princÍpios da antibiÓticoterapia

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PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA CARACTERÍSTICA DE UM ANTIBIÓTICO IDEAL: Interfere com as funções vitais da bactérias sem comprometer as células do hospedeiro. Toxicidade seletiva para o agente infectante Baixa incidência de efeitos adversos e toxicidade para o hospedeiro Não desenvolve o aparecimento de resistências bacterianas. Comodidade de administração e menor

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PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA. CARACTERÍSTICA DE UM ANTIBIÓTICO IDEAL: Interfere com as funções vitais da bactérias sem comprometer as células do hospedeiro.  Toxicidade seletiva para o agente infectante  Baixa incidência de efeitos adversos e toxicidade para o hospedeiro - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

CARACTERÍSTICA DE UM ANTIBIÓTICO IDEAL: Interfere com as funções vitais da bactérias sem comprometer as células do hospedeiro.

Toxicidade seletiva para o agente infectante

Baixa incidência de efeitos adversos e

toxicidade para o hospedeiro Não desenvolve o aparecimento de resistências

bacterianas. Comodidade de administração e menor custo

Page 2: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Critérios que orientam a escolha: Diagnóstico da infecção (achados clínicos)

Identificação do patógeno causador da doença e conhecimento da prevalência dos microorganismos causadores do processo infeccioso

Seleção do antibiótico:- Eficácia (espectro da ação antimicrobiano)- Capacidade de atingir o sítio da infecção – local da infecção (ex. meningite, infecção óssea, urinária, etc)- Segurança terapêutica (<efeitos adversos e tóxicos)- Comodidade de administração e custo- Situações clínicas especiais do hospedeiro: idade, gravidez, lactação, insuficiência hepática ou renal, história prévia de hipersensibilidade.

Page 3: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

PRESCRIÇÃO DE UM ANTIBIÓTICO

DOSE VIA

INTERVALODURAÇÃO

FARMACOCINÉTICA

Como deve ser acompanhado o tratamento?- MELHORA CLÍNICA (redução da febre, melhora do estado clínico e involução do processo infeccioso).

Page 4: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Infecções odotológicas e agentes causais mais comuns

INFECÇÃO MICROORGANISMOSCárie dental Cocos e bacilos (+) aeróbios:

Streptococcus, LactobacillusGengivite Anaeróbios:

Eubacterium, Peptostreptococcus, Fusobacterium, Bacteriodes sp, Actinomyces

Abscessos periodontais Cocos (+) aeróbico: StreptococcusCocos (+) anaeróbio: PeptostreptococcusBacilo (-) anaeróbio: Fusobacterium

Abscessos periapicais Anaeróbios:Peptostreptococcus, Eubacterium, Actinomyces

Infecções pós-cirúrgicas e pós-exodontias

bactérias (+) aeróbios: Strept., Lactobacillus, actinomyces

Periodontite Anaeróbios: Actinobacillus, Bacterioides, Fusobacterium, capnocytophaga

Page 5: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Antibióticos: Bacteriostático x Bactericida

Tempo (unidades arbitrárias)

Núm

ero

de b

acté

rias

Sem antibiótico

Bacteriostático

Bactericida

Page 6: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

SÍTIOS DE AÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE ANTIBIÓTICOS

Inibidores da parede celular:PenicilinasCefalosporinasVancomicina

Inibidores da DNA girases:Quinolonas

Metabolismo do ácido fólico:

TrimetoprimaSulfonamidas

Membrana celular:PolimixinasAnfotericina

Síntese protéica (50S):Macrolídeos (eritromicina)Cloranfenicol

Síntese protéica (30S):

TetraciclinasAminoglicosídeos

RNA polimerase

Rifampicina

PABA

Page 7: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Resistência aos Antibióticos

Mecanismos de Resistências:

Produção de enzimas pelas bactérias que inativa os antibióticos.

Alteração dos sítios de ligação dos antibióticos

Presença de uma bomba de efluxo que diminui o acúmulo de antibióticos na bactéria.

O desenvolvimento de uma via que transpõe a reação inibida pelo antibiótico (superprodução de PABA)

Page 8: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Estratégias para reduzir a resistência bacteriana

Controlar a prática de prescrição do antibiótico“dor de garganta, ouvido inflamado, tosse prolongada, febre viral”

Educação médica continuada nas práticas dos profissionais

Reduzir a transmissão dos germes resistentes aos paciente, especialmente em ambientes fechados, como UTIs, com paciente grave e em uso de múltiplos antimicrobianos.

Page 9: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

ANTIBIÓTICOS -LACTÂMICOSInibidores da Síntese da Parede Celular

Profa Tania Tano

Importante grupo de antibióticos Estrutura Química Mecanismo de Ação Efeitos Farmacológicos e Clínicos

Page 10: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Antibióticos -Lactâmicos

PENICILINAS

CEFALOSPORINAS

MONOBACTÂMICOS

CARBAPENENS

Anel -lactâmico

Page 11: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

PENICILINAS: HistóricoPENICILINAS

Alexander Fleming (1928)Penicillinum notatum

Page 12: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Mecanismo de Ação: Bactericida

Membranacelular

Parede celular

Peptídeoglicano

Resíduos de açucares

Ligações cruzadaspelas transpeptidases

Polímeros de polissacarídeose peptideoglicanos interligados

P. osmótica

Page 13: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

MECANISMO DE AÇÃO DOS -LACTÂMICOS

Membranaplasmática

Paredecelular

-lactamases

PLPs = Ptns ligadoras de Penicilinas

GRAM (+) GRAM (-)

autolisinas

Lise bacteriana

P = Penicilinas

PP

Interagem com as PLPsInibição da transpeptidases

Page 14: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

MECANISMO DE RESISTÊNCIA

PorinaPorina

EnzimasEnzimas-lactamases-lactamases

PLPsPLPs

11

33

22

1 - Inativação do antibiótico pelas -lactamases

2 - Alterações conforma-cionais das PLPs

3 - Redução da permeabili-dade da parede celular

4 – Presença de uma bomba de efluxo do antibiótico

Penicilina

Page 15: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

CLASSIFICAÇÃOClasses Representantes

PENICILINAS NATURAIS

Semi-sintética

PENICILINA G (benzilpenicilina)Penicilina G ProcaínaPenicilina G BenzatinaPenicilina V (fenoximetil-P)

P. Resistentes às -lactamases (penicilinases):P. ANTIESTAFILOCÓCICAS

MeticilinaOxacilina Cloxacilina

Aminopenicilinas:Espectro estendido para gram (-)

AmpicilinaAmoxicilina

Carboxipenicilinas:P. ANTIPSEUDOMONAS

CarbenicilinaTicarcilina

Ureidopenicilinas:P. ANTIPSEUDOMONAS

PiperacilinaMezlocilina

Page 16: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Absorção R. -lact.

Espectro de Ação

PENICILINA G (benzilpeinilina)Penicilina V (fenoximetil-P)Penicilina G ProcaínaPenicilina G Benzatina

Pobre

RazoávelPobrePobre

Não Cocos Gram (+): Strept., pneumococcus; Staphylococcus aureus*Cocos gram (-): Neisseira, actinomyces,vários anaeróbicos e espiroquetas

P. Resistentes às -lactamases:MeticilinaOxacilina Cloxacilina

Pobre (iv)BoaBoa

SimSimSim

P. ANTIESTAFILOCÓCICAS

Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermis produtores de -lactamses

Aminopenicilinas:AmpicilinaAmoxicilina

Boa Excelente

NãoNão

Espectro estendido (Enterobacteriaceae, E. coli, P. Mirabilis, Salmonella, Shigella Haemophilis influenzae e Helicobacter pylori)

Carboxipenicilinas: CarbenicilinaTicarcilina

PobrePobre

NãoNão

Largo espectro+ pseudomonasP. ANTI-PSEUDOMONAS

Ureidopenicilinas: Piperacilinamezlocilina

Pobre (iv)

NãoAmplo espectro(Pseudomonas e Klebsiella)

+ inibidores de -lactamases

Page 17: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

PENICILINAS NATURAISPENICILINA G (benzilpenicilina)PENICILINA V (Fenoximetilpenicilina)

Espectro de Ação: Cocos Gram (+): Streptococcus, mas não enterococcus (Streptococcus viridans*, S. Pneumoniae* , Staphylococcus aureus*, S. epidermidis*, gonococcus*); vários anaeróbios (Clostridium sp; mas não B. fragilis) e espiroquetas.

NÃO SÃO RESISITENTES ÀS -LACTAMASES

Absorção: Pen G (instável em meio ácido – adm. Parenteral)Pen V (Oral)

Distribuição: Ampla pelos fluídos corporais e tecidos (exceto SNC- exceto na meningite)

Excreção: Renal: 10% Filtração glomerular + 90% Secreção tubular (competição com a Probenicida)

Penicilina G – T1/2 = 30 minutos Pen V T1/2 = 2 h

Page 18: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Representantes PecularidadesPenicilina G cristalina

Penicilina G ProcaínaPenicilina G Benzatina

Penicilina G + Probenicida

Penicilina V

Aminopenicilinas:Ampicilina / AmoxicilinaAmoxicilina + Ac. Clavulânico

Resistentes às -lactamsesMeticilina (iv)Oxacilina / Dicloxacilina (o)

Carboxipenicilinas:Carbenecilina / ticarcilina

Ureidopenicilinas:Piperacilina

Espectro: cocos (+) aeróbios e anaeróbiosCurta duração, labilidade ácida, rápida excreção renal, inativação por -lactamase.

Suspensão de penicilina, absorção lenta e longa duração

Retardo na excreção renal, maior duração

Ácido resistente (oral)

Espectro ampliado: Enterobacteriaceae: E. Coli, P. Mirabilis, Salmonella, Shigella, H. influenzae

Resistentes ás -lactamases, indicadas para gemes produtores da enzima (Estafilococos)

Espectro estendido para pseudomonas

Espectro ampliado para pseudomonas

Page 19: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

ASSOCIAÇÃO MEDICAMENTOSA

Penicilinas:

AMOXICILINAAMPICILINATICARCILINAPIPERACILINA

Inibidores das -lactamases (grupo 2)

CLAVULANATO,SULBACTAM

ouTAZOBACTAM

+

+

IMPORTÂNCIA: Amplia a atividade destas penicilinas para cepas de Staphylococcus aureus e Haemophilus

influenzae, Klebsiela sp, Bacteroides sp e enterobacteriáceas) produtoras de -lactamases.

Page 20: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Indicações da Penicilinas na Odontologia

Infecções bacterianas orais, bucal, placa bacteriana, placa supragengival e subgengival induzidas por cocos e bacilos gram (+) aeróbios e anaeróbios, cocos gram (-) anaeróbios, espiroquetas e outros microrganismos de localização oral.

Outras indicações: Infecções ósseas, de tecido mole e pele - estreptococos Infecções respiratórias - pneumococos, M. catarhalis, H. influenzae Endocardite - Meningite Infecções urinárias, queimaduras, gonorréia, etc

Pacientes alérgicos às Penicilinas: substituição por macrolídeos (eritromicina, clindamicina) ou cefalosporina

Page 21: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Esquemas de administração e farmacinéticas das penicilinas mais usadas na odontologia

Fármaco Dose Via Intervalo

Pico T1/2

Pen G procaína

300.000UI IM 12-24 h 1-3 h 18 h

Pen V 400.000-80.000UI

Oral 6 h 1 h 2 h

Ampicilina 250-500mg

1g

OralIm, iv

6 h4-6 h

2 h1 h

1,5 h

Amoxicilina 250-500 mg

Oral 8 h 1-2 h 1,5 h

Amoxicilina c/ ác. Clavuânico

500/125 mg

Oral 8 h 1 h 1,5 h

Oxacilina 1g IV 4 h - 0,5-1

Dicloxacilina 250-500mg

Oral 6 h 1 h 1 h

Page 22: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

REAÇÕES ADVERSAS ALERGIAS: Prurido, erupção cutânea, febre, lesões orais, edema articular, distúrbios respiratórios e choque anafilático. Distúrbios GI: náuseas, vômitos e diarréia

TOXICIDADE:Irritação local: dor (IM) e tromboflebite (IV) Neurotoxicidade - convulsão Toxicidade catiônica – arritmias Nefrite (meticilina>>>naficilina) Hepatite (oxacilina)

Page 23: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

PROBLEMAS RELACIONADOS COM O USO NÃO RACIONAL

90 % das cepas de Staphylococcus (hospitalar e comunitária) são produtoras de -lactamases.

Aparecimento de cepas de S. aureus resistentes à meticilina (uma penicilina antigamente resistente ás -lactamases)

Hoje é comum cepas de H. influenzae e N. gonorrhoeae produtoras de -lactamases.

20% das cepas de pneumococcus resistentes às Penicilinas

As penicilinas de amplo espectro também acaba com a flora bacteriana normal, predispondo o paciente à colonização e superinfecções por espécies oportunísticas.

Page 24: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

CEFALOSPORINAS

Estrutura Química

Mecanismo de Ação

Efeitos Adversos Classificadas em Gerações dependendo do espectro de ação: 1a, 2a, 3a e 4a Geração.

ANTIBIÓTICO -LACTÂMICO

Page 25: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Estrutura Química

Núcleo do ácido 7-aminocefalosporânico

Substituição em R1 e R2 produz os derivados

-lactamases(cefalosporinases)

Page 26: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Classificação – Espectro de AçãoGeração Exemplos Espectro

Primeira Cefazolina (I), Cefalotina ((I), Cefalexina (O)

Cocos Gram-(+): Streptococus, S.aureusBacilos Gram-(-): E.coli, Klebsiella e Proteus

Segunda Cefuroxima (I),Cefaclor (O),

Cefoxitina(I),Cefotetan (I)

(-) ativa contra Gram-(+) que a de 1a. Geração> Espectro contra Gram (-) e AeróbiosE.coli, Klebsiella, Proteus, H. influenzae, Morasella catarrhalis.

Terceira Cefotaxima (I),Ceftriaxona (I),Ceftazidima (I)

>> Gram (-), inclusive Pseudomonasatravessa melhor BHEAtivo Haemophilus e Neisseria produtoras de -lactamses.Enterobacteriaceae, P. aeruginosa, Serratia, N. gonorrhoeae, S. aureus, S. pneumonieae e S. pyogenes

Quarta Cefepima (I) Mais resistente às -lactamasesMesma atividade das de 3a geração

Page 27: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

FARMACOCINÉTICA

Cefalosporinas + Ptns – grau variável

ORAL PARENTERALIM (dolorosa)IV

DistribuiçãoAmpla

BHE Excreção Renal

3a geração:Cefotaxima, Ceftriaxona, Ceftazidima

Cefalexina (0,25-0,5g 4xd)Cefadroxil (0,5-1 g 2xd)Cefaclor, cefuroxima axetil(10-15 mg/Kg/d)

Cefalotina, Cefoxitina, cefotaximaCefepima, etc

Page 28: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Indicações Clínicas1a Geração: ex. Cefalexina (O), cefazolina (I)Infecções por Gram (+), em substituição às Penicilinas: Gengivite - Abscessos periodontais - Abscessos periapicaisInfecções pós-cirúrgicas e pós-exodontias - PeriodontiteInfecçoes ósseas, tecidos moles, pele, vias aéreas e urinárias

2a Geração: ex. Cefaclor (O), cefuroxima (I)-Infecções por H. influenzae e M. catarrhalis – sinusite, otite e infecções do trato respiratório.- Infecções por anaeróbios – peritonite e diverticulite-Pneumonia (H. influenzae ou Klebsiella pneumoniae)

3a Geração: ex. Cefotaxima (I), Ceftriaxona (I)-Infecções GRAVES causadas por microrganismos resistentes a outros fármacos. Meningite (pneumococcus, meningococcus e H. influenzae, P. aerugonosa); Endocardite (S. viridans)-Septicemia de causa desconhecida

4a Geração: ex. Cefepima (I)- Mesmas indicações das de 3a geração

Page 29: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Cefalosporina – EFEITOS ADVERSOS

HIPERSENSIBILIDADE (5 - 10%) Naúseas, vômitos e diarréia Tromboflebites (cefalotina - iv) Nefrotoxicidade: Nefrite e necrose Neutropenia e trombocitopeniaUso prolongado: Super-infecções Intolerância ao álcool (Efeito dissulfiram)

Page 30: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Doses de Algumas CefalosporinasCefalosporinas DOSES (Adulto)1a Geração:Cefadroxil (O) – genérico, Duricef

Cefalexina (O) – genérico, Keflex

Cefazolina (IV) – genérico, Keflin

0,5-1 g (2-4 vezes ao dia)0,25-0,5 g (4 vezes ao dia)0,5-2 g (cada 8H)

2a Geração:Cefoxitina (IV) – Mefoxin

Cefuroxima (O) – genérico, Ceftin

Cefuroxima (IV) Kefurox

1-2 g (cada 6-8H)0,25-0,5 g (2 vezes ao dia)0,75-1,5 g (cada 8H)

3a Geração:Cefotaxima (IV) – Claforan

Ceftriaxona (IV) – Rocephin1-2 g (cada 6-12 H)1-4 g (cada 24H)

4a Geração:Cefepima (IV) – Maxipime 0,5 – 2 g (cada 12 H)

Page 31: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

MACROLÍDEOS(Inibidores da síntese

protéica)

Profa Tania Tano

Antibiótico bacteriostático / Bactericida Estrutura química – anel da lactona macrocíclica

Espectro antimicrobiano – ~ Penicilina G Administrados pela via oral ou iv Características famacológicas e tóxicas

Page 32: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

ESTRUTURA QUÍMICA

O

OCH3

CH3O

CH3

OH

CH3

O

HO

HOH3C

H3C

H3C

O

O CH3

OHH3C OCH3

N(CH3)2

CH3

HO

O

O

OCH3

CH3O

CH3

OCH3

CH3

O

HO

HOH3C

H3C

H3C

O

O CH3

OHH3C OCH3

N(CH3)2

CH3

HO

O

ERITROMICINA CLARITROMICINA

O

OCH3

CH3O

CH3

OH

CH3H3C

HO

HOH3C

H3C

H3C

O

O CH3

OHH3C OCH3

N(CH3)2

CH3

HO

O

N

AZITROMICINA

1952 - Streptomyces erythreus

Modificações estruturais:

Estabilidade pH ácido

> Biodisponibilidade oral

Anel lactona macrocíclica – 14 ou 16 átamos

Page 33: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Inibidores da Síntese Protéica

30SRNAm Direção do

deslocamento

MACROLÍDEOS(Liga-se à porção 50S,impede a translocação

péptica)

TETRACICLINA(interfere com a ligação do RNAt ao complexo RNAm-ribossomo)

CLORAFENICOL(interfere com a ligação do RNAt ao complexo RNAm-ribossomo)

AMINOGLICOSÍDEOS(interagem com a porção 30 Sprovoca leitura incorreta do

código do RNAm)

50 S

Page 34: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

MECANISMOS DE RESISTÊNCIAS

1. Efluxo do antibiótico por um mecanismo ativo

2. Produção de uma enzima metilase que modifica o sítio ribossomal

3. Hidrólise do macrolídeo por esterases produzidas por Enterobacteriaceae

4. Mutação cromossomal que altera a proteína 50S do ribossomaTanto a claritromicina como a azitromicina apresenta

resistência cruzada com a eritromicina

Page 35: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Espectro de AçãoEspécies Eritromicina Claritr AzitrCocos gram (+):StreptococcusEstafilococcusPneumococcus

++0,02-2g/ml 3++ +

Cocos gram (-):Neisseria gonorrhoeae 0.12-2 g/ml ++ 3++Bastonetes gram (+):Corynebacterium diphtheriaeClostridium tetaniListeria monocitogenes

0,2-3 g/ml1 g/ml

0,25-4 g/mlBacilos gram (-)Enterobacteaceae /PseudomonasHaemophillus influenzae

-1-32 g/ml

-++

-3++

Outros:Mycoplasma pneumoniaeLegionella pneumophilaChlamydia spM avium-intracelulareToxoplasma gondiiMycobacterum leoprae

0,004-0,02 g/ml0,01-2 g/ml 0,06-2 g/ml

3++3++3++++++++

3++3++3++++++-Eficácia: 3+, geralmente efetivo (>80%); ++ eficácia moderada (50-80%) +, baixa eficácia (25-50%); -, baixa eficácia

Page 36: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

INDICAÇÕES TERAPÊUTICASTratamento das infecções odontológicas por bactérias gram (+), especialmente m pacientes alérgicos aos beta-lactâmico: GengiviteAbscessos periodontais - Abscessos periapicais Infecções pós-cirúrgicas e pós-exodontias - Periodontite

Tratamento da Pneumonia comunitária e infecções brandas respiratórias como pneumonia, sinusite e faringite, de pele e tecidos moles, em otite média por streptococos, staphylococos e pneumococos

Infecções por Helicobacter pylori (Claritromicina + Omeprazol + amoxicilina) Infecções genitais não complicadas por Neisseria gonorrheae ou Chlamydia trachomatis (Azitromicina – 1g dose oral única)

Infecções por Chlamydia – respiratória, neonatal, genital e ocular (quando a tetraciclina é contra-indicada) Coqueluche e tétano

Page 37: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

FARMACOCINÉTICA

ERITROMICINA

250-500 mg 6x6h40 mg/Kg/dia

CLARITROMICINA250-500 mg 12X12h

7,5mg/Kg/dia

AZITROMICINA500 mg 1xdia5-10 mg/kg

Eritrex, Eritrofar, Ilosone

Eritromicina, Pantomicina, Plenomicina

Tópica:Ilosone Tópico , Pantomicina

(Claritromicina, Klaricid)

(Azitromicina, Azitrax , Novatrex , Zitromax , etc)

FORMULAÇÕES:

Base: estearato de eritromicinaÉster etilsuccinato de eritromicina

Page 38: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

EFEITOS ADVERSOS

EFEITOS GASTRO-INTESTINAISDispepsia – náuseas/vômitos- diarréia – anorexia – dor abd.

(Novos macrolídeos – melhor tolerado)

Reações alérgicas: febre e erupções, edema, urticária

Palpitações e arritmias (eritromicina)

Disfunção auditiva: perda de audição, surdez e/ou tinido,

Disfunção hepática: hepatite e icterícia colestática (estolato de eritromicina - > 2 sem)

Page 39: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Comparação dos macrolídeosParâmetro Eritromicina Claritromicina AzitromicinaPosologia oral 250-500mg 6x6h 250-500mg 12x12h 500mg 1xdDuração habitual

6-14 dias 6-14 dias 3 dias

Administrada 1h antes ou 2 após as refeições

- -

Efeitos adversos > Efeitos GI Tolerado Tolerado

Custo Baixo Maior Maior

Interação Inibição P450 Inibição P450 -

Page 40: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

MACROLÍDEOS: Interações medicamentosas

ERITROMICINA e CLARITROMICINA inibem o metabolismo hepático de diversas drogas (aumenta os níveis plasmáticos da teofilina, warfarin, fenitoína, carbamazepina, triazolam, midazolam, glicocorticóides, terfenadina e astemizol, etc)

A ERITROMICINA aumenta a biodisponibilidade oral da digoxina por modificação da flora intestinal a qual inativa parte do cardiotônico oral.

Page 41: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

TETRACICLINAS

Bacteriostático de Amplo espectro

Inibidores das Síntese protéica (30S)

Page 42: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Estrutura Química das Tetraciclinas

R7 R6 R5 D. Ação Nomes Comerciais

CLORTETRACICLINA - Cl - CH3 - H Curta

OXITETRACICLINA - H - CH3 - OH Curta (Terramicina)

*TETRACICLINA - H - CH3 - H Curta Tetramox,Tetrex)

*DOXICILINA - H - CH3 - OH Longa (Minomax)

*MINOCICLINA -N(CH)3 - H - H Longa (Vibramicina)

R6R7 R5

Page 43: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

MECANISMO DE AÇÃOINIBIDORES DA SÍNTESE PROTÉICA -

BACTERIOSTÁTICO

Liga-se à subunidade 30S e impede a ligação do RNAt ao sítio aceptor do complexo RNAm-ribossomo.

RN

At

RN

At

RN

At

50 S

30 SRNAm

1

2

3

Peptil-RNAt

Sítio Doador Sítio Aceptor

aminoacil-RNAt

Page 44: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

FARMACOCINÉTICA

TETRACICLINA

ORAL

Ampla distribuição nos tecidos e secreções

Exceto: LCR (10-25%)

Acúmulo:ossos, fígado e medula óssea

Atravessa a placenta

TETRACICLINA + PTns (40-80%)

Biodisponibilidade 60-70%Ca2+, Mg 2+, Fe 2+, Al 3+

DOXICICLINAMINOCICLINA

Biodisponibilidade95-100%

250-500 mg (6 em 6h)100 mg (2x ao dia)

Page 45: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

ESPECTRO ANTIBACTERIANODE AMPLO ESPECTRO

- GRAM (+) E (-)- AERÓBIOS E ANAERÓBIOS- RICKETTSIA, CHLAMYDIA- MYCOPLASMA, LEGIONELLA- PLASMODIUM, ESPIROQUETAS- E ALGUNS PROTOZOÁRIOS (ex. ameba)

- RESISTÊNCIAS SÃO FREQUENTES(Enterococos e Pseudomonas aeruginosa)

Page 46: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

Indicações Clínicas das Tetraciclinas

Como primeira opção: Como Alternativa: Infecções por Chlamydia: uretrite, tracoma, linfogranuloma venéreo. Granuloma inguinal (Calymatobacterium granulomatis) Infecções por Rickettsia: tifo exantemático, febre das montanhas rochosas. Brucelose (com estreptomicina) Cólera (Vibrio cholerae) Doença de Lyme (borrelia burgdorferi) INFECÇOES ODONTOLOGÓGICAS

Gonorréia (N. gonorrhoeae) Sífilis (Treponema pallidum) DPOC infectado Pneumonia por M. pneumoniae Acne grave Disenteria por Shiguella Leptospirose (Leptospira interrogans)

Legionelose (com rifampicina) Hanseníase (mycobacterium leprae)

Page 47: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

EFEITOS ADVERSOS

Distúrbios GI (irritação e modificação da flora bacteriana)

Infecções oportunísticas: exemplo Colite pseudomembranosa por C. difficile

Descoloração / pigmentação dos dentes – hipoplasia dentária – deformidades ósseas

Fotosensibilidade cutânea

Hepatotoxicidade (doses altas)

Nefrotoxicidade

Page 48: PRINCÍPIOS DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

PRECAUÇÕES As tetraciclinas atravessam a placenta, e não são recomendadas durante a segunda metade da gravidez, pois causam descoloramento permanente dos dentes, hiperplasia do esmalte e inibição do crescimento ósseo do feto. Não são recomendadas durante a lactação, pois são excretadas pelo leite.

GRAVIDEZ - LACTAÇÃO CRIANÇAS MENORES DE 08 ANOS

CONTRA-INDICAÇÕES