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Prêmio Sinepe 2016 Categoria Gestão Pedagógica

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Prêmio Sinepe 2016

Categoria Gestão Pedagógica

1. APRESENTAÇÃO

Nossa instituição

Fundado em 1920 e com uma reconhecida trajetória na educação, o

Colégio Marista Champagnat é um espaço de aprendizado, descoberta

e construção de novos conhecimentos. Ele integra a Rede Marista,

hoje presente em mais de 80 países com quase 200 anos de atuação

mundial. Instalado dentro do Campus da PUCRS, numa área

privilegiada, com mais de 4 mil metros quadrados, o Colégio possui

infraestrutura completa e adequada para cada nível de ensino.

Todos os dias, aproximadamente 150 educadores se envolvem para

oferecer uma educação de qualidade que marca a vida dos que

passam pela escola, inspirados nos valores do fundador dos Irmãos

Maristas, São Marcelino Champagnat. Cerca de 1,2 mil estudantes, da

Educação Infantil ao Ensino Médio, aprendem, diariamente, que o

conhecimento vai muito além da sala de aula.

Nossa missão

Promover educação de qualidade, para crianças e jovens, através de

práticas educativas inovadoras, embasadas no carisma marista,

contribuindo para uma sociedade mais humana, ética e justa.

Nossa visão

Ser um colégio de excelência educativa, através da formação integral

em constantes processos de inovação, apoiados na tradição marista.

2. CENÁRIO

São perceptíveis as inúmeras demandas da sociedade que impulsionam as organizações à mudança e, por isso, sem

dúvida, faz-se necessário mobilizar a organização tradicional para redimensionar suas práticas e fazer releituras de seu

projeto e de sua cultura organizacional. No contexto educacional, o cenário nos direciona a ter um olhar crítico para o

currículo, com espaços e ambientes dinâmicos e interativos, com uma metodologia centrada no estudante e propostas

tecnológicas, levando a conceber um novo desenho de escola.

“Os espaços pedagógicos e a arquitetura educativa articulam forma e conteúdo, sempre no sentido de produzirsignificados e identidades. Por esse motivo, podemos considerá-los como linguagens educacionais. São umaimportante forma de ver, dizer, narrar e significar tudo o que atravessa o universo escolar. São produçõeshistóricas e culturais impregnadas de sentidos e marcadas por relações de saber-poder. O desafio com o qual nosdeparamos é colocar a arquitetura educativa e o espaço pedagógico a serviço de uma educação que reconheça aimportância das diferenças e da autonomia e contemple as aprendizagens cognitivas, culturais, éticas, políticas esolidárias.¹

¹ UNIÃO MARISTA DO BRASIL. Projeto Educativo do Brasil Marista. Brasília: Umbrasil, 2010, p. 92

A importância que a tradição e a grandiosidade arquitetônica do Colégio tem para o Instituto Marista e para a Prefeitura

de Porto Alegre, por estar em fase de tombamento histórico, exigiu dos gestores um cuidado especial na perspectiva de

renovar o prédio internamente, conforme veremos a seguir.

Com 96 anos de fundação, o Marista Champagnat é uma

construção antiga que mantém sua história, mas que está sempre

atento aos novos contornos da Educação Básica. Partindo dessa

premissa, o Colégio investiu fortemente na inovação ao elaborar

seu Planejamento Estratégico 2012/2022. Todas as ações e os

projetos foram elaborados com foco na excelência acadêmica,

visando ao reposicionamento no mercado, mas sempre ancorado

na proposta pedagógica marista:

2. OBJETIVOS E DESAFIOS

Com vistas a responder aos anseios e necessidades do cenário da Educação Básica atual e seu contexto interno, o

Colégio Marista Champagnat criou em 2012 o projeto Gestão dos espaçotempos da escola baseado nas concepções

aprofundadas no Projeto Educativo do Brasil Marista que se referem à questão da escola ser compreendida como

espaçotempo², pois se materializa num tempo e lugar localizados, precisos, específicos, nas quais nos formamos como

sujeitos da educação. Nesse sentido, as escolas maristas se constituem em diversos espaçotempos para operacionalizar e

dinamizar os valores da pedagogia marista, os desafios da educação contemporânea e o compromisso da educação nesta

geração de crianças, adolescentes, jovens e adultos, bem como a efetivação do compromisso social da escola.

• Transformar as salas e demais espaços em ambientes mais agradáveis com uma linguagem visual esteticamente

acolhedora, despertando o interesse do estudante em estar presente, integralmente, no ambiente escolar.

• Reinventar o fazer pedagógico, buscando o protagonismo do estudante e do professor sob a ótica da proposta

pedagógica marista.

• Romper com o modelo tradicional (professor à frente, estudantes sentados um atrás do outro).

• Valorizar e atualizar as linguagens e suas tecnologias, disponibilizando diferentes mídias nos espaços escolares.

• Investir na formação dos profissionais que atuam no Colégio, sensibilizando-os e capacitando-os para a mudança

estrutural e metodológica.

• Fomentar o sentimento de pertença na comunidade escolar, com o cuidado humanizado dos ambientes.

• Manter a estrutura externa conforme exigências legais devido ao processo de tombamento histórico.

• Transformar os espaços educacionais para atender à demanda de uma educação contemporânea.

Com a criação do projeto, foram delineados os seguintes objetivos:

² Importante esclarecer o uso do itálico e a supressão do hífen, pois espaçotempotrata-se do conceito presente na pedagogia marista que não atende ao significado da expressão espaço-tempo, que diz respeito aum conceito científico.

Documento que orientaas práticas

pedagógicasdos Colégios da Rede Marista

Abaixo os desafios a serem enfrentados:

4. ENVOLVIMENTO COM OS PÚBLICOS DE INTERESSE

4.1 Públicos de interesse

O Marista Champagnat é um espaço de circulação e convivência diária de cerca de 2 mil pessoas (estudantes, ex-alunos,

educadores, famílias e fornecedores). Estudantes com idade entre 3 e 17 anos passam a maior parte do tempo nos

espaços da escola, aprendendo de diferentes formas e convivendo com mais de 150 educadores. Sob essa perspectiva, é

possível dizer que o Colégio representa a segunda casa para muitos dos públicos que o frequentam.

4.2 Formas de envolvimento e relacionamento

Ao longo do ano de implementação do projeto, foram realizadas:

• Reuniões da Direção com as Coordenações Pedagógicas para discutir e planejar a revitalização dos espaços com vistas

a implementação da proposta pedagógica específica de cada nível de ensino.

• Reuniões da Direção com a arquiteta e o encarregado dos Serviços Gerais do Colégio a fim de reestruturar os espaços

físicos da escola, conservando o prédio e sua história.

• Apresentação da nova estruturação física com foco no aprendizado e resultado pedagógico aos professores.

• Sessões de capacitação a todos os professores, possibilitando a criação e contribuição coletiva do uso dos espaços.

• Apresentação da nova proposta pedagógica e da renovação dos espaços às famílias e estudantes.

5. GESTÃO DO PROJETO

5.1 Estratégias e ações adotadas para alcançar os objetivos

Formação e capacitação dos professores para

implementação da proposta pedagógica.

Revitalização das salas de aula e dos espaços de aprendizagem com inserção de lousas interativas com

tela touch screen (sensível ao toque), com acesso à internet e múltiplos recursos, em todas as

salas de aula a partir do 9º ano do Ensino Fundamental, tornando o

ambiente mais confortável, acolhedor e estimulante. Além de

dispositivos móveis que atendem as demais turmas do Colégio.

Aumento da carga horária do Ensino Médio

de 25h para 33h semanais.

Adequação da metodologia de

ensino, em que o estudante é

protagonista do aprendizado e o

professor é mediador do conhecimento.

Reorganização da sala de aula, com layout

jovem, visando a conectividade e a

interação do estudantes.

Reformulação dos laboratórios de

aprendizagem e criação de espaços novos, como o

Laboratório de Vídeo, de Rádio, de Robótica e Física,

de Ciências da Natureza, Workstations, Living

English e Ateliê³.

Inclusão de Robótica no currículo do Ensino

Fundamental, com salas divididas por ilhas de

trabalho e com computadores à

disposição.

Inserção de um período interdisciplinar por

semana para os Anos Finais do Ensino Fundamental.

³ Workstationssão ilhas de trabalho com computadores.Living English é um espaço diferenciado dedicado exclusivamente a aprendizagem da língua inglesa.Ateliê é um espaço de liberdade de expressão, de participação infantil, de escuta e de criação.

Provas por área do conhecimento

trimestralmente aos estudantes dos Anos

Finais do Ensino Fundamental e Ensino

Médio.

5.2 Metodologia de aplicação e execução do projeto

5.2.2 Transformação do ambiente escolar

As arquiteturas pedagógicas são as organizações estruturantes de novos

processos de aprendizagem. É importante olhar ao redor para identificar as

necessidades, os recursos e as ferramentas em potencial para um trabalho que

instigue a aprendizagem através da interação e permita o desenvolvimento da

capacidade de reflexão e a construção da autonomia.

A escola pode revelar nos seus espaços, ambientes nos quais o ato de aprender

pode ser mais oportuno e qualificado, possibilitando relações que tornem o

aprendizado bem mais interessante e criativo. O espaço pode por si só ser um

instrumento pedagógico, na medida em que, na forma como é organizado,

privilegia a interação, a conectividade, o protagonismo, estimulando a

curiosidade e a criatividade.

A funcionalidade, a estética, o conforto ambiental são de extrema relevância

na concepção e execução do projeto. As salas privilegiam o bem-estar, a

interação, a inovação, o protagonismo tanto dos estudantes quanto dos

professores e dos demais profissionais que atuam no Colégio.

5.2.3 Recursos de aprendizagem

Ainda de acordo com o Projeto Educativo Marista, “a

aprendizagem cooperativa envolve a atuação coletiva, em que

a participação do grupo gera e amplia os questionamentos e

resultados na construção do conhecimento”. O trabalho em

equipe exercita uma série de habilidades. O estudante

aprende a escolher, a avaliar e a decidir. Desenvolve-se a

capacidade de ouvir e respeitar opiniões diferentes nesse

tipo de trabalho. A lista também inclui saber argumentar e

dividir tarefas – competências essenciais para a vida adulta. O

preparo para vida depende de saber se comunicar, ouvir,

respeitar interlocutores e isso só se aprende fazendo.

UNIÃO MARISTA DO BRASIL. Projeto Educativo do Brasil Marista. Brasília: Umbrasil, 2010, p. 55

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Para que o trabalho aconteça, são necessárias estratégias adequadas para cada faixa etária, além de privilegiar as

individualidades. O educador deve ter claro o objetivo do trabalho e, em função disso, dar orientações e propor o tipo de grupo. O

trabalho em grupo pode estimular o convívio de estudantes que nem sempre são amigos, estabelecendo a socialização. É claro que

podem haver atritos pelas diferenças existentes, mas isso é positivo para o desenvolvimento do estudante, já que grupos

homogêneos não apresentam vantagens pedagógicas. Saberes em diferentes níveis ajudam o educador trazer à cena a questão da

colaboração.

Mediante a conversa e o diálogo, os estudantes chegam a sua própria compreensão de um conceito ou conhecimento. A

aprendizagem colaborativa é caracterizada pela presença de grupos de estudantes que interagem na busca de uma meta comum.

Ao alternar os parceiros de trabalho, todo estudante experimenta papéis diferentes, que estimulam a habilidade de ter mais poder

de negociação e argumentação para defender suas ideias e aceitar as dos outros.

4

Embora tenha predominado no meio educativo a corrente teórica condutista, onde o processo de ensino e aprendizagem é

marcado pela transmissão de informações por parte do professor e a memorização passiva e repetitiva por parte do estudante,

com o grande psicólogo Lev Vygotsky esse quadro começou a mudar. Ele afirma que “o verdadeiro curso do desenvolvimento do

pensamento não vai do individual para o socializado, mas do social para o individual”. Conceitos como esse ratificam que a maior

parte da aprendizagem é construída a partir de relações sociais.

A proposta consiste em oferecer ao professor e ao estudante a possibilidade de utilizarem diferentes linguagens e tecnologias,

ampliando, assim, as possibilidades de aprendizado. Estar disponível nos ambientes: lousa digital interativa, livros, computadores,

smartphones, wireless e demais tecnologias facilitam a pesquisa e a busca de conhecimento.

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5.2.4 Recursos necessários

HUMANOSPessoas envolvidas direta e indiretamente

Educadores (professores, funcionários e Equipe Diretiva)

Educadores especializados para o projeto Living English

Parceiros

Arquitetos

Trabalhadores de mão de obra especializada

MATERIAISRecursos financeiros para compra de material, mão de obra e equipamentostecnológicos

R$ 25.000,00 – Workstations

R$ 83.500,00 – Estúdios de Áudio & Vídeo, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, programas e sistemas e reforma estrutural

R$ 378.662,26 - Aumento de 11% de investimento na carga horária para o Living English

R$ 128.960,00 – reforma estúdios de Living English

R$ 11.882,00 – Robótica

R$ 60.000,00 – Ampliação e revitalização das salas de 1º ano EF

R$ 640.600,00 – Reestruturação das salas de EM (10 salas)

R$ 6.320,48/mês – Aulas Interdisciplinares para Anos Finais

Cerca de 2 milhões – troca de todo o telhado e piso, rebaixamento do teto, revitalização da rede elétrica, pinturas e instalação de ar condicionado

5.2.5 Aspectos relacionados à prática

Oferecer educação preocupada com o desenvolvimento integral dos estudantes requer um olhar atualizado, levando em

consideração as peculiaridades e interesses dessa geração. É fundamental adequar as iniciativas conforme a faixa etária e nível de

ensino. Entre os aspectos relacionados à prática pedagógica que o projeto Gestão dos espaçotempos da escola evidenciou,

destacamos alguns diferenciais pedagógicos da Educação Infantil ao Ensino Médio que se legitimam a partir do desejo de tornar

os espaços contribuintes do aprendizado, tais como:

EDUCAÇÃO INFANTIL

Ambiente de descobertas

Considerados parte essencial do projeto curricular,

os ambientes são planejados com intencionalidade

e criatividade. Assim, as salas de aula e o Ateliê

convidam as crianças a serem protagonistas, pois

configuram-se espaços versáteis de liberdade de

expressão que propiciam o contato com materiais

naturais diversificados.

Espaços ao ar livre

Com a escassez de praças públicas, os espaços escolares precisam contemplar o direito das

crianças de se movimentarem e explorarem ambientes ao ar livre, bem como o contato com a

natureza. Assim, além de pátios arborizados, espaços lúdicos externos propiciados pelo Colégio

permitem às crianças a experimentações e descobertas, como as praças das águas e dos sons.

Tecnologias Educacionais

Os estudantes participam de momentos de aprendizado no

Laboratório de Tecnologias Educacionais e de Robótica, bem como

nas próprias salas de aula, tendo contato com softwares e

aplicativos. Todas as atividades são conectadas com o que é

vivenciado em sala de aula, proporcionando a construção de

novos conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades.

Living English

A intencionalidade deste projeto é pôr em prática ações que

levem a contribuir eficazmente para a construção do

conhecimento do estudante em língua inglesa e por consequência,

o desenvolvimento da fala, abrangendo da Educação Infantil ao

Ensino Médio.

Com um método de ensino baseado na habilidade de

comunicação, as aulas de Língua Inglesa acontecem em ambientes

diferenciados, com material didático especializado, com dois

períodos presenciais e um período virtual por semana, com

turmas reduzidas, possibilitando o desenvolvimento das

habilidades da língua. No 9º ano EF e 3º ano EM, os estudantes

realizam o teste de proficiência do TOEFL. A certificação

linguística é oferecida pelo Colégio.

Metodologia e espaços inovadores

Oportunizar o aprendizado em grupo é a essência dos espaços

pedagógicos. Dessa forma, as salas de aula do Ensino Médio

foram planejadas para oportunizar a construção de novas

aprendizagens a partir da troca entre os estudantes,

privilegiando também o bem-estar, a interação e a inovação. A

mobilidade dos móveis, permite que a sala alterne o formato de

acordo com a atividade proposta e oportunize o debate e a

aproximação entre professor e estudante.

Conectividade

Com a intenção de utilizar as tecnologias como ferramenta de ensino,

decidiu-se optar pelo modelo Bring Your Own Device (Byod), método

que incentiva que o estudante traga seu próprio celular smatphone ou

tablet para uso pedagógico no Colégio. Trazer dispositivos de

propriedade pessoal libera o estudante para utilizar artefatos mais

modernos e potentes, acompanhando as mudanças e rápida

obsolescência de tecnologias.

O investimento da instituição passa a ser a oferta de uma plataforma de

wi-fi robusta que dê conta das demandas da sala de aula. Deve-se

considerar que os objetos de aprendizagem, nesse cenário, podem ser

variados: animação, simulação, vídeos, etc. Tudo isso consome uma

banda de rede muito significativa e exige um monitoramento

permanente, não só da estrutura física de rede, mas daquilo que o

estudante está acessando. Com essa opção a escola dialoga

autenticamente em relação ao uso pedagógico adequado da tecnologia

e oferece aos estudantes a possibilidade de desenvolver estratégias mais

seguras de navegação na rede.

BYOD, sigla para o termo "bring your owndevice" (ou "traga seu próprio dispositivo").

6. RESULTADOS

6.1 Avaliação da continuidade do projeto ou ação

Sob a ótica do nosso Projeto Educativo, torna-se necessário estar atento ao sujeitos a fim de construir e reconstruir o

currículo durante os processos de aprendizado. Entendemos o currículo como dinâmico, devendo ser atualizado

constantemente, sempre pautado pelo desafio de tornar o estudante protagonista do seu aprendizado com o auxílio dos

espaçostempos na construção do seu conhecimento.

6.2 Avaliação da replicação do projeto em outras unidades maristas

O Colégio Marista Champagnat não está solitário no processo de mudanças que atingem o currículo. A instituição está

inserida em um contexto de Rede Marista, que caminha na direção de construir novas práticas. Certamente, a experiência

servirá de referência para que outras 17 unidades possam traçar suas rotas, alcançando os objetivos que são comuns a

todos: educação de qualidade que articule formação humana e excelente desempenho acadêmico. Além disso, trata-se

de um projeto altamente replicável à medida que houver uma reestruturação pedagógica a partir de uma construção

coletiva e investimentos para a formulação de um novo jeito de fazer escola.

6.3 Resultados alcançados

Entre os resultados obtidos, a visibilidade que o Marista Champagnat ganhou em termos de

reposicionamento trouxe benefícios como a repercussão de ser uma instituição com foco

na inovação. Os espaços educacionais com essa nova configuração oferecem maior

mobilidade e conectividade aos atores que usufruem destes ambientes. O rompimento com

o modelo tradicional é uma realidade materializada no Colégio, conforme mostramos ao

longo deste case e que agora serão demonstrados nos resultados, nas páginas a seguir.

O Colégio foi tema de reportagem da Zero Hora sobre espaços inovadores e carga horária diferenciada.

94,7% das famílias

reconhecem que o Colégio investe na

manutenção do prédio e

modernização dos espaços.5

94,3% das

famílias indicariam o Colégio para

outras pessoas.

70,5% dos

estudantes se sentem satisfeitos

com o Colégio.

Todos os dados foram retirados 5º avaliação institucional unificada do Colégio Marista Champagnat

5

O Colégio apresentou o case Gestão dos espaçostempos da escola no III Congresso Nacional de Educação Católica(ISSN: 2447-0082)

“Meus dois filhos mais velhos entraram no Colégio Marista Champagnat no ano de 2012, no

1° e no 6° ano EF. No ano seguinte, minha filha mais nova iniciou no Nível 1 da Educação

Infantil e fomos sendo surpreendidos gradualmente com inovações e protagonismos na área

pedagógica. Fomos testemunhas de um salto em qualificação e reformulações estruturais,

inclusive no âmbito da estrutura física, tais como a construção do Ateliê da Educação Infantil

e de ambientes de aprendizagem sendo constantemente modernizados e adequados. Além

de observar uma mudança na forma de considerar o aluno como peça fundamental,

estimulando-o a exercer seu protagonismo na construção do conhecimento. A cada ano,

somos surpreendidos por mais melhorias pedagógicas e físicas que refletem o constante

esforço do colégio em melhorar sistematicamente. Temos a certeza de termos feito a

melhor escolha! Hoje o colégio é também sinônimo de modernidade.”

Giovana Diaz, mãe de três estudantes do Colégio

A satisfação geral com o

Colégio cresceu 10% em dois

anos

82,2% das famílias estão

satisfeitas com a ambientação dos

espaços

86,4% das famílias não pensam em mudar de

escola

“Antes, quando os estudantes sentavam uns atrás dos outros, parecia que a gente tinha o

controle sobre o comportamento deles de uma maneira mais eficaz, porém era apenas

impressão. Com a nova estrutura dos estudantes sentados em grupos, facilitou o trabalho

de pesquisa melhorando o aprendizado. No início, nós, professores e alunos tivemos

dificuldade com o fato de os estudantes sentarem de lado e até mesmo de costas para o

quadro. Mas, nós entendemos que neste tipo de organização de sala e aprendizado, o

professor deve estar no centro da aula como mediador. Eu sempre fui a favor e sempre

sonhei com aulas em que os estudantes não precisassem sentar de uma única forma.”

João Batista, educador do Colégio

84,4% dos professores se

sentem satisfeitos em atuar no

Colégio94% dos

professores sentem orgulho em trabalhar no

Colégio75,3% dos

professores se sentem satisfeitos com a integração entre disciplinas

“Sinto, nesse novo jeito de aprender, uma liberdade muito maior de dialogar, opinar e

questionar. Estamos em uma sala que é só nossa e nos dá acesso a diferentes recursos

multimídias para tornar mais fácil descobrir, compreender e aplicar o conteúdo. Além disso,

somos postos em uma configuração grupal, que nos estimula constantemente a trabalhar

coletivamente, compartilhando saberes. Os professores não nos ensinam o conteúdo

pronto, eles andam entre os grupos, construindo juntos conosco o conhecimento,

edificando o pensamento e a crítica.”

Gabriel Sacchi, estudante do Colégio

72,7% dos estudantes estão satisfeitos com o

uso das tecnologias em

sala de aula

75,9% dos estudantes estão satisfeitos com a ambientação dos

espaços

78,3% dos estudantes estão satisfeitos com a

qualidade de ensino e aprendizagem

“É preciso estar incomodado para querer mudar.” (Abidu Ferraz – Angola)