prevenção de doenças crônicas: um investimento vital
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Livro escrito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2005 acerca das Doenças crônicas no mundo.TRANSCRIPT
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Viso geral
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Preveno de Doenas Crnicas um investimento vital. Copyright Organizao Mundial da Sade (OMS), 2005. Todos os direitos reservados.
Fotos WHO/Chris De Bode
Coordenao editorial Carlos Wilson de Andrade Filho e Miguel Malo
Editorao da verso em portugus Formatos
Traduzido por Marcelo Carvalho Oliveira (colaboraram Paul Hallstein e Josiany Rocha)
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Viso geral
Preveno de
doenas CrniCasum investimento vital
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Luciano dos Santos, como 250 milhes de outros, sofre de perda de audio
incapacitante. Como vamos assegurar um futuro saudvel para crianas
como Luciano e milhes de outros que enfrentam doenas crnicas?
Viso geral
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O prOblema 80% das mortes por doenas crnicas acontecem em pases de baixa e mdia renda, e essas mortes ocorrem em igual nmero entre homens e mulheres. A ameaa est crescendo o nmero de pessoas, famlias e comunidades afligidas est aumentando. Essa ameaa crescente uma causa menosprezada de pobreza, e dificulta o desenvolvimento econmico de muitos pases.
a sOluOA ameaa das doenas crnicas pode ser superada usando-se conhecimento j existente.As solues so efetivas e apresentam uma tima relao custo-benefcio.A ao abrangente e integrada em cada pas, conduzida pelos governos, o meio para se alcanar o sucesso.
a meta Uma reduo adicional de 2% nas taxas mundiais de mortalidade por doenas crnicas, por ano, durante os prximos 10 anos. Isso evitar 36 milhes de mortes prematuras at o ano de 2015. O conhecimento cientfico para alcanar essa meta j existe.
Este relatrio mostra que o impacto de doenas
crnicas em muitos pases de baixa e mdia
renda est crescendo continuamente. vital
que a importncia crescente das doenas
crnicas seja prevista, compreendida e que se
tomem atitudes em relao a elas urgentemente.
Isso requer uma nova abordagem por parte
dos lderes nacionais que esto em uma
posio de tomada de deciso para esforos
de preveno e controle de doenas crnicas,
e pela comunidade internacional de sade
pblica. Como um primeiro passo, essencial
comunicar o conhecimento e a informao
mais atualizados e mais corretos para os
profissionais de linha de frente da sade, bem
como para o grande pblico.
Viso geral
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35 000 000 de pessoas morrero de doenas crnicas
em 2005
doenas CrniCas so a m aior Causa de mortalidade em quase todos os PasesDoenas crnicas incluem doenas de corao, derrame, cncer, doenas respiratrias crnicas e diabetes. Deteriorao visual e cegueira, deteriorao auditiva e surdez, doenas orais e desordens genticas so outras condies crnicas que respondem por uma poro significativa da carga global de doenas.
De um nmero total previsto de 58 milhes de bitos por todas as causas em 20051, estima-se que as doenas crnicas responde-ro por 35 milhes deles, o que o dobro do nmero de mortes a serem causadas por todas as doenas infecciosas (incluindo HIV/Aids, tuberculose e malria), condies maternas e perinatais e deficincias nutricionais combinadas. 1 Os dados apresentados nesta Viso Geral so estimativas calculadas pela OMS usando mtodos
padronizados para maximizar a comparabilidade entre pases. Eles no representam necessariamente as estatsticas oficiais dos Estados-membros.
60%
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doenas CrniCas so a m aior Causa de mortalidade em quase todos os Pases
de todas as mortes so devidas a doenas crnicas60%
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os Pases mais Pobres so os mais afetadosApenas 20% das mortes por doenas crnicas acontecem em pases de alta
renda - enquanto 80% delas acontecem em pases de renda baixa e mdia,
onde vive a maioria
da populao do
mundo. Como este
relatrio vai mostrar,
nem mesmo os
pases menos
desenvolvidos,
como a Repblica
Unida da Tanznia,
so imunes a esse
problema crescente.
das mortes por doenas crnicas ocorrem em pases de renda baixa e mdia80%
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o Problema tem um forte imPaCto O fardo da doena crnica:
tem grandes efeitos adversos na qualidade de vida dos indivduos afetados; causa morte prematura; gera grandes e subestimados efeitos econmicos adversos para as famlias, comunidades e sociedades em geral.
$558 bilhes A quantia que se calcula que a China perder em renda nacional durante os prximos 10 anos como resultado de mortes prematuras causadas por doenas do corao, derrame e diabetes.
das mortes por doenas crnicas ocorrem em pases de renda baixa e mdia80%
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os fatores de risCoso generalizadosFatores de risco comuns e modificveis esto na base das principais doenas crnicas. Esses fatores de risco explicam a grande maioria dos bitos causados por doenas crnicas em todas as idades, em homens e mulheres, e em todas as partes do mundo. Eles incluem:
dieta insalubre;
inatividade fsica;
consumo de tabaco.
A cada ano, pelo menos:
4,9 milhes de pessoas morrem em decorrncia do consumo de tabaco;
2,6 milhes de pessoas morrem como conseqncia de estarem acima do peso ou serem obesas;
4,4 milhes de pessoas morrem em decorrncia de nveis totais de colesterol elevados;
7,1 milhes de pessoas morrem por causa de presso sangunea elevada.
a ameaa est aumentando As mortes causadas por doenas infecciosas, condies maternas e perinatais e deficin-cias nutricionais combinadas devem diminuir em 3% nos prximos 10 anos. Estima-se que no mesmo perodo os bitos devidos s doen-as crnicas devem aumentar em 17%.
Isso significa que da estimativa de 64 milhes de bitos em 2015, 41 milhes sero em decor-rncia de uma doena crnica a menos que medidas urgentes sejam tomadas.
1 000 000 000 de pessoas esto acima do peso
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a resPosta mundial
inadequada
1 A sade e as Metas de Desenvolvimento do Milnio. Genebra, Organizao Mundial da Sade, 2005.
Apesar de algumas iniciativas de sucesso mundial, como a Conveno-Modelo em Controle do Tabaco da OMS, o primeiro instrumento legal criado para reduzir as mortes e doenas relacionadas ao tabaco no mundo, as doenas crnicas geralmente tm sido negligen-ciadas em termos de sade internacional e trabalho de desenvolvimento.
os fatores de risCo
388 000 000 de pessoas morrero de uma doena crnica nos prximos 10 anos
1 000 000 000 de pessoas esto acima do peso
para incluir doenas crnicas e/ou seus fatores de risco; uma seleo desses pases consta no relatrio completo.
Este relatrio demonstrar que as doenas crni-cas atrapalham o crescimento econmico e redu-zem o potencial de desenvolvimento dos pases, e isso especialmente verdadeiro para pases que experimentam um crescimento econmico rpido, tal como a China e a ndia. Entretanto, impor-tante que a preveno seja encarada no contexto da sade internacional e do trabalho de desenvol-vimento, mesmo nos pases menos desenvolvidos, como a Repblica Unida da Tanznia, os quais j esto vivenciando um pico nos riscos e nas mortes causados por doenas crnicas.
Alm disso, as doenas crnicas a causa principal de enfermidade de adultos e morte em todas as regies do mundo no foram includas nos objetivos globais das Metas de Desenvolvimento do Milnio (Millenium Development Goals MDG); embora, como uma recente publicao sobre sade da OMS e as prprias MDGs reconheam, haja mbito por assim se fazer, no escopo da Meta 6 (Combater HIV/Aids, malria e outras doenas). A sade, num sentido mais amplo, incluindo a preveno de doenas crnicas, contribui para a reduo da pobreza e con-seqentemente para a Meta 1 (Erradicar a pobreza extrema e a fome)1. Em resposta s suas necessidades, vrios pases j adap-taram seus objetivos e indicadores MDG
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10Vrios enganos contribuem para o negligenciamento das doenas crnicas. Idias de que as doenas crnicas so uma ameaa distante, menos importante ou sria que algumas doenas infeccio-
sas podem ser combatidas por meio de fatos. Dez dos enganos mais comuns so apresentados a seguir.
EnGAnO Doenas crnicas afetam principalmente pases De alta renDa
Enquanto o senso comum que as doenas
crnicas afetam pases de alta renda, a reali-
dade que quatro de cada cinco mortes por
doenas crnicas acontecem em pases de
baixa e mdia renda.
10 enganos generalizadossobre doenas CrniCas e a Verdade
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10 EnGAnO pases De baixa e mDia renDa Deveriam controlar as Doenas infecciosas antes Das Doenas crnicasMuitas pessoas acreditam que os pases de renda baixa e mdia devam controlar as doenas infecciosas antes de
atacar as doenas crnicas. na verdade, os pases de baixa e mdia renda esto no centro de antigos e novos desafios na rea de sade pblica. Enquanto eles continuam a lidar com os problemas de doenas infecciosas,
esto em muitos casos vivenciando uma rpida exploso de
fatores de risco e mortes por doenas crnicas, especialmente
em ambientes urbanos. Esses nveis de risco antecipam uma
devastadora carga futura de doenas crnicas nesses pases.
10 enganos generalizadossobre doenas CrniCas e a Verdade
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Roberto Severino Campos vive em uma favela na
periferia de So Paulo, com seus sete filhos e 16
netos. Roberto nunca se preocupou com a sua pres-
so alta, nem com o costume de beber e fumar.
Ele era to teimoso, recorda sua filha Noemia,
de 31 anos de idade, que ns no podamos falar
sobre a sade dele.
Roberto sofreu o seu primeiro derrame seis anos atrs, aos 46
anos de idade o que o deixou com as pernas paralizadas. Quatro
anos depois, ele perdeu a capacidade de falar, aps dois outros
derrames sucessivos. Roberto trabalhava como funcionrio do
servio de transporte pblico, mas agora depende totalmente da
famlia sobreviver.
roberto seVerino CamPos
enfrentando a doena e o agraVamento da Pobreza
EnGAnO
AS dOEnAS CrnICAS AFETAM prInCIpALMEnTE AS pESSOAS rICAS Muita gente pensa que as doenas crnicas afetam principalmente as pessoas ricas. A verdade que em geral, as pessoas pobres, muito mais provavelmente que as ricas, iro desenvolver doenas crnicas, e em todos os lugares mais provvel que morram em conseqncia disso. Alm do mais, as doenas crnicas causam um significativo comprometimento financeiro, e podem arrastar os indivduos e seus lares para a pobreza.
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Desde que Roberto sofreu o seu
primeiro derrame, sua esposa tem trabalhado
redobradamente como faxineira para garantir o
sustento da famlia. O filho mais velho deles tam-
bm ajuda com as despesas. Uma boa parte da
renda da famlia usada para comprar as fraldas
especiais de que Roberto precisa. Felizmente
no precisamos pagar pelos remdios dele e
pelos exames, que so fornecidos pelo sistema
de sade pblica, Noemia prossegue, mas s
vezes ns simplesmente no temos o dinheiro
para o nibus que nos leva at o centro de
atendimento mdico local. Mas o fardo ainda
nome Roberto Severino Campos
Idade 52
pas Brasil
diagnstico Derrame
Cara a cara com a dOena crnica:
derrame
maior: esta famlia no
perdeu apenas o seu
provedor, mas tambm
um dedicado pai e av, em quem cada membro da
famlia podia confiar. Roberto agora est aprisionado
em seu prprio corpo, e precisa de algum com ele
o tempo todo, para aliment-lo e ajud-lo nas suas
necessidades mais bsicas. Noemia s vezes o leva
para o lado de fora da casa, para que ele possa tomar
um ar, de vez em quando. Todos ns gostaramos
de poder arranjar para ele uma cadeira de rodas, diz
ela. Noemia e quatro dos seus irmos e irms tambm
sofrem de presso alta.
As pessoas que j so pobres so as que provavelmente mais vo sofrer financeiramente por causa das doenas crnicas, que freqentemente agra-vam a pobreza e prejudicam as perspectivas econmicas a longo prazo.
brasil
10 enganos muito difundidos sobre doenas CrniCas e a realidade
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EnGAnO AS dOEnAS CrnICAS AFETAM prInCIpALMEnTE AS pESSOAS dE IdAdEMuitos pensam que as doenas crnicas afetam primordialmente as pessoas mais idosas. ns agora sabemos que quase metade das mortes causadas por doenas crnicas ocorrem prematuramente, em pessoas com menos de 70 anos de idade. Um quarto de todas as mortes por doenas crnicas so de pessoas abaixo dos 60 anos de idade.
Em pases de baixa e mdia renda, os adultos de meia-idade so especialmente vulnerveis s doenas crnicas. As pessoas que vivem nesses pases tendem a desenvolver doenas quando mais jovens, por isso sofrem durante mais tempo freqentemente com complica-es que poderiam ser prevenidas e morrem antes daqueles que vivem em pases de alta renda.
Excesso de peso infantil e obesidade em crianas um problema crescente em todo o mundo. Cerca de 22 milhes de crianas com menos de cinco anos de idade esto acima do peso. no reino Unido, a prevalncia de
crianas acima do peso com idades entre dois e dez anos subiu de 23% para 28% entre 1995 e 2003. Em reas urbanas da China, o excesso de peso e a obesidade em crianas de dois a seis anos de idade aumentou substancialmente de 1989 para 1997. relatos de diabetes do tipo 2 em crianas e adolescentes dos quais no se havia ouvido falar at ento come-
am a despontar em todo o mundo.
2
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MalRi Twalib uM gaRoTo dE CiNCo aNoS dE idadE que vive em uma rea rural pobre do distrito de Kilimanjaro, na Repblica
unida da Tanznia. Trabalhadores da sade de um centro mdico prximo notaram o seu problema de excesso peso no ano passado, durante uma atividade de extenso de rotina na comunidade. o diagnstico foi claro: obesidade infantil.Um ano depois, a condio de sade de Malri no melhorou, nem ele deixou de comer o seu mingau e consumir gordura animal em excesso. A sua ingesto de frutas e vegetais tambm continua insuficiente. difcil demais
encontrar certos produtos a um preo razovel durante a estao seca, e assim eu no consigo manter a dieta dele, reclama sua me, Fadhila.
Os trabalhadores de sade da comunidade que recentemente visitaram Malri para um acompanhamento tambm notaram que ele estava segurando a mesma bola de futebol, murcha como antes a palavra sade escrita sobre a superfcie da bola
no poderia passar despercebida. A vizinhana de Malri coberta por entulho de construo, pontiagudo e enferrujado, e a quadra pequena demais para que ele possa jogar bola. Na verdade, ele raramente brinca do lado de fora da casa. simplesmente perigoso demais. Ele poderia se machucar, conta-nos sua me.
Fadhila, que tambm obesa, acredita que no haja riscos direta-mente associados obesidade de seu filho, e que o peso dele vai se ajustar naturalmente algum dia. For-mas rechonchudas so comuns na nossa famlia, e no temos histrico de doenas crnicas. Ento, por que fazer um escarcu em cima disso?, argumenta ela, com um sorriso no rosto. Na verdade, Malri e Fadhila correm o risco de desenvolver uma doena crnica como conseqncia de sua obesidade.
nome Malri Twalib
Idade 5
pas Repblica Unida da Tanznia
diagnstico Obesidade
malri twalib
a Prxima gerao
Crianas como Malri no podem escolher o ambiente em que vivem nem o
que comem. Eles tambm tm uma habilidade limitada para compreender
as conseqncias a longo prazo de seus hbitos.
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10 enganos muito difundidos sobre doenas CrniCas e a realidade
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EnGAnO
AS dOEnAS CrnICAS AFETAM
prIMOrdIALMEnTE OS IndIvdUOS dO SExO
MASCULInO comum acreditar-se que
algumas doenas crnicas, especialmente as doenas do
corao, afetem principalmente os homens. A verdade
que as doenas crnicas, incluindo as doenas do
corao, afetam mulheres e homens de maneira quase
igual.
Cerca de 3,6 milhes de mulheres vo morrer de doenas do corao em 2005. dentre essas mortes, mais de oito em cada dez ocorrero em pases de baixa e mdia renda.
4
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Menaka Seni teve o corao operado
aps um ataque cardaco no ano pas-
sado exatamente um ano depois de seu
marido ter morrido por causa do mesmo
problema e sobreviveu tsunami que
arrasou a sua vizinhana em dezembro
de 2004. apesar dessas provaes, ela
foi capaz de voltar vida normal, como
nos conta, e fazer mudanas positivas em
sua vida.
menaKa seni
de Volta Vida normal
nome Menaka Seni
Idade 60
pas ndia
diagnstico Doena do corao e diabetes
Pouco tempo depois da morte de seu marido, Menaka comeou
a fazer caminhadas dirias at o templo, mas ainda mantinha
maus hbitos alimentares na poca de seu ataque do corao.
Eu posso ser apenas mais uma entre os privilegiados que
puderam buscar o melhor tratamento mdico possvel, mas o
que realmente importa de agora em diante a minha atitude,
diz ela. Menaka tem comido mais peixe, frutas e vegetais desde
a cirurgia.
Concomitantemente sua doena do corao e diabetes,
Menaka est acima do peso e sofre de presso alta. Tomar
remdios para o meu corao e o diabetes ajuda, mas preciso
mais do que isso. Voc tambm precisa mudar os seus hbitos
para diminuir os riscos sua sade, ela explica.
Menaka fez 60 anos de idade recentemente, e est conseguindo
manter tanto a sua dieta como a atividade fsica diria. A equipe
mdica que a assistiu enquanto ela se recuperava no hospital
teve um papel fundamental em convenc-la dos benefcios de
se alimentar bem e exercitar-se com regularidade.
80% das doenas do corao, derrames e diabetes prematuros podem ser prevenidos
Cara a caracom a dOena crnica:
dOena dO cOraO e diabetes
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10 enganos muito difundidos sobre doenas CrniCas e a realidade
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duRaNTE oS lTiMoS 20 aNoS,
Faiz Mohammad tem sido uma
vtima dos enganos
que cercam a sua
condio. Ele se casou dois anos depois
de ter sido diagnosticado com diabetes, e
recorda a dificuldade que teve em obter a
bno dos pais de sua esposa. Eles esta-
vam extremamente relutantes em entregar
a filha deles para algum com diabetes. Eles
no tinham confiana em mim. achavam que eu
no seria capaz de sustentar uma famlia, Faiz explica.
Um boiadeiro trabalhador e pai de trs garotos, Faiz considera que aos 48
anos de idade leva uma vida normal. Entretanto, mesmo depois de todo esse
tempo ele ainda encontra vrios tipos de obstculos que julga difceis de
superar. As pessoas no entendem por que eu fiquei doente. Eles acham
que eu fiz algo errado e que por isso estou sendo castigado.
O prprio Faiz tem conceitos equivocados sobre a sua doena. Ele cr,
erroneamente, que o diabetes contagioso, e que ele poderia transmiti-lo
sexualmente para a sua esposa. Tenho medo de contamin-la, porque as
pessoas vivem me dizendo isso, ele conta.
Faiz faz um check-up e compra insulina a cada dois meses em uma clnica
local. Ele reclama que no est recebendo informaes claras a respeito
de sua doena, e gostaria de saber onde encontrar respostas para todas
as suas dvidas.
faiz mohammadAs pessoAs no entendem Por que eu fiquei doente
nome Faiz Mohammad
Idade 48
pas Paquisto
diagnstico Diabetes
Paquisto EnGAnO
dOEnAS CrnICAS SO O rESULTAdO dE ESTILOS dE vIdA nO-SAUdvEIS Muita gente acredita que se os indivduos desen-volvem uma doena cr-nica em conseqncia de um estilo de vida desregrado, eles no tm a quem culpar a no ser a eles mes-mos. A verdade que a responsabilidade individual s pode ter efeito total onde os indivduos tm acesso igual a uma vida saudvel, e recebem apoio para tomar decises sau-dveis. Os governos tm um papel crucial a desempe-nhar na melhora da sade e do bem-estar das populaes, e no sentido de propiciar proteo especial para os grupos vulnerveis. Isso especialmente verdadeiro em relao s crianas, que no tm como escolher por si mesmas o ambiente em que vivem, sua alimentao ou sua exposio passiva fumaa do tabaco. Elas tambm tm uma habilidade limi-tada para entender as conseqncias a longo prazo de seus hbitos.
As pessoas pobres tambm tm esco-lhas limitadas sobre o que comem, suas condies de habitao, acesso a educao e cuidados de sade. Dar apoio s escolhas saudveis, especial-mente para aqueles que de outro modo no poderiam faz-las, reduz riscos e desigualdades sociais.
Cara a caracom a dOena crnica:
diabetes6
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Mais de trs quartos das mortes relacionadas ao diabetes ocorrem em pases de baixa e mdia renda.
10 enganos muito difundidos sobre doenas CrniCas e a realidade
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EnGAnO
dOEnAS CrnICAS nO pOdEM SEr prEvEnIdASAdotando uma atitude pessimista, algu-
mas pessoas acreditam que no h nada
mesmo que se possa fazer. na realidade,
as principais causas das doenas
crnicas so conhecidas, e se esses
fatores de risco fossem eliminados,
pelo menos 80% de todas
as doenas do corao,
dos derrames e dos dia-
betes do tipo 2 poderiam
ser evitados; acima de 40% dos cn-
ceres poderiam ser prevenidos.
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Algumas pessoas acreditam que as solu-es para a preveno e o controle de doenas crnicas so caros demais para serem viveis para os pases de baixa e mdia renda. na verdade, toda uma gama de possibilidades de interveno sobre as doenas crnicas so economicamente viveis e um timo retorno do investimento em todas as regies do mundo, incluindo a frica subsaariana. Muitas dessas solues so tambm baratas de se implementar. Os componentes ideais de um rem-dio para prevenir complicaes em pessoas com problemas de corao, por exemplo, no so mais protegidos por patentes, e podem ser produzidos por pouco mais de um dlar por ms.
EnGAnO
A prEvEnO E O COnTrOLE dE dOEnAS CrnICAS SO CArOS dEMAIS
10 enganos muito difundidos sobre doenas CrniCas e a realidade
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Em qualquer populao, haver um certo nmero de pessoas que no demonstra os padres tpicos observados na grande maioria.
Em relao s doenas crnicas, existem dois tipos principais:
pessoas com muitos fatores de risco de doenas crnicas, que mesmo assim tm uma vida longa e saudvel; pessoas com nenhum ou poucos fatores de risco de doenas crnicas, que apesar disso as desenvolvem e/ou morrem de complicaes quando ainda jovens.
Pessoas assim inegavelmente existem, mas so raras. A grande maioria das doenas crnicas remontam a fatores de risco comuns e podem ser prevenidas ao se eliminar esses riscos.
MEIA-vErdAdE Um outro grupo de enganos origina-se de conceitos que partem de uma premissa verdadeira. nesses casos, os fatos verdadeiros so distorcidos para dar origem a afirmativas arrebatadoras,
mas que no so verdadeiras. por terem um fundo de verdade, tais meias-verdades esto entre os enganos
mais presentes e persistentes. duas das principais dessas meias-verdades so refutadas a seguir.
MEIA-VERDADE
Meu av fumou e viveu acima do peso at os 96 anos de idade
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Certamente todos tero de morrer um dia, mas a morte no precisa ser lenta, dolorosa ou prematura. A maior parte das doenas crnicas no resulta em morte sbita.
Ao contrrio, elas provavelmente levaro as pessoas a tornarem-
se progressivamente enfermas e debilitadas, especialmente se
as suas doenas no tiverem o tratamento adequado.
A morte inevitvel, mas um sofrimento prolongado no. A pre-
veno e o controle das doenas crnicas ajuda as pessoas a
viver vidas mais longas e saudveis.
Todo mundo tem que morrer de alguma coisa
MEIA-VERDADE
10 enganos muito difundidos sobre doenas CrniCas e a realidade
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aNTES dE SE aPoSENTaR como professor de mate-
mtica, Jonas Justo Kassa trabalhava a terra em
sua propriedade depois das aulas, e lembra de
sentir-se muito cansado e precisar urinar cons-
tantemente. Eu apenas achava que estava traba-
lhando demais. uma pena que no tenha percebido a verdade, conta
ele com arrependimento, 13 anos depois.
Apesar desses sintomas, Jonas esperou por muitos anos at procurar orientao mdica.
Primeiro eu fui ao tradicional curandeiro, mas depois de meses seguindo o tratamento base
de ervas que ele prescreveu eu ainda no estava me sentindo melhor, ele relembra. Ento
um amigo me levou ao hospital um percurso de carro de
90 minutos daqui. Fui diagnosticado com diabetes em 1997.
Os anos seguintes foram um grande alvio, na medida em que Jonas se submeteu a um
tratamento mdico para estabilizar seus nveis de glicose no sangue. Ele tambm mudou
a sua dieta e parou de beber, de acordo com a recomendao de seu mdico. Mas Jonas
no conseguiu manter esse novo estilo de vida, mais saudvel, durante muito tempo, e isso
repercutiu em sua sade. As minhas pernas comearam a doer em 2001. Eu no tinha como
medir a minha taxa de acar no sangue, e nas encostas remotas do Kilamanjaro, difcil
encontrar um mdico, ele explica.
A dor piorou muito, e complicaes que poderiam ter sido evitadas infelizmente
apareceram. Jonas teve suas pernas direita e esquerda amputadas em 2003 e
2004. Eu agora me sinto condenado e solitrio. Os meus amigos me abando-
naram. Sou intil para eles e para a minha famlia, disse ele com resignao
antes de morrer, em sua casa, no dia 21 de maio de 2005. Jonas tinha 65
anos de idade.
morrendo lentamente, dolorosamente e Prematuramente
Jonas Justo Kassa
nome Jonas Justo Kassa
Idade 65
pas Repblica Unida da Tanznia
diagnstico Diabetes
Cara a caracom a dOena crnica:
diabetes22
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10 enganos muito difundidos sobre doenas CrniCas e a realidade
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Entretanto, isso no quer dizer de maneira alguma um futuro sem esperanas, pois outra das realidades de hoje, igualmente bem sustentada por evidncias, que os meios para preveno e tratamento de doenas crnicas j existem, possibilitando tam-bm a preveno de milhes de mortes prematuras e do grande fardo da deficincia fsica. Em vrios pases, a utilizao do conhecimento existente tem levado a grandes melhoras na expec-
as doenas CrniCas Podem ser PreVenidas e Controladas
tativa e na qualidade de vida de pessoas de meia-idade e mais idosas. Por exem-plo, as taxas de mortalidade por doenas do corao caram at 70% nas ltimas trs dcadas em pases como Austrlia, Canad, Reino Unido e Estados Unidos. Pases de renda mdia, como a Polnia, tambm alcanaram melhoras significati-vas nos ltimos anos. Grande parte desses
As rpidas mudanas que ameaam a sade mundial requerem uma res-
posta imediata, a qual deve ser acima de tudo preventiva. improvvel que
as grandes epidemias do futuro se assemelhem quelas que varreram o
mundo no passado, graas ao progresso no controle de doenas infeccio-
sas. O risco de surtos, tais como o da nova pandemia de influenza, exigiro
uma vigilncia constante, mas so as epidemias invisveis relacionadas a
doenas do corao, derrames, diabetes, cncer e outras doenas crnicas
que em um futuro previsvel causaro mais mortes e deficincias.
uma Viso do futuro: reduzindo mortes e melhorando Vidas
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ganhos so resultado da implemen-tao de abordagens abrangentes e integradas que englobam interven-es direcionadas tanto populao como um todo quanto aos indivduos, e que se concentram nos fatores de risco bsicos e comuns que per-meiam as doenas especficas.
O total acumulado de vidas poupadas por meio dessas redues impressionante. A OMS estima que, de 1970 a 2000, 14 milhes de mortes por doenas cardiovasculares foram evitadas apenas nos Estados Unidos. no mesmo perodo, o Reino Unido salvou 3 milhes de vidas.
O desafiO agOra que OutrOs pases sigam O exemplO
uma Viso do futuro: reduzindo mortes e melhorando Vidas
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alm dos enganos: uma Viso do futuro
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20052006200720082009201020112012201320142015
InCEnTIvAdO pOr rEALIzAES em pases tais como a Austrlia, o Canad, a Polnia, o Reino Unido e os Estados Unidos, este relatrio prev mais ganhos desse tipo nos prximos anos. Mas, pensando rea-listicamente, quanto possvel se fazer at o ano de 2015? Depois de pesar cuidadosamente todas as evidncias disponveis, o relatrio apresenta comu-nidade de sade uma nova meta mundial: reduzir as taxas de mortalidade causadas por todas as doenas crnicas em 2% ao ano em relao s tendncias atu-ais durante os prximos 10 anos. Essa meta ousada deve ser alcanada alm dos declnios nas taxas de mortalidade associadas a idades especficas j previs-tos para muitas doenas crnicas, o que pode resultar na preveno de 36 milhes de mortes por doenas crnicas at 2015, a maioria das quais em pases de baixa e mdia renda. A conquista da meta global tambm pode resultar em dividendos econmicos apreciveis para os pases.
36 000 000 de vidas podem ser salvas
PreVeno de doenas CrniCas: a meta global Para 2015
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Cada morte evitada uma gratificao, mas a meta contm uma caracterstica positiva adi-cional: quase metade dessas mortes seriam de homens e mulheres abaixo dos 70 anos de idade, e quase nove de cada dez seriam em pases de baixa e mdia renda. Estender essas vidas, em benefcio dos indivduos em questo, suas famlias e comunidades em si a mais vlida das metas.
36 000 000 de vidas podem ser salvas
Essa meta mundial ambiciosa e aventu-rosa, mas no extravagante ou irrealista. Os meios para atingi-la, baseados em evi-dncias e prticas comprovadas nos pases que j obtiveram progresso so delineados no relatrio completo.
PreVeno de doenas CrniCas: a meta global Para 2015
alm dos enganos: uma Viso do futuro
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Cada pas, independentemente do nvel de seus recursos,
tem o potencial para fazer aprimoramentos significativos
na preveno e no controle de doenas crnicas, e tomar
providncias no sentido de alcanar a meta mundial. lgico
que recursos so necessrios, mas muito pode ser feito
com pouco, e os bene-
fcios superam de
longe os custos. Uma
boa liderana essen-
cial, e pode gerar
mais impacto do que
simplesmente se adi-
cionar capital a sis-
temas de sade j
sobrecarregados.
os Primeiros Passosdando
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Existe trabalho importante para ser feito em pases em todos os estgios de desen-volvimento. nos pases mais pobres, muitos dos quais esto vivenciando picos em riscos de doenas crnicas, vital que polticas de apoio sejam adotadas para reduzir riscos e controlar as epidemias antes que elas se estabeleam. Em pases com problemas de doenas crnicas j estabelecidos, medidas adicionais sero necessrias, no apenas para prevenir as doenas, mas tambm para lidar com as enfermidades e a deficincia.
O relatrio completo detalha o sistema passo a passo para implementar as medidas recomendadas. Esse modelo oferece uma abordagem flexvel e prtica de sade pblica para ajudar os ministros da sade a equilibrar as diver-sas necessidades e prioridades enquanto implementam interven-es baseadas em evidncias.
Ao mesmo tempo em que no pode haver uma s receita que sirva para todos os casos cada pas deve considerar uma gama de fatores ao estabelecer priori-dades , pr em prtica o sistema passo a passo trar uma grande contribuio preveno e ao controle de doenas crnicas, e ajudar os pases em seus esfor-os para alcanar a meta mundial at 2015.
Em grande parte, ns somos os herdeiros das
escolhas que foram feitas pelas geraes que nos
antecederam: por polticos, lderes empresariais,
financistas e pelas pessoas comuns. As futuras
geraes, por sua vez, sero afetadas pelas
decises que tomamos hoje. Cada um de ns tem
uma escolha a fazer: conti-
nuar com o estado atual das
coisas, ou assumir o desafio
e investir agora na preveno
das doenas crnicas.
os Primeiros Passos
Uma palavra fina
alm dos enganos: uma Viso do futuro
2
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Com um maior investimento em preveno de doenas crnicas, conforme delineado neste relatrio, ser possvel prevenir 36 milhes de mortes prematuras nos prximos 10 anos. Cerca de 17 milhes dessas mortes evitadas seriam de pessoas abaixo dos 70 anos de idade.A preveno dessas mortes traduz-se tambm em ganhos substanciais no crescimento econmico dos pases. por exemplo, o alcance da meta mundial pode resultar em um crescimento econmico acumulado de 36 bilhes de dlares na China, 15 bilhes na ndia e 20 bilhes na Federao russa, nos prximos 10 anos. O fracasso em se utilizar o conhecimento disponvel sobre a preveno e o controle de doenas crnicas pode representar um risco desnecessrio s geraes futuras. Simplesmente no h justificativa para que as doenas crnicas continuem a causar milhes de mortes prematuras a cada ano por no receberem a devida ateno na agenda do desenvolvimento em sade, quando j se sabe como prevenir essas mortes.Assumir o desafio da preveno e do controle das doenas cr-nicas requer uma certa dose de coragem e ambio. A agenda ampla e audaciosa, mas o caminho adiante claro.
Sem ao, um nmero estimado em
388 milhes de pessoas morrero
de doenas crnicas nos prximos
10 anos. Muitas dessas mortes
ocorrero prematuramente, afetando
famlias, comunidades e pases.
O impacto macroeconmico ser
substancial. Pases como a China,
a ndia e a Federao Russa podem
vir a perder entre 200 e 550 bilhes
de dlares em renda nacional nos
prximos 10 anos como resultado
das doenas do corao, derrames e
diabetes.
AS CAUSAS SO
CONhECiDAS. o caminho adiante
claro. A SUA VEz
DE AgiR.30
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AS CAUSAS SO
CONhECiDAS. o caminho adiante
claro. A SUA VEz
DE AgiR.
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www.opas.org.br
http://www.who.int/chp/chronic_disease_report/contents/en/index.html