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O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XXIII Abril 2017
ESCRITORES
Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)
(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]
DEZESSETE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO
Cadeira 059 - Guido Negri - Patrono: Ercílio Antonio Denny
ACADEMICUSPRAECLARUS
PREPARADO PARA NOVOS TEMPOS
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Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba.Diagramação e ArteFinal, Administração,Publicidade e Correspondência: Coopia Digitação e ServiçosEditoriais, Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP.Não fornecemos números atrasados. Matérias assinadas são de exclusiva responsa-bilidade de seus autores.CNPJ: 01.061395/0001-03. Fonefax: (0xx19) 3426-8568. EditorResponsável: Carlos Moraes Júnior, Mtb20.836. E-mail: [email protected] Site:www.clubedosescritores.com Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência 4252-8, Bancodo Brasil. Site:
REVISTA “ESCRITORES”
--------------------2 3 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL
Carlos Moraes JúniorPraeclarus/Piracicaba/SP
PREPARADO PARA NOVOS TEMPOS
Com nova Diretoria, o Clube dos Escritores se estrutura paraenfrentar novos desafios e novos tempos. Mudanças ocorrem a todo momento e temosque acompanhar para não perecer. A Revista continua buscando as 60 páginas, e continuanecessitando da benesse dos amigos poetas, que deveriam se interessar em publicarseus versos. Já que o fazem em outras publicações e na Internet, por que não na Revistada sua Academia. Como sempre, a peça mais importante de todo esse processo é oAcadêmico, pois é para ele que tudo é feito, que tudo é planejado e tudo é levado a efeito.A Chapa foi eleita, mas as votação foi uma verdadeira afronta, uma vergonhosademonstração de desinteresse e de falta de consideração, como acontece com tudo o queo Clube realiza. Tudo bate no desinteresse e na falta de consideração para com o trabalhoque desenvolvemos com tanta boa vontade para vocês.
É assim com o pagamento das anuidades, que continuam muitoatrasadas, com o envio de material para a revista. Foi por isso que acabamos com osConcursos de Poesia e de Crônica, que tivemos por tantos anos. Com nossas reuniões do“Café com Literatura”, com o “Palavraria Musical”, com as nossas Coletâneas mensais enossos livretos alternativos. Tudo morreu na falta de interesse dos Acadêmicos, ou namaldade das pessoas que não querem somente sugar e tirar proveito sem jamais dar nadaem troca. E todo mundo pensa que pagar uma anuidade que faz 27 anos que não se alteradá ao Clube uma fortuna para fazer o que quiser. Pegue o valor da sua anuidade e dividapor 12 e veja quanto você rende ao Clube por mês. Quem paga R$ 150,00, e essa anuidadenão se altera faz mais de 20 anos, paga R$ 12,50 por mês, imagine quem paga R$ 50,00, quepaga R$ 4,10 por mês ao Clube. E todo mundo vive reclamando!
E Nós fazemos o que?Não fazemos mais nada porque tudo custa,tudo tem valor, tudo é caríssimo. E quase nunca temos dinheiro para fazer nada. Nem aRevista a gente consegur fazer direito, porque todo mundo paga quando der, quandopuder, quando quer. Ninguém segue o Estatuto, porque acham que o Clube nem dever terEstatuto. Tem sim, mas ninguém está interessado nisso, todo mundo está interessado nasua vida e no seu umbigo. O Clube sempre fica para o último plano. Se um dia alguém tivervontade de ajudar. Não é engajamento ou obrigação. É piedade, é pena.Coitado! Ele está em apuros. Vou ajudar.
ATÉ ONDE SEREMOS CULPADOS ?
As nuvens esparsas foram se agregando e formando figuras grotescas,ao sabor do vento que soprava, obedecendo às ordens climáticas. Quando todas seagruparam, desanuviaram por inteiro, dardejavam raios e trovejavam e mandavam para aTerra chuvas torrenciais, que intimidavam a todos. Nesse momento, o gado amedrontado corria pelo pasto em galopedesabalado, à procura de abrigo. Mas ai deles! Se buscassem as árvores, seriam alcançadospelos raios e morreriam carbonizados. Mesmo assim, ali se abrigaram...As águas caiam dos céus como castigo, levando pontes, inundando casas e matandoquem encontrassem pela frente.Era mesmo uma calamidade! Depois da tormenta umachuvinha miúda, fininha e mansa era despejada pelas nuvens e tudo se acalmou e ficoucheirando à terra molhada. Antes, os homens haviam pedido aos céus que mandassemchuva, batendo latas e tambores, fazendo muito barulho para despertar os deuses danatureza. Foram atendidos e receberam a chuva. Agora suplicavam para que a ira dos deuses fosse aplacada e nãomandassem mais chuva. Eles foram piedosos e não choveu mais.A Terra foi ficando calcinada e gretando rapidamente, a ponto de nada mais crescer entreas rugas daquele solo ressequido. Assim, um céu limpo e sem nuvens foi tornando a terrainóspita. Sedentos, os animais morriam aos milhares, deixando as carcaças à mostra naterra árida. Jamais tinha acontecido um período de seca parecido. Sem água, sem árvoresnem a caatinga resistiu. O mar transformou em deserto, os rios pareciam estradas ladeadasde gargantas e grotões, tudo que havia neles desaparecera. Sem animais, sem plantas nemesperança, os homens não conseguiam entender porque aconteciam aquelas alteraçõesque rapidamente iam transformando tudo num deserto. Muitas hipóteses foram levantadas e algumas chegaram a concluir quetudo ocorrera, porque chegou um tempo em que nada satisfazia o ser humano, porque eletinha pensamentos imediatistas, não tinha amor à sua terra e só queria usufruir dela,derrubando as árvores por causa da madeira, sem esperar que dessem frutos. Essa maneirade agir abalou todo o ecossistema terrestre, pois ninguém se lembrou daqueles que viriamdepois. Comeram tudo e se entupiram sem deixar sobras para ninguém, nem para seusfilhos.Assim, os homens migravam de um lado para outro, sem saberem para onde ir, esomente encontrando uma forma cada vez mais profunda de um caos absoluto. Muitossobreviventes, sentindo-se solitários, num lugar ermo, abandonados ao deus dará e semesperança, buscavam a morte. Milhares de outros, movidos ainda por uma longínquaesperança, se reuniam, para orar. Dobravam os joelhos pedindo aos céus que mandassemnovamente as chuvas, mas as nuvens estavam tão longe dali que não podiam ouviraqueles lamentos, e o vento soprava levando-as para mais longe de onde ainda existisseágua para que o seu vapor não as transformassem em nuvens de chuva. Vagarosamente, com o passar do tempo, as orações foram sendosubstituídas pela competição, pela lei do mais forte, e os homens perceberam que sembrutalidade não conseguiriam sobreviver Todo potencial ao qual a humanidade tiveraacesso e do qual sabia fazer uso, era obsoleto. Não havia mais água encanada, nemmodernidades. Luz, só a do sol causticante, porque não existia mais eletricidade. Comopoderiam se comunicar, na busca de outros sobreviventes se não dispunham de televisão,computador, carro, gasolina. Tudo o que tinham usufruído um dia, no momento, era virtuale sem a base cientifica que possibilitaria fazer uso dessas facilidades. Era complicado fazer contas sem uma calculadora, saber as horassem relógio. Enquanto os sobreviventes perdiam a noção do tempo, contavam os momentosda vida pela passagem dos dias e das noites.Estavam a zero e teriam de começar um mundonovo, muito diferente, sem a infra-estrutura que conheceram advinda do progresso, dodesenvolvimento e da tecnologia. Sentiam-se como astronautas abandonados num mundo
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POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL
Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/[email protected]
ermo sem esperança de socorro ou de resgate. Era como se tivessem retornado à Idade daPedra.Se aparecesse um animal teriam que se defender dele da mesma maneira que seusancestrais, da mesma forma fariam se precisassem caçá-lo para se alimentar.
**** Então ele percebeu que nada havia aprendido para essa novarealidade... Nesse novo mundo seria um inútil. Não teria competência nem para sobreviver!
Nisso ele ouviu o som de um avião a jato que passava deixando seu rastroe num pulo saiu da sua cama coberta por um edredom e, aliviado, foi beberum grande copo de água gelada.
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Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP
UMA ÁRVORE NO MEIO DO CAMINHO
Um sessentão de cabelos mesclados, físico ereto, expressão forte eligeiro sorriso, assíduo frequentador da Avenida Cruzeiro do Sul, lugar onde o sonorobarulho das águas do rio Piracicaba, o ar fresco da manhã, a sombra das ramagens dasárvores, provocam nas pessoas muitas sensações; caminhava fazendo sempre o mesmopercurso durante uma hora e para finalizar alguns exercícios de relaxamento.
Sempre reflexivo e calado, quando alguém o interpelava, semprerespondia em voz alta: “Conversa só no final da caminhada”.Por motivo não conhecidoausentou-se por um longo período. Todos sentiram sua ausência.
Num determinado dia retornou e ficou entusiasmado com as melhoriasna pista de caminhada, na avenida e na rodovia. Sentiu orgulho de ser piracicabano e nãofez como de costume, que era caminhar de imediato, mas dedicou tempo observando osarbustos mais verdes e serenos, o rio descendo calmo, as árvores podadas.
Num dado momento, iniciou sua caminhada, de costas por algunsmetros e bateu numa árvore que estava bem no meio do caminho. Assustadodisse: “Minha amiga, aí é seu lugar? Antes não a tinha observado... Porsinal és muito bela!”
Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/[email protected]
LIVRO DE EMILIANA LANÇADO NA XII BIENAL DO CEARÁ
O livro “A Garota Bacana”, de Emiliana Souza Teixeira, de Itapipoca/CE, Cadeira Geraldo Bragion, da Área de Letras, do Quadro dosMembros Titulares Eméritos do Clube dos Escritores Piracicaba,Lançamento pela Editora Livrus. Contato: [email protected]
Ana Maria OsórioTitular Enperito/Pelotas/RS
Adélia de Lourdes Klaus ElnsfeldtPraeclarus/Porto Alegre/ES
EU POEMA I Busco sentimentosna angústia de viverintensamentede mim estou ausente no desespero da solidão me disperso revelo palavras em versos me escondo nas nuvens névoa esparsa passa no labirinto do poemame encontromomentos de enlevo(levo) pra dentro de mim.
TECEDURA DE SONHOS
Teci meu sonho mais lindocom pétalas esvoaçantese fios louros de auroranuma manhã de esplendor.Nos teus olhos de arco-íris,nas plumas das tuas mãos,no universo do teu corpourdi meu tema de amor.
Na taça rubra dos lábiosbebi o sumo e o licordo teu sorriso, o mais beloenfeitado de lembrança...Com os pincéis do desejoe a paleta da querençapintei a minha obra-primacom luzes, sombra e esperança.
No tear do meu destinoentrelaçando magiacompus com astros silentese pós de estrelas e luatua lembrança opalina...E numa galáxia pandade leite, luar e lenda,entre frouxéis estelaresmoldei-te..., musa divina...
Depois...... vestido de espanto e tédioassimilei a mensagemimpressa em bruma e mistérionas fímbrias da astralidade.E entendi que um sonho é sonho,e a dor humana não contae nos serões da utopiaao amante resta a saudade.
ALDRAVIA 3
TardeFriaInvernoCháCucaBolinho
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O escritor Antonio Celso Rizzi, de São Paulo/SP, Cadeira Lino Vitti, da Áreade Letras, da Galeria dos Academicus Praeclarus do Clube dos EscritoresPiracicaba, lança seu livro “ O Chorinho através dos Tempos”, E-book quepode ser adquirido nas livrarias virtuais: Amazon, Apple, Cultura, Google,Kobo book e Saraiva. Preço: R$ 10,00.
CELSO RIZZI FALA SOBRE O CHORINHO
CREIA E CRESÇA
o nome de batismo do momento pode ser crise,o destino das vontades pode tornar-se nebuloso,mas uma ideia fraca, por mais que eu repise,não quero que se transforme em algo tenebroso.
a solução, antes do problema, é como na química:misturar, juntar e agitar para tudo transformar,explicando as ações em prosa e com mímica,conseguindo o sucesso pelo meu despertar.
que esta crise seja o desafio da oportunidadepara que cresçamos sem medo, sem ver obstáculoque o suor do trabalho seja nosso único oráculoe, assim, conquistemos por completo a felicidade.
cresça a alma, cresça o espírito, cresça a emoção;das finanças também, pode até ser do dinheiro,porém, o importante é crescer por inteiro,com a mente, com amor e com muita paixão!
APRENDIZAGEM
Pelos labirintosSo tempo,A vida prossegueA encantar eSurpreender...E pelos docesRecantos,Revela-se sábia,Para nos entender.Mestra, nos revelaLindos caminhos...E artista,Nos ensina aPercorrer!
Alais Monteiro PickersgillPraeclarus/Rio Grande/[email protected]
Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/[email protected]
Antonio Araújo LoiolaPraeclarus/Campo Maior/PI
Amália Gerda BomheimDecana/Caxias do Sul/RS
Antonio Augusto Alves AlmozaraConselho/São Pedro/SP
Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/DF
Tapete estreladona mata floridae escura!Piscam vagalumes.
VIGÉSIMO CADERNO
Flutua ainda no araquela mesma energiacom que ele conseguia,de norte a sul, congregar
tantos e bons escritoresnesta arte de poetar.Lápis, penas a rascar,cantaram os amores,
tragédias e alegrias,que editou com ousadia.Com carinho nos promove!,
se dizia. E assim iaenchendo os dezenoveCadernos de Poesia.AMOR INFINITO
Haja o que houverAconteça o que acontecerEstarei onde você estiverGosto muito de você
Vire o barco, acabe o mundoPasse o tempo e a historiaMas meu amor, que é profundoJamais saíra da memoria
Amor que é amor nunca morreNem tão pouco envelheceNa vida que nos socorreÉ sempre quem nos merece
VOGAIS DA VIDA
A vida é um caminho.É o início do nascer,Isso para quem consegue sobreviver.O rejuvenescimento é a raiz do alento.Último acesso ao envelhecimento.
Aquele que ora a DeusÉ sempre abençoado.Inicia a vida por Ele amado.Órgão vital da maturidadeUnindo forças para a saúde eprosperidade.
A alegria está em saber viver.E ter ao lado um bem querer.Irradiado pelo amor de outro serOrdenamento que nos seduzÚnico desejo de viver que nos conduz.
A luz eterna é dom astralEspelhada na claridade do cristalInspirada pelo desejo vital.Oremos a Deus sob o seu pedestal,Ungindo a força do bem contra o mal.
Sobre a terra secaAnuncia o fim do invernoChuvinha manhosa.
Hazel de São FranciscoPraeclarus/São Paulo/SP
ESTAS HISTÓRIAS
Enrolam... enrolam...e não conseguem desenrolar.Se eu digo algo,ninguém entende.Uma vez enroladanas minhas histórias,acabo não conseguindo falar.Histórias enroladas,criatividade aflorada.
Gabriele Loureiro BruschiPraeclarus/Porto Alegre/[email protected]
8 9POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL
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Caris Licia Garcia do AmaralPraeclarus/Indaiatuba/[email protected]
Areoaldo de PaulaTitular Emérito/Brasília/DF
Antonio MoreiraPraeclarus/Rio de Janeiro/RJ
Augusto Barbosa Coura NetoPraeclarus/Florianópolis/[email protected]
Antonio Benedito GalloConselho/Ribeirão Preto/SP
ACONTECEU
Como um sopro divinode um Deus tão supremoVeja: aconteceu!Eis que tão conhecidosSó talvez esquecidos,estamos cá você e eu
Sei que já te conheçode outros tempos,de outros planosE o céu se abre agorae leva pelo éter sem retornoas cinzas dos desenganos
E eu que não sentia maisas sensações normaisde um ser vivente;Sinto agora a pulsar,a bater e a vibrarmeu coração inocente.
És assim, esse sopro,essa luz, esse canto,esse tango, esse fado;Pelo bem que me traz,pela volta da pazo meu muito obrigado.
ASSIM VIVE O HOMEM
Vaga inútilVida afora- Vazia e fútil -,Em buscado belo,Que chama de elo.O nada é seu forte,A ignorância é seu norte.Mas ele se jacta,Com ânsia,E até com arrogância.Chega mesmo a dizer:“Eu sou um guia”.Não passa, todavia,De pobre cotovia,Que apenas pia,Quando muito voa,Pois nada sabe,Inclusive de sua ignorância:“Farta e boa!”
METÁFORA
Dois casulos lado a ladoà espera de sua eclosão ...Neles havia dois seres,Em cada, pulsava um coração ...
Duas borboletas firmaram pactoao abrirem suas asas junto voarem... E jurando amor eterno, seus destinosem harmonia se juntarem...
Esta era a ventura que queriam,mas o vendaval do destino as separou...E, um dia, voando sobre os jardins da vida,Outra linda borboleta encontrou...
Porém, colhida pela teia do destino,esta união também não vingou... Pois, ao ver seu amado, ali preso,covardemente bateu asas e voou...
E se batendo, a teia rompendo,não quis mais sua amada procurar...Foi uma vez mais voando nos jardins davida que pôde sua verdadeira amadaencontrar...
Desta vez, foi amor gêmeo, total, sublime, incondicional e irrestrito...Voando lado a lado nos jardins floridosa viver um amor forte e bonito...
Assim, iniciaram sua prole para a espécime perpetuar...ensinando-lhes a lição de vida, nunca será tarde para amar...
A LUA E O SOL
Quando vejo a Lua vagante,Brincar no céu qual sereia,Recordo teu corpo arfante,Como o mar beijando a areia.E vendo o Sol na campanha,Ondear o flavo trigal,Recordo tua tez castanhaDe donzela angelical.Olho os astros e recordo,Dos sonhos tristes partidos,Sou apenas um pobre efebo,De desejos reprimidos.Nas minhas dores de amor,Por te querer sem cessar,Escutas, Lua, meu amor,Sou teu Sol...Quero te amar.
VIAJAR Não me pergunte o que penso.Não saberei responder.Viajo nesse mundo constante.Não sei se estou nas nuvensOu girando no ar. Às vezes, eu acho queEstou sonhando.Quando fecho meusOlhos para pensar.Atravesso locais estranhos.Consigo em outro lugar chegar. Mas, quando retornoAo meu mundo.As matas, o vento, o ar eA vida me deslumbram.Ai se elevam meusPensamentos para o céu.Agradeço a Deus a sua bondade. Nesse lugar fascinante.Onde os olhos podem enxergar.Aprendi o que é amar.Para poder em harmonia estar.
Se a medicina escolheuE um juramento firmou,O pobre que apareceu...Atenda, como jurou!
Milton Mariano de SouzaColegiado/Governador Valadares/[email protected]
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CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------AMOR DE UM NATAL
Amor de um natal ficou numa noite em que o papai Noel foi pegoabraçando o menino. O Amor de um Papai Noel ficou no sorriso daquele menino nessanoite de Natal. O menino pensava em Jesus Cristo que nesse dia nasceu esse meninoJesus que se preocupava com as pessoas.
O menino foi conversar com o Papai Noel e ficou feliz neste Natal.Na noite de natal ficou para lembrar esse menino que nasceu Jesus Cristo para o mundoe se preocupar com seus filhos e assim ele nos chamou.
Na noite o Papai Noel lembrou aquele bom que ajudava as pessoasa quem o procurasse.O amor ficou no sorriso de cada criança, a felicidade do Papai Noele de cada criança nesta noite de Natal. Aquele natal é um sonho de alegria, explosão efelicidades para todos na noite de Natal.
O menino ficou na felicidade daquele homem Jesusque realizou muito sonhos. O amor de um Natal descobriu um sonho efelicidade deste Papai Noel que entregou o presente ao menino e como seentregasse para o filho de Deus, Jesus Cristo.
Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP
Acho tão simples localizar o valor de uma vida. Sim, porque uma vidapra mim se resume em percorrer um caminho único e idêntico em qualquer lugar do planeta.Nascemos de uma fêmea (mãe) e um macho (pai)-nem sempre presentes. Somos acolhidos,crescemos (não importa as condições) e passamos a atuar no mundo... Copiando, buscandoo melhor... Acredito que todos nós queremos o melhor. E aí nos deparamos com umaverdadeira peneira. É uma enorme peneira, onde todos os bloqueios começam...
Então deixamos de ser gente, pra ser título, rótulo, filho de alguém,indicado por alguém... Aí começa a briga por conseguir o que no íntimo de qualquer serhumano é igual... Direito a vida!E cada um, briga como pode... Uns buscam força na injustiçada origem... Cruel demais!Outros nos direitos de leis adquiridas! Outros querem pagar como que herdaram ou roubaram e nem sequer sabem o real valor...
É... Isso é sociedade? Democracia? Será que a dor de um pé quebradoé diferente entre o branco e o negro? Será que a diarréia dói menos em um pobre do que emum rico? Será que chegamos ao tempo em que o amor separa seres? Dôo meu sangue...
Não sei onde vai parar!Recebo teu coração... Você nem imagina aondeele veio bater... Então... Simplifiquemos! Aprendi outro dia com meu amigo Pedro
— A caveira é o símbolo do ser humano... Ela vem nos mostrar que nofundo nós somos todos iguais.
Isso acabou de vez com qualquer diferença que eu pudessereconhecer entre os seres. Novamente... Então simplifiquemos! Somos o que somos.Sesabemos mais... Ensinamos mais! Se sabemos menos... Ensinamos menos!
Se temos... Dividimos! Deveria ser assim! E juntosfaríamos a felicidade que é o objetivo da vida segundo, um... Deus!
NÓS
Maria Valeska L. CabralConselho/Rio de Janeiro/[email protected]
A VERDADE ESTÁ LÁ FORA!
Desde os primórdios da humanidade, a nossa espécie humana teminteresse por descobertas, até como um ato de sobrevivência.Quando o centro do mundofoi o continente europeu, os grandes navegadores saíram pelo mundo afora com pequenascaravelas de madeira e instrumentos rudimentares como o astrolábio para engendrar nossete mares.O tempo passou, nossa sociedade mudou em diversos sentidos, mas aquelasede de descoberta aumenta cada vez mais, até por necessidade, pois no futuro ninguémsabe o que pode acontecer com o nosso planeta, quem garante que o planeta Terra possaexistir para sempre?Com a sanha pelo consumo, onde as pessoas destroem o planetarapidamente, ocasionando degelo de calotas polares, desmatamento, sem falar nas“esperadas” tragédias naturais como a expansão do sol, colisão com meteoros e coisasque a gente nem imagina, como até uma invasão extraterrestre, certamente tem gente lánas grandes esferas do poder que já está estudando sobre isso há muito tempo.
Essa questão de existência de vida fora do planeta é muitocontroversa, contudo temos que ter a nossa mente aberta, preparada para todas ashipóteses, isso é pensar cientificamente, será que Deus deu o dom do pensamento ecriatividade somente para a raça humana, tão arrogante e imperfeita?
Dentre inúmeros planetas existentes, será que somente o nosso é opremiado com civilização? Aqui mesmo na Terra temos diversos ambientes, muitosimprováveis para vida como conhecemos, mas existindo formas variadas de vida.
Será que podemos dizer que só nós podemos ter um planetahabitável? Será que tudo isso não é de interesse de um pequeno grupo de pessoas, paraque a sociedade não entre em colapso?
Você ainda pensa que num futuro ou até no presente, se aconteceralgum desastre de proporções mundiais a raça humana terminaria por completo comoaconteceu com os dinossauros? Claro que não, como todo povo inteligente, muita gentevai sair do planeta na hora da destruição, já pensou se todos soubessem que existe umasaída de emergência? Garanto que até quem está lendo esse texto e principalmenteescrevendo, ia tratar de encontrar e principalmente levar seus entes queridos, mesmo quedesejássemos deixar muitos desafetos em meio ao fim do mundo.
Se não fosse assim, para que existiria a estação espacial de pesquisas? Será que existe apenas para plantar feijão e outros cereais em diferentes condições? Paraque o governo se esforça tanto em desmentir a presença de vida inteligente lá fora? Paraque tantos experimentos e explorações espaciais, se achássemos que nunca iríamos láfora?Toda essa realidade é escondida, não podemos ter a mente fechada pensando quesomente o nosso mundinho violento seja o centro do universo, não podemos taxar o outrode louco ou anormal como muitos podem achar ao ler esse texto, pois é isso que nossosgovernantes querem, a desinformação é a principal arma em todo regime, seja ele democráticoou principalmente ditatorial, todos sabem disso.
Portanto quando verem uma estrela no céu, tenha a mente abertapois ela não poderá estar mais ali, sendo somente um reflexo da mesma, ou pense que nos
céus do nosso planeta existe muita verdade que temos que desvendar.
Marcelo de Oliveira SouzaConselho/Salvador/BA
12 13POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------
Carlos de MoraisPraeclarus/Ribeirão Preto/SP
ANDRÉS TUMANG FALA SOBRE UFOLOGIA
Andrés Luciano Tumang, de Piracicaba/SP, Cadeira Vincent CarmelPorsella-Flores, da Área de Ciências, da Galeria dos Academicus Praeclarusdo Clube dos Escritores Piracicaba, apresenta seu livro “Anomalia Ufo eEu”. Lançamento da Ekos Editora. Contato: [email protected]
POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------
MAIS UM LIVRO DE DEBATES DE CARLOS DE MORATS
“O Protetor das Matas”, novo livro de debates de Carlos de Morais, deEibeirão Preto/SP, Cadeira Danilo Sancinetti, da Área de Letras, da Gale-ria dos Academicus Praeclarus do Clube dos Escritores Piracicaba. Lan-çamento da Editora XFK. Contato: [email protected]
Bruno Nascimento AlleoniConselho/Rio Claro/SP
UM ÍNDIO NA CIDADE
Um índio saiu da triboFoi passear na cidadeCom arco e flechaFoi a pé e sem pressaUm passo, o outroUma calma passada
Um índio saiu da triboCom a pele pintadaCom semente de urucuDe cueca, de calçaProtegendo o bumbum
Um índio saiu da triboTrazendo sua culturaVeio pra nossa cidadeComigo, contigo veio fazer amizade
Um índio voltou pra triboLevando carinho consigoFoi recebido em festaPela tribo, pelo pajéFazendo o sinal da fé
AH! SE EU PUDESSE.
Ah! se eu pudesse retornar o tempo,amparar desejos, enrolar os sonhos.Reinventar a vida, recomeçar o amore preservar as esperanças olvidadas.
Ah! se eu pudesse refazer a lua, estancar relâmpagos, parar o sol.Transformar as noites de invernoem balões de fantasias tocados pelo vento.
Ah! se eu pudesse cumular de floresmeu altar de lembranças.Refundir a memória, refazer quimerase conceber recordações perdidas.
Ah! se eu pudesse espargir rosaspelos caminhos de volta.Entremear de sonhos revividosas trevas do esquecimento.
Ah! se eu pudesse reinventar uma primaverareplena de sorrisos e surpresas.Irradiar perfumes de jasmins e violetaspelas noites enluaradas a chover estrelas.
Ah! se eu pudesse aparar o aroma de rosasque se difundia a fugir pela janela abertae buscar a fragrância de todas as flores.
PEDAÇOS
Nossos caminhossão diversos
Nossas vidasse dividiram
Não somos umsomos apenasPedaços
Maria Gema MartinsConselho/São Paulo/SP
Continências ao velhinhoO General da Esperançavai resolver um pouquinhose sobrar para a poupança...
Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP
CANTIGA
Quero pensarque pensandopensareino pensamentoque me faz pensar na sorteNão seise pensona sortepois sortetambém trazmortee eu queroé a vidaComeço a pensarnum embalomas pensarme dá calose eu tenhoque pararPenso entãoque não pensandofica mais fácilRefletir.
Carmelinda Rodrigues da CunhaPraeclarus/Campinas/SP
Carmen Maria F. PilottoTitular Emérita/Piracicaba/[email protected]
Sobre AGOSTO e suas influências
Ventos de final de inverno limpam o céue dão visibilidade à Constelação de Escorpiãorevolvem folhas e expõem feridas a céu abertoaguçando o meu desejo de chorar
A humanidade ignora suas veleidadesem consensual alienação globalizadados que não querem assumir responsabilidadesou provocar um desafeto conjuntural
Brisas de primavera dissiparão algumas mágoastentando amenizar a descrença do crer no alheioe quando o verão trouxer a Constelação de Órion minha alma estará certamente revitalizada...
14 15----------------CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA
José Vicente CamposPraeclarus/Jaguariúna/SP
Vitaminas, minerais e Linha Sidney Oliveira.Quem se interessar entre em contato:
Cuidar da saúde é a coisa mais importante,porque a longevidade depende de uma
vida saudável. Pense nisso quando fizer reposiçãode vitaminas e sais minerais
CONSTRUINDO UMA VIDA MELHOR
As aranhas causam pavor pela máscara horrível que portam, masessas incansáveis tecelãs nos dão uma lição valiosa. Em seu trabalho incansável, elastecem a própria casa e se revestem de uma proteção branca como um disfarce para a suapreservação em sua armadilha e para atrair os insetos que lhe servirão de refeição diária.
Meu amor pela natureza, me faz ver as aranhas como um exemplo detrabalho.Igualmente, nós tecemos com nossas vibrações mentais a nossa vida pessoal econstruímos com nossa mentalização a vida que sonhamos. Mas não como as aranhas queusam do seu instinto de preservação, somos seres humanos, pensantes e sensíveis aobem, que abrigam no peito um coração movido pela Essência Divina em constante evolução.
Deus, O Nome Inefável, não se encontra distante de nós. Em verdade,reside no âmago de nosso ser, porque somos a sua imagem viva sobre a Terra e, emboracarregando uma matéria pesada, a Luz Divina que está acesa na Alma, nos alivia do peso dacruz que carregamos cotidianamente.
Sob os espinhos do caminho da vida, não busquemos as drogas ouquaisquer outros subterfúgios como alivio para se livrar das posições incômodas e dosparasitas que drenam as nossas energias. Sejamos o que somos, sem o individualismomórbido que a sociedade nos impõe.
Peregrinando pela vida, vamos com a certeza de que o Pai estápresente a cada minuto da existência, nos dando condições para suplantar as dificuldadesque se encontram no caminho.
Certeza esta que se estabelece através da fé, verdadeira companheiraque nos induz a uma vida melhor.
A vida, a minha, a sua, e a de todos, não será o destino tecido pormãos alheias! Será, efetivamente, a expressão de nosso próprio pensamento, moldado no
bom e belo ou na descrença, pois a descrença também é um facho de luz,porém, aceso na escuridão da ignorância que fabrica todos os males.
POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------
EU SEI QUE VOCÊ CONHECE...
O céu é muito grandeGosto de conhecer...mas eu sei que você vai encontrarSe você procurar o coração.
Eu olho para você em altacom seu filho luz feliz,Eu sei que você está em que a estrelaolhando para mim como de costume.
Eu olho para as nuvens,Por que você está se escondendo!Se você quiser a almae por seu amor eu morro.
Eu sei que você vive na luaEu sei que você está assistindo...Eu sinto isso atrás de mimalguém que está me guiando.
Sinto-te na luz,escondido atrás do solcom seus raios iluminamvocê, meu coração doce.
Eu sei que você como uma pipabrilhando por trás do meu corpoe seu riso “Vane”...Eu sei que você está dirigindo.
Eu vejo seu rosto no espelhominha alma iluminada...é que você tem aparecidocomo pó a partir do zero.
É que você pode cheirar as flores,é que você vê nas rosasé que eu sinto o seu vôomeu sonho doce.
Sinto você na minha solidão,Ouço atrás de meu silêncioEu sei que você vai falarpara dizer ‘eu te amo”.
Eu não perdi minhas esperançasa vinda para encontrá-lo,se a vida como eu sei,
Eu não deixararei de procurá-lo.
Célia GevartoskiPraeclarus/Piracicaba/SP
O MEU GUARDA-CHUVA
Chuva que vai, chuva que vem,Chuva que vem, chuva que vai,E sempre que vai,Faz-me pensar que já não vem...
A chuva é como você, meu amor,Você vai, você vem,Você vem, você vai.Demora... Volta novamente.E eu aqui, sem ter comO que me proteger,Sempre fico envolvidaNas suas palavras, promessas,Nos seus encantos, carinhosE falsos gestos de amorQue, como a chuva,Envolvem meu pobreE desprotegido corpo.
Há de chegar o diaEm que, quando ao meu ladoVocê chegar E tentar me envolver,Sentirá estar sozinho, Pois já tereiO meu guarda-chuva particular.
Cecília Rodrigues de SouzaConselho/Manaus/[email protected]
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Cícero Pedro de AssisConselho/São Paulo/SP
TRÁFICO DE ANIMAISSILVESTRES
Todos animais das selvasLá devem continuar.Se eles são nativos delaNelas deverão ficar,E que ninguém não mais ouseNenhum dali o tirar.
Da vida livre que levamNão deverão ser privados.Que os animais das florestasSejam todos respeitados,Mantidos no seu recinto.Não comercializados!
Nasceram pra ser libertos,Vivendo dentro do mato,Os habitantes silvestres.É terrível desacatoTirá-los desse ambiente,Além de punível ato.
Fauna também é beleza.Abaixo à escravidãoDos bichos dos matagais!ComercializaçãoDeles seja pra o que forMerece multa e prisão.
Muito ser humano estáSe comportando tão malQue cada vez mais imitaO bruto irracional,Tornando os bichos escravosE achando natural.
Tráfico de animais silvestresÉ enorme covardia.Tirá-los de seu espaço,A bonita mataria,É uma vil atitudeE maldita tirania.
RUMOR O mar, meu companheiro, leva meu grito.Fiquei feliz sabendo que chegou.As ondas, que me embalam, levam-mee o vento brisa ajuda-me a voar.Meu amor lhe envio no rumor das águasmeu corpo está sob a luz da luame deixo triste aqui na praia sonhomas pensamento vai como gaivota. Fiquei feliz sabendo que cheguei...Também estou a murmurar seu nomeaqui desejo encanto do amor e beijosdaquela noite que eu guardo no coração. Ficou no mar, ficou em mim, ficou o amorno rumor constante de uma linda canção.
Célia Lamounier de AraújoPraeclarus/Itapecerica/[email protected]
Carmen Elza Straub de AbreuDecana/Itapetininga/SP
INCERTEZA
Por que procurar se não encontroO olhar amado a me fitarSe sonho e no sonho em sombras andoO pensamento a divagarPor que desejar minh’alma gêmeaNa eternidade a minha irmãSe lembro e essa lembrançaNão tem idade, só manhã ?Por que pensar em tantas coisasSe ser fiel é uma virtudeSe tudo está no meu semblantePlácido, num ar de beatitude ?Como saber esta verdadeSe eu de ti ainda não seiPosso saber da realidadeMas do meu futuro, saberei?
ENQUANTO É TEMPO
Não quero ser de ti, escravo eterno,Porque por teu amor, me anulei,Não quero mais viver, maldito inferno,Pois ser feliz ainda, eu sei que hei.
Se, rosas, no passado, eu te ofertei,São hoje flores secas, sem odor,Porquanto sei que agora me livrei,Das horas de prazer e não de amor.
Mas tudo nesta vida é uma lição,E traz ensinamento ao coração,Embora venha junto o sofrimento.
Espero que você consiga ver,Que a vida tem mais coisa a oferecer,E fuja como eu, enquanto é tempo.
Condorcet AranhaJoinville/SC/In [email protected]
DESCRENÇA
A terrível dúvida das aparências,incerteza em tudo, desilusões latentes.Confiança? Certeza? Especulações.A identidade é falsa - apenas uma fábula.As coisas que eu percebo ao meu redor,animais, plantas, homens,densidades, formas, cores,serão reais ou somente aparições?Sem entender o que vai pelo mundoa nada posso responder.
Cosme Custódio da SilvaDecano/Salvador/[email protected]
Cecy Barbosa CamposPraeclarus/Juiz de Fora/[email protected]
A LUTA
BatalhaPara não viver como uma máquinaTer lazer de consumoConsumirE ser objeto de consumoPara não ser alienadaDe siE do mundoLutarPara ser sensívelCríticaCriativaIdealistaE alcançar a plenitude
Carmen Lúcia HusseinColegiado/São Paulo/[email protected]
SEDUÇÃO
Súbito sentiu uma chama no peitoUma triagem no umbigoQuando a teúda e manteúdaCorpo de conteúdoSem menor pudor banalSangue pulsante carnalEm prantos sem prumoE razão trêmula expostaAjoelha-se e imploraQue o jovem apolíneo padreA batina jogasse foraTapando-lhe a luz que discerneVarando-lhe a escuridão que entorpeceMas ao espírito animaEle já desbatinadoSem temer contriçãoPecaImensamente grato!
18 19POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL
Darcy Reis RossiColegiado/São Paulo/[email protected]
Denivaldo PiaiaConselho/Campinas/[email protected]
Djanira PioAssinante/São Paulo/[email protected]
Cláudio Dortas AraújoConselho/Estância/SE
Carlos Eduardo PompeuDecano/Limeira/SP
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Daniel PresotoColegiado/Piracicaba/[email protected]
SÚPLICA
Deixa senhor,Que esta estrela moribundaDesfolhe-seE teça seu ninho em meu corpo...
Deixa amor,Que esta noite infausta,Recubra-me,Com a romaria de pesadelosQue, em sua origem sombria,Fez da morte,Um dia agonizante...
DeixaQue estes lamentos vazantes,Percorram os rios naufragados,Por entre minhas células vazias,Cerrando o fecho dum sofrer de mil dias...
DeixaQue a música dormida,No relicário de minh’alma,Possa escaparPor entre as fendas madreperoladas,Libertando meu grito suspenso...
DeixaQue minhas lágrimas explodamEm cascatas ritmadas,Lavando meu corpo de tudoQue é seco ou ferido...
Deixa, enfim, senhor,Que meus elíseos abram asasSobre estes cortes fundosQue escreveram um nomeEm minhas alcândoras sangrentas...
SINTONIA ÍMPAR
Em profundo desinteresse de coisas “corriqueiras”E que não preenchem, me pego regularmente
Em reflexões... e, nessa hora máximaEu te invoco e te clamo com todo amor
E ternura existente minhas emoçõesSussurra aos teus ouvidos a música mais suaveE você “me ouve” com os ouvidos de quem ama
Com sofreguidão.E, quem passa, não deixa de notar
Tanto sentir expresso “em simplicidade”.E se perguntam: Como pode dois seres
Terem tanta “sintonia”?!Mas, só nós sabemos que somos assim,
Criados um para outro.
DE ANTEMÃO
Faz-se muitas coisasde antemão.Cozinha-se na vésperaPrepara-se o pão.Encontram-se pessoasUm problemão.Simples paquera.Amantes futuros.Pedem perdão.
DEPOIS DOS SESSENTA
Depois de viver sessenta anosvocê descobre queo pecado está nos templos;a poesia, no último verso;a liberdade pode ser estressante.
São 60 anos para entender quea certeza vem das estrelas;o amanhã nunca existiu;a dor só passa quando é aceita.
Hoje sei quesim, ausência tem cura;rejeição é a dor maior;a angustia nos depura.
Depois dos 60 só peço queabrace o meu abraço;não me deixe de compassofeito bobo na janela.
EM RÉQUIEM
Os sinos nos seus vaivens,de uma torre cor marfim,aos céus diriam améns, se dobrassem em latim.
QUESTÕES
O enigmade minhas dores,quem poderádizer-me?O enigmade meus escuros,quem poderásaber?O enigmade meus segredos,onde poderácaber?
DEPOIS.
Depois da noite e pernoite,admira-se a flor-da-noite...Depois da procela, sem elavem a suave bonança...Depois do rigoroso inverno,surge a encantadora primavera...Depois do desamor,pode aparecer o amor...Depois da intimidade,não raro, vem a amizade..Depois da guerra,às vezes, vê-se a paz...Depois da procura,obtém-se a cura...Depois do desânimo,recupera-se o ânimo...Depois do descaminho,encontra-se o caminho...Depois da reação,faz-se a boa ação...Depois do desencanto,(re) nasce o encanto...Enfim, há o pois do depois,também, o depois no pois...
Eliseu OroConselho/Descanso/SC
20 21 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA---------------- ------------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL
OURO DE TOLO
Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/SP
A minha vida inteira corri atrás do dinheiro. Dizem que dinheiro é oDeus na terra. Fiz o ginásio já almejando um curso técnico para ir de encontro ao dinheiro,tocava violão para ser artista e ter carros e dinheiro, tudo envolvia dinheiro, statusprincipalmente status, e status quo, porém quando cheguei à maturidade que não podiacontar com meus pais para dar meus passos, amigos me deram as costas porque meesqueci deles, outros aproximaram à custa de dinheiro, vi que tudo não passa de umailusão muito grande, enquanto você tem você domina tudo, quando fica sem leva umponta-pé, foi então que antes de perder todo o dinheiro, refiz minhas amizades e meapeguei às amizades sinceras, foi então que salvei o que há de bom no mundo, família eamigos, regados a bons momentos foi como salvaguardei a pátria, e dei a volta por cima.
Muitos acreditam que o dinheiro traz felicidade, manda buscar,compra, mas não é verdade, os verdadeiros tesouros das vidas, amigos sinceros, e amigospara horas difíceis, e ombros para chorar, a gente não compra com o dinheiro, e sim coma amizade, e quando ficamos ricos, ficamos sem os verdadeiros amigos, aqueles quenasceram com a gente, fizeram o primário, o ginásio, todos se afastam, motivados pelafalta de humanização de nossos atos, ficamos materialistas demais, esquecemos de Deuse achamos que o dinheiro tudo resolve, até que perdi meus pais e não pude comprar avida deles, embora tenham durado bastante, fizeram falta nos momentos em que maisprecisei de apoio tive que me virar sozinho.
Hoje enfrento a vida de peito aberto, bem de vida, não rico, nãoquero mais ficar rico, enriquecer minha alma todos os dias, beber suco de frutas, conversar
com meus amigos, escrever, eis o meu dia. Eu tinha uma colega que diziaque meu filho quando nascer vai se chamar Henrique ser, o meu não!
Rua Lima Barreto, 212/São Paulo/SP
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BRUMAS
Surgindo como véus que se dissipamCom o raiar do sol de um novo dia.As brumas outonais se intensificamComo um convite à melancolia.
E densas permanecem por mais tempo,Como a zombar da própria claridade...Denotam, nesse caso, dar exemploDe persistência ~ ou de tenacidade.
E teimam a resistir até o instanteQue aurora, com seu brilho cintilante,Destrói esse reinado de torpor...
E as brumas, antes densas, que se espargemEm névoa transparente se desfazem.E o Sol rebrilha no seu esplendor!
Emiliana Souza TeixeiraTitular Emérita/Itapipoca/CE
Edielson José GroppoTitular/Iguape/[email protected]
Eloísa Antunes MacielDecana/Santa Maria/[email protected]
DESLUSTRAR
Saindo das tintas em escovaPerdido em uma linha enganosaMultiplicado em boda invejosa
Como de hábito em hálito horrendoComo sábio em amnésia sofrendoCom horror a idéia morrendo
PIRAÇÃO?
Eu queria ser normal!Mas o que é ser normal?Nem sei mais a diferença!
Normal ou anormal...Não há anormal sem normal;Ambos se completam...Ambos me completam...Ambos nos completam....
E assim, vamos levando a vidaMergulhados em nossa totalAnormalidade e normalidade,Que se confundem como tal;
Daí vivemos felizesEste milagre da vida,Que nos faz especialE sentimos na realQue fazemos a diferençaEm sermos (a)normais.Será que sou anormal?Ser poeta é normal?Eis a questão!
Rosas, sempre as preferidas,são riquezas de um jardim,que ornamentam nossas vidas,do nascer ao nosso fim...
Terezinha de Jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG
2322 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------
Francisco Evandro de OliveiraColegiado/Belford Roxo/RJ
Francisco FerreiraPraeclarus/Conceição do Mato Dentro/MG
O HOMEM RACIONAL
O mico-leão-douradoolhou para o seu futuro eviu-se, sentindo-sesozinho e triste!Não adiantava vera bela floresta à sua frente, tudoestava perdido, o homem,ser mais “inteligente”.havia dizimado seu gênero!Então ele chorou, porquesó restava esperar o seumomento para verexterminada seu gênero.
A bela e majestosa onça-pintadaencontrava-se no cio contudo, estava perdendoas esperanças, nãohavia machos parao seu acasalamento.O homem com sua“esportividade” estavaexterminando sua espécie.Todavia, ela passeavaporque sempre existiauma esperança!
A ararinha azul. voava evoava solitária. Há muitotempo ela não sentia prazerem voar pelo infinitodos céus com uma parceira.Como era lúgubreconhecer a beleza da natureza sozinha.O homem com sua vaidadehavia acabado com seus pares.
As focas, jacarés, baleias,e muitas outras belas espécieschoram o dia a dia a falta delucidez do homem racional.Ele próprio com sua “inteligência”está destruindo a si mesmo
ET PARDAL HOMINUM
Pardal se civiliza
dos restos fáceis abundantes;
catar e comer, chilrear e copular
descendências garantidas
no contato humano,
ave cosmopolita.
Sem alma, urbano, é triste
incanoro, pássaro humanizado,
cio e cicio fartos
de liberdades corrompidas.
Volta a tua mata
alforria-te, faz quilombo
desdenha a convivência e conveniência
insalubres que te escravizam.
Sê bicho - seu destino -.
Bicho solto, desumaniza-te.
Vai ser feliz!
GOTAS DE AMOR...
Teu amor veio aos poucos,Ao meu coração...Como gotas, uma a uma,Minando a minha solidão...E hoje é uma abundante fonte:É amizade, é amor, é paixão!
Felícia Terezinha Soares LopesPraeclarus/Caçapava do Sul/RS
Francisco de Assis F. MelloColegiado/Botucatu/[email protected]
Edvaldo RosaConselho/São Paulo/[email protected]
AQUELES OLHOS
Gostodaquelesolhos.
Temcor depaixão.
Temmistérioe brilho.
Cintilamcomoestrelas.
Inundamminha almade amor.
Em síntese
A vidaé feita deemoções.
Umpunhadode paixão.
Um amorque noseterniza.
Doresque nosferem.
Infinitaalegriade viver.
A MESTRA DO MESTRE
Tu sabes tudo, mestre, da desgraçaQue ronda a choça do desesperado.Mas entendes, também, do afortunadoQue ergue da vida a mais solene taça.
Tu sabes tudo, mestre, da desgraça,Do mais sujo, do verme mais odiado.Mas entendes, também, do mais honrado,Do homem exemplar, do que não passa.
Tu sabes tudo, mestre, da bondade.Mas entendes, também, da crueldade.De tudo sabes, mestre, e eu sei disso.
Mestre, quem ofertou sabedoriaA ti que não tiveste escola ou guia?-- Meu filho, a vida me ensinou tudo isso.
A VALSA ANTIGA
O violão bordao tecido da emoção,misturando acordesda valsa antigaque se perdeunas esquinas do passado.
Raymundo Farias de Oliveira Colegiado/São Paulo/SP [email protected]
24 25POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------
VELHICE
Se, mesmo na velhice, amas com ternuraBendize esse amor, bálsamo da vidaAgradece ao Cupido, essa venturaE ao ente, que ao amor dá acolhida
Tens entreaberta a porta da canduraDo aprisco feliz, que ao sonho convidaEnlevado usufrui essa doçuraDeleitando o sabor dessa guarida
Do beijo, do suspiro, goza a emoção,Deposita esse prazer na saudadeE simula ser eterna essa paixão.
Se viveste, com essa intensidadeEstará preparando teu velho coraçãoPara ingressar feliz na eternidade
Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/SP
Geraldo Gabriel BossiniColegiado/São José do Rio Preto/SP
SOLITÁRIO
Minhalma é um favo secode uma colméia abandonada.
A saliva que escorre de meus lábios,geléia real que me nutre,
é ofídica lágrima em minha hidrografia.
Olho-me no abandono de mim mesmoNa penumbra do quarto que se instauraParadisíaco cenário em que me oculto
Bebendo plácido de meu próprio sereno
Sinto saudades de mim, de meus tempos deoutrora
Daqueles momentos que pareciamintérminos
Daquelas manhãs de sol morno e noites friasDos sorrisos, dos conflitos e das
saudades...
Meu solitário vôo. Montanhas vazias.Céu sem nuvens. Chão sem brotos.
APRENDIZAGEM
O cão não gosta de gatoou o ensinamos a odiar?O gato fica curioso com o jeito de ser do rato.O que reproduzimos insanamenteSem reflexão ou consciência?A maré nos leva... nos acostumamosque esse é o movimento das ondas.
Geraldo José Sant’AnnaColegiado/São José Rio Preto/SP
ARVORE É VIDA
A idade já se me chegou,e hoje sou uma árvore, quase velha...Fui semente bem cuidada,com gotas de amor regada.Fui broto despontando na terra,numa certeza da natureza.Fui ramo paciente no crescimento,sabendo que as leis da vida são imutáveis.
Me transplantaram . . .
Fui companhia de irmãs mais velhase formamos um homogêneo conjunto.Fui crescendo me sentindo mais útilaos outros seres que comigo convivem.Fui abrigo para agasalhar muitos sereslhes dando sombra pro descanso da faina.
Fui rija, fui forte,agüentando intempéries muitas.Fui valente e bem conscientecom os ventos que me açoitaram.Fui ajuda pras gentesdespoluindo o ar que respiram.Fui alimento pras vidas que não semeei,que me encheram de muito prazer.Fui frondosa com flores e frutosque causavam inveja de muitas.Fui alegria pra tantos passantesque deixou minha alma completa.
Hoje … Sou galhos secos,por tudo que a mim aconteceumas, por dentro,ainda resta o orgulho de ter e ser vida.
Gilberto Peter Caramão Titular/São Sepé/[email protected]
VICTÓRIA, MENINA GRACIOSA!
28 de Novembro de 2007,a Porto Alegre de Quintanaestá em Festa.Os jardins estão floridos;as árvores, verdejantese uma brisa envolventede alegria saúdaVictória Falavigna,que completa nove aninhos.Brinquedos, livrose cadernos de poesia,tudo exala um doce perfumede Menina Sapecaque irradia encanto, doçura,felicidade e magia.Victória é poesia,amor e simpatia.Esta Menina Graciosatem grande habilidadecom as palavras,as quais dá novos sentidose nos faz vivenciargostosas e agradáveis emoções.Entre brincadeiras e sonhos,vai traçando seus caminhos.Sua Poesia tem dado-lheAmigos e aberto Horizontes.Victória é uma Flora enfeitar minha vida.Seu olhar transmite meiguice,amor e candura.
Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS
A ESCALADA
Na escalada ao promontórioPassam espinhos,Passam surpresas,As aparências.Tem peçonha e dupla faceta.
Há que prosseguir a tolerânciaPrecisa cautela na escaladaO ideal conduz em frenteA bússola do bom trilhar
Mas há que chegar finalmenteA esperança e atingir o cumeMesmo que mau tempo retenhaVirá descanso e recompensa!
Ao avistar ao longe os pequeninosFinalmente, vencido o percurso,Eis que a fé conduziu seu intento.
Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/[email protected]
26 27 ARTIGO ARTIGO ARTIGO ARTIGO ARTIGO-------------
José Otávio Machado MentenPraeclarus/Piracicaba/SP
COMUNICAÇÃO ADEQUADA
A maneira que foi divulgada a Operação Carne Fraca, que ocupou asmanchetes dos principais veículos de comunicação e mídias sociais, do Brasil e de outrospaíses, a partir de 17 de março de 2017, sexta-feira, foi apropriada? Quais serão asconsequências para os consumidores, produtores, agro e para a economia do Brasil?
As investigações, durante dois anos, de irregularidades na produção,processamento e comercialização de carnes no Brasil devem ser enaltecidas e apoiadas.Assim como não se pode admitir que Fiscais e Agentes Sanitários do Ministério daAgricultura tenham recebido propina para liberar licenças sem realizar fiscalização adequadanos frigoríficos.É inaceitável que tenham colocado a disposição dos consumidores,brasileiros ou de países importadores, carnes e embutidos fora do padrão de segurança equalidade (adulterada, estragada, maquiada, contaminada, vencida), independente daquantidade e frequência.O problema deve ser muito bem esclarecido, deixando claro paratodos, sua dimensão e risco de causar doenças nos consumidores.
O caso deve ser apurado com todo rigor e rapidez e os culpadosdevem ser severamente punidos. Estas ações devem ter total transparência. As informaçõespreliminares são que, de 4837 unidades frigoríficas fiscalizadas, 21 (menos que 0,5%)apresentaram irregularidades e três foram interditadas. Que de 11.000 fiscais e agentessanitários do Ministério da Agricultura, 33 (menos que 0,3%) foram afastados.
E que não existe risco sanitário de consumir carnesbrasileiras.Entretanto, os procedimentos para divulgação da Operação, semesclarecimentos técnicos que poderiam ter sido fornecidos pelo Ministério da Agricultura,podem ter causado sérios problemas para a economia brasileira. A imagem e a reputaçãodos alimentos produzidos no Brasil podem ser seriamente prejudicadas.
E isto pode afetar todo o agro Brasil e a nossa economia, que vemtentando superar a maior recessão de nossa história. O agro foi o principal responsávelpela crise não ter sido ainda maior e é o setor que mais poderá contribuir para a retomadado crescimento, aumentando a renda, exportações, geração de empregos.
O Brasil depende do agro para proporcionar melhor qualidade devida de sua população. O agro está presente na vida das pessoas! O mundo vê o Brasilcomo um grande produtor agrícola, o país que mais vai contribuir para atender a demandade alimentos nos próximos 20, 30 anos. Mas o mundo exige, além de quantidade, qualidade!
A divulgação dos problemas nas carnes brasileiras, sem uma clarademonstração que se tratava de casos pontuais, está sendo generalizada. Consumidoresbrasileiros começam a questionar se o consumo de carnes disponibilizadas em nossomercado pode causar doença.
Representantes dos países importadores exigem reuniões urgentescom o governo brasileiro para obterem informações mais claras e avaliarem as ações quepretendem tomar.Fica uma lição para que a condução do agro seja cada vez mais técnica,sem interferências políticas.
E que a corrupção que assola o Brasil não ganhe espaço no setor,que vem dando tanto orgulho ao povo brasileiro: o agro! Nossa vocação, a atividade na
qual temos recursos naturais, tecnologia apropriada e claras vantagenscompetitivas.
POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------O PODER DA POESIA
Os nevoeirosfrios e fumacentosparecem dores de solidão.Nesses mesmos lugaresmora toda a poesiadádiva da criação perfeitao poder invisívelque determinaa fascinação de escreverMãos congeladasperplexas examinamos conteúdos da natureza.Um coração pulsando quenteaquecendo um corpoque se entregaao frio imenso.O sopro envolventejunto ao delírionão pode alcançar o pico.Os punhos se fechame tudo já está escrito.
Irene Zanette de CastañedaPraeclarus/São Carlos/SP
Inês Tafarelo TuonPraeclarus/Piracicaba/[email protected]
VULCÃO QUE FALA.
Uma fumacinha. Um alarme.Uma caldeira fulguranteUma voz calada , um som abafadoUm coração que não desmenteUm amor a explodir a qualquer instanteUma palavra em silêncioUm som a eclodirUma lava de amor a derreterUm universo só meuUm universo só seuUm universo só nossoUm amor de só de Deus.
A VIDA E O TEMPO
Acredito que cada ser humano.Traz consigo uma missão,Tudo passa pelas próprias escolhas,Nos momentos de reflexão.
Mesmo as nossas palavras,Soltas ao prazer do vento,Elas podem repercutir,Em algum outro momento.
Tudo na vida tem sentido,Até o ato de esconder,As consequências de nosso dia a dia,Uma hora vão aparecer.
Quando se pensa em fazer nada,Seja o motivo que for,É uma decisão que tomamos,Que tem um peso, tem um valor.
Neste mundo que Deus nos deu,Nesta caminhada de esperança,Há entes que vieram para somar,De quem todos guardam uma lembrança.
O bem, ou o mal que fazemos,O tempo não pode apagar,São páginas no livro da vida,Que o próprio tempo vai eternizar.
Iva da SilvaColegiado/Francisco de Paula/RS
28 29POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------
João Riél Nunes de Oliveira BritoPraeclarus/Tunas/ES
José Airton MellegaConselho/Piracicaba/[email protected]
José Keitel RibeiroDecano/Tres Corações/MG
CAMINHO PELO CAMPO...
Caminho pelo campo, o lugar onde eu nasci...E, às vezes, eu saio pelo pasto, como agora...Mastigando um capim com o peito nu de fora.Eu bebo o orvalho das terras onde antes vivi...
Desço um velho riacho, molho os meus pés ali...E vou beber na fonte longa a água fria e sonora...E, por entre os arbustos, encontro um pé de amora,Mastigo a fruta negra, então recordo que eu cresci.
Fico ali com a névoa branca no rosto e a bruma...Entre as vertentes escorre também a espuma.Olhando isso relembro a minha eternidade...
Regresso ao meu passado e tudo está em relevo.Busco aí a inspiração para o que eu escrevo...Vendo o campo, o qual hoje, apenas tenho saudade.
HOMENAGEM A ANGRA DOS REIS
Até onde consigo visualizar,vastidão de florestas primitiva.Um ano de ilhas cercam esse lugar,com manta de vegetação nativa.
De um píncaro cravejado na baia;vejo singrar saveiros em vai e vem.Levam esperanças, trazem fantasias,cruzam a serena baia de Angra do Reis.
Despertando do seu sono profundo,para mais um dia exibir suas belezas.Em delicados gestos mostra ao mundo,seu respeito e afeição a mãe natureza.
Vejo a noite nas águas refletidas,luzes de estrelas, exclamo, querida!minha nossa Senhora da Conceição,parece que o céu desabou aqui no chão.
NATAL
Na praça, festa de luzes,mãos carregadas de pacotes e ilusão.Crianças ricas ganham presentes,crianças pobres, fome e decepção.!
Dos pinheiros garbosos nas salas,descem festões multicores, em curvas graciosas.Aguardam Menino Deus, com festas tão caras,...ao longe na capela, coral de vozes maviosas.
Lá fora, chuva fina persistente,vento mensageiro, cansado de correr mundo.Penetra pela fresta, som estridente,sussurra ao pinheiro todo segredo oriundo...
De repente, num repente quase mágico,empadinhas começam a piscar.Sininhos tintinabulam delicados,meia noite! Menino Deus vai chegar!
Noite maravilhosa, abraços, mãos que acariciam,festões, bolas, presentes, risos crianças.Anônimos meninos de rua, só presenciam!É!.Meninos de rua: só Menino Deus traz esperanças!
Antonio Carlos FusattoPraeclarus/Piracicaba/SP
ABSORTA
Sentada só,Num degrau de pedra,Olhava alhures,Meio absorta.
Da esquina,Olhar panorâmico,Nela parei.
Acenei,Cumprimentei,Me aproximei;Só eu a observava,Perdida em seus pensares.
Depois? Bem...Depois, foram chopes,Sorrisos, falas alegres,Banimento do ruim,Momentos gostososE, quiçá, o inícioDe uma bela amizade!
CORAÇÃO EM CHAMAS
Meu coração está felizPor esse amor infinitoQue enche o meu peitoDe tanta alegria.Meu peito queimaDe tanto que amasDe forma tão ardenteQue meu coraçãoEstá em chamas.O fulgor desse amorAlivia-me de qualquer dorAdvindo de seus braçosO calorE de seus beijosO sabor.
José Roberto PanaiaPraeclarus/Piracicaba/SP
José Donizetti Nicolini GonçalesColegiado/Osasco/[email protected]
ELE SE ACHA
Eu sei que souUm homem bonitoEm todos os lugaresOnde quer que eu vá
As mulheres começamA me paquerar daqui a poucoEu dou o meu grito e todas elasComigo querem namorar
Não consigo deixar mais dissoDepois que eu mostro serviçoTodas elas sempreQuerem comigo voltar
Elas não percebemQue antes de amá-laEu tomo as minhas pastilhasAzuladas
Não preciso dizer mais nadaPorque elas vivemA me procurar
Maria de Lourdes S. Rossi MachadoPraeclarus/Porto Alegre/[email protected]
entendimentodalínguaportuguesamãossábias.
30 31POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL
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ALCANÇAMOS O CÉU
O verão de 1998 foi um sonho,Do qual eu não queria acordar!Lembro do calor de seus braços,Envolvendo meu corpo com amor.Seus beijos quentes dados com desejo,Por toda a extensão do meu pescoço.Subindo e descendo, me fazendo vibrar,Ouvindo sinos que não se podem ver.Você me deixou louco de desejo por ti,Querendo apenas morrer nas chamas,Do incêndio incontrolável de nossos corpos,Ardendo de paixão e do mais puro prazer.Naquele dia de sonhos, antes tão sonhados,Construímos juntos, uma noite só de paixão,Desejando apenas jogar, mas jogar pra ganhar,O jogo sensual e delicioso do amor.Sem regras, sem medo e sem preconceito,Deixando apenas e simplesmente a coisa rolar,Derrubamos as barreiras das convenções,Nos entregamos de corpo e alma, sem pensar.Fizemos juntos no fogo do nosso desejo,Amor por amor, sob a luz das estrelas,Banhados pela luz suave e doce da Lua e,De um jeito só nosso, alcançamos ao céu.
José AraújoPraeclarus/São Paulo/SP
José Paulo Castro SouzaConselho/Blumenau/[email protected]
O BANCO
O banco pode ser de várias utilidades.Temos o banco da praça:Da praça para os namorados,Da praça para os que querem descansar,Da praça que querem ler,Da praça que querem namorar....
Também temos o banco para:Dos mendigos que não tem onde descansar,Dos mendigos que não tem cama para dormir,Dos mendigos que simplesmente querem algumcarinho,Dos mendigos que simplesmente querem viver.
Está sempre lá,Para quando quisermos usar.
AMIGA TRISTEZA
Tal como um sussurroLeve...Vens...Tristeza.
IncontrolávelVens...Amiga...Companheiradas noites de insônia.Das noites de solidão.
ConvulsivamenteEu pranteio e adormeçoAo teu ladoAmiga...InseparávelAmiga.
Nos dias chuvososde amor.Nas noites de sonhosQue a lua prateadaClareia a face da TerraEstás comigo...Fiel...Tristeza amiga...
Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/[email protected]
BUSCA
Apesar dos tempos, eras fadospassados.E do bóson de HiggsDetetado,continuamos a buscaque parece eterna.E, talvez o seja.Pois é pedra.É filosofal.É panaceia, elixirda juventude eternal.
Paulo Alberto GarbusPraeclarus/Curitiba/[email protected]
ROSAS
Rosa, jovem mulher,sentia-se na vidanuma Rosa-clos-Ventos,sem saber que rumo escolher.
Triste, pensavanos desencontros do amor.
Seus olhos cor de terrachoravam,não aceitando o fugir,o querer despertare não conseguir.
Onde moravam seus jovens sonhos?Onde andava sua felicidade?Como lutar contra o destino?
Porém, olhando a natureza,viu em uma roseira,rosas despidas pela tempestadee botões se abrindoaos beijos dos colibris.
E Rosa percebeuque, na vida,a ressurreição é contínuae que ela,personagem do viver,deveria lutar,ressurgir!
E com alegre firmezaescolheu o caminho dos vencedoresna Rosa-dos-Ventos
Leda Mendes JorgeColegiado/Niterói/[email protected]
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Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC
Maria Helena CorazzaPraeclarus/Piracicaba/SP
VIVER É PARA OS QUE INSISTEM
É isso mesmo! Viver não é uma moleza, nem uma facilidade sem fim.Pelo contrário é para quem rala, se sacrifica e não deixa a “peteca cair” haja o que houver.Ao contrário de quem pensa levar tudo numa brincadeira e que a vida será sempre cor derosa apenas repleta de delícias, ela tem mostrado que, muito mais dificuldade há que seenfrentar do que se possa sequer imaginar, apesar de esforços de pais que tudo fizeram oufazem para que nada de infeliz aconteça a seus filhos.
O erro de muitos pais de gerações anteriores foi tentar mostrar, oufazer tudo para que seus filhos não sofressem nada, ou que, se tivesse que sofrer quefosse o mais brando ou o mínimo possível (tarefa difícil a eles, cujos valores foram muitomais rígidos e exigiam muito mais de si), daí encontrarmos jovens sem saber o que fazer,molengas, amolecidos ou desanimados, sempre com sono ou de saco cheio, como dizem,querendo levar uma vida facilitada e mentirosa que só lhes traz frustrações edesapontamentos, e o pior, culpando os pais (que, inacreditavelmente se culpam, por nãodarem aos filhos aquela felicidade que sempre prometeram, mas que não souberam ondebuscar, pois isso já não era mais de sua alçada...), pelos seus fracassos e desatinos,
Sobretudo quando decidem, que almejam sem pestanejar, somente obom e o melhor para usufruir. Pura ilusão! Pobre juventude de hoje que, assim comodomina máquinas e tecnologias as mais avançadas, difíceis e incríveis, no entanto, aquiloque depende deles próprios procurarem agir, escolher ou se dedicar a fundo, se tornaramempecilhos, pois, com a falta de limites, viver sempre dentro de uma felicidade ilusóriacuste o que custar, anda dominando e decepcionando de tal forma chegando a preocupara própria sociedade, muito além do propósito.
Que felicidade é essa que a vida fácil traz? Que dívida é essa com aqual os pais se culpam, quando julgam que seus filhos têm o “direito” de serem felizes?Que mentira é essa do “eu mereço” e de passar a exigir ter tudo injusta e descaradamente?Não, senhores. É preciso mais pé no chão e mais realidade! É preciso mais pulso firme dospais, e mais coragem dos filhos para prosseguir sem esmorecer!
Antes eram “bebês” que precisavam de todos os cuidados. Hoje sãojovens, donos de si e de suas vontades e verdades que precisam se situar, e se mantercaminhantes saudáveis aliviando as tensões de seus pais, cujo erro maior foi única eexclusivamente amá-los demais e terem lhes mostrado um mundo irreal que só acontecianos “Contos da Carochinha”, coisa que eles nem imaginam o que seja... Basbaquices,motivos de risos, coisas que não se usam mais, talvez...
Enfim, viver é a maior dádiva que existe, mas, como tudo nesta vida,para dar certo exige esforços árduos e diários, muita dedicação e uma insistência alucinantee contínua (jamais deixar de insistir...), afinal, o mercado de trabalho aprimora, e se agigantadia a dia, em tudo quanto é tipo de concorrência admitindo “valores” cada vez maiscompetentes e competitivos. E, não adianta chorar, gritar, reclamar. É ir à luta, retirandotodas as pedras que houver nos caminhos (e quantas delas houver...), até encontrar umsentido satisfatório, cada qual para as suas vidas. (Uma idéia extraída de um trabalho da
jornalista Eliane Brum, sob o título: “Meu filho você não merece nada”).
COSTUREIRA
Fazendo palavras cruzadas escrevi organdi, como tecido transparentee meu pensamento voou…Hoje compro minhas roupas prontas, mas não foi sempre assim.Desde bem pequena frequentei costureiras e assim foi até casar.
Até me mudar de cidade e não conhecer ninguém que costurassebem. Como única neta da minha vaidosa avó materna, vivia enfeitada, com chapéus,babados e tecidos desconfortáveis... e lindos!
Contam que a lavadeira da família fazia uma exposição dos meusvestidos no varal da sua casa quando os levava para lavar. E quem os criava e costuravaera a dona Mozinha.Depois veio a dona Hercília e ainda adolescente eu vivia folheandoos Burda, Manequim e outras revistas de modelos de roupas.
Os vestidos de festa eram feitos pela dona Odete Torcelli. E quasenão nos era permitido repetir roupas nos grandes eventos.Com 15 anos escolhi um brocadoprateado e fui à Santa Maria comprar os adereços para a roupa da minha festa.
Para o debut fui a Porto Alegre, na Casa das Sedas, trazer o tecido eo modelo desenhado especialmente para mim. Era um vestido de organdi suíço, pesado depedrarias, bordado magistralmente pela Cloé Rios.Apenas três anos depois voltei à capital,na mesma loja famosa, para trazer o desenho e o tecido do meu vestido de noiva.
Eram sedas, brocados, organdis, organzas, broderis, veludos, cetins...e tantas provas que o compromisso com a costureira costumava ser mais frequente que asvisitas ao dentista. Aperta aqui, ajusta, solta, franze, plissa... enfim, a roupa tinha que terum caimento perfeito, os botões eram levados para forrar e às vezes o sapato tambémtinha que ser forrado do mesmo tecido do vestido.
Hoje, o máximo que nos oferecem nas lojas é encurtar a bainha ououtra ínfimo ajuste.Os tecidos são sintéticos, misturados, lavados na máquina. E asmulheres vivem de calças compridas, inverno e verão.
Bem diferente de tudo o que usamos um dia.E eu queainda queria ter vivido no tempo dos vestidos compridos, com espartilhoe muitas anáguas...
Que Santo Expedito, Protetor dos Endividados, se apiede de todos aque-les que devem suas anuidades para o Clube dos Escritores e lhes façaaparecer recursos fiduciários, para que eles, enfim, após tanto e tantotempo discorrido, consigam colocar seus débitos em dia, para quecontinuem tudo dentro da normalidade como tem sido nestes últimosvinte e sete anos. Sabemso que sua missão será difícil porque sãomuitos os devedores e muitos os truques e engodos para o nãopagamento.Mas temos fé em ti, ó Santo Guerreiro e valente, destemidoe pertinaz. Que assim seja.
ORAÇÃO DE SANTO EXPEDITO A MINHA MANEIRA
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Marco Maurer Dalla VecchiaPraeclarus/Porto Alegre/RS
Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC
Maria Antonina de Lima SoldáConselho/São Paulo/SP
Juliani Gomes dos SantosPraeclarus/Alegrete/RS
DAS TENTATIVAS DA VIDA Já tendei ser feliz e não fui;Já tentei correr e tropecei;Já tentei amadurecer, e apodreci;Já tentei casar e me separar;Já tentei ser sincera e traíramminha sinceridade;Já tentei amar, e não amei.Assim como já tentei não amar, e amei;Já tentei acertar a bolinha e errei;Já tentei somar, e diminuí;Já tentei saborear, e amarguei;Já tentei ser forte e me fragilizei;Já tentei ser perfume e azedei;Já tentei me encontrare me perdi, bem como, já precisei me perderpra só aí me encontrar;Já tentei fragilizar,mas endureci;Já tentei alegrar, e portantas vezes entristeci;Já tentei encantar e traumatizei;Enfim, posso dizer quede tudo que já tentei aindame resta seguir tentando!Pois até chegarmos pertodaquela palavrinha mágica,chamada “alcancei”,temos um intervalochamado “persistir”!As tentativas são uma parteda história, não o fim dela.Enquanto houver uma chancede fazer diferente, nadaestará encerrado. A vontadetem que ser o combustívelque nos fará seguir tentando,até acertar o alvo.
AO TE ENCONTRAR
Andavam pelo meu pensamento tão perdidoPelo imenso deserto do meu triste coraçãoVagava no vazio, lugar tão conhecidoPor todos aqueles que conhecem a solidão
Depois que tanto tempo, enfim aparecesteVirou meu sentimento até pela raizMinha sede de amor então saciasteE eu me senti ao teu lado, mais feliz
Porém, logo depois, de novo partisteE eu novamente no deserto, na solidãoDeixando apenas um vazio no coração
Fui uma louca ao pensar que um diaPoderias meu lindo sonho realizarNão pensei na solidão que irias deixar
MOTIVOS
É preciso termos motivospara sermos felizes;é preciso termos motivospara vivermos intensamente;é preciso vivenciarmosmotivos interessantespara curtirmos com os amigos,compartilhando momentosimportantese vivendo bem.
IMAGENS
Na imagem refletidaNão reconheço a meninaQue brincava de bonecaQueria ser bailarina Jogava bola e petecaAcreditava em fadasSorria e tinha esperanças.
O vidro embaciadoTambém não reflete a jovemQue um dia muito sonhouQue mil formas e paisagensEntre as nuvens divisouE transformou em poemasOs ideais e as lembranças.
Outros vultos como euSob a marquise abrigadosSe comprimem, se confundemE a figura refletida na vitrine iluminadaÉ difusa, distorcida e forma vulto fugazes.
Mas apesar da chuva, do frio, da solidãoE da lágrima ardente que enturva minha visãoConsigo entrever claramenteA imagem de estrelas esparsas no chão.
FESTAS SURPRESAS
Surpresas apresentadasnuma festa pré-montadapara alguém surpreender...Mas foi feita com carinhonão havendo nenhum espinhoque possa ferir o ser...
Festas sempre são montadasa tempo, são planejadas nem sempre dão tão certo...Pois não há dedicação,carinho e preocupaçãoe afasta o que é bom de perto.
Muita festa causa a orgia,é feita de forma fria,não havendo ali o amor...Feita sem nenhuma essência,muitos vão por aparêncianão sabendo qual o valor...
Valor que todas, sim, têmquando são feitas pro bemde alguém ali relembrado...Vários têm grade calor,que entre o seres é o amor,no ambiente apresentado!...
Maria Gertrudes GrecoConselho/Guaratinguetá/SP
PÁTRIA AMADA
Com a derrota na copamuitas casas recolheramsuas bandeiras Nossas crianças constróemo conceito de que Brasilé só um time de futebol
Maria Luiza Bortoni NinisColegiado/Itajubá/[email protected]
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r Paulo Murilo Carneiro ValençaPraeclarus/Recife/PE
MÁGOAA mágoa é um dos piores sentimentos cultivados pelo ser humano,
pelo grande estrago que causa em suas vidas. Como o próprio nome indica, mágoa é umamá água que gerada e conservada dentro do organismo causa grandes malefícios para asaúde. O melhor meio de combatê-la é pelo perdão, sendo humilde e generoso.
Para a maioria das pessoas é difícil perdoar e sempre sugeri aosmeus pacientes que fizessem as preces do perdão para conseguirem aos poucos limparemde seus corações essa mancha escura, nela impregnada.
Os indivíduos que as cultivam, adoecem e vivem possuídos deenergias negativas. Alguns procedimentos podem evitar o surgimento da má-goa emnossa vida de relações, como por exemplo: evitar os falsos amigos e as pessoas que nãosuportamos. Demonstrar amor a quem amamos. Nunca conviver com quem nos faz mal.Abandonar hábitos que nos prejudicam, jamais dizer sim se devería-mos dizer não. Nãocriar situações negativas imaginárias que só vão existir em nossa mente.
Em qualquer situação que se apresente e que não nos seja favorável,seguir sempre a intuição, uma ótima conselheira. Lembrando que se sofrer-mos com o realjá é suficiente. Nunca devemos tentar converter nem con-vencer ninguém, porque cadacriatura está dentro daquilo que ele é capaz de compreender e à medida que ele evoluir
espiritualmente, buscará novos caminhos por si mesmo. Devemos abolir amágoa de nossas vidas, e substituí-la pelo perdão e cultivar flores emnossos corações.
Zadir Campos da SilvaConselho/Caldas Novas/[email protected]
A SEMENTE DO AMANHÃ
CARO TAMBÉM EM MIM
Morto, matado,Roubado da vida.A vida do homemSó duas balas vale.
Nascimento, formação,Responsabilidade, dever,Nada conta, não consta.Vale só o vil metal.
Pobres seres, droga!Que a vida tiram,Miram e de si mesmosO apodrido não retiram,O malfeitor arraigado,Não extirpar, drogas!
Foi-se o homem,Ficam dois, a moto,A arma assassina,E os obreiros sem salário!
Nadir Silveira DiasConselho/Porto Alegre/[email protected]
CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------
O casal idoso encontra-se na sala, em sofás, um a frente do outro,e a mulher de repente indaga:
-- José, você se lembra do menino que morava nessa casa daí emfrente e que era maltratado pelo padrasto?
Ele reflete um pouco, recordando-se.-- Sim, me lembro. Os gritos que o coitado levava, o maltrato, a
humilhação...A idosa fita o rosto magro, pálido, cortado por rugas fundas.
O olhar tristonho, sem brilho. A cabeça alva. As mãos trêmulas... E revela:-- Pois bem, aquele menino, se não me engano, de nome Carlinhos,
hoje um rapazinho, anda metido com drogas... Um desajustado, procurado pela polícia.O velho aquiesce:-- Um desajustado...Pausa e conclui:-- A infância é o início de tudo. A semente do amanhã.A esposa sorri:-- “A semente do amanhã”... Bela frase! Bela e
verdadeira. Desviando o rosto de lado, ele também sorri, concordando.
Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC
DESGOSTOS Não gosto do sentimento expressadoem náuseas: ondas elevam o níveld’água ao extremo desgosto.No afogamento o corpo levado ao fundodo recomeço em outra forma: informalidadecom que sentimentos transitamódios e amores desgastados em gostosnegativos atrelados à memória. Reparono erro imperceptível e o amplificoem externo conhecimento
onde o demonstrado gestorecupera o sentido: retraídoo desgosto gera o espaçoem que me recolho: o desgostotolhe o movimento empedradoem irrefletidas lembranças.
3938 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------
Nilza de July Costa e SilvaPraeclarus/Porto Alegre/RS
Maria Helena GuedesPraeclarus/Vitória/ES
É DIFÍCIL, SENHOR! Senhor não é fácil viver,Em um mundo intranquilo e confuso.É difícil viver onde há tantas incertezas.E tento esperar quando há tantas confissões.É difícil amar onde há tantas decepções.É duro ser honesto quando há tantas maldades.É difícil cumprir o dever No meio de tantas competições.É perigoso manifestar-seQuando existem tantas incompreensões.É difícil ser tranquilo quando há tantas violências.É difícil ser luz no meio de tantas escuridões.É difícil ser humilde em um mundo Que aprecia glória e prestígios.É difícil ser carinhosoQuando as estradas são diversas.É difícil consolar quando há tantos desesperos.É difícil ser calmo, neste mundo apresado.É difícil ser forte, quando há tantos fracassos.É difícil senhor, entretanto sei que preciso crer,Amar, esperar, ser bom, ser luz, ser caminho.Sei também que tudo isto só seria possível Com a tua graça, com a tua força.Porque és o nosso caminho verdade e vida.
PORTO ALEGRE TCHÊ!
Capital do meu Rio Grande!Cidade da paz e felicidadeNela impera a alegriaA capital farroupilhaOnde a felicidade compartilhaCom a alma andarilhaTerra de gente com bravuraTerra de muita farturaO gaúcho altaneiroVive num clima campeiroRespeita as tradiçõesE traz amor no coraçãoTerra do chimarrãoTerra do pôr do sol, sulMaravilha no horizonteTerra amada deslumbranteQuerência amada, céu de anilRepresenta a pujança do Brasil!Terra de gaúcho guerreiroEstes bravos brasileirosQue lutaram heroicamentePelo pago rio-grandenseRincão alegre e varonilDo nosso querido Brasil.
CONTIGO
Você não sabe e nem eucomo isto aconteceu.Nós nos olhamos, nos gostamos,e aí, aconteceu.
Foi assim tão de repente,você segurou a minha mão,me levou para lugares distantesme fez tornar tua amante.Depois sumiu, desapareceu.
Tão sozinha eu fiqueie por tantos lugares andei.Em tantas casas morei,mas de nenhuma eu era a dona,nenhuma delas eu comprei.
Viajei, conheci gente,fiquei até importante!Um dia você voltou.
De novo na minha mão seguroue de novo me conquistou.Contigo então fiqueie contigo ainda estou!
Odila PlacênciaColegiado/Barueri/[email protected]
CRIANÇAS
Não pode haver alegriacom criança maltrapilha e famintaque vive na pobre periferiamesmo tendo boa pinta
Tratar bem a doce criançapara ser um ótimo cidadãocriança é sempre a esperançade qualquer país, nação.
A criança deve ser preparadapara um mundo bem melhornão deve ser maltratadae não deve sentir forte dor.
Pena severa para quem maltrata criançapois criança é delicada e inocentedeve ter sempre na sua lembrançaque a infância foi bela e excelente.
Paulo Dias NemePraeclarus/São Paulo/SP
Pilar Reynes CasagrandePraeclarus/Rio Claro/SP
ATÉ AMANHÃ
Não sei se digo Adeus ou até amanhã.Sinto a garganta seca, o peito oprimido,E as lágrimas represadas atrás desses olhosCansados que não queriam se despedir.
Vejo as casas da rua que sempre transitamos,A praça, o coreto do jardim e a árvore,Que nos abrigou do sereno nas noites frias,E do sol nos dias claros e brilhantes.
Foram tempos passados com gosto de alegria,Foram dias inteiros à procura da felicidade,Que estava tão próxima e não foi percebida,Porque tudo era fácil e parecia estar longe.
Hoje me defronto com um pé de rosaÀ beira do caminho não sei se apanho,A flor que simbolizou o nosso tempo,Ou se apanho a estrada que me espera.
Hoje não sei dizer outra coisa a você!Decididamente, até amanhã...Porque amanhã estará ao meu lado sem saber.O amanhã sempre existirá, enquanto eu existir.
HAVIA UMA PEDRANO MEU CAMINHO
Frente a um obstáculo grandee sentimental,precisei vencer o medoe meus sentimentos;precisei jogar com a minha vontadee com o meu desejo.
Valentina Kroeff SperbPraeclarus/Porto Alegre/[email protected]
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Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/[email protected]
Robinson TuonColegiado/Piracicaba/SP
Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP
[email protected] Mariane StenicoPraeclarus/Piracicaba/[email protected]
PÁGINA VIRADA
Tarde da noite, em meio à quietude das ruas,encontro nesta banca há muito abandonada,no entulho de jornais e traças junto à entrada,revista masculina, expondo moças nuas.
E tremo ao desfazer a página virada...No encarte especial, fotografias tuasem poses sensuais dizem verdades cruasque sangram cicatriz que imaginei curada.
A propaganda exalta algum lugar distante...A lua espreguiçada em seu quarto minguantelança cintilações sobre esta saudade oca...
Por um momento a banca agita a velha porta...Se o teu vulto é ilusão ou real, o que importa?Aplaco a minha dor beijando a tua boca...
OVELHA NEGRA
Como posso dizer: vai!Se o que eu mais quero dizer é: vem!Como posso dizer: lobo!Se o que eu mais quero dizer é: santo!Como posso comer, beber, dormir,Se só o que eu quero é você?
Deus! Por que fiz isso comigo?Por que fui te desafiar?
Como posso esquecer a voz do lobo,Seu sorriso, seu jeito hesitante?Como posso esquecerO bem que me fez?Como posso esquecer como fui feliz?
Lobo, você é paixão.Santo: você é amor.
E eu agora sou menina,Adolescente perdida,Ovelha negra,Alimento de lobo,Prece de santo,No fogo do paraíso,Na solidão do inferno.
Deus! Por que fiz isso comigo?Por que fui te desafiar?
Sou ovelha negra.Fujo de meu pastor.Procuro pelo santo,Torcendo para o lobo me encontrar.
JOGO DE CARTAS
Na mesa da copa, tu e eu sentados.Para um canto. Depois de jantaras carnes requentadas.Empurrei a toalha e talheres sujos,e mais os restos.
Distribuo as cartas na mesaentre odores de vinho e vinagre.Fechando e abrindo os olhos escuto Orfeu.Seu canto. A dedilhar sua lira.Levanto as sobrancelhas pesadas.E levanto também meus pés.Passeando suavemente.Vagueiam aos ares até tocar tuas coxas.
O jogo continua.Um ás de copas fulgurou entre meus dedos.Como rubi, ele brilhava, em meio às cartas.Pensando eu que percebias, pois me olhavas.Tentei distrair-te e a pensar que não.Lancei meu rosto para um lado. Estático.Mas minhas mãos. Diáfanas.Cujo tremor de ti não esconde nada.A prioriTe entregaram o troféu de vencedor.
A FLECHADA DE EROS
Suas palavras atingiram meu coraçãocomo a própria flechada de Eros.E agora. Anjo,o que faço com tanto amor?Lembre-se de que ele épessoal e intransferível.Estou ciente que Solpertence à Humanidadee que esta necessita que elecontinue a iluminá-ladia após dia.Portanto, sei que não tenho o direitode querer todo o seu brilhosomente para mim.Mas, poderei eu esperarque ao menos algum pequenino raioseja unicamente meu?
Selma Queiróz GradilDecana/São Paulo/[email protected]
MÃE
Estava tão quente, macioFui me acomodandoO tempo passava, eu cresciaMas é preciso ter paciênciaTudo tem seu momentoDe acontecer.Sei que você mudou, teve doresE o medo do desconhecido?Quando chegou a hora,Não deve ter sido fácilNem tão bom quantoUm sorvete de chocolateMas você foi guerreira,Manteve a féFoi forte o tempo todoE ainda me achou lindaMe abraçou e me amou.O tempo segue, e a gente cresceE mesmo com as travessuras,As teimosiasVocê nunca deixou de me amar.A vida é assim, cheia de obstáculosE você decidiu assumir outra vidaCuidar dos meus passos,Das minhas palavrasSofrer minhas quedas eSorrir meus sorrisos.E chegou a hora de partirFicar longe não é fácil, confessoÀs vezes sinto falta do seu coloE até das suas implicâncias chatasMas eu sei que tudo o que você fazTodas as suas palavras, mesmo durasSão sempre pensando em mimSão sempre para me protegerE é por essas e outrasQue meu amor por vocêSó faz aumentarCada dia maisE meu maior orgulho e felicidadeÉ ter o privilégio imensoDe poder te chamar de mãe.
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NUVEM
Olhas o céu de relance;Lá está ela, branca qual algodão,Pairando na imensidão do azul.Tão pequena, tão simples,Mas tapa o sol...Divide-o em raios coloridos,Torna-os em sombra imensa,Talvez quilômetros...Num momento, é maior que ele.Tão pequena, tão simples,Mas rega a terra,Dá vida às plantas,Torna-as mais verdes,Mais alegres.Vê como cantam...Tão pequena,tão simples,Tão bela,E vai passando ao sabor dos ventos,Mas deixou na terraO cheiro do mato que brotou,Coloriu-se na aurora,Sumiu no horizonte com o poente.Tão pequena, tão simples.Não passou em vão...
Vera Maria da PenhaConselho/Vila [email protected]
Vera Regina de BarcellosConselho/Florianópolis/[email protected]
Thales Ribeiro de MagalhãesColegiado/Rio de Janeiro/[email protected]
POR QUE NÃO !
Por que não!Sentir o riso contagianteDe todas as crianças?O toque frio da chuva que caindoEm gotas cristalinasEm ritmo de rapsódias...
Por que não!Acalentar a brisa cálidaEm noites primaverisArfando-a dentro do peitoEnergizando em luzesMulticolores teu corpo nu...
Por que não !Em noites de forte calorAcalentar folhasQue caem no chão...adormecidasTeu brilho bela cantoraCigarra andarilhas...Teu vôo curto do verão que vai
Por que não!Ser felizesNos momentosQue descortinamO bailado de tua almaAs evoluções cósmicasDo teu primeiro vôoPássaros de DeusPor que não !
RUGAS
Olho no espelho.Um rosto amassadoaparece diante de mim.Incontáveis estradinhas.Umas mais longas e profundas;outras superficiais... curtinhas...Riscos daqui e dali.Filosofo, enquanto me contemplo:O tempo é implacável!Amassou o maracujá lisinho,devagar,sem que ele percebessea violência do envelhecimentoditada pela natureza.Isso mesmo: meu rosto ficou iguala um maracujá depois de perdido o viço.Todo enrugadinho.Feio!Não, não gosto de mever assim, tão acabada!...Acabada? Eu?Refaço-me, prontamente.Quem disse que rugas é fim ?Rugas são só estradasdo tempo percorrido,Das aflições sentidas,da ansiedade no esperar ...Olho-me novamente noespelho e me encorajo.Mesmo enrugada, ainda sou.Vida!Toca caminhar.
MENSAGEM DO COTIDIANO
Que os dias sejam felizes,tanto quanto for possível !
Que os momentos mais difíceisse possam tornar pequenos,diante da imensidãodo amor,do carinho,daquela inconfundível emoçãode viver, junto dos filhos,muitos encantos da vidaque, por certo, existirão,sempre que formos atentas,capazes de percebê-losnos olhares,nos gestos,na intenção...
Nas coisas até pequenas,Presentes, sempre presentesem nosso incansável cotidiano...
Dia das mães!Ontem... Hoje... Amanhã!
Yeda Araújo PereiraColegiado/Pelotas/[email protected]
