Prezado Senhores,

Saudações a Todos os Irmãos, Amigos,

Colaboradores e Voluntários,

Os últimos 3 meses tem sido de extenso

labor na obra médico-missionária da região do

médio Rio Solimões.

Como parte da “Colheita”, estamos

trabalhando na construção de 2 novas igrejas

(Camarão e Monte das Oliveiras) e 1

reconstrução de igreja (Lago do Mamiá).

Estamos numa seqüência de 8 semanas

envolvidos diretamente na construção desses

novos templos, além de prestar assistência evangelística, tendo o apoio dos pastores distritais de Coari.

Criamos um grupo de apoio à construção de igrejas

chamados de “Calebe Master”, que todos os finais de

semana se encontram para ajudar nas construções dessas

igrejas na zona Rural. Deus tem tocado nos corações, e

muitos carpinteiros e pedreiros tem nos ajudado nessa

missão.

Ao longo desses últimos três meses, duas histórias

interessantes tem me motivado no trabalho do Senhor

Jesus Cristo e gostaria de compartilhá-la com vocês nesse

informativo. A primeira história, vem de uma visita na

comunidade Monte das Oliveiras, Alto Rio Solimões (77,6

km de distância de Coari, Via Rio Solimões, navegando em

direção a cidade de Tefé). Objetivando a construção da

igreja local e reforçar a fé dos novos conversos, chegamos a

comunidade que fica as margens do Rio Solimões, e logo

nos deparamos com um grau de dificuldade para

chegarmos a comunidade: a mesma localiza-se num monte

bastante alto. O monte é muito íngrime, sem escada, com

terreno argiloso que com a chuva fica extremamente

escorregadio. O grau de dificuldade para subir e descer esse

morro era grande e perigoso, ainda mais tendo que fazê-lo

a noite e chuvendo. Foi realmente bastante desafiador o

acesso a esses nossos irmãos. Depois da programação normal do sábado, fomos verificar o nível da obra que os

Manaus

Coari

360 km

irmãos já haviam iniciado, que era de ter fixado no solo os “Barrotes”, que são peças de madeiras que funcionam

como fundamento da igreja a ser construída. Percebi que todos os barrotes haviam sido fixados e alinhados, todos

preparados para o prosseguimento da obra. Me interessei por saber quem havia feito aquela obra e também como

eles haviam conseguido os recursos iniciais. Foi quando conheci uma pessoa por nome “Francisco”, popular Chico,

com uma conversa amiga, me falou que ele mesmo havia

feito a obra, desde serrar a madeira em um local distante na

floresta, até fixá-la no solo. Conhecendo os irmãos que

haviam se batizados, verifiquei que o “Chico” não era

membro da Igreja local (primeiro batismo) e me interessei

ainda mais por saber os reais motivos que levariam um

homem que não é membro da Igreja, a fazer tanto pela nossa

obra. Após uma longa conversa, só pude acreditar que se

tratava claramente de um trabalho do “Espírito Santo de

Deus”. O homem me contou o grau de dificuldade que era

serrar toda a madeira, barrotes extremamente pesados (mais

de 40 kg) cada um, tendo que carregar de dentro da floresta

e passar por 2 montes que eram piores do que o que nós voluntários haviamos enfrentado para chegar até a

comunidade deles. Parei naquele momento e comecei a imaginar o que é fazer um homem que não é membro da

igreja, origem pobre, sem recursos para outras coisas, usar um moto-serra emprestado, pagando o aluguel com o

seu próprio trabalho (cada 3 dias de trabalho, ele tem q deixar um dia de trabalho para o dono do equipamento),

tudo isso meus irmão e amigos, usando os próprios centavos do seu bolso, não porque não queríamos ajuda-lo mais

porque ele foi motivado pelo “Espírito Santo” em fazer com que essa igreja fosse levantada nesse local. Confesso aos

senhores que me arrepiei ao escutar o que as pessoas estão fazendo pela obra de Deus. Pensei na hora: “temos

irmãos sentados em bancos confortáveis nas cidades, com ar climatizado, com todas as condições de ajudarem na

obra do senhor e não desenvolvem seus dons e talentos, ao mesmo tempo, observamos pessoas sinceras de

coração, vivendo no meio da floresta amazônica, distante das

cidades, e que atendem o chamado de Deus. Creio que na

Amazônia não serão as pedras que irão falar, meus

irmãos....Com certeza as “arvores” já estão falando,

anunciando que Cristo muito em breve voltará.

A Outra experiência interessante, vem do Lago de

Coari, numa comunidade chamada Ipixuna, distante

aproximadamente 25 km da Cidade de Coari. Há cerca de 10

dias atrás, havia sido impressionado por um irmão da

Comunidade do Ariri, Sr. Mazinho, que deveria eu

juntamente com o Pr. Ivan Júnior visitar a alguns irmãos que

haviam abandonado a fé. Durante a nossa viagem ao Lago de Coari Grande, resolvemos fazer uma parada para

conhecer essa comunidade. Usamos a Lancha Jéssie, enquanto o Barco Salva Vidas I, se deslocava rumo a Coari nas

águas negras do Lago de Coari. Assim que atraquei a lancha na comunidade, um senhor com cabelos grisalhos

(Patriarca da Comunidade), ia se preparando para entrar na canoa, foi abordado pelo o Sr. Mazinho, irmão que nos

acompanhava nessa viagem. O Patriarca da comunidade, não sendo muito receptivo conosco, mas atendendo ao

pedido do Irmão Mazinho, resolveu retornar a sua casa. No caminho entre o porto e a sua casa, o mesmo proferiu as

seguintes palavras, falando sem olhar para nós:“Eu estava precisando mesmo falar com o pessoal da sua igreja, pois

essa sua igreja ai...está caindo, e eu quero logo ver quem vai desmanchar ela”, falando com um tom rude. Percebi

então que o clima não era dos mais cordiais. Não tinha idéia que ali havia um Templo Adventista Abandonado. Então

por alguns segundos, tive uma certa taquicardia e apreensão para os momentos que se seguiam, pois eles poderiam

ser mais rudes conosco. Adentramos a convite do mesmo para uma habitação que pertencia a uma das filhas do

Patriarca e todos me observavam de uma maneira um tanto espantosa, pois não me conheciam e eu acredito até

que achavam que eu era um pastor da Igreja Adventista. Na verdade depois fiquei sabendo da história que já havia

muitos anos que ninguém representando a IASD havia ido até eles para fazer uma visita, com o passar dos anos eles

foram saindo da igreja, abandonaram o templo, inclusive por tempos atrás haviam deixado pentencostais realizarem

cultos no velho templo. Por isso tinham um ressentimento que a Igreja os havia abandonado a própria sorte. Como

médico e com a minha psicologia, percebi que o clima estava bem pesado e poderia escutar o que não gostaria,

resolvi então após o irmão Mazinho ter me apresentado a comunidade, iniciar a conversa falando nominalmente

sobre alguns medicamentos que estava dentro de uma pequena sacola, fui tirando um a um, fui apresentando o

nome, para que servia, como é que poderia ser usado, enquanto uma pequena platéia me observava atento as

informações (todos familiares). Após a minha breve apresentação e entrega dos medicamentos, resolvi então dar

prosseguimento aos nossos objetivos, então comecei

a retirar alguns livros “Ainda a esperança”, alguns

DVDs “Futuro com Esperança”, e comecei a

presenteá-los e em seguida retirei 3 bíblias, que

foram muito bem recebidas por eles. De repente o

clima que até a pouco parecia ser de suspense, foi

quebrado por uma pergunta”Doutor o senhor não

tem uns hinários não??? Eu gosto tanto de

cantar!!!!”, confesso que nessa hora meu coração se

derreteu de alegria, sem demonstrar totalmente,

falei: Não Tenho aqui, mais posso pedir para alguém

ir pegar no Salva Vidas....rapidamente deleguei a um

dos voluntários que se deslocasse até o Barco Salva Vidas I e trouxesse alguns hinários . Após isso, comecei a

conversar com eles sobre os planos de Deus, a necessidade de continuarmos a nossa caminhada rumo ao céu,

mesmo que tenhamos saído um pouco da rota, e percebi que pelo menos 2 filhas estavam interessadas. Visitei então

a velha igreja, onde já havia inclusive pintado sobre o nome da Igreja para retirar a identificação, e a mesma estava

servindo de depósito para outros materiais. Como estamos envolvidos no plantio de Igrejas, fiquei extremante triste

em tais cenas: "IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA: abandonada, saqueada, destruída, servindo de depósito de

madeira”. Respirei fundo, orando a todo momento para falar palavras sábias para aquelas pessoas.

ANTES

aa

Então continuei falando para os que me acompanhavam que o Senhor Deus gostaria muito que eles

reedificassem a Casa do Senhor naquele local, e que o Espírito Santo havia nos tocado a fazer aquela visita para eles.

Falei para eles que seria uma linda festa, o dia que pudéssemos reconstruir aquele templo, reavivar aqueles que

desistiram da caminhada e então um lindo batismo para reconsagração de todos.

COARI

Rio Copea

Igreja do Camarão, Rio Copeá. Igreja do Mamiá

JULHO/2011

Igreja de Montes das Oliveira, Rio Copeá.

Irmãos recém conversos de Monte das Oliveiras, Rio Solimões, Coari - AM

Queridos amigos, naquele momento, o meu coração que a pouco estava apertado pela cena da Igreja

Abandonada, passou a transbordar alegria quando uma das filhas do senhor Patriarca respondeu: “É esse mesmo o

nosso desejo, estávamos sentido a falta e a necessidade de fazermos oculto para Deus....Nós estamos precisando

muito que isso aconteça”...Meus irmão e amigos...após isso, pudemos fazer uma oração na própria casa do Sr.

Patriarca, onde a sua esposa nos recebeu...fiz uma breve oratória para todos, apelei para que eles atendessem a voz

de Deus....e saímos felizes por Deus nos ter enviado para visitar aquele povo. No final da oração, observei que uma

das mulheres, descia lágrimas nos olhos, após nos despedirmos, o Irmão Mazinho continuou a conversar com ela, e

me informou na lancha que ela estava emocionada pois já algum tempo vinha orando para que Deus enviassem

alguém da Igreja para visitá-los, e na noite anterior ela havia tido um sonho que mostrava que Deus haveria de

enviar alguém para visitá-los. Claramente mais uma

vez o Espírito Santo havia dirigido todo aquele

encontro. Fantástico entender como Deus trabalha.

NOSSO DESAFIO !!!

Meus irmãos, amigos, voluntários e

colaboradores, Quando nós deixamos que o Espírito

de Deus dirija a nossa vida e nossos passos, Deus nos

usa prontamente para cumprir a sua missão nessa

terra. Pessoas sinceras de coração tem procurado

servir a Deus. Muitos estão como essas pessoas,

abandonadas nesse mundo como uma ovelha sem

pastor, procurando por um aprisco, ou quem sabe um

porto seguro para atracar sua embarcação. Temos tido a oportunidade de orar com o Chico da comunidade Monte

das Oliveiras, e estamos trabalhando para comprar um Moto Serra que custa 3.200 reais, para que o Chico possa

continuar serrando madeiras na floresta, e assim terminar de edificar a casa do senhor naquela área (Será a primeira

igreja Adventista localizada entre a Cidade de Coari e a Cidade de Tefé, distante uma da outra em 200 km, via rio

Solimões), além de uma escada que melhore o acesso a comunidade, e também futuramente um pequeno posto de

saúde para abrigar medicamentos e materiais médicos usados em missão. Temos convicção que o Chico irá aceitar a

Jesus e se batizará na inauguração do templo.Quanto aos nossos irmãos da comunidade Ipixuna, deixamos um

desafio de edificarmos um novo templo, e estamos aguardando a resposta deles (ficaram de reunir a comunidade

para autorizar que realizemos novos evangelismo e a construção de uma nova igreja), por isso precisamos muito da

orações dos irmãos para que o Espírito Santo possa trabalhar nos corações daquelas pessoas e elas possam aceitar a

retornar aos caminhos do Senhor.

Meus queridos, a Seara é muito Grande, os trabalhadores e recursos são poucos, por isso ajude-nos a manter

essas missões, construções de templos e a manutenção das lanchas que operam (Luzeiro XXVI, Salva Vidas I, II, III,

Lancha Expresso Luzeiro e Jéssie). Temos iniciado a construção da Igreja do Monte das Oliveiras com a ajuda de

recursos enviados pela ACEAM, mais precisamos de outros recursos para terminarmos esses novos templos, além do

avanço da evangelização nos Rios e Lagos Amazônicos.

“Aproximamo-nos do fim da história da Terra. Temos diante de nós uma grande obra – a obra finalizadora de

proclamar a derradeira mensagem de advertência ao mundo pecador. Há homens que serão tirados do arado, das

vinhas e de vários outros ramos de trabalhos, e enviados pelo Senhor, para proclamarem esta mensagem ao

mundo. Evangelismo, pg. 48.

Que Deus possa abençoar todos que estão participando ativamente deste projeto Missionário e que o Espírito Santo possa tocar no coração de cada colaborador para que muito em breve possamos ver Jesus Cristo voltar nas nuvens do Céu. Saudações a todos Para Maiores informações

Igreja do Monte das Oliveiras, Rio Solimões.

Dr. Ricardo Faria Presidente da ASVAM/ Base Rio Solimões ricardoinfecto@gmail.com

Enf. Bradley Mills

Vice-Presidente da ASVAM/Coordenador Salva Vidas

coordenador@salvavidasamazonia.org

Outras Informações:

www.salvavidasamazonia.org Participe você também como um obreiro voluntário nesta obra de amor aos ribeirinhos da Amazônia.

Seja um voluntário ou colaborador!!

O Projeto Salva Vidas Amazônia da ASVAM tem uma parceria operacional com a Regional Amazonas da

ADRA – Brasil, participando da execução do Projeto Luzeiro Amazônia

Tem trabalhado apoiando os alguns campos pastorais ligados a Associação Central Amazonas/Aceam e

Associação Amazonas-Roraima – AAMAR, ambos ligados a União Noroeste Brasileira da IASD.

DOAÇÕES

Para ajudar na manutenção desse projeto, deposite na conta:

ASVAM: AG - 1525-3 CC: 27.534-4, Banco do Brasil

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