prestaÇÃo de contas do prefeito exercÍcio de...

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Prestação de Contas de Prefeito Município de Rio do Campo exercício de 2013 PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2013 Município de Rio do Campo Data de Fundação 29/12/1961 População: 6.185 habitantes (IBGE - 2012) PIB: 100,35 (em milhões) (IBGE - 2010) 231

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  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 1

    PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO

    EXERCCIO DE 2013

    Municpio de Rio do Campo

    Data de Fundao 29/12/1961

    Populao: 6.185 habitantes (IBGE - 2012)

    PIB: 100,35 (em milhes)

    (IBGE - 2010)

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 2

    S U M R I O

    INTRODUO ...................................................................................................... 4

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................... 5

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ....................................................... 6

    3.1. Apurao do resultado oramentrio ....................................................................... 7

    3.2. Anlise do resultado oramentrio ........................................................................... 8

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ........................................................ 9

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 16

    4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 16

    4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 17

    4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de fontes de recursos .......... 18

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 21

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 24

    5.1. Sade ....................................................................................................................... 24

    5.2. Ensino ...................................................................................................................... 26

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 26

    5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 28

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 31

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 31

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 32

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 34

    6. CONSELHOS MUNICIPAIS ............................................................................ 35

    6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS

    FUNDEB) ..................................................................................................................... 36

    6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)................................................................... 37

    6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente .......................... 41

    6.3.1 Do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente - FIA ............... 41

    6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) .............................................. 43

    6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE) ......................................... 43

    232

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 3

    6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos Direitos da Pessoa

    Idosa) .......................................................................................................................... 45

    7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO

    DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 45

    8. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 50

    9. SNTESE DO EXERCCIO DE 2013 ............................................................... 50

    CONCLUSO ..................................................................................................... 51

    ANEXO ............................................................................................................... 54

    APNDICE .......................................................................................................... 55

    233

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 4

    PROCESSO PCP 14/00219814

    UNIDADE Municpio de Rio do Campo

    RESPONSVEL Sr. Rodrigo Preis - Prefeito Municipal

    ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2013

    RELATRIO N 3131/2014

    INTRODUO

    O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas

    competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo

    31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes

    nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n

    202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de Rio

    do Campo, relativas ao exerccio de 2013.

    O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio

    financeiro de 2013 e as informaes dos registros contbeis e de execuo

    oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados

    alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos

    artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94 e artigo 22 da Instruo Normativa n

    TC-02/2001, bem como o artigo 3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.

    A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,

    Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame

    de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais

    auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar

    processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de

    Contas.

    No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram

    abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado

    financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos

    resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.

    Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio

    corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Rio do Campo,

    sendo que as mdias do exerccio em anlise foram geradas em 16/07/2014

    conforme base de dados constituda a partir das informaes bimestrais

    encaminhadas pelos municpios atravs do Sistema e-Sfinge e as mdias dos

    exerccios anteriores a partir dos dados analisados, julgados ou apreciados por

    este Tribunal.

    234

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 5

    Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base

    os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de

    forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,

    atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais

    estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO1

    O italiano Luiz Bertoli Senior chegou regio de Rio do Campo em

    1923 com a inteno de fazer um levantamento das terras, que na poca

    pertenciam a Blumenau. Mas somente em 1929 chegaram os primeiros

    imigrantes italianos, que se estabeleceram nas campinas prximas s

    cabeceiras do Rio do Campo. Aos poucos comearam a chegar colonizadores

    alemes, portugueses e poloneses. Aps pertencer a Blumenau, o lugarejo j fez

    parte de Rio do Sul e de Tai, do qual se emancipou em 1961.

    O Municpio de Rio do Campo tem uma populao estimada em

    6.1852 habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,733. O Produto

    Interno Bruto alcanava o valor de R$ 100.352.044,004, revelando um PIB per

    capita poca de R$ 16.272,42, considerando uma populao estimada em

    2011 de 6.167 habitantes.

    Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB

    Fonte: IBGE 2011

    1 Disponvel em: www.sc.gov.br/portalturismo

    2 IBGE - 2013

    3 PNUD - 2010

    4 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2011

    0,00

    50.000.000,00

    100.000.000,00

    150.000.000,00

    200.000.000,00

    Mdia AMAVI MUNICPIO

    196.777.451,68

    100.352.044,00

    PIB EM REAIS

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 6

    No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo

    IDH/PNUD/2010, o Municpio de Rio do Campo encontra-se na seguinte

    situao:

    Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH

    Fonte: PNUD 2010

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA

    A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:

    demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,

    com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder

    Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do

    resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo

    das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a

    evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida

    ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as

    transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.

    Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao

    exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da

    receita e despesa inicialmente oradas:

    0,72

    0,72

    0,73

    0,73

    0,74

    0,74

    0,75

    BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMAVI MUNICPIO

    0,727

    0,744

    0,730 0,730

    236

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 7

    Quadro 01 Leis Oramentrias

    LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA

    18.937.814,68 PPA 1684/2009 04/09/2009

    LDO 1828/2012 19/10/2012 DESPESA FIXADA

    18.937.813,68 LOA 1834/2012 19/10/2012

    3.1. Apurao do resultado oramentrio

    O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou

    no Supervit de execuo oramentria da ordem de R$ 1.742.615,79,

    correspondendo a 11,17% da receita arrecadada.

    Aps os ajustes da receita e despesa o municpio apresentou

    Supervit de R$ 1.760.888,74.

    Salienta-se que o resultado consolidado, Supervit de R$

    1.760.888,74, composto pelo resultado do Oramento Centralizado - Prefeitura

    Municipal, Supervit de R$ 374.072,41 e do conjunto do Oramento das demais

    Unidades Municipais Supervit de R$ 1.369.170,51.

    Excluindo o resultado oramentrio do Regime Prprio de

    Previdncia, o Municpio apresentou Supervit de R$ 747.262,70.

    Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,

    sinteticamente, da seguinte forma:

    Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2013

    Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado

    RECEITA 18.937.814,68 15.598.830,13 82,37

    DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

    20.467.709,63 13.856.214,34 67,70

    Supervit de Execuo Oramentria 1.742.615,79

    Resultado Oramentrio Consolidado Ajustado

    RECEITA 18.937.814,68 15.598.830,13 82,37

    DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

    20.467.709,63 13.837.941,39 67,61

    Supervit de Execuo Oramentria 1.760.888,74

    Resultado Oramentrio Consolidado Excludo RPPS

    Supervit Consolidado Ajustado

    Supervit do RPPS Supervit excludo

    RPPS

    RECEITA 15.598.830,13 2.407.895,76 13.190.934,37

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    DESPESA 13.837.941,39 1.394.269,72 12.443.671,67

    Resultado de Execuo Oramentria

    1.760.888,74 1.013.626,04 747.262,70

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Quadro 02 A Ajustes do Resultado Oramentrio Consolidado

    Descrio Valor

    Prefeitura Municipal: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas (ajustadas no exerccio anterior)

    627,13

    Demais Unidades (exceto Instituto/Fundo de Previdncia): Parte das despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas (ajustadas no exerccio anterior)

    17.645,82

    Total Excludo da Despesa Oramentria 18.272,95

    Obs.: A divergncia entre a variao do patrimnio financeiro ajustado sem RPPS e o resultado

    da execuo oramentria ajustada sem RPPS no montante de R$ 28.839,81 refere-se ao ajuste

    do exerccio anterior.

    Obs.: A receita no montante de R$ 2.407.895,76, assim como a despesa no montante de R$

    1.394.269,72, consideradas as Transferncias Financeiras, se referem exclusivamente ao RPPS.

    3.2. Anlise do resultado oramentrio

    A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o

    uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes

    contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios

    e Municpios distintos.

    A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de

    Resultado Oramentrio do Municpio de Rio do Campo nos ltimos 5 anos:

    Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Ajustado e s/ RPPS 2009-2013

    ITENS / ANO 2009 2010 2011 2012 2013 1 Receita realizada 9.932.900,73 9.851.467,93 12.661.310,14 12.907.944,63 13.190.934,37

    2 Despesa executada 9.683.872,08 9.787.356,25 12.429.120,36 13.453.762,35 12.443.671,67

    QUOCIENTE 2009 2010 2011 2012 2013 Resultado Oramentrio (12) 1,03 1,01 1,02 0,96 1,06

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente

    entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador

    for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio

    (receitas superiores s despesas).

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    Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias

    Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no

    exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo

    Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder

    Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.

    No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida

    como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.

    A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$

    15.598.830,13, equivalendo a 82,37% da receita orada.

    As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os

    arrecadados so assim demonstrados:

    Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2013

    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Receita Tributria 1.077.293,00 1.059.995,68 98,39

    Receita de Contribuies 524.055,00 534.927,03 102,07

    Receita Patrimonial 751.850,00 463.282,47 61,62

    Receita de Servios 177.955,00 109.560,54 61,57

    1,03 1,01 1,02 0,96

    1,06

    0,00

    0,20

    0,40

    0,60

    0,80

    1,00

    1,20

    1,40

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios

    239

    mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11576]

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 10

    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Transferncias Correntes 12.161.432,72 11.339.835,30 93,24

    Outras Receitas Correntes 357.148,96 405.264,69 113,47

    Receitas Correntes Intra-Oramentrias 1.201.080,00 1.310.299,42 109,09

    RECEITA CORRENTE 16.250.814,68 15.223.165,13 93,68

    Alienao de Bens 35.000,00 48.600,00 138,86

    Transferncias de Capital 2.652.000,00 327.065,00 12,33

    RECEITA DE CAPITAL 2.687.000,00 375.665,00 13,98

    TOTAL DA RECEITA 18.937.814,68 15.598.830,13 82,37 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral

    consolidado.

    Grfico 04 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2013

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com

    o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,

    72,70%, est concentrada nas transferncias correntes.

    Tributria 6,80%

    Contribuies 3,43%

    Patrimonial 2,97%

    Servios 0,70%

    Transferncia Corrente 72,70%

    Outras Correntes 2,60%

    Correntes Intra-Oramentrias 8,40%

    Alienao de Bens 0,31%

    Transferncias de Capital 2,10%

    240

    mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 11

    Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita

    oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue

    mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes

    do Municpio.

    Grfico 05 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s

    receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria

    estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU

    arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.

    5,42 5,94

    7,41 7,40 7,62

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios

    241

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 12

    Grfico 06 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.

    A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em

    anlise:

    Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2013

    Saldo

    Anterior Inscrio

    Atualizao,

    juros e multa

    Proviso

    (lquida) Recebimento

    Outras

    Baixas

    Saldo

    Final

    552.299,18 126.926,89 107.152,61 0,00 85.095,31 281.800,48 419.482,89

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.

    Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa

    ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de

    dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:

    14,46

    30,81

    36,09 39,46

    41,53

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios

    242

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    DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU

    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 13

    Grfico 07 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas

    (incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-

    se a demonstrao do prximo quadro:

    Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2013

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    01-Legislativa 704.400,00 623.486,73 88,51

    04-Administrao 2.216.740,01 2.094.717,56 94,50

    06-Segurana Pblica 53.600,00 42.445,90 79,19

    08-Assistncia Social 238.814,70 192.363,44 80,55

    09-Previdncia Social 2.670.235,00 1.394.269,72 52,22

    10-Sade 3.356.825,33 2.879.372,71 85,78

    12-Educao 5.648.551,34 3.491.883,85 61,82

    13-Cultura 224.500,00 63.233,34 28,17

    15-Urbanismo 987.610,00 472.499,49 47,84

    16-Habitao 402.200,00 - -

    17-Saneamento 267.842,31 117.703,94 43,95

    20-Agricultura 782.100,00 530.160,57 67,79

    24-Comunicaes 4.500,00 3.400,47 75,57

    25-Energia 152.096,00 108.218,86 71,15

    26-Transporte 2.078.619,00 1.193.425,28 57,41

    13,49

    9,03 8,80

    17,07

    15,41

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    18,00

    20,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios

    243

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    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    27-Desporto e Lazer 187.427,94 168.481,09 89,89

    28-Encargos Especiais 491.648,00 480.551,39 97,74

    TOTAL DA DESPESA 20.467.709,63 13.856.214,34 67,70

    Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano

    Geral consolidado.

    A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se

    importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo

    identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao

    deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.

    O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas

    autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma

    representao grfica do Quadro anterior.

    Grfico 08 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2013

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    A evoluo das despesas executadas por funo de governo est

    demonstrada no quadro a seguir:

    Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2009 2013

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2009 2010 2011 2012 2013

    01-Legislativa 411.112,26 421.804,42 466.407,92 493.220,09 623.486,73

    04-Administrao 1.847.115,44 1.531.609,84 2.035.673,98 2.299.129,31 2.094.717,56

    88,51

    94,50

    79,19

    80,55

    52,22

    85,78

    61,82

    28,17

    47,84

    0,00

    43,95

    67,79

    75,57

    71,15

    57,41

    89,89

    97,74

    0,00 2.000.000,00 4.000.000,00 6.000.000,00

    01-Legislativa

    04-Administrao

    06-Segurana Pblica

    08-Assistncia Social

    09-Previdncia Social

    10-Sade

    12-Educao

    13-Cultura

    15-Urbanismo

    16-Habitao

    17-Saneamento

    20-Agricultura

    24-Comunicaes

    25-Energia

    26-Transporte

    27-Desporto e Lazer

    28-Encargos Especiais

    AUTORIZAO

    EXECUO

    244

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    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2009 2010 2011 2012 2013

    06-Segurana Pblica 15.951,13 29.918,75 35.421,10 42.548,03 42.445,90

    08-Assistncia Social 123.412,48 124.162,43 153.775,09 178.755,61 192.363,44

    09-Previdncia Social 603.448,59 653.811,18 872.273,64 1.087.793,88 1.394.269,72

    10-Sade 1.968.544,33 1.955.028,83 2.387.765,47 2.674.275,74 2.879.372,71

    12-Educao 2.156.908,69 2.381.425,47 2.915.144,06 3.566.277,95 3.491.883,85

    13-Cultura 70.461,95 99.658,88 163.118,69 125.311,88 63.233,34

    15-Urbanismo 511.205,27 383.751,41 866.230,95 581.939,64 472.499,49

    16-Habitao 70,00 2.836,20 2.433,66 3.947,30 -

    17-Saneamento 7.792,31 361.655,04 132.056,29 151.980,55 117.703,94

    18-Gesto Ambiental 405,00 - - - -

    20-Agricultura 982.463,42 825.779,66 817.981,84 565.444,32 530.160,57

    24-Comunicaes 1.292,40 10.477,63 1.761,56 2.160,49 3.400,47

    25-Energia - 100.484,30 169.501,53 236.661,92 108.218,86

    26-Transporte 1.068.132,70 992.520,17 1.756.660,71 2.043.139,87 1.193.425,28

    27-Desporto e Lazer 274.832,49 189.697,53 221.023,55 201.072,51 168.481,09

    28-Encargos Especiais 244.172,21 376.545,69 304.163,96 240.784,38 480.551,39

    TOTAL DA DESPESA REALIZADA 10.287.320,67 10.441.167,43 13.301.394,00 14.494.443,47 13.856.214,34

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente

    de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.

    Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2013

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Imposto Predial e Territorial Urbano 256.862,99 2,35

    Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 251.053,26 2,30

    Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 272.404,23 2,49

    Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis

    72.589,33 0,66

    Cota do ICMS 4.011.616,34 36,74

    Cota-Parte do IPVA 450.881,52 4,13

    Cota-Parte do IPI sobre Exportao 59.863,58 0,55

    Cota-Parte do FPM 5.439.336,27 49,82

    Cota do ITR 13.708,20 0,13

    Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 18.297,72 0,17

    Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 45.480,48 0,42

    245

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    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos

    26.820,41 0,25

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS 10.918.914,33 100,00

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na

    gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos

    percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.

    Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),

    demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos

    percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de

    Responsabilidade Fiscal.

    Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2013

    DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)

    Receitas Correntes Arrecadadas 15.865.142,44

    (-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 1.952.276,73

    (-) Compensao entre Regimes de Previdncia 220.796,24

    (-) Contribuio dos Servidores ao Regime Prprio de Previdncia e/ou Assistncia

    442.537,16

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 13.249.532,31

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

    A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a

    situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao

    existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao

    da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto

    prazo.

    4.1. Situao Patrimonial

    A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:

    246

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    Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Rio do Campo (em Reais): 2012 2013

    ATIVO 2012 2013

    PASSIVO 2012 2013

    Financeiro 6.899.177,85 7.697.293,11

    Disponvel 6.878.874,57 7.676.092,23

    Caixa 265,72 265,72

    Bancos Conta Movimento 181.664,20 317.633,95

    Bancos Conta Vinculada 89.191,49 2.531,36

    Aplicaes Financeiras de Recursos Prprios

    6.589.513,18 698.639,80

    Aplicaes Financeiras de Recursos Vinculados

    18.239,98 37.842,15

    Investimentos do RPPS - 6.619.179,25

    Realizvel 20.303,28 21.200,88

    Crditos a Receber 20.303,28 21.200,88

    Financeiro 830.980,05 589.969,62

    Depsitos 161.657,89 87.307,77

    Consignaes 152.396,48 78.046,36

    Depsitos de Diversas Origens

    9.261,41 9.261,41

    Restos a Pagar 669.322,16 502.661,85

    Obrigaes a Pagar 669.322,16 502.661,85

    Permanente 12.635.453,78 13.144.541,05

    Crditos 74.261,45 2.183,13

    Devedores - Entidades e Agentes

    74.261,45 2.183,13

    Bens e Valores em Circulao

    6,04 6,04

    Dvida Ativa 552.299,18 419.482,89

    Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Curto Prazo

    605.249,18 378.515,09

    (-) Proviso para Perdas Da Dvida Ativa a Curto Prazo

    52.950,00 52.950,00

    Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Longo Prazo

    - 93.917,80

    Imobilizado 12.008.887,11 12.722.868,99

    Bens Mveis e Imveis 12.008.887,11 12.722.868,99

    Bens Imveis 5.960.752,43 5.960.752,43

    Bens Mveis 6.048.134,68 6.762.116,56

    Permanente 6.538.077,99 7.314.568,67

    Dvida Fundada 1.122.439,13 602.203,29

    Dbitos Consolidados 335.112,79 238.042,38

    Precatrios a Pagar 84.000,00 84.000,00

    Dvidas Renegociadas 59.000,00 63.042,38

    Obrigaes a Pagar 192.112,79 91.000,00

    Diversos 5.080.526,07 6.474.323,00

    Obrigaes a Pagar 16.006,44 17.865,65

    Provises Matemticas Previdencirias

    5.064.519,63 6.456.457,35

    DIVERSAS PROVISES 0,00 0,00

    Valores Pendentes a Longo Prazo

    0,00 0,00

    ATIVO REAL 19.534.631,63 20.841.834,16

    SALDO PATRIMONIAL 0,00 0,00

    PASSIVO REAL 7.369.058,04 7.904.538,29

    SALDO PATRIMONIAL 12.165.573,59 12.937.295,87

    Ativo Real Lquido 12.165.573,59 12.937.295,87

    TOTAL 19.534.631,63 20.841.834,16

    TOTAL 19.534.631,63 20.841.834,16

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.

    4.2. Anlise do resultado financeiro

    Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de

    anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a

    verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da

    situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos

    financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de

    pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.

    247

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    O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do

    exerccio encerrado resulta em Supervit Financeiro de R$ 340.730,20 e a sua

    correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos financeiros

    existentes, o Municpio possui R$ 0,63 de dvida de curto prazo.

    Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao positiva de R$

    776.102,51 passando de um Dficit de R$ 435.372,31 para um Supervit de R$

    340.730,20.

    Registre-se que a Prefeitura apresentou um Dficit de R$ 14.011,92.

    Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante

    o exerccio demonstrada no quadro seguinte:

    Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2012 - 2013

    Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao

    Ativo Financeiro 6.899.177,85 7.697.293,11 798.115,26

    Passivo Financeiro 878.092,81 589.969,62 -288.123,19

    Saldo Patrimonial Financeiro Ajustado 6.021.085,04 7.107.323,49 1.086.238,45

    Ativo Financeiro do RPPS 6.456.457,35 6.767.613,75 311.156,40

    Passivo Financeiro do RPPS 0,00 1.020,46 1.020,46

    Saldo Patrimonial Financeiro s/ RPPS -435.372,31 340.730,20 776.102,51 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: O Ativo Financeiro no montante de R$ 6.767.613,75, assim como o Passivo Financeiro no

    montante de R$ 1.020,46, se referem exclusivamente ao RPPS.

    O saldo patrimonial financeiro foi ajustado pelas seguintes situaes:

    Quadro 11 A Ajustes do Patrimnio Financeiro (em Reais)

    Descrio Valor

    Prefeitura: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas Ajuste exerccio anterior

    627,13

    Demais Unidades: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas Ajuste exerccio anterior

    46.485,63

    Total acrescido no Saldo Inicial do Passivo Financeiro 47.112,76 Obs.: A divergncia entre a variao do Saldo Patrimonial Financeiro e o Resultado da Execuo

    Oramentria no montante de R$ 28.839,81, decorre de ajuste do exerccio anterior.

    4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de

    fontes de recursos

    A situao financeira analisada neste item tem como objetivo

    demonstrar o confronto entre os recursos financeiros e as respectivas obrigaes

    financeiras, segregadas por vnculo de recurso.

    248

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    Referida anlise atende ao que determina o artigo 8, 50, I da Lei de

    Responsabilidade Fiscal LRF, ou seja, vincular os recursos a sua

    disponibilidade especfica.

    Para o clculo utilizou-se os seguintes critrios:

    a) FR Fonte de Recursos: refere-se discriminao das

    especificaes das fontes de recursos, conforme tabela de destinao de receita

    deste Tribunal de Contas;

    b) Disponibilidade de Caixa Bruta: constitui-se dos saldos recursos

    financeiros (caixa, bancos, aplicaes financeiras e outras disponibilidades

    financeiras) em 31/12/2013, segregados por especificaes de fontes de

    recursos;

    c) Obrigaes financeiras: representa os valores, igualmente por

    disponibilidade de fontes de recursos, dos depsitos de terceiros e resultantes de

    consignaes, caues, outros depsitos de diversas origens e dos restos a

    pagar, sendo que, este ltimo refere-se s despesas empenhadas, liquidadas ou

    no, e que esto pendentes de pagamento.

    Ressalta-se, todavia, que em razo da anlise tcnica decorrente de

    auditorias, levantamentos, ofcios circulares encaminhados aos jurisdicionados,

    entre outros instrumentos de verificaes, poder haver ajustes na

    disponibilidade de caixa e nas obrigaes financeiras apresentadas pelo ente.

    d) Disponibilidade de Caixa lquida/resultado financeiro: evidencia o

    resultado financeiro por especificaes de fontes de recursos, apurado entre o

    confronto dos recursos financeiros e as obrigaes financeiras, levando-se em

    considerao os possveis ajustes.

    No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e

    Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero

    consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente

    com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo

    procedimento ser adotado com relao s obrigaes financeiras.

    A seguir, expe-se resumo da situao constatada do Municpio de

    Rio do Campo, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o clculo

    de forma detalhada.

    Quadro 11- B Demonstrativo do Resultado Financeiro por

    especificaes de Fonte de Recurso.

    249

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    FONTE DE RECURSOS

    DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA

    / INSUFICINCIA FINANCEIRA

    Supervit / Dficit

    RECURSOS VINCULADOS

    00 - Recursos Ordinrios * 0,00 Supervit

    03 -Contribuio para o Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira)

    0,00 Supervit

    12 - Servios de Sade 11.830,66 Supervit

    16 - Contribuio de Interveno do Domnio Econmico - CIDE 481,35 Supervit

    17 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP

    6.394,11 Supervit

    18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio em efetivo exerccio na Educao Bsica) - R$ 6.109,03 8.845,28 Supervit

    19 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) - R$ 2.736,25

    22 - Transferncias de Convnios - Educao 55.076,63 Supervit

    24 - Transferncias de Convnios - Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social)

    94,57 Supervit

    42 - Royalties de Petrleo 2.359,51 Supervit

    43 - Outras Especificaes 13.034,93 Supervit

    44 - Fundo Especial do Petrleo 58.788,67 Supervit

    48 - Programa de Ateno Criana - PAC 7.702,96 Supervit

    49 - Programa Pessoa Portadora de Deficincia Fsica - PPD 340,56 Supervit

    50 - Programa de Erradicao do Trabalho Infantil - PETI 9.420,84 Supervit

    52 - Outras Transferncias de Recursos para o Fundo de Assistncia Social

    36.475,89 Supervit

    54 - Convnio Trnsito - Militar 6.035,00 Supervit

    55 - Convnio Trnsito - Civil 2.220,26 Supervit

    56 - Convnio Trnsito - Prefeitura 130,55 Supervit

    58 - Salrio Educao 25.291,57 Supervit

    59 - Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE 179,22 Supervit

    60 - Programa Nacional de Alimentao Escolar - PNAE 2.670,82 Supervit

    61 - Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE 11.427,97 Supervit

    63 - Bolsa Famlia 6.752,58 Supervit

    64 - Ateno Bsica 161.571,85 Supervit

    65 - Ateno de Mdia e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar 13.783,96 Supervit

    66 - Vigilncia em Sade 24.645,27 Supervit

    67 - Assistncia Farmacutica Bsica 24.183,39 Supervit

    71 - Outros Recursos do Fundo Nacional de Sade 149.091,84 Supervit

    83 - Operaes de Credito Internas - Outros Programas 453,67 Supervit

    89 - Alienaes de Bens destinados a Outros Programas 45.322,59 Supervit

    93 - Outras Receitas No-Primrias -1,00 Dficit

    SOMATRIO DAS FONTES DE RECURSOS COM INSUFICINCIA FINANCEIRA

    -1,00

    RECURSOS ORDINRIOS

    00 - Recursos Ordinrios -389.064,93

    01- Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Educao 27.914,85

    02 - Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Sade 17.274,78

    TOTAL RECURSOS NO VINCULADOS -343.875,30 Dficit

    Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge.

    * As disponibilidades da Cmara Municipal de Rio do Campo foram consideradas como recursos

    vinculados.

    250

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    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira

    A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou

    ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a

    partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes

    patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes

    contbeis.

    Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo

    patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no

    quadro a seguir, com a devida memria de clculo:

    Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2009 2013

    ITENS / ANO 2009 2010 2011 2012 2013

    1 Despesa Executada 10.287.320,67 10.441.167,43 13.301.394,00 14.494.443,47 13.856.214,34

    2 Restos a Pagar 706.390,80 728.269,79 447.773,15 669.322,16 502.661,85

    3 Ativo Financeiro Ajustado - Excludo RPPS

    653.241,79 706.388,86 678.012,40 442.720,50 929.679,36

    4 Passivo Financeiro Ajustado Excludo RPPS

    839.097,84 828.133,23 567.566,99 878.092,81 588.949,16

    5 Ativo Real 12.354.121,75 14.064.158,45 16.029.112,50 19.534.631,63 20.841.834,16

    6 Passivo Real 4.896.914,26 5.012.718,86 5.568.430,30 7.369.058,04 7.904.538,29

    QUOCIENTES 2009 2010 2011 2012 2013

    Resultado Patrimonial (56) 2,52 2,81 2,88 2,65 2,64

    Situao Financeira (34) 0,78 0,85 1,19 0,50 1,58

    Restos a Pagar (21)*100 6,87 6,97 3,37 4,62 3,63

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o

    Ativo Real e o Passivo Real.

    No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste

    quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas

    (curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.

    251

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    Grfico 09 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2013 o

    Ativo Real apresenta-se 2,64 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).

    O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o

    Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de

    pagamento de curto prazo do Municpio.

    O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois

    assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas

    pelos ativos financeiros do Municpio.

    2,52 2,81 2,88 2,65 2,64

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios

    252

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    Grfico 10 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio

    apresenta-se Superavitria, sendo que no final do exerccio de 2013 o Ativo

    Financeiro representa 1,58 vezes o valor do Passivo Financeiro.

    O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)

    expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar

    e o total da Despesa Oramentria.

    Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto

    oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste

    quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no

    exerccio as despesas que nele empenhou.

    A situao apresentada pelo Municpio de Rio do Campo

    demonstrada no grfico a seguir:

    0,78 0,85 1,19 0,50 1,58

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    18,00

    20,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios

    253

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 24

    Grfico 11 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar

    corresponde a 3,63% da despesa oramentria do exerccio.

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES

    O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de

    recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas

    com pessoal.

    5.1. Sade

    Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive

    transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o

    exerccio de 2013 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias - ADCT.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 2.003.079,32

    em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que corresponde a

    18,35% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

    R$ 365.242,17, representando 3,35% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

    disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias - ADCT.

    6,87 6,97

    3,37

    4,62

    3,63

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    8,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios

    254

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 25

    A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,

    pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2013

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 10.918.914,33 100,00

    Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 2.879.372,71 26,37

    Ateno Bsica 2.107.759,78 19,30

    Assistncia Hospitalar e Ambulatorial 616.805,42 5,65

    Suporte Profiltico e Teraputico 85.778,02 0,79

    Vigilncia Sanitria 34.930,42 0,32

    Vigilncia Epidemiolgica 32.446,17 0,30

    Administrao Geral 432,90 -

    Outras Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade (despesa classificada na subfuno 10.128)

    1.220,00 0,01

    (-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade* 876.293,39 8,03

    Total das Despesas para Efeito do Clculo 2.003.079,32 18,35

    Valor Mnimo a ser Aplicado 1.637.837,15 15,00

    Valor Acima do Limite 365.242,17 3,35

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:

    255

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 26

    Grfico 12 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Rio do Campo em

    2013 reduziu seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em termos

    percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.2. Ensino

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias

    Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a

    proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento

    do Ensino (exerccio de 2013) art. 212 da Constituio Federal.

    Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 3.125.466,24 em

    gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a

    28,62% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

    R$ 395.737,66, representando 3,62% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

    disposto no artigo 212 da Constituio Federal.

    A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do

    Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:

    17,88 16,16

    17,21

    19,31 18,35

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios Limite

    256

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 27

    Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2013

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 10.918.914,33 100,00

    Valor Aplicado Educao Infantil 1.611.071,81 14,75

    Educao Infantil 1.611.071,81 14,75

    Valor Aplicado Ensino Fundamental 1.458.155,24 13,35

    Ensino Fundamental 1.458.155,24 13,35

    Valor Aplicado Ensino Bsico 4.077,11 -

    Valor Aplicado Administrao Ligada ao Ensino 4.077,11 -

    (-) Total das Dedues com Educao Bsica* 386.479,24 3,54

    (+) Perda com FUNDEB 446.677,65 4,09

    (-) Rendimentos de Aplicaes Financeiras 8.036,33 0,07

    Total das Despesas para efeito de Clculo 3.125.466,24 28,62

    Valor Mnimo a ser Aplicado 2.729.728,58 25,00

    Valor Acima do Limite (25%) 395.737,66 3,62

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:

    Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    27,85

    23,57 25,71

    29,16 28,62

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios Limite

    257

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 28

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Rio do Campo em

    2013 reduziu seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em

    termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.2.2. FUNDEB

    Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,

    do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n

    11.494/07.

    Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 937.440,90,

    equivalendo a 61,93% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO

    o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo

    exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio

    FUNDEB: 2013

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Transferncias do FUNDEB 1.505.599,08

    (+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 8.036,33

    Total dos recursos oriundos do FUNDEB 1.513.635,41

    60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 908.181,25

    Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB

    937.440,90

    Valor Acima do Limite 29.259,65

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:

    258

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 29

    Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no

    exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e

    Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 1.504.774,57,

    equivalendo a 99,41% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com

    Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o

    estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da

    seguinte forma:

    Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2013

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 1.513.635,41

    95% dos Recursos do FUNDEB 1.437.953,64

    Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *

    1.504.774,57

    Valor Acima do Limite 66.820,93

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo financeira, vide Quadro no Anexo deste Relatrio.

    60,71 61,97 63,23 62,32 61,93

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    80,00

    90,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios Limite

    259

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 30

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos

    oriundos do FUNDEB:

    Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,

    o Municpio de Rio do Campo reduziu sua aplicao, quando comparado ao

    exerccio anterior.

    Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte

    ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007.

    Ante a inexistncia de saldo no encerramento do exerccio de 2012 de

    recursos do FUNDEB, resta prejudicada a verificao prevista no art. 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007.

    98,53

    97,37

    100,00 100,00

    99,41

    92,00

    93,00

    94,00

    95,00

    96,00

    97,00

    98,00

    99,00

    100,00

    101,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios Limite

    260

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    DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU

    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 31

    Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2013: No tocante ao

    controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte

    apresenta-se o Quadro abaixo:

    Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2013 34.001,24

    (-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB

    25.155,96

    (=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 8.845,28

    Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio

    Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei

    Complementar n 101/2000 (LRF).

    Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2013

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 13.249.532,31 100,00

    LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 7.949.719,39 60,00

    Despesas com Pessoal do Poder Executivo 6.876.815,92 51,90

    Pessoal e Encargos 6.707.142,46 50,62

    Outras Despesas de Pessoal consideradas pela Instruo (despesas indevidamente deduzidas = Folha/Rescises)

    169.673,46 1,28

    Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 513.741,61 3,88

    Pessoal e Encargos 513.741,61 3,88

    Total das dedues das despesas com pessoal* 169.673,46 1,28

    TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO

    7.220.884,07 54,50

    Valor Abaixo do Limite (60%) 728.835,32 5,50

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    261

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 32

    No exerccio em exame, o Municpio gastou 54,50% do total da receita

    corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO o limite contido no

    artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n

    101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Municpio:

    Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior mostra o crescimento dos gastos com pessoal do

    Municpio de Rio do Campo, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Executivo

    Limite: 54% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas

    Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000

    (LRF).

    48,64 44,59

    46,52

    52,25 54,50

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios Limite

    262

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 33

    Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2013

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 13.249.532,31 100,00

    LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 7.154.747,45 54,00

    Despesas com Pessoal do Poder Executivo 6.876.815,92 51,90

    Dedues das despesas com pessoal do Poder Executivo* 121.871,83 0,92

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

    6.754.944,09 50,98

    Valor Abaixo do Limite (54%) 399.803,36 3,02

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o

    Poder Executivo gastou 50,98% do total da receita corrente lquida em despesas

    com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei

    Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Executivo:

    Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2009 2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder

    Executivo aumentaram, quando comparado ao exerccio anterior.

    45,18 41,54

    43,68

    49,32 50,98

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios Limite

    263

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 34

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Legislativo

    Limite: 6% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar

    n 101/2000 (LRF).

    Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2013

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 13.249.532,31 100,00

    LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 794.971,94 6,00

    Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 513.741,61 3,88

    Dedues com pessoal do Poder Legislativo* 47.801,63 0,36

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    465.939,98 3,52

    Valor Abaixo do Limite (6%) 329.031,96 2,48

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 3,52% do total da

    receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma

    contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Legislativo:

    264

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 35

    Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2009

    2013

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que

    houve um aumento do percentual quando comparado ao exerccio anterior.

    6. CONSELHOS MUNICIPAIS

    Os Conselhos Municipais so considerados rgos pblicos que

    contribuem de forma significativa na execuo de polticas pblicas setoriais.

    Podem ser de natureza obrigatria ou discricionria, ou seja, os de

    criao obrigatria so exigidos por leis federais, cujas funes so definidas

    como deliberativas, fiscalizadoras, assessoramento, supervisora e executiva;

    enquanto que os discricionrios so decorrentes de legislao municipal.

    O artigo 20, 2 da Resoluo n. TC 16/94, alterado pelo artigo 1

    da Resoluo n. TC 077/2013, de 29 de abril de 2013 exige a remessa dos

    pareceres dos conselhos obrigatrios, juntamente com a prestao de contas

    anual, quais sejam:

    a) Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

    Fundeb, previsto no art. 24, da Lei Federal n. 11.494, de 20 de junho de 2007.

    b) Conselho Municipal de Sade, previsto no art. 1, caput e 2 da Lei

    Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;

    3,46 3,04

    2,84 2,93

    3,52

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    2009 2010 2011 2012 2013

    Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios Limite

    265

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 36

    c) Conselho Municipal dos Diretitos da Infncia e do Adolescente,

    previsto no art. 88, inciso II da Lei Federal n. 8.069, de 13 de junho de 1990;

    d) Conselho Municipal de Assistncia Social, previsto no art. 16, inciso

    IV, da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993;

    e) Conselho Municipal de Alimentao Escolar, previsto no art. 18 da Lei

    Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009;

    f) Conselho Municipal do Idoso, previsto no art. 6 da Lei Federal n.

    8.842, de 04 de janeiro de 1994.

    6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social

    do FUNDEB (CACS FUNDEB)

    O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

    Fundeb est previsto no artigo 24 da Lei Federal n. 44.494, de 20 de junho de

    2007.

    Referido rgo tem a funo de acompanhar a correta aplicao dos

    recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar

    (PNATE), bem como supervisionar o censo escolar anual.

    O Conselho Municipal do Fundeb autnomo, no subordinado ao

    Poder Executivo e seus membros no so remunerados. No entanto, dever ser

    criado por lei especfica municipal, e sua composio deve obedecer ao que

    prescreve o art. 24, 1, IV e 2 da Lei n. 11.494/2007:

    Art. 24. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuio, a transferncia e a aplicao dos recursos dos Fundos sero exercidos, junto aos respectivos governos, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por conselhos institudos especificamente para esse fim.

    1o Os conselhos sero criados por legislao especfica,

    editada no pertinente mbito governamental, observados os seguintes critrios de composio:

    [....]

    IV - em mbito municipal, por no mnimo 9 (nove) membros, sendo:

    266

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 37

    a) 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educao ou rgo educacional equivalente;

    b) 1 (um) representante dos professores da educao bsica pblica;

    c) 1 (um) representante dos diretores das escolas bsicas pblicas;

    d) 1 (um) representante dos servidores tcnico-administrativos das escolas bsicas pblicas;

    e) 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educao bsica pblica;

    f) 2 (dois) representantes dos estudantes da educao bsica pblica, um dos quais indicado pela entidade de estudantes secundaristas.

    2o Integraro ainda os conselhos municipais dos

    Fundos, quando houver, 1 (um) representante do respectivo Conselho Municipal de Educao e 1 (um) representante do Conselho Tutelar a que se refere a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, indicados por seus pares.

    Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Rio do Campo, constata-se que o Parecer do

    Conselho do FUNDEB indica que as respectivas contas foram aprovadas.

    6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)

    O Conselho Municipal de Sade CMS est previsto no art. 1, inciso

    II da Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.

    Trata-se de um rgo colegiado composto por representantes do

    governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na

    formao de estratgias e no controle da execuo das polticas de sade,

    inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero

    homologadas pelo chefe do poder executivo municipal5.

    Compe-se, conforme prescreve a terceira diretriz da Resoluo n.

    453, de 10 de maio de 2012:

    5 Viana, Luiz Cludio. O papel dos conselhos municipais na gesto pblica [monografia];

    orientadora, Maria Eliana Cristina Bar. - Florianpolis, SC, 2011. p. 26

    267

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 38

    a) 50% de entidades e movimentos representativos de usurios;

    b) 25% de entidades representativas dos trabalhadores da rea de

    Sade;

    c) 25% de representao de governo e prestadores de servios

    privados conveniados, ou sem fins lucrativos.

    O Conselho Municipal de Sade tem as competncias elencadas pela

    quinta diretriz da Resoluo n. 453/2012:

    Quinta Diretriz: aos Conselhos de Sade Nacional,

    Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que tm

    competncias definidas nas leis federais, bem como em

    indicaes advindas das Conferncias de Sade, compete:

    I - fortalecer a participao e o Controle Social no SUS,

    mobilizar e articular a sociedade de forma permanente na

    defesa dos princpios constitucionais que fundamentam o

    SUS;

    II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras

    normas de funcionamento;

    III - discutir, elaborar e aprovar propostas de

    operacionalizao das diretrizes aprovadas pelas

    Conferncias de Sade;

    IV - atuar na formulao e no controle da execuo da

    poltica de sade, incluindo os seus aspectos econmicos

    e financeiros, e propor estratgias para a sua aplicao

    aos setores pblico e privado;

    V - definir diretrizes para elaborao dos planos de sade

    e deliberar sobre o seu contedo, conforme as diversas

    situaes epidemiolgicas e a capacidade organizacional

    dos servios;

    VI - anualmente deliberar sobre a aprovao ou no do

    relatrio de gesto;

    VII - estabelecer estratgias e procedimentos de

    acompanhamento da gesto do SUS, articulando-se com

    os demais colegiados, a exemplo dos de seguridade

    social, meio ambiente, justia, educao, trabalho,

    agricultura, idosos, criana e adolescente e outros;

    VIII - proceder reviso peridica dos planos de sade;

    IX - deliberar sobre os programas de sade e aprovar

    projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo,

    propor a adoo de critrios definidores de qualidade e

    resolutividade, atualizando-os face ao processo de

    incorporao dos avanos cientficos e tecnolgicos na

    rea da Sade;

    268

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 39

    X - avaliar, explicitando os critrios utilizados, a

    organizao e o funcionamento do Sistema nico de

    Sade do SUS;

    XI - avaliar e deliberar sobre contratos, consrcios e

    convnios, conforme as diretrizes dos Planos de Sade

    Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;

    XII - acompanhar e controlar a atuao do setor privado

    credenciado mediante contrato ou convnio na rea de

    sade;

    XIII - aprovar a proposta oramentria anual da sade,

    tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei

    de Diretrizes Oramentrias, observado o princpio do

    processo de planejamento e oramento ascendentes,

    conforme legislao vigente;

    XIV - propor critrios para programao e execuo

    financeira e oramentria dos Fundos de Sade e

    acompanhar a movimentao e destino dos recursos;

    XV - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critrios

    de movimentao de recursos da Sade, incluindo o

    Fundo de Sade e os recursos transferidos e prprios do

    Municpio, Estado, Distrito Federal e da Unio, com base

    no que a lei disciplina;

    XVI - analisar, discutir e aprovar o relatrio de gesto, com

    a prestao de contas e informaes financeiras,

    repassadas em tempo hbil aos conselheiros, e garantia

    do devido assessoramento;

    XVII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das

    aes e dos servios de sade e encaminhar denncias

    aos respectivos rgos de controle interno e externo,

    conforme legislao vigente;

    XVIII - examinar propostas e denncias de indcios de

    irregularidades, responder no seu mbito a consultas sobre

    assuntos pertinentes s aes e aos servios de sade,

    bem como apreciar recursos a respeito de deliberaes do

    Conselho nas suas respectivas instncias;

    XIX - estabelecer a periodicidade de convocao e

    organizar as Conferncias de Sade, propor sua

    convocao ordinria ou extraordinria e estruturar a

    comisso organizadora, submeter o respectivo regimento e

    programa ao Pleno do Conselho de Sade

    correspondente, convocar a sociedade para a participao

    nas pr-conferncias e conferncias de sade;

    XX - estimular articulao e intercmbio entre os

    Conselhos de Sade, entidades, movimentos populares,

    instituies pblicas e privadas para a promoo da

    Sade;

    269

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 40

    XXI - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas

    sobre assuntos e temas na rea de sade pertinente ao

    desenvolvimento do Sistema nico de Sade (SUS);

    XXII - acompanhar o processo de desenvolvimento e

    incorporao cientfica e tecnolgica, observados os

    padres ticos compatveis com o desenvolvimento

    sociocultural do Pas;

    XXIII - estabelecer aes de informao, educao e

    comunicao em sade, divulgar as funes e

    competncias do Conselho de Sade, seus trabalhos e

    decises nos meios de comunicao, incluindo

    informaes sobre as agendas, datas e local das reunies

    e dos eventos;

    XXIV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educao

    permanente para o controle social, de acordo com as

    Diretrizes e a Poltica Nacional de Educao Permanente

    para o Controle Social do SUS;

    XXV - incrementar e aperfeioar o relacionamento

    sistemtico com os poderes constitudos, Ministrio

    Pblico, Judicirio e Legislativo, meios de comunicao,

    bem como setores relevantes no representados nos

    conselhos;

    XXVI - acompanhar a aplicao das normas sobre tica

    em pesquisas aprovadas pelo CNS;

    XXVII - deliberar, encaminhar e avaliar a Poltica de

    Gesto do Trabalho e Educao para a Sade no SUS;

    XXVIII - acompanhar a implementao das propostas

    constantes do relatrio das plenrias dos Conselhos de

    Sade; e

    XXIX - atualizar periodicamente as informaes sobre o

    Conselho de Sade no Sistema de Acompanhamento dos

    Conselhos de Sade (SIACS).

    Salienta-se que os membros do Conselho no so remunerados e

    suas funes so consideradas de relevncia pblica. Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Rio do Campo, a anlise do Parecer do

    Conselho Municipal de Sade indica que as contas foram aprovadas.

    270

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 41

    6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do

    Adolescente

    A Constituio Federal trata do dever da famlia, da sociedade e do

    Estado, em carter prioritrio, em assegurar criana e ao adolescente uma

    srie de direitos, conforme pode ser constatado em seu artigo 227:

    dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.

    Nessa linha foi promulgada a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990,

    que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) e trata sobre a

    proteo integral desses.

    A referida Lei prev em seu artigo 88, incisos II e IV, a criao do

    Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente e a manuteno

    de fundo especial, respectivamente. Esse fundo, no caso dos Municpios, deve

    ser criado por lei municipal, obedecendo ao disposto no artigo 167, IX da

    Constituio Federal e artigo 74 da Lei n 4.320/64.

    O Conselho Municipal da Criana e do Adolescente rgo deliberativo e controlador das aes relacionadas poltica de atendimento dos direitos da criana e do adolescente.

    Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Rio do Campo, constata-se que as contas

    foram aprovadas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do

    Adolescente.

    6.3.1 Do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do

    Adolescente - FIA

    A receita do referido Fundo deve ser vinculada aos seus objetivos e

    sua finalidade, sendo que a forma de aplicao dos recursos determinada pelo

    Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente. Isto

    operacionalizado atravs da aprovao de seu Plano de Aplicao feita

    anualmente, em consonncia com o Plano de Ao elaborado anteriormente

    tambm pelo referido Conselho, de acordo com o artigo 260, 2 da Lei n

    8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do Conselho Nacional dos Direitos da

    Criana e do Adolescente - CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005,

    conforme segue:

    271

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio do Campo exerccio de 2013 42

    Lei n 8.069/90 Art. 260. [...] 2 Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente fixaro critrios de utilizao, atravs de planos de aplicao das doaes subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criana ou adolescente, rfos ou abandonado, na forma do disposto no art. 227, 3, VI, da Constituio Federal.

    Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005: Art.1 - Ficam estabelecidos os Parmetros para a Criao e Funcionamento dos Conselhos dos Direitos da Criana e do Adolescente em todo o territrio nacional, nos termos do art.88, inciso II, do Estatuto da Criana e do Adolescente, e artigos. 227, 7 da Constituio Federal, como rgos deliberativos da poltica de promoo dos diretos da criana e do adolescente, controladores das aes em todos os nveis no sentido da implementao desta mesma poltica e responsveis por fixar critrios de utilizao atravs de planos de aplicao do Fundo dos Direitos da Criana e do Adolescente, incumbindo-lhes ainda zelar pelo efetivo respeito ao princpio da prioridade absoluta criana e ao adolescente, nos moldes do previsto no art.4, caput e pargrafo nico, alneas b, c e d combinado com os artigos 87, 88 e 259, pargrafo nico, todos da Lei n 8.069/90 e art. 227, caput, da Constituio Federal. (grifo nosso)

    No caso do Municpio de Rio do Campo, constata-se que a despesa

    do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente (R$ 6.322,21)

    representa 0,07% da despesa total realizada pela Prefeitura Municipal (R$

    8.959.085,18).

    Alm disso, conforme documentao acostada ao processo s fls. 194

    a 209, verifica-se que:

    1) A nominata e os atos de posse dos Conselheiros do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente esto acostados aos autos, s fls. 198 a 201;

    2) Houve a elaborao do Plano de Ao referente ao Fundo

    Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente - FIA, em consonncia com o disposto no artigo 260, 2 da Lei n 8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005;

    3) Houve a remessa do Plano de Aplicao dos recursos do FIA, em consonncia com o disposto no artigo 260, 2 da Lei n 8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005;

    272

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art2273vihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art2273vi

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    4) A remunerao dos Conselheiros Tutelares foi paga com recursos

    da Prefeitura Municipal - Coordenadoria de Administrao e Finanas, conforme

    fls. 202.

    6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS)

    O Conselho Municipal de Assistncia Social est previsto no art. 16,

    inciso IV da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Citado rgo tem a competncia de acompanhar a execuo da

    poltica de assistncia social, e seus membros no so remunerados. No entanto, conforme pargrafo nico do art. 16 da Lei n. 8.742/93 as despesas referentes a passagens e dirias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exerccio de suas atribuies devem ser custeadas pelo rgo gestor da Assistncia Social.

    Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Rio do Campo, a anlise do Parecer do

    Conselho Municipal de Assistncia Social indica que as contas foram aprovadas.

    6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE)

    O Conselho Municipal de Alimentao Escolar est previsto no artigo

    18 da Lei Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009:

    Art. 18. Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de suas respectivas jurisdies administrativas, Conselhos de Alimentao Escolar - CAE, rgos colegiados de carter fiscalizador, permanente, deliberativo e de assessoramento, compostos da seguinte forma:

    I - 1 (um) representante indicado pelo Poder Executivo do respectivo ente federado;

    II - 2 (dois) representantes das entidades de trabalhadores da educao e de discentes, indicados pelo respectivo rgo de representao, a serem escolhidos por meio de assembleia especfica;

    III - 2 (dois) representantes de pais de alunos, indicados pelos Conselhos Escolares, Associaes de Pais e Mestres ou entidades similares, escolhidos por meio de assembleia especfica;

    273

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    IV - 2 (dois) representantes indicados por entidades civis organizadas, escolhidos em assembleia especfica.

    1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios

    podero, a seu critrio, ampliar a composio dos membros do CAE, desde que obedecida a proporcionalidade definida nos incisos deste artigo.

    2o Cada membro titular do CAE ter 1 (um) suplente do

    mesmo segmento representado.

    3o Os membros tero mandato de 4 (quatro) anos,

    podendo ser reconduzidos de acordo com a indicao dos seus respectivos segmentos.

    4o A presidncia e a vice-presidncia do CAE somente

    podero ser exercidas pelos representantes indicados nos incisos II, III e IV deste artigo.

    5o O exerccio do mandato de conselheiros do CAE

    considerado servio pblico relevante, no remunerado.

    6o Caber aos Estados, ao Distrito Federal e aos

    Municpios informar ao FNDE a composio do seu respectivo CAE, na forma estabelecida pelo Conselho Deliberativo do FNDE.

    A sua atuao est prevista no artigo 19 da citada lei:

    Art. 19. Compete ao CAE:

    I - acompanhar e fiscalizar o cumprimento das diretrizes estabelecidas na forma do art. 2

    o desta Lei;

    II - acompanhar e fiscalizar a aplicao dos recursos destinados alimentao escolar;

    III - zelar pela qualidade dos alimentos, em especial quanto s condies higinicas, bem como a aceitabilidade dos cardpios oferecidos;

    IV - receber o relatrio anual de gesto do PNAE e emitir parecer conclusivo a respeito, aprovando ou reprovando a execuo do Programa.

    Pargrafo nico. Os CAEs podero desenvolver suas atribuies em regime de cooperao com os Conselhos de Segurana Alimentar e Nutricional estaduais e municipais e demais conselhos afins, e devero observar as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional - CONSEA.

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    Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Rio do Campo, a anlise do Parecer do

    Conselho Municipal de Alimentao Escolar indica que as contas foram

    aprovadas.

    6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos

    Direitos da Pessoa Idosa)

    O Conselho Municipal do Idoso est previsto no artigo 6 da Lei

    Federal n. 8.842, de 04 de janeiro de 1994. Suas competncias esto previstas no artigo 7 da mesma lei, na

    redao dada pela Lei n. 10.741/2003:

    Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito

    Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de

    4 de janeiro de 1994, zelaro pelo cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei.

    Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Rio do Campo, constata-se que o Parecer do

    Conselho Municipal do Idoso no foi encaminhado, em desatendimento ao que

    dispe do art. 1, 2, "e", da Resoluo TC n 77/2013.

    7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E

    DO DECRETO FEDERAL N 7.185/2010

    A transparncia da gesto fiscal, entendida como a produo e

    divulgao sistemtica de informaes, um dos pilares em que se assenta a

    Lei Complementar n 101/2000.

    Para assegurar essa transparncia a Lei Complementar n 131/2009

    acrescentou dispositivos a referida Lei a fim de determinar a disponibilizao, em

    tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e

    financeira, referentes receita e despesa, da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios, bem como definiu prazos para a implantao.

    O artigo 48, pargrafo nico, da Lei Complementar n 101/2000

    alterado pela Lei Complementar n 131/2009, assim determina:

    Art. 48. [...]

    Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante:

    275

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htm

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    I incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;

    II liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em mei