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PREFEITURA MUNICIPAL DE DIADEMA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE Departamento de Vigilância à Saúde Epidemiologia e Controle de Doenças PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE DIADEMA Diadema, abril de 2019

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PREFEITURA MUNICIPAL DE DIADEMA

SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

Departamento de Vigilância à Saúde

Epidemiologia e Controle de Doenças

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE DIADEMA

Diadema, abril de 2019

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PREFEITO DO MUNICÍPIO DE DIADEMA: Lauro Michels Sobrinho SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE: Luís Cláudio Sartori COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA Marta Fraga Gonzalez Maria do Carmo Januário Luís Felipe Martins Sandra Régis COORDENAÇÕES TÉCNICAS Assistência Farmacêutica: Karina Santos Rocha Atenção Básica: Douglas Augusto Schneider Filho Atenção Especializada: Flavius Augusto Olivetti Albieri - Quarteirão da Saúde: Marcia Regina Cunha - CR ISTs/HIV/HVs: Mônica Guarnieri Machado Atenção Hospitalar: Emerson Sampaio Santos Gestão Participativa e Controle Social: Isabel Senra e Ilza Próspero Regulação, Auditoria, Avaliação e Controle (DRAAC): Cláudia Maria Desgualdo Saúde Mental: Fernanda Cestaro Prado Cortez e Denise Miyamoto de Oliveira Urgência e Emergência: Evandro José Gonçalves - SAMU: Simone Ogoshi - Pronto Socorro Central: Maria Alice Garcia Lima Vigilancia à Saúde: Andréia De Conto Garbin - Epidemiologia e Controle de Doenças (ECD): Candida Rosa Alves - Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST): Nancy Yasuda - Vigilância Sanitária (VISA): Angela Simonetti - Centro de Controle de Zoonoses (CCZ): Carla Marques Cruz Iachelli CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE - CMS - DIADEMA Instituído pela Lei Municipal no. 1.531 de 30 de dezembro de 1.996 CONSELHO POPULAR DE SAÚDE (CPS) Instituído pela Lei Municipal nº 1.211, de 09 de julho de 1.992

IDENTIFICAÇÃO Secretaria Municipal de Saúde de Diadema

Avenida Antônio Piranga, 655, CEP: 09911- 160, Centro, Diadema Telefone: 4057-7000. E-mail: [email protected]

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EQUIPES DO DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA À SAÚDE Envolvidas na produção deste documento: Gestão

Andréia De Conto Garbin Psicóloga Diretora Nancy Yasuda Psicóloga Coordenadora CEREST Candida Rosa Alves Enfermeira Coordenadora ECD

Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) Adriana Lima Cruz da Silva Téc. de enfermagem Arlindo Antônio Almeida Silveira Médico Artur Ferreira Modena Médico Cláudia Leone Psicóloga Kátia Cheli Kanasawa Fonoaudióloga Maria da Penha dos Santos Superv. vig. saúde Marta Aparecida Aliandro dos Santos Agente vig. saúde Solange S. Silva Agente administr. Wilson Fernandes Barbosa Técn. de segurança

Epidemiologia e Controle de Doenças (ECD) Christian Guhanika Mugula Gestor ambiental Vig. saúde ambiental Egles Ap. Garcia de Souza Aux. de enfermagem Imunização Elizabeth Cristina Granada Assistente Social DNCs Epaminondas R. Oliveira Filho Enfermeiro DNCs Fabiana Pires Tomé Agente administr. DNCs Fernanda Yamada Agente administr. DNCs Flávia Prado Corrallo Enfermeira Vig. saúde ambiental Josekeli Cristina Pimentel Jesus Téc. de enfermagem Vig. saúde ambiental Iriane M. Sammarone Henriques Médica DNCs Janaína Leslão Garcia Psicóloga CONVIVA Maria Claudete S. P. Borrego Enfermeira DNCs / Imunização Merlina Yamada Médica DNCs Milena Camara Médica Veterinária DNCs Patrícia de Oliveira Costa Enfermeira DNCs Roseli Aparecida de Pauli Bióloga DNCs Reinaldo Donizete de Oliveira Téc. de enfermagem DNCs / Imunização Silvana Duarte Pessoa Araújo Médica DNCs e CR Vera Lúcia Hooper Lingiard Téc. de enfermagem Imunização Viviane Kiuti Enfermeira DNCs

COLABORAÇÃO: Guilherme Meyer Engenheiro Secretaria de Saúde Lívia Maria Ferraz Aoki Médica Veterinária CCZ

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ÍNDICE Síntese do Perfil Epidemiológico.................................................................................... i Lista das figuras e quadro.................................................................................................. vi Lista de tabelas........................................................................................................................ vii Lista de gráficos....................................................................................................................... xii I - Informações territoriais................................................................................................... 1 II - Informações demográfica e socioeconômicas................................................ 3 III – Natalidade.......................................................................................................................... 9

• Partos em adolescentes........................................................................................ 10 • Recém-nascidos de baixo peso........................................................................ 13 • Tipo de parto................................................................................................................ 15 • Consultas de pré-natal........................................................................................... 17

IV – Mortalidade....................................................................................................................... 18

• Mortalidade geral...................................................................................................... 19 • Mortalidade infantil................................................................................................... 28 • Mortalidade materna............................................................................................... 33

V – Morbidade por doenças e agravos de notificação compulsória............ 37

• Acidente de trabalho com exposição a material biológico................. 38 • Acidente de trabalho grave, fatal e em crianças e adolescentes.... 41 • Acidente por animal peçonhento..................................................................... 47 • Acidente por animal potencialmente transmissor de raiva ............... 49 • Arboviroses................................................................................................................... 51

o Dengue............................................................................................................. 51 o Doença Aguda pelo Vírus Zika ....................................................................... 53 o Febre Amarela............................................................................................... 54 o Febre de Chikungunya............................................................................. 56

• Coqueluche.................................................................................................................. 56 • Doenças exantemáticas ....................................................................................... 58 • Doença meningocócica e outras meningites ........................................... 58 • Esquistossomose...................................................................................................... 62

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• Evento de saúde pública que se constitua em potencial ameaça à saúde pública ........................................................................................................ 62

o Emergência em saúde pública por alteração no crescimento de desenvolvimento a partir da gestação até a primeira infância, relacionadas à infecção pelo vírus Zika e outras etiologias infecciosas (Microcefalias).................................

63

o Esporotricose ............................................................................................... 63 o Vigidesastres ................................................................................................ 66 o Vigisolo.............................................................................................................. 67 o Vigiágua........................................................................................................... 70

• Febre maculosa brasileira.................................................................................... 73 • Hanseníase................................................................................................................... 75 • Hepatites virais........................................................................................................... 78 • HIV e AIDS.................................................................................................................... 82

o Adultos.............................................................................................................. 82 o Crianças........................................................................................................... 86 o Gestantes HIV positiva.............................................................................. 87 o Criança exposta ao HIV............................................................................ 89

• Influenza / Síndrome Respiratória Aguda Grave....................................... 90 • Intoxicação Exógena............................................................................................... 91 • Leptospirose................................................................................................................ 95 • Síndrome de rubéola congênita....................................................................... 97 • Sífilis................................................................................................................................. 97

o Em gestantes................................................................................................. 98 o Adquirida.......................................................................................................... 99 o Congênita........................................................................................................ 100

• Toxoplasmose gestacional e congênita....................................................... 102 • Tuberculose................................................................................................................. 104 • Violência interpessoal e autoprovocada....................................................... 106

VI – Imunização........................................................................................................................ 114

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i

SÍNTESE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DIADEMA 2018

INFORMAÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS

• A população estimada de Diadema foi de 420.934 pessoas (IBGE).

• A estimativa por área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde colocou os bairros Paineiras, Centro e Serraria como mais populosos, com mais de 30 mil habitantes por área.

• O município permaneceu em 2º lugar (13.686 hab/ Km2) em densidade demográfica do País.

• Verificou-se queda na taxa de crescimento anual da população e o índice de envelhecimento aumentou desde 2010.

• A população masculina foi maior no município com predominância entre os menores de 19 anos. A feminina aumentou a partir dos 25 anos confirmando a maior sobrevida das mulheres ao longo das faixas etárias.

• O Índice de Desenvolvimento Humano demonstra que a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico da população de Diadema estão entre os menores da sub-região do ABCD.

• O Índice Paulista de Vulnerabilidade, sob as dimensões renda, escolaridade e ciclo de vida familiar, demonstra que a população se encontra majoritariamente (59,3%) em condição de vulnerabilidade social baixa ou muito baixa.

NATALIDADE

• Observou-se queda na taxa de natalidade. No ano de 2017 a taxa foi de 14,0 NV por mil habitantes e, em 2018 (dados preliminares), de 12,6.

• O número de nascidos vivos de mães adolescentes (15 a 19 anos) residentes no município, apesar de tendente à queda, manteve-se superior aos dados estaduais e regionais.

• A maioria dos partos de mães residentes em Diadema ocorreu no município, na rede pública e do tipo vaginal.

• A ocorrência da prematuridade em Diadema (11,1%) foi superior às ocorrências estaduais e regionais.

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ii

• As residentes de Diadema com 7 ou mais consultas de PN representaram 78,0% do total das gestações a termo no período de 2009-2016, taxa superior aos dados estaduais e nacional, mas ainda inferior à do ABCD.

MORTALIDADE

• O Coeficiente Geral de Mortalidade em Diadema (5,33 por mil habitantes) foi inferior aos dados estadual e nacional.

• As principais causas de óbitos gerais em moradores foram as doenças do aparelho cardiovascular, seguidas pelas neoplasias, pelas doenças do aparelho respiratório e pelas causas externas.

• As doenças isquêmicas do coração foram as principais dentre todas as doenças cardiovasculares, respondendo por 38% dos óbitos. Destas, o infarto agudo do miocárdio foi a mais frequente, com 84% dos casos, afetando principalmente as faixas etárias de 60 a 69 anos, seguida por 50 a 59 e por 70-79.

• Os tumores malignos dos órgãos digestivos mantiveram-se os mais frequentes representando 34% de todos os óbitos por neoplasias. Foram mais prevalentes no sexo masculino (média de 73 casos ao ano, 56%) que no feminino (57 44%). A faixa etária predominante foi de 70-79 anos (média de 15 ao ano, 26%), seguida por 60-69 (12, 21%) e 50-59 (11, 20%).

• As gripes e pneumonias foram as principais doenças do aparelho respiratório respondendo por 61% dos óbitos e prevaleceram entre a população de 80 anos acima (34%), seguido pela faixa etária de 70 a 79 anos (22%).

• As agressões foram as causas externas mais frequentes, principalmente, os homicídios por arma de fogo (79% das agressões), predominantemente no sexo masculino, entre 20 e 29 anos de idade (28% dos homicídios por arma de fogo). Os suicídios representaram uma pequena porcentagem nas causas externas (7%). Ocorreram, principalmente, com homens com idade entre 30 e 49 anos, por bloqueio da respiração (enforcamento), impactos/contusões (precipitação de local elevado), intoxicação e uso de arma de fogo.

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iii

MORTALIDADE INFANTIL

• Mortalidade infantil: em 2017: 12,27 (72), em 2018 (dados preliminares): 11,34 (60).

• Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce (número de óbitos de 0 a 6 dias de vida completos): 6,5 (35).

• Taxa de Mortalidade Neonatal Tardia (número de óbitos de 7 a 27 dias de vida completos): 2,4 (13).

Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal (número de óbitos entre 28 a 364 dias de vida completos): 2,2 (12).

• A taxa de natimortalidade permaneceu crescente até 2016 passando depois a apresentar queda (dados de 2018 preliminares).

• A proporção de óbitos infantis e fetais investigados: foi crescente até 2017. Dados de 2018 (ainda preliminares): 98,41% dos óbitos fetais e 91,30% dos infantis.

• As principais causas dos óbitos infantis foram relacionadas a fatores maternos e problemas na gravidez, parto e nascimento (27%), seguidas pelos transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período perinatal (14%), e pelas infecções específicas do período perinatal (10%).

• É possível observar uma diminuição dos óbitos evitáveis por ações de atenção à gestação e ao RN, porém aumento dos por atenção ao parto.

MORTALIDADE MATERNA

• Ocorreram 137 óbitos em mulheres em idade fértil demonstrando tendência decrescente, porém o município vem se mantendo entre o primeiro e o terceiro postos entre as mais altas. Do número total, 04 foram classificados como óbitos maternos.

• As causas da mortalidade de mulheres em idade fértil são as relacionadas ao aparelho cardiovascular, neoplasias, causas externas e aparelho respiratório. Dentre as causas externas os principais agrupamentos foram as agressões (sobretudo por armas de fogo) e os acidentes de transporte.

• Percentual de óbitos de mulheres em idade fertil e maternos investigados em 2018 (dados preliminares): 100,00% dos óbitos maternos declarados e 99,27% dos óbitos totais de MIF.

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iv

MORBIDADE POR DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

• A Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública está definida pelo anexo 1, do anexo V, da portaria de consolidação nº 4, de 18 de fevereiro de 2016. Nela constam 48 doenças ou agravos, dos quais 10 não foram registrados em residentes de Diadema todos os demais seguem monitorados.

VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E AUTOPROVOCADA

• Em 2018 as maiores unidades notificadoras foram: PA Eldorado, UPA Paineiras, PS Central e a Casa Beth Lobo, sendo responsáveis por 28%, 20%, 19% e 15% dos casos notificados pelo município, respectivamente. 47% do total das notificações de violência atingiram as mulheres adultas, representando.

• De 2009 a 2018 a autodeclaração de raça/cor revela 36% branca, 34% parda, 9% preta e apenas 1% amarela. As notificações com o campo referente a eventos anteriores de violência, 54% registraram recorrência.

• As violências autoprovocadas responderam por 13% das notificações de residentes, com média de 70 casos ao ano; 74% foram violências físicas, 9% psicológica, 8% sexual e 8% negligência. 87% o das violências sexuais notificadas ocorreram contra mulheres e meninas.

• Em 70% dos casos o autor da violência foi do sexo masculino, sendo 27% dos agressores estavam alcoolizados e 33% não estavam, mas em 40% das fichas este dado consta como ignorado.

IMUNIZAÇÃO

• O calendário de vacinação de rotina tem sofrido alterações frequentes nos últimos anos.

• Em 2018, a vacina contra o HPV foi introduzida para meninos de 11 -14 anos; a BCG foi excluída a necessidade de revacinação na ausência de cicatriz vacinal; a Febre Amarela foi introduzida na rotina aos 9 meses e recomendação de vacinação para todo ESP; a Varicela houve ampliação da vacinação até 6 anos, 11 meses e 29 dias.

• A cobertura vacinal de rotina, no município, apresenta queda importante em relação à meta mínima de vacinação recomendada.

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v

Campanhas de vacinação realizadas em 2018

• Contra a Febre Amarela

• Contra a Influenza

• Sarampo/Caxumba/Rubéola (SCR) e Poliomielite.

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vi

FIGURAS

Figura 01 - Mapa dos municípios que compõem a região metropolitana divididos por sub-regiões, conforme a Lei Complementar Estadual Nº 1.139, de 16 de junho de 2011.

Figura 02 - Mapas da divisão político-administrativa e das áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde de Diadema, 2018.

Figura 3 – Mapa da distribuição das áreas contaminadas no município, segundo área de abrangência, Diadema, 2018.

Figura 4 - Distribuição dos pontos de amostragem de monitoramento da qualidade da água para consumo humano. Diadema, 2018.

Figura 05 – Áreas de risco para a transmissão de Febre Maculosa Brasileira, Diadema, 2018.

QUADRO

Quadro 1 – Áreas de risco confirmado identificadas pela CETESB no Município, segundo área de abrangência, Diadema, 2018.

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vii

TABELAS

Tabela 01 – Estimativa populacional para as áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde de Diadema, 2018.

Tabela 02 – Comparação da densidade demográfica de municípios, regiões e Unidade da Federação. Brasil, 2018.

Tabela 03 – Índice de envelhecimento dos municípios da sub-região do ABCD, 2008-2018.

Tabela 04 – Razão de sexos dos municípios da sub-região do ABCD, 2008-2018.

Tabela 05 – Razão de sexos segundo faixa etária, no Município de Diadema,2008-2018.

Tabela 06 – Nascidos vivos de mães residentes em Diadema, segundo ano de nascimento, e fonte de consulta. Diadema, 2009-2018*.

Tabela 07 – Óbitos em residentes segundo capítulo do CID-10 e ano de óbito. Diadema, 2009-2018*.

Tabela 08 – Distribuição dos homicídios em residentes, segundo faixa etária, sexo e cor, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 09 – Distribuição das quedas acidentais em residentes, segundo faixa etária e sexo, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 10 – Distribuição dos atropelamentos e acidentes com motociclistas em residentes, segundo faixa etária e sexo, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 11 – Distribuição dos suicídios de residentes, segundo faixa etária e sexo. Diadema, 2009-2018*.

Tabela 12 – Distribuição das principais causas básicas de suicídio, segundo sexo, Diadema, 2009- 2018*.

Tabela 13 – Taxas de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) segundo ano de óbito, dos municípios da sub-região do ABCD, 2009-2017.

Tabela 14 – Taxa de mortalidade (por mil nascidos vivos) e número de óbitos infantis segundo faixa etária, Diadema, 2009 -2018*.

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viii

Tabela 15 – Distribuição dos óbitos infantis segundo cor, Diadema, 2009 -2018*.

Tabela 16 – Distribuição dos óbitos infantis segundo agrupamento de ações de evitabilidade, Diadema, 2011 a 2018*.

Tabela 17 – Taxas de mortalidade em mulheres em idade fértil (por cem mil mulheres entre 15 e 49 anos) segundo ano de óbito, dos municípios da sub-região do ABCD, 2009-2017.

Tabela 18 – Óbitos maternos declarados e de mulheres em idade fértil e taxa de investigação, segundo ano de óbito, de residentes em Diadema, 2008-2016.

Tabela 19 – Causas de óbito de mulheres em idade fértil residentes, segundo capítulo do CID10 e ano de óbito, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 20 - Notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo circunstância do acidente. Diadema, 2009-2018*.

Tabela 21 – Notificações acidentes de trabalho em menores de 18 anos, segundo ano de notificação. Diadema, 2009-2018.

Tabela 22 – Total de óbitos por acidentes de trabalho segundo faixa etária e ano. Diadema, 2009-2018.

Tabela 23 – Causa dos óbitos relacionados ao trabalho por ano. Diadema, 2009-2018.

Tabela 24: Frequência das Violências relacionadas ao trabalho por ano. Diadema, 2009-2018.

Tabela 25 – Violências relacionadas ao trabalho, segundo Tipo e ano. Diadema 2009-2018.

Tabela 26 – Acidentes por animal peçonhento em residentes, segundo animal agressor e ano de ocorrência, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 27 – Casos autóctones de Dengue, segundo área de abrangência de residência e ano de notificação, Diadema, 2011-2018.

Tabela 28 – Casos de coqueluche em residentes, segundo faixa etária e ano de primeiros sintomas. Diadema, 2009-2018.

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Tabela 29 - Casos de meningite em residentes, segundo classificação etiológica, e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 30 – Casos e coeficiente de incidência (por cem mil habitantes), de doença meningocócica em residentes, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 31 - Casos de doença meningocócica em residentes, segundo letalidade e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 32 - Casos de meningite por Pneumococo em residentes, segundo letalidade, e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 33 - Casos de doença meningocócica em residentes, segundo faixa etária e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 34 – Casos de esquistossomose, segundo ano de notificação, Diadema, 2010-2018.

Tabela 35 – Casos de esporotricose em residentes, segundo espécie acometida e ano de notificação, Diadema, 2011-2018.

Tabela 36 – Casos de esporotricose, segundo espécie acometida, área de abrangência de residência e ano de notificação. Diadema, 2011-2018*.

Tabela 37 – Número de acidentes/desastres, segundo tipo, Diadema, 2009-2018.

Tabela 38 - Indicadores das amostras de monitoramento da qualidade da água para consumo humano realizadas pela equipe do Proágua do município, segundo parâmetro analisado, Diadema, 2014- 2018*.

Tabela 39 – Situação da investigação de SACs em empresas do Município de Diadema, 2018.

Tabela 40 – Casos confirmados de FMB segundo evolução para óbito, autoctonia e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 41 – Número de casos de HIV+ e AIDS em adultos residentes, segundo sexo e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018 *.

Tabela 42 – Casos de HIV+ e AIDS em adultos residentes, segundo faixa etária e ano de diagnostico. Diadema, 2009-2018*.

Tabela 43 – Casos de HIV+ e AIDS em adultos residentes, segundo categoria de exposição e ano de diagnostico. Diadema, 2009-2018*.

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x

Tabela 44 – Obitos por AIDS, segundo faixa etária e sexo, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 45 – Casos de infecção por HIV e AIDS em menores de cinco anos residentes, segundo idade e ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 46 – Casos notificados de gestantes residentes infectadas pelo HIV, segundo faixa etária e ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 47 – Taxa de detecção de HIV em gestantes residentes por mil nascidos vivos, segundo ano de diagnostico, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 48 – Pré-natal em gestante HIV+ residente, segundo ano de diagnóstico, Diadema 2009 a 2018*.

Tabela 49 – Tipo do parto em gestante HIV+ residente, segundo ano diagnóstico, Diadema 2009 a 2018*.

Tabela 50 – Crianças residentes expostas ao HIV, segundo tipo de encerramento e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 51 – Frequência por profilaxia antirretroviral em gestantes HIV+ residentes, segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 52 – Casos notificados, confirmados e óbitos por influenza/Síndrome Respiratória Aguda Grave em residentes, segundo ano de início de sintomas, Diadema, 2009–2018*.

Tabela 53 – Casos de síndrome respiratória aguda grave em residentes, segundo etiologia e ano de início de sintomas, Diadema, 2010–2018*.

Tabela 54 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo faixa etária e agente tóxico, Diadema, 2018*.

Tabela 55 – Casos confirmados, autóctones e óbitos por Leptospirose, segundo ano de início de sintomas, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 56 – Casos confirmados de leptospirose segundo área de abrangência de residência. Diadema, 2011-2018*.

Tabela 57 – Taxa de detecção, por mil nascidos vivos, de sífilis em gestantes residentes segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*.

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Tabela 58 – Abortos e natimortos com sífilis congênita, segundo ano de diagnóstico, de mães residentes em Diadema, 2009-2018*.

Tabela 59 – Casos notificados de toxoplasmose em residentes, segundo o ano de diagnóstico, Diadema, 2016-2018*.

Tabela 60 – Distribuição dos casos de Tuberculose segundo formas, tipo de encerramento e ano de incidência, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 61 – Distribuição das notificações de violência interpessoal e autoprovocada nas quatro maiores unidades notificadoras, segundo ano de notificação. Diadema, 2009-2018*.

Tabela 62 - Número de unidades notificadoras e casos notificados, segundo ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 63 – Distribuição das notificações de violência interpessoal e autoprovocada em residentes, segundo ano de notificação, sexo e estado gestacional. Diadema, 2009-2018*.

Tabela 64 – Distribuição dos casos de Violencia Sexual, segundo ciclo de vida da vítima, Diadema, 2018*.

Tabela 65 – Cobertura vacinal de rotina em residentes, Diadema, 2009-2018*.

Tabela 66: Cobertura Vacinal na Campanha de Vacinação contra Influenza, segundo grupos prioritários, Diadema, 2017 - 2018.

Tabela 67 – Doses aplicadas durante a Campanha de Atualização do Calendário de Vacinação, segundo imunobiológico e grupo etário, Diadema, 2017.

Tabela 68 – Cobertura Vacinal na Campanha de Vacinação contra sarampo, caxumba, rubéola e Poliomielite, segundo imunobiológico e idade, Diadema, 2018.

Tabela 69 – Distribuição dos Eventos Adversos pós Vacinação notificados em residentes, segundo ano de vacinação. Diadema, 2017-2018.

Tabela 70 – Distribuição dos EAVP em residentes, segundo imunobiológico e ano de vacinação, Diadema, 2017-2018.

Tabela 71 – Distribuição dos erros de imunização em residentes, segundo tipo de ocorrência e ano de vacinação, Diadema, 2017-2018.

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GRÁFICOS

Gráfico 01 – Pirâmide etária da população de Diadema, 2018.

Gráfico 02 – Índice de envelhecimento da população de Diadema, 2010-2018.

Gráfico 03 – Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios da sub-região do Grande ABC Paulista, segundo ano de censo, 1991-2010.

Gráfico 04 - Distribuição da população, segundo grupos do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social Diadema, 2010.

Gráfico 05 – Taxa de natalidade, segundo ano de nascimento. Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 06 – Taxa de natalidade, segundo município e ano de nascimento. sub-região do ABCD, 2013-2017.

Gráfico 07 – Taxa de partos em adolescentes de 15 a 19 anos segundo região de residência e ano do parto, 2009-2016.

Gráfico 08 – Taxa de partos em adolescentes menores de 15 anos segundo região de residência e ano do parto, 2009-2016.

Gráfico 09 – Taxa de partos, segundo local de nascimento, residentes em Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 10 – Porcentagem de recém-nascidos de baixo peso, de mães residentes, segundo ano e região de nascimento, 2009-2016.

Gráfico 11 – Porcentagem de nascidos vivos antes da trigésima sétima semana gestacional, de mães residentes em Diadema, segundo ano de nascimento, 2012-2018*.

Gráfico 12 – Taxa de prematuridade segundo idade gestacional e ano de nascimento, de mães residentes em Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 13 – Nascidos vivos, segundo tipo de parto e ano de nascimento, de mães residentes em Diadema, 2009-2018*,

Gráfico 14 – Nascidos vivos de mães residentes, com ocorrência em Diadema, segundo tipo de parto, de estabelecimento e ano de nascimento, 2009-2018*.

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Gráfico 15 – Taxa de consultas de pré-natal, segundo ano do parto, em residentes de Diadema, 2009-2018*

Gráfico 16 – Óbitos e Coeficiente Geral de Mortalidade de residentes em Diadema, segundo ano de falecimento. Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 17 – Distribuição dos óbitos por infarto agudo do miocárdio em residentes segundo sexo e ano de ocorrência. Diadema, 2009- 2018*.

Gráfico 18 – Distribuição dos óbitos por tumor maligno de órgão digestivo em residentes segundo sexo e ano de ocorrência. Diadema, 2009 - 2018*.

Gráfico 19 – Distribuição dos óbitos por gripe e pneumonia em residentes, segundo sexo e ano de ocorrência. Diadema, 2009 -2018*.

Gráfico 20 – Distribuição das 4 principais causas de óbito em residentes, segundo capítulo do CID10 e ano de ocorrência. Diadema, 2009 a 2018*.

Gráfico 21 – Evolução das taxas de mortalidade infantil e natimortalidade, segundo ano de óbito, em Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 22 – Percentual de investigação de óbitos infantis e fetais, de residentes, segundo ano de ocorrência, Diadema, 2010 -2018*

Gráfico 23 – Óbitos de mulheres em idade fértil, residentes em Diadema, segundo ano de óbito. Série histórica, 2009 a 2018.

Gráfico 24 – Taxa de mortalidade materna de residentes (por cem mil nascidos vivos) segundo ano de óbito. Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 25 - Notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico ocorridos em Diadema, segundo ano de notificação, 2009 a 2018*.

Gráfico 26 - Notificação de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo categoria profissional. Diadema, 2016-2018*.

Gráfico 27 - Notificação de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo categoria profissional. Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 28– Notificações de Acidentes de Trabalho Graves, segundo ano de notificação. Diadema, 2009-2018.

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Gráfico 29. Notificações de acidentes de trabalho graves, segundo tipo e ano. Diadema 2009-2018.

Gráfico 30. Notificações de acidentes de trabalho graves, segundo gênero e ano. Diadema, 2009-2018.

Gráfico 31 – Total de Acidentes de trabalho graves e doenças relacionadas ao trabalho notificados, por ano. Diadema, 2009-2018.

Gráfico 32 – Notificações acidentes de trabalho com crianças e adolescentes, segundo ano. Diadema, 2009-2018.

Gráfico 33 – Total de óbitos por acidentes de trabalho segundo gênero e ano. Diadema, 2009-2018.

Gráfico 34 – Total de notificações de violência relacionada ao trabalho, segundo gênero e ano. Diadema, 2009-2018.

Gráfico 35 - Acidentes por animal potencialmente transmissor da raiva segundo ano de ocorrência, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 36 - Acidentes por animal potencialmente transmissor da raiva segundo Unidade de Saúde de atendimento, Diadema, 2018*.

Gráfico 37 – Evolução dos tratamentos antirrábicos em residentes, segundo ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 38 - Casos confirmados de dengue em residentes, segundo critério de classificação e ano de primeiros sintomas, Diadema, 2009-2018.

Gráfico 39 – Casos autóctones de Dengue em residentes do Estado de São Paulo e Município de Diadema, segundo ano de início de sintomas, 2009-2018.

Gráfico 40 – Comparação entre os casos confirmados de coqueluche em residentes, segundo ano de primeiros sintomas, Diadema e no Estado de São Paulo, 2009-2018.

Gráfico 41 – Casos confirmados de meningite em residentes, segundo ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 42 - Casos de doença meningocócica em residentes, segundo o sorogrupo, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 43 – Evolução dos casos diagnosticados de esporotricose humana, Diadema, 2018*.

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Gráfico 44 – Áreas contaminadas do município cadastradas pela CETESB, segundo atividade econômica, Diadema, 2009- 2017.

Gráfico 45 – Taxa de cura dos casos novos de Hanseníase em residentes nos anos das coortes, Diadema, 2008 a 2018*.

Gráfico 46 – Porcentagem de comunicantes domiciliares examinados, dos casos de Hanseníase, Diadema, 2015 a 2018*.

Gráfico 47 – Hepatites virais confirmadas em residentes, segundo etiologia e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 48 – Casos de Hepatite B em residentes, segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018 *.

Gráfico 49 – Casos de gestantes residentes com vírus da Hepatite B, segundo período gestacional e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018 *.

Gráfico 50 – Casos de Hepatite C em residentes, segundo ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018.

Gráfico 51 – Número de casos de Hepatite C em residentes, segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 52 – Coeficiente de incidência de AIDS em residentes, segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 53 – Óbitos por AIDS e mortalidade por cem mil habitantes em adultos residentes, segundo ano de óbito. Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 54 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 55 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo Unidade Notificadora, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 56 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo agente tóxico, Diadema, 2018*.

Gráfico 57 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo sexo e faixa etária, Diadema, 2018*.

Gráfico 58: Intoxicações exógenas em residentes relacionadas ao trabalho, Diadema ,2018*.

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Gráfico 59 – Casos de sífilis em residentes, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 60 – Casos de gestantes residentes com sífilis segundo a faixa etária e ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 61 – Taxa de detecção de sífilis adquirida, em residentes, segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*..

Gráfico 62 – Taxa de Incidência de sífilis congênita menores de 1 ano de idade, segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*.

Gráfico 63 – Percentual de sintomáticos respiratórios examinados, Diadema, 2008 - 2018*.

Gráfico 64 – Distribuição das notificações de violência interpessoal e autoprovocada, segundo unidade notificadora e ano de notificação. Diadema, 2018*.

Gráfico 65 - Número de casos de violência em residentes segundo sexo e ciclo de vida, Diadema, dados acumulados, 2009-2018*.

Gráfico 66 – Distribuição dos casos de violência interpessoal e autoprovocada em residentes, segundo presença de deficiências/transtornos da vítima, Diadema, , 2009-2018*.

Gráfico 67 – Distribuição dos casos de violência interpessoal e autoprovocada em residentes, segundo raça/cor declarada e sexo, Diadema, dados acumulados, 2009-2018*.

Gráfico 68 - Distribuição dos casos de violência interpessoal e autoprovocada em residentes, segundo sexo do agressor, Diadema, dados acumulados, 2009-2018*.

Gráfico 69 – Casos investigados, confirmados e percentual de confirmação de EAPV em residentes, segundo ano de vacinação, Diadema, 2009-2018.

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I - INFORMAÇÕES TERRITORIAIS

Diadema compõe, junto com Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, a sub-região do Grande ABC Paulista (também conhecida como ABCD), a qual está inserida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), conforme se vê na Figura 01. Figura 01 - Mapa dos municípios que compõem a região metropolitana divididos por sub-regiões, conforme a Lei Complementar Estadual Nº 1.139, de 16 de junho de 2011.

O Município de Diadema situa-se a 17 km do marco zero de São Paulo, localizado na Praça da Sé. Ocupa uma área de total de 30,7 Km2, 100% urbanizada, representando 3,7% da sub-região do ABCD, e 0,4% da RMSP.

O território municipal está dividido em 11 bairros, porém a Secretaria de Saúde segue outra forma de distribuição, conforme os princípios da territorialização em Saúde, a qual difere da divisão político-administrativa conforme demonstrado na Figura 02.

Atualmente conta com 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS), a que correspondem os 20 territórios de saúde (Áreas de abrangência).

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Figura 02 - Mapas da divisão político-administrativa e das áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde de Diadema, 2018

O relevo apresenta-se em forma de pequenas colinas e morrotes alongados, com níveis altimétricos em torno de 700 a 800 metros e poucas áreas planas.

A rede hidrográfica está orientada, em geral, para noroeste em direção à calha do Tietê, e é formada por uma série de córregos e ribeirões dentre os quais os principais são: Córrego do Taboão (4.000 m), Córrego da Capela (4.695 m), Córrego do Floriano (4.395 m), Córrego Araújo (1.798 m), Córrego do Mato Dentro (5.100 m) e Ribeirão dos Couros (7.500 m).

A cobertura vegetal primitiva do município era de Floresta Atlântica de planície, porém o intenso processo de urbanização descaracterizou completamente as feições originais da vegetação. Atualmente apenas o Bairro do Eldorado possui fragmentos (degradados) de Mata Atlântica nas adjacências da Represa Billings. São esses fragmentos que possibilitam a ocorrência de Agravos e Doenças de Notificação Compulsória (DNC) em Diadema, tais como o ofidismo e a febre maculosa brasileira.

Abairramento Territorialização

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II – INFORMAÇÕES DEMOGRÁFICAS E SOCIOECONÔMICAS

A população estimada de Diadema para 2018, segundo o IBGE, é de 420.934 pessoas.

Uma estimativa para a população de cada Área de Abrangência (AA), embora sem rigor estatístico, é apresentada na Tabela 01, sendo baseada na proporção encontrada em relação à população total no censo de 2010.

Tabela 01 – Estimativa populacional para as Áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde de Diadema, 2018.

% da população (2010) População estimada (2018) PAINEIRAS 7,97% 33.527

CENTRO 7,78% 32.744

SERRARIA 7,36% 30.975

INAMAR 7,07% 29.764

REAL 6,95% 29.246

ELDORADO 6,31% 26.556

PROMISSÃO 5,93% 24.967

CANHEMA 5,75% 24.217

REID 5,30% 22.293

CONCEIÇÃO 4,98% 20.980

RUYCE 4,73% 19.898

NAÇÕES 4,40% 18.539

CASA GRANDE 4,33% 18.245

MARIA TEREZA 3,70% 15.573

ABC 3,60% 15.166

NOGUEIRA 3,47% 14.610

NOVA CONQUISTA 3,45% 14.532

PAULINA 3,04% 12.790

PIRAPORINHA 2,49% 10.497

SÃO JOSÉ 1,38% 5.814

TOTAL 100,00% 420.934

Em 2018, o Município de Diadema permaneceu no segundo lugar (13.686 hab/ Km2) em densidade demográfica do País e Taboão da

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Serra/SP em primeiro (14.007 hab/Km2). Foram seguidos por São João de Meriti/RJ (13.400 hab/Km2), Carapicuíba/SP (11.539 hab/Km2), Osasco/SP (10.728 hab/Km2) e São Caetano/SP (10.454 hab/Km2).

Uma comparação entre as densidades demográficas de Diadema e a Capital, regiões e Estado de São Paulo (ESP), está demonstrada na Tabela 02.

Tabela 02 – Comparação da densidade demográfica de municípios, regiões e Unidade da Federação. Brasil, 2018.

População 2017

(hab) * Área (Km2) & Dens. Demogr.

(hab/Km2) Diadema – SP 420.934 30,756 13.686 São Paulo – SP 12.176.866 1521,11 8.005 ABCD 2.771.554 828,712 3.344 RMSP 21.148.254 7.934,8 2.665 ESP 45.538.936 248.222,8 183

Fontes: * IBGE, 2018 e & IBGE, 2013 Segundo dados populacionais divulgados no site do SEADE1, a evolução demográfica de Diadema apresentou o seguinte perfil:

• Entre os anos de 2010 e 2018, a taxa geométrica de crescimento anual da população foi de 0,49% ao ano, inferior à RMSP (0,74%) e ao ESP (0,82%).

• A população com menos de 15 anos reduziu de 23,52% em 2010 para 21,25% em 2018, acompanhando a tendência de envelhecimento populacional apresentada no País, porém sua proporção em Diadema permanece superior às apresentadas pela RMSP (19,89%) e pelo ESP (19,18%).

1 Fundação Seade. Informações dos municípios paulistas. 2019. Disponível em: http://www.imp.seade.gov.br/frontend/#/perfil; acesso em 05/04/2018.

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O Gráfico 01 apresenta a pirâmide etária do município no ano de 2018, segundo projeção divulgada pela Fundação SEADE2; e o Gráfico 02 o crescimento do índice de envelhecimento desde 2010.

Gráfico 01 – Pirâmide etária da população de Diadema, 2018.

Fonte: SEADE, 2018 Gráfico 02 – Índice de envelhecimento da população de Diadema, 2010-2018.

Fonte: SEADE, 2018

2 Fundação Seade. Sistema Seade de projeções populacionais. 2019. Disponível em: http://produtos.seade.gov.br/produtos/projpop/index.php; acesso em 05/04/2018.

32,9 34,9 37,02 39,2441,59

44,0646,32

48,6951,16

0

10

20

30

40

50

60

Índice de Envelhecimento (Em %)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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O índice de envelhecimento de Diadema (51,16%) para 2018, conforme o SEADE3, é menor que o da RMSP (68,26%) e ESP (75,25%).

Desde 2015 Diadema assumiu o último lugar no índice de envelhecimento de sua sub-região, evidenciando a relativa juventude da população do município (Tabela 03).

Tabela 03 – Índice de envelhecimento dos municípios da sub-região do ABCD, 2008-2018.

São Caetano do

Sul Santo André

Ribeirão Pires

São Bernardo

do Campo Mauá

Rio Grande da Serra

Diadema

2008 117,1 64,68 46,35 43,41 31,72 27,77 29,19 2009 121,2 67,87 49,44 46,16 33,77 29,41 30,98 2010 125,5 71,24 52,74 49,08 35,96 31,15 32,9 2011 128,6 74,15 56,24 51,96 38,47 33,44 34,9 2012 131,6 77,15 59,94 55 41,15 35,9 37,02 2013 134,7 80,24 63,88 58,19 44,01 38,54 39,24 2014 137,8 83,44 68,06 61,54 47,06 41,39 41,59 2015 140,9 86,73 72,5 65,07 50,31 44,44 44,06 2016 144,2 89,73 76,14 68,15 53,12 47,03 46,32 2017 147,5 92,83 79,98 71,37 56,08 49,82 48,69 2018 150,8 96,01 84,01 74,73 59,22 52,74 51,2

Fonte: SEADE, 2018

A razão de sexos em 2018 está em 93,70%, superior à da RMSP (92,54%) e inferior ao Estado de São Paulo (94,80%). Essas taxas demonstram que a população masculina no município é proporcionalmente maior que a da RMSP, porém menor que do ESP.

Em relação à sub-região do ABCD, Diadema continua mantendo-se na mediana regional da razão de sexos (Tabela 04).

A distribuição etária da razão de sexos (Tabela 05) evidencia a predominância masculina entre os menores de 19 anos e feminina a partir

3 Fundação Seade. Perfil dos municípios paulistas. 2019. Disponível em: http://www.perfil.seade.gov.br/; acesso em 05/04/2018.

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dos 25 anos, aumentando sua participação conforme o aumento da idade, confirmando a maior sobrevida das mulheres ao longo das faixas etárias.

Tabela 04 – Razão de sexos dos municípios da sub-região do ABCD, 2008-2018.

Ano Rio Gde da

Serra Rib. Pires Mauá Diadema

São Bernardo

Santo André

São Caetano

2008 98,6 96,3 96,1 94,3 93,7 92,5 86,1 2009 98,5 96,0 96,0 94,1 93,6 92,4 85,9 2010 98,4 95,8 95,8 93,8 93,4 92,2 85,7 2011 98,3 95,8 95,8 93,8 93,4 92,2 85,8 2012 98,2 95,8 95,8 93,7 93,4 92,3 85,9 2013 98,1 95,8 95,7 93,7 93,5 92,3 86,0 2014 98,0 95,8 95,7 93,7 93,5 92,3 86,1 2015 97,9 95,8 95,6 93,7 93,5 92,3 86,2 2016 97,8 95,7 95,6 93,7 93,5 92,4 86,4 2017 97,7 95,7 95,6 93,7 93,5 92,4 86,5 2018 97,6 95,7 95,5 93,7 93,5 92,4 86,6

Fonte: SEADE, 2018 Tabela 05 – Razão de sexos segundo faixa etária, no Município de Diadema,2008-2018.

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 0 a 4 a. 102,2 102,0 101,8 102,4 103,0 103,6 104,3 104,9 104,9 104,9 104,9 5 a 9 a. 102,9 102,7 102,6 102,4 102,3 102,1 101,9 101,7 102,3 102,9 103,6 10 a 14 a. 101,0 101,1 101,3 101,5 101,8 102,0 102,3 102,6 102,4 102,2 102,0 15 a 19 a. 98,6 98,9 99,2 99,6 99,9 100,3 100,7 101,1 101,4 101,7 102,0 20 a 24 a. 99,1 99,7 100,2 99,9 99,7 99,4 99,2 99,0 99,4 99,8 100,2 25 a 29 a. 96,3 96,3 96,4 96,9 97,3 97,8 98,3 98,9 98,6 98,4 98,2 30 a 34 a. 94,6 94,1 93,7 94,0 94,3 94,7 95,0 95,3 95,9 96,4 96,9 35 a 39 a. 91,1 90,8 90,5 90,9 91,2 91,6 92,0 92,4 92,8 93,1 93,5 40 a 44 a. 91,7 91,6 91,6 91,2 90,7 90,4 89,9 89,6 90,0 90,4 90,8 45 a 49 a. 89,0 88,4 87,9 88,3 88,7 89,2 89,6 90,0 89,6 89,3 88,9 50 a 54 a. 89,0 88,1 87,3 87,0 86,8 86,6 86,3 86,1 86,5 87,0 87,5 55 a 59 a. 87,4 86,6 85,8 85,6 85,5 85,3 85,1 84,9 84,7 84,5 84,3 60 a 64 a. 83,4 83,0 82,7 82,7 82,6 82,6 82,6 82,5 82,4 82,2 82,1 65 a 69 a. 80,7 80,6 80,5 80,0 79,6 79,1 78,7 78,3 78,3 78,3 78,3 70 a 74 a. 71,7 71,8 71,9 72,4 72,9 73,5 74,0 74,5 74,1 73,8 73,4 75 a. e + 60,5 60,2 60,0 59,7 59,5 59,2 59,0 58,7 59,0 59,2 59,4

Fonte: SEADE, 2018

Page 29: Prefeitura do Município de Diadema · 2020. 2. 19. · região de residência e ano do parto, 2009-2016. Gráfico 09 – Taxa de partos, segundo local de nascimento, residentes em

8

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) demonstra que a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico da população de Diadema estão entre os menores da sub-região do ABCD (Gráfico 03).

Gráfico 03 – Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios da sub-região do Grande ABC Paulista, segundo ano de censo, 1991-2010.

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano, 2013

O Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS), que analisa as

dimensões: renda, escolaridade e ciclo de vida familiar, demonstra que a população de Diadema encontra-se majoritariamente (59,3%) em condição de vulnerabilidade social baixa ou muito baixa (Gráfico 04). Gráfico 04 - Distribuição da população, segundo grupos do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social Diadema,2010.

Fonte: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo4 4 Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Disponível em: http://indices-ilp.al.sp.gov.br/view/zip/ipvs/BaseIPVS2010_csv.zip. ; acesso em 05/04/2018.

0,6

97

0,8

20

0,8

62

0,6

30

0,7

38

0,8

15

0,6

42

0,7

40 0

,80

5

0,5

80

0,7

18 0

,78

4

0,5

23

0,6

64

0,7

66

0,5

28

0,6

64

0,7

57

0,4

98

0,6

25

0,7

49

0,400

0,450

0,500

0,550

0,600

0,650

0,700

0,750

0,800

0,850

0,900

1991 2000 2010

São Caetano do Sul

Santo André

São Bernardo do Campo

Ribeirão Pires

Mauá

Diadema

Rio Grande da Serra

0,1%

28,0%31,3%

19,2%

10,4% 10,5%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%Baixíssima vulnerabilidade

Vulnerabilidade muito baixa

Vulnerabilidade baixa

Vulnerabilidade média

Vulnerabilidade alta (Urbanos)

Vulnerabilidade muito alta (aglomeradossubnormais urbanos)

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9

III – NATALIDADE

O núcleo de Epidemiologia e Controle de Doenças (ECD) realiza a revisão constante dos dados do SINASC (Sistema de Informação de Nascidos Vivos) local, visando excluir as Declarações de Nascidos Vivos (DNVs) que foram registradas como de residentes em Diadema mas não o são. Por essa razão, os dados de natalidade aqui apresentados são os do banco SINASC revisado e monitorado, exceto quando mencionada outra fonte.

Porém, como estes dados não podem ser usados para comparação com os dados de outros municípios que não sofreram o mesmo tipo de refinamento, para as análises comparativas utilizaremos os dados do SEADE ou DATASUS ressaltando-se, porém, que estas fontes não possuem dados disponíveis até o ano de 2018.

Um comparativo do número de nascidos vivos (NV) de mães residentes em Diadema, segundo banco de dados consultado, está demostrado na Tabela 06.

Tabela 06 – Nascidos vivos de mães residentes em Diadema, segundo ano de nascimento, e fonte de consulta. Diadema, 2009-2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* SINASC

local 6.642 6.255 6.467 6.454 6.317 6.392 6284 6030 5877 4823

SINASC revisado

6.576 6.237 6.438 6.439 6.297 6.372 6.268 6.018 5.870 4.808

SEADE 6.632 6.242 6.439 6.479 6.402 6.374 6.181 5.930 5.841 ND *Dados preliminares até 22/11/2018 ND = Não disponível

Em Diadema, seguindo a tendência nacional, tem sido observada

queda na taxa de natalidade. No ano de 2017 a taxa foi de 14,0 NV por mil habitantes e em 2018 (dados preliminares) de 12,6 , conforme demonstrado no Gráfico 05.

Em relação aos demais municípios da sub-região do ABCD, segundo dados do SEADE, Diadema tem mantido historicamente as mais altas taxas de natalidade, mesmo apresentando uma acentuada tendência de queda,

Page 31: Prefeitura do Município de Diadema · 2020. 2. 19. · região de residência e ano do parto, 2009-2016. Gráfico 09 – Taxa de partos, segundo local de nascimento, residentes em

10

conforme demonstrado no Gráfico 06, e que condiz com as taxas de envelhecimento da população municipal (conforme citado nas páginas 10 e 11).

Gráfico 05 – Taxa de natalidade, segundo ano de nascimento. Diadema, 2009-2018*.

Fonte: ECD/SINASC REVISADO, 22/11/2018 *Dados preliminares

Gráfico 06 – Taxa de natalidade, segundo município e ano de nascimento. sub-região do ABCD, 2013-2017.

Fonte: SEADE. – Informações dos Municípios Paulistas, 2018

o Partos em adolescentes

Os nascidos vivos de mães adolescentes de 15 a 19 anos representaram 13,6% do total, no período 2009-2018*; em se considerando

16,6

15,716,0 15,9

15,5 15,615,2

14,514,0

12,612,0

13,0

14,0

15,0

16,0

17,0

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

16

,33

13

,55

12

,98

13

,5

13

,05 1

4,1

3

11

,46

16

,17

13

,4

12

,42

14

,25

13

,31 1

4,3

9

12

,31

15

,6

13

,8

12

,19

14

,91

13

,36 1

4,2

6

12

,22

14

,9

13

,26

11

,46

12

,63

12

,8 13

,55

11

,75

14

,62

12

,64

11

,18

13

,25

13

,26

13

,75

12

,31

11

12

13

14

15

16

17

Diadema Mauá Ribeirão Pires Rio Grande daSerra

Santo André São Bernardodo Campo

São Caetanodo Sul

2013 2014 2015 2016 2017

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11

apenas as mães menores de 15 anos, os nascidos vivos representaram 0,5%.

De acordo com a publicação “Saúde Brasil 2017: uma análise da situação de saúde e os desafios para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”5, a gravidez na adolescência, principalmente nas menores de 16 anos, pode apresentar diversas complicações ao bebê, como maior frequência de prematuridade, de baixo peso ao nascer, Apgar mais baixo, doenças respiratórias, trauma obstétrico, maior frequência de doenças perinatais e mortalidade infantil.

Observando-se os dados do DATASUS verifica-se que a porcentagem de NV de adolescentes de 15 a 19 anos residentes no município, apesar de tendente à queda, manteve-se superior às porcentagens observadas no Estado, na Região Metropolitana e na sub-região, no período 2009-2016 (Gráfico 07).

Gráfico 07 – Taxa de partos em adolescentes de 15 a 19 anos segundo região de residência e ano do parto, 2009-2016.

Fonte: TABNET-DATASUS, 2018

5 Brasil. Saúde Brasil 2017 : uma análise da situação de saúde e os desafios para o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável [recurso eletrônico]. Brasília : Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2017_analise_situacao_saude_desafios_objetivos_desenvolvimento_sustetantavel.pdf. Acesso em: 16/04/2019.

19

,0%

18

,4%

18

,3%

18

,3%

18

,3%

17

,9%

17

,3%

16

,7%

14

,9%

14

,3%

14

,2%

14

,3%

14

,4%

14

,0%

13

,3%

12

,7%

13

,7%

13

,3%

13

,5%

13

,8%

13

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13

,5%

12

,9%

12

,4%

12

,9%

12

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12

,1%

12

,8%

12

,1%

11

,9%

11

,1%

10

,9%

14,7% 14,5%14,1%

15,2%

13,6%13,9%

13,3% 13,0%

10,0%

11,0%

12,0%

13,0%

14,0%

15,0%

16,0%

17,0%

18,0%

19,0%

20,0%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Brasil SP RMSP ABCD Diadema

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12

As taxas de NV de mães menores de 15 anos, também segundo dados do DATASUS, se mantiveram superiores às da sub-região em todo o período 2009-2016, porém foram inferiores às do Estado até 2012. A partir de então, apesar de assumir uma tendência de queda, mantiveram-se superiores às do ABCD, RMSP e SP (Gráfico 08).

Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização da Nações Unidas (ONU)6 a Meta 3.7, ressalta que deve ser garantido o acesso universal a serviços de saúde sexual e reprodutiva, inclusive para planejamento familiar, informação e educação, e a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais. Dessa forma, se verifica que em Diadema há ambiente para aprimorar as ações voltadas à saúde sexual e reprodutiva, especialmente no que se refere a buscar uma diminuição do número de adolescentes gestantes.

Gráfico 08 – Taxa de partos em adolescentes menores de 15 anos segundo região de residência e ano do parto, 2009-2016.

Fonte: TABNET-DATASUS, 2018

A taxa de partos de mães residentes ocorridos fora do município foi crescente até 2014, possivelmente demonstrando uma melhor condição econômica derivando em maior acesso aos planos de saúde suplementar. 6 Organização Mundial da Saúde. World health statistics 2018: monitoring health for the SDGs, sustainable development goals. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/272596/9789241565585-eng.pdf?ua=1&ua=1. Acesso em: 29/11/18

1,0

%

0,9

%

1,0

%

1,0

%

1,0

%

0,9

%

0,9

%

0,8

%

0,6

%

0,6

%

0,5

%

0,6

%

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%

0,6

%

0,5

%

0,4

%

0,5

%

0,5

%

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%

0,5

%

0,5

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%

0,4

%

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%

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%

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%

0,4

%

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%

0,4

%

0,5

%

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%

0,3

%0,4 % 0,4 %

0,5 % 0,5 %

0,6 %0,6 %

0,6 %0,5 %

0,1 %

0,2 %

0,3 %

0,4 %

0,5 %

0,6 %

0,7 %

0,8 %

0,9 %

1,0 %

1,1 %

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Brasil SP RMSP ABCD Diadema

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13

Passou depois a apresentar tendência de estabilidade em patamar pouco superior aos 50% (Gráfico 09). Já a queda verificada a partir de 2016 pode estar relacionada ao agravamento da crise econômica e perda de postos de trabalho.

A queda brusca observada nos partos ocorridos no município, no período 2013-2014 corresponde ao momento em que o único hospital particular de Diadema estava desativando sua maternidade. Dessa maneira, as munícipes usuárias de planos de saúde suplementar passaram a ter disponíveis apenas serviços localizados fora do município.

No período 2009-2018*, a maioria dos partos da rede pública ocorreu em Diadema (56,6%), seguido de São Paulo (19,8%), São Bernardo do Campo (17,5%), e Santo André (5,3%).

Gráfico 09 – Taxa de partos, segundo local de nascimento, residentes em Diadema, 2009-2018*.

Fonte: ECD/SINASC REVISADO, 22/11/2018 *Dados preliminares

o Recém-nascidos de baixo peso (RNBP)

Em Diadema, a taxa de RNBP (menos de 2.500g) apresenta uma série histórica irregular, com aumentos e diminuições, porém com tendência de queda no período 2009-2016, conforme o DATASUS (Gráfico 10). Apesar disso, no acumulado deste período (9,5%) é mais alta que a sub-região

64,17%62,26%

60,81% 61,14%58,27%

50,58% 50,46%51,91%

53,36%51,68%

35,83%37,74%

39,19% 38,86%41,73%

49,42% 49,54%48,09%

46,64%48,32%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

50,00%

55,00%

60,00%

65,00%

70,00%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Diadema Outros municípios

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14

(9,4%), RMSP (9,4%) e Estado (9,2%), embora nunca ultrapassando o máximo de 10% que é o limite recomendado pela Declaração Mundial sobre a Sobrevivência, a Proteção e o Desenvolvimento da Criança.

A ocorrência de partos com RNBP pode estar relacionada a múltiplos fatores como aumento de tecnologia e acesso aos serviços de saúde que tornam possível a manutenção de gravidez de risco, aumento de situações de vulnerabilidades das gestantes, patologias presentes ao longo da gestação como infecções urinárias e periodontites entre outras. Por essa razão, no mesmo período, verifica-se que as regiões brasileiras com menor acesso aos serviços de saúde, apresentaram taxas de RNBP inferiores às das regiões melhores providas deste acesso: N=7,4%, NE=7,8%, CO=8,2%, S=8,6%, SE=9,2%.

Gráfico 10 – Porcentagem de recém-nascidos de baixo peso, de mães residentes, segundo ano e região de nascimento, 2009-2016.

Fonte: TABNET-DATASUS, 2018

No que diz respeito à idade gestacional, os NV com menos de 37 semanas de gestação vem demonstrando uma tendência de queda a partir de 2012, conforme demonstrado no Gráfico 11.

8,4

%

8,4

%

8,5

%

8,5

%

8,5

%

8,4

%

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8,5

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9,3

%

9,2

%

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9,1

%

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%

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9,5

%

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9,8%

9,4%

10,0%

9,7%

9,2%

9,7%

9,1%9,2%

7,5%

8,0%

8,5%

9,0%

9,5%

10,0%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

BR SP RMSP ABCD Diadema

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15

Gráfico 11 – Porcentagem de nascidos vivos antes da trigésima sétima semana gestacional, de mães residentes em Diadema, segundo ano de nascimento, 2012-2018*.

Fonte: ECD/SINASC REVISADO, 22/11/2018 *Dados preliminares

A ocorrência da prematuridade em Diadema (11,1%), segundo os dados do DATASUS de 2009-2016, também foi superior às ocorrências do ABCD (10,5%), da RMSP (10,4%), de SP (10,5%) e do Brasil (10,0%).

A série histórica da taxa de prematuridade no município, segundo idade gestacional, está demonstrada no Gráfico 12. Gráfico 12 – Taxa de prematuridade segundo idade gestacional e ano de nascimento, de mães residentes em Diadema, 2009-2018*

Fonte: ECD/SINASC REVISADO, 22/11/2018 *Dados preliminares

o Tipo de parto

Como pode ser verificado no Gráfico 13, houve uma diminuição na taxa de partos normais até 2013, quando se reiniciou uma tendência de

13,25%12,61%

11,13%10,75%

11,78% 11,67%

10,96%

9,50%

10,50%

11,50%

12,50%

13,50%

2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

0,0

2%

0,0

2%

0,0

5%

0,0

6%

0,0

5%

0,0

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5%

0,0

7%

0,0

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0,0

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0,6

8%

0,5

6%

0,5

4%

0,7

1%

0,4

8%

0,6

0%

0,7

0%

0,9

0%

0,7

5%

0,5

8%

1,1

6%

0,8

2%

1,3

5%

1,1

6%

1,1

3%

1,0

5%

1,0

4%

1,3

8%

1,0

1%

0,9

4%

7,5

6%

7,5

5%

8,9

8% 11

,31

%

10

,96

%

9,4

6%

8,9

7%

9,4

4%

9,8

6%

9,4

2%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018Antes da 22ª semana Entre 22ª e 27ª semanas Entre 28ª e 31ª semanas Entre 32ª e 36ª semanas

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16

aumento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)7 taxas de cesárea maiores que 10% não estão associadas com redução demortalidade materna e neonatal, pelo que se verifica que as taxas do município ainda são muito altas. Gráfico 13 – Nascidos vivos, segundo tipo de parto e ano de nascimento, de mães residentes em Diadema, 2009-2018*

Fonte: ECD/SINASC REVISADO, 22/11/2018 *Dados preliminares

Embora, os índices de parto cesáreo em estabelecimentos públicos do município sejam bem menores que os de parto vaginal (Gráfico 14), verifica-se uma tendência contínua de aumento entre 2009 e 2018*, distanciando-se cada vez mais da recomendação da OMS.

Gráfico 14 – Nascidos vivos de mães residentes, com ocorrência em Diadema, segundo tipo de parto, de estabelecimento e ano de nascimento, 2009-2018*

Fonte: ECD/SINASC REVISADO, 22/11/2018 *Dados preliminares

7 Organização Mundial da Saúde. Declaração da OMS sobre Taxas de Cesárea. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/161442/WHO_RHR_15.02_por.pdf;jsessionid=AD6FE61AE3D3D81638257A158E701CEA?sequence=3. Acesso em: 12/12/18.

46

,52

%

46

,16

%

44

,55

%

42

,20

%

40

,77

%

42

,55

%

45

,68

%

45

,31

%

45

,60

%

44

,86

%

53

,48

%

53

,82

%

55

,44

%

57

,80

%

59

,22

%

57

,45

%

54

,31

%

54

,67

%

54

,40

%

55

,14

%

30%

50%

70%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

PARTOS NORMAIS PARTOS CESÁREOS

54,35% 53,96% 54,70% 53,10% 50,44% 53,39%

62,92% 63,64% 62,61% 61,27% 61,55%

26,76% 28,06% 30,13% 30,06% 32,94% 33,52% 34,53% 35,82% 36,81% 38,19% 37,89%

4,08% 3,63% 3,50% 4,14% 3,18% 2,59% 0,47% 0,09% 0,03% 0,00% 0,00%

13,86% 13,93% 11,33% 12,44% 13,03% 10,08% 1,61% 0,03% 0,03% 0,00% 0,00%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018vaginais - unidades públicas Cesáreos - Unidades Públicas

vaginais - unidades privadas cesáreos - unidades privadas

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17

Segundo o DATASUS, de 2009-2016 as taxas de parto vaginal em residentes de Diadema (44,2%) foram superiores às do ABCD (35,5%) e SP (40,0%), quase equiparando-se às da RMSP (45,7%) e Brasil (45,3%).

o Consultas de pré-natal

A taxa de gestantes que realizaram 7 ou mais consultas no pré-natal (PN) é um indicador das condições de acesso das gestantes à assistência PN, tendo sido de 78,4% em Diadema, no período de 2009 a 2018*, conforme demonstrado no Gráfico 15.

De acordo com os dados do DATASUS, as residentes de Diadema com 7 ou mais consultas de PN representaram 78,0% do total das gestações a termo no período de 2009-2016, taxa superior às da RMSP (74,2%), SP (76,8%) e Brasil (62,9%) mas ainda inferior à do ABCD (79,1%).

Gráfico 15 – Taxa de consultas de pré-natal, segundo ano do parto, em residentes de Diadema, 2009-2018*

Fonte: ECD/SINASC REVISADO, 22/11/2018 *Dados preliminares

1,3

4%

1,3

6%

1,1

5%

0,4

3%

0,8

6%

0,4

9%

0,6

9%

0,7

0%

0,8

5%

0,9

6%

3,3

9%

3,4

6%

3,2

6%

4,1

6%

3,4

8%

4,1

7%

4,1

3%

3,9

5%

3,6

5%

3,2

5%16

,56

%

17

,36

%

17

,37

%

16

,82

%

16

,44

%

16

,16

%

16

,69

%

17

,35

%

15

,62

%

15

,52

%

78

,45

%

77

,43

%

77

,93

%

77

,95

%

78

,86

%

78

,59

%

77

,78

%

77

,37

%

79

,69

%

80

,06

%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Nenhuma consulta 1 a 3 consultas 4 a 6 consultas 7 ou mais consultas

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18

VII – MORTALIDADE

A ECD é responsável, no município, pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), incluindo a distribuição dos formulários de Declaração de Óbito (DO) para os estabelecimentos de saúde, IML/SVO e médicos cadastrados.

De 2010 a 2018 foram distribuídas pelo município 16.306 Declarações de Óbito (DOs), tendo sido 15.059 (92%) utilizadas, 1.075 (7%) canceladas/excluídas, e 179 (1%) ainda permanecendo em posse dos responsáveis e aguardando uso.

A partir do final de 2017, houve um grande empenho no sentido de aprimorar o gerenciamento e monitoramento das DOs distribuídas, uma vez que foram detectadas falhas em seu controle. Foram resgatados todos os números já distribuídos no município desde 2010 e criada uma planilha eletrônica constando a data da distribuição, o responsável pela retirada, a situação da DO (utilizada, cancelada, extraviada ou aguardando uso), a data do óbito/cancelamento, os dados do óbito (nome do falecido, do médico e da instituição emissora) e a fonte da informação (DATASUS, SIM local, outros). Todas as inconsitências foram sanadas.

Também foi reorganizado todo o arquivo físico das vias brancas recebidas na ECD, que estavam dispostas por data do óbito e passaram a ficar em ordem do número da DO. Dessa maneira, com a pesquisa por nome, médico, instituição ou data do óbito na planilha, será fácil resgatar o número da DO e localizá-la no arquivo físico agilizando-se, assim, a recuperação da ficha quando necessário.

A ECD também realiza a revisão constante nos bancos do SIM local, visando excluir as DOs que foram registradas como de residentes em Diadema mas não o são. Por essa razão, os dados de mortalidade aqui apresentados são os do banco SIM revisado, exceto quando mencionada outra fonte.

Porém, como estes dados não podem ser usados para comparação com os dados de outros municípios que não sofreram o mesmo tipo de refinamento, para as análises comparativas utilizaremos os dados do

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19

SEADE ressaltando-se, porém, que esta fonte não possue dados disponíveis até o ano de 2018.

• MORTALIDADE GERAL

O Coeficiente Geral de Mortalidade (CGM) em Diadema (5,33 por mil

habitantes) foi inferior ao do ESP (6,43) e do Brasil (6,07), no perído 2009-2016, segundo dados do DATASUS. Em comparação com outros municípios da sub-região, segundo dados do SEADE 2009-2017, Diadema aparece em quarto lugar (5,41), atrás de São Caetano (9,66), Santo André (7,39) e Ribeirão Pires (6,11).

A série histórica dos óbitos e CGM em Diadema está demostrado no Gráfico 16.

Gráfico 16 – Óbitos e Coeficiente Geral de Mortalidade de residentes em Diadema, segundo ano de falecimento. Diadema, 2009-2018*.

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

Acompanhando o cenário do ESP, as doenças do aparelho cardiovascular têm se mantido como as principais causas de óbitos gerais em moradores de Diadema nos últimos anos, seguidas pelas neoplasias,

2.0

04

2.1

33

2.0

53

2.0

60

2.2

29

2.1

17

2.1

79

2.3

34

2.3

15

2.1

55

5,04

5,53

5,28 5,27

5,48

5,17

5,28

5,62

5,54

5,12

4,70

4,80

4,90

5,00

5,10

5,20

5,30

5,40

5,50

5,60

5,70

1800

1900

2000

2100

2200

2300

2400

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Óbitos CGM

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20

pelas doenças do aparelho respiratório e pelas causas externas, como demonstrado na Tabela 07. Dentre as quatro, apenas as causas externas apresentam tendência de queda, tendo passado da terceira para a quarta posição a partir de 2015.

Tabela 07 – Óbitos em residentes segundo capítulo do CID-10 e ano de óbito. Diadema, 2009-2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* Ap. Cardiovasc 596 697 685 663 660 655 674 758 789 706 Neoplasia 325 335 348 387 394 367 398 458 412 405 Ap. Respiratório 255 237 219 212 288 258 276 295 288 285 Causa externa 262 310 244 240 290 261 254 191 208 217 Afecção perinatal 94 100 105 109 108 96 116 109 93 80 Ap. digestivo 118 106 112 119 127 124 112 164 135 99 Endóc, nutr e met. 69 66 64 57 85 67 76 70 53 61 Infec. e parasit. 77 91 86 64 77 74 66 90 89 73 Ap. geniturinário 35 45 44 39 43 56 53 37 75 47 Sist. nervoso 40 35 40 49 33 54 47 58 65 35 Não classificada 61 47 43 44 47 45 32 42 48 79 Malf. congên 27 22 25 30 32 26 34 31 24 20 Hematop. e imunit. 8 9 4 7 8 9 11 11 9 8 Transtorno mental 16 14 17 13 8 6 8 2 5 20 Pele e subcutâneo 3 10 6 11 13 4 10 4 11 5 Osteom. e conjunt 15 8 11 11 13 11 8 14 9 11 Grav. parto e puerp 3 1 0 5 3 4 4 0 2 4

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

A melhoria na qualidade dos dados captados pelo SIM, inclusive em relação à ausência ou má definição de causas mortis, que ainda aparecem em 11º lugar em Diadema, é uma meta perseguida em todas as esferas de gestão. Assim, foi inicado um processo de Aprimoramento dos Dados do Sistema de Informação de Mortalidade, envolvendo a ECD, os hopitais públicos e privado, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), e o IML/SVO. Este aprimoramento também visa atender plenamente à coleta de dados, fluxo e periodicidade de envio das informações definidos na Portaria SVS/MS 116 de 11/02/2009, ao prazo de notificação dos eventos à

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21

ECD estabelecido no Decreto Municipal Nº 7426 de 11/9/2017, às normas para fornecimento de DOs no município estatuídas no Decreto Municipal Nº 7476 de 19/02/2018, e à pontualidade de inserção dos eventos no sistema e a completude de campos conforme Portaria CDC/SES nº 05 de 27/04/2018.

No detalhamento das causas mais frequentes, no período 2009-2018*, verifica-se o seguinte:

o Aparelho circulatório

No período de 2009 a 2018*, as doenças isquêmicas do coração foram as principais dentre todas as doenças cardiovasculares, respondendo por 38% dos óbitos classificados neste capítulo. Destas, o infarto agudo do miocárdio foi a mais frequente, com 84% dos casos, afetando principalmente as faixas etárias de 60 a 69 anos (29% M, 33% F), seguida pela de 50 a 59 (28% M, 25% F), e por 70-79 (25% M, 28% F).

O número de óbitos por infarto agudo do miocárdio em residentes de Diadema, está demonstrado no Gráfico 17. No período 2009-2018*, esta causa de óbito apresentou tendência de queda, principalmente pela diminuição dos casos entre os indivíduos do sexo feminino. Porém, esse comportamento se inverteu a partir de 2016, passando a verificar-se queda acentuada no sexo masculino e aumento no sexo feminino.

Gráfico 17 – Distribuição dos óbitos por infarto agudo do miocárdio em residentes segundo sexo e ano de ocorrência. Diadema, 2009- 2018*

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

102116

101

119

103112 107

130118

99

65

8476

91

60

79

52 54 5865

0

20

40

60

80

100

120

140

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Masc. Fem. Linear (Masc.) Linear (Fem.)

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22

As doenças cerebrovasculares foram a segunda causa de óbito dentre as doenças cardiovasculares (25% no período), seguidas pelas outras formas de doença do coração (16%), pelas doenças das artérias, das arteríolas e dos capilares (7%) e pelas doenças hipertensivas (6%).

o Neoplasias

Os tumores malignos dos órgãos digestivos mantiveram-se os mais frequentes em todo o período 2009-2018*, representando 34% de todos os óbitos por neoplasias, e foram mais prevalentes no sexo masculino (média de 73 casos ao ano, 56%) que no feminino (57, 44%). A faixa etária predominante foi de 70-79 anos (média de 15 ao ano, 26%), seguida por 60-69 (12, 21%) e 50-59 (11, 20%).

Os óbitos por tumores malignos dos órgãos digestivos em residentes de Diadema apresentaram tendência de aumento independentemente do sexo, conforme demonstrado no Gráfico 18.

Gráfico 18 – Distribuição dos óbitos por tumor maligno de órgão digestivo em residentes segundo sexo e ano de ocorrência. Diadema, 2009 -2018*

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

53

67 68

55

90

67

88

8178

81

34

41 41

6460

69

53

68

78

59

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Masc. Fem. Linear (Masc.) Linear (Fem.)

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23

Entre os indivíduos do sexo masculino, em segundo lugar no período ficaram as neoplasias do aparelho respiratório e dos órgãos intratorácicos (média de 35 casos ao ano) e em terceiro lugar os tumores malignos dos órgãos genitais (21).

Já, para o sexo feminino, em segundo lugar ficaram os tumores de mama (média de 30 casos ao ano), e em terceiro os dos órgãos genitais femininos (24).

o Aparelho respiratório

Dentre todas as doenças do aparelho respiratório, no período 2009-2018*, as gripes e pneumonias foram as principais respondendo por 61% dos óbitos classificados nesse capítulo. Em segundo lugar ficaram as doenças crônicas das vias aéreas inferiores, com 26% dos casos.

Os óbitos por gripe e pneumonia prevaleceram entre a população de 80 anos acima (34%), seguido pela faixa etária de 70 a 79 anos (22%). Já as doenças crônicas das vias aéreas inferiores foram igualmente prevalentes na faixa de 70 a 79 anos e 80 anos e mais (13%).

A distribuição dos óbitos por gripe e pneumonia está demonstrada no Gráfico 19, demonstrando tendência de crescimento em ambos os sexos.

Gráfico 19 – Distribuição dos óbitos por gripe e pneumonia em residentes, segundo sexo e ano de ocorrência. Diadema, 2009 -2018*

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

79

6972 74

89 91

84

90

9693

64

72

58 57

78 79 78

97

87

94

40

50

60

70

80

90

100

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Masc Fem. Linear (Masc) Linear (Fem.)

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24

o Causas externas

Após a implantação, a partir de 2009, de políticas de enfrentamento às situações de violência no Município de Diadema as causas externas seguiram uma tendência de queda e passaram de ocupar o 3º lugar entre as causas de óbito para o 4º lugar. Apesar desta tendência ter voltado a se inverter a partir de 2017, ainda se mantém em 4º lugar entre as causas de óbito gerais (Gráfico 20).

Gráfico 20 – Distribuição das 4 principais causas de óbito em residentes, segundo capítulo do CID10 e ano de ocorrência. Diadema, 2009 a 2018*

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

Dentre todas as causas externas, as agressões foram as mais frequentes no período de 2009 a 2018* (36%), pricipalmente os homicídios por arma de fogo (79% das agressões), predominantemente no sexo masculino, entre 20 e 29 anos de idade (28% dos homicídios por arma de fogo).

No mesmo período, 51% dos homicídios foram de indivíduos de cor parda, 41% branca e 7% preta. A distribuição dos homicídios segundo faixa etária, sexo e cor está demonstrada na Tabela 08.

596

697 685 663 660 655 674

758788

734

325 335 348387 394

367398

458412 410

255 237219 212

288258

276 295 289 296262

310244 240

290261

254191 208 227

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Ap. circulatório Neoplasias Ap. respiratório Causas externas

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25

Tabela 08 – Distribuição dos homicídios em residentes, segundo faixa etária, sexo e cor, Diadema, 2009-2018*

BRANCA PRETA PARDA Fxa etária M F M F M F

<1a 1 1 0 0 0 0 1-9a 0 0 0 0 1 0

10-19a 37 17 7 2 52 21 20-29a 84 40 19 4 113 41 30-39a 49 30 14 3 70 37 40-49a 25 20 6 0 39 18 50-59a 15 11 2 0 17 8 60-69a 6 1 2 2 5 3 70-79a 2 1 0 0 1 1 80a e + 1 1 1 0 0 0

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

Segundo a Portaria nº 344, de 01/02/2017, que dispõe sobre o preenchimento do quesito raça/cor nos formulários dos sistemas de informação em saúde, caberá aos familiares ou responsáveis a declaração da cor do falecido. Igualmente no Manual de Instruções para o Preenchimento da Declaração de Óbito8, a cor deve ser perguntada ao responsável pelas informações do falecido, não devendo nunca ser decidida pelo médico a partir da observação. Assim, as imprecisões que permitem contextos de reafirmação ou ocultação de identidades coletivas, referentes à noção de pertencimento racial, são incorporadas às análises epidemiológicas. Porém, ainda que havendo equívocos quando a variável “cor” é categorizada em branca, preta, parda, amarela e indígena, ainda assim a classificação fornece subsídios para análises de vulnerabilidade.

Outras causas externas de lesão acidental figuraram em segundo lugar (26%), dentre estas, principalmente as quedas (45%), com predominância entre os homens de 50-59 anos (14%) (Tabela 09).

8 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Instruções para o preenchimento da Declaração de Óbito. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: http://svs.aids.gov.br/download/manuais/Manual_Instr_Preench_DO_2011_jan.pdf. Acesso em: 30/04/2019

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26

Tabela 09 – Distribuição das quedas acidentais em residentes, segundo faixa etária e sexo, Diadema, 2009-2018*

Fxa etária <1a 1-9 10-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80 e + M 1 2 3 11 24 38 54 34 37 40 F 1 3 1 1 12 19 19 19 20 35 Tt 2 5 4 12 36 57 73 53 57 75 % 1% 1% 1% 3% 10% 15% 20% 14% 15% 20%

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

Em terceiro lugar ficaram os acidentes de transporte (22%), com os atropelamentos representando 30% e os acidentes com motociclistas 27%. Ambos se concentraram mais em indivíduos do sexo masculino. A distribuição segundo faixa etária e sexo está demonstrada na Tabela 10.

Tabela 10 – Distribuição dos atropelamentos e acidentes com motociclistas em residentes, segundo faixa etária e sexo, Diadema, 2009-2018*

ATROPELAMENTOS ACIDENTES MOTOCICLETA Fxa etária M F Tt % M F Tt %

<1a 0 0 0 0% 0 0 0 0% 1-9a 3 1 4 2% 0 1 1 1%

10-19a 9 9 18 9% 14 7 21 12% 20-29a 21 7 28 15% 62 21 83 47% 30-39a 25 10 35 18% 23 17 40 23% 40-49a 21 11 32 17% 13 4 17 10% 50-59a 21 12 33 17% 8 0 8 5% 60-69a 13 11 24 12% 1 2 3 2% 70-79a 5 8 13 7% 1 0 1 1% 80a e + 4 2 6 3% 1 0 1 1%

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

Os suicídios representaram uma pequena porcentagem nas causas externas (7%), mas não podem ser considerados menos importantes. A distribuição segundo faixa etária e sexo está demonstrada na Tabela 11.

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Tabela 11 – Distribuição dos suicídios de residentes, segundo faixa etária e sexo. Diadema, 2009-2018*

Fxa etária M F Tt % 1-9a 0 0 0 0%

10-19a 0 1 1 1% 20-29a 6 3 9 5% 30-39a 38 13 51 29% 40-49a 37 9 46 26% 50-59a 27 13 40 23% 60-69a 8 8 16 9% 70-79a 5 1 6 3% 80a e + 2 3 5 3%

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

As formas de suicídio foram principalmente por bloqueio da respiração (enforcamento), impactos/contusões (precipitação de local elevado), intoxicação e uso de arma de fogo, conforme demonstrado na Tabela 12.

Tabela 12 – Distribuição das principais causas básicas de suicídio, segundo sexo, Diadema, 2009- 2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Bloq. da respiração

M 7 8 8 6 7 4 9 6 10 11 F 1 2 2 5 4 7 1 0 0 2 Tt 8 10 10 11 11 11 10 6 10 13

Impactos/ contusões

M 3 3 0 0 2 0 2 4 3 2 F 1 1 0 0 1 1 2 2 3 1 Tt 4 4 0 0 3 1 4 6 6 3

Intoxicação M 2 3 1 2 0 0 0 0 1 0 F 0 1 0 2 3 0 0 0 0 0 Tt 2 4 1 4 3 0 0 0 1 0

Arma de fogo

M 3 1 1 1 3 1 1 1 3 0 F 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 Tt 3 1 1 1 4 2 1 1 3 1

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

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• MORTALIDADE INFANTIL

Em Diadema, considerando-se o período de 2009-2018*, verifica-se uma tendência de queda na mortalidade infantil e de aumento na natimortalidade (Gráfico 21). Ao analisar-se a evolução anual, a mortalidade infantil culminou em 2013 com o índice de 15,88 por mil nascidos vivos, a taxa mais alta do período, em 2014 teve uma queda de quatro pontos percentuais, e em 2015 voltou a apresentar crescimento. A partir de então tem se mantido em queda. Já a taxa de natimortalidade permaneceu crescente até 2016, apresentando queda desde então, embora deva-se considerar que os dados de 2018 ainda são preliminares.

Gráfico 21 – Evolução das taxas de mortalidade infantil e natimortalidade, segundo ano de óbito, em Diadema, 2009-2018*.

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

A comparação das taxas de mortalidade infantil de Diadema com os municípios da sub-região do ABCD (Tabela 13) demonstra que, apesar da tendência de queda, Diadema vem mantendo a mais alta taxa desde 2015.

12

,01

°/ₒ

12

,03

°/ₒ

12

,58

°/ₒ

14

,13

°/ₒ

15

,88

°/ₒ

11

,30

°/ₒ

14

,20

°/ₒ

12

,63

°/ₒ

12

,27

°/ₒ

11

,34

°/ₒ

8,1

4 °

/ₒₒ

9,2

1 °

/ₒₒ

9,8

4 °

/ₒₒ

8,4

7 °

/ₒₒ

9,2

8 °

/ₒₒ

9,4

8 °

/ₒₒ

11

,04

°/ₒ

11

,17

°/ₒ

9,7

8 °

/ₒₒ

8,2

5 °

/ₒₒ

6,00 °/ₒₒ

7,00 °/ₒₒ

8,00 °/ₒₒ

9,00 °/ₒₒ

10,00 °/ₒₒ

11,00 °/ₒₒ

12,00 °/ₒₒ

13,00 °/ₒₒ

14,00 °/ₒₒ

15,00 °/ₒₒ

16,00 °/ₒₒ

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Mort. Inf. Natimort. Linear (Mort. Inf.) Linear (Natimort.)

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Tabela 13 – Taxas de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) segundo ano de óbito, dos municípios da sub-região do ABCD, 2009-2017.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Média Diadema 12,4 12,3 12,6 13,9 15,6 12,4 14,6 13,3 14,4 13,5 Mauá 15,7 17,4 14,1 15,9 15,8 13,0 11,5 9,5 9,9 13,6 Ribeirão Pires 16,0 14,6 13,9 9,8 12,7 11,1 11,3 9,7 8,4 11,9 Rio G. da Serra 21,2 16,0 13,4 9,6 17,8 16,7 8,6 3,3 7,9 12,7 Santo André 12,9 11,1 12,1 10,5 9,4 10,2 10,6 8,1 7,3 10,3 São Bernardo 12,7 13,4 9,9 9,3 11,5 10,0 8,4 10,0 9,4 10,5 São Caetano 7,3 7,7 6,9 6,4 5,8 7,0 10,3 11,9 9,2 8,1

Fonte: SEADE, 2019 Dados de 2018 ainda indisponíveis

A mortalidade infantil é pauta prioritária para a gestão municipal e várias ações e estratégias foram desencadeadas para alterar o cenário. A constituição de grupo técnico da Rede Cegonha e a reestrutuação do Comitê de Vigilância do Óbito Materno, Infantil, Fetal e de Mulher em Idade Fértil tem trazido impacto positivo na mortalidade infantil. Todas as ações estão descritas no Plano Municipal de Saúde, mas podemos destacar algumas:

• criação ou reorganização de instâncias colegiadas para fortalecimento da linha de cuidado materno-infantil e vigilância de seus eventos, entre elas o Grupo Técnico de Vigilância do Óbito Materno, Infantil, Fetal e de Mulher em Idade Fértil, atuando este como disparador e condutor da investigação dos óbitos junto aos serviços do território;

• edição de Decreto municipal definindo eventos sentinela os óbitos fetais, infantis, maternos e de mulheres em idade fértil com os redefinição de prazo de envio de DOs à ECD (24 horas após a ocorrência);

• estabelecimento de prazo de 10 dias úteis para o retorno das investigações de óbitos realizadas pelos serviços de saúde ao Comitê; e

• revisão dos protocolos de pré-natal, incluindo medicação para as infecções urinárias em gestantes, nas UBSs e UPA.

O esforço de aprimoramento da informação sobre mortalidade infantil também é medido pelo percentual de investigação de óbitos infantis

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e fetais. A reclassificação de óbitos infantis, e a identificação de determinantes do óbito, pode orientar na adoção de medidas direcionadas a evitar novas ocorrências.

Porém, a arquitetura do sistema não permite o acompanhamento real deste indicador por meio do SINASC local, uma vez que os municípios de residência (que são os que fazem a investigação) não têm permissão para fazer alterações na ficha digitada em outros municípios de ocorrência. Assim, os dados aqui apresentados foram colhidos no SINASC federal (Gráfico 22),

Verifica-se uma tendência de aumento no número de casos investigados desde o ano de 2010, que foi quando se iniciaram os registros das investigações.

Gráfico 22 – Percentual de investigação de óbitos infantis e fetais, de residentes, segundo ano de ocorrência, Diadema, 2010 -2018*

Fonte: SIM FEDERAL, 2019 *Dados preliminares

Segundo a distribuição por idade dos óbitos infantis em residentes (Tabela 14), de 2009 a 2018* o período neonatal precoce (primeira semana de vida) representou 50% dos óbitos infantis, o pós neonatal (28 a 364 dias) 29% e o neonatal tardio (7 a 27 dias) 21%.

78

,67

72

,84

85

,71

95

89

,04

89

,89

10

0

10

0

98

,41

72

,41

78

,13

89

,09

90

90

,16

97

,14

10

0

98

,31

91

,3

60

65

70

75

80

85

90

95

100

105

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

fetais infantis Linear (fetais) Linear (infantis)

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Tabela 14 – Taxa de mortalidade (por mil nascidos vivos) e número de óbitos infantis segundo faixa etária, Diadema, 2009 -2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

< 7d Nº 44 33 40 45 46 35 39 44 39 35

Tx °/ₒₒ 6,7 5,3 6,2 7,0 7,3 5,5 6,2 7,3 6,6 6,5

7-27d Nº 14 17 12 24 15 16 24 16 12 13

Tx °/ₒₒ 2,1 2,7 1,9 3,7 2,4 2,5 3,8 2,7 2,0 2,4

28d-<1a

Nº 21 25 29 22 39 21 26 16 21 12

Tx °/ₒₒ 3,2 4,0 4,5 3,4 6,2 3,3 4,1 2,7 3,6 2,2

Total

<1a

Nº 79 75 81 91 100 72 89 76 72 60

Tx °/ₒₒ 12,0 12,0 12,6 14,1 15,9 11,3 14,2 12,6 12,3 11,3

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

Verifica-se que, no quesito mortalidade neonatal (menores de 28 dias), o município já tem atingido a Meta 3.2 dos ODS que preconiza até 12 por mil nascidos vivos, visto que alcançou 9,1 no período 2009-2018*. Ainda, para menores de 5 anos, a Meta 3.2 preconiza até 25 óbitos por mil nascidos vivos, sendo que Diadema apresentou 14,3 no período de 2009-2018*, tendo como pico máximo 16,7 no ano de 2013.

As principais causas de óbitos no período de 2009 a 2018* foram aquelas relacionadas a fatores maternos e problemas na gravidez, parto e nascimento (27%), seguidas pelos transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período perinatal (14%), e pelas infecções específicas do período perinatal (10%).

Em Diadema, os óbitos infantis ocorreram maciçamente entre os indivíduos de cor branca ou parda, conforme demonstrado na Tabela 15.

Tabela 15 – Distribuição dos óbitos infantis segundo cor, Diadema, 2009 -2018* 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Branca 53 51 58 51 54 47 53 49 43 33

Parda 21 17 16 19 31 21 28 21 25 24

Preta 1 3 1 3 1 0 0 0 1 2

Amarela 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0

Indígena

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ignorada 4 4 6 18 14 4 8 5 3 1

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

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As causas de mortes evitáveis ou reduzíveis são definidas como aquelas preveníveis, total ou parcialmente, por ações efetivas dos serviços de saúde que estejam acessíveis em um determinado local e época9.

A atualização da lista das causas de mortes adotada pelo SUS foi publicada em 2010, por esta razão é apresentada, na Tabela 16, a série histórica das mesmas somente a partir de 2011. É possível observar, neste período, diminuição dos óbitos evitáveis por ações de atenção à gestação e ao RN, porém aumento daqueles por atenção ao parto.

Tabela 16 – Distribuição dos óbitos infantis segundo agrupamento de ações de evitabilidade, Diadema, 2011 a 2018*

Reduzív. Por: 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Imunoprevenção 0 1 0 0 0 0 0 0

Atenção à gestação 25 33 32 20 27 17 12 12

Atenção ao parto 6 7 6 6 24 34 23 19

Atenção ao RN 16 21 13 12 3 1 2 0

Diagn. e trat. adequados 6 2 9 8 0 1 0 0

Promoção à saúde 8 3 9 3 0 0 0 0

Total de evitáveis 61 67 69 49 54 53 37 31

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 27/11/2018 *Dados preliminares

A Meta 3.2 dos ODS também preconiza a eliminação das mortes evitáveis de recém-nascidos (RN) e crianças menores de 5 anos até 2030. Diadema teve média, no período de 2011-2018*, de 43 óbitos evitáveis em RN e 60 em menores de 5 anos.

9 Universidade de São Paulo. Departamento de Epidemiologia. Nota Técnica: Atualização da lista de causas de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde do Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 19, n. 2, p. 173-176, abr.-jun. 2010. Disponível em: https://bdpi.usp.br/bitstream/handle/BDPI/14517/art_MALTA_Atualizacao_da_lista_de_causas_de_mortes_2010.pdf?sequence=1. Acesso em 30/04/2019.

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• MORTALIDADE MATERNA

Os óbitos em mulheres em idade fértil (MIF), são aqueles ocorridos na faixa etária de 10 a 49 anos do sexo feminino, dentre eles são especialmente monitorados os óbitos maternos, que são os ocorridos durante a gestação ou até 42 dias após, devido a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devido a causas acidentais ou incidentais.

Cabe informar que, neste documento, os óbitos em MIF apresentados incluem também os óbitos maternos, exceto se expressamente mencionado o contrário.

A mortalidade em MIF demonstrou uma tendência decrescente em Diadema, no último decênio (Gráfico 23). À semelhança da mortalidade infantil, apresentou oscilações ao longo do tempo, porém desde 2016 tem se mantido em queda.

Gráfico 23 – Óbitos de mulheres em idade fértil, residentes em Diadema, segundo ano de óbito. Série histórica, 2009 a 2018.

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 23/01/2019 *Dados preliminares

A comparação das taxas de mortalidade em MIF de Diadema com os municípios da sub-região do ABCD (Tabela 17) demonstra que, apesar da tendência de queda, o município vem se mantendo entre o primeiro e o terceiro postos entre as mais altas, no último decênio.

147

140

165

138

159

136

124

157

140

130

100

110

120

130

140

150

160

170

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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Tabela 17 – Taxas de mortalidade em mulheres em idade fértil (por cem mil mulheres entre 15 e 49 anos) segundo ano de óbito, dos municípios da sub-região do ABCD, 2009-2017.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Média Diadema 124,

0 116,

7 135,

2 117,

3 133,

3 113,

8 102,

7 134,

0 128,

7 122,8

Mauá 139,2

91,3 98,3 93,5 105,1

98,0 90,3 95,5 102,9

101,6 Ribeirão Pires 103,

9 143,

4 91,5 100,

7 85,4 76,4 97,9 144,

5 114,

5 106,5

Rio G. Serra 166,2

93,7 107,6

98,3 156,4

146,7

159,0

121,9

92,5 126,9 Santo André 120,

2 117,

7 119,

2 100,

7 102,

2 111,

7 111,

7 105,

5 112,

6 111,3

São Bernardo 85,9 108,4

93,9 93,9 80,7 94,0 89,3 85,7 96,8 92,1 São Caetano 97,9 80,7 79,0 94,6 93,0 76,1 69,1 100,

8 78,3 85,5

Fonte: SEADE, 2019 Dados de 2018 ainda indisponíveis

No período 2009 a 2018, segundo o SIM federal, foram notificados 1.453 óbitos em MIF residentes, tendo sido investigados 97%, conforme Tabela 18. Apenas 26 (2%) deles eram óbitos maternos declarados. Todos os óbitos maternos declarados, neste período, foram investigados (100%).

Tabela 18 – Óbitos maternos declarados e de mulheres em idade fértil e taxa de investigação, segundo ano de óbito, de residentes em Diadema, 2008-2016.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* Ób. Maternos 3 1 0 5 3 4 4 0 2 4 Óbitos MIF totais

147 140 167 138 159 136 124 158 147 137 % Investig. 99,3

2 92,8

6 95,2

1 95,6

5 98,7

4 97,0

6 98,3

9 97,4

7 99,3

2 99,3

Fonte: SIM federal 15/03/2019 *Dados preliminares

A mortalidade materna é considerada pelo Ministério da Saúde uma tragédia evitável em 92% dos casos10, sendo que sua redução depende essencialmente da garantia de acesso a cuidados de qualidade antes,

10 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual dos comitês de mortalidade materna. – 3. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_comites_mortalidade_materna.pdf. Acesso em 30/04/2019

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35

durante e após o parto. Os ODS da OMS apresentam como alvo (Meta 3.1) a redução da taxa de mortalidade materna global até 2030, para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos. Verifica-se no Gráfico 24 que, nos últimos anos, o município tem atingido esta meta.

Gráfico 24 – Taxa de mortalidade materna de residentes (por cem mil nascidos vivos) segundo ano de óbito. Diadema, 2009-2018*.

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 11/03/2019 *Dados preliminares

No período 2015-2018*, os óbitos em MIF residentes segundo cor foram: 46% branca, 44% parda e 8% preta. Segundo a faixa etária, prevaleceram os óbitos entre as de 40-49 anos (53%), seguidas pelas de 30-39 anos (29%) e 20-29 anos (12%).

No período 2009-2018*, as duas primeiras causas de óbito em MIF residentes seguiram o mesmo perfil já exposto nos óbitos gerais, mas foram as causas externas que ficaram em terceiro lugar (Tabela 19).

Dentre as causas externas os principais agrupamentos foram as agressões (média de 24 casos ao ano) e os acidentes de transporte (13). No detalhamento, as agressões foram principalmente por arma de fogo (19), e os acidentes de transporte por motocicleta (5) e atropelamento (4).

30

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16

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Tx mort. materna meta ODS

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36

Tabela 19 – Causas de óbito de mulheres em idade fértil residentes, segundo capítulo do CID10 e ano de óbito, Diadema, 2009-2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

Méd.

Ap. Cardiovasc 37 34 44 38 45 33 26 37 36 28 36 Neoplasias 26 32 42 36 33 32 33 49 35 32 35 Causas externas 17 27 23 16 22 21 15 14 16 19 19 Ap. Respiratório 19 11 12 7 13 13 8 13 13 10 12 Infec. e parasit. 11 10 12 6 8 7 10 8 10 9 9 Ap. digestivo 9 7 8 11 8 8 6 12 5 6 8 Não classif 11 8 4 2 8 5 6 2 7 15 7 Endóc, nutr e metabólicas

1 1 5 2 5 4 6 7 4 1 4 Sist. nervoso 4 4 2 3 2 2 2 6 3 2 3 Grav. parto e puerp

3 1 0 5 3 4 4 0 2 4 3 Ap. geniturinário 0 2 7 5 1 1 3 2 3 0 2 Osteom. e conjunt

4 1 2 2 1 2 3 4 0 0 2 Malf. congên 1 0 2 1 3 2 1 1 2 2 2 Hematop. e imunit.

3 1 1 0 2 1 1 2 2 2 2 Pele e subcut 1 1 0 3 4 0 0 0 2 0 1 Tr. mentais 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 Total óbitos MIF 147 140 165 138 159 136 124 157 140 130 144

Fonte: ECD/SIM REVISADO, 23/01/2019 *Dados preliminares

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37

V – MORBIDADE POR DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (DNC)

A Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública está definida pelo anexo 1, do anexo V, da portaria de consolidação nº 4, de 18 de fevereiro de 2016. Nela constam 48 doenças ou agravos, dos quais 10 não foram registrados em residentes de Diadema, ao menos desde a década de 1990:

• doenças com suspeita de disseminação intencional (antraz pneumônico, tularemia e varíola

• doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes (Arenavirus, Ebola, Marburg, Lassa, febre purpúrica brasileira)

• febre do Nilo Ocidental • febre tifoide • peste • poliomielite por poliovirus selvagem • raiva humana • síndrome respiratória aguda grave associada a Coronavirus

(MERS-CoV e SARS-CoV) • tétano neonatal • varicela (caso grave internado ou óbito)

Algumas DNC foram notificadas esporadicamente em residentes de

Diadema nesse período: botulismo, cólera, difteria, doença de Chagas aguda, doença de Creutzfeldt-Jakob, hantavirose, leishmaniose tegumentar americana, leishmaniose visceral, malária, síndrome da paralisia flácida aguda, e tétano acidental. Dentre os casos que foram confirmados e que são de transmissão vetorial nenhum era autóctone, mas foram devidos ao deslocamento de residentes para outras áreas com transmissão ativa.

As demais DNC são apresentadas a seguir, em ordem alfabética:

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• ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO (ATEMB)

São acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos

ocorridos com os profissionais, em especial da área da saúde, durante o desenvolvimento do seu trabalho, onde os mesmos estão expostos a materiais biológicos potencialmente contaminados. Embora o risco de infecção após um acidente percutâneo ou de exposição da mucosa seja baixo, a notificação desses acidentes permite que se tenha dados consistentes de sua ocorrência para que sejam instituídas condutas de controle e prevenção.

O número de notificações de ATEMB dos serviços de saúde existentes no município foi crescente até o ano de 2012 porém, após ações de capacitação junto aos estabelecimentos, houve diminuição das notificações que passaram a apresentar uma tendência de queda Gráfico 25.

Gráfico 25 - Notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico ocorridos em Diadema, segundo ano de notificação, 2009 a 2018*.

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

As punções de coleta e os procedimentos cirúrgicos foram as

principais circunstâncias do acidente no período de 2009 a 2018* (Tabela 20). Tais ocorrências podem ser evitadas se forem adotados procedimentos recomendados na realização das atividades dos profissionais, como por exemplo o descarte adequado de material, não

104 111

149

188 184

153

122

142129

139

0

50

100

150

200

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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reencapar agulhas, realizar tecnica adequada de aplicação de injeções, etc. Ações de educação permanente são fundamentais para adoção de práticas de proteção individual e coletiva no processo de trabalho cotidiano.

Tabela 20 - Notificações de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo circunstância do acidente. Diadema, 2009-2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* total

Outros 16 28 22 33 38 31 27 34 25 18 272 Punção coleta 5 8 15 18 17 13 10 17 11 16 130 Proc. cirúrgico 3 4 9 25 16 15 12 11 16 17 128 Adm. med. EV 11 11 14 12 17 7 12 9 13 13 119 Desc. inad. chão 8 8 10 16 8 14 12 15 7 10 108 Desc inad. lixo 8 7 13 13 14 15 10 7 10 9 106 Proc. odontológ. 8 4 14 15 12 8 3 8 7 6 85 Manip caixa perfuro/cortante

7 2 11 10 10 12 4 5 4 9 74

Adm. med. IM 4 5 6 11 7 6 3 8 7 9 66 Adm. med. SC 3 7 2 12 8 10 2 4 7 11 66 Dextro 5 7 12 8 14 6 4 3 4 0 63 Punção NE 0 5 3 4 7 9 9 3 4 9 53 Lavag. material 5 6 4 2 7 2 4 6 5 2 43 Lavanderia 17 2 6 3 3 2 1 2 2 1 39 Ign/Branco 1 4 6 3 2 3 4 3 4 5 35 Proc. laborator. 3 1 2 0 0 0 3 2 2 2 15 Reencape 0 1 0 2 3 0 2 4 0 1 13 Adm. med. ID 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 5 Total 104 111 149 188 184 153 122 142 129 138 1420

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Em junho de 2017 iniciou-se uma articulação para a implantação dos

Planos de Gerenciamento de Residuos dos Serviços de Saúde (PGRSS) dos equipamentos públicos de Diadema. A partir da análise dos dados referentes aos acidentes com material biológico registrados (série histórica) e definição dos grupos para atualização do fluxo de notificação e atendimento dos casos de acidente de trabalho com exposição a material

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biológico em Diadema, foi elaborado novo fluxograma de notificação e profilaxia de exposição a acidentes com materiais biológicos e atualizações do tratamento .

Durante o segundo semestre de 2018 foram realizadas capacitações para os profissionais das UBS´S, Pronto-Socorro, HMD e UPAs, em conjunto com o Centro de Referência de IST AIDS, a Atenção Básica, o CEREST e a Vigilância Epidemiológica, sobre o fluxograma e protocolo de atendimento dos casos de ATEMB. Nas capacitações também foi abordada a qualificação da informação. A melhoria das informações pode ser verificada nos últimos anos, alterando o cenário apresentado no gráfico anterior, conforme pode ser verificado no Gráfico 26.

Gráfico 26 - Notificação de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo categoria profissional. Diadema, 2016-2018*.

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

0

5

10

15

20

25

30

35

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2016 2017 2018

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Quanto à categoria profissional (ocupação), no período de 2009 a 2018* observou-se maior prevalência entre os profissionais da enfermagem (técnicos e auxiliares). Gráfico 27

Gráfico 27 - Notificação de acidentes de trabalho com exposição a material biológico, segundo categoria profissional. Diadema, 2009-2018*.

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminare

• ACIDENTE DE TRABALHO GRAVE, FATAL E EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

São considerados acidentes de trabalho graves, para fins de notificação compulsória, os acidentes que ocorrem no exercício da atividade laboral, ou no percurso de casa para o trabalho e que resultam em morte ou mutilações ou aqueles que acontecem com menores de dezoito anos.

No período 2017 e 2018* (*dados preliminares) observa-se queda no número de notificações de acidentes de trabalho (AT) graves ocorridos em Diadema (Gráfico 28).

22 32 40 43 55 69 77 88 101

159192

543

0

100

200

300

400

500

600

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Gráfico 28 – Notificações de Acidentes de Trabalho Graves, segundo ano de notificação. Diadema, 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

A maior parte das notificações entre 2017-2018 foi de acidentes típicos, aqueles ocorridos na situação de trabalho, seguido dos acidentes de trajeto (Gráfico 29), acometendo mais o gênero masculino (Gráfico 30). As lesões mais frequentes foram fraturas e esmagamentos atingindo membros superiores (mãos e braços), e em função da utilização de máquinas e equipamentos. São notificados os agravos relacionados ao trabalho ocorridos em Diadema. Gráfico 29. Notificações de Acidentes de Trabalho Graves, segundo Tipo e ano. Diadema 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

673

773 760 729

512

431370

291

195

103

0

100

200

300

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500

600

700

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900

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

477

587 586 572

415

336275

222

15387

189161 140 135

90 79 74 60 33 15

7 25 34 22 7 16 21 9 9 10

100

200

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400

500

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700

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

1 - Típico 2 - Trajeto 9 - Ignorado

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Gráfico 30. Notificações de Acidentes de Trabalho Graves, segundo gênero e ano. Diadema, 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

O matriciamento em saúde do trabalhador foi retomado em 2017 nos servicos de saúde e, ainda que a qualidade da informação tenha melhorado, não foi observado aumento das notificações dos acidentes e das doenças relacionadas ao trabalho (Gráfico 31).

Gráfico 31 – Total de Acidentes de Trabalho Graves e Doenças Relacionadas ao Trabalho notificados, por ano. Diadema, 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

Observa-se uma maior dificuldade de estabelecimento da relação das doenças com o trabalho no conjunto da rede de saúde, sendo este um dos desafios do matriciamento em saúde do trabalhador e da qualificação da informação. Em 2016 e 2017 esse quadro mostrou leve mudança, quando as empresas de saúde ocupacional de Diadema, em atendimento ao estabelecido em legislação e monitorado pelo CEREST, passaram a notificar os agravos relacionados ao trabalho de notificação compulsória.

584669 635 590

404331 295

227163

8889 104 125 139 108 100 75 64 32 150

200

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600

800

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Masculino Feminino

673773 760 729

512431

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291195

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142 182 170 201 165214 207

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Acidentes de trabalho graves Doenças relacionadas ao trabalho

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o Acidentes de trabalho com crianças e adolescentes

O total de notificações de acidentes de trabalho com crianças e adolescentes tem se mantido estável desde 2016 (Gráfico 32). Em 2017 foram notificados 11 AT com crianças e adolescentes, o que significou 5,6% do total de acidentes de trabalho graves notificados. Em 2018 foram 10 notificações, que representaram 9,7% do total. Isto pode significar que, apesar da queda no total de notificações de AT graves, os AT com crianças e adolescentes continuam a ser notificados

Gráfico 32 – Notificações acidentes de trabalho com crianças e adolescentes, segundo ano. Diadema, 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

Observa-se que a maioria dos casos notificados foram acidentes com jovens entre 16 e 17anos (Tabela 21), as lesões mais frequentes foram em membros superiores (mãos e braços) e em alguns casos o acidente ocorreu pela utilização de máquinas e equipamentos, o que é proibido p. Tabela 21 – Notificações acidentes de trabalho em menores de 18 anos, segundo ano de notificação. Diadema, 2009-2018.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total

14 anos 0 0 0 2 3 0 0 1 0 0 6 15 anos 1 2 1 2 1 2 2 0 1 0 12 16 anos 7 21 23 26 8 13 13 4 5 4 120 17 anos 21 39 38 47 23 34 25 5 5 6 235

Fonte: Sinannet, 2019

29

62 62

77

35

49

40

10 11 10

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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45

o Acidente de trabalho fatal - Óbitos relacionados ao trabalho

Os acidentes de trabalho fatais entre 2017 e 2018 acometeram majoritariamente o gênero masculino (Gráfico 33), a maioria deles na faixa etária entre 40 a 49 anos (Tabela 22). Em 2017, os óbitos relacionados ao trabalho representaram 4% do total de acidentes graves e em 2018, 3%.

Gráfico 33 – Total de óbitos por acidentes de trabalho segundo gênero e ano. Diadema, 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

Tabela 22 – Total de óbitos por acidentes de trabalho segundo faixa etária e ano. Diadema, 2009-2018.

Faixa etária 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total Menor de 18 anos

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 De 18 a 29 anos

3 1 2 0 3 0 0 0 1 1 11 De 30 a 39 anos

3 6 0 0 1 0 1 1 1 0 13 De 40 a 49 anos

1 1 0 4 1 2 2 0 3 2 16 De 50 a 59 anos

1 2 1 2 1 2 0 1 1 0 11 Mais de 60 anos

0 1 0 0 0 0 0 0 2 1 4 Fonte: Sinannet, 2019

As causas mais frequentes no período foram a queda de altura, acidentes de trânsito e descarga elétrica. Ainda que na série histórica os ferimentos por arma de fogo sejam a terceira causa de óbito, observa-se

910

3

6

43

2

8

4

01

0 0

3

0 0 0 00

2

4

6

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10

12

2009 2010 2011 2012 2013 2015 2016 2017 2018

Masculino Feminino

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46

que desde 2015 não foram notificados óbitos relacionados ao trabalho por essa causa.(Tabela 23).

Tabela 23 – Causa dos óbitos relacionados ao trabalho por ano. Diadema, 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

o Violências relacionadas ao trabalho

A partir de 2017 observa-se um incremento nas notificações das violências relacionadas ao trabalho, que são aquelas que ocorrem na situação de trabalho ou no percurso casa-trabalho. Estas apresentaram, ainda, um aumento no percentual de frequência (Tabela 24).

Tabela 24: Frequência das Violências relacionadas ao trabalho por ano. Diadema, 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

Faixa etária 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total Quedas de altura 1 6 0 2 0 1 2 1 4 3 20 Acidentes de Trânsito 6 0 0 1 7 1 1 1 1 1 19 Ferimento Arma 1 3 1 1 0 1 0 0 0 0 7 Descarga Elétrica 0 2 1 1 0 0 0 0 2 0 6 Impacto de objeto 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 Asfixia Mecânica 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 Desmoronamentos 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 Afogamento 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1

Ano Total violência Violência RT % 2009 374 5 1,3 2010 326 4 1,2 2011 361 25 6,9 2012 496 26 5,2 2013 524 6 1,1 2014 451 4 0,9 2015 425 7 1,6 2016 402 6 1,5 2017 870 29 3,3 2018 1204 46 3,8

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No período de 2017 e 2018 o gênero feminino permanece como sendo a principal vítima (Gráfico 34) das violências relacionadas ao trabalho.

Gráfico 34 – Total de notificações de violência relacionada ao trabalho, segundo gênero e ano. Diadema, 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

Quanto ao tipo de violência, a violência física nas situações de trabalho é a mais frequentemente notificada (52,9%) seguida da violência psicológica (31,6%) e sexual (8%) (Tabela 25).

Tabela 25 – Violências relacionadas ao trabalho, segundo Tipo e ano. Diadema 2009-2018.

Fonte: Sinannet, 2019

• ACIDENTE POR ANIMAL PEÇONHENTO

Os acidentes por animal peçonhento em residentes de Diadema continuam sendo registrados em pequeno número, porém continuamente conforme Tabela 26. Cabe ressaltar que esse número pode não representar

2 1

6 62 1

3 2

13

19

3 3

19 20

4 3 4 4

16

27

0

10

20

30

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Masculino Feminino

Tipo 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total %

Viol. física 3 2 4 7 2 3 4 6 25 43 99 52,9 Viol. psicológica 2 1 22 20 3 0 2 2 2 5 59 31,6 Viol. Sexual 1 1 1 2 2 1 3 2 1 1 15 8,0 Viol.financeira 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 3 1,6 Trabalho Infantil 2 1 0 0 0 0 0 1 0 0 4 2,1 Outro: assalto 3 3 0 0 0 0 0 1 0 7 3,7

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a realidade local, uma vez que alguns acidentes são atendidos em serviços de referência que situam-se fora do município. Nenhum óbito por este agravo foi registrado em Diadema até o momento.

Tabela 26 – Acidentes por animal peçonhento em residentes, segundo animal agressor e ano de ocorrência, Diadema, 2009-2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Abelha 0 0 0 1 0 1 1 2 0 0 Aranha 2 0 0 2 1 1 0 1 1 0 Escorpião 0 1 0 0 1 3 1 1 3 3 Serpente 2 1 0 1 2 0 0 0 1 0

Fonte: ECD, 2018 *Dados preliminares

No detalhamento das agressões no período 2009-2018* verifica-se:

• Araneísmo: foi possível identificar o animal agressor em 70% dos casos. Destes, 71% foram causados por aranha armadeira (Phoneutria sp.) e 29% por aranha marrom (Loxoceles sp.). 60% dos casos de agressão por Phoneutria ocorreram no bairro do Eldorado, porém não são números expressivos (n=3) para significar alguma magnitude de risco.

• Escorpionismo: acompanhando a tendência que tem sido verificada no ESP, os casos em Diadema também estão aumentando. Embora a presença do escorpião marrom (Tityus bahiensis) já seja historicamente conhecida nas regiões do Piraporinha, Jardim das Nações (Centro e Taboão) e Campanário, um outro foco no Parque Real foi identificado a partir de agosto de 2014. Esta área, que possui uma empresa abandonada e que tem sido utilizada para descartae de materiais , é a responsável pelo aumento das ocorrências, tendo registrado 62% dos casos do período 2009-2018.

• Ofidismo: as agressões por serpente peçonhenta cuja espécie agressora pôde ser identificada foram causadas pelo gênero Bothrops, ao qual pertencem as jararacas. De 2009 a 2018, os acidentes botrópicos ocorreram nas AA da UBS Paulina (31%), UBS Eldorado (23%) e UBS Paineiras (38%), as quais estão localizadas em regiões com resquício de Mata Atlântica. Mais uma vez destacamos

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que a referência para esse tipo de atendimento situa-se fora do município, podendo ocorrer subnotificações.

• ACIDENTE POR ANIMAL POTENCIALMENTE TRANSMISSOR DA RAIVA

Os dados avaliados para este perfil são provenientes das fichas de

notificação de atendimento antirrábico humano das pessoas que procuram cuidados clínicos em uma das 20 unidades básicas de saúde além das UPAs do Eldorado, Paineiras, Pronto Socorro Municipal, Hospital Municipal, Hospital Estadual de Diadema, convênios particulares e serviços públicos de outros municípios. O Gráfico 35 apresenta o número total de atendimentos em todas as unidades do município e dentre eles destacamos os casos de residentes.

Gráfico 35 - Acidentes por animal potencialmente transmissor da raiva segundo ano de ocorrência, Diadema, 2009-2018*.

Fonte: ECD, 2019 *Dados preliminares

No período de 2009 a 2018*, 13.342 pacientes foram atendidos nas unidades de saúde de Diadema e avaliados quanto à necessidade de tratamento profilático antirrábico após potencial exposição ao vírus. Durante este período a média de casos notificados por ano foi de 1200. Em 2014 e 2015 houve queda no número de notificações, mas nos anos que se sucederam houve um aumento de forma gradual culminando em 1372 pacientes atendidos em 2017

A distribuição das vacinas antirrábicas está centralizada na ECD, permitindo que os casos notificados com indicação inicial de tratamento

14

58

14

50

12

44

15

15

13

98

11

02

10

99

12

02

13

72

14

15

12

41

11

07

10

58

12

87

12

04

93

6

96

6

10

52

12

00

12

40

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 *

Total de casos notificados Nº de casos notificados em residentes

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vacinal ou sorovacinal sejam acompanhados individualmente. Assim, em todos os casos é feito contato com o paciente e verificado se houve a tentativa de localização do cão ou gato para observação. Em 2018*, 53 pacientes que tiveram indicação inicial de tratamento com imunobiológico receberam orientação adequada e tiveram sucesso nesta busca ativa de localizar o animal agressor.

Em Diadema, no ano de 2018*, a principal espécie agressora foi a canina (84% dos casos) seguida pela felina (11%). As agressões por animais silvestres e quirópteros, apesar representarem menos de 1% dos atendimentos, requerem atenção especial pelo maior risco de transmissão da doença, podendo necessitar de ações imediatas de sorovacinação.

O Gráfico 36 apresenta o número de notificações recebidas no ano de 2018*, segundo local de atendimento. Foram incluídos no campo “outros” todas as notificações de pacientes residentes em Diadema que foram atendidos em outros municípios, cujas notificações foram recebidas pelo fluxo de retorno do programa SINAN.

Gráfico 36 - Acidentes por animal potencialmente transmissor da raiva segundo Unidade de Saúde de atendimento, Diadema, 2018*.

Fonte: ECD, 2019 *Dados preliminares

242242

190154

9557

5351

3735

31

30252525

19191817

14

141210

0

0 50 100 150 200 250 300

Pronto Socorro MunicipalOutro

Eldorado

PaineirasHMD

CentroPromissão

SerrariaInamar

ConceiçãoCasa Grande

Nogueira

CanhemaNações

RealMaria Tereza

Reid

Nova ConquistaPiraporinha

ABCRuyce

PaulinaHED

São Jose

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Quanto à evolução dos tratamentos (Gráfico 37), os índices das vacinações concluídas apresentaram tendência de aumento. O número de abandonos ainda é preocupante, merecendo uma atenção especial para que o paciente faltoso seja procurado pelo serviço de saúde. Observa-se, ainda, que o número de tratamentos suspensos caiu consideravelmente desde que a liberação das vacinas passou a ser centralizada na ECD.

Gráfico 37 – Evolução dos tratamentos antirrábicos em residentes, segundo ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

Fonte: ECD, 2019 *Dados preliminares

• ARBOVIROSES

o Dengue

A Dengue no Município de Diadema apresenta progressão nos últimos anos até 2015 (Gráfico 38), com elevação do número de casos autóctones e ocorrência de alguns óbitos, seguindo o cenário Estadual e Nacional. Nos anos de 2016, 2017 e 2018 houve considerável redução de casos, com confirmação de 444 casos e nenhum óbito. O primeiro óbito foi registrado no ano de 2012, com ocorrência de um também em 2014 e 2015.

60,3

47,150,3 50,5

46,7

56,1 54,761,0

71,868,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018Concluído Suspenso

Abandono * aguardando datas de vacinação

Linear (Concluído) Linear (Abandono)

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Gráfico 38 - Casos confirmados de dengue em residentes, segundo critério de classificação e ano de primeiros sintomas, Diadema, 2009-2018.

Fonte: ECD, 2019

Comparando os casos autóctones de Diadema com os do ESP, percebe-se que a incidência no município continua acompanhando proporcionalmente o perfil da doença no Estado (Gráfico 39). Este fenômeno explica-se devido à grande densidade populacional no município e a conurbação territorial sem limites com outros municípios da RMSP não havendo barreiras físicas entre seus municípios, o que propicia a livre circulação de mosquitos e pessoas infectadas.

Gráfico 39 – Casos autóctones de Dengue em residentes do Estado de São Paulo e Município de Diadema, segundo ano de início de sintomas, 2009-2018.

Fontes: ECD e CVE/SES, 2019

0168

272

20 49

367

2324

428

8 810 72 42 14 31 18 75 16 5 30

500

1000

1500

2000

2500

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Autóctones Importados

0 168 272 20 49 367 2324 428 8 8

8996

191193

9457023054

209052

137205

657146

155972

5689 12983

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

0

500

1000

1500

2000

2500

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Diadema SP

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A distribuição dos casos autóctones do município, segundo área de abrangência de residência, está demonstrada na Tabela 27.

Tabela 27 – Casos autóctones de Dengue, segundo área de abrangência de residência e ano de notificação, Diadema, 2011-2018.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 ABC 0 10 1 0 0 28 59 25 0 0 Canhema 0 6 7 1 2 44 69 22 0 0 Casa Grande 0 14 2 2 4 4 87 8 0 0 Centro 0 5 6 0 3 45 258 31 1 0 Conceição 0 0 10 1 5 6 117 29 0 0 Eldorado 0 2 54 6 3 9 112 26 1 0 Inamar 0 7 49 0 9 15 128 17 0 0 Maria Tereza 0 5 12 0 0 18 48 17 0 0 Nações 0 20 27 3 0 92 68 14 0 1 Nogueira 0 5 5 0 1 18 126 6 0 0 Nova Conquista 0 19 12 0 3 8 134 9 1 2 Paineiras 0 10 14 2 0 36 114 34 0 2 Paulina 0 3 11 1 1 2 47 55 1 0 Piraporinha 0 14 5 0 5 4 100 14 0 0 Promissão 0 3 16 0 4 3 78 13 0 0 Real 0 14 16 0 3 14 161 12 0 1 Reid 0 14 16 0 3 5 116 43 1 1 Ruyce 0 2 5 1 0 11 217 19 0 1 São José 0 11 1 1 0 2 110 0 1 0 Serraria 0 4 3 1 4 3 174 34 2 0

Fonte: ECD, Dengue online 2019

o Doença aguda pelo vírus Zika

A circulação do vírus Zika no Brasil foi confirmada laboratorialmente em abril de 2015, em Camaçari-BA, sendo que o agravo torno-se de notificação compulsórias a partir de 2016.

No Município de Diadema foi confirmado 1 caso importado de Zika em 2016, em 2017 todos os casos foram descartados e em 2018 não houve notificação.

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o Febre amarela

Desde janeiro de 2017 o Estado de São Paulo tem reportado casos suspeitos de Febre Amarela e a ocorrência de Epizootias. O avanço da epizootia na região sudeste impôs aos municípios a adoção de estratégias para evitar a disseminação do vírus em sua área de abrangência.

As ações desencadeadas tiveram por objetivo a detecção precoce da circulação viral no município, impedir a transmissão urbana, identificar situações de risco tanto em humanos quanto em primatas, divulgar amplamente todas as medidas de prevenção e garantir altas coberturas vacinais.

Em novembro de 2017, com o avanço da Epizootia na região Sudeste e embora o Município de Diadema não fosse então considerado área com recomendação de vacinação para Febre Amarela, foi necessária a reestruturação dos locais de vacinação devido ao aumento da procura pela vacina com consequente impacto sobre as atividades de rotina das UBSs. Assim, houve a ampliação dos locais com da disponibilidade da vacina, de 3 para 10 UBSs.

No início de janeiro de 2018, a vigilância epidemiológica elaborou informes técnicos em conjunto com a rede de urgência, os hospitais e a Atenção Básica, a fim de orientar o manejo de prováveis casos suspeitos de Febre Amarela e de eventos adversos à vacinação. Igualmente, como estratégia para evitar a ocorrência de casos humanos, devido à proximidade com áreas de mata que se encontram na provável rota de deslocamento do vírus da Febre Amarela, O Município de Diadema foi incluído no grupo dos 54 municípios de São Paulo integrantes da campanha de vacinação contra a Febre Amarela, a qual teve início em 25 de janeiro.

Com o início da campanha de vacinação foram definidas como estratégias de vacinação: a vacinação em todas as UBSs durante todo seu período de funcionamento, a disponibilização de um posto de vacinação 24 horas para acesso das pessoas que não podiam comparecer nas UBSs, sendo definida uma UBS que fica na área do polígono de possível deslocamento do vírus, postos volantes (Shopping e Poupatempo), um posto de vacinação com agendamento da vacinação para segmentos

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específicos: funcionários de todas as secretarias da prefeitura, polícia militar, civil e bombeiros, delegacias, Sabesp e Poupatempo. Outra estratégia adotada foi a oferta da vacinação nas empresas do município: foram contatadas 60 empresas e destas 19 aceitaram realizar a vacinação no local com equipe técnica própria capacitada pela Imunização do município. Com o início das aulas em fevereiro postos volantes foram montados nas escolas na reunião inicial dos pais.

No início de janeiro foi realizada uma ação de casa a casa nas áreas consideradas como provável rota de deslocamento do vírus para orientação quanto aos primatas (não matar, comunicação a defesa civil municipal ou Centro de controle de zoonoses) e, em março, nas mesmas áreas, foi iniciada a vacinação casa a casa.

O grande diferencial no enfrentamento foi a instalação em 25 de janeiro de 2018 da Sala de Situação da Febre Amarela no Gabinete do Prefeito, com a presença de várias secretarias: saúde, educação, gestão ambiental, defesa civil e comunicação. A sala de situação teve reuniões semanais com apresentação dos dados epidemiológicos, coberturas vacinais e discussão de eventuais problemas e de novas estratégias necessárias.

Estratégias de comunicação foram revistas semanalmente, sendo que as principais utilizadas foram: utilização das redes sociais com postagem de banner e vídeos, divulgação no site da prefeitura municipal, cartazes com informações sobre datas, contraindicações da vacina e importância da vacinação, adesivos em carros oficiais, outdoor e carros de som com mensagens variadas. As informações foram modificadas de acordo com o momento e datas das campanhas ou necessidade de apelo diferenciado.

Em 2017 foram notificados 07 casos, sendo 03 casos confirmados, todos importados e, em 2018, foram notificados 22 casos com a confirmação de 04 casos importados.

Até o momento o Município de Diadema não teve casos autóctones.

A cobertura vacinal durante a campanha foi de 65,53%, tendo sido vacinadas 273.852 pessoas sendo que a cobertura real de vacinação se considerada a população já imunizada anteriormente está em 67,02%,

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representando 273.852 pessoas vacinadas. Nas ações de casa a casa realizada pelo Centro de Controle de Zoonoses foram visitados 1437 imóveis e vacinadas 2.940 pessoas.

o Febre de Chikungunya

No Brasil, a transmissão autóctone de Chikungunya foi confirmada no segundo semestre de 2014. A ocorrência de casos de Chikungunya no Estado de São Paulo também se deu a partir de 2014 com o registro de 32 casos importados. Em 2015 foram confirmados 283 casos, também importados de outros locais. Em 2016, 2017 e 2018, o estado confirmou um total de 1.417 casos autóctones e 695 importados. Até o momento não há registro de óbitos por Chikungunya no ESP.

Em Diadema, foram confirmados 12 casos em 2016, 05 em 2017 e 01 caso em 2018, todos importados.

• COQUELUCHE

Até o ano de 2014 a ocorrência de coqueluche em residentes de Diadema apresentava constante elevação, acompanhando o perfil observado no Estado de São Paulo (Gráfico 40).

Gráfico 40 – Comparação entre os casos confirmados de coqueluche em residentes, segundo ano de primeiros sintomas, Diadema e no Estado de São Paulo, 2009-2018.

Fontes: SinanNet, 2019

3 3 4 7 9 16 0 1 2 2144 185

9121031

1594

2216

543

270406 416

0

500

1000

1500

2000

2500

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Res

iden

tes

no

Est

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São

Pau

lo

Res

iden

tes

em D

iad

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Considerando-se o detalhamento da faixa etária verifica-se que, até 2014, os casos do município ocorriam majoritariamente entre as crianças de até seis meses, conforme demonstrado na Tabela 28.

Tabela 28 – Casos de coqueluche em residentes, segundo faixa etária e ano de primeiros sintomas. Diadema, 2009-2018.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Até 6m 3 2 3 6 7 12 0 0 1 1 1-4 anos 0 1 0 1 1 2 0 0 0 0 5-9 anos 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 10-14 anos 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 15-20 anos 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 30-34 anos 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 40-44 anos 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 Total 3 3 4 7 9 16 0 1 2 2

Fonte: SinanNet , 2019

Até 2014 estava disponibilizada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) as vacinas DTP e Pentavalente para crianças ate 6 anos de idade. Em novembro de 2014 houve a disponibilização para gestantes e profissionais de saúde que trabalham em berçário e UTI neonatal, da vacina adsorvida de difteria, tétano e coqueluche (acelular) (dtPa). Como a dtPa oferece proteção vacinal indireta para as crianças nos primeiros meses de vida, sua introdução refletiu em importante diminuição em 2015, com ausência de casos confirmados e 2016 com 1 caso confirmado em criança de 6 anos residentes de Diadema.

Em 2017 foram notificados 10 casos, sendo 2 casos confirmados

residentes em Diadema: um caso em criança de 1 mês de vida (não indicada vacinação para a idade) e um caso em criança de 6 anos (sem histórico vacinal, podendo ter sido falha da vacina ou falta de uma das doses indicadas para a idade). No ano de 2018 foram notificados 9 casos, sendo 2 casos confirmados residentes em Diadema: um caso em menor de 2 meses, e um caso em criança de 13 anos (provável perda de memória vacinal).

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• DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

Apesar do Brasil ter recebido da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo em 2016, em 2018 o país enfrentou dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.

Como estratégia para conter o avanço da doença, foi realizada a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo no mês de agosto/2018 para crianças de 01 a 05 anos de idade.

Mesmo com a ocorrência de surtos de sarampo em alguns estados brasileiros, até o momento não existe evidência da transmissão autóctone e sustentada do vírus do sarampo no Brasil. O genótipo identificado é o D8 o mesmo que está circulando em outros países, inclusive na Venezuela e na região europeia.

Em 2018 houve 03 casos importados de sarampo no Estado de São Paulo e nenhum caso em Diadema, município onde não há registro de casos de sarampo e de Rubéola desde o ano de 2009.

É de extrema importância que os profissionais de saúde se mantenham sensibilizados para detectar oportunamente casos suspeitos de sarampo, bem como executar todas as ações de controle relacionadas ao caso.

• DOENÇA MENINGOCÓCICA E OUTRAS MENINGITES

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos e, também, não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido à capacidade de ocasionar surtos, e no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, portanto casos da doença são esperados ao longo

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do ano, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão.

No período de 2009 a 2018* foram notificados 891 casos confirmados de meningite em Diadema (Gráfico 41), com prevalência das virais (70,15%) em relação às bacterianas (25,81%). Em 2018*, foram registrados 64 casos, sendo 79,68% meningites virais; 6,25% doença meningocócica; 6,25% pneumocócica; 7,82% de outras etiologias (Tabela 29).

Gráfico 41 – Casos confirmados de meningite em residentes, segundo ano de notificação, Diadema, 2009-2018*

Fonte: SINANNET/ECD, 2019 *Dados preliminares

Tabela 29 - Casos de meningite em residentes, segundo classificação etiológica, e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*

TIPO 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* DM# 13 19 21 15 7 7 7 10 4 4 MV# 54 69 46 84 67 73 64 61 56 51 MB# 2 13 11 8 10 5 6 6 5 3 MTBC# 0 1 1 3 0 2 0 2 1 0 MP# 3 7 1 5 3 8 3 2 3 4 MH# 1 0 2 1 1 0 0 0 0 0 MOE# 5 5 10 0 5 3 1 4 1 2 TOTAL 78 114 92 116 93 98 81 85 70 64

Fonte: SINANNET/ECD, 2019 *Dados preliminares

#: DM = doença meningocócica; MV = mening. viral; MB = mening. por outras bactérias; MTBC = mening. por tuberculose; MP = mening. por pneumococo; MH – mening. por Haemophilus; MOE = mening. por outras etiologias.

78

114

92

116

93 98

81 85

7064

0

20

40

60

80

100

120

140

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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Estes casos apresentaram-se distribuídos pelo território municipal sem concentração em uma área específica e sem conexão temporal, não caracterizando ocorrência de surtos ou epidemias.

A doença meningocócica (DM) tem apresentado tendência de diminuição, conforme demonstrado na Tabela 30.

Tabela 30 – Casos e coeficiente de incidência (por cem mil habitantes), de doença meningocócica em residentes, Diadema, 2009-2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* Nº de casos 13 19 21 15 7 7 7 10 4 4 Incidência 3,27 4,92 5,40 3,84 1,72 1,71 1,70 2,41 0,96 0,95

Fonte: SINANNET/ECD, 2019 *Dados preliminares

O número de óbitos por doença meningocócica apresentou uma

queda a partir de 2013, mantendo-se numa média de 1 óbito por ano entre 2013 e 2016, com uma letalidade variando de 14,2% a 10%. Em 2017, o número de óbitos subiu para 3, elevando a letalidade para 75,0% e reduzindo para 25,0% em 2018. A série histórica das letalidades por DM está demonstrada na Tabela 31, e por pneumococo (MP) na Tabela 32.

Tabela 31 - Casos de doença meningocócica em residentes, segundo letalidade e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* Casos 13 19 21 15 7 7 7 10 4 4 Óbitos 3 3 4 3 1 2 0 1 3 1 Letalidade (%) 23,0 15,8 19,0 0 0 28,6 0 10,0 75,0 25,0

Fonte: SINANNET/ECD, 2019 *Dados preliminares

Tabela 32 - Casos de meningite por Pneumococo em residentes, segundo letalidade, e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* Casos 3 7 1 5 3 8 3 2 3 4 Óbitos 3 2 1 0 0 1 0 1 2 1 Letalidade (%) 100,0 28,6 100,0 0 0 12,5 0 50,0 66,7 25,0

Fonte: SINANNET/ECD, 2019 *Dados preliminares

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Quanto aos sorogrupos da DM verifica-se, no acumulado de 2009 a 2018*, a prevalencia do sorogrupo C (63,51%) conforme demonstrado no Gráfico 42.

Gráfico 42 - Casos de doença meningocócica em residentes, segundo o sorogrupo, Diadema, 2009-2018*

Fonte: SINANNET/ECD, 2019 *Dados preliminares

Após a introdução, em 2010, das vacinas meningocócica C e pneumocócica 10-valente para menores de 2 anos de idade no Calendário Básico de Vacinação da Criança, observou-se uma diminuição dos casos de DM nesta faixa etária, conforme demonstrado na Tabela 33.

Tabela 33 - Casos de doença meningocócica em residentes, segundo faixa etária e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018* <1 Ano 2 8 3 0 0 0 1 1 0 0 1 a 4 4 6 3 4 2 0 1 3 3 1 5 a9 3 0 2 2 0 2 2 1 1 0 10 a 14 0 3 4 3 0 0 0 1 0 0 15 a 19 0 0 2 1 1 0 0 1 0 0 20 a 34 2 1 3 1 0 3 0 1 0 1 35 a 49 0 1 1 4 3 1 2 3 0 1 50 a 64 2 0 2 0 0 1 1 0 0 1 65 a 79 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 80 e+ 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL 13 19 21 15 7 7 7 11 4 4

Fonte: SINANNET/ECD, 2019 *Dados preliminares

0

2

4

6

8

10

12

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

23

1

4

01 1

43

1

5

9

12

7

45

2 2

01

21

01

0 0 0 0 0

2

B C Y W135

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Os laboratórios e hospitais são essenciais para a identificação do agente etiológico das meningites, detecção do aumento de casos e acompanhamento de possível ocorrência de surtos. O monitoramento das meningites é indispensável para subsidiar a adoção de medidas de controle, diagnóstico rápido e tratamento precoce.

• ESQUISTOSSOMOSE

O Município de Diadema, continua sem transmissão da doença, sendo que todos os casos notificados em residentes, no período de 2010 a 2018 são importados (Tabela 34). Verifica-se, ainda, que o número de notificações apresentam tendência de diminuição.

Tabela 34 – Casos de esquistossomose, segundo ano de notificação, Diadema, 2010-2018.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Confirmados 18 10 5 1 2 3 1 2 4 2 Fonte: SinanNet, 2019

• EVENTO DE SAÚDE PÚBLICA QUE SE CONSTITUA EM POTENCIAL

AMEAÇA À SAÚDE PÚBLICA

Em 2016, o MS definiu como Evento de Saúde Pública as ocorrências de surtos e epidemias, doenças e agravos de causa desconhecida, doenças conhecidas com alteração em seu padrão clinicoepidemiológico, epizootias e os agravos decorrentes de desastres ou acidentes.

Nesse contexto, são considerados para o Município de Diadema: a vigilância das microcefalias, da esporotricose, dos agravos decorrentes de desastres ou acidentes, das áreas contaminasdas e da água para consumo humano.

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o Emergência de saúde pública por alterações no crescimento e desenvolvimento a partir da gestação até a primeira infância, relacionadas à infecção pelo vírus zika e outras etiologias infecciosas (MICROCEFALIAS)

Em maio de 2017 foi publicado pelo MS as “Orientações Integradas de Vigilância e Atenção à Saúde no âmbito da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional”, onde constam o protocolo de manejo das microcefalias e alterações do sistema nervoso central em bebês, critérios para notificação, investigação e classificação dos casos, e a integração nas ações de vigilância e atenção à saúde, visando à identificação de complicações relacionadas à infecção pelo vírus Zika e outras etiologias infecciosas no pré-natal, parto, pós-parto e puericultura nos primeiros 3 anos de vida, bem como a promoção do cuidado adequado às crianças com alterações no crescimento e no desenvolvimento, independentemente da etiologia.

No municipio de Diadema, no início da ocorrência dos casos, foi elaborada ficha própria de notificação para investigação dos casos de microcefalia congênita e ficha de seguimento dos casos suspeitos para as unidades básicas de referência da criança. Atualmente há um sistema de informação específico dos casos (RESP) que é monitorado pela Secretaria Estadual de Saúde.

No município de Diadema houve 6 notificações em 2015, com apenas 1 caso confirmado de microcefalia por citomegalovirus (17%); 24 em 2016, sem nenhum confirmado; 1 caso provável em 2017; e 4 casos em 2018, que ainda seguem em investigação. A redução das notificações de 2016 para 2017 se deu após discussão com as maternidades que estavam seguindo critérios desatualizados de notificação.

o Esporotricose

A partir de 2011, começaram a aparecer no território de Diadema casos felinos diagnosticados com esporotricose, principalmente na área de abrangência da UBS Inamar. Paralelamente, alguns poucos casos humanos também começaram a ser reportados (Tabela 35).

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Tabela 35 – Casos de esporotricose em residentes, segundo espécie acometida e ano de notificação, Diadema, 2011-2018.

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Gatos 26 1 SI* 4 10 78 91 74 Humanos 3 0 SI* SI* SI* 6 25 17

Fontes: CCZ e ECD, 2019 * SI = sem informação

A partir de 2015, foram incrementadas ações para viabilizar o conhecimento da real situação epidemiológica e possibilitar ações de intervenção possíveis. Foram realizadas buscas ativas, através de visitas domiciliares conjunta do CCZ com os Agentes Comunitários de Saúde à procura de novos casos, tendo sido identificados 10 animais confirmados clínica ou laboratorialmente com esporotricose.

Com a parceria do Laboratório de Zoonoses (LABZOO-CCZ-SP) do município de SP, o CCZ de Diadema passou a realizar o diagnóstico micológico nos animais, possibilitando que as áreas do município fossem classificadas como “área com transmissão da doença” ou “área sem transmissão da doença”. Esta classificação determina as ações educativas pelos agentes de controle de zoonoses e sensibilização dos serviços de saúde para captação e diagnóstico precoces tanto dos animais quanto dos seres humanos.

A busca ativa e identificação de casos humanos é realizada a partir de entrevista com os proprietários dos animais doentes, bem como com aqueles pacientes que tiveram notificação compulsória para prevenção da raiva devido a agressão de felinos (arranhaduras e mordeduras). Neste caso, as pessoas agredidas são orientadas sobre a esporotricose, seus sintomas e onde procurar o atendimento.

Em 2017, foram realizados treinamentos das equipes de saúde pela ECD, com disponibilização de materiais técnicos para as UBSs, e implantação de protocolo de atendimento e de acompanhamento dos casos até seu encerramento e/ou alta.

Os casos humanos suspeitos de esporotricose são encaminhados para diagnóstico e tratamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Porém, alguns munícipes têm dificuldade de deslocamento até à referida unidade. Outro fator que tem impactado no tratamento é o custo,

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que recai sobre o paciente, pois o medicamento não está disponível na rede pública municipal.

Na Tabela 36 são apresentados os casos humanos e animais distribuídos nas áreas de abrangência de Diadema e, no Gráfico 43, a evolução dos 17 casos humanos investigados em 2018.

Tabela 36 – Casos de esporotricose, segundo espécie acometida, área de abrangência de residência e ano de notificação. Diadema, 2011-2018*.

Animal Humana 2016 2017 2018* 2016 2017 2018

Casa Grande 1 2 4 0 1 0 Centro 4 9 1 1 4 2 Conceição 10 1 2 0 0 2 Eldorado 17 13 12 1 1 0 Inamar 40 36 20 3 13 3 Nações 0 0 0 0 0 1 Nogueira 0 7 9 0 0 1 Nova Conquista 0 2 3 0 0 0 Paulina 2 1 0 0 0 0 Piraporinha 1 2 3 0 0 1 Promissão 0 4 6 0 2 1 Real 0 2 0 0 1 0 Reid 0 0 2 0 2 6 Ruyce 3 6 4 1 1 0 Serraria 0 6 8 0 0 0 Total 78 91 74 6 25 17

Fonte: CCZ e ECD, 2019 * dados preliminares

Gráfico 43 – Evolução dos casos diagnosticados de esporotricose humana, Diadema, 2018*

Fonte: ECD, 2019

ABANDONO 6%

EM TRATAMENTO76%

CASOS ENCERRADOS…

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Este cenário tem constituído os casos animais do município em sentinelas para abordagem dos usuários e identificação precoce de casos humanos suspeitos.

Atualmente, o serviço municipal de atenção à saúde está buscando se estruturar para o enfrentamento deste agravo, inclusive procurando meios para garantir o fornecimento do medicamento aos seus usuários.

o Agravos decorrentes de desastres ou acidentes (VIGIDESASTRES)

A atuação da Vigilância Ambiental concentra-se na identificação e monitoramento de populações expostas à água, ar e solo contaminados, bem como àquelas diretamente relacionadas a Riscos e/ou Emergências de Saúde Pública, como acidentes com produtos perigosos, desastres naturais e/ou antropogênicos de grande magnitude.

O Município de Diadema, por todo seu histórico de uso e ocupação do solo e de desenvolvimento econômico, com o grande adensamento populacional e empresas de produtos químicos, possui vários fatores que podem culminar com riscos e/ou emergências químicas.

No período de 2009 a 2018 pode-se destacar a ocorrência de 20 eventos, distribuídos conforme Tabela 37

Tabela 37 – Número de Acidentes/Desastres, segundo tipo, Diadema, 2009-2018.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Ac. quím (sem E/I&) 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 Acid. quím (com E/I&) 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 E/I& out. causa c/ possib. de exp. quím.

0 0 3 0 1 0 0 2 1 0

Desast. natur. (desm. por chuvas)

0 0 0 1 0 1 0 1 0 0

Outros acidentes 0 0 0 0 0 0 1 1 1 3 TOTAL 1 1 3 1 2 1 1 4 2 4

E/I& – Explosão/incêndio Fonte: Núcleo de Vigilância em Saúde Ambiental (02/12/2018)

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No período de 2009 a 2018* constata-se que a maior ocorrência de acidentes está relacionada com explosões/incêndios no setor produtivo industrial do ramo de produtos químicos ou de metalurgia que utiliza produtos químicos em seu processo de produção.

Dentre os eventos com explosões e incêndios acompanhados pela equipe, ressalta-se o evento ocorrido em indústria química, na área do Jd. Ruyce em 2009, com grande impacto nos imóveis do entorno. Em 2016 um evento vitimou trabalhadores com queimaduras graves, em 2017 foram acompanhados moradores residentes no entorno de um incêndio causado por uma carvoaria clandestina localizada no território de São Bernardo do Campo e, em 2018, o destaque foi de um evento sem vítimas ocorrido em uma indústria de fabricação de tintas na área do Piraporinha.

Quanto aos desastres naturais, em 2018, pode-se destacar as inundações/enchentes, ocorridas no mês de novembro, nas áreas do Sítio Joaninha, Casa Grande e Piraporinha, inclusive com interdição de imóveis pela Defesa Civil.

Com o intuito de reduzir os riscos para desmoronamentos, a Defesa Civil municipal realiza monitoramento constante das áreas de risco de encostas.

A equipe técnica do Núcleo de Vigilância em Saúde Ambiental continua reforçando a necessidade de discussões intersetoriais para a elaboração do Plano de Contigência para Emergências Químicas incluindo a identificação territorial das empresas e a definição de ações interinstitucionais e intersetoriais para o enfrentamento desta problemática.

o Áreas contaminadas (VIGISOLO)

Desde 2013 tem aumentado o número de áreas contaminadas no Município de Diadema, identificadas pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, passando de 25 áreas em 2013 para 44 em 2018 conforme verificado no Gráfico 44. A distribuição das áreas contaminadas em todo território municipal pode ser verificada na Figura 3.

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Gráfico 44 –Áreas contaminadas do Município de Diadema cadastradas pela CETESB, segundo atividade econômica, 2009- 2017.

Fonte: CETESB- Atualizado em Dezembro/2017

Figura 3 – Mapa da distribuição das áreas contaminadas de Diadema, segundo área de abrangência.

Fonte: CETESB- Atualizado em Dezembro/2017

Os principais grupos de contaminantes encontrados nas áreas contaminadas continuam sendo aqueles relacionados com a revenda de combustíveis como solventes aromáticos (basicamente representados

1416 17 17 17

20 21

27 28

46

8 8 8 9 912

16

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

AnoPostos de Combustíveis Indústrias Total

Posto de Combustível

Indústrias

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pelo benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos), combustíveis automotivos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAHs) e TPH.

É importante ressaltar que o município teve aumento expressivo no número das áreas classificadas como de risco confirmado (ACRIs), quando da existência de risco à saúde ou à vida humana, ecológica ou onde foram ultrapassados os padrões legais aplicáveis. Em 2016 eram 4 ACRIs e, no relatório atualizado de 2017 foram contabilizadas 11 ACRIs distribuídas nas áreas de abrangência do Serraria, Eldorado, Paineiras, Canhema, ABC, Piraporinha, Centro e Nogueira conforme descrito na Quadro 1.

Quadro 1 – Áreas de Risco Confirmado identificadas pela CETESB no Município de Diadema, segundo área de abrangência

Razão Social Endereço A. Abrang.

Agro química Maringa s/a R. Alvares Cabral (esq R. Beta e R. Guarani), s/n

SERRARIA

Auto posto Costa Amalfitana ltda (antigo posto Navegantes ltda)

Est. Pedreira Alvarenga, 2483

ELDORADO

Auto posto Forquilha ltda - epp Av. Prestes Maia, 2371 PAINEIRAS Auto posto Jed ltda. R. Bahia, 21 CANHEMA Auto posto Joia do Taboão ltda.

Av. Prestes Maia, 2348 NAÇÕES

Bosch Rexroth ltda. R. Georg Rexroth, 609 PIRAPORINHA Carrefour comércio e indústria ltda.

Av. Presidente Kennedy, 635

CENTRO

Centro automotivo Super Legal de Diadema ltda.

Av. D Ruyce Ferraz Alvim, 1830

SERRARIA

Jorge Nasser (antiga Mastermag ltda)

R. Salgado de Castro, 533 CENTRO

Posto Petrogal ltda (antigo rede Atlanta postos de gasolina ltda)

Av. Jurubatuba, 61 PIRAPORINHA

Rofec auto posto ltda Av. Roberto Gordon, 570 NOGUEIRA Fonte: CETESB- Atualizado em Dezembro/2017

Ao destacar essas áreas deve-se considerar que a avaliação do compartimento ambiental água é de suma importância para se evitar que

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haja consumo de água subterrânea, através de poços profundos ou cacimbas, no entorno destas áreas contaminadas.

Em 2016, ao identificar estas áreas, o Núcleo de Vigilância em Saúde Ambiental realizou capacitação das equipes de saúde locais das UBSs do Serraria, Eldorado, Piraporinha e Centro para a identificação de poços cacimbas e orientação da população para o não uso da água proveniente destas fontes.

o Água para consumo humano (VIGIÁGUA / PROÁGUA)

Desde março de 2014, a equipe técnica do Núcleo de Vigilância em Saúde Ambiental de Diadema vem adotando estratégias imprescindíveis para a reestruturação do Programa da Vigilância da Qualidade da Água para o Consumo Humano.

Ao discorrer sobre o monitoramento da qualidade da água para consumo humano se faz necessário destacar que as ações de coleta e análise de água são voltadas tanto para o abastecimento público como, também, para as Soluções Alternativas Coletivas (SACs).

Ao analisar-se os indicadores relacionados às amostras de monitoramento realizadas pela equipe técnica, pode-se verificar a melhora significativa destes, conforme consta na Tabela 38, sendo que a meta de pactuação vem sendo atingida desde 2017 para turbidez, coliformes totais/E.coli e residual desinfetante.

Tabela 38 - Indicadores das amostras de monitoramento da qualidade da água para consumo humano realizadas pela equipe do Proágua do Município de Diadema, segundo parâmetro analisado, no período de 2014- 2018*.

Parâmetro Espe-rado

Percentual de cumprimento da diretriz nacional 2014 2015 2016 2017 2018*

Turbidez 60,00 28,46 34,35 40,65 64,23 73,17 Col. totais/E. coli 60,00 27,44 33,54 40,45 63,21 73,17 Fluoreto 20,00 23,08 35,9 40,38 55,77 117,95 Residual desinfetante 75,00 22,56 33,13 37,60 79,47 103,05

Fonte: SISAGUA- Atualizado em 11/01/2018

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Vale ressaltar que a quantidade de coleta deve refletir a realidade do município e, dessa forma, é de suma importância conhecer as mudanças no território e manter a avaliação dos pontos de monitoramento constantemente. Para tanto, a equipe anualmente reavalia a distribuição e localização dos pontos, realizando as alterações necessárias para que todo o município seja de fato analisado.

Em 2014 o município contava com 23 pontos de amostragem tendo passado para 77 em 2018. Os pontos de amostragem são monitorados constantemente e estão distribuídos por todo território municipal conforme Figura 04.

Dos 77 pontos monitorados, 33 são cavaletes em equipamentos de educação, 11 em equipamentos de saúde, 4 em outros tipos de equipamentos de interesse a saúde, 3 são minas e 26 SACs (poços profundos).

Figura 04 - Distribuição dos pontos de amostragem de monitoramento da qualidade da água para consumo humano. Diadema, 2018.

Fonte: Vigiágua/Proágua Municipal

Cavalete Sabesp

Solução Alternativa Coletiva

Minas

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Quando encontrados resultados fora dos parâmetros preconizados pela legislação nas amostras de cavalete, segue-se o questionamento e notificação da empresa responsável pelo abastecimento público. Para isso, a equipe técnica mantém canal de comunicação direto com a administração da empresa para que esta realize medidas de correção e faça a devolutiva à autoridade sanitária quanto às providências tomadas.

Já em relação às Soluções Alternativas Coletivas, do tipo poços profundos, a investigação é feita com base na lista do Departamento de Água e Energia do Estado de São Paulo, órgão responsável pela outorga de uso de água de poço profundo, além das empresas incluídas na lista de áreas contaminadas da CETESB.

Até o momento, conforme Tabela 39 , a equipe do Núcleo de Saúde Ambiental investigou 94 empresas quanto à presença de poço para consumo humano. Destas, pode-se destacar que 24 (25,5%) possuem cadastro/licença sanitário e os poços estão devidamente monitorados, 15 (16,0%) foram desativados, 14 (14,9%) tamponados e 16 (17,0%) das empresas investigadas referiram não possuir SAC em suas dependências.

Tabela 39 – Situação da investigação de SACs em empresas do Município de Diadema.

Situação da investigação Nº % Ativo em avaliação 6 6,4 Ativo humano 24 25,5 Ativo industrial 8 8,5 Desativado 15 16,0 Empresa desativada 9 9,6 Interditado 2 2,1 Sem poço 16 17,0 Tamponado 14 14,9 Total geral 93 100,0

Fonte: Núcleo de Vigilância em Saúde Ambiental. Atualizado em 20/12/18

As 8 (8,5%) empresas categorizadas com poço de uso industrial foram notificadas, tiveram que apresentar planta da área fabril com o detalhamento de toda rede de água e foram avaliadas por técnicos do

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Centro de Referência de Saúde do Trabalhador para confirmar se não havia contato da água com os trabalhadores e assim finalizar a classificação.

Ressalta-se que, após notificação e visita de campo, 9 (9,6%) empresas investigadas foram desativadas e 2 (2,1%) tiveram o poço interditado pelas autoridades sanitárias em virtude de contaminação comprovada identificada pelo monitoramento.

Quanto às Soluções Alternativas Coletivas do tipo Mina, a equipe monitora a qualidade da água das minas Amuadi, Gazuza e José Bonifácio, pertencentes às abrangências do Inamar, Ruyce e Serraria respectivamente, nas quais têm sido verificados resultados analíticos, ao longo dos anos, que apontam para contaminação microbiológica. A situação para os parâmetros químicos permanece desconhecida, em virtude da ausência de recurso do laboratório de saúde pública de referência para tais análises.

Frente a esta situação, o Núcleo de Vigilância em Saúde Ambiental vem informando as unidades de saúde das áreas correspondentes, bem como as secretarias de Habitação, Obras e Meio Ambiente, quanto ao risco sanitário relacionado à existência destas minas no território municipal e seu uso para consumo pela comunidade local.

Desta forma, mantém-se a orientação ao Setor Saúde, especificamente às unidades de saúde, para a continuidade de ações que desestimulem o consumo de água das minas, bem como para o monitoramento de possíveis agravos relacionados a estas fontes de água.

• FEBRE MACULOSA BRASILEIRA (FMB)

A FMB é a zoonose que se apresenta com a mais alta letalidade no município, apesar da baixa incidência.

Considerando-se o período 2009-2018* (Tabela 40) a letalidade observada entre os residentes foi de 50% e a incidência de menos de 1 caso ao ano (0,4), verificando-se um declínio no número de ocorrências ao longo dos anos, visto que no decênio anterior (1999-2008) a incidência havia sido de 1 caso ao ano, embora a letalidade também houvesse sido de 50%.

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Quanto à autoctonia, no período 1999-2008 havia sido de 100% tendo diminuído para 50% de 2009-2018*.

Tabela 40 – Casos confirmados de FMB segundo evolução para óbito, autoctonia e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Confirmados 0 0 1 0 1 1 0 0 0 1 Óbitos 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 Autóctones 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0

Fonte: ECD, 2019 *Dados preliminares

Diversas ações coordenadas de educação em saúde vem sendo realizadas, desde a identificação dos primeiros casos, pelo Centro de Controle de Zoonoses e pela Epidemiologia e Controle de Doenças nas áreas de risco de transmissão do município e nos equipamentos de saúde, com o intuito de diminuir tanto a incidência quanto a letalidade da FMB. Dentre essas ações estão: abordagem casa a casa; capacitações de funcionários da saúde; distribuição de folhetos; distribuição de informes técnicos para as Unidades de Saúde; envio de carta aos médicos e enfermeiros; palestras em escolas e empresas; entre outras.

Merece destaque a implantação da Semana de Mobilização contra a Febre Maculosa na Região Metropolitana de São Paulo a partir de 2017, onde novas ações foram realizadas, a saber: distribuição de jogo de tags de Qr Code para as equipes de saúde, permitindo acesso rápido ao mapa das áreas de transmissão e informes técnicos normativos; divulgação em páginas da internet; intensificação da notificação de infestação humana por carrapatos; publicação de vídeo, e realização de teatrinho em escolas.

Visto ser um agravo que registra a ocorrência de poucos casos, não é possível atribuir diretamente o declínio da inciência às ações implantadas, mas sim verificar que há um aumento do conhecimento dos munícipes e profissionais de saúde quanto à existência da transmissão da doença em áreas do município, e a importância das infestações por carrapato.

A ecoepidemiologia da doença em Diadema segue o perfil da RMSP, onde o vetor responsável é o carrapato amarelo do cão (Amblyomma

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aureolatum) presente nos fragmentos degradados de mata atlântica, e o cão é o animal responsável por manter a população dos carrapatos no meio ambiente e trazê-los da mata para dentro dos domicílios. Os gatos também podem atuar como carreadores do vetor para o intradomicílio.

As regiões do município classificadas como área de risco para transmissão estão demonstradas na Figura 05, e correspondem às áreas com remanescentes fragmentados de Mata Atlântica.

Figura 05 – Áreas de risco para a transmissão de Febre Maculosa Brasileira, no Município de Diadema.

Fonte: ECD, 2019

• HANSENÍASE

Por ser a Hanseníase uma doença crônica, para cálculo das taxas de cura analisam-se as coortes de casos novos residentes de anos anteriores, sendo analisados para casos das formas multibacilares (MB), os pacientes com diagnóstico há 2 anos e para casos paucibacilares (PB), os pacientes

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diagnosticados há 1 ano. Sendo assim, para cálculo da taxa de cura da coorte de 2017, analisamos os casos MB do ano de 2015 (3 curas em 5 casos) e os casos PB do ano de 2016 (1 cura em 1 caso), sendo a taxa de cura de 66,6%, igual à taxa de 2018*, que também foi de 66,6%, com 5 curas em 8 casos MB de 2016 e 1 cura em 1 caso PB de 2017 (Gráfico 45).

Gráfico 45 – Taxa de cura dos casos novos de Hanseníase em residentes nos anos das coortes, Diadema, 2008 a 2018*

Fonte: SINAN e instrumento de monitoramento da Vigilância Epidemiológica de Diadema *dados provisórios em 20/02/19

A queda da taxa de cura observada na coorte de 2017 deve-se à mudança no critério de encerramento de casos que, até 2016 não considerava como “abandono” os casos que não completavam o esquema de tratamento no prazo definido que seria para casos PB, tomar 6 doses da polioquimioterapia em até 9 meses e para casos MB, tomar 12 doses em até 18 meses. A orientação na ocasião era a de não dar abandono e considerar uma nova data de início de tratamento na mesma notificação. A partir de 2017 passou-se a adotar a definição de abandono das “Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública” (MS, 2016), que é a de encerrar como abandono os casos que não cumprem os prazos definidos para tomada dos esquemas PB e MB. Com esta nova definição, 2 casos de 2015 foram revistos e encerrados como abandono. Tais pacientes foram resgatados para tratamento em 2017 e receberam alta cura em 2018.

A taxa de cura da coorte 2018 (66,6%) manteve-se em queda em relação a anos anteriores, mas é justificada devido a 3 pacientes que não receberam alta cura pois 1 paciente evoluiu a óbito por outras causas, 1

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2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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paciente foi transferido para outro Estado e 1 caso ainda está em tratamento no Programa de Hanseníase de São Bernardo do Campo.

Gráfico 46 – Porcentagem de comunicantes domiciliares examinados, dos casos de Hanseníase, Diadema, 2015 a 2018 *

Fonte: SINAN NET *dados provisórios em 21/02/19

Quanto à avaliação de comunicantes domiciliares de Hanseníase, observa-se que em 2018 apenas 23,7% dos comunicantes foram avaliados (Gráfico 46), número este bem abaixo dos anos de 2015 a 2017 nos quais observou-se 100%, 95,7% e 96,8% respectivamente. Tal índice ocorre pelo grande número de comunicantes por paciente, pois apenas 4 casos foram diagnosticados em 2018 e estes apresentam 76 comunicantes. Outro fator que contribui para a baixa porcentagem de comunicantes examinados em 2018, é o estigma que ainda é muito presente em relação à Hanseníase, sendo que a paciente com maior número de comunicantes registrados (39) não informou aos familiares sobre sua doença e isto levou à demora no agendamento dos casos para avaliação. Para melhorar este índice, a equipe do Programa Municipal de Hanseníase programou a realização de grupos de orientação aos pacientes e familiares com objetivo de esclarecer sobre a doença, tratamento e cuidados e importância do exame de comunicantes. Também são realizadas no município campanhas anuais de divulgação de sinais e sintomas da Hanseníase com objetivo de diagnóstico precoce e esclarecimento sobre a doença visando diminuir o preconceito em relação aos doentes.

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2015 2016 2017 2018

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• HEPATITES VIRAIS

Desde 2012, em Diadema, tem sido observada uma tendência de queda no número de notificações das hepatites virais A, B, C e co-infecções, o que não significa propriamente uma redução no número de infectados por este vírus. Entretanto, os casos subnotificados ainda persistem em determinados grupos com alta vulnerabilidade como: usuários de drogas que compartilham equipamentos; transplantados; homens que fazem sexo com homens; profissionais do sexo; pessoas privadas de liberdade, indivíduos em situação de rua; indígenas; quilombolas; indivíduos nascidos em áreas endêmicas; comunicantes de pessoas vivendo com hepatites virais; acidentes biológicos ocupacionais; gestantes durante o pré-natal, parturientes e puérperas; situação de abortamento espontâneo, independentemente da idade gestacional, e; pessoas em situação de violência sexual. Em relação à hepatite C, preconiza-se também a investigação em indivíduos com mais de 40 anos.

Como a hepatite causada pelo vírus B é prevenível por vacina disponível no SUS para todas as faixas etárias, desde 2001, verifica-se também uma tendência de queda no número de notificações, e espera-se uma estabilidade ou maior redução no número de casos para alguns anos. No contexto do plano de eliminação das hepatites virais, o MS tem disponibilizado protocolos de diagnósticos, incluindo testes rápidos para hepatite B (2016) e C (2018), e encaminhamento oportuno de pessoas infectadas para o tratamento. Dessa forma:

• Os testes rápidos agora podem ser utilizados como testes para investigação inicial nos fluxogramas de diagnóstico das hepatites B e C; e, • A complementação diagnóstica após um resultado reagente para detecção do HBsAg ou para anti-HCV pode ser feita utilizando um teste molecular.

Em Diadema, observou-se uma queda progressiva em relação a casos novos de hepatites virais (Gráfico 47).

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Gráfico 47 – Hepatites virais confirmadas em residentes, segundo etiologia e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

No período de 2009-2018*, foram acrescentadas atividades de capacitação de rede básica como estratégias de diagnósticos e prevenção. A primeira capacitação de hepatites virais no município foi realizada em 2014, para enfermeiros da rede básica. Na época, foi realizada pela equipe de prevenção do CR IS HIV e hepatites virais Diadema. Nessa capacitação foram treinados 23 enfermeiros para serem executores dos 4 testes: HIV, sífilis, Hepatite B e Hepatite C.

Desde então, outras atividades de capacitação da rede básica foram realizadas pela equipe de prevenção do CR IST HIV hepatites virais Diadema em parceria com a vigilância epidemiológica. Em outubro de 2018, foi realizada uma semana de capacitação em hepatites virais para rede básica, abrangendo em torno de 50 funcionários do município, entre médicos e enfermeiros, além das equipes de vigilância epidemiológica. Esta capacitação foi muito importante no sentido de estabelecer um fluxo de investigação diagnóstica entre a rede de atenção básica e o programa de hepatites virais do município, além de reforçar a ampliação de testes rápido para as hepatites B e C em todos os níveis de saúde, como estratégias de prevenção.

94

0 0 0 0 0 0 0 3

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Vírus A Vírus B Vírus C Vírus B + C

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No período 2009-2018 *, os casos de hepatite A aguda concentraram-se mais na população pediátrica, abaixo de 10 anos, entretanto desde 2010, observou-se um aumento no número de casos notificados na faixa etária acima de 15, em torno de 56,2% dos casos.

Em relação à Hepatite B, a distribuição dos casos detectados segundo faixa etária e sexo, demonstrou maior concentração entre indivíduos de 20 a 49 anos (67,9% dos casos) com predomínio do sexo masculino (Gráfico 48). Na coinfecção vírus B e C, observou-se um predomínio do sexo masculino e na faixa etária de 35 a 64 anos (90,3% dos casos).

Gráfico 48 – Casos de Hepatite B em residentes, segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018 *

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Outro dado importante observado neste período foi o monitoramento das gestantes infectadas por Hepatite B, diagnosticadas na gestação. A estratégia de imunização da gestante contra o vírus da Hepatite B, além de investigação das hepatites virais durante a gestação, demonstrou impacto na notificação a partir de 2015, culminando em ausência de casos novos a partir de 2017 (Gráfico 49).

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Masculino Feminino

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Gráfico 49 – Casos de gestantes residentes com vírus da Hepatite B, segundo período gestacional e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018 *

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

A vigilância da Hepatite pelo vírus C ainda está em processo de ajuste quanto à atualização dos dados desde 2015, quando foram estabelecidas novas regras para a notificação. O número de casos de Hepatite C em Diadema têm diminuído ao longo desta década, com tendência à estabilidade (Gráfico 50).

Gráfico 50 – Casos de Hepatite C em residentes, segundo ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Em relação à distribuição dos casos de Hepatite C monoinfecção detectados segundo o sexo e faixa etária, observou-se que não houve um predomínio do sexo. Entretanto, 75,3% dos casos estavam concentrados em indivíduos na faixa etária de 35 a 64 anos. Além disso, observou-se uma

34

01 1

3

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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estabilidade no número de casos de crianças infectadas verticalmente nesse período (Gráfico 51).

Gráfico 51 – Número de casos de Hepatite C em residentes, segundo faixa etária e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Na coinfecção HIV e Hepatites virais B e C, observou-se que apenas 4% do total de casos de Hepatite C e 6,9% dos casos de Hepatite B eram portadores de HI/Aids.

• HIV/AIDS

o HIV e AIDS em adultos

A AIDS é de notificação compulsória nacional desde 1986 e a infecção pelo HIV desde 2014. No Estado de São Paulo, desde 1994, a notificação de infecção pelo HIV já era recomendada nos serviços de saúde.

No Município de Diadema, no período de 2009 a 2018*, foram registrados 500 casos de HIV e 475 casos de AIDS, distribuídos conforme Tabela 41.

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<1 Ano 10 a 14 15 a19 20 a 34 35-49 50 a 64 65-79 80 e+

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Tabela 41 – Número de casos de HIV+ e AIDS em adultos residentes, segundo sexo e ano de diagnóstico. Diadema, 2009-2018 *

HIV+ aids M F Total M F Total

2009 22 8 30 36 20 56 2010 21 13 34 26 12 38 2011 22 13 35 39 23 62 2012 25 16 41 37 16 53 2013 33 23 56 37 15 52 2014 34 16 50 36 9 45 2015 47 13 60 35 15 50 2016 60 14 74 38 12 50 2017 47 20 67 30 9 39 2018 42 11 53 22 8 30

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

A Tabela 42 apresenta os casos notificados de infecção pelo HIV e AIDS, segundo faixa etária. No período de 2009 a 2018, observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV eram da faixa etária de 20 a 34 anos e nos casos de AIDS, prevaleceu a faixa etária de 35 a 49 anos.

Tabela 42 – Casos de HIV+ e AIDS em adultos residentes, segundo faixa etária e ano de diagnostico. Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

HIV + AIDS 10-14 15-19 20-34 35-49 50-64 65 + Total 10-14 15-19 20-34 35-49 50-64 65 + Total

2009 0 2 18 7 3 0 30 0 0 20 30 5 1 56 2010 0 3 23 7 1 0 34 1 0 16 13 8 0 38 2011 0 3 21 10 1 0 35 0 0 24 31 6 1 62 2012 0 2 25 12 2 0 41 0 1 26 21 4 1 53 2013 1 0 39 9 7 0 56 0 0 17 27 5 3 52 2014 0 2 37 10 1 0 50 0 2 20 16 6 1 45 2015 0 7 35 16 2 0 60 0 1 23 20 6 0 50 2016 0 4 53 12 4 1 74 0 3 23 14 9 1 50 2017 0 5 45 16 1 0 67 0 2 17 17 2 1 39 2018 0 2 39 11 1 0 53 0 0 12 14 3 1 30

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Em 2018, a principal categoria de exposição observada nos casos de AIDS em residentes maiores de 13 anos foi por relação sexual, com prevalência do tipo heterossexual (17 casos; 56%), seguida da exposição de homens que fazem sexo com homens (HSH) (6 casos; 20%). Inversamente, nos casos de infecção pelo HIV em maiores de 13 anos, a prevalência foi HSH (26 casos; 49%), seguida da heterossexual (13 casos; 24%), conforme Tabela 43.

Tabela 43 – Casos de HIV+ e AIDS em adultos residentes, segundo categoria de exposição e ano de diagnostico. Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares # I=ignorado / HSH=homens que fazem sexo com homens / D=drogas / B=bissexual / H=heterossexual

A análise dos coeficientes de incidência de AIDS, no período de 2009 a 2018*, mostra uma tendência de diminuição que passou de 14,8 (2009) para 7,13 (2018*), conforme Gráfico 52. Essa redução tem sido mais acentuada desde a recomendação do “tratamento para todos“, implementada em dezembro de 2013 pelo MS.

HIV + AIDS

I# HSH# B# H# D# I# HSH# B# H# D# 2009 1 7 1 18 3 9 8 10 28 1 2010 1 11 2 19 1 7 10 3 18 0 2011 3 8 2 22 0 6 12 1 39 4 2012 0 14 5 22 0 3 18 3 29 0 2013 2 18 1 34 1 11 15 3 23 0 2014 2 19 6 23 0 6 15 3 21 0 2015 3 30 5 21 1 8 18 6 17 1 2016 7 31 12 24 0 10 14 3 22 1 2017 2 30 7 26 2 4 13 4 17 1 2018 3 26 11 13 0 4 6 3 17 0

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85

Gráfico 52 – Coeficiente de incidência de AIDS em residentes, segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Já o coeficiente de mortalidade por AIDS demonstrou redução em 2017 e 2018*, em relação ao ano de 2016 (Gráfico 53). Esta diminuição foi devida principalmente à ampliação do acesso à testagem, redução do tempo entre o diagnóstico de AIDS e o início do tratamento .

Gráfico 53 – Óbitos por AIDS e mortalidade por cem mil habitantes em adultos residentes, segundo ano de óbito. Diadema, 2009-2018.*

Fonte: SIM, 2019 *Dados preliminar

Os óbitos por AIDS em residentes prevaleceram entre os indivíduos do sexo masculino, em 2018* (71%). Em relação à faixa etária, a ocorrência dos óbitos totais foi principalmente entre 20 e 34 anos (Tabela 44).

14,08

9,84

15,96

13,5612,79

10,99

12,12 12,04

9,33

7,136,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

2123

26

20

28

19

14

25 25

18

5,28 5,96 6,69 5,126,88

4,64 3,396,02 5,98

4,28

0

5

10

15

20

25

30

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

óbitos por Aids Coeficiente de mortalidade

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86

Tabela 44 – Obitos por AIDS, segundo faixa etária e sexo, Diadema, 2009-2018.*

Fonte: SIM, 2019 *Dados preliminares

De acordo com o Boletim Epidemiológico CRT-PE-DST/AIDS/CVE11, a

OPAS estabeleceu três metas fundamentais para alcançar o objetivo de eliminar a AIDS, as quais foram reconhecidas pela Unaids em 2014. As metas, conhecidas como 90-90-90, são de que os países devem, até 2020, atingir: o diagnóstico de 90% das pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA); 90% das PVHA diagnosticadas em uso de terapia antirretroviral (TARV); e 90% das PVHA em TARV com supressão da carga viral, pois se acredita que, atingidas essas metas, a AIDS poderá ser eliminada.

o HIV e AIDS em crianças

No período de 2009 a 2018* foram registrados, em menores de 5 anos residentes em Diadema, 1 caso de HIV+ e 4 casos de AIDS. 100% dos casos de HIV+ e AIDS notificados em menores de 5 anos residentes foram por

11 São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Boletim Epidemiológico, CRT-PE-DST/AIDS/CVE. – Ano XXXIV, Nº 1, Junho de 2017. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/crt/vig.epidemiologica/boletim-epidemiologico-crt/boletim_epidemiologico_2017.pdf?attach=true. Acesso em 06/05/2019

Masculino Feminino 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 Total 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 Total

2009 0 3 9 2 0 14 1 2 2 1 1 7 2010 0 3 11 3 0 17 0 0 3 3 0 6 2011 0 6 9 1 0 16 0 1 4 5 0 10 2012 0 4 3 8 0 15 0 1 3 1 0 5 2013 0 2 11 6 2 21 0 1 4 2 0 7 2014 0 3 8 1 1 13 1 2 1 2 0 6 2015 0 2 6 1 0 9 0 0 5 0 0 5 2016 1 7 4 2 1 15 0 3 3 4 0 10 2017 0 7 6 5 1 19 0 1 4 1 0 6 2018 0 1 4 5 1 11 0 2 3 2 0 7

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transmissão vertical. Os casos estão discriminados segundo idade na Tabela 45.

Tabela 45 – Casos de infecção por HIV e AIDS em menores de cinco anos residentes, segundo idade e ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*.

Ano Diagnóstico 01 ano 02 anos 03 anos 04 anos Total 2008 AIDS 0 1 0 0 1 2009 HIV+ 1 0 0 0 1 2010 AIDS 0 0 1 0 1 2011 AIDS 0 0 0 1 1 2016 AIDS 0 1 0 0 1

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Observa-se um declínio no número de casos após a introdução dos antirretrovirais (ARV), tanto na prevenção da transmissão vertical do HIV quanto no uso da TARV em crianças portadoras do vírus. Isto se deve à capacitação dos Serviços de Saúde públicos e privados, no que diz respeito a diagnóstico e introdução precoce da medicação. O diagnóstico precoce e o acompanhamento das gestantes soropositivas são fundamentais para evitar a transmissão vertical de HIV.

o Gestante HIV positiva

Segundo os dados epidemiológicos do MS, a taxa de gestante infectada pelo HIV no Brasil aumentou em torno de 23,0%, nos últimos 10 anos. No Município de Diadema, no período de 2009 a 2018*, foram notificados 98 casos de gestante HIV+, concentrados principalmente na faixa etária de 20 a 34 anos (Tabela 46),

Tabela 46 – Casos notificados de gestantes residentes infectadas pelo HIV, segundo faixa etária e ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 10-4 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 15-19 0 1 0 2 0 1 0 2 3 0 20-34 6 4 4 9 7 8 6 11 8 8 35-49 2 2 1 2 5 1 0 3 1 0 Total 8 7 5 13 12 10 6 16 13 8

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

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No mesmo período, a taxa de detecção de HIV em gestantes tem variado dentro da faixa de 1,2 a 1,5 casos por 1.000 nascidos vivos. Houve porém uma grande variação entre 2011 e 2016, alcançando respectivamente a menor (0,8) e a maior (2,7) taxa, conforme Tabela 47.

Tabela 47 – Taxa de detecção de HIV em gestantes residentes por mil nascidos vivos, segundo ano de diagnostico, Diadema, 2009-2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Nasc. vivos 6.576 6.237 6.438 6.439 6.297 6.372 6.268 6.018 5.870 5.422 Gest. HIV+ 8 7 5 13 12 10 6 16 13 8 Tx detecção 1,2 1,1 0,8 2 1,9 1,6 1 2,7 2,2 1,5

Fontes: SINASC e Sinannet, 2019 *Dados preliminares

No período de 2009 a 2018*, 93,8% das gestante HIV+ realizaram pré-natal (Tabela 48). Sendo que 93,4% na rede pública e 6,5% na rede privada. Em relação ao tipo de parto, 82,6% foi por cesárea eletiva e 7,1% por parto vaginal (Tabela 49).

Tabela 48 – Pré-natal em gestante HIV+ residente, segundo ano de diagnóstico, Diadema 2009 a 2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Sim 8 7 5 13 12 10 5 16 12 7 Não 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 Total 8 7 5 13 12 10 6 16 13 8

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Tabela 49 – Tipo do parto em gestante HIV+ residente, segundo ano diagnóstico, Diadema 2009 a 2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Ign/Branco 0 0 1 2 1 1 0 2 0 3 Vaginal 1 1 0 3 1 0 0 0 0 1 Cesárea eletiva 7 6 4 8 10 9 6 14 13 4 Total 8 7 5 13 12 10 6 16 13 8

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

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Em relação à linha de cuidado integral, desde 2008, Diadema segue o fluxo de investigação e monitoramento de gestante HIV no CR Diadema, em parceria com a Rede de Atenção Básica e duas maternidades (HM e HED), visando assegurar um cuidado integral na identificação, monitoramento e vinculação das gestantes vivendo com HIV/AIDS tanto ao serviço especializado quanto à rede básica.

o Criança exposta ao HIV

Em Diadema, no período de 2009 a 2018, foram notificados 96 casos de criança exposta ao HIV (Tabela 50).

Tabela 50 – Crianças residentes expostas ao HIV, segundo tipo de encerramento e ano de notificação, Diadema, 2009-2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Não infectada 7 8 5 4 10 9 10 9 13 0 Perda de seguim. 1 0 0 0 2 2 2 1 0 0 Em acompanham. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 Total 8 8 5 4 12 11 12 10 13 13

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Em 14/11/2017, o Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids - Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo (PEDST/Aids-SP) elaborou a Nota Informativa Nº 01/2017/CRTPE-DST/AIDS/SES-SP, que dispõe sobre o uso do AZT injetável durante o trabalho de parto em gestantes HIV positivas. Nesta, é recomendada a manutenção do AZT injetável em todas as gestantes HIV positivas, durante o trabalho de parto, independentemente do valor da carga viral, até que os municípios do ESP possam atingir patamares de eliminação deste agravo. A taxa de realização da profilaxia no Município de Diadema está demonstrada na Tabela 51.

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Tabela 51 – Frequência por profilaxia antirretroviral em gestantes HIV+ residentes, segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Ign/Branco 0 0 1 2 1 1 0 2 0 3 Sim 7 6 4 9 11 9 6 14 13 4 Não 1 1 0 2 0 0 0 0 0 1 Total 8 7 5 13 12 10 6 16 13 8 Tx profilaxia 88% 86% 80% 69% 92% 90% 100% 88% 100% 50%

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminare

• INFLUENZA /SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG)

O primeiro caso suspeito de Influenza humana pelo vírus H1N1 em Diadema ocorreu em maio de 2009, quando o alerta mundial para a doença ainda estava na fase de pandemia iminente, e a primeira confirmação deu-se em julho do mesmo ano, quando já estava declarada a pandemia.

Conforme a evolução da epidemia, as medidas de controle e profilaxia foram , assim como as definições dos casos suspeitos que deveriam ser notificados. Esse fato explica o grande decréscimo nos números registrados após 2009, os quais estão apresentados na Tabela 52. Atualmente a notificação é para SRAG, sendo a identificação do agente de extrema importância para subsidiar a produção da vacina sazonal.

Tabela 52 – Casos notificados, confirmados e óbitos por influenza/Síndrome Respiratória Aguda Grave em residentes, segundo ano de início de sintomas, Diadema, 2009–2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Notificados 432 26 14 26 103 35 15 161 55 95 confirmados Influenza

81 0 0 1 16 7 1 37 10 23

Óbitos por Influenza /SRAG

10 0 0 0 3 0 1 7 0 5

Fonte : Sinan Influenza Web, 2018 *Dados preliminares

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91

Observou-se, porém, um aumento expressivo dos casos em 2016, atribuído à baixa cobertura vacinal da população no ano anterior, associada à ocorrência de casos importados do hemisfério norte que teriam provocado uma antecipação no período sazonal esperado para o agravo em nosso hemisfério.

As outras etiologias identificadas nos casos de SRAG, estão discriminadas na Tabela 53. Os óbitos ocorridos estão relacionados ao subtipo A H1N1 e B.

Tabela 53 – Casos de síndrome respiratória aguda grave em residentes, segundo etiologia e ano de início de sintomas, Diadema, 2010–2018*

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Influenza A Sem identificação

0 0 0 0 4 0 1 2 0

Influenza A H1N1 0 0 0 11 0 0 35 1 18 Influenza A H3N2 0 0 0 0 1 0 0 3 2 Influenza B 0 2 1 5 2 1 1 4 3 Vírus Sincicial 0 0 0 0 0 0 0 1 3 TOTAL 0 2 1 16 7 1 37 11 26

Fonte : Sinan Influenza Web, 2018 *Dados preliminares

• INTOXICAÇÃO EXÓGENA

Os casos de intoxicação exógena passaram a ser de notificação compulsória a partir da Portaria Nº 2.472, publicada em agosto de 2010. Anteriormente só eram de notificação os casos que ocorriam como acidente de trabalho (Portaria 777, de abril de 2004).

O Gráfico 54 apresenta a série historica dos casos em residentes de Diadema, na última década, e o Gráfico 55 o número acumulado de residentes atendidos segundo Unidade Notificadora.

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Gráfico 54 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo ano de notificação, Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Gráfico 55 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo Unidade Notificadora, Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

É posível verificar o reflexo da Portaria de 2010 no aumento das notificações em 2011. A partir de 2012, porém, houve declínio voltando a ser registrado um aumento importante em 2018.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

5072

222 226

121

74

133

94

232

407

207

62 62

2718

217

6 6

0

25

50

75

100

125

150

175

200

225

UPAELDORADO

PRONTOSOCORROCENTRAL

UPAPAINEIRAS

HOSPITALMUNICIPAL

DE DIADEMAHMD

HOSPITALESTADUAL

DE DIADEMA

UBS JARDIMPAINEIRAS

REDEPRIVADA NOMUNICÍPIO

FORA DOMUNICÍPIO

REDEPRIVADA

FORA DOMUNICÍPIO

REDEPÚBLICA

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93

Este aumento pode estar relacionado tanto ao trabalho de sensibilização para a importância da notificação, realizado junto às Unidades de Urgência e Emergência no ano de 2017, quanto ao aumento de casos de tentativa de suicídio e uso abusivo de drogas notificados (Gráfico 56).

Gráfico 56 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo agente tóxico, Diadema, 2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Os dados apresentados demonstram que, em 2018*, predominaram as intoxicações por medicamentos (39%), seguido daquelas por drogas de abuso (37%).

Em relação à faixa etária (Tabela 54), dentre as intoxicações por medicamento, as acidentais representaram 14% das ocorrências, concentradas até os 10 anos de idade, enquanto que as intoxicações autoprovocadas intencionalmente (tentativas de suicídio) se concentraram entre os 10 e os 49 anos (80%). Já nas intoxicações por drogas de abuso chamaram a atenção as faixas etárias da adolescência, jovens e até mesmo adultos (15-49 anos, 95%). Esta característica vem se mantendo nos últimos 3 anos.

159

151

34

17

16

10

6

1

1

4

8

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

Medicamento

Drogas de abuso

Prod. uso domiciliar

Alimento e bebida

Prod. químico

Cosmético

Raticida

Prod. veterinário

Metal

Outro

Ign/Branco

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Tabela 54 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo faixa etária e agente tóxico, Diadema, 2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Em relação ao sexo, não houve diferença importante entre as faixas etárias em 2018*, conforme demontrado no Gráfico 57.

Gráfico 57 – Casos de intoxicação exógena em residentes, segundo sexo e faixa etária, Diadema, 2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Quanto às intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho, apenas 3% das notificações informadas foram relacionadas ao trabalho, sem diferença quantitativa entre o sexo (Gráfico 58).

0

20

40

60

80

Menor1 ano

1 a 4anos

5 a 9anos

10 a14

anos

15 a19

anos

20 a29

anos

30 a39

anos

40 a49

anos

50 a59

anos

60 a69

anos

70 a79

anos

80anos emais

2

24

210

27

67

46

21

83 1 02

13

28

5261

23 25

81 0 1

M F

AGENTE TÓXICO <1a 1-4a 5-9a 10-14a 15-19a 20-34a 35-49a 50-64a 65-79a 80ª e+ Total

Medicamento 1 18 3 13 44 49 21 7 2 1 159 Drogas de abuso 0 0 0 1 22 83 39 6 0 0 151 Prod. uso domic. 1 14 1 2 5 7 4 0 0 0 34 Alimento e bebida 0 0 0 1 2 9 4 1 0 0 17 Prod. químico 1 3 0 0 2 7 3 0 0 0 16 Cosmético 1 0 0 0 2 2 2 3 0 0 10 Raticida 0 0 0 0 1 4 0 1 0 0 6 Prod. veterinário 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 Metal 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 Outro 0 1 0 0 0 1 2 0 0 0 4 Ign/Branco 0 1 0 1 0 4 1 1 0 0 8 Total 4 37 4 18 79 167 76 19 2 1 407

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Gráfico 58: Intoxicações exógenas em residentes relacionadas ao trabalho, Diadema ,2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

• LEPTOSPIROSE

A epidemiologia da Leptospirose prevalente no município está fortemente ligada à infestação por roedores, uma vez que, de 2009 a 2018, 51% dos casos tiveram contato com enchente, água de chuva e/ou córregos, e 55% com roedores, lixo/entulho e/ou condições precárias de higiene.

A Tabela 55 discrimina a incidência de casos confirmados e óbitos por leptospirose, em residentes de Diadema, de 2009-2018*. Neste período, a letalidade foi de 19% e a autoctonia de 77%, com uma média de 5 casos confirmados e 1 óbito por ano. Os dados demonstram que a leptospirose é a segunda zoonose mais letal verificada em Diadema.

Tabela 55 – Casos confirmados, autóctones e óbitos por Leptospirose, segundo ano de início de sintomas, Diadema, 2009-2018*.

Casos 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Confirmados 4 16 6 0 4 8 2 4 2 7 Autóctones 3 12 5 0 3 6 1 3 2 6 Óbitos 1 0 3 0 1 2 1 0 0 2

Fonte: ECD, 2019 *Dados preliminares

3%

97%

Sim Não

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Dentre os casos confirmados verificados até o ano de 2010 podem ter havido falsos positivos, uma vez que era utilizado apenas o método ELISA para confirmação laboratorial. A partir de 2011, 64% dos casos foram confirmados pelo método de MAT, o qual apresenta grande especificidade e elimina as ocorrências de falsos negativos.

Em relação à distribuição espacial, os dados (acumulados) foram analisados a partir de 2011, quando houve a divisão territorial em 20 áreas de abrangência (AA). De 2011 a 2018 não foram constatados casos em residentes da área de abrangência das UBS Maria Tereza, Paulina, Piraporinha, Real e São José. A distribuição dos casos confirmados segundo AA está representada na Tabela 56.

Tabela 56 – Casos e percentual de confirmados de leptospirose distribuídos segundo área de abrangência de residência e anos de ocorrência. Diadema, 2011-2018*

Área de abrangência Nº de casos % Anos de ocorrência Eldorado 5 15% 2011, 2013, 2014, 2016 Serraria 4 12% 2011, 2013, 2016, 2018 Conceição 3 9% 2011, 2017, 2018 Nações 3 9% 2011, 2013, 2018 Ruyce 3 9% 2011, 2014, 2018 Abc 2 6% 2011, 2018 Centro 2 6% 2014 Nogueira 2 6% 2014, 2017 Paineiras 2 6% 2013, 2015 Reid 2 6% 2014, 2018 Canhema 1 3% 2014 Casa grande 1 3% 2016 Inamar 1 3% 2018 Nova conquista 1 3% 2016 Promissão 1 3% 2015

Fonte: ECD, 2019 *Dados preliminares

Apesar da distribuição ser analisada por área de residência e não área de infecção, seria de esperar casos entre os residentes das áreas onde ocorrem as grandes enchentes. Por essa razão, é importante ressaltar que

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não foram registrados casos em residentes do Piraporinha e São José, que foram áreas de grandes enchentes nas épocas anteriores à inauguração dos dois piscinões (Ribeirão Capela e Ribeirão dos Couros, em 2002).

• SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA (SRC)

O Município de Diadema mantém a ausência de casos confirmados de SRC. No período de 2009 a 2018, foram notificados apenas 7 casos suspeitos, porém todos foram descartados.

• SÍFILIS

A Sífilis é uma Infecção sexualmente transmissível (IST) de caráter sistêmico, curável, transmitida predominantemente por via sexual e vertical.

A OMS estima 12 milhões de casos novos de sífilis no mundo, a cada ano. Em 2016, a sífilis foi declarada pelo MS como um grave problema de saúde pública no Brasil. Segundo o Boletim Epidemiológico de sífilis de 2018 do MS, na última década, observou-se aumento de notificações de casos de sífilis adquirida (SA), sífilis em gestantes (SG) e sífilis congênita (SC), o que pode ser atribuído, em parte, ao aprimoramento do sistema de vigilância e à ampliação da utilização de testes rápidos.

Para análise da sífilis, neste perfil epidemiológico, foram utilizados os dados do SINAN, SINASC e o Instrumento de monitoramento de Sífilis gestante e congênita da ECD.

Os critérios de definição de casos de SA, SG e SC foram revistos pela Nota Informativa Nº 2-SEI/2017- DIAHV/SVS/MS e pela Nota Informativa Nº 2/2017 CRT-PE-IST/AIDS/SES-SP. Como estas notas entraram em vigor em outubro e dezembro de 2017, respectivamente, as análises dos casos notificados em 2018* foram realizadas com as definições de caso ora vigentes.

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No Município de Diadema, no período de 2009 a 2018*, foram diagnosticados 338 casos de SC, 267 RNs expostos à SC, 724 casos de SG e 1908 casos de SA. (Gráfico 59)

Gráfico 59 – Casos de sífilis em residentes, Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

o Sífilis em gestantes (SG)

A partir da implantação, em 2015, do teste rápido para sífilis nas UBSs, houve aumento no diagnóstico e na notificação de SG. Na Tabela 57, observa-se um incremento importante na taxa de detecção de casos na gestação, passando de 4,5% (2009) para 27,1% (2018) a cada mil nascidos, o que representa um aumento de 500%. É importante ressaltar que a identificação e tratamento dos casos de SG são imprescindíveis, também, para a diminuição e eliminação da SC.

Tabela 57 – Taxa de detecção, por mil nascidos vivos, de sífilis em gestantes residentes segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

Nascidos Vivos 6576 6237 6438 6439 6297 6372 6268 6018 5870 5422 Gestantes c/ sífilis 30 41 47 41 37 58 85 108 130 147 Tx detecção 4,6 6,6 7,3 6,4 5,9 9,1 13,6 17,9 22,1 27,1

Fontes: #SINASC, ##SinanNet, *Dados preliminares

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

SIFILIS ADQUIRIDA 0 2 155 180 135 143 190 288 406 409

SIFILIS EM GESTANTE 30 41 47 41 37 58 85 108 130 147

SIFILIS CONGENITAPRESUMÍVEL

20 29 39 38 35 40 42 27 30 38

RN EXPOSTO À SC 8 8 3 5 12 10 15 41 68 97

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

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Em relação à faixa etária das gestantes com sífilis, observa-se uma predominância da faixa etária de 20 a 34 anos, com aumento da faixa etária de 15 a 19 anos a partir de 2015. (Gráfico 60).

Gráfico 60 – Casos de gestantes residentes com sífilis segundo a faixa etária e ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

o Sífilis adquirida (SA)

A SA, agravo de notificação compulsória desde 2010, teve sua taxa de detecção, por cem mil habitantes, aumentada de 0,6 em 2010 para 123,7 em 2018* (Gráfico 61) .

Gráfico 61 – Taxa de detecção de sífilis adquirida, em residentes, segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*.

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

0 0 0 0 0 0 0 2 4 28 8 11 12 14 15

2025

41 43

2029 31

25 21

34

58

74 78

94

2 4 5 4 29 7 7 7 8

0

20

40

60

80

100

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

10-14 15-19 20-34 35-49

0,0 0,6

49,857,3

42,6 44,859,0

89,0

124,8 123,7

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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Verifica-se que o aumento na taxa de detecção foi acentuado a partir de 2015, fato que pode ser explicado pelo desabastecimento da penicilina benzatina, principal antibiótico para o tratamento da doença, que o Brasil passou a sofrer a partir do segundo semestre de 2014, devido à escassez de matéria prima. Segundo o MS, a sífilis adquirida vem também se instalando entre os segmentos mais jovens da população brasileira, sobretudo entre homens, o que impõe a necessidade de desenvolver estratégias intersetoriais, incluindo ações de prevenção nas escolas e nas redes de interação juvenil.

o Sífilis congênita (SC)

Em relação à SC, no período de 2009 a 2018*, em Diadema, foram notificados 338 casos por 1.000 nascidos vivos, em menores de 1 ano. De 2009 a 2015, houve um aumento progressivo na taxa de incidencia de SC, de 3,4 (2009) para 6,7 casos (2015), conforme demonstrado no Gráfico 62.

Gráfico 62 – Taxa de Incidência de sífilis congênita menores de 1 ano de idade, segundo ano de diagnóstico, Diadema, 2009-2018*

Fonte: Sinannet, 2019 *Dados preliminares

Em 2016-2017, ocorreu uma queda na taxa de incidência de SC,

porém com aumento em 2018*. No início de 2018, houve falta de kit de

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

3,04

4,65

6,06 5,905,56

6,286,70

4,49

5,11

7,01

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VDRL, comprometendo o diagnóstico e monitoramento do tratamento de SG e da SC.

A série histórica de 2009 a 2018, mostra a ocorrência de 33 abortos e 19 natimortos por SC (Tabela 58).

Tabela 58 – Abortos e natimortos com sífilis congênita, segundo ano de diagnóstico, de mães residentes em Diadema, 2009-2018*.

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total

Abortos 3 2 4 5 3 7 1 1 3 1 3 Natimortos 2 2 1 2 3 2 2 1 2 0 2

Fonte: SinanNet, *Dados preliminares

Em Diadema, o Comitê Municipal de Investigação de Transmissão Vertical de HIV, sífilis e hepatites virais foi instituído em maio de 2017, com o objetivo de identificar as possíveis falhas que ocasionam a transmissão vertical de sífilis, HIV e hepatites virais, e propor medidas resolutivas na prevenção, diagnóstico, assistência, tratamento e vigilância do agravo. Foram realizados, até o ano de 2018, 9 reuniões com participação dos profissionais da atenção básica, assistência farmacêutica, laboratório, assistência especializada, maternidades e centro de referencia de IST/AIDS/ Hep . No segundo semestre de 2017, foram realizados reuniões técnicas de sífilis com as UBSs, visando melhorar a qualidade das notificações, deteção precoce e tratamento adequado da gestante e parceiro com sífilis.

Em agosto de 2018, na reunião do Fórum de Enfermagem, foi discutido o protocolo municipal de sífilis e apresentados os dados epidemiológicos do primeiro semestre de 2018. A partir de então foram realizadas capacitações sobre sífilis em 7 UBSs, com a discussão dos casos clínicos de SC destas Unidades.

O diagnóstico precoce, com o tratamento oportuno e correto da sífilis na gestante e em seu parceiro sexual no PN, é decisivo para prevenção da transmissão vertical. Adicionalmente, o MS recomenda o preenchimento de um protocolo de investigação de todos os casos de SC, para identificar possíveis causas envolvidas no processo de transmissão vertical da sífilis.

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• TOXOPLASMOSE GESTACIONAL E CONGÊNITA

A toxoplasmose gestacional e congênita foi incluída na lista das DNCs, em fevereiro de 2016, pela Portaria Nº 204 do MS. Anteriormente, a toxoplasmose era notificada somente na ocorrência de surtos. Em 2018, o MS disponibilizou o Protocolo de Notificação e Investigação à Toxoplasmose Gestacional e Congênita, visando sanar algumas lacunas para a implementação da vigilância integrada da toxoplasmose gestacional e congênita no país, uniformizando conceitos e metodologias adotados em alguns estados e municípios. Por esta razão, não há dados reais do número de casos até o ano de 2016.

Todavia, 31 casos suspeitos de toxoplasmose congênita foram investigados no período de 2007 a 2014 pela equipe de infectologia pediátrica do CR IST HIV de Diadema.

Devido à nova Portaria, a notificação individual de casos suspeitos ou confirmados, no programa SinanNet, passou por reclassificação de acordo com o CID. A notificação da toxoplasmose gestacional passou a ser realizada com o CID10 O98.6 (Doenças Causadas por Protozoários complicando a Gravidez, o Parto e Puerpério), e a notificação individual de toxoplasmose congênita com o CID10 P37.

No Município de Diadema, de período de 2016-2018*, foram notificadas 24 gestantes com suspeita de toxoplasmose gestacional e 25 RN com suspeita de toxoplasmose congênita, distribuídos conforme Tabela 59.

Tabela 59 – Casos notificados de toxoplasmose em residentes, segundo o ano de diagnóstico, Diadema, 2016-2018*

Toxoplasmose em gestante Toxoplasmose em recém-nascido recém-nascido 2016 0 7

2017 17 21 2018 3 8

Fonte: SinanNet, *Dados preliminares

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A partir de novembro de 2017, a ECD iniciou uma estratégia de capacitação da rede básica, em parceria com a atenção básica e equipe da infectologia pediátrica do Centro de Referência em HIV/IST e Hepatites Virais Diadema. O objetivo desta estratégia inicial foi capacitar as duas UBSs com maior número de notificação de casos de gestantes com suspeita de toxoplasmose, quanto ao diagnóstico, notificação e tratamento da toxoplasmose em gestante e neonatos residentes no município. Além disso, foi discutido com a rede de atenção básica um novo protocolo de investigação e monitoramento de gestantes e RN com suspeita ou confirmação de toxoplasmose.

As gestantes com suspeita ou confirmadas para toxoplasmose, diagnosticados pelas UBSs, foram encaminhadas para o ambulatório de alto risco, localizado no Centro de Especialidades Médicas de Diadema (CEMED). Alguns casos não haviam sido notificados. Inicialmente foram convocados 11 casos de RN ou lactentes, residentes no município, nascidos a partir de 2016, com suspeita ou confirmação de toxoplasmose congênita e que não estavam em acompanhamento com nenhuma especialidade médica. Estes casos foram agendados para consulta com a pediatra infectologista do CEMED. Os casos novos foram encaminhados pelas maternidades, via agenda regulada, para a primeira consulta com pediatra infectologista já no primeiro mês de vida.

Outra estratégia utilizada foi incluir o tema “toxoplasmose congênita” como pauta das discussões de agravos avaliados pelo Comitê de Transmissão Vertical de Diadema, criado inicialmente para investigar e monitorar casos de sífilis congênita. Esta estratégia possibilitou uma organização do fluxo no município para investigação, monitoramento clínico/laboratorial, tratamento e notificação tanto da toxoplasmose gestacional quanto da toxoplasmose congênita, além de ampliar a parceria entre as maternidades públicas e o CEMED, principalmente com o ambulatório de infectologia pediátrica.

Os casos suspeitos de toxoplasmose congênita seguem em monitoramento até os dois anos de idade. Aqueles casos que foram considerados descartados receberam alta do ambulatório de infectologia pediátrica para seguimento no ambulatório de pediatria geral de suas respectivas UBSs de referência.

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• TUBERCULOSE (TB)

Diadema vinha apresentando tendência decrescente tanto na incidência de Tuberculose por todas as formas clínicas como por TB pulmonar bacilífera até 2016. Porém, no ano de 2017, observou-se aumento do número de casos para as duas condições clínicas, ocorrendo 149 e 75 casos respectivamente, o que corresponde a incidências de 35,6 casos de TB todas as formas por 100.000 habitantes e 17,9 casos de TB pulmonar bacilífera por 100.000 habitantes (Tabela 60). Em 2018 observou-se aumento ainda maior da incidência de TB em Diadema, com índice de 49,14 casos novos por 100.000 habitantes para TB todas as formas. Este cenário coincide com o aumento do abandono de tratamento, e desajustes na avaliação dos comunicantes.

A incidência do ESP também vem apresentando tendência de aumento nos últimos 2 anos.

Tabela 60 – Distribuição dos casos de Tuberculose em residentes segundo formas, tipo de encerramento e ano de incidência, Diadema, 2009-2018*

Ano Casos Cura(%) Abandono(%) Óbito[TB e não TB](%) Outros(%) 2009 128 116 (90,62) 6 (4,70) 4 (3,12) 2 (1,56) 2010 131 118 (90,08) 5 (3,82) 6 (4,58) 2 (1,52) 2011 128 115 (89,84) 7 (5,47) 5 (3,91) 1 (0,78) 2012 123 112 (91,06) 6 (4,88) 4 (3,25) 1 (0,81) 2013 141 122 (86,52) 8 (5,67) 10 (7,10) 1 (0,71) 2014 134 115 (85,81) 7 (5,22) 10 (7,47) 2 (1,5) 2015 128 111 (86,72) 7 (5,47) 6 (4,68) 4 (3,13) 2016 134 114 (85,07) 9 (6,72) 11 (8,21) 0 (0) 2017 149 126 (85,13) 14 (9,39) 6 (4,02) 3 (2,01) 2018* 169 31 (75,60)** 5 (12,20)** 2 (5,26)** 3 (7,32)**

Fonte: TBWEB, 13/02/19 *Dados preliminares ** coorte 1º trimestre

Como metas para controle da doença, o MS preconiza taxa de cura

acima de 85%, a qual vem sendo atingida pelo município desde 2006. Para a coorte de 2017, foi atingida a taxa de cura de 85,13% para casos novos em residentes e ainda há 1 caso em acompanhamento.

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O número de abandonos do tratamento vêm aumentando nos últimos anos em Diadema, sendo que em 2017 houve 14 abandonos, correspondendo a 9,39% do total de casos novos. Até recentemente, o perfil dos que abandonavam o tratamento da TB era de jovens do sexo masculino usuários de drogas, porém, no último ano, observou-se casos de abandono em mulheres que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas e, também, em homens que não referiram uso de drogas/álcool. Para melhorar este índice, faz-se necessária a abordagem multiprofissional dos pacientes, incluindo profissionais da Saúde Mental e Assistência Social.

Outro indicador avaliado é a porcentagem de testes anti-HIV realizados nos casos diagnosticados com TB, que em Diadema tem apresentado os seguintes índices: em 2015, 77,4%; em 2016, 83,6%; em 2017, 88% e em 2018, 78,4%, sendo este último dado ainda provisório. A meta preconizada é de realização de teste anti-HIV (teste rápido ou sorologia) em 100% dos casos TB diagnosticados, o que justifica-se pelo fato de que em muitos a infecção pelo HIV ou mesmo o diagnóstico de AIDS é realizado após o diagnóstico da TB e, pela importância de tratamento oportuno da coinfecção TB/HIV, por ser a TB a maior causa de morte entre pessoas que vivem com HIV.

Para o controle da TB em Diadema, outras duas atividades fundamentais são a busca ativa de sintomáticos respiratórios (SR) (Gráfico 63) e o exame dos contatos de casos de TB pulmonar bacilífera.

Gráfico 63 – Percentual de residentes sintomáticos respiratórios examinados, Diadema, 2008 - 2018*

Fonte: LABTB , 2019 *Dados preliminares

62,5

55

63,2

53,8

72,4

44,3

65

51

55,7

4143,5

35

40

45

50

55

60

65

70

75

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*

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Observa-se queda gradativa na meta de SR examinados de 2008 a 2018*. Tal observação é motivo de preocupação pois esta atividade permite o diagnóstico precoce de casos de TB bacilífera que, com a instituição de tratamento, e a avaliação dos comunicantes contribui para o controle da doença. Para melhora deste indicador, o grupo técnico regional de TB do GVE VII está programando para o ano de 2019 um fórum com apresentação dos indicadores municipais e apresentação de um Plano Regional para controle da TB e uma atividade de educação permanente com enfoque em busca ativa de casos e avaliação de comunicantes.

Em 2016, 64% dos contatos de TB foram examinados; em 2017, 58% e, em 2018, até o momento, somente 47,5%. A meta preconizada é de 80% de contatos examinados.

• VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E AUTOPROVOCADA

A notificação compulsória de violência interpessoal e autoprovocada, instituída inicialmente apenas para serviços de referência sentinela (Decreto Nº 5.099/2004 e Portaria Nº 2.472/2010), passou a ser obrigatória para toda a rede de saúde pública e privada a partir da publicação da Portaria Nº 104/2011.

Em Diadema, o processo de implantação das notificações iniciou-se em 2008 e continua em andamento, uma vez que as equipes de saúde estão em constante mudança assim como as políticas governamentais. No entanto, é possível analisar o perfil dos atendimentos notificados e a visibilidade/invisibilidade dos diferentes tipos de violência nos serviços notificadores.

Considerando-se o acumulado do período 2009-2018*, a Casa Beth Lobo, embora esteja ligada à Secretaria de Assistencia Social e Cidadania e não à Saúde, foi o maior notificador em Diadema (33% das ocorrências no município). Verificou-se a tendência, em 2017 e 2018*, de crescimento das notificações nas UPAs municipais (Tabela 61).

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Tabela 61 – Distribuição das notificações de violência interpessoal e autoprovocada nas quatro maiores unidades notificadoras, segundo ano de notificação. Diadema, 2009-2018*

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total C. Beth Lobo 245 247 192 140 190 99 84 147 183 170 1697 H. Estadual - - 56 130 138 121 55 73 40 39 652 PS Central 5 1 30 68 12 38 67 17 122 210 570

PA Eldorado - - - - - - - - 21 306 327 Fonte: SinanNet, 2019 *Dados preliminares

A média de notificações no período 2009-2018* foi de 520 ocorrências ao ano. A Tabela 62 demonstra uma oscilação no número de unidades notificadoras no município, com maior número em 2015 sem, porém, apresentar aumento das notificações. Verifica-se, a partir de 2015 diminuição das notificações da Casa Beth Lobo e do Hospital Estadual, então principais notificadores do município. A partir do ano de 2017, verifica-se expressivo aumento das notificações, na ordem de 5 pontos percentuais acima da média para o ano de 2017 e de 11 pontos para 2018 , decorrente das atividades de matriciamento, monitoramento das notificações e capacitações realizadas, principalmente nas UPAS.

Tabela 62 - Número de unidades notificadoras e casos notificados, segundo ano de notificação, Diadema, 2009-2018*

Ano Unidades notificadoras Total de notificações 2009 23 374 2010 15 326 2011 21 361 2012 21 494 2013 22 523 2014 21 448 2015 32 407 2016 20 370 2017 27 784 2018 26 1112

Fonte: SinanNet, 2019 *Dados preliminares

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Em 2018 as maiores unidades notificadoras foram: PA Eldorado, UPA Paineiras e PS Central (Gráfico 64), sendo responsáveis por 28%, 20% e 19% dos casos notificados pelo município, respectivamente. A Casa Beth Lobo, apesar de se manter em sua média anual com 170 notificações, correspondeu a apenas 15%.

Gráfico 64 – Distribuição das notificações de violência interpessoal e autoprovocada, segundo unidade notificadora e ano de notificação. Diadema, 2018*

Fonte: SinanNet, 2019 *Dados preliminares

De acordo com o acumulado do período 2009-2018*, dentre as pessoas residentes em Diadema vítimas de violência interpessoal e autoprovocada, 80% eram do sexo feminino, dentre as quais 5% gestantes. Constata-se o baixo índice de coleta de informação sobre gestação, uma vez que o estado gestacional foi ignorado em 26% do total de mulheres, restando dúvida sobre se a pergunta foi efetivamente feita às mulheres ou se eram casos em que as mesmas realmente ignoravam estar ou não grávidas. A distribuição anual destas notificações está demonstrada na Tabela 63.

30

6

22

0

21

0

17

0

67

39

17

16

13

6 6 6 5 5 4 4 3 3 3 2 2 1 1 1 1 1

0

50

100

150

200

250

300

350

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Tabela 63 – Distribuição das notificações de violência interpessoal e autoprovocada em residentes, segundo ano de notificação, sexo e estado gestacional. Diadema, 2009-2018*

Ges

tant

e

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total

F

Sim 8 13 11 13 16 9 18 9 32 31 160 Não 256 238 192 190 206 194 175 231 423 613 2718 Ign. 75 53 79 135 144 91 102 65 164 125 1033 Total 339 304 282 338 366 294 295 305 619 769 3911

M - 32 15 58 109 129 96 76 59 162 271 1007 Fonte: SinanNet, 2019 *Dados preliminares

Na segmentação por idade e sexo, percebeu-se entre os residentes de Diadema o nítido predomínio das notificações de violência entre as mulheres adultas, representando 47% do total (Gráfico 65).

Gráfico 65 - Número de casos de violência em residentes segundo sexo e ciclo de vida, Diadema, dados acumulados, 2009-2018*.

Fonte: SinanNet, 2019 *Dados preliminares

213 211113

415

55

355

697

442

2312

105

0

500

1000

1500

2000

2500

Criança adolescente Jovem adulto idoso

Masc. Fem.

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Em relação às deficiências/transtornos, 6% das vítimas residentes apresentavam alguma deficiência, todavia em 24% das fichas este dado era ignorado (Gráfico 66).

Gráfico 66 – Distribuição dos casos de violência interpessoal e autoprovocada em residentes, segundo presença de deficiências/transtornos da vítima, Diadema, , 2009-2018*

Fonte: SinanNet, 2019 *Dados preliminares

Das notificações em residentes informadas nos anos 2009 a 2018* com autodeclaração de raça/cor, foram: 36% branca, 34% parda, 9% preta e apenas 1% amarela. O detalhamento raça/cor está apresentado no Gráfico 67. Ressalta-se que o quesito raça/cor, que possibilita uma análise mais concorde à realidade dos dados de violência, apresentou 20% de preenchimento ignorado no total das notificações neste período. Desde 2016, o campo passou a constar como indicador no Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde - PQA-VS, cuja meta é 95% das notificações com o campo correspondente a raça/cor preenchido com código válido, que exclui o código para ignorado. Esta meta foi alcançada nos anos de 2017 e 2018*, com o preenchimento do campo em 95% e 96%, respectivamente, após verficação da informação pela equipe da ECD.

6%

70%

24%

SIM NÃO IGN

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Gráfico 67 – Distribuição dos casos de violência interpessoal e autoprovocada em residentes, segundo raça/cor declarada e sexo, Diadema, dados acumulados, 2009-2018*.

Fonte: SinanNet, 2019 *Dados preliminares

As notificações de residentes referentes a eventos anteriores de violência registraram 54% de recorrência. Esse percentual pode ser ainda maior, pois 20% das notificações têm esse campo preenchido como ignorado. Os principais locais de ocorrência foram as residências (72%) seguidos das vias públicas (11%), entretanto, em 10% das notificações o dado era ignorado.

As violências autoprovocadas responderam por 13% das notificações de residentes de 2009 a 2018*, com média de 70 casos ao ano. Porém esses números aumentaram expressivamente em 2017 (105) e 2018* (203), podendo-se concluir que o aumento das notificações pelas UPAs pode revelar violências autoprovocadas subnotificadas.

Entre as restantes (não autoprovocadas), no ano de 2018, 74% foram violências físicas. As violências de natureza psicológica foram 9%, sexual 8% e negligência 8%, o que não significa que não estivessem presentes nos eventos em que também ocorreu violência física. Isto se deve ao fato de que, a partir de 2016, de acordo com o MS, as notificações devem indicar a principal forma de violência no evento notificado, ainda que não seja a única.

Das violências sexuais notificadas em 2018 e citadas acima, 87% ocorreram contra mulheres e meninas. O detalhamento das agressões

1427

384

22

1304

6

768

363

786

348212

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Branca Preta Amarela Parda Indígena Ign/vazio

F M

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sexuais segundo ciclo de vida está apresentado na Tabela 64. A prevalência de violência sexual entre crianças e adolescentes foi alta, sendo que 45% de todos os casos deste tipo ocorreram até a idade de 14 anos.

Tabela 64 – Distribuição dos casos de Violencia Sexual, segundo ciclo de vida da vítima, Diadema, 2018*

Faixa OMS Nº DE CASOS Criança 24 Adolescente 22 Jovem 06 Adulto 24 Idoso 01 Total 77

Fonte: SinanNet, 2019 *Dados preliminares

Em relação ao perfil do autor da violência, os dados acumulados de 2009 a 2018* demonstram que a maioria (70%) foi do sexo masculino (Gráfico 68). Quanto ao estado de embriaguez, 27% dos agressores estavam alcoolizados e 33% não estavam, mas em 40% das fichas este dado consta como ignorado.

Gráfico 68 - Distribuição dos casos de violência interpessoal e autoprovocada em residentes, segundo sexo do agressor, Diadema, dados acumulados, 2009-2018*

Fonte: SinanNet, 2019 *Dados preliminares

masculino 350871%

Feminino 81917%

Ambos os sexos 1463%

Ignorado 336 7%(vazio) 109 2%

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A ficha oficial de notificação, além de disponível nos mecanismos “online” do MS, também é enviada mensalmente às Unidades de Saúde, por e-mail, como forma de estimular a notificação pelas equipes responsáveis. A equipe do Núcleo de Promoção à Saúde e Prevenção de Violências (Conviva) realiza encontros periódicos para discutir tanto o preenchimento das fichas como os casos de violência atendidos nos serviços.

Além do destaque já dado à qualificação feita junto às UPAs, os demais serviços de saúde estão buscando potencializar a articulação para qualificar as notificações de violência e o manejo das violências sexuais e autoprovocadas. Aliada à proposta da Atenção Básica e em parceria com o CR em DST/AIDS, no ano de 2019, a temática da violência sexual será tratada com prioridade.

O Conviva promove um encontro mensal da rede de atendimento ampliada, que inclui serviços de outras secretarias, externos à Prefeitura, e organizações não governamentais. O caráter desse fórum é de formação profissional e de promoção do atendimento em rede dos casos.

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• VI – IMUNIZAÇÃO

o Vacinação de rotina

O calendário de vacinação de rotina tem sofrido grandes alterações nos últimos anos, levando maior complexidade ao programa. Atualmente vigoram calendários de vacinação para crianças, adolescentes, adultos, pessoas acima de 60 anos e gestantes, além de calendários específicos para portadores de algumas comorbidades como: Síndrome de Down, pessoas que convivem com HIV/AIDS, entre outros. São 19 vacinas diferentes ofertadas à população, que protegem contra 18 doenças. As crianças menores de 10 anos recebem 13 vacinas diferentes.

Destacamos as seguintes alterações do calendário vacinal:

• 2017:

• Varicela: introdução de 2º dose aos 4 anos; • Hepatite A: alteração da dose, de 12 meses para 15; • Febre Amarela: exclusão da revacinação a cada 10 anos, passando para apenas dose única.

• 2018:

• HPV: introdução para meninos de 11 -14 anos; • BCG: excluída a necessidade de revacinação na ausência de cicatriz vacinal ; • Febre Amarela: introdução de vacinação de rotina aos 9 meses e recomendação de vacinação para todo ESP; • Varicela: ampliação da vacinação até 6 anos, 11 meses e 29 dias.

A cobertura vacinal de rotina, em Diadema, apresenta queda importante em relação à meta mínima de vacinação recomendada (Tabela 65), realidade que segue o mesmo perfil do ESP e do Brasil. A causa da queda de cobertura é multifatorial, conforme estudos que vêm sendo desenvolvidos por especialistas. Podemos destacar:

• Percepção popular equivocada de que as doenças desapareceram e não é mais necessário vacinar; • Desconhecimento do calendário de vacinação atual pela população e profissionais de saúde; • Medo de reações prejudiciais; • Receio de sobrecarga ao sistema imunológico;

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• Alegação de falta de tempo por parte dos responsáveis ou usuários; • Circulação de notícias falsas em redes sociais associando a vacina a eventos adversos graves e doenças; • Ativismo de grupos antivacina nas redes sociais, tendo sido identificados mais de 10 grupos integrando acima de 13 mil pessoas cada; • Alterações ou configuração do processo de trabalho nos serviços de saúde, destacando-se:

o Utilização de dados estimados, nem sempre compatíveis com o banco municipal, para o cálculo da cobertura pela Base de dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI);

o Impacto na rotina das salas de vacina, a partir de agosto de 2015, gerado pela implantação do SIPNI nas Unidades de Saúde, tornando mais complexo o processo de trabalho ao exigir a digitalização das doses aplicadas;

o Redução significativa dos recursos humanos nos serviços de saúde; o Ausência de efetivo monitoramento das coberturas vacinais nas

Unidades de Saúde; o Fragilidade na convocação de faltosos; o Horário restrito de funcionamento das salas de vacina dificultando o

acesso a uma parcela da população trabalhadora.

Tabela 65 – Cobertura vacinal de rotina em residentes, Diadema, 2009-2018*

Meta 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Influenza < 02a 90 70,46 78,07 91,37 80,49

Influenza < 05a 90 69,84 92,01 69,57 66,87 69,84

Meningo C 12-13a 95 # # # # # # # # 58,01 77,28

HPV ♂ e ♀ - 1ª D 95 #& #& #& #& #& #& #& #& #& 60,85

HPV ♂ e ♀ - 2ª D 95 #& #& #& #& #& #& #& #& #& 51,52 Fonte: SIPNI / ECD * dados preliminares # - O cálculo de cobertura para estas vacinas é por metodologia de "cascata", por tratar-se de vacinação de inserção em faixas etárias maiores e que parte da população já está vacinada, assim a avaliação se dá apenas no ano vigente. & - O SIPNI até o momento somente fornece a cobertura total (não separada por sexo).

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o Campanhas de Vacinação

Considerando que nos anos de 2017 e 2018 as campanhas foram diferenciadas, as informações estão discriminadas por ano de ocorrência:

• 2 Campanhas de Vacinação em 2017:

1. Campanha de Vacinação contra a Influenza para os seguintes grupos prioritários:

a. Crianças de 6 meses a menores de 05 anos b. Gestantes c. Puérperas d. Pessoas acima de 60 anos e. Trabalhadores da Saúde f. População privada de liberdade g. Trabalhadores da Educação h. Portadores de comorbidades

Outras categorias, tais como: policiais, trabalhadores de Poupatempo, carteiros, coletores de lixo, etc, foram inseridas à medida que as coberturas destes grupos foram alcançadas.

A cobertura vacinal alcançada está apresentada na Tabela 66, com os dados de 2018.

Tabela 66: Cobertura Vacinal na Campanha de Vacinação contra Influenza, segundo grupos prioritários, Diadema, 2017 -2018

Ano 2017 2018 Grupos Doses aplicadas % cobertura Doses aplicadas % cobertura

6m - < 5 anos 17.027 69,57 17.150 66,84 Gestantes 2.935 61,22 2.634 58,24 Puérperas 647 82,11 828 111,44 Acima de 60 anos 31.496 104,14 30.769 101,73 Trab. saúde 7.202 86,85 7.856 93,30 Educação 2.430 NSA 2.926 NSA Comorbidades 17.792 NSA 17.001 NSA Outros 2.580 NSA 11.093 NSA Total vac. 82.109 NSA 90.257 NSA

Fontes: ECD / imunização, SIPNI NSA=não se aplica

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2. Campanha de Atualização do Calendário de Vacinação para crianças e adolescentes menores de 14 anos. Este tipo de campanha não avalia cobertura vacinal. Compareceram nas UBSs para avaliação 19.349 menores de 14 anos, 7.629 deles necessitando vacinação. Na Tabela 67 está demonstrado o número de doses de vacinas aplicadas por grupo etário.

Tabela 67 – Doses aplicadas durante a Campanha de Atualização do Calendário de Vacinação, segundo imunobiológico e grupo etário, Diadema, 2017

Grupo etário < 10 anos 10-<14 anos Vacinas Doses aplicadas Doses aplicadas

BCG 176 0 Hepatite B 7 13 Penta 808 NSA VIP 808 NSA VOP 667 NSA Rotavírus 425 NSA Pneumo 10V 912 NSA Meningo C 914 1.469 Tríplice viral-SCR 982 51 Hepatite A 451 NSA Varicela 547 NSA DTP 1.349 NSA Dt 137 95 HPV (meninas) 491 790 HPV (meninos) NSA 1.720 Total 8.674 4.138

Fonte: ECD / imunização NSA=não se aplica * dados preliminares

• Vacinas em 2018:

Este foi um ano atípico, com situações epidemiológicas que levaram à necessidade de adoção de medidas de proteção imediatas, que não faziam parte da rotina da vacinação, como no caso da febre amarela.

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1. Febre Amarela

O avanço da epizootia na Região Sudeste impôs aos municípios a adoção de estratégias para evitar a disseminação do vírus em suas áreas de abrangência. Como Diadema estava na rota de deslocamento do vírus, a partir de janeiro de 2018, o município foi incluído no grupo dos 54 municípios integrantes da Campanha de Vacinação contra a Febre Amarela em São Paulo. Iniciada em 25 de janeiro, foi a estratégia adotada para evitar a ocorrência de casos humanos.

Foi realizada a vacinação com dose fracionada para toda a população acima de 02 anos. Esta campanha exigiu das equipes um grande comprometimento pois, além da vacinação nas UBSs, foram necessárias ações complementares para ampliação da cobertura vacinal tais como: vacinação em empresas, escolas, postos volantes de vacinação em diversos locais e busca ativa, principalmente em áreas de maior risco de ocorrência de epizootias.

A cobertura vacinal durante a campanha foi de 65,53%, tendo sido vacinadas 273.852 pessoas. Foi utilizado o esquema com dose fracionada (0,1 ml), havendo eventual vacinação com dose padrão (0,5 ml) nos casos de viajantes para áreas de transmissão de epizootia ou viagem internacional. Se considerados os dados acumulados das vacinações anteriores, o Sistema de Informação (DATASUS / SIPNI) registra a cobertura de 67,02%, representando 273.852 pessoas vacinadas.

Após terminada a campanha, a vacina contra Febre Amarela foi introduzida no calendário de vacinação de rotina das crianças aos 09 meses de idade, e em dose única para toda a população ainda não vacinada, independente de deslocamento.

2. Influenza

A Campanha anual de vacinação contra a Influenza foi realizada nos mesmos moldes de 2017, ou seja, contemplou os grupos prioritários específicos, tendo outros inseridos à medida que as coberturas iam sendo alcançadas.

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A cobertura vacinal alcançada está apresentada na Tabela 66, com os resultados de 2017.

3. Sarampo/Caxumba/Rubéola (SCR) e Poliomielite

Apesar do Brasil ter recebido da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), em 2016, o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, em 2018 o país enfrentou dois surtos da doença: em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e importados foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.

Como estratégia para conter o avanço da doença, foi realizada a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo, no mês de agosto de 2018, para crianças de 01 a menores de 05 anos de idade. A Poliomielite também foi inserida pois havia risco epidemiológico. Os dados de cobertura estão demonstrados na tabela Tabela 68.

Tabela 68 – Cobertura Vacinal na Campanha de Vacinação contra sarampo, caxumba, rubéola e Poliomielite, segundo imunobiológico e idade, Diadema, 2018

Vacina SCR Poliomielite Idade Doses aplicadas % cobertura Doses aplicadas % cobertura

01 ano 5.461 90,6 5.432 90,1 02 anos 5.249 94,6 5.267 94,9 03 anos 5.406 98,0 5.430 98,5 04 anos 5.402 97,4 5.646 101,8 Total 21.518 95,0 21.775 96,2

Fontes: ECD / imunização, SIPNI

o Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal (MRC)

O MRC tem o objetivo de avaliar a cobertura vacinal dos imunobiológicos específicos, mas também permite a ampliação da cobertura devido à possibilidade de atualizar as vacinas em atraso.

Em 2017 o MRC foi realizado com o objetivo de avaliar a vacinação na Campanha de Atualização do Calendário de Vacinação para crianças e

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adolescentes menores de 15 anos. Já em 2018, o objetivo foi a avaliação da cobertura vacinal na Campanha de Vacinação contra SCR e Poliomielite.

o Eventos Adversos pós Vacinação (EAPV)

A partir de 2016, o Programa de Imunização classifica os EAPVs em três níveis quanto às manifestações locais e sistêmicas:

• Evento adverso grave (EAG) • Evento adverso não grave • Erro de imunização, antes nomeado procedimento inadequado (erros

de via, dose ou imunobiológico cometidos durante a adminstração de vacinas)

Todos eles são de notificação obrigatória à ECD.

A maioria dos eventos notificados são locais e/ou sistêmicos de baixa gravidade mas, caso não fossem informados, apesar de serem limitadas as medidas a serem adotadas, também as ações de vigilância aos eventos moderados/graves acabariam restritas e, além disto, impossibilitaria a análise da técnica de aplicação e do processo de trabalho nas salas de vacina.

Todos os eventos (leves, moderados e graves) são analisados pelo setor de imunização do município, sendo os graves também avaliados pela Divisão de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde.

Nos primórdios da vigilância deste agravo, os EAPV eram informados no SINAN que apresentava muitas restrições impeditivas à análise adequada dos casos, fornecendo apenas a evolução (cura ou óbito). A partir de agosto de 2015, as notificações passaram a ser lançadas no SIPNI, porém também este sistema não permite a geração de um relatório adequado. Assim, em 2018 a ECD passou a utilizar adicionalmente uma planilha local que possibilita o acompanhamento e adequada avaliação dos casos.

Com isso, os casos leves/esperados que não são digitados no SIPNI, o são na planilha eletrônica interna o que possibilita a correlação entre possíveis eventos leves e técnicas inadequadas de aplicação.

Na Tabela 69 são apresentados os dados de 2017 e 2018.

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Tabela 69 – Distribuição dos Eventos Adversos pós Vacinação notificados em residentes, segundo ano de vacinação. Diadema, 2017-2018

EAPV moderado/grave Erro de imunização/

Procedimento inadequado

Evento leve/esperado

2017 27 10 19 2018 17 14 75

Fonte: ECD / imunização

Houve uma redução de eventos moderados/graves de 2017 para 2018, porém um aumento importante de eventos leves/esperados, estes associados principalmente à introdução da vacina contra a febre amarela. Destacam-se os eventos moderados/graves associados à vacina Pentavalente, tanto em 2017 como em 2018 (Tabela 70).

Tabela 70 – Distribuição dos EAVP em residentes, segundo imunobiológico e ano de vacinação, Diadema, 2017-2018

Imunobiológico associado ao EAPV

Ano

2017 2018 Pentavalente 10 4 SCR 5 2 Rotavírus 5 1 BCG 4 2 Influenza 1 2 Meningo C 2 0 Febre Amarela 0 4 Pneumo 10 0 1 DTP 0 1 Total 27 17

Fonte: ECD / imunização

Quanto ao tipo de ocorrência, os erros de técnica levando a complicações locais e a aplicação duplicada da mesma vacina são os mais frequentes, seguidos pelas aplicações de dose insuficiente e em idade não recomendada (Tabela 71).

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Tabela 71 – Distribuição dos erros de imunização em residentes, segundo tipo de ocorrência e ano de vacinação, Diadema, 2017-2018

Erros de imunização / procedimentos inadequados Ano

2017 2018 Intervalo inadequado entre as doses 2 0 Dose insuficiente 0 4 Vacina aplicada 2 vezes 1 4 Erro de técnica com evolução para celulite 3 2 Erro de técnica com evolução para abcesso 1 0 Não averiguação de contra-indicação para aplicação 0 2 Aplicação em idade não recomendada 2 2 Fora de validade 1 0 Total 10 14

Fontes: ECD / imunização, SIPNI

Apesar do número elevado de casos notificados, um percentual menor foi confirmado após a investigação (Gráfico 69). A análise de todos os eventos notificados é realizada pela ECD que, se necessário, os encaminha também para parecer do setor de Imunização do CVE/SES/SP.

Gráfico 69 – Casos investigados, confirmados e percentual de confirmação de EAPV em residentes, segundo ano de vacinação, Diadema, 2009-2018.

Fontes: ECD / imunização, SIPNI

29

73

30

45 4740

49

4146

92

18

40

24 23 23

7 8 12

27

17

62 %

55 %

80 %

51 % 49 %

18 % 16 %

29 %

59 %

18 %

0 %

10 %

20 %

30 %

40 %

50 %

60 %

70 %

80 %

90 %

0

10

20

30

40

50

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100

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Investigados confirmados % confirmação

Page 144: Prefeitura do Município de Diadema · 2020. 2. 19. · região de residência e ano do parto, 2009-2016. Gráfico 09 – Taxa de partos, segundo local de nascimento, residentes em

123

A flutuação dos índices de confirmação dos EAPV ao longo da série histórica se explica pela mudança de sistemas de informação com consequentes alterações nos critérios de confirmação, bem como ao tempo de adaptação das equipes a essas mudanças e, especificamente para 2018, à introdução da vacinação contra a febre amarela.