DESCRIÇÃO DA CAPACIDADE DE INVESTIMENTO

E ARRANJOS ECONOMICOS

LEITURA TÉCNICA

O texto constante neste diagnóstico compõem um dos produtos da Leitura Técnica desenvolvido pela Comissão Técnica para Revisão do Plano Diretor Estratégico.

FICHA TÉCNICA Marcella Machado Ribas Fonseca PREFEITA MUNICIPAL Orlando Pereira de Lima VICE-PREFEITO Sinvaldo Pereira SECRETÁRIO MUNICIPAL DE GOVERNO Luiz Antônio Pulcherio Lopes Conde Bastos Rego Matos de Souza SECRETÁRIO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE Dr. Raul Ulysses Rodrigues de Araújo PROCURADOR GERAL DO MUNICIPIO Ana Paola Ramos PRESIDENTE DA COMISSÃO Larissa Rayan Pereira Rocha REDAÇÃO OFICIAL GRUPO GESTOR DECRETO Nº 36 DE 29 DE AGOSTO DE 2018 Representante da Prefeitura Municipal de Pirapora: Titular: Sinvaldo Alves Pereira Suplente: Luiz Antônio Pulcherio L. C. B. R. M. Souza Representante da Câmara Municipal de Vereadores: Titular: Vereador Eder Danilo Pereira da Silva Suplente: Vereador Luciano Rodrigues Pereira Representante da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB: Titular: Mauricio Tadeu Machado Vargas Suplente: Maristela Porto Representante de entidade empresarial: Titular: Mauricélio Lucas de Oliveira Junior Instituição: Interpira Suplente: Hélio de Oliveira Mendonça Junior Instituição: Grupo Center Data Compuway Unip

Representante de seguimento acadêmico: Titular: Daniel Mendes Magalhães Instituição: FAC/Funan Suplente: Lucas Higino Versiani Fonseca Instituição:FAC/Funam Representante de segmento comunitário: Titular: Felipe de Brito Feitosa Instituição: Levante Popular da Juventude Suplente: Damião Braz (Irajá Pataxó) Instituição:APOINME – Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo. COMISSÃO TÉCNICA PARA REVISÃO DO PLANO DIRETOR Decreto N° 04 de 19 de Janeiro de 2018. Portaria N° 44 de 15 de Fevereiro de 2018. Ana Paola Ramos Carlos Amorim Correa da Silva Erica de Freitas Guimarães Ramos Gabriel Vinícius Nascimento Alves Hebert Vinicius Dias Leite João Rafael Santos Silva Juliana Veloso Neves Juvenal Agostinho Rodrigues Larissa Rayan Pereira Rocha Lidiana Emanulle Muniz Machado Moacir Moreira Filho Plínio Geraldo Pinto de Oliveira Priscilla Miranda dos Santos Vinícius Nunes Barreto Walter Edson de Oliveira LEITURA TÉCNICA Texto: DESCRIÇÃO DA CAPACIDADE DE INVESTIMENTO E ARRANJOS ECONOMICOS Servidor Plínio Geraldo Pinto de Oliveira Servidor João Rafael Santos Silva Servidor Carlos Amorim Correa da Silva Servidor Gabriel Vinícius Nascimento Alves

Pirapora, 05 de novembro de 2018.

ANÁLISE CAPACIDADE DE INVESTIMENTO, BASE TRIBUTÁRIA E ARRANJOS FINANCEIROS

1. Introdução Pirapora, em Minas Gerais, cidade pólo com aproximadamente 60.000 (Sessenta mil) habitantes, está localizada na região Norte do Estado de Minas Gerais, faz parte da denominada “Área Mineira” da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), está situada às margens do rio São Francisco (margem direita), com coordenadas geográficas: 17° 20´ 45´´ latitude sul; 44° 56´ 55´´ latitude oeste. Levando-se em conta a sua área de influência microrregional, pode-se adicionar 100.000 (cem mil) habitantes, referente ao somatório das populações das demais cidades da micro: Várzea da Palma, Buritizeiro, Lassance, Jequitai, Ibiaí, Lagoa dos Patos, perfazendo uma população total de aproximadamente 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes num raio de 60 km a partir da cidade de Pirapora. Com um PIB microrregional da ordem de R$ 2.333.200.000,00 (Dois bilhões, trezentos e trinta e três milhões e duzentos mil reais), o PIB da cidade de Pirapora se destaca, correspondendo aproximadamente a 60% do total. O PIB microrregional é oriundo, sobretudo, da atividade industrial (Distrito Industrial de Pirapora e de Várzea da Palma). Destacando como as principais indústrias; as de Fiação/Tecelagem, Silício Metálico, Ligas de Alumínio, Siderurgia, além de outras diversas empresas ligadas a essa cadeia produtiva. Também é forte componente desse PIB a produção agropecuária, que além da produção de gado nelore para corte, conta com diversificada produção agrícola centrada na produção irrigada de Uva, Banana, Café, Soja, Milho, Citrus, Silvicultura e outros. 2. Responsáveis pela geração de emprego/renda 2.1. Distrito Industrial O Distrito Industrial de Pirapora, com uma área total de 5.681.284,00 m2, foi oficialmente inaugurado no ano de 1974 e está localizado a 5 Km (cinco quilômetros) do centro urbano do município. Possui ainda capacidade para abrigar novos projetos industriais de pequeno, médio e grande portes. Atualmente, existe uma tentativa de municipalizar o referido Distrito. Acredita-se que tal fato, vai garantir investimentos e facilitar negociações. 2.2. Parque Industrial Instalado (Geração de Riqueza) A princípio, Montes Claros e Pirapora podem ser considerados pólos industriais do Norte de Minas, destacando-se nas indústrias de cimento, têxtil, biotecnologia e ferroligas. Montes Claros consolidou sua posição de centro econômico regional, enquanto que, por outro lado,

Pirapora resgata a cada dia sua importância econômica e reafirma sua importante função no contexto local. Com aproximadamente 25 empresas de grande, o setor industrial é responsável por quase 70% da arrecadação de ICMS de Pirapora. Dentre as várias empresas, se destacam:

• Couroquímica Carmem Steffens;

• Companhia Ferroligas Minas Gerais – MINASLIGAS;

• Companhia de Fiação e Tecidos – CEDRONORTE;

• Companhia de Fiação e Tecidos – SANTO ANTONIO;

• Inoculantes e Ferro Ligas Nipo-Brasileiros S.A. – INONIBRÁS;

• Ligas de Alumínio S.A. – LIASA;

• Administração da Hidrovia do São Francisco – AHSFRA/DNIT.

Fonte (Internet): Foto Ligas de Alumínio S/A – LIASA

2.3. Novos Potenciais 2.3.1. Parque Fotovoltaico – Energia Limpa e Renovável Em um terreno do tamanho de 1.500 (Hum mil e quinhentos) campos de futebol, com mais de um milhão de painéis solares. Será a maior usina fotovoltaica da América Latina e pretende-se recuperar o “gap” do Brasil nesse segmento.

A implementação deste projeto, teve início em setembro de 2017, e a segunda de três fases já começou a produzir eletricidade. Quando todo o conjunto estiver operativo, ao final do primeiro semestre de 2018, o complexo terá uma capacidade de 400 mV, que poderia fornecer energia para 420.000 (Quatrocentos e vinte mil) casas durante um ano. É um projeto emblemático, de um tamanho excepcional, em um local que tem a vantagem de ser plano, com pouca vegetação e muito sol, perto de uma linha de alta tensão. O espaço, de 800 (Oitocentos) hectares, fica no meio de uma planície, no centro de uma vegetação esparsa sob

um sol abrasador. Instalados a 1,20 MTS do solo, os painéis estão inclinados e giram acompanhando os movimentos do sol, sob a ação de um dispositivo também alimentado pela energia solar. Ao meio-dia, ficam praticamente horizontais, com o sol a pino. Quando o céu está nublado, a produção continua, mas diminui cerca de 30%.

Foto: Carl de Souza/AFP

Atualmente, a EDF EN possui 80% do parque fotovoltaico de Pirapora, cujo investimento total está estimado em mais de R$ 2.000.000,00 (Dois bilhões reais) e o restante pertence à Canadian Solar, um dos líderes do setor e responsável pela fabricação dos cerca de 1.200.000 (Um milhão e duzentos mil) de painéis fotovoltaicos do complexo, fabricados no estado de São Paulo/SP. Esta fabricação local tem um custo "entre 30% e 40% mais alto" do que se os painéis tivessem sido produzidos na China. No entanto, esta era a condição primordial para que Pirapora se tornasse também a primeira usina desse tipo a poder se beneficiar de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja Diretoria assegura que “investir em energia solar é uma prioridade máxima para que o Brasil cumpra o Acordo de Paris, no qual se comprometeu a elevar para 45% a parte renovável do total de energia produzida até 2030.” O empreendimento contou com um aporte do BNDES da ordem de R$ 529.000,00 (Quinhentos e vinte e nove milhões) para a primeira fase, cerca de metade do investimento previsto neste ponto do projeto. 3. Logística Integrada

O entroncamento Aero-Hidro-Rodo-Ferroviário de forma resumida, podemos dizer que, como o próprio nome sugere, permite e estimula a união e interatividade de forma dinâmica entre os diversos setores e processos de uma empresa. Em um sentindo ainda mais amplo, ela foi desenvolvida para que os gestores pudessem gerenciar a cadeia de suprimentos de forma mais estratégica. 3.1. Rodovias 3.1.1. BR 365 Liga o Norte de Minas Gerais ao Triângulo Mineiro e ao Estado de Goiás, dá acesso à rodovia Rio/Bahia (BR 116), além de levar aos principais corredores viários para os demais Estados limítrofes com Minas Gerais, como a BR 040 (Rio-Brasília), e à BR 135. É o caminho para o Norte do Estado. 3.1.2. BR 496 / MGT 496 A BR-496 / MGT 496 é uma rodovia federal brasileira estadualizada para o Estado de Minas Gerais. A rodovia está localizada no norte de Minas Gerais, e serve aos municípios de Pirapora, Várzea da Palma, Lassance e Corinto. Liga a BR-365 à BR-135. Pode ser considerada uma importante ligação entre a região de Pirapora, com a capital mineira, visto que após o termino desta rodovia, em Corinto, se encontra com a BR-135, que por sua vez se liga à BR 040, na altura da cidade de Paraopeba/MG.

Foto Ilustrativa

3.2. Hidrovia do São Francisco Com 2.354 quilômetros de extensão, a hidrovia se estende pelos rios São Francisco, Paracatu, Grande e Corrente. A Bacia do Rio São Francisco, com 641.000 km² de área, representa cerca de 7,5% do território nacional, e se distribui por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Goiás e Distrito Federal. São quatro trechos característicos. O Alto São Francisco, das cabeceiras até a Serra da Canastra, em Pirapora/MG. O Médio São Francisco está localizado entre Pirapora e Remanso/BA. A partir daí, o submédio São Francisco vai até Paulo Afonso/BA, onde o Baixo São Francisco se estende até a foz, no Oceano Atlântico.

Fonte: http://www.dnit.gov.br/hidrovias/hidrovias-interiores/hidrovia-do-sao-francisco

3.3. Terminal Intermodal É um importante ativo de integração. O Terminal Intermodal de Pirapora - TI Pirapora/MG, é responsável pela captação de cargas em importantes regiões produtoras agrícolas, como

Minas Gerais, Bahia e Goiás. Sendo que, os principais produtos comercializados, são a Soja e o Milho. Segue logo abaixo, um pequeno resumo da estrutura instalada:

• 05 (cinco) silos de armazenagem;

• Capacidade de armazenamento de 44.000 toneladas;

• Carregamento e descarga de alta performance (sistema de Pêra).

Fonte: http://www.vli-logistica.com.br/conheca-a-vli/terminais/ti-pirapora

3.4. AEROPORTO MUNICIPAL O Aeroporto Municipal de Pirapora está localizado a 14 km do centro da cidade, e conta com acesso pela Rodovia BR-365 (km 159), cerca de 4 km de acesso asfaltado. Demais informações técnicas: Siglas: SNPX (ICAO) - PIV (IATA), Coordenadas Geográficas: Latitude - 17º 19´01´´ S - Longitude - 44º 51´ 37´´ W, pista asfaltada de 1430 m de comprimento por 30 m de largura, em altitude de 551 m, com operação diurna por aproximação visual. Encontra-se em fase de elaboração o PLANO BÁSICO DE ZONEAMENTO DE RUÍDO, para posterior elaboração do PLANO BÁSICO DE ZONA DE PROTEÇÃO AEROPORTUÁRIA, o

que possibilitará, quando aprovados, a disponibilização do Aeroporto Municipal de Pirapora, para pousos e decolagens noturnos, uma vez que o balizamento noturno (iluminação) já encontra-se devidamente instalado, bem como demais equipamentos de segurança necessários.

Fonte: ASCOM/Prefeitura de Pirapora

4. Infraestrutura Urbana Pirapora possui inúmeros equipamentos urbanos e um setor terciário bastante estruturado, sobretudo nos ramos: Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos, Mobiliários, Vestuários, Supermercados, Revendas de Automóveis, Equipamentos Agrícolas, Hotelaria, Médicos-Hospitalares, Comunicação, Entretenimento, Educacional, Bancários, Capitania dos Portos (Marinha do Brasil), IBGE, OAB, CREA e dentre outros. 4.1. Centro de Convenções

Foram investidos R$ 4,4 milhões na construção deste Centro, um dos maiores de Minas Gerais, sendo R$ 3,9 milhões do Governo estadual e o restante da prefeitura local. O prédio possui dois pavimentos, 2770 metros quadrados de área construída coberta em estrutura metálica e um salão com capacidade para mil pessoas. Além disso é totalmente climatizado e localizado na área central da cidade, junto ao comércio e à rede hoteleira.

Fonte Ilustrativa: Centro de Convenções.

4.2. Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE O abastecimento de água em Pirapora começou a funcionar em 1913. O contrato para a instalação do serviço foi firmado em 31 de outubro de 1911, pelo agente do executivo municipal de Curvelo, cônego Francisco Xavier de Almeida Rolim, com o cidadão José Sans, conforme autorização da câmara municipal daquela cidade, pois Pirapora ainda não havia se emancipado. Depois o serviço de água foi entregue à Companhia Indústria e Viação de Pirapora (CIVP), por contrato firmado em agosto de 1918, que determinava um período de concessão com duração de 25 anos. As primeiras intervenções para o equacionamento de abastecimento de água da cidade, realizadas em bases técnicas, ocorreram por volta de 1952. Em 1953, o abastecimento de água passou a ser responsabilidade da Prefeitura de Pirapora. O município assina então, convênio com a Fundação SESP, atual Fundação Nacional de Saúde (FNS), instituindo como Autarquia Municipal, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Pirapora, através da Lei nº 145 de 22 de abril de 1954 e reestruturada pela Lei nº 403 de 18 de março de 1964. Em 1957 foi desenvolvido projeto de uma estação de tratamento de água com capacidade nominal de 35 litros por segundo. No final da década de 1950, estava em curso o Programa de Participação Mútua Brasil-Estados Unidos que desenvolveu o projeto da Estação de

Tratamento de Água (ETA) da cidade. A partir de 1967, a rede de distribuição de água atingia 27 quilômetros de extensão e 1.945 ramais domiciliares. Com a necessidade de reformulação do sistema, foi contratado um empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de US$ 313.219,00 (Trezentos e treze mil, duzentos e dezenove dólares) para serem pagos num período de 20 anos. A obra resultou na ampliação da malha de distribuição, implantação de novas adutoras e reformulação da casa de bombas. O empréstimo foi assumido pela entidade com o aval da Prefeitura de Pirapora e foi totalmente quitado pelo SAAE. A partir de 1995, inicia-se o processo de modernização administrativa na Autarquia, redimensionando as atividades e atribuições dos diversos setores, criando flexibilidade administrativa e viabilizando treinamentos para servidores. A partir de 1997, inicia-se a discussão sobre o Plano de Cargos e Salários, sendo este implantado no ano de 1998 atendendo assim à demanda do SAAE. Em 1996, o SAAE elaborou o Plano Diretor de Abastecimento de Água e foi firmado convênio de parceria com a Fundação Educacional Alto Médio São Francisco para cooperação técnica e formação dos servidores do SAAE nos cursos técnicos em Eletrotécnica, Informática e Química e Automação. Em 1997 foi feito projeto de modernização da Estação de Tratamento de Água (ETA 1) e é alcançada a meta de 100% de abastecimento das residências do município. Em 1998, o SAAE incorporou ao seu patrimônio a capacidade produtiva das instalações que pertenciam à COPASA no Distrito Industrial, interligando os dois sistemas de abastecimento de água e também com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e da 30º Superintendência Regional de Ensino implantou na sede da Autarquia o curso Regular de Suplência do Ensino Fundamental - 1º a 4º Série, intitulado "Projeto Alfabetizar", com projeto pedagógico desenvolvido pelo SESI/FIEMG, certificando em Julho de 2001, a conclusão do Ensino Médio (2º grau) todos os servidores do SAAE. Em 1998, foi elaborado O Plano Diretor de Esgoto Sanitário do Município, com alcance até o ano de 2020, contendo: os projetos básicos e executivos das unidades de coleta e tratamento dos esgotos sanitários; e o Plano de Controle Ambiental e licenciamento ambiental pelos órgãos competentes (COPAM e o IBAMA). Um marco para o SAAE foi à interligação da ETA II ao sistema de abastecimento da parte alta da cidade, realizando reforma, ampliação e modernização da captação da ETA II, ampliando de 45 l/s para 150l/s, ocorreu em 2001. O SAAE em 2002 fez a revisão e adequação do Plano Diretor de Abastecimento de Água do município. Este novo plano tem alcance de projeto de 20 anos e já engloba todo o tratamento e distribuição de água do Distrito Industrial. Também foi efetuada reforma, ampliação e modernização da sede administrativa e foi implementada a 2ª etapa da reforma da casa de bombas com o remanejamento e estruturação dos conjuntos de moto bombas, as instalações

elétricas foram substituídas (soft-starter em substituição a chave de partida manual) e alocadas em local mais seguro e operacional. Em junho de 2004, o SAAE recebe a Outorga, ou seja, o direito de uso de recursos hídricos para a captação de água e lançamento de efluentes tratados no rio São Francisco, com finalidades de abastecimento público e esgotamento sanitário, emitido pela Agencia Nacional de Águas –ANA- através da Resolução nº 370, de 28/06/04. Em 1º de junho de 2008 é inaugurada a Estação de Tratamento de Esgotos Sanitários, marco importantíssimo para o nosso município e desde este momento, a ampliação de redes de coleta de esgoto sanitário vêm acontecendo gradativamente, com previsão de chegarmos ao final deste ano de 2014 com 60% da população atendido com a coleta do esgoto sanitário em suas residências. Destacamos que todo o esgoto coletado é devidamente tratado e devolvido ao leito do rio São Francisco dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pelos órgãos ambientais. Em 2011, o SAAE/Pirapora-MG incorpora os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no rol de suas atribuições. Ainda em 2011, o SAAE substituiu e ampliou a rede de abastecimento de água do bairro Sagrada Família. Em 2012, o SAAE construiu a Elevatória de Água Tratada no bairro Nova Pirapora e substituiu a rede adutora da ETA II interligando as redes da parte alta, melhorando o abastecimento de água desta região da cidade. Em 2013, iniciou-se a substituição das redes de água no bairro Santo Antônio, incorporando também as atividades de drenagem de águas pluviais. Também em 2013, iniciou-se a operação de uma nova célula no aterro sanitário, garantindo o adequado manejo dos resíduos sólidos. Neste momento, acaba-se de inaugurar o novo sistema de captação de água bruta da ETA I, obra esta, orçada em mais de R$6.000.000,00, garantindo o abastecimento de água tratada para toda a população. Já neste ano de 2014, o SAAE esta construindo uma rede adutora e casa de bombas, com o objetivo de melhorar o abastecimento de água no bairro São Geraldo e nos novos conjuntos habitacionais. O atual sistema do SAAE vai sendo gradativamente modernizado, com a renovação de suas instalações, substituição de equipamentos e automação de todo o sistema, o que vem permitindo um tratamento dentro dos mais rígidos controles de qualidade, com mais de 20 mil ligações de água, produzindo cerca de 455 mil metros cúbicos por mês e uma distribuição de água para 100% da população de Pirapora. Agora, então, o SAAE é uma Autarquia integrada, desempenhando as funções de saneamento básico, conforme preconiza a Lei 10.445/2007 – Lei do Saneamento Básico. Missão do SAAE/Pirapora: Garantir a universalização da prestação dos serviços de abastecimento de água, coleta, transporte e tratamento do esgoto sanitário de Pirapora, coleta e destinação final dos resíduos sólidos e a drenagem das águas pluviais, assegurando

bem-estar social, colaborando com o desenvolvimento sustentável do município, investindo no crescimento socioeconômico, com postura socialmente responsável e ecologicamente correta. O SAAE é uma autarquia integrada e comprometida com a sociedade, investindo sempre na inovação, no empreendedorismo e na superação de desafios, tornando-se competitiva e referência no desenvolvimento de pesquisas e na aplicação das novas tecnologias de gestão, buscando sempre a excelência no setor do saneamento, bem como o aprimoramento dos serviços prestados aos usuários, com comprometimento e responsabilidade.

Fonte: SAAE Pirapora/MG

Foto Ilustrativa

5. Estrutura Educacional 5.1. Ensino Superior Destacam-se:

• Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES: Geografia e Pedagogia.

• FUNAM/FUNORTE: Administração, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Engenharia Civil, Educação Física, Gestão da Produção Industrial, Manutenção Industrial e Tecnologia em Agronegócio e Direito.

• Instituto Federal de Minas Gerais – IFNMG: Administração e Engenharia Civil.

• Modalidade EAD (UNIP, UNOPAR e PUC/MG).

5.2. Ensino Médio/Técnico A cidade possui (treze) estabelecimentos de Ensino Médio. Dentre os quais, destacam:

• IFNMG: Administração, Edificações, e Informática.

• FUNAM: Eletromecânica e Eletrotécnica.

6. Segurança Pública

Em estudo, a implantação do PLANO INTEGRADO DE SEGURANÇA PÚBLICA DE PIRAPORA, cujo foco é a integração das Forças de Segurança do município, bem como a realização do Planejamento Estratégico Integrado, visando a diminuição das ocorrências de vandalismo, da violência contra a mulher, aumento da segurança na zona urbana, segurança nas escolas, diminuição do tráfico e do uso de drogas e diminuição do índice de homicídios, bem como oferecer oportunidades de uma vida saudável aos nossos jovens. A estrutura da Segurança Pública no município de Pirapora, também é um diferencial, quando comparada à maioria dos municípios de mesmo porte, notadamente na região Norte do Estado de Minas Gerais. Adiante, algumas informações a respeito dessa estrutura:

6.1. Policia Militar - 55º Batalhão

O 55º BPM, com sede em Pirapora-MG, tem a missão de promover a segurança pública em uma área aproximada de 74.500 km2, abrangendo sete municípios e dois distritos: Pirapora, Buritizeiro, Várzea da Palma, Lassance, Jequitaí, Santa Fé de Minas e São Romão, Cachoeira do Manteiga e Barra do Guaicuí. Tem como um de seus Princípios, a co-participação da Sociedade Civil no combate ao crime e promoção da segurança pública.

Fonte (Internet): Base Comunitária Móvel, em ação na Praça dos Cariris, no centro de Pirapora/MG

6.2. Polícia Civil – 5ª Delegacia Regional de Pirapora

Fonte (Internet): Frente de 5ª Delegacia Regional da Policia Civil de Pirapora/MG 6.3. Corpo de Bombeiros Militar – 4º Pelotão O 4º Pelotão de Bombeiros Militar de Minas Gerais, cuja sede localiza-se estrategicamente entre o centro geodésico da cidade e o Distrito Industrial, contando atualmente com 47 Bombeiros Militares, 01 Caminhão de Combate a Incêndio, 01 Unidade de Resgate e 02 Viaturas de Salvamento.

25% do ICMS – quota-parte 50% do IPVA 2,5% do IPI - FPEx

Transferência dos Estados

22,5% do IR e do IPI – FPM 2,5% do IPI – FPEx 50% do ITR 70% do IOF - Ouro

Transferência da União

RECEITAS MUNICIPAIS

ISS IPTU ITBI Taxas Contribuição de Melhoria

Tributos próprios dos municípios

7. Fontes de Financiamento

A receita pública inicialmente se divide, em dois grupos: a receita orçamentária e a receita extra-orçamentária. A receita orçamentária integra o orçamento público e é composta por operacoes de creditos por prazo superior a doze meses , retorno de emprestimos , transferencias, alienacoes, rendas e tributos. A característica das receitas deste grupo é a dependência de autorização legislativa, que é dada na forma da Lei Orçamentária. A receita orçamentária, por sua vez, classifica-se em categorias econômicas Receitas Correntes e de Capital. O anexo 3 da Lei Federal nº 4.320 de 1964, classifica e codifica as receitas públicas até o nível de sub-rubricas e constituem padrão legal de uso obrigatório pela União, unidades da Federação, municípios e autarquias, sendo facultado a ampliação do desdobramento sempre a Administração julgar conveniente, como dispõe, o parágrafo 3º do artigo 8º da referida Lei.

8. Arrecadação Municipal

A Receita Municipal abrange todos os recursos financeiros auferidos pela Administração; é, pois, o somatório de várias cobranças pagas pelos cidadãos sob forma de: impostos, taxas, contribuições de melhoria, repasses feitos pelos Governos do Estado e Federal (transferências constitucionais e transferências voluntárias), convênios e operações de crédito. As Receitas Próprias são aquelas que o Município arrecada diretamente através de seus impostos, taxas, etc. Já as Transferências de Receitas são constituídas por parte dos impostos cobrados pelo Estado e União, que retornam aos Municípios mediante percentuais pré-definidos. No ano de 2017, a arrecadação total do Município de Pirapora (Administração Direta e Indireta) alcançou R$ 161.177.721,86. 8.1. Espécies de receita:

A - PRÓPRIAS:

a) IPTU – Imposto Urbano, municipal, pago anualmente sobre a propriedade urbana. b) ISSQN – Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza, municipal, incide sobre a

prestação de qualquer tipo de serviços no âmbito do Município. c) ITBI – Imposto sobre as Transmissão de Bens Imóveis inter-vivos, municipal, pago

quando da transferência onerosa de bens imóveis e direitos a eles relativos. d) Taxas – pagamento pelos contribuintes pela utilização de serviços determinados e de

natureza divisível. e) Contribuição de Melhoria – Competência municipal, paga por proprietários de imóveis

(casas, terrenos, prédios,) localizados em áreas que foram beneficiadas e valorizadas por obras realizadas pela Administração Pública.

No ano de 2017 a arrecadação do Município de Pirapora (Administração Direta e Indireta) referente aos tributos de competência municipal obteve o valor de R$ 13.176.974,43.

ANO 2017

GASTO MAXIMO PERMITIDO PESSOAL GASTO INFORMADO

60% 55,8%

GASTO MINIMO EDUCACAO GASTO INFORMADO

25% 27,4%

GASTO MINIMO SAUDE GASTO INFORMADO

15% 16,7%

Fonte: TCE/MG

ANO 2018

GASTO MAXIMO PERMITIDO PESSOAL GASTO INFORMADO

60% 57%

GASTO MINIMO EDUCACAO GASTO INFORMADO

25% 26,7%

GASTO MINIMO SAUDE GASTO INFORMADO

15% 21%

Fonte: TCE/MG

B – TRANFERÊNCIAS DO ESTADO/UNIÃO Incumbe ao Tesouro Nacional e à Fazenda Estadual repassar aos municípios, nos prazos estabelecidos, a parte que lhes cabe na divisão da arrecadação de impostos, no caso das transferências constitucionais, além de recursos acordados através da celebração de convênios, acordos e outros instrumentos similares que se destinam a realizar obras e serviços de interesse para as três esferas de governo, no caso das transferências voluntárias. Dentre as rubricas que dão nascedouro às transferências em favor do Município, destacamos: a) ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. O Governo do Estado repassa às Prefeituras, de acordo com a arrecadação de cada município do Estado levantada em determinado período anterior, um percentual do total recebido. b) IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores. O repasse corresponde à metade do que o Governo do Estado arrecada com o emplacamento dos veículos no Município. c) FPM – Fundo de Participação dos Municípios. Contribuição repassada pela União a todos os municípios do país, correspondente à participação de cada um na arrecadação dos impostos cobrados de toda a população pela União. Esse Fundo compõe-se, principalmente, pelo Imposto de Renda (IR) e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). d) CIDE/Combustíveis – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.Incide sobre a venda de combustíveis arrecadada pela União, havendo repasse aos Municípios. e) FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.Os recursos do Fundo são repassados aos estados e municípios obedecendo a coeficientes calculados com base no número de matrículas no ensino fundamental regular das respectivas redes de ensino, no ano anterior. f) ITR – Imposto Territorial Rural.Devido quando há o domínio útil ou a posse do imóvel, localizado fora do perímetro urbano do município. g) Lei Complementar n.87/96 (Lei Kandir) – Repasse devido pela União aos Estados e Municípios destinado a compensar perdas advindas da desoneração do ICMS. h) Royalties – Repasse devido pela União como forma de compensação por exploração de determinada atividade.

i) Transferências Vinculadas ao SUS - Transferências destinadas ao Sistema Único de Saúde (SUS): Transferências advindas da celebração de convênios, de contratos de repasses e, principalmente, de transferências fundo a fundo para desenvolvimento das atividades do Sistema único de Saúde no âmbito Municipal. 8.2 Fatores Limitadores na Arrecadação de Receitas e Potencialidades não Exploradas. 8.2.1. Generalidades. A CRFB afirma, no inciso XXII do artigo 37, que as administrações tributárias são atividades essenciais ao funcionamento do Estado. Elas devem ser exercidas por servidores de carreiras específicas e terão recursos prioritários para a realização de suas atividades.

Como medidas de aperfeiçoamento da arrecadação tributária municipal, podemos destacar:

8.2.2. Revisão da Legislação Tributária e Reforma Administrativa.

Mostra-se oportuna a revisão da legislação tributária municipal, adequando-a às recentes mudanças observadas no sistema tributário nacional.

É importante que o Poder Executivo regulamente a administração tributária, por meio de normas que tratem de organização e regimento interno, estatuto de funcionários e instituição de carreiras. 8.2.3. Estudo e eventual incremento na atividade fiscalizatória. Atenção especial deve ser dada ao quantitativo de fiscais, uma vez que os atos de fiscalização devem ser precipuamente exercidos por eles.

8.2.4. Integração da Atividade Tributária

As atividades incluídas na gestão da receita devem ser objeto de planejamento que abranja todo o ciclo do crédito público, desde seu surgimento (lançamento/constituição, no caso de tributos), passando por eventuais parcelamentos e pelas diferentes formas de extinção (em especial o pagamento e a prescrição), bem como todos os demais fatos relacionados à vida útil dos créditos. O tratamento conferido a eventuais impugnações aos créditos constituídos é outro requisito para uma boa administração fiscal. Os julgamentos devem atender aos princípios do devido processo legal e da duração razoável do processo, objetivando uma condução eficiente e célere dos processos administrativos tributários. A supervisão é essencial à boa gestão da receita pública. Deve, portanto, haver controle dos atos praticados pelos servidores envolvidos. Este controle é efetuado tanto pela chefia quanto pelos órgãos e sistemas de controle interno, apurando-se responsabilidades no caso de irregularidades.

8.2.5. Medidas Específicas Em específico e relativamente aos tributos de competência Municipal,as seguintes medidas constituem modo de incremento da receita e melhora na arrecadação: a) IPTU • Rever a Planta Genérica de Valores; • Manter atualização contínua do cadastro imobiliário e ampliar a base cadastral através da

interligação das informações das diferentes secretarias; • Instituir/Revisar alíquotas obedecendo-se ao critério de utilização do imóvel.

b) ISSQN • Instituição de sistema para emissão de notas fiscais eletrônicas, pois representam um

mecanismo de comparação entre notas emitidas e as de fato pagas pelos estabelecimentos;

• Sistematizar os mecanismos de controle e fiscalização do ISS, inclusive com a apuração de penalidades.

c) ITBI • Pode-se cogitar a utilização de base de dados específica para tributação do ITBI (não se

aproveitando os dados cadastrais do IPTU) • Manter o cadastro sempre atualizado. d) Taxas e Assemelhados • Respeitar a divisibilidade da cobrança conforme o custo; • Manter o índice inflacionário atualizado anualmente; • Instituição de área de estacionamento rotativo. e) Multas • Instituição de multas de trânsito. • Instituição de penalidades aplicadas pelo PROCON.

f) Medidas de Recuperação de ativos / REFIS • Lei da Anistia: pode ser um mecanismo de recuperação de crédito, no qual o contribuinte

realiza o pagamento de dívidas com descontos de multa e de juros de mora; • Protesto em cartório das CDA´s. • Promover formas de parcelamento de débito. g) Convênio com a RFB • Nos termos da Lei Complementar n. 123/2006 há a possibilidade de convênio entre a

Fazenda Nacional e a Fazenda Municipal, donde, além do compartilhamento das informações, permite acesso ao ISSQN que compõe o SIMPLES Nacional, possibilitando o ajuizamento de executivo fiscal pelo Município.

h) Tecnologia da Informação

• Adoção de software eficiente capaz de integrar os vários órgãos da Administração. Os sistemas informatizados específicos de apoio também são elementos importantes na gestão da receita. Estes sistemas são, de um modo geral, adquiridos de terceiros. Neste caso, deve-se ter em mente que o software deve ser customizado, adequando-se suas ferramentas às normas do Município de Pirapora.

Neste sentido, é interessante que representantes tanto da Procuradoria como da Secretaria de Fazenda auxiliem a elaboração do projeto básico de contratação do serviço, lembrando sempre de garantir contratualmente a propriedade do banco de dados do sistema, exigindo que este seja estruturado em um formato universal, facilitando a migração de softwares, caso necessário.

O sistema informatizado deve ser capaz de gerar relatórios gerenciais úteis, a fim de proporcionar efetivo auxílio à administração tributária, como, por exemplo, relatórios de controle de inadimplentes, de controle de parcelamentos, de controle de ajuizamentos de execuções fiscais, de controle da arrecadação amigável/judicial. BIBLIOGRAFIA BRASIL. LEI No 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964. Institui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. MUNICÍPIO DE PIRAPORA. Secretaria Municipal de Administração e Finanças do Município de Pirapora. Relatórios Contábeis. 2018 MUNICIPIO DE PIRAPORA. Secretaria Municipal de Governo. Acervo da Assessoria de Comunicação. ASCOM/Prefeitura de Pirapora. 2018. MUNICÍPIO DE PIRAPORA. SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Banco de Dados e Documentos da base cadastral. Sites: http://www.dnit.gov.br/hidrovias/hidrovias-interiores/hidrovia-do-sao-francisco http://www.vli-logistica.com.br/conheca-a-vli/terminais/ti-pirapora www.pirapora.mg.gov.br. https://www.tce.mg.gov.br/