prática 01 - instrumentos de medida

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INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE VAZÃO, PRESSÃO E TEMPERATURA Acadêmicos(as): Ricardo Gealh de Campos R.A.: 28662 Thiago Antunes R.A.: 28666 Talita Moreno R.A.: 28659 Vinicius Emura R.A.: 28696 Eric Matheus R.A.: 28696 Fernando Augusto Poppi R.A.: 21577 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I

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Page 1: Prática 01 - Instrumentos de Medida

INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE VAZÃO,PRESSÃO E TEMPERATURA

Acadêmicos(as): Ricardo Gealh de Campos R.A.: 28662Thiago Antunes R.A.: 28666Talita Moreno R.A.: 28659Vinicius Emura R.A.: 28696Eric Matheus R.A.: 28696Fernando Augusto Poppi R.A.: 21577

Professora: Dra. Eneida Sala CossichTurma: 009

Maringá, 17 de junho de 2004.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁCENTRO DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICALABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I

Page 2: Prática 01 - Instrumentos de Medida

SUMÁRIO

I. OBJETIVOS:_______________________________________________________4

II. INTRODUÇÃO TEÓRICA:____________________________________________4

II.1. Temperatura:___________________________________________________________4II.1.1. Tipos de Termômetros:________________________________________________________5

II.1.1.1. Termômetro comum de Mercúrio, Álcool e Tolueno:_____________________________5II.1.1.2. Termômetros Registradores:_________________________________________________6II.1.1.3. Pirômetros:______________________________________________________________6

II.2. Pressão:________________________________________________________________6II.2.1. Métodos de medição de pressão:_________________________________________________6

II.2.1.1. Métodos de coluna líquida:__________________________________________________7II.2.1.2. Métodos de elementos elásticos:______________________________________________7II.2.1.3. Métodos Elétricos:________________________________________________________7

II.3. Vazão:_________________________________________________________________8II.3.1. Instrumentos de Medida de Vazão:_______________________________________________8

II.3.1.1. Rotâmetro:_______________________________________________________________8II.3.1.2. Medidor Venturi:__________________________________________________________9II.3.1.3. Medidor de Cotovelo:______________________________________________________9

III. MATERIAIS E MÉTODOS:__________________________________________9

III.1. Instrumentos de medida de temperatura____________________________________9

III.2. Instrumentos de medidas de pressão:_____________________________________10

III.3. Instrumentos de medida de vazão:________________________________________10

IV. RESULTADOS:___________________________________________________11

IV.1. Calibração dos termopares:______________________________________________11

IV.2. Calibração do Manômetro:______________________________________________13

IV.3. Calibração do Rotâmetro:_______________________________________________14

V. ANÁLISE DOS RESULTADOS:_______________________________________16

V.1. Calibração dos termopares:______________________________________________16

V.2. Calibração do Manômetro:_______________________________________________16

V.3. Calibração do Rotâmetro:________________________________________________16

VI. CONCLUSÃO:____________________________________________________16

VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:________________________________16

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Page 3: Prática 01 - Instrumentos de Medida

RESUMO:

Neste experimento reconheceu-se instrumentos de medida de temperatura, pressão e vazão. Calibrou-se os termopares de tipo T, J e K, bem como o termopar do tipo T ligado a um milivoltímetro, através da variação da temperatura de um banho termostatizado, de acordo com um termômetro de mercúrio. Utilizou-se um manômetro de mercúrio de tubo em U para calibrar um manômetro de Bourdon, variando a altura da coluna de mercúrio (pressão). Um rotâmetro foi utilizado como medidor de vazão. Fixou-se a posição de seu flutuador e mediu-se a massa (convertida a volume através da densidade) de água, em um dado intervalo de tempo, medido por um cronômetro, determinando-se assim a vazão volumétrica para calibrá-lo.

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Page 4: Prática 01 - Instrumentos de Medida

I. OBJETIVOS:

Reconhecer instrumentos de medida de vazão, temperatura e pressão, bem como suas calibrações.

II. INTRODUÇÃO TEÓRICA:

Para a realização da prática, é necessário o conhecimento dos conceitos físicos a nível do que será abordado, como a temperatura, pressão e vazão.

II.1. Temperatura:

O Conceito de temperatura pode tornar-se preciso pelas afirmações: “Sistemas em equilíbrio tem a mesma temperatura”; “Sistemas em não equilíbrio possuem temperaturas diferentes.”É da lei zero da termodinâmica, baseada na experiência do contato térmico, que

pode-se definir temperatura. Uma grandeza que é uma quantidade precisamente definida, profundamente enfatizada no conceito de equilíbrio, e relativo a energia contida em uma substância.

Utilizam-se em trabalhos científicos, assim como em engenharia, métodos para medida de temperatura e outras propriedades físicas do corpo que variam com a mesma e são denominadas de propriedades termométricas e entre elas podemos citar: volume aparente dos gases e líquidos, comprimento de barras, resistências elétricas de fios pressão de gases mantidos a volume constante, força eletromotriz de um par termoelétrico, etc.

Para sua leitura através dos termômetros, como um sistema, uma dessas propriedades. É preciso então que o termômetro entre em equilíbrio térmico com um sistema cuja temperatura seja reproduzível, por exemplo, gelo fundente. Mede-se então, o valor da propriedade, assim a agulha do manômetro, ficará em uma posição definida. Depois que o termômetro tenha atingido o equilíbrio com o gelo, considerando o termômetro como um recipiente a volume constante, marca-se este primeiro valor com um número desejado, como zero na escala Celsius (0ºC). Levando agora este sistema em contato com uma outra temperatura, com água em ebulição a 1 atm, a agulha permanece então em outra posição como cem na mesma escala (100ºC).

Apenas um cuidado a ser tomado a respeito da propriedade escolhida como termométrica, esta pode aumentar ou diminuir continuamente à medida que a temperatura sobe no intervalo de aplicação do termômetro, não pode ter máximo ou mínimo ou valor intermediário neste intervalo.

De um modo geral, a temperatura é a medida de calor que está sendo fornecida por um determinado corpo. Para a medida de temperatura de um corpo faz-se uso de um equipamento que são designados como termômetros, os quais se classificam de acordo com a tabela abaixo:

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Page 5: Prática 01 - Instrumentos de Medida

Tabela 1 - Termômetros e suas propriedades termométricas.

Propriedades Termoelétricas TermômetroDilatação térmica de corpos metálicos Termômetro metálicoDilatação térmica de líquidos Termômetro de Hg , ÁlcoolDilatação térmica de gases Termômetro de gásResistência elétrica BolômetroForça Termo-eletromotriz Agulhas termo-elétricas Brilância de corpos incandescentes Pirômetros

A temperatura pode ser expressa por meio de dois tipos de escalas: relativas e absolutas. A diferença entre elas, é que nas escalas absolutas, sua origem coincide com o zero de temperatura, o mesmo não ocorrendo com as escalas relativas. As escalas absolutas conhecidas são a Kelvin (K) e a Rankine (ºR). Já as escalas relativas são a Celsius (ºC) e a Farenheit (ºF). O intervalo de um grau nas escalas Celsius e Kelvin são equivalentes. O mesmo acontece para as escalas Farenheit e Rankine. Um grau nas escalas Celsius e Kelvin, corresponde à 1,8 graus nas escalas Farenheit e Rankine.

Para calcular-se um valor da temperatura na transformação de uma escala em outra usamoa as equações gerais:

II.1.1. Tipos de Termômetros:

II.1.1.1. Termômetro comum de Mercúrio, Álcool e Tolueno:

Dependendo do intervalo de temperatura a que se deseja fazer medidas usa-se determinado cada um dos tipos acima em virtude do comportamento de sua dilatação nestes intervalos de temperatura.

Limite de temperatura Tipo de termômetro30 a 300 Termômetro de Hg110 a 780 Termômetro de Álcool e Tolueno

A medição da temperatura mediante termômetros de líquido baseia-se na observação do volume ocupado pelo líquido no invólucro de vidro composto por um reservatório (bulbo) e um tubo capilar (haste) soldado ao depósito, de forma que todo o bulbo e a parte do tubo estejam cheios. Ao manter o bulbo em contato com outro material com diferente temperatura existe a dilatação ou contração do líquido promovendo a leitura na haste do termômetro.

O mercúrio tem algumas vantagens sobre os outros líquidos: o mercúrio não molha o vidro, o intervalo de do estado líquido do mercúrio é relativamente grande e a purificação do mecanismo se faz de forma mais simples.

II.1.1.2. Termômetros Registradores:

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São também chamados de termógrafos. São formados em geral por uma caixa de metal, de paredes delgadas, dobrada em arco e cheia de líquido que geralmente é o álcool. As variações de temperatura dilatam e contraem o álcool e a caixa tende a colocar-se mais horizontalmente ou mais curvadas, onde os movimentos se transmitem num mecanismo ao registrador.

II.1.1.3. Pirômetros:

São usados para medir temperaturas muito altas e destacam-se alguns tipos :Pirômetros termo-elétricos: Constituídos de dois fios metálicos de composição

metálica homogênea soldados (fundidos) entre si por uma das extremidades e ligados as outras extremidades existe um dispositivo capaz de medir a força eletromotriz. A medida da força eletromotriz é uma medida da diferença da diferença de temperatura entre as extremidades. Estes equipamentos são comumente chamados de termopares

Pirômetros óticos: são em geral construídos para medir a temperatura em base ao comprimento da luz e regulados para medidas relativas a um corpo negro

Pirômetros de radiação total: é baseado na relação de energia total sob a forma de calor e luz irradiado por um corpo negro, em função da temperatura.

II.2. Pressão:

Por pressão entende-se, como a força total exercida sobre um elemento de superfície dividido pela área da superfície. Pressão, ou, equivalente, força, é importante para a mecânica e termodinâmica porque expressa o conceito de equilíbrio mecânico, onde dois sistemas através de paredes móveis, atingem a mesma pressão, em contato mecânico.

Para medir a pressão, usa-se um manômetro, que é um aparelho que produz uma mudança no indicador, tal como a posição, altura de uma coluna de líquido, ou mudança das propriedades elétricas de determinados circuitos, em resposta a uma mudança de pressão. Neste caso, sempre que utilizarmos o termo pressão estamos nos referindo a pressão absoluta, que é:

pabs = patm + pman

A leitura da pressão num ponto referenciando-se esta medida ao vácuo, desprezando a pressão atmosférica, temos a pressão relativa.

As unidades mais conhecidas para a pressão são: atmosfera (atm), Pascal (Pa), psig(g de gage - para pressões relativas), psia (a de absoluto- para pressões absolutas).

Há também muitas outras unidades compostas, como: quilograma-força por centímetro quadrado (Kgf/cm²), libra-força por polegada quadrada (Lbf/in²), e outras.

II.2.1. Métodos de medição de pressão:

Estes métodos podem ser divididos em três grupos: Baseados nas medidas de altura de uma coluna líquida Baseados nas medidas de deformação de uma câmara elástica de pressão Dispositivos sensores elétricos

II.2.1.1. Métodos de coluna líquida:

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Os medidores de pressão são os que equilibram a pressão desconhecida com contra uma pressão exercida por uma coluna líquida. Quando a densidade do líquido é conhecida, a altura da coluna é uma medida de pressão. Os principais dispositivos medidores de pressão a coluna líquida são denominados manômetros de tubo em U.

II.2.1.2. Métodos de elementos elásticos:

Esses medidores expressam a pressão a partir da deformação de um material elástico. Podem ser citados como exemplo desses medidores Tubo de Bourbon, Fole e Membrana

a)Tubo de Bourbon: é um tipo de manômetro na forma de um tubo metálico achatado e recurvado, fechado de um lado e ligado do outro na tomada da pressão a ser medida. Quando a pressão interna ao é aumentada, este tende a endireitar-se, puxando um sistema de alavancas ligado a um ponteiro, causando desta forma seu movimento. O zero será indicado no mostrador quando as pressões interna e externa forem iguais independentes do seu valor. Este tipo de manômetro em função da sua própria construção, medirá pressões em relação à pressão reinante no meio que o circunda, que é a atmosférica local.

b)Fole ou Sanfona : ë um cilindro com elasticidade axial, com dobras ou pregas profundas na superfície. Para medir a pressão absoluta, o interior ou o exterior pode ser evacuado e selado. A diferença entre duas pressões pode ser medida aplicando-se a mesma aos lados opostos de um único fole ou dois foles em oposição.

c) Membranas ou diafragmas: essas podem ser classificadas em dois grupos principais : as que utilizam as características elásticas do diafragma e as que são atuadas por uma mola ou por outro elemento elástico . O primeiro tipo consiste numa ou mais cápsulas constituídas por dois diafragmas ligados por soldas fracas, ou abrasados ou soldados por fusão. Os diafragmas são discos metálicos circulares, planos ou ondulados. O segundo tipo de membrana resiste a pressão e exerce a força sobre um elemento elástico em oposição. O movimento do diafragma é obstruído por uma mola que determina a deflexão para uma dada pressão. Este tipo de membrana é usado para medições de pressão muito baixas, de vácuo ou de diferenciais de pressão.

II.2.1.3. Métodos Elétricos:

Esse tipo de medidor de pressão baseia-se em dispositivos que usam redes de resistores filares para medir pequenas distorções em materiais sujeitos a tensões e são denominados manômetros a deformação elástica. A resistência elétrica do condutor é provocada quando este condutor é esticado, ou seja, aumentando seu comprimento e diminuindo seu diâmetro.

Existem ainda dois tipos de manômetros a deformação elástica: os com rede ligada e os de rede desligada. Os primeiros são aqueles que tem a rede fixada diretamente na superfície do elemento elástico cuja deformação deve ser medida. Os manômetros com rede desligada são constituídos por um quadrado fixo e uma armadura móvel em relação a ele e que responde a pressão desconhecida.

II.3. Vazão:

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Page 8: Prática 01 - Instrumentos de Medida

Grandeza que imediatamente é associada à escoamentos de fluidos em geral. É uma medida de fluxo material. O controle de quanto entra e sai de um processo é fundamental, daí a importância dos instrumentos que fazem este controle.

A trajetória de uma partícula líquida cujas tangentes, nos diferentes pontos dão as direções das velocidades das moléculas ao passar por estes pontos, chama-se linha de corrente. O conjunto de linhas de corrente que atravessam uma pequena superfície colocada transversalmente é o filete líquido ou tubo de corrente.

Admite-se que o líquido preenche completamente o tubo e também que os efeitos da contração do fluído são desprezíveis. No caso dos gases, leva-se em conta o fenômeno de compressão.

Temos então:S1 - seção do tubo em um ponto qualquer V1 - velocidade do líquido que atravessa a seção

Assim:

onde Q é a vazão do fluído que passa pela seção S1

O fato de que o líquido preenche totalmente o tubo, permite aplicar a equação de continuidade; que estabelece que a vazão Q é a mesma para todas as seções do tubo. Neste caso:

Industrialmente, os principais instrumentos utilizados, são os de pressão variavél, área variável (rotâmetros e par-cilindro pistão), controles à turbina, fluxímetros de massa, vertedouros e calhas destinadas a medições de vazões em canais abertos.

O conjunto de medição, é, via de regra, constituído de duas classes de elementos: primários e secundário. Os elementos primários, se encontram em contato direto com o fluido, resultando em alguma interação, transformando a vazão em grandeza facilmente mensurável; os elementos secundários transformam esta grandeza facilmente mensurável em informações adequadas para a leitura local ou transmissão à distância do valor correspondente à vazão.

A vazão pode ser volumétrica ou mássica:

Vazão Volumétrica: ;

Vazão Mássica: ,

onde Q é vazão, V o volume, m a massa e t o tempo.

II.3.1. Instrumentos de Medida de Vazão:

II.3.1.1. Rotâmetro:

É um medidor de área variável e um dos fluxímetros de maior uso nas indústrias químicas. É constituído de um “flutuador” que pode mover-se livremente na direção vertical, colocado num tubo cônico cujo diâmetro pouco varia com a abertura maior voltada para cima. O fluido entra por baixo do tubo e eleva o flutuador até que a área anular entre ele e as paredes do tubo seja suficiente para provocar uma queda de pressão capaz de suportá-lo. O tubo cônico é, em geral, de vidro boro-silicado ou de vários metais como o aço inoxidável. Os flutuadores são de metais duros e resistentes à corrosão, como aço inoxidável e apresentam diversos formatos e características de

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vazão. Os rotâmetros podem fazer medidas de gases e líquidos a alta e baixa pressão. Um único instrumento cobre uma faixa de vazões de 1 para 10 e, pelo emprego de flutuadores de diferentes densidades pode-se obter uma faixa de 1 para 200.

II.3.1.2. Medidor Venturi:

É utilizado em situações para as quais a vazão pode ser determinada pela medida de pressão.

Consiste de um cone de entrada lisa com ângulo em torno de 20C, um cilindro de seção curta, e de um cone difusor de ângulo entre 5 e 7 a fim de minimizar a perda de carga. Para uma operação satisfatória do dispositivo, o escoamento deverá ser estabelecido quando ele passar pela 1 seção, e o mesmo deve ser precedido por um tubo reto de pelo menos 10 diâmetros de comprimento. No estrangulamento e na 1 seção são acoplados manômetros para leitura das pressões. No escoamento do tubo para a 2 seção (cone com menor ângulo) a velocidade aumenta e, em correspondência, a pressão diminui. Verifica-se que a vazão é de um escoamento é função da leitura do manômetro.

II.3.1.3. Medidor de Cotovelo:

Considerado como um dos dispositivos mais simples para a medida de vazão. Ligam-se tomadas piezométricas no lado interno i no lado externo do cotovelo a um manômetro diferencial. Devido à força centrífuga na curva, a diferença de pressões relaciona-se com a vazão. Um trecho reto de regularização deve preceder o cotovelo e, para resultados precisos, o medidor deve ser aferido no local. Como a maioria das tubulações tem um cotovelo, o mesmo poderá ser usado como medidor. Depois da calibração, os resultados são tão confiáveis quanto os obtidos com um medidor Venturi ou local.

III. MATERIAIS E MÉTODOS:

III.1. Instrumentos de medida de temperatura

Materiais Utilizados: Termômetro de mercúrio; Termopares; Milivoltímetro; Cronômetro; Recipiente com água; Aquecedor.

Este método consiste, na leitura da variação da temperatura da água ao aquecer-se, nos instrumentos a serem calibrados em intervalos de temperatura definidos em um certo tempo (~ 90 segundos), tomando por base o termômetro de mercúrio.

Com os dados já anotados, construiu-se curvas de calibração para os termopares e o milivoltímetro. O primeiro dado é o valor da temperatura ambiente da água.

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III.2. Instrumentos de medidas de pressão:

Materiais Utilizados: Manômetro de Bourdon; Manômetro de mercúrio; Bomba centrífuga; Caixa d’água.

O experimento baseou-se em fixar pressões para a água que passava pelo manômetro de Bourdon, e simultaneamente, ler a pressão no manômetro de mercúrio (tubo em U), de acordo com a variação da coluna do fluido.

É feita então uma curva de calibração para o manômetro de Bourdon com os dados coletados.

III.3. Instrumentos de medida de vazão:

Materiais Utilizados: Rotâmetro; Bomba centrífuga; Caixa d’água; Cronômetro; Balança Proveta.

Nesta experiência, foi fixado uma vazão no rotâmetro, em seguida, com a massa da proveta já conhecida, determinamos o valor da massa de água coletada, chegando ao volume e aos cálculos da vazão, em um tempo conhecido.

Repetiu-se este procedimento para mais nove vazões fixas. Assim com os dados do tempo gasto e massa de água, calculou-se a vazão real, pois entende-se por vazão, a razão do volume pelo tempo. Com os valores de razão real e vazão do rotâmetro, construiu-se uma curva de calibração para o rotâmetro.

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Page 11: Prática 01 - Instrumentos de Medida

IV. RESULTADOS:

IV.1. Calibração dos termopares:

Tabela 2 - Temperaturas nos termopares T, J, K e no termômetro de mercúrio

Termômetro de mercúrio (ºC)

Termopar T Termopar J Termopar K Termômetro analógico

25 23 24 29 2248 47 49 43 3953 50 52 46 4460 56 58 52 4870 67 70 64 5980 78 81 76 72

Registrou-se a milivoltagem em um termopar do tipo T e transformou-a para escala de temperatura com o auxílio de uma tabela de conversão. A seguinte tabela foi montada:

Tabela 3 - Milivoltagem e a correspondente temperatura para o termopar T

Milivoltagem (mV) Termopar T (ºC)1.03 262.00 502.13 522.42 592.88 693.36 79

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Page 12: Prática 01 - Instrumentos de Medida

Gráfico 1 - Relações entre o Termômetro de Hg e o Termopar T

Gráfico 2 - Relação entre o Termômetro de Hg e o Termopar J

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Page 13: Prática 01 - Instrumentos de Medida

Gráfico 3 - Relação entre o Termômetro de Mercúrio e o Termopar K

Gráfico 4 - Relação entre o milivoltímetro e o Termopar T

IV.2. Calibração do Manômetro:

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Page 14: Prática 01 - Instrumentos de Medida

Comparou-se a pressão do manômetro de Bourdon com a coluna de mmHg. Para calcular a pressão do manômetro em mmHg transformou-se a pressão de Kgf/cm2 para Kgf/m2 e depois usou-se a relação que 1mmHg é igual a 133,32 Kgf/m2 e fez-se a transformação. Para transformar H usou-se a fórmula P = (Hg-H2O)*g*H. Construiu-se o gráfico ‘Pressão na coluna x Pressão no manômetro’ para observar a relação entre eles.

Tabela 4 - Relação entre a pressão no Manômetro de Bourdon e a variação de pressão no Manômetro de Hg

Manômetro(Kgf/cm²)

Manômetro(mmHg)

H(mm)

P (Manômetro de Mercúrio (mmHg)

1,0 735,56 760 756,420,9 662 670 666,840,8 588,45 610 607,120,7 514,89 530 527,500,6 441,34 455 452,860,5 367,78 380 378,210,4 294,23 300 298,590,3 220,67 230 228,920,2 147,11 145 124,410,1 73,56 65 64,69

Gráfico 5 - Pressão na coluna vs. Pressão no Manômetro de Bourdon

IV.3. Calibração do Rotâmetro:

Tendo-se a massa das amostras em cada intervalo, encontrou-se a vazão mássica em Kg/min dividindo-se o valor da massa (Kg) pelo valor do tempo (min).

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Page 15: Prática 01 - Instrumentos de Medida

Devido à imprecisão da proveta utilizada, calculou-se o volume de água a partir da massa obtida, através da relação ‘densidade = massa / volume’, sendo a densidade da água igual a 0,9974 g/cm³ para uma temperatura ambiente de 28°C. O processo foi realizado em duplicata. A tabela abaixo mostra os valores encontrados.

Tabela 5 - Relações entre a vazão indicada no rotâmetro e a vazão volumétrica média medida.

Vazão Rotâ-metro (L/min)

Tempo(s)

Massa (água)(g)

Vazão Volu-métrica (mL/s)

Vazão Volu-métrica Média

(mL/s)

Vazão Volu-métrica Média

(L/min)

142,72 969,87 22,76

22,72 1,3642,37 958,55 22,68

233,00 985,36 29,94

30,06 1,8034,18 1028,71 30,18

327,54 997,10 36,30

36,25 2,1728,44 1026,80 36,20

426,67 1131,17 42,52

42,49 2,5523,37 989,71 42,46

521,57 1049,76 48,79

48,96 2,9422,97 1125,62 49,13

618,62 1064,70 57,33

57,23 3,4317,76 1012,06 57,13

716,14 1030,78 64,03

64,18 3,8516,06 1030,47 64,33

814,72 1053,98 71,79

72,18 4,3314,60 1056,67 72,56

913,40 1065,51 79,72

80,23 4,8113,13 1057,45 80,75

10 12,10 1040,13 86,1987,30 5,24

11,08 977,14 88,42

Gráfico 6 - Relação entre a vazão real (L/min) e a vazão indicada no rotâmetro (L/min)

V. ANÁLISE DOS RESULTADOS:

V.1. Calibração dos termopares:

O termômetro líquido é de grande precisão se comparado aos demais sistemas mecânicos de leitura de temperatura. Os termopares também são muito utilizados, por terem uma boa leitura das temperaturas, e por terem respostas rápidas nas variações das temperaturas. Através das leituras, observou-se que os termopares tipo J estavam bem calibrados já que suas temperaturas lidas não diferiram muito da realidade, já o termopar tipo K nos mostrou ser bastante incorreto, pois sua leitura era muito imprecisa. Esta variação ocorreu pelo tipo do termopar utilizado (faixa de variação de temperatura diferentes e o material com que são constituídos).

V.2. Calibração do Manômetro:

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Page 16: Prática 01 - Instrumentos de Medida

Foi possível observar uma grande diferença entre os manômetros envolvidos, já que o manômetro de Bourdon é o mais preciso a altas pressões e o manômetro de mercúrio a baixas pressões.

V.3. Calibração do Rotâmetro:

O gráfico mostra que a vazão no rotâmetro é muito precisa, comparando-a com a vazão indicada no aparelho. Porém, percebemos que as vazões reais não coincidem com as vazões indicadas no rotâmetro. Isso ocorre, pois, provavelmente, o flutuador do rotâmetro não é o original.

VI. CONCLUSÃO:

Utilizando-se os instrumentos citados, conheceu-se o funcionamento de cada um deles, bem como seus parâmetros operacionais.

Analisando os resultados obtidos, foi possível verificar que a calibração foi adequada, pois as curvas dos gráficos foram satisfatórias.

Os dados discrepantes se devem provavelmente a não familiaridade com os instrumentos, que pode ter ocasionado erros ou imprecisões na leitura.

VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BORCHARDT,C. Termometria termoelétrica- Termopares, Sagra S.A., 1979. Manual de medição de vazão , Editora Edgard Blucher LTDA PERRY, R.H. Manual de Engenharia Química , Editora Guanabara Dois , 5a

Edição, 1980. STREETER, V.L. Mecânica dos fluidos, Editora McGRAW-HILL do Brasil, Ltda,

1982.

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