prad cascalheira

17
Página 1 de 17 PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL GCA/DIAP Nº 143/2013 1 DADOS DO EMPREENDIMENTO Empreendedor VALDIR VIEIRA PINTO ME CNPJ 06.949.590/0001-80 Endereço Av. José de Souza Nogueira, n° 637 Santa Rosa Itajubá - MG Empreendimento VALDIR VIEIRA PINTO ME - Cascalheira Ouro Branco Localização Delfim Moreira/MG N o do Processo COPAM 13314/2006/001/2010 Atividades Objeto do Licenciamento Extração de areia e cascalho para utilização imediata na construção civil Código DN 74/04 A-03-01-8 Classe 3 Fase de licenciamento da condicionante de compensação ambiental LOC da condicionante de compensação ambiental 6 Fase atual do licenciamento LOC Nº da Licença LOC N° 073/2010 - SM Validade da Licença 05/07/2016 Estudo Ambiental RCA/PCA Valor de Referência do Empreendimento - VR R$ 120.100,00 (Cento e vinte mil e cem reais) Grau de Impacto - GI apurado 0,5000% Valor da Compensação Ambiental R$ 600,50 (Seiscentos reais e cinquenta centavos) 2 ANÁLISE TÉCNICA 2.1- Introdução O empreendimento em análise, Valdir Vieira Pinto ME Cascalheira Ouro Branco, fica localizado no município de Delfim Moreira, na bacia do rio Grande, sub-bacia do rio Sapucaí. A empresa Valdir Vieira Pinto ME (Cascalheira Ouro Branco), executa lavra no processo de direito mineral DNPM nº 831.470/2009 (antigo nº 830.462/2009), que abrange uma área de 2,0 ha, cujas terras são de propriedade da própria empresa mineradora, sítio Vieira que está localizado na zona rural do município de Delfim Moreira/MG, na localidade conhecida

Upload: rodrigo-dhryell-santos

Post on 03-Feb-2016

330 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

PRAD Cascalheira

TRANSCRIPT

Page 1: PRAD Cascalheira

Página 1 de 17

PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL GCA/DIAP Nº 143/2013

1 – DADOS DO EMPREENDIMENTO

Empreendedor VALDIR VIEIRA PINTO – ME

CNPJ 06.949.590/0001-80

Endereço Av. José de Souza Nogueira, n° 637 – Santa Rosa – Itajubá - MG

Empreendimento VALDIR VIEIRA PINTO – ME - Cascalheira Ouro Branco

Localização Delfim Moreira/MG

No do Processo COPAM 13314/2006/001/2010

Atividades Objeto do Licenciamento

Extração de areia e cascalho para utilização imediata na construção civil

Código DN 74/04 A-03-01-8

Classe 3

Fase de licenciamento da condicionante de compensação ambiental

LOC

Nº da condicionante de compensação ambiental

6

Fase atual do licenciamento LOC

Nº da Licença LOC N° 073/2010 - SM

Validade da Licença 05/07/2016

Estudo Ambiental RCA/PCA

Valor de Referência do Empreendimento - VR

R$ 120.100,00 (Cento e vinte mil e cem reais)

Grau de Impacto - GI apurado 0,5000%

Valor da Compensação Ambiental R$ 600,50 (Seiscentos reais e cinquenta centavos)

2 – ANÁLISE TÉCNICA

2.1- Introdução O empreendimento em análise, Valdir Vieira Pinto – ME Cascalheira Ouro Branco, fica localizado no município de Delfim Moreira, na bacia do rio Grande, sub-bacia do rio Sapucaí. A empresa Valdir Vieira Pinto ME (Cascalheira Ouro Branco), executa lavra no processo de direito mineral DNPM nº 831.470/2009 (antigo nº 830.462/2009), que abrange uma área de 2,0 ha, cujas terras são de propriedade da própria empresa mineradora, sítio Vieira que está localizado na zona rural do município de Delfim Moreira/MG, na localidade conhecida

Page 2: PRAD Cascalheira

Página 2 de 17

como Bairro Barreiro, tendo acesso pela rodovia MG-050, cerca de 8,0 km à esquerda pela estrada principal por cerca de 3,2 km, nas coordenadas: Lat: 22º29‟41” e Long: 45º16‟20,8”.1 O empreendimento Valdir Vieira Pinto ME (Cascalheira Ouro Branco) atua no setor de extração de cascalho, dadas as suas características geológicas e topográficas, essa jazida de cascalho é lavrada a céu aberto, em barranco, com altura variável entre 11,5 e 16 metros e taludes sub. verticais.2 Possui capacidade de produção instalada mensal de 5.000 m3

de produto pronto para a comercialização, perfazendo-se, desta forma um total de 60.000 m3

anuais, porém conforme solicitado pelo empreendedor ao ICMBio, este volume médio anual será de 30.000m3, conforme anuência do ICMBio.3 Foi informado que não haverá uso de água para o processo de extração de cascalho, nem para umidificação das vias de acesso, uma vez que o trecho entre a cascalheira e a estrada vicinal é de aproximadamente duzentos metros em descida, não sendo possível desenvolver velocidade suficiente para uma aspersão significativa de poeira. A água utilizada para uso humano do proprietário e funcionários é proveniente de uma captação em corpo d‟água, no córrego do barreiro nas coordenadas lat: 22º28‟58”S e long: 45º20‟04”W a montante do empreendimento, com seu uso insignificante cadastrado em 10/06/2010, processo nº 006879/2010, com validade de 3 anos, para uma vazão de 1 l/s e tempo de captação de 24 horas/dia , totalizando uma vazão diária de 24 m3.4 Conforme processo de licenciamento COPAM nº 13314/2006/001/2010, analisado pela SUPRAM-SM, em face do significativo impacto ambiental o empreendimento recebeu condicionante de compensação ambiental prevista na Lei 9.985/00, na Licença de Operação em Caráter Corretivo nº 073/2010, em Reunião da URC Sul de Minas no dia 05/07/2010. Consta do Siam, o Auto de Infração Nº 67062/2010, processo N° 13314/2006/002/2011, com fundamento no artigo 83 – Cod. 116 do Decreto 44.844/2008 (Descumprir determinação ou deliberação do COPAM – classificação: gravíssima). O referido AI encontra-se em análise jurídica. A presente análise técnica tem o objetivo de subsidiar a CPB-COPAM na fixação do valor da Compensação Ambiental e forma de aplicação do recurso, nos termos da legislação vigente. Maiores especificações acerca deste empreendimento estão descritas no RCA, PCA e Parecer Único SUPRAM de 10/06/2010. 2.2 Caracterização da área de Influência O empreendimento se localiza na zona rural do município de Delfim Moreira, atualmente com uma área de cava de 2 ha sendo uma área total da matrícula de 43,875 ha.5 O RCA não apresenta informações com relação a Área de Influência Indireta (AII) e Área de Influência Direta (AID) do empreendimento.

1 Informação disponível no seguinte documento: Parecer Único SUPRAM-SM, protocolo N° 375477/2010,

10/06/2010; licenciamento ambiental N° 13314/2006/001/2010 LOC; p. 2. 2 Ibid. SUPRAM-SM, Parecer Único de 10/06/2010, p. 5.

3 Ibid. SUPRAM-SM, Parecer Único de 10/06/2010, p. 6.

4 Ibid. SUPRAM-SM, Parecer Único de 10/06/2010, p. 7-8.

5 Ibid. SUPRAM-SM, Parecer Único de 10/06/2010, p. 6.

Page 3: PRAD Cascalheira

Página 3 de 17

Consta do CD anexo a página 30 da pasta GCA/IEF N° 362/2010 o arquivo digital planta.pdf, que apresenta a área objeto de exploração e área em exploração, inseridas em uma quadricula de aproximadamente 44.000 m2. .2.3 Impactos ambientais

Considerando que o objetivo primordial da Gerência de Compensação Ambiental do IEF é ,

através de Parecer Único, aferir o Grau de Impacto relacionado ao empreendimento,

utilizando-se para tanto da tabela de GI, instituída pelo Decreto 45.175/2009, ressalta-se

que os “Índices de Relavância” da referida tabela nortearão a presente análise.

Esclarece-se, em consonância com o disposto no Decreto supracitado, que para fins de

aferição do GI, apenas serão considerados os impactos gerados, ou que persistirem, em

período posterior a 19/07/2000, quando foi criado o instrumento da compensação ambiental.

Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme ‘Biodiversidade em Minas Gerais – Um Atlas para sua Conservação O empreendimento está localizado em área de importância biológica ESPECIAL do Mapa Síntese das Áreas Prioritárias para conservação de Minas Gerais, conforme “Biodiversidade em Minas Gerais - Um Atlas para sua Conservação” (ver mapa “Interferência em áreas prioritárias para a conservação_Mapa Sintese”). Trata-se da Região da Serra da Mantiqueira, que foi assim categorizada por apresentar alta riqueza de espécies de fauna e flora raras, endêmicas e ameaçadas.

Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias. Conforme apresentado no item da planilha GI anterior, o empreendimento está localizado em área de importância biológica Especial, justamente por encontrar-se em área com alta riqueza de espécies de fauna e flora raras, endêmicas e ameaçadas. Embora o RCA não apresente estudos ou levantamentos de fauna e flora, existem dados e informações que comprovam a ocorrência de espécies ameaçadas de extinção na área de influência do empreendimento. Segundo o Mapa de Vegetação do Projeto RADAMBRASIL (BRASIL, 1983f)6, na escala 1:1.000.000, a cobertura vegetal original da região da Serra dos Toledos é representada pelo Contato Floresta Ombrófila Densa / Floresta Ombrófila Mista, sendo assim uma Área de Tensão Ecológica (área onde ocorre o contato entre duas regiões fitoecológicas) (BRASIL, 1983a, p.587;7 BRASIL, 1983f).

6 BRASIL (1983f). Levantamento de recursos naturais. Folhas SF. 23/24 Rio de Janeiro/Vitória. Mapa de

Vegetação. Escala 1:1.000.000. Rio de Janeiro, MME/SG. / Projeto RADAMBRASIL /

7 BRASIL (1983a). Levantamento de recursos naturais. Folhas SF. 23/24 Rio de Janeiro/Vitória; geologia,

geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, MME/SG. 780 p. / Projeto RADAMBRASIL /

Page 4: PRAD Cascalheira

Página 4 de 17

Alguns agrupamentos remanescentes desse contato foram mapeados no planalto de Campos do Jordão, próximo às cidades de Delfim Moreira (MG), Wenceslau Brás (MG), São Bento do Sapucaí (MG) e nas proximidades da divisa interestadual entre Minas Gerais e São Paulo, no município de Camanducaia (MG). Nesses locais cartografados, “... a Floresta Ombrófila Densa encontra-se representada por sua Formação Montana, ocupando sempre o relevo mais dissecado do planalto, sendo sua vegetação caracterizada pela ocorrência dos gêneros Clethra, Clusia, Croton, Roupala e outros de menor expressão fitogeográfica, enquanto a Floresta Ombrófila Mista, através de sua Formação Alto-Montana, é caracterizada pela ocorrência de agrupamentos compostos principalmente pelas espécies: Araucaria angustifolia, Podocarpus lambertii e Drimys brasiliensis acompanhadas de outras mesofanerófitas, como por exemplo: Mimosa scabrella, Ocotea sp., Cedrela fissilis, ocupando as encostas das depressões ao longo dos cursos dos rios, em forma de vegetação ciliar “(BRASIL, 1983a, p.589). Destaca-se o fato da espécie Araucaria angustifolia, de ocorrência na região de Delfim Moreira, constar da Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção (IN MMA N° 006/2008). A proposta de elaboração do Plano de Manejo pela PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJUBÁ (2002) em parceria com a EFEI (Escola Federal de Engenharia de Itajubá, atual Universidade Federal de Itajubá), UNIVERSITAS (Centro Universitário de Itajubá) e AEARSI (Associação Ecológica Amigos do Rio Sapucaí de Itajubá), embora o Plano de Manejo não tenha sido aceito pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente, relata que:

A Reserva Biológica Serra dos Toledos é o maior trecho de Mata Atlântica preservada da região. Estudo realizado pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF, cita a presença de espécies como perobas, angicos, jacarandás, cedro, jequitibá, cajarana, candeia,

Page 5: PRAD Cascalheira

Página 5 de 17

canelas, araucárias e grande variedades de bromélias e orquídeas. Destacam-se na fauna a onça suçuarana, a jaguatirica, o gato mourisco, veados, pacas, tatus, serelepes, micos, macaco saúa, tucanos, gaviões, corujas, macucos e jacu. Também são relatados grandes números de répteis, anfíbios e insetos. A rica flora e fauna da Reserva, devido a falta de fiscalização e gestão, são constantemente ameaçadas por caçadores, extrativistas, invasões e incêndios. Os incêndios são um capitulo a parte na história de devastação na região. Em 1999 foi registrado o maior número de ocorrências em toda a região da bacia do Rio Sapucaí, sendo muito comum a prática de queimadas na região. Todas as degradações descritas proporcionam a redução da vegetação da Reserva, redução dos mananciais hídricos, aumento da erosão, a diminuição e o êxodo de animais silvestres. Como exemplo marcante, citamos a onça suçuarana, que no ano de 2001, atacou diversos rebanhos nas comunidades próximas. Durante as operações em conjunto com a Polícia Florestal na área da Reserva, diversos sítios de caça foram encontrados e destruídos. A paca, o veado, o macuco e o jacu são suas principais vitimas. Aves como o tucano e canários da terra são caçados e comercializados clandestinamente. Relatos indicam que moradores da área de entorno praticam o extrativismo de palmito e pinhão, além da derrubada de árvores de madeira nobre (PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJUBÁ, 2002, p.6)8.

Esse breve relato apresenta espécies existentes na Reserva Biológica Municipal da Serra dos Toledos constantes da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais (DN COPAM N° 147/2010), com destaque para o Leopardus pardalis (jaguatirica), categoria VU, e o Puma concolor (onça-suçuarana), categoria VU. Conforme será visto adiante, o ecossistema dessa UC é afetado pelo empreendimento em tela. Além disso, essas espécies da fauna apresentam ampla área de uso, portanto o empreendimento é mais um fator a gerar pressão sobre as populações desses felinos da região. O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) da Cascalheira Ouro Branco, recebido por mensagem eletrônica em 20/06/2013, contém um quadro com as

espécies da fauna que podem ser encontradas na região (páginas 15 a 19). Esse quadro inclui espécies que constam da DN COPAM N° 147/2010, por exemplo, o Chrysocyon brachyurus (lobo-guará) e o Leopardus pardalis (jaguatirica), ambos categoria VU. Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) Por meio de mensagem eletrônica recebida em 20/06/2013, anexa a pasta GCA/IEF N° 362/2010, o representante do empreendedor informou que para a implantação da cortina

verde do empreendimento utilizou-se a espécie Eucalyptus sp., originária da Oceania.

Além dessa espécie, o PRAD contempla o plantio de outras espécies alóctones, conforme Quadro apresentado abaixo:

8 PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJUBÁ (2002). Elaboração do Plano de Manejo: Reserva Biológica Serra

dos Toledos. Itajubá. // Documento apresentado ao Fundo Nacional do Meio Ambiente - Edital 10/2001: Apoio à Gestão Integrada em Unidades de Conservação de Proteção Integral e Reservas Particulares do Patrimônio Natural // (Administração 2001-2004).

Page 6: PRAD Cascalheira

Página 6 de 17

Fonte: PRAD, p. 25.

Quadro 1 – Coquetel de sementes a ser utilizado no processo de reabilitação ambiental da área do empreendimento

É importante ressaltar que na Base de Dados de Espécies Exóticas Invasoras do Instituto Hórus9, a espécie Melinis minutiflora apresenta diversos registros de invasão ao redor do planeta e Brasil. Essa espécie “cresce por cima da vegetação herbácea nativa, causando sombreamento e morte da mesma, deslocando espécies nativas de flora e fauna”.

Com relação ao gênero Eucalyptus, MATTHEWS (2005)10 relata que algumas espécies

têm escapado das plantações e se tornado invasoras. Dentre as consequências da introdução de plantas exóticas, STILING (1999)11 destaca a redução das plantas nativas pela competição. De fato, algumas espécies exóticas que serão empregadas tendem a ser altamente competidoras. STILING (1999) também destaca as seguintes consequência da introdução de plantas exóticas: disseminação de parasitas e doenças de espécies exóticas para espécies nativas e mudanças genéticas das espécies nativas por hibridação com espécies exóticas. De maneira geral, em se tratando de espécies exóticas, é primordial zelar pela prevenção e precaução, mas, uma vez que o empreendimento em tela implicará em introdução e/ou facilitação, resta clara a necessidade de compensação ambiental. Interferência em unidades de conservação de proteção integral, sua zona de amortecimento, observada a legislação aplicável. Conforme o mapa “Interferência em unidades de conservação”, a Reserva Biológica Municipal da Serra dos Toledos está localizada num raio de 10 km do empreendimento, portanto, de acordo com o critério estabelecido no POA_2013, a UC é considerada afetada pelo empreendimento. Além disso, o empreendimento está inteiramente localizado na APA Federal Serra da Mantiqueira.

9 http://i3n.institutohorus.org.br/www/

10 Matthews S. et al.(2005) Programa Global de Espécies Invasoras. Instituto Horus.

http://www.institutohorus.org.br/download/gispSAmericapo.pdf 11

STILING, Peter. Ecology Theories and Applications. 3.ed. New Jersey: Pratice Hall, 1999. p. 429-441.

Page 7: PRAD Cascalheira

Página 7 de 17

Interferência de vegetação, acarretando fragmentação de ecossistemas especialmente protegidos (Lei 14.309) O RCA não apresenta uma descrição sobre a biota da área de influência do empreendimento. Conforme o mapa “Empreendimento e Bioma Mata Atlântica”, o empreendimento está localizado em área do Bioma Mata Atlântica, de acordo com o Mapa da Área de Aplicação da Lei N° 11428/2006 (IBGE). Já em relação as fitofisionomias presentes em áreas vizinhas ao empreendimento, conforme o mapa “Interferência do empreendimento em remanescentes de vegetação nativa”, elaborado a partir dos dados de vegetação do IEF (2009), destacam-se a Floresta Estacional Semidecidual Montana, Floresta Ombrófila Alto Montana e Floresta Ombrófila Montana. Conforme esse segundo mapa, verifica-se que o empreendimento localiza-se a meio caminho entre dois remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual, distanciados cerca de 1 km um do outro, o que implica em maior pressão de fragmentação.

Page 8: PRAD Cascalheira

Página 8 de 17

Page 9: PRAD Cascalheira

Página 9 de 17

A imagem obtida do Google Earth em 19/jun/2013, abaixo, apresenta outros remanescentes que não constam da base de dados do IEF (2009), com destaque para fragmentos ainda mais próximos e até contíguos ao empreendimento.

Figura 1 - Imagem obtida do Google Earth em 19/jun/2013. Observar fragmentos florestais nas adjacências do empreendimento. Nesse sentido, destaca-se a ocorrência de impactos ao meio físico que interferem na biota dessas áreas, por exemplo, a emissão de ruídos que interfere diretamente com os componentes mais vulneráveis da fauna. Isso é particularmente preocupante em se tratando de região que contém espécies ameaçadas de extinção. A geração de poeiras resulta na dificuldade de trocas gasosas para as plantas dos fragmentos próximos ao empreendimento, devido ao bloqueio dos estômatos, com possíveis consequências danosas por reações emergentes do pó e outros elementos naturais sobre as folhas, provocando a diminuição de capacidade fotossintética. Esses impactos são preocupantes em se tratando de área localizada no interior de uma UC. Assim, ainda que não ocorra supressão de vegetação, fica caracterizada a interferência na vegetação e fauna nativa, que se perpetua ao longo da vida útil do empreendimento. A locação de mais um empreendimento em área que inclui fragmentos relacionados ao bioma Mata Atlântica, gerando barreiras adicionais ao fluxo da fauna, poderá trazer consequências negativas para a polinização, dispersão de sementes e trânsito da fauna, interferências em níveis tróficos específicos das cadeias alimentares, o que implicará em maior isolamento de populações da fauna e flora, além de maior fragmentação dos

Page 10: PRAD Cascalheira

Página 10 de 17

compartimentos ambientais da paisagem. Dessa forma, entendemos que esses impactos deverão ser ambientalmente compensados. LANGONE (2007) destaca a importância da qualidade da matriz com relação ao processo de fragmentação:

A qualidade da matriz varia enormemente em ambientes terrestres ( Vandermeer et al, 2001) e a presença de práticas antrópicas como agricultura e pastejo e presença de residências nas proximidades do fragmento inlfuência fortemente a sua composição de espécies (Olifiers et al, 2005), alterando as taxas de migração entre os remanescentes, o movimento de polens e a qualidade e extensão dos efeitos de borda para o interior dos mesmos (Jules & Shahani, 2003). Também afeta os padrões de ocupação dos fragementos (webb et al., 1984; Alberg et al, 1995), representando um fator determinante de espécies de pequenos mamíferos (Olifiers et al, 2005). Consequentemente a dinâmica de populações no interior do remanescente será distinto de acordo com o tipo de matriz circundante a ele (Jules & Shahani, 2003).12

Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar O Parecer Único SUPRAM-SM de 10-06-2010, que subsidiou a LOC do empreendimento, página 8, é claro com relação a esses impactos:

Os potenciais impactos ambientais identificados no processo de extração de cascalho relacionam-se à contaminação do solo, dos corpos d‟água superficiais e subterrâneos por lançamento de efluente líquido e resíduos sólidos, e carreamento de material fino da cascalheira, constituindo-se riscos aos recursos hídricos, fauna, flora e a saúde das comunidades expostas. Geração de efluente líquido sanitário - O efluente proveniente do sanitário tem como característica grande carga orgânica, se lançado diretamente em sumidouro, pode ocasionar a contaminação das águas subterrâneas. Quando lançados diretamente nos cursos d‟água sem tratamento, podem acarretar a morte da biota, diminuição do oxigênio dissolvido, aumento da carga de matéria orgânica, transmissividade de patogênicos e eutrofização, além de impossibilitar o uso desta água para o consumo. Os efluentes sanitários são provenientes de 2 pontos de geração: 1 sanitários na casa sede, e 1 na casa de funcionários, totalizando aproximadamente 500 litros/dia para cada ponto. Atualmente os efluentes gerados são coletados e encaminhados a fossas de infiltração. [...]. Emissões Atmosféricas - Emissão de efluentes atmosféricos está caracterizada pela emissão de poeira causadas pelo tráfego de veículos e equipamentos nos caminhos de serviço, e também gerando maior quantidade de gases prejudiciais à atmosfera como CO e CO2, através da queima de combustíveis fósseis pelos caminhões e máquinas.

12

LANGONE Q. P., Importância da Matriz e das características do habitat sobre a assembélia de pequenos mamíferos em fragmento de mata de restinga no Sul do Brasil. Dissertação de Mestrado (UFRGS - Instituto de Biociências/Departamento de Ecologia), Porto Alegre, 2007.

Page 11: PRAD Cascalheira

Página 11 de 17

O próprio RCA, embora apresente informações bem sucintas, destaca impactos relacionados a esse item da planilha GI, com destaque para os efluentes atmosféricos:

No empreendimento em questão a geração de efluentes atmosféricos está relacionada ao translado de veículos e equipamentos, caracterizando-se pela emissão de poeiras. [RCA, p. 13].

Dessa forma, fica clara a necessidade de compensação ambiental desses impactos.

Emissão de gases que contribuem efeito estufa Conforme já destacado neste parecer, de acordo com o Parecer Único SUPRAM-SM de 10-06-2010, que subsidiou a LOC do empreendimento, página 8, fica clara a emissão de gases estufa pelo empreendimento:

Emissões Atmosféricas - Emissão de efluentes atmosféricos está caracterizada pela emissão de poeira causadas pelo tráfego de veículos e equipamentos nos caminhos de serviço, e também gerando maior quantidade de gases prejudiciais à atmosfera como CO e CO2, através da queima de combustíveis fósseis pelos caminhões e máquinas.

Assim sendo, este parecer considera que o empreendimento em questão favorece a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa. Aumento da erodibilidade do solo Segundo LAL (1988)13, erodibilidade é o efeito integrado de processos que regulam a recepção da chuva e a resistência do solo para desagregação de partículas e o transporte subseqüente. Ainda segundo o autor, esses processos são influenciados pelas pela constituição, estrutura, hidratação do solo, bem como pelas características da circulação da água no mesmo. Neste sentido LAL(1988) pontua que a proporção relativa de macroporos, a estabilidade e continuidade dos mesmos, bem como à existência de biocanais criados por raízes deterioradas e pela fauna do solo, são fatores que contribuem para o aumento da capacidade de infiltração da água no solo, e portanto para a redução de sua erodibilidade. O RCA, página 9, apresenta informações relevantes que apontam para a ocorrência do aumento da erodibilidade do solo:

Dadas as suas características geológicas e topográficas, essa jazida de rocha cascalho é lavrada a céu aberto, em cava, com altura variável e taludes sub. verticais. Em praticamente toda a ocorrência da rocha, a camada de solo é espessa, tendo ocorrido um pequeno afloramento em área já lavrada. O solo residual é bastante espesso, com a camada variando de centímetros até 20 ou mais metros. O cascalho é desmontado com a utilização de pá carregadeira. [...].

13 LAL, R. Erodibility and erosivity. In: LAL, R. et al. Soil erosion research methods. Washington: Soil and Water

Conservation Society, 1988. p. 141-160.

Page 12: PRAD Cascalheira

Página 12 de 17

O Parecer Único da SUPRAM-SM, página 8, também apresenta informações que indicam

esse impacto:

Decapeamento - No processo de exploração da cascalheira é necessário o decapeamento do solo, uma camada em torno de 20 cm de solo orgânico, que será armazenado ao lado da cascalheira, para posterior retorno aos taludes e bermas [...].

Assim, tendo em vista as atividades inerentes à implantação e operação do empreendimento, movimentação de máquinas e equipamentos pesados e decapeamento e revolvimento do solo, e considerando que as mesmas geram aumento da compactação e destruição dos agregados do solo, entende-se que o empreendimento contribui para o aumento da erodibilidade do solo. Emissão de sons e ruídos residuais O RCA aponta a geração de ruídos como um dos impactos gerados pelo empreendimento, adivindos da máquinas (ver página 12 do RCA). O próprio Parecer Único da SUPRAM-SM de 10/06/2010, página 8, inclui o seguinte impacto ambiental:

Geração de ruído – Os ruídos gerados no empreendimento advêm das máquinas e caminhões que circulam diariamente no empreendimento.

Destaca-se a importância da geração de tais ruídos para a degradação da saúde humana, bem como, fator gerador de estresse da Fauna, podendo causar o seu afugentamento e até mesmo interferência em processos ecológicos. Neste sentido, CAVALCANTE (2009)14, em sua revisão da literatura, destaca estudos que apontam a interferência de ruídos na ecologia e distribuição de passariformes:

Esta alteração do campo acústico em hábitats de passeriformes, como conseqüência das ações do homem, pode produzir o mascaramento de nichos espectrais, afetando a comunicação dos animais. Se vocalizações de acasalamento não forem ouvidas podem resultar na redução do número de indivíduos ou até mesmo na extinção de espécies (KRAUSE, 1993).

Sendo assim, considera-se o impacto “Emissão de sons e ruídos residuais”, pra fins de aferição do GI.

2.5 Indicadores Ambientais 2.5.1 Índice de Temporalidade O Plano de Controle Ambiental (PCA) do empreendimento em tela, página 8, apresenta informação relevante para a avaliação do índice de temporalidade:

Conforme informado no RCA a vida útil do empreendimento ainda abrange pelo menos 30 anos, ou seja, ultrapassa o limite temporal a ser dado pela Licença de Operação Corretiva.

14

CAVALCANTE, K. V. S. M. Avaliação acústica ambiental de háitats de passariformes expostos a ruídos

antrópicos em Minas Gerais e São Paulo. UFMG. Belo Horizonte.2009. http://www.smarh.eng.ufmg.br/defesas/353M.PDF

Page 13: PRAD Cascalheira

Página 13 de 17

Deve se Considerar que o efeito dos impactos ambientais permanecerá no ambiente por certo prazo mesmo após o encerramento da atividade pela empresa. Dessa forma, para efeito de gradação do GI, considerou-se a “Duração longa” dos impactos do empreendimento como um todo.

2.5.2 Índice de Abrangência

Uma vez que o RCA do empreendimento não apresenta as definições de área de influência, considerando que o empreendimento apresenta porte médio15 e está localizado no interior de UC, levando em conta os impactos ambientais significativos antes da emissão LOC, afetando a sub-bacia do Rio Sapucai, com destaque para os processos erosivos que atuam de forma intensa em área de solo exposto (Figura 2), conclui-se que o empreendimento possui influência regional.

Fonte: RCA, p. 19.

FIGURA 2 – Vista geral da área onde se encontra o empreendimento. Observar a presença de

material inconsolidado sobre a superfície do terreno.

3- APLICAÇÃO DO RECURSO

3.1 Valor da Compensação ambiental O valor da compensação ambiental foi apurado considerando o Valor de Referência do empreendimento informado pelo empreendedor e o Grau de Impacto – GI (tabela em anexo), nos termos do Decreto 45.175/09 alterado pelo Decreto 45.629/11:

15

Ibid. SUPRAM-SM, Parecer Único de 10/06/2010, p. 2.

Page 14: PRAD Cascalheira

Página 14 de 17

Valor de referência do empreendimento: R$ 120.100,00

Valor do GI apurado: 0,5000 %

Valor da Compensação Ambiental (GI x VR): R$ 600,50

3.2 Unidades de Conservação Afetadas Embora a Reserva Biológica Municipal da Serra dos Toledos tenha sido considerada

afetada pelo empreendimento, conforme consulta ao Cadastro Nacional de Unidades de

Conservação (CNUC) em 01/07/2013, verificou-se que a mesma não encontra-se inscrita no

referido banco de dados, portanto, não faz jus a recursos da compensação ambiental.

Já a APA Federal Serra da Mantiqueira encontra-se adequadamente inscrita no CNUC.

Dessa forma, uma vez que essa UC é diretamente afetada pelo empreendimento, faz jus a

recursos da compensação ambiental.

O POA/2013 relata que “quando o valor da compensação ambiental for igual ou inferior à

R$10.000,00 (dez mil reais) e houver Unidade de conservação afetada, o recurso será

destinado à mesma integralmente”. Dessa forma, a APA Federal faz jus a todo o recurso da

compensação ambiental do empreendimento Valdir Vieira Pinto – ME Cascalheira Ouro

Branco.

3.3 Recomendação de Aplicação do Recurso

Desse modo, obedecendo a metodologia prevista, bem como as demais diretrizes do

POA/2013, este parecer faz a seguinte recomendação para a destinação dos recursos:

Valores e distribuição do recurso

100 % dos recursos para a UC afetada, APA Federal Serra da Mantiqueira, conforme item 7, página 16 do POA_2013 R$ 600,50

Valor total da compensação: R$ 600,50

Os recursos deverão ser repassados ao IEF em até 04 parcelas, o que deve constar do

Termo de Compromisso a ser assinado entre o empreendedor e o órgão.

4 – CONTROLE PROCESSUAL

Trata-se o expediente de processo visando o cumprimento da condicionante de compensação ambiental nº 06 requerida pela empresa Valdir Vieira Pinto – Me, fixada na fase de Licença de Operação Corretiva, certificado nº 073/2010, para a atividade de extração de areia e cascalho para utilização imediata na construção civil, visando, assim, compensar ambientalmente os impactos causados pelo empreendimento/atividade em questão. O processo encontra-se formalizado e instruído com a documentação solicitada no Ofício 167/GCAM/SISEMA, fls. 06.

Page 15: PRAD Cascalheira

Página 15 de 17

O valor de referência do empreendimento foi apresentado sob a forma planilha, vez que o empreendimento foi implantado posterior a 19/07/2000 e está devidamente assinada por profissional legalmente habilitado, competente, acompanhada da anotação de responsabilidade técnica - ART de seus elaboradores, em conformidade com o Art. 11, §1º do Decreto Estadual 45.175/2009 alterado pelo Decreto 45.629/2011:

§1º O valor de Referência do empreendimento deverá ser informado por profissional legalmente habilitado e estará sujeito a revisão, por parte do órgão competente, impondo-se ao profissional responsável e ao empreendedor as sanções administrativas, civis e penais, nos termos da Lei, pela falsidade da informação.

Assim, por ser o valor de referência um ato declaratório, a responsabilidade pela veracidade do valor informado é do empreendedor, sob pena de, em caso de falsidade, submeter-se às sanções civis, penais e administrativas, não apenas pela prática do crime de falsidade ideológica, como também, pelo descumprimento da condicionante de natureza ambiental, submetendo-se às sanções da Lei 9.605/98, Lei dos Crimes Ambientais. Mister frisar que o empreendedor foi questionado pelo técnico quanto aos valores apresentados, conforme documentos de fls. 117 e 122, sendo oportunizado ao mesmo a possibilidade de ratificação ou retificação da planilha ou VCL. De acordo com as análises técnicas empreendidas e, conforme metodologia constante no POA/2013, a unidade de conservação APA Federal Serra da Mantiqueira receberá recursos da compensação ambiental encontra-se apta para receber os recursos, pois cumpre os requisitos POA/2013 e da Resolução CONAMA 371/2006, art. 11, §1º:

Art. 11 A entidade ou órgão gestor das unidades de conservação selecionadas deverá apresentar plano de trabalho da aplicação dos recursos para análise da câmara de compensação ambiental, visando a sua implantação, atendida a ordem de prioridades estabelecidas no art. 33 do Decreto nº 4.340, de 2002. § 1º Somente receberão recursos da compensação ambiental as unidades de conservação inscritas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, ressalvada a destinação de recursos para criação de novas unidades de conservação.

Isto posto, a destinação dos recursos sugerida pelos técnicos neste Parecer atende as normas legais vigentes e as diretrizes do POA/2013, não restando óbices legais para que o mesmo seja aprovado. 5 - CONCLUSÃO

Considerando a análise e descrição técnicas empreendidas, Considerando a inexistência de óbices jurídicos para a aplicação dos recursos provenientes da compensação ambiental a ser paga pelo empreendedor, nos moldes detalhados neste Parecer, Infere-se que o presente processo encontra-se apto à análise e deliberação da Câmara de Proteção à Biodiversidade e áreas protegidas do COPAM, nos termos do Art. 18, inc. IX do Decreto Estadual 44.667/2007.

Page 16: PRAD Cascalheira

Página 16 de 17

Ressalta-se, finalmente, que o cumprimento da compensação ambiental não exclui a obrigação do empreendedor de atender às demais condicionantes definidas no âmbito do processo de licenciamento ambiental. Este é o parecer. Smj.

Belo Horizonte, 05 de julho de 2013.

Thiago Magno Dias Pereira Antônio Leonardo da Silva Engenheiro Ambiental Assistente Ambiental CREA-MG: 91357D CRC/MG 093710/0-2 Carla Adriana Amado da Silva OAB-MG 122.660

Sabrina Rochelle Mariano Pereira OAB-MG 90.456

De acordo:

Samuel Andrade Neves Costa Gerente da Compensação Ambiental

OAB/MG 117.572 MASP: 1.267.444-6

Patrick de Carvalho Timochenco Coordenador da Gerência de Compensação Ambiental

MASP 1147866-6

Page 17: PRAD Cascalheira

Página 17 de 17

Tabela de Grau de Impacto - GI

Nome do Empreendimento Nº Pocesso COPAM

VALDIR VIEIRA PINTO – ME Cascalheira Ouro Branco

13314/2006/001/2010

Índices de Relevância

Valoração Fixada

Valoração Aplicada

Índices de Relevância

Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias 0,0750

0,0750 X

Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) 0,0100 0,0100 X

Interferência /supressão de vegetação, acarretando

fragmentação

ecossistemas especialmente protegidos (Lei 14.309) 0,0500

0,0500 X

outros biomas 0,0450

Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos 0,0250

Interferência em unidades de conservação de proteção integral, sua zona de amortecimento, observada a legislação aplicável. 0,1000

0,1000 X

Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme „Biodiversidade em Minas Gerais – Um Atlas para sua Conservação

Importância Biológica Especial 0,0500

0,0500 X

Importância Biológica Extrema 0,0450

Importância Biológica Muito Alta 0,0400

Importância Biológica Alta 0,0350

Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar 0,0250

0,0250 X

Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais 0,0250

Transformação ambiente lótico em lêntico 0,0450

Interferência em paisagens notáveis 0,0300

Emissão de gases que contribuem efeito estufa 0,0250 0,0250 X

Aumento da erodibilidade do solo 0,0300 0,0300 X

Emissão de sons e ruídos residuais 0,0100 0,0100 X

Somatório Relevância 0,6650 0,3750

Indicadores Ambientais

Índice de temporalidade (vida útil do empreendimento)

Duração Imediata – 0 a 5 anos 0,0500

Duração Curta - > 5 a 10 anos 0,0650

Duração Média - >10 a 20 anos 0,0850

Duração Longa - >20 anos 0,1000 0,1000 X

Total Índice de Temporalidade 0,3000 0,1000

Índice de Abrangência

Área de Interferência Direta do empreendimento 0,0300

Área de Interferência Indireta do empreendimento 0,0500 0,0500 X

Total Índice de Abrangência 0,0800 0,0500

Somatório FR+(FT+FA) 0,5250

Valor do grau do Impacto a ser utilizado no cálculo da compensação

0,5000%

Valor de Referencia do Empreendimento R$ 120.100,00

Valor da Compensação Ambiental R$ 600,50