência privativa.

Comentários:

A letra a está certa. Em função do princípio da impessoalidade, os atos praticados pelos agentes públicos são imputados à entidade da Administração em nome da qual eles agem.

As letras b e c estão erradas. A vedação à promoção pessoal prevista no art. 37, §1º, da CF/88, não proíbe que o agente público se identifique ao praticar um ato administrativo, bem como não afasta a possibilidade de sua responsabilização, quando por dolo ou culpa, causar dano ao erário ou a terceiros.

A letra d está errada. O princípio da impessoalidade não impede que a Administração pratique atos que gerem conseqüências para pessoas nominalmente identificadas. Temos, como exemplo, as portarias de nomeação e de demissão de servidores.

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A letra e está errada. Uma das interpretações do princípio da impessoalidade o relaciona com a responsabilidade objetiva da Administração Pública, regulada pelo art. 37, §6º, da Constituição Federal.

CF, ART. 37, §6º:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Segundo o regramento acima, recai sobre a Administração a responsabilidade pelos prejuízos causados a terceiros por atos praticados por agente. Essa imputação à Administração dos atos praticados por seus agentes representa a concretização do princípio da impessoalidade.

IMPORTANTE:

Os danos a terceiros causados por agentes públicos no exercício de suas funções são imputados à Administração, em decorrência da sua responsabilidade objetiva. Esse fato representa a concretização do princípio da impessoalidade.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra a.

45. (FCC/TCE-PI/2002) Decorre do princípio da impessoalidade, ao qual está vinculada a Administração Pública, a:

a) impossibilidade de responsabilização pessoal de servidor público por ato que corresponda ao exercício de sua função, em relação à qual tenha competência privativa.

b) vedação da identificação nominal da autoridade responsável pela decisão de processos administrativos disciplinares, sendo a decisão atribuída ao órgão público ao qual pertença a autoridade.

c) proibição de que constem da publicidade de atos, programas e campanhas de órgãos públicos, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

d) impossibilidade de tratamento favorecido de pessoas, pelo critério de condições físicas, para fins de ingresso nas carreiras públicas.

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e) negação do caráter intuitu personae dos contratos administrativos em geral.

Comentários:

As letras a e b estão erradas.

IMPORTANTE:

A vedação à promoção pessoal prevista no art. 37, §1º, da CF/88, não proíbe que o agente público se identifique ao praticar um ato administrativo, bem como não afasta a possibilidade de sua responsabilização, quando por dolo ou culpa, causar dano ao erário ou a terceiros.

A letra c está certa. Em uma de suas interpretações, o princípio da impessoalidade reporta-se à vedação à promoção pessoal, prevista no art. 37, § 1º, da Constituição Federal.

CF, ART. 37, § 1º:

A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.

Conforme essa interpretação do princípio da impessoalidade, os agentes públicos, no exercício de suas atividades, atuam em nome da Administração. Destarte, não poderão promover-se pessoalmente.

A letra d está errada. Outra maneira de interpretar o princípio da impessoalidade relaciona-se com o princípio da isonomia, ao exigir tratamento isonômico para todos os administrados, de modo que sejam tratados com base nos mesmos critérios.

Essa é a regra! Contudo, ela não é absoluta. É certo que quando há razoabilidade e previsão em lei, o tratamento diferenciado é admitido. Mas, o administrador não pode estabelecer tais distinções por vontade própria. O tratamento diferenciado deve estar de acordo com os critérios previstos em lei.

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Assim, a reserva de vagas para candidatos portadores de deficiência não contraria o princípio da isonomia, uma vez que é prevista em lei.

IMPORTANTE:

A reserva de vagas em concursos públicos para candidatos portadores de deficiência não contraria o princípio da isonomia, uma vez que é prevista em lei.

A letra e está errada. Em regra, os contratos firmados com a Administração Pública são intuitu personae, isto é, o contrato deve ser executado pela mesma pessoa (física ou jurídica) que se obrigou perante a Administração.

Logo, a resposta desta questão é a letra c.

46. (FCC/TCE-SE/2002) O princípio da impessoalidade, próprio do Direito Administrativo, é concebido pelos doutrinadores brasileiros por pontos de vista diversos, mas compatíveis e complementares.

Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma adequada compreensão do princípio da impessoalidade.

a) Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário.

b) O administrador fica impedido de buscar outro objetivo que não o atendimento do interesse público, ou de praticar atos no interesse próprio ou de terceiros.

c) Os atos praticados culposamente por agentes administrativos, no exercício de sua função, geram responsabilidade à Administração, não acarretando responsabilidade pessoal do agente.

d) A Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas; o princípio em causa não é senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia.

e) Busca-se, desse modo, que predomine o sentido de função, isto é, a idéia de que os poderes atribuídos finalizam-se ao interesse de toda a coletividade, portanto a resultados desconectados de razões pessoais.

Comentários:

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A vedação à promoção pessoal prevista no art. 37, §1º, da CF/88 (princípio da impessoalidade), não proíbe que o agente público se identifique ao praticar um ato administrativo, bem como não afasta a possibilidade de sua responsabilização, quando por dolo ou culpa, causar dano ao erário ou a terceiros.

Assim, a resposta desta questão é a letra c.

47. (FCC/São Paulo-SP/1998) A conduta do agente público que se vale da publicidade oficial para realizar promoção pessoal fere o princípio da:

a) Finalidade.

b) Razoabilidade.

c) Publicidade.

d) Supremacia do interesse público.

e) Especialidade.

Comentários:

A vedação à promoção pessoal refere-se ao princípio da impessoalidade/finalidade.

Logo, a resposta desta questão é a letra a.

48. (FCC/São Paulo-SP/1998) A publicidade é um dos princípios que deve ser observado pela Administração Pública. A publicação que produz efeitos jurídicos é a:

a) Da televisão e do rádio em horário oficial.

b) Do rádio.

c) Da televisão.

d) Da imprensa particular.

e) Do órgão oficial.

Comentários:

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O princípio da publicidade exige a publicação oficial dos atos externos da administração pública, estabelecendo-a como condição de eficácia (produção de efeitos jurídicos).

Por isso, a resposta desta questão é a letra e.

49. (CESPE/ANATEL/2009) Respeitado o princípio da publicidade, uma vez que a decisão do presidente que determinou o pagamento aos desembargadores foi publicada mediante portaria no Diário Oficial, é correto afirmar que, em consequência, os princípios da moralidade e legalidade não foram violados.

Comentários:

Errado. Em relação à Administração, a única vontade que podemos considerar é a vontade da lei, independentemente da vontade pessoal do agente.

Assim, como a lei orçamentária destinou os recursos para pagamento de verbas atrasadas dos juízes de direito e desembargadores, não pode o presidente do tribunal, por vontade própria, determinar o pagamento das verbas apenas aos desembargadores.

Afinal, a Administração Pública não pode conceder direitos, criar obrigações ou impor proibições, por meio de ato administrativo.

Ademais, tal comportamento é incondizente com a ética e a probidade administrativa, razão pela qual viola o princípio da moralidade.

50. (CESPE/AGU/2009) Com base no princípio da eficiência e em outros fundamentos constitucionais, o STF entende que viola a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas.

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Comentários:

Certo. O STF, visando à extinção da prática do nepotismo, aprovou o Enunciado da Súmula Vinculante 13 nestes termos: "A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal."

51. (CESPE/AGU/2009) Considere que Platão, governador de estado da Federação, tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior na área de engenharia, para o cargo de secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristóteles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeação, conclui-se que esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente julgado do STF.

Comentários:

Certo. Os cargos de caráter político, exercidos por agentes políticos (ministro de Estado, secretário estadual e secretário municipal), desde que respeitados os princípios da moralidade e da impessoalidade, ficaram excluídosda regra estabelecida pela súmula vinculante nº 13.

52. (CESPE/AGU/2009) Segundo entendimento do STF, a vedação ao nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação administrativa.

Comentários:

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Certo. Segundo entendimento do STF, a vedação ao nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação administrativa.

JURISPRUDÊNCIA DO STF:

“(...) A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. (...).” (Rcl 6.702-AgR-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 4-3-09, Plenário, DJEde 30-4-09)

53. (CESPE/PC-TO/2008) O princípio da vinculação política ao bem comum é, entre os princípios constitucionais que norteiam a administração pública, o mais importante.

Comentários:

Errado. Todos os princípios se equivalem juridicamente, isto é, não há hierarquia entre eles. Sempre incidirão de forma conjunta e harmônica. Por exemplo, a Administração não pode, sob alegação de uma atuação mais eficiente, praticar atos não previstos em lei. Ou seja, o princípio da eficiência não pode opor exceção ao da legalidade.

Em uma determinada situação, o que pode ocorrer é a incidência de um princípio em grau maior do que os demais. Ainda assim, todos são observados, já que a aplicação de um princípio não impede a aplicação de outro.

IMPORTANTE:

Os princípios administrativos se equivalem juridicamente, isto é, não há hierarquia entre eles. A aplicação de um princípio não impede a aplicação de outro.

Portanto, a Administração não pode, sob alegação de uma atuação mais eficiente, praticar atos não previstos em lei.

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54. (CESPE/TCU/2007) A declaração de sigilo dos atos administrativos, sob a invocação do argumento da segurança nacional, é privilégio indevido para a prática de um ato administrativo, pois o princípio da publicidade administrativa exige a transparência absoluta dos atos, para possibilitar o seu controle de legalidade.

Comentários:

Errado. Nos termos do art.5º, XXXIII da CF: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” Ou seja, há exceção ao princípio da transparência.

55. (CESPE/TCE-PE/2004) O princípio da moralidade envolve um conceito indeterminado, que é a própria noção de moralidade, a qual não é definida de modo preciso no ordenamento jurídico; por conseguinte, a ocorrência de ofensa ao princípio deve ser elucidada em cada caso, em face do direito e com o fim de realizar a ética na administração pública.

Comentários:

Certo. A moral administrativa toma como referência um conceito impessoal, geral, primado no grupo social, independente dos valores intrínsecos do indivíduo. Não obstante, esse conceito comporta valores de juízos elásticos, indeterminados. Tal fato decorre da impossibilidade de a lei prever todas as condutas morais e amorais.

56. (ESAF/MPOG/2010) A observância da adequação e da exigibilidade, por parte do agente público, constitui fundamento do seguinte princípio da Administração Pública:

a) Publicidade.

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b) Moralidade.

c) Legalidade.

d) Proporcionalidade.

e) Impessoalidade.

Comentários:

Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são considerados as maiores limitações às competências discricionárias da Administração Pública. Pois, exigem que os atos discricionários praticados pela Administração sejam necessários, adequados e proporcionais, a partir do critério do homem médio (homem ponderado, comum, racional).

Assim, a inobservância desses princípios acarreta a anulação do ato (controle de legalidade, não de mérito), seja pela própria Administração que o praticou, seja pelo Poder Judiciário.

Com efeito, a resposta desta questão é a letra d.

57. (ESAF/ATRFB/2009) Em decorrência do princípio da continuidade do serviço público, há a impossibilidade, para quem contrata com a Administração, de invocar a exceptio non adimpleti contractus nos contratos que tenham por objeto a execução de serviço público.

Comentários:

Certo. Em decorrência do princípio da continuidade do serviço público é dever da Administração Pública não só prestar os serviços públicos, mas também disponibilizá-los aos administrados continuadamente.

A aplicação desse princípio implica restrição a determinados direitos dos prestadores de serviços públicos e dos agentes envolvidos em sua prestação.

São exemplos dessas restrições:

• O direito de greve dos servidores públicos será exercido nos termos e limites definidos em lei específica (CF, art. 37, VII).

• A impossibilidade de o particular prestador de serviço público por delegação interromper sua prestação, mesmo que a Administração Pública descumpra os termos do contrato.

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Essa segunda restrição, chamada de inoponibilidade da exceção do contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus), está prevista na Lei nº 8.987/95.

Segundo a referida Lei, o contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim (art. 39).

Nessa hipótese, os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado (art. 39, parágrafo único).

Por fim, convém destacar que não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando (art.6º, §3 da Lei):

• motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,

• por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

IMPORTANTE:

Em decorrência do princípio da continuidade do serviço público, há a impossibilidade, para quem contrata com a Administração, de invocar a exceptio non adimpleti contractus nos contratos que tenham por objeto a execução de serviço público.

58. (ESAF/ATRFB/2009) Por meio do princípio da tutela, a Administração Pública direta fiscaliza as atividades dos seus entes, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais.

Comentários:

Certo. Tutela (ou controle finalístico) é o controle que os órgãos centrais da Administração Direta exercem sobre as entidades da Administração Indireta a eles vinculadas, nos termos da lei.

A tutela visa a garantir que a atuação das entidades administrativas seja sempre voltada à consecução das finalidades que nortearam sua criação.

Por fim, é importante mencionar que a tutela não se confunde com a autotutela. Esta consiste no poder-dever que a Administração Pública possui de rever seus próprios atos, anulando-os, quando eivado de vícios, ou revogando-os, quando inconvenientes ou inoportunos.

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59. (ESAF/MPOG/2005) Os princípios da Administração Pública estão presentes em todos os institutos do Direito Administrativo. Assinale, no rol abaixo, aquele princípio que melhor se vincula à proteção do administrado no âmbito de um processo administrativo, quando se refere à interpretação da norma jurídica.

a) Legalidade

b) Proporcionalidade

c) Moralidade

d) Ampla defesa

e) Segurança jurídica

Comentários:

O princípio da segurança jurídica, também chamado de princípio da estabilidade das relações jurídicas, visa a proteger o passado (relações jurídicas já consolidadas), bem como visa a assegurar a estabilidade das situações jurídicas futuras.

Esse princípio é consagrado por vários institutos, tais como: direito adquirido, coisa julgada, ato jurídico perfeito, prescrição e decadência.

Por força desse princípio, no âmbito do processo administrativo federal, a Administração Pública deve interpretar a norma administrativa de forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige.

Por isso, é vedada a aplicação retroativa de nova interpretação, a fim de garantir ao administrado adequado grau de certeza e segurança de seus direitos.

Assim, o princípio da segurança jurídica não impede que a Administração Pública mude sua interpretação acerca de determinadas normas. Na verdade, o princípio visa a evitar que essa mudança de orientação afete situações jurídicas já consolidadas.

IMPORTANTE:

De acordo com o princípio da segurança jurídica (ou princípio da estabilidade das relações jurídicas), é vedada à Administração a aplicação retroativa de uma nova interpretação de determinada norma legal.

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Por isso, a resposta desta questão é a letra e.

60. (ESAF/MPU/2004) Um dos princípios informativos do Direito Administrativo, que o distingue dos demais ramos, no disciplinamento das relações jurídicas, sob sua incidência, é o da:

a) comutatividade na solução dos interesses em questão.

b) subordinação do interesse público ao privado.

c) supremacia do interesse público sobre o privado.

d) predominância da liberdade decisória.

e) correlação absoluta entre direitos e obrigações.

Comentários:

O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado exalta a superioridade do interesse da coletividade, ao estabelecer a prevalência do interesse público sobre o do particular.

Esse princípio, que informa todos os ramos do Direito Público (não só o Direito Administrativo), estabelece que na hipótese de conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá sobre este, sempre.

Todavia, quando a Administração Pública, excepcionalmente, não atuar com vistas à consecução de interesses públicos, não lhe será cabível invocar o princípio da supremacia do interesse público.

Por fim, saibam que essa posição de supremacia do Estado se expressa através da verticalidade (desigualdade jurídica) que caracteriza as relações jurídicas entre a Administração Pública e os particulares. Diferentemente, no Direito Privado, as relações entre particulares caracterizam-se pela horizontalidade (igualdade jurídica).

Logo, a resposta desta questão é a letra c.

Amigos(as),

Até a próxima aula!

Bons estudos,

Anderson Luiz

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (FCC/TRE-AM/2010) A exigência de que o administrador público, no desempenho de suas atividades, deve atuar sempre com ética, honestidade e boa-fé, refere-se ao dever de

a) eficiência.

b) moralidade.

c) probidade.

d) legalidade.

e) discricionariedade.

2. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Um ato administrativo que viesse a criar direitos, impor obrigações ou prescrever sanções afrontaria o princípio da:

a) publicidade.

b) probidade administrativa.

c) impessoalidade.

d) moralidade.

e) legalidade

3. (FCC/SEFAZ-SP/2009) Determinado agente público, realizando fiscalização, verifica tratar-se de caso de aplicação de multa administrativa. Tal agente, de ofício, lavra o auto respectivo. Considerando essa situação à luz de princípios que regem a Administração Pública, é correto afirmar que, em nome do princípio da:

a) autoexecutoriedade, tal multa pode ser exigida independentemente de defesa do autuado em processo administrativo.

b) imperatividade, a cobrança dessa multa não depende de autorização judicial.

c) indisponibilidade do interesse público, o julgador no processo administrativo não pode dar razão às alegações do particular.

d) autotutela, a Administração pode anular a autuação, caso nela constate vícios quanto à legalidade.

e) presunção de legalidade, a Administração só pode reconhecer a invalidade do auto ante prova produzida pelo particular.

4. (FCC/TJ-PI/2009) O princípio da legalidade significa que

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a) o administrador deve praticar o ato para o seu fim legal.

b) a Administração pode fazer o que a lei não proíbe.

c) o administrador deve atuar de acordo com os padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

d) a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite.

e) a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.

5. (FCC/TJ-PA/2009) Sobre os princípios básicos da Administração Pública, considere:

I. É composto pelo conjunto de regras finais e disciplinares suscitadas não só pela distinção entre o Bem e o Mal, mas também pela ideia geral de administração e pela ideia de função administrativa.

II. Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige.

III. Objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesão aos direitos fundamentais.

Estes conceitos dizem respeito, respectivamente, aos princípios da

a) razoabilidade, finalidade e moralidade.

b) moralidade, finalidade e razoabilidade.

c) finalidade, razoabilidade e moralidade.

d) moralidade, razoabilidade e finalidade.

e) finalidade, moralidade e razoabilidade.

6. (FCC/TRT-15ªRegião/2009) O princípio da autotutela significa que a Administração Pública

a) exerce o controle sobre seus próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.

b) sujeita-se ao controle do Poder Judiciário, que pode anular ou revogar os atos administrativos que forem inconvenientes ou inoportunos.

c) Direta fiscaliza as atividades das entidades da Administração Indireta a ela vinculadas.

d) Indireta fica sujeita a controle dos órgãos de fiscalização do Ministério do Planejamento mesmo que tenham sido criadas por outro Ministério.

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e) tem liberdade de atuação em matérias que lhes são atribuídas por lei.

7. (FCC/TJ-PA/2009) Os princípios da Administração Pública que têm previsão expressa na Constituição Federal são:

a) autotutela, publicidade e indisponibilidade.

b) legalidade, publicidade e eficiência.

c) moralidade, indisponibilidade e razoabilidade.

d) publicidade, eficiência e indisponibilidade.

e) eficiência, razoabilidade e moralidade.

8. (FCC/TJ-PA/2009) Quando se diz que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, estamos diante do princípio da

a) especialidade.

b) legalidade ou veracidade.

c) impessoalidade ou finalidade.

d) supremacia do interesse público.

e) indisponibilidade.

9. (FCC/TJ-PA/2009) Princípio da eficiência na Administração Pública

a) é o dever do administrador de indicar os fundamentos de fato e de direito de suas decisões.

b) que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

c) a que se impõe a Administração de atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

d) segundo o qual a Administração só pode agir segundo a lei, jamais contra ou além da lei.

e) pelo qual se exige do administrador atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências.

10. (FCC/TJ-PA/2009) Sobre os princípios constitucionais da Administração Pública NÃO é correto afirmar que o princípio:

a) da legalidade traduz a idéia de que a Administração Pública somente tem possibilidade de atuar quando exista lei que a determine ou que a autorize.

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b) da moralidade está ligado à idéia da probidade administrativa, do decoro e da boa-fé.

c) da impessoalidade também é conhecido como princípio da finalidade.

d) da publicidade apresenta dupla acepção: exigência de publicação dos atos administrativos em órgão oficial como requisito de eficácia e exigência de transparência da atuação administrativa.

e) da impessoalidade tem por objetivo assegurar que os serviços públicos sejam prestados com adequação às necessidades da sociedade.

11. (FCC/PGE-RJ/2009) Há dois princípios constitucionais fundamentais para o Direito Administrativo. A partir deles constroem-se todos os demais. São eles:

a) prescrição de veracidade e publicidade.

b) impessoalidade e legalidade.

c) legalidade e supremacia do interesse público.

d) publicidade e moralidade.

e) especialidade e supremacia do interesse público.

12. (FCC/PGE-RJ/2009) De acordo com o princípio da legalidade, em matéria administrativa, a Administração apenas pode praticar os atos que sejam expressamente permitidos pela lei. A partir deste enunciado, conclui-se que:

a) a observância de medidas provisórias, pela Administração, ofende o princípio da legalidade porque elas não são consideradas lei formal.

b) a Administração poderá praticar os atos permitidos pela lei e, em caso de omissão, estará legitimada a atuar se for habilitada a tanto por decreto do Chefe do Poder Executivo.

c) a prática de atos por razões de conveniência e oportunidade é violadora do princípio da legalidade, uma vez que o mérito do ato administrativo nestes casos não é definido em lei.

d) o controle de legalidade interno dos atos administrativos deve ser preocupação constante da Administração, como forma de atendimento do interesse público na preservação desta legalidade.

e) o reconhecimento de circunstâncias excepcionais, como estado de sítio e estado de defesa, autoriza a Administração a praticar atos discricionários e arbitrários, isentos de controle jurisdicional.

13. (FCC/MPE-SE/2009) A Constituição determina expressamente que são princípios da Administração Pública:

a) publicidade, moralidade e eficiência.

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b) impessoalidade, moralidade e imperatividade.

c) hierarquia, moralidade e legalidade.

d) legalidade, impessoalidade e auto-executoriedade.

e) impessoalidade, presunção de legitimidade e hierarquia.

14. (FCC/TRT-SP/2008) Sobre os princípios básicos da Administração, considere:

I. Exigência de que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.

II. A atuação da Administração Pública deve sempre ser dirigida a todos os administrados em geral, sem discriminação de qualquer natureza.

Essas afirmações referem-se, respectivamente, aos princípios da:

a) eficiência e impessoalidade.

b) legalidade e impessoalidade.

c) eficiência e legalidade.

d) moralidade e eficiência.

e) impessoalidade e legalidade.

15. (FCC/TCE-AM/2008) O artigo 37 da Constituição Federal estabelece que a Administração Pública obedecerá aos princípios da "legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência". Essa enumeração:

a) apresenta os princípios ordenados hierarquicamente entre si.

b) não esgota os princípios constitucionais da Administração Pública.

c) consiste em regra de observância facultativa pela Administração Pública, dada a natureza peculiar dos princípios.

d) apresenta princípios aplicáveis apenas à Administração Direta.

e) contém princípios cuja aplicabilidade depende da edição de legislação complementar.

16. (FCC/TRF-2ª Região/2007) Em razão do princípio da legalidade, é correto afirmar que a:

a) atividade administrativa deve ser exercida com presteza, qualidade e produtividade funcional.

b) Administração Pública tem certa liberdade de atuação, pois pode exercer qualquer atividade, desde que a lei não proíba.

c) Administração Pública só pode fazer o que a lei determina ou autoriza.

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d) Administração Pública fica obrigada a manter uma posição imparcial em relação aos administrados.

e) atividade administrativa somente poderá ser válida, se exercida no limite e intensidade necessária ao fim proposto.

17. (FCC/Defensoria Pública-SP/2007) Princípios do Direito Administrativo.

a) O princípio da moralidade só pode ser aferido pelos critérios pessoais do administrador.

b) São princípios explícitos da Administração Pública, entre outros, os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

c) O princípio da razoabilidade ou proporcionalidade não é princípio consagrado sequer implicitamente.

d) O princípio da publicidade obriga a presença do nome do administrador nos atos, obras, serviços e campanhas do Poder Público.

e) O princípio da motivação não exige a indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão administrativa.

18. (FCC/TCE-MG/2007) O favorecimento do administrado em razão de parentesco com a autoridade administrativa competente viola o princípio da:

a) eficiência.

b) impessoalidade.

c) publicidade.

d) indivisibilidade.

e) separação de poderes.

19. (FCC/TRE-MS/2007) Entidade administrativa que presta serviço público com excessiva burocracia e produtividade precária, retardando, assim, o interesse da coletividade, ofende o princípio da:

a) impessoalidade.

b) moralidade.

c) legalidade.

d) eficiência.

e) publicidade.

20. (FCC/MPU/2007) Os princípios da Administração Pública estabelecidos expressamente na Constituição Federal são:

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a) eficiência, razoabilidade, objetividade, indisponibilidade e finalidade.

b) capacidade, pessoalidade, razoabilidade, finalidade e publicidade.

c) moralidade, eficiência, razoabilidade, autotutela e disponibilidade.

d) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

e) impessoalidade, capacidade, eficiência, autotutela e finalidade.

21. (FCC/MPU/2007) Com relação aos princípios da Administração Pública, considere:

I. As realizações governamentais não são do funcionário ou autoridade, mas da entidade pública em nome de quem as produzira.

II. Todo agente público deve realizar suas atribuições legais com presteza, perfeição e rendimento funcional.

As proposições citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da:

a) eficiência e legalidade.

b) razoabilidade e moralidade.

c) moralidade e razoabilidade.

d) legalidade e impessoalidade.

e) impessoalidade e eficiência.

22. (FCC/TRF-1ªRegião/2006) No que tange aos princípios da Administração Pública, considere:

I. Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao agente que os pratica, mas ao órgão ou entidade da Administração Pública, que é o autor institucional do ato.

II. A Constituição Federal exige, como condição para a aquisição da estabilidade, a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

As proposições citadas referem-se, respectivamente, aos princípios da:

a) impessoalidade e eficiência.

b) hierarquia e finalidade pública.

c) impessoalidade e moralidade.

d) razoabilidade e eficiência.

e) eficiência e impessoalidade.

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23. (FCC/TCE-PB/2006) Com relação aos princípios da administração pública no Brasil, considere as afirmativas abaixo.

I. Na administração pública, diferentemente do que ocorre na esfera privada, é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe.

II. O agente administrativo deve saber distinguir não apenas o ato legal do ilegal, mas, também o honesto do desonesto, atendendo ao princípio da moralidade.

III. Em sua atividade, o administrador público deve ser capaz de distinguir os cidadãos segundo seus méritos.

IV. O princípio da publicidade torna obrigatória a divulgação de todos os atos e contratos da Administração Pública, com algumas exceções.

Está correto o que afirma APENAS em:

a) I.

b) II.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

24. (FCC/TRE-SP/2006) Dentre os princípios da Administração Pública, o que impõe ao agente público, quando no exercício de suas funções, objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal, e o que obriga-o a atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé, denominam-se, respectivamente,

a) moralidade e impessoalidade.

b) eficiência e moralidade.

c) impessoalidade e legalidade.

d) impessoalidade e moralidade.

e) legalidade e eficiência.

25. (FCC/Procurador/Salvador/2006) A aplicação do princípio da legalidade, expresso no artigo 37, caput, da Constituição Federal, traz como consequência:

a) a obrigatoriedade de edição de lei para disciplinar a organização e funcionamento da Administração Direta.

b) a obrigatoriedade de lei para criação de cargos, mas não para a sua extinção, que, quando vagos, pode ser feita por decreto.

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c) a não obrigatoriedade de lei para a criação de órgão público, quando implicar ou não aumento de despesa.

d) a obrigatoriedade de lei para fixação e aumento de remuneração dos servidores públicos, inclusive aqueles submetidos ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

e) a exigência de que todos os atos praticados pelo Poder Executivo contém prévia autorização legislativa específica.

26. (FCC/TRE-SP/2006) No que se refere aos princípios administrativos, considere:

I. Constitui requisito inafastável de eficácia e moralidade da ação administrativa a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos.

II. Todo agente público deve realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

As proposições citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da:

a) moralidade e finalidade.

b) eficiência e impessoalidade.

c) moralidade e continuidade do serviço público.

d) publicidade e imperatividade.

e) publicidade e eficiência.

27. (FCC/TRT-24ª Região/2006) O princípio que exige objetividade no atendimento do interesse público, vedando a promoção pessoal de agentes ou autoridades; e aquele que impõe a todo agente público a realização de suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional denominam-se, respectivamente,

a) impessoalidade e eficiência.

b) publicidade e impessoalidade.

c) impessoalidade e moralidade.

d) eficiência e legalidade.

e) publicidade e eficiência.

28. (FCC/Procurador/Santos-SP/2005) Em tema de legalidade, como um dos princípios norteadores da atividade administrativa, observe o que segue:

I. O administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei.

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II. Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal.

III. Na Administração Pública é lícito fazer tudo que a lei não proíbe.

IV. No exercício de sua atividade funcional, o administrador público está sujeito às exigências do bem comum.

V. A lei para o administrador público significa "pode fazer assim" e para o particular "deve fazer assim".

Está INCORRETO o que se afirma APENAS em:

a) I e V

b) I e II

c) II e IV.

d) III e V

e) III e IV.

29. (FCC/TRE-MG/2005) A obrigação atribuída ao Poder Público de manter uma posição neutra em relação aos administrados, não podendo atuar com objetivo de prejudicar ou favorecer determinadas pessoas, decorre do princípio da:

a) moralidade.

b) impessoalidade.

c) legalidade.

d) motivação.

e) imperatividade.

30. (FCC/TRT-22ªRegião/2004) Luís Antônio e Adelaide, servidores públicos do Poder Judiciário do Estado do Piauí, discutiam temas pertinentes à Administração Pública daquele Estado, notadamente sobre os princípios que devem nortear as correspondentes atividades. Em determinado momento, Adelaide inquiriu Luís Antônio sobre qual desses princípios caracteriza o Estado Democrático de Direito, devendo a resposta correta recair sobre o princípio da:

a) impessoalidade.

b) legalidade.

c) probidade administrativa.

d) presunção de legitimidade.

e) indisponibilidade de interesse público.

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31. (FCC/TRT-22ªRegião/2004) Depois de ingressar nos quadros do executivo federal mediante concurso público, o servidor em estágio probatório foi dispensado por não convir à Administração a sua permanência, após ter sido apurado, em avaliação especial de desempenho realizada por comissão instituída para essa finalidade, assegurada a ampla defesa, que realizou atos incompatíveis com a função do cargo em que se encontrava investido. Referida dispensa está embasada, precipuamente, no

a) elemento da impessoalidade.

b) requisito da publicidade.

c) princípio da eficiência.

d) princípio da imperatividade.

e) requisito de presunção de veracidade.

32. (FCC/TRT-22ªRegião/ 2004) Ao tomar ciência de suposta irregularidade perpetrada pela prefeitura da cidade de Campo Verde, Aristóteles Neto peticionou perante àquela municipalidade, objetivando ter acesso aos documentos que comprovariam referida irregularidade. Ocorre que, por ordem expressa do Prefeito, teve seu pleito indeferido. Em virtude da negativa, o executivo municipal desrespeitou o princípio da:

a) imperatividade.

b) impessoabilidade.

c) tipicidade.

d) publicidade.

e) razoabilidade.

33. (FCC/TRT-9ªRegião/2004) João, objetivando adquirir determinado imóvel no bairro X, fica sabendo, por meio de amigos, que, nessa região, será construída uma nova linha do metrô e, conseqüentemente, diversos imóveis serão desapropriados. Tendo em vista referido fato, pede informações à Companhia do Metrô, que se recusa a fornecê-las. Com tal atitude, restou preterido o princípio da Administração Pública denominado:

a) publicidade.

b) imperatividade.

c) supremacia do interesse público.

d) impessoalidade.

e) eficiência.

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34. (FCC/TRT-9ªRegião/2004) Após tomar ciência de irregularidades praticadas pela Assembléia Legislativa de seu Estado, o cidadão José da Silva diligenciou junto ao referido órgão, oportunidade em que lhe foi negado o direito de obter certidões que esclarecessem tal fato. Com essa recusa, foi desrespeitado o princípio da:

a) eficiência.

b) impessoalidade.

c) tipicidade.

d) motivação.

e) publicidade.

35. (FCC/TRT-9ªRegião/2004) Após constatar a morosidade no serviço de atendimento ao público em diversos órgãos do executivo municipal, o Prefeito da cidade de Campo Largo informatizou referidos órgãos e contratou a empresa DataSoftware Municipal Ltda, por meio de regular processo licitatório, para ensinar aos servidores noções de informática. Em virtude da iniciativa acima descrita, restou patente a melhoria no atendimento aos munícipes. O princípio da Administração Pública observado no caso em tela denomina-se:

a) imperatividade.

b) publicidade.

c) tipicidade.

d) eficiência.

e) motivação.

36. (FCC/TRF-4ªRegião) No que concerne aos princípios administrativos, é INCORRETO afirmar que:

a) o princípio da moralidade impõe ao administrador o dever de, além de obedecer à lei jurídica, regrar suas condutas funcionais de acordo com a lei ética e em consonância com regras tiradas da disciplina interior da Administração, posto que nem tudo o que é legal é honesto.

b) a busca pelo aperfeiçoamento na prestação de serviços públicos, exigindo do administrador resultados positivos que atendam às necessidades da comunidade e seus membros, caracteriza o princípio da eficiência.

c) o princípio da impessoalidade obriga a Administração Pública a agir de modo imparcial em relação aos administrados, bem como proíbe a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos sobre suas realizações.

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d) os princípios administrativos previstos constitucionalmente representam uma relação meramente exemplificativa de dogmas que deverão ser obrigatoriamente observados pelo administrador público.

e) o Poder Público pode criar obrigações ou impor vedações aos administrados, independentemente da existência de lei prévia.

37. (FCC/TRT-17ªRegião) Dentre os princípios constitucionais da Administração Pública, pode-se asseverar:

I. A Administração deve agir, de modo rápido e preciso, para produzir resultados que satisfaçam as necessidades da população.

II. Os programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos deverá ter caráter educativo.

III. É vedado à Administração editar atos ou tomar medidas contrárias às normas do ordenamento jurídico.

As afirmativas I, II e III correspondem, específica e respectivamente, aos princípios da:

a) legalidade, moralidade e eficiência.

b) legalidade, publicidade e moralidade.

c) impessoalidade, legalidade e finalidade.

d) eficiência, impessoalidade e legalidade.

e) finalidade, impessoalidade e moralidade.

38. (FCC/TRT-2ªRegião) "A atividade administrativa não deve fazer acepção de pessoas, deve tratar a todos os administrados igualmente, visto que não ajuda nem prejudica terceiros. Essa atividade é imputada não ao servidor que age, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual ele age". O texto refere-se ao princípio da:

a) legalidade.

b) moralidade.

c) eficiência.

d) publicidade.

e) impessoalidade.

39. (FCC/TRE-PE/2004) No que tange aos princípios constitucionais em relação ao Direito Administrativo, é certo que o princípio da:

a) publicidade é absoluto, sofrendo restrições apenas quando se tratar de promoções e propaganda pessoal do agente público.

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b) legalidade incide somente sobre a atividade administrativa, ficando excluídas as funções atípicas da esfera legislativa e da atividade jurisdicional.

c) impessoalidade nada tem a ver com os princípios da igualdade ou da finalidade, porque os atos administrativos são sempre imputáveis ao funcionário que os pratica.

d) moralidade impõe expressamente à Administração Pública a obrigação de realizar suas atribuições com perfeição, rapidez e rendimento.

e) eficiência é também boa administração, pois deve-se sopesar a relação de custo-benefício, buscar a otimização de recursos, em suma, tem-se por obrigação dotar da maior eficácia possível todas as ações do Estado.

40. (FCC/TRE-PE/2004) A Constituição Federal não se referiu expressamente ao princípio da finalidade, mas o admitiu sob a denominação de princípio da:

a) impessoalidade.

b) publicidade.

c) presunção de legitimidade.

d) legalidade.

e) moralidade.

41. (FCC/TRE-BA/2003) As afirmações abaixo estão relacionadas à obrigatoriedade de obediência dos princípios constitucionais pela administração pública.

I. Os princípios devem ser obedecidos pela administração de quaisquer Poderes.

II. A obrigatoriedade de obediência destina-se à administração direta, não alcançando as empresas públicas.

III. Todas as entidades estatais (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) devem obediência àqueles princípios.

Está correto APENAS o que se afirma em:

a) II e III.

b) I e III.

c) I e II.

d) II.

e) I.

42. (FCC/TRT-21ªRegião) Considere o que segue:

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I. A imposição ao administrador público de uma ação planejada e transparente, com o fito de prevenir riscos e corrigir desvios suscetíveis de afetar o equilíbrio das contas públicas.

II. Os atos praticados pela Administração Pública devem ser abstratamente genéricos e isonômicos, sem consagrar privilégios ou situações restritivas injustificadas.

III. A autolimitação do Estado em face dos direitos subjetivos e a vinculação de toda atividade administrativa à lei, como medida de exercício do poder.

Tais disposições dizem respeito, respectivamente, aos princípios da:

a) publicidade, legalidade e moralidade.

b) eficiência, impessoalidade e legalidade.

c) impessoalidade, publicidade e legalidade.

d) legalidade, eficiência e impessoalidade.

e) moralidade, impessoalidade e eficiência.

43. (FCC/TRT-24ªRegião/2003) O Prefeito Municipal passou a exibir nas placas de todas as obras públicas a indicação "GOVERNO TOTONHO FILHO". Assim agindo, o governante ofendeu o princípio da administração pública conhecido como:

a) moralidade.

b) impessoalidade.

c) autotutela.

d) razoabilidade.

e) publicidade.

44. (FCC/TRF-5ªRegião/2003) É uma decorrência possível do princípio da impessoalidade aplicado à Administração Pública:

a) serem os atos praticados pelos agentes públicos imputados à entidade da Administração em nome da qual eles agem.

b) ser vedado à autoridade que pratica um ato administrativo identificar-se pessoalmente.

c) não serem os agentes públicos pessoalmente responsáveis pelos atos que praticam em nome da Administração.

d) não poder a Administração praticar atos que gerem conseqüências para pessoas nominalmente identificadas.

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e) não possuir a Administração responsabilidade civil pelos atos praticados por seus agentes, nas hipóteses em que estejam exercendo competência privativa.

45. (FCC/TCE-PI/2002) Decorre do princípio da impessoalidade, ao qual está vinculada a Administração Pública, a:

a) impossibilidade de responsabilização pessoal de servidor público por ato que corresponda ao exercício de sua função, em relação à qual tenha competência privativa.

b) vedação da identificação nominal da autoridade responsável pela decisão de processos administrativos disciplinares, sendo a decisão atribuída ao órgão público ao qual pertença a autoridade.

c) proibição de que constem da publicidade de atos, programas e campanhas de órgãos públicos, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

d) impossibilidade de tratamento favorecido de pessoas, pelo critério de condições físicas, para fins de ingresso nas carreiras públicas.

e) negação do caráter intuitu personae dos contratos administrativos em geral.

46. (FCC/TCE-SE/2002) O princípio da impessoalidade, próprio do Direito Administrativo, é concebido pelos doutrinadores brasileiros por pontos de vista diversos, mas compatíveis e complementares.

Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma adequada compreensão do princípio da impessoalidade.

a) Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário.

b) O administrador fica impedido de buscar outro objetivo que não o atendimento do interesse público, ou de praticar atos no interesse próprio ou de terceiros.

c) Os atos praticados culposamente por agentes administrativos, no exercício de sua função, geram responsabilidade à Administração, não acarretando responsabilidade pessoal do agente.

d) A Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas; o princípio em causa não é senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia.

e) Busca-se, desse modo, que predomine o sentido de função, isto é, a idéia de que os poderes atribuídos finalizam-se ao interesse de toda a coletividade, portanto a resultados desconectados de razões pessoais.

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47. (FCC/Fiscal/São Paulo-SP/1998) A conduta do agente público que se vale da publicidade oficial para realizar promoção pessoal fere o princípio da:

a) Finalidade.

b) Razoabilidade.

c) Publicidade.

d) Supremacia do interesse público.

e) Especialidade.

48. (FCC/Fiscal/São Paulo-SP/1998) A publicidade é um dos princípios que deve ser observado pela Administração Pública. A publicação que produz efeitos jurídicos é a:

a) Da televisão e do rádio em horário oficial.

b) Do rádio.

c) Da televisão.

d) Da imprensa particular.

e) Do órgão oficial.

49. (CESPE/ANATEL/2009) Respeitado o princípio da publicidade, uma vez que a decisão do presidente que determinou o pagamento aos desembargadores foi publicada mediante portaria no Diário Oficial, é correto afirmar que, em consequência, os princípios da moralidade e legalidade não foram violados.

50. (CESPE/AGU/2009) Com base no princípio da eficiência e em outros fundamentos constitucionais, o STF entende que viola a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas.

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51. (CESPE/AGU/2009) Considere que Platão, governador de estado da Federação, tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior na área de engenharia, para o cargo de secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristóteles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeação, conclui-se que esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente julgado do STF.

52. (CESPE/AGU/2009) Segundo entendimento do STF, a vedação ao nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação administrativa.

53. (CESPE/PC-TO/2008) O princípio da vinculação política ao bem comum é, entre os princípios constitucionais que norteiam a administração pública, o mais importante.

54. (CESPE/TCU/2007) A declaração de sigilo dos atos administrativos, sob a invocação do argumento da segurança nacional, é privilégio indevido para a prática de um ato administrativo, pois o princípio da publicidade administrativa exige a transparência absoluta dos atos, para possibilitar o seu controle de legalidade.

55. (CESPE/TCE-PE/2004) O princípio da moralidade envolve um conceito indeterminado, que é a própria noção de moralidade, a qual não é definida de modo preciso no ordenamento jurídico; por conseguinte, a ocorrência de ofensa ao princípio deve ser elucidada em cada caso, em face do direito e com o fim de realizar a ética na administração pública.

56. (ESAF/MPOG/2010) A observância da adequação e da exigibilidade, por parte do agente público, constitui fundamento do seguinte princípio da Administração Pública:

a) Publicidade.

b) Moralidade.

c) Legalidade.

d) Proporcionalidade.

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e) Impessoalidade.

57. (ESAF/ATRFB/2009) Em decorrência do princípio da continuidade do serviço público, há a impossibilidade, para quem contrata com a Administração, de invocar a exceptio non adimpleti contractus nos contratos que tenham por objeto a execução de serviço público.

58. (ESAF/ATRFB/2009) Por meio do princípio da tutela, a Administração Pública direta fiscaliza as atividades dos seus entes, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais.

59. (ESAF/MPOG/2005) Os princípios da Administração Pública estão presentes em todos os institutos do Direito Administrativo. Assinale, no rol abaixo, aquele princípio que melhor se vincula à proteção do administrado no âmbito de um processo administrativo, quando se refere à interpretação da norma jurídica.

a) Legalidade

b) Proporcionalidade

c) Moralidade

d) Ampla defesa

e) Segurança jurídica

60. (ESAF/MPU/2004) Um dos princípios informativos do Direito Administrativo, que o distingue dos demais ramos, no disciplinamento das relações jurídicas, sob sua incidência, é o da:

a) comutatividade na solução dos interesses em questão.

b) subordinação do interesse público ao privado.

c) supremacia do interesse público sobre o privado.

d) predominância da liberdade decisória.

e) correlação absoluta entre direitos e obrigações.

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GABARITO

1-C 2-E 3-D 4-D 5-B 6-A 7-B 8-C 9-B 10-E

11-C 12-D 13-A 14-A 15-B 16-C 17-B 18-B 19-D 20-D

21-E 22-A 23-D 24-D 25-B 26-E 27-A 28-D 29-B 30-B

31-C 32-D 33-A 34-E 35-D 36-E 37-D 38-E 39-E 40-A

41-B 42-B 43-B 44-A 45-C 46-C 47-A 48-E 49-E 50-C

51-C 52-C 53-E 54-E 55-C 56-D 57-C 58-C 59-E 60-C

BIBLIOGRAFIA

ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. São Paulo: Método, 2009.

BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal: Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.

CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2008.

GARCIA, Emerson; ALVES, Rogério Pacheco. Improbidade Administrativa. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.

JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo: Dialética, 2010.

JUSTEN FILHO, Marçal. Pregão: Comentários à Legislação do Pregão Comum e Eletrônico. São Paulo: Dialética, 2009.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2008.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2008.