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PREÇO S CRUZEIROS N.° 2.067 Fevereiro de 1958 Ano LIII| lu_u_»_»<;V^7

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PREÇO S CRUZEIROS

N.° 2.067 — Fevereiro de 1958 — Ano LIII | lu_u_»_»<;V^7

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ONDE ESTÃO AS 7

amaammiemWm^aaawamtamamimaÊaam^aam^awamawmm^

DIFERENÇAS?

Os dois qua-dros destd pági-na são, aparen-temente, iguais.Não há, real-mente, grandesdiferenças entreeles, mas repa-re que diferemem certos deta-lhes.

São sete, asdiferenças entreum e outroProcure-as berne confira coma solução no co-da pé.

(Pequenos defeitos de impressão, falhas e manchas,não devem ser considerados diferenças).

•joiuotuou ou pisa safiijau op ojiajip ,>ti () d najn.i zuj min ojnuf

tuavioy op (DlUJtp oujad) bí/vj op osuf o 19 'Oiuvjq osjjf uin w») sa/njuaif op opi/O-i o fç¦ -nuaqo smui vasa ojap osnjq y (p -aiadui ou opuosid pisa npjanhsa np viom y (v ¦osjauui opinut

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Meus netinhos

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r^C/Í__^£:^^^^^^_K^»^__^_Í^^^*^

A nossa lição de hoje é um belo e-implo de probi-dade e inteireza de caráter.Depois da famosa batalha de Maratona, Aristi-

des, general que se havia coberto de glórias nessa ação,ficou encarregado da custódia dos prisioneiros e das

presas de guerra. O ouro e a prata estavam escorra-mados no campo de batalha: as barracas e os barcosdos chefes inimigos estavam cheios de riquíssimos ob-jetos. E não só Aristides nada tomou dessa riquezacomo ainda proibiu que seus soldados, sob a ameaça depenas severas, nela tocassem.

Como preço à sua integridade, Aristides foi eleitopara administrar as finanças e velar pelos tesouros pú-blicos. Embora exercendo funções tão importantes, nãoquis receber nenhum soldo e, quando de sua morte, es-tava tão pobre que o Estado teve que custear os fu-nerais e, além disso, dar um dote às suas filhas.

VOVé

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*^raͻW

JOÃO BOBOCA

VIVIA numa fazenda uma família, da qual

fazia parte um rapaz tão tolo que .lhetinham posto o apelido de João-jBobõca.

Meu pobre filhinho, costumava ^dizera mãe dele, chegou tarde ao mundo e só re-cebeu o restinho de inteligência que tinha so-brado na distribuição. Se fosse mais vivo umpouco, até que seria bom rapaz, porque é ho-nesto e trabalhador. Mas, coitado, é bobo...

Um dia a mãe o chamou e disse:Escuta, João, a nossa galinha amarela fugiu. Presta bem atenção:

vai procurá-la e trata de trazê-la para casa, com bons modos.João-Boboca, contentisaimo, saiu atras da galinha amarela e logo

a encontrou no quintal do vizinho. Chegou, então, perto dela e, combons modos, lhe disse:

Oalfnha amarela, minha mãe está aborrecida com você, porquevocê saiu sem licença. Vamos pra casa, vamos. Mamãe lhe dará milho,arranja um ninho bem bonito pra você... Vamos, sim ?

Está claro que a galinha não entendeu patavina dessa conversa, enão o acompanhou, quando êle voltou. E quando êle explicou à mãecomo tinha agido, a boa senhora, paciente, respondeu:

Mas, filho meu, não era assim que você devia ter feito! Você de-via tê-la agarrado, segurado pelas pernas, e trazido para casa! Bem,bèm, deixa lá a galinha, que ela volta, desde que não foi roubada, comoei temia. Vai, então, buscar o bezerro que está atado ao moirão, pas-tando !

Chegando perto do bezerro, disse:Nada de discursos, sabe ? Mamãe me

ensinou como é que se faz...Quem disse, porém, que conseguia agar-

rar o bezerro pelas quatro patas, e trazê-lo pa-ra casa? O animal caía, levantava-se, berrava,berrava, e acabou por atrair a atenção da mãede João, que veio correndo.

Mas, filho meu! Não é assim que sefaz ! Bastava amarrar uma corda ao pescoçodo bicho e pronto! Era só puxar, criatura !Deixa, que eu levo o bezerro. Vai chamar a Jo-sefina, que está na fonte, lavando!

Desta vez João-Boboca não teve dúvida:chegou perto da Josefina e, sem que ela espe-rasse, atirou-lhe um laço em volta do pescoçoe saiu puxando.

O TICO-TICO

Lá se foi João-Boboca

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»\ *rZámz h&éa¦\BÍV' VÍs? éaa\V*^T^i^i

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TRADUÇÃO DEM. M. EME

Josefina botou aboca no mundo t

E era para botar,mesmo, não era ?

Atraídos pelosseus gritos, os ho-mens que trabalha-vam na lavoura cor-reram e, graças aessa intervenção a pobre moça foi solta.

Não podias ter simplesmente dito a ela que tua mãe a chama-va ? — perguntaram a João-Boboca.

Eu? Pois sim! Eu fiz isso com a galinha e mamãe achou ruim...Disse que eu era bobo, que não era assim que se devia fazer!

Poucos dias depois, João ouviu uma visita dizer à sua mãe:Ponha-o numa escola especial, que êle toma jeito. Assim fez um

um amigo meu, com o filho, que se corrigiu. Conheço vários casos. Umdia desses bato o telefone para o dr. Medeiros e tudo se resolve. O dr.Medeiros é intimo amigo do diretor da escola. Com uma batida de te-lefone se resolve a coisa.

João, que vivia desejando "ficar" inteligente, tomou nota da con-versa. E dias depois, estando seu pai meio adoentado, mandaram cha-mar o médico para o examinar. Mal o dr. Medeiros apareceu, João selembrou das palavras ouvidas. E, então, não teve dúvida. Quando o dou-

tor entrou na sala, apanhou o telefone emcima da mesinha e... zás ! sapecou-lhe o te-lefone na cabeça!

Foi um Deus nos acuda, em casa.E só depois de muitos gritos e carões,

João-Boboca explicou porque fizera aquilo:— Pois aquele homem não disse que, com

- uma batida de telefone, o dr. Medeiros davajeito para eu ficar inteligente ?!

Pobre João-Boboca 1 Parece que, nem as-sim, o coitado tomou jeito I

5

st-

HEREIRO — 1958

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WCO-WCO, B0L40 e A2&T0NA(VOU "FAZER HORA" XdOLAO, VOU LHE FAZER. UMA)S COMO BOLÂO' PERGUNTA. QUERO VER O /^TTTZTT^ZZTTTrJ-^ SEU GRAU DE INTELIGENOAJ

Àm ___*__ n n. TpodefazerT)

QUAL EO NOME DA COISA QUE,SENDO MUITO PARECIDA COMVOCÊ.. • SE LHE TROCARMOS UMALETRA FICA O SEU NOME.7 j~

___¦____. y

C ESTA' DIFÍCIL.. NÃO ")

ÇSEt O QUE E'/j^r

ORA,BOLAO/ Ê MUITO MCIL!^O NOME DA COISA MUITO PA-RECIDA COM VOCÊ, E'... r-\s—\ vr-' \*e> ' '—at 1/v/L.nw. T

fA. jU FiTmP- lli. «^

...BALÃO/ SE TROCARMOSO PRIMEIRO A DESSA fi4L/\VK/VPOR UM O, FICA ÕOLÃO/

Ul in»*

O TICOTICQ

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il^\i xítn__F Gavetinha do SaberSofia é nome de

origem grega. Signi-fica: sabedoria. Be aleitora se chama So-fia, Já sabe: tem queaer multo estudiosa,para saber muito t

¦¦•

Os aplcultores daAustrália usam ago-ra taxis helicópterospara ir de uma cida-de a outra. Helico-ptero é aquele avi&oque tem no alto umahélice de. longas pis,que lhe permite subirverticalmente. O in-ventor do helicópterofoi o espanhol LaGlèrva.

•Oscar é nome de

origem anglo-saxóni-ca. Significa: lançadivina.

•Paula é nome de

origem latina. 81-gnifíca: pequena.

fflA tintura da arnica,

que se asa para aliviaras dores das pancadasou contusões, provêmde uma planta dissenome. A essência é tira-da da raiz. A flor daarnica faz espirrar e,por isso. essa planta échamada "rape damontanha".

•A maior lagoa do

território brasileiro éa lagoa dos Patos, noRio Orande do Sul.

Devemos respirarprofundamente, paraque o ar penetre atéos alvéolos do pulmãoe se ponha em conta-cto com o sangue

•mAqui temos doai "fi-

guras chinesas" fáceisde se executar. Experi,mentem.

mEnsine isto a ma-

mãe: para se retiraro excesso de sal dobacalhau, deve-se pôrum punhado de salgrosso na água emque êle é posto demolho. Embora pa-reça exquisito, dá re-sultado.

•Lacustre é o que

tem relação com oslagos e lagoas. Flu-vlal, o que diz respel-to aos rios. <

Palustre, o que temrelação com os pàn-tarios ou paúes, ondehá água estagnada,ou parada.

jmRmm?*^.-t-,

A corna do norval—cetáceo que existe emabundância nas costasda Groetándia e da Is-landia— ê comestível

Quando for cortaras unhas, mergulhe-as antes em águamorna, durante ai-guns minutas, paraque elas amoleçam epossam ser cortadasmelhor.

•Ana é nome deorigem hebraica. Si-

gnlflca: benéfica.•

Náo ande curvada,menina l isso faz malà sua saúde I I

•1 mu ¦ '

Os melhores rubisque se conhece, porsua côr e tamanho, sãoos da Birmânia, mas êraro chegarem às joa-lherias da Europa, por-que são comprados pe-los marajás da índia,para seus colores e tur-bantes.

•As "bodas de cris-

tal" são festejadasno 1S.° aniversário

, de casamento.•

Ler oons livros é oque há de mais reco-mendável para melho-rar nossa condição devida.

•Quando- um casal

comemora o 10.° ani-.versárto de casamen-to, completa as suas"bodas de estanho"

Quem gasta ape-nas o que pode, vivemais feliz . maistranqüilo do qnequem* vive a contrairdividas.

•A mudança fre-

quente da roupa in-terior eqüivale, d»certo modo, a um ba-nho de limpeza, pos-to que com ela tira-mos do contacto coma pele substânciasque foram eliminadase que entram fácil-mente em decompo-sição.

Se você, portanto,não pode tomar ba-nho, mude a roupatoda, que Já fará ótl-ma cousa para suasaúde.

•____________

A melancia é 'ortgináfia da índia, deonde seu cultivo pas-sou à Europa e depoisà America.

E' uma fruta refres-cante, mas que poucotem de alimentícia.

9Hercilia é nome d

origem grega. Signi-fila: orvalho, ou to-cio.

•As crianças, até os

12 anos, devem dor-mir, no mínimo, novehoras por dia.

•Ofélia é nome de

Origem grega. Signi-fica; divida, obriga-Sao.

FEVEREIRO 1958

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RIR fc&OMm Vii%/ "**

A FORÇA lk).V; HABITO:

ENTROU PORFique fcem quietinko lSim, Madre...

UMA PORTA

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O TICO-TICO

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ORIGEM DOS SOBRENOMESPEIXOTO

A origem deste sobrenome está ligado à seguinte lendo:* * Tendo sido deposto o Rei de Portugal D. Sancho II, as-sumiu o governo seu irmão D. Afonso. Mas muitos castelosdeixaram de reconhecer D. Afonso como rei, e permaneceramfiéis a D. Sancho. O castelo de Celorico da Beira foi um dê-les. Então D. Afonso veio com suas tropas conquistá-lo. Ossenhores do castelo resistiram e, na impossibilidade de toma-Io de assalto, resolveu D. Afonso cercá-lo até que os sitia-dos .fossem vencidos pela fome. Já escasseavam os alimentos,quando, um dia, um corvo marinho deixou cair uma enormetruta dentro do castelo. O governador do castelo, Fernão Ro-drigues Pacheco, para espanto de todos, mandou guisá-la elevá-la de presente a D. Afonso. Este, espantado, pensandoque os sitiados ainda dispunham de provisão para muito tem-po, levantou o cerco. O guerreiro encarregado de levar o pei-

xe a D. Afonso, foi GomesPiegas de Porto Carrero,que, em virtude disso, rece-beu a alcunha de Peixão,que depois mudou para Pei-xoto, o que significa quaseo mesmo: peixe, grande oupequeno.

A alcunha usada passoua sobrenome, que é usadoaté hoje.

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FEVEREIRO — 1958DINIZ MOURA

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io O TIÇO-TICO

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FEVEREIRO — 1958 II

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AFINAL,ERASEMPREUMAVANTAGEM!

12

Perguntou o examinador ao aluno:Sabe de quem era filho o rei D. João V ?Com segurança não sei.Bem; mas sabe quais foram os principais fatos desse

reinado ?—- Também, com perfeita segurança, não sei.

Isso é mais grave. Diga-me então, quem foi o sucess-sor daquele monarca ?

Devo confessar que, com segurança, também não sei.Queira, então, dizer-me: o que é que o sr. sabe, com

segurança ?Com segurança, só sei que, depois disto, vou ser

reprovado !O TICO-TICO

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UM PASSATEMPO PARA VOCÊ

llfpií ¦¦^Ib^ * ^ MSI

Ê stes dois alabardeiros entraram no depósito de armas para apanharduas alabardas. Devem tomar parte em uma cerimônia e as duas

alabardas devem ser absolutamente iguais. E só existem duas iguais,no depósito. Quais são ? Você sabe / . -> *¦---/ ->** sy :yisodS3U

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Últimas Edições: — "A Namorada do Sapo" — "O Noivado doSapo" e "O Casamento do Sapo" — de Sebastião Fernandes

FEVEREIRO — 1958 13

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FABRICAR tyntas é uma bôa diversão. Mas nem sempre é fácil obter

as receitas. As fórmulas são infinitas, e vale a pena conhecê-las,porque há vezes em que a gente precisa de uma espécie de tinta e a nãoencontra, mesmo, para comprar.

Aqui estão várias fórmulas de tintas, fáceis de fazer em casa, queoferecemos a vocês.

TINTA AZUL

Dissolve-se 1 grama de anilina azul em 30 gramas de a*cool, e àsolução resultante se juntam 180 centímetros cúbicos de água destilada.

Prepara-se aparte uma goma composta de 5 gramas de goma ará-bica em pó, dissolvida em 120 gramas de água. Mistura-se esta soluçãocom a primeira e estará pronta a tinta.

tlNTA DE COPIAR

Aquecem-se 800 centímetros cúbicos de água destilada e quando en-tra em ebulição se lhe juntam 200 grs. de nigrosina.

Tira-se do fogo e se agita até à dissolução da nigrosina, juntan-do-se 40 grs. de glucose e 30 grs. de glicerina. Agita-se e se deixa em re-pouso, até esfriar. Depois se filtra. Se não flúe da pena com facilidade,junta-se mais água. Ao contrário, se ficar fraca, junta-se nigrosina.

TOSSE ? CODEINOL

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NUNCAFALHA

PREFERIDO PELAS CRIANÇAS POR SERDE OÔSTO AGRADÁVEL.PREFERIDOS PELOS MÉDICOS POR SER OREMÉDIO QUE ALIVIA, ACALMA E CURA.

Infalível contra .esfriados, asma e bronquite.

14 FEVEREIRO 1958

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TINTA PARA CARIMBOS

Estas tintas devem ter a proprie-dade de não secar na almofada,mas de secar rapidamente logo quese aplique o carimbo no papel.

Para fabricar tinta para carimbo, dè côr roxa, se procede destafôrma: misturam-se 20 centímetros cúbicos de água distilada com 4grs. de ácido acético.

Depois se juntam 45 grs. de álcool e 200 grs. de glicerina. A essamistura se juntam 4 gramas de violeta de metileno 3-B.

TINTA SIMPÁTICA

Sob esta denominação se conhece uma grande quantidade de tin-tas que ficam invisíveis ao escrever, mas que aparecem por meio de umtratamento especial.

A seguir damos algumas espécies de tintas simpáticas, e os respec-tivos processos para torná-las visíveis.

l.a — Faz-se uma solução de clorureto de amônio a 15%. A escritaaparece passando ferro quente no papel.

2.a — Escrevendo com a pena (nova) molhada em caldo de limãoAparece da mesma fôrma que a anterior, ou aproximando o papel deuma vela acesa.

3.a — Faz-se uma solução de ferrocianureto de potássio e se escrevecom ela. A escrita aparece se se apertar sobre o papel um mata-borrãoumedecido em solução de sulfato de cobre.

im^m\9mm ¦?•• *¦MmSj ^^A-AM Watfpi^fií NÃO FALHA

FAZ DOS FRACOS FORTES. INFALÍVEL NOSCASOS DE ESGOTAMENTO:

ANEMIADEBILIDADE NERVOSA — INSÔNIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SINTOMAS DE FRAQUEZA ORGA-NICA DE CRIANÇAS E ADULTOS.

O TICO-TICO 15

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A REPUTAÇÃO — (Apólogo árabe)

CANSADOS de vagar sozinhos pelos infinitos caminhos da Terra, en-

contraram-se um dia, numa encruzilhada, o Fogo, a Água e aReputação. Amparados aos seus bordões de peregrinos, pararam,

entreolharam-se e, como se não hostilizassem à primeira vista, íizeram,de pronto, camaradagem. Satisfeitos com a casualidade que assim os reu-nia, um deles propôs, cordato:

Vamos viajar juntos?Aceito! — concordou o outro.Partamos — confirmou o terceiro.

Começada a viagem em comum, cada um principiou a contar, singelo,os seus feitos, os seus heroísmos, as peripécias imprevistas do seu destino.

O Fogo, que era, dos três, o mais velho, narrou a sua trajetória celeste,seus serviços aos deuses e aos homens, p efeito das suas cóleras desespe-radas, que tudo devastavam, assolavam, destruíam. Erguendo a voz mu-sical e suave, a Água falou de si própria, historiando a sua vida sub-terrânea, as lágrimas que chorava, comovida, pelos olhos cegos das fontes.E, finalmente, falou a Reputação, aludindo à dependência em que estava,permanentemente, da vontade e do capricho dos outros. Aproximados,assim, pelo conhecimento recíproco, deliberaram, os três, não mais sesepararem.

A nossa amisade, — propôs o Fogo, arrepanhando o faiscantemanto vermelho, — deve ser eterna, continua, inquebrantavel. Ninguémnos afastará um dos outros.

Os companheiros concordaram, e o Fogo insistiu:Combinemos, pois, o meio de nos encontrarmos, quando algum de

nós se extraviar.E, por sua parte, explicou:

Quando não me encontrardes perto de vós, levantai os olhos eexaminai o horizonte: onde virdes a Fumaça que é minha filha, ide nesserumo, que aí estou eu. Não há Fumaça sem Fogo.

Se eu me afastar de vós — informou, por sua vez, a Agua, — bai-xai os olhos à terra, examinando o solo. Onde notardes a Umidade, queé minha irmã, cavai nesse lugar, que me encontrareis. Onde há Umidade,há Agua,

Dito isso, olharam, ambos, a Reputação, que se conservava em si-lêncio. Interrogaram-na:

E tu, que sinal nos darás para te procurarmos?A interpelada corou, confusa.

A mim, — gemeu, — quando me perderdes, não me procureismais.

E, triste, os olhos no chão:Porque aquele que me perder uma vez, nunca mais me encon-

trará... .

HUMBERTO DE CAMPOS

l6 O TICO-TICO

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J^ - j-aa.-^-a g.

#W^0WÍM C RA um dia um velho chamadoZusa, que trabalhava pelo ofi-

cio de carapina. A sua oficina eraf um brinco, sempre muito asseada,a ferramenta muito limpa, tudo nos seus lugares.Mas a mania do velho era batizar cada ferramenta com um nome apropriado.O martelo chamava-se toc-toc. o formão, rompe-ferro, o serrote, vaivém. Quandoum carapina do lugar precisava de uma, corria logo à oficina do Zusa, a pedir-lhede empréstimo.Mas, tantas lhe fizeram, demorando a entrega ou ficando com as ferramentasalgumas vezes, que o velho resolveu parar com os empréstimos.Certo dia foi à oficina um menino, a mando do pai, e disse:Papai manda-lhe muitas lembranças e pede emprestado o vaivém.Mestre Zusa pôs as cangalhas no nariz e respondeu:Menino, volta e diz a teu pai que se vaivém fosse e vaivém viesse, vaivém iria-mas como vaivém vai e vaivém não vem, vaivém não vai.

O TÍCO-TICO 17

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O ESCOTISMOO escotismo é uma instituição de energia, tendo por base

a força, mas a força inteligente que se chama Dever, gover-nada pela disciplina.

O escoteiro, assim como se robustece nos exercícios aoar livre, apura os sentidos, desenvolve as faculdades e apri-mnra os sentimentos; torna-se sociável, fraternizando com oscompanheiros, no convívio que os liga intimamente pela ca-deia da solidariedade.

O escoteiro é uma sentinela atenta que não só vigiacomo ainda açode aos acidentes com o socorro pronto; as-siste solícito junto a quem quer que sofra e, à maneira deRobinson, tudo aproveita e converte em utilidade, aparelhan-do-se com o que se lhe depara.

COELHO N ETO18 O TICO-TICO

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iMyfe 7/i/A / locomotiva \ Í\W^M'\I K^V^^f^) ERA PEQUENA \ M5S/Vf \W -^ í' EFRACA.EEM \? I l \ W >\^-__3/ l QUASE NADA J \W/

' £A. í#50 0 PRIMEIRO TREMj a^ v|á|*. K/.A-* A? /^Z O PERCURSO "^N

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STErHENS0N*R0CKET? V^JjT/^ VW ^<âh /líÍ4 /!fi.M_r_«t LOCOMOTIVA | ^^^/J

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FEVEREIRO — 1958 19

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I M órabe e suo tribo, do qual ero chefe, tinham atacado no

deserto umo,caravana de Damasco. A vitória tinha sido com-

n^^^^HM^df pleta e os árabes carregavam os ricos despojes da luta, quan9^m^^^mmmmm^ do alguns homens, que pertenciam às forças do baixo Acre,

os atacaram de surpresa, derrotando-os.

0 golpe foi tão repentino c violento, que os árabes, de vencedores, pas-

soram a vencidos. Muitos morreram e outros foram a p r i s i o n a d o s . O

chefe, Abu-el-Morsch, foi ferido em um braço. Como não fosse de gravidade o feri-

mento, amarraram-no então a um camelo. E como o cavalo de Abu era magnífico, le-

varam-no também. Acamparam depois em Jafrat. O árabe ferido tinha as pernas

atadas com uma correia de couro. Durante a noite, ouviu o relinchar do seu cavalo,

que se achava próximo às barracas onde dormiam os grondes chefes.

Não podendo mais resistir oo desejo de ver o que tinha sido feito do seu fiel com-

panheiro de tantos anos, Abu, apoiando-se nos mãos e nos joelhos, chegou até onde se

achava o corcel.— Pobre amigo '. —¦ exclamou, como se o animal pudesse entendê-lo. — Que fa-

rás tu no meio dos turcos ? Já não correrás no deserto, livre como o vento do Egito; já

não dividirás com o teu peito as águas do rio Jordão, ao otravessá-lo, e que re-

Eeo CAVALOfrescavam teu pêlo, tão branco como suas espumas. Oh!...Ainda se eu ficasse como escravo e tu livre!

Abu-el-Morsch aproximou-se mais e, então, começou aroer com os dentes a corda de pêlo de cabra, com que se usaamarrar as pernas dos cavalos.

Passados alguns minutos, o. animal estava completa-mente livre.

Vendo, então, que seu amo estava ferido e deitada a seus pés, o nobre e inteli-gente corcel compreendeu com seu instinto o que se passava.-

Baixou a cabeça para o dono e, tomando-o nos dentes pelo cinturão de couro,partiu a galope, levando-o até sua tenda, muito distante dali.

Ao chegar, deitou cuidadosamente o árabe na areia, aos pés de sua esposae filhos.

Entretanto, o esforço foi tão grande que o nobre animal morreu, vencido pelocansaço.

Toda a tribo o chorou e os poetas o cantaram.E seu nome nunca mais foi esquecido pelos árabes.

¦__ __ . ^j^tei^nfVfiirti^' -,' irininM— *'

y— ASO—-

20 O TÍPICO 21

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»^WMW»BIWS***WWMMMMM»-I^_0MMW^M^MM^MMMM^MMM»*M»*M*>^^*MMM»N*MMVM».*M^^^MMMMMMMM^MMMW^^^^M^V»^^

DIVERTI-ME... A VALER!(MONÓLOGO)

(Entra com "ataduras" de gaze na cabeça, forte hematoma emum dos olhos, "pontos falsos" na face, o braço esquerdo em tipóta,e com "talas", como se estivesse partido. A fisionomia, porém,sempre alefre e risonha).

Eu sempre fui muito alegre,Amigo de diversões;Não preciso de dinheiro,Basta ter alguns tostões.

Fui há dias, a uma festa,E lá, como estão a vêr,Cantei, dancei sem descanso,Me diverti a valer.

E' verdade que encontreiUm tipo... mal educado,Que me quebrou a cabeçaQuando me viu descuidado.

Porém, pus uma ataduruE não posso me esquecerDe que, na citada festa,Me diverti a valer...

Sem que houvesse algum motivo,O que é, mesmo, coisa rara,Outro sujeito implicante,Zangou-se e partiu-me a cara !...

Apliquei uns "pontos falsos",Saí, depois, a correr;Porém, depois, na tal festaMe diverti a valer.

Num passo que dei, dançando,Com todo desembaraço,Escorreguei no salãoE caí, partindo um braço...Puzeram-me este "aparelho"...Para não mais me doer,

E o caso é que, depois disso,Me diverti a valer.

Na queda, bati com o joelhoQue começou logo inchando,E eu só podia dançarNum pé só... assim... pulando...

(Salta, apoiando-se em umdos pés)

Esfreguei um linimentoQue consegui obter,Desinchou tudo e eu, assim,Me diverti a valer...

No sopapo que levei,Bem aqui. .. sobre... o sobrolho,Começou êle a ficarDo tamanho... de um repolho...

Lavei com água de arnicaE, em breve, podia vêrQue, naquela linda festa,Me diverti a valer...

Fui agora convidadoPara ir a uma outra festa,Que me parece, seráIgualzinha, em tudo, a esta.

E desejo convidá-losA também comparecer,Porque todos irão láSe divertir a valer...

EUSTORGIO WANDERLEY

*MMM^^«m-M»<M»<»iWMXMMKWMWWW ***¦*¦*¦¦»¦¦¦¦ ¦ m*»»a%m**.***.**»mm -. __.*_» - __ -----v- - * -y-.,*^-,,..,,^^^ -fl

22 O TICO-TICO

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f ÓLEO DE OVO ^V B

Cabelos sedosos gj Ie ondulados jlj j

? DIPLOMA DE HONRA ^^^m**wmmmm*l+mBm^.)& _*« EXPOSIÇÃO DO CENTtWÀBIO

'^ _^^** ^"***»la*>*"íw

f^r-* , ¦ *—--flil Exija o legítimo de ^^0 ^^T CARL0S BARBOSA >— JÜLEül-. LEITE que traz o nome J

?^los|arbosaoleite(

L^FEVEREIRO — 1958 23

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ÍN_0___.rtJ ______^__»__r«Qj^V-V^H _5^__^_^^

ALLAH É GRANDE, MAS...

ESTAVA um velho árabe, Mohammed Musta-

pha, a meditar na grandeza de Allah, à som-bra de uma palmeira, gozando a fresca brisa que,ao entardecer, enruga as águas do Mar Verme-lho, quando uma onda lhe arrojou aos pés umagarrafa com importante mensagem de longín-quas terras. O bom velho leu a mensagem, escri-ta em sete línguas, e viu que ela procedia dos

¦ Serviços Hidrográficos da Marinha dos Estados~~"~ Unidos, como elemento de estudo das correntes

oceânicas. Seguindo as instruções nela contidas,Mohammed montou seu pachorrento camelo efoi entregar o achado ao cônsul americano dacidade mais próxima, que lhe agradeceu, pro-

metendo-lhe a devida recompensa. Efetivamente o velho recebeu da-queles Serviços Hidrográficos qualquer coisa que êle julgou tratar-se damaior nota dos Bancos de todo o mundo.

Logo rojou a face encarquilhada pelaareia escaldante, humilhando-se ante o ges-to magnânimo de Allah e, pensando já navida esplêndida e suntuosa que iria levar,marchou a cambiar a "nota", a qual nãopassava, afinal de contas, de um excelentemapa colorido, sem qualquer valor para ocambista.

— Mas isto foi uma dádiva de Allah !Sim, sim! Allah é grande — respon-

deu b cambista — mas pouco generoso paraos homens muito ambiciosos...

E o pobre Mohammed, desiludido, lá foidormir, outra vez, à sombra da palmeira.

SOLUÇÃO DO PASSATEMPOO MISTÉRIO DO LADRÃO SILENCIOSO

A moça do vestido de barra, no 2.°quadro, estava de meias, sapatos de saltoalto e usava pulseira.

Ela era quem roubava.

CABELOS ^^p^BRANCOS PSsèC?

CABELOS ^^^m))JUVENTUDEALEXANDRE

24 FEVEREIRO 1958

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1 SERÁ'POSSÍVEL OUE Eu\\\ VOU \^^Z/-NÃO KiSSA fiC LEMBRAR ) ^MR

O PIPOCA^í â*\ Dero/iAMno &&_ - Z-s peocuçaa minha

l/ff/A (AlTCTs \f> e>? /^r\— amipaoDcioaDE;

r-sr TINUNCA UIA CERTlPSò PE IPADB-DESTE HOMEH.NEMAMINH/.

HUM-SERAESTA:'NÃO.PELA LETRADEVE 3ERJ A CERT/PAO DE.HATUÓALEM^

'—¦ ¦¦ ¦¦'¦ •¦'¦¦-! Jl— • ¦¦ ¦». Am _ _ K

UMA POWGRáFÍã DE UM\CRtAHÇO PO TEMPO

DOó RE/S MAGOS* DEVESER PELE. ftUREtE -e .-?=--

kíjãí

ACHEI,Fi>TGA~o:0SEU RETRATO, PELOFOTÓGRAFO CAIZLOSO TEMERÁRIO

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"O TICO-TICO*" é uma revista da Sociedade Anônima "O M A L H O",

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Rua Afonso Cavalcanti, 33 _ Tei. 22-9675 - Rio de Janeiro

Diretor: ANTÔNIO A. DE SOUZA E SILVA

Número avulso: Cr$ 5,00. Assinatura (12 números) Cr» 60,00.

FEVEREIRO 1958 25

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riGUMi. P2^>/u/<rBACH

___•_,•_. J_L_a _r/ >

QUANDO ouvirem um violinista de va-

lor tocar a bela "Ave-Maria", ouquando apreciarem esta última cantadapor um divo de merecimento, sem dúvida• se lembrarão de um dos maiores composi-tores do mundo: Johann Sebastian Bach,que viveu de 1685 a 1750.

Nascido no mesmo ano que Haendel,e vivendo durante muito tempo a poucos _quilômetros de distância deste último, jamais se avistou com o outrogrande músico.

Ambos vivem hoje através de sua música, que figura entre asmais deliciosas do planeta.Nasceu Bach numa família de músicos.Durante mais de 200 anos antes que nascesse Johann, vinhamfigurando os Bach entre os musicistas da pequena cidade de Eise-nach.Ainda muito menino aprendeu a tocar cravo, instrumento mui-to parecido com o piano.Também estudou violino e órgão.Quando tinha 30 anos foi nom eado mestre da capela do príncipede Cotheu. O exercício do cargo fez com que não somente dirigisseuma grande orquestra, mas também escrevesse música e a tocasse.Entre suas composições figura um livro de prelúdios e fugas a

que deu o nome de "Cravo bem afinado". O primeiro prelúdio do li-vro era a música favorita de Bach. É precisamente esse prelúdio, to-cado, como acompanhamento a uma melodia adaptada ao canto sa-cro por Gounod, que sôa como harpa quando ouvimos a formosa"Ave Maria".Bach passou os últimos 27 anos de sua vida em Leipzig, comodiretor de música e coro de uma d _s maiores igrejas da cidade.Muitas de suas mais belas obras foram compostas para os servi-

ços religiosos.

O TICO-TICO 27

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VISCONDE DE TAUNAY

ALFREDO de Escragnolle Taunay — militar, po-lítico, escritor — é uma das figuras mais sim-

páticas da história brasileira. Nasceu no Rio deJaneiro a 22 de fevereiro de 1843. Era filho do gran-de pintor Barão de Taunay. Corria-lhe nas veias osangue de duas famílias fidalgas da França. Bacharelem Ciências e Letras pelo Colégio Pedro II e emCiências Físicas e Matemáticas pela antiga EscolaCentral, em 1861 assentou praça no Exército. Seguiupara a guerra do Paraguai em 1865, como secretárioda Comissão de Engenheiros, na memorável expedi-ção que ia invadir aquele pais, pelo norte. Assistiu

à trágica retirada da Laguna, cujos episódios imortais fixou, com pena de mes-tre, nas páginas da sua obra famosa.

Foi, depois, secretário do comando-geral das tropas brasileiras, tomandoparte, ao lado do Conde D'Eu, na Campanha da Cordilheira, que pôs fim àguerita com a República do Paraguai.

VOLTANDO ao Rio de Janeiro, foi Taunay completar o seu curso da Escola

Militar e, em 1874, era nomeado lente de Mineralogia, Geologia, e Bo-tânica daquele estabelecimento. No ano seguinte era promovido a major.

Nesse posto pediu demissão do Exértito. Em 1871, o Visconde do Rio Brancoconvida-o para seu oficial de gabinete. No ano seguinte comparece à Câmaracomo deputado por Goiás, filiado ao Partido Conservador.

Caxias, ao chefiar o Gabinete de 1878, nomeou-o presidente de Santa Ca-tarina. Nesse cargo, Taunay muito trabalhou pelo interesse da Província, tor<-nando à Câmara, novamente eleito por Goiás.Apezar de conservador, advogou causas liberais, como a grande naturaliza-

ção, o casamento civil, a imigração e a abolição da escravatura.

SANTA Catarina o elegeu também para a Câmara, com a decidida, colaboraçãoda colônia alemã e dos teutos-brasileiros. Em 1885, os conservadoressobem ao poder. Cotegipe, chefe do Gabinete, nomeia Taunay presidentedo Paraná. Com a morte do Barão de Laguna, o Imperador escolhe Taunay

para o Senado, como representante de Santa Catarina. Foi nesse posto que aRepública o veio encontrar, em 1889. Fiel ao seu passado ,e às suas convicçõesfechou o livro da sua vida política.

FALECEU Taunay a 25 de Janeiro de-1809. Foi fundador da Academia Bra-sileira de Letras.

Era membro do Instituto Histórico Brasileiro. Taunay deixou uma obralitofrária, da qual destacamos "Inocência", uma das obras primas da nossa 11-teratura; "O Ensilhamento"; "A Retirada da Laguna"; "A Mocidade de Trajano"*"Ouro Sobre azul"; "Céus e Terras do Br&sil"; Biografia do Visconde do RióBranQO ; Visões do Sertão"; "Lágrimas do Coração»; «DiáKlo de Campanha";"Narrativas Militares"; "Quadros da Natureza Brasileira"; "Estudos Críticos"etc. Deixou também um livro de "Memórias" que, segundo suas determinações,só seriam publicadas 50 anos depois da sua morte.

AMÉRICO PALHA28 O TICO-TICO

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êMmmsm,li^íl^w /O P-OPPTPÇffO E DESfitROSi

CONTINUAÇÃO DA EDIÇÃO ANTERIOR

PrtciMi i* arranjar modo de vidaQuanta a mim o coito « simplespara o campo.

Antat de mo» nada, porem, envol-ve a cabaça num pano para ninguémver que ido de ouro oi teus cabelos.

vou ^* Jt SVJ|V^ R^v \M\

tit\ ry~~^ r wSâ^Aiern disso, Kftge-ta mudo. Al JWdy*. *{ Porque? ) V V

"t^^—-^w U^-^4y—V~^!L-j^.V'1wí:f^x /\°^w/ ° -\ ° i°'n"'"y:.iy^V 1 ^r>1 ,/-*"^./.*»t/«l,' I I'*

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O TICO-TICO

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f Não queiras saber porque. Segue os meiisNconselhos e verói.

Bem. Agora, adens! Vem ver-me de quandoem quando e se te encontrarei em dificuldadespensa em mim.

y^ #\ / \^JT^_£ J 1—LAX 1

DEPOIS QUE A ÉGUA SE AFASTOU, 0 JO-

VEM FOI PARA O CASTELO. O REI GOSTOUDELE E CONTRATOU-O COMO JARDINEIRO.

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^n^J^/ \\\ M

Í5TE REI TINHA TRES FILHAS. E TODASTRIS SE SENTIRAM DESGOSTOSAS AO VERQUE SEU PAI HAVIA TOMADO COMO JARDI-NEIRO UM HOMEM DE CABEÇA VENDADA EMUDO, AINDA POR CIMA ACHANDO-0 MUI-TO FEIO, BATIZARAM-NO COM O NOME DEMUDO-MEDONHO.

FEVEREIRO — 1958 31

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O PRÍNCIPE TRATOU OE FAZER O SERVIÇODA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL QUANDONAO SAIIA QUALQUER COISA IA EM BUSCADA ÉGUA. QUE LHE DAVA ÓTIMOS CONSE-lHOS. TÃO BEM SE DESEMPENHOU DA SUATAREFA. QUE DENTRO EM BREVE O REI SECONVENCEU DA EXCELENTE ESCOLHA QUEFIZERA. NUNCA TIVERA EM SEU JARDIM RO-SAS TAO BEM TRATADAS.

QUANDO AS PRINCESAS ENCONTRAVAMMUDO-MEDONHO NAS AVENIDAS OO PAR-QUE, VOLTAVAM LHE A CABEÇA COM ENFA-DO. A EXCEÇÃO DA MAIS NOVA, QUE ERAMUITO BONDOSA C TOMAVA SEMPRE A DEFE-SA DO JARDINEIRO SE AS OUTRAS FALAVAMMAL DELE. AS IRMÃS REPROVAVAM AQUI-LES GOSTOS VULGARES, MAS ELA NAO FAZIACASO.

UM DIA, EM QUE O PRÍNCIPE SE JULGAVASOZINHO, TIROU O PANO DA CABEÇA E CO-MEÇOU A PENTEAR OS CABELOS DOURADOS.PRECISAMENTE NESSA OCASIÃO A PRINCESI-NHA MAIS NOVA...

/ Oh! O cobria* dH. iío á* ouro!I MttS M<0 OinH AOOO O MOQIftéml

PASSARAM-SE MESES. UM BELO DIA OREI DECLAROU GUERRA AO DA NAÇÃO VtZI-NHA. MUDO-MEDONHO DEIXOU A PA E AENXADA E FOI PROCURAR A ÉGUA

9*m 4h» amigai I Bom dia, amigo. Sei ft-J TtltOWMtt O m*99 t9 -TÜf

32 O TICO-TICO

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o príncipe vestiu a ARMADURA, mon-TOU NA ÉGUA E FOI PARA A GUERRA.f V • 11 • esta armadura, \

I monta cm mim • vamos pa- T&fcjò?^**^-

QUANDO CHEGOU AO CAMPO DE BATA-LHA, O EXERCITO INIMIGO ESTAVA QUASEVENCEDOR E O REI OLHAVA DESESPERADA-MENTE PARA SEUS SOLDADOS SEM ANIMO,QUE COMEÇAVAM A EMPREENDER A FUGA.QUANDO MUDO-MEDONHO SURGIU. AVANÇOU CONTRA O INIMIGO.

PRECIPITOU-SE NO MAIS ACESO DA PE-LEJA E LEVOU OS SOLDADOS A VITORIA. ASUA CORAGEM CAUSAVA ADMIRAÇÃO ATtAOS PRÓPRIOS ADVERSÁRIOS, QUE, EM ME-NOS DE UMA HORA, SE RENDERAM E SE CON-FESSARAM VENCIDOS.

FEVEREIRO — 1998

) yf\ (CONTINUA) (i2

33

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A GIRAFA Por J.SILVEIRA THOMAZ

HP RATA-SE de um ruminante que tem dois chifres cônicos, opescoço excessivamente longo e as patas anteriores mais

compridas que as posteriores; com isso as costas ficam inclina-das, para trás.

I_ o animal mais alto que se conhece e a côr principal do seupêlo é amarelo claro, com manchas losângicas amarelo maisescuro.

A sua pátria de origem é a África e os antigos Romanos eGregos já a conheciam.

A marcha desse animal é muito interessante e correspondeà forma de seu corpo.

Não trota, mas tem um modo de andar sui generis, avançan-do ao mesmo tempo a mão e a perna do mesmo lado. Daí passamao galope, quando inclina opescoço para trás e para fren-te com o fim de manter oequilíbrio do corpo. São mui-to ágeis, em campo livre; umcavalo a toda brida, não con-segue alcançá-la, a não serque apareça uma ladeira,onde sobe com extrema di-ficuldade.

Tem a lingua preta com-prida, com a qual apreende asfolhas, os brotos, com que sealimenta.

No Jardim Zoológico comemmilho, forragem e são muitoquietinhas e apreciadas.34 O TICO-TICO

__/ /U aJu-/ cy Cl/L.

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FEVEREIRO — 1958 35

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wé bruica?

Será prtciso explicar que o página deve ttr colada•m cartolina e recortadas as figurai, a que as alctas brancasse dobram para trás, pelas linhas interrompidas, a qut assimvocês ttrão um bonito brinquedo, que deve ser muito bem guar-dadinho, etc, ttc. ?

36 O TICO-TICO

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PREÇO 40 CRUZEIROS

FEVEREIRO — 1958 37

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DUAS HISTORIAS DE BICHOSQuando o cão sala com seu dono, era

muitas vezes assaltado na rua. por váriosoutros cães menores, provocadores e auda-ciosos, que o cercavam, latindo.

Êle passava pelo meio dos invejosos comuma ostensiva indiferença, como se fosse des-cer de sua dignidade, dar atenção ao grupo.

E um dia um menorzinho chegou a ta-manha audácia, que o mordeu.

Aquilo foi uma ofensa acima da medida,que êle não podia sofrer com paciência, porser um abuso.

Voltou, então, contra o ofen-sor e, agarrando-o com os dentespela pele do pescoço, como as ga-tas fazem com os filhotes, carre-gou-o até á beira do rio.

Manteve-o alguns minutosem cima da água, esperneando,e, por fim deixou-o cair.

Mas não parecia achar que ocriminoso devesse morrer afoga-do. Esperou que o outro, desa-costumado a nadar, passasse unsmaus momentos, e quando o viudesesperado, aflito, entrou naágua e, agarrando-o do mesmomodo, o salvou, repondo-o emterra. E foi embora, solene.

UMA VESPA MALICIOSA

Observando uma teia de aranha, pre-senciei certa vez uma vespa vir pousar aumas duas polegadas do ninho da dona dacasa. Chegando mais perto, ela tez vibrarum dos fios, propositalmente, voltando àmais completa imobilidade. A aranha nãodemorou a sair do ninho, para ver o quecaíra na teia e então a vespa, rápida, ata-cou-a com seu ferrão, conseguindo feri-lamortalmente, embora fosse de bom tamanho.

A vespa se deixou ficar ainda um ins-tante e repetiu a manobra, fazendo vibrarouto fio, para ver se havia ainda "alguém"dentro do ninho.

Como não saísse ninguém, ela penetroulá, e algum tempo depois eu a vi saindo,várias vezes, trazendo as larvas da aranha,que matou também, uma a uma, pura sealimentar.

Estas duas histórias são verídicas e mos-tram que os animais irracionais não sãodestituídos de certo senso de raciocínio ecálculo.

Agem movidos pelo instinto, más de-monstram, algumas vezes, uma capacidadede raciocinar que chega a espantar.

Os casos que contei são uma prova disso.

E. J. FINBERT

38 O TICO-TICO

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. — Agora, tem uma coisa — disse o antigo lobo do mar. — Primeiro a gente tem que or-lQniar .uns colores velhos, umas pulseiras e brincos qu« não sirvam... — Para que ? — pergun-°u Chiquinho. — Ué ! Para enterrar, e assim o brinquedo ter mais graça... Pois não estamos"ncondo de tesouro escondido ? Primeiro a gente tem que enterrar o tesouro ! Depois é que

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E foi um custo para Chiquinho voltar às boas, com o velhote brincalhão, pois estava tãoF°ivencido de que a coisa era a valer, que ficou por conta, quando descobriu que era r__o"""o forço

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CONTINUARÃO DO NÚMERO PASSADO I ^j

Aberto o mapa, o velho marujo se en-carregou de suo leitura. Era tanto rabiscomisterioso ! — Bem... Muito bem... — di-zia éto. — Tantos graus de latitude Oes-te... Tantos de longitude...

Sêo menino, estamos aqui, estamos ricos! |*-VEste é o mapa do velho Tesouro dos Aplamintas, I Xtque pertenceu ao faroá Papalucas... Agora é só !fazer um pouquinho de força e toda a riqueza énossa ! Entendido ? Certo ? OK ?

Chiquinho, que tem uma imaginação danada de ativa, começou a imaginar o desfecho I —da história. Tomariam um brigue, do qual êle seria o capitão... Rumariam para o mar alto «, | ldepois de lutas com piratas e tempestades, conseguiriam o tesouro das Aplamintas, do rei-fa- I [jjroo Papalucas...

Benjamim já se via um grande pirata, até com um olho vendado ' (Canttem na i • cana)

GRAFICA PIMENTA DC MELLO * A. *K*