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PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL - PLHIS
POTIM SP - ETAPA II : DIAGNÓSTICO MARÇO de 2012 *Revisão nº1 maio de 2012, revisão nº2 agosto de 2012
Coordenação: Consultoria: Financiamento e analise:
Ministério
Das Cidades
Prefeitura Municipal de
Potim SP
Ministério das Cidades
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Ministério das Cidades | Prefeitura Municipal de Potim SP | Caixa Econômica Federal
consultoria: RISCO ARQUITETURA URBANA LTDA ME. CNPJ 11.509.268.0001/70
DIAGNÓSTICO
Prefeitura Municipal de Potim. SP
ELABORAÇÃO DO PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL - PLHIS
ETAPA II – Diagnóstico – Março de 2012
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Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS
Programa Ação: Elaboração do PLHIS
Contrato nº 345344-‐46
Prefeitura Municipal de Potim-‐SP
Prefeito Municipal – Benito Thomaz
Diretor de Planejamento – Cleber Gonçalvez
Arquiteta Urbanista – Camila Salvador
Arquiteta Urbanista – Adriana Ferreira
Engenheira – Marcia Yukie
Consultores Arquitetos Urbanistas:
André da Costa
Caio Higa
Flávio Higuchi
Kaya Lazarini
Ulisses Terra
Risco Arquitetura Urbana
CNPJ 11.509.268/0001-‐70
Rua Apinagés 930 – conjunto 137 – Perdizes – São Paulo – SP
CEP: 05017-‐000
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APRESENTAÇÃO
O Diagnóstico do Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Potim, é o
instrumento que dará base para o planejamento e a execução da politica habitacional de
interesse social no município, devendo orientar toda a ação pública no setor.
Este planejamento sistemático para Habitação de Interesse Social em âmbito municipal
é um fato inédito para gestão pública, não só de Potim, mas de grande parte do Brasil:
diagnosticar, qualificar e quantificar o problema habitacional, para sobre isso projetar uma
estratégia de ação, trará bases para que a gestão pública local se antecipe sobre a
problemática habitacional, sistematizando soluções e ações para curto, médio e longo prazo.
Na construção desse processo, entende-‐se por Interesse Social a demanda formada
pelas famílias de baixa ou sem renda, que na impossibilidade de acesso ao mercado formal de
habitação adotaram historicamente soluções informais para sua moradia, constituindo, na
grande maioria dos casos, habitações com algum tipo de precariedade ou irregularidade. Para
o acesso adequado a moradia, estas famílias necessitam de amparo do poder público na forma
de subsídios e ou ações integradas às demais políticas públicas locais, para que dessa forma a
família acesse uma moradia digna e a cidade passe a crescer de maneira harmoniosa.
O produto a seguir apresenta o Diagnóstico Habitacional, a segunda de três etapas
desse processo, composto pelas etapas de Metodologia, Diagnóstico Habitacional e Estratégias
de Ação.
O trabalho tomou como base de dados as fontes estatísticas primárias do Censo IBGE
2000 e 2010, dados de agências e instituições de pesquisa (Fundação João Pinheiro e Fundação
SEADE), dados da gestão pública municipal, entrevistas feitas com setores da sociedade civil,
relatos da gestão pública local durante as reuniões de trabalho, levantamentos em trabalhos
acadêmicos, além da realização de vistorias técnicas em campo.
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APRESENTAÇÃO 4
1. CONTEXTO NACIONAL DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO 7
2. CONTEXTO LOCAL E REGIONAL 13 2.1.1 TERRITÓRIO E POPULAÇÃO 21 2.1.2 CONDIÇÕES VITAIS 22 2.1.3 DESENVOLVIMENTO HUMANO – IDH E RENDA 23 2.1.4 HABITAÇÃO E INFRAESTRUTURA URBANA 23 2.1.5 EMPREGO E RENDA 24 2.1.6 PIB E PERFIL ECONÔMICO. 25
2.2 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL 26 2.3 DEMOGRAFIA: EVOLUÇÃO POPULACIONAL, POPULAÇÃO CARCERÁRIA E CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO FUTURO. 30
2.3.1 RENDA, POPULAÇÃO E DOMICILIOS 32 2.3.2 PREVISÃO DE CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO E DE DOMICILIOS (2012-‐2020) 35
3. HISTORICO DAS AÇÕES HABITACIONAIS NO SETOR. 37 3.1 PROVISÃO HABITACIONAL 37 3.2 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA 39 3.3 OUTRAS AÇÕES E CONVÊNIOS. 39
4. CONTEXTO NORMATIVO E INSTITUCIONAL 41 4.1 ESTUDO DE ZONEAMENTO 41 4.2 LEIS MUNICIPAIS 43
4.2.1 LEI Nº446/2003 – PLANO DIRETOR FÍSICO AMBIENTAL 43 4.2.2 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE POTIM-‐SP 45
4.2.3 LEI DE CRIAÇÃO DO FUNDO MUNICIPAL E CONSELHO GESTOR -‐ Nº630/2007 47 4.3 LEIS ESTADUAIS 51 4.4 LEIS FEDERAIS 51 4.5 ESTRUTURA INSTITUCIONAL 53
5. NECESSIDADES HABITACIONAIS. 54 5.1 METODOLOGIA PARA CARACTERIZAÇÃO DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS. 54 5.2 DEMANDA LOCALIZADA: NECESSIDADES HABITACIONAIS NOS ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS 59
5.2.1 VISTORIA DE CAMPO E DEMANDAS LOCALIZADAS 59 5.3.2 IRREGULARIDADE FUNDIÁRIA. 68
5.3.3 COABITAÇÃO SEGUNDO ESTIMATIVA A PARTIR DO CENSO IBGE 2010, E OUTROS DADOS COMPLEMENTARES. 70 5.4 SÍNTESE DAS NECESSIDADES HABITACIONAIS 2011 75
6. ESTIMATIVAS PARA ENCAMINHAMENTO DA DEMANDA. 77 6.1 ESTIMATIVA DE CUSTO INICIAL PARA EXECUÇÃO DA POLITICA LOCAL 77
BIBLIOGRAFIA 82
ANEXO I: RELATÓRIO DE ATIVIDADES 85
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QUADROS Quadro1.1: Atos das políticas urbana e habitacional 2003-‐2009. Quadro 2.1: Síntese CENSO IBGE Potim-‐SP, 2010 Quadro 2.2: CENSO IBGE Potim-‐SP, 2010 – Dados sobre população Quadro 2.3: CENSO IBGE Potim SP 2010 – Dados sobre domicílios Quadro 2.4: Dados IBGE Cidades Quadro 2.5: Serviço de Saúde e Registro Civil 2009 Quadro 2.6: Finanças Públicas de 2008 Quadro 2.7: Estatísticas do Cadastro Central de Empresas Quadro 2.8: Território e População 2011 Quadro 2.9: Condições vitais e saúde em 2010 Quadro 2.10: IDH e Renda em 2000 Quadro 2.11: Habitação e Infraestrutura urbana em 2000 Quadro 2.12: Emprego e Renda 2010 Quadro: 2.13 PIB e economia local. Quadro 2.14: Evolução populacional 1993-‐2012 Quadro2.15: Pessoas por faixa de renda em 2010 Quadro 2.16: Domicílios por faixa de renda em 2010 Quadro 3.1: Ações registradas em convênios federais Quadro 3.2: Total Conveniado, Liberado e Contrapartida municipal Quadro 5.1: Síntese das situações que Compõem o Déficit Habitacional, por Tipo de Demanda Forma de Encaminhamento e fonte de informação. Quadro 5.2: Fontes de Dados para Identificação dos Assentamentos Precários Quadro 5.3: Regularização fundiária Quadro 5.4: Quantidade de moradores por domicílios. Quadro 5.5: Condição de ocupação. Quadro 5.6: Síntese das Necessidades Habitacionais Quadro 6.1: Custos iniciais para execução da Politica Local IMAGENS Imagem2.1: Mapa do Vale do Paraíba e de Potim SP. Imagem 2.2: Mapa Potim e entorno, Densidade por Setor Censitário 2010. Imagem 2.3: Mancha urbana conurbada entre Potim e municípios vizinhos. Imagem 2.4: Mapa de Relevo e cursos d’agua local. Imagem 2.5: Mapa de Relevo e cursos d’agua, regional. Imagem 2.6: Mapa Relevo IPT Imagem3.1: CDHU foto aérea Imagem 3.2: CDHU vista Imagem3.3: Conjunto em construção Imagem 4.1: Estudo de Zoneamento Imagem 4.2: Organograma da rotina da Politica Habitacional Imagem 5.1: Frei Galvão, Travessa João de Paula Imagem 5.2: Foto área do local e necessidade de intervenção Imagem 5.3: Morada dos Marques, Rua Silveras. Imagem 5.4: Morada dos Marques, Rua Silveras. Imagem 5.5: Vista Alegre. Imagem 5.6: Miguel Vieira, foto aérea Imagem 5.7: Mapa de loteamentos com necessidade de Regularização Imagem 5.8: Domicílios alugados por setor censitário Imagem 5.9: Domicílios alugados em números absolutos Imagem 5.10: Domicílios em Construção
GRÁFICOS Gráfico 2.1: Pirâmide Etária Potim, São Paulo -‐ CENSO 2010. Gráfico 2.2: Crescimento populacional em Potim-‐SP 1993-‐2011 Gráfico 2.3: Domicílios por faixa de renda em 2010 Quadro 2.17: Previsão Demográfica 2012-‐2020.
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1. Contexto Nacional da Política de Habitação
Apresentam-‐se a seguir as principais características da atual Política Nacional de
Habitação e demais ações governamentais em desenvolvimento urbano e habitação no país.
Tal contexto deve servir como base para o desenvolvimento da política de habitação de
interesse social local.
A criação do Ministério das Cidades, em 2003, instaurou o processo de definição da
Política Nacional de Desenvolvimento Urbano – PNDU e das subsequentes políticas setoriais,
dentre elas a Política Nacional de Habitação – PNH, aprovada em 2004. A forma de elaboração
da PNDU, especialmente da PNH, mobilizou a realização das Conferências das Cidades —
municipais, estaduais e nacional —, convergindo na aprovação pelo Conselho das Cidades –
Con Cidades.
O objetivo da Política Nacional de Habitação marca a retomada do processo de
planejamento no setor habitacional, a fim de proporcionar condições institucionais para
garantir acesso à moradia digna, urbanizada e integrada à cidade. O Sistema Nacional de
Habitação, principal instrumento da PNH, inclui a criação de dois subsistemas, definidos por
estratégias diferenciadas:
§ Habitação de Interesse Social, que tem em vista o atendimento à demanda por
habitação para a população de menor renda, especialmente na faixa de 0 (sem
rendimentos) a 3 salários mínimos, que necessitam de investimentos subsidiados;
§ Habitação de Mercado, que visa promover o atendimento às famílias que tenham
condições de acessar o mercado privado.
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O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS1 e o Fundo Nacional de
Habitação de Interesse Social – FNHIS, criados pela Lei n.°11.124/2005, constituem o
Subsistema de Habitação de Interesse Social, também considerado como o Sistema Financeiro
de Habitação – SFH. Desde a aprovação da Política Nacional de Habitação e a criação do SNHIS
e do FNHIS, ampliou-‐se a diversidade de recursos, onerosos e não onerosos, a serem
acessados por agentes públicos e privados, estaduais e municipais.
O SNHIS centraliza todos os programas e projetos destinados à habitação de interesse
social, bem como todos os agentes relacionados às questões urbanas e habitacionais.
Conforme a legislação, os recursos destinados ao SNHIS são oriundos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador – FAT; do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS; do Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS; e de outros fundos ou programas que
vierem a ser incorporados ao SNHIS. Os recursos serão aplicados de forma descentralizada.
Para que o município acesse o FNHIS de maneira sistemática integrando o Sistema
Nacional de Habitação – SNHIS, o Ministério das Cidades exige que o governo municipal crie
um Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social – FMNHIS, um Conselho Gestor deste
fundo e elabore o Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS, que orientará a
aplicação dos recursos no setor habitacional. O Fundo e o Conselho já tiveram sua legislação
aprovada no município de Potim, sendo que o Conselho teve suas atividades iniciadas durante
a execução do presente Plano.
O FNHIS é composto prioritariamente por recursos do Orçamento Geral da União, do
Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social – FAS, das entidades e organismos de cooperação
nacionais ou internacionais, receitas de operações realizadas com recursos do FNHIS,
provenientes de empréstimos externos e internos para programas de habitação, de outros
fundos, programas e recursos que vierem a incorporar o FNHIS, e receitas decorrentes da
alienação dos imóveis da União que lhe vierem a ser destinadas.
Os recursos do FNHIS, na forma prevista na legislação, destinam-‐se a investimentos em
provisão de unidades habitacionais -‐ aquisição, construção, conclusão e melhorias; produção
de lotes urbanizados para fins habitacionais; urbanização, produção de equipamentos
1 O SNHIS é integrado pelos seguintes órgãos e entidades: Ministério das Cidades (órgão gestor); Conselho Gestor do FNHIS; Caixa Econômica Federal – CEF (agente operador do FNHIS); Conselho das Cidades; conselhos com atribuições específicas relativas às questões urbanas e habitacionais, órgãos e instituições integrantes da administração pública, direta ou indireta das diferentes esferas de governo, e instituições regionais ou metropolitanas que desempenhem funções complementares ou afins com a habitação; fundações, sociedades, sindicatos, associações comunitárias, cooperativas habitacionais e quaisquer outras entidades privadas que desempenhem atividades na área habitacional, afins ou complementares (na condição de agentes promotores das ações); e agentes financeiros autorizados pelo Conselho Monetário Nacional a atuar no Sistema Financeiro da Habitação – SFH.
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comunitários, regularização fundiária e urbanística de áreas de interesse social; implantação
de saneamento básico, infraestrutura e equipamentos urbanos, complementares aos
programas de habitação de interesse social; aquisição de materiais para construção, ampliação
e reforma de moradias; recuperação ou produção de imóveis em áreas encortiçadas ou
deterioradas, centrais ou periféricas, para fins habitacionais de interesse social; e outros
programas e intervenções na forma aprovada pelo Conselho Gestor do FNHIS. Será, também,
admitida a aquisição de terrenos vinculada à implantação de projetos habitacionais.
Um avanço importante, a ser destacado, foi a Resolução n° 460/2005 do Conselho
Curador do FGTS (consolidada pela Resolução 518/2006), tornando possível uma significativa
aplicação de recursos do fundo em subsídios habitacionais.
Na perspectiva da ampliação de recursos para a produção do Subsistema de Habitação
de Mercado foi fundamental a aprovação da lei federal n° 10.391/2004, que permitiu a
aplicação de recursos do setor privado em habitação, e a resolução 3.259/2005 do Conselho
Monetário Nacional, que obrigou os bancos a financiarem empreendimentos habitacionais
com os recursos do SBPE.
Ainda na esfera federal, estão presentes o PAC — o Programa de Aceleração do
Crescimento – o PAC 2, e o Programa “Minha Casa, Minha Vida”– PMCMV, programas que
possuem aportes de recurso e previsão de abertura das sistemáticas.
O Programa de Aceleração do Crescimento -‐ PAC2 não está diretamente vinculado ao
SNHIS, porém também é financiado em grande parte com recursos do Orçamento Geral da
União e abrange, entre as áreas estratégicas de desenvolvimento, o saneamento e a
habitação.
As últimas Orientações Operacionais divulgadas pelo Ministério das Cidades, nº 1/2011
e nº 2/2011 orientam as seguintes intervenções:
• [nº 1/2011] quanto à operacionalização de intervenções de urbanização de
assentamentos precários conjugadas com empreendimentos de produção
habitacional pelo Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV/FAR,
selecionados na 2ª fase do Programa de Aceleração de Crescimento – PAC 2;
• [nº 2/2011] disciplina a execução das operações selecionadas a partir de 2010
com entes públicos na modalidade de Elaboração de Estudos, Planos e Projetos
de Urbanização de Assentamentos Precários, no âmbito dos programas Projetos
2O Programa foi lançado com prazo de atuação entre 2007 a 2010. O Governo Federal divulgou recentemente o PAC 2 que destinará mais de 71 bilhões para produção habitacional até 2014.
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Prioritários de Investimentos -‐ PPI e Ação de Prestação de Assistência Técnica
para Habitação de Interesse Social (FNHIS).
Paralelamente a atuação dos programas, o Governo Federal, através da Secretaria de
Habitação do Ministério das Cidades, elaborou o Plano Nacional de Habitação – PLANHAB, este
traz uma leitura do problema habitacional em escala nacional e da parte dos parâmetros para
a elaboração dos Planos Locais. Particularmente em relação aos assentamentos precários, a
estratégia proposta pelo PLANHAB considera a necessidade de criar condições para que haja
uma gradativa urbanização e regularização dos existentes, bem como, a viabilização da
produção de novas unidades habitacionais para redução do déficit acumulado.
Este é o panorama do atual arranjo institucional da política urbana e habitacional no
país, na qual os governos municipais devem assumir o protagonismo das ações locais, e sobre
o qual este PLHIS será estruturado.
É ainda fundamental para a execução da política habitacional local a constante
atualização dos quadros de programas disponíveis nas diversas esferas de governo, uma vez
que estes estão em constante mudança, seja normativa, seja de novas sistemáticas, ou até
mesmo sendo extintos ou sucedidos por novos programas.
Quadro1.1: Atos das políticas urbana e habitacional 2003-‐2009.
2003 Criação do Programa Papel Passado, que beneficiou com processos de regularização
fundiária 1,7 milhão de famílias em 2,5 mil assentamentos
2003 Criação do Programa Especial de Habitação Popular para famílias com renda inferior a três
salários mínimos – Medida Provisória (MP) no 133, convertida na Lei no 10.840/2004
2004 Campanha do Plano Diretor Participativo: apoio à elaboração de planos diretores em 94,3%
dos 1.682 municípios com mais de 20 mil habitantes
2005 Instituição do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) e do Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) – Lei no 11.124/2005
2005 Implementação do Programa Credito Solidário
2007 Normatização do uso do patrimônio da União para habitação de interesse social – Leis nos
11.481 e 11.483
2007 Lançamento do PAC (saneamento, mobilidade e habitação)
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2009 Plano Nacional de Habitação
2009 Ação do Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab) – MP no 459
2009 Programa Minha Casa, Minha Vida – 1 milhão de habitações e a regularização fundiária de
assentamentos informais urbanos – Lei Federal no 11.977/2009
Fonte: IPEA 2011
Avaliação e Panorama Atual das ações de estado vinculadas a promoção da Habitação
de Interesse Social no Brasil.
A atual Politica Nacional de Habitação é responsável pela retomada dos investimentos
sistemáticos no setor da politica habitacional pública no Brasil após um longo período de
inexistência ou inconstância de recursos. Em 2002 os investimentos no setor eram da ordem
de R$ 7 bilhões, passando a mais de R$ 62 bilhões no ano de 2009. O Sistema Brasileiro de
Poupança – SBPE, aplicava R$ 1,7 bilhão em 2002, já em 2009, atingiu montante próximo a R$
33 bilhões. No que diz respeito a faixas de renda de Interesse Social, ou seja, as famílias com
renda entre 0 e 3 Salários Mínimos, faixa na qual se concentra a maior parte do déficit
habitacional de Potim e do Brasil, estas recebiam 32% dos investimentos do setor em 2002, tal
índice chegou a 77% em 2007, e se estabilizou em 64% em 2008 e 2009.
No período analisado, foram criados novos programas, como o Crédito Solidário, em
2004, o PAC Urbanização de Favelas, em 2007, e o Minha Casa Minha Vida (PMCMV), em
2009, além de diversas iniciativas complementares, como o desenvolvimento atual dos Planos
de Habitação em todo o pais.
Quanto a regularidade junto ao Sistema Nacional de Habitação – SNHIS, Potim integra
o grupo dos municípios que estão regulares junto ao Sistema, possuindo Conselho e Fundo
Local de Habitação de Interesse Social, além de desenvolver no presente o PLHIS. Tais
instrumentos permitem que os municípios recebam recursos e desenvolvam de maneira
adequada a politica local.
No momento atual, a elaboração do PLHIS por diversos municípios do Pais, tornam-‐se
iniciativas relevantes e fundamentais tanto pelo processo de elaboração como pelo produto
resultante que possibilitará a discussão e tomada de conhecimento da questão habitacional no
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contexto municipal, gerando assim debate local e disponibilizando novas informações e dados
para o cotidiano da gestão local.
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2. Contexto Local e Regional
O Município de Potim se localiza no Vale do Paraíba, na região leste do estado situado
entre as Serras da Mantiqueira e do Mar, na Microrregião de Guaratinguetá, tendo o Rio
Paraíba do sul e a rodovia Presidente Dutra como importantes eixos estruturantes.
Imagem2.1: Mapa do Vale do Paraíba e de Potim SP.
fonte: Wikipédia 2010.
Com área de 44,65 km², Potim é uma cidade de pequena extensão territorial e
densidade populacional de 434,77hab/km². Sua origem está ligada a produção de Cafeeira,
tendo sido a maior região produtora de café de Guaratinguetá, cidade da qual viria a se
emancipar em 19 de maio de 1990.
O CENSO IBGE 2010 demonstra que o Município teve um crescimento demográfico
bastante expressivo na ultima década, totalizando o acréscimo de população de 5.778
habitantes, passando portanto de 13.605 habitantes em 2000 à 19.383 habitantes em 2010, o
que significou um acréscimo de 42,26% da população, quantidade bastante expressiva em
números absolutos. Do total de moradores em 2010, 14.709, ou 75,83%, habitavam a zona
urbana, e os demais 4.688, ou 24,17%, habitavam a zona rural.
Grande parte desse aumento populacional esta atribuído a implantação de dois
centros de detenção. Pode-‐se notar que esta parte da população esta contabilizada como
rural, uma vez que o setor censitário onde situam-‐se os presídios esta em área rural. Tal fato
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explica também o maior número de homens contabilizados na área rural, uma vez que a
população carcerária é formada por homens. Foram contabilizados em 2010, 3.599 homens na
área rural para apenas 1.089 mulheres.
Estima-‐se que existam hoje em Potim aproximadamente 2.500 detentos, ou 12,88% da
população total. É também por este motivo que a Taxa Geométrica de Crescimento Anual da
População – TGCA, registrou para ultima década 3,61% a.a. de crescimento médio, enquanto a
média na região de Guaratinguetá foi de 0,66% a.a., e do Estado de 1,09% a.a. Isso quer dizer
que o aumento expressivo de população não esta vinculado a migração ou natalidade, e
portanto não influencia diretamente na necessidade de novos domicílios.
Os Quadros abaixo detalham alguns dados de população e domicílio referentes a
Potim para o ano de 2010.
Quadro 2.1: Síntese CENSO IBGE Potim-‐SP, 2010
População residente 19.397 pessoas
Homens 10.974 homens
Mulheres 8.423 mulheres
Domicílios recenseados 5.139 domicílios
Área da unidade territorial 44,466 Km²
Fonte: CENSO IBGE 2010
Quadro 2.2: CENSO IBGE Potim-‐SP, 2010 – Dados sobre população
População residente urbana 14.709 pessoas
População residente rural 4.943 pessoas
Homens 10.974 homens
Homens na área urbana 7.375 homens
Homens na área rural 3.599 homens
Mulheres 8.423 mulheres
Mulheres na área urbana 7.334 mulheres
Mulheres na área rural 1.089 mulheres
Fonte: CENSO IBGE 2010
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Quadro 2.3: CENSO IBGE Potim SP 2010 – Dados sobre domicílios
Domicílios recenseados 5.139 domicílios
Domicílios particulares ocupados 4.651 domicílios
Domicílios particulares ocupados com entrevista realizada 4.644 domicílios
Domicílios particulares ocupados sem entrevista realizada 7 domicílios
Domicílios particulares não ocupados 462 domicílios
Domicílios particulares não ocupados de uso ocasional 107 domicílios
Domicílios particulares não ocupados vagos 355 domicílios
Domicílios coletivos 26 domicílios
Domicílios coletivos com morador 9 domicílios
Domicílios coletivos sem morador 17 domicílios
Média de moradores em domicílios particulares ocupados 3,61 moradores
Fonte: CENSO IBGE 2010
Como demonstram os quadros acima, Potim possuía no ano de 2010 5.139 domicílios,
sendo que destes 462 estavam não ocupados, 355 vagos e 26 eram coletivos, a média de
moradores por domicilio no município é de 3,61 moradores por unidade habitacional.
O mapa a seguir mostra a densidade de ocupação do território por domicílios,
espacializando as estatísticas demográficas até aqui apresentadas.
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Imagem 2.2: Mapa Potim e entorno, Densidade por Setor Censitário 2010.
LEGENDA ( DENSIDADE)
fonte: IBGE 2010
Como é possível notar no mapa acima, a população esta majoritariamente
concentrada na porção leste do município e no entorno do núcleo central, que por sua vez
esta diretamente conectado ao acesso à cidade de Aparecida, dado através da ponte sobre o
rio Paraíba.
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Gráfico 2.1: Pirâmide Etária Potim, São Paulo -‐ CENSO 2010.
fonte: IBGE 2011
O gráfico acima demonstra que a maior parte da população esta situada na faixa etária
que vai dos 15 aos 39 anos, se aproximando do comportamento demográfico do estado,
diferenciando-‐se deste apenas por apresentar o percentual de sua população até 14 anos
superior a média do estado, e por apresentar o percentual de sua população maior de 40 anos
inferior ao do estado, em outras palavras, a população de Potim é mais jovem que a média do
estado. Destaca-‐se também no gráfico acima, a já mencionada população masculina, na faixa
etária entre 20 e 34 anos, residente nas casas de detenção.
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Síntese socioeconômica
A economia formal local é predominante vinculada setor de serviços, ocupando
48,24% da população empregada sendo o setor de comercio o segundo maior empregador,
somando 23,98% da população empregada. O eleitorado do município registrado em 2006 foi
de 2006 eleitores, e o PIB per Capita em 2008 de R$6.309,17.
Quadro 2.4: Dados IBGE Cidades
Eleitorado 2006 9.371 Eleitores
PIB per capita a preços correntes 2008 6.309,17 Reais
Fonte: IBGE CIDADES 2011
Em 2009 o município registrou o nascimento de 120 pessoas e contava com 5
estabelecimentos de Saúde do SUS.
Quadro 2.5: Serviço de Saúde e Registro Civil 2009
Estabelecimentos de Saúde SUS 5 estabelecimentos
Nascidos vivos -‐ registrados -‐ lugar do registro 120 pessoas
Fonte: IBGE CIDADES 2011
Em relação as Finanças Públicas o município registrou em 2008 os montantes de
receitas orçamentarias correntes e despesas orçamentarias realizadas de R$19.299.437,70 e
17.763.906,82 respectivamente.
Quadro 2.6: Finanças Públicas de 2008
Receitas orçamentárias realizadas – Correntes 19.299.437,70 Reais
Despesas orçamentárias realizadas – Correntes 17.763.906,82 Reais
Valor do Fundo de Participação dos Municípios – FPM 8.820.700,86 Reais
Fonte: IBGE CIDADES 2011
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Quanto ao setor de empregos, Potim contava em 2009, com 285 empresas, segundo o
cadastro central de empresas, totalizando 1.317 pessoas ocupadas.
Quadro 2.7: Estatísticas do Cadastro Central de Empresas
Empresas -‐ Número de unidades locais 2009 285 Unidades
Pessoal ocupado total 2009 1.317 Pessoas
Fonte: IBGE CIDADES 2011
Quanto a formação da área urbana, o núcleo central apresenta pouco espraiamento,
concentrando a maior densidade em torno da igreja matriz, mesmo assim existem quadras e
áreas ociosas dotadas de infraestrutura, e que portanto devem ter seu uso incentivado em
detrimento da expansão periférica.
Os únicos bairros que não estão situados junto a mancha urbana principal, são os
bairros Miguel Vieira e Vista Alegre, que apresentam também menor cobertura de
infraestrutura, como demostrará o item 5 deste diagnóstico.
A porção sul da área urbana é a região que se conurba com Aparecida, separada desta
apenas pela Rio Paraíba do Sul, sendo o principal fluxo de troca intermunicipal.
Potim mantém com Aparecida estreita relação econômica e de serviços, onde parte da
população residente em Potim esta empregada informalmente. Nos fins de semana ou então
durante os eventos religiosos realizados na basílica, é comum que parte da população local se
desloque para Aparecida para trabalhar no comercio existente em função destes serviços.
Portanto além do pessoal ocupado em empresas locais (1.317 pessoas) apresentado no
quadro nº2.7, existe no município esta outra forma de trabalho informal que não é possível
quantificar com exatidão.
O mapa a seguir mostra Potim, e a mancha urbana conurbada com seus municípios
vizinhos, Guaratinguetá, Aparecida e Roseira.
20
Imagem 2.3: Mancha urbana conurbada entre Potim e municípios vizinhos.
fonte: IBGE 2011 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2011
2.1 Análise comparativa de estatísticas socioeconômicas entre Potim, Região de
Guaratinguetá e estado de São Paulo.
Objetivando sintetizar um panorama comparativo entre os indicadores do município,
região e estado, o trecho a seguir compara, analisa e comenta dados referentes a tópicos já
abordados no item anterior.
Correntes para o ano de 2011, as estatísticas a seguir foram retiradas do estudo de
Perfil Municipal realizado pela SEADE, com base nos dados do IBGE.
Guaratinguetá
Potim
Aparecida
Roseira
21
2.1.1 Território e População
A Taxa Geométrica de Crescimento Anual -‐ TGCA da População entre 2000 e 2010, em
porcentagem ao ano (% a.a.) do município foi de 3,61%a.a., taxa expressivamente acima do
Estado de São Paulo, que registrou no mesmo período o índice de 1,09%a.a. Como já
comentado anteriormente, este dado se deve também pela implantação das casas de
detenção no município, ainda assim o TGCA de Potim é maior que dos municípios vizinhos,
devendo influenciar diretamente a politica habitacional local.
A população com menos de 15 anos representava em 2011, 22,91% dos habitantes
locais, enquanto a média registrada para a região de Governo e para o estado de São Paulo
eram de 22,17% e 21,48% respectivamente. Já a população com mais de 60 anos representava
em 2011, 7,25% dos habitantes locais, enquanto as médias registradas para a região o Vale do
Paraíba e para o estado de São Paulo eram respectivamente de 10,86% e 11,55%.
Estes dados demonstram que o município passou por um crescimento expressivo na
última década, sendo que uma pequena parte deste crescimento é também derivado de
migrações e da natalidade, e grande parte, vinculado aos detentos, uma vez que os índices de
natalidade e juventude não estão muito acima das médias regionais e estadual, destacando-‐se
que a população com mais de 60 anos no município esta abaixo das medias regionais e
estadual.
Quadro 2.8: Território e População 2011
Território e População Ano Potim Região de Governo
Estado
Área 2012 44,65 16.179,96 248.209,43
População 2011 20.039 2.292.055 41.692.668
Densidade Demográfica (habitantes / km2) 2011 448,80 141,66 167,97
Taxa Geométrica de Crescimento Anual – 2000/2010 (em a.a.%)
2010 3,61 -‐ 1,09
Grau de Urbanização (em %) 2010 75,83 -‐ 95,94
Índice de Envelhecimento 2010 31,36 48,99 53,79
População com menos de 15 anos 2011 22,91 22,17 21,48
População com 60 anos ou mais 2011 7,25 10,86 11,55
Razão de Sexos (M/F) 2011 130,02 97,24 94,80
fonte: Perfil dos municípios -‐ SEADE 2012 nota: ( -‐ ) significa dado inexistente.
22
2.1.2 Condições Vitais
Quanto as condições vitais e de saúde, no ano de 2010, a população registrou a taxa de
natalidade (por mil habitantes) de 13,70 , enquanto o estado registrou o índice de 14,59.
A Taxa de Fecundidade Geral no mesmo ano (por mil mulheres entre 15 e 49 anos) foi de
56,59, enquanto a taxa do Estado foi de 51,12 respectivamente.
Dentre os nascimentos, foi registrado na cidade em 2010, 7,17% de Mães Adolescentes com
menos de 18 anos, índice do estado no mesmo período foi de 6,69%.
Estes e outros índices vinculados às condições vitais e saúde estão apresentados no quadro a
seguir:
Quadro 2.9: Condições vitais e saúde em 2010 Estatísticas Vitais de Saúde
Ano Potim Estado
Taxa de Natalidade (por mil habitantes) 2010 13,70 14,59
Taxa de Fecundidade Geral (Por mil mulheres entre 15 e 49 anos) 2010 56,59 51,30
Taxa de Mortalidade Infantil (Por mil nascidos vivos) 2010 7,55 12,48
Taxa de Mortalidade na Infância (por mil nascidos vivos) 2010 15,09 14,46
Taxa de Mortalidade da população entre 15 e 34 anos (Por cem mil habitantes nessa faixa etária)
2010 159,33 123,27
Taxa de Mortalidade da população de 60 anos e mais (Por cem mil habitantes nessa faixa etária)
2010 3.423,68 3.567,64
Mães adolescentes (com menos de 18 anos) (Em %) 2010 7,17 7,22
Mães que tiveram sete ou mais consultas de pré-‐natal (Em%) 2010 64,26 76,61
Partos Cesáreos (Em %) 2010 76,98 57,56
Nascimento de Baixo Peso (menos de 2,5kg) (Em %) 2010 8,30 9,22
Gestações Pré-‐termo (Em %) 2010 6,04 8,62
fonte: Perfil dos municípios SEADE 2012.
23
2.1.3 Desenvolvimento humano – IDH e Renda
O índice de desenvolvimento Humano registrado no ano de 2000 no município era de
0,758 estando abaixo do registrado no Estado, que era de 0,814.
A Renda per Capita média, registrada em salários mínimos no município era em 2000
de 1,21, índice abaixo da média estadual, que era de 2,92 no mesmo ano.
O município registrava também, no ano de 2000, 8,74% de seus Domicílios com renda
per Capita de até um quarto de salário mínimo. O mesmo índice registrado no Estado era
5,16% do total da população.
Estes dados mostram que o município tem população com renda expressivamente
abaixo da média estadual, reforçando a necessidade local de subsídios públicos para o acesso a
moradia digna e formal.
Quadro 2.10: IDH e Renda em 2000
Condições de vida Ano Potim Estado
Índice de Desenvolvimento Humano -‐ IDH 2000 0,758 0,814
Renda Per Capita (Em Salários Mínimos) 2000 1,21 2,92
Domicílios com Renda Per capita até ¼ do Salário Mínimo (Em%)
2000 8,74 5,16
Domicílios com Renda Per capita até ½ Salário Mínimo (Em %)
2000 20,36 11,19
fonte: Perfil dos municípios SEADE 2012.
2.1.4 Habitação e Infraestrutura urbana
A seguir são apresentados alguns índices referentes ao tema central deste diagnóstico:
a habitação. Tais índices também serão melhor detalhados, quantificados e qualificados ao
longo deste caderno.
Conforme dados do Censo IBGE, no ano de 2000 o município tinha 80,11% de seus
domicílios com espaço suficiente, enquanto o estado registrava o índice 83,16%.
Dentre as infraestrutura analisadas, destacam-‐se no período observado, a baixa
cobertura de Coleta de Esgoto Sanitário e Abastecimento D’agua quando comparados as
medias estaduais.
24
Quadro 2.11: Habitação e Infraestrutura urbana em 2000
Habitação e Infraestrutura Urbana Ano Potim Estado
Domicilio com Espaço Suficiente (Em%) 2000 80,11 83,16
Domicilio com Infraestrutura Interna Urbana Adequada (Em%) 2000 73,45 89,29
Coleta de Lixo – Nível de Atendimento (Em%) 2000 98,63 98,90
Abastecimento de Água – Nível de Atendimento (Em%) 2000 84,44 97,38
Esgoto Sanitário – Nível de Atendimento (Em%) 2000 78,77 85,72
fonte: Perfil dos municípios SEADE, 2012.
2.1.5 Emprego e Renda
Em 2010, Potim apresentava como perfil empregatício majoritário de sua população
no setor de serviços, seguido pelo setor comercial e industrial respectivamente. Estes
apresentavam rendimento médio de R$1.177,87, R$797,18 e R$1.303,80 respectivamente,
todos quase 50% abaixo da média do estado. O quadro abaixo detalha as características de
emprego e renda no município.
pre fe i tura munic ipa l de Pot im – d iv isão de p lane jamento
PLHIS POTIM – DIAGNÓSTICO -‐ MAR 2012
25
Quadro 2.12: Emprego e Renda 2010
Emprego e Rendimento Ano Potim Estado
Participação dos Vínculos Empregatícios na Agropecuária no Total de Vínculos (Em %)
2010 4,07 2,57
Participação dos Vínculos Empregatícios na Industria no Total de Vínculos (Em %)
2010 20,56 22,53
Participação dos Vínculos Empregatícios na Construção no Total de Vínculos (Em %)
2010 3,15 4,92
Participação dos Vínculos Empregatícios na Comércio no Total de Vínculos (Em %)
2010 23,98 19,47
Participação dos Vínculos Empregatícios na Serviços no Total de Vínculos (Em %)
2010 48,24 50,50
Rendimento Médio nos Vínculos Empregatícios na Agropecuária (Em Reais Correntes)
2010 650,89 1.064,13
Participação dos Vínculos Empregatícios na Industria no Total de Vínculos (Em %)
2010 1.303,80 2.226,86
Participação dos Vínculos Empregatícios na Construção no Total de Vínculos (Em %)
2010 921,59 1.501,97
Participação dos Vínculos Empregatícios na Comércio no Total de Vínculos (Em %)
2010 797,18 1.415,16
Participação dos Vínculos Empregatícios na Serviços no Total de Vínculos (Em %)
2010 1.177,87 2.028,66
Rendimento Médio no total de Vínculos Empregatícios (Em Reais Correntes) 2010 1.082,92 1.903,11
fonte: Perfil dos municípios SEADE, 2012
2.1.6 PIB e perfil econômico.
Potim, tinha em 2009 o PIB de 150,66 milhões de reais, representando 0,014% do PIB
estadual, sendo expressiva, em sua composição, a indústria e os serviços.
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26
Quadro: 2.13 PIB e economia local. Economia Ano Potim Estado
PIB (Em milhões de reais correntes) 2009 150,66 1.003.015,76
PIB per Capita (Em reais correntes) 2009 7.289,43 24.457,00
Participação no PIB do Estado (Em %) 2009 0,013894 100,00
Participação da Agropecuária no Total do Valor Adicionado (Em %) 2009 1,04 1,45
Participação da Indústria no Total do Valor Adicionado (Em %) 2009 32,38 29,52
Participação dos Serviços no Total do Valor Adicionado (Em %) 2009 66,58 69,03
Participação nas Exportações do Estado (Em %) 2010 0,002098 100,00
fonte: Perfil dos municípios SEADE 2012
2.2 Caracterização Ambiental
Potim esta situada as margens do Rio Paraíba do Sul, sobre relevo de fundo de vale,
em Várzeas alagadiças. Se por um lado a predominância de terrenos planos é um fator positivo
à ocupação humana e a implantação de novas construções, por outro é necessário atentar as
múltiplas restrições ambientais das áreas de várzea, e ao risco de alagamento.
As formações geológicas encontradas no município, são de Planícies Aluvionares,
Terraços aluvionares, Terraços Coluvio-‐aluvionares, Vertentes e de Formação Tremembé,
Colinas da Formação Pindamonhangaba, estes serão melhor definidos e terão seus possíveis
usos indicados no item de análise do Plano diretor ambiental do município.
Destaca-‐se ainda a restrição de implantação de fossas sépticas no município, dado o
solo inapropriado para tal em quase todo o município.
O mapa a seguir ilustra as declividades do terreno e os principais cursos d’agua presentes no
município.
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Imagem 2.4: Mapa de Relevo e cursos d’agua local.
fonte: IBGE 2011 – Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
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Imagem 2.5: Mapa de Relevo e cursos d’agua, regional.
fonte: IBGE 2011 – Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
As área alagadiças bem como os cursos d’agua e relevo estão melhor representados no
levantamento realizado pelo IPT em 1998, apresentado a seguir:
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Mapa: IPT
Imagem 2.6: Mapa Relevo IPT
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2.3 Demografia: Evolução populacional, população carcerária e crescimento demográfico
futuro.
Os primeiros registros de contagem populacional do IBGE para Potim são de 1993,
quando o município era habitado por 10.553 pessoas. Em 2010, o município atingiria 19.340
habitantes, e em 2011, 20.039 habitantes.
Nota-‐se que a população masculina e feminina eram proporcionais até o ano de 2000,
mas a partir de 2001 a população masculina cresce em decorrência do contingente de
detentos que se instalam na cidade.
Pelo mesmo motivo, a população rural, que no ano de 2000 era de 636 habitantes,
passando para 1084 em 2001, este crescimento também representa a instalação da casa de
detenção.
Se a população rural, que de fato habita e tem atividade vinculada a zona rural,
continuasse crescendo com a mesma intensidade registrada no período entre 1993 e 2000, ela
seria hoje de 1.300 habitantes. Observa-‐se portanto que a população carcerária de Potim no
ano de 2010 era de aproximadamente 3.700 homens, sendo assim, o Plano de Habitação em
desenvolvimento considerará esta diferença em seus cálculos para futura provisão
habitacional.
O quadro a seguir apresenta a evolução anual da população local:
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Quadro 2.14: Evolução populacional 1993-‐2012
Ano 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
População 10.533 10.963 11.392 11.819 12.249 12.686 13.127 13.562 14.144 14.754
incremento anual
-‐ 430 429 427 430 437 441 435 582 610
% de crescimento ao ano
-‐ 3,92 3,77 3,61 3,51 3,44 3,36 3,21 4,11 4,13
Ano 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
% de crescimento ao ano
15.339 15.901 16.456 17.008 17.568 18.155 18.745 19.340 20.039 20.640
incremento anual
585 562 555 552 560 587 590 595 639 601
% de crescimento ao ano
3,81 3,53 3,37 3,25 3,19 3,23 3,15 3,08 3,19 3,1
Fonte: IBGE 2012 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012.
O gráfico a seguir apresenta a evolução populacional do município entres os anos de 1993 e
2012.
Gráfico 2.2: Crescimento populacional em Potim-‐SP 1993-‐2011
fonte: IBGE 2012 – Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
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No periodo observado a quantidade de moradores por domicilio passou de 4,06 em
2000 para 3,16 em 2010. Neste mesmo periodo foi registrada a taxa de migração de 23,59 por
mil habitantes, e em 2000, aumentou para 25,64 por mil habitantes em 2010.
A Taxa Geométrica de Crescimento Anual – TGCA média para o período entre 2000 e
2010 ficou registrada em 3,61% ao ano.
2.3.1 Renda, População e Domicilios
Segundo o CENSO IBGE, no município haviam no ano de 2010, 15.996 pessoas com
renda até 03 salários mínimos, ou 96,6% do total da população, como demonstram o quadro e
gráfico abaixo:
Quadro2.15: Pessoas por faixa de renda em 2010
Faixa de Renda Pessoas
sem renda 7.182 até 1/4 392 de 1/4 e 1/2 727 de 1/2 a 1 3.517 de 1 a 2 3.429 de 2 a 3 749 de 3 a 5 398 de 5 a 10 139 mais de 10 23
Fonte: IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012.
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Gráfico 2.3: Pessoas por faixa de renda em 2010
Fonte: IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012.
Em Potim, 2074, ou 44,65% do total de domicilios, auferiam renda de até 02 Salários
Minimos no ano de 2010. O quadro e gráfico a seguir ilustram esta divisão.
43%
2%
4%
21%
21%
5%
3% 1% 0%
sem renda
até 1/4
de 1/4 e 1/2
de 1/2 a 1
de 1 a 2
de 2 a 3
de 3 a 5
de 5 a 10
mais de 10
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Quadro 2.16: Domicílios por faixa de renda em 2010
Renda Domicílios
sem rendimento 72 até 1/2 81 de 1/2 a 1 600 de 1 a 2 1.321 de 2 a 5 2.022 de 5 a 10 482 mais de 10 66
Fonte: IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012.
Gráfico 2.3: Domicílios por faixa de renda em 2010
Fonte: IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012.
2% 2%
13%
28% 44%
10%
1%
sem rendimento
até 1/2
de 1/2 a 1
de 1 a 2
de 2 a 5
de 5 a 10
mais de 10
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2.3.2 Previsão de crescimento demográfico e de domicilios (2012-‐2020)
Considerando que as famílias com renda domiciliar de até 3 Salários Mínimos,
dependem de subsidio público para o correto acesso a habitação, é preciso definir a previsão
de crescimento demográfico no município, para então estimar-‐se a quantidade futura do
atendimento necessário à politica habitacional local.
Prevendo uma queda do crescimento percentual ao ano da população local, iniciando
em 3,1%, e chegando, em 2020, à uma média próxima ao do nível de crescimento atual do
estado 1%, a previsão apresentada a seguir, estima o crescimento de 3.905 pessoas até o ano
de 2020, que irão habitar novos 1.085 domicílios.
Quadro 2.17: Previsão Demográfica 2012-‐2020.
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
crescimento (%a.a) 3,10% 3,00% 2,75% 2,50% 2,25% 2,00% 1,75% 1,50% 1,25% 1,00%
População Total 20039 20640 21208 21738 22227 22672 23068 23414 23707 23944
população por ano 601 568 530 489 445 397 346 293 237
domicílios por ano 167 158 147 136 123 110 96 81 66
Total acumulado
População 601 1.169 1.699 2.188 2.633 3.029 3.375 3.668 3.905
Domicílios 167 325 472 608 731 841 938 1019 1085
Fonte: Risco Arquitetura Urbana 2012, elaborado a partir de dados do IBGE.
Desta maneira, se o plano definir que pelo menos 44,56% da população deve ser atendida com
subsidio público para atendimento habitacional, quer dizer que, sera necessaria a construção
de pelo menos 542 novos domicilios para suprir somente a demanda demografica futura do
muncipio. Esta demanda será ainda melhor definida durante etapa nº3 deste trabalho, o Plano
de Ação.
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PLHIS POTIM – DIAGNÓSTICO -‐ MAR 2012
36
É preciso ainda descontar deste total o fator referente a população carceraria do
municipio, que era de aproximadamente 19% do total em 2010, ficando portanto a demanda
futura por domicilios de interesse social final, até 2020, estimada em 433 domicilios.
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PLHIS POTIM – DIAGNÓSTICO -‐ MAR 2012
37
3. Historico das Ações Habitacionais no Setor.
Apesar da Politica de Habitação Local não contar com planejamento sistematizado,
foram possível identificadas ações vinculadas ao setor no histórico no município e também em
atual execução.
3.1 Provisão Habitacional
Existem dois registros de Provisão Habitacional Pública em Potim, o primeiro deles, um
conjunto viabilizado pela CDHU, através do programa Parceria com Municípios, com 222
unidades entregues no período de 2003 a 2006. O segundo registro de ação é a provisão
habitacional de 15 unidades através do PAC/FNHIS.
Imagem3.1: CDHU foto aérea
fonte: Google 2012.
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PLHIS POTIM – DIAGNÓSTICO -‐ MAR 2012
38
Imagem 3.2: CDHU vista
fonte: Risco Arquitetura Urbana 2012.
Imagem3.3: Conjunto em construção
fonte: Risco Arquitetura Urbana 2012.
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39
3.2 Regularização Fundiária
Potim, realiza atualmente, através do programa Estadual Cidade Legal, ações locais de
Regularização Fundiária. O Programa, criado em agosto de 2007 tem como objetivo
implementar, agilizar e desburocratizar as ações e os processos de regularizações fundiárias de
núcleos habitacionais. Por meio do programa, a Secretaria de Estado da Habitação, através de
um Convênio de Cooperação Técnica, oferece orientação e apoio técnico às prefeituras para a
regularização de parcelamentos do solo e de núcleos habitacionais, públicos ou privados, para
fins residenciais, localizados em área urbana ou de expansão urbana.
3.3 Outras Ações e convênios.
Além das ações até aqui citadas, Potim tem em seu histórico recente, 10 convênios
federais vinculados a melhorias do ambiente construído, estes totalizam um montante de 1,6
milhões de reais investidos, mediante a contrapartida municipal média de 8%, como ilustra o
quadro a seguir.
pre fe i tura munic ipa l de Pot im – d iv isão de p lane jamento
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40
Quadro 3.1: Ações registradas em convênios federais Nº Objeto do Convênio: inicio da vigência fim da vigência
1 APOIO A ELABORACAO DE PLANOS HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL 29/12/10 31/12/12
2 IMPLANTACAO OU MELHORIA DE OBRAS DE INFRA ESTRUTURA URBANA EM MUNICIPIOS COM ATE 100 000 HABITANTES Ações de Infra est
20/12/07 30/08/11
3 Implantação ou Melhoria de Obras de Infra estrutura Urbana ACOES DE INFRA ESTRUTURA URBANA POTIM SP
26/06/08 26/06/10
4 Apoio a Implantação e Ampliação de Sistemas de Drenagem Urbana Sustentáveis Sistemas de Drenagem Urbana em Municípios
20/12/07 30/08/10
5 IMPLANTACAO DE INFRA ESTRUTURA EXECUCAO DE SISTEMA COLETOR DE AGUAS PLUVIAIS
30/06/06 30/03/09
6 Recuperação de cabeceira de Ponte. 15/12/06 12/06/07
7 MELHORIAS HABITACIONAIS 14/12/00 14/06/03
8 INFRA-‐ESTRUTURA URBANA GALERIA DE AGUAS PLUVIAIS E PAVIMENTACAO COM BLOQUETES NO CENTRO DE POTIM.
22/12/09 30/06/12
9 DRENAGEM E PAVIMENTACAO NOS BAIRROS VILA OLIVIA E FREI GALVAO. 16/07/10 31/12/12
10 DRENAGEM E PAVIMENTACAO NO BAIRRO CHACARA TROPICAL 16/07/10 02/08/12
Fonte: Portal Transparência 2012
Quadro 3.2: Total Conveniado, Liberado e Contrapartida municipal valor total em convênios 1.619.198,00
contrapartida municipal 129.618,63
valor liberado 869.563,25
Fonte: Portal Transparência 2012
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4. Contexto Normativo e Institucional O município de Potim apresenta limitações normativas para o correto ordenamento
uso e ocupação do solo devido, principalmente, a ausência de Plano Diretor local.
Apesar da inexistência deste instrumento, que deve ser a base de todo o
ordenamento, o município detém outras ações, estudo e leis vinculadas ao ordenamento
territorial, dentre elas destacamos: Estudos para Zoneamento local, Plano Diretor Ambiental e
o Plano Municipal de Saneamento.
4.1 Estudo de Zoneamento
O estudo existente no município contempla 15 Zoneamentos diferentes, com
ordenamento de diversas funções de uso residências, industriais ambientais e de previsão de
implantação de infraestrutura futura, como previsão do leito e das estações do Trem de Alta
Velocidade – TAV, que em seu projeto atual passa pelo município, o qual assume importante
função de transferência de passageiros para o município de Aparecida.
Deste zoneamento, destacamos por fundamental importância ao PLHIS, as Zonas
Especial de Interesse Social – ZEHIS. Estão grafadas 3 áreas que totalizam aproximadamente
120 mil m2. Destes, parte esta ocupada, restando aproximadamente 80mil m2 de área livre,
que podem servir para a implantação de novos conjuntos habitacionais públicos.
O mapa a seguir ilustra o estudo de Zoneamento proposto para Potim.
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Mapa: Zoneamento
Imagem 4.1: Estudo de Zoneamento
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4.2 Leis municipais
4.2.1 Lei nº446/2003 – Plano Diretor Físico Ambiental
Esta lei tem por objetivo regulamentar de forma complementar as legislações federal e
estadual, o uso e ocupação do meio ambiente em Potim.
Para isso, o município fica dividido em cinco zonas com as seguintes características básicas:
-‐ I -‐ Zona de Planícies Aluvionares (Zona de Planícies)
Identificação: Áreas formadas por sedimentos aluvionares com nível d’agua raso,
terrenos de várzea com declividade <3% e de baixa resistência, sujeito a recalques e
inundações sendo considerada área de risco para ocupação urbana, e indicada apenas
para uso por unidades de conservação ambiental, cultura temporária (arroz) e
pastagens.
-‐ II -‐ Zona de Terraços aluvionares mais recentes (Zona de Terraços recentes):
Identificação: Áreas formadas por sedimentos remanescentes de antigas planícies
aluvionares, em cotas pouco acima das várzeas atuais, com declividade <5% e nível
d’agua próximo da superfície. Terrenos de baixa resistência, sujeito a recalques e
inundações devido escoamento superficial de agua. Considerada área de risco para
ocupação urbana, e indicada apenas para uso por unidades de conservação ambiental,
cultura temporária (arroz) e pastagens. Atividade de extração mineral de (cascalho,
áreas e argilas) é permitida mediante licença emitidas pela CETESB e autorização do
DNPM, DPRN e Prefeitura Municipal.
-‐ III -‐ Zona de Terraços Coluvio-‐aluvionares (Zona de Terraços antigos):
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Identificação: Antigas planícies aluvionares em cota superior às unidades de zona I e II,
formando terraços com declividade <10% apresentando alguns locais com
embaciamento natural e nível d’agua entre 1 e 5 m. Áreas formadas por Sedimentos.
Área indicada para ocupação urbana e industrial, não sendo permitida a implantação
de cacimbas e fossas sépticas, para áreas menores que 2.000m2m2, devido a
vulnerabilidade do aquífero superficial. Não é permitido a ocupação nas áreas de
embaciamentos naturais, sendo possível a execução de terraplanagens apropriadas e
construção de sistema de drenagem específicos, facilitando o escoamento superficial.
-‐ IV Zona de Vertentes e de Formação Tremembé (Zona de Vertentes)
Identificação: Corresponde às vertentes das colinas da Formação Pindamonhangaba,
podendo ocorrer folhelos da Formação Tremembé, que são materiais mais resistentes
à escavação. Apresentam surgências de agua disseminada no contato dessas
formações geológicas. Áreas mais indicadas para reflorestamento e recomposição de
mata ciliar, sendo permitido o uso urbano, desde que não constituam áreas de
nascente ou estejam em faixas das margens de drenagem. As surgências de agua
devem ser utilizadas para abastecimento público.
-‐ V Zona de Colinas da Formação Pindamonhangaba (Zona de Colinas)
Identificação: São terrenos da formação Pindamonhangaba, com espessura de até
10m, constituído por sedimentos mais arenosos e cascalhos na parte inferior.
Apresentam cobertura de solo laterizado (até 3m) de boa qualidade para aterros. O
lençol freático esta próximo a 5 metros. Tem embaciamento localizado formando
depressão úmida no topo da colina. São áreas indicadas para a ocupação urbana e
industrial.
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Apesar de não ser o tema central desta lei, ela define ainda, para o Sistema Viário
Básico, as larguras mínimas de 20 metros para vias, sendo as medidas mínimas de: 2 metros
para cada lado da calçada, leito carroçável de 14 metros, e ciclovia de 2 metros.
Sobre a ocupação uso e parcelamento do solo, a lei define que deverão ser obedecidos
os limites definidos na Carta de Uso Ambiental do município, conforme os usos acima
identificados.
4.2.2 Plano Municipal de Saneamento Básico de Potim-‐SP
O Plano municipal de Saneamento Básico do município de Potim, datado de abril de
2010, definiu analise e propostas para abastecimento de Água e esgotamento Sanitário,
infraestruturas diretamente ligadas ao setor habitacional. Deste trabalho, destacamos:
A extensão da rede de água e de esgoto no município era de 39,2Km e 41,99km
respectivamente. Sendo um total de 4.641 ligações de agua (4.250 ativas).
O sistema distribuidor de agua está organizado em função dos Poços Artesianos
1(Barranco Alto, com vazão de 12,78 litros/segundo), 2 (Elizabete, com vazão de 12,5 l/s),
3(CDHU com vazão de 10,83 l/s), 4 (Vista Alegre com vazão de 1,67 l/s), e 5 (Miguel Vieira com
vazão de 4,72 l/s).
Toda rede de distribuição bem como os ramais são 100% constituídos de PVC. A agua
fornecida, apresenta alto teor de Nitrogênio Amonical, tornando a agua não potável, para
consumo humano, podendo causar problemas de saúde. O tratamento dos poços é feito
apenas por meio de adição cloro e flúor, antes de envio para o reservatório.
O reservatório central do município tem capacidade de 2.000m3 sendo abastecido
pelos poços Barranco Alto, Elizabete e CDHU. Suprem a demanda do munícipio ainda os
reservatórios Vista Alegre (13m3), Miguel Vieira (20m3).
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A perda anual do volume d’agua ficou estimada, segundo o plano, em 396.645 m3/ano
num total de volume produzido de 1.172.745m3.
Quanto ao esgotamento sanitário, a SAEP Potim não possui Estação de Tratamento de
Efluentes – ETE, e atualmente todo o esgoto coletado é lançado no Rio Paraíba.
Existe um projeto para construção de ETE, do qual se iniciaram obras, e
posteriormente interrompidas devido ao erro de locação da mesma, que encontra-‐se em área
alagadiça.
O sistema de coleta existente é constituído por trechos com manilhas de DN 0,40mm,
possuindo também emissário de DN 300mm, sendo a rede coletora de DN 6” e 8”.
A demanda de agua, considerando uma população total de 20.030 (total compatível
para o ano de 2011), considerando um consumo per/capita de 150 litros por dia por habitante,
considerando o índice de perda de 25%, atingiria uma demanda média por dia de 4.196
m3/dia e máxima de 4.821 m3/dia.
Quanto a coleta de esgoto, o Plano em questão prevê apenas para 2025 o tratamento
total do esgoto, que terá vazão diária média de 3.342 m3.
Observa-‐se ainda que a previsão demográfica futura do Plano de Saneamento
encontra-‐se subestimada, uma vez que a população do município em 2011, de 20.039
habitantes, já supera o total estimado para 2015 pelo plano.
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4.2.3 Lei de Criação do fundo municipal e Conselho Gestor -‐ nº630/2007
A lei em questão cria o Fundo de Habitação de Interesse Social – FHIS e institui o
Conselho-‐Gestor do FHIS.
O Fundo de natureza contábil tem como objetivo centralizar e gerenciar os recursos
orçamentários para a politica habitacional local direcionada a população de menor renda.
Segundo a lei atual o Conselho deve ser formado por Quatro representantes de
entidades civis sem fins lucrativos, Quatro representantes da Administração municipal e
quatro representantes de entidades com atuação na área habitacional.
É competência do Conselho:
I. estabelecer diretrizes e fixar critérios para a priorização de linhas de ação,
alocação de recursos do FHIS e atendimento dos beneficiários dos programas
habitacionais, observado o disposto na lei, a politica e o plano de habitação;
II. aprovar orçamentos e planos de aplicação e metas anuais e plurianuais dos
recursos do FHIS;
III. fixar critérios para a priorização de linhas e ações;
IV. deliberar sobre contas do FHIS;
V. Dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares, aplicáveis ao FHIS,
nas matérias de sua competência
VI. Aprovar seu regimento.
Devido o pequeno porte da cidade, observa-‐se que o conselho esta super-‐
dimensionado, não havendo representantes suficientes dos setores civil e demais entidades,
para formação do conselho conforme lei.
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Ainda assim, durante a execução das duas primeiras etapas do PLHIS, a Administração
local nomeou por meio do decreto, o conselho em acordo com a lei, realizando atividades de
formação e atividade do conselho.
Durante estes encontros observou-‐se a dificuldade de reunir todo o conselho, uma vez
que parte dos conselheiros são representantes de entidades de cidades vizinhas ao município.
Existe portanto a necessidade de alteração da lei para diminuição do quadro permanente do
Conselho.
4.2.4Decreto 640/2011 de 06/09/2011 – nomeia os membros do conselho gestor do fundo
Segundo artigo 1º deste decreto, ficam nomeados os membros do Conselho Gestor do
Fundo Municipal da seguinte maneira:
Membros de entidades civis sem fins lucrativos:
I. Luiz Mauro Pinto da Silva -‐ Sociedade de Amigos do Bairro Vista Alegre – SAVA
II. Marino Donizete Francisco – Associação de Moradores do Jardim Alvorada –
AMBAJA
III. João Artur Taiasz – Lar Monsenhor Filippo
IV. Humberto de Castro Nogueira – Rotary Club Potim
Membros da Administração Local
I. Cléber Gonçalvez – Divisão de Planejamento
II. Edno Félix Pinto – Divisão de obras e Viação
III. Erika Cipiolli – Departamento Jurídico
IV. Zenilda Gomes de Lima Barbosa – Divisão de Promoção Social
Membros de entidades com atuação na área habitacional
I. Luiz Dias Fernandes – Promotor da Comarca de Aparecida
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II. Monsenhor Lopes – Paróquia Com Jesus de Potim
III. Maria Guimarães – Caixa Econômica Federal – CEF
IV. Alfredo Vieria – Conselho Regional dos Engenheiros e Arquitetos – CREA.
Atores Sociais e suas Capacidades
O conjunto de Atores Sociais de Potim, considerando os movimentos sociais,
movimento sindical, acadêmicos, associações de bairro, conselhos profissionais e diversas
outras formas de organizações não governamentais, no município, apresenta em geral baixo
grau de organização e pouca atuação junto as politicas públicas locais.
Durante o processo de elaboração da metodologia foram levantadas as organizações
presentes no município, e também organizações dos municípios vizinhos, com alguma atuação
ou mesmo possibilidade de atuação em Potim.
Como representantes diretos dos moradores de Potim, foi contatada a Sociedade de
Amigos do Bairro Vista Alegre – SAVA na figura de Luiz Mauro Pinto da Silva, e a Associação de
Moradores do Bairro Jardim Alvorada – AMBAJA na figura de Marino Donizete Francisco.
Como representantes de diversos outros setores, foi possível identificar: Promotor da
Comarca de Aparecida na figura do Dr. Luiz Dias Fernandes, a Paróquia Bom Jesus de Potim na
figura de Monsenhor Nelson Ferreira Lopes, a Caixa Econômica Federal – CEF de Aparecida na
figura de Maria Laura de Vieira Carvalho Guimarães e o Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura, CREA Guaratinguetá na figura de Alfredo Augusto Paulo Santos Vieira.
Como representantes do setor acadêmico, buscou-‐se o dialogo junto a UNITAU e FEG-‐
UNESP, não havendo registro de atividades diretamente vinculadas ao setor público local, nem
retorno ou interesse das mesmas.
A partir desta avaliação, e contando com o quadro de atores complementado por
organizações das cidades vizinhas, montou-‐se o quadro de membros do Conselho Local de
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Habitação, conforme apresentado no quadro nº10 da metodologia e formalizado pelo Decreto
Municipal nº 640/2011 (item 4.2 do diagnóstico).
Durante as atividades participativas de ambas as etapas, foi possível reafirmar a
ausência de cultura participativa no município simbolizada pelo grau de ausência nos eventos.
Ainda assim foi possível a realização de debates e encaminhamento de ações de
formação junto aos Atores Sociais, como exemplo, a visita junto à representante da CEF,
membros da Prefeitura de Potim e de Aparecida à obra realizada em Aparecida. O projeto de
28 unidades geminadas, foi realizado por mutirão, viabilizado pelo Programa Operação
Coletiva, em regime de mutirão assistido através de formação promovida pelo SENAI.
Conclui-‐se que a atuação de Atores Sociais no Setor Habitacional é limitada no
município em decorrência, em primeiro lugar, do baixo porte populacional do município, em
segundo lugar pela ausência de movimentos participativos na historia recente de Potim.
Considerados estes fatos, o PLHIS deverá buscar para suas estratégias construídas no
Plano de Ação, as possibilidades de vinculo com organizações das cidades vizinhas, como já
vem sendo feito durante o processo de elaboração deste trabalho.
Leis orçamentárias.
Durante a execução do Plano de Ação, todas a metas financeiras deverão levar em
consideração as leis municipais 680/09 (Plano Plurianual e Lei de Diretrizes Orçamentarias), e
demais diretrizes orçamentarias correntes, respeitando ainda a Lei Orgânica local.
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4.3 Leis Estaduais
As leis estaduais de referencias para o PLHIS são:
§ Leis n° 898/1975, nº 1.172/1976 e nº 9866/1997 – Lei de Proteção dos Mananciais;
§ Decreto Estadual n° 52.052/2007 -‐ Programa Estadual de Regularização de Núcleos
Habitacionais -‐ Cidade Legal;
§ Lei n° 12.801/2008 -‐ Cria o Conselho Estadual de Habitação -‐ CEH, institui o Fundo
Paulista de Habitação de Interesse Social -‐ FPHIS e o Fundo Garantidor Habitacional – FGH.
4.4 Leis Federais
As leis federais, em especial as leis citadas no início deste caderno, diretamente
vinculadas a Politica Nacional de Habitação – PNH, e ao Sistema Nacional de Habitação de
Interesse Social – SNHIS, são as bases fundamentais para a execução da politica local e para o
desenvolvimento adequado do presente PLHIS. Além destas leis, são também de fundamental
importância as seguintes leis, abaixo citadas:
§ Lei n° 4.771/1965 – Institui o Código Florestal – Dispõe, entre outras matérias,
quanto às áreas de preservação permanente, reserva legal e define norma geral para casos de
compensação e supressões de vegetação;
§ Lei nº 6.766/ 1979 -‐ Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano (em revisão pelo
PL 3.057);
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§ Lei nº 10.257/2001 -‐ Estatuto da Cidade -‐ Regulamenta os artigos 182 e 183 de
Constituição Federal. Estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o
uso da propriedade urbana;
§ Resolução CONAMA n° 302/2002 -‐ Dispõe sobre os parâmetros, definições e
limites de Áreas de Preservação Permanente, de reservatórios artificiais e o regime de uso do
entorno;
§ Lei n° 11.124/2005 -‐ Dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse
Social – SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS e institui o
Conselho Gestor do FNHIS;
§ Resolução CONAMA n° 369/2006 -‐ Dispõe sobre os casos excepcionais, de
utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção
ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente – APP;
§ Lei n° 11.428/2006 – Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do
Bioma Mata Atlântica, ficando vedada a supressão de vegetação primária do Bioma para fins
de loteamentos e edificações, nas regiões metropolitanas e áreas urbanas consideradas como
tal em lei específica;
§ Lei n° 11.481/2007 – Prevê medidas voltadas à regularização fundiária de interesse
social em imóveis da União (alteração dos dispositivos de leis anteriores: 9.636/1998,
8.666/1993, 11.124/2005, 10.406/2002 -‐ Código Civil, 9.514/1997, e 6.015/1973, e dos
Decretos-‐Leis nos 9.760/1946, 271/1967, 1.876/1981, e 2.398/1987);
Lei n° 11.888/2008 – Dispões sobre a Assistência Técnica Gratuita para População de Baixa
Renda; assegura o direito das famílias de baixa renda à assistência técnica pública para o
projeto e a construção de habitação de interesse social;
§ O Projeto de Lei de Conversão (PLV) n° 11/2009, oriundo da Medida Provisória (MP) n°
459/2009, institui o programa “Minha Casa, Minha Vida”, que tem por objetivo criar
mecanismos de incentivo à produção e aquisição de um milhão de novas moradias, atendendo
a famílias com renda mensal de até dez salários mínimos. O Programa prevê ainda a
regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas.
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4.5 Estrutura Institucional
A estrutura executiva-‐institucional de Potim esta organizada em Divisões. A Divisão
responsável pela Politica Habitacional Local, e pelo atual desenvolvimento do PLHIS é a de
Planejamento, dirigida atualmente por Cléber Gonçalves.
Devem ainda ser vinculadas indiretamente ao organograma desta politica as divisões
de Obras, Promoção Social, Administração e Jurídica.
Imagem 4.2: Organograma da rotina da Politica Habitacional
elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012.
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5. Necessidades Habitacionais.
O capitulo a seguir detalhará como o presente plano definiu as necessidades
habitacionais do município.
Os resultados a seguir apresentados, contaram com metodologia especifica e diversas
fontes de dados, entre elas, os dados estatísticos produzidos pelos Censos de 2000 e 2010 do
IBGE, os dados municipais do Cadastro Único, os relatórios do Sistema de Informação do
Atendimento Básico – SIAB, e demais informações obtidas nos levantamentos de campo, e
demais informações levantadas junto a prefeitura relacionadas ao tema.
5.1 Metodologia para caracterização das necessidades habitacionais.
A metodologia de análise das necessidades habitacionais adotada contemplará as
diferentes situações de carências referentes à moradia, sendo capaz de organizar e evidenciar
a diversidade e complexidade dos casos existentes. Para tanto, ultrapassa a noção mais
imediata de necessidade habitacional enquanto sinônimo da necessidade de novas habitações,
considerando também as situações que demandam apenas regularização fundiária, reforma
ou ampliação do domicílio, e urbanização de assentamentos precários.
A metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro para estimativa do déficit, em 1995,
será utilizada como referência principal, por considerar a complexidade da questão
habitacional, e será apresentada neste capítulo.
Adotaremos, também, dois conceitos que identificam territorialmente as necessidades de
atendimento habitacional, : demanda dispersa e nucleada.
§ Demanda Localizada é entendida como sendo aquelas necessidades habitacionais
vinculadas aos assentamentos precários — como favelas, loteamentos irregulares sem
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infraestrutura, áreas de risco e outras formas de ocupações que constituam conjuntos
bem definidos e localizados no território. Estas situações de elevada precariedade
constituem objeto prioritário para atendimento no Município pelo setor público.
§ Demanda Dispersa é aquela que não apresenta nítidas delimitações territoriais,
sendo, porém, parte significativa das necessidades habitacionais. Os principais
componentes desta demanda são as famílias que dividem uma mesma habitação com
outra família (famílias conviventes).
Ao contrário dos assentamentos precários, que configuram uma demanda localizada, a
demanda dispersa não se expressa particularmente no território, passando normalmente
despercebida. São importantes fontes para a identificação destas situações as pesquisas
censitárias e o cadastramento das famílias em todo o município, por reunirem informações
que abrangem a totalidade da cidade.
A metodologia desenvolvida classifica as diferentes situações de necessidades
habitacionais em dois grupos: (1) Déficit Habitacional Quantitativo, que abrange as situações
que demandam a construção de novas moradias, e (2) Inadequação Habitacional, no qual são
enquadradas as situações que não necessitam de novas moradias, demandando apenas
reformas, regularização, e ampliação da moradia. Esta diferenciação contribui para que a
solução das carências habitacionais não se restrinja apenas à construção de novas moradias,
possibilitando soluções menos onerosas, assim como menos impactantes urbanística e
ambientalmente.
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Estes dois grupos são compostos pelos seguintes componentes:
1. Déficit Habitacional Quantitativo
a. Famílias Conviventes: são constituídas por, no mínimo, duas pessoas ligadas por laço de
parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, e que residem no
mesmo domicílio com outra família denominada principal;
b. Cômodos: domicílios particulares compostos por um ou mais aposentos localizados em
casa de cômodo, cortiço, cabeça-‐de-‐porco, etc;
c. Domicílios Improvisados: locais construídos sem fins residenciais e que servem como
moradia;
d. Ônus Excessivo com Aluguel: famílias urbanas, com renda familiar de até três salários
mínimos e que despendem mais de 30% de sua renda com aluguel;
e. Domicílios Rústicos: não apresentam paredes de alvenaria ou madeira aparelhada, o que
resulta em desconforto para seus moradores e risco de contaminação por doenças.
2. Inadequação Habitacional
a. Adensamento Excessivo: domicílio apresenta um número médio de moradores superior
a três por dormitório;
b. Domicílios sem Banheiro;
c. Inadequação Fundiária: refere-‐se aos casos em que pelo menos um dos moradores do
domicílio tem a propriedade da moradia, mas não possui a propriedade, total ou parcial,
do terreno ou a fração ideal de terreno (no caso de apartamento) em que ela se localiza;
d. Carência de Infraestrutura: domicílios que não dispõem de ao menos um dos seguintes
serviços básicos: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água com
canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de
lixo.
A aplicação da metodologia sobre a Demanda Localizada resulta na seguinte
organização dos componentes:
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1. Demanda Localizada: Necessidade de novas moradias
a. Remoções para a mesma área -‐ Reassentamento;
b. Remoções para área externa -‐ Remanejamento.
2. Demanda Localizada: Inadequação Habitacional
a. Necessidade de Consolidação: Urbanização Simples;
b. Necessidade de Consolidação: Urbanização Complexa;
c. Irregularidade Fundiária: Regularização Fundiária.
As necessidades habitacionais do município são entendidas portanto, como compostas
pelo Déficit Habitacional Quantitativo e pelas situações de Inadequação Habitacional,
sintetizados no quadro a seguir.
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Quadro 5.1: Síntese das situações que Compõem o Déficit Habitacional, por Tipo de Demanda Forma de Encaminhamento e fonte de informação.
Tipo de Demanda
Forma de Encaminhamento Fonte de dados a ser utilizada
Necessidade de novas moradias Inadequação Habitacional (não necessita de nova construção)
Demanda Dispersa
Famílias Conviventes -‐ Censo IBGE / Saúde da Família
Cômodos -‐ CENSO IBGE 2000 e 2010
Domicílios Improvisados -‐ CENSO IBGE 2000 e 2010
-‐ Domicílios sem Banheiro FJP 2005 – CENSO IBGE 2000 e 2010
Demanda Localizada
Remoções para a mesma área -‐ PMP Vistoria de Campo
Remoções para área externa -‐ PMP Vistoria de Campo
-‐ Necessidade de Consolidação: Urbanização Simples
PMP
Vistoria de Campo
-‐ Necessidade de Consolidação: Urbanização Complexa
PMP
Vistoria de Campo
-‐ Necessidade de Regularização Fundiária
PMP
Vistoria de Campo
Elaboração: Risco Arquitetura Urbana, 2011.
As quantificações pertinentes a cada uma das situações que caracterizam o déficit
habitacional serão abordadas neste capítulo, tratando primeiramente da Demanda Localizada,
com base nos dados fornecidos pela Prefeitura Municipal de Potim e as Vistorias de Campo e
na sequencia complementada pela Demanda Dispersa, com base nos dados do IBGE do CENSO
2010 e dados de cadastros locais.
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5.2 Demanda Localizada: Necessidades Habitacionais nos Assentamentos Precários
Considerando as definições metodológicas anteriormente apresentadas, a análise da demanda
localizada no município partiu de fontes diversas, conforme descritas no quadro abaixo.
Quadro 5.2: Fontes de Dados para Identificação dos Assentamentos Precários
Fonte de Dados Descrição
Prefeitura Municipal de Potim Base cartográfica
Análise de Foto Aérea Áreas identificadas por foto aérea
Vistoria de Campo Vistoria realizada durante diagnóstico para
confrontar os dois dados anteriores
Censo IBGE 2010 Dados por setor censitário das áreas de maior
precariedade de Potim.
Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2011
5.2.1 Vistoria de Campo e demandas localizadas
A vistoria de campo identificou quatro áreas com maior precariedade e necessidade imediata
de intervenção, sendo elas (1) Frei Galvão, (2) Morada dos Marques , (3) Vista Alegre e
(4)Miguel Vieira, todas apresentadas e analisadas a seguir. No Frei Galvão e na Morada dos
Marques, existe a necessidade de remoção de domicílios. As áreas do Vista Alegre e Miguel
Viera tem necessidade de urbanização por deficiência de infraestrutura.
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Frei Galvão: Travessa João de Paula
A área em apresenta necessidade de remoção por risco de inundação e por ocupar área muito
próxima ao leito do rio. A transferência desta população para novas unidades adequadas já
esta prevista, sendo que parte dela será destinada as unidades em atual produção no
município.
Imagem 5.1: Frei Galvão, Travessa João de Paula
fonte: Risco Arquitetura Urbana 2012.
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Imagem 5.2: Foto área do local e necessidade de intervenção
elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
Legenda:
Área:
Remoções mínimas:
*25 remoções e 11 consolidações
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Morada dos Marques
Esta é a área de maior precariedade do município, onde se encontra a maior necessidade de
intervenção, pela remoção mínima de 27 unidades e ideal de 71 unidades. A região que esta
sujeita a alagamento e que apresenta baixíssimas condições de habitabilidades, passa também
por constante crescimento. No momento da vistoria de campo, foi possível observar a
construção em curso de novas unidades as margens do rio e ampliação de unidades existentes.
Imagem 5.3: Morada dos Marques, Rua Silveras.
elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
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Imagem 5.4: Morada dos Marques, Rua Silveras.
elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
Legenda:
Área:
Remoções mínimas:
*27 remoções e 35 consolidações
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Vista Alegre
O bairro Vista Alegre, é o primeiro bairro distante do núcleo central, e apresenta grande
carência de infraestrutura, necessitando urbanização. Algumas ruas por ser muito estreitas ou
apresentarem grande declive poderão dificultar a implantação de infraestrutura adequada e
dentro da norma municipal, necessitando de projeto de urbanização especifico.
Imagem 5.5: Vista Alegre.
elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
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Imagem 5.6: Vista Alegre, foto aérea
elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
Legenda:
Área:
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Miguel Vieira
O bairro Miguel Vieira, é o bairro mais distante do núcleo central de Potim, e apresenta grande
carência de infraestrutura, necessitando urbanização. Algumas ruas por ser muito estreitas, e
os lotes por apresentarem metragem inconstante, poderão dificultar a intervenção
necessitando de projeto de urbanização especifico.
Imagem 5.7: Miguel Vieira.
elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
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Imagem 5.8: Miguel Vieira, foto aérea
elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
Legenda:
Área:
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5.3.2 Irregularidade Fundiária.
A irregularidade fundiária atinge pelo menos 1429 lotes no munícipio, totalizando uma área de
959 mil metro quadrados com necessidade de regularização fundiária. Vista alegre, e Miguel
Vieira são os bairros que apresentam maior área irregular, e o bairro João Nogueira é o bairro
com maior numero de lotes a ser regularizado.
Quadro 5.3: Regularização fundiária
n Nome área total (m2)
lotes área total lotes
área total viário
sistema de lazer
área institucional
área total publica
área de proteção
data implantação
1 Vila Olivia 198.369 250
2 Miguel Vieira
273.615 140 22.6767 46.847 46.847 1990
3 Morada dos Marques
140.000 285 74.270 41.300 14.812 7.098 65.730 3.150 1980
4 João nogueira
121.000 500 63.000 58.000 -‐ 1978
5 Vista Alegre 226.253 254 181.733 44.520 44.520 1978
TOTAL 959.237 1.429 545.771 190.667 14.812 7.098 157.097 3.150
Fonte: Prefeitura Municipal de Potim – Cidade Legal 2011. elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
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.
Imagem 5.7: Mapa de loteamentos com necessidade de Regularização
Miguel Vieira
Vila Olivia
Morada dos Marques
Vista Alegre
João Nogueira
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5.3.3 Coabitação Segundo Estimativa a partir do Censo IBGE 2010, e outros dados complementares. Sabe-‐se que hoje, em todo o Brasil, grande parte do déficit habitacional quantitativo
esta vinculado a coabitação familiar, caracterizada pela situação onde dois, ou mais, núcleos
familiares habitam o mesmo domicilio por necessidade. O Censo IBGE 2010, definiu que no
município de Potim existem 252 unidades com 7 ou mais moradores por domicilio. Entendem-‐
se que esta demanda é potencialmente formada por casos de coabitação. Porém é necessária
a realização de cadastro especifico de demanda para aprimoramento desta estimativa, para as
estimativas deste PLHIS, serão considerados coabitados os domicílios com sete ou mais
moradores, conforme demostra o quadro abaixo:
Quadro 5.4: Quantidade de moradores por domicílios.
Quantidade de Moradores por domicilio Domicílios Domicílios particulares permanentes -‐ 1 morador 423
Domicílios particulares permanentes -‐ 2 moradores 841
Domicílios particulares permanentes -‐ 3 moradores 1.118
Domicílios particulares permanentes -‐ 4 moradores 1.051
Domicílios particulares permanentes -‐ 5 moradores 635
Domicílios particulares permanentes -‐ 6 moradores 325
Domicílios particulares permanentes -‐ 7 moradores 145
Domicílios particulares permanentes -‐ 8 moradores 51
Domicílios particulares permanentes -‐ 9 moradores 30
Domicílios particulares permanentes -‐ 10 moradores 12
Domicílios particulares permanentes -‐ 11 moradores ou mais 14
Fonte: IBGE. elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
Condição de ocupação
Os dados do IBGE, referentes as condições de ocupação dos domicílios em 2010, é
também um importante indicador para o PLHIS. A partir destes dados podemos definir que
27% dos domicílios são alugados e 331 cedidos (não pelo empregador). Nestes dois casos pode
haver déficit. No primeiro quando o aluguel ultrapassar 30% da renda familiar será
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caracterizado como ônus excessivo de aluguel, e no segundo o domicilio cedido representa
situação de instabilidade e vulnerabilidade para as famílias.
Estes índices não farão parte das estimativas de déficit do diagnóstico, cabendo ao
Plano de Ação prever ou não ações para tais demandas.
Quadro 5.5: Condição de ocupação.
condição de ocupação domicílios %
Próprio 3.344 100 Próprio já quitado 2.963 89 Próprio em aquisição 381 11 Alugado 908 27 Cedido por empregador 70 2 Cedido de outra forma 331 9
Fonte: IBGE. elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
Evidencias de ônus excessivo de aluguel
Apesar de não ser possível o calculo ou mesmo a estimativa dos casos de ônus
excessivo de aluguel em Potim, a partir dos dados disponíveis, a seguir são apresentados dois
mapas que ilustram a distribuição de casos de aluguel no município por setor censitário.
Mesmo o polígono do setor censitário do IBGE não sendo coincidente com os limites dos
bairros, chama atenção nos mapas a seguir, que em alguns bairros de maior precariedade, se
sobrepõem as manchas de maior incidência de casos de aluguel, sendo assim, há grande
potencialidade da incidência do caso nestas áreas. Nesse sentido toma destaque o bairro
Morada dos Marques, onde existem até 78 casos.
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Imagem 5.8: Domicílios alugados por setor censitário
elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
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Imagem 5.9: Domicílios alugados em números absolutos.
Fonte: IBGE. elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
Domicílios em construção e sem banheiro de uso exclusivo.
A quantidade de domicílios em construção podem indicar, ao mesmo tempo, o
comportamento da construção civil local e o crescimento irregular de áreas problemáticas. No
caso de Potim o setor censitário que mais apresentou construções contempla a região do
bairro Morada dos Marques, o que evidencia que esta região pode estar passando por um
crescimento problemático constante, o que reforça a necessidade de intervenção pública no
local.
78
3
56
59
45
37 26
46
130
39 63
11
78
20 59
114 51
39
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Imagem 5.10: Domicílios em Construção
• Os números indicam a incidência dos casos por área.
• Fonte: IBGE. elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
Outra estatística do censo de importante relevância para o PLHIS é a quantidade de
domicílios sem banheiro, sendo apenas 6 para o município de Potim.
5.4 Síntese das necessidades habitacionais 2011
Com base em todos os dados até aqui apresentados, abaixo elenca-‐se o total
estimados dos casos que compõem o déficit habitacional no município de Potim no ano de
2011, em seus diversos aspectos.
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Tais dados irão compor os cálculos dos valores totais por programas, ação e metas a
serem definidas na etapa nº3 deste trabalho o Plano de Ação. Ficam estimadas em 328
unidades a necessidade habitacional acumulada no município, e as demais demandas
descritas, conforme tabela abaixo.
Quadro 5.6: Síntese das Necessidades Habitacionais
Síntese das Necessidades Habitacionais Nº de Domicílios (fonte da informação)
Déficit Habitacional Quantitativo
Déficit Habitacional Básico - DHB 328 (Conviventes + Remoção + Comodo ou cortiço)
Remoção de domicílios em risco e APP 71 (analise de campo)
Domicílios com Famílias Conviventes 252 (domicílios com 7 ou mais habitantes segundo o CENSO 2010)
Domicílios Rústicos 26 (SIAB)
Domicilio Cedido 311 (Censo 2010)
Cômodos e Cortiços 5 (Censo 2010)
Inadequação Habitacional
Necessidade de urbanização simples (João Nogueira, Vista Alegre, Vila Olivia, Morada dos Marques, Miguel
Vieira) 1429 (PMP / Analise de Campo)
Necessidade de urbanização complexa (Consolidações) 46 (PMP / Analise de Campo)
Sem energia Elétrica 7 (Censo 2010)
Ligação da rede de esgoto (38 fossas rudimentares, 9 valas, 53 rio ou córrego) 100 (Censo 2010)
Construção de banheiro 6 (Censo 2010)
Reforma da unidade 26 PMP / SIAB (rústicos)
Necessidade de Regularização Fundiária 1429 (PMP – Cidade Legal)
fonte: Censo 2000 e 2011, FJP 2005, PMP 2011, Base cartográfica municipal e cadastros *Não foram identificados domicílios improvisados. **Não foi possível estimar o numero de famílias com ônus excessivo de aluguel.
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6. Estimativas para encaminhamento da Demanda. Realizada a leitura da realidade municipal, a partir da qual foi possível estimar as
necessidades habitacionais de Interesse Social no município, o item a seguir se destinará a
realizar as primeiras estimativas para o encaminhamento da demanda, como a leitura da
evolução da receita municipal nos últimos anos, os investimentos realizados na pasta de
habitação, a disponibilidade e a necessidade de terras para construção de HIS e alguns cálculos
preliminares sobre custos.
6.1 Estimativa de custo inicial para execução da politica local
A partir dos dados sintetizados na tabela anterior, define-‐se a estimativa inicial do
custo para a realização da Politica Local de Habitação de Interesse Social. Esta será aprimorada
durante os trabalhos do Plano de Ação, onde serão definidas metas e tipo de atendimento
específicos por Programas.
A primeira estimativa de custo para a execução da politica habitacional para a
demanda até aqui definida, considerando três eixos de ação: Atendimento Habitacional, Ação
corretiva em áreas ocupadas e Desenvolvimento Institucional fica estimada em R$28.592.408,30.
O atendimento habitacional considerou o valor da terra de R$15/m2, o custo para
construção de uma unidade de 41 m2 de R$46.759,17, o lote com 200m2, totalizando o custo
de 1,2 milhões para aquisição de terras.
A tabela abaixo apresenta esta estimativa:
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Quadro 6.1: Custos iniciais para execução da Politica Local
CUSTOS PARA EXECUÇÃO DO PLHIS POTIM SP
R$ / UH unidades TOTAL
1. ATENDIMENTO HABITACIONAL
Unidade padrão SINAPI (41,35m2) 46.759,17 328 R$15.337.007,76
Quantidade de terra necessária (lote 200m2) 15 (R$/m2) 65.600,00 R$1.279.200,00
SUB TOTAL 1 R$16.616.207,76
2. AÇÃO CORRETIVA EM AREAS OCUPADAS
Demanda Localizada R$ / tipo de intervenção
unidades
Regularização Fundiária 300,00 1429 R$428.700,00
Urbanização Simples 7.000,00 1429 R$10.003.000,00
Urbanização Complexa 14.000,00 46 R$644.000,00
Ampliação/Reforma 10.000,00 26 R$260.000,00
Unidade Sanitária (padrão A -‐ SINAPI) 6.750,09 6 R$40.500,54
SUB TOTAL 2 R$11.376.200,54
3. desenvolvimento institucional
Aprimoramento do depto. Habitação R$500.000,00
Implantação de Sistema de informação R$100.000,00
SUB TOTAL 3 R$600.000,00
TOTAL R$28.592.408,30
Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
6.2 Mercado local, formal e Informal e acesso à terra.
Foi identificado no município oferta de venda de lotes e residência em sua grande
maioria através de contratos de compra e venda sem acesos a escritura formal.
O mercado de aluguel é amplo atingido todos os estratos de renda, sendo os menores
valores registrados, durante pesquisa de campo, de R$300,00 para uma residência de dois
cômodos no bairro Morada dos Marques.
É pequeno o numero de empreendedores da construção civil e imobiliárias locais,
sendo que grande parte destes estão situados nas cidades vizinhas.
O acesso ao material de construção básico é suficiente para comportar a economia
local.
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Quanto a habitação de mercado popular foi identificado um conjunto de 03 edifícios a
venda, viabilizado com apoio do Minha Casa Minha Vida, para renda acima de 03 Salários
Mínimos, com parcelas a partir de R$390 mensais.
Glebas aptas ao parcelamento, oferta de solo urbanizado.
Conforme apresentado na imagem “4.1 Estudo de Zoneamento” , já existe a intenção
de delimitação de área adequadas para a expansão de HIS no município. Seguindo o estudo
proposto, foram analisadas as áreas, que dispõem de suficiente espaço para a implantação da
demanda municipal de HIS. Ainda assim indicou-‐se ainda mais uma área. O quadro abaixo
sintetiza as informações.
Quadro 6.2: Áreas para HIS
ÁREA (M2)
ZEHIS grafada pelo estudo de zoneamento 255.000,00
Área livre nas ZEHIS grafadas 74.000,00
ZEHIS Sugerida 65.000,00
Área disponível grafada mais sugerida 139.000,00
Área necessária para expansão de HIS prevista até 2020 65.600,00
Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
O mapa a seguir localiza os polígonos referentes as ZEHIS existentes no estudo de
Zoneamento e sugeridas pelo diagnóstico.
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Imagem 6.1: Áreas para HIS
Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2012
ZEHIS OCUPADA
ZEHIS LIVRE
ZEHIS SUGERIDA
LEGENDA:
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Bibliografia
BRASIL (2006). Política Nacional de Habitação. Cadernos Mcidades. Brasília
CDHU/SEADE (2002). Diagnóstico das Condições Habitacionais do Estado de São Paulo. São Paulo.
FJP -‐ Fundação João Pinheiro/ CEI -‐ Centro de Estatística e Informações (2005). Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas. 2ª edição. Belo Horizonte
MINISTÉRIO DAS CIDADES (2007). Guia Básico dos Programas Habitacionais – Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Habitação
MINISTÉRIO DAS CIDADES (2008). Plano Nacional de Habitação -‐ PLANHAB
MINISTÉRIO DAS CIDADES (2004). Cadernos Mcidades -‐ Habitação, Volume 4. Brasília
MINISTÉRIO DAS CIDADES (2009). Demanda futura por moradia no Brasil 2003 – 2023: Uma abordagem demográfica
MINISTÉRIO DAS CIDADES (2009). Como produzir moradia bem localizada com os recursos do Programa Minha casa Minha Vida?
SECRETARIA DA HABITAÇÃO/ CDHU.(2008) Panorama da Habitação de Interesse Social – Governo do Estado de São Paulo: 2007/2008. São Paulo
SNIS -‐ Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – (2009). Diagnóstico dos Serviços de Água e esgotos – 2006. Ministério das Cidades/Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental/Programa de Modernização do Setor de Saneamento – PMSS
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Legislação
Além das leis municipais alisadas no corpo do texto:
LEIS ESTADUAIS
LEI N° 12.801, de 2008, -‐ Cria o Conselho Estadual de Habitação -‐ CEH, institui o Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social -‐ FPHIS e o Fundo Garantidor Habitacional – FGH.
DECRETO ESTADUAL N° 52.052, de 2007,Programa Estadual de Regularização de Núcleos Habitacionais -‐ Cidade Legal
LEIS FEDERAIS
LEI FEDERAL Nº 6.766, de 1979, Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano
LEI FEDERAL Nº 10.257, de 2001, Estatuto da Cidade -‐ Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal. Estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana
LEI FEDERAL Nº 11.124, de 2005, Dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS
LEI FEDERAL N° 11.977, de 2009, Institui o Programa “Minha Casa, Minha Vida”– PMCMV
PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO N° 11/2009, Institui o Programa “Minha Casa, Minha Vida”– PMCMV
LEI FEDERAL Nº 4.771, de 1965, Código Florestal
LEI FEDERAL Nº 11.428, de 2006, Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 302, de 2002, Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 303, de 2002, Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 369, de 2006,Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente -‐APP
LEI FEDERAL Nº 11.888, de 2008, assegura o direito das famílias de baixa renda à assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social
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PAGINAS CONSULTADAS NA INTERNET
Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano SA – EMPLASA. www.emplasa.sp.gov.br
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. www.ibge.gov.br
Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA/IPEAData. www.ipea.gov.br
Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC.www.igc.sp.gov.br
Fundação SEADE. www.seade.gov.br
Ministério das Cidades. www.cidades.gov.br
Passa Palavra. www.passapalavra.info
Portal da Transparência.www.portaltransparencia.gov.br
Portal Jus Brasil. www.jusbrasil.com.br
Prefeitura Municipal de Potim www.potim.sp.gov.br
Secretaria da Habitação/ Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo – CDHU. www.habitacao.sp.gov.br
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS. www.snis.gov.br
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Anexo I: Relatório de Atividades Reunião nº1 – 18/10/2011
Inicio das atividades do Diagnóstico, com levantamento de dados, debate e pactuação de cronograma.
Lista de Presença:
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Reunião nº2 – 21/11/2011 – Reunião do Conselho de Habitação.
Atividade de formação do Conselho com presença de entidades e representantes da sociedade civil e da administração da prefeitura. Debate sobre a lei, o regimento e o funcionamento do Conselho.
Slides Utilizados:
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Lista de Presença
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Audiência Pública 09/02/2012
Slides Utilizados na apresentação:
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Lista de presença:
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Modelo de Convite enviado:
Release enviado a imprensa:
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Release de imprensa : Audiência Pública do Diagnóstico do PLHIS
O Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Potim, em desenvolvimento desde agosto de 2011 tem como objetivo principal diagnosticar o problema habitacional existente no município, para sobre ele, projetar um Plano de Ação, visando zerar o déficit habitacional local até o ano de 2020.
Tal ferramenta de planejamento de Interesse Social, tem como foco nas famílias com renda entre 0 a 3 salários mínimos, visando o acesso à Moradia digna de toda a população. O Plano está associado ainda à uma política habitacional mais ampla, de caráter nacional, proposta pelo Governo Federal com a intenção de reduzir os problemas habitacionais no Brasil.
Os recursos para elaboração do PLHIS foram aprovados pelo Ministério das Cidades, em forma de convenio.
O desenvolvimento do Plano se divide em três etapas: a Metodologia, o Diagnóstico, e o Plano de Ação, seguindo o que está proposto no Manual de Apoio a Elaboração do PLHIS disponibilizado pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, e o Plano Nacional de Habitação – PLANHAB.
Ao fim do processo, além de possuir uma importante ferramenta de organização e de conhecimento do território local, o município passa a integrar o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, podendo acessar diretamente recursos conveniados do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS.
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PLHIS POTIM – DIAGNÓSTICO -‐ MAR 2012
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Fotos do evento:
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