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“PRINCÍPIO” DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL RENATA MACIEL RODRIGUES

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princípio

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Page 1: PRINCÍPIO

“PRINCÍPIO” DO DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVELRENATA MACIEL RODRIGUES

Page 2: PRINCÍPIO

1º PROBLEMA

Um Estado pode deixar de cumprir um tratado bilateral de gestão compartilhada de recursos naturais por entender que restou violado o princípio do desenvolvimento sustentável?

Page 3: PRINCÍPIO

RESPOSTA: NÃO

O desenvolvimento sustentável como princípio geral de Direito Internacional (art 38 do Estatuto da CIJ)

Page 4: PRINCÍPIO

O princípio do desenvolvimento sustentável como fator de adaptação da execução dos tratados de gestão compartilhada de recursos

Page 5: PRINCÍPIO

A perspectiva de criação do Direito da Sustentabilidade no Plano Intenacional

Page 6: PRINCÍPIO

Argumentos contrários

Violação dos princípios do desenvolvimento sustentável e da precaução como estado de necessidade (Crítica: previsibilidade do risco ambiental)

Desenvolvimento de novas normas e técnicas como causa superveniente de cumprimento de tratado (Crítica: previsibilidade do risco ambiental e possibilidade de adaptação na execução do tratado)

Page 7: PRINCÍPIO

CASO 1: Gabcikovo x Nagymaros (Rio Danúbio)

Tribunal: Corte Internacional de Justiça

Partes: Hungria e Tchecoslováquia (sucedida pela Eslováquia)

Page 8: PRINCÍPIO

Fatos: as partes firmaram tratado internacional bilateral relativo a construção de hidrelétrica e sistema de comportas no Rio Danúbio. Após pressão da população, que temia os efeitos ambientais do projeto, a Hungria suspendeu as construções e deu por terminado o tratado. A Eslováquia apresentou a “Variant C”, alternativa que consistia em realizar desvio e represamento do referido rio

Page 9: PRINCÍPIO

Problemas jurídicos discutidos

A suspensão e o término do tratado justificam-se pelo estado de necessidade da Hungria?

Houve mudança fundamental no estado das coisas que tornou impossível a realização do tratado?

A adoção da “Variant C” pela Eslováquia é legítima?

Page 10: PRINCÍPIO

ARGUMENTOS DAS PARTES

Hungria: estava em estado de necessidade em razão de possível violação do princípio do desenvolvimento sustentável; novos estudos e tecnologias previam danos ambientais que impossibilitariam a execução do tratado; a adoção da “Variant C” é ilegítima, pois atinge o direito húngaro ao acesso ao Rio Danúbio.

Tchecoslováquia: seu comportamento para minimizar os danos provocados pelo descumprimento do tratado por parte de Hungria; os atos da “Variant C” não podem ser considerados ilícitos, pois são preparatórios.

Page 11: PRINCÍPIO

Decisão dos problemas jurídicos discutidos

Não houve estado de necessidade, pois os perigos alegados pela Hungria não eram iminentes. Ademais, estado de necessidade não pode ser invocado por um Estado para exonerá-lo do cumprimento de suas obrigações convencionais;

Os novos conhecimentos e tecnologias em matéria ambiental não podem ser considerados como circunstâncias que modificaram o estado das coisas e que impossibilitam o cumprimento do tratado, até porque o próprio instrumento prevê a possibilidade de adaptação de sua execução, levando-se em conta a questão ambiental

Page 12: PRINCÍPIO

A adoção da “Variant C” é ilegítima, uma vez que ultrapassou o direito de compensação dos danos sofridos em razão do descumprimento do tratado por parte da Hungria. A “Variante C” deve se adequar ao tratado firmado pelas partes