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Rua Amador Bueno, nº 22 – Cx. Postal 250 – CEP 14.010.070 – (16) 3607-2200 – Ribeirão Preto – SP www.daerp.ribeiraopreto.sp.gov.br
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO
DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS DE RIBEIRÃO PRETO
REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
E PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS DE RIBEIRÃO PRETO
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
Ribeirão Preto, Janeiro de 2020.
Rua Amador Bueno, nº 22 – Cx. Postal 250 – CEP 14.010.070 – (16) 3607-2200 – Ribeirão Preto – SP www.daerp.ribeiraopreto.sp.gov.br
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1
2 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................ 21
2.1 DIAGNÓSTICO ..................................................................................... 21
2.2 PROGNÓSTICO ................................................................................... 62
2.3 OBJETIVOS E METAS ......................................................................... 67
2.4 AÇÕES PREVISTAS E CUSTOS E INVESTIMENTOS ESTIMADOS .. 68
2.5 RESUMO DOS CUSTOS E INVESTIMENTOS .................................... 77
2.6 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS ......................... 78
3 SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................................ 79
3.1 DIAGNÓSTICO ..................................................................................... 79
3.2 PROGNÓSTICO ................................................................................. 100
3.3 OBJETIVOS E METAS ....................................................................... 104
3.4 AÇÕES PREVISTAS E CUSTOS E INVESTIMENTOS ESTIMADOS 105
3.5 RESUMO DOS CUSTOS E INVESTIMENTOS .................................. 110
3.6 AÇÕES PARA EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ............................ 111
4 INDICADORES TÉCNICOS E OPERACIONAIS ....................................... 112
4.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ADEQUADO .......................................... 112
4.2 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................... 114
4.3 SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................... 121
4.4 ATENDIMENTO AO PÚBLICO ........................................................... 124
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 1
1 INTRODUÇÃO
O município de Ribeirão Preto está situado no interior do estado de São Paulo,
Região Sudeste do país. Pertence à Mesorregião e Microrregião de Ribeirão Preto,
localizando-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 315 km.
Ocupa uma área de 650,916 km², sendo que 127,309 km² estão em perímetro urbano.
Sendo a cidade-sede da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), sua
população foi estimada pelo IBGE em 701.183 habitantes em 2019. Entre os 30
maiores municípios brasileiros, a população ribeirão-pretana foi a sexta com maior
taxa de aumento populacional (1,3%). Portanto, cresceu o dobro da capital paulista,
maior cidade do país e bem mais que a média (0,86%) do Brasil. Suas coordenadas
geográficas são: Latitude - 21° 10’ 40” S; Longitude - 47° 48’ 36” W.
A sustentabilidade e a segurança hídricas são condicionantes ao
desenvolvimento econômico e social do país. Enfrentar os sérios problemas de
acesso à água, que atingem mais severamente a população de baixa renda dos
pequenos municípios e das periferias dos grandes centros urbanos, é fundamental
para que se continue avançando no caminho do crescimento ambientalmente
responsável. A sucessão de eventos críticos dos últimos anos, no Brasil e no mundo,
realça a gravidade desses problemas.
De fato, a questão a enfrentar não é intransponível, mas tampouco uma tarefa
simples. Experiências bem-sucedidas no país vêm indicando caminhos. Para vencer
esses desafios, é preciso empenho dos governos no planejamento das ações, na
regulação da prestação dos serviços públicos e nas políticas de financiamento
necessárias.
Mas, antes de tudo, é preciso conhecer o problema em todas as suas
dimensões. Precisamos obter informações detalhadas sobre a situação dos
municípios brasileiros, quanto às demandas urbanas, à disponibilidade hídrica dos
mananciais, e à capacidade dos sistemas de produção de água.
A garantia da oferta de água para todos os centros urbanos brasileiros deve ser
prioritária, pois se trata do atendimento à necessidade básica da população, e
considerada estratégica, tendo em vista as perspectivas de desenvolvimento do País.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 2
Nas regiões com maior dinamismo econômico e produtivo, como no caso das
regiões metropolitanas, o desafio do abastecimento está relacionado com a frequente
utilização de fontes hídricas comuns, que resulta em conflitos pelo uso da água, de
ordem quantitativa e qualitativa.
Foi institucionalizada em 6 de julho de 2016 a Região Metropolitana de Ribeirão
Preto (RMRP) por meio da LEI COMPLEMENTAR Nº 1.290, a qual reúne 34
municípios, divididos em quatro sub-regiões:
Sub-Região 1: Barrinha, Brodowski, Cravinhos, Dumont, Guatapará,
Jardinópolis, Luís Antônio, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Rita do
Passa Quatro, São Simão, Serrana, Serra Azul e Sertãozinho;
Sub-Região 2: Guariba, Jaboticabal, Monte Alto, Pitangueiras, Taiúva e
Taquaral;
Sub-Região 3: Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Mococa, Santa Cruz da
Esperança, Santa Rosa do Viterbo e Tambaú;
Sub-Região 4: Altinópolis, Batatais, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Sales
Oliveira e Santo Antônio da Alegria.
A região reúne aproximadamente 1,7 milhão de habitantes, segundo estimativa
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, e produziu 2,84%
do Produto Interno Bruto (PIB) paulista em 2015.
Figura 1.1 – Região metropolitana de Ribeirão Preto
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 3
O Município de Ribeirão Preto registrou aumento significativo de vazão
outorgada de água subterrânea no período 2013-2017, 41,55%, apresentando em
2017, vazão outorgada de 5,11 m³/s, que representou 81,37% do total da vazão
outorgada subterrânea da UGRHI 04 e 8,31% da vazão total outorgada no Estado. O
aumento robusto no total de vazões outorgadas subterrâneas (33%) no período 2016-
2017, é justificado pelo fato de que, em valores absolutos, no município de Ribeirão
Preto, cresceram 1,25 m³/s (81%) proporcionado quase que integralmente pela
regularização junto ao DAEE, pelo DAERP, de dezenas de poços profundos.
Ribeirão Preto é abastecida na sua totalidade, por água subterrânea extraída
do Sistema Aquífero Guarani. Desde que começou a explorá-lo, em 1930, o município
utilizou 3,2 bilhões de m³ de água do reservatório. A Agência Nacional de Águas
(ANA), através de estudo denominado “Atlas do Abastecimento Urbano de Água”,
apontou que a cidade deve adotar um novo manancial para o abastecimento, pois o
existente não atende à demanda, sendo detectado “o rebaixamento do lençol freático”.
Com isso, o DAERP – Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto, está
fazendo estudos para captação de água do rio Pardo, que possui disponibilidade
hídrica suficiente para complementar o abastecimento público.
A água doce representa apenas 3% do total de água na natureza. O restante
(97%) encontra-se nos oceanos e mares salgados. A maior parte desta água doce,
2,3% do total de 3%, está congelada nas calotas polares e geleiras, ou em lençóis
subterrâneos muito profundos, sendo que os 0,7% restantes estão disponíveis para
consumo. A água é um bem essencial à vida e ao desenvolvimento econômico-social
das nações.
No Brasil, estima-se que aproximadamente 51% da água potável provem dos
aquíferos e no Estado de São Paulo seu uso para abastecimento público cresce
gradativamente nos últimos anos, sendo 71,6% de seus municípios abastecidos total
ou parcialmente por esse recurso, principalmente, proveniente do Aquífero Guarani.
Dentre estes locais, a maior cidade abastecida pelo Aquífero Guarani é
Ribeirão Preto, que se destaca devido ao seu desenvolvimento, possuindo uma
economia baseada predominantemente nas atividades agro-industrial e de prestação
de serviços, fatores que podem estar afetando a disponibilidade da água do Aquífero
Guarani no município, baseado em estudos que apontam para seu rebaixamento.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 4
Assim, o objetivo é propor outro meio de abastecimento para a cidade, em conjugação
com o manancial subterrâneo existente, de forma a reduzir a sua explotação e a
restringir ou eliminar seu rebaixamento, contribuindo para sua preservação.
Com o desenvolvimento do Município, aumenta-se a demanda de água para
abastecimento público. Os aquíferos são fontes subterrâneas de água que necessitam
de longos períodos para recarga. As águas superficiais, por outro lado, estão sempre
se renovando dentro do ciclo hidrológico, são recarregadas diretamente pelas chuvas;
e nos períodos de estiagem, pelas águas dos lençóis freáticos livres.
Desta forma, a implantação do Sistema de Produção de Água do Rio Pardo
poderá complementar a captação subterrânea existente. A nova captação, integrada
aos centros de reservação, poderá prover maior confiabilidade operacional a toda
população de Ribeirão Preto.
Com isso, poderá ser aumentada a oferta de água distribuída em Ribeirão
Preto, que hoje é proveniente, em sua totalidade, de manancial subterrâneo (Aquífero
Guarani), por meio de 118 poços.
A maioria dos municípios pertencentes à UGRHI 04 possui o Índice de
Atendimento Urbano de Água superior a 99%, revelando índice classificado como
categoria "Bom", apontando que os municípios da bacia, de modo geral, estão bem
geridos no quesito "abastecimento urbano de água". O objetivo de gestão é o de
buscar ficar o mais próximo possível da cifra de 100%, condição difícil de ser
alcançada dada à expansão urbana nos últimos anos (a taxa de urbanização da
UGRHI entre 2012 e2017 passou de 95,3% para 96%, e a sua população aumentou,
neste período 4,9%), não só pelo crescimento do setor imobiliário bem como pelas
ocupações irregulares, que em Ribeirão Preto alcançaram 70 áreas.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 5
Figura 1.2 – Vazão outorgada subterrânea e superficial na UGRHI 04.
Fonte: DAEE.
O DAERP desenvolveu e implantou o Plano de Segurança da Água (PSA), que
é um instrumento com abordagem preventiva, com o objetivo de garantir a segurança
da água para consumo humano, incluindo a minimização da contaminação do
manancial, a eliminação ou remoção da contaminação por meio do tratamento da
água e a prevenção da contaminação no sistema de distribuição. Estabelece, ainda,
planos de contingência para responder a falhas no sistema ou eventos imprevistos,
que podem ter um impacto na qualidade da água, como severas secas, fortes chuvas
ou inundações. Trata-se de uma ferramenta para gestão de riscos, com o foco no
consumidor da água, que deve receber água segura e de qualidade e, assim, proteger
sua saúde.
De acordo com a Lei 11.445/07, podemos definir como saneamento básico o
conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de
água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Além de garantir uma melhoria na condição de vida e saúde da população, um
saneamento básico de qualidade preserva o meio ambiente ao dar um destino
adequado ao esgoto e aos resíduos sólidos, evitamos a poluição de rios e lagos, por
exemplo.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 6
É importante destacar que todas as cidades devem garantir a universalização
do acesso ao saneamento básico, ou seja, devem levar esses serviços a todas as
residências, de acordo com o Artº 2 da Lei 11.445/07.
A Política Municipal de Saneamento, torna-se fundamental para o
desenvolvimento das ações necessárias para determinação das ações para a busca
da universalização no Município de Ribeirão Preto.
Para os sistemas de água potável e esgotamento sanitário, foi feito o
diagnóstico e consequente prognóstico, para que seja elaborado o planejamento das
ações necessárias, visando a garantia da prestação dos serviços adequados.
Todas as cidades brasileiras deverão elaborar os seus planos de saneamento
básico e gestão integrada de resíduos sólidos. É o que determina a Lei nº 11.445/07,
que estabelece as diretrizes gerais e a política federal de saneamento básico e a Lei
nº 12.305/10, que disciplina a política nacional de resíduos sólidos. Um dos princípios
fundamentais dessa legislação é a universalização dos serviços de saneamento
básico, para que todos tenham acesso ao abastecimento de água de qualidade e em
quantidade suficientes às suas necessidades, à coleta e tratamento adequados do
esgoto e do lixo, e ao manejo correto das águas das chuvas.
O Decreto nº 7.217/2010, estabelece normas para execução da Lei
nº11.445/07:
De acordo com Art. 4º do Decreto nº 7.217/2010: Consideram-se serviços
públicos de abastecimento de água a sua distribuição mediante ligação predial,
incluindo eventuais instrumentos de medição, bem como, quando vinculadas a esta
finalidade, as seguintes atividades:
I - Reservação de água bruta;
II - Captação;
III - Adução de água bruta;
IV - Tratamento de água;
V - Adução de água tratada; e
VI - Reservação de água tratada.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 7
De acordo com Art. 9o do Decreto nº 7.217/2010: Consideram-se serviços
públicos de esgotamento sanitário os serviços constituídos por uma ou mais das
seguintes atividades:
I - coleta, inclusive ligação predial, dos esgotos sanitários;
II - transporte dos esgotos sanitários;
III - tratamento dos esgotos sanitários; e
IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos originários da operação
de unidades de tratamento coletivas ou individuais, inclusive fossas sépticas.
Atendendo a determinação do Decreto nº 7.217/2010:
Art. 23. O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de
saneamento básico, devendo, para tanto:
I - elaborar os planos de saneamento básico, observada a cooperação das
associações representativas e da ampla participação da população e de associações
representativas de vários segmentos da sociedade, como previsto no art. 2º, inciso II,
da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto das Cidades).
A metodologia utilizada partiu do levantamento de dados cadastrais dos
sistemas existentes e da realização de reuniões técnicas, visando a apresentação e
discussão das metas propostas e dos resultados obtidos ao longo do desenvolvimento
do trabalho.
Para a elaboração deste Plano, a metodologia garantiu a participação social,
atendendo ao princípio fundamental do controle social previsto na Lei nº 11.445/2007,
sendo assegurada ampla divulgação do plano de saneamento básico e dos estudos
que o fundamentaram.
O Plano contempla, numa perspectiva integrada, a avaliação qualitativa e
quantitativa dos recursos hídricos, considerando, além da sustentabilidade ambiental,
a sustentabilidade administrativa, financeira e operacional dos serviços e a utilização
de tecnologias apropriadas.
A partir do conjunto de elementos de informações, diagnóstico, definição de
objetivos, metas e instrumentos, programas, execução, avaliação e controle social foi
possível construir o planejamento da execução das ações de Saneamento básico.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 8
A formulação de uma Política Municipal de Saneamento Básico constitui,
atualmente, pressuposto essencial para o desenvolvimento das cidades brasileiras,
especialmente por tratar tema que se relaciona com a prestação eficiente dos demais
serviços públicos, como saúde, educação e moradia, tornando-se essencial para
universalização dos serviços de saneamento.
O desenvolvimento sustentável de um país deve ser caracterizado pelo
crescimento econômico de baixo impacto ao meio ambiente, mas depende também
de políticas públicas eficazes, com vistas a soluções de desigualdades de ordem
econômicas e sociais, dentre as quais, os direitos fundamentais à vida, à saúde e a
habitação.
O saneamento é um direito essencial garantido constitucionalmente no Brasil.
Este reconhecimento legal é reflexo das profundas implicações desses serviços para
a saúde pública e do ambiente, à medida que sua carência pode influenciar de forma
negativa campos como saúde, educação, trabalho, economia, biodiversidade,
disponibilidade hídrica e outros.
O Ranking ABES da Universalização do Saneamento é um instrumento de
avaliação do setor no Brasil. Ele apresenta o percentual da população das cidades
brasileiras com acesso aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto e de
resíduos sólidos, além de aferir o quanto de esgoto recebe tratamento, e se os
resíduos sólidos recebem destinação adequada. Desse modo, permite identificar o
quão próximo os municípios estão da universalização do saneamento (ABES/2019).
Figura 1.3 – Representatividade de cada categoria do ranking nacional da ABES.
Fonte: ABES.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 9
A categoria de pontuação mais alta (Rumo à universalização), dentre os
municípios de grande porte, possui uma pontuação média de 496,81 pontos. 33
munícipios alcançaram esse valor, dentre eles Ribeirão Preto.
Figura 1.4 – Municípios de grande porte rumo à Universalização.
Fonte: ABES.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 10
O Instituto Trata Brasil, desde 2007, publica um estudo com o objetivo de
atualizar o Ranking do Saneamento. Para o Ranking 2019 foram considerados os 100
maiores municípios do Brasil, baseando-se em informações fornecidas pelas
operadoras de saneamento presentes em cada um dos municípios brasileiros. Os
dados foram retirados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
(SNIS).
Entre as variáveis estudadas estão população, fornecimento de água, coleta e
tratamento de esgoto, investimentos e perdas de água.
Figura 1.5 – Melhores municípios com índices de atendimento total de água.
Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 11
Figura 1.6 – Melhores municípios com índices de atendimento total de esgoto.
Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.
Figura 1.7 – Melhores municípios com índices de atendimento urbano de esgoto.
Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 12
Figura 1.8 – Melhores municípios com índices de esgoto tratado referido à água consumida.
Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.
Figura 1.9 – Melhores e piores municípios com índices de perda de faturamento total.
Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 13
Figura 1.10 – Melhores do ranking do saneamento 2019.
Fonte: INSTITUTO TRATA BRASIL.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 14
Figura 1.11 – Indicadores operacionais de água.
Fonte: SNIS.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 15
Figura 1.12 – Indicadores operacionais de esgoto.
Fonte: SNIS.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 16
Figura 1.13 – Indicadores financeiros.
Fonte: SNIS.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 17
Figura 1.14 – Informações financeiras.
Fonte: SNIS.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 18
Figura 1.15 – Informações financeiras enviadas ao SNIS 2018.
Fonte: DAERP.
O objetivo do Plano Municipal de Saneamento Básico visa sistematizar e
consolidar o resultado de um processo de planejamento físico, técnico, gerencial e
institucional destinado ao atendimento das exigências constitucionais decorrentes do
artigo 30 e 175 da Constituição Federal e exigências legais decorrentes das Leis
Federais nº 11.445/2007 e nº 12.305/2010.
Assim, o Plano Municipal de Saneamento Básico e o Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Ribeirão Preto, contempla todas as
atividades e elementos necessários, a seguir:
À definição objetiva do significado de serviço adequado de saneamento Básico
(abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem urbana e
manejo de águas pluviais e limpeza urbana, manejo e gestão integrada de
resíduos sólidos) que, nessa condição, resulta na formulação de requisitos de
qualidade e desempenho a serem atendidos;
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 19
Ao diagnóstico dos sistemas e serviços atuais em face de tais requisitos;
À identificação das desconformidades entre o estado atual e aquele que
deveria viger caso os mesmos fossem cumpridos;
À proposição de medidas de desenvolvimento, melhoria e expansão que levem
ao seu cumprimento;
Ao estudo econômico-financeiro e político-institucional de viabilização de tais
medidas;
À escolha das modalidades institucionais mais adequadas para a prestação
dos serviços;
À implementação de um marco regulatório para essa prestação e do
correspondente sistema de regulação e fiscalização;
À implementação de normas e mecanismos de controle social; e
À elaboração de todos os documentos técnicos, jurídicos, administrativos e
financeiros necessários à realização das mudanças institucionais a serem
implantadas.
Figura 1.16 – Indicadores Operacionais.
Fonte: ABES/SNIS.
Portanto, o objetivo do Plano Municipal de Saneamento Básico é criar diretrizes
para a realização dos investimentos necessários à permanente atualização dos
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 20
serviços do sistema de saneamento básico, definindo o modelo político-institucional,
organizacional, gerencial e operacional mais apropriado, para garantir a prestação de
serviço adequado, dando continuidade ao processo de universalização total dos
serviços de saneamento que encontra-se em fase de finalização, aos cidadãos de
Ribeirão Preto, de modo sustentável.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 21
2 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
2.1 DIAGNÓSTICO
2.1.1 Captação
Ribeirão Preto está inserido na Unidade de Gerenciamento de Recurso
Hídricos (URGHI) - 4 (Bacia do Pardo), com área de drenagem de 8.993 km2,
ocupando cerca de 5,675% da área desta unidade.
Figura 2.1 – UGHRI-4.
Fonte: PMSB-2016.
O município de Ribeirão Preto encontra-se localizado, hidrogeologicamente, na
área de recarga do Aquífero Guarani, onde há uma maior vulnerabilidade natural à
poluição e um intenso uso da água subterrânea para o abastecimento público.
A cidade de Ribeirão Preto é abastecida 100% por água subterrânea
proveniente do Aquífero Guarani. O município possui 120 poços profundos (118 em
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 22
funcionamento), com vazões variando de 21 m³/h a 250 m³/h, a aproximadamente 200
metros de profundidade. A disposição dos poços na área de concessão é dispersa,
ou seja, não há concentração dos centros produtores. Há uma quantidade grande de
poços que pressurizam diretamente a rede de distribuição e não são lançados nos
centros de reservação.
Produção anual de 127.877.539 m³/ano.
2.1.2 Mananciais Disponíveis
Ribeirão Preto, diferentemente de outros municípios do Estado de São Paulo,
encontra-se muito bem servida de mananciais aproveitáveis para o abastecimento
público.
O município está assentado sobre o Aquífero Guarani, onde o manancial é
aflorante, na região leste da cidade, e nas outras regiões, encontra-se sob a camada
de basalto, mas ainda em pouca profundidade (150 a 250 m), e, até o momento,
constitui o único manancial utilizado.
Muito próximo à cidade encontra-se o Rio Pardo, um manancial aproveitável
pela qualidade de sua água bruta (rio de classificação 2) e sua grande vazão, em
média 45 m³/s com 95% de probabilidade. O DAERP, possui uma outorga preventiva
da ANA para exploração deste manancial de 2,75 m³/s.
Com a conjunção destes dois mananciais, a cidade de Ribeirão Preto possui
uma oferta natural de água capaz de garantir o seu desenvolvimento socioeconômico
e de crescimento populacional com relativa folga, no horizonte de longo prazo de
planejamento urbano sustentável.
2.1.2.1 Manancial Subterrâneo
Ribeirão Preto é abastecido por 120 (118 em operação) poços profundos, com
vazão outorgada de 5,11 m³/s, considerando uma produção diária máxima de 20 h por
dia, em cada poço.
Cabe ressaltar, que a deliberação CBH – Pardo 256 de 07/12/2018 impõe
restrição com relação à perfuração de novos poços em todas as zonas da cidade, e
limita a atual vazão explotada por poço para cidade de Ribeirão Preto.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 23
a) Poços localizados na região do aquífero aflorante
Os Poços, localizados na região de aquífero aflorante, zona Leste da cidade,
apresentam uma vazão aproximada de 0,92 m³/s, considerando uma equivalência de
produção diária máxima de 20 h, sendo predominantemente produzida por poços
antigos.
Esta região leste da cidade, considerada como de recarga do aquífero,
apresenta crescente urbanização, portanto, medidas de uso e ocupação devem ser
tomadas para mitigar a sua vulnerabilidade, quanto à sua susceptibilidade as
possíveis contaminações do aquífero. Atualmente, a rotina que controla a qualidade
das águas desta região comprova que a qualidade é excelente para o consumo
humano, conforme padrões estabelecidos pela Portaria de Consolidação Nº 5 de
28/09/2017 – Anexo XX: Do Controle e da Vigilância da Qualidade da Água para
Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade (Origem: PRT MS/GM 2914/11) do
Ministério da Saúde.
b) Poços localizados na região do Aquífero sob camada de Basalto
Os Poços localizados na região do aquífero sob camada de basalto, perfurados
nas demais zonas da cidade, apresentam uma vazão aproximada de 4,03 m³/s,
considerando uma equivalência de produção diária máxima de 20 h, e não
apresentam vulnerabilidade com relação a qualidade da água explotada.
Porém, outras vulnerabilidades, podem ser elencadas para esta bateria de
poços, são elas:
Recarga do aquífero muito lenta ou inexistente;
Níveis dinâmico e estático rebaixados, em média, 70 m, desde as medições
iniciais registradas até a atualidade;
Redução das vazões explotadas pelo rebaixamento dos níveis dinâmicos.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 24
Figura 2.2 – Localização dos poços profundos públicos do município.
Fonte: DAERP.
2.1.2.2 Manancial Superficial
Para o manancial Rio Pardo, deve ser considerada a sua exploração efetiva no
longo prazo, após 2025, principalmente, caso as restrições da utilização do manancial
subterrâneo persistam ou sejam ampliadas.
De qualquer forma, o desenvolvimento do projeto básico e do projeto executivo
do sistema Pardo deverão ser realizados nos anos 2020/2021, bem como o
planejamento dos investimentos e das obras deste sistema complementar ao atual,
de forma a garantir o abastecimento de Ribeirão Preto sustentável, para um horizonte
de projeto de, pelo menos, 35 anos, a partir do ano de 2026, ainda de forma preliminar,
a ser confirmado ou não pelo projeto básico.
2.1.3 Macromedição
A partir de 1986, a equipe de Pitometria do DAERP controla a vazão e os níveis
de água de seus poços. As medidas de vazão e de níveis são efetuadas mensalmente
em cada poço.
O método de medição de vazão utilizado é o método “PITOT”, utilizando
aparelhos de pitometria, tipo “Cole”, sendo as leituras efetuadas em “taps”
posicionados nas tubulações de saída dos poços.
Nos poços tubulares, estações elevatórias, reservatórios e hidrantes se
utilizam, atualmente, os serviços de pitometria que mostram medições instantâneas
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 25
de vazão, o que não representa a real vazão produzida pelos poços, visto que existem
variações ao longo do dia, em função de diversos fatores. Essas variações são
consideradas pela Autarquia ao estimar os valores produzidos, gerando um valor
muito próximo ao real
A fim de melhorar a medição de vazão, a autarquia implantou 117
macromedidores eletromagnéticos nos poços e estações elevatórias existentes e
também exige, sempre que necessário, a instalação de macromedidores em todos os
novos empreendimentos a serem implantados no município. Os equipamentos devem
atender as especificações técnicas exigidas pela autarquia e ser compatíveis com
sistema de telemetria para medição remota.
2.1.4 Sistema de Distribuição
A concepção atual da operação do abastecimento de água é um tanto quanto
sensível e complexa, uma vez que 70% do abastecimento é realizado por meio de
distribuição em marcha, a partir dos poços diretamente para a rede de distribuição, e
os reservatórios setoriais funcionam como armazenamento de sobras de água, os
quais somente contribuem para o abastecimento em horários de pico. A ilustração a
seguir exemplifica esta forma de operação:
Figura 2.3 – Fluxograma do sistema de distribuição.
Fonte: DAERP.
O que se destaca nesta forma de operação são as seguintes dificuldades
(problemas) para o abastecimento:
Problemas: Pressões noturnas elevadas, grandes variações de pressões/ vazões
horárias ao longo das 24 horas de um dia e uma demanda elevada de energia elétrica,
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 26
por funcionamento das diversas bombas fora do ponto ótimo de cada curva (pressão
x vazão), em boa parte do tempo, o que proporcionam perdas reais elevadas, ainda
com a possibilidade dos reservatórios de sobras não adquirirem níveis operacionais,
e, em horas de pico de consumo, não contribuírem para o abastecimento.
Comentário: Atualmente, decorrente da perda real elevada, a maioria dos
reservatórios de sobra quase não recebem água, e com o aumento da pressão nos
horários noturnos, a quase totalidade do consumo, nestes horários, alimenta as
perdas reais.
2.1.4.1 Reservatório de Abastecimento Público
Existem, atualmente, 114 (cento e quatorze) reservatórios públicos na cidade,
que armazenam um volume de 153.700 m³ (cento e cinquenta e três e setecentos mil).
Figura 2.4 – Localização dos centros de reservação.
Fonte: DAERP.
A maioria dos reservatórios está em regiões mais elevadas da cidade e, mesmo
assim, observam-se muitos sistemas de recalque operando com pressões elevadas e
sem uma área de abastecimento bem definida.
A disposição dos reservatórios facilita o abastecimento por gravidade, na maior
parte da rede de distribuição, porém o grande desnível entre a parte mais baixa da
rede e o reservatório pode gerar pressões elevadas, necessitando de válvulas
redutoras de pressão em pontos específicos do sistema de abastecimento.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 27
Alguns centros de reservação apresentam problemas estruturais que serão
resolvidos pelas ações previstas pelo DAERP.
Quadro 2.1 – Situação dos reservatórios.
Reservatório Tipo Material Cota
Terreno Volume
(m³) Status
Alto da Boa Vista I Apoiado Concreto 622,70 2.000 Ativo
Alto da Boa Vista II Apoiado Concreto 622,70 3.500 Ativo
Alto da Boa Vista III Apoiado Concreto 622,70 3.500 Ativo
Alto da Boa Vista IV Elevado Concreto 622,70 300 Ativo
Alto do Castelo Apoiado Concreto 808,00 500 Ativo
Alto do Castelo Elevado Concreto 808,00 350 Ativo
Aliança Sul Apoiado Metálico 605,00 1.000 Ativo
Aliança Sul Elevado Metálico 605,00 200 Ativo
Alphaville I Apoiado Metálico 625,00 1.000 Ativo
Alphaville II Apoiado Metálico 714,00 500 Ativo
Alphaville III Apoiado Metálico 665,00 500 Ativo
Avelino Palma I Apoiado Concreto 569,00 2.000 Desativado
Avelino Palma II Apoiado Concreto 569,00 2.000 Ativo
Avelino Palma III Apoiado Metálico 570,00 5.000 Ativo
Bonfim Paulista (COHAB)
Apoiado Metálico 645,00 5.000 Ativo
Bonfim Paulista (COHAB)
Elevado Concreto 645,00 500 Ativo
Bonfim Paulista Semienterr
ado Concreto 630,00 250 Ativo
Bonfim Paulista Apoiado Metálico 630,00 500 Ativo
Casa Grande Apoiado Concreto 530,00 500 Ativo
Cateto 1 Apoiado Concreto 616,20 2.000 Ativo
Cateto 2 Apoiado Concreto 616,20 1.000 Ativo
Cateto 3 Apoiado Concreto 616,20 2.000 Ativo
City Ribeirão 1 Apoiado Metálico 600,90 2.000 Ativo
City Ribeirão 2 Apoiado Metálico 600,90 2.000 Ativo
City Ribeirão 3 Elevado Concreto 625,00 300 Ativo
City Semienterr
ado Concreto 606,00 250 Ativo
CDHU - João Rossi Apoiado Metálico 606,00 2.000 Ativo
Coronel Camisão 1 Apoiado Concreto 574,00 2.000 Ativo
Coronel Camisão 2 Apoiado Concreto 574,00 700 Ativo
Coronel Camisão 3 Apoiado Metálico 574,00 2.000 Ativo
Delboux Div 1 Elevado Concreto 544,50 750 Ativo
Distrito Empresarial Apoiado Metálico 557,00 1.500 Ativo
Distrito Empresarial Elevado Concreto 558,00 200 Ativo
Dom Miele 1 Apoiado Concreto 637,20 1.000 Ativo
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 28
Dom Miele 2 Apoiado Metálico 637,20 1.000 Ativo
Dutra II Apoiado Metálico 543,00 5.000 Ativo
Dutra I Apoiado Concreto 543,00 1.000 Ativo
Dutra III Elevado Concreto 543,00 500 Ativo
Educandário Apoiado Concreto 578,30 2.000 Ativo
Educandário Apoiado Metálico 579,30 3.000 Ativo
Flamboyans Apoiado Metálico 574,00 1.000 Ativo
Invernada (Terra de Florença)
Apoiado Concreto 683,00 500 Ativo
Invernada (Terra de Siena)
Apoiado Metálico 654,00 2.000 Ativo
Jardim Paulista 1 Apoiado Concreto 593,50 500 Ativo
Jardim Paulista 2 Apoiado Concreto 593,50 500 Ativo
Jardim Paulista 3 Apoiado Concreto 593,50 500 Ativo
Jardim Paulista 4 Apoiado Concreto 593,50 2.300 Ativo
Jardim Paulista Elevado Concreto 593,50 500 Ativo
Jardim Recreio 1 Semienterr
ado Concreto 615,10 500 Ativo
Jardim Recreio 2 Elevado Metálico 615,10 120 Ativo
João Fiúsa 1 Apoiado Metálico 639,00 2.000 Ativo
João Fiúsa 2 Apoiado Metálico 639,00 2.000 Ativo
João Fiúsa 3 Apoiado Metálico 639,00 2.000 Ativo
João Fiúsa 4 Elevado Metálico 639,00 280 Ativo
Junqueira (Saldanha Marinho)
Enterrado Concreto 542,69 1.300 Ativo
Kaiser Elevado Concreto 530,00 5.000 Ativo
Laguna 1 Apoiado Metálico 660,00 1.000 Ativo
Laguna 2 Apoiado Metálico 660,00 2.500 Ativo
Mabel Elevado Concreto 617,00 500 Ativo
Maranhão Apoiado Concreto 575,00 2.000 Ativo
Maranhão Apoiado Concreto 575,00 2.000 Ativo
Maria Casa grande Elevado Concreto 551,00 200 Ativo
Maria da Graça Elevado Concreto 610,00 500 Ativo
Monte Alegre 1 Apoiado Concreto 620,00 500 Ativo
Monte Alegre 2 Apoiado Concreto 621,00 500 Ativo
Monte Alegre 3 Apoiado Metálico 622,00 1.000 Ativo
Monte Alegre 4 Apoiado Metálico 623,00 2.000 Ativo
Monteiro Lobato Apoiado Concreto 498,60 1.000 Ativo
Nildo Tarozo / José Sampaio
Apoiado Metálico 553,00 5.000 Ativo
Palmares Apoiado Concreto 625,00 2.000 Ativo
Palmares Apoiado Metálico 626,00 2.000 Ativo
Parque das Andorinhas
Apoiado Concreto 618,00 80 Ativo
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 29
Parque dos Lagos 1 Apoiado Metálico 622,30 1.000 Ativo
Parque dos Lagos 2 Apoiado Metálico 623,30 5.000 Ativo
Parque Ribeirão Preto 1
Apoiado Concreto 600,00 2.000 Ativo
Parque Ribeirão Preto 2
Elevado Concreto 601,00 500 Desativado
Parque São Sebastião Apoiado Concreto 597,00 80 Ativo
Piratininga 1 Apoiado Concreto 608,00 1.000 Ativo
Piratininga 2 Semienterr
ado Concreto 608,00 500 Desativado
Piratininga 3 Apoiado Metálico 608,00 2.000 Ativo
Planalto Verde Apoiado Metálico 605,50 1.000 Ativo
Planalto Verde Apoiado Concreto 605,50 1.000 Ativo
Pompolo Antena Enterrado Concreto 601,70 1.800 Ativo
Pompolo Antena Apoiado Metálico 602,70 2.000 Ativo
Portal da Mata (Bosque do Sta. T.)
Apoiado Metálico 605,00 250 Ativo
Portinari Apoiado Concreto 581,70 500 Desativado
Portinari Elevado Concreto 581,70 500 Ativo
Primavera 1 Apoiado Metálico 690,00 2.500 Ativo
Primavera 2 Apoiado Metálico 690,00 2.500 Ativo
Primavera 3 Elevado Metálico 690,00 500 Ativo
Quinta do Golfe 1 Apoiado Metálico 622,00 500 Ativo
Quinta do Golfe 2 Apoiado Metálico 628,00 1.500 Ativo
Recreio Internacional Elevado Concreto 590,00 50 Ativo
Ribeirão Verde Elevado Metálico 578,70 200 Ativo
Ribeirão Verde I Apoiado Metálico 575,80 2.500 Ativo
Ribeirão Verde II Apoiado Metálico 575,80 1.500 Ativo
Ribeirão Verde III Apoiado Metálico 575,80 2.000 Ativo
Royal Park Apoiado Metálico 645,00 2.000 Ativo
Royal Park Elevado Metálico 600,00 180 Ativo
Said 1 Apoiado Metálico 633,00 500 Ativo
Said 2 Apoiado Metálico 633,00 2.000 Ativo
Said 3 Elevado Metálico 636,00 50 Ativo
Santa Cecilia Apoiado Metálico 642,00 300 Ativo
Santa Cecilia Elevado Metálico 642,00 75 Ativo
Santa Martha Apoiado Metálico 652,00 2.000 Ativo
Santa Martha Elevado Metálico 653,00 85 Ativo
São Bento Morro Apoiado Concreto 570,50 4.000 Ativo
São Bento (Rod. Anhanguera)
Apoiado Metálico 629,00 5.000 Desativado
São José Apoiado Concreto 574,50 250 Ativo
São José Apoiado Metálico 574,50 500 Ativo
São José Elevado Concreto 574,50 250 Ativo
Schmidt 1 Enterrado Concreto 564,20 1.300 Ativo
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 30
Schmidt 2 Apoiado Concreto 564,20 1.000 Ativo
Saint Gerard I Apoiado Metálico 619,00 500 Ativo
Saint Geradd II Apoiado Metálico 670,00 300 Ativo
Saint Gerard II Elevado Metálico 670,00 50 Ativo
Tanquinho Apoiado Metálico 514,00 500 Ativo
Vila Tibério Elevado Concreto 549,50 500 Desativado
Jd. Cristor Redentor (vida nova 01)
Apoiado Metálico 605,00 1.400 Ativo
Jd. Cristor Redentor (vida nova 02)
Apoiado Metálico 567,00 2.000 Ativo
TOTAL (m³) 153.700 Ativos
Seguem imagens de alguns dos reservatórios:
Figura 2.5 – Centro de Reservação Pq. Ribeirão.
Fonte: DAERP.
Figura 2.6 – Centro de reservação Santa Cecília.
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 31
2.1.4.2 Estação Elevatória de Água
O sistema possui 50 estações elevatórias de água que abastecem reservatórios
e rede de distribuição. Desse total, 14 abastecem reservatórios de montante e 36
abastecem o sistema, podendo ou não ter reservatório de jusante.
Há também sistemas de bombeamento, onde poços de sucção armazenam,
temporariamente, a vazão dos poços e recalcam para sistemas e centros de
reservação.
Atualmente, existe um sistema com telemetria operante que envia dados ao
CCO da autarquia, o sistema foi implantado no bairro Vida Nova Ribeirão e doado à
autarquia. A estrutura monitora vazão dos poços e sistemas elevatórios, status do
sistema eletromecânico, vazão de abastecimento e nível do reservatório.
Figura 2.7 – Localização dos sistemas elevatórios.
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 32
Seguem imagens de estações elevatórias:
Figura 2.8 – Recalque São José.
Fonte: DAERP.
Figura 2.9 – Recalque Quintino II.
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 33
2.1.4.3 Redes de Distribuição
Atualmente, o DAERP possui um total de 2.343,00 (dois mil trezentos e
quarenta e três quilômetros) de redes cadastradas, divididas nos diâmetros abaixo:
Quadro 2.2 – Resumo das redes de abastecimento.
Diâmetro Nominal
Quantidade (km)
50 1.753
75 118
100 136
150 126
200 117
250 35
300 46
400 12
Total 2.343
Fonte: DAERP.
O volume cadastrado pode variar com o tempo, devido a atualizações
constantes, conforme novas obras e empreendimentos são recebidas pela autarquia.
Figura 2.10 – Redes de abastecimento.
Fonte: DAERP.
2.1.5 Planos, Programas e Projetos Existentes
A autarquia está empenhada em melhorar sua eficiência na prestação de
serviços à população. Portanto, implantou programas com foco em resolver alguns
problemas conhecidos.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 34
2.1.5.1 Programa de Qualidade na Aquisição de Materiais
Um problema recorrente em órgãos públicos é a dificuldade em comprar
materiais e equipamentos, com a qualidade adequada, pelo menor preço. Visando
atingir este objetivo, o DAERP instituiu o Comitê Permanente de Padronização de
Atividades, Materiais e Equipamentos, que é responsável por elaborar ou aprovar os
termos de referência e especificações técnicas dos materiais que serão licitados pelo
órgão. Esse serviço é realizado com mão de obra própria.
2.1.5.2 Programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas de Água e Eficiência
Energética
Tem como objetivo promover eficácia ao sistema de distribuição, com a
implementação das ações que melhorarão a eficiência energética e diminuirão as
perdas de água no sistema de distribuição.
O programa contempla várias ações a serem realizadas dentro de um
cronograma estabelecido, visando diminuir a perda de água no sistema de distribuição
em 50%.
2.1.5.3 Ações do Plano
a) Setorização
O sistema de distribuição de água potável planejado, com reservatórios de
montante, deverá operar de forma clássica: produção de água (poços profundos)
alimentando diretamente os reservatórios setoriais e daí para a distribuição, o que
tornará a operação mais simplificada, segura e confiável.
O rápido crescimento da cidade e a inadequação do planejamento urbano,
resultou em decisões equivocadas, como a implantação da distribuição em marcha e
interligação entre sistemas de distribuição, já identificada desde os anos 80. Assim, o
sistema concebido resultou em vários transtornos para o DAERP, tais como; o excesso
de pressão na distribuição, perdas reais elevadas e a falta de controle do sistema
operacional.
A setorização do sistema de abastecimento, com reservatórios de montante,
resultará em vários benefícios, tais como; uso de condutos forçados por gravidade a
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 35
partir dos reservatórios, aproveitamento máximo da reservação total e rebaixamento
do plano piezométrico na distribuição, que trará como benefício a redução do número
de vazamentos e dos volumes perdidos.
O projeto de setorização de uma cidade do porte de Ribeirão Preto, alterando
o sistema atual, é uma tarefa árdua, porém indispensável para a cidade, e, como se
trata de uma obra de engenharia, devem ser consideradas várias fontes de dados e
requisitos técnicos, tais como; as normas pertinentes da ABNT, as recomendações de
fabricantes (principalmente para materiais e equipamento), as práticas do setor,
bibliografia especializada, experiência e bom senso da equipe, para o seu
desenvolvimento.
Todo o projeto foi desenvolvido com mão de obra própria.
Figura 2.11 – Mapa dos setores a serem implantados.
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 36
Quadro 2.3 – Setores de abastecimento.
Setor Código Setor Código Setor Código
Distrito Empresarial SAD001 Flamboyans SAD025 Santa Tereza SAD049
Sebastião Do Alto SAD002 Vila Tibério SAD026 Golf SAD050
Pacaembu SAD003 Jd. Paulista SAD027 Aliança Sul II SAD051
Zona Norte SAD004 Centro SAD028 Quinta Da Primavera
SAD052
Jd. Regatas SAD005 Palmares SAD029 Aroeira SAD053
Ribeirão Verde SAD006 Pq. São Sebastião II SAD030 Recreio
Anhanguera SAD054
Macaúba SAD007 Gaivotas SAD031 Royal Park SAD055
Heitor Rigon SAD008 Jd. Recreio SAD032 Invernada SAD056
Orestes Lopes SAD009 Piratininga SAD033 San Leandro SAD057
Dom Miele SAD010 Monteiro Lobato SAD034 Alphaville SAD058
Planalto Verde SAD011 Deslboux SAD035 Bonfim SAD059
Jose Sampaio SAD012 Alto Da Boa Vista SAD036 Bonfim II SAD060
Dutra SAD013 Ribeirânia SAD037 Santa Martha SAD061
Tanquinho SAD014 Catetos SAD038 Said Sobrinho SAD062
Vila Elisa SAD015 Pq. São Sebastiao I SAD039 Canta Galo SAD063
Salgado Filho SAD016 Mabel SAD040 Alto Do Castelo SAD064
Área 1 SAD017 Pq. Dos Lagos SAD041 Santa Iria SAD065
Pau D'Alho SAD018 Pq. Ribeirão Preto SAD042 Alto Da Colina SAD066
Paiva SAD019 Maria Da Graça SAD043 Área 2 SAD067
Ipiranga SAD020 Nova Aliança SAD044 Serraria SAD068
Monte Alegre SAD021 Fiuza SAD045 Said Toscana SAD069
Campos Elíseos SAD022 Botânico SAD046 Área 3 SAD070
Educandário SAD023 City Ribeirão SAD047 Área 4 SAD071
Portinari SAD024 São Jose SAD048 Área 5 SAD072
Fonte: DAERP.
O DAERP planeja a implantação de 56 setores de abastecimentos, para
melhorar o sistema de distribuição e diminuir as perdas.
O mapa acima apresenta os 56 setores de abastecimento e futuros setores que
poderão ser implantados com desenvolvimento e crescimento da cidade, podendo
chegar até 72 setores de abastecimento. Esse número poderá variar com o tempo e
evolução da expansão urbana.
a.1) Obras Planejadas
De acordo com a concepção proposta no item anterior para a implantação de
56 setores de abastecimento, as obras necessárias para implantação se resumem nas
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 37
ampliações das infraestruturas de produção (poços), do armazenamento
(reservatórios) e da rede de distribuição e adutoras. Além disso, para se conseguir a
estanqueidade de cada setor, a implantação de válvulas de corte (gaveta),
macromedidores nas saídas de cada reservatório setorial e eventuais VRP’s e
boosteres.
A seguir são detalhadas as principais obras.
a.1.1) Poços DAERP
Previsão de implantação de 10 poços na cidade de Ribeirão Preto (não estão
contemplados os poços a serem executados pelos empreendedores), sendo 8
substituições de poços existentes e 2 novos poços.
Poço Paiva
Previsão da substituição do poço 58, que apresenta baixa vazão e que não
compromete o sistema com sua desativação. Com este novo poço, será possível
melhorar o abastecimento da região e absorver os novos empreendimentos.
Poço Jd. Recreio
Previsão da substituição do poço 154, pois apresenta queda em sua vazão.
Com este novo poço, será possível melhorar o abastecimento da região, como Jd.
Recreio, Jd. Piratininga e Pq. Ribeirão.
Poço Dutra
Previsão da substituição do poço 155, pois apresenta queda em sua vazão.
Com este novo poço, será possível absorver os empreendimentos previstos para o
setor.
Poço Lagoinha
Previsão da substituição de dois poços (140 e 180), entretanto o DAERP está
considerando a possibilidade de substituir o poço 140 e melhorar a produção do poço
180.
Poço Campos Elíseos
Previsão da substituição dos poços 101 e 65, pois apresentam queda em suas
vazões. Com este novo poço, será possível realizar a verticalização planejada pela
Secretaria de Planejamento e Obras Públicas.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 38
Poço Centro
Previsão da substituição do poço 72, pois apresenta queda em sua vazão. Com
este novo poço será possível melhorar e realizar a verticalização planejada pela
Secretaria de Planejamento e Obras Públicas.
Poço City
Previsão da implantação de poço novo no bairro City Ribeirão, permitindo a
setorização, atualmente, o sistema Botânico/City recebe água de outros sistemas, e
implantação de novos empreendimentos no setor Aroeira.
Poço Vila Tibério
Previsão da substituição do poço 147, que apresenta queda em sua vazão.
Com este novo poço, será possível melhorar e realizar a verticalização planejada pela
Secretaria de Planejamento e Obras Públicas.
a.1.2) Adutoras e Redes de Distribuição
As adutoras foram planejadas para reverter o sistema existente de distribuição
em marcha para distribuição por gravidade. A grande maioria das obras serão para a
interligação de poços a reservatórios.
Em princípio, as redes foram projetadas em PVC DEFOFO, entretanto, optou-
se pela substituição por FERRO FUNDIDO DÚCTIL, um material de melhor qualidade
e resistência.
Jd. Recreio
Planejada a implantação de 1.496 metros de rede DN 150, para consolidação
da setorização.
Dutra
Planejada a implantação de 1.460 metros de rede DN 250, para interligar o
poço 155 até o centro de reservação Dutra.
Vila Elisa
Planejada a implantação de 1.900 metros de rede DN 250, para interligar o
poço 141 até o centro de reservação Clubinho.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 39
Orestes Lopes
Planejado quatro trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por
gravidade e consolidar o setor de abastecimento. Serão: 1.070 metros de rede DN
250, interligando o poço 177 ao futuro centro de reservação Orestes Lopes; 2.125
metros de rede do poço 137 ao futuro centro de reservação Orestes Lopes; 2.700
metros de rede DN 200 interligando o futuro centro de reservação Orestes Lopes ao
futuro centro de reservação Heitor Rigon; e 1.290 metros de rede DN 100 do centro
de reservação ao reservatório elevado existente.
Dom Mielli
Planejado 2.750 metros de rede DN 150, para consolidação do setor.
José Sampaio
Planejado 690 metros de rede DN 250, interligando poço 135 ao reservatório
José Sampaio.
Tanquinho
Planejado 600 metros de rede DN 250, interligando o poço 246 ao futuro centro
de reservação Tanquinho.
Aroeira
Planejados quatro trechos de adutoras/redes para implantar o abastecimento
por gravidade e consolidar o setor de abastecimento. Serão: 1.600 metros de rede DN
250, interligando poço 230 ao futuro centro de reservação Orestes Lopes; 2.125
metros de rede do poço 137 ao futuro centro de reservação Aroeira; 2.000 metros de
rede DN 150, 780 metros de rede DN 200; e 950 metros de rede DN 250, para
consolidação do setor e do abastecimento por gravidade.
Heitor Rigon
Planejado três trechos de rede, para implantar a abastecimento por gravidade:
Serão 1.300 metros de rede DN 250, interligando poço 221 ao futuro centro de
reservação Heitor Rigon, 1.300 metros de rede DN 250, interligando o futuro centro
de reservação à rede baixa e 1.200 metros de rede de distribuição, interligando o
centro de reservação Heitor Rigon à rede alta.
Catetos
Planejados três trechos de adutoras para implantar o abastecimento por
gravidade. Serão: 1.330 metros de rede DN 300, interligando o poço de sucção, a ser
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 40
construído na área do poço 180, ao reservatório Catetos; 1.210 metros de rede DN
250, interligando poço 140 ao poço de sucção (poço 180); e 790 metros de rede DN
200, interligando o poço 236 ao reservatório Catetos.
Pq. dos Lagos
Planejados 3.900 metros de rede DN 250, interligando o poço novo (Recreio
Internacional) ao futuro centro de reservação Pq. dos Lagos.
Jd. Regatas
Planejados 1.800 metros de rede DN 150, interligando o futuro centro de
reservação Regatas ao bairro Leo Gomes de Moraes.
São José
Planejados dois trechos de adutoras, para consolidação do setor de
abastecimento. Serão: 950 metros de rede DN 200, interligando poço de sucção
existente à rede existente, próxima ao Jd. Santa Terezinha; e 1.550 metros de rede
DN 250, interligando poço 228 ao reservatório São José.
Campos Elíseos
Planejados três trechos de adutoras para implantar o abastecimento por
gravidade. Serão: 1.240 metros de rede DN 200, interligando poço 198 a E.E.A.T.
Matadouro; 1.240 metros de rede DN 250, interligando poço Novo a E.E.A.T.
Matadouro; e 1.271 metros de rede DN 250, interligando poço Novo ao reservatório
São Bento.
Educandário
Planejados dois trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por
gravidade. Serão: 1.800 metros de rede DN 250, interligando poço 226 ao reservatório
Educandário; e 1.600 metros de rede DN 250, interligando poço 205 ao reservatório
Educandário.
Nova Aliança Sul
Planejada uma travessia, interligando o reservatório Nova Aliança Sul à
E.E.A.T. Jd. Canada.
Alto da Boa Vista
Planejados 1.255 metros de rede DN 250, interligando a E.E.A.T. Jd. América
ao reservatório Sumaré.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 41
Centro
Planejados dois trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por
gravidade. Serão: 890 metros de rede DN 250, interligando poço Novo ao centro de
reservação Schimidt; 1.000 metros de rede DN 250, interligando o poço 249 ao
reservatório Junqueira.
Botânico/City
Planejados 1.045 metros de rede DN 250, interligando a poço Novo América
ao reservatório City.
Monte Alegre
Planejados dois trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por
gravidade. Serão: 645 metros de rede DN 250, interligando poço Novo ao reservatório
Junqueira; e 1.000 metros de rede DN 250, interligando poço 249 ao reservatório
Junqueira.
Monteiro Lobato
Planejados 1.215 metros de rede DN 250, interligando o poço 153 América ao
reservatório Monteiro Lobato.
Vila Tibério
Planejados 1.150 metros de rede DN 300, interligando a E.E.A.T. ao
reservatório Vila Tibério.
Piratininga
Planejados 875 metros de rede, interligando Reservatório Monteiro Lobato ao
Reservatório Piratininga.
Palmares
Planejados três trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por
gravidade. Serão: 1.558 metros de rede DN 200, interligando poço 190 ao reservatório
Palmares; 960 metros de rede DN 200, interligando poço 149 ao reservatório
Palmares; e 924 metros de rede DN 200, interligando poço 236 ao reservatório
Palmares.
Jd. Paulista
Planejados 560 metros de rede DN 200, interligando Reservatório São Bento
ao Reservatório Jd. Paulista.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 42
Pq. Ribeirão
Planejados 2.030 metros de rede DN 300, interligando E.E.A.T. Santa Tereza
ao reservatório Pq. Ribeirão.
Ribeirânia
Planejados 690 metros de rede, interligando Poço 244 ao futuro centro de
reservação Ribeirânia.
Zona Norte
Planejados três trechos de adutoras, para implantar o abastecimento por
gravidade e uma travessia. Serão: 1.280 metros de rede DN 200, interligando poço
192 à E.E.A.T. Quintino; 1.130 metros de rede DN 300, interligando poço de sucção
(a ser construído no poço 162) ao reservatório Avelino Palma; e 2.180 metros de rede
DN 300, interligando E.E.A.T. Quintino ao poço de sucção (a ser construído no poço
162). Uma travessia de DN 500, interligando poço de sucção (a ser construído no
poço 162) ao reservatório Avelino Palma.
a.1.3) Reservatórios
Os reservatórios foram planejados, de forma a atender demandas reprimidas e
futuras, implantar reservação em locais onde não existe, consolidando os setores de
abastecimento.
Jd. Recreio
Planejado um reservatório apoiado de 1.000 m³ na área do DAERP.
Vila Elisa
Planejado um reservatório apoiado de 2.500 m³ na área do DAERP.
Orestes Lopes
Planejado um reservatório apoiado de 2.000 m³ e um reservatório elevado de
200 m³, ambos estão programados para serem implantados em área verde que
necessitará ser desafetada.
Tanquinho
Planejado um reservatório apoiado de 2.000 m³ e um reservatório elevado de
200 m³, ambos estão programados para serem implantados em área verde que
necessitará ser desafetada.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 43
Bonfim
Planejado um reservatório apoiado de 2.000 m³, um reservatório apoiado de
1.500 m³ e um reservatório elevado de 200 m³, ambos estão programados para serem
implantados na área do DAERP.
Aroeira
Planejado um reservatório apoiado de 2.000 m³ e um reservatório elevado de
200 m³, ambos estão programados para serem implantados na área a ser destinada
a este fim pelo empreendedor.
Quinta da Primavera
Planejado um reservatório apoiado de 2.500 m³ na área do DAERP.
Salgado Filho
Planejado um reservatório apoiado de 1.000 m³ em área verde que deverá ser
desafetada.
Vila Tibério
Planejado um reservatório apoiado de 1.000 m³ em área do DAERP.
Pq. Ribeirão
Planejado um reservatório apoiado de 2.500 m³ em área do DAERP.
Nova Aliança
Planejado um reservatório apoiado de 1.500 m³ em área do DAERP.
a.1.4) Implantação do Centro de Controle Operacional (CCO) e Sistema de Medição
Remota (SMR)
Neste item são apresentados os projetos de apoio à setorização e importantes
para melhoria dos resultados.
Os programas de apoio são os de monitoramento remotos concentrados em
um CCO (Centro de Controle Operacional), para uma melhor gestão operacional e
mais eficácia nas decisões.
O SMR concentrará no CCO os seguintes parâmetros: Vazões dos poços
(produção de água), vazões de saídas dos reservatórios setoriais, níveis dos
reservatórios setoriais, medição de pressão nos cavaletes dos poços e nos pontos
estratégicos das redes de distribuição de cada setor planejado, “status” de liga e
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 44
desliga, tensão e corrente das EEA e poços, entre outros, que poderão ser
importantes para uma boa gestão operacional.
O CCO deverá, além de concentrar os diversos parâmetros medidos, ter a
capacidade de fazer simulações hidráulicas, gestão de perdas, gestão de eficiência
energética e emissão de relatórios gerenciais, entre outras facilidades.
a.1.5) Projeto Socioambiental
Será desenvolvido Trabalho Socioambiental inserido no Programa de Gestão,
Controle e Redução de Perdas. A elaboração e execução desse Projeto deverá alinhar
as atividades e ações sociais com o cronograma de obras de intervenção no Sistema
de Abastecimento de Água decorrentes do Programa. Serão abrangidas atuações nas
quatro frentes definidas pela Portaria nº 464 de 25/07/2018 do Ministério do
Desenvolvimento Regional: mobilização, organização e fortalecimento social,
acompanhamento e gestão social das intervenções (obras), educação ambiental e
patrimonial e desenvolvimento socioeconômico.
a.1.6) Pesquisa e Reparo de Vazamento não Visível
Contratação de empresa para realizar a pesquisa, por métodos acústicos, e
reparo de vazamentos ocultos, em todo município de Ribeirão Preto.
a.1.7) Caça Fraude
Contratação de empresa especializada em detecção de irregularidades nos
ramais de abastecimento.
a.1.8) Projeto de Substituição de Hidrômetro
Esta ação está dividida em duas vertentes, a aquisição de novos equipamentos,
no valor de R$ 15.231.002,00 e a instalação, com custo estimado de R$ 4.486.340,00.
Na aquisição, estão contemplados hidrômetros velocimétricos, ultrassónicos e
hidrômetros pré-equipados com telemetria, porém a instalação contempla somente os
velocímetros, pois são a grande maioria e os mais antigos.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 45
a.2) Investimentos com Recursos do PAC
a.2.1) Reservatório de Abastecimento Público
Execução de cinco reservatórios em concreto armado, totalizando 6.800 m³ de
reservação. As obras são realizadas com financiamento federal com recursos do PAC
– Programa Saneamento para Todos.
As obras fazem parte do planejamento para redução de perdas no sistema de
distribuição, pois visam atender regiões da cidade onde não há reservação e os poços
abastecem as redes em marcha.
Está prevista a execução de 1(um) reservatório apoiado de 2.000 (dois mil) m³
no bairro Pq. São Sebastião, 1(um) reservatório apoiado 2.000 (dois mil) e 1 (um)
reservatório elevado de 300 (trezentos) m³ no bairro Ribeirânia, 1 (um) reservatório
apoiado de 2.000 m³ e 1 (um) reservatório elevado de 500 (quinhentos) m³ no bairro
Heitor Rigon.
a.2.2) Substituição de Rede Antiga
Substituição de 42 km de redes de distribuição e a substituição de 8.648
unidades de ramais de abastecimento. As obras são realizadas com financiamento
federal com recursos do PAC – Programa Saneamento para Todos.
As obras fazem parte do planejamento para redução de perdas no sistema de
distribuição, pois visam atender regiões da cidade onde a infraestrutura é antiga e há
elevado índice de vazamentos.
A obra possui duas características construtivas, o método convencional com
construção a céu aberto e Método Não Destrutivo (MND). Segue resumo:
Quadro 2.4 – Resumo dos serviços de substituição de rede.
Bairro Extensão Rede
Jd. Recreio (Método Tradicional) 2.856 m
Jd. São Luiz 8.671 m
Campos Elíseos 15.940 m
Jd. Macedo 14.770 m
TOTAL 42.237 m
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 46
Quadro 2.5 – Quantitativo de ramais.
Método Executivo Quantidade
Convencional 6.000 unid
TOTAL 6.000 unid
Fonte: DAERP.
2.1.5.4 Resumo dos Investimentos
O DAERP possui três linhas de recursos:
a) Previsto com Recursos do Programa Avançar Cidades – Saneamento
Quadro 2.6 – Resumo dos investimentos em andamento.
Programa de Gestão, Controle e Redução das Perdas de Água
(2018 - 2021)
Ano Orçamento Estimativo 2018 2019 2020 2021
Real (R$)
Implantação da Setorização
Carta consulta ao MDR
Implantação da Setorização
Físico Licitação - Obra - Instalações
Finan.(R$) 72.545.000 24.456.150 97.001.150
Projeto e implantação de
DMC's
Físico Licitação - Projeto - Implantação
Finan.(R$) 951.000 1.902.001 2.853.001
Sistema de Gerenciamento
Operacional (inclui CCO +
SMR)
Físico Licitação - Implantação
Finan.(R$) 5.573.305 3.343.983 8.917.288
Projetos Socioambiemtais
Físico Licitação - Projeto - Implementação
Finan.(R$) 608.716 608.716 1.217.432
Pesquisa e Reparos de
Vazamentos Não Visíveis
Físico Licitação - Execução dos Serviços
Finan.(R$) 5.878.575 1.175.715 7.054.290
Caça Fraude Físico Licitação - Execução dos Serviços
Finan.(R$) 3.000.000 1.500.000 4.500.000
Total Finan.(R$) 88.556.596 32.986.565 121.543.161
Avaliação (R$) 200.000
Total (R$) 121.743.161
Fonte: DAERP.
b) Em Andamento com Recursos PAC II
PAC II - Contrato de Financiamento Programa Saneamento para Todos –
Contrato Caixa 410.455-79/2013
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 47
Custo para as obras de substituição de redes:
Quadro 2.7 – Resumo de recursos para substituição de rede.
Recurso Disponível Valor a Ser Utilizado
R$ 14.044.390,63 R$ 12.209.623,41
Fonte: DAERP.
Custo para as obras de Implantação de reservatórios:
Quadro 2.8 – Resumo de recursos para implantação de reservatórios.
Recurso Disponível Valor a Ser Utilizado
R$ 6.949.505,46 R$ 6.189.928,28
Fonte: DAERP.
Em andamento com recurso do FESH:
Quadro 2.9 – Resumo de recursos para substituição de hidrômetro.
Ação Investimento
Aquisição R$ 15.231.002,00
Substituição de hidrômetros R$ 4.486.340,00
Total R$ 19.717.362,00
Fonte: DAERP.
2.1.6 Principais Problemas e Dificuldades
Uma dificuldade é lidar com a grande demanda de serviços e com a
capacitação necessária dos funcionários. Sendo assim, a implantação de um
procedimento padrão para atividades é necessário.
2.1.6.1 Falta de Procedimento Operacional Padrão (POP)
O procedimento operacional padrão é um conjunto de instruções escritas que
documentam uma rotina ou atividade. É uma ferramenta que padroniza os processos
visando minimizar erros e variações e garantir qualidade do serviço.
2.1.6.2 Distribuição em Marcha no Sistema de Abastecimento
A distribuição em marcha dos poços e a mistura das áreas de influência de
cada poço, por meio de sua interligação, através da rede distribuição, devido a
concepção de distribuição adotada, de reservatórios de sobra, ampliam as
dificuldades apresentadas na operação geral (poço, rede de distribuição e reservatório
setorial) e manutenção dos sistemas.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 48
2.1.6.3 Serviços de Manutenção
a) Nos Reparos de Vazamentos
Como os sistemas de abastecimento são interligados pela rede de distribuição,
os reparos de vazamentos, quase sempre, são realizados sem a interrupção do fluxo,
devido a inexistência de setores de manobra, que devem ser implantados, para que
todas as manutenções sejam realizadas com a interrupção do fluxo da água, sem
afetar uma grande extensão da rede de distribuição. Atualmente, a concepção
adotada e a inexistência de setores de manobra dificultam estas manutenções com a
interrupção do fluxo.
Os vazamentos visíveis e não visíveis ocorrem, invariavelmente, nas redes e
ramais, tanto nos sistemas mais sob controle, como naqueles sem controle algum, e
são decorrentes de diversos fatores, principalmente, devido a pressões elevadas.
Outras causas que impactam na ocorrência de vazamentos se relacionam com a
variação de pressão ao longo do dia, tráfego intenso, variação de temperaturas,
qualidade da mão de obra, materiais e equipamentos utilizados na execução das
redes e ramais, como em suas manutenções.
2.1.6.4 Serviços de Operação
a) Direcionamentos de Água por Meio de Fechamento de Registros
Os direcionamentos de água, por fechamento de válvulas de algumas áreas
para socorrer outra parte da rede de distribuição, por alguma dificuldade momentânea,
são difíceis de serem realizados, pelas características atuais em que se encontra boa
parte da rede de distribuição.
b) Os Poços têm Interferências entre si, Afetando Pressões e Vazões em Cada um
dos Conjuntos Eletromecânicos
Os poços, por serem equipamentos eletromecânicos, trabalham em cima de
uma curva característica de (pressão x vazão), e a variação da demanda da rede, ao
longo das 24 horas do dia, faz com que estes equipamentos tenham a pressão e vazão
variando sobremaneira, distanciando o funcionamento destes equipamentos do ponto
ótimo de rendimento, impactando, principalmente, nos consumos de energia elétrica,
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 49
aumentando significativamente as pressões nas redes de distribuição, acarretando os
rompimentos já mencionados anteriormente, e as variações de pressões, também já
mencionadas como danosas do ponto de vista da integridade das redes de
distribuição. Assim, a melhor prática para evitar os consumos elevados de energia e
o aumento das pressões na rede de distribuição será, sempre, o isolamento de cada
poço até seu reservatório setorial.
2.1.6.5 Perdas de Água no Sistema de Distribuição
As perdas de água no sistema de distribuição podem ser consideradas, de
maneira geral, como a diferença entre o que é produzido e o que é registrado nos
hidrômetros das ligações de água.
As perdas são divididas em dois tipos:
Perdas reais (perdas físicas): é o volume perdido em vazamentos (visíveis e não
visíveis) e extravasamentos.
Perdas aparentes (perdas comerciais): erro de medição em hidrômetros, fraudes e
falhas nos sistemas comerciais.
Atualmente, o DAERP estima as perdas totais de água em Ribeirão Preto,
considerando todas as variações de produção e consumo necessárias, obtendo um
valor muito próximo a realidade.
Durante a operação do sistema, observou-se diversos pontos de vazamentos
nas ruas em pontos recorrentes. Nestas regiões, geralmente há um sistema de
bombeamento ligado diretamente ao cavalete do poço, ou seja, eventuais
intermitências no abastecimento, com posterior pressurização na volta do
abastecimento, geram impactos na rede que ocasionam os vazamentos.
Há poucos dispositivos que reduzem a pressão na rede de distribuição, válvulas
redutoras de pressão, e entre as instaladas, muitas não operam como deveriam. A
falta de setorização dos bairros não permite a separação das Zonas de Pressão, pois
interligam diferentes áreas.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 50
2.1.6.6 Laboratório de Monitoramento de Água
O Laboratório foi inaugurado em 1985, há cerca de 34 anos, atualmente temos
uma estrutura defasada, com uma crescente demanda de serviços atrelado ao
crescimento populacional.
Deve ser considerada a necessidade de readequar as instalações, com
redimensionamento e revisão do layout planejado.
O quadro de pessoal da divisão de laboratório e tratamento deverá ser revisado
e redimensionado, incluindo novos cargos, específicos para a realidade da operação
do laboratório, monitoramento da qualidade da água e tratamento, a serem incluídos
em uma possível reforma do organograma (auxiliar de laboratório, coletores etc).
Figura 2.12 – Vista do laboratório.
Fonte: (PMSB, 2016).
Todos os equipamentos passam por calibração externa anualmente, contudo
não existem equipamentos reservas, na falta, os parâmetros relativos a este
equipamento deixam de ser acompanhados.
a) Programa de Monitoramento da Qualidade da Água
A cidade, atualmente, conta com 1.100 Pontos de Coleta pré-definidos,
aproximadamente. As coletas de água da rede são obtidas a partir dos cavaletes de
usuários.
O Laboratório não possui software específico para o gerenciamento dos
resultados, emissão de rotas de coletas etc. Existe um sistema simples, não integrado,
para armazenamento dos resultados gerados. Atualmente, as informações são
alimentadas de forma manual no SISÁGUA.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 51
A implantação de um software especifico de gerenciamento do laboratório de
controle da qualidade da água, garantiria maior segurança e confiabilidade aos dados.
Há 20 (vinte) sistemas de fornecimento cadastrados no plano de
monitoramento, esses sistemas foram definidos com bases geográficas e não por
influência do abastecimento de água.
Com a implantação da setorização do sistema de abastecimento da cidade, em
andamento (2020-2021), o Laboratório deverá redesenhar o Plano de Amostragem,
adequando-o gradativamente, conforme sejam implantados os setores. A setorização
favorece o monitoramento da qualidade da água, com procedimentos mais seguros e
precisos, desde que se faça a readequação dos Planos de Amostragem atuais,
conforme ocorra a setorização do sistema.
b) Tratamento de Água
O sistema de tratamento de água é composto por 118 saídas de tratamento
diariamente monitoradas.
Tendo como única fonte de captação o Aquífero Guarani, com água de
excelente qualidade, o tratamento se faz pela adição de Hipoclorito de Sódio para
desinfecção e Ácido fluo silícico para fluoretação
Em 2017, a Seção de Tratamento passou a operar no Distrito Industrial, com
instalações apropriadas para a reservação de produtos químicos: 2 reservatórios de
30.000 litros para Hipoclorito de Sódio (Cloro) e 1 reservatório de 30.000 litros para
Ácido Fluossilícico (Flúor).
Está prevista no orçamento de 2020 do DAERP a reforma para adequações na
unidade do Distrito Industrial.
Planejamento de 2020 com recursos do DAERP:
Quadro 2.10 – Planejamento 2020 com recursos Próprios.
Obras Adequações Sanitárias no Centro de Reservação de Produtos Químicos do DAERP – Distrito Industrial
R$ 250.000,00
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 52
c) Recebimento e Distribuição de Produtos Químicos
Os produtos químicos (Hipoclorito de Sódio e Ácido Fluossilícico) são
entregues pelo fornecedor no Distrito Industrial, onde são armazenados em tanques
de fibra de vidro: 2 de 30.000 L para armazenamento de hipoclorito de sódio e 1 de
30.000L para armazenamento de Ácido Fluo silícico.
São consumidos pelo sistema de produção de água cerca de 200.000 Litros de
Hipoclorito de Sódio por mês.
Contudo são 25.000 Litros de Ácido Fluossilício por mês.
Esses produtos são distribuídos no sistema com o auxílio de 4 caminhões
tanque preparados para o transporte seguro desse tipo de produto, são 3 caminhões
para hipoclorito de sódio, com tanques de 3 mil litros, e 1 caminhão para Ácido
Fluossilícico, com tanque de 2.000 L.
Em cada unidade de tratamento há 2 reservatórios, um para hipoclorito de sódio
e outro para Ácido Fluossilícico. O sistema de dosagem utilizado é de fácil operação
com bombas dosadoras de produtos químicos. A característica atual do sistema de
distribuição requer que os equipamentos dosadores sejam constantemente
monitorados e reajustados, devido às possíveis variações de vazão no decorrer do
dia, conforme já apresentado.
Figura 2.13 – Tempo de contato x dosagem de cloro.
Fonte: DAERP.
Para obter uma desinfecção eficiente é recomendado que a distribuição seja
reservatório de montante, assim o tempo de contato no processo de desinfecção será
maior. Com a distribuição em marcha, o tempo de contato é reduzido, resultando em
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 53
aumento da dosagem de cloro, para garantir a eficiência do tratamento. Ressalta-se
que os valores aplicados atendem todas as normas e portarias vigentes.
Com a setorização e a mudança de concepção do sistema de abastecimento,
passando a operar com 100% dos reservatórios a montante, o tratamento ganhará
segurança e haverá consequente diminuição da quantidade de produto químico
desinfetante adicionado à água, diminuindo também a necessidade de constante.
Figura 2.14 – Instalações operacionais.
Fonte: DAERP.
Figura 2.15 – Sistema de tratamento poço Recreio Anhanguera
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 54
2.1.6.7 Sistema Elétrico
A maioria dos problemas encontrados se deve a idade e características das
instalações, pois muitas empresas de saneamento tiveram suas atividades iniciadas
em datas anteriores à metade do século passado e esta é a situação também de
muitas instalações elétricas do DAERP.
Levando-se em consideração as tecnologias existentes na época das
instalações de origem, onde a grande maioria dos equipamentos de acionamento e
proteção elétrica era importada e com características eletromecânicas, a operação do
sistema esbarra na dificuldade de calibração dos equipamentos de proteção, desgaste
mecânico / elétrico dos equipamentos, decorrente da falta de investimentos na
modernização das instalações e ampliações realizadas sem as devidas atualizações
tecnológicas, etc.
Tendo em mente todos os riscos inerentes à situação das instalações e
proteções elétricas obsoletas de nossas unidades de captação de água, a
necessidade de atendimento das normas brasileiras de eletricidade e as normas da
concessionária de energia elétrica local, foram feitas ações no sentido de contribuir
para a eficiência energética global das instalações e atendimento das normas em
vigor, sendo as principais ações:
Aquisição e instalação de Centros de Controle de Motores, com
Inversores de Frequência e com Softs Starters.
Substituição de painéis obsoletos por novos, que além de resolver
problemas hidráulicos, devido às partidas e paradas bruscas dos poços
e elevatórias, acarretou importante melhoria na eficiência energética
global das instalações.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 55
Figura 2.16 – Painel Soft Starter 400 CV: (a) Vista externa; (b) Vista interna.
(a) (b)
Fonte: DAERP.
Figura 2.17 – Painel Soft Starter 200 CV: (a) Vista externa; (b) Vista interna.
(a) (b)
Fonte: DAERP.
A aquisição de Cabines Compactas Blindadas de Medição, Proteção e
Abrigo Metálico para Transformador, visando a substituição da entrada
de energia obsoleta. Esta atitude proporcionou a adequação da entrada
de energia às normas vigentes, adequação das bombas que estavam
limitadas pelas capacidades dos transformadores, maior confiabilidade
no recebimento de energia da concessionária e maior rapidez no
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 56
restabelecimento de energia da unidade, quando de uma falha em uma
das linhas alimentadoras.
Figura 2.18 – Cabine instalada, poço Maria da Graça
Fonte: DAERP.
Figura 2.19 – Relé microprocessado.
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 57
Figura 2.20 – Testes de funcionamento cabine.
Fonte: DAERP.
Figura 2.21 – Abrigo metálico transformador.
Fonte: DAERP.
A Modernização de Ferramentas e Equipamentos de Trabalho também
representou medida importante, no sentido de melhorar a eficiência operacional dos
sistemas elétricos instalados, mencionamos:
Aquisição de equipamento cesto aéreo, equipamento moderno para trabalhos
em altura, propicia a execução de trabalhos de manutenção em redes de distribuição
de energia elétrica com mais segurança, diminuição do esforço físico dos eletricistas
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 58
durante a realização das atividades, aumentando, assim, a produtividade dos
eletricistas na realização dessas atividades.
Figura 2.22 – Equipamento cesto aéreo.
Fonte: DAERP.
2.1.6.8 Sistema Mecânico
A situação do sistema mecânico poderia ser melhorada, atuando nos seguintes
campos:
a) Equipamentos com idade avançada de tempo de operação, principalmente nas
Estações Elevatórias de Água (EEA’s)
Com investimentos limitados em novas tecnologias, há na planta mecânica do
sistema de abastecimento do DAERP equipamentos obsoletos. Tal fato prejudica a
confiabilidade e a eficiência da operação dos sistemas mecânicos, pois além dos
equipamentos estarem defasados tecnologicamente, apresentam perdas
significativas de rendimento, decorrente do tempo de operação superior à vida útil,
acarretando maiores gastos com energia elétrica e mais paradas no sistema de
abastecimento de água. Sendo assim, existe a necessidade de renovação dos
equipamentos.
Há previsão de compra para 7 elevatórias que levaria a uma redução de
consumo de energia demonstrada abaixo.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 59
Quadro 2.11 – Conjuntos instalados atualmente.
EEAT MODELO ETA/ITAP
MOTOR (CV)
POTENCIA EXIGIDA
OPERAÇÃO HORAS/DIA
CONSUMO (KW)
CONSUMO R$ EM 12 MESES
DELBOUX 80/33 -2 40 4,8 CV 20 29,44 79.488,00
CITY FIUSA
100/330-2 50 23,5 CV 24 36,8 99.360,00
CITY ELEVADO
100/330 30 11,4 CV 20 22,08 59.616,00
NILDO TAROZO
125/400-2 100 44,3 CV 20 73,6 198.720,00
SÃO JOSÉ 125/400 100 40 CV 20 73,6 198.720,00
CANADÁ SUMARÉ
150/500 400 92,8 CV 24 294,4 794.880,00
CANADA FÍUSA
150/500 200 76,2 24 147,2 397.440,00
TOTAL 1.828.224,00
Fonte: DAERP.
Quadro 2.12 – Conjuntos indicados a serem instalados.
EEAT MODELO ETA/ITAP
MOTOR (CV)
POTENCIA EXIGIDA
OPERAÇÃO HORAS/DIA
CONSUMO (KW)
CONSUMO R$ EM 12 MESES
DELBOUX 65/260 6 4,8 CV 20 4,416 15.897,60
CITY FIUSA
80/400-2 30 23,5 CV 24 22,08 79.488,00
CITY ELEVADO
100/260 15 11,4 CV 20 11,04 39.744,00
NILDO TAROZO
125/330 50 44,3 CV 20 36,8 132.480,00
SÃO JOSÉ 125/330 50 40 CV 20 36,8 132.480,00
CANADÁ SUMARÉ
150/400 125 92,8 CV 24 92 331.200,00
CANADA FÍUSA
150/500-2 100 76,2 24 73,6 264.960,00
TOTAL 996.249,60
Fonte: DAERP.
Portanto, será importante dar continuidade à modernização e
redimensionamento dos equipamentos, englobando todas as EEA’s.
b) Situação reduzida do número de colaboradores da seção
É possível observar que há um déficit na quantidade de funcionários para
execução dos serviços de competência da Seção de Mecânica.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 60
Não há torneiros mecânicos contratados, que são extremamente necessários
para manutenções que afetam diretamente a continuidade do sistema de água: peças
rosqueadas para conexões em tubulações adutoras, edutoras e barriletes de
reservatório; eixos de válvulas de manobra; peças no geral para bombas e a oficina
mecânica veicular.
Há apenas dois soldadores (os dois em idade avançada) que também fazem
serviços para manutenções internas: caminhões, materiais para escritório, suporte
para ar condicionado, portões, cadeados para segurança de instalações, etc.
A quantidade de mecânicos de bombas também está baixa. Não é possível,
caso necessário, substituir a bomba submersa de 2 poços simultaneamente.
Sendo assim, é importantíssima a contratação de novos funcionários.
O DAERP prevê a abertura de concurso público para suprir as necessidades
operacionais.
2.1.6.9 Sistema de Automação
Vários sistemas elétricos instalados, possuem sistema de automação, porém
estes não enviam informações para o CCO, devido à falta do sistema de telemetria e
um centro adequado para receber os dados. Atualmente, existe somente um sistema
de telemetria em funcionamento, no bairro recém implantado Vida Nova Ribeirão, que
fornece informações como vazão e pressão do poço e nível dos reservatórios.
A falta de telemetria atrapalha, sensivelmente, a operação dos sistemas, pois
não há aviso de ocorrências de inconformidades e a manutenção acaba sendo
realizada tardiamente, quando já há prejuízo à população.
A implantação de um Sistema de Automação com Sistema de Monitoramento
Remoto, possibilitará melhorias significativas na produtividade e qualidade nas
diversas áreas do DAERP.
O sistema deverá contemplar:
Gerenciamento e monitoramento da Macromedição;
Gerenciamento e monitoramento da Micromedição;
Gerenciamento e monitoramento da Eficiência Energética dos Sistemas;
Gerenciamento e monitoramento das Ocorrências de Campo, integrado com
os sistemas comerciais existentes;
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 61
Gerenciamento e monitoramento das Equipes volantes;
Gerenciamento e monitoramento da Segurança das Unidades.
Proporcionar as condições básicas para permitir o controle/operação à
distância através do CCO;
Utilização de tecnologia de alta performance e de última geração;
Facilidade de manutenção e minimização dos tempos de paradas do sistema;
Proporcionar eficiente controle operacional e gerencial;
Implementar comandos de operação, recursos de supervisão e controles
otimizados, que permitam a plena monitoração, controlabilidade e
confiabilidade dos processos;
Assegurar a qualidade da operação e a estabilidade funcional e produtiva dos
sistemas de abastecimentos.
Estabelecer os parâmetros de controle hidráulico, elétrico e químico;
Revisar os parâmetros críticos;
Atualizar dados;
Realizar diagnósticos;
Gerar relatórios para fins operacionais e de manutenção;
Reduzir ao mínimo a necessidade de pessoal de operação e manutenção das
unidades;
Gerar alarme para situações de anormalidade;
Ser modular e ter flexibilidade para expansões futuras;
Ter conectividade com outros sistemas de controles e corporativos;
Ser capaz de desenvolver tarefas de controle, monitoração e simulação de
forma simultânea.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 62
2.2 PROGNÓSTICO
Constituem-se objetivos deste Plano:
A universalização plena dos serviços prestados, e
A prestação dos serviços dentro de padrões estabelecidos pelos conceitos de
serviços adequados.
Entende-se por universalização dos serviços o pleno atendimento dos usuários,
quer no sentido da quantidade, quer no sentido da qualidade dos serviços prestados,
devendo os prestadores de cada serviço, atender às normas e regulamentos em
vigência.
Entende-se por serviço adequado, aquele que satisfaz as condições de
regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia
na sua prestação e modicidade das tarifas, condições essas estabelecidas em leis,
que regem o tema.
Definem-se cada um dos requisitos como segue:
Regularidade – Obediência às regras estabelecidas sejam as fixadas nas leis
e normas técnicas pertinentes ou neste documento;
Continuidade – Os serviços devem ser contínuos, sem interrupções, exceto nas
situações previstas em lei e definidas neste regulamento;
Eficiência – A obtenção do efeito desejado no tempo planejado;
Segurança – A ausência dos riscos de danos para os usuários, para a
população em geral, para os empregados e instalações do serviço e para a
propriedade pública ou privada;
Atualidade – Modernidade das técnicas, dos equipamentos e das instalações,
e a sua conservação, bem como a melhoria e a expansão dos serviços;
Generalidade – Universalidade do direito ao atendimento; e
Cortesia – Grau de urbanidade com que os empregados do serviço atendem
aos usuários.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 63
Modicidade das tarifas – Valor relativo da tarifa no contexto do orçamento do
usuário.
O sistema de abastecimento de água, para formulação das necessidades, foi
dividido em partes, não necessariamente coincidentes com aquelas apontadas no
diagnóstico, para melhor compreensão e formulação de propostas.
Haverá objetivos que serão continuidades de programas já existente, em
virtude de promover a continuidade do planejamento.
Os poços, Estações Elevatórias de Água Tratada (EEAT’s), assim como
adutoras que distribuem em marcha, necessitam de reforma no sistema
eletromecânico, para aumentar a eficiência e proteção dos equipamentos e pessoal e
aumentar a eficiência energética do sistema como um todo.
A reservação usada de forma inadequada contribui para o desabastecimento
eventual de algumas zonas, notadamente aqueles situados nos pontos mais altos. A
construção de novos reservatórios, bem como a setorização das redes irá otimizar, de
forma considerável, o sistema e diminuir sensivelmente a incidência de vazamentos
nas redes de distribuição, pois as pressões a que são submetidas as tubulações irão
diminuir consideravelmente.
As perdas de água, em aproximadamente 55%, é o ponto mais crítico do
sistema de distribuição. Sua origem está na pressão elevada, resultante da
distribuição em marcha, má conservação da rede, falhas cadastrais e ligação
clandestinas. O nível piezométrico elevado somado à falta de setorização é a causa
dos constantes vazamentos e intermitências no abastecimento em alguns locais da
cidade.
A Autarquia elaborou o Programa de Segurança da Água para agir contra
eventualidades que possam prejudicar a potabilidade e a segurança hídrica do
sistema de abastecimento.
A regulamentação dos serviços prestados foi atualizada através da implantação
do Decreto (18/2018) que orienta todas as atividades da autarquia e sua relação com
o consumidor final, inclusive com a atualização de preços, através da nova matriz
tarifária.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 64
Existem poucos indicadores de gestão implantados para os sistemas de
saneamento. Os mecanismos de controle são empíricos e totalmente desprovidos de
fundamentação técnica.
Toda informação tem um grau de confiabilidade muito baixo pela falta de
indicadores de gestão técnica, comercial, administrativa e financeira.
O DAERP, como operador dos sistemas de água e esgotos, os quais geram
tarifas, deve ter o controle total das informações relativas ao processo, para que
possam ser implantados indicadores gerenciais, inclusive disponibilizando as
informações para os gerentes (intranet) e usuários dos sistemas.
As informações também passarão a ser objeto de fiscalização por parte da
Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento. No caso do município de Ribeirão
Preto, a agência reguladora, nos próximos cinco anos, é a ARES – PCJ, aprovada
pela Lei Complementar 32/2018.
2.2.1 Manancial Subterrâneo
O manancial subterrâneo, que atualmente abastece Ribeirão Preto, é uma das
maiores reservas subterrâneas já identificadas, o Aquífero Guarani.
Com o elevado grau de crescimento que se observa no município, em breve,
poderá ser necessário um novo manancial para abastecimento, pois algumas regiões
da cidade não oferecem condições, em curto e médio prazo, para abertura de novos
poços. Nesse sentido, o DAERP está elaborando um estudo preliminar, visando à
implantação de uma Estação de Tratamento de Água, aproveitando o Rio Pardo como
manancial superficial.
2.2.2 Análise Geral do Sistema
As perdas elevadas no sistema de distribuição impactam negativamente na
operação do sistema e nas finanças da autarquia, sendo assim, a adoção de um
programa de redução dessas perdas deve ser encarada como prioridade imediata,
para recompor o manancial subterrâneo, diminuir custos operacionais e garantir a
continuidade de utilização do manancial, até que seja necessária a implantação de
novo manancial superficial, pois possui capacidade nominal para atender as
demandas previstas até o final deste Plano.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 65
Com uma correta setorização de zonas de pressão, teremos um aumento da
vida útil das tubulações, uma diminuição da ocorrência de vazamentos e a garantia
de abastecimento com pressões satisfatórias em todas as regiões da cidade.
As redes de distribuição são outro ponto deficiente do sistema. Contando com
mais de 2.000 km de redes de distribuição, o DAERP tem necessidade de
remanejamento de mais de 200 km de redes antigas, o que implica em intermitências
no abastecimento em alguns pontos da cidade.
Com o remanejamento dessas redes os ramais domiciliares também serão
substituídos, pois é neles que surge o maior número de vazamentos, seja pelas
pressões elevadas, seja pela inadequação e baixa profundidade desses ramais.
Assim tem-se a necessidade de troca de aproximadamente 35.000 ramais
domiciliares.
Os demais itens que compõe o quadro das necessidades de intervenções são
de ordem operacional, todas elas de baixo custo, podendo ser implantados de acordo
com a disponibilidade financeira do DAERP.
2.2.3 Ações Previstas, Custos e Investimentos Estimados
Neste item foram estabelecidos os programas, ações e outros mecanismos
para atendimento dos objetivos, metas e estratégias dos serviços de saneamento
básico integrado do município de Ribeirão Preto. As premissas são resultantes do
Diagnostico, onde foram levantadas as deficiências dos sistemas, individualmente, e
priorizadas, de acordo com a necessidade real de cada sistema.
De acordo com a Lei federal 11.445/07, os programas e ações, deverão ser
divididos em ações de curto, médio e longo prazo.
Com base nesses elementos, ficou estabelecida a conceituação de metas de
curto, médio e longo prazo, bem como os índices de investimentos, conforme quadro
abaixo.
a) Metas de curto prazo: serão aquelas que podem ser cumpridas em até 4
(quatro) anos da aprovação deste plano, ou seja, até o final do ano de 2023.
b) Metas de médio prazo: serão aquelas que podem ser cumpridas num prazo
entre 5 (cinco) e 8 (oito) anos da aprovação de plano, entre os anos 2024 e
o final de 2027.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 66
c) Metas de longo prazo: serão aquelas a serem cumpridas num prazo acima
de 9 (seis) e até 20 (vinte) anos da aprovação do plano, entre os anos de
2028 e o final de 2039.
Nesta etapa, outros indicadores financeiros deverão ser incorporados ao Plano,
de forma a ficarem definidos os custos previstos dos investimentos de cada sistema,
individualmente, para, no final, compor o Plano de Investimentos.
O item dos indicadores gerenciais foi enquadrado como um sistema a ser
implantado, pois é ele que vai fornecer os elementos básicos para o
acompanhamento, desenvolvimento, fiscalização e gerenciamento dos sistemas.
Dada sua importância, não só para o desenvolvimento do Plano, mas para todo o
sistema de saneamento básico, somado ao fato de não haver nenhum sistema de
indicadores existente, foi tratado como um novo sistema a ser implantado.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 67
2.3 OBJETIVOS E METAS
Em função dos objetivos e do plano de metas, já consolidados, serão
apresentados, com a respectiva estimativa de recursos necessários, os programas,
os projetos e as ações, necessários para operacionalização do plano com a finalidade
de atingir as metas estabelecidas.
Serão apresentados e detalhados os programas, projetos e ações necessárias
para atingir os objetivos e as metas, de cada sistema individualmente, sendo que para
cada uma das ações propostas.
Quadro 2.13 – Resumo dos objetivos e metas.
Objetivo Meta
Reduzir para 30% as perdas no sistema de distribuição
Implantação de 56 setores de abastecimento;
Projeto e implantação de distritos de medição e controle (DMC);
Implantação do centro de controle operacional;
Realizar projeto socioambiental;
Reduzir tempo de reparo de vazamento e de detecção e reparo de vazamento não visível;
Diminuir o número de irregularidades; e
Substituir 145.000 hidrômetros no município.
Renovar o parque de hidrômetros do município
Substituição contínua de todos hidrômetros existentes.
Cadastro digitalizado
Cadastramento contínuo de redes e adutoras existentes; e
Georreferenciar o cadastro de sistema de distribuição.
Recuperação do sistema de distribuição Substituir 200 km de redes de abastecimento em 20
anos.
Recuperação do manancial subterrâneo Realizar manutenção em poços que apresentem
queda na captação.
Adequação e reforma da infraestrutura existente
Avaliação e Reforma de Infraestrutura do Sistema de Abastecimento
Melhorar a eficiência energética Readequação do sistema eletromecânico de adução
de água tratada.
Implantar normas técnicas e procedimentos operacionais internos
para melhoria da eficiência na prestação de serviço.
Implantar normas internas para novos empreendimentos; e
Padronizar e implantar procedimentos operacionais e administrativos da Autarquia.
Colaborar com a prefeitura nos processos de regularização fundiária
Implantar sistema de abastecimento nos locais de regularização.
Avaliar novo sistema de captação
Elaborar estudo e projeto básico para captação de água superficial e implantação de macro setores de abastecimento interligados aos setores existentes; e
Implantar nova fonte produtora.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 68
2.4 AÇÕES PREVISTAS, CUSTOS E INVESTIMENTOS ESTIMADOS
2.4.1 Reduzir para 30% as Perdas no Sistema de Distribuição
O nível de perdas aproximadamente 55 %, é extremamente preocupante, e as
consequências são a diminuição da eficiência com possível intermitência temporária
e inviabilidade de novos financiamentos para ampliação dos sistemas, sem que estas
estejam atreladas a um programa de recuperação de perdas, conforme normas dos
agentes financeiros do Governo Federal, em especial pelo Ministério do
Desenvolvimento Regional, que é o maior agente de fomento do saneamento básico
no país.
Um programa de redução de perdas exige recursos financeiros de grande
monta, tempo de maturação para sua implantação, projetos estruturados, capacitação
profissional e uma CONTINUIDADE DAS AÇÕES planejadas.
O controle de perdas é um conjunto harmônico de atividades planejadas e
realizadas pelo DAERP, destinadas a alcançar e manter um nível em que os
componentes de perdas devido a vazamentos, usos clandestinos, desperdícios,
consumos operacionais, erros de medição sejam mínimos, dentro de condições de
viabilidade técnica, econômica, financeira e institucional.
As atividades do controle de perdas se estendem a todos os sistemas
organizacionais, sendo que atua principalmente nos sistemas finais: operacional e
comercial. Os resultados alcançados, através do controle de perdas em uma
instituição, concorrem para uma gestão operacional eficiente, capaz de obter, de
forma permanente, seus objetivos com menor custo possível.
2.4.1.1 Implantação de 56 Setores de Abastecimento
A falta de setorização do sistema não permite o equilíbrio no abastecimento,
contribuindo assim, para a falta de regularidade de abastecimento. A setorização das
redes aperfeiçoará o sistema, permitindo que as pressões internas nas tubulações
sejam adequadas em todo sistema de distribuição, com aumento na vida útil das
mesmas.
A forma de atingir essa setorização será com a construção de novas adutoras,
interligando os poços com os reservatórios de sobra, que passarão a funcionar como
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 69
reservatórios de montante, implantação de registros de manobras em pontos notáveis
do sistema, para impedir a passagem de água entre as zonas de pressão.
As ações a serem realizadas compreendem:
Implantar 56 setores de abastecimento estanques entre si por meio de válvulas;
Garantir que setores adjacentes possam ajudar setores com problemas de
abastecimento, quando necessário;
Implantar aproximadamente 64 KM de adutora, para eliminar a distribuição em
marcha dos poços profundos;
Implantar 10 poços profundos (2 (dois) novos e 8 (oito) em substituição); e
Implantar válvulas reguladoras de pressão e distritos de medição e controle
(DMC) para melhorar a operação e controle de perdas.
O investimento será da ordem de R$ 97.001.150,00 e o prazo de execução
será entre 2.020 a 2.023.
2.4.1.2 Projeto e Implantação de Distritos de Medição e Controle (DMC).
Implantar os distritos de medição e controle consiste em dividir os setores de
abastecimento em áreas menores, para facilitar o controle e operação do sistema.
Como benefício desta ação podemos elencar:
Conhecimento do consumo real da área;
Otimização da gestão de perdas; e
Possibilita um planejamento efetivo.
Essa ação será realizada entre 2.020 e 2.023, com investimento estimado de
R$ 2.853.001,00.
2.4.1.3 Implantação do CCO
Implantar um centro de controle equipado para realizar monitoramento visando
obter, processar, analisar, e divulgar dados operacionais relativos a vazões, pressões
e níveis de água, realizando diagnósticos específicos sob condições reais de
funcionamento das unidades operacionais dos sistemas de abastecimento de água.
Está previsto um investimento de R$ 8.917.288,00 com prazo de 2.020 a 2.023.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 70
2.4.1.4 Realizar Projeto Socioambiental
Realizar o suporte e esclarecimento a população com relação as obras em
execução e os benefícios que o transtorno passageiro trará. Assim como atuar de
forma a promover a mobilização, organização e fortalecimento social, educação
ambiental e patrimonial e desenvolvimento socioeconômico.
Essa ação será realizada entre 2.020 e 2.023 com investimento estimado de
R$ 1.217.432,00.
2.4.1.5 Reduzir o Tempo de Reparo de Vazamento Visível e de Detecção e Reparo
de Vazamento não Visível
Realizar a pesquisa de vazamento oculto conforme recomenda a ABENDI, visto
que a pesquisa por vazamento não visível não é abrangente e sistemática, no
momento.
Implantar ações gerenciais eficazes buscando a redução de tempo de espera
para o reparo do vazamento visível e não visível.
Esta ação tem investimento inicial estimado de R$ 7.054.290,00 para o prazo
de 2019 a 2021, porém é uma ação continua que deve ser propagada para que as
perdas de água não saiam do controle. Portanto, após esse período, o DAERP deverá
continuar investindo R$ 5.643.432, por ano, entre os anos 2022 a 2023, totalizando
custo estimado de R$ 11.286.864,00. De 2024 ao final de 2027 o custo estimado é de
R$ 22.573.728,00 e de 2028 até o final de 2039 com custo estimado de R$
67.721.184,00.
2.4.1.6 Diminuir o Número de Irregularidades
Identificar possíveis irregularidades como, hidrômetro violado, ligação
clandestina, hidrômetro invertido, by pass e outros tipos de irregularidades, visando
aumentar a disponibilidade de água, melhorar a eficiência do sistema e, por
consequência, diminuir perdas aparentes.
Essa ação tem investimento inicial previsto de R$ 4.500.000,00 para 2020 e
2021. Entretanto, essa ação deverá ser realizada continuamente pela autarquia, por
isso, estima-se que entre os anos 2022 e 2023 a ação terá custo de R$ 4.500.000,00
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 71
totalizando R$ 9.000.000,00, entre 2024 e 2027 o custo será de R$ 9.000.000,00 e
entre os anos de 2028 e 2039 o custo estimado será de R$ 13.500.000,00.
2.4.1.7 Substituir 145.000 Hidrômetros
Esta ação, junto com a ação para diminuir o número de irregularidades ajudará
na redução de perdas aparentes no sistema de distribuição. O investimento estimado
é de R$ 19.717.362,00 para aquisição e instalação dos equipamentos em um prazo
de 2020 a 2023, neste período está estimada a substituição e/ou instalação de
145.000 hidrômetros. Esse custo será realizado com recursos próprios da autarquia.
2.4.2 Renovar o Parque de Hidrômetros do Município
2.4.2.1 Substituição Contínua de Todos os Hidrômetros Existentes
O sistema de hidrometração é um dos pontos chave de todo sistema de
saneamento básico, pois é dele que vêm as receitas obtidas pelo prestador do serviço.
Em qualquer sistema que prime pela eficiência, este sistema deve ter seu
monitoramento e aperfeiçoamento de forma constante. O parque de hidrômetros
instalado no município, precisa estar em constante atualização, para manter a receita
equilibrada e diminuir ao máximo a perda aparente. Em alguns locais da cidade,
existem ligações em que o tempo de instalação dos hidrômetros é superior a 6 anos,
fato que pode prejudicar a autarquia, visto que a partir desse período, o equipamento
pode perder eficiência.
Esta ação paga-se por si só e ainda gera recursos financeiros para alavancar
outros investimentos para o sistema de abastecimento de água. O investimento
estimado é de R$ 3.090.000,00 para aquisição e instalação dos equipamentos em um
prazo de 2021 a 2023, neste período está estimado a substituição e/ou instalação de
30.000 hidrômetros, no período de 2024 ao final de 2027 estima-se a substituição de
180.000 hidrômetros, com orçamento estimado de R$ 18.540.000,00 e para o período
de 2028 ao final de 2039 estima-se a substituição de 400.000 hidrômetros com custo
estimado de R$ 41.200.000,00.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 72
2.4.3 Cadastro Digitalizado
2.4.3.1 Cadastramento contínuo de redes e adutoras existentes
Implantar e atualizar o cadastro de tubulação e seus acessórios é indispensável
para a operação e manutenção das mesmas e para o controle operacional do sistema
de abastecimento.
O cadastro será realizado mediante o preenchimento da ficha cadastral pelas
equipes de campo, a atualização do cadastro existente será feita pela equipe de
cadastro, com base nas informações presentes nas fichas cadastrais, com isso não
será necessário investimento.
2.4.3.2 Georreferenciar o Cadastro de Sistema de Distribuição
O georreferenciamento do sistema de distribuição e coleta de esgotamento
sanitário deverá ser realizado considerando o cadastro existente, levantamentos em
campo para confirmar a localização, material, profundidade, entre outras informações.
O investimento é da ordem de R$ 2.800.000,00 entre os anos 2020 e 2023 e R$
3.854.235,00 entre 2024 e 2027 para cadastrar 2.343 km de rede.
2.4.4 Recuperação do Sistema de Distribuição
2.4.4.1 Substituir 200 km de Rede de Abastecimento em 20 anos
O sistema de abastecimento apresenta locais onde a tubulações está em
condições incertas de funcionamento, devido a diversos fatores, como idade
avançada, mal dimensionamento, má instalação, materiais de baixa qualidade.
Trechos de redes executados em ferro fundido, ferro galvanizado e cimento amianto,
alguns com mais de 60 anos de operação, precisam ser trocados, para não
comprometer a potabilidade da água distribuída.
Como consequência, nesses trechos precários há um aumento no número de
vazamentos, que contribuem para problemas no abastecimento, causando
intermitência no abastecimento, aumento na perda de água e insatisfação do
contribuinte.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 73
Uma solução seria a substituição das redes em condições operacionais
insatisfatórias, porém, com a recomendação de que as redes de menores diâmetros
sejam executadas nas calçadas, conforme determinações técnicas do DAERP. Esse
método representa custos maiores de implantação, porém compensados pela redução
significativa dos custos operacionais de manutenções na rede.
A recuperação completa das redes abrange aproximadamente 200 km, que
devem ser substituídos num ritmo de 10 km a.a. É conveniente que seja efetuada a
substituição após a elaboração do cadastro digital, de geofonamentos e da
setorização, que permitirão aferir quais trechos problemáticos poderão ser
reaproveitados, ou deverão ser substituídos.
As redes que apresentam vazamentos constantes devem ser trocadas
imediatamente, sem a necessidade de estudos mais específicos sobre seu
comportamento dentro do sistema.
Está estimado um investimento de R$ 20.911.318,24 entre os anos de 2020 e
2023, R$ 20.911.318,24 entre 2024 e 2027 e R$ 62.733.954,72 entre 2028 e 2039.
2.4.5 Recuperação do Manancial Subterrâneo
2.4.5.1 Realizar Manutenção em Poços que Apresentem Queda na Captação
A avaliação em poços profundos é uma ação importante para o sistema de
abastecimento, que atualmente depende exclusivamente de água subterrânea. As
informações evidenciadas pela avaliação permitirão a manutenção correta, caso
necessária, a ser executada no poço.
As manutenções em poços profundos são de grande importância para a
autarquia, pois possibilita o prolongamento da vida útil dos poços profundos e mais
segurança ao abastecimento.
Serão 60 manutenções entre 2020 e 2023 com custo de R$ 4.620.000,00, 60
manutenções entre 2024 e 2027 com custo entre R$ 4.620.000,00 e 30 manutenções
entre 2028 e 2039 com custo de R$ 2.310.000,00.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 74
2.4.6 Adequação da Infraestrutura Existente
2.4.6.1 Avaliação e Reforma de Infraestrutura do Sistema de Abastecimento
As instalações da autarquia necessitam de maiores cuidados, pois apresentam
vários problemas, como fissuras, infiltrações, descascamento de paredes, falta de
poda e vazamentos. A manutenção das áreas deve ser executada de forma continua
para evitar que os problemas piorem e impossibilitem a manutenção e comprometam
a operação segura.
Está previsto um investimento de R$ 10.000.000,00 entre 2020 e 2023, R$
10.000.000,00 entre 2024 e 2027 e R$ 30.000.000,00 entre 2028 e 2039.
2.4.7 Melhorar a Eficiência Energética
2.4.7.1 Readequação do Sistema Eletromecânico de Adução de Água Tratada
Os sistemas eletromecânicos devem ser substituídos por sistemas mais
eficientes com maior economia de energia e correto dimensionamento.
O orçamento previsto é de R$ 2.000.000,00 entre 2020 e o final de 2023, R$
2.000.000,00 entre 2024 e o final de 2027 e R$ 6.000.000,00 entre 2028 e o final de
2039.
2.4.8 Implantar Normas Técnicas e Procedimentos Internos para Melhoria de
Eficiência na Prestação de Serviço
2.4.8.1 Implantar Normas Internas para os Novos Empreendimentos
Elaboração do manual do empreendedor, atendendo a normatização vigente,
com todas as informações e exigências necessárias para aprovação e execução de
novos empreendimentos na cidade de Ribeirão Preto.
Elaboração das normas técnicas do DAERP (NTD) para regulamentação dos
serviços executados pelo próprio DAERP ou autorizados em obras de
empreendedores. Essa ação será realizada pela autarquia e por isso não demanda
investimento, o prazo para esta ação será de 2020 a 2023.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 75
2.4.8.2 Padronizar e Implantar Procedimentos Operacionais e Administrativos da
Autarquia
Uma ferramenta importante para aumento na qualidade e consequente
melhoria na prestação dos serviços é a padronização dos procedimentos internos.
Não foi identificada padronização nos serviços executados pela autarquia, tanto no
âmbito operacional, quanto no administrativo. Cabe ao DAERP elaborar os
procedimentos operacionais padrão para todos os seus processos. Essa ação está
prevista para ser finalizada entre 2024 e 2027 com mão de obra própria.
2.4.9 Colaborar com a prefeitura nos processos de regularização fundiária
2.4.9.1 Implantar sistema de abastecimento nos locais de regularização
Serão implantadas infraestruturas de abastecimento de água em áreas de
ocupação irregular que estiverem passando por Processo de Regularização Fundiária
junto à Prefeitura Municipal.
O investimento previsto é de R$ 4.403.108,00 entre 2020 e 2023 e R$
4.403.180,00 entre 2024 e 2027.
2.4.10 Avaliar o Novo Sistema de Captação
O manancial subterrâneo não apresenta nenhum comprometimento para
abastecimento público, porém as restrições impostas para perfuração de novos poços
podem dificultar o crescimento da cidade, principalmente em setores (zonas urbanas)
que não apresentam possibilidade de aumento de produção. Sendo assim, é
interessante que a autarquia tenha outro plano para abastecimento público, para que,
se necessário, implantar em outro sistema produtor.
2.4.10.1 Elaborar Estudo e Projeto Básico para Captação de Água Superficial e
Implantação de Macro Setores de Abastecimento Interligados aos Setores Existentes
Antes de investir no novo sistema de distribuição, é necessário que se elabore
estudos e projetos para garantir que o planejamento seja realizado corretamente.
Sendo assim, o DAERP deve elaborar os projetos e estudos necessários para a
implantação de um novo sistema de captação e as obras necessárias para interligar
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 76
esse novo sistema aos setores existentes. O prazo para a elaboração desses projetos
básicos e estudos é de 2020 a 2023, com investimento estimado de R$ 2.700.000,00.
2.4.10.2 Implantar Nova Unidade Produtora
Após elaboração de estudos e projetos a autarquia poderá iniciar as obras
necessárias para implantação da nova unidade produtora. Essa ação está prevista
para ocorrer no período de 2024 a 2027, com investimento de R$ 225.000.000,00, e
de 2028 a 2039 com investimento de R$ 112.500.000,00.
Obs: O investimento total estimado no sistema de captação superficial é R$
450.000.000,00. Porém, parte desse investimento poderá ser necessário somente
após o ano de 2.039.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 77
2.5 RESUMO DOS CUSTOS E INVESTIMENTOS
Quadro 2.14 – Resumo de custos e investimentos por etapas.
Objetivo Investimento/Cus
to Total
Investimento/Custo por etapas
Curto Prazo (2.020 a 2.023)
Médio Prazo (2.024 a 2.027)
Longo Prazo (2.028 a 2.039)
Reduzir para 30% as perdas no sistema de distribuição.
R$ 269.842.299 R$ 157.047.387 R$ 31.573.728 R$ 81.221.184
Renovação do parque de hidrômetros R$ 62.830.000 R$ 3.090.000 R$ 18.540.000 R$ 41.200.0000
Cadastro digitalizado R$ 6.654.235 R$ 2.800.000 R$ 3.854.235
Recuperação do sistema de distribuição
R$ 104.556.591 R$ 20.911.318 R$ 20.911.318 R$ 62.733.954
Recuperação do manancial subterrâneo
R$ 11.550.000 R$ 4.620.000 R$ 4.620.000 R$ 2.310.000
Adequação da infraestrutura existente R$ 50.000.000 R$ 10.000.000 R$ 10.000.000 R$ 30.000.000
Melhorar a eficiência energética R$ 10.000.0000 R$ 2.000.000 R$ 2.000.000 R$ 6.000.000
Implantar normas técnicas e procedimentos internos para melhoria de eficiência na prestação de serviço
- - - -
Colaborar com a prefeitura nos processos de regularização fundiária
R$ 8.806.216 R$ 4.403.108 R$ 4.403.108
Avaliar novo sistema de captação R$ 340.200.000 R$ 2.700.000 R$ 225.000.000 R$ 112.500.000
Total R$ 864.439.341 R$ 207.571.813 R$ 320.902.389 R$ 335.965.138
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 78
2.6 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS
Basicamente as situações emergenciais na operação do sistema de
abastecimento de água ocorrem quando da ocasião de paralisações na produção, na
adução e na distribuição. Cabe ressaltar que quanto melhor for mantido o sistema, e
quanto mais ampla for a capacidade de atendimento, as situações de emergência
serão reduzidas. Portanto, a solução dos principais problemas nas situações de
emergência está ligada diretamente à alocação de recursos financeiros.
Os recursos poderão ter origem no orçamento do Município, em financiamentos
ou em parcerias com o setor privado nas formas previstas em lei. As ações propostas
para as situações de emergência estão indicadas no quadro apresentado a seguir, e
contemplam as potenciais emergências, classificadas como situações adversas, e as
respectivas medidas a serem tomadas.
Quadro 2.15 – Ações para eventos adversos.
Pontos Vulneráveis
Eventos Adversos
Estiagem Rompimento Interrupção no bombeamento
Contaminação Acidental
Falta de energia
Poços Profundos
1,4 e 5 1, 3, 5, 6, 7, 8,
9, 10 1, 4, 5
Adutoras 4,5 e 9 3, 6, 7, 8, 9, 10
Reservatórios 4, 5 e 10 3, 6, 7, 8, 9, 10
Redes de Grandes
Diâmetros 2, 4, 5, 9, 10 3, 6, 7, 8, 9, 10
Medidas Emergenciais
1 Manobra para atendimento de atividades essenciais
2 Manobra de rede para isolamento da perda
3 Interrupção do abastecimento até a conclusão de medidas saneadoras
4 Acionamento dos meios de comunicação para aviso à população de racionamento
5 Acionamento emergencial de equipa de manutenção
6 Acionamento dos meios de comunicação alerta de água impropria para consumo
7 Acionamento do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil
8 Informar ao órgão ambiental competente
9 Descarga de rede
10 Fornecimento de água por meios alternativos (caminhão pipa)
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 79
3 SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
3.1 DIAGNÓSTICO
O Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (DAERP) é a Autarquia
municipal responsável pelos serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário de Ribeirão Preto / SP.
A operação e manutenção dos sistemas de coleta, elevação e afastamento de
esgotos sanitários são de responsabilidade do DAERP, o qual executa as atividades
com mão de obra, equipamentos e veículos próprios. Serviços complementares como
reaterro de valas; transporte, destinação e disposição final dos resíduos oriundos das
atividades de manutenção, extensão de redes e novas ligações; e reposição de
pavimento são executados por terceiros.
O tratamento de esgoto, por sua vez, é realizado pela Ambient Serviços
Ambientais de Ribeirão Preto S/A, que atua sob regime de Concessão desde
setembro de 1995. O Contrato foi firmado entre a Prefeitura Municipal de Ribeirão
Preto e Ambient Serviços Ambientais de Ribeirão Preto S/A, tendo o DAERP como
interveniente. A previsão de encerramento do Contrato era, inicialmente, para
setembro de 2015; todavia, com os aditivos firmados entre as partes, foi prorrogado
até o ano de 2033.
O esgotamento sanitário do município ocorre por duas grandes bacias: Bacia
do Ribeirão Preto e Bacia do Córrego Palmeiras. A primeira abrange 15 sub-bacias, a
segunda apenas 2, conforme Figura 3.1. Das bacias e sub-bacias apresentadas na
Figura, apenas a do Córrego Serraria (nº 12) não possui sistemas de coleta e
afastamento de esgotos. Isso se deve a ausência de imóveis no local.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 80
Figura 3.1 – Divisão das bacias de esgotamento sanitário.
Legenda: Delimitação da área de influência da bacia do Ribeirão Preto Delimitação da área de influência da bacia do Córrego Palmeiras
1) Ribeirão Preto; 2) Córrego Macaúbas; 3) Córrego Seco; 4) Córrego dos Campos; 5) Córrego Tanquinho; 6) Córrego Retiro Saudoso; 7) Córrego Laureano; 8) Córrego Vista Alegre; 9) Córrego Monte Alegre; 10) Córrego Califórnia; 11) Córrego do
Horto; 12) Córrego Serraria; 13) Córrego Olhos d’Água; 14) Córrego Limeira; 15) Córrego Tamburi; 16) Córrego Condanim; 17) Córrego Palmeiras; 18) Córrego do Esgoto
Fonte: DAERP.
3.1.1 Redes Coletoras e Ramais
As redes coletoras do município, salvo poucas exceções, são constituídas por
manilhas cerâmicas e tubos de PVC ocre. Seus diâmetros variam de 150 a 200 mm.
Ao todo são 1.850 km de redes cadastradas em meio digital em formato “dwg”. Quanto
aos ramais, o DAERP atende atualmente 202.505 ligações.
A Figura 3.2 apresenta a ilustração do cadastro do sistema de esgoto do
município.
Figura 3.2 – Ilustração do cadastro dos sistemas de esgoto: (a) Planta geral; (b) Aproximação da planta para visualização.
(a) (b)
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 81
As redes coletoras, de um modo geral, operam de maneira adequada,
direcionando os efluentes aos coletores tronco e interceptores. Contudo,
corriqueiramente são descartados resíduos diversos e gorduras nos sistemas que
acabam causando a obstrução dos sistemas.
As redes entupidas por resíduos diversos são desobstruídas com uso de
ferramentas manuais denominadas “varetas”. Para esse serviço, o DAERP dispõe de
cinco equipes que trabalham em períodos diurnos e noturnos.
Em problemas não solucionados pelas equipes de varetas, ou quando a
obstrução ocorre por impregnação de gorduras nas redes, faz-se necessário o uso de
equipamentos de hidrojateamento. Para tanto, o DAERP dispõe de três equipes que
operam caminhões combinados (hidrojateamento e sucção) e uma equipe que opera
caminhão de hidrojateamento. Os trabalhos são realizados em períodos diurnos e
noturnos.
A limpeza dos sistemas também é realizada com uso de equipamento de
sucção, acoplado à caminhão com reservatório de detritos. Nesse caso, o DAERP
dispõe de apenas um veículo que trabalha em períodos diurnos.
Os reparos das redes são efetuados quando não é possível a desobstrução
pelos meios supracitados ou quando é necessária a manutenção dos elementos. Para
esse serviço o DAERP dispõe de três equipes que trabalham em períodos diurnos e
noturnos. O grande problema é que essas mesmas equipes são responsáveis pela
implantação de redes para atender novas ligações; resultando em uma grande
demanda de serviços.
As quebras e furtos de tampões dos poços de visita são problemas que acabam
ocorrendo no município. Para garantir a segurança do transito e transeuntes, o
DAERP dispõe de uma equipe que fica responsável pela substituição de tampões e
nivelamento de poços de visita. Para dificultar furtos, a Autarquia utiliza tampões com
anéis anti-furto nas áreas sujeitas ao tráfego e tampões de concreto nas demais.
3.1.1.1 Principais Problemas e Dificuldades
Os principais problemas relacionados às redes coletoras do município são:
a) Sistemas prediais de esgoto que recebem água pluvial;
b) Conexões de redes de esgotos em galerias pluviais (extravasores);
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 82
c) Despejo de gordura nos sistemas de coleta;
d) Descartes irregulares de resíduos diversos nos sistemas de coleta; e
e) Ruptura de redes antigas.
3.1.2 Coletores Tronco, Interceptores e Emissários
Os coletores tronco são compostos por manilhas cerâmicas e tubos de PVC
ocre; os interceptores, por tubo de PVC ocre e concreto; os emissários, apenas por
concreto. Seus diâmetros variam de 250 a 1800 mm. Ao todo são 150 km de coletores
tronco, interceptores e emissários cadastrados. A base cadastral utilizada é a mesma
das redes coletoras.
Os problemas identificados para as redes coletoras e ramais impactam nos
coletores tronco, interceptores e emissários, devido a tais elementos estarem situados
à jusante das mesmas. As equipes responsáveis pela operação e manutenção desses
sistemas são as mesmas que trabalham com redes coletoras e ramais.
Alguns interceptores refletem situações de deterioração que resultam em
rupturas. Isso se dá principalmente pela utilização de materiais impróprios na
produção do concreto das tubulações, somados a trechos que o fluxo opera com baixa
velocidade, desencadeando a ação do gás sulfídrico, o que causa a corrosão da
geratriz superior dos tubos. A deterioração ocorre essencialmente nos interceptores
mais antigos. A Figura 3.3 apresenta um exemplo ocorrido na Av. Maurílio Biagi.
Figura 3.3 – Rompimento de interceptor na Av. Maurílio Biagi: (a) Vista superior; (b) Situação do tubo.
(a) (b)
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 83
Os interceptores, por estarem localizados, em sua maior parte, em Áreas de
Preservação Permanente (APP’s), têm seus reparos dificultados pelas condições de
acesso, devido a existência de vegetações no entorno. Para intervenções, o DAERP
realiza as tratativas junto à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) ou
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), conforme o caso.
3.1.2.1 Principais Problemas e Dificuldades
Os principais problemas relacionados aos coletores tronco do município são:
a) Conexões de redes de esgotos em galerias pluviais (extravasores);
b) Ruptura de coletores antigos; e
c) Ocupações irregulares sobre / no entorno das tubulações.
Os principais problemas relacionados aos interceptores do município são:
a) Deterioração dos tubos de concreto; e
b) Ocupações irregulares sobre / no entorno das tubulações.
3.1.3 Estações Elevatórias de Esgotos
Os sistemas de elevação são constituídos por doze Estações Elevatórias de
Esgotos (EEE’s), conforme Figura 3.4.
Figura 3.4 – Localização das EEE’s.
Legenda: 1) Distrito Empresarial I e II; 2) Distrito Empresarial III; 3) Liliana Tenuto; 4) Palocci; 5)
Palmeiras I; 6) Palmeiras II; 7) Angelo Jurca; 8) Vida Nova Ribeirão; 9) Palmares; 10) Recreativa; 11) Macaúbas; 12) Caiçara.
Fonte: GOOGLEMAPS, 2019, adaptado.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 84
A operação e manutenção de todas as EEE’s são realizadas pelo DAERP,
todavia a frequência de manutenções e limpezas preventivas não são realizadas
conforme a boa técnica. Isso decorre da grande demanda de serviços por todo o
município. Não há equipes exclusivas para este fim.
As Instalações de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico (IPCIP) das
unidades precisam ser adequadas às Instruções Técnicas (IT’s) do Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBM-SP)
Diante das particularidades e dificuldades do DAERP, existe a concepção na
Autarquia de se evitar, sempre que possível, a implantação de elevatórias. O mesmo
critério é adotado para as elevatórias existentes; são realizados estudos para
desativação das mesmas. Nos anos de 2016 a 2019 foram desativadas três EEE’s
que apresentavam problemas operacionais constantes e, por estarem em áreas
isoladas, também causavam prejuízos ao DAERP por furtos.
3.1.3.1 Principais Problemas e Dificuldades
Os principais problemas relacionados às EEE’s do município são:
a) Furtos de materiais e equipamentos eletromecânicos; e
b) Não execução de manutenção preventiva e limpeza periódica conforme a boa
técnica.
3.1.3.2 EEE Distrito Empresarial I e II
A EEE Distrito Empresarial I e II está localizada na rua Alamiro Veludo Salvador,
esquina com a rua Dr. Elpídio de Almeida Santos, no Distrito Empresarial Pref. Luiz
Roberto Jabali. A Figura 3.5 apresenta a localização da EEE e imagem do local.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 85
Figura 3.5 – EEE Distrito Empresarial I e II: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
Esta EEE foi implantada para atender os imóveis situados na parte baixa do
Distrito I e II e adjacências. Os esgotos domésticos são encaminhados pelo sistema
de bombeamento “I” para a EEE Distrito Empresarial III; os industriais, por sua vez,
são encaminhados pelo sistema de bombeamento “II” para a rede coletora de esgotos
industriais do Distrito.
A EEE Distrito Empresarial I e II está em operação, sem previsão para ser
desativada.
O sistema de bombeamento “I” possui duas bombas, sendo uma principal e
uma reserva. Ambas as bombas são do tipo Reautoescorvante, com motor de 3 CV e
1.700 RPM.
O sistema de bombeamento “II” possui duas bombas, sendo uma principal e
uma reserva. Ambas as bombas são do tipo Reautoescorvante, com motor de 7,5 CV
e 1.700 RPM.
3.1.3.3 EEE Distrito Empresarial III
A EEE Distrito Empresarial III está localizada na rua Dante Ferezin, esquina
com a av. Celso Daniel, no Distrito Empresarial Pref. Luiz Roberto Jabali. A Figura 3.6
apresenta a localização da EEE e imagem do local.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 86
Figura 3.6 – EEE Distrito Empresarial III: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
Esta EEE foi implantada para receber os esgotos domésticos da EEE Distrito
Empresarial I e II, parte do Simioni e adjacências. No mais recente, foi inaugurado o
Distrito Empresarial III, que tem sua rede de esgotos domésticos interligada a EEE
Distrito Empresarial III. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para a
Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Ribeirão Preto.
A EEE Distrito Empresarial III está em operação, sem previsão para ser
desativada.
Existem duas bombas nesta EEE, sendo uma principal e uma reserva. Ambas
as bombas são do tipo Reautoescorvante, com motor de 3 CV.
3.1.3.4 Liliana Tenuto
A EEE Liliana Tenuto está localizada no final da rua Maria Terezinha Veiga
Cardoso, no Residencial Liliana Tenuto Rossi. A Figura 3.7 apresenta a localização
da EEE e imagem do local.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 87
Figura 3.7 – EEE Liliana Tenuto: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
Esta EEE foi implantada para receber todo o esgoto do Residencial Liliana
Tenuto Rossi e adjacências. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para
as redes coletoras do bairro Jardim Eugênio Mendes Lopes.
A EEE Liliana Tenuto está em operação, sem previsão para ser desativada.
Existem duas bombas nesta EEE, sendo uma principal e uma reserva. Ambas
as bombas são do tipo Submersível, com motor de 9,5 CV e 3.510 RPM.
3.1.3.5 EEE Palocci
A EEE Palocci está localizada na av. Antônia Mugnatto Marincek, esquina com
a rua José Malvaso, no bairro Jardim Prof. Antônio Palocci. A Figura 3.8 apresenta a
localização da EEE e imagem do local.
Figura 3.8 – EEE Palocci: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 88
Esta EEE foi implantada para receber todo o esgoto do bairro Jardim Prof.
Antônio Palocci e adjacências. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes
para o coletor tronco da Av. Antônia Mugnatto Marincek.
A EEE Palocci está em operação, sem previsão para ser desativada.
Existem duas bombas nesta EEE, sendo uma principal e uma reserva. A
primeira é do tipo Reautoescorvante, com motor de 50 CV e 1.700 RPM; a segunda,
do tipo Reautoescorvante, com motor de 60 CV e 1.700 RPM.
3.1.3.6 EEE Palmeiras I
A EEE Palmeiras I está localizada na rua Tuffi Rassi, próxima a av. Prof.ª Dina
Rizzi, no Parque São Sebastião. A Figura 3.9 apresenta a localização da EEE e
imagem do local.
Figura 3.9 – EEE Palmeiras I: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
Esta EEE foi implantada para receber o esgoto do Residencial e Comercial
Palmares, Parque São Sebastião, Jardim Trevo, Vila Abranches, Jardim José
Figueira, Jardim das Palmeiras 1 e 2, Jardim Juliana A, parte do Jardim Helena e
adjacências. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para o interceptor
do Córrego Palmeiras.
A EEE Palmeiras I está em operação, sem previsão para ser desativada.
Existe uma bomba nesta EEE, do tipo Submersível, com motor de 40 CV e
1.200 RPM.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 89
3.1.3.7 EEE Palmeiras II
A EEE Palmeiras II está localizada nas imediações do Condomínio Mil
Pássaros. A Figura 3.10 apresenta a localização da EEE e imagem do local.
Figura 3.10 – EEE Palmeiras II: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
Esta EEE foi implantada para receber o esgoto do Residencial Itanhangá, Mil
Pássaros, Patrimonial Campestre, parte do Jardim Helena, Residencial Parque dos
Servidores, Recreio Internacional, Portal dos Ipês e adjacências. O sistema de
bombeamento encaminha os efluentes para o coletor tronco do Parque dos
Flamboyans.
A EEE Palmeiras II está em operação, sem previsão para ser desativada.
3.1.3.8 EEE Ângelo Jurca
A EEE Ângelo Jurca está localizada na rua Jeronyma Figueiredo, esquina com
a rua Sandoval Moraes Sarmento, no bairro Jardim Ângelo Jurca. A Figura 3.11
apresenta a localização da EEE e imagem do local.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 90
Figura 3.11 – EEE Ângelo Jurca: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
Esta EEE foi implantada para receber o esgoto do bairro Jardim Ângelo Jurca
e adjacências. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para o coletor
tronco do Parque dos Flamboyans.
A EEE Ângelo Jurca está em operação, sem previsão para ser desativada.
Existe uma bomba nesta EEE, do tipo Reautoescorvante, com motor de 15 CV
e 1.700 RPM.
3.1.3.9 EEE Vida Nova Ribeirão
A EEE Vida Nova Ribeirão está localizada na rua Carlos Rossini, esquina com
a rua Gervásio Ficher, no bairro Vida Nova Ribeirão. A Figura 3.12 apresenta a
localização da EEE e imagem do local.
Figura 3.12 – EEE Vida Nova Ribeirão: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 91
A EEE foi implantada para receber o esgoto de parte do bairro Vida Nova
Ribeirão. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para a ETE Ribeirão
Preto.
A EEE Vida Nova Ribeirão está em operação e será desativada assim que o
interceptor do Córrego Macaúbas entrar em operação.
Existem duas bombas nesta EEE, sendo uma principal e uma reserva. A
primeira é do tipo Submerssível, com motor de 20 CV e 1.755 RPM; a segunda, do
tipo Reautoescorvante, com motor de 20 CV e 1.755 RPM.
3.1.3.10 EEE Palmares
A EEE Palmares está localizada na rua Armando Sici, esquina com a rua Clésio
Neider Lima, no Residencial e Comercial Palmares. A Figura 3.13 apresenta a
localização da EEE e imagem do local.
Figura 3.13 – EEE Palmares: (a) Vista superior; (b) Vista frontal.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
A EEE foi implantada para receber o esgoto de parte do Residencial e
Comercial Palmares. O sistema de bombeamento encaminha os efluentes para o
interceptor do Córrego Palmeiras.
A EEE Palmares está em operação e será desativada após a conclusão do
coletor tronco 46 – Palmares.
Existe uma bomba nesta EEE, do tipo Reautoescorvante, com motor de 25 CV
e 1.700 RPM.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 92
3.1.3.11 EEE Recreativa
A EEE Recreativa está localizada nas proximidades da Recreativa Clube de
Campo. A Figura 3.14 apresenta a localização da EEE e imagem do local.
Figura 3.14 – EEE Recreativa: (a) Vista superior; (b) Obra em execução.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
A EEE está sendo implantada para receber o esgoto das Chácaras Rio Pardo,
Condomínio Balneário Recreativa, Recreativa Clube de Campo e adjacências. O
sistema de bombeamento encaminhará os efluentes para o coletor do bairro Adelino
Simioni.
3.1.3.12 EEE Macaúbas
A EEE Macaúbas está localizada no final da av. Eduardo Andréia Matarazzo,
em frente à ETE Ribeirão Preto. A Figura 3.15 apresenta a localização da EEE e
imagem do local.
Figura 3.15 – EEE Macaúbas: (a) Vista superior; (b) Obra em execução.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 93
A EEE está sendo implantada para receber o esgoto da área de expansão
urbana situada na bacia do Córrego Macaúbas. O sistema de bombeamento
encaminhará os efluentes para a ETE Ribeirão Preto.
3.1.3.13 EEE Caiçara
A EEE Caiçara está localizada no final da via José Morais dos Santos. A Figura
3.16 apresenta a localização da EEE.
Figura 3.16 – EEE Caiçara: (a) Vista superior; (b) Obra em execução.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019, adaptado; (b) DAERP.
A EEE está sendo implantada para receber o esgoto das chácaras localizadas
na Via José Morais dos Santos e adjacências. O sistema de bombeamento
encaminhará os efluentes para a ETE Caiçara
3.1.4 Estações de Tratamento de Esgotos
O Município possui duas ETE’s, denominadas ETE Ribeirão Preto e ETE
Caiçara. Conforme já mencionado no presente documento, ambas as estações são
operadas pela Ambient. A Figura 3.17 apresenta a localização das duas ETE’s do
município.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 94
Figura 3.17 – Localização das ETE’s.
Legenda: 1) ETE Ribeirão Preto; 2) ETE Caiçara.
Fonte: GOOGLEMAPS, 2019, adaptado.
Devido ao local em que estão inseridas, o tratamento de esgotos do município
é dividido em duas grandes bacias: Bacia do Ribeirão Preto e Bacia do Córrego
Palmeiras.
Os efluentes tratados e os corpos d’água receptores são constantemente
monitorados pela Ambient, conforme requisitos estabelecidos na Resolução
CONAMA nº 430/2011. Os relatórios de automonitoramento são elaborados
mensalmente e encaminhados ao DAERP.
3.1.4.1 ETE Ribeirão Preto
A ETE Ribeirão Preto está localizada na bacia do Ribeirão Preto, principal curso
d’água do município. Cerca de 86% dos esgotos coletados na cidade são
encaminhados a essa estação. A Figura 3.18 apresenta a vista superior da ETE e
vista interna.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 95
Figura 3.18 – ETE Ribeirão Preto: (a) Vista superior; (b) Vista interna.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019; (b) DAERP.
O volume de esgoto tratado atualmente varia em torno de 4.000.000 a
4.500.000 m³ por mês.
O tratamento se dá por tecnologia de lodos ativados convencional. A
capacidade de tratamento projetada é de 1.738 L/s (vazão média) e 2.817 L/s (vazão
de pico), mas pode ser aumentada por meio da ampliação da estação pela área
externa.
Os resíduos gerados no processo de tratamento são encaminhados aos aterros
sanitários denominados Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) Guatapará e
CGR Jardinópolis, ambos operados pela ESTRE.
3.1.4.2 ETE Caiçara
A ETE Caiçara está localizada na bacia do Córrego Palmeiras. Cerca de 14%
dos esgotos coletados na cidade são encaminhados a essa estação. A Figura 3.19
apresenta a vista superior da ETE e vista interna.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 96
Figura 3.19 – ETE Caiçara: (a) Vista superior; (b) Vista interna.
(a) (b)
Fonte: (a) GOOGLEMAPS, 2019; (b) DAERP.
O volume de esgoto tratado atualmente varia em torno de 500.000 a 600.000
m³ por mês.
O tratamento se dá por tecnologia de lodos ativados com aeração prolongada.
A capacidade de tratamento projetada é de 179 L/s (vazão média) e 289 L/s (vazão
de pico), mas pode ser aumentada por meio da ampliação da estação pela área
externa.
Os resíduos gerados no processo de tratamento são encaminhados aos aterros
sanitários denominados Centro de Gerenciamento de Resíduos (CGR) Guatapará e
CGR Jardinópolis, ambos operados pela ESTRE.
3.1.5 Planos, Programas e Projetos Existentes
3.1.5.1 Implantação de Sistemas de Coleta e Afastamento de Esgotos em Diversas
Áreas do Município
Estão em fase de finalização as obras adicionais do Contrato de Concessão
dos Serviços de Tratamento de Esgotos, que consistem na implantação de 97 km de
coletores e interceptores de esgotos, com objetivo de promover a universalização dos
serviços de coleta e afastamento de esgotos, bem como corrigir problemas existentes
identificados na fase de planejamento.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 97
O orçamento das obras foi estimado em R$ 137.738.409,17 (cento e trinta e
sete milhões setecentos e trinta e oito mil quatrocentos e nove reais e dezessete
centavos).
A forma de pagamento estabelecida entre a AMBIENT e Prefeitura Municipal
de Ribeirão Preto, tendo o DAERP como interveniente, foi por meio da prorrogação
do prazo da Concessão em 120 (cento e vinte) meses; estando, portanto, o Contrato
vigente até o dia 28 de setembro de 2033.
A finalização das obras está prevista para o ano de 2020.
3.1.5.2 Implantação de Coletor Tronco na Av. Luiz Galvão Cezar e Rua Elpídio Faria
Está prevista a implantação de um coletor tronco na Av. Luiz Galvão Cezar e
Rua Elpídio Faria para fins de melhoria dos sistemas de coleta e afastamento do
Parque das Androinhas, Planalto Verde e adjacências.
O coletor terá 1.365 m e o valor foi estimado em R$ 734.317,25 (setecentos e
trinta e quatro mil trezentos e dezessete reais e vinte e cinco centavos). A Figura 3.20
apresenta o traçado do coletor e seu ponto de interligação.
Figura 3.20 – Traçado do coletor.
Legenda:
Coletor tronco a executar Interceptor existente (Córrego dos Campos)
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 98
Do valor total da obra, R$ 463.169,36 (quatrocentos e sessenta e três mil cento
e sessenta e nove reais e trinta e seis centavos) serão pagos pelo Fundo Estadual de
Recursos Hídricos (FEHIDRO), na modalidade de financiamento “Não Reembolsável”;
o restante de R$ 271.147,89 (duzentos e setenta e um mil cento e quarenta e sete
reais e oitenta e nove centavos) será pago com recurso próprio do DAERP.
O prazo de execução da obra é de 04 (quatro) meses.
3.1.5.3 Implantação de Coletor Tronco na Av. Patriarca
Está prevista a implantação de um coletor tronco na Av. Patriarca para fins de
melhoria dos sistemas de coleta e afastamento do Parque Ribeirão Preto, Jardim
Dona Branca Salles e adjacências. A Figura 3.21 apresenta o traçado do coletor e seu
ponto de interligação.
Figura 3.21 – Traçado do coletor.
Legenda:
Coletor tronco a executar Interceptor existente (Córrego Vista Alegre)
Fonte: DAERP.
O coletor terá 751 m e o valor foi estimado em R$ 499.681,35 (quatrocentos e
noventa e nove mil seiscentos e oitenta e um reais e trinta e cinco centavos).
Do valor total da obra, R$ 446.365,94 (quatrocentos e quarenta e seis mil
trezentos e sessenta e cinco reais e noventa e quatro centavos) serão pagos pelo
FEHIDRO, na modalidade de financiamento “Não Reembolsável”; o restante de R$
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 99
53.315,41 (cinquenta e três mil trezentos e quinze reais e quarenta e um centavos)
será pago com recurso próprio do DAERP.
O prazo de execução da obra é de 04 (quatro) meses.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 100
3.2 PROGNÓSTICO
Esta seção contempla o prognóstico do sistema de esgotamento sanitário do
município, subdividido pelos itens enumerados em sequência, os quais são
norteadores dos objetivos a serem alcançados ao longo dos anos.
3.2.1 Universalização
O município possui cobertura de sistemas de coleta e afastamento de esgotos
para atender toda a área urbana de Ribeirão Preto.
Com os investimentos realizados nos últimos anos, até a presente data, restam
apenas alguns pontos remanescentes para implantação de redes, por parte do
município. Por outro lado, há propriedades dentro da área urbana que eventualmente
não possuem ligação de esgotos por questões específicas, como imóveis situados em
níveis mais baixos que a via pública (soleira negativa), bem como outros casos
específicos.
Existem, ainda, loteamentos fechados e condomínios executados no passado
sem implantação de suas redes coletoras de esgotos. O resultado é que hoje não
estão interligados à rede pública de esgotos, fazendo uso de soluções individuais
(fossas). Por suas infraestruturas serem de competência dos próprios loteamentos
fechados / condomínios, não serão contemplados nos investimentos. Caberá ao
DAERP notificá-los para que seja providenciada a implantação de seus sistemas de
coleta e afastamento até o ponto de interligação com a rede pública de esgotos. Essa
questão já vem sendo tratada junto ao Ministério Público, por meio do Termo de
Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 28 de dezembro de
2007, entre o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP), Prefeitura Municipal
e DAERP. O mesmo ocorre para empresas que não possuem ligação de esgoto.
3.2.2 Cadastro Digitalizado
O cadastro digitalizado dos sistemas de coleta e afastamento de esgoto permite
a visualização da localização, diâmetro, profundidade, direção do fluxo e materiais
constituintes das redes. Todavia, algumas informações são divergentes da realidade
verificada in loco e há áreas desprovidas de cadastros; isso ocorre principalmente nos
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 101
bairros mais antigos do município. Diante disso, deverão ser previstas melhorias no
sistema cadastral.
3.2.3 Padronização de Obras
Os padrões estabelecidos para implantação de novas obras são escassos, em
se tratando de materiais empregados, posicionamento de redes no sistema viário,
dentre outros. A falta de Normas Técnicas, próprias da Autarquia, a serem seguidas
pelos empreendedores, dificulta a execução dos serviços de manutenção, bem como
a organização dos estoques de materiais nas dependências do DAERP, devido à
ausência de tais padrões. Isso reflete, inclusive, nos projetos e seus complementos;
não há modelos padrões de apresentação desses documentos, fato que dificulta a
agilização da análise dos mesmos.
3.2.4 Sistemas de Coleta e Afastamento
Os problemas de extravasamentos de esgotos durante os períodos de chuva
demandam ações de detecção e correção de interconexões existentes nas redes
públicas de esgotos e galerias pluviais. Há também casos de instalações prediais de
esgoto que recebem águas pluviais.
As obstruções dos sistemas de coleta devido a descartes irregulares de
resíduos na rede pública, bem como o despejo de gorduras no sistema, por ausência
ou irregularidades das caixas de gorduras de imóveis, são outros gargalos a serem
resolvidos.
A deterioração e eventuais rupturas que têm ocorrido em coletores e
interceptores antigos alertam para ações no sentido de se providenciar a substituição
dos mesmos.
Os interceptores são implantados nas margens dos cursos d’água do
município. Algumas dessas áreas, ao longo do tempo, foram sendo ocupadas por
moradias irregulares, o que dificulta o acesso de equipes, veículos e equipamentos
para execução de serviços de desobstrução, limpeza e reparo dos interceptores. A
solução desses problemas deve ser providenciada pela Prefeitura Municipal.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 102
3.2.5 EEE’s
A operação e manutenção das EEE’s são entraves para o DAERP; a Autarquia
não dispõe de programas preventivos conforme a boa técnica para que seja garantido
o bom funcionamento das EEE’s, demandando ações corretivas na solução dos
problemas.
Algumas EEE’s se encontram obsoletas e precisam de reformas em suas
estruturas e instalações.
Outro problema que deve ser relatado é que as EEE’s carecem de sistemas de
guarda e vigilância. O DAERP mantém operadores em algumas instalações; as que
não dispõe de colaboradores no local são sujeitas a furtos que causam prejuízos à
Autarquia.
São necessários levantamentos e estudos para análise da viabilidade de
desativação de estações elevatórias, sendo, prioritariamente: EEE Palocci, Angelo
Jurca, Palmeiras I, Distrito Empresarial I e II, Distrito Empresarial III e Liliana Tenuto.
Identificando-se a inviabilidade da desativação, faz-se necessário investimentos em
reformas e adequações dessas instalações.
As adequações das EEE’s não passíveis de desativação compreendem:
instalação de grades, decantação de areia, dispositivos de segurança, dentre outros.
Esses elementos, inclusive, são tratados em fase de projetos de Licenciamentos
Ambientais.
Deverá ser feito um levantamento das EEE’s que estão regularizadas junto aos
Órgãos Ambientais. De acordo com a Resolução CONAMA nº 237/97, Anexo I, é
obrigatório o licenciamento ambiental de EEE’s, por serem unidades dos sistemas de
esgotamento sanitário com potencial de causar degradação ambiental.
3.2.6 ETE’s
A AMBIENT tem cumprido com suas obrigações estabelecidas pelo Contrato
de prestação dos serviços de tratamento de esgotos do município. Mensalmente são
apresentados ao DAERP os relatórios de monitoramento de ambas as ETE’s, nos
quais são descritos os parâmetros do afluente e do efluente tratado lançado no corpo
hídrico receptor.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 103
Diante dos resultados de qualidade do efluente tratado, observa-se que o
problema a ser evitado no futuro com relação ao tratamento dos esgotos do município
está relacionado à capacidade de tratamento. Considerando o crescimento
populacional verificado ao longo dos anos e a estrutura operacional das ETE’s, deve
ser prevista a possibilidade de ampliação de ambas as estações.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 104
3.3 OBJETIVOS E METAS
As propostas apresentadas nesta Seção foram direcionadas a partir do
Diagnóstico e Prognóstico constantes no presente documento.
Os objetivos e metas foram organizados no Quadro 1.
Quadro 3.1 – Objetivos e Metas.
Objetivos Metas
Universalização Implantar sistemas de coleta e afastamento de esgotos; e
Notificar loteamentos fechados, condomínios e empresas a se conectarem à rede pública de esgotos.
Colaborar com a prefeitura nos processos de
regularização fundiária
Implantar sistema de esgotamento sanitário nos locais de regularização.
Cadastro digitalizado Cadastrar redes e interceptores antigos.
Padronização de obras Elaborar Normas Técnicas próprias.
Identificação de irregularidades nos sistemas de coleta e afastamento de
esgotos
Identificar interconexões de redes de esgoto em sistemas pluviais; e
Identificar sistemas prediais de esgotos que recebem águas pluviais e irregularidades em caixas de gorduras.
Melhoria dos sistemas de coleta e afastamento de
esgotos
Substituir coletores e interceptores deteriorados ou com recorrência de extravasamento.
Melhoria dos sistemas de elevação de esgotos
Estudar a viabilidade da desativação de EEE’s e implantar coletores tronco / interceptores para desativação;
Reformar e adequar EEE’s não passíveis de desativação; e
Estabelecer programa de limpeza e manutenção periódica das EEE’s.
Melhoria dos sistemas de tratamento de esgotos
Aumentar a capacidade de tratamento das duas ETE’s.
Educação ambiental Apresentar programas de educação ambiental.
Aquisição de equipamentos específicos
Adquirir caminhões de sucção à auto-vácuo e caminhões combinados de hidrojateamento e sucção.
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 105
3.4 AÇÕES PREVISTAS E CUSTOS E INVESTIMENTOS ESTIMADOS
As ações previstas e custos e investimentos são descritos nas subseções
seguintes e foram estabelecidos para alcançar os Objetivos propostos por este Plano.
3.4.1 Universalização
3.4.1.1 Implantar Sistemas de Coleta e Afastamento de Esgotos
Serão realizados estudos e levantamentos de campo necessários para a
implantação dos sistemas de coleta e afastamento de esgotos nos locais desprovidos
dessa infraestrutura.
Deverão ser implantados cerca de 21 km de redes coletoras, 2.200 ramais e 4
km de coletores para interligação ao sistema existente.
O investimento será da ordem de R$ 9.600.000,00, em um prazo de até 2 anos.
3.4.1.2 Notificar Loteamentos Fechados, Condomínios e Empresas a se Conectarem
à Rede Pública de Esgotos
Considerando a abrangência da cobertura de atendimento em esgotamento
sanitário do município, serão notificados os loteamentos fechados, condomínios e
empresas que não possuem ligação de esgoto a se conectarem aos sistemas
existentes.
3.4.2 Colaborar com a Prefeitura nos Processos de Regularização Fundiária
3.4.2.1 Implantar Sistema de Esgotamento Sanitário nos Locais de Regularização
Serão implantadas infraestruturas de esgotamento sanitário em áreas de
ocupação irregular que estiverem passando por Processo de Regularização Fundiária
junto à Prefeitura Municipal.
O investimento previsto será da ordem de R$ 16.200.000,00, a um prazo de até
8 anos.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 106
3.4.3 Cadastro Digitalizado
3.4.3.1 Cadastrar Redes e Interceptores Antigos
Será elaborada uma “ficha de campo” para que, no decorrer dos serviços de
desobstrução e manutenção de redes e interceptores de esgotos, as próprias equipes
de campo preencham uma espécie de formulário de identificação das características
e localização dos sistemas.
O prazo para adequação do procedimento de trabalho será de até 1 ano.
3.4.4 Padronização de Obras
3.4.4.1 Elaborar Normas Técnicas Próprias
O DAERP, por meio de seus Técnicos e demais colaboradores, deverá redigir
um caderno de Normas Técnicas próprias. Essas Normas estabelecerão padrões a
serem seguidos durante as fases de planejamento, execução e entrega de obras de
novos empreendimentos.
O prazo será de 1 ano.
3.4.5 Identif. de Irreg. nos Sistemas de Coleta e Afastamento de Esgotos
3.4.5.1 Identificar Interconexões de Redes de Esgoto em Sistemas Pluviais
Serão estabelecidos programas de “caça esgoto” nos sistemas de drenagem e
manejo de águas pluviais, com equipes direcionadas a esses serviços e apoio de
tecnologias desenvolvidas para tal.
O prazo para conclusão das atividades será de até 3 anos.
3.4.5.2 Identificar Sistemas Prediais de Esgotos que Recebem Águas Pluviais e
Irregularidades em Caixas de Gorduras.
Deverá ser retomado o Programa Casa a Casa do DAERP, a fim de se
identificar ligações cruzadas de sistemas prediais de águas pluviais em sistemas de
esgotos sanitários e verificar a situação das caixas de gorduras dos imóveis. O
Programa será realizado em toda a cidade.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 107
O prazo para retomada do Programa será de 4 anos, pois demanda uma
estruturação e organização dentro da Autarquia.
3.4.6 Melhoria dos Sistemas de Coleta e Afastamento de Esgotos
3.4.6.1 Substituir Interceptores Deteriorados ou com Recorrência de Extravasamento
Deverão ser substituídos trechos dos interceptores que apresentam sinais de
deterioração e/ou com recorrência de extravasamento, com especial atenção aos
seguintes:
a) Interceptor do Córrego Palmeiras (região da Rodovia Anhanguera);
b) Interceptor do Afluente do Córrego Palmeiras (entre Córrego Palmeiras e
Rodovia Anhanguera);
c) Interceptor do Ribeirão Preto (margem esquerda – região da Vila Guiomar,
Jardim Delboux e Parque Ribeirão Preto);
d) Interceptor do Córrego Laureano (margem esquerda);
e) Interceptor do Córrego Retiro Saudoso (margem direita – trechos antigos);
f) Interceptor do Córrego dos Campos (margem esquerda – entre as ruas
Maria Godi Bim e José Valente Sobrinho);
g) Interceptor do afluente do Córrego dos Campos (região Planalto Verde); e
h) Interceptor do Córrego Vista Alegre (região do Jardim Dona Branca Salles,
Adão do Carmo Leonel e Jardim Piratininga).
O custo será da ordem de R$ 14.500.000,00, a um prazo de 4 a 12 anos.
3.4.7 Melhoria dos Sistemas de Elevação de Esgotos
3.4.7.1 Estudar a Viabilidade da Desativação de EEE’s e Implantar Coletores Tronco
/ Interceptores para Desativação
Deverão ser realizados levantamentos topográficos e levantamentos de
interferências, a fim de se verificar a viabilidade da desativação das seguintes
instalações:
a) EEE Liliana Tenuto;
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 108
b) EEE Distrito Empresarial I e II;
c) EEE Distrito Empresarial III;
d) EEE Palmeiras I;
e) EEE Palocci; e
f) Angelo Jurca.
O custo para realização dos estudos para verificação da viabilidade da
desativação será da ordem de R$ 80.000,00 a um prazo de 2 anos.
Considerando o melhor cenário, em que seja possível a desativação de todas
as elevatórias descritas, estima-se um custo da ordem de R$ 7.300.000,00.
Portanto, somados os valores a serem aplicados ao estudo e implantação das
obras, estima-se um montante da ordem de R$ 7.380.000,00, a um prazo de 6 anos.
3.4.7.2 Reformar e Adequar EEE’s não Passíveis de Desativação
As EEE’s não passíveis de desativação deverão ter suas estruturas físicas
reformadas, passando por processos de reforço estrutural, correção de patologias,
pinturas, dentre outras.
A adequação consiste na implantação de elementos estruturais para melhoria
do sistema operacional das EEE’s como: grade, caixa de areia, instalação de sistema
de bombeamento “reserva” para as estações que possuem apenas um sistema,
gerador de emergência, elementos de proteção e combate a incêndio e pânico, dentre
outras. Deverão ser previstos sistemas de vigilância patrimonial nessas estações.
Considerando o pior cenário, em que todas as EEE’s não sejam passíveis de
desativação, estima-se um custo da ordem de R$ 2.000.000,00, a um prazo de 4 anos.
Esse custo não está inserido no Quadro Resumo, pois estará sendo considerado o
melhor cenário em que todas as EEE’s relacionadas no item anterior serão
desativadas.
3.4.7.3 Estabelecer Programa de Limpeza e Manutenção Periódica das EEE’s
A limpeza das EEE’s será realizada na frequência adaptada à especificidade
de cada local. As manutenções preventivas consistirão na avaliação periódica dos
sistemas eletromecânicos.
O prazo para adequação do programa será de 1 ano.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 109
3.4.8 Melhoria dos Sistemas de Tratamento de Esgotos
3.4.8.1 Aumentar a Capacidade de Tratamento das Duas ETE’s
Será aumentado o número de componentes de tratamento de esgotos (grades,
desarenadores, decantadores, reatores, etc.) por meio da implantação de tais
elementos na área de ampliação das ETE’s.
O investimento será da ordem de R$ 200.000.000,00, a um prazo de 20 anos.
3.4.9 Educação Ambiental
3.4.9.1 Apresentar Programas de Educação Ambiental
Serão realizados programas de educação ambiental, apresentando-se
conteúdos educativos no sentido de se evitar descartes de resíduos diversos nos
sistemas prediais de esgotamento sanitário, bem como incentivar a população a
realizar limpezas periódicas nas caixas de gorduras de seus imóveis.
O programa será contínuo e deverá ser iniciados a um prazo de 1 ano.
3.4.10 Aquisição de Equipamentos Específicos
3.4.10.1 Aquisição de Caminhões de Sucção à Auto-Vácuo e Caminhões Combinados
de Hidrojateamento e Sucção
Para garantir a eficiência e agilidade no atendimento à população, bem como
limpezas preventivas dos sistemas de coleta e afastamento de esgotos, deverão ser
adquiridos, ao menos, um caminhão de sucção à auto-vácuo e dois caminhões
combinados com equipamento de hidrojateamento e sucção.
O custo será da ordem de R$ 3.700.000,00, a um prazo de 3 anos.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 110
3.5 RESUMO DOS CUSTOS E INVESTIMENTOS
O Quadro 2 apresenta o resumo dos custos e investimentos nos sistemas de
esgotamento sanitário, para um horizonte de 20 anos.
Os prazos são divididos em:
a) Curto prazo: até 4 anos;
b) Médio prazo: de 5 a 8 anos; e
c) Longo prazo: 9 a 20 anos.
Quadro 3.2 – Resumo dos custos e investimentos nos sistemas de esgotamento sanitário.
Objetivos Custo e
Investimento Total (R$)
Custo e Investimento por Etapas (R$)
Curto Prazo (2020-2023)
Médio Prazo (2024-2027)
Longo Prazo (2028 a 2039)
Universalização 9.600.000,00 9.600.000,00 - -
Colaborar com a prefeitura nos processos de regularização fundiária
16.200.000,00 8.100.000,00 8.100.000,00 -
Cadastro digitalizado - - - -
Padronização de obras - - - -
Identificação de irregularidades nos
sistemas de coleta e afastamento de esgotos
- - - -
Melhoria dos sistemas de coleta e afastamento de
esgotos 15.150.000,00 2.650.000,00 10.000.000,00 2.500.000,00
Melhoria dos sistemas de elevação de esgotos
7.380.000,00 3.000.000,00 4.380.000,00 -
Melhoria dos sistemas de tratamento de esgotos
200.000.000,00 - - 200.000.000,00
Educação ambiental - - - -
Aquisição de equipamentos específicos
3.700.000,00 1.200.000,00 2.500.000,00 -
TOTAL GERAL (R$) 252.030.000,00 24.550.000,00 24.980.000,00 202.500.000,00
Fonte: DAERP.
Portanto, para um horizonte de 20 anos, estimam-se custos e investimentos
para atender o presente Plano de Saneamento Básico (tema esgoto) da ordem de R$
252.030.000,00 (duzentos e cinquenta e dois milhões e trinta e mil reais). Ressalta-
se, entretanto, que os custos e investimentos estimados estarão sujeitos a alterações
quando da elaboração dos projetos básicos/executivos e processos Licitatórios.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 111
3.6 AÇÕES PARA EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA
As ações para emergência e contingência propostas para o gerenciamento dos
sistemas de esgotamento sanitário do município são relacionadas no Quadro 3.
Quadro 3.3 – Ações para emergência e contingência para os sistemas de esgotamento sanitário.
Ocorrência Causa Ações Mínimas a Serem Executadas
Retorno de esgotos em imóveis
Obstrução de redes coletoras
Deslocamento imediato de equipes de desobstrução
Rompimento de interceptor e emissário
Erosão
Desmoronamento de talude
Rompimento de travessia
Informar o órgão ambiental competente
Programar o reparo no prazo o mais curto possível, considerando a especificidade da ocorrência
Extravasão de EEE’s
Interrupção no fornecimento de energia elétrica
Disponibilizar gerador de emergência
Comunicar à Concessionária de energia elétrica
Falha no sistema de bombeamento
Reparar ou substituir equipamentos, enquanto a EEE opera com os equipamentos reserva
Ações de vandalismo
Reparar instalações danificadas
Registrar Boletim de Ocorrência (BO) junto à polícia
Paralisações de componentes das
ETE’s
Interrupção no fornecimento de energia elétrica
Disponibilizar gerador de emergência
Comunicar à Concessionária de energia elétrica
Falha no sistema eletromecânico
Reparar ou substituir equipamentos, enquanto a ETE opera com os equipamentos reserva
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 112
4 INDICADORES TÉCNICOS E OPERACIONAIS
4.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ADEQUADO
De acordo como o marco regulatório são necessários indicar os parâmetros e
os indicadores de qualidade que serão monitorados e alcançados ao longo do tempo.
Conforme a Lei 11.445/2007 são identificados três grandes objetivos a serem
alcançados:
A universalização dos serviços,
A qualidade e eficiência da prestação e
A modicidade tarifária.
A Lei 11.445/2007 estabelece ainda o controle social como um dos seus
princípios fundamentais (Art. 2°, inciso X) e o define como o "conjunto de mecanismos
e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e
participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de
avaliação relacionados aos serviços públicos de Saneamento Básico” (Art. 3°, inciso
IV).
Ainda, com relação à Lei 11.445/07, o inciso V do art. 19 do Capítulo IV, define
que o plano de saneamento deverá conter "mecanismos e procedimentos para a
avaliação sistemática da eficiência e da eficácia das ações programadas”.
Para se manter fiel a estas disposições legais, cabe ao poder público definir
quais serão os indicadores, seus níveis e metas e sua forma de divulgação ao longo
do tempo. Vale destacar, que os indicadores devem cumprir o papel de demostrar e
incentivar os incrementos de eficiência/eficácia do sistema e os incrementos
econômicos, sociais e sanitários, definidos pela política pública de saneamento. Como
forma de transparência e fiscalização do sistema, o controle social deverá ser definido
de forma clara e precisa.
Para efeito dos requisitos apresentados, alguns itens devem ser considerados:
a) Regularidade: obediência às regras estabelecidas, e fixadas nas leis e
normas técnicas pertinentes;
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 113
b) Continuidade: os serviços devem ser contínuos, sem interrupções, exceto
nas situações previstas em lei;
c) Eficiência: a obtenção do efeito desejado no tempo planejado;
d) Segurança: a ausência de riscos de danos para os usuários, para a
população em geral, para os empregados e instalações do serviço e para a
propriedade pública ou privada;
e) Atualidade: modernidade das técnicas, dos equipamentos e das instalações
e a sua conservação, bem como a melhoria e a expansão dos serviços;
f) Generalidade: universalidade do direito ao atendimento;
g) Cortesia: grau de urbanidade com que os empregados do serviço atendem
aos usuários; e
h) Modicidade das tarifas: valor relativo da tarifa no contexto do orçamento do
usuário em geral.
Tendo em vista verificar se os serviços prestados atendem aos requisitos
listados, são estabelecidos indicadores que procuram identificar de maneira precisa
se atendem às condições fixadas.
Os indicadores que abrangem os serviços de abastecimento de água, tanto no
que se refere às suas características técnicas, quanto às administrativas, comerciais
e de relacionamento direto com os usuários, serão os seguintes.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 114
4.2 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
4.2.1 Índice de Qualidade da Água Distribuída (IQAD)
O sistema de abastecimento de água, em condições normais de
funcionamento, deverá assegurar o fornecimento da água demandada pelos usuários
do sistema, garantindo o padrão de potabilidade estabelecidos pela Portaria de
Consolidação Nº 5 de 28/09/2017 – Anexo XX: Do Controle e da Vigilância da
Qualidade da Água para Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade (Origem:
PRT MS/GM 2914/11) do Ministério da Saúde, ou outras que venham a substitui-la.
A qualidade da água da será medida pelo Índice de Qualidade da Água
Distribuída - IQAD.
Este índice procura identificar, de maneira objetiva, a qualidade da água
distribuída à população.
Em sua determinação são levados em conta os parâmetros mais importantes
de avaliação da qualidade da água, que dependem, não apenas da qualidade
intrínseca das águas dos mananciais, mas, fundamentalmente, de uma operação
correta, tanto do sistema produtor quanto do sistema de distribuição.
O índice é calculado a partir dos resultados objetivos realizados pelo
Laboratório do DAERP ou por laboratórios terceirados, sempre atendendo ao que
preconiza a referida portaria acima citada no que se refere aos parâmetros analisados,
suas periodicidades, dispersão e quantidades mínimas.
A frequência de apuração do IQAD será apresentada a cada três meses,
utilizando os resultados das análises efetuadas no trimestre anterior, considerando
que sempre e a qualquer momento o Plano de Segurança da Água (PSA) está sendo
aplicado.
Para apuração do IQAD, o sistema de controle da qualidade da água a ser
implantado deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de
análises laboratoriais que permita o levantamento dos dados necessários, além de
atender à legislação vigente.
O IQAD é calculado como a média ponderada das medias simples calculadas
dos parâmetros indicados no quadro abaixo, considerando os respectivos pesos.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 115
Quadro 4.1 – Relação de parâmetros e pesos.
Parâmetro Símbolo Condição Exigida Peso
Turbidez TB TB ≤ 1,0 UNT 0,25
Cloro residual livre CRL 0,2 mg/L ≤ CRL ≤ 2,0 mg/L 0,25
pH pH 6,0 ≤ pH ≤ 9,5 0,05
Fluoreto FLR 0,6 mg/L ≤ FLR ≤ 0,8 mg/L 0,05
Bacteriologia BAC BAC < 1,0 UFC/100 ml 0,40
Fonte: DAERP.
Os pesos de cada parâmetro foram assim definidos dada a importância de cada
um na determinação da qualidade da água para o consumo, sendo maior peso
atribuído à adequação bacteriológica, cloro e turbidez, diretamente relacionadas á
potabilidade.
As medias simples serão calculadas pela quantidade do número de amostras
em conformidade com a Portaria de Consolidação Nº 5 de 28/09/2017 – Anexo XX:
Do Controle e da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano e seu
Padrão de Potabilidade (Origem: PRT MS/GM 2914/11) do Ministério da Saúde e o
número de amostras analisadas para cada parâmetro elencado, na rede de
distribuição.
Uma vez determinada a média simples de atendimento para cada parâmetro,
na rede de distribuição, o IQAD será obtido através da Equação 1:
𝑰𝑸𝑨𝑫 = 𝟎, 𝟐𝟓 ×𝑴(𝑻𝑩) + 𝟎, 𝟐𝟓 ×𝑴(𝑪𝑹𝑳) + 𝟎, 𝟎𝟓 ×𝑴(𝒑𝑯) + 𝟎, 𝟎𝟓 ×𝑴(𝑭𝑳𝑹) +
𝟎, 𝟒𝟎 ×𝑴(𝑩𝑨𝑪) [Eq. 1]
Onde:
M(TB): média dos resultados de conformidade para o parâmetro turbidez;
M(CRL): média dos resultados de conformidade para o parâmetro cloro residual;
M(pH): média dos resultados de conformidade para o parâmetro pH;
M(FLR): média de conformidade para o parâmetro fluoretos; e
M(BAC): média de conformidade para o parâmetro da bacteriologia.
A apuração mensal do IQAD não isenta o operador de suas responsabilidades
em relação a outros órgãos fiscalizadores e atendimento à legislação vigente.
A qualidade da água distribuída será classificada de acordo a média dos
valores do IQAD dos últimos 12 (doze) meses, em consonância com o quadro a seguir:
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 116
Quadro 4.2 – Relação do valor do indicador e classificação.
Indicador - IQAD Classificação
IQAD < 80% Ruim
80% ≤ IQAD < 90% Regular
90% ≤ IQAD < 95% Bom
IQAD > 95% Ótimo
Fonte: DAERP.
4.2.2 Cobertura do Sistema de Abastecimento de Água (CSAA)
A cobertura do sistema de abastecimento de água é o indicador utilizado para
verificar se os requisitos da generalidade são ou não respeitados na prestação do
serviço de abastecimento de água.
A cobertura pela rede distribuidora de água será apurada pela Equação 2:
𝑪𝑺𝑨𝑨(%) =𝑵𝑰𝑳
𝑵𝑻𝑬× 𝟏𝟎𝟎 [Eq. 2]
Onde:
CSAA: Cobertura pela rede de distribuição de água, em percentagem;
NIL: Número de imóveis ligados à rede de distribuição de água; e
NTE: Número total de imóveis edificados na área de prestação.
Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação
do serviço (NTE), não serão considerados os imóveis não ligados à rede distribuidora,
abastecidos exclusivamente por fonte própria de produção de água.
Para efeito de classificação, o nível de cobertura do sistema de abastecimento
de água será avaliado conforme quadro a seguir:
Quadro 4.3 – Relação do valor do indicador e classificação.
Cobertura (CSSA) Classificação
CSAA < 80% Insatisfatório
80% ≤ CSAA < 95% Satisfatório
CSSA ≥ 95% Adequado
Fonte: DAERP.
Considera-se que o serviço é adequado se a porcentagem de cobertura for superior a
95%.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 117
4.2.3 Índice de Continuidade do Abastecimento de Água (ICA)
Para verificar o atendimento ao requisito da continuidade dos serviços
prestados, é definido o ICA.
O indicador, conforme as regras fixadas, estabelecerá um parâmetro objetivo
de análise para verificação do nível de prestação dos serviços, no que se refere à
continuidade do fornecimento de água aos usuários.
Os índices requeridos são estabelecidos de modo a garantir as expectativas
dos usuários quanto ao nível de disponibilidade de água em seu imóvel e, por
conseguinte, o percentual de falhas por ele aceito.
A descontinuidade de um sistema é acarretado por diversos motivos, entre os
principais, podemos citar; a interrupção do abastecimento por motivos de
manutenção, quer sejam elas corretivas ou preventivas, neste caso, a
descontinuidade invariavelmente será enquanto perdurar o evento, por deficiências
do sistema de produção e/ou por baixo armazenamento nos reservatórios setoriais
e/ou por transporte hidráulico insuficiente nas redes de distribuição, nestes casos a
descontinuidade acaba sendo severa e prolongada indicando que o sistema de
abastecimento que necessita de investimentos para adequações urgentes.
Uma maneira de medir a continuidade do abastecimento, está relacionada com
o número de reclamações de falta de água e/ou de baixa pressão na rede de
distribuição registradas no sistema de relações com o usuário, via telefone e relação
ao tempo de abastecimento efetivamente proporcionado. Em geral, as reclamações
são registradas, por motivos, e o sistema indica o dia e a hora, assim como o
fechamento do registro com a solução do problema com o dia e a hora. Assim, é
possível, no sistema, quantificar o quantitativo de horas registrado no sistema bem
como o número de reclamações no período. Desta forma, de maneira objetiva, se tem
para um período determinado, dia, mês ou ano, o número de reclamações registrada
e o tempo médio geral.
NRR: Número de Reclamações Registradas no sistema telefônico de acatamento,
cada reclamação será considerada como sendo uma ligação afetada.
SH: Somatório das Horas fechadas e não fechadas de cada acatamento, pelo motivo
de falta de água e/ou baixa pressão, no período considerado em (hora / mês).
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 118
TMD: Tempo Médio do Desabastecimento, é a relação entre o SH pelo NRR, em
(horas / mês).
NLA: Número de ligação ativas no sistema comercial (do setor, quando o sistema
estiver perfeitamente setorizado e estanque), e de todos os setores que compõe o
sistema de distribuição de água, no período considerado (mês).
PC: Período considerado serão os meses em (horas / mês)
O índice consiste, basicamente, na quantificação dos tempos em que o
abastecimento proporcionado pelo operador pode ser considerado normal,
comparado ao tempo total de apuração do índice, que pode será mensal com
fechamento anual.
Para apuração do valor do ICA deverão ser quantificadas as reclamações
(confirmadas) dos usuários e registradas as pressões em pontos da rede distribuidora
onde haja a indicação técnica de possível deficiência de abastecimento, para controle
do operador.
O ICA será calculado através da Equação 3:
𝑰𝑪𝑨(%) = [𝟏 −𝑵𝑹𝑹×𝑻𝑴𝑫
𝑵𝑳𝑨×𝑷𝑪] × 𝟏𝟎𝟎 [Eq. 3]
Observações:
Deverão ser expurgadas do cálculo do indicador as reclamações que não forem
confirmadas pelo motivo de falte de água e/ou baixa pressão;
O valor de pressão mínima de 8 metros de coluna d’água, deverá ser utilizada
para avaliação das redes de distribuição, construídas com anterioridade ao ano
1994, pois, a norma técnica especifica da ABNT admitia um certo percentual
da rede com esta pressão nos projetos da época, e somente após o ano de
1994 é que pressão mínima passou a ser considerada em 10 mca na totalidade
dos setores de abastecimento. Desta forma, se justifica a adoção do número
mínimo de 8 mca, para até 5% da área do setor, conforme indicava a referida
norma técnica, para o parâmetro pressão dinâmica; e
Só deverão ser validadas as reclamações que se verificar serem verdadeiras.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 119
Os valores do ICA para o sistema de abastecimento como um todo, calculado
para os últimos 12 (doze) meses, caracterizam o nível de continuidade do
abastecimento, classificado conforme o quadro a seguir:
Quadro 4.4 – Relação do valor do indicador e classificação.
Indicador: ICA Classificação
ICA ≥ 99,90% Excelente
99,50% ≤ ICA < 99,90% Bom
99,00% ≤ ICA < 99,50% Regular
ICA ≤ 99,00% Ruim
Fonte: DAERP.
4.2.4 Índice de Perdas no Sistema de Distribuição – Rede (IPD)
O índice de perdas no sistema de distribuição deve ser determinado e
controlado para verificação da eficiência do sistema de controle operacional
implantado, e garantir que o desperdício dos recursos naturais seja o menor possível.
Tal condição, além de colaborar para a preservação dos recursos naturais, tem
reflexos diretos sobre os custos de operação e investimentos do sistema de
abastecimento, e consequentemente sobre as tarifas, ajudando a garantir o
cumprimento do requisito da modicidade das tarifas.
O índice de perdas de água no sistema de distribuição será calculado pela
Equação 4:
𝑰𝑷𝑫(%) =𝑽𝑨𝑷−(𝑽𝑨𝑭+𝑽𝑨𝑺)
𝑽𝑳𝑷−𝑽𝑨𝑺× 𝟏𝟎𝟎 [Eq. 4]
Onde:
IPD (%): Índice de perdas de água no sistema de distribuição;
VAP (m³): Volume de água produzido ou disponibilizado para o abastecimento,
considerando a somatória dos volumes produzidos ou disponibilizado pelos diversos
sistemas produtores diretamente na rede de distribuição ou por reservatórios setoriais
de distribuição, em operação no sistema de abastecimento de água;
VAF (m³): Volume de água micromedido, resultante da leitura dos hidrômetros e do
volume estimado das ligações sem hidrometração. Obs.: O volume estimado
consumido de uma ligação sem hidrômetro será a média do consumo das ligações
com hidrômetro, de mesma categoria de uso; e
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 120
VAS (m³): Volume de água medido e/ou estimado para fins de usos operacionais,
emergenciais e nos usos próprios das unidades administrativas e operacionais.
Para efeito deste indicador o nível de perdas verificado no sistema de
abastecimento será classificado conforme indicado no quadro a seguir:
Quadro 4.5 – Relação do valor do indicador e classificação.
Índice: IPD Classificação
IPD ≥ 40% Inadequado
30% < IPD < 40% Regular
25% < IPD ≤ 30% Satisfatório
IPD ≤ 25% Adequado
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 121
4.3 SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
4.3.1 Cobertura do Sistema de Esgotamento Sanitário
A cobertura da área de prestação por rede coletora de esgotos é um indicador
que busca o atendimento dos requisitos de Generalidade, atribuídos pela lei aos
serviços considerados adequados.
A cobertura pela rede coletora de esgotos será calculada pela Equação 5:
𝑪𝑺𝑬𝑺(%) =𝑵𝑰𝑳
𝑵𝑻𝑬× 𝟏𝟎𝟎 [Eq. 5]
Onde:
CSES: Cobertura Sistema de Esgotos Sanitários, em porcentagem.
NIL: Número de Imóveis Ligados à rede coletora de esgotos; e
NTE: Número Total de imóveis Edificados na área de prestação.
Na determinação do número total de imóveis ligados à rede coletora de esgotos
(NIL) não serão considerados os imóveis ligados a redes que não estejam conectadas
a coletores tronco, interceptores ou outras tubulações que conduzam os esgotos a
uma instalação adequada de tratamento.
Na determinação do número total de imóveis edificados (NTE) não serão
considerados os imóveis não ligados à rede coletora localizados em loteamentos cujos
empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações perante a legislação
vigente, perante a Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos, e perante o
operador. Também, não são considerados os imóveis localizados em sistemas
isolados, com tratamento e operação próprios, não operados pela concessionária.
O nível de cobertura do sistema de esgotos sanitários será classificado
conforme tabela a seguir:
Quadro 4.6 – Relação do valor do indicador e classificação.
Porcentagem de Cobertura Classificação
CSES < 60% Baixo
60% ≤ CSES < 80% Regular
80% ≤ CSES < 90% Bom
CSES ≥ 90% Excelente
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 122
É considerado excelente o sistema de esgotos sanitários que apresentar
cobertura igual ou superior a 90%.
4.3.2 Eficiência do Sistema de Esgotamento Sanitário
A eficiência do sistema de coleta de esgotos sanitários será medida pelo
número de desobstruções de redes coletoras e ramais prediais que efetivamente
forem realizadas por solicitação dos usuários.
O operador deverá manter registros adequados tanto das solicitações como
dos serviços realizados.
As causas da elevação do número de obstruções podem ter origem na
operação inadequada da rede coletora, ou na utilização inadequada das instalações
sanitárias pelos usuários. Entretanto, qualquer que seja a causa das obstruções, a
responsabilidade pela redução dos índices será do operador, seja pela melhoria dos
serviços de operação e manutenção da rede coletora, ou por meio de mecanismos de
correção e campanhas educativas por ele promovidos de modo a conscientizar os
usuários do correto uso das instalações sanitárias de seus imóveis.
O Índice de Obstrução de Ramais Domiciliares (IORD) deverá ser apurado
mensalmente e consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de ramais
realizadas no período por solicitação dos usuários mais de 12 horas após a
comunicação do problema e o número de imóveis ligados à rede, no primeiro dia do
mês, multiplicada por 10.000 (dez mil).
O Índice de Obstrução de Redes Coletoras (IORC) será apurado mensalmente
e consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de redes coletoras
realizadas por solicitação dos usuários mais de 12 horas após a comunicação do
problema, e a extensão da mesma em quilômetros, no primeiro dia do mês,
multiplicada por 1.000 (mil).
Enquanto existirem imóveis lançando águas pluviais na rede coletora de
esgotos sanitários, e enquanto o operador não tiver efetivo poder de controle sobre
tais casos, não serão considerados, para efeito de cálculo dos índices IORD e IORC,
os casos de obstrução e extravasamento ocorridos durante e após 6 (seis) horas da
ocorrência de chuvas.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 123
Para efeito deste regulamento o serviço de coleta dos esgotos sanitários é
considerado eficiente e, portanto, adequado, se:
A média anual dos IORD, calculados mensalmente, for inferior a 20 (vinte),
podendo este valor ser ultrapassado desde que não ocorra em 2 (dois) meses
consecutivos nem em mais de 4 (quatro) meses em um ano; e
A média anual dos IORC, calculados mensalmente, deverá ser inferior a 200
(duzentos), podendo ser ultrapassado desde que não ocorra em 2 (dois) meses
consecutivos nem em mais de 4 (quatro) meses por ano.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 124
4.4 ATENDIMENTO AO PÚBLICO
4.4.1 Índice de Eficiência da Prestação de Serviços e no Atendimento ao Usuário
A eficiência no atendimento ao público e na prestação dos serviços pelo
operador deverá ser avaliada através do Índice de Eficiência na Prestação dos
Serviços e no Atendimento ao Público (IESAP).
O IESAP deverá ser calculado com base na avaliação de diversos fatores
indicativos da performance do operador, quanto à adequação de seu atendimento às
solicitações e necessidades de seus usuários.
Para cada um dos fatores de avaliação da adequação dos serviços será
atribuído um valor, de forma a compor-se o indicador para a verificação.
Para a obtenção das informações necessárias à determinação dos indicadores,
será fixado os requisitos mínimos do sistema de informações a ser implementado pelo
operador. O sistema de registro deverá ser organizado adequadamente de forma a
conter todos os elementos necessários para sempre seja que possibilitado a sua
conferência.
Os fatores que deverão ser considerados na apuração do IESAP,
mensalmente, são:
a) Fator 1 - Prazos de atendimento dos serviços de maior frequência
Será medido o período de tempo decorrido entre a solicitação do serviço pelo
usuário e a data efetiva de conclusão. O Quadro Padrão dos prazos de atendimento
dos serviços é a apresentada em sequência. O índice de eficiência dos prazos de
atendimento será determinado como segue:
I1 = Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100 sobre
Quantidade total de serviços realizados [Eq. 6]
Quadro 4.7 – Relação de serviços e prazos de atendimento.
Serviço Prazo para atendimento
Ligação de água (acatamento e vistoria) 3 dias úteis
Ligação de água (execução) 10 dias úteis
Reparo de vazamento visível de água (rede e ramal) (*) ver abaixo, prazo médio
Falta de água geral 24 horas
Ocorrências quanto à ausência ou má qualidade da repavimentação 5 dias uteis
Restabelecimento do fornecimento de água 24 horas
Ocorrências de caráter comercial 24 horas
(*) Prazos médios para reparos de vazamentos visíveis: Meta 2020 (72 horas), Meta 2021 (48 horas) e Meta 2022 em diante (24 horas)
Fonte: DAERP.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 125
Quadro 4.8 – Correlação entre o Índice e valor F1.
Índice de eficiência nos prazos – I1 Valor F1
I1 < 75% 0
75% ≤I1 < 90% 0,5
I1≥ 90% 1,0
Fonte: DAERP.
b) Fator 2 Disponibilidade de estruturas de atendimento ao público
As estruturas de atendimento ao público disponibilizadas serão avaliadas pela
oferta ou não das seguintes possibilidades:
Atendimento em escritório do operador.
Sistema 115 para todos os tipos de contatos telefônicos que o usuário
pretenda, durante 24 horas, todos os dias do ano.
Softwares de controle e gerenciamento do atendimento que deverão ser
processados em (rede de) computadores do operador.
Site na internet com informação pertinente acerca dos serviços.
Este quesito será avaliado pela disponibilidade ou não das possibilidades
elencadas, e terá os valores da tabela apresentada em sequência:
Quadro 4.9 – Correlação entre o Índice e valor F2.
Estruturas de Atendimento ao Público (EAP) Valor F2
EAP ≤ 2 0
EAP = 3 0,5
EAP = 4 1,0
Fonte: DAERP.
c) Fator 3 – Disponibilidade de estruturas de atendimento ao público
A adequação da estrutura de atendimento ao público em cada um dos prédios
do operador será avaliada pela oferta ou não das seguintes facilidades:
Distância inferior a 500 m de pontos de confluência dos transportes coletivos;
Distância inferior a 500 m de pelo menos um agente de recebimento de contas;
Facilidade de estacionamento de veículos ou existência de estacionamento
próprio;
Facilidade de identificação;
Conservação e limpeza;
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 126
Coincidência do horário de atendimento com o da rede bancária local;
Número máximo de atendimentos diários por atendente menor ou igual a 72;
Período de tempo médio entre a chegada do usuário ao escritório e o início do
atendimento
Menor ou igual a 10 minutos; e
Período de tempo médio de atendimento telefônico no sistema 115 menor ou
igual a 3 minutos.
Este quesito será avaliado pelo atendimento ou não dos itens elencados e terá
os seguintes valores:
Quadro 4.10 – Correlação entre o Índice e valor F3.
Estruturas de atendimento ao público (EAP) Valor F3
EAP < 5 0
5 ≤ EAP < 7 0,5
EAP ≥ 7 1,0
Fonte: DAERP.
d) Fator 4 – Disponibilidade de estruturas de atendimento ao público
Toda a estrutura física de atendimento deverá ser projetada de forma a
proporcionar conforto ao usuário. Por outro lado, deverá haver uma preocupação
permanente para que os prédios, instalações e mobiliário sejam de bom gosto, porém
bastante simples, de forma a não permitir que um luxo desnecessário crie uma barreira
entre o operador e o usuário.
Este fator procurará medir a adequação das instalações do operador ao usuário
característico da cidade, de forma a propiciar-lhe as melhores condições de
atendimento e conforto de acordo com o seu conceito.
A definição do que significa "melhores condições de atendimento e conforto de
acordo com o seu conceito” leva em consideração os seguintes itens:
Separação dos ambientes de espera e atendimento
Disponibilidade de banheiros;
Disponibilidade de bebedouros de água;
Iluminação e acústica do local de atendimento;
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 127
Existência de normas padronizadas de atendimento ao público;
Preparo dos profissionais de atendimento; e
Disponibilização de ar condicionado, ventiladores e outros.
A avaliação da adequação será efetuada pelo atendimento ou não dos itens
acima, conforme tabela em sequência.
Quadro 4.11 – Correlação entre o Índice e valor F4.
Instalações e Logística de atendimento ao Público (ILAP) Valor F4
ILAP ≤ 4 0
4 < ILAP ≤ 6 0,5
ILAP = 7 1,0
Fonte: DAERP.
Com base nas condições definidas, o Índice de Eficiência na Prestação dos
Serviços e no Atendimento ao Público (IESAP) será calculado de acordo com a
Equação 7:
𝑰𝑬𝑺𝑨𝑷 = 𝟑 × 𝑽𝑭𝟏 + 𝟑 × 𝑽𝑭𝟐 + 𝟐 × 𝑽𝑭𝟑 + 𝟐 × 𝑽𝑭𝟒 [Eq. 7]
Onde:
Vfi é o valor do Fator i.
O sistema de prestação de serviços e atendimento ao público do prestador será avaliado anualmente pela média dos valores apurados mensalmente, considerando-se:
Quadro 4.12 – Relação do valor do indicador e classificação.
Indicador IESAP Classificação
IESAP < 5,0 Inadequado
5,0 ≤ IESAP < 7,0 Regular
7,0 ≤ IESAP < 9,0 Satisfatório
IESAP ≥ 9,0 Ótimo
Fonte: DAERP.
4.4.2 Índice de Adequação do Sistema de Comercialização dos Serviços (IACS)
A comercialização dos serviços é a interface de grande importância no
relacionamento do operador com os usuários dos serviços. Alguns aspectos do
sistema comercial têm grande importância para o usuário, seja para garantir a justiça
no relacionamento comercial ou para assegurar-lhe o direito de defesa, nos casos em
que considere as ações do operador incorretas. Assim, é importante que o sistema
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 128
comercial implementado possua as características adequadas para garantir essa
condição.
A metodologia de definição desse indicador segue o mesmo princípio utilizado
para o anterior, pois, também neste caso, a importância relativa dos fatores
apresentados depende da condição, cultura e aspirações dos usuários. Os pesos de
cada um dos fatores relacionados são apresentados a seguir, sendo que no caso do
índice de micromedição foi atribuída forte ponderação em face da importância do
mesmo como fator de justiça do sistema comercial utilizado.
São as seguintes as condições de verificação da adequação do sistema
comercial:
a) Condição 1 - Índice de micromedição: calculado mês a mês, de acordo com a
expressão:
I1 = N° total de ligações com hidrômetro em funcionamento no mês x 100 sobre
o N° total de ligações existentes no mesmo mês [Eq. 8]
De acordo com a média aritmética dos valores mensais calculados, a ser
aferida anualmente, esta condição terá os seguintes valores:
Quadro 4.13 – Relação do índice e valor.
I1 - Índice de micromedição (%) Valor
I1 < 95% 0
95% ≤ I1 < 98% 0,5
I1 ≥ 98% 1,0
Fonte: DAERP.
b) Condição 2 – O sistema de comercialização adotado pelo operador deverá
favorecer a fácil interação com o usuário, evitando o máximo possível o seu
deslocamento até o escritório para informações ou reclamações. Os contatos deverão
preferencialmente realizar-se no imóvel do usuário ou através de atendimento
telefônico. A verificação do cumprimento desta diretriz será feita através do indicador
que relaciona o número de reclamações realizadas diretamente nas agências
comerciais, com o número total de ligações:
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 129
I2 = Número de atendimentos feitos diretamente no balcão no mês x 100 sobre
o Número total de atendimentos realizados no mês (balcão e telefone) [Eq. 9]
O valor a ser atribuído à Condição 2 obedecerá à tabela a seguir:
Quadro 4.14 – Relação do índice e valor.
I2 - Índice disponibilização de contato (%) Valor
I2 < 20% 0
20% ≤ I2 < 30% 0,5
I2 ≥ 30% 1,0
Fonte: DAERP.
c) Condição 3 – Para as contas não pagas sem registro de débito anterior, o operador
deverá manter um sistema de comunicação por escrito com os usuários, informando-
os da existência do débito, com definição de data-limite para regularização da situação
antes da efetivação do corte, de acordo com a legislação vigente.
O nível atendimento a essa condição pelo operador será efetuado através do
indicador:
I3 = Número de comunicações de corte emitidas pelo operador no mês x 100
sobre Número de contas sujeitas a corte de fornecimento no mês [Eq. 10]
O valor a ser atribuído à Condição 3 será:
Quadro 4.15 – Relação do índice e valor.
I3 - Índice de aviso de corte (%) Valor
I3 ≥ 98% 1,0
95% ≤ I3 < 98% 0,5
I3 < 95% 0
Fonte: DAERP.
d) Condição 4 – O operador deverá garantir o restabelecimento do fornecimento de
água ao usuário em até 24 horas da comunicação, pelo mesmo, da efetuação do
pagamento de seus débitos. Feita a comunicação, o usuário não necessitará
comprovar o pagamento do débito naquele momento, devendo, no entanto, o contrato
de prestação, autorizar o operador a cobrar multa quando o pagamento não for
confirmado.
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 130
O indicador que avaliará tal condição é:
I4 = N° de restabelecimentos do fornecimento realizados em até 24 horas x 100
sobre N° total de restabelecimentos [Eq. 11]
O valor a ser atribuído à Condição 4 será:
Quadro 4.16 – Relação do índice e valor.
I4 - Índice de restabelecimento após corte (%) Valor
I4 ≥ 95% 1,0
80% ≤ I4 < 95% 0,5
I4 < 80% 0
Fonte: DAERP.
Com base nas condições definidas, o Índice de Adequação da Comercialização
dos Serviços (IACS) será calculado de acordo com a seguinte fórmula:
𝑰𝑨𝑪𝑺 = (𝟓 × 𝑰𝟏) + (𝟐 × 𝑰𝟐) + (𝟏 × 𝑰𝟑) + (𝟐 × 𝑰𝟒) [Eq. 12]
Onde:
Ii é o valor da Condição i
O sistema comercial do prestador, a ser avaliado anualmente pela média dos
valores apurados mensalmente, será considerado:
Quadro 4.17 – Relação do indicador e classificação.
Indicador IACS Classificação
IACS < 5,0 Inadequado
5,0 ≤ IACS < 6,0 Regular
6,0 ≤ IACS < 7,0 Satisfatório
IACS ≥ 7,0 Ótimo
Fonte: DAERP.
4.4.3 Indicador do Nível de Cortesia e de Qualidade Percebida pelos Usuários na
Prestação dos Serviços
Os profissionais envolvidos com o atendimento ao público, em qualquer área e
esfera da organização do operador, deverão contar com treinamento especial de
relações humanas e técnicas de comunicação, além de normas e procedimentos que
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 131
deverão ser adotados nos vários tipos de atendimento (no posto de atendimento,
telefônico ou domiciliar), visando à obtenção de um padrão de comportamento e
tratamento para todos os usuários, indistintamente, de forma a não ocorrer qualquer
tipo de diferenciação.
As normas de atendimento deverão fixar, entre outros pontos, a forma como o
usuário deverá ser tratado, uniformes para o pessoal de campo e do atendimento,
padrão dos crachás de identificação e conteúdo obrigatório do treinamento a ser dado
ao pessoal próprio e de empresas contratadas que venham a ter contato com o
público.
O operador deverá implementar mecanismos de controle e verificação
permanente das condições de atendimento aos usuários, procurando identificar e
corrigir possíveis desvios.
A aferição dos resultados obtidos pelo operador será feita anualmente, por meio
de uma pesquisa de opinião realizada por empresa independente, capacitada para a
execução do serviço.
A pesquisa a ser realizada deverá abranger um universo representativo de
usuários que tenham tido contato devidamente registrado com o operador, no período
de três meses que antecederem a realização da pesquisa. Os usuários deverão ser
selecionados aleatoriamente, devendo, no entanto, ser incluído no universo da
pesquisa, os três tipos de contato possíveis:
1. Atendimento via telefone;
2. Atendimento personalizado; e
3. Atendimento na ligação para execução de serviços diversos.
Para cada tipo de contato o usuário deverá responder a questões que avaliem
objetivamente o seu grau de satisfação em relação aos serviços prestados e ao
atendimento realizado. Assim, entre outras, o usuário deverá ser questionado se o
funcionário que o atendeu foi educado e cortês, e se resolveu satisfatoriamente suas
solicitações. Se o serviço foi realizado a contento e no prazo compromissado, por
exemplo, se após a realização do serviço, o pavimento foi adequadamente reparado
Revisão do PMSB e PMGIRS de Ribeirão Preto pág. 132
e o local limpo. Outras questões de relevância poderão ser objeto de formulação,
procurando inclusive, atender condições peculiares.
As respostas a essas questões devem ser computadas considerando-se 5
níveis de satisfação do usuário:
1. Ótimo;
2. Bom;
3. Regular;
4. Ruim;
5. Péssimo.
A compilação dos resultados às perguntas formuladas, sempre considerado o
mesmo valor relativo para cada pergunta, independentemente da natureza da questão
ou do usuário pesquisado, deverá resultar na atribuição de porcentagens de
classificação do universo de amostragem em cada um dos conceitos acima referidos.
Os resultados obtidos pelo prestador serão considerados adequados se a soma
dos conceitos ótimo, bom e regular corresponderem a 80% (oitenta por cento) ou mais
do total.