o corpo vital

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    Max Heindel

    O CORPO VITAL

    Vital Body

    (1950)

    BIBLIOTECA UPASIKAwww.upasika.com

    Coleccin Rosae Crucis N 18-A

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    Max Heindel

    O Corpo Vital

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    SUMRIO

    PREFCIO ............................................................... 4

    INTRODUO ............................................................. 5

    PARTE I EVOLUO PASSADA DO CORPO VITAL DO HOMEM ..................... 6

    Captulo I............................................................ 6Durante Perodos e Revolues ....................................... 6

    Captulo II .......................................................... 11Durante as pocas .................................................. 11

    PARTE II O CORPO VITAL DO HOMEM NA ATUAL POCA RIA ................. 15

    Captulo I........................................................... 15Natureza e Funes ................................................. 15

    Captulo II .......................................................... 26Na Sade e na Doena ............................................... 26

    Captulo III......................................................... 37No Sono e nos Sonhos ............................................... 37

    Captulo IV .......................................................... 42Na Morte e nos Mundos Invisveis ................................... 42

    Captulo V........................................................... 55A Caminho do Renascimento .......................................... 55

    Captulo VI .......................................................... 57As crianas. ....................................................... 57

    PARTE III O CORPO VITAL DOS ANIMAIS E DAS PLANTAS ................... 61

    Captulo I........................................................... 61Natureza e Funes ................................................. 61

    PARTE IV A RELAO DO CORPO VITALCOM O DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL ... 65

    Captulo I........................................................... 65Um Fator Importante ................................................ 65

    Captulo II .......................................................... 72O Efeito das Oraes, Rituais e Exerccios ......................... 72

    Captulo III......................................................... 77Iniciao Antiga ................................................... 77

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    Captulo IV .......................................................... 79Desenvolvimento Positivo e Negativo ................................ 79

    PARTE V O CORPO VITAL DE JESUS ...................................... 85

    Captulo I........................................................... 85Como um Veculo para Cristo ........................................ 85

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    PREFCIO

    "A Escola de Sabedoria Ocidental ensina como sua mxima fundamental que

    "todo desenvolvimento oculto comea com o corpo vital", declara MaxHeindel um iniciado da Ordem Rosa Cruz. por esse motivo e com opropsito de apresentar numa forma concisa e de fcil compreenso todainformao importante que o fundador da Fraternidade Rosacruz escreveu emvrias cartas, lies e livros a respeito do veculo etrico, que estematerial compilado acha-se publicado em forma de livro. Para o leigo emestudos ocultos, assim como para o estudante avanado, seu contedo deenorme valor prtico.

    Muitos estudantes zelosos dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental deram,de modo desinteressado e amoroso, seu tempo e esforos no preparo desse

    material para publicao, e eles rogam que cada exemplar possa levar suamensagem de luz e inspirao a todo aspirante espiritual que esteja seempenhando em seguir o Caminho de Cristo.

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    INTRODUO

    A Filosofia Rosacruz ensina que o homem um Esprito trplice, possuindo

    uma mente atravs da qual ele governa o trplice corpo, que ele emanou desi mesmo para adquirir experincia. Esse corpo trplice ele transmutanuma alma trplice, da qual ele se nutre da impotncia onipotncia. OEsprito Divino emana de si mesmo o corpo denso extraindo como alimento aAlma consciente; o Esprito de Vida emana de si mesmo o corpo vital,extraindo como alimento a Alma intelectual; o Esprito Humano emana de simesmo o corpo de desejos, extraindo como alimento a Alma Emocional. Ocorpo vital feito de ter e permeia o corpo visvel como o ter permeiatodas as demais formas, com a exceo de que os seres humanos

    especializam uma maior quantidade do ter universal que as outras formas.Esse corpo etreo nosso instrumento para a especializao da energiavital do Sol.

    Tambm ensinado pela Filosofia Rosacruz que nosso esquema evolucionrio levado atravs de cinco dos sete Mundos ou estados da matria (Fsico,do Desejo, do Pensamento, do Esprito de Vida e do Esprito Divino) emsete grandes Perodos de Manifestao ( Perodos de Saturno, Sol, Lua,Terra, Jpiter, Venus e Vulcano) durante os quais o Esprito Virginal, ouvida evolucionante, torna-se primeiro, um homem e depois, um Deus.Estamos agora no quarto perodo, ou Perodo Terrestre, que acha-sedividido em sete Revolues, assim como as sete pocas seguintes: aPolar, a Hiperbrea, a Lemrica, a Atlante e a ria, e a Nova Galilia eo Reino de Deus ainda por vir (veja no Conceito Rosacruz do Cosmocap.XII).

    No comeo do Perodo de Saturno doze grandes Hierarquas Criadoras

    estavam ativas no trabalho da evoluo. Duas dessas Hierarquias fizeramalgum trabalho para ajudar bem no incio..... e ento retiraram-se daexistncia limitada para a liberao. Mais trs Hierarquias Criadorasseguiram-nas no incio do Perodo Terrestre: os Senhores da Chama, osQuerubins e os Serafins, deixando sete Hierarquias em servio ativoquando o Perodo Terrestre teve incio: os Senhores da Sabedoria, os

    Senhores da Individualidade, os Senhores da Forma, os Senhores da Mente,os Arcanjos, os Anjos e os Espritos Virginais.

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    PARTE I EVOLUO PASSADA DO CORPO VITAL DO HOMEM

    Captulo I

    Durante Perodos e Revolues

    A evoluo do corpo vital e do Esprito de Vida, doqual uma contraparte, teve incio no segundo

    perodo ou Perodo Solar dos sete Grandes Dias deManifestao. Desde ento tem sido reconstrudo eatingir a perfeio no Perodo de Jpiter. Num

    estgio futuro a humanidade no mais ter

    necessidade desse veculo, mas mesmo assim, suaquintessncia ser retida.

    O Esprito de Vida e o corpo vital iniciaram sua evoluo no PerodoSolar e por conseguinte so responsabilidade especfica do Filho.

    Eles (os Senhores da Chama) forneceram anteriormente o germe do corpo

    denso e, na primeira metade da Revoluo de Saturno do Perodo Solar,estavam ocupados com certos melhoramentos a serem feitos nele.

    No Perodo solar a formao do corpo vital estava para ter incio, com

    todas as decorrentes implicaes de capacidade para assimilao,crescimento, propagao, desenvolvimento das glndulas, etc.

    Os Senhores da Chama incorporaram no germe do corpo denso apenas a

    capacidade de desenvolver os rgos dos sentidos. Na ocasio agora emconsiderao, foi necessrio mudar o germe de tal modo que permitisse ainterpenetrao do corpo vital, e tambm a capacidade de desenvolverglndulas e um tubo digestivo. Isso foi feito pela ao conjunta dosSenhores da Chama, que forneceram o germe original, e os Senhores daSabedoria, que se encarregaram da evoluo material no Perodo Solar.

    Quando os Senhores da Chama e os Senhores da Sabedoria tinham, naRevoluo de Saturno do Perodo Solar, reconstrudo conjuntamente o corpodenso germinal, os Senhores da Sabedoria, na Segunda Revoluo, deramincio ao trabalho propriamente dito, do Perodo Solar, irradiando deseus prprios corpos o germe do corpo vital, tornando-o capaz deinterpenetrar o corpo denso e dando ao germe a capacidade de crescimentoulterior, de propagao e de sensibilizao dos centros sensoriais do

    corpo denso e possibilitando-o a se mover. Em suma, eles deram, em germeao corpo vital, todas as faculdades que ele est agora expandindo paratornar-se um instrumento perfeito e flexvel para o uso do Esprito.

    Notamos tambm que, como a primeira revoluo ou Revoluo de Saturno, dequalquer perodo, diz respeito ao trabalho no corpo denso (porque esteteve incio numa primeira Revoluo), assim, a Segunda, ou RevoluoSolar, de qualquer perodo acha-se relacionada com melhorias no corpovital, porque este teve incio numa Segunda Revoluo.

    Pode-se dizer que o homem no Perodo Solar passou pela existncia dovegetal. Ele tinha um corpo denso e um corpo vital, como tm as plantas.Sua conscincia, tal como a dos vegetais, era a de um sono sem sonhos.

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    Ento havia duas classes ou reinos no Perodo Solar, isto , osextraviados do Perodo de Saturno, que ainda eram minerais e os pioneiros

    do Perodo de Saturno, que foram capazes de receber o germe do corpovital e tornarem-se semelhantes s plantas.

    No meio da stima Revoluo do Perodo Solar, os Senhores da Sabedoria se

    encarregaram do Esprito de Vida germinal dado pelos Querubins na SextaRevoluo do Perodo solar. Eles assim o fizeram com o propsito deconect-lo ao Esprito Divino. Sua maior atividade nesse trabalho foialcanada na Noite Csmica intermediria entre os perodos Solar e Lunar.No primeiro despertar do Perodo Lunar, medida em que a onda de vidaps-se em marcha em sua nova peregrinao, os Senhores da Sabedoriareapareceram, trazendo com eles os veculos germinais do homem emevoluo. Na primeira Revoluo, ou de Saturno do Perodo Lunar, elescooperaram com os "Senhores da Individualidade", que tinham como encargoespecial a evoluo material do Perodo Lunar. Juntos eles reconstruramo germe do corpo denso trazido do Perodo Solar. Esse germe tinha

    desdobrado os orgos embrionrios dos sentidos, os orgos da digesto, asglndulas, etc. e foi interpenetrado por um corpo vital germinal que

    difundiu um certo grau de vida no corpo denso embrionrio. Certamente,ele no era slido e visvel como agora, embora numa certa forma jestava algo desenvolvido e era perfeitamente distinguvel pela visoclarividente treinada do investigador competente que procure na memriada natureza por cenas desse distante passado.

    Na Segunda, ou Revoluo Solar do Perodo Lunar, o corpo vital foimodificado para tornar-se capaz de ser interpenetrado pelo corpo dedesejos, e tambm acomodar-se ao sistema nervoso, muscular, esqueleto,etc. Os Senhores da Sabedoria, que foram os criadores do corpo vital,ajudaram tambm os Senhores da Individualidade em seu trabalho.

    Na Sexta Revoluo do Perodo Lunar os Querubins reapareceram evivificaram o Esprito de Vida daqueles deixados para trs no PerodoSolar mas que desde ento tinham alcanado o estgio necessrio dedesenvolvimento, e tambm naqueles extraviados do Perodo Solar quetinham ento desenvolvido o corpo vital durante sua existncia vegetal noPerodo Lunar.

    Os pioneiros da nova Onda de Vida passaram por um estgio inferior daexistncia vegetal; entretanto a maioria deles desenvolveu o corpo vitalsuficientemente para permitir o despertar do Esprito de Vida.

    Portanto, todos os trs ltimos mencionados possuam os mesmos veculos

    no incio do Perodo Terrestre embora s os dois primeiros mencionadospertenam nossa onda de vida e tm a chance de at nos ultrapassarem se

    passarem pelo ponto crtico que vir na prxima Revoluo do PerodoTerrestre. Os que no conseguirem ultrapassar esse ponto ficaro retidosat que alguma evoluo futura alcance um estgio onde eles possam serincorporados e continuar com seu desenvolvimento em um novo perodohumano. Eles sero impedidos de prosseguir com a nossa humanidade porqueesta ter avanado muito alm de suas condies e seria um srio entraveao nosso progresso arrast-los conosco. Eles no sero destrudos, massimplesmente retidos esperando por um outro perodo de evoluo.

    No fim do Perodo Lunar essas classes possuam os veculos como esto

    classificados no Diagrama 10 do Conceito e comearam com eles no inciodo Perodo Terrestre. Durante o tempo que transcorreu desde ento, oreino humano vem desenvolvendo o elo mental, e tem desse modo logrado

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    total conscincia de viglia. Os animais obtiveram um corpo de desejos;as plantas um corpo vital; os extraviados da onda de vida que entraram na

    evoluo no Perodo Lunar escaparam das duras e pesadas condies deformao de rocha e agora seus corpos densos compem nossos solos mais

    macios; enquanto que a onda de vida que entrou na evoluo aqui noPerodo Terrestre forma as rochas mais duras e as pedras.

    Vemos ento que ao trmino do Perodo Lunar o homem possua um corpotrplice em vrios estgios de desenvolvimento; e tambm o germe dotrplice Esprito. O homem possua corpos denso, vital e de desejos, e osEspritos Divino, de Vida e Humano. S lhe faltava o elo para conect-los.

    Outra Hierarquia criadora tinha encargo especial dos trs germes doscorpos denso, vital e de desejos conforme estavam evoluindo. Eram aquelesque, sob a direo das mais elevadas ordens fizeram praticamente otrabalho inicial nesses corpos, usando a vida evolucionante como uma

    espcie de instrumento. Essa Hierarquia chama-se os "Senhores da Forma".Eles estavam ento to evoludos que receberam o encargo do terceiroaspecto do Esprito no homem 0 Esprito Humano - no Perodo Terrestre quese aproximava.

    Vamos, portanto analisar o assunto e ver o que temos direito de esperarde quem pretende ser um professor. Para faz-lo temos que primeiro nosindagar: Qual o propsito da existncia no universo da matria? Podemosresponder a isso dizendo que a evoluo da conscincia. Durante oPerodo de Saturno, quando ramos como minerais em nossa constituio,nossa conscincia era a de um mdium afastado de seu corpo por espritosem uma seo de materializao, onde uma grande parte dos teres quecompem o corpo vital tenha sido removida. O corpo fsico fica ento numtranse bem profundo. No Perodo Solar, quando nossa constituio era

    similar a das plantas, nossa conscincia era como a de um sono sem sonhosquando o corpo de desejos, a mente e a Esprito ficam fora do corpo,deixando os corpos fsicos e vital sbre a cama. No Perodo Lunar,tivemos um quadro de conscincia como a que temos nos sonhos, quando ocorpo de desejos acha-se s parcialmente removido do veculo denso e docorpo vital. Aqui no Perodo Terrestre nossa conscincia se alargou parasentir os objetos fra de ns, colocando-se todos os veculos numaposio concntrica, como quando estamos acordados.

    O Perodo Terrestre proeminentemente o Perodo da Forma pois aqui aforma ou a parte material da evoluo atinge seu maior e mais pronunciadoestado. Aqui o Esprito est mais indefeso e subjugado e a Forma ofator mais predominante, da a proeminncia dos Senhores da Forma.

    Durante essa Revoluo (a Segunda ou Revoluo Solar do PerodoTerrestre) o corpo vital foi reconstrudo para acomodar o germe da mente.O corpo vital foi moldado para ficar mais semelhante ao corpo denso, demodo que pudesse tornar-se adequado para uso como o veculo mais densodurante o Perodo de Jpiter, quando o corpo denso ter seespiritualizado.

    Os Anjos, a humanidade do Perodo Lunar, foram ajudados nessareconstruo pelos Senhores da Forma. A organizao do corpo vital acha-se agora prxima em eficincia ao corpo denso. Alguns escritores deste

    assunto chamam o corpo vital de um elo, e sustentam que ele meramenteum molde do corpo denso, e no um veculo separado.

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    Embora no desejando criticar, e admitindo que essa controvrsia acha-sejustificada pelo fato de que o homem, no presente estgio da evoluo,

    no pode habitualmente usar o corpo vital como um veculo separado,porque ele sempre permanece com o corpo denso, e retir-lo totalmente

    iria causar a morte do corpo denso, sem duvida houve uma poca em que eleno estava to firmemente incorporado a este ltimo, como veremos maisadiante.

    Durante essas pocas da histria de nossa terra que j foram mencionadascomo a Lemrica e a Atlante, o homem era involuntariamente clarividente,e foi precisamente essa debilidade de conexo entre os corpos denso evital que tornava o homem assim. (Os Iniciadores daquela poca ajudavam ocandidato a afrouxar ainda mais essa conexo, como no clarividentevoluntrio).

    Desde ento o corpo vital tornou-se muito mais firmemente entretecido como corpo denso na maioria das pessoas, mas em todos os sensitivos essa

    conexo est frouxa. essa frouxido que constitue a diferena entre oparapsquico e a pessoa comum que inconsciente de tudo, exceto dasvibraes captadas pelos cinco sentidos. Todos os seres humanos tiveramque passar por esse perodo de estreita conexo dos veculos eexperimentar a conseqente limitao de conscincia. H, portanto, duasclasses de sensitivos, aqueles que no se tenham firmemente enredado namatria, como a maioria dos hindus, indianos, etc, que possuem um certo epequeno grau de clarividncia, ou sejam sensveis aos sons da natureza, eaqueles que se acham na vanguarda da evoluo. Os ltimos esto surgindodo acme da materialidade, e esto tambm divididos em dois tipos, um dosquais se desenvolve de modo passivo e fraco de vontade. Pela ajuda deoutros eles tornam a despertar o plexo solar e outros rgos de conexocom o sistema nervoso involuntrio. Esses so portanto clarividentesinvoluntrios, mdiuns que no possuem controle de sua faculdade. Eles

    retrocederam. O outro tipo formado por aqueles que pela prpriavontade, desenvolveram o poder vibratrio dos rgos atualmenteconectados com o sistema nervoso voluntrio e assim tornaram-seocultistas treinados, controlando seus prprios corpos e exercendo afaculdade de clarividncia como desejem. Eles so chamados declarividentes voluntrios ou treinados.

    No Perodo de Jpiter o homem vai funcionar em seu corpo vital como agoraele faz em seu corpo denso e como nenhum desenvolvimento sbito nanatureza, o processo de separar os dois corpos j teve incio. O corpovital ir no futuro alcanar um grau muito maior de eficincia que o quetem o corpo fsico de hoje. Como ele um veculo muito mais flexvel, oesprito estar ento capacitado a us-lo de um modo impossvel deimaginar com nosso atual veculo denso.

    O corpo vital comeou na Segunda Revoluo do Perodo Solar foi

    reconstrudo nos Perodos Lunar e Terrestre, e ir alcanar a perfeiono Perodo de Jpiter, que o seu quarto estgio, assim como o Perodoterrestre o quarto estgio do corpo denso.

    Nada desperdiado na natureza. No Perodo de Jpiter as foras do corpodenso iro se superpor ao corpo vital completado. Este veculo possuirento os poderes do corpo denso alm de suas prprias faculdades e serpor isso um instrumento de muito mais valia para o trplice Espritoexpressar-se do que se fosse construdo a partir de suas prprias foras.

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    De modo similar, o globo D do Perodo de Vnus est localizado no Mundodo Desejo, e da nem o corpo denso nem o vital poderiam ser usados como

    instrumentos conscientes. Por esse motivo as essncias dos corpos denso evital aperfeioados sero incorporadas ao corpo de desejos completo,

    tornando-se assim, este ltimo, um veculo de qualidades transcendentais,maravilhosamente adaptado e assim sensvel ao mais leve desejo doEsprito interno do que em nossas atuais limitaes, o que acha-se almde toda a concepo.

    At mesmo a eficincia desse esplndido veculo estar superada quando no

    Perodo de Vulcano sua essncia, junto com as essncias dos corpos densoe vital, agregadas ao corpo mental, se tornar o mais elevado dosveculos do homem, contendo dentro de si a quintessncia do que houver demelhor em todos os veculos. Se o veculo do Perodo de Vnus est toalm de nosso atual poder de compreenso, que dir aquele que estar aservio dos seres divinos no Perodo de Vulcano.

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    Captulo II

    Durante as pocas

    As pocas Polar, Hiperbrea, Lemrica e Atlanteforam recapitulaes das etapas que os EspritosVirginais atravessaram. Conseqentemente, o corpovital sofreu modificaes durante aquelas pocas.

    Quando o homem apareceu na Terra, o corpo denso foi constitudo na pocaPolar e foi vitalizado pela interpenetrao do corpo vital na pocaHiperbrea. Naquela poca, o homem era parecido com os Anjos, macho-fmeauma completa unidade criadora, capaz de criar por si mesmo, projetandotoda sua fora criadora que amor.

    Quando a Terra surgiu do Caos, encontrava-se primeiramente na etapavermelho-escuro que conhecemos como poca Polar. Ento, a humanidadedesenvolveu primeiro um corpo denso que no era, absolutamente, comonosso corpo atual. Quando o estado da Terra se fez gneo, na pocaHiperbrea, o corpo vital foi agregado e o homem se converteu em algosimilar s plantas, isto , tinha os mesmos veculos que tm as plantas

    atualmente e tambm uma conscincia similar, ou melhor, uma inconscinciaparecida que temos durante o sono sem sonhos, quando s os corpos vitale denso ficam no leito.

    Os Senhores da Forma apareceram na poca Hiperbrea juntamente com os

    Anjos (humanidade do Perodo Lunar) e envolveram a forma densa do homemcom um corpo vital.

    Como a poca Polar era realmente uma recapitulao do Perodo de Saturno,

    pode- se dizer que, durante este tempo, o homem passou atravs do estadomineral; tinha o mesmo veculo - o corpo denso - e uma conscinciasemelhante do estado de transe. Por razes anlogas, o estado vegetalfoi atravessado durante a poca Hiperbrea, pois o homem tinha um corpodenso e um vital e sua conscincia era semelhante da de sono semsonhos.

    Absorvendo os cristalides preparados pelos vegetais, o ser humanodesenvolveu um corpo vital na poca Hiperbrea e se converteu em algosemelhante s plantas, tanto por sua constituio como por sua natureza,pois vivia sem fazer esforo algum e to inconscientemente quanto as

    plantas.

    Na segunda poca, a Hiperbrea, um corpo vital de ter foi acrescentado,ento, o homem em desenvolvimento j possua um corpo constitudo como odas plantas atuais. Ele no era uma planta, mas algo semelhante planta.Caim, o homem desta poca, descrito como um agricultor; seus alimentosvinham unicamente dos vegetais, pois as plantas contm mais ter do quequalquer outra estrutura.

    Descreve-se Caim como um agricultor. Ele simboliza o homem da Segundapoca. Tinha um corpo vital anlogo ao das plantas que o sustinham.

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    Na segunda poca, a Hiperbrea, Deus disse: "Faa-se a Luz", o calor seconverteu numa massa gnea luminosa semelhante do Perodo Solar e o

    corpo denso humano foi vestido com um corpo vital flutuando aqui e acolsobre a Terra gnea, como uma coisa grande em forma de saco ou bolsa. O

    homem era, ento, anlogo ao vegetal porque tinha os mesmos veculos quetm as plantas atuais e os Anjos eram seus auxiliares na organizao deseu corpo vital, e continuam sendo at os dias atuais.

    Isto pode parecer uma anomalia, pois os Anjos so a humanidade do PerodoLunar, no qual o homem obteve seu corpo de desejos. Porm, no assim,porque, s no Perodo Lunar, a Terra evolucionante se condensou em ter,tal como o que agora forma nosso corpo vital e, l, a humanidade, osAnjos atuais, aprenderam a construir seus corpos mais densos com matriaetrea, assim como estamos aprendendo a formar os nossos com slidos,lquidos e gases da Regio Qumica. Eles se tornaram especialistas naconstruo daqueles corpos, assim como ns o seremos na construo de umcorpo denso quando finalizar o Perodo Terrestre.

    Na poca Polar, o homem tinha somente um corpo denso pobremente

    organizado; era inconsciente e imvel como os minerais que agora soassim constitudos. Na poca Hiperbrea, seu corpo denso ficou envoltonum corpo vital e o Esprito pairava fora. Os efeitos desta naturezapodem ser observados nos vegetais que agora esto constitudosanalogamente.

    Neles vemos repetio constante, construo de talos e folhas para cimaem sucesso alternada, o que continuaria ad infinitum se no houvesseoutra influncia. Porm, como a planta no tem corpo de desejos separado,o corpo de desejos da Terra, o Mundo do Desejo, endurece o vegetal efreia seu intenso crescimento na medida certa. A fora criadora, que noconsegue fazer uma determinada planta continuar a crescer, busca outra

    sada: forma a flor e se acumula na semente, para que possa crescer outravez em uma nova planta.

    Na poca Hiperbrea, na qual o homem se encontrava em condiesparecidas, seu corpo vital o fazia crescer at alcanar um tamanhoenorme. O Mundo do Desejo, agindo sobre ele, fazia com que ele produzisseumas sementes semelhantes a esporos que ou eram apropriadas por outrosEgos humanos ou eram empregados pelos Espritos da Natureza para formaros corpos animais que comeavam a emergir do Caos. (A onda de vidasuperior comea primeiro no princpio de um perodo e a ltima que vaiao Caos; as ondas de vida que se seguem - animal, vegetal e mineral -surgem mais tarde e se vo mais depressa).

    Deste modo, na poca Hiperbrea, quando o homem era anlogo aos vegetais,

    seu corpo vital formava vrtebra ps vrtebra e teria continuado assim seno lhe tivesse sido dado um corpo de desejos na poca Lemrica. Essecorpo comeou a endurecer a estrutura e a dominar a tendncia a crescer,e, como resultado, o crnio, a flor sobre o "talo" da coluna espinhal foiincipientemente formado.

    Impedida em seus esforos de construir uma forma mais alta, fez-senecessrio que a fora criadora do corpo vital buscasse outra sada pelaqual pudesse continuar crescendo para cima em outro ser humano. Ento, ohomem tornou-se hermafrodita, capaz de gerar um novo corpo de si mesmo.

    Ento chegamos segunda poca, a Hiperbrea, quando o homem possua umcorpo denso e um corpo vital; este o estgio do vegetal. Alimentava-se de

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    vegetais e se fala de Caim como de um agricultor. Imediatamente depois,temos a poca Lemrica, quando o homem j tinha um corpo de desejos, isto, possua trs veculos, igual aos animais.

    Ento chegamos etapa em que o homem necessita de alimentos para manterseus trs corpos. Ele os obtm de animais viventes e se diz que Abel eraum pastor.

    Quando o ser humano adquiriu seu corpo vital na poca Hiperbrea, o Sol,a Lua e a Terra estavam ainda unidos e as foras solares-lunarespenetravam em cada ser uniformemente, de modo que todos podiam perpetuarsua espcie atravs de brotos e esporos, como fazem as plantas atuais. Osesforos do corpo vital para abrandar o veculo denso e mant-lo vivoento no eram contrarrestados, e esses corpos primitivos, parecidos comas plantas, viviam sculos. Porm, como o homem era inconsciente e imvelcomo as plantas, no fazia nenhum esforo vigoroso. A incluso de umcorpo de desejos agregou estmulo e desejos e a conscincia surgiu como

    resultado do estado de guerra entre o corpo vital que constri e o corpode desejos que destri o corpo denso.

    Ento, a dissoluo tornou-se s uma questo de tempo, especialmente

    porque a energia construtiva do corpo vital foi tambm necessariamentedividida, uma parte ou plo, sendo usada nas funes vitais do corpo, e aoutra para substituir o veculo perdido pela morte. Porm, como os doisplos de um magneto ou dnamo so requisitos para a manifestao, assimtambm dois seres de sexos diferentes so necessrios para a gerao;ento, casamento e nascimento foram institudos para contrarrestar amorte. A Morte ento, o preo que pagamos pela conscincia no mundoatual. O casamento e os nascimentos repetidos so nossas armas contra omaior terror da humanidade at que mude nossa constituio e nos tornemosseres semelhantes a Anjos.

    Os veculos superiores dos primitivos Atlantes no estavam em posioconcntrica com relao ao corpo denso como esto os nossos. O espritono era ainda um Esprito interno; estava parcialmente no exterior e,portanto, no podia control-los to facilmente como quando habitainternamente. A cabea do corpo vital estava fora e se mantinha muitomais acima que a do corpo fsico. H um ponto entre as sobrancelhas a umameia polegada abaixo da pele que tem um ponto correspondente no corpovital. Esse ponto no o corpo pituitrio que est muito mais dentro dacabea do corpo denso. Pode chamar-se de "raiz do nariz". Quando essesdois pontos do corpo vital e do fsico se colocam em correspondncia,como acontece com o homem atual, o clarividente treinado os v como umapequena mancha negra, ou melhor dizendo, como um espao vazio, semelhante parte invisvel da chama do gs. Este o assento do Esprito interno

    do homem, o Santurio dos Santurios (Sancta Sanctorum) do templo docorpo humano, fechado para tudo o que no seja o Esprito que habitaaquele corpo, o Ego. O clarividente desenvolvido pode ver com maior oumenor clareza, de acordo com sua capacidade e treinamento, todos osdiferentes corpos que formam a aura humana. Esse ponto, est oculto paraele. a "Isis" cujo vu ningum pode levantar. Nem mesmo o ser maisevoludo da Terra pode tirar o vu do Ego da mais humilde ou menosdesenvolvida criatura. Isto, e unicamente isto, sobre a Terra, tosagrado que est completamente a salvo de toda intruso.

    Estes dois pontos que acabamos de citar - um no corpo denso e suacontraparte no corpo vital - estavam muito separados no homem dos

    primitivos tempos da Atlntida, como esto nos animais atuais. A cabea

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    do corpo vital do cavalo est muito separada da cabea de seu corpodenso. Esses dois pontos esto mais prximos no cachorro do que em

    qualquer outro animal, com exceo talvez do elefante. Se chegam ajuntar-se, acontece o caso dos animais prodgios que podem contar,

    soletrar, etc.

    Devido distncia entre esses dois pontos, o poder de percepo doAtlante era muito mais agudo nos mundos internos do que no Mundo Fsico,obscurecido pela atmosfera de neblina densa e pesada. Com o tempo, noentanto, a atmosfera foi ficando gradualmente mais clara, ao mesmo tempoque o ponto citado no corpo vital foi-se aproximando pouco a pouco docorrespondente no corpo denso. Conforme iam-se aproximando, o homem iaperdendo seu contato com os mundos internos, que ficavam mais escuros medida que o fsico clareava. Finalmente, na terceira e ltima parte dapoca Atlante, o ponto do corpo vital se uniu ao do corpo fsicocorrespondente. At esse momento, o homem no estava plenamenteconsciente do Mundo Fsico, porm, ao mesmo tempo que se obteve a plena

    viso e percepo do Mundo Fsico, a maioria da humanidade perdeugradualmente a capacidade de perceber os mundos superiores.

    Durante a existncia desta Raa (os Semitas Originais), a atmosfera da

    Atlntida comeou a clarear definitivamente e o ponto, j mencionado, docorpo vital se colocou em correspondncia com o respectivo ponto no corpodenso. A combinao dos acontecimentos deu ao homem a capacidade de veros objetos com clareza e nitidez, com contornos bem definidos; porm,isto tambm provocou a perda de sua viso dos mundos internos.

    Durante as idades que transcorreram desde a poca Lemrica, a humanidade

    desenvolveu pouco a pouco o sistema nervoso crebro-espinhal que estbaixo o domnio da vontade. Na ltima parte da poca Atlante, tal sistemase desenvolveu bastante para permitir ao Ego tomar plena posse do corpo

    denso. Ento, foi o momento (como j foi mencionado) em que o ponto nocorpo vital e o ponto no corpo denso se corresponderam na raiz do nariz eo Esprito interno despertou no Mundo Fsico e a grande maioria dahumanidade perdeu a conscincia dos mundos internos.

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    PARTE II O CORPO VITAL DO HOMEM NA ATUAL POCA RIA

    Captulo I

    Natureza e Funes

    A humanidade est evoluindo atualmente na pocaria. O corpo vital tem funes, cor, forma,

    estrutura atmica e polaridade. Sua existncia podeser provada.

    Vimos que o homem um ser complexo e se compe de:

    1.Corpo denso, seu instrumento de ao;

    2. Corpo vital, condutor da "vitalidade" que faz possvel a ao;3. Corpo de desejos, de onde vm os desejos que compelem ao;4. Mente, que controla os impulsos, dando um propsito ao;5. Ego, que age e acumula experincia resultante da ao.

    O objetivo da vida transformar os poderes latentes no Ego em energiadinmica, por meio da qual ele poder controlar perfeitamente seusdiferentes veculos e atuar como lhe parea melhor. Sabemos que o Ego notem completo domnio, pois, se assim fosse, no haveria guerra em nossointerior entre o Esprito e a carne, melhor dizendo, entre o Esprito e o

    corpo de desejos. esta guerra que desenvolve o msculo espiritual,assim como a luta constri o msculo fsico. fcil mandar que outrosfaam isso ou aquilo, mas impor obedincia a si prprio a tarefa maisdifcil no mundo, e diz-se, com razo, que "o homem que conquista a simesmo maior do que o que conquista uma cidade". Goethe, o grande poetainiciado, nos d razo quando diz:"De todos os poderes que encadeiam o mundo o homem se libertar quandoadquirir auto-controle".Alm do corpo visvel do homem que vemos com nossos olhos fsicos, h

    outros veculos mais sutis que so invisveis para a grande maioria dahumanidade. No entanto, no so acessrios inteis do corpo fsico; pelocontrrio, so muito importantes pelo fato de serem impulsionadores detoda ao. Se no existissem esses veculos sutis, o corpo fsico ficariainerte, insensvel e morto.O primeiro desses veculos sutis chamamos de "corpo vital" por ser aavenida da vitalidade que faz fermentar a massa morta de nossa envolturamortal em seus anos de vida, e nos d o poder de nos movermos.Quando nosso corpo visvel atual brotou primeiramente no Esprito, era umpensamento-forma, porm, gradualmente, foi-se condensando e solidificandoat se converter na cristalizao qumica atual. O corpo vital foi logoemanado pelo Esprito, tambm como um pensamento-forma, e se encontraagora em seu terceiro grau de solidificao que etreo.Alm do corpo denso, visvel para todos, existem veculos mais sutis queinterpenetram o organismo e que so os impulsionadores de sua atividade.Um deles o corpo vital formado de ter, o qual tomou a seu cargo aconstruo do corpo denso por meio dos alimentos que ingerimos em nosso

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    organismo. Ele governa todas as funes vitais, tais como a respirao, adigesto, a assimilao, etc., trabalhando atravs do sistema nervoso

    simptico. Outro veculo, ainda mais sutil, o corpo de desejos; oveculo de nossas emoes, sentimentos e desejos que gasta as energias

    acumuladas no corpo denso pelos processos vitais, graas ao controle queexerce sobre o sistema nervoso crebro-espinhal ou voluntrio. Durantesua atividade, o corpo de desejos est destruindo e rompendocontinuamente os tecidos formados pelo corpo vital: a guerra entreestes dois veculos que produz o que chamamos de conscincia no MundoFsico. As foras etreas do corpo vital operam de tal maneira queconvertem em sangue a maior parte possvel dos alimentos, e o sangue amais alta expresso do corpo vital.

    A propagao uma faculdade do corpo vital, que o reflexo do Espritode Vida, o segundo aspecto do Esprito trplice do homem.Conta-se que dois Querubins com espadas flamejantes se converteram emguardies do den, quando o homem foi expulso dali, para que no comesseo fruto da rvore da Vida, tornando-se imortal. Os Querubins so a grande

    Hierarquia criadora que se encarregou da Terra no Perodo Solar, quando ocorpo vital germinou e o Esprito de Vida foi despertado.Em nossa Bblia, h uma descrio dos primeiros homens da Terra. Sochamados de Ado e Eva, porm, interpretando corretamente, Ado e Eva

    querem dizer a raa humana, a qual pouco a pouco arrogou-se a faculdadede procriar, convertendo-se assim em seres livres. Dessa maneira, aHumanidade obteve sua liberdade e se fez responsvel perante a Lei deConseqncia, pois, arrogando-se o direito de criar novos corpos,separou-se ento da rvore da Vida e de um estado que reconhecemos agoracomo etreo. Quando aprendermos que temos um corpo vital feito de ter, eque a rvore da vida de cada ser humano, o qual nos proporciona avitalidade necessria para nos movermos, ento compreenderemos porque opoder de recriar e regenerar nossos corpos nos foi tirado para queaprendssemos como vitalizar nosso imperfeito corpo denso. E

    compreenderemos tambm porque, assim como est na Bblia, havia Querubinscom espadas flamejantes no porto do Jardim do den para proteger aquelaregio.Foi para um bem que esta faculdade nos foi tirada. No por maldade, oupara que o homem sofresse aflies e dores, mas porque somente atravs deexistncias ou vidas repetidas em corpos inferiores podemos aprender aconstruir para ns um veculo adequado e bastante perfeito para serimortalizado. Gradualmente, o homem saiu de sua condio etrea atalcanar sua condio slida atual. Naquela poca, podia viver em

    condies etreas facilmente, como podemos viver hoje em dia nos trselementos do Mundo Fsico. Na sua ltima etapa etrea, estava em contatointerno com as correntes de vida que agora contactamos inconscientemente.Podia, ento, centralizar em seu corpo a energia solar, absorvendo-a de

    uma maneira distinta da que emprega atualmente. Essa faculdade foi sendoretirada gradualmente medida que ia entrando na etapa slida atual.Nosso corpo que composto de ter chamado de corpo vital nas Escolasde Mistrios do Ocidente pois, como j vimos, o ter a via de ingressoda fora vital, proveniente do Sol, e o campo de ao da natureza quepromove as atividades de assimilao, crescimento e propagao.Este veculo a contraparte exata de nosso corpo visvel, molcula pormolcula, rgo por rgo, com uma exceo , da qual falaremos maistarde. Porm, um pouco maior e se estende alm da periferia de nossocorpo denso cerca de uma polegada e meia.O bao a entrada particular das foras que vitalizam o corpo. Nacontraparte etrea desse rgo, a energia solar se transmuta em um fluidovital de cor rosa plido. Da se estende por todo o sistema nervoso e,

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    uma vez cumprido o seu trabalho no corpo, sai, irradiando torrentes deluz que se eriam parecidas com os pelos do porco espinho.

    Durante o dia, o corpo vital especializa o fluido solar incolor que nosrodeia, atravs do rgo a que chamamos bao. Essa fora vital permeia

    todo o organismo e os clarividentes a vem como um fluido de cor rosaplido, pois foi transmutada ao entrar no corpo fsico. Flui por todos osnervos e, quando os centros cerebrais a enviam em quantidadesparticularmente grandes, aciona os msculos governados pelos nervos.Durante o estado de viglia, h uma guerra constante entre o corpo vitale o corpo de desejos. Os desejos e os impulsos do corpo de desejosgolpeiam continuamente o corpo denso, obrigando-o ao, sem olhar odano que lhe possa ocasionar, sempre que seja satisfeito o desejo. o

    corpo de desejos que incita o alcolatra a encher-se de lcool para que acombusto qumica acelere as vibraes do corpo denso a um diapaso quefar dele um instrumento dcil a todo impulso desenfreado, gastando assima energia acumulada com imprudente prodigalidade. O corpo vital, poroutro lado, no tem outro interesse a no ser a conservao do corpo

    denso. Atravs do bao, especializa a energia solar incolor, que preencheo espao, e, por meio de um processo qumico misterioso, transforma-a emfluido vital de um lindssimo rosa-plido, enviando-o, ento, por todosos nervos e fibras do corpo. O corpo vital est sempre tratando de

    economizar a energia que acumulou no corpo denso e, portanto, estconstantemente reparando os tecidos que foram destrudos pelos impactosdo desenfreado corpo de desejos.Quatro cores do corpo vital so indescritveis, mas a quinta - que ficano meio das cinco similar ao matiz da flor de pessegueiro recm aberta.Esta realmente a cor do corpo vital.O corpo denso e vital do homem esto em ordem, mas seus veculossuperiores so ainda de forma ovide.J foi demonstrado pela cincia que os tomos de nosso corpo denso estomudando constantemente, de tal maneira que todo o material que atualmente

    compe nosso veculo ter desaparecido em uns poucos anos. No entanto, de conhecimento comum que as cicatrizes e outras manchas se conservemdesde a infncia velhice. A razo disto que os tomos etreosprismticos que compem nosso corpo vital permanecem inalterados do beroao tmulo.Eles esto sempre nas mesmas posies relativas, isto , os tomosetreos prismticos que fazem vibrar os tomos dos dedos dos ps ou dasmos no mudam de situao e no emigram para as mos, pernas ou outraspartes do corpo, seno que permanecem exatamente no mesmo lugar em que

    foram colocados no princpio. Uma leso nos tomos fsicos implica em umaimpresso similar no tomos etreos prismticos. A nova substncia fsicaque se modela sobre eles continua ento tomando a forma e a texturasimilares aos que tinha originalmente.

    Estas observaes se aplicam exclusivamente aos tomos prismticos quecorrespondem aos slidos e aos lquidos no Mundo Fsico porque assumemcerta forma definida que conservam. Porm, alm disso, na atual etapa daEvoluo, cada ser humano tem certa quantidade de teres luminoso erefletor, que so os veculos da percepo sensorial e da memria,entremesclados no seu corpo vital. Poderamos dizer que o ter luminosocorresponde aos gases do Mundo Fsico; talvez, a melhor descrio quepoderamos dar ao ter refletor a de cham-lo hiper-etreo. umasubstncia vcua, de cor azulada, que se parece, por seu matiz, com ocentro azul de uma chama de gs. Apresenta-se transparente e parecerevelar tudo o que est em seu interior, mas, na realidade, oculta todosos segredos da natureza e da humanidade. Nele se encontra um registro daMemria da Natureza.

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    Os teres luminoso e refletor so de caracterstica exatamente oposta dos tomos etreos prismticos e estacionrios. So volteis e

    migratrios. Seja qual for a quantidade que o homem possua desses teres,sempre so a frutificao das experincias da vida. Dentro do corpo,

    misturam-se com o sangue, e quando vo crescendo pelo servio esacrifcio na escola da vida, de modo que j no podem ficar contidosdentro do corpo, pode-se observ-los fora deste como um corpo anmicomatizado de ouro e azul. O azul o que mostra o tipo mais elevado deespiritualidade, por ser o menor em volume e pode comparar-se ao ncleoazul da chama de gs, enquanto que a cor dourada forma a parte maior ecorresponderia parte de luz amarela que rodeia o ncleo azul da citadachama de gs. A cor azul no aparece fora do corpo, salvo nas pessoas de

    extraordinria santidade e somente o amarelo geralmente observado. Nahora da morte, esta parte do corpo vital se grava no corpo de desejos,com o panorama da vida que contm. Ento, imprime-se no tomo semente aquintessncia de toda nossa experincia na vida, como conscincia ouvirtude, que o que nos induzir a evitar o mal e a realizar o bem nas

    prximas vidas.Quando analisamos o ser humano, vemos que os quatro teres sodinamicamente ativos no altamente organizado corpo vital. Graas satividades do ter qumico, o homem capaz de assimilar os elementos e

    crescer; as foras que trabalham no ter de vida permitem-no propagar suaespcie; as foras do ter luminoso provem o corpo denso com calor,trabalham sobre o sistema nervoso e sobre os msculos, abrindo assim asportas de comunicao com o mundo externo por meio dos sentidos; e o terrefletor permite ao Esprito governar seus veculos por meio dopensamento. Este ter tambm guarda as experincias passadas comomemria.O corpo vital da planta, do animal e do homem se estende alm daperiferia do corpo denso, como acontece com a Regio Etrea, que nadamais do que o corpo vital do planeta, que se estende alm da sua parte

    densa, mostrando uma vez mais a veracidade do axioma hermtico: "assimcomo acima, abaixo". A extenso do corpo vital do homem alm do corpofsico mais ou menos de uma polegada e meia. A parte que est fora docorpo denso muito luminosa e tem uma cor parecida com a de uma flor depessegueiro recm aberta. vista freqentemente por pessoas que possuemalguma clarividncia involuntria. O autor, falando com essas pessoas,notou que geralmente elas no esto cientes de que vem algo incomum eno sabem o que se passa diante de sua viso.O corpo denso construdo na matriz deste corpo vital, durante a vida

    pr-natal e com uma nica exceo, a cpia exata, molcula pormolcula, do corpo vital. Assim como as linhas de fora na gua so oscondutores para a formao dos cristais de gelo, assim tambm as linhasde fora no corpo vital determinam a forma do corpo denso. Atravs da

    vida toda, o corpo vital o construtor e restaurador das formas densas.Se assim no fosse, se o corao etreo no restaurasse o corao fsico,logo este se romperia sob a tenso contnua com que o sobrecarregamos.Todos os abusos a que submetemos o corpo denso fazem o corpo vitalreagir, no que est em seu poder, e ele esta permanentemente lutandocontra a morte do corpo denso.A exceo anteriormente mencionada que o corpo vital do homem feminino ou negativo, enquanto que o da mulher masculino ou positivo.Neste fato, temos a chave de numerosos problemas intrincados da vida. Amulher d sada a suas emoes pela polaridade indicada, porque seu corpovital positivo gera um excesso de sangue e a obriga a trabalhar sob umapresso interna enorme, que romperia o corpo fsico se no houvesse umavlvula de segurana, o fluxo peridico, e outra vlvula, que so as

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    lgrimas, e que limitam a presso em ocasies especiais, pois as lgrimasso realmente uma "hemorragia branca".

    O homem pode ter e tem emoes to fortes quanto as das mulheres, porm,geralmente, pode suprimi-las sem lgrimas, porque seu corpo vital

    negativo no gera mais sangue do que pode dominar com facilidade.De modo contrrio ao que sucede com os veculos superiores da humanidade,o corpo vital no abandona regularmente o corpo denso at a morte desteltimo. Ento, as foras qumicas do corpo denso j no esto mais sob odomnio da vida evolucionante. Elas prosseguem com seu trabalho pararestituir a matria sua condio primitiva, desintegrando-a e tornando-a apta para a formao de outros corpos na economia da natureza. Adesintegrao , pois, devida atividade das foras planetrias no ter

    qumico.A textura do corpo vital pode comparar-se, at certo ponto, com umadessas figuras formadas por centenas de peas de madeira entrecruzadas eque apresentam inumerveis pontos ao observador. O corpo vital tambmapresenta milhes de pontos ao observador. Estes pontos entram nos

    centros ocos dos tomos densos e, ao imbuir-lhes fora vital, vibrammuito mais intensamente que os minerais da terra que no foram aindaacelerados e vivificados.Quando uma pessoa se afoga , ou cai de uma grande altura, ou fica

    congelada, o corpo vital abandona o corpo denso, cujos tomos ficamtemporariamente inertes em conseqncia, mas, quando volta a si, os"pontos" tornam a penetrar nos tomos densos. A inrcia dos tomos fazcom que resistam um pouco a voltar a vibrar como antes, e esta a causadessa sensao de intensa dor e formigamento que se nota em taisocasies.H certos casos em que parte do corpo vital deixa o corpo denso, comoacontece quando uma mo fica dormente, por exemplo. Ento, a mo etreado corpo vital pode ser vista flutuando sobre o brao denso, como umaluva, e os pontos produzem uma sensao especial de formigamento quando

    ela entra novamente na mo fsica. Em alguns casos de hipnose, a cabeado corpo vital se divide e fica pendurada do lado de fora da cabeadensa, a metade cai sobre cada ombro, ou permanece em torno do pescoocomo a gola de um suter. A ausncia de formigamento ao despertar em taiscasos devida a que, durante a hipnose, parte do corpo vital da vtimafoi substituda pela do hipnotizador.Os tomos dos teres qumico e de vida reunidos em torno do ncleo dotomo semente, localizado no plexo solar, tm uma forma prismtica. Estotodos situados de tal maneira que, quando a energia solar entra no corpo

    pelo bao, o raio que se refrata vermelho. Esta a cor do aspectocriador da Trindade, ou seja, Jeov, o Esprito Santo, regente da Lua, oplaneta da fecundao. Por conseguinte, o fluido vital do Sol, quepenetra no corpo humano pelo bao, se tinge com uma ligeira cor rosada,

    que muitas vezes os videntes podem observar circulando pelos nervos comose fosse a eletricidade passando pelos condutores de uma instalaoeltrica. Assim carregados, os teres qumico e de vida so vias deassimilao, que preservam o indivduo, e de fecundao, que perpetuam araa.Durante a vida, cada tomo prismtico penetra um tomo fsico e o fazvibrar. Para se fazer uma idia desta combinao, podemos imaginar umacesta de arame, em forma de pra, que tivesse paredes de arame curvadoespiralmente que fosse de um plo a outro obliquamente. Este o tomofsico cuja forma muito parecida com a nossa Terra, e o tomoprismtico vital est inserido de cima para baixo, a partir do topo, que mais amplo e que corresponderia ao plo norte de nossa Terra.

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    Assim, a ponta do prisma penetra o tomo fsico no ponto mais estreitoque corresponde ao plo sul de nossa terra e todo o conjunto parece com

    um pio que gira e bamboleia enquanto vibra intensamente. desta maneiraque nosso corpo se enche de vida e capaz de se mover. ( digno de nota

    que nossa Terra est compenetrada, de maneira similar, por um corpocsmico de ter e as manifestaes da natureza que chamamos de AuroraBoreal e Aurora Austral so correntes etreas que circundam a Terra doplo ao Equador como fazem as correntes do tomo fsico).Os teres luminoso e refletor so as avenidas da conscincia e damemria. No indivduo comum, encontram-se um tanto atenuados e notomaram ainda uma forma definida. Interpenetram o tomo da mesma formaque o ar interpenetra uma esponja e formam algo assim como uma ligeira

    atmosfera urica por fora de cada tomo.Se tivssemos dito que o corpo vital est formado de prismas ao invs depontos, teria sido mais exato, pois pela refrao atravs destesdiminutos primas que o fluido solar incolor se transforma em rosceo,como foi indicado por outros escritores alm do autor.

    Foram feitos outros descobrimentos novos e importantes, por exemplo:agora sabemos que nasce um cordo prateado novo a cada renascimento e queuma parte dele brota do tomo-semente do corpo de desejos no grandevrtice do fgado; que a outra parte nasce do tomo-semente do corpo

    denso no corao, que as duas partes se unem com o tomo-semente do corpovital no plexo solar e que esta unio dos veculos superiores einferiores produz o despertar do feto. O desenvolvimento posterior docordo entre o corao e o plexo solar durante os primeiros sete anos temuma importante relao com o mistrio da infncia, assim como o seudesenvolvimento mais amplo do fgado ao plexo solar, que tem lugar nosegundo perodo setenrio da vida da criana, contribui para aadolescncia.A realizao total do cordo prateado marca o final da vida infantil e,desde tal momento, a energia solar, que entra pelo bao e se tinge pela

    refrao atravs do tomo-semente prismtico do corpo vital situado noplexo solar, comea a dar um colorido individual e distinto aura queobservamos nos adultos.Assim como o ter leva placa sensvel da cmara escura da mquinafotogrfica uma impresso fiel da paisagem em torno em seus menoresdetalhes, sem ter em conta se o fotgrafo os observou ou no, assimtambm o ter contido no ar que respiramos leva consigo uma imagem fiel edetalhada de tudo ao nosso redor e no somente das coisas materiais, comotambm das condies que existem em cada momento em nossa aura. O mais

    fugaz pensamento, sentimento ou emoo se transmite aos pulmes onde injetado no sangue. O sangue um dos produtos mais elevados do corpovital porque o agente que leva alimento a todas as partes do corpo e tambm o veculo direto do Ego. As imagens que contm se imprimem sobre

    os tomos negativos do corpo vital para servir como rbitros do destinodo homem no estado post-mortem.Em muitas mulheres, nas quais o corpo vital positivo e nas pessoas maisevoludas de ambos os sexos, cujos corpos vitais esto sensibilizados poruma vida pura e santa, pela orao e concentrao, esta memriasupraconsciente, inerente ao Esprito de Vida, est, at certo ponto,alm da necessidade de envolver-se em matria mental ou de desejos paracompelir ao . Nem sempre necessita correr o risco de ver-se subjugadae at submetida pelo processo de raciocnio. Algumas vezes, em forma deintuio ou de ensinamento interno, imprime-se diretamente sobre o terrefletor do corpo vital. Quanto mais dispostos nos encontremos parareconhecer e seguir seus ditados, tanto mais amide falar, para nossoeterno benefcio.

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    Por suas atividades durante as horas de viglia, o corpo de desejos e amente esto constantemente destruindo o veculo denso. Cada pensamento e

    movimento destri tecidos. Por outro lado, o corpo vital se dedicatotalmente a restaurar a harmonia e a reconstruir o que outros veculos

    esto destruindo. No entanto, no capaz de sempre resistircompletamente aos poderosos impactos dos impulsos e dos pensamentos.Gradualmente, vai perdendo terreno e, por ltimo, chega um momento em quesofre um colapso. Seus "pontos" enrugam-se, por assim dizer. O fluidovital cessa de circular pelos nervos em quantidade necessria; o corpo setorna sonolento; o Pensador se encontra tolhido por sua sonolncia e sev obrigado a sair dele, elevando-se o corpo de desejos consigo. Estasada dos veculos superiores deixa o corpo denso interpenetrado pelo

    corpo vital no estado a que chamamos sono.Como um sbio general, o Ego segue uma conduta anloga. No comea suacampanha adquirindo domnio sobre uma das glndulas, pois estas soexpresses do corpo vital, nem seria possvel adquirir domnio sobre osmsculos voluntrios porque esto muito bem defendidos pelo inimigo. Essa

    parte do sistema muscular involuntrio que est sob o domnio do sistemanervoso simptico seria tambm intil para esse objetivo. O Ego deveconseguir um contato mais direto com o sistema nervoso crebro-espinhal.Para fazer isso e assegurar uma base de operaes no mesmo campo inimigo,

    ele deve controlar um msculo que involuntrio e que no obstante estrelacionado com o sistema nervoso voluntrio. Este msculo o corao.O sangue a expresso mais elevada do corpo vital porque nutre todo oorganismo fsico. tambm, em certo sentido, o veculo da memriasubconsciente, e est em contato com a Memria da Natureza, situada nadiviso mais elevada da Regio Etrea. O sangue carrega as imagens davida dos antepassados aos descendentes durante geraes quando umsangue comum como o que se produz pela endogamia.O amor e a unidade no Mundo do Esprito de Vida encontra sua contraparteilusria na Regio Etrea, qual estamos relacionados pelo corpo vital,

    sendo este ltimo o que produz o amor e a unio sexual. O Esprito deVida tem seu assento primeiramente no corpo pituitrio e secundariamenteno corao, por onde passa o sangue que nutre os msculos.Olhando o assunto do ponto de vista oculto, toda conscincia no MundoFsico o resultado da guerra constante entre os corpos de desejo evital.A tendncia do corpo vital a de abrandar e construir. Sua expressoprincipal o sangue e as glndulas, bem como o sistema nervososimptico, havendo obtido ingresso na fortaleza do corpo de desejos (

    sistemas muscular e nervoso voluntrios) quando comeou a converter ocorao em msculo voluntrio.Ns mesmos, como Egos, funcionamos diretamente na sutil substncia daRegio do Pensamento Abstrato que especializamos dentro da periferia de

    nossa aura individual. Dali obtemos as impresses que nos produz o mundoexterno sobre o corpo vital atravs dos sentidos, junto com ossentimentos e emoes gerados por eles no corpo de desejos e refletidosna mente.Todas as coisas esto em constante vibrao. As vibraes dos objetos quenos rodeiam nos alcanam constantemente e levam, a nossos sentidos, oconhecimento do mundo externo. As vibraes do ter atuam sobre nossosolhos de maneira a que possamos ver e as vibraes do ar transmitem ossons a nossos ouvidos.O sol trabalha no corpo vital e a fora que desperta a vida e lutacontra as foras lunares relacionadas com a morte.Assim como nas guas de um lago as rvores aparecem invertidas, parecendoque a folhagem se acha no mais profundo da gua, assim tambm o aspecto

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    mais elevado do Esprito ( Esprito Divino) encontra sua contraparte nomais inferior dos trs corpos ( corpo denso). O Esprito imediatamente

    inferior ( Esprito de Vida) se reflete no corpo imediatamente superior (corpo vital). O terceiro Esprito ( Esprito Humano) e seu reflexo, o

    terceiro corpo (corpo de desejos), aparece como o mais prximo de todosao espelho refletor, que a mente, correspondendo esta superfcie dolago, o meio refletor de nossa analogia.Assim como os corpos vital e de desejos planetrios interpenetram amatria densa da Terra, assim tambm os corpos vital e de desejosinterpenetram o corpo denso da planta, do animal e do homem.Um corpo vital de ter compenetra o corpo visvel, como o ter permeiatodas as outras formas, com a exceo de que os seres humanos

    especializam uma quantidade maior de ter universal do que as outrasformas. Este corpo etreo o instrumento que usamos para especializar aenergia vital do Sol.O corpo vital, que finalmente se transforma e se espiritualizaconvertendo-se em alma, de polaridade oposta. Est formado, rgo por

    rgo, exatamente como o corpo denso com uma exceo, o que explicamuitos fatos que de outra maneira seriam inexplicveis. Como a mulher temum corpo vital positivo, ela amadurece antes que o homem, e as partes docorpo que tm certa semelhana com as plantas, como o cabelo, crescem

    mais e so mais exuberantes. Naturalmente, um corpo vital positivo geramais sangue do que um corpo vital negativo, como o que possui o homem,da que exista na mulher uma presso sangnea maior, da qual temnecessidade de se livrar mediante o fluxo mensal, produzindo-se, aocessar na menopausa, uma espcie de segundo crescimento na mulher a qualadquire os caracteres que chamamos "matrona".Os impulsos do corpo de desejos empurram o sangue atravs de todo osistema com diferentes graus de velocidade, de acordo com a fora dasemoes. Como a mulher tem um excesso de sangue, ela atua sob uma pressomuito mais elevada que o homem, e, se bem que esta presso diminua

    durante o fluxo mensal, h momentos em que necessita de uma vlvula deescape extra: so as lgrimas femininas que, em realidade, constituem umahemorragia branca, que age como uma vlvula de segurana para remover ofluido excessivo. O homem, ainda que seja capaz de sentir emoes talvezto fortes quanto a mulher, no to propenso s lgrimas porque no temmais sangue do que pode utilizar normalmente.Em conseqncia de sua polarizao positiva na Regio Etrea do MundoFsico, o campo de ao da mulher tem sido a casa e a igreja, onde estrodeada de amor e paz, enquanto que o homem atua na luta dos fortes para

    que sobreviva o mais apto, uma luta sem quartel no denso Mundo Fsico,onde seu corpo positivo.Desta forma, a mulher foi a precursora da cultura, sendo a primeira adesenvolver a idia de uma "vida boa", e graas a isso ela se tornou um

    expoente muito estimado entre os antigos e tem estado nobremente navanguarda desde ento. Como todos os Egos encarnam alternadamente comohomens ou como mulheres, no h, na verdade, proeminncia alguma. simplesmente que os que encarnam num corpo denso do sexo feminino tm umcorpo vital positivo e so, portanto, mais sensveis s coisasespirituais do que quando o corpo vital negativo como o do varo.A mulher tem um corpo vital positivo e portanto est em contato intuitivocom as vibraes espirituais do universo. Ela tem mais ideais elevados euma imaginao mais frtil que o homem. Em conseqncia, ela se interessapor todas as coisas que ajudam o desenvolvimento moral da raa. E, hojeem dia, somente pelo crescimento moral e espiritual que a humanidadepode se adiantar e a mulher , realmente, fator primordial na evoluo.Seria de muito proveito para as raas se a mulher obtivesse direitos

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    iguais aos dos homens, pois somente ento podemos esperar ver executadasas reformas que propugnam a unio da humanidade. Se, por analogia,

    olharmos dentro de uma casa, veremos que a mulher o pilar central, emtorno da qual se agrupam o marido e os filhos. De acordo com suas

    aptides e habilidades, ela faz a casa sua imagem e nota-se suainfluncia aglutinadora, pois ela quem mantm a harmonia e a paz dolar. O pai pode abandonar a casa, seja por falecimento ou de outramaneira; os filhos tambm podem ir-se, mas enquanto a me est, o larpermanece. No entanto, quando a morte leva a me, tudo se desmorona.J dissemos, anteriormente, que o corpo vital a contraparte exata docorpo denso, com uma nica exceo: de sexo oposto, ou melhor dito, depolaridade oposta. Como sabemos que o corpo vital nutre o veculo denso,

    podemos compreender que o sangue sua mais alta expresso visvel etambm que um corpo vital positivo deve gerar mais sangue que um corponegativo. A mulher, fisicamente negativa, tem um corpo vital positivo,da gerar um excesso de sangue que aliviado pelo fluxo peridico. Esttambm mais propensa s lgrimas, uma hemorragia branca, que o homem,

    cujo corpo vital negativo no gera mais sangue do que pode normalmenteutilizar. Portanto, no necessita ter as sadas que aliviam a mulher doexcesso de sangue.Os Anjos, a humanidade do Perodo Lunar, trabalham no homem, no animal e

    na planta, pois no Perodo Lunar, o universo era de consistncia etrea eos corpos vitais dos trs reinos acima citados esto compostos por estasubstncia. Os Anjos so, portanto, verdadeiros auxiliares para asfunes vitais tais como a assimilao, o crescimento e a propagao e emseu trabalho com a humanidade, so espritos familiares. So eles queaumentam a famlia, multiplicam os ganhos e do boa colheita nos campos.Desde os tempos antigos, os Anjos lunares se colocaram particularmente acargo dos corpos vitais aquticos e midos formados pelos quatros teres,cuidando da propagao e alimentao das espcies, enquanto que aatividade intensa dos Espritos Lucferes se desenvolvia nos secos e

    gneos corpos de desejos. A funo do corpo vital construir e sustentaro corpo denso, enquanto que a do corpo de desejos a destruio dostecidos. Deste modo, h uma guerra constante entre o corpo vital e o dedesejos, e esta guerra nos cus ocasiona nossa conscincia fsica naTerra.Por mais estranho que possa parecer nossa afirmao, verdade que agrande maioria da humanidade est parcialmente dormida a maior parte dotempo, no obstante seus corpos fsicos paream estar sumariamenteocupados, trabalhando ativamente. Sob condies ordinrias, o corpo de

    desejos da grande maioria a parte mais desperta do complexo homem, oqual vive quase completamente de emoes e sentimentos, mas raramentepensa no problema da existncia alm daquilo que necessita parasobreviver. A maioria destes seres provavelmente nunca pensou seriamente

    nos trs grandes problemas da vida: De onde viemos? Por que estamos aqui?Aonde vamos? Seus corpos vitais esto trabalhando para reparar osdestroos feitos pelo corpo de desejos no corpo fsico e subministrando avitalidade que ser logo malgastada na gratificao de seus desejos eemoes.Este combate intenso entre o corpo vital e o de desejos que gera aconscincia no Mundo Fsico e faz homens e mulheres to ativos que, doponto de vista do Mundo Fsico, nossa afirmao de que eles estoparcialmente dormidos parece ser uma mentira. No entanto, examinandotodos os fatos, chegamos concluso de que assim e podemos acrescentarque este estado de coisas est de acordo com os desgnios das GrandesHierarquias que esto a cargo de nossa evoluo.

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    Essa destruio efetua-se constantemente e no possvel salvaguardar-sede todos esses destruidores, nem essa a inteno. Se o corpo vital

    tivesse um poder ininterrupto, construiria cada vez mais, usando toda aenergia com esse propsito. No haveria conscincia ou pensamento algum.

    A conscincia se desenvolve porque o corpo de desejos restringe eendurece as partes internas.O Trplice Esprito lanou uma trplice sombra sobre o mundo da matria eassim se desenvolveu o corpo denso, como contraparte do Esprito Divino,seguido do corpo vital, rplica do Esprito de Vida e logo o corpo dedesejos, imagem do Esprito Humano. Finalmente, formou-se o elo da menteentre o trplice Esprito e o trplice corpo. Este foi o comeo daconscincia individual e marca o ponto onde termina a involuo do

    Esprito na matria e comea o processo evolutivo, atravs do qual a sualibertao se inicia. A involuo envolve a cristalizao do Esprito emcorpos, porm, a evoluo depende da dissoluo dos corpos, a extrao dasubstncia anmica desses corpos e a alqumica amalgamao da alma com oEsprito.

    H vrios meios para demonstrar a realidade e a existncia do corpovital. Em primeiro lugar, existe uma mquina fotogrfica. Talvez se possaencontrar entre os espritas de sua cidade um capaz de tirar fotografiados espritos. Embora existam truques bem conhecidos dos fotgrafos para

    produzir retratos falsos, foi provado que, sob condies onde a fraude impossvel, foram tiradas fotos de pessoas que j haviam morrido. Estaspessoas puderam envolver-se em ter, matria com a qual o corpo vital construdo e que visvel para a lente fotogrfica. Com o prprio autoraconteceu uma vez ser fotografado quando viajava em seu corpo vital deLos Angeles a So Pedro para despedir-se de um amigo a bordo de um navioa vapor. Coincidentemente, ele estava entre aquele amigo e a mquinafotogrfica de outro amigo que, naquele momento, fotografava o barco e asemelhana foi tanta que muitos o reconheceram.Alm disso, temos o fenmeno dos cachorros que seguem certas pessoas pelo

    cheiro de sua roupa usada a qual est impregnada de ter do corpo vital,ter que se estende mais ou menos uma polegada e meia alm do corpodenso. Portanto, a cada passo que damos, este fluido invisvel e radiantepenetra a Terra. No entanto, comprovou-se que ces de caa que estavamperseguindo um criminoso em fuga ficaram desnorteados e perderam a pistaquando o fugitivo calou patins e continuou sua fuga sobre o gelo. Ospatins o elevaram acima do solo e, ento, o corpo vital, que se estendiapor baixo de seus ps, no pde impregnar o gelo e, ento, ficando sempista, os cachorros no puderam descobri-lo. Resultados similares foram

    obtidos com uma pessoa que usou pernas de pau para se afastar do lugar deseu crime.Temos tambm o caso do magnetizador que extrai de seu paciente as partesenfermas do corpo vital, as quais so substitudas por ter renovado,

    permitindo, assim, s foras vitais circular pelo rgo fsico enfermo,efetuando-se a cura. Se o magnetizador no tiver cuidado de tirar de si ofluido etreo escuro e gelatinoso, isto , os miasmas humanos que extraiue absorv-lo em seu prprio corpo, ento ficar enfermo. Se no houvesseaquele fluido invisvel, o fenmeno da cura do enfermo e da enfermidadedo magnetizador no se produziria.Finalmente, poderamos dizer que, se se renem as condies necessrias eno falta a deciso, existe uma possibilidade muito grande para que umagrande quantidade de gente veja por si mesma o corpo vital. mais fcilnos pases do Sul onde os defuntos so enterrados logo aps seufalecimento. Deve-se escolher um dia que seja o mais prximo da LuaCheia. Ento, deve-se ler os avisos fnebres nos jornais e ir aocemitrio na noite que se segue ao funeral de algum falecido nas ltimas

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    vinte e quatro horas. Provavelmente, veremos sobre o tmulo, oscilando aoclaro da lua, a forma membrancea do corpo vital que fica neste lugar e

    se desintegra sincronicamente com o corpo dentro da sepultura. Oclarividente pode ver esta forma em qualquer momento, mas somente na

    primeira noite depois do funeral ela est bastante densa para ser visvel pessoa comum. Se a forma no aparece logo, pode-se andar em volta dotmulo, olhando fixamente de diferentes ngulos. Ento, voc conseguir aprova ocular mais convincente.Embora a cincia no tenha observado este corpo vital humano diretamente,em vrias ocasies ela postulou sua existncia como necessria paraexplicar certos problemas da vida. Suas radiaes foram captadas porvrios cientistas em diferentes condies e em pocas distintas. Blondot

    e Charpentier chamaram a essas radiaes raios N, nome dado por teremsido observados na cidade de Nantes. Outros as chamaram de "Fluidodico". Investigadores cientficos, que conduziram pesquisas sobrefenmenos psquicos, fotografaram o corpo vital quando era extradoatravs do bao por espritos materializadores. Dr. Hotz, por exemplo,

    obteve duas fotografias de uma materializao, graas ao mdium alemoMinna-Demmler. Sobre uma delas, v-se uma nuvem de ter sem forma saindodo lado esquerdo do mdium. A segunda foto, tirada uns instantes maistarde, mostra o esprito j materializado, de p ao lado do mdium.

    Outras fotografias tiradas do mdium italiano Eusapio Palladino porcientistas mostram uma nuvem luminosa flutuando sobre seu lado esquerdo.

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    Captulo II

    Na Sade e na Doena

    O corpo vital tem um papel importante na sade e naenfermidade. Ele afetado por amputaes,acidentes, anestsicos, afogamentos, choque,

    arrependimentos e remorsos. Quando no est emposio concntrica com relao aos outros veculosdo Ego, pode resultar em insanidade ou idiotice.

    Se estamos atentos higiene e dieta, o corpo denso principalmente omais beneficiado, porm, ao mesmo tempo, produz-se tambm um efeito sobreos corpos vital e de desejos, porque quanto mais puros e melhores foremos alimentos empregados na construo do corpo denso, as partculas ficamenvoltas em ter planetrio e matria de desejos mais puros. Desta forma,as partes planetrias dos corpos vitais e de desejos se tornam maispuros. Se se dedica ateno unicamente higiene e ao alimento, os corposvitais e de desejos individuais podero permanecer quase to impuros comoantes, mas, no entanto, ser mais fcil colocar-se em contato com o bemdo que se tivessem sido empregados alimentos grosseiros.

    Por outro lado, se apesar dos desgostos, cultivar-se um carter equnimee tambm interesses literrios e artsticos, o corpo vital produzir umaimpresso de delicadeza e de refinamento nos assuntos fsicos eengendrar sentimentos e emoes mais nobres no corpo de desejos.

    O cultivo das emoes tambm exerce uma reao sobre os outros veculos eajuda a melhor-los.

    As tendncias positivas e construtivas do corpo vital veculo do amor no se prestam facilmente observao. No entanto, pde-se comprovar queo contentamento aumenta a vida de cada ser que o cultiva. Portando,podemos dizer sem medo de enganar-nos que a criana concebida numambiente de harmonia e amor tem melhores possibilidades na vida do queaquela que foi concebida num ambiente de paixo, bebida edescontentamento.

    O corpo vital nasce mais ou menos aos sete anos, isto , na poca dasegunda dentio da criana.

    H problemas muito importantes que devem e podem ser tratados somentedurante certos perodos da infncia e os pais devem saber quais so.Ainda que os rgos j estejam formados quando a criatura nasce, aslinhas de crescimento se determinam durante os sete primeiros anos e, seno esto bem delineadas, uma criana sadia pode converter-se em um homemou mulher enferma.

    Em tudo o que vive, o corpo vital irradia torrentes de luz da fora queele despendeu na construo do corpo denso. No estado de sade, estasirradiaes afastam todos os venenos do corpo e o mantm limpo. Condiessimilares prevalecem no corpo vital da Terra, sendo este o veculo deCristo. As foras venenosas e destrutivas geradas por nossas paixes soafastadas pelas foras vitais de Cristo, porm, cada pensamento ou ato

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    malfico traz para Ele uma poro de dor que se torna parte da Sua Coroade Espinhos dizemos coroa porque sempre se considera a cabea como

    assento da conscincia. Devemos nos conscientizar de que cada m ao quepraticamos, por menor que seja, tem um efeito sobre Cristo, como j foi

    citado, e acrescenta outro espinho de sofrimento em sua coroa.

    No podemos assimilar minerais, pois eles no possuem um corpo vital e,portanto, o homem no pode elevar as vibraes dos minerais ao seu graude intensidade. As plantas tm um corpo vital, mas no so conscientes desi mesmas, portanto so assimiladas facilmente e permanecem no corpo maistempo que as clulas dos alimentos animais compenetradas por um corpo dedesejos. Os corpos dos animais vibram intensamente e, portanto,necessita-se de muita energia para assimilar suas clulas que se escapamrapidamente. Da que a dieta carnvora exige que a pessoa se alimentemais freqentemente.

    A enfermidade aparece primeiramente no corpo de desejos e no vital; eles

    ficam mais tnues em sua textura e no especializam o fluido vitalizadorna mesma proporo, como acontece no estado de sade. Ento o corpo densocai enfermo. Quando o doente se recupera, os veculos superiores denotammelhora antes que a sade se manifeste no Mundo Fsico.

    Quando um vidente examina uma pessoa que est para ficar doente, nota queo corpo vital est atenuando-se e, quando fica to tnue que j no podesustentar o corpo denso, este comea a manifestar sinal de enfermidade.Por outro lado, um pouco antes da recuperao fsica, o corpo vital,pouco a pouco, fica mais denso em sua estrutura e logo comea o perodode convalescena.

    Durante a enfermidade, o corpo vital especializa muito pouca energiasolar. Ento, por um perodo, o corpo visvel parece alimentar-se do

    corpo vital e, assim, este veculo fica mais transparente e mais tnue,ao mesmo tempo em que o corpo visvel demonstra sinais de extenuao. Asradiaes eliminadoras faltam quase completamente durante a enfermidadee, portanto, as complicaes so freqentes.

    O homem, tendo um corpo fsico positivo, possui um corpo vital negativo.Portanto, no pode resistir enfermidade to bem como a mulher, que tem

    um corpo fsico negativo, mas seu corpo vital positivo. Esta a razopela qual a mulher pode suportar tantas enfermidades que matariam umhomem que tivesse o dobro de seu peso e aparentasse ter muito maisvitalidade. A mulher sofre mais intensamente que o homem, porm, suportaa dor com mais coragem. Quando ela comea a se recuperar, seu corpo vitalpolarizado positivamente parece chupar a energia solar, como se tivessemilhes de bocas. Ele se incha e comea quase que imediatamente a

    irradiar as torrentes de luz to caractersticas da sade e, comoresultado, o corpo fsico se recupera rapidamente.

    Por outro lado, quando um homem se debilitou muito por causa de uma

    enfermidade, uma vez passada a crise, seu corpo vital polarizadonegativamente se parece com uma esponja. Absorver toda a energia solarque possa, mas sem a avidez que caracteriza o corpo vital da mulher. Emconseqncia, demora-se largo tempo no umbral da morte, mas como maisfcil desistir do que lutar, sucumbe mais freqentemente que a mulher.

    Olhando uma pessoa enferma com a viso espiritual, nota-se que o corpo

    vital est muito debilitado e atenuado, em proporo aos desgastes feitospela enfermidade. No se vem mais as irradiaes em linhas retas como

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    quando o corpo so, e sim emanaes dbeis que se encurvam formandoredemoinhos e espirais em torno do corpo denso. A colorao no rosado-

    purpreo, como deveria ser, seno cinzento-opaco na maioria das partes docorpo, e a regio particularmente enferma est envolta em algo que se

    parece uma massa negra gelatinosa. Isto , como poderamos chamar, avibrao da enfermidade, e, quando o enfermo recebe o tratamentomagntico, esta venenosa massa negra absorvida pelas mos do curador.Quando ele a arremessa de si com um vigoroso movimento, a massa cai nocho e, se o paciente passar por esse lugar, vai absorv-la. Portanto, oautor sempre teve o costume de jogar estes miasmas pela janela ou numalareira, onde se queimam, e ento no podem fazer mal.

    Enquanto um rgo est enfermo, sempre gera esta massa venenosa queflutua a seu redor e impede as correntes do corpo vital de penetrar nele.O trabalho do magnetizador consiste simplesmente em limpar o rgoenfermo e, assim, abrir caminho para o fluxo das correntes de vida esade. O alvio geralmente s temporrio, pois o rgo enfermo e

    debilitado continua gerando os miasmas venenosos, e ento, em seguida, senecessita de outra "limpeza" por parte do magnetizador. Este estado de

    coisas subsiste at que as correntes vitais se fortalecem o bastante paravencer e jogar fora os eflvios daninhos, e limpar o rgo por seusprprios esforos. Ento, a sade retorna.

    O osteopata v a enfermidade de outro ngulo e manipula os nervos que soas avenidas das correntes vitais. Estas massagens fortalecem as correntese dispersam os miasmas que esto se formando na parte enferma do corpo.No entanto, geralmente, requer uma srie de tratamentos da parte doosteopata antes que a sade seja restaurada, pois o miasma venenosoobstrui outra vez os nervos pouco tempo depois das massagens. Portanto,na opinio do autor, embora ele no tenha experimentado, o melhor seria acombinao dos dois mtodos: abrir caminho para as correntes nos nervos e

    fortalec-los por meio de tratamentos osteopticos, extraindo, ao mesmotempo, os miasmas envenenados por tratamentos magnticos e tendo ocuidado de queim-los ou jog-los fora. Estes dois mtodos combinadospoderiam facilitar extraordinariamente o tratamento da doena.

    O bao a entrada das foras solares, mas a transmutao da energiasolar em um fluido ligeiramente rosado acontece no plexo solar, onde otomo-semente prismtico do corpo vital se localiza.

    Com relao ao que ocorre quando o bao foi removido, devemos recordarque o corpo fsico acomoda-se da melhor maneira possvel s condiesalteradas. Se uma ferida em determinada parte do corpo impossibilita osangue de fluir por vasos normais, ele encontra outra rede de veias pelasquais possa realizar seu circuito. Porm, um rgo nunca se atrofia

    enquanto possa servir a um propsito til. O mesmo acontece com o corpovital formado de teres. Quando um membro foi amputado, a parte etrea domesmo j no necessria na economia do corpo e gradualmente sedissolve. Porm, no caso de um rgo como o bao, em que a contraparteetrea tem uma funo importante como porta de acesso das energiassolares, naturalmente no se produz semelhante desintegrao.

    Tambm, deve ser lembrado que, quando uma enfermidade no veculo fsico

    se manifesta, a parte correspondente do corpo vital se debilitou eatenuou previamente, ficou doente e foi sua a impossibilidade de suprir aquantidade necessria de energia vital que provocou a manifestao dossintomas fsicos da doena. Inversamente, quando a sade retorna, o corpo

    vital o primeiro que se restabelece, e esta convalescena logo se

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    manifesta no corpo denso. Portanto, se o bao fsico fica enfermo, evidente que a contraparte etrea no est bem e ento muito duvidoso

    que a extrao do rgo seja til. No entanto, se feita, o corpotratar de acomodar-se s novas condies e a contraparte etrea do bao

    continuar funcionando como antes.

    A tendncia natural do corpo de desejos endurecer e consolidar tudoquanto se pe em contato com ele. O pensamento materialista acentua estatendncia de tal modo que, geralmente, produz como resultado, em vidasfuturas, a horrenda enfermidade chamada tuberculose, que umendurecimento dos pulmes os quais devem ser brandos e elsticos. Ocorre,algumas vezes, que o corpo de desejos comprime o corpo vital, de modo queeste no pode contrarrestar o processo de endurecimento e, ento, temos atuberculose galopante. Em alguns casos, o materialismo torna o corpo dedesejos frgil, por assim dizer, e, ento, ele no pode realizardevidamente seu trabalho de endurecimento do corpo denso e, comoresultado, produz o raquitismo ou enfraquecimento sseo. Vemos, portanto,

    os perigos que corremos ao manter tendncias materialistas que do origemao endurecimento das partes brandas do corpo, como na tuberculose, ou o

    enfraquecimento das partes duras, sseas, como no raquitismo.Naturalmente, nem todos os casos de tuberculose demonstram que a pessoafoi um materialista em vida anterior, porm, os ensinamentos das cinciasocultas afirmam que esse resultado geralmente produzido pelomaterialismo.

    No caso da pessoa que est preparada para receber a iniciao, aacelerao das vibraes maior do que para o homem ou mulher comuns.Portanto, no requer exerccios para acelerar esta vibrao, masnecessita de determinados exerccios espirituais, ajustadosindividualmente para ele, que faro com que se adiante em seu prpriocaminho.

    Se essa pessoa, neste perodo crtico, se encontrasse com um indivduoque, por maldade ou ignorncia, lhe desse exerccios respiratrios que ointeressado cumprisse fielmente com a esperana de obter resultadosrpidos, esses resultados seriam obtidos, mas no da maneira que elebuscava. A vibrao dos tomos do corpo, em um perodo muito curto, teriaacelerado de tal maneira que pareceria como se estivesse caminhando sobreo ar. Tambm poderia produzir-se uma indevida separao do corpo vitalcom o denso, o que traria a tuberculose ou insanidade como resultado.

    Quando anestsicos so usados, o corpo vital expulso parcialmente do

    corpo fsico, junto com os demais veculos e, se a aplicao demasiadamente forte, produz-se a morte. O mesmo fenmeno pode serobservado no caso dos mdiuns materializadores. Na verdade, a diferena

    entre um mdium dessa classe e um homem ou mulher comum que, nestesltimos, o corpo vital e o corpo denso esto, no atual estado deevoluo, estreitamente interligados, enquanto que no mdium esta relao dbil. No foi sempre assim, e vir um tempo em que o corpo vitalpoder abandonar normalmente o corpo fsico, o que, no presente, noacontece. Quando um mdium permite que seu corpo vital seja usado porentidades do Mundo do Desejo que querem materializar-se, o corpo vitalsai pelo lado esquerdo atravs do bao que sua "porta" particular.Ento, as foras vitais no podem fluir no organismo, como geralmente ofazem, e o mdium fica exausto, e alguns deles se vem obrigados a fazeruso de estimulantes, o que, com o tempo, faz com que se convertam emalcolatras incurveis.

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    A fora vital do Sol que nos rodeia como um fluido incolor absorvidapelo corpo vital por meio da contraparte etrea do bao, onde sofre uma

    curiosa transformao de cor. Fica rosa plido e circula pelos nervosatravs de todo o corpo denso. Com relao aos nervos, o que a

    eletricidade para o telgrafo. Ainda que haja fios, aparelhos etelegrafistas, se falta a eletricidade, no se pode enviar as mensagens.O Ego, o crebro e o sistema nervoso podem estar em perfeita ordem, masse faltar a fora vital que possa levar as mensagens do Ego atravs dosnervos e dos msculos, o corpo denso permanecer inerte. Isto precisamente o que acontece quando uma parte do corpo se paralisa. Ocorpo vital fica doente e a fora vitalizadora j no pode mais fluir. Emtais casos, como na maioria das enfermidades, a perturbao dos

    veculos invisveis e sutis. O reconhecimento consciente ou inconscientedeste fato faz com que os mdicos mais afamados empreguem a sugesto quetrabalha sobre os veculos superiores como um auxiliar da medicina.Quanto mais f e esperana possa o mdico imbuir em seu paciente, tantomais rpido se desvanecer a enfermidade, dando lugar a uma perfeita

    sade.

    Durante a sade, o corpo vital especializa uma superabundncia de foravital a qual, depois de passar pelo corpo denso, se irradia em linhasretas em todas as direes desde a sua periferia, como os raios de umcrculo irradiam desde o centro; porm, em casos de enfermidade, quando ocorpo vital se atenua, no pode absorver a mesma quantidade de fora e,alm disso, o corpo denso dela se alimenta. Ento, as linhas de fluidovital que se exteriorizam curvam-se e caem, mostrando a falta de fora oua debilidade que se produziu. No estado de sade, estas irradiaesexpulsam os germes e micrbios inimigos da sade do corpo denso, mas naenfermidade, quando a fora vitalizadora dbil, essas emanaes noeliminam to facilmente os germes nocivos. Portanto, o perigo de contrairuma enfermidade muito maior quando as foras vitais so escassas do que

    quando se est com sade perfeita.

    Nos casos em que se amputam partes do corpo, o ter planetrio o nicoque acompanha a parte separada. O corpo vital e o corpo denso sedesintegram sincronicamente depois da morte e o mesmo acontece com acontraparte etrea do membro ou parte amputada. Ela ir gradualmente sedesintegrando na medida em que a parte densa se decompe, porm, nessemeio tempo, o fato de que o homem possui o membro etreo, faz com que eleafirme sentir os dedos e tambm dor neles. Existe uma certa relao entreo membro amputado e a parte etrea, independente da distncia. Sabe-se deum caso em que um homem sentiu uma forte dor, como se tivesse cravado umprego na perna que fra amputada, dor que persistiu at que o membro foiexumado e soube-se que tinham cravado um prego quando o encaixotaram paraenterr-lo. O prego foi removido e a dor instantaneamente cessou. De

    acordo com este fato, esto todos os casos em que as pessoas sofrem doresno membro amputado durante dois ou trs anos depois da operao. Depois ador passa. Isto devido a que a enfermidade ainda permanece na parteetrea do membro amputado, porm, quando a parte densa amputada sedesintegra, desintegra-se tambm a etrea e a dor cessa.

    de conhecimento geral entre aqueles que auxiliam os acidentados queeles no sofrem tanto na hora do acidente quanto sofrem depois; isto devido a que o corpo vital est so no momento do acidente e, portanto,todo o efeito do acidente s ser sentido quando este veculo se atenuare no estiver mais em condies de ajudar os processos vitais. Assim,vemos que se produzem mudanas no ter do ser humano e, de acordo com o

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    axioma mstico, "como acima, abaixo" e vice-versa, produzem-se tambmmudanas no ter planetrio que constitui o corpo vital do Esprito da

    Terra. Assim como a recordao consciente dos ltimos acontecimentos queso, por algum tempo, muito vivos no ser humano se desvanecem pouco a

    pouco, assim tambm o registro etreo, que o aspecto inferior daMemria da Natureza, vai apagando-se.

    Quando um corpo adquire certa velocidade em sua cada, os teressuperiores abandonam o corpo fsico, deixando a pessoa acidentadainsensvel. Quando o corpo atinge o cho, ele fica muito machucado,porm, a pessoa pode recobrar a conscincia quando o ter se organizaroutra vez. Ento, comea a sofrer as conseqncias fsicas da cada. Se aqueda continua depois que os teres superiores saram do corpo, acrescente velocidade da queda acaba por desalojar tambm os teresinferiores e o cordo prateado tudo o que fica ligado ao corpomaterial. Este cordo se rompe ao se produzir o impacto contra o cho e otomo-semente passa, ento, ao ponto de ruptura, onde se mantm na formausual.

    Com base nestes fatos, chegamos concluso de que a pressoatmosfrica normal que mantm o corpo etreo dentro do corpo fsico.Quando nos movemos com uma velocidade anormal, a presso fica suspensa emalgumas partes do corpo, formando-se assim um vazio parcial, resultandoque os teres abandonam o corpo e penetram nesse vazio. Os dois teressuperiores, que esto menos aderidos, so os primeiros que desaparecem edeixam a pessoa inconsciente depois de haver produzido, como em umrelmpago, o panorama de sua vida. Ento, se a queda continua aumentandoa presso area diante do corpo e o vazio atrs, os teres inferioresmais apegados ao corpo tambm so impulsionados para o exterior e ento ocorpo est realmente morto antes de chegar ao solo.

    Examinando certo nmero de pessoas em estado de sade normal, descobrimosque cada um dos tomos prismticos que compem os teres inferioresirradiavam de si