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Rua Amador Bueno, nº 22 Cx. Postal 250 CEP 14.010.070 (16) 3607-2200 Ribeirão Preto SP www.daerp.ribeiraopreto.sp.gov.br PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS DE RIBEIRÃO PRETO REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO E PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE RIBEIRÃO PRETO SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO Ribeirão Preto, Janeiro de 2020.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO

DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS DE RIBEIRÃO PRETO

REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

E PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS

SÓLIDOS DE RIBEIRÃO PRETO

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO

SANITÁRIO

Ribeirão Preto, Janeiro de 2020.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1

2 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................ 21

2.1 DIAGNÓSTICO ..................................................................................... 21

2.2 PROGNÓSTICO ................................................................................... 62

2.3 OBJETIVOS E METAS ......................................................................... 67

2.4 AÇÕES PREVISTAS E CUSTOS E INVESTIMENTOS ESTIMADOS .. 68

2.5 RESUMO DOS CUSTOS E INVESTIMENTOS .................................... 77

2.6 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS ......................... 78

3 SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................................ 79

3.1 DIAGNÓSTICO ..................................................................................... 79

3.2 PROGNÓSTICO ................................................................................. 100

3.3 OBJETIVOS E METAS ....................................................................... 104

3.4 AÇÕES PREVISTAS E CUSTOS E INVESTIMENTOS ESTIMADOS 105

3.5 RESUMO DOS CUSTOS E INVESTIMENTOS .................................. 110

3.6 AÇÕES PARA EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ............................ 111

4 INDICADORES TÉCNICOS E OPERACIONAIS ....................................... 112

4.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ADEQUADO .......................................... 112

4.2 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................... 114

4.3 SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................... 121

4.4 ATENDIMENTO AO PÚBLICO ........................................................... 124

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 1

1 INTRODUÇÃO

O município de Ribeirão Preto está situado no interior do estado de São Paulo,

Região Sudeste do país. Pertence à Mesorregião e Microrregião de Ribeirão Preto,

localizando-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 315 km.

Ocupa uma área de 650,916 km², sendo que 127,309 km² estão em perímetro urbano.

Sendo a cidade-sede da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), sua

população foi estimada pelo IBGE em 701.183 habitantes em 2019. Entre os 30

maiores municípios brasileiros, a população ribeirão-pretana foi a sexta com maior

taxa de aumento populacional (1,3%). Portanto, cresceu o dobro da capital paulista,

maior cidade do país e bem mais que a média (0,86%) do Brasil. Suas coordenadas

geográficas são: Latitude - 21° 10’ 40” S; Longitude - 47° 48’ 36” W.

A sustentabilidade e a segurança hídricas são condicionantes ao

desenvolvimento econômico e social do país. Enfrentar os sérios problemas de

acesso à água, que atingem mais severamente a população de baixa renda dos

pequenos municípios e das periferias dos grandes centros urbanos, é fundamental

para que se continue avançando no caminho do crescimento ambientalmente

responsável. A sucessão de eventos críticos dos últimos anos, no Brasil e no mundo,

realça a gravidade desses problemas.

De fato, a questão a enfrentar não é intransponível, mas tampouco uma tarefa

simples. Experiências bem-sucedidas no país vêm indicando caminhos. Para vencer

esses desafios, é preciso empenho dos governos no planejamento das ações, na

regulação da prestação dos serviços públicos e nas políticas de financiamento

necessárias.

Mas, antes de tudo, é preciso conhecer o problema em todas as suas

dimensões. Precisamos obter informações detalhadas sobre a situação dos

municípios brasileiros, quanto às demandas urbanas, à disponibilidade hídrica dos

mananciais, e à capacidade dos sistemas de produção de água.

A garantia da oferta de água para todos os centros urbanos brasileiros deve ser

prioritária, pois se trata do atendimento à necessidade básica da população, e

considerada estratégica, tendo em vista as perspectivas de desenvolvimento do País.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 2

Nas regiões com maior dinamismo econômico e produtivo, como no caso das

regiões metropolitanas, o desafio do abastecimento está relacionado com a frequente

utilização de fontes hídricas comuns, que resulta em conflitos pelo uso da água, de

ordem quantitativa e qualitativa.

Foi institucionalizada em 6 de julho de 2016 a Região Metropolitana de Ribeirão

Preto (RMRP) por meio da LEI COMPLEMENTAR Nº 1.290, a qual reúne 34

municípios, divididos em quatro sub-regiões:

Sub-Região 1: Barrinha, Brodowski, Cravinhos, Dumont, Guatapará,

Jardinópolis, Luís Antônio, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Rita do

Passa Quatro, São Simão, Serrana, Serra Azul e Sertãozinho;

Sub-Região 2: Guariba, Jaboticabal, Monte Alto, Pitangueiras, Taiúva e

Taquaral;

Sub-Região 3: Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Mococa, Santa Cruz da

Esperança, Santa Rosa do Viterbo e Tambaú;

Sub-Região 4: Altinópolis, Batatais, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Sales

Oliveira e Santo Antônio da Alegria.

A região reúne aproximadamente 1,7 milhão de habitantes, segundo estimativa

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, e produziu 2,84%

do Produto Interno Bruto (PIB) paulista em 2015.

Figura 1.1 – Região metropolitana de Ribeirão Preto

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 3

O Município de Ribeirão Preto registrou aumento significativo de vazão

outorgada de água subterrânea no período 2013-2017, 41,55%, apresentando em

2017, vazão outorgada de 5,11 m³/s, que representou 81,37% do total da vazão

outorgada subterrânea da UGRHI 04 e 8,31% da vazão total outorgada no Estado. O

aumento robusto no total de vazões outorgadas subterrâneas (33%) no período 2016-

2017, é justificado pelo fato de que, em valores absolutos, no município de Ribeirão

Preto, cresceram 1,25 m³/s (81%) proporcionado quase que integralmente pela

regularização junto ao DAEE, pelo DAERP, de dezenas de poços profundos.

Ribeirão Preto é abastecida na sua totalidade, por água subterrânea extraída

do Sistema Aquífero Guarani. Desde que começou a explorá-lo, em 1930, o município

utilizou 3,2 bilhões de m³ de água do reservatório. A Agência Nacional de Águas

(ANA), através de estudo denominado “Atlas do Abastecimento Urbano de Água”,

apontou que a cidade deve adotar um novo manancial para o abastecimento, pois o

existente não atende à demanda, sendo detectado “o rebaixamento do lençol freático”.

Com isso, o DAERP – Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto, está

fazendo estudos para captação de água do rio Pardo, que possui disponibilidade

hídrica suficiente para complementar o abastecimento público.

A água doce representa apenas 3% do total de água na natureza. O restante

(97%) encontra-se nos oceanos e mares salgados. A maior parte desta água doce,

2,3% do total de 3%, está congelada nas calotas polares e geleiras, ou em lençóis

subterrâneos muito profundos, sendo que os 0,7% restantes estão disponíveis para

consumo. A água é um bem essencial à vida e ao desenvolvimento econômico-social

das nações.

No Brasil, estima-se que aproximadamente 51% da água potável provem dos

aquíferos e no Estado de São Paulo seu uso para abastecimento público cresce

gradativamente nos últimos anos, sendo 71,6% de seus municípios abastecidos total

ou parcialmente por esse recurso, principalmente, proveniente do Aquífero Guarani.

Dentre estes locais, a maior cidade abastecida pelo Aquífero Guarani é

Ribeirão Preto, que se destaca devido ao seu desenvolvimento, possuindo uma

economia baseada predominantemente nas atividades agro-industrial e de prestação

de serviços, fatores que podem estar afetando a disponibilidade da água do Aquífero

Guarani no município, baseado em estudos que apontam para seu rebaixamento.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 4

Assim, o objetivo é propor outro meio de abastecimento para a cidade, em conjugação

com o manancial subterrâneo existente, de forma a reduzir a sua explotação e a

restringir ou eliminar seu rebaixamento, contribuindo para sua preservação.

Com o desenvolvimento do Município, aumenta-se a demanda de água para

abastecimento público. Os aquíferos são fontes subterrâneas de água que necessitam

de longos períodos para recarga. As águas superficiais, por outro lado, estão sempre

se renovando dentro do ciclo hidrológico, são recarregadas diretamente pelas chuvas;

e nos períodos de estiagem, pelas águas dos lençóis freáticos livres.

Desta forma, a implantação do Sistema de Produção de Água do Rio Pardo

poderá complementar a captação subterrânea existente. A nova captação, integrada

aos centros de reservação, poderá prover maior confiabilidade operacional a toda

população de Ribeirão Preto.

Com isso, poderá ser aumentada a oferta de água distribuída em Ribeirão

Preto, que hoje é proveniente, em sua totalidade, de manancial subterrâneo (Aquífero

Guarani), por meio de 118 poços.

A maioria dos municípios pertencentes à UGRHI 04 possui o Índice de

Atendimento Urbano de Água superior a 99%, revelando índice classificado como

categoria "Bom", apontando que os municípios da bacia, de modo geral, estão bem

geridos no quesito "abastecimento urbano de água". O objetivo de gestão é o de

buscar ficar o mais próximo possível da cifra de 100%, condição difícil de ser

alcançada dada à expansão urbana nos últimos anos (a taxa de urbanização da

UGRHI entre 2012 e2017 passou de 95,3% para 96%, e a sua população aumentou,

neste período 4,9%), não só pelo crescimento do setor imobiliário bem como pelas

ocupações irregulares, que em Ribeirão Preto alcançaram 70 áreas.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 5

Figura 1.2 – Vazão outorgada subterrânea e superficial na UGRHI 04.

Fonte: DAEE.

O DAERP desenvolveu e implantou o Plano de Segurança da Água (PSA), que

é um instrumento com abordagem preventiva, com o objetivo de garantir a segurança

da água para consumo humano, incluindo a minimização da contaminação do

manancial, a eliminação ou remoção da contaminação por meio do tratamento da

água e a prevenção da contaminação no sistema de distribuição. Estabelece, ainda,

planos de contingência para responder a falhas no sistema ou eventos imprevistos,

que podem ter um impacto na qualidade da água, como severas secas, fortes chuvas

ou inundações. Trata-se de uma ferramenta para gestão de riscos, com o foco no

consumidor da água, que deve receber água segura e de qualidade e, assim, proteger

sua saúde.

De acordo com a Lei 11.445/07, podemos definir como saneamento básico o

conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de

água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e

drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Além de garantir uma melhoria na condição de vida e saúde da população, um

saneamento básico de qualidade preserva o meio ambiente ao dar um destino

adequado ao esgoto e aos resíduos sólidos, evitamos a poluição de rios e lagos, por

exemplo.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 6

É importante destacar que todas as cidades devem garantir a universalização

do acesso ao saneamento básico, ou seja, devem levar esses serviços a todas as

residências, de acordo com o Artº 2 da Lei 11.445/07.

A Política Municipal de Saneamento, torna-se fundamental para o

desenvolvimento das ações necessárias para determinação das ações para a busca

da universalização no Município de Ribeirão Preto.

Para os sistemas de água potável e esgotamento sanitário, foi feito o

diagnóstico e consequente prognóstico, para que seja elaborado o planejamento das

ações necessárias, visando a garantia da prestação dos serviços adequados.

Todas as cidades brasileiras deverão elaborar os seus planos de saneamento

básico e gestão integrada de resíduos sólidos. É o que determina a Lei nº 11.445/07,

que estabelece as diretrizes gerais e a política federal de saneamento básico e a Lei

nº 12.305/10, que disciplina a política nacional de resíduos sólidos. Um dos princípios

fundamentais dessa legislação é a universalização dos serviços de saneamento

básico, para que todos tenham acesso ao abastecimento de água de qualidade e em

quantidade suficientes às suas necessidades, à coleta e tratamento adequados do

esgoto e do lixo, e ao manejo correto das águas das chuvas.

O Decreto nº 7.217/2010, estabelece normas para execução da Lei

nº11.445/07:

De acordo com Art. 4º do Decreto nº 7.217/2010: Consideram-se serviços

públicos de abastecimento de água a sua distribuição mediante ligação predial,

incluindo eventuais instrumentos de medição, bem como, quando vinculadas a esta

finalidade, as seguintes atividades:

I - Reservação de água bruta;

II - Captação;

III - Adução de água bruta;

IV - Tratamento de água;

V - Adução de água tratada; e

VI - Reservação de água tratada.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 7

De acordo com Art. 9o do Decreto nº 7.217/2010: Consideram-se serviços

públicos de esgotamento sanitário os serviços constituídos por uma ou mais das

seguintes atividades:

I - coleta, inclusive ligação predial, dos esgotos sanitários;

II - transporte dos esgotos sanitários;

III - tratamento dos esgotos sanitários; e

IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos originários da operação

de unidades de tratamento coletivas ou individuais, inclusive fossas sépticas.

Atendendo a determinação do Decreto nº 7.217/2010:

Art. 23. O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de

saneamento básico, devendo, para tanto:

I - elaborar os planos de saneamento básico, observada a cooperação das

associações representativas e da ampla participação da população e de associações

representativas de vários segmentos da sociedade, como previsto no art. 2º, inciso II,

da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto das Cidades).

A metodologia utilizada partiu do levantamento de dados cadastrais dos

sistemas existentes e da realização de reuniões técnicas, visando a apresentação e

discussão das metas propostas e dos resultados obtidos ao longo do desenvolvimento

do trabalho.

Para a elaboração deste Plano, a metodologia garantiu a participação social,

atendendo ao princípio fundamental do controle social previsto na Lei nº 11.445/2007,

sendo assegurada ampla divulgação do plano de saneamento básico e dos estudos

que o fundamentaram.

O Plano contempla, numa perspectiva integrada, a avaliação qualitativa e

quantitativa dos recursos hídricos, considerando, além da sustentabilidade ambiental,

a sustentabilidade administrativa, financeira e operacional dos serviços e a utilização

de tecnologias apropriadas.

A partir do conjunto de elementos de informações, diagnóstico, definição de

objetivos, metas e instrumentos, programas, execução, avaliação e controle social foi

possível construir o planejamento da execução das ações de Saneamento básico.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 8

A formulação de uma Política Municipal de Saneamento Básico constitui,

atualmente, pressuposto essencial para o desenvolvimento das cidades brasileiras,

especialmente por tratar tema que se relaciona com a prestação eficiente dos demais

serviços públicos, como saúde, educação e moradia, tornando-se essencial para

universalização dos serviços de saneamento.

O desenvolvimento sustentável de um país deve ser caracterizado pelo

crescimento econômico de baixo impacto ao meio ambiente, mas depende também

de políticas públicas eficazes, com vistas a soluções de desigualdades de ordem

econômicas e sociais, dentre as quais, os direitos fundamentais à vida, à saúde e a

habitação.

O saneamento é um direito essencial garantido constitucionalmente no Brasil.

Este reconhecimento legal é reflexo das profundas implicações desses serviços para

a saúde pública e do ambiente, à medida que sua carência pode influenciar de forma

negativa campos como saúde, educação, trabalho, economia, biodiversidade,

disponibilidade hídrica e outros.

O Ranking ABES da Universalização do Saneamento é um instrumento de

avaliação do setor no Brasil. Ele apresenta o percentual da população das cidades

brasileiras com acesso aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto e de

resíduos sólidos, além de aferir o quanto de esgoto recebe tratamento, e se os

resíduos sólidos recebem destinação adequada. Desse modo, permite identificar o

quão próximo os municípios estão da universalização do saneamento (ABES/2019).

Figura 1.3 – Representatividade de cada categoria do ranking nacional da ABES.

Fonte: ABES.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 9

A categoria de pontuação mais alta (Rumo à universalização), dentre os

municípios de grande porte, possui uma pontuação média de 496,81 pontos. 33

munícipios alcançaram esse valor, dentre eles Ribeirão Preto.

Figura 1.4 – Municípios de grande porte rumo à Universalização.

Fonte: ABES.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 10

O Instituto Trata Brasil, desde 2007, publica um estudo com o objetivo de

atualizar o Ranking do Saneamento. Para o Ranking 2019 foram considerados os 100

maiores municípios do Brasil, baseando-se em informações fornecidas pelas

operadoras de saneamento presentes em cada um dos municípios brasileiros. Os

dados foram retirados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

(SNIS).

Entre as variáveis estudadas estão população, fornecimento de água, coleta e

tratamento de esgoto, investimentos e perdas de água.

Figura 1.5 – Melhores municípios com índices de atendimento total de água.

Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.

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Figura 1.6 – Melhores municípios com índices de atendimento total de esgoto.

Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.

Figura 1.7 – Melhores municípios com índices de atendimento urbano de esgoto.

Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 12

Figura 1.8 – Melhores municípios com índices de esgoto tratado referido à água consumida.

Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.

Figura 1.9 – Melhores e piores municípios com índices de perda de faturamento total.

Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.

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Figura 1.10 – Melhores do ranking do saneamento 2019.

Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.

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Figura 1.11 – Indicadores operacionais de água.

Fonte: SNIS.

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Figura 1.12 – Indicadores operacionais de esgoto.

Fonte: SNIS.

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Figura 1.13 – Indicadores financeiros.

Fonte: SNIS.

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Figura 1.14 – Informações financeiras.

Fonte: SNIS.

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Figura 1.15 – Informações financeiras enviadas ao SNIS 2018.

Fonte: DAERP.

O objetivo do Plano Municipal de Saneamento Básico visa sistematizar e

consolidar o resultado de um processo de planejamento físico, técnico, gerencial e

institucional destinado ao atendimento das exigências constitucionais decorrentes do

artigo 30 e 175 da Constituição Federal e exigências legais decorrentes das Leis

Federais nº 11.445/2007 e nº 12.305/2010.

Assim, o Plano Municipal de Saneamento Básico e o Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Ribeirão Preto, contempla todas as

atividades e elementos necessários, a seguir:

À definição objetiva do significado de serviço adequado de saneamento Básico

(abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem urbana e

manejo de águas pluviais e limpeza urbana, manejo e gestão integrada de

resíduos sólidos) que, nessa condição, resulta na formulação de requisitos de

qualidade e desempenho a serem atendidos;

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Ao diagnóstico dos sistemas e serviços atuais em face de tais requisitos;

À identificação das desconformidades entre o estado atual e aquele que

deveria viger caso os mesmos fossem cumpridos;

À proposição de medidas de desenvolvimento, melhoria e expansão que levem

ao seu cumprimento;

Ao estudo econômico-financeiro e político-institucional de viabilização de tais

medidas;

À escolha das modalidades institucionais mais adequadas para a prestação

dos serviços;

À implementação de um marco regulatório para essa prestação e do

correspondente sistema de regulação e fiscalização;

À implementação de normas e mecanismos de controle social; e

À elaboração de todos os documentos técnicos, jurídicos, administrativos e

financeiros necessários à realização das mudanças institucionais a serem

implantadas.

Figura 1.16 – Indicadores Operacionais.

Fonte: ABES/SNIS.

Portanto, o objetivo do Plano Municipal de Saneamento Básico é criar diretrizes

para a realização dos investimentos necessários à permanente atualização dos

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 20

serviços do sistema de saneamento básico, definindo o modelo político-institucional,

organizacional, gerencial e operacional mais apropriado, para garantir a prestação de

serviço adequado, dando continuidade ao processo de universalização total dos

serviços de saneamento que encontra-se em fase de finalização, aos cidadãos de

Ribeirão Preto, de modo sustentável.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 21

2 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

2.1 DIAGNÓSTICO

2.1.1 Captação

Ribeirão Preto está inserido na Unidade de Gerenciamento de Recurso

Hídricos (URGHI) - 4 (Bacia do Pardo), com área de drenagem de 8.993 km2,

ocupando cerca de 5,675% da área desta unidade.

Figura 2.1 – UGHRI-4.

Fonte: PMSB-2016.

O município de Ribeirão Preto encontra-se localizado, hidrogeologicamente, na

área de recarga do Aquífero Guarani, onde há uma maior vulnerabilidade natural à

poluição e um intenso uso da água subterrânea para o abastecimento público.

A cidade de Ribeirão Preto é abastecida 100% por água subterrânea

proveniente do Aquífero Guarani. O município possui 120 poços profundos (118 em

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 22

funcionamento), com vazões variando de 21 m³/h a 250 m³/h, a aproximadamente 200

metros de profundidade. A disposição dos poços na área de concessão é dispersa,

ou seja, não há concentração dos centros produtores. Há uma quantidade grande de

poços que pressurizam diretamente a rede de distribuição e não são lançados nos

centros de reservação.

Produção anual de 127.877.539 m³/ano.

2.1.2 Mananciais Disponíveis

Ribeirão Preto, diferentemente de outros municípios do Estado de São Paulo,

encontra-se muito bem servida de mananciais aproveitáveis para o abastecimento

público.

O município está assentado sobre o Aquífero Guarani, onde o manancial é

aflorante, na região leste da cidade, e nas outras regiões, encontra-se sob a camada

de basalto, mas ainda em pouca profundidade (150 a 250 m), e, até o momento,

constitui o único manancial utilizado.

Muito próximo à cidade encontra-se o Rio Pardo, um manancial aproveitável

pela qualidade de sua água bruta (rio de classificação 2) e sua grande vazão, em

média 45 m³/s com 95% de probabilidade. O DAERP, possui uma outorga preventiva

da ANA para exploração deste manancial de 2,75 m³/s.

Com a conjunção destes dois mananciais, a cidade de Ribeirão Preto possui

uma oferta natural de água capaz de garantir o seu desenvolvimento socioeconômico

e de crescimento populacional com relativa folga, no horizonte de longo prazo de

planejamento urbano sustentável.

2.1.2.1 Manancial Subterrâneo

Ribeirão Preto é abastecido por 120 (118 em operação) poços profundos, com

vazão outorgada de 5,11 m³/s, considerando uma produção diária máxima de 20 h por

dia, em cada poço.

Cabe ressaltar, que a deliberação CBH – Pardo 256 de 07/12/2018 impõe

restrição com relação à perfuração de novos poços em todas as zonas da cidade, e

limita a atual vazão explotada por poço para cidade de Ribeirão Preto.

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a) Poços localizados na região do aquífero aflorante

Os Poços, localizados na região de aquífero aflorante, zona Leste da cidade,

apresentam uma vazão aproximada de 0,92 m³/s, considerando uma equivalência de

produção diária máxima de 20 h, sendo predominantemente produzida por poços

antigos.

Esta região leste da cidade, considerada como de recarga do aquífero,

apresenta crescente urbanização, portanto, medidas de uso e ocupação devem ser

tomadas para mitigar a sua vulnerabilidade, quanto à sua susceptibilidade as

possíveis contaminações do aquífero. Atualmente, a rotina que controla a qualidade

das águas desta região comprova que a qualidade é excelente para o consumo

humano, conforme padrões estabelecidos pela Portaria de Consolidação Nº 5 de

28/09/2017 – Anexo XX: Do Controle e da Vigilância da Qualidade da Água para

Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade (Origem: PRT MS/GM 2914/11) do

Ministério da Saúde.

b) Poços localizados na região do Aquífero sob camada de Basalto

Os Poços localizados na região do aquífero sob camada de basalto, perfurados

nas demais zonas da cidade, apresentam uma vazão aproximada de 4,03 m³/s,

considerando uma equivalência de produção diária máxima de 20 h, e não

apresentam vulnerabilidade com relação a qualidade da água explotada.

Porém, outras vulnerabilidades, podem ser elencadas para esta bateria de

poços, são elas:

Recarga do aquífero muito lenta ou inexistente;

Níveis dinâmico e estático rebaixados, em média, 70 m, desde as medições

iniciais registradas até a atualidade;

Redução das vazões explotadas pelo rebaixamento dos níveis dinâmicos.

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Figura 2.2 – Localização dos poços profundos públicos do município.

Fonte: DAERP.

2.1.2.2 Manancial Superficial

Para o manancial Rio Pardo, deve ser considerada a sua exploração efetiva no

longo prazo, após 2025, principalmente, caso as restrições da utilização do manancial

subterrâneo persistam ou sejam ampliadas.

De qualquer forma, o desenvolvimento do projeto básico e do projeto executivo

do sistema Pardo deverão ser realizados nos anos 2020/2021, bem como o

planejamento dos investimentos e das obras deste sistema complementar ao atual,

de forma a garantir o abastecimento de Ribeirão Preto sustentável, para um horizonte

de projeto de, pelo menos, 35 anos, a partir do ano de 2026, ainda de forma preliminar,

a ser confirmado ou não pelo projeto básico.

2.1.3 Macromedição

A partir de 1986, a equipe de Pitometria do DAERP controla a vazão e os níveis

de água de seus poços. As medidas de vazão e de níveis são efetuadas mensalmente

em cada poço.

O método de medição de vazão utilizado é o método “PITOT”, utilizando

aparelhos de pitometria, tipo “Cole”, sendo as leituras efetuadas em “taps”

posicionados nas tubulações de saída dos poços.

Nos poços tubulares, estações elevatórias, reservatórios e hidrantes se

utilizam, atualmente, os serviços de pitometria que mostram medições instantâneas

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de vazão, o que não representa a real vazão produzida pelos poços, visto que existem

variações ao longo do dia, em função de diversos fatores. Essas variações são

consideradas pela Autarquia ao estimar os valores produzidos, gerando um valor

muito próximo ao real

A fim de melhorar a medição de vazão, a autarquia implantou 117

macromedidores eletromagnéticos nos poços e estações elevatórias existentes e

também exige, sempre que necessário, a instalação de macromedidores em todos os

novos empreendimentos a serem implantados no município. Os equipamentos devem

atender as especificações técnicas exigidas pela autarquia e ser compatíveis com

sistema de telemetria para medição remota.

2.1.4 Sistema de Distribuição

A concepção atual da operação do abastecimento de água é um tanto quanto

sensível e complexa, uma vez que 70% do abastecimento é realizado por meio de

distribuição em marcha, a partir dos poços diretamente para a rede de distribuição, e

os reservatórios setoriais funcionam como armazenamento de sobras de água, os

quais somente contribuem para o abastecimento em horários de pico. A ilustração a

seguir exemplifica esta forma de operação:

Figura 2.3 – Fluxograma do sistema de distribuição.

Fonte: DAERP.

O que se destaca nesta forma de operação são as seguintes dificuldades

(problemas) para o abastecimento:

Problemas: Pressões noturnas elevadas, grandes variações de pressões/ vazões

horárias ao longo das 24 horas de um dia e uma demanda elevada de energia elétrica,

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por funcionamento das diversas bombas fora do ponto ótimo de cada curva (pressão

x vazão), em boa parte do tempo, o que proporcionam perdas reais elevadas, ainda

com a possibilidade dos reservatórios de sobras não adquirirem níveis operacionais,

e, em horas de pico de consumo, não contribuírem para o abastecimento.

Comentário: Atualmente, decorrente da perda real elevada, a maioria dos

reservatórios de sobra quase não recebem água, e com o aumento da pressão nos

horários noturnos, a quase totalidade do consumo, nestes horários, alimenta as

perdas reais.

2.1.4.1 Reservatório de Abastecimento Público

Existem, atualmente, 114 (cento e quatorze) reservatórios públicos na cidade,

que armazenam um volume de 153.700 m³ (cento e cinquenta e três e setecentos mil).

Figura 2.4 – Localização dos centros de reservação.

Fonte: DAERP.

A maioria dos reservatórios está em regiões mais elevadas da cidade e, mesmo

assim, observam-se muitos sistemas de recalque operando com pressões elevadas e

sem uma área de abastecimento bem definida.

A disposição dos reservatórios facilita o abastecimento por gravidade, na maior

parte da rede de distribuição, porém o grande desnível entre a parte mais baixa da

rede e o reservatório pode gerar pressões elevadas, necessitando de válvulas

redutoras de pressão em pontos específicos do sistema de abastecimento.

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Alguns centros de reservação apresentam problemas estruturais que serão

resolvidos pelas ações previstas pelo DAERP.

Quadro 2.1 – Situação dos reservatórios.

Reservatório Tipo Material Cota

Terreno Volume

(m³) Status

Alto da Boa Vista I Apoiado Concreto 622,70 2.000 Ativo

Alto da Boa Vista II Apoiado Concreto 622,70 3.500 Ativo

Alto da Boa Vista III Apoiado Concreto 622,70 3.500 Ativo

Alto da Boa Vista IV Elevado Concreto 622,70 300 Ativo

Alto do Castelo Apoiado Concreto 808,00 500 Ativo

Alto do Castelo Elevado Concreto 808,00 350 Ativo

Aliança Sul Apoiado Metálico 605,00 1.000 Ativo

Aliança Sul Elevado Metálico 605,00 200 Ativo

Alphaville I Apoiado Metálico 625,00 1.000 Ativo

Alphaville II Apoiado Metálico 714,00 500 Ativo

Alphaville III Apoiado Metálico 665,00 500 Ativo

Avelino Palma I Apoiado Concreto 569,00 2.000 Desativado

Avelino Palma II Apoiado Concreto 569,00 2.000 Ativo

Avelino Palma III Apoiado Metálico 570,00 5.000 Ativo

Bonfim Paulista (COHAB)

Apoiado Metálico 645,00 5.000 Ativo

Bonfim Paulista (COHAB)

Elevado Concreto 645,00 500 Ativo

Bonfim Paulista Semienterr

ado Concreto 630,00 250 Ativo

Bonfim Paulista Apoiado Metálico 630,00 500 Ativo

Casa Grande Apoiado Concreto 530,00 500 Ativo

Cateto 1 Apoiado Concreto 616,20 2.000 Ativo

Cateto 2 Apoiado Concreto 616,20 1.000 Ativo

Cateto 3 Apoiado Concreto 616,20 2.000 Ativo

City Ribeirão 1 Apoiado Metálico 600,90 2.000 Ativo

City Ribeirão 2 Apoiado Metálico 600,90 2.000 Ativo

City Ribeirão 3 Elevado Concreto 625,00 300 Ativo

City Semienterr

ado Concreto 606,00 250 Ativo

CDHU - João Rossi Apoiado Metálico 606,00 2.000 Ativo

Coronel Camisão 1 Apoiado Concreto 574,00 2.000 Ativo

Coronel Camisão 2 Apoiado Concreto 574,00 700 Ativo

Coronel Camisão 3 Apoiado Metálico 574,00 2.000 Ativo

Delboux Div 1 Elevado Concreto 544,50 750 Ativo

Distrito Empresarial Apoiado Metálico 557,00 1.500 Ativo

Distrito Empresarial Elevado Concreto 558,00 200 Ativo

Dom Miele 1 Apoiado Concreto 637,20 1.000 Ativo

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 28

Dom Miele 2 Apoiado Metálico 637,20 1.000 Ativo

Dutra II Apoiado Metálico 543,00 5.000 Ativo

Dutra I Apoiado Concreto 543,00 1.000 Ativo

Dutra III Elevado Concreto 543,00 500 Ativo

Educandário Apoiado Concreto 578,30 2.000 Ativo

Educandário Apoiado Metálico 579,30 3.000 Ativo

Flamboyans Apoiado Metálico 574,00 1.000 Ativo

Invernada (Terra de Florença)

Apoiado Concreto 683,00 500 Ativo

Invernada (Terra de Siena)

Apoiado Metálico 654,00 2.000 Ativo

Jardim Paulista 1 Apoiado Concreto 593,50 500 Ativo

Jardim Paulista 2 Apoiado Concreto 593,50 500 Ativo

Jardim Paulista 3 Apoiado Concreto 593,50 500 Ativo

Jardim Paulista 4 Apoiado Concreto 593,50 2.300 Ativo

Jardim Paulista Elevado Concreto 593,50 500 Ativo

Jardim Recreio 1 Semienterr

ado Concreto 615,10 500 Ativo

Jardim Recreio 2 Elevado Metálico 615,10 120 Ativo

João Fiúsa 1 Apoiado Metálico 639,00 2.000 Ativo

João Fiúsa 2 Apoiado Metálico 639,00 2.000 Ativo

João Fiúsa 3 Apoiado Metálico 639,00 2.000 Ativo

João Fiúsa 4 Elevado Metálico 639,00 280 Ativo

Junqueira (Saldanha Marinho)

Enterrado Concreto 542,69 1.300 Ativo

Kaiser Elevado Concreto 530,00 5.000 Ativo

Laguna 1 Apoiado Metálico 660,00 1.000 Ativo

Laguna 2 Apoiado Metálico 660,00 2.500 Ativo

Mabel Elevado Concreto 617,00 500 Ativo

Maranhão Apoiado Concreto 575,00 2.000 Ativo

Maranhão Apoiado Concreto 575,00 2.000 Ativo

Maria Casa grande Elevado Concreto 551,00 200 Ativo

Maria da Graça Elevado Concreto 610,00 500 Ativo

Monte Alegre 1 Apoiado Concreto 620,00 500 Ativo

Monte Alegre 2 Apoiado Concreto 621,00 500 Ativo

Monte Alegre 3 Apoiado Metálico 622,00 1.000 Ativo

Monte Alegre 4 Apoiado Metálico 623,00 2.000 Ativo

Monteiro Lobato Apoiado Concreto 498,60 1.000 Ativo

Nildo Tarozo / José Sampaio

Apoiado Metálico 553,00 5.000 Ativo

Palmares Apoiado Concreto 625,00 2.000 Ativo

Palmares Apoiado Metálico 626,00 2.000 Ativo

Parque das Andorinhas

Apoiado Concreto 618,00 80 Ativo

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Parque dos Lagos 1 Apoiado Metálico 622,30 1.000 Ativo

Parque dos Lagos 2 Apoiado Metálico 623,30 5.000 Ativo

Parque Ribeirão Preto 1

Apoiado Concreto 600,00 2.000 Ativo

Parque Ribeirão Preto 2

Elevado Concreto 601,00 500 Desativado

Parque São Sebastião Apoiado Concreto 597,00 80 Ativo

Piratininga 1 Apoiado Concreto 608,00 1.000 Ativo

Piratininga 2 Semienterr

ado Concreto 608,00 500 Desativado

Piratininga 3 Apoiado Metálico 608,00 2.000 Ativo

Planalto Verde Apoiado Metálico 605,50 1.000 Ativo

Planalto Verde Apoiado Concreto 605,50 1.000 Ativo

Pompolo Antena Enterrado Concreto 601,70 1.800 Ativo

Pompolo Antena Apoiado Metálico 602,70 2.000 Ativo

Portal da Mata (Bosque do Sta. T.)

Apoiado Metálico 605,00 250 Ativo

Portinari Apoiado Concreto 581,70 500 Desativado

Portinari Elevado Concreto 581,70 500 Ativo

Primavera 1 Apoiado Metálico 690,00 2.500 Ativo

Primavera 2 Apoiado Metálico 690,00 2.500 Ativo

Primavera 3 Elevado Metálico 690,00 500 Ativo

Quinta do Golfe 1 Apoiado Metálico 622,00 500 Ativo

Quinta do Golfe 2 Apoiado Metálico 628,00 1.500 Ativo

Recreio Internacional Elevado Concreto 590,00 50 Ativo

Ribeirão Verde Elevado Metálico 578,70 200 Ativo

Ribeirão Verde I Apoiado Metálico 575,80 2.500 Ativo

Ribeirão Verde II Apoiado Metálico 575,80 1.500 Ativo

Ribeirão Verde III Apoiado Metálico 575,80 2.000 Ativo

Royal Park Apoiado Metálico 645,00 2.000 Ativo

Royal Park Elevado Metálico 600,00 180 Ativo

Said 1 Apoiado Metálico 633,00 500 Ativo

Said 2 Apoiado Metálico 633,00 2.000 Ativo

Said 3 Elevado Metálico 636,00 50 Ativo

Santa Cecilia Apoiado Metálico 642,00 300 Ativo

Santa Cecilia Elevado Metálico 642,00 75 Ativo

Santa Martha Apoiado Metálico 652,00 2.000 Ativo

Santa Martha Elevado Metálico 653,00 85 Ativo

São Bento Morro Apoiado Concreto 570,50 4.000 Ativo

São Bento (Rod. Anhanguera)

Apoiado Metálico 629,00 5.000 Desativado

São José Apoiado Concreto 574,50 250 Ativo

São José Apoiado Metálico 574,50 500 Ativo

São José Elevado Concreto 574,50 250 Ativo

Schmidt 1 Enterrado Concreto 564,20 1.300 Ativo

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Schmidt 2 Apoiado Concreto 564,20 1.000 Ativo

Saint Gerard I Apoiado Metálico 619,00 500 Ativo

Saint Geradd II Apoiado Metálico 670,00 300 Ativo

Saint Gerard II Elevado Metálico 670,00 50 Ativo

Tanquinho Apoiado Metálico 514,00 500 Ativo

Vila Tibério Elevado Concreto 549,50 500 Desativado

Jd. Cristor Redentor (vida nova 01)

Apoiado Metálico 605,00 1.400 Ativo

Jd. Cristor Redentor (vida nova 02)

Apoiado Metálico 567,00 2.000 Ativo

TOTAL (m³) 153.700 Ativos

Seguem imagens de alguns dos reservatórios:

Figura 2.5 – Centro de Reservação Pq. Ribeirão.

Fonte: DAERP.

Figura 2.6 – Centro de reservação Santa Cecília.

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 31

2.1.4.2 Estação Elevatória de Água

O sistema possui 50 estações elevatórias de água que abastecem reservatórios

e rede de distribuição. Desse total, 14 abastecem reservatórios de montante e 36

abastecem o sistema, podendo ou não ter reservatório de jusante.

Há também sistemas de bombeamento, onde poços de sucção armazenam,

temporariamente, a vazão dos poços e recalcam para sistemas e centros de

reservação.

Atualmente, existe um sistema com telemetria operante que envia dados ao

CCO da autarquia, o sistema foi implantado no bairro Vida Nova Ribeirão e doado à

autarquia. A estrutura monitora vazão dos poços e sistemas elevatórios, status do

sistema eletromecânico, vazão de abastecimento e nível do reservatório.

Figura 2.7 – Localização dos sistemas elevatórios.

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 32

Seguem imagens de estações elevatórias:

Figura 2.8 – Recalque São José.

Fonte: DAERP.

Figura 2.9 – Recalque Quintino II.

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 33

2.1.4.3 Redes de Distribuição

Atualmente, o DAERP possui um total de 2.343,00 (dois mil trezentos e

quarenta e três quilômetros) de redes cadastradas, divididas nos diâmetros abaixo:

Quadro 2.2 – Resumo das redes de abastecimento.

Diâmetro Nominal

Quantidade (km)

50 1.753

75 118

100 136

150 126

200 117

250 35

300 46

400 12

Total 2.343

Fonte: DAERP.

O volume cadastrado pode variar com o tempo, devido a atualizações

constantes, conforme novas obras e empreendimentos são recebidas pela autarquia.

Figura 2.10 – Redes de abastecimento.

Fonte: DAERP.

2.1.5 Planos, Programas e Projetos Existentes

A autarquia está empenhada em melhorar sua eficiência na prestação de

serviços à população. Portanto, implantou programas com foco em resolver alguns

problemas conhecidos.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 34

2.1.5.1 Programa de Qualidade na Aquisição de Materiais

Um problema recorrente em órgãos públicos é a dificuldade em comprar

materiais e equipamentos, com a qualidade adequada, pelo menor preço. Visando

atingir este objetivo, o DAERP instituiu o Comitê Permanente de Padronização de

Atividades, Materiais e Equipamentos, que é responsável por elaborar ou aprovar os

termos de referência e especificações técnicas dos materiais que serão licitados pelo

órgão. Esse serviço é realizado com mão de obra própria.

2.1.5.2 Programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas de Água e Eficiência

Energética

Tem como objetivo promover eficácia ao sistema de distribuição, com a

implementação das ações que melhorarão a eficiência energética e diminuirão as

perdas de água no sistema de distribuição.

O programa contempla várias ações a serem realizadas dentro de um

cronograma estabelecido, visando diminuir a perda de água no sistema de distribuição

em 50%.

2.1.5.3 Ações do Plano

a) Setorização

O sistema de distribuição de água potável planejado, com reservatórios de

montante, deverá operar de forma clássica: produção de água (poços profundos)

alimentando diretamente os reservatórios setoriais e daí para a distribuição, o que

tornará a operação mais simplificada, segura e confiável.

O rápido crescimento da cidade e a inadequação do planejamento urbano,

resultou em decisões equivocadas, como a implantação da distribuição em marcha e

interligação entre sistemas de distribuição, já identificada desde os anos 80. Assim, o

sistema concebido resultou em vários transtornos para o DAERP, tais como; o excesso

de pressão na distribuição, perdas reais elevadas e a falta de controle do sistema

operacional.

A setorização do sistema de abastecimento, com reservatórios de montante,

resultará em vários benefícios, tais como; uso de condutos forçados por gravidade a

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 35

partir dos reservatórios, aproveitamento máximo da reservação total e rebaixamento

do plano piezométrico na distribuição, que trará como benefício a redução do número

de vazamentos e dos volumes perdidos.

O projeto de setorização de uma cidade do porte de Ribeirão Preto, alterando

o sistema atual, é uma tarefa árdua, porém indispensável para a cidade, e, como se

trata de uma obra de engenharia, devem ser consideradas várias fontes de dados e

requisitos técnicos, tais como; as normas pertinentes da ABNT, as recomendações de

fabricantes (principalmente para materiais e equipamento), as práticas do setor,

bibliografia especializada, experiência e bom senso da equipe, para o seu

desenvolvimento.

Todo o projeto foi desenvolvido com mão de obra própria.

Figura 2.11 – Mapa dos setores a serem implantados.

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 36

Quadro 2.3 – Setores de abastecimento.

Setor Código Setor Código Setor Código

Distrito Empresarial SAD001 Flamboyans SAD025 Santa Tereza SAD049

Sebastião Do Alto SAD002 Vila Tibério SAD026 Golf SAD050

Pacaembu SAD003 Jd. Paulista SAD027 Aliança Sul II SAD051

Zona Norte SAD004 Centro SAD028 Quinta Da Primavera

SAD052

Jd. Regatas SAD005 Palmares SAD029 Aroeira SAD053

Ribeirão Verde SAD006 Pq. São Sebastião II SAD030 Recreio

Anhanguera SAD054

Macaúba SAD007 Gaivotas SAD031 Royal Park SAD055

Heitor Rigon SAD008 Jd. Recreio SAD032 Invernada SAD056

Orestes Lopes SAD009 Piratininga SAD033 San Leandro SAD057

Dom Miele SAD010 Monteiro Lobato SAD034 Alphaville SAD058

Planalto Verde SAD011 Deslboux SAD035 Bonfim SAD059

Jose Sampaio SAD012 Alto Da Boa Vista SAD036 Bonfim II SAD060

Dutra SAD013 Ribeirânia SAD037 Santa Martha SAD061

Tanquinho SAD014 Catetos SAD038 Said Sobrinho SAD062

Vila Elisa SAD015 Pq. São Sebastiao I SAD039 Canta Galo SAD063

Salgado Filho SAD016 Mabel SAD040 Alto Do Castelo SAD064

Área 1 SAD017 Pq. Dos Lagos SAD041 Santa Iria SAD065

Pau D'Alho SAD018 Pq. Ribeirão Preto SAD042 Alto Da Colina SAD066

Paiva SAD019 Maria Da Graça SAD043 Área 2 SAD067

Ipiranga SAD020 Nova Aliança SAD044 Serraria SAD068

Monte Alegre SAD021 Fiuza SAD045 Said Toscana SAD069

Campos Elíseos SAD022 Botânico SAD046 Área 3 SAD070

Educandário SAD023 City Ribeirão SAD047 Área 4 SAD071

Portinari SAD024 São Jose SAD048 Área 5 SAD072

Fonte: DAERP.

O DAERP planeja a implantação de 56 setores de abastecimentos, para

melhorar o sistema de distribuição e diminuir as perdas.

O mapa acima apresenta os 56 setores de abastecimento e futuros setores que

poderão ser implantados com desenvolvimento e crescimento da cidade, podendo

chegar até 72 setores de abastecimento. Esse número poderá variar com o tempo e

evolução da expansão urbana.

a.1) Obras Planejadas

De acordo com a concepção proposta no item anterior para a implantação de

56 setores de abastecimento, as obras necessárias para implantação se resumem nas

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 37

ampliações das infraestruturas de produção (poços), do armazenamento

(reservatórios) e da rede de distribuição e adutoras. Além disso, para se conseguir a

estanqueidade de cada setor, a implantação de válvulas de corte (gaveta),

macromedidores nas saídas de cada reservatório setorial e eventuais VRP’s e

boosteres.

A seguir são detalhadas as principais obras.

a.1.1) Poços DAERP

Previsão de implantação de 10 poços na cidade de Ribeirão Preto (não estão

contemplados os poços a serem executados pelos empreendedores), sendo 8

substituições de poços existentes e 2 novos poços.

Poço Paiva

Previsão da substituição do poço 58, que apresenta baixa vazão e que não

compromete o sistema com sua desativação. Com este novo poço, será possível

melhorar o abastecimento da região e absorver os novos empreendimentos.

Poço Jd. Recreio

Previsão da substituição do poço 154, pois apresenta queda em sua vazão.

Com este novo poço, será possível melhorar o abastecimento da região, como Jd.

Recreio, Jd. Piratininga e Pq. Ribeirão.

Poço Dutra

Previsão da substituição do poço 155, pois apresenta queda em sua vazão.

Com este novo poço, será possível absorver os empreendimentos previstos para o

setor.

Poço Lagoinha

Previsão da substituição de dois poços (140 e 180), entretanto o DAERP está

considerando a possibilidade de substituir o poço 140 e melhorar a produção do poço

180.

Poço Campos Elíseos

Previsão da substituição dos poços 101 e 65, pois apresentam queda em suas

vazões. Com este novo poço, será possível realizar a verticalização planejada pela

Secretaria de Planejamento e Obras Públicas.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 38

Poço Centro

Previsão da substituição do poço 72, pois apresenta queda em sua vazão. Com

este novo poço será possível melhorar e realizar a verticalização planejada pela

Secretaria de Planejamento e Obras Públicas.

Poço City

Previsão da implantação de poço novo no bairro City Ribeirão, permitindo a

setorização, atualmente, o sistema Botânico/City recebe água de outros sistemas, e

implantação de novos empreendimentos no setor Aroeira.

Poço Vila Tibério

Previsão da substituição do poço 147, que apresenta queda em sua vazão.

Com este novo poço, será possível melhorar e realizar a verticalização planejada pela

Secretaria de Planejamento e Obras Públicas.

a.1.2) Adutoras e Redes de Distribuição

As adutoras foram planejadas para reverter o sistema existente de distribuição

em marcha para distribuição por gravidade. A grande maioria das obras serão para a

interligação de poços a reservatórios.

Em princípio, as redes foram projetadas em PVC DEFOFO, entretanto, optou-

se pela substituição por FERRO FUNDIDO DÚCTIL, um material de melhor qualidade

e resistência.

Jd. Recreio

Planejada a implantação de 1.496 metros de rede DN 150, para consolidação

da setorização.

Dutra

Planejada a implantação de 1.460 metros de rede DN 250, para interligar o

poço 155 até o centro de reservação Dutra.

Vila Elisa

Planejada a implantação de 1.900 metros de rede DN 250, para interligar o

poço 141 até o centro de reservação Clubinho.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 39

Orestes Lopes

Planejado quatro trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por

gravidade e consolidar o setor de abastecimento. Serão: 1.070 metros de rede DN

250, interligando o poço 177 ao futuro centro de reservação Orestes Lopes; 2.125

metros de rede do poço 137 ao futuro centro de reservação Orestes Lopes; 2.700

metros de rede DN 200 interligando o futuro centro de reservação Orestes Lopes ao

futuro centro de reservação Heitor Rigon; e 1.290 metros de rede DN 100 do centro

de reservação ao reservatório elevado existente.

Dom Mielli

Planejado 2.750 metros de rede DN 150, para consolidação do setor.

José Sampaio

Planejado 690 metros de rede DN 250, interligando poço 135 ao reservatório

José Sampaio.

Tanquinho

Planejado 600 metros de rede DN 250, interligando o poço 246 ao futuro centro

de reservação Tanquinho.

Aroeira

Planejados quatro trechos de adutoras/redes para implantar o abastecimento

por gravidade e consolidar o setor de abastecimento. Serão: 1.600 metros de rede DN

250, interligando poço 230 ao futuro centro de reservação Orestes Lopes; 2.125

metros de rede do poço 137 ao futuro centro de reservação Aroeira; 2.000 metros de

rede DN 150, 780 metros de rede DN 200; e 950 metros de rede DN 250, para

consolidação do setor e do abastecimento por gravidade.

Heitor Rigon

Planejado três trechos de rede, para implantar a abastecimento por gravidade:

Serão 1.300 metros de rede DN 250, interligando poço 221 ao futuro centro de

reservação Heitor Rigon, 1.300 metros de rede DN 250, interligando o futuro centro

de reservação à rede baixa e 1.200 metros de rede de distribuição, interligando o

centro de reservação Heitor Rigon à rede alta.

Catetos

Planejados três trechos de adutoras para implantar o abastecimento por

gravidade. Serão: 1.330 metros de rede DN 300, interligando o poço de sucção, a ser

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 40

construído na área do poço 180, ao reservatório Catetos; 1.210 metros de rede DN

250, interligando poço 140 ao poço de sucção (poço 180); e 790 metros de rede DN

200, interligando o poço 236 ao reservatório Catetos.

Pq. dos Lagos

Planejados 3.900 metros de rede DN 250, interligando o poço novo (Recreio

Internacional) ao futuro centro de reservação Pq. dos Lagos.

Jd. Regatas

Planejados 1.800 metros de rede DN 150, interligando o futuro centro de

reservação Regatas ao bairro Leo Gomes de Moraes.

São José

Planejados dois trechos de adutoras, para consolidação do setor de

abastecimento. Serão: 950 metros de rede DN 200, interligando poço de sucção

existente à rede existente, próxima ao Jd. Santa Terezinha; e 1.550 metros de rede

DN 250, interligando poço 228 ao reservatório São José.

Campos Elíseos

Planejados três trechos de adutoras para implantar o abastecimento por

gravidade. Serão: 1.240 metros de rede DN 200, interligando poço 198 a E.E.A.T.

Matadouro; 1.240 metros de rede DN 250, interligando poço Novo a E.E.A.T.

Matadouro; e 1.271 metros de rede DN 250, interligando poço Novo ao reservatório

São Bento.

Educandário

Planejados dois trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por

gravidade. Serão: 1.800 metros de rede DN 250, interligando poço 226 ao reservatório

Educandário; e 1.600 metros de rede DN 250, interligando poço 205 ao reservatório

Educandário.

Nova Aliança Sul

Planejada uma travessia, interligando o reservatório Nova Aliança Sul à

E.E.A.T. Jd. Canada.

Alto da Boa Vista

Planejados 1.255 metros de rede DN 250, interligando a E.E.A.T. Jd. América

ao reservatório Sumaré.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 41

Centro

Planejados dois trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por

gravidade. Serão: 890 metros de rede DN 250, interligando poço Novo ao centro de

reservação Schimidt; 1.000 metros de rede DN 250, interligando o poço 249 ao

reservatório Junqueira.

Botânico/City

Planejados 1.045 metros de rede DN 250, interligando a poço Novo América

ao reservatório City.

Monte Alegre

Planejados dois trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por

gravidade. Serão: 645 metros de rede DN 250, interligando poço Novo ao reservatório

Junqueira; e 1.000 metros de rede DN 250, interligando poço 249 ao reservatório

Junqueira.

Monteiro Lobato

Planejados 1.215 metros de rede DN 250, interligando o poço 153 América ao

reservatório Monteiro Lobato.

Vila Tibério

Planejados 1.150 metros de rede DN 300, interligando a E.E.A.T. ao

reservatório Vila Tibério.

Piratininga

Planejados 875 metros de rede, interligando Reservatório Monteiro Lobato ao

Reservatório Piratininga.

Palmares

Planejados três trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por

gravidade. Serão: 1.558 metros de rede DN 200, interligando poço 190 ao reservatório

Palmares; 960 metros de rede DN 200, interligando poço 149 ao reservatório

Palmares; e 924 metros de rede DN 200, interligando poço 236 ao reservatório

Palmares.

Jd. Paulista

Planejados 560 metros de rede DN 200, interligando Reservatório São Bento

ao Reservatório Jd. Paulista.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 42

Pq. Ribeirão

Planejados 2.030 metros de rede DN 300, interligando E.E.A.T. Santa Tereza

ao reservatório Pq. Ribeirão.

Ribeirânia

Planejados 690 metros de rede, interligando Poço 244 ao futuro centro de

reservação Ribeirânia.

Zona Norte

Planejados três trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por

gravidade e uma travessia. Serão: 1.280 metros de rede DN 200, interligando poço

192 à E.E.A.T. Quintino; 1.130 metros de rede DN 300, interligando poço de sucção

(a ser construído no poço 162) ao reservatório Avelino Palma; e 2.180 metros de rede

DN 300, interligando E.E.A.T. Quintino ao poço de sucção (a ser construído no poço

162). Uma travessia de DN 500, interligando poço de sucção (a ser construído no

poço 162) ao reservatório Avelino Palma.

a.1.3) Reservatórios

Os reservatórios foram planejados, de forma a atender demandas reprimidas e

futuras, implantar reservação em locais onde não existe, consolidando os setores de

abastecimento.

Jd. Recreio

Planejado um reservatório apoiado de 1.000 m³ na área do DAERP.

Vila Elisa

Planejado um reservatório apoiado de 2.500 m³ na área do DAERP.

Orestes Lopes

Planejado um reservatório apoiado de 2.000 m³ e um reservatório elevado de

200 m³, ambos estão programados para serem implantados em área verde que

necessitará ser desafetada.

Tanquinho

Planejado um reservatório apoiado de 2.000 m³ e um reservatório elevado de

200 m³, ambos estão programados para serem implantados em área verde que

necessitará ser desafetada.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 43

Bonfim

Planejado um reservatório apoiado de 2.000 m³, um reservatório apoiado de

1.500 m³ e um reservatório elevado de 200 m³, ambos estão programados para serem

implantados na área do DAERP.

Aroeira

Planejado um reservatório apoiado de 2.000 m³ e um reservatório elevado de

200 m³, ambos estão programados para serem implantados na área a ser destinada

a este fim pelo empreendedor.

Quinta da Primavera

Planejado um reservatório apoiado de 2.500 m³ na área do DAERP.

Salgado Filho

Planejado um reservatório apoiado de 1.000 m³ em área verde que deverá ser

desafetada.

Vila Tibério

Planejado um reservatório apoiado de 1.000 m³ em área do DAERP.

Pq. Ribeirão

Planejado um reservatório apoiado de 2.500 m³ em área do DAERP.

Nova Aliança

Planejado um reservatório apoiado de 1.500 m³ em área do DAERP.

a.1.4) Implantação do Centro de Controle Operacional (CCO) e Sistema de Medição

Remota (SMR)

Neste item são apresentados os projetos de apoio à setorização e importantes

para melhoria dos resultados.

Os programas de apoio são os de monitoramento remotos concentrados em

um CCO (Centro de Controle Operacional), para uma melhor gestão operacional e

mais eficácia nas decisões.

O SMR concentrará no CCO os seguintes parâmetros: Vazões dos poços

(produção de água), vazões de saídas dos reservatórios setoriais, níveis dos

reservatórios setoriais, medição de pressão nos cavaletes dos poços e nos pontos

estratégicos das redes de distribuição de cada setor planejado, “status” de liga e

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 44

desliga, tensão e corrente das EEA e poços, entre outros, que poderão ser

importantes para uma boa gestão operacional.

O CCO deverá, além de concentrar os diversos parâmetros medidos, ter a

capacidade de fazer simulações hidráulicas, gestão de perdas, gestão de eficiência

energética e emissão de relatórios gerenciais, entre outras facilidades.

a.1.5) Projeto Socioambiental

Será desenvolvido Trabalho Socioambiental inserido no Programa de Gestão,

Controle e Redução de Perdas. A elaboração e execução desse Projeto deverá alinhar

as atividades e ações sociais com o cronograma de obras de intervenção no Sistema

de Abastecimento de Água decorrentes do Programa. Serão abrangidas atuações nas

quatro frentes definidas pela Portaria nº 464 de 25/07/2018 do Ministério do

Desenvolvimento Regional: mobilização, organização e fortalecimento social,

acompanhamento e gestão social das intervenções (obras), educação ambiental e

patrimonial e desenvolvimento socioeconômico.

a.1.6) Pesquisa e Reparo de Vazamento não Visível

Contratação de empresa para realizar a pesquisa, por métodos acústicos, e

reparo de vazamentos ocultos, em todo município de Ribeirão Preto.

a.1.7) Caça Fraude

Contratação de empresa especializada em detecção de irregularidades nos

ramais de abastecimento.

a.1.8) Projeto de Substituição de Hidrômetro

Esta ação está dividida em duas vertentes, a aquisição de novos equipamentos,

no valor de R$ 15.231.002,00 e a instalação, com custo estimado de R$ 4.486.340,00.

Na aquisição, estão contemplados hidrômetros velocimétricos, ultrassónicos e

hidrômetros pré-equipados com telemetria, porém a instalação contempla somente os

velocímetros, pois são a grande maioria e os mais antigos.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 45

a.2) Investimentos com Recursos do PAC

a.2.1) Reservatório de Abastecimento Público

Execução de cinco reservatórios em concreto armado, totalizando 6.800 m³ de

reservação. As obras são realizadas com financiamento federal com recursos do PAC

– Programa Saneamento para Todos.

As obras fazem parte do planejamento para redução de perdas no sistema de

distribuição, pois visam atender regiões da cidade onde não há reservação e os poços

abastecem as redes em marcha.

Está prevista a execução de 1(um) reservatório apoiado de 2.000 (dois mil) m³

no bairro Pq. São Sebastião, 1(um) reservatório apoiado 2.000 (dois mil) e 1 (um)

reservatório elevado de 300 (trezentos) m³ no bairro Ribeirânia, 1 (um) reservatório

apoiado de 2.000 m³ e 1 (um) reservatório elevado de 500 (quinhentos) m³ no bairro

Heitor Rigon.

a.2.2) Substituição de Rede Antiga

Substituição de 42 km de redes de distribuição e a substituição de 8.648

unidades de ramais de abastecimento. As obras são realizadas com financiamento

federal com recursos do PAC – Programa Saneamento para Todos.

As obras fazem parte do planejamento para redução de perdas no sistema de

distribuição, pois visam atender regiões da cidade onde a infraestrutura é antiga e há

elevado índice de vazamentos.

A obra possui duas características construtivas, o método convencional com

construção a céu aberto e Método Não Destrutivo (MND). Segue resumo:

Quadro 2.4 – Resumo dos serviços de substituição de rede.

Bairro Extensão Rede

Jd. Recreio (Método Tradicional) 2.856 m

Jd. São Luiz 8.671 m

Campos Elíseos 15.940 m

Jd. Macedo 14.770 m

TOTAL 42.237 m

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 46

Quadro 2.5 – Quantitativo de ramais.

Método Executivo Quantidade

Convencional 6.000 unid

TOTAL 6.000 unid

Fonte: DAERP.

2.1.5.4 Resumo dos Investimentos

O DAERP possui três linhas de recursos:

a) Previsto com Recursos do Programa Avançar Cidades – Saneamento

Quadro 2.6 – Resumo dos investimentos em andamento.

Programa de Gestão, Controle e Redução das Perdas de Água

(2018 - 2021)

Ano Orçamento Estimativo 2018 2019 2020 2021

Real (R$)

Implantação da Setorização

Carta consulta ao MDR

Implantação da Setorização

Físico Licitação - Obra - Instalações

Finan.(R$) 72.545.000 24.456.150 97.001.150

Projeto e implantação de

DMC's

Físico Licitação - Projeto - Implantação

Finan.(R$) 951.000 1.902.001 2.853.001

Sistema de Gerenciamento

Operacional (inclui CCO +

SMR)

Físico Licitação - Implantação

Finan.(R$) 5.573.305 3.343.983 8.917.288

Projetos Socioambiemtais

Físico Licitação - Projeto - Implementação

Finan.(R$) 608.716 608.716 1.217.432

Pesquisa e Reparos de

Vazamentos Não Visíveis

Físico Licitação - Execução dos Serviços

Finan.(R$) 5.878.575 1.175.715 7.054.290

Caça Fraude Físico Licitação - Execução dos Serviços

Finan.(R$) 3.000.000 1.500.000 4.500.000

Total Finan.(R$) 88.556.596 32.986.565 121.543.161

Avaliação (R$) 200.000

Total (R$) 121.743.161

Fonte: DAERP.

b) Em Andamento com Recursos PAC II

PAC II - Contrato de Financiamento Programa Saneamento para Todos –

Contrato Caixa 410.455-79/2013

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 47

Custo para as obras de substituição de redes:

Quadro 2.7 – Resumo de recursos para substituição de rede.

Recurso Disponível Valor a Ser Utilizado

R$ 14.044.390,63 R$ 12.209.623,41

Fonte: DAERP.

Custo para as obras de Implantação de reservatórios:

Quadro 2.8 – Resumo de recursos para implantação de reservatórios.

Recurso Disponível Valor a Ser Utilizado

R$ 6.949.505,46 R$ 6.189.928,28

Fonte: DAERP.

Em andamento com recurso do FESH:

Quadro 2.9 – Resumo de recursos para substituição de hidrômetro.

Ação Investimento

Aquisição R$ 15.231.002,00

Substituição de hidrômetros R$ 4.486.340,00

Total R$ 19.717.362,00

Fonte: DAERP.

2.1.6 Principais Problemas e Dificuldades

Uma dificuldade é lidar com a grande demanda de serviços e com a

capacitação necessária dos funcionários. Sendo assim, a implantação de um

procedimento padrão para atividades é necessário.

2.1.6.1 Falta de Procedimento Operacional Padrão (POP)

O procedimento operacional padrão é um conjunto de instruções escritas que

documentam uma rotina ou atividade. É uma ferramenta que padroniza os processos

visando minimizar erros e variações e garantir qualidade do serviço.

2.1.6.2 Distribuição em Marcha no Sistema de Abastecimento

A distribuição em marcha dos poços e a mistura das áreas de influência de

cada poço, por meio de sua interligação, através da rede distribuição, devido a

concepção de distribuição adotada, de reservatórios de sobra, ampliam as

dificuldades apresentadas na operação geral (poço, rede de distribuição e reservatório

setorial) e manutenção dos sistemas.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 48

2.1.6.3 Serviços de Manutenção

a) Nos Reparos de Vazamentos

Como os sistemas de abastecimento são interligados pela rede de distribuição,

os reparos de vazamentos, quase sempre, são realizados sem a interrupção do fluxo,

devido a inexistência de setores de manobra, que devem ser implantados, para que

todas as manutenções sejam realizadas com a interrupção do fluxo da água, sem

afetar uma grande extensão da rede de distribuição. Atualmente, a concepção

adotada e a inexistência de setores de manobra dificultam estas manutenções com a

interrupção do fluxo.

Os vazamentos visíveis e não visíveis ocorrem, invariavelmente, nas redes e

ramais, tanto nos sistemas mais sob controle, como naqueles sem controle algum, e

são decorrentes de diversos fatores, principalmente, devido a pressões elevadas.

Outras causas que impactam na ocorrência de vazamentos se relacionam com a

variação de pressão ao longo do dia, tráfego intenso, variação de temperaturas,

qualidade da mão de obra, materiais e equipamentos utilizados na execução das

redes e ramais, como em suas manutenções.

2.1.6.4 Serviços de Operação

a) Direcionamentos de Água por Meio de Fechamento de Registros

Os direcionamentos de água, por fechamento de válvulas de algumas áreas

para socorrer outra parte da rede de distribuição, por alguma dificuldade momentânea,

são difíceis de serem realizados, pelas características atuais em que se encontra boa

parte da rede de distribuição.

b) Os Poços têm Interferências entre si, Afetando Pressões e Vazões em Cada um

dos Conjuntos Eletromecânicos

Os poços, por serem equipamentos eletromecânicos, trabalham em cima de

uma curva característica de (pressão x vazão), e a variação da demanda da rede, ao

longo das 24 horas do dia, faz com que estes equipamentos tenham a pressão e vazão

variando sobremaneira, distanciando o funcionamento destes equipamentos do ponto

ótimo de rendimento, impactando, principalmente, nos consumos de energia elétrica,

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 49

aumentando significativamente as pressões nas redes de distribuição, acarretando os

rompimentos já mencionados anteriormente, e as variações de pressões, também já

mencionadas como danosas do ponto de vista da integridade das redes de

distribuição. Assim, a melhor prática para evitar os consumos elevados de energia e

o aumento das pressões na rede de distribuição será, sempre, o isolamento de cada

poço até seu reservatório setorial.

2.1.6.5 Perdas de Água no Sistema de Distribuição

As perdas de água no sistema de distribuição podem ser consideradas, de

maneira geral, como a diferença entre o que é produzido e o que é registrado nos

hidrômetros das ligações de água.

As perdas são divididas em dois tipos:

Perdas reais (perdas físicas): é o volume perdido em vazamentos (visíveis e não

visíveis) e extravasamentos.

Perdas aparentes (perdas comerciais): erro de medição em hidrômetros, fraudes e

falhas nos sistemas comerciais.

Atualmente, o DAERP estima as perdas totais de água em Ribeirão Preto,

considerando todas as variações de produção e consumo necessárias, obtendo um

valor muito próximo a realidade.

Durante a operação do sistema, observou-se diversos pontos de vazamentos

nas ruas em pontos recorrentes. Nestas regiões, geralmente há um sistema de

bombeamento ligado diretamente ao cavalete do poço, ou seja, eventuais

intermitências no abastecimento, com posterior pressurização na volta do

abastecimento, geram impactos na rede que ocasionam os vazamentos.

Há poucos dispositivos que reduzem a pressão na rede de distribuição, válvulas

redutoras de pressão, e entre as instaladas, muitas não operam como deveriam. A

falta de setorização dos bairros não permite a separação das Zonas de Pressão, pois

interligam diferentes áreas.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 50

2.1.6.6 Laboratório de Monitoramento de Água

O Laboratório foi inaugurado em 1985, há cerca de 34 anos, atualmente temos

uma estrutura defasada, com uma crescente demanda de serviços atrelado ao

crescimento populacional.

Deve ser considerada a necessidade de readequar as instalações, com

redimensionamento e revisão do layout planejado.

O quadro de pessoal da divisão de laboratório e tratamento deverá ser revisado

e redimensionado, incluindo novos cargos, específicos para a realidade da operação

do laboratório, monitoramento da qualidade da água e tratamento, a serem incluídos

em uma possível reforma do organograma (auxiliar de laboratório, coletores etc).

Figura 2.12 – Vista do laboratório.

Fonte: (PMSB, 2016).

Todos os equipamentos passam por calibração externa anualmente, contudo

não existem equipamentos reservas, na falta, os parâmetros relativos a este

equipamento deixam de ser acompanhados.

a) Programa de Monitoramento da Qualidade da Água

A cidade, atualmente, conta com 1.100 Pontos de Coleta pré-definidos,

aproximadamente. As coletas de água da rede são obtidas a partir dos cavaletes de

usuários.

O Laboratório não possui software específico para o gerenciamento dos

resultados, emissão de rotas de coletas etc. Existe um sistema simples, não integrado,

para armazenamento dos resultados gerados. Atualmente, as informações são

alimentadas de forma manual no SISÁGUA.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 51

A implantação de um software especifico de gerenciamento do laboratório de

controle da qualidade da água, garantiria maior segurança e confiabilidade aos dados.

Há 20 (vinte) sistemas de fornecimento cadastrados no plano de

monitoramento, esses sistemas foram definidos com bases geográficas e não por

influência do abastecimento de água.

Com a implantação da setorização do sistema de abastecimento da cidade, em

andamento (2020-2021), o Laboratório deverá redesenhar o Plano de Amostragem,

adequando-o gradativamente, conforme sejam implantados os setores. A setorização

favorece o monitoramento da qualidade da água, com procedimentos mais seguros e

precisos, desde que se faça a readequação dos Planos de Amostragem atuais,

conforme ocorra a setorização do sistema.

b) Tratamento de Água

O sistema de tratamento de água é composto por 118 saídas de tratamento

diariamente monitoradas.

Tendo como única fonte de captação o Aquífero Guarani, com água de

excelente qualidade, o tratamento se faz pela adição de Hipoclorito de Sódio para

desinfecção e Ácido fluo silícico para fluoretação

Em 2017, a Seção de Tratamento passou a operar no Distrito Industrial, com

instalações apropriadas para a reservação de produtos químicos: 2 reservatórios de

30.000 litros para Hipoclorito de Sódio (Cloro) e 1 reservatório de 30.000 litros para

Ácido Fluossilícico (Flúor).

Está prevista no orçamento de 2020 do DAERP a reforma para adequações na

unidade do Distrito Industrial.

Planejamento de 2020 com recursos do DAERP:

Quadro 2.10 – Planejamento 2020 com recursos Próprios.

Obras Adequações Sanitárias no Centro de Reservação de Produtos Químicos do DAERP – Distrito Industrial

R$ 250.000,00

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 52

c) Recebimento e Distribuição de Produtos Químicos

Os produtos químicos (Hipoclorito de Sódio e Ácido Fluossilícico) são

entregues pelo fornecedor no Distrito Industrial, onde são armazenados em tanques

de fibra de vidro: 2 de 30.000 L para armazenamento de hipoclorito de sódio e 1 de

30.000L para armazenamento de Ácido Fluo silícico.

São consumidos pelo sistema de produção de água cerca de 200.000 Litros de

Hipoclorito de Sódio por mês.

Contudo são 25.000 Litros de Ácido Fluossilício por mês.

Esses produtos são distribuídos no sistema com o auxílio de 4 caminhões

tanque preparados para o transporte seguro desse tipo de produto, são 3 caminhões

para hipoclorito de sódio, com tanques de 3 mil litros, e 1 caminhão para Ácido

Fluossilícico, com tanque de 2.000 L.

Em cada unidade de tratamento há 2 reservatórios, um para hipoclorito de sódio

e outro para Ácido Fluossilícico. O sistema de dosagem utilizado é de fácil operação

com bombas dosadoras de produtos químicos. A característica atual do sistema de

distribuição requer que os equipamentos dosadores sejam constantemente

monitorados e reajustados, devido às possíveis variações de vazão no decorrer do

dia, conforme já apresentado.

Figura 2.13 – Tempo de contato x dosagem de cloro.

Fonte: DAERP.

Para obter uma desinfecção eficiente é recomendado que a distribuição seja

reservatório de montante, assim o tempo de contato no processo de desinfecção será

maior. Com a distribuição em marcha, o tempo de contato é reduzido, resultando em

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 53

aumento da dosagem de cloro, para garantir a eficiência do tratamento. Ressalta-se

que os valores aplicados atendem todas as normas e portarias vigentes.

Com a setorização e a mudança de concepção do sistema de abastecimento,

passando a operar com 100% dos reservatórios a montante, o tratamento ganhará

segurança e haverá consequente diminuição da quantidade de produto químico

desinfetante adicionado à água, diminuindo também a necessidade de constante.

Figura 2.14 – Instalações operacionais.

Fonte: DAERP.

Figura 2.15 – Sistema de tratamento poço Recreio Anhanguera

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 54

2.1.6.7 Sistema Elétrico

A maioria dos problemas encontrados se deve a idade e características das

instalações, pois muitas empresas de saneamento tiveram suas atividades iniciadas

em datas anteriores à metade do século passado e esta é a situação também de

muitas instalações elétricas do DAERP.

Levando-se em consideração as tecnologias existentes na época das

instalações de origem, onde a grande maioria dos equipamentos de acionamento e

proteção elétrica era importada e com características eletromecânicas, a operação do

sistema esbarra na dificuldade de calibração dos equipamentos de proteção, desgaste

mecânico / elétrico dos equipamentos, decorrente da falta de investimentos na

modernização das instalações e ampliações realizadas sem as devidas atualizações

tecnológicas, etc.

Tendo em mente todos os riscos inerentes à situação das instalações e

proteções elétricas obsoletas de nossas unidades de captação de água, a

necessidade de atendimento das normas brasileiras de eletricidade e as normas da

concessionária de energia elétrica local, foram feitas ações no sentido de contribuir

para a eficiência energética global das instalações e atendimento das normas em

vigor, sendo as principais ações:

Aquisição e instalação de Centros de Controle de Motores, com

Inversores de Frequência e com Softs Starters.

Substituição de painéis obsoletos por novos, que além de resolver

problemas hidráulicos, devido às partidas e paradas bruscas dos poços

e elevatórias, acarretou importante melhoria na eficiência energética

global das instalações.

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Figura 2.16 – Painel Soft Starter 400 CV: (a) Vista externa; (b) Vista interna.

(a) (b)

Fonte: DAERP.

Figura 2.17 – Painel Soft Starter 200 CV: (a) Vista externa; (b) Vista interna.

(a) (b)

Fonte: DAERP.

A aquisição de Cabines Compactas Blindadas de Medição, Proteção e

Abrigo Metálico para Transformador, visando a substituição da entrada

de energia obsoleta. Esta atitude proporcionou a adequação da entrada

de energia às normas vigentes, adequação das bombas que estavam

limitadas pelas capacidades dos transformadores, maior confiabilidade

no recebimento de energia da concessionária e maior rapidez no

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 56

restabelecimento de energia da unidade, quando de uma falha em uma

das linhas alimentadoras.

Figura 2.18 – Cabine instalada, poço Maria da Graça

Fonte: DAERP.

Figura 2.19 – Relé microprocessado.

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 57

Figura 2.20 – Testes de funcionamento cabine.

Fonte: DAERP.

Figura 2.21 – Abrigo metálico transformador.

Fonte: DAERP.

A Modernização de Ferramentas e Equipamentos de Trabalho também

representou medida importante, no sentido de melhorar a eficiência operacional dos

sistemas elétricos instalados, mencionamos:

Aquisição de equipamento cesto aéreo, equipamento moderno para trabalhos

em altura, propicia a execução de trabalhos de manutenção em redes de distribuição

de energia elétrica com mais segurança, diminuição do esforço físico dos eletricistas

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 58

durante a realização das atividades, aumentando, assim, a produtividade dos

eletricistas na realização dessas atividades.

Figura 2.22 – Equipamento cesto aéreo.

Fonte: DAERP.

2.1.6.8 Sistema Mecânico

A situação do sistema mecânico poderia ser melhorada, atuando nos seguintes

campos:

a) Equipamentos com idade avançada de tempo de operação, principalmente nas

Estações Elevatórias de Água (EEA’s)

Com investimentos limitados em novas tecnologias, há na planta mecânica do

sistema de abastecimento do DAERP equipamentos obsoletos. Tal fato prejudica a

confiabilidade e a eficiência da operação dos sistemas mecânicos, pois além dos

equipamentos estarem defasados tecnologicamente, apresentam perdas

significativas de rendimento, decorrente do tempo de operação superior à vida útil,

acarretando maiores gastos com energia elétrica e mais paradas no sistema de

abastecimento de água. Sendo assim, existe a necessidade de renovação dos

equipamentos.

Há previsão de compra para 7 elevatórias que levaria a uma redução de

consumo de energia demonstrada abaixo.

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Quadro 2.11 – Conjuntos instalados atualmente.

EEAT MODELO ETA/ITAP

MOTOR (CV)

POTENCIA EXIGIDA

OPERAÇÃO HORAS/DIA

CONSUMO (KW)

CONSUMO R$ EM 12 MESES

DELBOUX 80/33 -2 40 4,8 CV 20 29,44 79.488,00

CITY FIUSA

100/330-2 50 23,5 CV 24 36,8 99.360,00

CITY ELEVADO

100/330 30 11,4 CV 20 22,08 59.616,00

NILDO TAROZO

125/400-2 100 44,3 CV 20 73,6 198.720,00

SÃO JOSÉ 125/400 100 40 CV 20 73,6 198.720,00

CANADÁ SUMARÉ

150/500 400 92,8 CV 24 294,4 794.880,00

CANADA FÍUSA

150/500 200 76,2 24 147,2 397.440,00

TOTAL 1.828.224,00

Fonte: DAERP.

Quadro 2.12 – Conjuntos indicados a serem instalados.

EEAT MODELO ETA/ITAP

MOTOR (CV)

POTENCIA EXIGIDA

OPERAÇÃO HORAS/DIA

CONSUMO (KW)

CONSUMO R$ EM 12 MESES

DELBOUX 65/260 6 4,8 CV 20 4,416 15.897,60

CITY FIUSA

80/400-2 30 23,5 CV 24 22,08 79.488,00

CITY ELEVADO

100/260 15 11,4 CV 20 11,04 39.744,00

NILDO TAROZO

125/330 50 44,3 CV 20 36,8 132.480,00

SÃO JOSÉ 125/330 50 40 CV 20 36,8 132.480,00

CANADÁ SUMARÉ

150/400 125 92,8 CV 24 92 331.200,00

CANADA FÍUSA

150/500-2 100 76,2 24 73,6 264.960,00

TOTAL 996.249,60

Fonte: DAERP.

Portanto, será importante dar continuidade à modernização e

redimensionamento dos equipamentos, englobando todas as EEA’s.

b) Situação reduzida do número de colaboradores da seção

É possível observar que há um déficit na quantidade de funcionários para

execução dos serviços de competência da Seção de Mecânica.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 60

Não há torneiros mecânicos contratados, que são extremamente necessários

para manutenções que afetam diretamente a continuidade do sistema de água: peças

rosqueadas para conexões em tubulações adutoras, edutoras e barriletes de

reservatório; eixos de válvulas de manobra; peças no geral para bombas e a oficina

mecânica veicular.

Há apenas dois soldadores (os dois em idade avançada) que também fazem

serviços para manutenções internas: caminhões, materiais para escritório, suporte

para ar condicionado, portões, cadeados para segurança de instalações, etc.

A quantidade de mecânicos de bombas também está baixa. Não é possível,

caso necessário, substituir a bomba submersa de 2 poços simultaneamente.

Sendo assim, é importantíssima a contratação de novos funcionários.

O DAERP prevê a abertura de concurso público para suprir as necessidades

operacionais.

2.1.6.9 Sistema de Automação

Vários sistemas elétricos instalados, possuem sistema de automação, porém

estes não enviam informações para o CCO, devido à falta do sistema de telemetria e

um centro adequado para receber os dados. Atualmente, existe somente um sistema

de telemetria em funcionamento, no bairro recém implantado Vida Nova Ribeirão, que

fornece informações como vazão e pressão do poço e nível dos reservatórios.

A falta de telemetria atrapalha, sensivelmente, a operação dos sistemas, pois

não há aviso de ocorrências de inconformidades e a manutenção acaba sendo

realizada tardiamente, quando já há prejuízo à população.

A implantação de um Sistema de Automação com Sistema de Monitoramento

Remoto, possibilitará melhorias significativas na produtividade e qualidade nas

diversas áreas do DAERP.

O sistema deverá contemplar:

Gerenciamento e monitoramento da Macromedição;

Gerenciamento e monitoramento da Micromedição;

Gerenciamento e monitoramento da Eficiência Energética dos Sistemas;

Gerenciamento e monitoramento das Ocorrências de Campo, integrado com

os sistemas comerciais existentes;

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 61

Gerenciamento e monitoramento das Equipes volantes;

Gerenciamento e monitoramento da Segurança das Unidades.

Proporcionar as condições básicas para permitir o controle/operação à

distância através do CCO;

Utilização de tecnologia de alta performance e de última geração;

Facilidade de manutenção e minimização dos tempos de paradas do sistema;

Proporcionar eficiente controle operacional e gerencial;

Implementar comandos de operação, recursos de supervisão e controles

otimizados, que permitam a plena monitoração, controlabilidade e

confiabilidade dos processos;

Assegurar a qualidade da operação e a estabilidade funcional e produtiva dos

sistemas de abastecimentos.

Estabelecer os parâmetros de controle hidráulico, elétrico e químico;

Revisar os parâmetros críticos;

Atualizar dados;

Realizar diagnósticos;

Gerar relatórios para fins operacionais e de manutenção;

Reduzir ao mínimo a necessidade de pessoal de operação e manutenção das

unidades;

Gerar alarme para situações de anormalidade;

Ser modular e ter flexibilidade para expansões futuras;

Ter conectividade com outros sistemas de controles e corporativos;

Ser capaz de desenvolver tarefas de controle, monitoração e simulação de

forma simultânea.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 62

2.2 PROGNÓSTICO

Constituem-se objetivos deste Plano:

A universalização plena dos serviços prestados, e

A prestação dos serviços dentro de padrões estabelecidos pelos conceitos de

serviços adequados.

Entende-se por universalização dos serviços o pleno atendimento dos usuários,

quer no sentido da quantidade, quer no sentido da qualidade dos serviços prestados,

devendo os prestadores de cada serviço, atender às normas e regulamentos em

vigência.

Entende-se por serviço adequado, aquele que satisfaz as condições de

regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia

na sua prestação e modicidade das tarifas, condições essas estabelecidas em leis,

que regem o tema.

Definem-se cada um dos requisitos como segue:

Regularidade – Obediência às regras estabelecidas sejam as fixadas nas leis

e normas técnicas pertinentes ou neste documento;

Continuidade – Os serviços devem ser contínuos, sem interrupções, exceto nas

situações previstas em lei e definidas neste regulamento;

Eficiência – A obtenção do efeito desejado no tempo planejado;

Segurança – A ausência dos riscos de danos para os usuários, para a

população em geral, para os empregados e instalações do serviço e para a

propriedade pública ou privada;

Atualidade – Modernidade das técnicas, dos equipamentos e das instalações,

e a sua conservação, bem como a melhoria e a expansão dos serviços;

Generalidade – Universalidade do direito ao atendimento; e

Cortesia – Grau de urbanidade com que os empregados do serviço atendem

aos usuários.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 63

Modicidade das tarifas – Valor relativo da tarifa no contexto do orçamento do

usuário.

O sistema de abastecimento de água, para formulação das necessidades, foi

dividido em partes, não necessariamente coincidentes com aquelas apontadas no

diagnóstico, para melhor compreensão e formulação de propostas.

Haverá objetivos que serão continuidades de programas já existente, em

virtude de promover a continuidade do planejamento.

Os poços, Estações Elevatórias de Água Tratada (EEAT’s), assim como

adutoras que distribuem em marcha, necessitam de reforma no sistema

eletromecânico, para aumentar a eficiência e proteção dos equipamentos e pessoal e

aumentar a eficiência energética do sistema como um todo.

A reservação usada de forma inadequada contribui para o desabastecimento

eventual de algumas zonas, notadamente aqueles situados nos pontos mais altos. A

construção de novos reservatórios, bem como a setorização das redes irá otimizar, de

forma considerável, o sistema e diminuir sensivelmente a incidência de vazamentos

nas redes de distribuição, pois as pressões a que são submetidas as tubulações irão

diminuir consideravelmente.

As perdas de água, em aproximadamente 55%, é o ponto mais crítico do

sistema de distribuição. Sua origem está na pressão elevada, resultante da

distribuição em marcha, má conservação da rede, falhas cadastrais e ligação

clandestinas. O nível piezométrico elevado somado à falta de setorização é a causa

dos constantes vazamentos e intermitências no abastecimento em alguns locais da

cidade.

A Autarquia elaborou o Programa de Segurança da Água para agir contra

eventualidades que possam prejudicar a potabilidade e a segurança hídrica do

sistema de abastecimento.

A regulamentação dos serviços prestados foi atualizada através da implantação

do Decreto (18/2018) que orienta todas as atividades da autarquia e sua relação com

o consumidor final, inclusive com a atualização de preços, através da nova matriz

tarifária.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 64

Existem poucos indicadores de gestão implantados para os sistemas de

saneamento. Os mecanismos de controle são empíricos e totalmente desprovidos de

fundamentação técnica.

Toda informação tem um grau de confiabilidade muito baixo pela falta de

indicadores de gestão técnica, comercial, administrativa e financeira.

O DAERP, como operador dos sistemas de água e esgotos, os quais geram

tarifas, deve ter o controle total das informações relativas ao processo, para que

possam ser implantados indicadores gerenciais, inclusive disponibilizando as

informações para os gerentes (intranet) e usuários dos sistemas.

As informações também passarão a ser objeto de fiscalização por parte da

Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento. No caso do município de Ribeirão

Preto, a agência reguladora, nos próximos cinco anos, é a ARES – PCJ, aprovada

pela Lei Complementar 32/2018.

2.2.1 Manancial Subterrâneo

O manancial subterrâneo, que atualmente abastece Ribeirão Preto, é uma das

maiores reservas subterrâneas já identificadas, o Aquífero Guarani.

Com o elevado grau de crescimento que se observa no município, em breve,

poderá ser necessário um novo manancial para abastecimento, pois algumas regiões

da cidade não oferecem condições, em curto e médio prazo, para abertura de novos

poços. Nesse sentido, o DAERP está elaborando um estudo preliminar, visando à

implantação de uma Estação de Tratamento de Água, aproveitando o Rio Pardo como

manancial superficial.

2.2.2 Análise Geral do Sistema

As perdas elevadas no sistema de distribuição impactam negativamente na

operação do sistema e nas finanças da autarquia, sendo assim, a adoção de um

programa de redução dessas perdas deve ser encarada como prioridade imediata,

para recompor o manancial subterrâneo, diminuir custos operacionais e garantir a

continuidade de utilização do manancial, até que seja necessária a implantação de

novo manancial superficial, pois possui capacidade nominal para atender as

demandas previstas até o final deste Plano.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 65

Com uma correta setorização de zonas de pressão, teremos um aumento da

vida útil das tubulações, uma diminuição da ocorrência de vazamentos e a garantia

de abastecimento com pressões satisfatórias em todas as regiões da cidade.

As redes de distribuição são outro ponto deficiente do sistema. Contando com

mais de 2.000 km de redes de distribuição, o DAERP tem necessidade de

remanejamento de mais de 200 km de redes antigas, o que implica em intermitências

no abastecimento em alguns pontos da cidade.

Com o remanejamento dessas redes os ramais domiciliares também serão

substituídos, pois é neles que surge o maior número de vazamentos, seja pelas

pressões elevadas, seja pela inadequação e baixa profundidade desses ramais.

Assim tem-se a necessidade de troca de aproximadamente 35.000 ramais

domiciliares.

Os demais itens que compõe o quadro das necessidades de intervenções são

de ordem operacional, todas elas de baixo custo, podendo ser implantados de acordo

com a disponibilidade financeira do DAERP.

2.2.3 Ações Previstas, Custos e Investimentos Estimados

Neste item foram estabelecidos os programas, ações e outros mecanismos

para atendimento dos objetivos, metas e estratégias dos serviços de saneamento

básico integrado do município de Ribeirão Preto. As premissas são resultantes do

Diagnostico, onde foram levantadas as deficiências dos sistemas, individualmente, e

priorizadas, de acordo com a necessidade real de cada sistema.

De acordo com a Lei federal 11.445/07, os programas e ações, deverão ser

divididos em ações de curto, médio e longo prazo.

Com base nesses elementos, ficou estabelecida a conceituação de metas de

curto, médio e longo prazo, bem como os índices de investimentos, conforme quadro

abaixo.

a) Metas de curto prazo: serão aquelas que podem ser cumpridas em até 4

(quatro) anos da aprovação deste plano, ou seja, até o final do ano de 2023.

b) Metas de médio prazo: serão aquelas que podem ser cumpridas num prazo

entre 5 (cinco) e 8 (oito) anos da aprovação de plano, entre os anos 2024 e

o final de 2027.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 66

c) Metas de longo prazo: serão aquelas a serem cumpridas num prazo acima

de 9 (seis) e até 20 (vinte) anos da aprovação do plano, entre os anos de

2028 e o final de 2039.

Nesta etapa, outros indicadores financeiros deverão ser incorporados ao Plano,

de forma a ficarem definidos os custos previstos dos investimentos de cada sistema,

individualmente, para, no final, compor o Plano de Investimentos.

O item dos indicadores gerenciais foi enquadrado como um sistema a ser

implantado, pois é ele que vai fornecer os elementos básicos para o

acompanhamento, desenvolvimento, fiscalização e gerenciamento dos sistemas.

Dada sua importância, não só para o desenvolvimento do Plano, mas para todo o

sistema de saneamento básico, somado ao fato de não haver nenhum sistema de

indicadores existente, foi tratado como um novo sistema a ser implantado.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 67

2.3 OBJETIVOS E METAS

Em função dos objetivos e do plano de metas, já consolidados, serão

apresentados, com a respectiva estimativa de recursos necessários, os programas,

os projetos e as ações, necessários para operacionalização do plano com a finalidade

de atingir as metas estabelecidas.

Serão apresentados e detalhados os programas, projetos e ações necessárias

para atingir os objetivos e as metas, de cada sistema individualmente, sendo que para

cada uma das ações propostas.

Quadro 2.13 – Resumo dos objetivos e metas.

Objetivo Meta

Reduzir para 30% as perdas no sistema de distribuição

Implantação de 56 setores de abastecimento;

Projeto e implantação de distritos de medição e controle (DMC);

Implantação do centro de controle operacional;

Realizar projeto socioambiental;

Reduzir tempo de reparo de vazamento e de detecção e reparo de vazamento não visível;

Diminuir o número de irregularidades; e

Substituir 145.000 hidrômetros no município.

Renovar o parque de hidrômetros do município

Substituição contínua de todos hidrômetros existentes.

Cadastro digitalizado

Cadastramento contínuo de redes e adutoras existentes; e

Georreferenciar o cadastro de sistema de distribuição.

Recuperação do sistema de distribuição Substituir 200 km de redes de abastecimento em 20

anos.

Recuperação do manancial subterrâneo Realizar manutenção em poços que apresentem

queda na captação.

Adequação e reforma da infraestrutura existente

Avaliação e Reforma de Infraestrutura do Sistema de Abastecimento

Melhorar a eficiência energética Readequação do sistema eletromecânico de adução

de água tratada.

Implantar normas técnicas e procedimentos operacionais internos

para melhoria da eficiência na prestação de serviço.

Implantar normas internas para novos empreendimentos; e

Padronizar e implantar procedimentos operacionais e administrativos da Autarquia.

Colaborar com a prefeitura nos processos de regularização fundiária

Implantar sistema de abastecimento nos locais de regularização.

Avaliar novo sistema de captação

Elaborar estudo e projeto básico para captação de água superficial e implantação de macro setores de abastecimento interligados aos setores existentes; e

Implantar nova fonte produtora.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 68

2.4 AÇÕES PREVISTAS, CUSTOS E INVESTIMENTOS ESTIMADOS

2.4.1 Reduzir para 30% as Perdas no Sistema de Distribuição

O nível de perdas aproximadamente 55 %, é extremamente preocupante, e as

consequências são a diminuição da eficiência com possível intermitência temporária

e inviabilidade de novos financiamentos para ampliação dos sistemas, sem que estas

estejam atreladas a um programa de recuperação de perdas, conforme normas dos

agentes financeiros do Governo Federal, em especial pelo Ministério do

Desenvolvimento Regional, que é o maior agente de fomento do saneamento básico

no país.

Um programa de redução de perdas exige recursos financeiros de grande

monta, tempo de maturação para sua implantação, projetos estruturados, capacitação

profissional e uma CONTINUIDADE DAS AÇÕES planejadas.

O controle de perdas é um conjunto harmônico de atividades planejadas e

realizadas pelo DAERP, destinadas a alcançar e manter um nível em que os

componentes de perdas devido a vazamentos, usos clandestinos, desperdícios,

consumos operacionais, erros de medição sejam mínimos, dentro de condições de

viabilidade técnica, econômica, financeira e institucional.

As atividades do controle de perdas se estendem a todos os sistemas

organizacionais, sendo que atua principalmente nos sistemas finais: operacional e

comercial. Os resultados alcançados, através do controle de perdas em uma

instituição, concorrem para uma gestão operacional eficiente, capaz de obter, de

forma permanente, seus objetivos com menor custo possível.

2.4.1.1 Implantação de 56 Setores de Abastecimento

A falta de setorização do sistema não permite o equilíbrio no abastecimento,

contribuindo assim, para a falta de regularidade de abastecimento. A setorização das

redes aperfeiçoará o sistema, permitindo que as pressões internas nas tubulações

sejam adequadas em todo sistema de distribuição, com aumento na vida útil das

mesmas.

A forma de atingir essa setorização será com a construção de novas adutoras,

interligando os poços com os reservatórios de sobra, que passarão a funcionar como

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 69

reservatórios de montante, implantação de registros de manobras em pontos notáveis

do sistema, para impedir a passagem de água entre as zonas de pressão.

As ações a serem realizadas compreendem:

Implantar 56 setores de abastecimento estanques entre si por meio de válvulas;

Garantir que setores adjacentes possam ajudar setores com problemas de

abastecimento, quando necessário;

Implantar aproximadamente 64 KM de adutora, para eliminar a distribuição em

marcha dos poços profundos;

Implantar 10 poços profundos (2 (dois) novos e 8 (oito) em substituição); e

Implantar válvulas reguladoras de pressão e distritos de medição e controle

(DMC) para melhorar a operação e controle de perdas.

O investimento será da ordem de R$ 97.001.150,00 e o prazo de execução

será entre 2.020 a 2.023.

2.4.1.2 Projeto e Implantação de Distritos de Medição e Controle (DMC).

Implantar os distritos de medição e controle consiste em dividir os setores de

abastecimento em áreas menores, para facilitar o controle e operação do sistema.

Como benefício desta ação podemos elencar:

Conhecimento do consumo real da área;

Otimização da gestão de perdas; e

Possibilita um planejamento efetivo.

Essa ação será realizada entre 2.020 e 2.023, com investimento estimado de

R$ 2.853.001,00.

2.4.1.3 Implantação do CCO

Implantar um centro de controle equipado para realizar monitoramento visando

obter, processar, analisar, e divulgar dados operacionais relativos a vazões, pressões

e níveis de água, realizando diagnósticos específicos sob condições reais de

funcionamento das unidades operacionais dos sistemas de abastecimento de água.

Está previsto um investimento de R$ 8.917.288,00 com prazo de 2.020 a 2.023.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 70

2.4.1.4 Realizar Projeto Socioambiental

Realizar o suporte e esclarecimento a população com relação as obras em

execução e os benefícios que o transtorno passageiro trará. Assim como atuar de

forma a promover a mobilização, organização e fortalecimento social, educação

ambiental e patrimonial e desenvolvimento socioeconômico.

Essa ação será realizada entre 2.020 e 2.023 com investimento estimado de

R$ 1.217.432,00.

2.4.1.5 Reduzir o Tempo de Reparo de Vazamento Visível e de Detecção e Reparo

de Vazamento não Visível

Realizar a pesquisa de vazamento oculto conforme recomenda a ABENDI, visto

que a pesquisa por vazamento não visível não é abrangente e sistemática, no

momento.

Implantar ações gerenciais eficazes buscando a redução de tempo de espera

para o reparo do vazamento visível e não visível.

Esta ação tem investimento inicial estimado de R$ 7.054.290,00 para o prazo

de 2019 a 2021, porém é uma ação continua que deve ser propagada para que as

perdas de água não saiam do controle. Portanto, após esse período, o DAERP deverá

continuar investindo R$ 5.643.432, por ano, entre os anos 2022 a 2023, totalizando

custo estimado de R$ 11.286.864,00. De 2024 ao final de 2027 o custo estimado é de

R$ 22.573.728,00 e de 2028 até o final de 2039 com custo estimado de R$

67.721.184,00.

2.4.1.6 Diminuir o Número de Irregularidades

Identificar possíveis irregularidades como, hidrômetro violado, ligação

clandestina, hidrômetro invertido, by pass e outros tipos de irregularidades, visando

aumentar a disponibilidade de água, melhorar a eficiência do sistema e, por

consequência, diminuir perdas aparentes.

Essa ação tem investimento inicial previsto de R$ 4.500.000,00 para 2020 e

2021. Entretanto, essa ação deverá ser realizada continuamente pela autarquia, por

isso, estima-se que entre os anos 2022 e 2023 a ação terá custo de R$ 4.500.000,00

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 71

totalizando R$ 9.000.000,00, entre 2024 e 2027 o custo será de R$ 9.000.000,00 e

entre os anos de 2028 e 2039 o custo estimado será de R$ 13.500.000,00.

2.4.1.7 Substituir 145.000 Hidrômetros

Esta ação, junto com a ação para diminuir o número de irregularidades ajudará

na redução de perdas aparentes no sistema de distribuição. O investimento estimado

é de R$ 19.717.362,00 para aquisição e instalação dos equipamentos em um prazo

de 2020 a 2023, neste período está estimada a substituição e/ou instalação de

145.000 hidrômetros. Esse custo será realizado com recursos próprios da autarquia.

2.4.2 Renovar o Parque de Hidrômetros do Município

2.4.2.1 Substituição Contínua de Todos os Hidrômetros Existentes

O sistema de hidrometração é um dos pontos chave de todo sistema de

saneamento básico, pois é dele que vêm as receitas obtidas pelo prestador do serviço.

Em qualquer sistema que prime pela eficiência, este sistema deve ter seu

monitoramento e aperfeiçoamento de forma constante. O parque de hidrômetros

instalado no município, precisa estar em constante atualização, para manter a receita

equilibrada e diminuir ao máximo a perda aparente. Em alguns locais da cidade,

existem ligações em que o tempo de instalação dos hidrômetros é superior a 6 anos,

fato que pode prejudicar a autarquia, visto que a partir desse período, o equipamento

pode perder eficiência.

Esta ação paga-se por si só e ainda gera recursos financeiros para alavancar

outros investimentos para o sistema de abastecimento de água. O investimento

estimado é de R$ 3.090.000,00 para aquisição e instalação dos equipamentos em um

prazo de 2021 a 2023, neste período está estimado a substituição e/ou instalação de

30.000 hidrômetros, no período de 2024 ao final de 2027 estima-se a substituição de

180.000 hidrômetros, com orçamento estimado de R$ 18.540.000,00 e para o período

de 2028 ao final de 2039 estima-se a substituição de 400.000 hidrômetros com custo

estimado de R$ 41.200.000,00.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 72

2.4.3 Cadastro Digitalizado

2.4.3.1 Cadastramento contínuo de redes e adutoras existentes

Implantar e atualizar o cadastro de tubulação e seus acessórios é indispensável

para a operação e manutenção das mesmas e para o controle operacional do sistema

de abastecimento.

O cadastro será realizado mediante o preenchimento da ficha cadastral pelas

equipes de campo, a atualização do cadastro existente será feita pela equipe de

cadastro, com base nas informações presentes nas fichas cadastrais, com isso não

será necessário investimento.

2.4.3.2 Georreferenciar o Cadastro de Sistema de Distribuição

O georreferenciamento do sistema de distribuição e coleta de esgotamento

sanitário deverá ser realizado considerando o cadastro existente, levantamentos em

campo para confirmar a localização, material, profundidade, entre outras informações.

O investimento é da ordem de R$ 2.800.000,00 entre os anos 2020 e 2023 e R$

3.854.235,00 entre 2024 e 2027 para cadastrar 2.343 km de rede.

2.4.4 Recuperação do Sistema de Distribuição

2.4.4.1 Substituir 200 km de Rede de Abastecimento em 20 anos

O sistema de abastecimento apresenta locais onde a tubulações está em

condições incertas de funcionamento, devido a diversos fatores, como idade

avançada, mal dimensionamento, má instalação, materiais de baixa qualidade.

Trechos de redes executados em ferro fundido, ferro galvanizado e cimento amianto,

alguns com mais de 60 anos de operação, precisam ser trocados, para não

comprometer a potabilidade da água distribuída.

Como consequência, nesses trechos precários há um aumento no número de

vazamentos, que contribuem para problemas no abastecimento, causando

intermitência no abastecimento, aumento na perda de água e insatisfação do

contribuinte.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 73

Uma solução seria a substituição das redes em condições operacionais

insatisfatórias, porém, com a recomendação de que as redes de menores diâmetros

sejam executadas nas calçadas, conforme determinações técnicas do DAERP. Esse

método representa custos maiores de implantação, porém compensados pela redução

significativa dos custos operacionais de manutenções na rede.

A recuperação completa das redes abrange aproximadamente 200 km, que

devem ser substituídos num ritmo de 10 km a.a. É conveniente que seja efetuada a

substituição após a elaboração do cadastro digital, de geofonamentos e da

setorização, que permitirão aferir quais trechos problemáticos poderão ser

reaproveitados, ou deverão ser substituídos.

As redes que apresentam vazamentos constantes devem ser trocadas

imediatamente, sem a necessidade de estudos mais específicos sobre seu

comportamento dentro do sistema.

Está estimado um investimento de R$ 20.911.318,24 entre os anos de 2020 e

2023, R$ 20.911.318,24 entre 2024 e 2027 e R$ 62.733.954,72 entre 2028 e 2039.

2.4.5 Recuperação do Manancial Subterrâneo

2.4.5.1 Realizar Manutenção em Poços que Apresentem Queda na Captação

A avaliação em poços profundos é uma ação importante para o sistema de

abastecimento, que atualmente depende exclusivamente de água subterrânea. As

informações evidenciadas pela avaliação permitirão a manutenção correta, caso

necessária, a ser executada no poço.

As manutenções em poços profundos são de grande importância para a

autarquia, pois possibilita o prolongamento da vida útil dos poços profundos e mais

segurança ao abastecimento.

Serão 60 manutenções entre 2020 e 2023 com custo de R$ 4.620.000,00, 60

manutenções entre 2024 e 2027 com custo entre R$ 4.620.000,00 e 30 manutenções

entre 2028 e 2039 com custo de R$ 2.310.000,00.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 74

2.4.6 Adequação da Infraestrutura Existente

2.4.6.1 Avaliação e Reforma de Infraestrutura do Sistema de Abastecimento

As instalações da autarquia necessitam de maiores cuidados, pois apresentam

vários problemas, como fissuras, infiltrações, descascamento de paredes, falta de

poda e vazamentos. A manutenção das áreas deve ser executada de forma continua

para evitar que os problemas piorem e impossibilitem a manutenção e comprometam

a operação segura.

Está previsto um investimento de R$ 10.000.000,00 entre 2020 e 2023, R$

10.000.000,00 entre 2024 e 2027 e R$ 30.000.000,00 entre 2028 e 2039.

2.4.7 Melhorar a Eficiência Energética

2.4.7.1 Readequação do Sistema Eletromecânico de Adução de Água Tratada

Os sistemas eletromecânicos devem ser substituídos por sistemas mais

eficientes com maior economia de energia e correto dimensionamento.

O orçamento previsto é de R$ 2.000.000,00 entre 2020 e o final de 2023, R$

2.000.000,00 entre 2024 e o final de 2027 e R$ 6.000.000,00 entre 2028 e o final de

2039.

2.4.8 Implantar Normas Técnicas e Procedimentos Internos para Melhoria de

Eficiência na Prestação de Serviço

2.4.8.1 Implantar Normas Internas para os Novos Empreendimentos

Elaboração do manual do empreendedor, atendendo a normatização vigente,

com todas as informações e exigências necessárias para aprovação e execução de

novos empreendimentos na cidade de Ribeirão Preto.

Elaboração das normas técnicas do DAERP (NTD) para regulamentação dos

serviços executados pelo próprio DAERP ou autorizados em obras de

empreendedores. Essa ação será realizada pela autarquia e por isso não demanda

investimento, o prazo para esta ação será de 2020 a 2023.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 75

2.4.8.2 Padronizar e Implantar Procedimentos Operacionais e Administrativos da

Autarquia

Uma ferramenta importante para aumento na qualidade e consequente

melhoria na prestação dos serviços é a padronização dos procedimentos internos.

Não foi identificada padronização nos serviços executados pela autarquia, tanto no

âmbito operacional, quanto no administrativo. Cabe ao DAERP elaborar os

procedimentos operacionais padrão para todos os seus processos. Essa ação está

prevista para ser finalizada entre 2024 e 2027 com mão de obra própria.

2.4.9 Colaborar com a prefeitura nos processos de regularização fundiária

2.4.9.1 Implantar sistema de abastecimento nos locais de regularização

Serão implantadas infraestruturas de abastecimento de água em áreas de

ocupação irregular que estiverem passando por Processo de Regularização Fundiária

junto à Prefeitura Municipal.

O investimento previsto é de R$ 4.403.108,00 entre 2020 e 2023 e R$

4.403.180,00 entre 2024 e 2027.

2.4.10 Avaliar o Novo Sistema de Captação

O manancial subterrâneo não apresenta nenhum comprometimento para

abastecimento público, porém as restrições impostas para perfuração de novos poços

podem dificultar o crescimento da cidade, principalmente em setores (zonas urbanas)

que não apresentam possibilidade de aumento de produção. Sendo assim, é

interessante que a autarquia tenha outro plano para abastecimento público, para que,

se necessário, implantar em outro sistema produtor.

2.4.10.1 Elaborar Estudo e Projeto Básico para Captação de Água Superficial e

Implantação de Macro Setores de Abastecimento Interligados aos Setores Existentes

Antes de investir no novo sistema de distribuição, é necessário que se elabore

estudos e projetos para garantir que o planejamento seja realizado corretamente.

Sendo assim, o DAERP deve elaborar os projetos e estudos necessários para a

implantação de um novo sistema de captação e as obras necessárias para interligar

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 76

esse novo sistema aos setores existentes. O prazo para a elaboração desses projetos

básicos e estudos é de 2020 a 2023, com investimento estimado de R$ 2.700.000,00.

2.4.10.2 Implantar Nova Unidade Produtora

Após elaboração de estudos e projetos a autarquia poderá iniciar as obras

necessárias para implantação da nova unidade produtora. Essa ação está prevista

para ocorrer no período de 2024 a 2027, com investimento de R$ 225.000.000,00, e

de 2028 a 2039 com investimento de R$ 112.500.000,00.

Obs: O investimento total estimado no sistema de captação superficial é R$

450.000.000,00. Porém, parte desse investimento poderá ser necessário somente

após o ano de 2.039.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 77

2.5 RESUMO DOS CUSTOS E INVESTIMENTOS

Quadro 2.14 – Resumo de custos e investimentos por etapas.

Objetivo Investimento/Cus

to Total

Investimento/Custo por etapas

Curto Prazo (2.020 a 2.023)

Médio Prazo (2.024 a 2.027)

Longo Prazo (2.028 a 2.039)

Reduzir para 30% as perdas no sistema de distribuição.

R$ 269.842.299 R$ 157.047.387 R$ 31.573.728 R$ 81.221.184

Renovação do parque de hidrômetros R$ 62.830.000 R$ 3.090.000 R$ 18.540.000 R$ 41.200.0000

Cadastro digitalizado R$ 6.654.235 R$ 2.800.000 R$ 3.854.235

Recuperação do sistema de distribuição

R$ 104.556.591 R$ 20.911.318 R$ 20.911.318 R$ 62.733.954

Recuperação do manancial subterrâneo

R$ 11.550.000 R$ 4.620.000 R$ 4.620.000 R$ 2.310.000

Adequação da infraestrutura existente R$ 50.000.000 R$ 10.000.000 R$ 10.000.000 R$ 30.000.000

Melhorar a eficiência energética R$ 10.000.0000 R$ 2.000.000 R$ 2.000.000 R$ 6.000.000

Implantar normas técnicas e procedimentos internos para melhoria de eficiência na prestação de serviço

- - - -

Colaborar com a prefeitura nos processos de regularização fundiária

R$ 8.806.216 R$ 4.403.108 R$ 4.403.108

Avaliar novo sistema de captação R$ 340.200.000 R$ 2.700.000 R$ 225.000.000 R$ 112.500.000

Total R$ 864.439.341 R$ 207.571.813 R$ 320.902.389 R$ 335.965.138

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 78

2.6 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

Basicamente as situações emergenciais na operação do sistema de

abastecimento de água ocorrem quando da ocasião de paralisações na produção, na

adução e na distribuição. Cabe ressaltar que quanto melhor for mantido o sistema, e

quanto mais ampla for a capacidade de atendimento, as situações de emergência

serão reduzidas. Portanto, a solução dos principais problemas nas situações de

emergência está ligada diretamente à alocação de recursos financeiros.

Os recursos poderão ter origem no orçamento do Município, em financiamentos

ou em parcerias com o setor privado nas formas previstas em lei. As ações propostas

para as situações de emergência estão indicadas no quadro apresentado a seguir, e

contemplam as potenciais emergências, classificadas como situações adversas, e as

respectivas medidas a serem tomadas.

Quadro 2.15 – Ações para eventos adversos.

Pontos Vulneráveis

Eventos Adversos

Estiagem Rompimento Interrupção no bombeamento

Contaminação Acidental

Falta de energia

Poços Profundos

1,4 e 5 1, 3, 5, 6, 7, 8,

9, 10 1, 4, 5

Adutoras 4,5 e 9 3, 6, 7, 8, 9, 10

Reservatórios 4, 5 e 10 3, 6, 7, 8, 9, 10

Redes de Grandes

Diâmetros 2, 4, 5, 9, 10 3, 6, 7, 8, 9, 10

Medidas Emergenciais

1 Manobra para atendimento de atividades essenciais

2 Manobra de rede para isolamento da perda

3 Interrupção do abastecimento até a conclusão de medidas saneadoras

4 Acionamento dos meios de comunicação para aviso à população de racionamento

5 Acionamento emergencial de equipa de manutenção

6 Acionamento dos meios de comunicação alerta de água impropria para consumo

7 Acionamento do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil

8 Informar ao órgão ambiental competente

9 Descarga de rede

10 Fornecimento de água por meios alternativos (caminhão pipa)

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 79

3 SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

3.1 DIAGNÓSTICO

O Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (DAERP) é a Autarquia

municipal responsável pelos serviços de abastecimento de água e esgotamento

sanitário de Ribeirão Preto / SP.

A operação e manutenção dos sistemas de coleta, elevação e afastamento de

esgotos sanitários são de responsabilidade do DAERP, o qual executa as atividades

com mão de obra, equipamentos e veículos próprios. Serviços complementares como

reaterro de valas; transporte, destinação e disposição final dos resíduos oriundos das

atividades de manutenção, extensão de redes e novas ligações; e reposição de

pavimento são executados por terceiros.

O tratamento de esgoto, por sua vez, é realizado pela Ambient Serviços

Ambientais de Ribeirão Preto S/A, que atua sob regime de Concessão desde

setembro de 1995. O Contrato foi firmado entre a Prefeitura Municipal de Ribeirão

Preto e Ambient Serviços Ambientais de Ribeirão Preto S/A, tendo o DAERP como

interveniente. A previsão de encerramento do Contrato era, inicialmente, para

setembro de 2015; todavia, com os aditivos firmados entre as partes, foi prorrogado

até o ano de 2033.

O esgotamento sanitário do município ocorre por duas grandes bacias: Bacia

do Ribeirão Preto e Bacia do Córrego Palmeiras. A primeira abrange 15 sub-bacias, a

segunda apenas 2, conforme Figura 3.1. Das bacias e sub-bacias apresentadas na

Figura, apenas a do Córrego Serraria (nº 12) não possui sistemas de coleta e

afastamento de esgotos. Isso se deve a ausência de imóveis no local.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 80

Figura 3.1 – Divisão das bacias de esgotamento sanitário.

Legenda: Delimitação da área de influência da bacia do Ribeirão Preto Delimitação da área de influência da bacia do Córrego Palmeiras

1) Ribeirão Preto; 2) Córrego Macaúbas; 3) Córrego Seco; 4) Córrego dos Campos; 5) Córrego Tanquinho; 6) Córrego Retiro Saudoso; 7) Córrego Laureano; 8) Córrego Vista Alegre; 9) Córrego Monte Alegre; 10) Córrego Califórnia; 11) Córrego do

Horto; 12) Córrego Serraria; 13) Córrego Olhos d’Água; 14) Córrego Limeira; 15) Córrego Tamburi; 16) Córrego Condanim; 17) Córrego Palmeiras; 18) Córrego do Esgoto

Fonte: DAERP.

3.1.1 Redes Coletoras e Ramais

As redes coletoras do município, salvo poucas exceções, são constituídas por

manilhas cerâmicas e tubos de PVC ocre. Seus diâmetros variam de 150 a 200 mm.

Ao todo são 1.850 km de redes cadastradas em meio digital em formato “dwg”. Quanto

aos ramais, o DAERP atende atualmente 202.505 ligações.

A Figura 3.2 apresenta a ilustração do cadastro do sistema de esgoto do

município.

Figura 3.2 – Ilustração do cadastro dos sistemas de esgoto: (a) Planta geral; (b) Aproximação da planta para visualização.

(a) (b)

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 81

As redes coletoras, de um modo geral, operam de maneira adequada,

direcionando os efluentes aos coletores tronco e interceptores. Contudo,

corriqueiramente são descartados resíduos diversos e gorduras nos sistemas que

acabam causando a obstrução dos sistemas.

As redes entupidas por resíduos diversos são desobstruídas com uso de

ferramentas manuais denominadas “varetas”. Para esse serviço, o DAERP dispõe de

cinco equipes que trabalham em períodos diurnos e noturnos.

Em problemas não solucionados pelas equipes de varetas, ou quando a

obstrução ocorre por impregnação de gorduras nas redes, faz-se necessário o uso de

equipamentos de hidrojateamento. Para tanto, o DAERP dispõe de três equipes que

operam caminhões combinados (hidrojateamento e sucção) e uma equipe que opera

caminhão de hidrojateamento. Os trabalhos são realizados em períodos diurnos e

noturnos.

A limpeza dos sistemas também é realizada com uso de equipamento de

sucção, acoplado à caminhão com reservatório de detritos. Nesse caso, o DAERP

dispõe de apenas um veículo que trabalha em períodos diurnos.

Os reparos das redes são efetuados quando não é possível a desobstrução

pelos meios supracitados ou quando é necessária a manutenção dos elementos. Para

esse serviço o DAERP dispõe de três equipes que trabalham em períodos diurnos e

noturnos. O grande problema é que essas mesmas equipes são responsáveis pela

implantação de redes para atender novas ligações; resultando em uma grande

demanda de serviços.

As quebras e furtos de tampões dos poços de visita são problemas que acabam

ocorrendo no município. Para garantir a segurança do transito e transeuntes, o

DAERP dispõe de uma equipe que fica responsável pela substituição de tampões e

nivelamento de poços de visita. Para dificultar furtos, a Autarquia utiliza tampões com

anéis anti-furto nas áreas sujeitas ao tráfego e tampões de concreto nas demais.

3.1.1.1 Principais Problemas e Dificuldades

Os principais problemas relacionados às redes coletoras do município são:

a) Sistemas prediais de esgoto que recebem água pluvial;

b) Conexões de redes de esgotos em galerias pluviais (extravasores);

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 82

c) Despejo de gordura nos sistemas de coleta;

d) Descartes irregulares de resíduos diversos nos sistemas de coleta; e

e) Ruptura de redes antigas.

3.1.2 Coletores Tronco, Interceptores e Emissários

Os coletores tronco são compostos por manilhas cerâmicas e tubos de PVC

ocre; os interceptores, por tubo de PVC ocre e concreto; os emissários, apenas por

concreto. Seus diâmetros variam de 250 a 1800 mm. Ao todo são 150 km de coletores

tronco, interceptores e emissários cadastrados. A base cadastral utilizada é a mesma

das redes coletoras.

Os problemas identificados para as redes coletoras e ramais impactam nos

coletores tronco, interceptores e emissários, devido a tais elementos estarem situados

à jusante das mesmas. As equipes responsáveis pela operação e manutenção desses

sistemas são as mesmas que trabalham com redes coletoras e ramais.

Alguns interceptores refletem situações de deterioração que resultam em

rupturas. Isso se dá principalmente pela utilização de materiais impróprios na

produção do concreto das tubulações, somados a trechos que o fluxo opera com baixa

velocidade, desencadeando a ação do gás sulfídrico, o que causa a corrosão da

geratriz superior dos tubos. A deterioração ocorre essencialmente nos interceptores

mais antigos. A Figura 3.3 apresenta um exemplo ocorrido na Av. Maurílio Biagi.

Figura 3.3 – Rompimento de interceptor na Av. Maurílio Biagi: (a) Vista superior; (b) Situação do tubo.

(a) (b)

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 83

Os interceptores, por estarem localizados, em sua maior parte, em Áreas de

Preservação Permanente (APP’s), têm seus reparos dificultados pelas condições de

acesso, devido a existência de vegetações no entorno. Para intervenções, o DAERP

realiza as tratativas junto à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) ou

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), conforme o caso.

3.1.2.1 Principais Problemas e Dificuldades

Os principais problemas relacionados aos coletores tronco do município são:

a) Conexões de redes de esgotos em galerias pluviais (extravasores);

b) Ruptura de coletores antigos; e

c) Ocupações irregulares sobre / no entorno das tubulações.

Os principais problemas relacionados aos interceptores do município são:

a) Deterioração dos tubos de concreto; e

b) Ocupações irregulares sobre / no entorno das tubulações.

3.1.3 Estações Elevatórias de Esgotos

Os sistemas de elevação são constituídos por doze Estações Elevatórias de

Esgotos (EEE’s), conforme Figura 3.4.

Figura 3.4 – Localização das EEE’s.

Legenda: 1) Distrito Empresarial I e II; 2) Distrito Empresarial III; 3) Liliana Tenuto; 4) Palocci; 5)

Palmeiras I; 6) Palmeiras II; 7) Angelo Jurca; 8) Vida Nova Ribeirão; 9) Palmares; 10) Recreativa; 11) Macaúbas; 12) Caiçara.

Fonte: GOOGLEMAPS, 2019, adaptado.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 84

A operação e manutenção de todas as EEE’s são realizadas pelo DAERP,

todavia a frequência de manutenções e limpezas preventivas não são realizadas

conforme a boa técnica. Isso decorre da grande demanda de serviços por todo o

município. Não há equipes exclusivas para este fim.

As Instalações de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico (IPCIP) das

unidades precisam ser adequadas às Instruções Técnicas (IT’s) do Corpo de

Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBM-SP)

Diante das particularidades e dificuldades do DAERP, existe a concepção na

Autarquia de se evitar, sempre que possível, a implantação de elevatórias. O mesmo

critério é adotado para as elevatórias existentes; são realizados estudos para

desativação das mesmas. Nos anos de 2016 a 2019 foram desativadas três EEE’s

que apresentavam problemas operacionais constantes e, por estarem em áreas

isoladas, também causavam prejuízos ao DAERP por furtos.

3.1.3.1 Principais Problemas e Dificuldades

Os principais problemas relacionados às EEE’s do município são:

a) Furtos de materiais e equipamentos eletromecânicos; e

b) Não execução de manutenção preventiva e limpeza periódica conforme a boa

técnica.

3.1.3.2 EEE Distrito Empresarial I e II

A EEE Distrito Empresarial I e II está localizada na rua Alamiro Veludo Salvador,

esquina com a rua Dr. Elpídio de Almeida Santos, no Distrito Empresarial Pref. Luiz

Roberto Jabali. A Figura 3.5 apresenta a localização da EEE e imagem do local.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 85

Figura 3.5 – EEE Distrito Empresarial I e II: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

Esta EEE foi implantada para atender os imóveis situados na parte baixa do

Distrito I e II e adjacências. Os esgotos domésticos são encaminhados pelo sistema

de bombeamento “I” para a EEE Distrito Empresarial III; os industriais, por sua vez,

são encaminhados pelo sistema de bombeamento “II” para a rede coletora de esgotos

industriais do Distrito.

A EEE Distrito Empresarial I e II está em operação, sem previsão para ser

desativada.

O sistema de bombeamento “I” possui duas bombas, sendo uma principal e

uma reserva. Ambas as bombas são do tipo Reautoescorvante, com motor de 3 CV e

1.700 RPM.

O sistema de bombeamento “II” possui duas bombas, sendo uma principal e

uma reserva. Ambas as bombas são do tipo Reautoescorvante, com motor de 7,5 CV

e 1.700 RPM.

3.1.3.3 EEE Distrito Empresarial III

A EEE Distrito Empresarial III está localizada na rua Dante Ferezin, esquina

com a av. Celso Daniel, no Distrito Empresarial Pref. Luiz Roberto Jabali. A Figura 3.6

apresenta a localização da EEE e imagem do local.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 86

Figura 3.6 – EEE Distrito Empresarial III: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

Esta EEE foi implantada para receber os esgotos domésticos da EEE Distrito

Empresarial I e II, parte do Simioni e adjacências. No mais recente, foi inaugurado o

Distrito Empresarial III, que tem sua rede de esgotos domésticos interligada a EEE

Distrito Empresarial III. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para a

Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Ribeirão Preto.

A EEE Distrito Empresarial III está em operação, sem previsão para ser

desativada.

Existem duas bombas nesta EEE, sendo uma principal e uma reserva. Ambas

as bombas são do tipo Reautoescorvante, com motor de 3 CV.

3.1.3.4 Liliana Tenuto

A EEE Liliana Tenuto está localizada no final da rua Maria Terezinha Veiga

Cardoso, no Residencial Liliana Tenuto Rossi. A Figura 3.7 apresenta a localização

da EEE e imagem do local.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 87

Figura 3.7 – EEE Liliana Tenuto: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

Esta EEE foi implantada para receber todo o esgoto do Residencial Liliana

Tenuto Rossi e adjacências. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para

as redes coletoras do bairro Jardim Eugênio Mendes Lopes.

A EEE Liliana Tenuto está em operação, sem previsão para ser desativada.

Existem duas bombas nesta EEE, sendo uma principal e uma reserva. Ambas

as bombas são do tipo Submersível, com motor de 9,5 CV e 3.510 RPM.

3.1.3.5 EEE Palocci

A EEE Palocci está localizada na av. Antônia Mugnatto Marincek, esquina com

a rua José Malvaso, no bairro Jardim Prof. Antônio Palocci. A Figura 3.8 apresenta a

localização da EEE e imagem do local.

Figura 3.8 – EEE Palocci: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 88

Esta EEE foi implantada para receber todo o esgoto do bairro Jardim Prof.

Antônio Palocci e adjacências. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes

para o coletor tronco da Av. Antônia Mugnatto Marincek.

A EEE Palocci está em operação, sem previsão para ser desativada.

Existem duas bombas nesta EEE, sendo uma principal e uma reserva. A

primeira é do tipo Reautoescorvante, com motor de 50 CV e 1.700 RPM; a segunda,

do tipo Reautoescorvante, com motor de 60 CV e 1.700 RPM.

3.1.3.6 EEE Palmeiras I

A EEE Palmeiras I está localizada na rua Tuffi Rassi, próxima a av. Prof.ª Dina

Rizzi, no Parque São Sebastião. A Figura 3.9 apresenta a localização da EEE e

imagem do local.

Figura 3.9 – EEE Palmeiras I: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

Esta EEE foi implantada para receber o esgoto do Residencial e Comercial

Palmares, Parque São Sebastião, Jardim Trevo, Vila Abranches, Jardim José

Figueira, Jardim das Palmeiras 1 e 2, Jardim Juliana A, parte do Jardim Helena e

adjacências. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para o interceptor

do Córrego Palmeiras.

A EEE Palmeiras I está em operação, sem previsão para ser desativada.

Existe uma bomba nesta EEE, do tipo Submersível, com motor de 40 CV e

1.200 RPM.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 89

3.1.3.7 EEE Palmeiras II

A EEE Palmeiras II está localizada nas imediações do Condomínio Mil

Pássaros. A Figura 3.10 apresenta a localização da EEE e imagem do local.

Figura 3.10 – EEE Palmeiras II: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

Esta EEE foi implantada para receber o esgoto do Residencial Itanhangá, Mil

Pássaros, Patrimonial Campestre, parte do Jardim Helena, Residencial Parque dos

Servidores, Recreio Internacional, Portal dos Ipês e adjacências. O sistema de

bombeamento encaminha os efluentes para o coletor tronco do Parque dos

Flamboyans.

A EEE Palmeiras II está em operação, sem previsão para ser desativada.

3.1.3.8 EEE Ângelo Jurca

A EEE Ângelo Jurca está localizada na rua Jeronyma Figueiredo, esquina com

a rua Sandoval Moraes Sarmento, no bairro Jardim Ângelo Jurca. A Figura 3.11

apresenta a localização da EEE e imagem do local.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 90

Figura 3.11 – EEE Ângelo Jurca: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

Esta EEE foi implantada para receber o esgoto do bairro Jardim Ângelo Jurca

e adjacências. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para o coletor

tronco do Parque dos Flamboyans.

A EEE Ângelo Jurca está em operação, sem previsão para ser desativada.

Existe uma bomba nesta EEE, do tipo Reautoescorvante, com motor de 15 CV

e 1.700 RPM.

3.1.3.9 EEE Vida Nova Ribeirão

A EEE Vida Nova Ribeirão está localizada na rua Carlos Rossini, esquina com

a rua Gervásio Ficher, no bairro Vida Nova Ribeirão. A Figura 3.12 apresenta a

localização da EEE e imagem do local.

Figura 3.12 – EEE Vida Nova Ribeirão: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 91

A EEE foi implantada para receber o esgoto de parte do bairro Vida Nova

Ribeirão. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para a ETE Ribeirão

Preto.

A EEE Vida Nova Ribeirão está em operação e será desativada assim que o

interceptor do Córrego Macaúbas entrar em operação.

Existem duas bombas nesta EEE, sendo uma principal e uma reserva. A

primeira é do tipo Submerssível, com motor de 20 CV e 1.755 RPM; a segunda, do

tipo Reautoescorvante, com motor de 20 CV e 1.755 RPM.

3.1.3.10 EEE Palmares

A EEE Palmares está localizada na rua Armando Sici, esquina com a rua Clésio

Neider Lima, no Residencial e Comercial Palmares. A Figura 3.13 apresenta a

localização da EEE e imagem do local.

Figura 3.13 – EEE Palmares: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

A EEE foi implantada para receber o esgoto de parte do Residencial e

Comercial Palmares. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para o

interceptor do Córrego Palmeiras.

A EEE Palmares está em operação e será desativada após a conclusão do

coletor tronco 46 – Palmares.

Existe uma bomba nesta EEE, do tipo Reautoescorvante, com motor de 25 CV

e 1.700 RPM.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 92

3.1.3.11 EEE Recreativa

A EEE Recreativa está localizada nas proximidades da Recreativa Clube de

Campo. A Figura 3.14 apresenta a localização da EEE e imagem do local.

Figura 3.14 – EEE Recreativa: (a) Vista superior; (b) Obra em execução.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

A EEE está sendo implantada para receber o esgoto das Chácaras Rio Pardo,

Condomínio Balneário Recreativa, Recreativa Clube de Campo e adjacências. O

sistema de bombeamento encaminhará os efluentes para o coletor do bairro Adelino

Simioni.

3.1.3.12 EEE Macaúbas

A EEE Macaúbas está localizada no final da av. Eduardo Andréia Matarazzo,

em frente à ETE Ribeirão Preto. A Figura 3.15 apresenta a localização da EEE e

imagem do local.

Figura 3.15 – EEE Macaúbas: (a) Vista superior; (b) Obra em execução.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 93

A EEE está sendo implantada para receber o esgoto da área de expansão

urbana situada na bacia do Córrego Macaúbas. O sistema de bombeamento

encaminhará os efluentes para a ETE Ribeirão Preto.

3.1.3.13 EEE Caiçara

A EEE Caiçara está localizada no final da via José Morais dos Santos. A Figura

3.16 apresenta a localização da EEE.

Figura 3.16 – EEE Caiçara: (a) Vista superior; (b) Obra em execução.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.

A EEE está sendo implantada para receber o esgoto das chácaras localizadas

na Via José Morais dos Santos e adjacências. O sistema de bombeamento

encaminhará os efluentes para a ETE Caiçara

3.1.4 Estações de Tratamento de Esgotos

O Município possui duas ETE’s, denominadas ETE Ribeirão Preto e ETE

Caiçara. Conforme já mencionado no presente documento, ambas as estações são

operadas pela Ambient. A Figura 3.17 apresenta a localização das duas ETE’s do

município.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 94

Figura 3.17 – Localização das ETE’s.

Legenda: 1) ETE Ribeirão Preto; 2) ETE Caiçara.

Fonte: GOOGLEMAPS, 2019, adaptado.

Devido ao local em que estão inseridas, o tratamento de esgotos do município

é dividido em duas grandes bacias: Bacia do Ribeirão Preto e Bacia do Córrego

Palmeiras.

Os efluentes tratados e os corpos d’água receptores são constantemente

monitorados pela Ambient, conforme requisitos estabelecidos na Resolução

CONAMA nº 430/2011. Os relatórios de automonitoramento são elaborados

mensalmente e encaminhados ao DAERP.

3.1.4.1 ETE Ribeirão Preto

A ETE Ribeirão Preto está localizada na bacia do Ribeirão Preto, principal curso

d’água do município. Cerca de 86% dos esgotos coletados na cidade são

encaminhados a essa estação. A Figura 3.18 apresenta a vista superior da ETE e

vista interna.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 95

Figura 3.18 – ETE Ribeirão Preto: (a) Vista superior; (b) Vista interna.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019; (b) DAERP.

O volume de esgoto tratado atualmente varia em torno de 4.000.000 a

4.500.000 m³ por mês.

O tratamento se dá por tecnologia de lodos ativados convencional. A

capacidade de tratamento projetada é de 1.738 L/s (vazão média) e 2.817 L/s (vazão

de pico), mas pode ser aumentada por meio da ampliação da estação pela área

externa.

Os resíduos gerados no processo de tratamento são encaminhados aos aterros

sanitários denominados Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) Guatapará e

CGR Jardinópolis, ambos operados pela ESTRE.

3.1.4.2 ETE Caiçara

A ETE Caiçara está localizada na bacia do Córrego Palmeiras. Cerca de 14%

dos esgotos coletados na cidade são encaminhados a essa estação. A Figura 3.19

apresenta a vista superior da ETE e vista interna.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 96

Figura 3.19 – ETE Caiçara: (a) Vista superior; (b) Vista interna.

(a) (b)

Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019; (b) DAERP.

O volume de esgoto tratado atualmente varia em torno de 500.000 a 600.000

m³ por mês.

O tratamento se dá por tecnologia de lodos ativados com aeração prolongada.

A capacidade de tratamento projetada é de 179 L/s (vazão média) e 289 L/s (vazão

de pico), mas pode ser aumentada por meio da ampliação da estação pela área

externa.

Os resíduos gerados no processo de tratamento são encaminhados aos aterros

sanitários denominados Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) Guatapará e

CGR Jardinópolis, ambos operados pela ESTRE.

3.1.5 Planos, Programas e Projetos Existentes

3.1.5.1 Implantação de Sistemas de Coleta e Afastamento de Esgotos em Diversas

Áreas do Município

Estão em fase de finalização as obras adicionais do Contrato de Concessão

dos Serviços de Tratamento de Esgotos, que consistem na implantação de 97 km de

coletores e interceptores de esgotos, com objetivo de promover a universalização dos

serviços de coleta e afastamento de esgotos, bem como corrigir problemas existentes

identificados na fase de planejamento.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 97

O orçamento das obras foi estimado em R$ 137.738.409,17 (cento e trinta e

sete milhões setecentos e trinta e oito mil quatrocentos e nove reais e dezessete

centavos).

A forma de pagamento estabelecida entre a AMBIENT e Prefeitura Municipal

de Ribeirão Preto, tendo o DAERP como interveniente, foi por meio da prorrogação

do prazo da Concessão em 120 (cento e vinte) meses; estando, portanto, o Contrato

vigente até o dia 28 de setembro de 2033.

A finalização das obras está prevista para o ano de 2020.

3.1.5.2 Implantação de Coletor Tronco na Av. Luiz Galvão Cezar e Rua Elpídio Faria

Está prevista a implantação de um coletor tronco na Av. Luiz Galvão Cezar e

Rua Elpídio Faria para fins de melhoria dos sistemas de coleta e afastamento do

Parque das Androinhas, Planalto Verde e adjacências.

O coletor terá 1.365 m e o valor foi estimado em R$ 734.317,25 (setecentos e

trinta e quatro mil trezentos e dezessete reais e vinte e cinco centavos). A Figura 3.20

apresenta o traçado do coletor e seu ponto de interligação.

Figura 3.20 – Traçado do coletor.

Legenda:

Coletor tronco a executar Interceptor existente (Córrego dos Campos)

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 98

Do valor total da obra, R$ 463.169,36 (quatrocentos e sessenta e três mil cento

e sessenta e nove reais e trinta e seis centavos) serão pagos pelo Fundo Estadual de

Recursos Hídricos (FEHIDRO), na modalidade de financiamento “Não Reembolsável”;

o restante de R$ 271.147,89 (duzentos e setenta e um mil cento e quarenta e sete

reais e oitenta e nove centavos) será pago com recurso próprio do DAERP.

O prazo de execução da obra é de 04 (quatro) meses.

3.1.5.3 Implantação de Coletor Tronco na Av. Patriarca

Está prevista a implantação de um coletor tronco na Av. Patriarca para fins de

melhoria dos sistemas de coleta e afastamento do Parque Ribeirão Preto, Jardim

Dona Branca Salles e adjacências. A Figura 3.21 apresenta o traçado do coletor e seu

ponto de interligação.

Figura 3.21 – Traçado do coletor.

Legenda:

Coletor tronco a executar Interceptor existente (Córrego Vista Alegre)

Fonte: DAERP.

O coletor terá 751 m e o valor foi estimado em R$ 499.681,35 (quatrocentos e

noventa e nove mil seiscentos e oitenta e um reais e trinta e cinco centavos).

Do valor total da obra, R$ 446.365,94 (quatrocentos e quarenta e seis mil

trezentos e sessenta e cinco reais e noventa e quatro centavos) serão pagos pelo

FEHIDRO, na modalidade de financiamento “Não Reembolsável”; o restante de R$

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 99

53.315,41 (cinquenta e três mil trezentos e quinze reais e quarenta e um centavos)

será pago com recurso próprio do DAERP.

O prazo de execução da obra é de 04 (quatro) meses.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 100

3.2 PROGNÓSTICO

Esta seção contempla o prognóstico do sistema de esgotamento sanitário do

município, subdividido pelos itens enumerados em sequência, os quais são

norteadores dos objetivos a serem alcançados ao longo dos anos.

3.2.1 Universalização

O município possui cobertura de sistemas de coleta e afastamento de esgotos

para atender toda a área urbana de Ribeirão Preto.

Com os investimentos realizados nos últimos anos, até a presente data, restam

apenas alguns pontos remanescentes para implantação de redes, por parte do

município. Por outro lado, há propriedades dentro da área urbana que eventualmente

não possuem ligação de esgotos por questões específicas, como imóveis situados em

níveis mais baixos que a via pública (soleira negativa), bem como outros casos

específicos.

Existem, ainda, loteamentos fechados e condomínios executados no passado

sem implantação de suas redes coletoras de esgotos. O resultado é que hoje não

estão interligados à rede pública de esgotos, fazendo uso de soluções individuais

(fossas). Por suas infraestruturas serem de competência dos próprios loteamentos

fechados / condomínios, não serão contemplados nos investimentos. Caberá ao

DAERP notificá-los para que seja providenciada a implantação de seus sistemas de

coleta e afastamento até o ponto de interligação com a rede pública de esgotos. Essa

questão já vem sendo tratada junto ao Ministério Público, por meio do Termo de

Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 28 de dezembro de

2007, entre o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP), Prefeitura Municipal

e DAERP. O mesmo ocorre para empresas que não possuem ligação de esgoto.

3.2.2 Cadastro Digitalizado

O cadastro digitalizado dos sistemas de coleta e afastamento de esgoto permite

a visualização da localização, diâmetro, profundidade, direção do fluxo e materiais

constituintes das redes. Todavia, algumas informações são divergentes da realidade

verificada in loco e há áreas desprovidas de cadastros; isso ocorre principalmente nos

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 101

bairros mais antigos do município. Diante disso, deverão ser previstas melhorias no

sistema cadastral.

3.2.3 Padronização de Obras

Os padrões estabelecidos para implantação de novas obras são escassos, em

se tratando de materiais empregados, posicionamento de redes no sistema viário,

dentre outros. A falta de Normas Técnicas, próprias da Autarquia, a serem seguidas

pelos empreendedores, dificulta a execução dos serviços de manutenção, bem como

a organização dos estoques de materiais nas dependências do DAERP, devido à

ausência de tais padrões. Isso reflete, inclusive, nos projetos e seus complementos;

não há modelos padrões de apresentação desses documentos, fato que dificulta a

agilização da análise dos mesmos.

3.2.4 Sistemas de Coleta e Afastamento

Os problemas de extravasamentos de esgotos durante os períodos de chuva

demandam ações de detecção e correção de interconexões existentes nas redes

públicas de esgotos e galerias pluviais. Há também casos de instalações prediais de

esgoto que recebem águas pluviais.

As obstruções dos sistemas de coleta devido a descartes irregulares de

resíduos na rede pública, bem como o despejo de gorduras no sistema, por ausência

ou irregularidades das caixas de gorduras de imóveis, são outros gargalos a serem

resolvidos.

A deterioração e eventuais rupturas que têm ocorrido em coletores e

interceptores antigos alertam para ações no sentido de se providenciar a substituição

dos mesmos.

Os interceptores são implantados nas margens dos cursos d’água do

município. Algumas dessas áreas, ao longo do tempo, foram sendo ocupadas por

moradias irregulares, o que dificulta o acesso de equipes, veículos e equipamentos

para execução de serviços de desobstrução, limpeza e reparo dos interceptores. A

solução desses problemas deve ser providenciada pela Prefeitura Municipal.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 102

3.2.5 EEE’s

A operação e manutenção das EEE’s são entraves para o DAERP; a Autarquia

não dispõe de programas preventivos conforme a boa técnica para que seja garantido

o bom funcionamento das EEE’s, demandando ações corretivas na solução dos

problemas.

Algumas EEE’s se encontram obsoletas e precisam de reformas em suas

estruturas e instalações.

Outro problema que deve ser relatado é que as EEE’s carecem de sistemas de

guarda e vigilância. O DAERP mantém operadores em algumas instalações; as que

não dispõe de colaboradores no local são sujeitas a furtos que causam prejuízos à

Autarquia.

São necessários levantamentos e estudos para análise da viabilidade de

desativação de estações elevatórias, sendo, prioritariamente: EEE Palocci, Angelo

Jurca, Palmeiras I, Distrito Empresarial I e II, Distrito Empresarial III e Liliana Tenuto.

Identificando-se a inviabilidade da desativação, faz-se necessário investimentos em

reformas e adequações dessas instalações.

As adequações das EEE’s não passíveis de desativação compreendem:

instalação de grades, decantação de areia, dispositivos de segurança, dentre outros.

Esses elementos, inclusive, são tratados em fase de projetos de Licenciamentos

Ambientais.

Deverá ser feito um levantamento das EEE’s que estão regularizadas junto aos

Órgãos Ambientais. De acordo com a Resolução CONAMA nº 237/97, Anexo I, é

obrigatório o licenciamento ambiental de EEE’s, por serem unidades dos sistemas de

esgotamento sanitário com potencial de causar degradação ambiental.

3.2.6 ETE’s

A AMBIENT tem cumprido com suas obrigações estabelecidas pelo Contrato

de prestação dos serviços de tratamento de esgotos do município. Mensalmente são

apresentados ao DAERP os relatórios de monitoramento de ambas as ETE’s, nos

quais são descritos os parâmetros do afluente e do efluente tratado lançado no corpo

hídrico receptor.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 103

Diante dos resultados de qualidade do efluente tratado, observa-se que o

problema a ser evitado no futuro com relação ao tratamento dos esgotos do município

está relacionado à capacidade de tratamento. Considerando o crescimento

populacional verificado ao longo dos anos e a estrutura operacional das ETE’s, deve

ser prevista a possibilidade de ampliação de ambas as estações.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 104

3.3 OBJETIVOS E METAS

As propostas apresentadas nesta Seção foram direcionadas a partir do

Diagnóstico e Prognóstico constantes no presente documento.

Os objetivos e metas foram organizados no Quadro 1.

Quadro 3.1 – Objetivos e Metas.

Objetivos Metas

Universalização Implantar sistemas de coleta e afastamento de esgotos; e

Notificar loteamentos fechados, condomínios e empresas a se conectarem à rede pública de esgotos.

Colaborar com a prefeitura nos processos de

regularização fundiária

Implantar sistema de esgotamento sanitário nos locais de regularização.

Cadastro digitalizado Cadastrar redes e interceptores antigos.

Padronização de obras Elaborar Normas Técnicas próprias.

Identificação de irregularidades nos sistemas de coleta e afastamento de

esgotos

Identificar interconexões de redes de esgoto em sistemas pluviais; e

Identificar sistemas prediais de esgotos que recebem águas pluviais e irregularidades em caixas de gorduras.

Melhoria dos sistemas de coleta e afastamento de

esgotos

Substituir coletores e interceptores deteriorados ou com recorrência de extravasamento.

Melhoria dos sistemas de elevação de esgotos

Estudar a viabilidade da desativação de EEE’s e implantar coletores tronco / interceptores para desativação;

Reformar e adequar EEE’s não passíveis de desativação; e

Estabelecer programa de limpeza e manutenção periódica das EEE’s.

Melhoria dos sistemas de tratamento de esgotos

Aumentar a capacidade de tratamento das duas ETE’s.

Educação ambiental Apresentar programas de educação ambiental.

Aquisição de equipamentos específicos

Adquirir caminhões de sucção à auto-vácuo e caminhões combinados de hidrojateamento e sucção.

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 105

3.4 AÇÕES PREVISTAS E CUSTOS E INVESTIMENTOS ESTIMADOS

As ações previstas e custos e investimentos são descritos nas subseções

seguintes e foram estabelecidos para alcançar os Objetivos propostos por este Plano.

3.4.1 Universalização

3.4.1.1 Implantar Sistemas de Coleta e Afastamento de Esgotos

Serão realizados estudos e levantamentos de campo necessários para a

implantação dos sistemas de coleta e afastamento de esgotos nos locais desprovidos

dessa infraestrutura.

Deverão ser implantados cerca de 21 km de redes coletoras, 2.200 ramais e 4

km de coletores para interligação ao sistema existente.

O investimento será da ordem de R$ 9.600.000,00, em um prazo de até 2 anos.

3.4.1.2 Notificar Loteamentos Fechados, Condomínios e Empresas a se Conectarem

à Rede Pública de Esgotos

Considerando a abrangência da cobertura de atendimento em esgotamento

sanitário do município, serão notificados os loteamentos fechados, condomínios e

empresas que não possuem ligação de esgoto a se conectarem aos sistemas

existentes.

3.4.2 Colaborar com a Prefeitura nos Processos de Regularização Fundiária

3.4.2.1 Implantar Sistema de Esgotamento Sanitário nos Locais de Regularização

Serão implantadas infraestruturas de esgotamento sanitário em áreas de

ocupação irregular que estiverem passando por Processo de Regularização Fundiária

junto à Prefeitura Municipal.

O investimento previsto será da ordem de R$ 16.200.000,00, a um prazo de até

8 anos.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 106

3.4.3 Cadastro Digitalizado

3.4.3.1 Cadastrar Redes e Interceptores Antigos

Será elaborada uma “ficha de campo” para que, no decorrer dos serviços de

desobstrução e manutenção de redes e interceptores de esgotos, as próprias equipes

de campo preencham uma espécie de formulário de identificação das características

e localização dos sistemas.

O prazo para adequação do procedimento de trabalho será de até 1 ano.

3.4.4 Padronização de Obras

3.4.4.1 Elaborar Normas Técnicas Próprias

O DAERP, por meio de seus Técnicos e demais colaboradores, deverá redigir

um caderno de Normas Técnicas próprias. Essas Normas estabelecerão padrões a

serem seguidos durante as fases de planejamento, execução e entrega de obras de

novos empreendimentos.

O prazo será de 1 ano.

3.4.5 Identif. de Irreg. nos Sistemas de Coleta e Afastamento de Esgotos

3.4.5.1 Identificar Interconexões de Redes de Esgoto em Sistemas Pluviais

Serão estabelecidos programas de “caça esgoto” nos sistemas de drenagem e

manejo de águas pluviais, com equipes direcionadas a esses serviços e apoio de

tecnologias desenvolvidas para tal.

O prazo para conclusão das atividades será de até 3 anos.

3.4.5.2 Identificar Sistemas Prediais de Esgotos que Recebem Águas Pluviais e

Irregularidades em Caixas de Gorduras.

Deverá ser retomado o Programa Casa a Casa do DAERP, a fim de se

identificar ligações cruzadas de sistemas prediais de águas pluviais em sistemas de

esgotos sanitários e verificar a situação das caixas de gorduras dos imóveis. O

Programa será realizado em toda a cidade.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 107

O prazo para retomada do Programa será de 4 anos, pois demanda uma

estruturação e organização dentro da Autarquia.

3.4.6 Melhoria dos Sistemas de Coleta e Afastamento de Esgotos

3.4.6.1 Substituir Interceptores Deteriorados ou com Recorrência de Extravasamento

Deverão ser substituídos trechos dos interceptores que apresentam sinais de

deterioração e/ou com recorrência de extravasamento, com especial atenção aos

seguintes:

a) Interceptor do Córrego Palmeiras (região da Rodovia Anhanguera);

b) Interceptor do Afluente do Córrego Palmeiras (entre Córrego Palmeiras e

Rodovia Anhanguera);

c) Interceptor do Ribeirão Preto (margem esquerda – região da Vila Guiomar,

Jardim Delboux e Parque Ribeirão Preto);

d) Interceptor do Córrego Laureano (margem esquerda);

e) Interceptor do Córrego Retiro Saudoso (margem direita – trechos antigos);

f) Interceptor do Córrego dos Campos (margem esquerda – entre as ruas

Maria Godi Bim e José Valente Sobrinho);

g) Interceptor do afluente do Córrego dos Campos (região Planalto Verde); e

h) Interceptor do Córrego Vista Alegre (região do Jardim Dona Branca Salles,

Adão do Carmo Leonel e Jardim Piratininga).

O custo será da ordem de R$ 14.500.000,00, a um prazo de 4 a 12 anos.

3.4.7 Melhoria dos Sistemas de Elevação de Esgotos

3.4.7.1 Estudar a Viabilidade da Desativação de EEE’s e Implantar Coletores Tronco

/ Interceptores para Desativação

Deverão ser realizados levantamentos topográficos e levantamentos de

interferências, a fim de se verificar a viabilidade da desativação das seguintes

instalações:

a) EEE Liliana Tenuto;

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 108

b) EEE Distrito Empresarial I e II;

c) EEE Distrito Empresarial III;

d) EEE Palmeiras I;

e) EEE Palocci; e

f) Angelo Jurca.

O custo para realização dos estudos para verificação da viabilidade da

desativação será da ordem de R$ 80.000,00 a um prazo de 2 anos.

Considerando o melhor cenário, em que seja possível a desativação de todas

as elevatórias descritas, estima-se um custo da ordem de R$ 7.300.000,00.

Portanto, somados os valores a serem aplicados ao estudo e implantação das

obras, estima-se um montante da ordem de R$ 7.380.000,00, a um prazo de 6 anos.

3.4.7.2 Reformar e Adequar EEE’s não Passíveis de Desativação

As EEE’s não passíveis de desativação deverão ter suas estruturas físicas

reformadas, passando por processos de reforço estrutural, correção de patologias,

pinturas, dentre outras.

A adequação consiste na implantação de elementos estruturais para melhoria

do sistema operacional das EEE’s como: grade, caixa de areia, instalação de sistema

de bombeamento “reserva” para as estações que possuem apenas um sistema,

gerador de emergência, elementos de proteção e combate a incêndio e pânico, dentre

outras. Deverão ser previstos sistemas de vigilância patrimonial nessas estações.

Considerando o pior cenário, em que todas as EEE’s não sejam passíveis de

desativação, estima-se um custo da ordem de R$ 2.000.000,00, a um prazo de 4 anos.

Esse custo não está inserido no Quadro Resumo, pois estará sendo considerado o

melhor cenário em que todas as EEE’s relacionadas no item anterior serão

desativadas.

3.4.7.3 Estabelecer Programa de Limpeza e Manutenção Periódica das EEE’s

A limpeza das EEE’s será realizada na frequência adaptada à especificidade

de cada local. As manutenções preventivas consistirão na avaliação periódica dos

sistemas eletromecânicos.

O prazo para adequação do programa será de 1 ano.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 109

3.4.8 Melhoria dos Sistemas de Tratamento de Esgotos

3.4.8.1 Aumentar a Capacidade de Tratamento das Duas ETE’s

Será aumentado o número de componentes de tratamento de esgotos (grades,

desarenadores, decantadores, reatores, etc.) por meio da implantação de tais

elementos na área de ampliação das ETE’s.

O investimento será da ordem de R$ 200.000.000,00, a um prazo de 20 anos.

3.4.9 Educação Ambiental

3.4.9.1 Apresentar Programas de Educação Ambiental

Serão realizados programas de educação ambiental, apresentando-se

conteúdos educativos no sentido de se evitar descartes de resíduos diversos nos

sistemas prediais de esgotamento sanitário, bem como incentivar a população a

realizar limpezas periódicas nas caixas de gorduras de seus imóveis.

O programa será contínuo e deverá ser iniciados a um prazo de 1 ano.

3.4.10 Aquisição de Equipamentos Específicos

3.4.10.1 Aquisição de Caminhões de Sucção à Auto-Vácuo e Caminhões Combinados

de Hidrojateamento e Sucção

Para garantir a eficiência e agilidade no atendimento à população, bem como

limpezas preventivas dos sistemas de coleta e afastamento de esgotos, deverão ser

adquiridos, ao menos, um caminhão de sucção à auto-vácuo e dois caminhões

combinados com equipamento de hidrojateamento e sucção.

O custo será da ordem de R$ 3.700.000,00, a um prazo de 3 anos.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 110

3.5 RESUMO DOS CUSTOS E INVESTIMENTOS

O Quadro 2 apresenta o resumo dos custos e investimentos nos sistemas de

esgotamento sanitário, para um horizonte de 20 anos.

Os prazos são divididos em:

a) Curto prazo: até 4 anos;

b) Médio prazo: de 5 a 8 anos; e

c) Longo prazo: 9 a 20 anos.

Quadro 3.2 – Resumo dos custos e investimentos nos sistemas de esgotamento sanitário.

Objetivos Custo e

Investimento Total (R$)

Custo e Investimento por Etapas (R$)

Curto Prazo (2020-2023)

Médio Prazo (2024-2027)

Longo Prazo (2028 a 2039)

Universalização 9.600.000,00 9.600.000,00 - -

Colaborar com a prefeitura nos processos de regularização fundiária

16.200.000,00 8.100.000,00 8.100.000,00 -

Cadastro digitalizado - - - -

Padronização de obras - - - -

Identificação de irregularidades nos

sistemas de coleta e afastamento de esgotos

- - - -

Melhoria dos sistemas de coleta e afastamento de

esgotos 15.150.000,00 2.650.000,00 10.000.000,00 2.500.000,00

Melhoria dos sistemas de elevação de esgotos

7.380.000,00 3.000.000,00 4.380.000,00 -

Melhoria dos sistemas de tratamento de esgotos

200.000.000,00 - - 200.000.000,00

Educação ambiental - - - -

Aquisição de equipamentos específicos

3.700.000,00 1.200.000,00 2.500.000,00 -

TOTAL GERAL (R$) 252.030.000,00 24.550.000,00 24.980.000,00 202.500.000,00

Fonte: DAERP.

Portanto, para um horizonte de 20 anos, estimam-se custos e investimentos

para atender o presente Plano de Saneamento Básico (tema esgoto) da ordem de R$

252.030.000,00 (duzentos e cinquenta e dois milhões e trinta e mil reais). Ressalta-

se, entretanto, que os custos e investimentos estimados estarão sujeitos a alterações

quando da elaboração dos projetos básicos/executivos e processos Licitatórios.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 111

3.6 AÇÕES PARA EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

As ações para emergência e contingência propostas para o gerenciamento dos

sistemas de esgotamento sanitário do município são relacionadas no Quadro 3.

Quadro 3.3 – Ações para emergência e contingência para os sistemas de esgotamento sanitário.

Ocorrência Causa Ações Mínimas a Serem Executadas

Retorno de esgotos em imóveis

Obstrução de redes coletoras

Deslocamento imediato de equipes de desobstrução

Rompimento de interceptor e emissário

Erosão

Desmoronamento de talude

Rompimento de travessia

Informar o órgão ambiental competente

Programar o reparo no prazo o mais curto possível, considerando a especificidade da ocorrência

Extravasão de EEE’s

Interrupção no fornecimento de energia elétrica

Disponibilizar gerador de emergência

Comunicar à Concessionária de energia elétrica

Falha no sistema de bombeamento

Reparar ou substituir equipamentos, enquanto a EEE opera com os equipamentos reserva

Ações de vandalismo

Reparar instalações danificadas

Registrar Boletim de Ocorrência (BO) junto à polícia

Paralisações de componentes das

ETE’s

Interrupção no fornecimento de energia elétrica

Disponibilizar gerador de emergência

Comunicar à Concessionária de energia elétrica

Falha no sistema eletromecânico

Reparar ou substituir equipamentos, enquanto a ETE opera com os equipamentos reserva

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 112

4 INDICADORES TÉCNICOS E OPERACIONAIS

4.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ADEQUADO

De acordo como o marco regulatório são necessários indicar os parâmetros e

os indicadores de qualidade que serão monitorados e alcançados ao longo do tempo.

Conforme a Lei 11.445/2007 são identificados três grandes objetivos a serem

alcançados:

A universalização dos serviços,

A qualidade e eficiência da prestação e

A modicidade tarifária.

A Lei 11.445/2007 estabelece ainda o controle social como um dos seus

princípios fundamentais (Art. 2°, inciso X) e o define como o "conjunto de mecanismos

e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e

participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de

avaliação relacionados aos serviços públicos de Saneamento Básico” (Art. 3°, inciso

IV).

Ainda, com relação à Lei 11.445/07, o inciso V do art. 19 do Capítulo IV, define

que o plano de saneamento deverá conter "mecanismos e procedimentos para a

avaliação sistemática da eficiência e da eficácia das ações programadas”.

Para se manter fiel a estas disposições legais, cabe ao poder público definir

quais serão os indicadores, seus níveis e metas e sua forma de divulgação ao longo

do tempo. Vale destacar, que os indicadores devem cumprir o papel de demostrar e

incentivar os incrementos de eficiência/eficácia do sistema e os incrementos

econômicos, sociais e sanitários, definidos pela política pública de saneamento. Como

forma de transparência e fiscalização do sistema, o controle social deverá ser definido

de forma clara e precisa.

Para efeito dos requisitos apresentados, alguns itens devem ser considerados:

a) Regularidade: obediência às regras estabelecidas, e fixadas nas leis e

normas técnicas pertinentes;

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 113

b) Continuidade: os serviços devem ser contínuos, sem interrupções, exceto

nas situações previstas em lei;

c) Eficiência: a obtenção do efeito desejado no tempo planejado;

d) Segurança: a ausência de riscos de danos para os usuários, para a

população em geral, para os empregados e instalações do serviço e para a

propriedade pública ou privada;

e) Atualidade: modernidade das técnicas, dos equipamentos e das instalações

e a sua conservação, bem como a melhoria e a expansão dos serviços;

f) Generalidade: universalidade do direito ao atendimento;

g) Cortesia: grau de urbanidade com que os empregados do serviço atendem

aos usuários; e

h) Modicidade das tarifas: valor relativo da tarifa no contexto do orçamento do

usuário em geral.

Tendo em vista verificar se os serviços prestados atendem aos requisitos

listados, são estabelecidos indicadores que procuram identificar de maneira precisa

se atendem às condições fixadas.

Os indicadores que abrangem os serviços de abastecimento de água, tanto no

que se refere às suas características técnicas, quanto às administrativas, comerciais

e de relacionamento direto com os usuários, serão os seguintes.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 114

4.2 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

4.2.1 Índice de Qualidade da Água Distribuída (IQAD)

O sistema de abastecimento de água, em condições normais de

funcionamento, deverá assegurar o fornecimento da água demandada pelos usuários

do sistema, garantindo o padrão de potabilidade estabelecidos pela Portaria de

Consolidação Nº 5 de 28/09/2017 – Anexo XX: Do Controle e da Vigilância da

Qualidade da Água para Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade (Origem:

PRT MS/GM 2914/11) do Ministério da Saúde, ou outras que venham a substitui-la.

A qualidade da água da será medida pelo Índice de Qualidade da Água

Distribuída - IQAD.

Este índice procura identificar, de maneira objetiva, a qualidade da água

distribuída à população.

Em sua determinação são levados em conta os parâmetros mais importantes

de avaliação da qualidade da água, que dependem, não apenas da qualidade

intrínseca das águas dos mananciais, mas, fundamentalmente, de uma operação

correta, tanto do sistema produtor quanto do sistema de distribuição.

O índice é calculado a partir dos resultados objetivos realizados pelo

Laboratório do DAERP ou por laboratórios terceirados, sempre atendendo ao que

preconiza a referida portaria acima citada no que se refere aos parâmetros analisados,

suas periodicidades, dispersão e quantidades mínimas.

A frequência de apuração do IQAD será apresentada a cada três meses,

utilizando os resultados das análises efetuadas no trimestre anterior, considerando

que sempre e a qualquer momento o Plano de Segurança da Água (PSA) está sendo

aplicado.

Para apuração do IQAD, o sistema de controle da qualidade da água a ser

implantado deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de

análises laboratoriais que permita o levantamento dos dados necessários, além de

atender à legislação vigente.

O IQAD é calculado como a média ponderada das medias simples calculadas

dos parâmetros indicados no quadro abaixo, considerando os respectivos pesos.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 115

Quadro 4.1 – Relação de parâmetros e pesos.

Parâmetro Símbolo Condição Exigida Peso

Turbidez TB TB ≤ 1,0 UNT 0,25

Cloro residual livre CRL 0,2 mg/L ≤ CRL ≤ 2,0 mg/L 0,25

pH pH 6,0 ≤ pH ≤ 9,5 0,05

Fluoreto FLR 0,6 mg/L ≤ FLR ≤ 0,8 mg/L 0,05

Bacteriologia BAC BAC < 1,0 UFC/100 ml 0,40

Fonte: DAERP.

Os pesos de cada parâmetro foram assim definidos dada a importância de cada

um na determinação da qualidade da água para o consumo, sendo maior peso

atribuído à adequação bacteriológica, cloro e turbidez, diretamente relacionadas á

potabilidade.

As medias simples serão calculadas pela quantidade do número de amostras

em conformidade com a Portaria de Consolidação Nº 5 de 28/09/2017 – Anexo XX:

Do Controle e da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano e seu

Padrão de Potabilidade (Origem: PRT MS/GM 2914/11) do Ministério da Saúde e o

número de amostras analisadas para cada parâmetro elencado, na rede de

distribuição.

Uma vez determinada a média simples de atendimento para cada parâmetro,

na rede de distribuição, o IQAD será obtido através da Equação 1:

𝑰𝑸𝑨𝑫 = 𝟎, 𝟐𝟓 ×𝑴(𝑻𝑩) + 𝟎, 𝟐𝟓 ×𝑴(𝑪𝑹𝑳) + 𝟎, 𝟎𝟓 ×𝑴(𝒑𝑯) + 𝟎, 𝟎𝟓 ×𝑴(𝑭𝑳𝑹) +

𝟎, 𝟒𝟎 ×𝑴(𝑩𝑨𝑪) [Eq. 1]

Onde:

M(TB): média dos resultados de conformidade para o parâmetro turbidez;

M(CRL): média dos resultados de conformidade para o parâmetro cloro residual;

M(pH): média dos resultados de conformidade para o parâmetro pH;

M(FLR): média de conformidade para o parâmetro fluoretos; e

M(BAC): média de conformidade para o parâmetro da bacteriologia.

A apuração mensal do IQAD não isenta o operador de suas responsabilidades

em relação a outros órgãos fiscalizadores e atendimento à legislação vigente.

A qualidade da água distribuída será classificada de acordo a média dos

valores do IQAD dos últimos 12 (doze) meses, em consonância com o quadro a seguir:

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 116

Quadro 4.2 – Relação do valor do indicador e classificação.

Indicador - IQAD Classificação

IQAD < 80% Ruim

80% ≤ IQAD < 90% Regular

90% ≤ IQAD < 95% Bom

IQAD > 95% Ótimo

Fonte: DAERP.

4.2.2 Cobertura do Sistema de Abastecimento de Água (CSAA)

A cobertura do sistema de abastecimento de água é o indicador utilizado para

verificar se os requisitos da generalidade são ou não respeitados na prestação do

serviço de abastecimento de água.

A cobertura pela rede distribuidora de água será apurada pela Equação 2:

𝑪𝑺𝑨𝑨(%) =𝑵𝑰𝑳

𝑵𝑻𝑬× 𝟏𝟎𝟎 [Eq. 2]

Onde:

CSAA: Cobertura pela rede de distribuição de água, em percentagem;

NIL: Número de imóveis ligados à rede de distribuição de água; e

NTE: Número total de imóveis edificados na área de prestação.

Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação

do serviço (NTE), não serão considerados os imóveis não ligados à rede distribuidora,

abastecidos exclusivamente por fonte própria de produção de água.

Para efeito de classificação, o nível de cobertura do sistema de abastecimento

de água será avaliado conforme quadro a seguir:

Quadro 4.3 – Relação do valor do indicador e classificação.

Cobertura (CSSA) Classificação

CSAA < 80% Insatisfatório

80% ≤ CSAA < 95% Satisfatório

CSSA ≥ 95% Adequado

Fonte: DAERP.

Considera-se que o serviço é adequado se a porcentagem de cobertura for superior a

95%.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 117

4.2.3 Índice de Continuidade do Abastecimento de Água (ICA)

Para verificar o atendimento ao requisito da continuidade dos serviços

prestados, é definido o ICA.

O indicador, conforme as regras fixadas, estabelecerá um parâmetro objetivo

de análise para verificação do nível de prestação dos serviços, no que se refere à

continuidade do fornecimento de água aos usuários.

Os índices requeridos são estabelecidos de modo a garantir as expectativas

dos usuários quanto ao nível de disponibilidade de água em seu imóvel e, por

conseguinte, o percentual de falhas por ele aceito.

A descontinuidade de um sistema é acarretado por diversos motivos, entre os

principais, podemos citar; a interrupção do abastecimento por motivos de

manutenção, quer sejam elas corretivas ou preventivas, neste caso, a

descontinuidade invariavelmente será enquanto perdurar o evento, por deficiências

do sistema de produção e/ou por baixo armazenamento nos reservatórios setoriais

e/ou por transporte hidráulico insuficiente nas redes de distribuição, nestes casos a

descontinuidade acaba sendo severa e prolongada indicando que o sistema de

abastecimento que necessita de investimentos para adequações urgentes.

Uma maneira de medir a continuidade do abastecimento, está relacionada com

o número de reclamações de falta de água e/ou de baixa pressão na rede de

distribuição registradas no sistema de relações com o usuário, via telefone e relação

ao tempo de abastecimento efetivamente proporcionado. Em geral, as reclamações

são registradas, por motivos, e o sistema indica o dia e a hora, assim como o

fechamento do registro com a solução do problema com o dia e a hora. Assim, é

possível, no sistema, quantificar o quantitativo de horas registrado no sistema bem

como o número de reclamações no período. Desta forma, de maneira objetiva, se tem

para um período determinado, dia, mês ou ano, o número de reclamações registrada

e o tempo médio geral.

NRR: Número de Reclamações Registradas no sistema telefônico de acatamento,

cada reclamação será considerada como sendo uma ligação afetada.

SH: Somatório das Horas fechadas e não fechadas de cada acatamento, pelo motivo

de falta de água e/ou baixa pressão, no período considerado em (hora / mês).

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 118

TMD: Tempo Médio do Desabastecimento, é a relação entre o SH pelo NRR, em

(horas / mês).

NLA: Número de ligação ativas no sistema comercial (do setor, quando o sistema

estiver perfeitamente setorizado e estanque), e de todos os setores que compõe o

sistema de distribuição de água, no período considerado (mês).

PC: Período considerado serão os meses em (horas / mês)

O índice consiste, basicamente, na quantificação dos tempos em que o

abastecimento proporcionado pelo operador pode ser considerado normal,

comparado ao tempo total de apuração do índice, que pode será mensal com

fechamento anual.

Para apuração do valor do ICA deverão ser quantificadas as reclamações

(confirmadas) dos usuários e registradas as pressões em pontos da rede distribuidora

onde haja a indicação técnica de possível deficiência de abastecimento, para controle

do operador.

O ICA será calculado através da Equação 3:

𝑰𝑪𝑨(%) = [𝟏 −𝑵𝑹𝑹×𝑻𝑴𝑫

𝑵𝑳𝑨×𝑷𝑪] × 𝟏𝟎𝟎 [Eq. 3]

Observações:

Deverão ser expurgadas do cálculo do indicador as reclamações que não forem

confirmadas pelo motivo de falte de água e/ou baixa pressão;

O valor de pressão mínima de 8 metros de coluna d’água, deverá ser utilizada

para avaliação das redes de distribuição, construídas com anterioridade ao ano

1994, pois, a norma técnica especifica da ABNT admitia um certo percentual

da rede com esta pressão nos projetos da época, e somente após o ano de

1994 é que pressão mínima passou a ser considerada em 10 mca na totalidade

dos setores de abastecimento. Desta forma, se justifica a adoção do número

mínimo de 8 mca, para até 5% da área do setor, conforme indicava a referida

norma técnica, para o parâmetro pressão dinâmica; e

Só deverão ser validadas as reclamações que se verificar serem verdadeiras.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 119

Os valores do ICA para o sistema de abastecimento como um todo, calculado

para os últimos 12 (doze) meses, caracterizam o nível de continuidade do

abastecimento, classificado conforme o quadro a seguir:

Quadro 4.4 – Relação do valor do indicador e classificação.

Indicador: ICA Classificação

ICA ≥ 99,90% Excelente

99,50% ≤ ICA < 99,90% Bom

99,00% ≤ ICA < 99,50% Regular

ICA ≤ 99,00% Ruim

Fonte: DAERP.

4.2.4 Índice de Perdas no Sistema de Distribuição – Rede (IPD)

O índice de perdas no sistema de distribuição deve ser determinado e

controlado para verificação da eficiência do sistema de controle operacional

implantado, e garantir que o desperdício dos recursos naturais seja o menor possível.

Tal condição, além de colaborar para a preservação dos recursos naturais, tem

reflexos diretos sobre os custos de operação e investimentos do sistema de

abastecimento, e consequentemente sobre as tarifas, ajudando a garantir o

cumprimento do requisito da modicidade das tarifas.

O índice de perdas de água no sistema de distribuição será calculado pela

Equação 4:

𝑰𝑷𝑫(%) =𝑽𝑨𝑷−(𝑽𝑨𝑭+𝑽𝑨𝑺)

𝑽𝑳𝑷−𝑽𝑨𝑺× 𝟏𝟎𝟎 [Eq. 4]

Onde:

IPD (%): Índice de perdas de água no sistema de distribuição;

VAP (m³): Volume de água produzido ou disponibilizado para o abastecimento,

considerando a somatória dos volumes produzidos ou disponibilizado pelos diversos

sistemas produtores diretamente na rede de distribuição ou por reservatórios setoriais

de distribuição, em operação no sistema de abastecimento de água;

VAF (m³): Volume de água micromedido, resultante da leitura dos hidrômetros e do

volume estimado das ligações sem hidrometração. Obs.: O volume estimado

consumido de uma ligação sem hidrômetro será a média do consumo das ligações

com hidrômetro, de mesma categoria de uso; e

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 120

VAS (m³): Volume de água medido e/ou estimado para fins de usos operacionais,

emergenciais e nos usos próprios das unidades administrativas e operacionais.

Para efeito deste indicador o nível de perdas verificado no sistema de

abastecimento será classificado conforme indicado no quadro a seguir:

Quadro 4.5 – Relação do valor do indicador e classificação.

Índice: IPD Classificação

IPD ≥ 40% Inadequado

30% < IPD < 40% Regular

25% < IPD ≤ 30% Satisfatório

IPD ≤ 25% Adequado

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 121

4.3 SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

4.3.1 Cobertura do Sistema de Esgotamento Sanitário

A cobertura da área de prestação por rede coletora de esgotos é um indicador

que busca o atendimento dos requisitos de Generalidade, atribuídos pela lei aos

serviços considerados adequados.

A cobertura pela rede coletora de esgotos será calculada pela Equação 5:

𝑪𝑺𝑬𝑺(%) =𝑵𝑰𝑳

𝑵𝑻𝑬× 𝟏𝟎𝟎 [Eq. 5]

Onde:

CSES: Cobertura Sistema de Esgotos Sanitários, em porcentagem.

NIL: Número de Imóveis Ligados à rede coletora de esgotos; e

NTE: Número Total de imóveis Edificados na área de prestação.

Na determinação do número total de imóveis ligados à rede coletora de esgotos

(NIL) não serão considerados os imóveis ligados a redes que não estejam conectadas

a coletores tronco, interceptores ou outras tubulações que conduzam os esgotos a

uma instalação adequada de tratamento.

Na determinação do número total de imóveis edificados (NTE) não serão

considerados os imóveis não ligados à rede coletora localizados em loteamentos cujos

empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações perante a legislação

vigente, perante a Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos, e perante o

operador. Também, não são considerados os imóveis localizados em sistemas

isolados, com tratamento e operação próprios, não operados pela concessionária.

O nível de cobertura do sistema de esgotos sanitários será classificado

conforme tabela a seguir:

Quadro 4.6 – Relação do valor do indicador e classificação.

Porcentagem de Cobertura Classificação

CSES < 60% Baixo

60% ≤ CSES < 80% Regular

80% ≤ CSES < 90% Bom

CSES ≥ 90% Excelente

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 122

É considerado excelente o sistema de esgotos sanitários que apresentar

cobertura igual ou superior a 90%.

4.3.2 Eficiência do Sistema de Esgotamento Sanitário

A eficiência do sistema de coleta de esgotos sanitários será medida pelo

número de desobstruções de redes coletoras e ramais prediais que efetivamente

forem realizadas por solicitação dos usuários.

O operador deverá manter registros adequados tanto das solicitações como

dos serviços realizados.

As causas da elevação do número de obstruções podem ter origem na

operação inadequada da rede coletora, ou na utilização inadequada das instalações

sanitárias pelos usuários. Entretanto, qualquer que seja a causa das obstruções, a

responsabilidade pela redução dos índices será do operador, seja pela melhoria dos

serviços de operação e manutenção da rede coletora, ou por meio de mecanismos de

correção e campanhas educativas por ele promovidos de modo a conscientizar os

usuários do correto uso das instalações sanitárias de seus imóveis.

O Índice de Obstrução de Ramais Domiciliares (IORD) deverá ser apurado

mensalmente e consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de ramais

realizadas no período por solicitação dos usuários mais de 12 horas após a

comunicação do problema e o número de imóveis ligados à rede, no primeiro dia do

mês, multiplicada por 10.000 (dez mil).

O Índice de Obstrução de Redes Coletoras (IORC) será apurado mensalmente

e consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de redes coletoras

realizadas por solicitação dos usuários mais de 12 horas após a comunicação do

problema, e a extensão da mesma em quilômetros, no primeiro dia do mês,

multiplicada por 1.000 (mil).

Enquanto existirem imóveis lançando águas pluviais na rede coletora de

esgotos sanitários, e enquanto o operador não tiver efetivo poder de controle sobre

tais casos, não serão considerados, para efeito de cálculo dos índices IORD e IORC,

os casos de obstrução e extravasamento ocorridos durante e após 6 (seis) horas da

ocorrência de chuvas.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 123

Para efeito deste regulamento o serviço de coleta dos esgotos sanitários é

considerado eficiente e, portanto, adequado, se:

A média anual dos IORD, calculados mensalmente, for inferior a 20 (vinte),

podendo este valor ser ultrapassado desde que não ocorra em 2 (dois) meses

consecutivos nem em mais de 4 (quatro) meses em um ano; e

A média anual dos IORC, calculados mensalmente, deverá ser inferior a 200

(duzentos), podendo ser ultrapassado desde que não ocorra em 2 (dois) meses

consecutivos nem em mais de 4 (quatro) meses por ano.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 124

4.4 ATENDIMENTO AO PÚBLICO

4.4.1 Índice de Eficiência da Prestação de Serviços e no Atendimento ao Usuário

A eficiência no atendimento ao público e na prestação dos serviços pelo

operador deverá ser avaliada através do Índice de Eficiência na Prestação dos

Serviços e no Atendimento ao Público (IESAP).

O IESAP deverá ser calculado com base na avaliação de diversos fatores

indicativos da performance do operador, quanto à adequação de seu atendimento às

solicitações e necessidades de seus usuários.

Para cada um dos fatores de avaliação da adequação dos serviços será

atribuído um valor, de forma a compor-se o indicador para a verificação.

Para a obtenção das informações necessárias à determinação dos indicadores,

será fixado os requisitos mínimos do sistema de informações a ser implementado pelo

operador. O sistema de registro deverá ser organizado adequadamente de forma a

conter todos os elementos necessários para sempre seja que possibilitado a sua

conferência.

Os fatores que deverão ser considerados na apuração do IESAP,

mensalmente, são:

a) Fator 1 - Prazos de atendimento dos serviços de maior frequência

Será medido o período de tempo decorrido entre a solicitação do serviço pelo

usuário e a data efetiva de conclusão. O Quadro Padrão dos prazos de atendimento

dos serviços é a apresentada em sequência. O índice de eficiência dos prazos de

atendimento será determinado como segue:

I1 = Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100 sobre

Quantidade total de serviços realizados [Eq. 6]

Quadro 4.7 – Relação de serviços e prazos de atendimento.

Serviço Prazo para atendimento

Ligação de água (acatamento e vistoria) 3 dias úteis

Ligação de água (execução) 10 dias úteis

Reparo de vazamento visível de água (rede e ramal) (*) ver abaixo, prazo médio

Falta de água geral 24 horas

Ocorrências quanto à ausência ou má qualidade da repavimentação 5 dias uteis

Restabelecimento do fornecimento de água 24 horas

Ocorrências de caráter comercial 24 horas

(*) Prazos médios para reparos de vazamentos visíveis: Meta 2020 (72 horas), Meta 2021 (48 horas) e Meta 2022 em diante (24 horas)

Fonte: DAERP.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 125

Quadro 4.8 – Correlação entre o Índice e valor F1.

Índice de eficiência nos prazos – I1 Valor F1

I1 < 75% 0

75% ≤I1 < 90% 0,5

I1≥ 90% 1,0

Fonte: DAERP.

b) Fator 2 Disponibilidade de estruturas de atendimento ao público

As estruturas de atendimento ao público disponibilizadas serão avaliadas pela

oferta ou não das seguintes possibilidades:

Atendimento em escritório do operador.

Sistema 115 para todos os tipos de contatos telefônicos que o usuário

pretenda, durante 24 horas, todos os dias do ano.

Softwares de controle e gerenciamento do atendimento que deverão ser

processados em (rede de) computadores do operador.

Site na internet com informação pertinente acerca dos serviços.

Este quesito será avaliado pela disponibilidade ou não das possibilidades

elencadas, e terá os valores da tabela apresentada em sequência:

Quadro 4.9 – Correlação entre o Índice e valor F2.

Estruturas de Atendimento ao Público (EAP) Valor F2

EAP ≤ 2 0

EAP = 3 0,5

EAP = 4 1,0

Fonte: DAERP.

c) Fator 3 – Disponibilidade de estruturas de atendimento ao público

A adequação da estrutura de atendimento ao público em cada um dos prédios

do operador será avaliada pela oferta ou não das seguintes facilidades:

Distância inferior a 500 m de pontos de confluência dos transportes coletivos;

Distância inferior a 500 m de pelo menos um agente de recebimento de contas;

Facilidade de estacionamento de veículos ou existência de estacionamento

próprio;

Facilidade de identificação;

Conservação e limpeza;

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Coincidência do horário de atendimento com o da rede bancária local;

Número máximo de atendimentos diários por atendente menor ou igual a 72;

Período de tempo médio entre a chegada do usuário ao escritório e o início do

atendimento

Menor ou igual a 10 minutos; e

Período de tempo médio de atendimento telefônico no sistema 115 menor ou

igual a 3 minutos.

Este quesito será avaliado pelo atendimento ou não dos itens elencados e terá

os seguintes valores:

Quadro 4.10 – Correlação entre o Índice e valor F3.

Estruturas de atendimento ao público (EAP) Valor F3

EAP < 5 0

5 ≤ EAP < 7 0,5

EAP ≥ 7 1,0

Fonte: DAERP.

d) Fator 4 – Disponibilidade de estruturas de atendimento ao público

Toda a estrutura física de atendimento deverá ser projetada de forma a

proporcionar conforto ao usuário. Por outro lado, deverá haver uma preocupação

permanente para que os prédios, instalações e mobiliário sejam de bom gosto, porém

bastante simples, de forma a não permitir que um luxo desnecessário crie uma barreira

entre o operador e o usuário.

Este fator procurará medir a adequação das instalações do operador ao usuário

característico da cidade, de forma a propiciar-lhe as melhores condições de

atendimento e conforto de acordo com o seu conceito.

A definição do que significa "melhores condições de atendimento e conforto de

acordo com o seu conceito” leva em consideração os seguintes itens:

Separação dos ambientes de espera e atendimento

Disponibilidade de banheiros;

Disponibilidade de bebedouros de água;

Iluminação e acústica do local de atendimento;

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 127

Existência de normas padronizadas de atendimento ao público;

Preparo dos profissionais de atendimento; e

Disponibilização de ar condicionado, ventiladores e outros.

A avaliação da adequação será efetuada pelo atendimento ou não dos itens

acima, conforme tabela em sequência.

Quadro 4.11 – Correlação entre o Índice e valor F4.

Instalações e Logística de atendimento ao Público (ILAP) Valor F4

ILAP ≤ 4 0

4 < ILAP ≤ 6 0,5

ILAP = 7 1,0

Fonte: DAERP.

Com base nas condições definidas, o Índice de Eficiência na Prestação dos

Serviços e no Atendimento ao Público (IESAP) será calculado de acordo com a

Equação 7:

𝑰𝑬𝑺𝑨𝑷 = 𝟑 × 𝑽𝑭𝟏 + 𝟑 × 𝑽𝑭𝟐 + 𝟐 × 𝑽𝑭𝟑 + 𝟐 × 𝑽𝑭𝟒 [Eq. 7]

Onde:

Vfi é o valor do Fator i.

O sistema de prestação de serviços e atendimento ao público do prestador será avaliado anualmente pela média dos valores apurados mensalmente, considerando-se:

Quadro 4.12 – Relação do valor do indicador e classificação.

Indicador IESAP Classificação

IESAP < 5,0 Inadequado

5,0 ≤ IESAP < 7,0 Regular

7,0 ≤ IESAP < 9,0 Satisfatório

IESAP ≥ 9,0 Ótimo

Fonte: DAERP.

4.4.2 Índice de Adequação do Sistema de Comercialização dos Serviços (IACS)

A comercialização dos serviços é a interface de grande importância no

relacionamento do operador com os usuários dos serviços. Alguns aspectos do

sistema comercial têm grande importância para o usuário, seja para garantir a justiça

no relacionamento comercial ou para assegurar-lhe o direito de defesa, nos casos em

que considere as ações do operador incorretas. Assim, é importante que o sistema

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 128

comercial implementado possua as características adequadas para garantir essa

condição.

A metodologia de definição desse indicador segue o mesmo princípio utilizado

para o anterior, pois, também neste caso, a importância relativa dos fatores

apresentados depende da condição, cultura e aspirações dos usuários. Os pesos de

cada um dos fatores relacionados são apresentados a seguir, sendo que no caso do

índice de micromedição foi atribuída forte ponderação em face da importância do

mesmo como fator de justiça do sistema comercial utilizado.

São as seguintes as condições de verificação da adequação do sistema

comercial:

a) Condição 1 - Índice de micromedição: calculado mês a mês, de acordo com a

expressão:

I1 = N° total de ligações com hidrômetro em funcionamento no mês x 100 sobre

o N° total de ligações existentes no mesmo mês [Eq. 8]

De acordo com a média aritmética dos valores mensais calculados, a ser

aferida anualmente, esta condição terá os seguintes valores:

Quadro 4.13 – Relação do índice e valor.

I1 - Índice de micromedição (%) Valor

I1 < 95% 0

95% ≤ I1 < 98% 0,5

I1 ≥ 98% 1,0

Fonte: DAERP.

b) Condição 2 – O sistema de comercialização adotado pelo operador deverá

favorecer a fácil interação com o usuário, evitando o máximo possível o seu

deslocamento até o escritório para informações ou reclamações. Os contatos deverão

preferencialmente realizar-se no imóvel do usuário ou através de atendimento

telefônico. A verificação do cumprimento desta diretriz será feita através do indicador

que relaciona o número de reclamações realizadas diretamente nas agências

comerciais, com o número total de ligações:

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 129

I2 = Número de atendimentos feitos diretamente no balcão no mês x 100 sobre

o Número total de atendimentos realizados no mês (balcão e telefone) [Eq. 9]

O valor a ser atribuído à Condição 2 obedecerá à tabela a seguir:

Quadro 4.14 – Relação do índice e valor.

I2 - Índice disponibilização de contato (%) Valor

I2 < 20% 0

20% ≤ I2 < 30% 0,5

I2 ≥ 30% 1,0

Fonte: DAERP.

c) Condição 3 – Para as contas não pagas sem registro de débito anterior, o operador

deverá manter um sistema de comunicação por escrito com os usuários, informando-

os da existência do débito, com definição de data-limite para regularização da situação

antes da efetivação do corte, de acordo com a legislação vigente.

O nível atendimento a essa condição pelo operador será efetuado através do

indicador:

I3 = Número de comunicações de corte emitidas pelo operador no mês x 100

sobre Número de contas sujeitas a corte de fornecimento no mês [Eq. 10]

O valor a ser atribuído à Condição 3 será:

Quadro 4.15 – Relação do índice e valor.

I3 - Índice de aviso de corte (%) Valor

I3 ≥ 98% 1,0

95% ≤ I3 < 98% 0,5

I3 < 95% 0

Fonte: DAERP.

d) Condição 4 – O operador deverá garantir o restabelecimento do fornecimento de

água ao usuário em até 24 horas da comunicação, pelo mesmo, da efetuação do

pagamento de seus débitos. Feita a comunicação, o usuário não necessitará

comprovar o pagamento do débito naquele momento, devendo, no entanto, o contrato

de prestação, autorizar o operador a cobrar multa quando o pagamento não for

confirmado.

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 130

O indicador que avaliará tal condição é:

I4 = N° de restabelecimentos do fornecimento realizados em até 24 horas x 100

sobre N° total de restabelecimentos [Eq. 11]

O valor a ser atribuído à Condição 4 será:

Quadro 4.16 – Relação do índice e valor.

I4 - Índice de restabelecimento após corte (%) Valor

I4 ≥ 95% 1,0

80% ≤ I4 < 95% 0,5

I4 < 80% 0

Fonte: DAERP.

Com base nas condições definidas, o Índice de Adequação da Comercialização

dos Serviços (IACS) será calculado de acordo com a seguinte fórmula:

𝑰𝑨𝑪𝑺 = (𝟓 × 𝑰𝟏) + (𝟐 × 𝑰𝟐) + (𝟏 × 𝑰𝟑) + (𝟐 × 𝑰𝟒) [Eq. 12]

Onde:

Ii é o valor da Condição i

O sistema comercial do prestador, a ser avaliado anualmente pela média dos

valores apurados mensalmente, será considerado:

Quadro 4.17 – Relação do indicador e classificação.

Indicador IACS Classificação

IACS < 5,0 Inadequado

5,0 ≤ IACS < 6,0 Regular

6,0 ≤ IACS < 7,0 Satisfatório

IACS ≥ 7,0 Ótimo

Fonte: DAERP.

4.4.3 Indicador do Nível de Cortesia e de Qualidade Percebida pelos Usuários na

Prestação dos Serviços

Os profissionais envolvidos com o atendimento ao público, em qualquer área e

esfera da organização do operador, deverão contar com treinamento especial de

relações humanas e técnicas de comunicação, além de normas e procedimentos que

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 131

deverão ser adotados nos vários tipos de atendimento (no posto de atendimento,

telefônico ou domiciliar), visando à obtenção de um padrão de comportamento e

tratamento para todos os usuários, indistintamente, de forma a não ocorrer qualquer

tipo de diferenciação.

As normas de atendimento deverão fixar, entre outros pontos, a forma como o

usuário deverá ser tratado, uniformes para o pessoal de campo e do atendimento,

padrão dos crachás de identificação e conteúdo obrigatório do treinamento a ser dado

ao pessoal próprio e de empresas contratadas que venham a ter contato com o

público.

O operador deverá implementar mecanismos de controle e verificação

permanente das condições de atendimento aos usuários, procurando identificar e

corrigir possíveis desvios.

A aferição dos resultados obtidos pelo operador será feita anualmente, por meio

de uma pesquisa de opinião realizada por empresa independente, capacitada para a

execução do serviço.

A pesquisa a ser realizada deverá abranger um universo representativo de

usuários que tenham tido contato devidamente registrado com o operador, no período

de três meses que antecederem a realização da pesquisa. Os usuários deverão ser

selecionados aleatoriamente, devendo, no entanto, ser incluído no universo da

pesquisa, os três tipos de contato possíveis:

1. Atendimento via telefone;

2. Atendimento personalizado; e

3. Atendimento na ligação para execução de serviços diversos.

Para cada tipo de contato o usuário deverá responder a questões que avaliem

objetivamente o seu grau de satisfação em relação aos serviços prestados e ao

atendimento realizado. Assim, entre outras, o usuário deverá ser questionado se o

funcionário que o atendeu foi educado e cortês, e se resolveu satisfatoriamente suas

solicitações. Se o serviço foi realizado a contento e no prazo compromissado, por

exemplo, se após a realização do serviço, o pavimento foi adequadamente reparado

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Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 132

e o local limpo. Outras questões de relevância poderão ser objeto de formulação,

procurando inclusive, atender condições peculiares.

As respostas a essas questões devem ser computadas considerando-se 5

níveis de satisfação do usuário:

1. Ótimo;

2. Bom;

3. Regular;

4. Ruim;

5. Péssimo.

A compilação dos resultados às perguntas formuladas, sempre considerado o

mesmo valor relativo para cada pergunta, independentemente da natureza da questão

ou do usuário pesquisado, deverá resultar na atribuição de porcentagens de

classificação do universo de amostragem em cada um dos conceitos acima referidos.

Os resultados obtidos pelo prestador serão considerados adequados se a soma

dos conceitos ótimo, bom e regular corresponderem a 80% (oitenta por cento) ou mais

do total.