ppp- colégio estadual presidente kennedy

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1 Sumário APRESENTAÇÃO.........................................................................................8 1 Introdução..............................................................................................11 1 Introdução..............................................................................................11 2 Identificação e histórico da Instituição..................................................13 2.1 Recursos Humanos..........................................................................15 2.2 Espaço Físico e Organização da Instituição Escolar.......................20 2.3 Calendário Escolar...........................................................................22 3 Filosofia da Escola..................................................................................24 4 Princípios Norteadores da Educação.....................................................26 5 Realidade na Educação..........................................................................27 5.1 A educação no Brasil.......................................................................27 5.2 A Educação no Paraná.....................................................................29 5.3 A educação no Município.................................................................30 5.4 A educação no Colégio Estadual Presidente Kennedy....................32 6 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente.......35 7 Concepções que nortearão as práticas escolares..................................48 8 Concepção de Avaliação.........................................................................56 8.1 Diretrizes para práticas avaliativas da Instituição Escolar.............61 8.2 Sistema de avaliação deste estabelecimento de ensino..................61 9 Princípios da Gestão Democrática.........................................................66 10 Inclusão................................................................................................68 10.1 Inclusão Educacional.....................................................................68 11 Planejamento Geral das Práticas Pedagógicas....................................74 11.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar...........75 11.1.1 Professor Pedagogo................................................................75 11.1.2 da Direção...............................................................................77 11.1.3 Secretaria................................................................................80 11.1.4 Biblioteca................................................................................81 11.1.5 Serviços Gerais.......................................................................81 11.2 Instâncias colegiadas.....................................................................83 11.2.1 Associação de pais, mestres e funcionários (APMF)..............84 11.2.2 Conselho de Classe.................................................................86 11.2.3 Grêmio Estudantil...................................................................87 11.2.4 Representante de Turma........................................................88 11.2.5 Professor monitor de turma....................................................89 11.3 Critérios de organização interna da escola...................................91 11.4 Critérios para organização de turma e distribuição por professor em razão de especifidades.....................................................................91 11.5 Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos92 11.6 Recursos físicos e materiais..........................................................94 12 Acompanhamento e avaliação do projeto político pedagógico............98 13 Considerações finais.............................................................................99 14 Referências bibliográficas..................................................................101 ANEXO I..................................................................................................106 ANEXO II.................................................................................................108

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Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Presidente Kennedy (Maringá/PR).

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Page 1: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

1

SumárioAPRESENTAÇÃO.........................................................................................81 Introdução..............................................................................................111 Introdução..............................................................................................112 Identificação e histórico da Instituição..................................................13

2.1 Recursos Humanos..........................................................................152.2 Espaço Físico e Organização da Instituição Escolar.......................202.3 Calendário Escolar...........................................................................22

3 Filosofia da Escola..................................................................................244 Princípios Norteadores da Educação.....................................................265 Realidade na Educação..........................................................................27

5.1 A educação no Brasil.......................................................................275.2 A Educação no Paraná.....................................................................295.3 A educação no Município.................................................................305.4 A educação no Colégio Estadual Presidente Kennedy....................32

6 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente.......357 Concepções que nortearão as práticas escolares..................................488 Concepção de Avaliação.........................................................................56

8.1 Diretrizes para práticas avaliativas da Instituição Escolar.............618.2 Sistema de avaliação deste estabelecimento de ensino..................61

9 Princípios da Gestão Democrática.........................................................6610 Inclusão................................................................................................68

10.1 Inclusão Educacional.....................................................................6811 Planejamento Geral das Práticas Pedagógicas....................................74

11.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar...........7511.1.1 Professor Pedagogo................................................................7511.1.2 da Direção...............................................................................7711.1.3 Secretaria................................................................................8011.1.4 Biblioteca................................................................................8111.1.5 Serviços Gerais.......................................................................81

11.2 Instâncias colegiadas.....................................................................8311.2.1 Associação de pais, mestres e funcionários (APMF)..............8411.2.2 Conselho de Classe.................................................................8611.2.3 Grêmio Estudantil...................................................................8711.2.4 Representante de Turma........................................................8811.2.5 Professor monitor de turma....................................................89

11.3 Critérios de organização interna da escola...................................9111.4 Critérios para organização de turma e distribuição por professor em razão de especifidades.....................................................................9111.5 Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos9211.6 Recursos físicos e materiais..........................................................94

12 Acompanhamento e avaliação do projeto político pedagógico............9813 Considerações finais.............................................................................9914 Referências bibliográficas..................................................................101ANEXO I..................................................................................................106ANEXO II.................................................................................................108

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ANEXO III................................................................................................120ANEXO IV................................................................................................12415 Diretrizes Curriculares deste estabelecimento de ensino.................124

15.1 Fundamentação teórica...............................................................12415.2 Aspectos Gerais da Escola...........................................................12715.3 Estrutura do Curso......................................................................12915.4 Metodologia.................................................................................13115.5 Avaliação......................................................................................132

ANEXO V PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL.................................................................................................................13516. Proposta curricular de Artes.............................................................135

16.1 Apresentação ..............................................................................13516.2 Justificativa..................................................................................13616.3 Objetivos......................................................................................13716.4 Conteúdos por ano/série..............................................................137

16.4.1 5ª Série.................................................................................13716.4.1.1 Artes Visuais...................................................................13716.3.1.2 Música............................................................................13816.3.1.3 Dança.............................................................................13816.3.1.4 Teatro.............................................................................13816.4.2.1 Artes Visuais...................................................................13816.4.2.2 Música............................................................................13916.4.2.3 Dança.............................................................................13916.4.2.4 Teatro.............................................................................139

16.4.3 7ª Série.................................................................................13916.4.3.1 Artes Visuais...................................................................13916.4.3.2 Música............................................................................14016.4.3.3 Dança.............................................................................14016.4.3.4 Teatro.............................................................................140

16.4.4 8ª Série.................................................................................14016.4.4.1 Artes Visuais...................................................................14016.4.4.2 Música............................................................................14116.4.4.3 Dança.............................................................................14116.4.4.4 Teatro.............................................................................141

16.5 Encaminhamento Metodológico..................................................14116.6 Avaliação......................................................................................14216.7 Referências Bibliográficas...........................................................142

17. Proposta Curricular de Ciências.......................................................14317.1 Apresentação...............................................................................14317.2 Objetivos......................................................................................14417.3 Conteúdos por série/ano..............................................................145

17.3.1 5ª Série.................................................................................14517.3.2 6ª Série.................................................................................148

17.3.3. 7ª Série....................................................................................14917.3.4 8ª Série.................................................................................151

17.4 Metodologia.................................................................................15217.5 Avaliação......................................................................................15217.6 Referências Bibliográficas...........................................................153

Page 3: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

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18. Proposta Curricular de Educação Física...........................................15318.1 Apresentação...............................................................................15318.2 Objetivos......................................................................................15418.3 Conteúdos por série/ano..............................................................154

18.3.1 5ª Série.................................................................................15518.3.2 6ª Série.................................................................................15618.3.3 7ª Série.................................................................................15718.3.4 8ª Série.................................................................................158

18.4 Metodologia.................................................................................15918.5 Avaliação......................................................................................16118.6 Referências Bibliográficas...........................................................161

19. Ensino Religioso................................................................................16219.1 Apresentação...............................................................................16219.2 Objetivos......................................................................................16319.3 Conteúdos por série/ano..............................................................164

19.3.1 5ª Série.................................................................................16419.3.2 6ª Série.................................................................................164

19.4 Metodologia.................................................................................16519.5 Avaliação......................................................................................16619.6 Referências Bibliográficas...........................................................166

20. Proposta Curricular de Geografia.....................................................16720.1 Apresentação...............................................................................16720.2 Conteúdos por série/ano..............................................................168

20.2.1 5ª Série.................................................................................16820.2.2 6ª Série.................................................................................16920.2.3 7ª Série.................................................................................16920.2.4 8ª Série.................................................................................170

20.3 Metodologia.................................................................................17120.4 Avaliação......................................................................................17120.5 Referências Bibliográficas...........................................................172

21. Proposta Curricular de História........................................................17321.1 Ementa.........................................................................................17321.2 Objetivos......................................................................................174

21.2.1 Gerais....................................................................................17421.2.2 Específicos............................................................................175

21.3 Conteúdos....................................................................................17521.3.1 5ª Série.................................................................................17521.3.3 7ª Série.................................................................................17821.3.4 8ª Série.................................................................................18021.3.5 Encaminhamento metodológico............................................182

21.4 Metodologia.................................................................................18321.5 Avaliação......................................................................................18321.6 Referências bibliográficas...........................................................184

22 Proposta Curricular de Língua Portuguesa........................................18422.1 Ementa.........................................................................................18522.2 Objetivo........................................................................................18522.3 Conteúdos por série/ano..............................................................18622.4 Metodologia.................................................................................191

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22.5 Avaliação......................................................................................19322.6 Referências Bibliográficas...........................................................194

23 Proposta Curricular de Matemática...................................................19423.1 Apresentação...............................................................................19423.2 Objetivos......................................................................................19623.3 Conteúdos por série/ano..............................................................197

23.3.1 5ª Série.................................................................................19723.3.2 6ª Série.................................................................................19823.3.3 7ª Série.................................................................................19923.3.4 8ª Série.................................................................................200

23.4 Metodologia.................................................................................20123.5 Avaliação......................................................................................20223.5 Avaliação......................................................................................20223.6 Referências Bibliográficas...........................................................203

24 Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna - Inglês...........20424.1 Ementa.........................................................................................20524.2 Objetivos......................................................................................20624.3 Conteúdos por série/ano..............................................................207

24.3.1 5ª Série.................................................................................20724.3.2 6ª Série.................................................................................20824.3.2 7ª Série.................................................................................20924.3.4 8ª Série.................................................................................209

24.4 Metodologia.................................................................................21024.5 Avaliação......................................................................................21224.6 Referências Bibliográficas...........................................................213

ANEXO VI................................................................................................21625 Proposta Curricular de Arte...............................................................216

25.1 Ementa.........................................................................................21625.2 Conteúdos Estruturantes.............................................................21725.3 Objetivos......................................................................................217

25.3.1 Gerais....................................................................................21725.3.2 Específicos............................................................................218

25.4 Conteúdos por série/ano..............................................................21825.4.1 1º Ano....................................................................................21825.4.2 2º Ano....................................................................................219

25.5 Metodologia.................................................................................21925.6 Avaliação......................................................................................21925.7 Referências Bibliográficas...........................................................220

26 Proposta Curricular de Biologia.........................................................22026.1 Apresentação...............................................................................220

26.1.1. Aspectos Históricos..............................................................22326.2 Objetivos......................................................................................22626.3 Metodologia.................................................................................226

26.3.1 Avaliação Paralela.................................................................22826.4 Conteúdos Estruturantes por série/ano.......................................228

26.4.1 1º Ano....................................................................................22826.4.2 2º Ano....................................................................................22926.4.3 3º Ano....................................................................................230

Page 5: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

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26.5 Conteúdos específicos por ano/série...........................................23026.5.1 1º Ano....................................................................................23026.5.2 2º Ano....................................................................................23126.5.3 3º Ano....................................................................................232

26.6 Referências Bibliográficas...........................................................23327 Proposta Curricular de Educação Física............................................233

27.1 Apresentação...............................................................................23327.2 Objetivos......................................................................................23727.3 Conteúdos....................................................................................23827.4 Metodologia.................................................................................24027.5 Avaliação......................................................................................24127.6 Referências Bibliográficas...........................................................242

28 Proposta Curricular de Filosofia........................................................24328.1 Apresentação...............................................................................24328.2 Conteúdos Estruturantes.............................................................24428.3 Metodologia.................................................................................24628.4 Avaliação......................................................................................24728.5 Referências Bibliográficas...........................................................248

29 Proposta Curricular de Física............................................................24829.1 Introdução...................................................................................24829.2 Ementa.........................................................................................25029.3 Objetivos......................................................................................25129.4 Conteúdos....................................................................................25129.5 Metodologia.................................................................................25329.6 Avaliação......................................................................................25329.7 Referências Bibliográficas...........................................................254

30 Proposta Curricular de Geografia......................................................25430.1 Apresentação...............................................................................25430.2 Conteúdos por série/ano..............................................................25630.3 Metodologia.................................................................................25830.4 Avaliação......................................................................................25930.5 Referências Bibliográficas...........................................................260

31 Proposta Curricular de História.........................................................26131.1 Apresentação...............................................................................26131.2 Ementa.........................................................................................26131.3 Objetivos......................................................................................26231.4 Conteúdos por série/ano..............................................................263

31.4.1 1º Ano....................................................................................26331.4.2 2º Ano....................................................................................26431.4.3 3º Ano....................................................................................265

31.5 Metodologia.................................................................................26731.6 Avaliação......................................................................................26731.7 Referências Bibliográficas...........................................................268

32 Proposta Curricular de Língua Portuguesa........................................26932.1 Ementa.........................................................................................26932.2 Objetivos......................................................................................27032.3 Conteúdos por série/ano..............................................................270

32.3.1 1º Ano....................................................................................270

Page 6: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

6

32.3.1 1º Ano.......................................................................................27032.3.2 2º Ano....................................................................................27132.3.3 3º Ano....................................................................................272

32.4 Metodologia.................................................................................27332.5 Avaliação......................................................................................27432.6 Referências Bibliográficas...........................................................274

33 Proposta Curricular de Matemática...................................................27733.1 Apresentação...............................................................................27733.2 Objetivos......................................................................................27833.3 Conteúdos por série/ano..............................................................279

33.3.1 1º Ano....................................................................................28033.3.2 2º Ano....................................................................................28033.3.3 3º Ano....................................................................................281

33.4 Metodologia.................................................................................28333.5 Avaliação......................................................................................28333.6 Referências Bibliográficas...........................................................285

34 Proposta Curricular de Química.........................................................28634.1 Apresentação...............................................................................28634.2 Objetivos......................................................................................28634.3 Conteúdos por série/ano..............................................................287

34.3.1 1º Ano....................................................................................28734.3.2 2º Ano....................................................................................28834.3.3 3º Ano....................................................................................289

34.4 Metodologia.................................................................................28934.5 Avaliação......................................................................................29034.6 Referências Bibliográficas...........................................................291

35 Proposta Curricular de Sociologia.....................................................29235.1 Apresentação...............................................................................29235.2 Objetivos......................................................................................29635.3 Conteúdos Estruturantes.............................................................29635.4 Metodologia.................................................................................29835.5 Avaliação......................................................................................29935.6 Referências Bibliográficas...........................................................299

36 Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna – Inglês..........30136.1 Ementa.........................................................................................30136.2 Objetivos......................................................................................30236.3 Conteúdos Por Série/ano.............................................................304

36.3.1 1º Ano....................................................................................30436.3.2 2º Ano....................................................................................30436.3.3 3º Ano....................................................................................305

36.4 Metodologia.................................................................................30636.5 Avaliação......................................................................................30936.6 Referências Bibliográficas...........................................................310

Page 7: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico, aqui sistematizado, traduz o trabalho

coletivo de todas as pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem

(direção, equipe pedagógica, professores, alunos, pais e comunidade

local) do Colégio Estadual Presidente Kennedy – Ensino

Fundamental e Médio. Ele expressa a preocupação e o

compromisso dos educadores com a melhoria do ensino no sentido de

responder às necessidades sociais e históricas, que caracterizam a

sociedade brasileira hoje.

A escola é uma instituição social, que inserida num contexto em

freqüente transformação, busca organizar e reorganizar, constantemente,

sua função dentro da sociedade. No entanto, o valor e o respeito pela

instituição escolar têm diminuído no decorrer dos tempos.

A escola, como espaço público, necessário para produção e

disseminação do conhecimento sistematizado, que pode contribuir para

mudanças na sociedade, aparentemente não faz parte do consciente da

comunidade envolvida. Resgatar a relação da escola com a comunidade,

por meio da discussão e reflexão entre as partes, possibilitará que os

envolvidos expressem suas necessidades e anseios, redefinindo o

compromisso da comunidade escolar.

A escola pública tem a tarefa de atender a todos com qualidade,

garantindo a posse sistemática do saber científico historicamente

acumulado, sem esquecer as experiências de vida e a realidade social de

seus educandos (LDB 9.394/96). Para isso, se faz necessário uma

constante reflexão sobre o trabalho pedagógico da escola tendo em vista

a sociedade, o homem e a escola que temos, questionando: Que sociedade

se quer ter? Que homem se quer formar para atuar nesta sociedade

contraditória e de constantes mudanças? Que escola se quer?

Dessa forma, se fez necessário à elaboração e implementação de

um Projeto Político Pedagógico um processo de constante reflexão e de

discussão das práticas pedagógicas e políticas, que atende as exigências

Page 8: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

legais da Constituição Federal, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDBM), das Diretrizes do Conselho Estadual de Educação do

Paraná (CEE), das Diretrizes e Princípios da Secretaria de Educação do

Estado do Paraná, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da

Lei 10.639 de 09/01/2003, sobre diversidade e inclusão social. Tudo isso

em concordância com as necessidades educacionais do Colégio Estadual

Presidente Kennedy - Ensino Fundamental e Médio.

Este projeto Político pedagógico tem como objetivo geral organizar

o trabalho pedagógico do Colégio Estadual Presidente Kennedy para o

período 2006/2009, dentro dos princípios da igualdade, gratuidade,

qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério,

com a finalidade de formar o cidadão participativo, responsável,

compromissado, crítico e criativo na construção de uma sociedade justa,

igualitária e democrática.

Os objetivos específicos são:

- Definir as ações educativas e as características necessárias para

que a escola cumpra seu propósito e intencionalidade (que é a

formação do cidadão participativo, responsável, compromissado,

crítico e criativo);

- Buscar alternativas viáveis para a efetivação da intencionalidade da

escola;

- Explicitar claramente o diagnóstico da realidade sócio-econômica e

educacional dos alunos, pais, assim como, da formação e

capacitação dos professores e, a partir deste, definir as ações que

nortearão o currículo e as atividades escolares;

- Garantir a permanente reflexão e discussão acerca dos problemas

da escola;

- Propiciar a vivência democrática necessária para a participação de

todos os membros da comunidade escolar e o exercício da

cidadania;

Page 9: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

- Organizar o trabalho pedagógico de forma que possibilite romper

com as relações competitivas, corporativas e autoritárias;

- Amenizar os efeitos fragmentários da divisão do trabalho no interior

da escola provenientes da hierarquização dos poderes de decisão;

- Resgatar a educação que se quer a partir da definição do cidadão

que se deseja, é procedimento necessário para vivenciarmos a

prática social proposta no projeto da escola. O Projeto Político

Pedagógico foi elaborado tendo em vista o planejamento e

organização do cotidiano do Colégio, de forma que o convívio se

torne agradável e produtivo, possibilitando a valorização e a

motivação da comunidade escolar.

Page 10: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

1 Introdução

Em diferentes lugares do mundo, discute-se cada vez mais o papel

essencial que a educação desempenha no desenvolvimento das pessoas e

da sociedade. Nesse início do novo milênio, os progressos científicos da

humanidade e importantes descobertas, convivem com a desesperança e

o desencantamento gerado pelo desemprego e pela exclusão. O aumento

das interdependências entre nações e regiões ocasionou o desequilíbrio

entre ricos e pobres, assim como, entre incluídos e excluídos socialmente

no interior de cada país. Os meios de comunicação evidenciam o modo de

vida e de consumo de uma pequena parcela abastada dos habitantes do

planeta, ao mesmo tempo, apresenta situações de miséria extrema de

outra (e maior) parcela dessa população.

A busca de uma sociedade integrada no ambiente em que se

encontra o outro mais imediato, na comunidade mais próxima e na

própria nação, surge como necessidade para chegar à integração da

humanidade como um todo. Ao mesmo tempo em que é preciso

considerar que a mundialização da cultura se realiza progressivamente, é

preciso não esquecer que cada pessoa tem o direito de escolher seu

caminho na vida e de realizar suas potencialidades. É preciso aprender a

viver juntos no planeta. (MORIN, 2001)

A necessidade de que a educação desenvolva a formação ética dos

alunos está cada vez mais emergente e evidente. A escola deve assumir-

se como um espaço de vivência e de discussão sobre a dignidade do ser

humano, igualdade de direitos, recusa de formas de discriminação,

importância da solidariedade e observância das leis.

As políticas educacionais devem ser diversificadas e concebidas de modo

que a educação não seja um fator da exclusão social, mas possibilite que

cada indivíduo ao longo de sua vida possa tirar o melhor proveito de um

ambiente educativo em constante transformação. Nesse contexto, a

educação deve promover a capacidade de aprender a aprender, aprender

Page 11: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser, expressando

opiniões e assumindo as responsabilidades pessoais, são imprescindíveis

no interior da escola. (UNESCO, 2000)

A Declaração Mundial sobre a Educação para Todos (UNESCO,

1990) destaca, em um dos seus artigos, que toda pessoa – criança,

adolescente ou adulto - deve poder se beneficiar de uma formação

concebida para responder às suas necessidades educativas fundamentais

como leitura, escrita, expressão oral, cálculo, resolução de problemas,

conceitos, atitudes e valores dos quais o ser humano necessita para viver

e trabalhar com dignidade, melhorar a qualidade de sua existência, tomar

decisões e continuar a aprender.

Assim, é papel do Estado democrático facilitar o acesso à educação,

investir na escola para que esta se instrumentalize e prepare crianças e

jovens, dando-lhes uma formação de cidadãos autônomos, críticos e

participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e

responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver

atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas.

Essa instrumentalização e esse preparo devem ser o desafio da escola

que se põe a trabalhar com os conhecimentos, com a ética e a cidadania,

fazendo crescer os seus envolvidos no seu espaço e na sua convivência

cotidiana. (UNESCO, 2000)

Page 12: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

2 Identificação e histórico da Instituição

O Colégio Estadual Presidente Kennedy - de Ensino Fundamental e

Médio - está localizado a, aproximadamente, 2, 5km do Núcleo Regional

de Ensino (NRE) na Avenida Mandacaru nº160, do Bairro Mandacaru da

cidade de Maringá. Atualmente conta com 41 professores e atende 881

alunos.

O Governo do Estado do Paraná é mantenedor do Colégio que está

em funcionamento de acordo com:

ðAto de Reconhecimento nº 2848/95 – D.O.E. 28/07/1995.

ðResolução nº 2763/81 D.O.E. de 21/12/1981.

ðParecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar, nº 54/02 de

14/11/2002.

Para contatos, este Colégio conta com dois números de telefones:

3224-1041 e 3262-1754 (fax) e e-mail: [email protected].

A história deste Colégio teve início quando, em 09 de maio de 1965

a empresa Madeiras Phillips S/A inaugurou, na Vila Mandacaru, na

cidade de Maringá, um modular e muito bem equipado Grupo Escolar,

que recebeu o nome de Grupo Escolar Madeira Phillips. Foi a primeira

empresa de Maringá que deu cumprimento a uma lei que visava amparar

os filhos de empregados, aglutinando-os num único estabelecimento de

ensino, perto do local de trabalho. Conforme convênio assinado com a

Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Paraná, ficou acertado

que o corpo docente do mais novo Grupo Escolar de Maringá seria

mantido pelo Governo Estadual.

No ano de l970, por meio do Decreto 16.268 de 26/08/l969, o Grupo

Escolar Madeira Phillips recebeu a denominação de Grupo Escolar

Page 13: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Presidente Kennedy. Foi construído um novo prédio na Avenida

Mandacaru e transferiu-se a escola para o atual local, que foi inaugurada

em 25/03/l975.

Com a Reforma do Ensino, o então grupo escolar passou a funcionar

de lª a 8ª séries e sua denominação passou a ser Escola Presidente

Kennedy Ensino de lº. Grau, por meio do Ato de Autorização nº 1436/81

de 21/07/1981. A escola funcionava com 15 turmas de lª a 4ª séries e 29

turmas de 5ª a 8ª séries, num total de 1500 alunos, inclusive os da

extensão de Iguatemi, Distrito de Maringá. Em 1982, por meio da

Deliberação 004/83, passou a funcionar uma sala de Classe Especial para

crianças, na área de deficiência mental.

Por meio da Resolução 1634/83 de l9/05/1983, a escola passou a

denominar-se Escola Estadual Presidente Kennedy. Neste mesmo ano foi

autorizada a abertura de dois turnos da Pré-escola.

Em 1987, com a Resolução nº 389/87 foi autorizado o

funcionamento do CAE (Centro de Atendimento Especial) - área de

Deficiência Visual. Por meio das Resoluções nº 234/89 e 087/91 foram

autorizados o funcionamento de mais duas Classes Especiais para

crianças, área de deficiência mental.

Pela Resolução 564/90 de 02/03/l990 foi autorizado o

funcionamento do 2º Grau, com implantação gradativa a partir do ano de

1990. Em decorrência, esse Estabelecimento de Ensino passou a

denominar-se Colégio Estadual Presidente Kennedy - Ensino de lº e 2º

Graus. A autorização definitiva e o reconhecimento deram-se pela

Resolução 2.848/95.

Em 1991, com a Resolução nº 3.582/91 foi concedido o

funcionamento do CAE (Centro de Atendimento Especializado) - Iniciação

para o Trabalho - área de Deficiência Mental.

Em 1993, através da Resolução nº 4169/93, foi autorizado o

Page 14: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

funcionamento de uma Sala de Recurso, área de Deficiência Mental e

Distúrbios de Aprendizagem para alunos do Ensino Fundamental de 1ª a

4ª série.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, Deliberação

003/98 - CEE e Resolução 3120/98 - SEED, de 11 de setembro de 1998,

este Estabelecimento de Ensino passou a ser denominado de Colégio

Estadual Presidente Kennedy - Ensino Fundamental e Médio.

A Resolução nº 3.462/99 definiu a cessação das três Classes

Especiais, na área deficiência mental, desse Estabelecimento de Ensino.

Em 1999 foi o último ano que o Centro de Atendimento Especializado de

Iniciação para o Trabalho funcionou nesse Estabelecimento de Ensino.

Dos alunos que estavam matriculados, apenas três, foram encaminhados

para o mercado de trabalho.

A Resolução nº 3.510/02 cessou definitivamente as atividades

escolares relativas ao CAE - Iniciação para o Trabalho, área de

Deficiência Mental do Colégio Estadual Presidente Kennedy.

Em 1999 iniciou-se um processo de cessação gradativa do Ensino

Fundamental de 1ª a 4ª série. A Resolução nº 2688/04, de 04 de agosto

de 2004 oficializou o encerramento desse processo, sendo que 2002 foi o

último ano em que funcionou, neste Estabelecimento de Ensino, o Ensino

Fundamental de 1ª a 4ª série.

2.1 Recursos Humanos

EQUIPE ADMINISTRATIVA

Anísio Osmani Amaral (Direção)

Carlos Roberto Pereira (Direção)

Page 15: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Tereza Maistro Scarate (Secretária)

Auxiliares Administrativo

Cleide Aparecida Sanches

Luiz Bernardino dos Santos

Verônica Mara Gaspar

Claudinei Benedito Pereira

Lídia Santana Laet

Claudete Ana Secco Damrat

Madalena Montini Bahr

Michelle Kalinka Carniel (téc. labaratório – física, química e biologia)

Equipe Pedagógica

Genilda Camilotti

Terezinha Barankievicz

Elizabeth Dias

Cleide Aparecida Rodrigues Parrilha

Equipe de Docentes:

Page 16: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy
Page 17: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Aparecida dos Santos Raitz

Angela Maria de Paula

Noemi Basílio Pires

Marly Aparecida Machado

Elizabeth Terezinha Pereira

Neuza Maria Campos da Silva

Edith Batista de Oliveira

Edena Aparecida Montresol Laviso

Elizabete dos Santos Antonio

Marina Raitz

Associação de Pais e Mestres:

Presidente: José Aparecido de Souza

Vice Presidente: Maria Cristina Kitakawa de Souza

1º Secretário: Tereza Maistro Scarate

2º Secretário: Maria Cleuza Bravo de Souza

1º Tesoureiro: Natalino Brischiliari

2º Tesoureiro: Henrique Sergio Tertulino de Souza

1º Diretor Social, Cultural e Esportivo: Terezinha Barankievicz

2º Diretor Social, Cultural e Esportivo: Conceição Burdini Mazzei

Conselho Deliberativo e Fiscal:

Celso Aparecido Correa Júnior

Luzia Aparecida Montilha

Álvaro Prudente Francisco

Maria Rita Poitti Collaviti

Elenir Helena Carnieto Alves

Adenir Veronez de Paula

Luiz Bernardino dos Santos

Aparecida dos Santos Raitz

Page 18: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Conselho Escolar

Presidente: Anisio Osmani Amaral

Vice Presidente: Carlos Roberto Pereira

Representantes Profissionais da Escola:

Terezinha Barankievicz (Equipe Pedagógica)

Cleide Aparecida Rodrigues Parrilha (Equipe Pedagógica)

Zenóbia Maria Jandrey (Docente Ens. Fund)

Marlene Cecília C. Gaio (Docente Ens. Fund)

Hélio Dias França (Docente Ens. Médio)

Carlos Roberto Pereira (Docente Ens. Médio)

Claudete Ana Secco Damrat (Func. Administrativo)

Cleide Aparecida Sanches (Func. Administrativo)

Elizabet dos Santos Antonio (Func. Serviços Gerais)

Neuza Maria Campos da Silva (Func. Serviços Gerais)

Representantes da Comunidade Atendida pela Escola

Elton Soares (Discente do Ens. Médio)

Lenon Marcuzzo Ribeiro (Discente do Ens. Médio)

Maria Francisca da Veiga (Pais de alunos do Ens. Fundamental)

Vladmir Kazuo (Pais de alunos do Ens. Fundamental)

Antonio Celeste Calsavara (Pais de alunos do Ens. Médio)

Jussara Wicthoff Raniero (Pais de Alunos do Ens. Médio)

Vinicius Britto Moura (Grêmio Estudantil)

Vitor Hugo Codea Dias (Grêmio Estudantil)

Adenir Veronezzi de Paula (APMF)

Álvaro Prudente Francisco (APMF)

Grêmio Estudantil

Presidente: Wallace Luciano

Vice-Presidente: Fernando Marcos Almeida

Page 19: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Secretário Geral: Sidney Jorda

1º Secretário: Robby Valdenil de Melo

Tesoureiro Geral: Ederson Alexandre Machado

1º Tesoureiro: Paulo Ricardo da Costa Silva

Diretor Social: Vinicius Britto Moura

Diretor de Imprensa: Vitor Hugo Codea Dias

Diretor de Esportes: Julio César Anselmo

2.2 Espaço Físico e Organização da Instituição Escolar

O funcionamento do Colégio Estadual Presidente Kennedy atende

ao que estabelece a LDBN, visando a aprendizagem dos alunos,

favorecendo a todos indistintamente. Nos períodos matutino e vespertino,

a organização das classes é feita em função de um melhor

aproveitamento dos alunos e professores, no entanto, no período noturno,

com aulas após as 22:30 horas, o rendimento é considerado precário. No

que diz respeito ao corpo administrativo, o horário é distribuído de

maneira que atenda satisfatoriamente a todos os períodos, favorecendo a

integração disciplinar.

Os espaços físicos, embora mal distribuídos por falta de

planejamento de quem os construiu, são utilizados de maneira

democrática favorecendo a aprendizagem. Os recursos, equipamentos e

materiais diversos são insuficientes, quase sempre adquiridos com

dificuldades (por meio de promoções), são utilizados comumente, de

maneira alternada sempre em benefício do aluno.

A gestão dos poucos recursos oriundos do Governo Estadual e

Federal é administrada de maneira transparente e democrática, contando

com a participação da comunidade escolar na aprovação dos planos de

aplicação. Os recursos são aplicados na compra de bens permanentes e

na manutenção.

Page 20: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

As atividades são organizadas de maneira que favoreçam o trabalho

em grupo de professores, de alunos e de professores com seus alunos,

tais como: desenvolvimento de projetos interdisciplinares, ida aos

laboratórios, à biblioteca, a utilização do vídeo, dos computadores, do

pátio da escola, da quadra de esportes, etc.

A convivência nesta escola é produtiva e solidária, porque toda

informação atualizada circula democraticamente, de maneira que todos

participem e opinem, pois entendemos que uma equipe produz bem se

todos estiverem engajados num mesmo objetivo, apesar de se fazerem

necessárias as opiniões divergentes.

No Colégio Kennedy busca-se lidar com as diferenças (gênero, cor,

religião, condições especiais de aprendizagem) para promover o respeito

e o acolhimento da diversidade, respeitando e valorizando as diferenças

individuais num processo de inclusão ampla, especialmente àqueles que

ainda estão à margem do processo educacional escolar, os alunos com

necessidades educacionais especiais.

Acolhemos e respeitamos os anseios da comunidade escolar

(alunos, professores, funcionários, pais) promovendo assembléias e

reuniões para discutirmos regulamentos e projetos dentro dos princípios

da LDBN e das normas curriculares nacionais, de forma que possam

atender às expectativas de todos. Temos como lema respeitar as

divergências culturais, incentivamos as expressões de idéias, pois

acreditamos que a troca de experiências contribui muito para o

desenvolvimento e aprendizado. Promovemos, com freqüência, atividades

extra-classe, incentivamos os alunos a assumir lideranças no grêmio

estudantil e em outras formas de mobilização, possibilitando ao aluno

tornar-se protagonista da construção do próprio conhecimento, das idéias

e sentimentos.

Este Estabelecimento de Ensino oferece à população estudantil o

ensino regular em três turnos:

Page 21: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Período matutino

• Início: 7:30 horas- término: 11:50

• Modalidades: Ensino Fundamental de 7ª e 8ª séries, com 75

alunos;

Educação Especial – Deficiência Visual e Salas de Recursos de 1ª a

4ª série e de 5ª a 8ª série, com 27 alunos; Ensino Médio, com 395

alunos

Período Vespertino

• Início : 13:15 horas - término : 17:35 horas

• Modalidades: Ensino Fundamental - 5ª a 8ª séries, com 119

alunos; Educação Especial – Deficiência Visual, com 07 alunos.

Período Noturno

• Início: 18:50 horas- término: 23:00 horas

• Modalidade: Ensino Médio, com 231 alunos.

No total, são 854 alunos distribuídos em 24 turmas de Ensino

Fundamental e Médio e 3 turmas de Educação Especial. Para atender a

esses alunos, o Colégio conta com 41 professores.

2.3 Calendário Escolar

O Calendário Escolar (Anexo 1) é elaborado anualmente em

consonância com as legislações Federal e Estadual em vigor.

No Calendário Escolar do Colégio Estadual Presidente Kennedy –

Ensino Fundamental e Médio estão previstos:

- Início e término do ano letivo;

- Época para planejamento;

Page 22: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

- Dias destinados a reuniões pedagógicas e Conselho de

Classe;

- Dias de comemorações estabelecidas por Lei ou próprias do

colégio;

- Períodos de férias para professores e alunos.

No calendário escolar, independente da carga horária semanal

prevista no quadro curricular, é garantida para cada aluno a carga

horária anual mínima de oitocentas horas e o mínimo de duzentos dias

letivos.

A proposta do calendário escolar anual, após aprovação do

Conselho Escolar, é encaminhada ao Núcleo Regional de Educação para

aprovação e homologação.

Qualquer alteração do Calendário Escolar Anual, no decorrer do

ano letivo, determinada por motivos relevantes, será encaminhada e

protocolada no Núcleo Regional de Ensino.

Page 23: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

3 Filosofia da Escola

Nesse novo milênio, a escola precisa repensar a sua existência em

uma sociedade pós-moderna que busca construir-se em sistemas abertos

e dinâmicos. A escola precisa se transformar em um sistema onde a

essência não é mais um percurso predeterminado, mas que se baseia em

desequilíbrios, interações e transformações. Agir pedagogicamente

significa transpor para o cotidiano das salas de aulas uma visão de

mundo, portanto, é imprescindível a tomada de consciência da teoria que

fundamenta esse agir pedagógico.

A ação pedagógica centra-se no respeito à inteligência e ao conhecimento

em formação, o que significa que a escola pode ajustar conteúdos às

características evolutivas do processo ensino-aprendizagem: professor e

aluno juntos podem construir a interdependência entre os aspectos

cognitivos e afetivos que contribuem para o processo ensino

aprendizagem.

Este Projeto Político Pedagógico propõe desenvolver, nos alunos do

Colégio Estadual Presidente Kennedy, capacidades intelectuais que lhes

permitam assimilar plenamente os conhecimentos acumulados. Com isso

o ensino não se restringe à transmissão de conteúdos, mas especialmente

a ensinar o aluno a pensar, ensinar formas de acesso e apropriação do

conhecimento elaborado, de modo que ele possa aplica-lo ao longo da

vida, ou seja, além de sua permanência na escola.

Essas condições implicam no compromisso de disseminar conhecimentos

numa dinâmica de reflexão crítica que possibilite aos educandos uma

cultura que lhes permita conhecer, compreender e refletir sobre a

sociedade em que vivem e serem capazes de exercer sua cidadania, ou

seja, atuar como agentes transformadores.

Ser cidadão é, entre outras coisas, agir com respeito, solidariedade,

responsabilidade, justiça e não-violência. Esses valores e atitudes

precisam ser apreendidos e desenvolvidos pelo ser humano. A melhor

forma de ensina-los e aprendê-los é vivenciando-os. O convívio escolar é

Page 24: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ambiente propício para que os alunos possam desenvolver atitudes

conscientes e coerentes com os valores que desejamos para o convívio

social.

Nesse contexto o acolhimento aos alunos com diferentes

potencialidades e dificuldades, o papel reservado a eles na instituição,

assim como, o cuidado e atenção com suas problemáticas de vida, podem

concretizar o respeito mútuo, o diálogo, a justiça e a solidariedade.

Page 25: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

4 Princípios Norteadores da Educação

A organização do trabalho no Colégio Estadual Presidente Kennedy

está embasada nos princípios que norteiam a escola democrática, pública

e gratuita. Estes princípios são os princípios da igualdade, da qualidade,

da gestão democrática e da valorização do magistério, fundamentados na

Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, (nº 9.394/96).

A Constituição Federativa do Brasil em seu Artigo 205, garante a

educação como direito de todos e dever do Estado e da família, visando o

pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho.

O Artigo 206, da Constituição, institucionaliza que o ensino será

ministrado, a todos, com base nos princípios da igualdade de condições

para o acesso e permanência na escola; da oportunidade de aprender, de

ensinar, de pesquisar e de divulgar o pensamento, a arte e o saber; do

pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; da gratuidade do

ensino público em estabelecimentos oficiais; da valorização dos

profissionais do ensino; da gestão democrática do ensino público; da

garantia do padrão de qualidade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9394/96),

reitera os princípios anteriormente citados; disciplina a educação escolar,

que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em

instituições próprias e estabelece que a educação escolar deverá

vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

Sendo assim, este Projeto Político Pedagógico está constituído

dentro dos princípios citados que favorecem o desenvolvimento da

capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais

e tecnológicos produzidos historicamente e devem ser resultantes de um

processo coletivo de avaliação emancipatória.

Page 26: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

5 Realidade na Educação

5.1 A educação no Brasil

A educação encontra-se entre os direitos que devem ser

assegurados pelo Estado, assim como a saúde, a moradia, o transporte, a

segurança, o saneamento básico e o lazer. A maioria da população

brasileira não desfruta desses direitos, ou seja, as políticas públicas

sociais não atingem milhões de cidadãos. Esse quadro é resultado da

excessiva concentração de renda no país.

A exclusão social é elevada e isso se reflete na educação. O índice

de analfabetos é altíssimo. De acordo com os dados do Ministério da

Educação e Cultura, 14, 9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais,

são analfabetos; 33 milhões não sabem ler, embora tenham sido

formalmente alfabetizados; 4, 3 milhões de crianças entre 4 e 14 anos e 2

milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola; 1, 3 milhão de

crianças, entre 10 e 17 anos, estão trabalhando ao invés de estudar e 4, 8

milhões são obrigados a trabalhar e estudar ao mesmo tempo; apenas

42% da população com 15 anos ou mais completam a 8ª série (PARANÁ,

2005, p. 12-13).

Esses números revelam a exclusão de milhões de brasileiros de seus

direitos à educação. As crianças e jovens que não estão fora das escolas

recebem, segundo o MEC, uma educação de baixa qualidade, pois, 59%

dos alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente e, 52% não

dominam habilidades elementares de Matemática. Dentre os 31 países

investigados, o Brasil ficou em último lugar na média de desempenho em

Matemática (PARANÁ, 2005, p. 12-13).

Os dados apresentam-se elevados e alarmantes, “apesar ou com

pesar”, das políticas neoliberais educacionais adotadas no governo

federal de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), quando foi efetivada

uma reforma educacional nos diferentes níveis de ensino, especialmente

na educação básica. A referida reforma compreendeu as mudanças nas

Page 27: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, na forma de gestão, na

formação de professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação

centralizados nos resultados, nos programas de educação à distância, no

programa de distribuição de livros didáticos ao Ensino Fundamental e na

forma do financiamento da educação.

As reformas que se efetivaram no país no período do governo de

Fernando Henrique Cardoso estiveram atreladas aos interesses de

agências multilaterais como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de

Desenvolvimento e a Unesco, que financiam projetos e modelos de

soluções dos problemas educacionais com a finalidade de adequar a

educação ao mercado de trabalho.

Entre os efeitos perversos do neoliberalismo temos o

aprofundamento do individualismo, a política do “cada um por si”

resolvendo seus problemas, afirmando que o fracasso é responsabilidade

individual. A sociedade brasileira é excludente, com fortes marcas do

neoliberalismo, doutrina na qual predomina o Estado mínimo na direção

da sociedade, deixando ao mercado o controle das relações sociais e

econômicas.

Nessa sociedade predomina a falta de humanismo, de respeito ao

outro e às instituições sociais, com preconceito, racismo, altos índices de

violência, falta de perspectivas, desprovida de valores éticos e morais,

com corrupção na política e desigualdades sócio-econômicas, o

imediatismo, a falta de planejamento e perspectivas futuras. Todo o

fracasso da educação pública é interpretado como problema de cada

trabalhador da educação, individualmente, deslocado das condições

materiais e do desmonte do Estado.

Os trabalhadores em educação, organizados em sindicatos,

associações e confederações, se posicionaram contra essas reformas e

contestaram, incansavelmente, mobilizando e esclarecendo a sociedade

civil a respeito, mas as referidas reformas foram implantadas.

Page 28: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

5.2 A Educação no Paraná

O Estado do Paraná foi um dos primeiros a assumirem as reformas

educacionais propostas pelo governo federal de Fernando Henrique

Cardoso. Esse Estado caracteriza-se como um dos mais ricos e

desenvolvidos da Federação, porém tem a concentração de renda nas

mãos de poucos que dominam os meios de produção, gerando exclusão e

desigualdades sociais.

O Estado tem sua economia baseada na produção agro-industrial,

no entanto, a concentração da população se dá no meio urbano, há o

predomínio de grandes propriedades agrícolas de monocultura de soja e

trigo para a exportação, gerando assim, o êxodo rural, o extermínio dos

pequenos agricultores e da diversificação de culturas, gerando

desemprego no campo. A utilização de alta tecnologia no plantio e na

colheita, com maquinários de última geração tem dispensado quase que

totalmente a mão-de-obra.

Neste período, o governo Jaime Lerner (1995-2002), implantou

medidas de terceirização na educação pública. Implantou a Paraná

Educação, Paraná Previdência, PROEM (este programa extinguiu cerca

de 1080 cursos profissionalizantes das escolas públicas do Estado),

Correção de Fluxo, aumento do número de alunos por turma, redução da

grade curricular, proibição de turmas do Ensino Fundamental no noturno,

alteração do porte das escolas (reduzindo horas do quadro administrativo

e da equipe pedagógica, provocando perdas de empregos),

municipalização de ensino, corte do adicional de difícil acesso, alteração

das regras de aposentadoria dos professores com RDT (Regime

Diferenciado de Trabalho) e Ensino Especial, dentre outras.

As medidas privatizantes efetivadas pelo governo de Jaime Lerner,

não trouxeram benefícios à educação paranaense, pois as avaliações

realizadas pelo SAEB permitem afirmar que muitos alunos do Ensino

Fundamental chegam à 5ª série sem conhecimentos básicos de leitura,

escrita e cálculo e, concluem a 8ª série sem adquiri-los. Persistem os

Page 29: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

altos índices de evasão e repetência, distorção idade/série, aprendizagem

sem qualidade.

Sem investimentos suficientes para corrigir tais deficiências, o

governo estende para o Ensino Médio, a responsabilidade sobre a

aprendizagem que deveria ter sido adquirida no Ensino Fundamental.

Além disso, o Ensino Médio, historicamente, tem tido um caráter de

dualidade, no qual a formação técnica profissional é dissociada da

formação humana. A superação desta dicotomia deve ser um

compromisso de políticas públicas para esta modalidade de ensino, que o

Estado deve assumir como obrigatória, ou seja, onde não há formação

humana integral deslocada da formação técnica profissional.

Os problemas de evasão, de reprovação e da educação de qualidade

questionável são atribuídos à insuficiência e inadequação dos

investimentos na educação. De modo geral, as possibilidades de

capacitação de professores têm sido limitadas às ofertas do próprio

Estado. O professor, em função da baixa remuneração pelo seu trabalho,

não tem muitas oportunidades de implementar a própria capacitação.

Ainda, neste Colégio (Presidente Kennedy), por exemplo, não foi possível

recuperar e ampliar instalações garantindo uma infra-estrutura adequada

para um trabalho pedagógico de qualidade.

A realidade educacional atual precisa imediatamente de mudanças,

pois uma quantidade significativa da população que necessita da escola

pública, recebe educação deficitária, gerada pela rotatividade de

professores nas escolas; pela ausência de formação continuada eficiente

tanto dos professores quanto dos funcionários; pela falta de um regime

diferenciado de trabalho com dedicação exclusiva; pela falta de um plano

de carreira adequado para os funcionários com perspectivas de

progressão na carreira.

5.3 A educação no Município

O município de Maringá está situado numa região economicamente

Page 30: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

privilegiada, considerado cidade pólo, conta com uma agricultura

desenvolvida, excelente estrutura urbana, boa posição geográfica No

entanto, é um município cuja população sofre pela ausência de políticas

sociais e com o predomínio do monopólio da agricultura. O latifúndio e a

mecanização do campo têm expulsado os trabalhadores para a cidade.

Esses trabalhadores não estão preparados para a vida urbana e,

desempregados, passam a viver marginalizados.

As escolas estaduais e municipais recebem, em sua maioria, alunos

advindos de meios sociais precários, crianças desnutridas, carentes de

afetividade, com problemas psicológicos, sem recursos financeiros para

adquirir os materiais escolares. Esses alunos encontram uma escola

igualmente sem estrutura física e financeira para atendê-los com

qualidade. Enfim, todos os problemas que ocorrem no país e no Estado,

são encontrados também na cidade de Maringá.Nesta cidade o Ensino

Fundamental de 1ª a 4ª séries é ofertado pela rede municipal em alguns

casos ainda, pela rede Estadual de ensino.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os índices de

reprovação na rede municipal são mais elevados na 1ª e na 5ª séries. Na

1ª série constata-se que a falta de contato com materiais escritos em casa

dificulta a aprendizagem. Na escola, alguns fatores contribuem para a

retenção do aluno como, a metodologia, a forma de avaliar, o número

excessivo de alunos na sala de aula, dentre outros.

Em relação à 5ª série, entre os fatores que levam à reprovação,

estão as diferenças entre a 4ª e 5ª série (mais disciplinas separadas,

professores diferentes) a falta de interesse pelo estudo e a indisciplina

dos alunos, o não comprometimento e acompanhamento da família, o

número excessivo de alunos por sala de aula, a metodologia, a avaliação e

as condições de trabalho dos professores.

No Ensino Médio, constata-se que as causas mais freqüentes de

reprovação e evasão escolar são a gravidez na adolescência, a falta de

interesse, a dificuldade de conciliar o trabalho com os estudos, a falta de

estímulo da família, a metodologia adotada pelas escolas e a avaliação.

Page 31: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

A educação no município de Maringá tem tido um importante

avanço, porém precisa ser melhorada. Ainda há falta de estrutura

adequada nas escolas, salas com excessivo número de alunos, bibliotecas

defasadas, falta de funcionários e outros fatores que levam à evasão e

reprovação dos alunos.

5.4 A educação no Colégio Estadual Presidente Kennedy

Este Colégio recebe alunos de bairros em seu entorno. Porém,

predominam os alunos que residem em bairros mais distantes, que

dependem de condução coletiva para chegar à escola.Os alunos, em

geral, provenientes de famílias com nível sócio-econômico de “classe

média” e “baixa” dependem do bônus do passe de estudante. O atraso

desse bônus tem provocado faltas, no início do ano letivo, que

prejudicam nossos alunos.

De acordo com o Relatório Final Anual de 2003 e 2004, a

reprovação neste colégio ainda atinge índices elevados. No ano de 2004

houve um aumento significativo do índice de reprovação, com relação a

2003, porém diminuiu a evasão de alunos nessa mesma época, conforme

Tabela 1 e 2.

ANO 2003

ALUNOS QUANTIDADE %

APROVADOS 596 54, 93

REPROVADOS 298 27, 47

TRANSFERIDOS 102 9, 40

DESISTENTES 89 8, 20

TOTAL DE ALUNOS 1085 100

Tabela 1. Representação da relação: situação do aluno, tipo de resultado

e quantidade/percentual, ao final de 2003.

Page 32: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ANO 2004

ALUNOS QUANTIDAD

E

%

APROVADOS 543 51, 32

REPROVADOS 338 31, 95

TRANSFERIDOS 138 13, 04

DESISTENTES 40 3, 78

TOTAL DE ALUNOS 1059 100

Tabela 2. Representação da relação: situação do aluno, tipo de resultado

e quantidade/percentual ao final de 2004.

A evasão e a reprovação preocupam a comunidade escolar e se

constituem em constante preocupação. Esta escola busca

incessantemente alcançar os objetivos propostos nesse Projeto Político

Pedagógico. Sabemos que muitos fatores interferem no processo de

ensino-aprendizagem e procuramos organizar nossa prática pedagógica e

administrativa para reverter esses índices tão alarmantes de reprovação.

Temos clareza que o desafio é grande, mas a escola se propõe

sempre a repensar mecanismos que possam reverter esse quadro e

reduzir os índices de reprovados e evadidos desta instituição escolar. Em

2005, conforme Tabela 3 (abaixo), podemos observar avanço significativo

no resultado da aprendizagem, possivelmente em função das constantes

discussões e revisões do processo de ensino e avaliação, que têm ocorrido

no Colégio Estadual Presidente Kennedy.

Page 33: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ANO 2005

ALUNOS QUANTIDAD

E

%

APROVADOS 590 59, 97

REPROVADOS 160 16, 26

TRANSFERIDOS 138 14, 02

DESISTENTES 96 9, 75

TOTAL DE ALUNOS 984 100

Tabela 3. Representação da relação: situação do aluno, tipo de resultado

e quantidade/percentual ao final de 2005.

Page 34: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

6 Análise das contradições e conflitos presentes na prática docente

A sociedade pós-moderna tem como característica constante

construir e reconstruir-se, num processo que exige e produz

transformações. Diante de tão rápidas transformações, a escola necessita

repensar a sua essência e a sua prática, em busca de acompanhar o

dinamismo desse processo que se constitui num grande desafio.

Em diferentes instituições se discute o papel essencial que a escola

desempenha no desenvolvimento das pessoas e da sociedade. Órgãos

internacionais como UNESCO, CEPAL, BIRD, UNICEF, FMI, BANCO

MUNDIAL, apresentam propostas na tentativa de resolver questões

mundiais, como o aumento do desemprego, a desigualdade social, o

analfabetismo, a degradação do meio ambiente.

Além disso, discute o fim de guerras que acirram as tensões

mundiais, a necessidade de aprender a conviver em função da

globalização dos mercados, a cultura e a educação, o agravamento da

crise do capitalismo e o livre mercado. Tudo isso, com o fim do Estado

intervencionista e livre comércio internacional que subordinam o

mercado mundial e as economias regionais, dentro de um processo de

globalização. Essas instituições internacionais adotam oficialmente uma

política neo-liberal para conceder "ajuda" aos países em desenvolvimento.

No entanto, impõe diretrizes econômicas, políticas, sociais e

educacionais.

O interesse global pela educação não ocorre desvinculado de ideais

políticos, econômicos e sociais. Portanto, não ocorre sem conflitos. Há o

interesse das nações, a o interesse do Estado e o interesse da sociedade

em geral. No bojo de alguns conflitos de interesses está o ideal de

mudança, de transformação para a adequação às novas necessidades.

Page 35: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Saviani, ao analisar a relação entre educação e política diz:

No processo histórico que implica o desenvolvimento e transformação da sociedade, isto é, a substituição de determinadas formas por outras, educação e política se articulam cumprindo, entretanto, cada uma funções específicas e inconfundíveis. Por ser uma relação que se trava fundamentalmente entre antagônicos, a política supõe a divisão da sociedade em partes inconciliáveis. Por isso a prática política não pode não ser partidária. Em contrapartida, a educação, sendo uma relação que se trava fundamentalmente entre não-antagônicos, supõe a união e tende a se situar na perspectiva da universalidade. Por isso ela não pode ser partidária.(2001, p.87)

A relação entre os não-antagônicos também é complexa. É

necessária uma proposta consciente e uma metodologia adequada para

alcançar algo. Sabe-se que somente quando idéias e valores se encontram

em vias de maturação é que podem vingar numa sociedade. A

transformação envolve o crescimento da consciência crítica, sempre num

processo de reproduzir, não com base no senso comum, na ideologia, mas

reproduzindo o que se escolheu com a firmeza da opção crítica e da

teoria, com modelos de interpretação da realidade e metodologia de ação

que sejam eficazes.

A transformação pode ser feita por meio de um processo de

planejamento com a dialética entre a realidade existente e a realidade

desejada. A possibilidade original de transformação se dá nas sociedades

com idéias divergentes e hierarquia de valores contraditória. Essa

possibilidade baseia-se na reprodução do diferente, do que não é

hegemônico para reforçá-lo, contribuindo para a construção de uma nova

sociedade dentro dos limites de poder e força e de convicção de

capacidade de luta de quem deseja a mudança. De fato, não é possível

criar algo que já não esteja presente numa configuração social

determinada, mas é possível cultivar o que já está em semente ou em

surgimento nessa mesma sociedade, por meio do processo de reprodução

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consciente e livre.

Assim, as mudanças na hierarquia de valores vão de pequenas

reformas até grandes revoluções gerais, dentro do que é possível, já que

todas as revoluções são feitas, realmente, para preservar ou para

recuperar algo que é absolutamente necessário à condição humana.

A força da crise está nas questões que enfrentamos: miséria,

violência, destruição da natureza, má distribuição de renda, guerra,

desencontros, dominação e outros. Em todas as crises há lutas porque há

muitos que detêm privilégios dos quais não querem se desfazer. Por isso,

lutam com todas as armas para mostrar as novas tendências como más,

como desagregadoras e, sobretudo, buscam apropriar-se de novas idéias,

enfraquecendo-as pelo uso das mesmas palavras, com sentido diverso.

Na constante reconstrução de uma sociedade, a superação da crise

exige a participação de todos, por meio de uma proposta ou participação

no poder. O planejamento participativo é o modelo e a metodologia para

que isso aconteça abrindo espaços especiais para a questão política. Esse

modelo contempla processos, técnicas, instrumentos, metodologias e

modelos já plenamente comprovados para grupos, movimento e

instituições não muito grandes.

Reconhecendo os obstáculos a superar, um Projeto Político

Pedagógico contemporâneo, deve incorporar, como um dos seus eixos, as

tendências apontadas para o século XXI. Com isso, é necessário

considerar a crescente presença da ciência e da tecnologia nas atividades

produtivas e nas relações sociais, que constantemente estabelecem um

ciclo permanente de mudanças, provocando rupturas rápidas.

Nas sociedades tradicionais, a estabilidade da organização política,

produtiva e social garantia um ambiente educacional relativamente

estável. Agora, a velocidade do progresso científico e tecnológico e da

Page 37: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

transformação dos processos de produção torna o conhecimento

superável, requer uma atualização contínua, tendo em vista a formação

do cidadão.

Na década de 40 iniciou-se a migração campo-cidade, em função da

diminuição de empregos no setor primário. A partir da década de 80, se

observou uma situação semelhante no setor secundário, isso ocorreu não

apenas em função das novas tecnologias, mas também em função do

processo de abertura dos mercados que passam a exigir maior precisão

produtiva e padrões de qualidade da produção dos países.

A globalização, ao promover o rompimento das fronteiras

geográficas, acelera a transferência de conhecimentos, tecnologias e

informações e coloca as questões da sociabilidade humana em espaços

cada vez mais amplos. A disseminação e uso da tecnologia, por sua vez,

cria novas formas de socialização, processos de produção e, até mesmo,

novas definições de identidade individual e coletiva. No mundo

globalizado, as transformações cobradas da educação escolar se

apresentam como uma utopia necessária, indispensável à humanidade na

sua construção da paz, da liberdade e da justiça social.

No relatório da UNESCO (2000), sobre educação para o século XXI,

esta deve ser compreendida de forma ampla, vislumbrando um

desenvolvimento harmonioso e autêntico, para fazer diminuir a pobreza,

a exclusão social, a incompreensão, as opressões e as guerras. Diante

desse contexto, torna-se necessário que a educação se coloque à frente

na luta contra a exclusão generalizada, auxiliando na promoção e

integração de todos. Voltando-se ainda, para a construção da cidadania,

não como meta a ser atingida no futuro, mas como prática efetiva. No

entanto, um dos grandes desafios é lidar com os “mecanismos de

exclusão” que deixam muitos à margem da sociedade.

Page 38: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Concebemos a educação como um processo de formação e

desenvolvimento da pessoa que interage individual e coletivamente,

desvelando a realidade, transformando-a, construindo novas experiências

que, sistematizadas através da ação-reflexão-ação, produzem novos

conhecimentos. O conhecimento das pessoas se inicia muito antes de

freqüentarem a escola e a escola poderá fornecer elementos de

organização e reorganização desse conhecimento previamente adquirido.

Assim, desenvolvimento é a construção e reconstrução de psiquismo

humano e suas formas, o que se faz juntamente com a aprendizagem, ou

seja, novos conhecimentos possibilitam novas formas de desenvolvimento

e estas formas de desenvolvimento possibilitam conhecimentos mais

complexos ainda. (VYGOTSKY, 1991)

Nessa perspectiva, o conhecimento é entendido como processo, que

se constrói e reconstrói permanentemente, contrapondo-se à concepção

de conhecimento pronto e acabado, que pode ser guardado, transmitido e

manipulado pelos seus detentores. A escola é uma instância da sociedade

com pessoas e condições concretas e a definição de seu papel depende da

função social que se quer dar a ela.

De acordo com a Constituição Brasileira, a escola pública deve

garantir a educação para todos, promovendo a posse sistemática do saber

científico historicamente produzido pelos homens tendo em vista as

experiências de vida e da realidade social daqueles a quem deve educar.

Cabe à escola ainda, desenvolver a consciência crítica dos alunos,

introduzindo-os na atualidade histórica e social de sua época,

possibilitando-lhes uma atuação consciente na transformação social.

Portanto, a função social e política da escola pública de qualidade é

a formação do cidadão participativo, responsável, crítico e criativo Essas

condições ocorrem por meio da apropriação, re-elaboração, construção

de conhecimentos, da socialização e da herança cultural acumulada. No

Page 39: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

entanto, a escola não deve ser vista como redentora da sociedade.

Conforme PARO:

Pretender que a escola se constitua na grande equalizadora social, ou no lugar por excelência de onde irradiará a revolução social, é incorrer no equívoco de imputar à uma instituição, apenas aquilo que é função da sociedade como um todo. Igualmente equivocada é a atividade de negar à escola qualquer papel na transformação social, esperando que a sociedade mude para mudar a escola. (l993, p. 113)

Com isso, a escola poderá contribuir para transformações das

relações sociais, juntamente com outras instituições, se mudanças

profundas ocorrerem em suas estruturas. Uma das condições iniciais para

esse fenômeno é a superação das relações autoritárias começar por meio

da participação coletiva.

A luta em defesa da escola pública, gratuita e universal

fundamenta-se no princípio da democratização da educação que implica

na socialização do saber, na garantia do acesso e permanência do aluno

na escola, na democratização da escola, na melhoria da qualidade do

ensino e a valorização dos profissionais da educação, através da melhoria

de sua qualificação.

Dentre os princípios de democratização da educação analisamos a

Gestão Democrática como um processo de permanente reflexão e

discussão dos problemas da escola, para que haja a busca de soluções

viáveis. Para que se efetive o processo de democratização da gestão, a

escola precisa repensar e reorganizar seus tempos e espaços,

estabelecendo formas coletivas de co-participação e compromisso de toda

comunidade escolar envolvida no processo educativo (PARO, 1993).

Page 40: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Sendo assim, as atividades não podem se limitar às discussões

administrativas na instituição educacional, mas devem estender-se à

discussões abertas, envolvendo-a toda comunidade escolar: o diretor, a

equipe pedagógica, o professor, o aluno, os funcionários e pais. A escola

pública se torna então, espaço possível de construção de um projeto

democrático, pois é nela que estão inseridos os filhos dos trabalhadores,

assegurados pelo direito de acesso à educação escolar. Porém, outro

grande desafio é garantir a permanência desses na escola:

Estudos têm demonstrado que a evasão escolar pode ocorrer por diversos motivos, dentre eles estão as repetências constantes, a necessidade do trabalho infantil para compor a renda familiar, a pobreza e a falta de comida em casa, a longa distância entre a escola e a casa, a falta de transporte, a falta de uniforme e material escolar, que dificultam a ida à escola todos os dias, além de motivos de ordem mais social, como abuso sexual, dentro e fora de casa, ou até mesmo na escola; exploração sexual, a violência física ou psicológica com a criança ou entre seus familiares, o abuso físico e/ou psicológico na escola e/ou em casa, a não valorização do ensino por parte dos adultos, o casamento e/ou gravidez precoces, o uso e tráfico de drogas, a falta de segurança na localidade ou próximo à escola, brigas de gangues e dificuldades no acompanhamento dos conteúdos curriculares. (Missão Criança, in FICA, p.2)

A escola deve criar mecanismos de participação coletiva que

transformem as relações de poder, possibilitando a todos os segmentos

da sociedade escolar a participação nas decisões administrativo-

pedagógicas. Entre essas ações, cabe destacar as eleições diretas para

diretores, o fortalecimento dos conselhos escolares, a implantação do

Projeto Político Pedagógico, a elaboração do regimento escolar, a

superação do funcionamento burocrático, fragmentado, verticalizado e

centralizado nos sistemas de ensino.

Os governantes têm promovido programas que visam assegurar o

acesso e permanência dos alunos na escola e a melhoria da qualidade do

Page 41: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ensino, como: Merenda Escolar, Programa Nacional do Livro Didático,

Dinheiro Direto para as Escolas, Transporte Escolar, Bolsa Escola, FICA.

Programas como esses, muitas vezes financiados pelas agências

internacionais, visam promover as políticas educacionais e agir

indiretamente nas ações educativas através da avaliação de projetos.

Ao mesmo tempo em que percebemos que o governo compartilha

com a escola princípios de responsabilidade, a avaliação do sistema serve

como mecanismo de controle. Conforme diz GONÇALVES:

A autonomia proposta é um real perigo para o sistema público de ensino na medida em que representa uma dês-responsabilidade do Estado em relação à manutenção do ensino público, ao invés de significar uma democratização do poder do Estado. [...] se por um lado propõe a descentralização e certa autonomia na escola, por outro, ela mantém a idéia de que o Estado descentraliza mas faz o controle dos resultados, resultando daí todo o esforço e valorização em torno de tais e inumeráveis testes de avaliação para ver como está a qualidade das escolas. (1994, p.124-125)

Portanto, para democratizar a escola é necessário democratizar a

oferta da escola de modo que atenda a todas as camadas, sendo o Estado,

o responsável pelo oferecimento e manutenção da escola pública e

gratuita para todas as crianças e adolescentes em idade escolar.

Em meio à problemática vivida na educação - condições precárias das

escolas, em termos de falta de infra-estrutura, falta de condições para

desenvolver atividades pedagógicas, indignas condições salariais do

professor, a oferta de salas que nem sempre atendem a demanda da

população - o compromisso da escola é garantir o sucesso escolar por

meio de diversas estratégias. Para iniciar esse processo, condições

mínimas são necessárias:

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• Garantir número adequado de alunos por sala de aula. No máximo

35 alunos para o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e no máximo

40 alunos para o Ensino Médio;

• Valorizar o trabalho e a qualificação do professor;

• Ampliar o repasse de verbas do Poder Público para a educação;

• Ampliar recursos materiais para melhor desenvolvimento das

atividades pedagógicas;

• Avaliar os resultados, elaborar e implementar mudanças ´para

melhoria da qualidade da educação, expressa nos índices de

resultados obtidos nos últimos 3 anos (Tabelas 1, 2 e3).

Para atendermos a essas necessidades, utilizaremos uma proposta

que se baseia em um processo dialético e serve como eixo norteador para

a apropriação e reconstrução do conhecimento sistematizado,

evidenciando que todo conteúdo trabalhado na escola seja uma expressão

de necessidades sociais historicamente situadas. Logo, o conhecimento

do qual o indivíduo se apropria no meio escolar não é algo acabado, mas

sim dinâmico.

Sobre a função da educação, SAVIANI diz:

O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanizados e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo. (1997, p.17)

Page 43: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Temos como compromisso a disseminação do conhecimento numa

dinâmica de reflexão histórica que permite observar, analisar, conhecer,

compreender, refletir, interpretar e pensar criticamente a realidade da

sociedade em que vivemos, capazes de atuar como agentes

transformadores.

É importante ter sempre a preocupação de se considerar o nível de

compreensão do aluno, ouvi-lo para colher seu conteúdo, tomando como

partida para reflexão de suas próprias experiências e de outras situações

reais. Ou seja, é preciso que no cotidiano, o professor estabeleça uma

relação de diálogo e crie situações que eles possam expressar aquilo que

já sabem. Enfim é necessário que o professor se disponha a ouvir e notar

as manifestações dos alunos.

Portanto, ao professor cabe interferir na aprendizagem do aluno,

em razão de sua maior experiência, conhecimentos técnicos e teóricos.

Logo, o professor é o de mediador, possibilitador e intervencionista. O

aluno, enquanto aprendiz, constrói o seu conhecimento, confrontando sua

experiência com os conteúdos apresentados pelo professor, através de

suas interações sociais e também das trocas estabelecidas com seus

semelhantes.

Na perspectiva de Vygotsky, construir conhecimentos implica numa

ação compartilhada, já que é por meio dos outros que as relações entre

sujeito e objeto de conhecimento são estabelecidas. O paradigma

esboçado sugere, assim, um redimensionamento do valor das interações

sociais (entre os alunos e o professor e entre alunos) no contexto escolar.

Essas interações são entendidas como condições necessárias para a

produção de conhecimentos por parte dos alunos.

Essa perspectiva de ensino-aprendizagem está acordada com a

tendência pedagógica histórico-crítica que prevê que a escola deve

Page 44: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

assumir, por meio do ensino e da aprendizagem do conhecimento

acumulado pela humanidade, a responsabilidade de dar ao aluno o

instrumental para que ele exerça uma cidadania mais consciente, crítica

e participante.

Uma pedagogia que procura propiciar aos estudantes acesso e

contato com conhecimentos culturais básicos e necessários para uma

prática social viva e transformadora não é indiferente ao que ocorre no

interior da escola. Os métodos previstos para uma prática condizente com

uma pedagogia histórico-crítica estimularão a atividade e iniciativa dos

alunos sem abrir mão da iniciativa do professor; favorecerão o diálogo

dos alunos entre si e com o professor, valorizando também o diálogo com

a cultura acumulada historicamente; levarão em conta os interesses dos

alunos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, sem

perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua

ordenação e gradação para efeitos do processo de transmissão-

assimilação dos conteúdos cognitivos. (SAVIANI, 1997).

O confronto de pontos de vista divergentes implicam na divisão de

tarefas, quando cada um tem uma responsabilidade que, somadas,

resultarão no alcance de um objetivo comum. O professor pode promover,

no cotidiano das salas de aula, a expressão de pontos de vista

divergentes. Porque, como diz REGO:

... a heterogeneidade, a característica presente em qualquer grupo humano, passa a ser vista como fator imprescindível para as interações na sala de aula. Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias pessoais, contexto familiares, valores e níveis de conhecimentos de cada criança (e do professor) imprimem ao cotidiano escolar e possibilidades de troca de repertórios, de visão de mundo, confrontos, ajuda mútua e conseqüentemente ampliação das capacidades individuais. (p.110, 1995)

Page 45: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Para isso, a didática do professor deve responder às necessidades

dos alunos, não só de aprendizagem, mas também de participação,

compromisso social, ludicidade, etc. O professor comprometido

politicamente com a aprendizagem do aluno da escola pública, em cada

etapa (aspecto do currículo) planeja seu trabalho em função dos fins

pretendidos e da realidade concreta que os determina. Toda ação deve

ser acompanhada de reflexão.

Com isso, o planejamento passa a ser um ato político. Planejar

sempre, atividades significativas e eficientes em termos dos objetivos que

se quer alcançar, proporcionando aos alunos a ampliação de seus

conhecimentos.

Para que os profissionais da educação, possam desenvolver bem o

seu trabalho, se faz necessária a valorização dos mesmos, garantindo:

hora-atividade, cursos, palestras, seminários e espaço para as reuniões

pedagógicas.

Além disso, conforme diz REGO:

Para que o professor possa desempenhar com competência sua função, é preciso que, além de melhores condições salariais e de trabalho, ele também seja escutado. Os professores têm idéias, hipóteses, princípios explicativos e conhecimentos ( baseados na sua experiência de vida e na sua trajetória como aluno e profissional) que, quando revelados, podem oferecer importantes pistas e subsídios na busca de novos modos de ação junto a eles (p.117, 1995).

Outro aspecto importante da prática educativa é a avaliação1, pois

esta só tem sentido se tiver como ponto de partida e ponto de chegada o

processo pedagógico para que, identificadas as causas do sucesso ou do

fracasso, sejam estabelecidas estratégias de enfrentamento da situação.

Em geral, a avaliação pode ser diagnóstica ou classificatória. A avaliação

1 O tema Avaliação é desenvolvido no item 8 deste projeto.

Page 46: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

diagnóstica pode levar o professor e seu aluno definir os pontos fracos e

encaminhar soluções para o processo ensino-aprendizagem. Já a

avaliação classificatória, como o próprio termo define, apenas classifica o

aluno. A crítica que se faz é que, com freqüência, na escola se adota

apenas a avaliação classificatória. (LUCKESI, 2000)

É necessário considerar que a diferença entre abordagem

classificatória e diagnóstica em avaliação parece estar ligada mais a uma

mudança de atitude do que de instrumentos. Em uma abordagem

diagnóstica, trata-se de concebê-la de forma dialética, como diálogos

constantes entre avaliadores e avaliados, a partir do qual avança-se na

construção do conhecimento e no crescimento de alunos e professores.

Page 47: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

7 Concepções que nortearão as práticas escolares

O marco conceitual do Projeto Político Pedagógico busca expressar

as concepções de homem, sociedade, trabalho, educação, cultura, ciência

e tecnologia. Os conceitos aqui expressos definem as visões do coletivo do

Colégio Estadual Presidente Kennedy discutidas em reuniões, à luz das

teorias contemporâneas e progressistas, relacionadas aos pressupostos

que fundamentam a educação.

Nesta perspectiva, concebemos o homem como um ser natural e

social. Para sobreviver ele precisa relacionar-se com a natureza, já que

dela provêm as condições que lhe permitem perpetuar-se enquanto

espécie. Na busca das condições para a sua sobrevivência, o ser humano

atua sobre a natureza transformando-a segundo suas necessidades e para

além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas

relações em determinado momento histórico, assim, acumula

experiências e em decorrência dessas, ele produz conhecimentos que são

produzidos e transmitidos de geração a geração. A transmissão dessas

experiências e conhecimentos se dá por meio da educação e da cultura.

Ao alterar a natureza, o homem altera a si mesmo. A interação

homem-natureza é um processo permanente, de mútua transformação e

se constitui no processo de produção da existência humana. Sua ação é

intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens

materiais e não-materiais que são apropriados de diferentes formas pela

humanidade.

O processo de produção da existência humana é um processo social,

sendo assim, o ser humano não vive isoladamente, ao contrário, depende

de outros para sobreviver. Existe interdependência dos seres humanos

em todas as formas da atividade humana, sejam quais forem suas

Page 48: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

necessidades, desde a produção de bens até a elaboração de

conhecimentos, costumes, valores. Essas necessidades são criadas,

atendidas e transformadas a partir da organização e do estabelecimento

de relações entre os homens.

Na base de todas as relações humanas, determinando e

condicionando a vida, está o trabalho, uma atividade intencional que

envolve formas de organização, objetivando a produção dos bens

necessários à vida humana. Essa organização implica uma dada maneira

de dividir o trabalho necessário à sociedade, ao mesmo tempo em que o

condiciona. A forma de dividir e organizar o trabalho determina também

a relação entre os homens na organização política e social, sobretudo

quanto à propriedade dos instrumentos e materiais utilizados e à

apropriação do produto do trabalho.

Nesta perspectiva, é preciso entender o trabalho como ação

intencional, do homem em suas relações sociais, dentro da sociedade

capitalista, na produção de bens. Assim, é preciso compreender que o

trabalho não acontece de forma tranqüila, já que está impregnado de

relações de poder.

O desenvolvimento do homem e de sua história não depende de um

único fator. Seu desenvolvimento ocorre a partir do suprimento de suas

necessidades materiais, da forma de satisfazê-las, da forma de se

relacionar para tal e das idéias produzidas. Nesse processo do

desenvolvimento humano multideterminado, que envolve inter-relações e

interferências recíprocas entre idéias e condições materiais, a base

econômica é o determinante fundamental.

A sociedade em que vivemos estrutura-se em classes, com

diferentes ideologias, histórias e culturas; uma sociedade capitalista, na

qual a maioria dos indivíduos não tem acesso ao desenvolvimento, tendo

Page 49: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

poucas oportunidades sobre a ação social.

As condições econômicas em sociedades baseadas na propriedade

privada resultam em grupos com interesses conflitantes, com

possibilidades diferentes no interior da sociedade, ou seja, resultam num

conflito entre classes. Em qualquer sociedade onde existem relações que

envolvem interesses antagônicos, as idéias refletem essas diferenças. E,

embora acabem por predominar aquelas que representam os interesses

do grupo dominante, a possibilidade de se produzir idéias que

representam a realidade do ponto de vista de outro grupo, reflete a

possibilidade de transformação que está presente na própria sociedade.

Como em muitas das instituições escolares públicas - senão todas -

no Colégio Kennedy vivemos as evidências e conseqüências desse

conflito. Apesar da diversidade e especialmente em função dela, a luta

diária pela transformação se faz. Alunos - social e economicamente

carentes - travam batalhas, juntamente com a comunidade escolar, pelas

mudanças desejadas e merecidas.

Segundo SAVIANI (1992), o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender

as leis que regem o desenvolvimento da sociedade. Estas leis não são

naturais, mas sim históricas, ou seja, são leis que se constituem

historicamente.

Para a sociedade que queremos, faz-se necessário proporcionar

ações que contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos,

viabilizando uma sociedade mais esclarecida, que tenha conhecimento do

seu processo histórico e compreenda que as relações que ocorrem entre

os indivíduos não são naturais, mas sim construídas historicamente. Uma

sociedade que busca construir oportunidades de participação efetiva de

todos os indivíduos que a compõem. Ainda, uma sociedade que combata o

Page 50: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

individualismo que gera conformismo. Uma sociedade em que vigore e

valorize o ser e não o ter.

Dentre as idéias que o homem produz, parte delas constitui o

conhecimento referente ao mundo. O conhecimento humano, em suas

diferentes formas (senso comum, científico, tecnológico, filosófico,

estético, etc) exprime as condições materiais de um dado momento

histórico.

O conhecimento é construído por meio das relações de trabalho dos

homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de produção,

gerando uma concepção de homem, ideologia, cultura e sociedade. Como

uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no decorrer da

sua história, a ciência é determinada pelas necessidades materiais do

homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo em que nelas

interfere.

A ciência caracteriza-se pela necessidade do homem de explicar,

através de métodos, os fatos observados, de forma sistematizada. É a

tentativa do homem entender e explicar racionalmente a natureza,

buscando formular leis que, em última instância, permitam a atuação

humana.

Tanto o processo de construção de conhecimento científico quanto

seu produto expressam o desenvolvimento e a ruptura ocorridos nos

diferentes momentos da história. Em outras palavras, os antagonismos

presentes em cada modo de produção e as transformações de um modo

de produção a outro, são transpostos para as idéias científicas elaboradas

pelo homem.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para

reproduzir ou transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento

científico é produzido, mas em geral, está a serviço de interesses

Page 51: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

políticos, econômicos e sociais da classe dominante, não acessível à

totalidade da população.

O conhecimento acadêmico é fruto de disputas políticas. Portanto,

estudar a produção científica de cada área é conhecer não apenas o que

está sendo produzido, mas quais são as principais discussões e disputas

que se processam no espaço acadêmico e compreender sua historicidade,

ou seja, porque estas questões estão sendo postas neste momento

histórico e qual o contexto em que surgem. A ciência não é neutra; ela é

produzida em torno de discordâncias e disputas.

O conhecimento acadêmico é transformado em conhecimento

escolar ao adentrar a escola, adquirindo objetivos próprios. A

incorporação dos avanços da ciência e da tecnologia aos programas

escolares deve passar pelo estudo do caráter histórico da produção do

conhecimento. Cabe à escola socializar e, possibilitar a apropriação deste

conhecimento pelos educandos, representantes da classe trabalhadora,

permitindo aos mesmos, reconhecer e defender seus interesses.

A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos

saberes científicos produzidos pela humanidade e permitir que os

estudantes desvelem a realidade. Esse processo é indispensável para que

não apenas conheçam e saibam o mundo em que vivem, mas com isso

saibam nele atuar e transformá-lo.

O Colégio Presidente Kennedy, acordado com o ideal acima

expressado, busca entre seus profissionais, disseminar esse ideal,

apoiando iniciativas que promovam o acesso amplo e aprofundado, na

medida do possível, a seus alunos. Portanto, deste Colégio se espera a

disseminação do conhecimento dinâmico pela troca de experiências, que

busque inovações, que saia da rotina, que instigue o aluno a ousar, pôr

em prática o conhecimento científico mediado pela escola. Nessa

Page 52: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

perspectiva, o aluno constrói seu senso crítico e sua autonomia,

manifestando nas atitudes o conhecimento adquirido.

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos

homens que os situa dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o

mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações

de trabalho. De acordo com Demerval Saviani, a ”educação é um

fenômeno próprio dos seres humanos, o que significa afirmar que ela é,

ao mesmo tempo, uma experiência do e para o processo de trabalho, bem

como é ela própria, um processo de trabalho” (SAVIANI, 1992, p. 19).

Pretendemos uma educação voltada para a transformação social,

sendo essa libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando

um conhecimento científico, político e cultural, visando formar um

cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres, preparado para a

vida. Um indivíduo capaz de interagir com o outro e com o meio ambiente

de forma equilibrada.

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de

significação, é cultural. A cultura é resultado de toda a produção e,

segundo Saviani, “para sobreviver o homem necessita extrair da

natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer

isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um

mundo humano, o mundo da cultura” (SAVIANI, 1992, p. 19).

Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis as manifestações e

expressões culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de

formas culturais produzidas e veiculadas pelos meios de comunicação de

massa, nas quais aparecem de forma destacadas as produções culturais

em sua dimensão material e não-material da classe dominante.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade

precisa contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas a

Page 53: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

concepção de cultura. Na escola, em sua prática há a necessidade da

consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua função

de trabalhar as culturas populares de forma a levá-las à produção de uma

cultura erudita, como afirma Saviani, “a mediação da escola, instituição

especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber

sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel

político fundamental” (SAVIANI, 1995, p. 20).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular

e erudita, cabe à escola aproveitar essa diversidade existente para

conhecer e vivenciar o multiculturalismo, que vise a transformação do ser

humano, da sociedade e do mundo. Não existe uma cultura inferior ou

superior a outra, o que temos é uma diversidade cultural que precisa ser

aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser humano.

No contexto educacional, a tecnologia deve ser entendida como

uma ferramenta sofisticada e alternativa, pois a mesma pode contribuir

para o aumento das desigualdades, ou para a inserção social se vista

como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o

conhecimento em todas as áreas. É necessário continuar lutando pela

escolarização como um bem público, contra a domesticação política,

contribuindo para que a educação em geral e o currículo, em particular,

se constitua numa efetiva base para que os mais desfavorecidos tenham,

tomem e transformem a própria concepção de poder.

Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação

tecnológica não será suficiente para o acesso de todos à escola, sem que

haja uma vontade e ação política possibilitando investimentos para que

esses recursos tecnológicos (elementares e sofisticados) existam e

possam contribuir para o desenvolvimento do pensar. Os recursos

tecnológicos podem estabelecer relações entre o conhecimento científico,

tecnológico e histórico-social, possibilitando que o indivíduo passe a

Page 54: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

pensar sobre a realidade em que se encontra, tornando-se cidadão

consciente.

A cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo

adquire quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra.

Nessa dinâmica do pensar, a escola exerce um papel fundamental, bem

como, todos os profissionais que nela se encontram inseridos.

De acordo com Leonardo Boff, “cidadania é um processo histórico-

social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de

organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de

deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico,

plasmador de seu próprio destino” (BOFF, 2000, p. 51). Sendo assim, a

formatação da cidadania acontecerá quando o indivíduo conseguir sair do

conformismo em que se encontra, onde o poder público assume um papel

paternalista/assistencialista e o indivíduo o papel de dependência desse

sistema. Para atingir o objetivo de construir uma escola democrática,

igualitária, participativa, formativa e crítica, é necessária a concepção de

uma cidadania plena e consciente dos direitos e deveres atribuídos a

todas as pessoas.

Page 55: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

8 Concepção de Avaliação

Estudos desenvolvidos por autores como CANDAU e OSWALD

(1995) demonstram que, por um longo tempo o processo de avaliação foi

interpretado exclusivamente em sua dimensão técnica: tratava-se de

otimizar instrumentos de teste, técnicas de elaboração de questões

avaliativas, conversão de resultados em conceitos ou notas e assim por

diante. Não se questionava o peso das expectativas docentes no próprio

ato de avaliar, ou o impacto da diversidade dos universos socioculturais

dos alunos em seu desempenho.

Em contrapartida, estudos posteriores passaram a denunciar os

efeitos perversos do processo avaliativo. Estes apontavam para o caráter

de reprodução das desigualdades sociais que ele ajudava a

consubstanciar. Nesse sentido, sob uma capa de neutralidade técnica, a

avaliação estaria, na verdade, trabalhando a favor das classes

dominantes, uma vez que expulsaria aqueles alunos cujo universo

sociocultural não correspondia aos valores dominantes transmitidos na

escola.

Os anos 80 e 90 trouxeram estudos de avaliação que buscam

justamente superar essa visão limitadora. Autores como PERRENOUD

(1999), VASCONCELOS (2002a), LÜDKE e MEDIANO (1992), LUCKESI

(2000) e outros, buscam identificar no dia-a-dia dos rituais e práticas da

avaliação as expectativas docentes que as fundamentam, as tensões e

contradições nelas presentes. Desse modo, tentam captar pistas para a

reflexão crítica, buscando a transformação da realidade do fracasso

escolar.

Uma das principais conclusões desses estudos é que, como tem sido

feita, a avaliação restringe-se à função de classificação, pois se reduz a

um momento final do processo de ensino-aprendizagem e limita-se a

Page 56: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

categorizar o aluno em termos de nota. A grande preocupação do

professor é saber quanto o aluno merece e, a do aluno, é saber quanto

precisa para passar de ano. Grande parte das idéias acerca da questão da

nota e da reprovação sugere insegurança dos professores perante uma

forma alternativa de avaliação. (VASCONCELLOS, 2002b)

Assim, uma cultura avaliativa invade o dia-a-dia da escola, como

uma “rede" que se estende desde as salas de aula até as salas da direção,

coordenação, orientação e culmina em conselhos de classe, nos quais a

seleção dos “aprovados e reprovados" encontra seu ponto final. Buscar

formas alternativas de avaliação significa, antes de tudo, buscar entender

os pressupostos, a base desses procedimentos de avaliação

classificatória, denunciando os elementos ideológicos que o informam.

Significa, ainda, compreender a cultura da avaliação sob nova

perspectiva. (LUDKE e MEDIANO, l992)

Na avaliação classificatória, ignora-se o dinamismo do

conhecimento produzido pelo homem, particularmente no contexto das

grandes transformações científicas e tecnológicas deste final de milênio.

Ignora-se também, a importância de favorecer uma perspectiva de

investigação e questionamento constantes, essenciais para o avanço

desse mesmo conhecimento. Ao mesmo tempo, uma concepção estática

do conhecimento e de sua avaliação ignora que uma aprendizagem

significativa só ocorre quando aquilo que se ensina relaciona-se aos

conhecimentos prévios dos alunos. Estes devem ser interpretados não

como objetos passivos, mas como sujeitos portadores de visões de mundo

e padrões sócio-culturais específicos, que demonstram seu modo de

pensar e de situar-se no mundo.

A avaliação transformadora não se limita ao momento final do

processo: ela o acompanha em sua trajetória de construção cotidiana.

Busca identificar os padrões culturais dos alunos que chegam às escolas e

Page 57: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

os elementos necessários para ampliar esses padrões, através de uma

relação de diálogo no dia-a-dia das práticas de ensino.

A avaliação diagnóstica servirá de ajuda ao processo de ensino-

aprendizagem: fornecerá aos professores elementos que permitam

identificar os conhecimentos prévios dos alunos, bem como os pontos

críticos para que se avancem na construção do conhecimento, tendo em

vista um projeto de escola não excludente.

Na perspectiva da diversidade sócio-cultural de nossos alunos,

KRAMER (1995), CANEN & MOREIRA, (1999) propõem um projeto para

a escola democrática que a avaliação diagnóstica ajudaria a construir:

aquela que incorpore as diferenças combatendo a desigualdade, a

descriminação, a exclusão. Portanto, aquela em que a avaliação seja

compreendida como diagnóstico, isto é, pesquisa, reflexão crítica sobre

os ajustes e reajustes de rota para que o diálogo com as culturas dos

alunos se concretize.

No contexto escolar, a avaliação deve centrar-se na forma como o

aluno aprende, sem descuidar da qualidade do saber. A aprendizagem se

dá numa construção pessoal do sujeito que aprende, influenciada tanto

pelas características pessoais quanto pelo contexto social. Com tal

abrangência, a avaliação deve ser contínua, formativa, na perspectiva do

desenvolvimento integral do aluno, com objetivo de detectar e evitar

problemas de aprendizagem. Uma avaliação diagnóstica bem feita pode

identificar as possíveis causas de fracassos ou dificuldades de alunos e

professores e indicar caminhos para maior qualificação da aprendizagem.

A avaliação deve configurar-se como uma prática de investigação do

processo educacional e como meio de transformação da realidade escolar

partindo da observação, da análise, de reflexão crítica sobre a

realidade/contexto. Esse processo exige o envolvimento, o

Page 58: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

comprometimento e a responsabilidade de todos no processo de

avaliação, onde estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas

de ação para os processos de ensino e da aprendizagem, na construção

de uma educação transformadora, cidadã e responsável socialmente. De

acordo com Cipriano Luckesi, “a prática da avaliação nas pedagogias

preocupadas com a transformação deverá estar atenta aos modos de

superação do autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia do

educando, pois o novo modelo social exige a participação democrática de

todos”. (LUCKESI, 2002, p. 32).

A avaliação democrática é aquela que não exclui o educando, mas o

inclui no círculo da aprendizagem. É o diagnóstico que permite a decisão

de direcionar ou redirecionar o processo de ensino e aprendizagem. Para

que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e

realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica preocupada

com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente

do conhecimento.

Pensar em mudanças na prática avaliativa é partir para novos

rumos, inovar o ensino-aprendizagem, pensar na forma que ensinamos, a

quem ensinamos e porque ensinamos para chegar no como avaliar, quem

avaliar e para que avaliar. Instrumentos diversos podem ser utilizados em

avaliação diagnóstica de acordo com a criatividade e a sensibilidade dos

docentes e os recursos disponíveis em sua realidade. Provas, testes,

questionários, roteiros de observação e de entrevista com alunos e pais

de alunos, projetos que busquem caracterizar o universo sócio-cultural

daqueles que freqüentam a escola, podem perfeitamente subsidiar o

processo de ensino-aprendizagem em uma perspectiva transformadora.

Com isso, a avaliação servirá para verificar a apropriação do

conhecimento por parte do aluno. O ensino, aprendizagem e a avaliação

não são momentos separados, acontecem de forma contínua em interação

Page 59: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

permanente. Os objetivos devem ser bem claros e os conteúdos

selecionados pelo seu grau de importância para a vida do aluno. A

avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem, deve

ser incorporada às atividades normais da sala de aula, envolvendo os

alunos no processo chamado de auto-avaliação.

A avaliação não pode limitar-se apenas na etapa final de uma

determinada prática. Ela deve estar sempre presente, indicando o

caminho a seguir. Quando se constata que o aluno não aprendeu o que foi

ensinado, o professor deve rever os programas, retificá-los, repensar a

metodologia, descobrir falhas no processo, buscar outros caminhos,

lançar novas indagações e, partir para novas práticas em busca de

melhores resultados. Mudar a avaliação não é tarefa simples e fácil,

porém é imprescindível.

Para transformar a prática avaliativa, é necessário questionar a

educação desde suas concepções, seus fundamentos, sua organização,

suas normas burocráticas. Esse questionamento ocorre neste Colégio na

Equipe Pedagógica, entre professores e equipe, assim como, entre

professor e seus pares, em reuniões formais e informais. Com isso,

buscamos atingir os objetivos de uma avaliação também transformadora.

Esse exercício (pensar a avaliação) implica, muitas vezes, em mudanças

conceituais, redefinição de conteúdos, das funções docentes e discentes,

entre outros.

A transformação da avaliação abrirá caminhos para a construção de

novas possibilidades e de novas questões. Será mais um meio para fazer

avançar o processo de ensino-aprendizagem, garantindo a qualidade

social do ensino. Sendo assim, é necessário pensar em conjunto,

envolvendo todos os interessados para propor uma reestruturação interna

da escola, quanto a sua forma de avaliar e se efetivar a aprendizagem.

Para Celso Vasconcellos, “os educadores devem se comprometer com o

Page 60: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

processo de transformação da realidade, alimentando um novo projeto

comum de escola e sociedade” (VASCONCELLOS, 1994, p. 85). Assim, o

educador estará consciente que seu trabalho servirá para construir uma

sociedade mais humana e mais justa, onde o direito do saber não

pertence só a uma determinada classe de pessoas.

Neste Colégio adota-se uma avaliação dentro das disposições

orientadas como regras comuns ao Ensino Fundamental e Médio,

previstas na LDB 9394/96, Art. 24, Inciso V e Deliberação nº 007/99,

avaliação esta, contínua, cumulativa e diagnóstica, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

8.1 Diretrizes para práticas avaliativas da Instituição Escolar

A avaliação como projeto só se inicia quando todos os membros da

comunidade escolar se mobilizam para reflexões. A volta ao estudo, a

disciplina, a busca de conhecimentos sobre Homem e a Sociedade,

constitui-se na primeira exigência para dar novos rumos às avaliações e,

correlatamente aspiram e realizam uma nova organização social, uma vez

que a avaliação só tem função social quando está intimamente vinculada

a um projeto de vida para os Homens.

As diretrizes para práticas avaliativas desta Instituição Escolar

(Colégio Estadual Presidente Kennedy) é estabelecida de acordo com

orientações da SEED e discussões feitas coletivamente no início do ano

letivo de 2006 a partir de debates com todos os segmentos da

comunidade escolar com vistas a otimizar a qualidade do ensino por essa

Instituição Escolar.

8.2 Sistema de avaliação deste estabelecimento de ensino

Page 61: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

O sistema de avaliação deste Estabelecimento de Ensino está

fundamentado na Deliberação Nº 007/99 que determina as Normas

Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar, Recuperação de

Estudos e Promoção de alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em Nível

do Ensino Fundamental e Médio e consta no Regimento Escolar

obedecendo a legislação vigente.

Critérios de Avaliação da Aprendizagem:

• A avaliação será contínua, permanente e cumulativa2.

• Serão utilizados técnicas e instrumentos diversificados.

• O aluno será avaliado em diferentes oportunidades.

• Deverá preponderar o aspecto qualitativo da aprendizagem,

considerando-se a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade

dos conteúdos.

• Dar-se-á maior importância à atividade crítica, à capacidade de

síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

• Serão utilizados procedimentos que assegurem a comparação com

os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a

comparação dos alunos entre si.

• Serão considerados os resultados obtidos durante o período letivo,

num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los,

expressando a totalidade do aproveitamento escolar.

• Os resultados da avaliação serão expressos em notas de 0, 0 a 10, 0

(zero a dez vírgula zero)

• A nota do semestre será resultante da somatória dos valores

atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores

cumulativos em várias aferições, na seqüência e ordenação de

conteúdos.

Para melhor desenvolvimento da avaliação sócio-afetiva há

2 No que se refere a conteúdos e notas.

Page 62: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

necessidade de se melhorar tanto a formação dos educadores

(capacidade de observar, de analisar, melhor conhecimento de psicologia

do desenvolvimento e da aprendizagem, etc.), quanto suas condições de

trabalho (nº de alunos por classe, tempo para contato pessoal com os

alunos, tempo para elaboração de relatórios, organização de conselhos de

classe mais legitimados, etc.).

A avaliação do ensino de Educação Física e de Arte, adota

procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural

do aluno.

Critérios para recuperação dos estudos:

Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada a

recuperação de estudos de forma paralela, ao longo da série ou período

letivo. A recuperação de estudos será planejada, constituindo-se num

conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às

dificuldades dos alunos.

Na recuperação de estudos o professor considera a aprendizagem

do aluno no decorrer do processo e, para aferição do semestre, entre a

nota da avaliação e da recuperação, prevalecerá sempre a maior.

Plano de Recuperação Paralela:

O direito à educação não se restringe ao acesso e permanência do

aluno na escola, mas também à aquisição do conhecimento com sucesso e

conseqüentemente a terminalidade escolar.

Na tentativa de reverter os altos índices de reprovação e evasão escolar,

os professores buscam novas metodologias e mudanças de postura em

Page 63: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

sala de aula para que a escola se torne mais atuante e criativa.

A escola existe para a promoção. Substitui-se, deste modo, a avaliação

classificatória pela avaliação contínua, diagnóstica, cumulativa e

construtiva.

Proporcionar ao aluno condições de apropriar-se dos conteúdos

trabalhados no semestre;

Retomar os conteúdos que não foram apropriados através de uma

metodologia diferente e fazer a reavaliação;

Recuperar os objetivos não alcançados durante o semestre.

A recuperação paralela se processará de várias formas, como:

• Roteiro de estudos;

• Pesquisa;

• Produção de texto;

• Coleta de informações em jornais e revistas;

• Atividades em grupo;

• Seminários;

• Lista de exercícios variados;

• Trabalhos de pesquisa com exposição oral para a turma;

• Revisão das provas escritas, com a classe, chamando a atenção

para o erro;

• Testes escritos.

Processo de Classificação e Reclassificação:

A classificação será realizada através de:

• Promoção – alunos que cursaram com aproveitamento a série

Page 64: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

anterior na própria escola;

• Por transferência – para alunos procedentes de outras escolas do

país ou do exterior;

• Independentemente de escolarização anterior – mediante avaliação

feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e

experiência do candidato e permita sua inscrição na série

adequada.

A reclassificação será feita através da avaliação do grau de

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as

normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos

compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do

que se registre no seu histórico escolar.

Page 65: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

9 Princípios da Gestão Democrática

A gestão escolar é o processo que rege o funcionamento da escola,

compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões pedagógicas e

administrativas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar

que é o conjunto constituído pelos profissionais da educação, alunos, pais

ou responsáveis e funcionários que participam da ação educativa na

escola.

A administração escolar pautada pelo autoritarismo em suas

relações e pela ausência de participação dos diversos setores da escola e

da comunidade não combina, não condiz com uma concepção de

sociedade democrática. E para que a gestão democrática se efetue é

preciso que todos os envolvidos da comunidade escolar participe das

decisões que dizem respeito à organização e funcionamento da escola.

Portanto, lutar pela democratização da escola é implementar a luta pela

democratização da sociedade. Os objetivos de uma gestão escolar devem

estar acordados com os de uma sociedade democrática.(PARO, 1998).

Portanto, tendo presente o nosso comprometimento com a classe

menos favorecida, com uma educação pública, gratuita e de qualidade,

confirmamos o compromisso em trilhar o caminho pela eliminação da

dominação e das desigualdades sociais, respondendo com compromisso e

responsabilidade as exigências de qualidade e produtividade da escola

pública.

Assim, a gestão escolar, democrática e colegiada vai além da

simples participação e supõe formas específicas de organização de

instrumentos que viabilizem esse perfil de gestão como: a implantação do

Conselho Escolar atuante, órgão máximo de direção, com sentido

consultivo e deliberativo; a APMF que contribui com a tarefa de cobrar do

Page 66: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Estado condições para melhor qualidade da escola pública; a prestação

de contas de forma organizada e transparente e o Conselho de Classe

participativo que privilegia o sucesso dos educandos.

Page 67: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

10 Inclusão

A democratização do ensino pressupõe garantir a todos o direito de

participar do processo de escolarização. Para democratizar a educação,

há que se democratizar a oferta na escola, atendendo à diversidade das

demandas populares. Garantir escolarização de qualidade para todos

implica aceitar e valorizar a diversidade das classes sociais e do estilo de

cada indivíduo para aprender.

O poder público necessita fundamentar-se em pressupostos

democráticos que norteiem suas ações e garantam aos seus cidadãos o

direito à educação. Entende-se que, no âmbito da rede pública de ensino,

são inúmeros os desafios à efetivação de educação de qualidade para

todos, independente da diversidade em geral.

Neste Colégio, há um processo de inclusão de pessoas com

necessidades educacionais especiais. Aparentemente mais complexo, o

processo de inclusão de pessoas deficientes tem gerado também mais

dedicação dos profissionais envolvidos, especialmente na sensibilização

dos profissionais do ensino regular.

O surgimento das propostas inclusivas para os alunos deficientes

ingressarem na rede regular de ensino tem provocado mudanças na

compreensão e aceitação dos problemas das deficiências e mobilizado a

escola para se organizar diferentemente. Essas mudanças abrangem a

estrutura funcional, os princípios filosóficos e o projeto político-

pedagógico.

10.1 Inclusão Educacional

A idéia da educação inclusiva traz implícita uma série de mudanças

na maneira de conceber as pessoas com necessidades educacionais

Page 68: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

especiais. Essas mudanças devem ocorrer tanto no âmbito da organização

e estruturação dos serviços educacionais como da ação educativa

propriamente dita. O atendimento à pessoa com necessidades especiais

tem sido discutido e implementado no decorrer de nossa história. No

entanto, a abrangência, a forma e a intenção desse atendimento têm

mudado no decorrer dos anos.

O conceito de educação inclusiva teve início no Ano Internacional

das Pessoas Deficientes em 1981, a este ano seguiu-se a Década das

Nações Unidas para Pessoas Portadoras de Deficiência – 1983 a 1992.

Foi a partir da Conferência Mundial sobre Educação para Todos,

realizada em 1990, na cidade de Jontien, na Tailândia, que se

promulgaram os compromissos éticos e políticos, para assegurar

educação básica de qualidade para todas as crianças, adolescentes,

jovens e adultos, garantindo a democratização do ensino,

independentemente das diferenças particulares dos alunos.

Em Salamanca, na Espanha, em junho de 1994, organismos

internacionais firmaram o objetivo de promover educação para todos,

analisando as mudanças fundamentais de políticas necessárias para

favorecer o enfoque da educação integradora. Capacitando as escolas

para atender a todas as crianças, sobretudo as que são portadoras de

necessidades educacionais especiais.

A Declaração de Salamanca recomenda que as escolas se ajustem

às necessidades dos alunos, quaisquer que sejam suas condições físicas,

sociais e lingüísticas. Este documento é importante, no sentido de que

desafia a sociedade como um todo, a estabelecer um real processo de

inclusão. A educação da criança deve estar voltada para o

desenvolvimento e formação dessas faculdades, de forma que a interação

social seja o elemento mediador que desencadeará a elaboração dos

Page 69: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

processos cognitivos e psicológicos (UNESCO, 1994).

O desenvolvimento, portanto, não se realiza de maneira linear. Ele

depende de inúmeros fatores inerentes à condição humana, os quis

favorecem ou dificultam a apropriação e a percepção do mundo que a

rodeia. Nesse sentido, qual o modelo de escola que daria conta de educar

crianças com as mais variadas diversidades no desenvolvimento?

A resposta para a questão poderia ser: uma escola capaz de ensinar

a todos que nela estejam, restaurando-se a idéia de professor mediador

fazendo intervenções em sala de aula, com vistas a formar um cidadão

crítico, politizado, autônomo e apostando no desenvolvimento do homem.

Democratizar a escola implica viabilizar o conhecimento formal à maioria

das pessoas da comunidade na qual ela está inserida. Nesta concepção de

escola, a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais

está voltada ao atendimento de suas necessidades.

A luta pelo exercício da cidadania deve estar assentada na

informação, na participação, na conscientização em relação às

necessidades e possibilidades da pessoa com necessidade educativa

especial, seja ela temporária ou permanente, para que se possa defender

sua inclusão social.

Neste Colégio se oferece atendimento a pessoas com deficiência

visual, pois comporta um Centro de Atendimento Especializado ao

Deficiente Visual (CAEDV) e pessoas com dificuldades da aprendizagem

em duas Salas de Recursos (1ª a 4ªsérie e 5ª a 8ª série - Ensino

Fundamental).

Os serviços de Educação Especial, acima citados, têm por objetivo:

Page 70: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Desenvolvimento global das potencialidades dos alunos;

• Incentivo à autonomia, cooperação, espírito crítico e criativo da

pessoa portadora de necessidades educativas especiais;

• Preparação dos alunos para participarem ativamente no mundo

social, cultural, dos desportos das artes e do trabalho;

• Freqüência à escola em todo o fluxo de escolarização, respeitados

os ritmos próprios dos alunos;

• Atendimento educacional adequado às necessidades especiais do

alunado, no que se refere a currículos adaptados, métodos, técnicas

e material de ensino diferenciados, ambiente emocional e social da

escola favorável à integração social dos alunos, pessoal,

devidamente motivado e qualificado;

• Avaliação permanente, com ênfase no aspecto pedagógico,

considerando o educando em seu contexto biopsicosocial, visando a

identificação de suas possibilidades de desenvolvimento;

• Desenvolvimento de programas voltados à preparação para o

trabalho;

• Envolvimento familiar e da comunidade no processo de

desenvolvimento global do educando.

Os embates que envolvem a viabilização de um projeto de inclusão

vão além de todas as previsões. Acredita-se que, por mais que o assunto

seja debatido, em termos teóricos, ele precisa ser antes de tudo

assimilado e incorporado, enquanto princípios e enquanto postura

profissional. O compromisso do educador deve ser com a emancipação

humana de seus alunos.

A idéia de democratização do ensino para incluir todas as crianças

na escola e o ideal de uma escola de qualidade para todos não é

suficiente para garantir posturas coerentes de toda a comunidade

educacional, para receber os alunos com necessidades especiais.

Page 71: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

No ideário da escola democrática, dever-se-iam elaborar propostas

pedagógicas baseadas na interação com os alunos e reconhecer a

diversidade da clientela escolar, suas capacidades e necessidades, para

seqüênciar os conteúdos e adequá-los aos diferentes alunos que possui.

Não somente em função de receber ou não portadores de deficiências.

Todos os alunos merecem obter êxito nos estudos, têm o direito de serem

contemplados em suas necessidades e potencialidades. Só assim a escola

estará cumprindo sua função e viabilizando a educação de fato e de

direito.

A inclusão é considerada como possível no projeto político

pedagógico. No entanto, trata-se de um processo complexo, sujeito a uma

série de variáveis, em especial à mudança de concepções que atingem os

envolvidos no processo em tempos e espaços diferentes. O Colégio

Estadual Presidente Kennedy, neste projeto, pretende reafirmar esforços

em sair do plano teórico para a prática, coerente com os princípios que o

regem, ou seja, a garantia de acesso e permanência do aluno na escola,

qualidade de ensino e democratização do saber.

Com isso, se pretende identificar os mecanismos de ação com vistas à

remoção de barreiras à aprendizagem dos alunos com necessidades

educacionais especiais, assim como, subsidiar aos professores do ensino

regular e acompanhar os alunos que necessitam de recursos pedagógicos

diferenciados para aprender.

De acordo com a Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), o

currículo para alunos com necessidades educacionais especiais em

classes mais adiantadas devem incluir programas transacionais

específicos, apoio para ingressarem no ensino superior sempre que

possível e subseqüente treinamento profissional que os preparar para

atuar como membros contribuintes independentes após terminarem os

estudos.

Page 72: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Para que o aluno freqüente o Centro de Atendimento Especial para

alunos com Deficiência Visual ele deverá ser encaminhado através de um

laudo do oftalmologista, para posterior Avaliação Diagnóstica que

norteará o trabalho dos professores.

A Sala de Recursos representa uma modalidade integradora de

atendimento à criança que apresenta problemas com a aprendizagem

escolar.Caracteriza-se pelas alternativas de procedimentos didáticos

específicos, adequados às necessidades educacionais dos alunos.

O trabalho na Sala de Recursos é norteado pela filosofia do respeito

às diferenças individuais, bem como, no direito de cada um ter

oportunidades iguais, mediante atendimento diferenciado, respeitando o

ritmo de aprendizagem de cada aluno. Este trabalho é desenvolvido de

forma integrada com o professor no ensino regular.

Page 73: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

11 Planejamento Geral das Práticas Pedagógicas

O Colégio Estadual Presidente Kennedy, em consonância com o

contexto histórico no qual estamos inseridos, com a proposta de

Educação, de Sociedade e de Homem que desejamos e à luz dos

princípios norteadores desta proposta, propõe repensar a ação educativa

em relação a questões administrativas, pedagógicas e comunitárias que

responda às necessidades educacionais de nossa população.

Em termos pedagógicos, propomos refletir nossa prática com base

em referenciais teóricos e discussões que possibilitem o acesso a

informações sistematizadas sobre o processo de planejamento, os

conteúdos significativos e metodologia diversificada, sobre a avaliação,

disciplina, relação professor-aluno e ainda, quê concepção temos sobre o

conhecimento e sobre a aprendizagem do aluno. Neste Colégio alguns

projetos de enriquecimento curricular estão previsto para 2006, conforme

apresentado no Anexo 2.

Em termos administrativos, a gestão democrática tem conseguido

grandes avanços caracterizados por práticas transparentes e

participativas nas principais decisões. As diversas formas de participação

tem sido evidenciadas e encorajadas, o trabalho coletivo tem sido a tônica

do nosso fazer na escola. As ações e instrumentos que demonstram isso

se apresentam nas decisões coletivas, na prestação de contas, na ênfase

do trabalho do Conselho Escolar. O que tem dificultado, em alguns

momentos, essa prática são interesses individuais e particulares em

detrimento dos coletivos.

No âmbito comunitário, a relação escola comunidade tem ocorrido

via representantes pela APMF e Conselho Escolar. Ainda é um desafio

conseguirmos a participação da maioria dos pais nos eventos que a escola

Page 74: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

promove periodicamente relativos a: Mostra de Trabalhos dos alunos e

professores. As participações ocorrem nas reuniões ordinárias e

extraordinárias e nas reuniões do Conselho Escolar.

11.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar

11.1.1 Professor Pedagogo

A Coordenação Pedagógica, na sua nova concepção didática,

humana e administrativa deve ser entendida no seu aspecto crítico,

construtivo e vitalizador das ações educativas, colocadas a serviço dos

educadores e dos grupos de alunos e funcionários, tendo-se em vista seu

desenvolvimento e transformação para melhor. Cabe-lhe dessa forma, a

tarefa magna de planejar, acompanhar, avaliar e aperfeiçoar o curso de

tais ações, garantindo a eficiência do processo educacional e a eficácia

dos seus resultados.

A Coordenação Pedagógica tem relação com o desempenho dos

professores, com o nível de sua produção, com a riqueza de sua

contribuição e o seu sucesso depende do relacionamento que se

estabelece entre professor pedagogo e professor docente: no respeito à

personalidade do companheiro de trabalho, na justa valorização não só da

produção, mas no empenho com que ela se aplica, no suporte oferecido

no momento necessário em seu envolvimento nas ações como pessoa e

educador, na criação de um clima ao mesmo tempo de empatia,

segurança e estimulação.

É função da Equipe Pedagógica uma avaliação crítica e constante

do seu próprio desempenho. Na avaliação das decisões tomadas, das

conseqüências de suas ações, retoma-se, sempre que necessário o

planejamento de novas ações, em um esforço contínuo de

Page 75: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

aperfeiçoamento. Repensar a prática é, sobretudo, examiná-la nas

grandes funções em que se desdobra. É analisá-la desde o planejamento

curricular ao acompanhamento de sua execução, com tudo que

representa orientação e controle, à sua avaliação e ao seu

aperfeiçoamento, considerados os recursos humanos, materiais e técnicos

empenhados.

Hoje, é necessário que a Equipe Pedagógica se mostre aberta,

flexível, receptiva às inovações e às transformações no plano social,

científico e tecnológico. Compete à ela zelar por todos os meios para que

a flexibilidade, a abertura, o sentido da atualização e da renovação

estejam presentes nos planos e na prática educativa.

Toda a sua prática pedagógica é uma atividade essencialmente

cooperativa. Não basta prever e articular as ações. Isso de nada valerá se

as pessoas a quem estas ações estão confiadas não se articularem

também, porque é dividindo tarefas para todos, somando esforços, que se

diminui o dispêndio de energias e se amplia o resultado final.

O Colégio Presidente Kennedy - ambiente onde acontece o saber, a

cultura e a socialização - apresenta um espaço físico grande, de infra-

estrutura envelhecida, uma demanda de recursos humanos diversificados.

Seus três períodos abarcam uma população diversificada, necessitando,

assim, de um trabalho cuidadoso da Equipe Pedagógica.

Repensando o trabalho coletivo no interior do colégio, a Equipe

Pedagógica revê a história desta escola, num esforço para inová-la de

acordo com as necessidades e possibilidades. Para tanto, são necessários

o apoio da Direção Escolar, professores, funcionários, alunos e pais, para

que numa grande e forte equipe, conhecedora e ágil, possa agilizar as

tomadas de decisões conjuntas, problematizando a ação, reavaliando-a

para as buscas de mudanças em todo o ensino escolar e aprendizado

Page 76: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

discente. Então, sobre o professor-aluno, toda a atuação pedagógica se

desenvolverá refletindo o presente, reformulando o já passado, para

garantir o futuro da escola.

11.1.2 da Direção

Investindo numa educação de excelência e visualização de um

horizonte novo, que leve o educando a conquistar o espaço tão desejado

na sociedade, bem como incentivar os educadores na busca de um ensino

de qualidade, apresentamos nosso Plano de Ação. Priorizar o pedagógico

em tudo que diz respeito ao desenvolvimento intelectual do educando,

assim como, dar condições para que a equipe pedagógica, juntamente

com os professores planeje e execute com ampla liberdade seus projetos.

Estes são objetivos que beneficiam o aluno, pois visam, acima de tudo,

sua formação para o pleno exercício da cidadania. Para isso todas as

instâncias do sistema devem assumir sua co-responsabilidade num

processo de aperfeiçoamento contínuo de suas ações.

Primeiro Eixo de Atuação:

• Proporcionar condições para que haja maior relacionamento

entre os alunos de todas as séries e períodos;

• Propiciar aos educandos de todas as séries e períodos

liberdade de ação, no sentido de estar elaborando e

executando projetos que visem o enriquecimento na

aprendizagem, bem como melhorar a qualidade de vida da

comunidade escolar;

• Oportunizar aos alunos a participação em eventos sociais,

culturais e científicos ofertado pela comunidade ( bairro,

município, empresas, entidades, etc);

Page 77: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Organizar eventos que propiciem ao aluno oportunidades de

demonstrar e desenvolver seu espírito criativo, através de

projetos a serem apresentados ( jogos, inter-classes, danças,

teatros, cantos, pinturas, etc);

• Incentivar o uso de laboratórios, afim de que a partir da

prática, o educando chegue a conclusão do assunto estudado

e através de experiências passem a produzir produtos de

limpeza, visando sua participação nos problemas da escola;

• Promover maratonas culturais inter-classes, se possível entre

escolas, afim de que haja troca de experiências, objetivando o

contínuo aperfeiçoamento da aprendizagem;

• Incentivar concursos de leituras especialmente aos alunos de

5ª a 8ª séries do ensino fundamental, com o objetivo de

despertar o prazer e o hábito para uma prática cultural;

• Dar acompanhamento pedagógico no processo ensino-

aprendizagem, com o objetivo de atender as diferenças

individuais do educando.

Segundo Eixo de Atuação:

• Propiciar aos professores encontros regulares para troca de idéias,

estudos para ampliação do conhecimento na área específica e

pedagógica com matérias atuais que atendam as necessidades dos

mesmos (Livros, Fitas, Filmes, documentários, palestras com

especialistas, etc...);

• Aproveitar as oportunidades, participando voluntariamente de

projetos educacionais que venham em benefício do aluno com novas

técnicas pedagógicas, voltadas para a melhoria das condições de

aprendizagem dos mesmos e atuando preventivamente contra a

Page 78: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

evasão;

• Fazer acompanhamento pedagógico do processo ensino

aprendizagem, dando suporte ao professor no atendimento às

necessidades surgidas no desenvolvimento do seu trabalho;

• Definir metas e objetivos em conjunto com os professores e

funcionários em curto prazo, no sentido de estabelecer um

ambiente de trabalho agradável, possibilitando maior satisfação a

todos na tarefa de ensinar e aprender.

Terceiro Eixo de Atuação:

• Conscientizar a comunidade sobre a força que representa e a

capacidade de mudança social que possui através da

participação no Conselho Escolar, na APM e Grêmio

Estudantil;

• Sensibilizar os pais para a importância da participação na

família e conseqüentemente na formação escolar dos filhos;

• Comunicar, periodicamente, os pais ou responsáveis sobre o

resultado do aproveitamento escolar, bem como o

desempenho educacional e social dos filhos na escola;

• Esclarecer aos pais, através de reuniões, boletins

informativos, a respeito do funcionamento da escola

(regulamento, normas, avaliação, propostas educacionais,

etc.);

• Envolver empresas, bibliotecas, universidades, entidades

públicas e particulares objetivando um enriquecimento nos

conteúdos trabalhados e um melhor desempenho educacional.

Page 79: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

11.1.3 Secretaria

A Secretaria é o órgão que tem a seu encargo a responsabilidade

pela escrituração, documentação e correspondência do Estabelecimento,

assessorando a Direção em sua área de atuação. Os serviços de secretaria

são coordenados e supervisionados pela direção, ficando a ela

subordinados. O cargo de secretário(a) deve ser exercido por profissional

devidamente qualificado para desempenhar essa função, de acordo com

as normas da Secretaria de Estado da Educação (SEED), em ato

específico.

O(a) secretário(a), por condições legais e regimentais, exerce uma

ação ao mesmo tempo centralizadora e abrangente, porque seu setor

relaciona-se com todos os demais setores envolvidos no processo

pedagógico e na vida escolar. São atribuições do secretário escolar:

• Responsabilizar-se pelo funcionamento da secretaria;

• Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores

hierárquicos;

• Zelar pela guarda e sigilo dos documentos escolares;

• Manter em dia a escrituração, arquivos, fichários, correspondência

escolar e resultado das avaliações dos alunos;

• Compatibilizar Histórico-Escolar (Adaptação);

• Manter as estatísticas da escola em dia.

Page 80: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

11.1.4 Biblioteca

A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à

disposição de toda comunidade escolar. A Biblioteca está a cargo de

profissional qualificado, de acordo com a legislação em vigor, com

regulamento próprio, onde estão explicitados sua organização,

funcionamento e as atribuições dos responsáveis. O Regulamento da

Biblioteca deve ser elaborado pelo seu responsável, sob a orientação da

Equipe Pedagógica, com aprovação da Direção e do Conselho Escolar.

A Biblioteca tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento

de estudos e pesquisas, através de leitura e consultas em livros, revistas,

periódicos, além de outros materiais bibliográficos.

O profissional bibliotecário para atuar no serviço de referência e

atendimento aos usuários necessita agir com cordialidade, paciência, bom

diálogo e amabilidade, qualidades estas, indispensáveis para a boa

atuação com os educandos.

11.1.5 Serviços Gerais

Os Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino,

sendo coordenado e supervisionado pela Direção. Compõem esse quadro,

as serventes, a merendeira, o vigia, o inspetor de alunos e outros

previstos em atos específicos da Secretaria de Estado da Educação.

Este Estabelecimento de Ensino conta com 11 serventes. Este

Page 81: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

número é insuficiente para realizar todo o trabalho sob seu encargo que

consiste em:

• Prestar auxílio à execução de tarefas relativas às áreas de limpeza e

manutenção e conservação das instalações, mantendo em ordem as

instalações escolares, solicitando quando necessário, os materiais e

produtos utilizados para o desenvolvimento das suas atividades;

• Integrar equipes auxiliares e/ou realizar individualmente as tarefas

que lhe foram confiadas.

O Colégio conta ainda com duas merendeiras para providenciar a

alimentação, sendo que uma executa o trabalho nos período da manhã e

tarde e a outra no período noturno. Este número de profissionais também

é insuficiente se considerarmos que o trabalho da merendeira consiste

em:

• Preparar e cozinhar alimentos, utilizando técnicas específicas de

culinária, com reaproveitamento de alimentos e outros;

• Controlar o estoque de gêneros alimentícios;

• Manter a organização da despensa com os cuidados necessários de

preservação dos alimentos;

• Zelar pelos materiais, equipamentos e máquinas, necessários ao

desempenho da função;

• Servir o lanche e as refeições.

Sabemos que para o bom relacionamento entre todos os

profissionais da educação que atuam na escola, independente da função

que cada um exerce, deve prevalecer o respeito e a cordialidade para

Page 82: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

uma boa educação de qualidade. Por isso, o Colégio Estadual Presidente

Kennedy buscará, constantemente, essa harmonia, proporcionando

momentos de diálogo entre todos os seguimentos que compõem essa

equipe, procurando detectar problemas que possam estar acontecendo e

juntos, buscar soluções possíveis no intuito de tornar o ambiente de

trabalho mais educativo e prazeroso.

11.2 Instâncias colegiadas

O Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da

comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultiva e fiscalizadora

sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo

da instituição escolar, conforme as políticas e diretrizes educacionais da

SEED, observando a Constituição Federativa do Brasil, a Lei de Diretrizes

e Bases da Educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto

Político Pedagógico da escola e o Regimento Escolar.

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de

gestão colegiada que abrange toda a comunidade escolar numa

perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como

órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.

Sua função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às

diretrizes e linhas gerais das ações às questões pedagógicas e financeiras

quanto ao direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito

escolar.

A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para diminuir

dúvidas e tomar decisões quanto às questões pedagógicas,

Page 83: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

administrativas e financeiras, no âmbito de sua competência.

Sua função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das

ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a

identificação de problemas e alternativas para a melhoria de seu

desempenho, garantindo o cumprimento das normas da escola e a

qualidade social da instituição escolar.

E por fim, a função fiscalizadora a qual refere-se ao

acompanhamento e fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e

financeira da unidade escolar, garantindo a legitimidade de suas ações.

Os membros do Conselho Escolar não são remunerados e não

recebem benefícios pela participação no colegiado, por se tratar de órgão

sem fins lucrativos. Poderão participar do Conselho Escolar, todos os

segmentos da comunidade escolar, representantes dos movimentos

sociais organizados e comprometidos com a escola pública.

11.2.1 Associação de pais, mestres e funcionários (APMF)

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de

representação dos pais, professores e funcionários do estabelecimento de

ensino. A APMF é pessoa jurídica de direito privado, instituição auxiliar

do estabelecimento de ensino e não tem caráter político-partidário,

religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus

dirigentes e conselheiros. A APMF rege-se por Estatuto próprio. Esse

órgão é de extrema importância para as ações da escola, tendo como

objetivos:

Page 84: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Discutir e decidir sobre as ações para a assistência ao educando, o

aprimoramento do ensino e para a integração da família, da

comunidade e da escola;

• Prestar assistência ao educando assegurando-lhe melhor condições

de eficiência escolar;

• Integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política

educacional, visando sempre a realidade dessa mesma comunidade;

• Proporcionar condições ao educando, criticar, participar de todo o

processo escolar, estimulando sua organização livre em grêmios

estudantis;

• Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos

junto à escola contribuindo, dessa forma para a melhoria do ensino

e da melhor adequação dos planos curriculares;

• Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores,

funcionários e membros da comunidade através de atividades sócio-

educativa-cultural-desportiva.

• Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento e do

estabelecimento escolar, sempre dentro de critérios de prioridade,

sendo as condições dos educandos fator de máxima prioridade.

São inúmeras as atividades que poderão ser desenvolvidas pela

APMF, objetivando a colaboração, promovendo desta forma uma escola

de qualidade onde todos aqueles que dela fazem parte direta ou

indiretamente, sintam-se co-responsáveis pelos resultados obtidos.

Porém, todas as iniciativas deverão estar em consonância com o Projeto

Político Pedagógico elaborado coletivamente. No momento a atuação da

APMF junto à comunidade ainda é limitada, mas os encaminhamentos

futuros exigirão da APMF uma atuação ampla e freqüente.

Page 85: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

11.2.2 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão de natureza consultiva em

assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do

estabelecimento de ensino. Constitui-se num momento/espaço

previamente planejado para a avaliação coletiva do trabalho pedagógico.

O Conselho de Classe busca a tomada de decisões relativas aos

encaminhamentos necessários tendo em vista os resultados obtidos e a

superação dos problemas diagnosticados; definição de atribuições/ações

a serem implementadas para a melhoria do processo de ensino-

aprendizagem e prazos/espaços para implementação das propostas

acordadas.

O Conselho de Classe das turmas do Colégio Estadual Presidente

Kennedy é composto pela direção, equipe pedagógica, secretária,

professores, alunos. À direção cabe a função de acompanhar todas as

discussões e sugerir encaminhamentos. À equipe pedagógica cabe a

escolha do tema/assunto para a reflexão; a explanação de dados sobre a

turma; a organização da pauta do conselho; a retomada e avaliação dos

conselhos anteriores. A secretária tem a incumbência de disponibilizar

dados e informações sobre a vida escolar dos alunos, como, notas,

transferências, desistências e outros.

Os professores devem retomar e avaliar os encaminhamentos do

Conselho de Classe anterior; explanar sobre os resultados positivos e

negativos obtidos e as alternativas de atividades/procedimentos que

obtiveram êxito; sugerir encaminhamentos para os alunos e a turma;

anotar decisões referentes a sua prática; comprometer-se a redefinir,

quando necessário, a metodologia, os instrumentos de avaliação e outros

procedimentos. Os alunos participam do Conselho de Classe de duas

Page 86: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

formas, sendo que a primeira é para todas as turmas e consiste no

preenchimento de uma ficha de avaliação em relação à turma, à direção,

equipe pedagógica e professores e sugestões; a segunda forma, é através

do Conselho participativo quando toda a turma participa do Conselho de

Classe. Os Conselhos participativos são sugeridos pelos professores para

algumas turmas em especial.

O Conselho de Classe constitui-se num momento/espaço importante

de avaliação coletiva do trabalho pedagógico, na tomada de decisões para

os encaminhamentos necessários, tendo em vista os resultados obtidos e

a superação dos problemas diagnosticados. O Conselho de Classe

também é um momento de definir atribuições/ações a serem

implementadas para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem,

definindo espaços/prazos para implementar as propostas acordadas.

Sendo esse momento previamente planejado, possibilita a participação de

todos os envolvidos nesse processo, ou seja, professores, equipe

pedagógica, alunos, secretaria da escola e direção.

11.2.3 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil viabiliza a luta coletiva dos jovens educandos,

estimula o relacionamento e a convivência entre os jovens. Por serem

institucionalizados, podem representar melhor a rica experiência que é a

busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estudantes.

São os jovens que devem reconhecer a sua importância e definir o

seu perfil, pois os Grêmios organizados exercem influência na formação

do aluno, que deve ter um bom relacionamento social, cultural e também

político.

Page 87: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

O Grêmio é formado de alunos, por meio de eleição direta e anual,

desenvolvendo atividades culturais e esportivas, produzindo jornal,

organizando debates sobre assuntos de seus interesses e que fazem parte

do Currículo Escolar. No Colégio Estadual Presidente Kennedy tem-se

motivado a efetivação e atuação do Grêmio Estudantil, pois é um órgão

que pode auxiliar a Direção escolar. No entanto, ainda está em

construção um processo de conscientização de seus membros e de toda a

comunidade escolar, acerca da função e da relevância de um Grêmio

Estudantil para o Colégio.

11.2.4 Representante de Turma

O Representante de Turma é o aluno que, eleito democraticamente

por sua turma, ajuda na organização, na participação e representa o

pensamento da maioria dos alunos de sua sala junto à Direção, à Equipe

Pedagógica, ao Professor Monitor e ao Representante de Alunos no

Conselho Escolar deste estabelecimento de ensino. A eleição ocorre no

final do mês de março e os eleitos recebem orientações, da Equipe

Pedagógica do Colégio, sobre suas atribuições.

São atribuições do Representante de Turma:

• Manter o bom relacionamento com todos os alunos de sua turma;

• Acolher e levar sugestões votadas pela maioria dos alunos da sala

para o representante dos alunos no Conselho Escolar, o Professor

Monitor, Direção e Equipe Pedagógica, de acordo com o teor da

questão votada;

• Participar das reuniões de Representantes de Turma sempre que

convocado pela Direção, pela Equipe Pedagógica ou pelo

Page 88: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Representante dos alunos no Conselho Escolar;

• Oportunizar discussões com a turma acerca dos problemas de

ensino-aprendizagem ou relacionamentos entre os alunos da turma;

• Cuidar do ambiente físico da escola no tocante à conservação e

limpeza;

• Manter-se, continuamente informado sobre os problemas dos

colegas de sua turma com relação à data de aniversários, causas de

faltas, problemas de doenças e/ou outros;

• Promover o bom relacionamento e entrosamento na turma e desta

com as demais turmas da escola;

• Auxiliar na organização da turma em eventos culturais esportivos e

de lazer;

• Participar, sempre que convocado, das reuniões de organização da

classe estudantil como a UMES, UPES e UBES;

• Intermediar as relações entre alunos da turma e o Professor

Monitor.

11.2.5 Professor monitor de turma

O Professor Monitor de Turma é definido em consenço entre equipe

pedagógica e professores. Este professor é escolhido entre todos os

professores que atuam diretamente na escola e na turma, no início do

mês de março de cada ano.

São atribuições do Professor Monitor de Turma:

• Manter o bom relacionamento com os alunos da turma;

Page 89: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Acompanhar o rendimento escolar dos educandos;

• Acolher e levar os responsáveis pela área pedagógica as sugestões

dos alunos que - visem a melhoria do processo ensino-

aprendizagem;

• Oportunizar discussão com a turma na busca de mecanismos e

estratégias que visem o melhor aproveitamento de estudos;

• Manter-se informado das condições disciplinares de sua turma e

colaborar, na medida do possível, com recursos preventivos com o

corpo docente e direção da escola;

• Acompanhar o aproveitamento de suas turmas, procurando entrar

em contato com os professores da referida turma, para que se

conscientizem dos problemas existentes e solucioná-los;

• Assegurar, que no âmbito escolar, não ocorra discriminação de cor,

raça, sexo, religião ou classe social;

• Realizar atendimento individual nos casos simples e procurar

auxílio da Equipe Pedagógica da escola, nos casos mais complexos;

• Promover o entrosamento e o bom relacionamento entre sua turma

e as demais turmas da escola;

• Estimular e orientar a organização democrática de sua turma,

assim como as obrigações e limites de autoridades do

Representante de Turma;

• Desenvolver um sadio espírito de grupo, incentivando a cooperação

entre os componentes de sua turma;

• Incentivar e promover as boas iniciativas culturais, esportivas e de

lazer de sua turma;

• Colaborar com o Representante de Turma, ajudar a coordenar a

organização de atividades paralelas ou complementares;

• Levar, sempre que necessário, junto ao Professor Representante no

Page 90: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Conselho Escolar, as sugestões ou reivindicações da turma para

análise e deliberação daquele órgão;

• Comparecer em todos os Conselhos de Classe de sua turma.

11.3 Critérios de organização interna da escola

O calendário escolar é planejado pela Secretaria de Estado da

Educação de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei nº 9394/96) que possibilita a flexibilidade para cada Estado,

de acordo com os feriados federais e estaduais. O calendário é elaborado

pela SEED que repassa aos Núcleos Regionais de Ensino para a consulta

feita junto aos professores sobre os recessos e feriados municipais,

sempre respeitando os 200 dias letivos e as 800 horas/aulas que são

obrigatórios. Após discussão e homologação feita pelo Chefe do NRE, o

calendário escolar entra em vigor, não tendo as escolas autonomia para

definir outras mudanças sem justificativa pedagógica.

11.4 Critérios para organização de turma e distribuição por

professor em razão de especifidades

Os critérios para a distribuição de aulas aos professores do

estabelecimento de ensino seguem as resoluções da SEED que

regulamenta o processo na rede estadual de ensino, estabelecendo

normas e diretrizes para tal. Primeiramente são distribuídas as aulas aos

professores lotados no estabelecimento, seguindo uma lista previamente

enviada pelo NRE, onde se encontra a classificação do professor por

tempo de serviço no estabelecimento, de acordo com a disciplina de

concurso.

As aulas remanescentes do estabelecimento são enviadas ao NRE e,

Page 91: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

este faz a distribuição seguindo os critérios da resolução específica.

Primeiramente, são distribuídas as aulas aos professores não lotados e

ocupantes de cargo efetivo, as aulas que restarem são distribuídas nas

escolas, aos professores efetivos na forma de aulas extraordinárias, as

aulas remanescentes voltam ao NRE para distribuição a professores

efetivos não lotados na escola em forma de aula extraordinária e

contratos temporários especiais (PSS).

Para a distribuição de aulas é considerada a carga horária

disponível no estabelecimento de ensino. Estas vagas são geradas para o

ano letivo, de acordo com o número de turmas e modalidade de ensino,

previstos em regulamentação específica e na matriz curricular aprovada

pelo NRE. A distribuição de aulas deverá ser acompanhada pela chefia do

NRE, Diretores e professores interessados.

11.5 Critérios para a organização e utilização dos espaços

educativos

A recuperação de estudos se dá no momento em que for detectado o

baixo rendimento do aluno, oportunizando a este, a revisão de conteúdos

e outras atividades e/ou avaliações referentes ao conteúdo trabalhado. Os

professores buscam sanar as defasagens no rendimento escolar através

da organização dos grupos de estudos entre os alunos e com monitores,

em contra-turno.

Outra medida que a escola toma em relação ao aluno com baixo

rendimento escolar detectado no Conselho de Classe e em conversas

informais com os professores durante a hora-atividade, é o

acompanhamento individual a fim de diminuir as dificuldades em relação

Page 92: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

às atividades desenvolvidas. Após essa constatação, a equipe pedagógica,

o professor e/ou a direção conversam com o aluno e, se necessário, com

os pais, no intuito de conscientizá-los da real situação para acompanhá-lo

nessa trajetória, orientando-o para um melhor desempenho em suas

atividades objetivando seu sucesso escolar.

A hora-atividade dos professores é cumprida no Colégio, distribuída

no horário de aulas, visando o trabalho coletivo dos professores

favorecendo a dinâmica interdisciplinar. A organização do trabalho

docente na escola e, em especial as ações que nortearão a hora-atividade,

devem, nesta perspectiva, aproveitar esse tempo e espaço para

estabelecer as propostas, conteúdos, estratégias de planejamento, de

reuniões pedagógicas, de correção de tarefas dos alunos, de estudos e

reflexões sobre os saberes curriculares e de ações, projetos e propostas

metodológicas, de troca de experiências, de atendimento dos alunos, pais

e outros assuntos educacionais ao interesse dos professores.

As atividades referentes à Agenda 21 Escolar serão desenvolvidas

no coletivo, a partir de discussões e elaboração de ações necessárias para

o desenvolvimento do projeto, abordando o tema definido no Fórum

realizado neste estabelecimento de ensino em setembro de 2005.

O Projeto Agenda Escolar 21 desenvolverá atividades voltadas à

problemática encontrada em nossa escola e refere-se aos cuidados com a

horta, o bosque, o jardim da escola, bem como a coleta seletiva de

resíduos sólidos por ela produzidos. Este projeto visa conscientizar a

comunidade escolar na busca de soluções a fim de melhorar a qualidade

de vida, onde a participação de todos é fundamental para um resultado

positivo.

O Ensino da História e Cultura Afro-descendente e Africana é

Page 93: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

desenvolvido pelos professores de História, Língua Portuguesa e

Literatura e Arte. Além do trabalho desenvolvido nestas disciplinas, a

escola vem realizando desde 2004, projetos relacionados ao tema. Esse

trabalho visa a superação da discriminação e proporciona aos alunos o

conhecimento da riqueza apresentada pela diversidade étnico-cultural

que compõe o patrimônio sócio, econômico, político e cultural do povo

brasileiro. Para que esse objetivo seja alcançado, faz-se necessário um

esforço coletivo dos professores na busca do aprofundamento de seus

estudos sobre a questão estando sempre atualizados com informações

pertinentes.

A formação continuada dos profissionais da escola, não se limita aos

conteúdos curriculares, mas estende-se à discussão da escola como um

todo e suas relações com a sociedade. Fazem parte dos programas de

formação continuada de nossa escola, questões relacionadas com a

cidadania, as questões da diversidade étnico-cultural, a gestão

democrática, a avaliação, a metodologia de pesquisa e ensino, a análise

de conjuntura política, econômica e educacional internacional, nacional,

estadual e municipal. Estes temas poderão ser ampliados, conforme a

necessidade e serão oportunizados, durante o Conselho de Classe, a

Hora/atividade e/ou outros momentos/espaços previamente planejados

pela equipe pedagógica e direção, visando a qualidade do ensino-

aprendizagem.

11.6 Recursos físicos e materiais

Este Estabelecimento de Ensino dispõe de 2.228 metros quadrados

de construção distribuída em:

• 14 salas de aula em alvenaria

Page 94: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• 01 sala para funcionamento da Biblioteca

• 01 sala para o funcionamento do Laboratório de Informática

• 01 sala para o funcionamento do Laboratório de Física, Química

e Biologia

• 01 sala para os Professores

• Secretaria

• Sala da Direção

• Sala da Direção Auxiliar

• Sala de Computadores

• Sala da Supervisão de Ensino

• Sala da Orientação Educacional

• Sala para o Ensino Especial – DV

• Sala para o Ensino Especial –Recurso

• 01 sala para guardar a merenda escolar

• 02 salas de almoxarifado

• 02 banheiros para os professores

• 02 banheiros para os alunos

• 02 banheiros para as serventes

• Cozinha para o preparo da merenda escolar

• Cantina

• 01 salão para reuniões e eventos

• 02 quadras sem cobertura para a prática das aulas de Educação

Física e Esportes

• 02 pátios cobertos

• Pátio descoberto

• Casa para o zelador da escola

A biblioteca desse Estabelecimento de Ensino possui um acervo de

aproximadamente 800 livros. Faz parte desse acervo: livros de literatura

em geral (romances, contos, poesias, ficção, etc) livros para pesquisa em

Page 95: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

todas as áreas, livros didáticos, Atlas, dicionários de português e inglês,

revistas, etc. Esse acervo se encontra em boas condições para uso, em

função do trabalho de restauração feito pelas funcionárias. A renovação

do acervo é feita de acordo com necessidade apresentada pelos

professores das disciplinas. A relação do acervo se encontra no arquivo

da própria biblioteca.

Faz parte do acervo também, 01 Vídeo cassete e uma T V, usados,

exclusivamente, para as gravações da TV Escola e teleconferências.

Conta também com mobiliários adequados para dar atendimento aos

educadores e professores. Seu horário de funcionamento é das 7:30 às

22.30 horas, com duas funcionárias de 40 horas para atendimento. O

prédio é novo e oferece boas condições para os usuários.

No mesmo prédio funciona o Laboratório de Informática com 13

computadores Pentiun 233, com multimídia, 01 nobreak, 01 scanner, 02

impressoras e mobiliários.

A Escola possui um laboratório de Ciências, Física, Química e

Biologia utilizado para aulas práticas das respectivas disciplinas. Para

garantir maior segurança aos usuários é necessário providenciar uma

“Capela” para manipulação de substâncias tóxicas (ácidos, bases, etc.).

Os materiais utilizados no laboratório estão sistematicamente

organizados, e registrados em uma pasta nos arquivos da direção.

As 14 (quatorze) salas utilizadas para o Ensino Regular possuem 48

metros quadrados cada e foram reformadas recentemente. Essas salas

não são bem arejadas e comportam no máximo 40 alunos cada uma.

Para o atendimento aos alunos com deficiência visual, temos uma sala

adaptada, com 16 metros quadrados, onde duas professoras especialistas

na área (cada uma em turno de 20 horas) orientam os alunos, que

freqüentam o ensino regular, fazendo a transcrição do Braille para a

escrita manual, ampliação dos materiais, manuseio do sorobã, no ensino

Page 96: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

da matemática.

Page 97: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

12 Acompanhamento e avaliação do projeto político pedagógico

O Projeto Político Pedagógico será acompanhado por todos os

envolvidos na sua construção. As avaliações pontuais ocorrerão

semestralmente e acontecerão, em especial, no momento do Conselho de

Classe, podendo também ocorrer todas as vezes que se fizer necessário.

Duas grandes avaliações sobre todo o Projeto deverão acontecer

semestralmente, ou seja, no início do ano letivo e no início do segundo

semestre do mesmo ano. Para a realização destas avaliações semestrais

serão convocados os pais, alunos, funcionários, direção, professores e

pedagogos objetivando analisar os pontos positivos e negativos. Após esta

análise, serão efetuadas as mudanças necessárias.

Page 98: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

13 Considerações finais

O Projeto Político Pedagógico foi re-elaborado, atendendo as

determinações contidas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional n º9394/96 art. 12-13 e 14, nas Diretrizes do Conselho Nacional

da Educação, na Deliberação 014/99 do Conselho Estadual de Educação e

sua Indicação 004/99 e no Estatuto da Criança e do Adolescente

Atendendo às exigências legais acima citadas assumimos o

compromisso político e social com a educação pública, gratuita e de

qualidade, conforme os princípios norteadores desta proposta, que é a

Democratização da Educação envolvendo o acesso e a permanência dos

alunos, a socialização do conhecimento e a gestão democrática.

A re-elaboração do Projeto Político Pedagógico possibilitou

reflexões sobre o contexto histórico no qual estamos inseridos, a

sociedade capitalista em crise, seus condicionantes sócio político e

econômicos e a estreita relação com uma de suas instituições : a

Educação. Essas reflexões deixam-nos a certeza de que é possível a

construção coletiva de um referencial teórico-metodológico que nos

auxilie na concretização de uma educação pública de qualidade.

À luz de um referencial teórico crítico e na análise das questões

cruciais desta instituição, o processo de re-elaboração deste Projeto

Pedagógico, tem possibilitado a instrumentalização e orientação da

comunidade educativa no equacionamento dos problemas do cotidiano

escolar, vislumbrando caminhos de intervenção em nossa prática

pedagógica. Além disso, tem aproximado a comunidade escolar que

renova seu espírito de luta por uma educação de melhor qualidade, mais

humanitária.

Page 99: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Certamente dificuldades surgirão, assim como, possíveis falhas na

elaboração do projeto se evidenciarão no decorrer de sua implementação.

No entanto, essa avaliação é essencial e indica progressos: a evolução no

pensamento da comunidade escolar.

Page 100: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

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Page 104: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ANEXOS

Page 105: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ANEXO I

Calendário Escolar

Page 106: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy
Page 107: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ANEXO II

Plano de Trabalho

Page 108: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

JUSTIFICATIVA:

O Colégio Estadual Presidente Kennedy Ensino Fundamental e

Médio, comprometido na defesa da Escola Pública, gratuita, democrática

e de qualidade, busca garantir aos alunos a posse sistemática do saber

científico, considerando as experiências de vida, desenvolvendo a

consciência crítica de cada um, efetivando a formação do ser humano

pleno, sujeito e cidadão consciente.

Como instituição a serviço das camadas populares, comprometidas com a

transformação desta sociedade, esta escola pretende cumprir seu papel

através de ações concretas e integradas, buscando alternativas,

avaliando, reorganizando com todos os segmentos da Comunidade

Escolar, reflexões e ações para melhorar processo ensino - aprendizagem.

Com base no levantamento das principais questões referentes a

organização da escola, organizamos o Plano de Trabalho,

implementando cinco projetos que contemplarão a realidade do nosso

Colégio:

PROJETO 1 – Democratização do Acesso e Permanência: com objetivo

principal de garantir o acesso e permanência do aluno na escola,

minimizando as dificuldades na aprendizagem;

PROJETO 2 - Gestão Democrática: visando garantir a comunidade

escolar, o efetivo exercício democrático de participação nas decisões da

vida escolar, através da Gestão Colegiada.

PROJETO 3 - Plano de Formação Continuada de todos os Profissionais

da Educação: Oportunizando a todos os profissionais da educação,

reflexões sobre uma pedagogia voltada para o ser humano pleno,

consciente e atuante na sociedade.

Page 109: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

PROJETO 4 - Socialização das atividades escolares: cujo objetivo é

incentivar a participação da comunidade escolar, a fim de valorizar,

incentivar e divulgar os trabalhos desenvolvidos por alunos e professores.

O atual Plano de Trabalho visa buscar alternativas, reflexões sobre nossas

ações, normatizar as ações diárias implementando um planejamento geral

que contemple as necessidades desta comunidade escolar. Essas ações

tem como objetivo geral primar pelos seguintes princípios norteadores:

acesso e permanência, gestão democrática e socialização do

conhecimento; isto é, vir de encontro com a fundamentação teórica do

Projeto Político Pedagógico deste Colégio.

Page 110: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

PROJETO 1 – DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO E PERMANÊNCIA

OBJETIVOS AÇÕES

Garantir o acesso e

permanência

do aluno na escola,

proporcionando meios

eficientes para sanar as

dificuldades no processo de

ensino-aprendizagem com

qualidade.

Sala de Recursos

Biblioteca

Centro de Atendimento

Especial - DV

- Realizar recuperação paralela, através da retomada

de conteúdos e monitoria com os alunos de 5a. a 8a.

séries, no turno.

- Acompanhar periodicamente o desempenho dos

alunos, através de pré-conselhos e pequenas reuniões

para discussão e avaliação do trabalho desenvolvido.

- Conversar com os pais e alunos com dificuldades de

aprendizagem, para conscientiza-los.

- Acompanhar o trabalho dos professores nas

diferentes séries e disciplinas, avaliando os

procedimentos metodológicos e as necessidades e

dificuldades encontradas pelos alunos.

- Analisar os resultados da recuperação paralela para

novos encaminhamentos.

- Reavaliar em conselho de classe os resultados do

trabalho desenvolvido durante o processo de traçar

novas metas para o projeto de recuperação.

- Avaliação no contexto escolar, dos alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem no ensino

regular. Acompanhamento pedagógico, dos alunos em

Sala de Recursos, horário contrário ao Ensino regular

e acompanhamento dos mesmos junto aos processos

do Ensino Regular.

- Acompanhamento do acervo bibliográfico, orientação

para registros do acervo e do movimento de

empréstimo; recebimento, distribuição e controle dos

livros didáticos.

Suporte técnico

Page 111: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

PROJETO 2 – GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA

Page 112: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

OBJETIVOS AÇÕES

1 – Garantir aos professores,

alunos e pais o efetivo

exercício democrático de

participação nas decisões da

vida escolar através da gestão

colegiada.

2 – Implementar relação

escola-família com reuniões

periódicas.

- Reunião com o Conselho Escolar, a fim de discutir

problemas relativos à escola com autonomia para

tomar as decisões necessárias nas reuniões.

- Oportunizar estudos em reuniões com a comunidade

escolar, tratando sobre:

a) Projeto Político Pedagógico;

b) Função da Escola;

c) Regimento escolar;

d) Plano de ação da escola.

- Reuniões de estudo com a APMF

- Discutir com a equipe pedagógica, demais

funcionários e APMF os assuntos pertinentes à

elaboração do Regulamento Interno, e assuntos

referentes ao estatuto da APMF e ao plano de

trabalho.

- Reuniões com a comunidade escolar para:

a) Elencar prioridades;

b) Traçar metasç

c) Planejar aplicações de verbas;

d) Prestar contas.

- Reuniões com os pais referentes a palestras

informativas e|ou formativas (investigar com

antecedência os assuntos de interesse dos pais)

- Reuniões periódicas com representantes do Grêmio

para discutir:

a) Projeto Político-Pedagógico;

b) Plano de ação;

c) Regulamento interno;

d) Função do Grêmio Estudantil.

PROJETO 3 – FORMAÇÃO CONTINUADA DE TODOS OS

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇAO

OBJETIVOS AÇÕES

1 – Oportunizar aos

professores estudos e reflexões

sobre uma pedagogia voltada

para o ser humano pleno,

sujeito e cidadão, consciente e

- Realizar estudos e reflexões com os professores no

decorrer do ano letivo conforme as especificações

abaixo:

a) Sessões de Estudos com textos de apoio e

orientações pedagógicas para as necessidades

Page 113: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

atuante na sociedade.

2 – Realizar estudos com

funcionários Administrativos e

Serviços Gerais e merendeiras.

apresentadas no momento;

b) Cursos e seminários oferecidos pela SEED;

c) Reuniões pedagógicas;

d) Planejamento participativo (professores|equipe

pedagógica)

e) Conselho de Classe (com objetivo de levantar

alternativas para otimizar o processo ensino-

aprendizagem;

f) Reuniões Extraordinárias;

g) Acompanhamento, orientação e coordenação das

atividades pedagógicas, para que a prática seja

coerente com o Projeto Político-Pedagógico, voltado

para a realidade e necessidade dos alunos.

- Estudos encaminhados pela SEED.

- Grupos de estudos organizados pela escolarização.

- Cursos encaminhados pela SEED e NRE.

PROJETO 4 – PROJETOS E SOCIALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ESCOLARES

OBJETIVOS AÇÕES

1 – Envolver a comunidade

escolar, através da divulgação

dos trabalhos feitos pelos

alunos, com a orientação dos

professores.

- Divulgação dos trabalhos à comunidade escolar.

Page 114: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

SEMANA CULTURAL E

CIENTÍFICAS

- Valorizar e incentivar a

produção científica dos

trabalhos docentes|discentes.

AGENDA 21

JOGOS INTERCLASSES

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Ações a serem

desenvolvidas

Responsáveis Cronograma

Garantir a participação de

professores, funcionários e

equipe na semana

pedagógica

SEED, direção e Professor

Pedagogo

Semestral

Atividades que envolvam os Equipe Pedagógica, Durante o ano letivo

Page 115: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

pais|responsáveis, visando

uma maior integração entre

a comunidade escolar

professores

Reunião para abordar temas

sobre o funcionamento

geral da escola

Direção, Equipe Pedagógica No início do ano

Reunião para

acompanhamento

pedagógico (entrega de

boletins)

Direção, Equipe Pedagógica

e Professores

Bimestral

Palestras com assuntos que

venham de interesse ao

processo ensino-

aprendizagem e ao

cotidiano social

Equipe Pedagógica Quando for necessário

Proporcionar a recepção e a

orientação de novos

professores no colégio

Direção e Equipe

Pedagógica

No início do ano letivo para

todos os profissionais

Recepção dos professores e

funcionários novos no

colégio pela direção e

Equipe pedagógica,

passando as normas de

funcionamento do colégio

Direção e Equipe

Pedagógica

Sempre que chegar algum

novo profissional no colégio

Entrega de pastas com

cópias do regimento escolar

Equipe Pedagógica Início do ano letivo e

quando for necessário

Participação do professor

pedagogo na Jornada

Pedagógica a fim de discutir

e elaborar novos

encaminhamentos que

venham contribuir para a

melhoria no processo

educativo

NRE Durante o ano letivo

Parceria com outros

colégios e Instituições

(UEM, CESUMAR, UNIGÀ e

outras) em busca de

Equipe Pedagógica Durante o ano letivo

Page 116: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

entrosamento,

aperfeiçoamento e troca de

experiências, visando

melhorias no processo

ensino-aprendizagem

Democratização do saber e

garantia de permanência

aos alunos, parceria com o

Conselho tutelar e patrulha

escolar

Direção e equipe

pedagógica

Durante o ano letivo

Refletir e avaliar sobre o

aproveitamento escolar dos

alunos em conselho de

classe a fim de propor

encaminhamentos

pedagógicos coletivos

Direção, Equipe Pedagógica Bimestral

Estimular e apoiar os alunos

e professores que atuam

com os alunos DV

(Deficiência Visual)

Equipe Pedagógica,

professores

Durante o ano letivo

Estimular a participação de

alunos em concursos

(redação, poesia, desenho)

promovidos pela escola ou

por outras entidades com

fins educativos

Equipe Pedagógica,

professores

Anual

Valorizar, socializar e

divulgar os trabalhos

produzidos referentes aos

projetos da escola através

da semana cultural e

durante o ano letivo

Coordenação e professores Anual

Promover espaço nas salas

para conversar, refletir

sobre valores básicos para o

exercício da cidadania

voltados para o respeito

mútuo e os Direitos

Equipe Pedagógica Sempre que necessário

Page 117: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Universais da Pessoa

Humana, sempre que os

alunos tiverem atitudes

preconceituosas e

discriminatórias

Valorização do educando para

integrá-lo nas discussões

relativas ao processo de

ensino-aprendizagem, com os

seguintes ações:

- conversas em sala de aula

com professores e equipe

pedagógica; participação de

eventos dentro e fora do

colégio; organização e apoio

dos segmentos da escola ao

Grêmio Estudantil;

envolvimento de pai,

professores e funcionários

visando a melhoria da

disciplina; conversa com

professores, realizando

levantamento de ações

conjuntas

Direção, Equipe

pedagógica, professores e

funcionários

Sempre que necessário ou

conforme agendamento de

eventos

Reuniões com o Conselho

Escolar, a fim de discutir os

problemas relativos ao

colégio com autonomia para

tomar decisões necessárias

Diretor, Equipe Pedagógica Nas reuniões ordinárias,

conforme regulamento

próprio ou nas

extraordinárias quando

necessário

Realizar visitas com os

alunos com a finalidade de

pesquisa em diversas áreas

do conhecimento e

oportunizar a socialização

da diversidade existente no

meio em que vivemos

Equipe Pedagógica,

professores

Anual

Reuniões com pais,

professores e funcionários

para abordar a problemática

Direção, equipe pedagógica durante o ano letivo ou

conforme necessário

Page 118: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

da indisciplina, buscando

alternativas conjuntas:

- convocação dos pais

- busca de parcerias visando

sanar os problemas com a

indisciplina

- reuniões periódicas com os

membros do conselho escolar

e APMF para discutir as

prioridades para o uso das

verbas públicas destinadas à

escola

- Apresentar e discutir o

projeto político pedagógico

com os órgãos colegiados da

escola

- avaliação do projeto político

pedagógico

- realizar levantamento das

prioridades e necessidades

junto aos professores e

apresenta-las para apreciação

do conselho escolar e APMF

Equipe pedagógica, direção

direção, equipe pedagógica

direção

direção, professor pedagogo

equipe pedagógica,

professores

direção, equipe pedagógica e

professor

durante o ano letivo ou

conforme necessário

durante o ano letivo ou

conforme necessário

mensal

início do ano letivo

final do ano letivo

sempre que necessário

conscientizar a comunidade

escolar no sentido da

manutenção da higiene,

cuidados e conservação do

patrimônio público

direção, equipe pedagógica,

professores e funcionários

no decorrer do ano letivo

desenvolver os projetos

(FERA, COM CIÊNCIA,

Agenda 21, de acordo com

os recursos humanos,

materias e físicos

NRE, equipe pedagógica e

professores

No decorrer do ano letivo

Page 119: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

disponíveis no colégio em

parcerias com entidades

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ANEXO III

MATRIZES CURRICULARES

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ANEXO IV

DIRETRIZES CURRICULARES PARA O

ESTABELECIMENTO

15 Diretrizes Curriculares deste estabelecimento de ensino

15.1 Fundamentação teórica

A construção das diretrizes curriculares iniciou-se através de um

Page 125: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

programa elaborado pela equipe da superintendência da educação da

SEED, adotando referências teóricas e metodológicas e orientações para

o processo de discussão, baseando-se na observação da história

educacional construída no Estado do Paraná, nos princípios políticos da

gestão 2003-06 e nos fundamentos teóricos que se sustentam.

Contrapondo-se as políticas educacionais dos anos 90 que

alteraram a função da escola, já que não havia mais uma definição de

proposta pedagógica da própria secretaria de estado da educação, tendo

como única proposta o Currículo Básico 1990 que contrariando a própria

dinâmica de um currículo, que é sua constante atualização e o mesmo se

mantém inalterado até então. A SEED estabeleceu como proposta

prioritária a elaboração de diretrizes curriculares para o Estado do

Paraná.

Os princípios da política pública adotada são o acesso, permanência

e sucesso de todos os alunos na escola; a valorização do professor e de

todos os profissionais da educação; o trabalho coletivo e a gestão

democrática; e o atendimento às diferenças e à diversidade cultural.

Para os estudos e discussões das diretrizes curriculares tiveram

como elementos de análise para nortearem as ações a serem

desenvolvidas: diminuição das desigualdades sociais; a articulação das

propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social,

político e cultural da sociedade; defesa da escola pública, gratuita e de

qualidade; a articulação de todos os níveis e modalidades de ensino e a

compreensão dos profissionais de educação.

Portanto, o processo de construção das diretrizes curriculares tem

sido marcado por referenciais teóricos e metodológicos, através de

diferentes eventos de formação continuada, bem como nos registros em

Page 126: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

documentos impressos, cadernos temáticos, materiais de apoio

pedagógico e produções sob a forma de outras mídias, encaminhadas pela

SEED para todas as escolas da rede estadual de ensino.

Segundo o educador e especialista J. Gimeno Sacristan conceitua

currículo como:

[...] o currículo como conjunto de conhecimentos ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa de atividades planejadas, devidamente seqüêncializadas, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num manual ou num guia do professor, o currículo como resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimentos, valores e atitudes; o currículo como experiência recriada nos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como tarefa e habilidades a serem dominadas – como é o caso da formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma. (SACRISTAN, 2000, P. 14)

Ao conceituar currículo tem que ser refletido sobre a seleção de

objetivo, métodos e conteúdos para a construção de identidade, bem

como a concepção de mundo, de escola e de homem, a identificação da

escola pública e a sua função na sociedade.

Para Silva, a seleção de saberes de um currículo nos leva às

seguintes reflexões:

[...] o que eles ou elas devem saber? Qual conhecimento ou saber é considerado importante ou válido ou essencial para merecer ser considerado parte do currículo? [...] o que eles ou elas devem ser? O que eles ou elas devem se tornar? [...] Por que esse conhecimento e não outro? Quais interesses fazem com que esse conhecimento e não outro esteja no currículo? Por que privilegiar um determinado tipo de identidade ou subjetividade e não outro? (SILVA, 2000, p. 14-16)

Page 127: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

15.2 Aspectos Gerais da Escola

Este estabelecimento de ensino procura fundamentar suas práticas

pedagógicas, do ensino fundamental e médio, embasadas nas finalidades

do ensino, previstas na Lei 9394/96 e das diretrizes e princípios da

secretaria de educação do Estado do Paraná. Tem o compromisso de

disseminar o conhecimento numa dinâmica de reflexão crítica,

possibilitando aos alunos uma cultura que lhes permita conhecer,

compreender e refletir sobre a sociedade em que se vive e serem capazes

de escrever a sua cidadania, ou seja, atuar como agente transformador

dessa sociedade. Uma educação voltada para a transformação social,

oportunizando ao educando o conhecimento científico político e cultural,

visando a formação de um cidadão crítico e consciente de seus direitos e

deveres, preparando-o para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com

o outro e com o meio ambiente de forma equilibrada.

Através de uma pedagogia histórico-crítica proporcionar ao aluno

por meio do ensino e da aprendizagem do conhecimento acumulado pela

humanidade, a responsabilidade para que ele exerça uma cidadania mais

consciente crítica e participativa. Planejar sempre atividades

significativas e eficientes em relação aos objetivos que se pretende

alcançar visando o aluno na ampliação de seus conhecimentos.

Em todo processo escolar estará presente o Princípio de Identidade

Pessoal e coletiva dos alunos, professores e outros profissionais da

escola, como definidor de formas de consciência democrática,

reconhecendo as diversidades e peculiaridades básicas relativas ao

gênero masculino e feminino, às variedades étnicas, às de faixa etária e

às variações sócio-econômicas, culturais e de condições psicológicas e

físicas, evitando assim discriminações e exclusões no interior da escola e

Page 128: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

em outros contextos.

Na garantia da vinculação com o mundo do trabalho e na prática

social, este Estabelecimento de Ensino privilegiará a formação para o

exercício da cidadania, assegurando a preparação básica para o trabalho

de nossos educandos. Além disso, teremos o compromisso permanente

em usar o tempo e espaço pedagógicos, as instalações e equipamentos, os

materiais didáticos e os recursos humanos no interesso dos alunos, em

organizar os conteúdos de ensino em estudos e projetos que melhor

abriguem a visão orgânica do conhecimento e o diálogo permanente entre

as diferentes áreas do saber e em tratar os conteúdos de modo

contextualizado para dar significado ao aprendido e estimular o aluno a

ter autonomia intelectual.

A Organização Curricular deste Estabelecimento de Ensino será

orientada pelos valores apresentados na Lei 9394/96, a saber:

- os fundamentais aos interesses sociais, aos direitos e deveres do

cidadão, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

- os que fortaleçam os vínculos de família, os laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca.

Para observância desses valores, a prática administrativa e

pedagógica, as formas de convivência no ambiente escolar, a organização

do currículo, as situações de ensino-aprendizagem e os procedimentos de

avaliação deverão ser coerentes com os princípios estéticos, políticos e

éticos.

O mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a tecnologia

estará presente direta ou indiretamente em atividades bastante comuns.

A escola parte do mundo e para cumprir sua função de contribuir para a

Page 129: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

formação de indivíduos que possa exercer plenamente sua cidadania,

participando dos processos de transformação e construção da realidade,

deve estar aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos,

percepções e demandas.

Ao mesmo tempo em que é fundamental que a instituição escola

integre a cultura tecnológica extra-escolar dos alunos e professores no

seu cotidiano, é necessário desenvolver nos alunos habilidades para

utilizar os instrumentos de sua cultura. Hoje, os meios de comunicação

apresentam informação abundante e variada, de modo muito atrativo: os

alunos entram em contato com diferentes assuntos sobre religião,

política, economia, cultura, esporta, sexo, drogas, acontecimentos

nacionais e internacionais abordados com graus de complexidade

variados, expressando pontos de vista, valores e concepções diversos. A

escola tem importante papel a cumprir na sociedade, ensinando aos

alunos a se relacionar de maneira seletiva e crítica com o universo de

informações a que têm acesso no seu cotidiano.

As novas tecnologias da informação oferecem alternativas de

educação à distância, que possibilita a formação contínua, trabalhos

cooperativos e interativos. Podem ser ferramentas importantes para

desenvolver trabalhos cooperativos que permitam a atualização de

conhecimentos, a socialização de experiências e a aprendizagem

permanente.

15.3 Estrutura do Curso

O currículo do Ensino Fundamental e Médio é composto pela Base

Nacional Comum e Parte Diversificada articuladas de tal forma que

atendam ao direito de alunos e professores de terem acesso ao conteúdo

mínimo de conhecimento e valores e assumidas numa dimensão

Page 130: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

integradora por estarem embasadas nos mesmos fundamentos

sociológicos e diretrizes pedagógicas.

A Base Nacional Comum destina-se à formação geral do educando e

deve assegurar que as finalidades propostas em lei, bem como o perfil de

saída dos educandos, sejam alcançadas.

A Base Nacional Comum do currículo do Ensino Fundamental está

organizada nas seguintes disciplinas:

- Artes

- Ciências

- Educação Física

- Ensino Religioso

- Geografia

- História

- Língua Portuguesa

- Matemática

A Base Nacional Comum do currículo do Ensino Médio organiza-se

nas disciplinas:

- Arte

- Biologia

- Educação Física

- Física

- Geografia

- História

- Língua Portuguesa

- Matemática

- Química

Page 131: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

A Parte Diversificada enriquece e complementa a Base Nacional

Comum, propiciando de maneira específica a introdução de projetos e

atividades do interesse da comunidade.

No colégio estadual Presidente Kennedy, no Ensino Fundamental a

parte diversificada contém a disciplina de Língua Estrangeira Moderna –

Inglês; no ensino médio, a parte diversificada compõe-se de: filosofia, no

primeiro ano; sociologia, no segundo ano; e Língua Estrangeira Moderna

– Inglês, nos três anos do ensino médio.

15.4 Metodologia

A velocidade do progresso científico e tecnológico e da

transformação dos processos de produção torna o conhecimento

rapidamente superado, exigindo uma atualização contínua, colocando

novas exigências para a formação do cidadão.

No processo educacional, há a necessidade imperiosa de se

considerar a indissociável relação entre conhecimento, linguagem e

afetos, como constituinte dos atos de ensinar e aprender. Essa relação

essencial, expressa através de múltiplas formas de diálogo, é o

fundamento do ato de educar, concretizado nas relações entre as

gerações, seja entre os próprios alunos ou entre eles e seus professores.

Desta forma, os diálogos expressos através de múltiplas linguagens

verbais e não verbais, refletem diferentes identidades capazes de

interagir consigo próprias e com as demais, através da comunicação, das

suas percepções, impressões, dúvidas, opiniões e capacidade de entender

e interpretar a ciência, a tecnologia, as artes e os valores éticos, políticos

e estéticos.

Page 132: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

O diálogo e a metodologia de trabalhos diversificados em sala de

aula permitirão uma forma efetiva de educar, de ensinar e aprender com

êxito, através dos sentidos e significados expressos nos ambientes

escolares. Através de múltiplas interações entre professor/alunos, alunos/

alunos, alunos/livros/, vídeos, materiais didáticos e a mídia desenvolvem-

se ações inter e intra-subjetivas, que geram conhecimentos e valores

transformadores e permanentes.

Professores e equipes docentes buscarão as correlações entre os

conteúdos das disciplinas de conhecimento e o universo de valores e

modo de vida dos alunos, tendo a sensibilidade de integrar estes aspectos

do comportamento humano, discutindo e comparando-os numa atitude

crítica, construtiva e solidária dentro da perspectiva e da riqueza da

diversidade da grande nação brasileira.

Todo conhecimento deve ter um tratamento contextualizado. Se

bem trabalhado, o conteúdo provoca aprendizagens significativas que

mobilizam o aluno e estabelece entre ele e o objeto do conhecimento uma

relação de reciprocidade. Na prática, o conhecimento espontâneo auxilia

a dar significado ao conhecimento escolar que, por sua vez, reorganiza o

conhecimento espontâneo e estimula o processo de sua abstração.

15.5 Avaliação

A avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações

organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno

aprendeu, de que forma e em quais condições. Para tanto, é preciso

elaborar um conjunto de procedimentos investigativos que possibilitem o

ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para tornar o possível e

o ensino e a aprendizagem de melhor qualidade.

Deve funcionar, de um lado, como instrumento que possibilite ao

Page 133: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

professor analisar criticamente sua prática educativa e, por outro lado,

como instrumento que apresente ao aluno possibilidade de saber sobre

seus avanços, dificuldades e possibilidades. Nesse sentido, deve ocorrer

durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em

momentos específicos caracterizados como fechamento em grandes

etapas de trabalho.

A avaliação precisa acontecer num contexto em que seja

possibilitada ao aluno a reflexão tanto sobre os conhecimentos

construídos – o que sabe – quanto sobre os processos pelos quais esse

ocorreu – como conseguiu aprender. Ao identificar o que sabe, o aluno

tem a possibilidade de descobrir que podem existir outras formas de

aprender, conhecer e de fazer. A apropriação de novos conceitos e

procedimentos permite que o aluno possa realizar as atividades propostas

com maior eficiência e autonomia. Nesse sentido, a avaliação precisa ser

compreendida como reflexiva e autonomizadora.

Ao se avaliar, deve-se buscar informações não apenas referentes ao

tipo de conhecimento que o aluno construiu, mas também e, sobretudo,

responder a questões sobre porque os alunos aprenderam o que

aprenderam naquela situação de aprendizagem, como aprenderam, o que

mais aprenderam e o que deixaram de aprender. Para isso, o professor

precisa construir formas de registro qualitativamente diferentes das que

tem sido utilizadas tradicionalmente na escola, para obter informações

relevantes para a organização da ação pedagógica.

É necessário, também, que o aluno seja informado de maneira

qualitativamente diferente das já usuais sobre o que precisa aprender, o

que precisa saber fazer melhor. Assim, as anotações, correções e

comentários do professor sobre as produções do aluno devem oferecer

indicações claras para que esse possa efetivamente melhorar.

Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a

Page 134: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

necessidade de construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe

possibilita a tomada de consciência sobre o que sabe, o que deve

aprender, o que precisa saber fazer melhor e que favoreçam maior

controle de atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho.

A avaliação deve ser num espaço e que sejam considerados aquele

que ensina, aquele que aprende e a relação intrínseca que se estabelece

entre todos os participantes do processo de ensino-aprendizagem.

Portanto, não se aplica apenas ao aluno, considerando unicamente

as expectativas de aprendizagem, mas aplica-se às condições oferecidas

para que isso ocorra: avaliar a aprendizagem implica avaliar, também, o

ensino oferecido.

Page 135: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ANEXO V

PROPOSTAS CURRICULARES DO

ENSINO FUNDAMENTAL

16. Proposta curricular de Artes

16.1 Apresentação

A arte sempre esteve presente na vida do homem, constituindo-se

de suma importância durante a sua evolução.

Durante toda a sua história ela passou por várias mudanças e

Page 136: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

conceitos. Mais do que nunca, o ser humano necessita da arte e a

sociedade a exige na escola, incluída no processo de formação do ser

individual e social enquanto ensino da arte.

Arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do ser humano

e estabelece o diálogo visual, sonoro e cênico entre o aluno e esses

objetos. Possibilita um leitor de mundo mais crítico e eficiente nos seus

posicionamentos e tomadas de atitude, bem como num novo agente de

produção cultural. Precisamos desmistificar a arte como um fazer

dissociado de um saber ou ainda um saber para poucos “dotados”. A arte

tem de ser entendida e percebida em sua globalidade. Deve trabalhar

com a essência do ser humano, em que o sensível, o perceptível e o

reflexivo atuam e interagem com as mesmas propriedades, por meio da

Educação Artística e da Estética.

A arte permite e expressividade de sentimentos, idéias e

informações, interferindo no processo de aprendizagem de todas as

disciplinas.

Entendendo o ser humano como um todo: razão, emoção,

pensamento, percepção, imaginação e reflexão, a Arte busca ajuda-lo a

compreender a realidade e a transforma-la com criatividade, tornando a

humanidade mais sensível e construtiva.

16.2 Justificativa

A arte pretende, por meio da alfabetização estética, desenvolver os

aspectos cognitivo, perceptivo, criativo e expressivo nas linguagens

corporais, visuais, cibernética, musicais e cênicas, por intermédio do

fazer, da leitura desse fazer e de sua inserção no tempo. Capacidade à

compreensão e à utilização dos códigos gramaticais específicos de cada

linguagem, suas diversas maneiras de composição e contextualização,

para realizar com eficiência o diálogo com o mundo: “ler, compreender,

refletir, expressar, fazer”.

Page 137: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

16.3 Objetivos

• Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos

conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizado,

aproximando-o do universo cultural da humanidade nas

suas diversas representações;

• Expressar pensamentos e sentimentos, sob a forma de

representações artísticas como, por exemplo: palavras

na poesia, sons melódicos, expressões corporais na

dança ou no teatro, cores, linhas e formas nas artes

visuais;

• Desenvolver a experimentação estética por meio da

percepção, da análise, da criação, produção e da

contextualização histórica;

• Edificar uma relação de confiança com a produção

artística e pessoal e conhecimento estético, respeitando

a própria produção e a dos colegas no percurso de

criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos

e soluções.

16.4 Conteúdos por ano/série

16.4.1 5ª Série

16.4.1.1 Artes Visuais

Page 138: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Ponto Desenho Figurativo/Abstrato

Pré-história

Linhas Pintura Arte EgípciaForma Dobradura Arte IndígenaEstudo das Cores Pintura Rupestre Arte AfricanaSimetria Confecção de máscaras Arte ModernaTextura Positivo/Negativo

16.3.1.2 Música

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Sons Naturais Improvisações Afro-brasileiraSons Culturais Composição Arte indígenaSons em extinção Música popular brasileiraMelodiaRitmo

16.3.1.3 Dança

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Movimento Composição Dança IndígenaRitmo Improvisações Dança ModernaAção Coreografia Dança FolclóricaEspaçoRelacionamentoDinâmica

16.3.1.4 Teatro

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Personagem Jogos de Mímica Arte GregaEspaço Cênico Fantoches Arte ContemporâneaAção Cênica Dramatizações

Improvisações16.4.2 6ª Série16.4.2.1 Artes Visuais

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Linha Desenho Arte MedievalForma Figuras Geométricas Arte RomânticaTeoria das Cores Pintura Arte BizantinaLuz/Sombra

Page 139: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

16.4.2.2 Música

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Altura Texto Música FolclóricaIntensidade Debates Música de RaizTimbre ImitaçõesDuração Audição e Fruição

Interpretação

16.4.2.3 Dança

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Movimento Composição coreográfica Música Popular BrasileiraRitmo Improvisações

CoreográficasMúsica Contemporânea

16.4.2.4 Teatro

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Dramatização Jogos Dramáticos Período MedievalImprovisação Escultura Viva Período RenascentistaTexto Dramático Técnicas

Encenação

16.4.3 7ª Série

16.4.3.1 Artes Visuais

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Ponto Desenho de Observação NeoclassicismoLinha Desenho de Criação RomantismoForma Desenho Gráfico Arte ModernaCor Figurativo/AbstratoLuz Pintura

Page 140: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Superfície

16.4.3.2 Música

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Harmonia Audição Música Período RomânticoDuração Paródia Afro-brasileiraTimbre Improvisação Hip HopEstruturas Musicais Composições

16.4.3.3 Dança

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Movimento Composições Coreográficas

Dança Erudita

Espaço Audição Dança PopularRitmo Cenários RapEquilíbrio Improvisações

16.4.3.4 Teatro

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Personagem Criação de Personagem Vanguarda ArtísticaEspaço Cênico Texto Dramático Arte ParanaenseAção Cênica ImprovisaçãoExpressão Corporal EncenaçãoExpressão Vocal

16.4.4 8ª Série

16.4.4.1 Artes Visuais

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Forma Composições de Imagens Industria CulturalCor Bidimensionais com

Harmonias CromáticasArte Moderna

Superfície Composições Arte Brasileira

Page 141: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

TridimensionaisVolume

16.4.4.2 Música

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Ritmo Composição Musical Música Popular BrasileiraHarmonia Improvisação FunkMelodia AudiçãoQualidade de Som Análise

Interpretação Musical

16.4.4.3 Dança

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Espaço Improvisação Coreográfica

Dança Popular

Ação Composição Coreográfica Dança ContemporâneaDinâmica / RitmoRelacionamento

16.4.4.4 Teatro

Elementos Básicos da linguagem

Produções/Manifestações artísticas

Elementos contextualizadores

Personagem Tela Viva ImpressionismoExpressão Corporal Representação Teatral

direta e indiretaPós-impressionismo

Expressão Gestual DramatizaçãoAção Cênica

16.5 Encaminhamento Metodológico

Partindo do repertório dos alunos, estabelecendo relações com os

conteúdos presentes nas produções/manifestações

locais/regionais/globais das diversas linguagens artísticas, propiciando

leituras sobre os signos existentes na cultura de massa.

Articulação do lúdico nas diversas linguagens artísticas,

Page 142: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

experimentação e exploração de materiais e técnicas vinculadas à

produção que possibilitará ao aluno a familiarização com as variadas

linguagens artísticas.

16.6 Avaliação

Para se tratar de avaliação em Arte, é necessário referir-se ao

conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus

aspectos experiênciais, quanto conceituais, pois a avaliação consistente e

fundamentada permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos

artísticos estudados e produzidos. É necessário também que o professor

considere o histórico de cada aluno em sua relação com as atividades

desenvolvidas na escola, observando a qualidade dos trabalhos em seus

diversos registros (sonoro, textual ou audiovisual). Guiando-se pelos

resultados obtidos, ele pode planejar algumas formas criativas de

avaliação.

A avaliação também poderá ocorrer na observação e registro dos

caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem,

acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas

criações/produções.

16.7 Referências Bibliográficas

PICOQUE; GISA; GUERRA. Arte (Ensino Fundamental).

BARBOSA, A.M.B. Recorte e Colagem: influência de John Dewey no ensino de arte no Brasil. São Paulo: Cortez, 1989.

BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DEPORTO. Secretaria de Educação Fundamental – Parâmetro curriculares nacionais.

FERRAZ, M.; FUSARI, M.R. Metodologia do ensino de arte. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1993.

Page 143: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

17. Proposta Curricular de Ciências

17.1 Apresentação

A principal do ensino de ciências é proporcionar ao educando uma

compreensão racional do mundo que o cerca, levando-o a um

posicionamento isento de preconceito ou superstições e a postura

adequada em relação à natureza. Atuando como indivíduo que faz parte

Page 144: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

da sociedade em que vive e do ambiente que ocupa. Tendo consciência de

suas responsabilidades face ao ambiente, como representante da espécie

humana, a única que altera profundamente os ecossistemas. Em

conseqüência desse aprendizado que ele perceba, gradativamente, como

a construção do conhecimento científico permitiu o desenvolvimento de

tecnologias que modificaram profundamente nossa vida. O Educando é

parte desse processo dinâmico, que continua ocorrendo e que no futuro

modificará ainda mais nossa forma de viver.

17.2 Objetivos

• Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser

humano parte integrante e agente de transformações do

mundo em que vive, em relação essencial com os demais

seres vivos e outros componentes do ambiente;

• Identificar relações entre conhecimento científico, produção

de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua

evolução histórica;

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para

problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais,

colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes

desenvolvidos no aprendizado escolar;

• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à

energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema,

equilíbrio e vida;

• Saber combinar leituras, observações, experimentações,

registros, etc., para coleta, organização, comunicação e

discussão de fatos e informações;

• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e

cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;

• Compreender a saúde como bem individual e comum que

deve ser promovido pela ação coletiva;

Page 145: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Compreender a tecnologia como meio para suprir

necessidades humanas, distinguindo usos corretos e

necessários daquelas prejudiciais ao equilíbrio da natureza e

ao homem.

17.3 Conteúdos por série/ano

17.3.1 5ª Série

• Astronomia e Astronáutica

Sol: Fonte de luz e calor – relação; instrumento

construído para estudar os astros

Planeta Terra: movimento de rotação e translação;

medida de tempo; instrumento para medir o tempo

Astronáutica e suas aplicações

Constelações e orientações – Sistema Solar; Posição

da Terra e dos demais planetas

Conhecimentos Químicos:

Sol: Composição química – sistema solar;

composição da terra

Conhecimentos Biológicos:

− Planeta Terra: biosfera; Sol; Produção de

vitamina D; ritmos biológicos; influência da lua

sobre os mares

− Tratamento e prevenção dos efeitos das

radiações do sol sob o corpo humano

− Adaptações dos homens, as viagens espaciais

− Sol fonte de luz e energia: fotossíntese

− Estrutura da Terra: Atmosfera, litosfera,

hidrosfera

Page 146: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Meio Ambiente

Conhecimentos físicos

− Temperatura

− Luz

− Pressão

Conhecimentos Químicos

− Fotossíntese

− Agressão ao meio ambiente

Conhecimentos biológicos

• Metabolismo

• Seres vivos e não vivos

• Relação de interdependência

• Interação da pele com o meio

• Solo no ecossistema

Conhecimentos físicos

− Tecnologia utilizada para preparar o solo para o

cultivo

• Conhecimentos Químicos

− Composição do Solo: tipos de solo;

transformação do solo; utilidades do solo;

adubação orgânica

Conhecimentos biológicos

− Combate à erosão: tipos de erosão

− Contaminação do solo

− Doenças – prevenção e tratamento

− Condições para manter a fertilidade (técnica)

Page 147: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Água no Ecossistema

− Conhecimentos físicos

− Estados físicos da água: mudanças de estados

físicos

− Pressão e temperatura: densidade

• Conhecimentos químicos

- Composição da água: água como solvente universal

• Conhecimentos biológicos

− Ciclo da água: disponibilidade da H20

− Água e os seres vivos

− Contaminação da H20

− Doenças – prevenção e tratamento das doenças

relacionadas à contaminação da H20

− Agentes poluidores

− Saneamento básico: ETA, ETE e do lixo

• Ar e ecossistema

− Conhecimentos físicos

− Existência do ar

− Atmosfera: camadas

− Propriedades do ar

− Formação de ventos – tipos de vento

− Pressão atmosférica

− Meteorologia: previsão do tempo

• Conhecimentos químicos

- Composição do ar

- Combustão: gases tóxicos

• Conhecimentos biológicos

− O ar e os seres vivos

Page 148: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

− Pressão atmosférica - audição

− Contaminação do ar

− Doenças causadas pela contaminação do ar:

prevenção e tratamento

− Poluição do ar: agentes causadores –

conseqüências

− Medidas para diminuir a poluição do ar

17.3.2 6ª Série

• Biodiversidade – características básicas dos seres vivos

− Conhecimentos físicos

− Transformações

− Aspectos físicos do planeta: possível para o

surgimento da vida

− População: taxa de densidade demográfica e

fatores que influenciam

− Capilaridade

• Conhecimentos químicos

- Transformações químicas no planeta para as

condições de surgimento da vida; fotossíntese;

fermentação; respiração; decomposição, combustão

- Surgimento dos primeiros seres vivos: composição

química

• Conhecimentos biológicos

− Características básicas que diferenciam os

seres vivos dos não vivos

− Seres vivos - ambiente

− Adaptação e controle da temperatura corporal

nos organismos

Page 149: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

− Interações com o meio

− Proteção da água e temperatura

− Ambiente biosfera

− Ecossistema – comunidade – população –

indivíduo; habitat e nicho ecológico

− Divisão da biosfera

− Equilíbrio e conservação da natureza: fauna,

flora, ar, água, solo

− Doenças causadas por bactérias e vírus –

tratamento e profilaxia

− Modo de agrupar os seres vivos

− Critérios de classificação

− Cinco reinos dos seres vivos

− Biosfera, adaptação dos seres vivos nos

ambientes terrestres e aquáticos; biotecnologia

da utilização industrial de microorganismos e

vegetais

− Indústria farmacêutica, química e alimentícia

− Vegetais, flor, fruto, semente, disseminação

− Reino animal – Filo: cordado

17.3.3. 7ª Série

• Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia – Tecnologia

− Conhecimentos físicos

− Unidade de medida da célula

− Equipamentos para observação e descrição de

células

− Microscópio e lupas

− Ação mecânica da digestão

Page 150: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

− Movimento peristáltico

− Transporte de nutrientes: pressão arterial;

tecnologia de reprodução in vitro; inseminação

artificial

− Tecnologias associadas ao tratamento das

DST’s – AIDS

− Tecnologias relacionadas aos sentidos

− Aparelhos de correção de deficiências físicas

• Conhecimentos químicos

- Unidade de medida

- Colóide

- Osmose

- Difusão: substâncias orgânicas e inorgânicas

- Nutrição

- Alimentos diet e light

- Ação química da digestão

- Sistema digestório

- Prevenção da obesidade

- Sistema Cardiovascular

- Sistema Respiratório – aproveitamento de nutrientes

- Eliminação de resíduos e hemodiálise

- Sabores e texturas de alimentos

- Reações que ocorrem no sistema nervoso e no

organismo com a liberação de neur

• Conhecimentos biológicos

− Sistema Urogenital

− Sistema Nervoso

− Sistema Endócrino

− Sistema sensorial

− Sistema locomotor

Page 151: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

17.3.4 8ª Série

• Corpo humano e saúde – ambiente – matéria e energia –

tecnologia

− Conhecimentos físicos

− Estado físico da matéria

− Pressão e densidade

− Força de atrito - aerodinâmica

− Água e ar como fontes de energia

− Força de atrito

− Máquina simples

− Segurança no trânsito

− Prevenção de acidentes

− Poluição

− Magnetismo

− Eletricidade, condutores e fontes

− Diagnóstico de exames

− Força de gravidade

− Óptica

− Fibras Ópticas

− Acústica

• Conhecimentos químicos

- Metabolismo

- Transformação de matéria em energia

- Composição da água, ar e solo

- Soluções e misturas

- Ciclos biogeoquímicos

- Super aquecimento dos planetas

- Substâncias orgânicas e inorgânicas

- Reações e funções químicas

Page 152: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Conhecimentos biológicos

− Adaptação de controle de temperaturas nos

organismos

− Equilíbrio biológico

− Agentes causadores de poluição e medidas

preventivas

− Saneamento básico

− Biodigestor

− Conseqüências do superaquecimento para os

seres vivos e o meio ambiente

− Biotecnologia

− Efeito da intoxicação por agentes físicos e

químicos no organismo

17.4 Metodologia

O encaminhamento metodológico será realizado numa abordagem

crítica, que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na

escola os conteúdos historicamente construídos pela humanidade,

estabelecendo as relações entre os conteúdos específicos, promovendo a

integração dos mesmos ao longo dos quatro últimos anos do Ensino

Fundamental, respeitando o nível cognitivo dos alunos, a realidade local,

a diversidade cultural, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos

pelos alunos.

17.5 Avaliação

O registro da avaliação na disciplina de ciências será

diagnosticada, contínua e cumulativa, partindo da etapa em que o aluno

se encontra. Na avaliação dos conteúdos ministrados, deverá ser dada

maior importância aos aspectos qualitativos da aprendizagem,

Page 153: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

valorizando a compreensão, a criticidade, a capacidade de síntese e

elaboração pessoal, sobre a memorização. É imprescindível a coerência

entre planejamento das ações pedagógicas do professor com o

encaminhamento metodológico e o processo avaliativo. De modo que os

critérios de avaliação previamente estabelecidos estejam diretamente

ligados ao processo de ensino e aprendizagem.

17.6 Referências Bibliográficas

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências do Estado do Paraná, 2006.

18. Proposta Curricular de Educação Física

18.1 Apresentação

A educação física é a área do conhecimento que introduz e integra

os alunos na cultura corporal do movimento, com finalidade de lazer,

expressão de sentimento, afetos emoções, de manutenção e melhoria da

saúde, evitando favorecer alunos que já tenham aptidões, adotando como

eixo estrutural da ação pedagógica o princípio da inclusão, apontando

para perspectivas metodológicas de ensino aprendizagem, que busquem o

desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e

da afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse sentido,

garante a todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças,

lutas e ginásticas em benefício da saúde e do lazer, proporcionando o

exercício crítico da cidadania e o bem estar físico, social e mental,

garantindo integralmente a saúde do indivíduo.

Atualmente, quando falamos sobre a Educação Física escolar

sempre há algum fator que reforça a sua importância como um processo

Page 154: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

permanente de desenvolvimento humano e de qualidade de vida.

Reconhece-se também que ela é uma disciplina capaz de influir direta e

favoravelmente na formação integral do individuo. Com o objetivo de

educar, aprimorar e melhorar os movimentos, bem como desenvolver a

inteligência e personalidade.

Torna-se, portanto, importante o seu conhecimento como saber

escolar, pois contribui para a formação e transformação do estudante nos

aspectos acima mencionados.

18.2 Objetivos

Participar das atividades corporais, estabelecendo relações

construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características

físicas, o desempenho de si mesmo e dos outros sem discriminar por

fatores pessoais, físico, sexuais ou sociais.

Transcender aquilo que se apresenta como senso comum, desmistificando

formas já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das diversas

praticas e manifestações corporais.

Priorizar a construção do conhecimento sistematizado como

oportunidade impar de reelaboração de idéias e praticas que por meio de

ações pedagógicas intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama

de conhecimentos produtivos pela humanidade e suas implicações pela

vida.

Ampliar a visão biológica, democratizando, humanizando,

problematizando e diversificando a pratica pedagógica para as dimensões

afetivas, cognitivas, socioculturais e interdisciplinares. Incorporando de

forma organizada os conteúdos estruturantes onde são incluídas: a

ginástica, esporte, jogos, danças, lutas, que interagem com os elementos

articuladores como a desportivização, mídia, saúde, corpo, tática e

técnica, o lazer e a adversidade.

18.3 Conteúdos por série/ano

Page 155: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

18.3.1 5ª Série

* O corpo como construção histórico-social

• Dimensões biológica, histórica, cultural e social das manifestações

corporais;

• Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;

• Saúde/doença: elementos básicos;

• O corpo: limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo,

saudável/doente, livre/aprisionado, o corpo excluído.

* Conhecimento do corpo

• Auto-conhecimento do corpo: somatização das emoções – dor, ódio,

prazer, medo, etc;

• Interação do corpo: reconhecimento dos limites e possibilidades da

corporalidade do outro;

• Relaxamento e contração;

• Relaxamento e descontração;

• Movimentar-se: o corpo que se desloca;

• Exploração corporal do mundo circundante da escola;

• Educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens, senso tátil;

* Manifestações esportivas

• Conceito e origem da ginástica e sua evolução histórica;

• Diferentes tipos de ginásticas;

• Princípios básicos das ginásticas;

• Cultura de rua, do circo: malabares, acrobacias, etc;

Page 156: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

* Jogos, brincadeiras e brinquedos

• Conceito e origem dos jogos, brincadeiras, brinquedos e sua evolução

através do tempo;

• Construções coletivas de diferentes jogos, brincadeiras e brinquedos;

• Resgate dos jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais: brinquedos

cantados, rodas, ciranda;

• Práticas de jogos, brinquedos e brincadeiras;

• Diferenças entre jogo e esporte; por quê brincamos?

* Manifestações estéticas corporais: na dança e no teatro

• Conceito e origem da dança, teatro e sua evolução histórica;

• A dança e o teatro com possibilidades de manifestação corporal;

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;

• Expressão corporal: mímica, imitação, representação.

18.3.2 6ª Série

* O corpo como construção histórico-social

• Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;

• Saúde/doença: elementos básicos;

• O corpo: limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo,

saudável/doente, livre/aprisionado, o corpo excluído.

* Conhecimento do corpo

• Relaxamento e descontração

• Exploração corporal do mundo circundante da escola;

• O corpo que não se vê; o que nosso corpo produz.

Page 157: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

* Manifestações esportivas

• Princípios básicos dos esportes, técnicas, táticas e regras;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

• Práticas esportivas: esportes.

* Manifestações ginásticas

• Diferentes tipos de ginástica;

• Cultura da rua, do circo: malabares, acrobacias, etc.

* Manifestações estéticas corporais: na dança e no teatro

• A dança e o teatro com possibilidades de manifestação corporal;

• Diferentes tipos de dança: populares, tradicionais, folclóricas;

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas.

18.3.3 7ª Série

* O corpo como construção histórico-social

• O corpo como manifestação cultural: a sexualidade como possibilidade

de prazer e sofrimento;

• O corpo como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas,

preconceitos e tabus corporais, o corpo com necessidades especiais;

• O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião

(diversidade);

• Relação do indivíduo com a indústria do lazer e com a natureza (corpo

mercadoria): consumo, preservação ambiental e formação.

* Conhecimento do corpo

Page 158: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Relaxamento e descontração;

• Massagem e auto-massagem;

* Manifestações esportivas

• O esporte como fenômeno de massa;

• O sentido da competição esportiva;

• Práticas esportivas: esportes.

* Manifestações ginásticas

• Diferentes tipos de ginástica;

• Práticas ginásticas.

* Manifestações estéticas corporais: na dança e do teatro

• Diferentes tipos de dança: populares, tradicionais, folclóricas.

18.3.4 8ª Série

* O corpo como construção histórico-social

• O corpo como manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade

de prazer e sofrimento:

• O corpo como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas,

preconceitos e tabus corporais, o corpo com necessidades especiais;

• O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião

(diversidade);

• Relações do indivíduo com a indústria do lazer e com a natureza

(corpo mercadoria): consumo, preservação ambiental e formação.

* Conhecimento do corpo

Page 159: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Relaxamento e descontração;

• Massagem e auto-massagem.

* Manifestações esportivas

• O esporte como fenômeno de massa;

• O sentido da competição esportiva;

• Práticas esportivas: esportes.

* Manifestações ginásticas

• Diferentes tipos de ginástica;

• Práticas ginásticas.

* Manifestações estéticas corporais: na dança e do teatro

• Diferentes tipos de dança: populares, tradicionais, folclóricas.

18.4 Metodologia

A Educação Física terá como eixo não a educação física tradicional

e renovada, mas uma educação física com abordagem histórica e crítica,

valorizando a ação pedagógica enquanto inserida na prática social

concreta, entendido como escola como mediação entre o indivíduo e o

social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a

assimilação ativa por parte de um aluno concreto, e com articulação do

saber criticamente reelaborado não bastando que os conteúdos sejam

apenas inseridos, ainda que bem ensinados; é preciso que se liguem, de

forma indissociável, ‘a sua significação humana e social, introduzindo,

portanto a possibilidade de uma reavaliação critica frente a esses

Page 160: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

conteúdos.

O conhecimento, nessa forma de pensar educação física, é a

reflexão, a critica e a reconstrução sobre a cultura corporal. Os alunos

aprendem a praticar e refletir sobre os jogos, as danças, as ginásticas, as

lutas, as acrobacias, as mímicas, e outras manifestações que compõem a

cultura corporal.

Podemos dizer que o objeto de estudo da educação física, nessa

perspectiva é a cultura corporal como linguagem e como saber histórico.

Essa cultura corporal no ambiente escolar pode ser expressa enquanto

elementos articulantes e conteúdos estruturantes. Os conteúdos técnicos

serão trabalhados a partir do entendimento da técnica enquanto um meio

que permite ao homem vivenciar e se apropriar de uma dada pratica.

Também, enquanto um conhecimento específico, socialmente produzido

historicamente sistematizado pela humanidade. Por isso, um

conhecimento a que os seres humanos têm o direito a ter acesso. Mediar

à técnica dos elementos da cultura corporal significa permitir que os

alunos se apropriem de um conhecimento necessário a sua participação

ativa e leitura critica do mesmo.

Essa visão se contrapõe àquela da técnica como um meio que

permite ao atleta atingir seu rendimento máximo no gesto motor, em um

fundamento. O motivo da técnica, na visão do trabalho desenvolvido e

aqui relatado, se desloca do resultado esportivo, da busca desmedida da

vitória, para a apreensão da expressão corporal como forma de

linguagem, para a compreensão das relações humanas.

Os conteúdos específicos de educação física são abordados por

intermédio dos elementos articuladores, visando um maior

aprofundamento (com grau de complexidade superior a serie anterior) e

diálogo com as diferentes expressões do corpo.

Para analise critica dos alunos será proposto o estudo dos

elementos articuladores: mídia, desportizacao, saúde (aspectos

individuais e sociais), corpo e sociedade, lazer, diversidade, tática e

técnica, inovações tecnológica se o mundo do trabalho, legislações

Page 161: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

relativas a educação, educação física, esporte e lazer, acontecimentos

atuais (mundiais, nacionais e locais).

18.5 Avaliação

Para a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento de forma

atuada e consciente, será utilizada avaliação diagnóstica, que alem de ser

continua é no processo que ela tem a característica de retomada dos

conteúdos, usando o avanço e o crescimento do aluno que será de forma

global durante todas as aulas através dos critérios: interesse,

participação, organização para o trabalho cooperativo, respeito aos

materiais, colegas e professores, disciplina, conhecimento, integridade,

socialização onde ampliara a compreensão dos alunos para alcançar

responsabilidade na trajetória a ser percorrida.

18.6 Referências Bibliográficas

ADORNO, Theodor. Tempo Livre. In: Palavras e sinais. Petrópolis: Vozes, 1995.

BRACHT, Valter. Educação física: conhecimento e especifidade. Trilhas e partilhas: educação física na cultura escolar e nas práticas sociais. Belo Horizonte: Cultura, 1997.

_____________. Pesquisa em ação: educação física na escola. Ijuí: Unijuí, 2003.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 1992.

GARCIA, Regina Leite. O corpo que fala dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

KISHIMOTO, Tisuko Morchida. Educação infantil integrando pré-escolas e creches na busca da socialização da criança. São Paulo:

Page 162: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

EDUSP, 2001.

KUWZ, Eleonor. Transformação didático-pedagógica no esporte. Ijuí: Unijuí, 1994.

OLIVEIRA, Luciane Paiva Alves de. Práticas para o controle do corpo no início do ensino fundamental. São Paulo: PUC-SP, 2001. Dissertação de mestrado.

SOARES, Carmen Lúcia. Educação física escolar: conhecimento e especifidade. São Paulo: revista Paulista de Educação Física, Suplemento 2, no. 2. 1996.

19. Ensino Religioso

19.1 Apresentação

Na escola o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da

religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império, conforme

determinava a Constituição de 1824. Após a proclamação da República, o

ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, de modo que foi

rejeitada a hegemonia católica (o monopólio dessa religião sobre as

demais).

Depois da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser

admitido como disciplina na escola publica como matricula facultativa.

Nas Constituições de 1973, 1946 e 1967 o Ensino Religioso foi

mantido como matéria do currículo, de freqüência livre para o aluno, e de

caráter confessional de acordo com o credo da família.

A partir da década de 1960, surgiram grandes debates nos quais

retomou-se a questão da liberdade religiosa, devido à pressão das

tradições religiosas e da sociedade civil organizada, que partiu de

diferentes manifestações religiosas.

Ao longo destes anos o Ensino Religioso, nas escolas públicas,

Page 163: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

passou por vários questionamentos e mudanças.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, podem-se

destacar: a necessária superação das tradicionais aulas de religião; a

inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações

religiosas, dos seus ritos, das paisagens e símbolos; e as relações

culturais, sociais, políticas e econômicas que são impregnadas às diversas

formas de religiosidade.

As religiões no ambiente escolar interessam como objeto de

conhecimento a ser tratado nas aulas, por meio de estudo das

manifestações religiosas que delas decorrem e os constituem. As

diferenças culturais são abordadas para ampliar a compreensão da

diversidade religiosa como expressão da cultura, construída

historicamente e são marcadas por aspectos econômicos, políticos e

sociais.

Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a levar os alunos, por

meio dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes

manifestações do sagrado, com vista à interpretação dos seus múltiplos

significados. A disciplina de Ensino Religioso subsidiará os educandos na

compreensão dos conceitos básicos no campo religioso e na forma como a

sociedade sofre interferências das tradições religiosas ou mesmo da

afirmação ou negação do sagrado.

Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às

suas manifestações são significativos para todos no processo de

escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma

interface da cultura e da constituição da vida em sociedade.

19.2 Objetivos

Formar nos educandos atitudes de valores, fortalecimento dos

vínculos familiares, dos laços de solidariedade e de respeito à diversidade

cultural e religiosa em que se assenta a vida social.

Page 164: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

19.3 Conteúdos por série/ano

19.3.1 5ª Série

* Respeito à diversidade religiosa

• Declaração Universal dos Diretos Humanos e

Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa;

• Direito de professar a fé e liberdade de opinião e

expressão;

• Direito à liberdade de reunião e associações pacíficas;

• Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado.

* Lugares Sagrados

• Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas,

cachoeiras, etc;

• Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

* Textos sagrados orais e escritos

* Organizações religiosas

• Os fundadores e/ou lideres religiosos;

• As estruturas hierárquicas.

19.3.2 6ª Série

* Universo simbólico religioso

• Dos ritos;

Page 165: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Dos mitos;

• Do cotidiano.

* Ritos

• Os ritos de passagem;

• Os mortuários;

• Os propiciatórios, entre outros.

* Festas religiosas

• Peregrinações;

• Festas familiares;

• Festas nos templos;

• Datas comemorativas.

* Vida e morte

• O sentido da vida nas tradições e manifestações

religiosas;

• A reencarnação;

• A ressurreição – ação de voltar à vida;

• Além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados,

espíritos dos antepassados que se tornam presentes,

entre outros.

19.4 Metodologia

O trabalho com os conteúdos específicos deve ser orientado a partir

Page 166: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou

pouco conhecidas dos alunos, para que depois sejam trabalhados os

conteúdos relativos às manifestações religiosas mais comuns, do universo

cultural da comunidade.

Todo o conteúdo a ser tratado nas aulas contribuirá para superar o

preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; para

questionar toda forma de proselitismo, e para aprofundar o respeito a

qualquer expressão do sagrado.

Os conteúdos contemplam as diversas manifestações do sagrado,

entendidas como integrantes do patrimônio cultural, e contribuem para

construir, analisar e socializar o conhecimento religioso, favorecendo

assim a formação integral dos alunos, o respeito e o convívio com o

diferente.

Os conteúdos serão trabalhados de acordo com a produção de

pesquisadores sobre as respectivas manifestações do sagrado.

19.5 Avaliação

A avaliação da disciplina de Ensino Religioso não ocorre como na

maioria das disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de

aprovação ou reprovação nem tem registro de notas ou conceitos na

documentação escolar, por seu caráter facultativo de matricula na

disciplina.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser

um elemento integrante do processo educativo da disciplina.

Através da observação das relações dos alunos perante os

conteúdos apresentados e as diferenças de crenças no seu meio social.

Esta observação será registrada por meio de instrumentos que permitam

à escola, ao próprio aluno e a seus pais a identificação dos progressos

obtidos na disciplina.

19.6 Referências Bibliográficas

Page 167: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

SEED – Secretaria do Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da

Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Ensino Religioso

20. Proposta Curricular de Geografia

20.1 Apresentação

As relações entre a sociedade e a natureza sempre permearam os

estudos geográficos, pois a compreensão desses fenômenos eram e são

essenciais para garantir a sobrevivência humana.

Nos primórdios da sociedade, o homem apenas descrevia os

fenômenos naturais, as informações sobre a localização e as

características físicas das regiões conquistadas. Tais conhecimentos eram

fundamentais para se organizarem politicamente e economicamente.

Diante da necessidade de ampliar o seu domínio, o homem passou a

buscar explicações para os fenômenos naturais, a mapear todas as áreas

conquistadas, surgindo desta forma, os primeiros registros geográficos e

cartográficos.

Somente no século XIX é que os conhecimentos geográficos

passaram a ser sistematizado. Neste período, surgiram as sociedades

geográficas que através de expedições buscavam conhecer novas áreas

continentais. Os conhecimentos eram utilizados pelas classes dominantes

para conquistar novas possessões territoriais.

No Brasil, a institucionalização da Geografia se consolidou a partir

Page 168: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

de 1930, era uma Geografia descritiva, decorativa, conhecida como

Geografia Tradicional.

As transformações políticas, econômicas e sociais após a Segunda

Guerra Mundial, interferiram no pensamento geográfico sobre diversos

aspectos. Essas transformações se intensificaram no decorrer do século

XX, promovendo a reformulação do ensino da Geografia e nas novas

abordagens para os campos de estudo desta ciência. No Brasil, o

percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60,

que levaram as modificações do ensino da Geografia.

Com o fim do militarismo no Brasil, na década de 80, a renovação

do pensamento geográfico fortaleceu e as discussões teóricas centraram-

se em torno da Geografia Crítica.

Essa nova concepção geográfica tem como objetivo uma análise

social, política e econômica sobre o espaço geográfico trazendo para as

discussões assuntos ligados: à degradação da natureza, intensa

exploração dos recursos naturais, as desigualdades sociais e injustiças da

produção e organização do espaço, bem como, as questões culturais,

políticas e econômicas mundiais, com o objetivo de desenvolver no

educando conhecimentos críticos do mundo que o cerca, com os quais ele

possa pensar a realidade geograficamente despertando uma consciência

espacial, assumindo um papel de agente transformador da realidade.

20.2 Conteúdos por série/ano

20.2.1 5ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

A dimensão Econômica da produção do/no espaço

O homem, as paisagens e o espaço demográfico

A orientação e a localização do espaço geográfico

A representação do espaço geográfico

A sociedade urbana e rural

Tipos de atividade industrial

Comércio, transportes e as comunicações

Page 169: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

A dimensão sócio-ambiental

Movimentos da Terra

Atmosfera: condições naturais e ação humana

Os climas e as formações vegetais da Terra

A hidrosfera e a importância da água para a sociedade

A litosfera: rochas e o relevo terrestre

Geopolítica Organização do espaço geográfico: do local ao global

A dinâmica cultural e demográfica consumo, consumismo e cultura

20.2.2 6ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

A dimensão Econômica da produção do/no espaço

A formação do território brasileiro

A sociedade e a economia no Brasil

Brasil: de país agrário à industrial

As desigualdades sociais no Brasil e dependência tecnológica

O espaço sócio-econômico das regiões brasileiras

A dimensão sócio-ambiental

A paisagem natural brasileira e a ação humana

As condições naturais das regiões brasileiras

Sistemas de energia e a degradação ambiental

Geopolítica

Poder político, Estado e organização do Estado

Movimentos sociais no Brasil

Estados, nação e territórios

A dinâmica cultural e demográfica

Movimentos populacionais no Brasil

Urbanização brasileira e favelização

Características gerais da população brasileira

Questão étnico-racial no Brasil

20.2.3 7ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

A dimensão econômica da O capitalismo e a formação do espaço mundial

Page 170: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

produção do/no espaço

A revolução técnico-científica e a globalização

Economia e desigualdades sociais

Acordos e blocos econômicos

A dimensão sócio-ambiental

As eras geológicas: relevo e hidrografia das Américas

O clima e as paisagens naturais das Américas

Problemas ambientais no espaço urbano e rural

Geopolítica

Globalização e blocos econômicos

Subdesenvolvimento

Desigualdades dos países Norte/Sul

A integração das Américas e organizações internacionais

A geopolítica da América Anglo-saxônica e da América Latina

A dinâmica cultural e demográfica

A urbanização e as cidades globais

Fluxos migratórios

Características gerais da população americana

Conflitos étnicos-religiosos e raciais na América

20.2.4 8ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

A dimensão econômica da produção do/no espaço

A nova ordem mundial

O espaço econômico da Europa, Ásia, Oceania e África

Dependência tecnológica

Desigualdades sociais

A dimensão sócio-ambientalO espaço natural da Europa, Ásia, África e Oceania

Problemas ambientais mundiais

Geopolítica

O século XXI – neoliberalismo e a economia mundial

Guerra Fria e sua influência mundial

Conflitos mundiais

Terrorismo

Movimentos Sociais

A dinâmica cultural e demográfica

Formação e conflitos étnicos, religiosos e raciais

Fatores e tipos de movimentos populacionais e suas influências no espaço geográfico

A identidade nacional e o processo de globalização

Page 171: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

20.3 Metodologia

Os conteúdos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica

interligando a teoria, a prática e a realidade. Faz-se necessário que os

conteúdos estruturantes estejam inter-relacionados, garantindo uma

totalidade de abordagem dos conhecimentos específicos.

O ensino da Geografia tem buscado praticas pedagógicas que

permitam apresentar aos alunos diferentes aspectos de um mesmo

fenômeno em diferentes momentos da escolaridade de modo que possam

construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-

se que es desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre

diferentes aspectos da realidade compreendendo a relação sociedade /

natureza.

Essas práticas envolvem procedimentos de problematização,

observação, registro, descrição, documentação, representação e

pesquisas dos fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a

paisagem e o espaço geográfico, na busca e formação de hipóteses e

explicações da relação permanência e transformações que aí encontram

em interação.

O estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma

conjunta, pois constituem a base material u física sobre a qual o espaço

geográfico é constituído.

A realização do trabalho escolar deve ser essencialmente formativa,

buscando mudanças qualitativas da situação, preservando o trabalho com

a informação.

Nesses trabalhos deve-se considerar que as informações recolhidas

possam ser analisadas através de comparações com o conhecimento

acumulado abrindo espaço para a interdisciplinaridade.

20.4 Avaliação

A avaliação está inserida dentro do processo de ensino-

Page 172: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

aprendizagem. Diante disso, deve-se evitar avaliações que contemplem

apenas uma das formas de comunicação dos alunos, ou seja, apenas a

escrita ou a interpretação de textos, porém não podemos abandonar

totalmente esta prática, pois o nosso aluno encontrará esse tipo de

situação na sociedade capitalista na qual está inserido.

Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja

articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o

objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade-

natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global e

vice-versa. Que essa avaliação seja diagnóstica e continua e que

contemple diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura,

interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de

fotos, imagens, tabelas, mapas, gráficos, relatórios de experiências

práticas de aulas de campo, construção de maquetes, produção de mapas

mentais, apresentação de seminários, pesquisas bibliográficas.

Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda que a proposta avaliativa

deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão

avaliados em cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser

um processo não linear de construções e reconstruções, assentando na

interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do

processo professor / aluno.

20.5 Referências Bibliográficas

ADAS, Melhem. Geografia: Noções Básicas de Geografia. São Paulo. Moderna, 2002.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília. MEC/SEF, 1997. 166 p.

OLSZEWSKI, katia Marise & SOURIBNT, Lilian . A Terra em Estudo: A Geografia em Questão. São Paulo: Editora do Brasil, 1999.

PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares

Page 173: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual. Superintendência da Educação. Curitiba, 2006. (Versão Preliminar).

SENE, Eustáquio de. & MOREIRA, João Carlos. A Geografia no Dia-a-Dia. São Paulo: Scipione, 2002.

VESENTINI, José William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo. Ática, 2004.

21. Proposta Curricular de História

21.1 Ementa

Dentro da pedagogia histórico-crítica, a disciplina de História busca

uma reflexão em que os professores e alunos possam sentir-se sujeitos

(seres atuantes) e não objetos da construção do processo histórico,

entendendo que o homem tem uma história de vida cotidiana, também

uma memória individual e coletiva de passado recente e de diferentes

sociedades.

A História é o produto da prática concreta do homem. Esse

pressuposto permite nortear o estudo das sociedades no tempo e no

espaço percebendo o que estas sociedades têm de original e comum ao

mesmo.

A partir das análises realizadas dentro da visão “dimensão de

História”, verificamos as diferenças e manutenções do conhecimento

histórico nas várias etapas da história do nosso país, destacamos a

História Tradicional que imperou até Getúlio Vargas: eurocêntrica,

factual, linear, heróica, política e de memorização de fatos.

Com pós Getúlio Vargas, e em especial durante a Ditadura Militar,

Page 174: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

foi a volta da História Tradicional de caráter político, visando apenas o

factual e o linear, sem espaços para análises críticas e interpretações dos

fatos, além de centrar-se numa formação tecnicista, voltada à preparação

de mão de obra para o mercado de trabalho em detrimento à área de

humanas.

O fim da ditadura fez crescer debates em torno das reformas

democráticas, principalmente nos anos 90, trazendo novas propostas para

o ensino de História: a pedagogia histórico-crítica, pautada no

materialismo histórico dialeto.

A proposta esbarrou na não superação da história linear e

cronológica, como na falta da formação continuada de professores da

área.

Tentou-se com os PCN’s, até o final de 2002, essa superação mas,

por este se dar de forma autoritária, os conteúdos tornaram-se meios

para a aquisição de Competências: preparar para as exigências científico-

tecnológicas, adaptando o indivíduo a mudanças sociais, ou seja, a

valorização de ensino humanístico, perdeu mais uma vez seu valor.

Dentro dos PCN’s, as competências apresentadas tinham uma

abordagem funcionalista, pragmática, presentista dos conteúdos de

História.

De fato esta superação teve início em 2003 com a elaboração das

Diretrizes Curriculares para o ensino de História, que até o atual

momento está em elaboração e o grande colaborador está na formação

continuada dos professores.

21.2 Objetivos

21.2.1 Gerais

- Quebrar a concepção de História como verdade pronta e absoluta e

definitiva, não aceitando dogmatismo e ortodoxia, tendo em vista

que os objetivos de estudos dos processos históricos estão

Page 175: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

relacionados às ações e relações humanas praticadas no tempo;

(estruturas sócio-históricas), buscando preservar uma narrativa

histórica respeitando a diversidade das experiências sociais,

culturais e políticas dos sujeitos e suas relações, expressa no

processo de produção do conhecimento humano sob a forma da

consciência, valorizando a possibilidade de luta e transformação

social. “Entende-se que a narrativa quando histórico” significa que

o passado é compreendido em relação ao processo de constituição

das experiências sociais, culturais e políticas, no domínio próprio do

conhecimento histórico.

- O ensino de História tem como objetivo principal investigar, refletir

e analisar as sociedades humanas nos campos econômicos, social e

cultural.

21.2.2 Específicos

- Entender o processo histórico como resultado econômico, social,

político e cultural

- Relacionar as estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais

das diferentes épocas históricas

- Interpretar fatos e situações reais da região, do país e do mundo

- Compreender a sim mesmo como ser integrante e interagindo na

sociedade

21.3 Conteúdos

21.3.1 5ª Série

DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI –DIFERENTES TRAJETÓRIAS, DIFERENTES CULTURAS

CONTEÚDO ESTR

POLÍTICA ECONÒMICO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Page 176: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

UTURANTE

SOCIAL, CULTURAL, DIMENSÕES

Produção do conhecimento histórico

O historiador e a produção do conhecimento históricoTempo, temporalidadeFontes, documentosPatrimônio material e imaterialPesquisa

Articulação da História com outras áreas do conhecimento

Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia e outras.

Obs.: O estudo da produção do conhecimento histórico e a articulação da história com outras áreas do conhecimento se faz necessário em todas as séries do ensino fundamental, não necessariamente no início do ano

letivo como está posto para a 5a. série.

A humanidade e a história

De onde viemos, quem somos, como sabemos?

Arqueologia no Brasil

Lagoa Santa: Luzia (MG)Serra da Capivara (PI)Sambaquis (PR)

Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações

Teorias do surgimento do homem na América Mitos e lendas da origem do homemDesconstrução do conceito de pré-históriaPovos ágrafos, memória e história oral

Page 177: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Povos Indígenas no Brasil e no Paraná

Ameríndios do território brasileiroKaingang, Guarani, Xetá e Xokleng

As primeiras civilizações na América

Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e AstecasAmeríndios da América do Norte

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia

Egito, Núbia, Gana e Mali*Hebreus, gregos e romanos*

* Obs.: Não se trata aqui de “esgotar” a história dessas civilizações, mas sim levantar alguns aspectos como religiosidade, organização social, etc.

A chegada dos europeus na América

(des) encontros entre culturasresistência e dominaçãoescravizaçãocatequização

Península ibérica nos séculos VIX e XV: cultura, sociedade e política

reconquista do territórioreligiões: judaísmo, cristianismo e islamismocomércio (África, Ásia, América e Europa)

Formação da sociedade brasileira e americanaAmérica portuguesaAmérica espanholaAmérica franco-inglesaOrganização político-administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias)Manifestações culturais (sagradas e profanas)Organização social (família patriarcal e escravismo)Escravização de indígenas e africanosEconomia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios)

Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa

Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomatapa (Zimbabwe) e outrosComércioOrganização político-administrativaManifestações culturaisOrganização socialUso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil, ...

Diáspora Africana

21.3.2 6ª Série

Page 178: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

POLÍTICA, ECONÔMICO-SOCIAL, CULTURA, DIMENSÕES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Expansão e consolidação do território

MissõesBandeirasInvasões estrangeiras

Consolidação dos estados nacionais europeus e reforma pombalina

Reforma e contra-reforma

Colonização do território “paranaense”

EconomiaOrganização socialManifestações culturaisOrganização política-administrativaMovimentos de contestação

Quilombos (BR e PR)Irmandades: manifestações religiosas – sincretismoRevoltas Nativistas e Nacionalistas

Inconfidência mineiraConjuração baianaRevolta da cachaçaRevolta do manetaGuerra dos mascates

Independência das trezes colônias inglesas da América do Norte

Diáspora africana

Revolução francesa

Comuna de Paris

Chegada da família real ao Brasil

De colônia à reino unidoMissões artístico-científicasBiblioteca NacionalBanco do BrasilUrbanização na CapitalImprensa régia

Invasão napoleônica na Península Ibérica

O processo de independência do Brasil

Governo de D. Pedro IConstituição outorgada de 1824Unidade territorialManutenção da estrutura socialConfederação do EquadorProvíncia CisplatinaHaitianismoRevoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha

O processo de independência das Américas

HaitiColônias espanholas

21.3.3 7ª Série

Page 179: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX –A CONSTITUIÇÃO DO IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

POLÍTICA, ECONÔMICO-SOCIAL, CULTURAL, DIMENSÕES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

A construção da nação

Governo de D. Pedro IICriação do IHGBLei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz – 1850 início da imigração européiaDefinição do territórioMovimento abolicionista e emancipacionais

Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)

LuddismoSocialismoAnarquismo

Relacionar: taylorismo, fordismo, toyotismo

Emancipação política do Paraná (1983)

economiaorganização socialmanifestações culturaisorganização política-administrativaMigrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e externas (europeus)Os povos indígenas e a política de terrasA Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice AliançaO processo de abolição da escravidão

LegislaçãoResistência e negociaçãoDiscursos:

AboliçãoImigração – senador Vergueiro

Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil; Sarmiento na Argentina).

Colonização da África e da Ásia

Guerra Civil e Imperialismo estadunidense

Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé

Os primeiros anos da República

Idéias positivistasImigração asiáticaOligarquia, coronelismo e clientelismoMovimentos de contestação: campo e cidadeMovimentos MessiânicosRevolta da vacina e urbanização

Questão agrária na América Latina

Revolução mexicana

Primeira Guerra mundial

Revolução Russa

Page 180: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

do Rio de JaneiroMovimento operário: anarquismo e comunismoParaná:

Guerra do contestadoGreve de 1917: CuritibaParanismo: movimento regionalista (Romário Martins, Zaco Paraná, Langue de Morretes, João Turim)

21.3.4 8ª Série

REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI –ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE

Page 181: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

POLÍTICA, ECONÔMICO-SOCIAL, CULTURAL, DIMENSÕES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

A semana de 22 e o repensar da nacionalidade

EconomiaOrganização SocialOrganização político-administrativaManifestações culturaisColuna Prestes

Crise de 29

A “revolução” de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945)

Leis trabalhistasVoto femininoOrdem e disciplina no trabalhoMídia e divulgação do regimeCriação do SPHAN, IBGEFutebol e CarnavalContestações à ordemIntegralismoParticipação do Brasil na II Guerra Mundial

Ascensão dos regimes totalitários na Europa

Movimentos Populares na América Latina

Segunda Guerra Mundial

Populismo no Brasil e na América Latina

Cárdenas: MéxicoPerón: ArgentinaVargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart: Brasil

Independência das colônias afro-asiáticas

Guerra Fria

Construção do Paraná Moderno

Governos de:

Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto e Ney Braga

Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa

Copel, Banestado, Sanepar, Codepar,...

Movimentos culturaisMovimentos sociais no campo e na cidade (Ex.: Revolta dos Colonos – década de 50 – Sudoeste)Os Xetá

Guerra Fria

Page 182: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

O Regime Militar no Paraná e no Brasil

Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicaçãoO Uso ideológico do futebol na década de 70

o tricampeonato mundiala criação da liga nacional (campeonato brasileiro)

Cinema novoTeatroItaipu, Sete Quedas e a questão da terra

Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina

Política de boa vizinhançaRevolução Cubana11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador AllendeCensura aos meios de comunicaçãoO uso ideológico do futebol na década de 70A copa da Argentina: 1978

Movimentos de contestação no Brasil

Resistência armadaTropicalismoJovem guardaNovo sindicalismoMovimento estudantil

Movimentos de contestação no mundo

Maio de 68: FrançaMovimento NegroMovimento HippieMovimento HomossexualMovimento FeministaMovimento PunkMovimento Ambiental

Paraná no contexto atualRedemocratização

Constituição de 1988 Movimentos populares rurais e urbanos: MST (movimento dos sem Terra), MNLM (movimento nacional de luta pela moradia), CUT (central única dos trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc.Mercosul Alca

Fim da bipolarização mundial

Desintegração do bloco socialistaNeoliberalismoGlobalização11 de setembro nos EUA

África e América Latina no contexto atual

O Brasil no Contexto Atual

A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão

21.3.5 Encaminhamento metodológico

Tendo em vista a efetivação destas diretrizes nos currículos

escolares, faz-se necessário explicitar orientações que favoreçam a sua

implementação em sala de aula. Inicialmente, justifica-se a importância

de se tratar ao longo dos anos finais do EF o processo de construção do

Page 183: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

conhecimento histórico. Num segundo momento, a partir do conteúdo

específico “Guerra do Paraguai”, serão problematizados um conjunto de

encaminhamentos metodológicos que aproximam o tratamento dos

conteúdos da concepção de ensino de história proposta nestas diretrizes.

21.4 Metodologia

A metodologia pela nossa visão atual está pautada no processo do

conhecimento histórico e da consciência histórica e para isso é

imprescindível que o docente retome constantemente com os seus alunos

como se dá o processo de conhecimento histórico. A pesquisa deverá ser

usada de forma que o passado seja problematizado e questionado. Este

método é amplo e faz com que tenhamos que ir “muito além do livro

didático”, expandindo os horizontes do conhecimento.

A dimensão formativa do saber deve ser colocada em perspectivas

que vão da informativa, procedimental e global. Em relação ao livro

didático é necessário o uso racional, crítico e questionador.

Partindo do pressuposto de que a História é um processo, faz-se

necessário estuda-la em seu movimento contínuo, dinâmico, por meio de:

- questionamentos através de debates

- Pesquisa com diversos materiais (livros, artigos de jornais e

revistas, vídeos, internet,...)

- Incentivo ao aluno no sentido de problematizar o que é apresentado

visando a construção da ciência histórica

21.5 Avaliação

A avaliação do processo ensino-aprendizagem se dará de forma

continuada visando diagnosticar o conjunto no qual se insere tanto o

aluno quanto o professor. Sua ênfase estará na análise e reflexão dos

Page 184: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

processos históricos e não na mera memorização dos mesmos.

Outra questão importante a ser priorizada nas atividades avaliativas

é a análise das relações estabelecidas entre os sujeitos históricos nos

aspectos econômicos, sociais, políticos e culturais que vão de certa

maneira formar a consciência histórica do cidadão consciente e atuante

na sociedade em que vive. Para tanto podemos utilizar:

- Leitura de textos diversos (informativos, dissertativos,

argumentativos, literários, imagens, mapas, gráfico, entre outros)

- Interpretação oral e escrita

- Sínteses

- Questionamentos

- Discussões, debates e/ou seminários

21.6 Referências bibliográficas

SEED. Diretrizes curriculares de história. Versão preliminar. Curitiba, Paraná, 2006.

BRASIL/MEC. Diretrizes curriculares nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana.

BRASÍLIA/MEC. Secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial. Secretaria da educação continuada, alfabetização e diversidade.

PARANÁ. Lei 13.381 – 18/12/2001. Obrigatoriedade no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná nº 6.134 - 18/12/2001.

22 Proposta Curricular de Língua Portuguesa

Page 185: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

22.1 Ementa

O ensino de Língua Portuguesa se orienta na concepção

sociointeracionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros

textuais. Dentro de um processo dinâmico e histórico dos agentes de

interação verbal tanto na constituição social da linguagem, quanto dos

sujeitos que por meio dela interagem. Através dos novos campos de saber

ou novos espaços teóricos como a teoria da enunciação, teoria da leitura,

juntamente com o método da recepção, concepção interacionista ou

discursiva no uso da linguagem oral e escrita.

22.2 Objetivo

Formar alunos proficientes no uso da língua na oralidade, na leitura

e na escrita, saberes lingüísticos necessários para a sua participação

social efetiva, garantindo-lhes o exercício da cidadania, direito inaliável

de todos.

Leitura

• Fazer previsões e inferências sobre o texto, de maneira a

participar do processo de produção de sentido que se dá a partir

das interações sociais e ou relações dialógicas que acontecem

entre o texto e o leitor, construindo um sentido global,

formulando e reformulando hipóteses, aceitando e rejeitando

conclusões, baseando-se em seu conhecimento lingüístico e na

sua vivência sócio-cultural, acreditando que a leitura deve ser

experienciada, desde a alfabetização, favorecendo a formação de

seu senso crítico.

Escrita

Page 186: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas

realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os

interlocutores , os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e

suportes textuais e o contexto de produção/leitura, envolvendo-

se com os textos que escrevem, assumindo de fato a autoria do

que escrevem e aprimorando sua condição de escritor, uma vez

que a escrita pode ser vislumbrada como formadora de

subjetividades bem como possibilidade da criação.

Oralidade

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo

adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as

intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e

posicionando-se diante dos mesmos, considerando o contexto

lingüístico e a intencionalidade.

Análise Lingüística

* Aplicar os recursos lingüísticos em uso nas práticas da oralidade,

leitura e escrita (fonológicos, morfológicos, sintáticos e lexicais)

22.3 Conteúdos por série/ano

• Oralidade - Leitura – Escrita - Análise Lingüística

• Prática de textos orais (escrita e fala)

Page 187: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Desenvolver gradativamente no aluno a capacidade de atender às

diversas demandas sociais comunicativas orais (escuta e fala), no sentido

da adequação às condições de produção: nível de formalidade, assunto,

objetivo e interlocutores.

Oferecer condições para que o aluno se familiarize e domine os

diferentes gêneros textuais: amplie o universo lexical; organize e

estruture sintaticamente enunciados orais adequados ao grau de

complexidade exigido e às diferentes situações interlocutivas; expresse-se

com autenticidade sobre os temas debatidos; opere com pressuposições e

subentendidos; exponha com clareza, coesão e coerência seus pontos de

vista; distingua as formas particulares da oralidade e da escrita,

identifique as marcas discursivas ou os recursos/operadores

argumentativos para o reconhecimento de intenções, valores,

preconceitos veiculados nos discursos.

Conteúdos

Relatos: experiências pessoais, histórias familiares, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV, filmes, entrevistas, etc.

x x x x

Debates: (assuntos lidos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, etc.)

x x x x

Criação: (histórias, quadrinhas, piadas, charadas, advinhações,...) x x− Atividades da fala:

− Clareza na exposição de idéias− Seqüência na exposição de idéias− Objetividade na exposição de idéias− Consistência argumentativa na exposição de idéias− Adequação vocabular

− Fala do outro:− Reconhecer as intenções e objetivos− Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às

circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa

− Domínio da norma padrão:− Concordância verbal e nominal− Regência verbal e nominal− Conjugação verbal− Emprego de pronomes, advérbios, conjunções

x

X

X

x

X

X

X

X

x

X

X

x

Conteúdos 5ª 6ª 7ª 8ª

Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos

Page 188: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

* Referente à interpretação:

- Identificar as idéias básicas apresentadas no texto- Reconhecer nos textos as suas especificades (narrativos ou informativos)- Identificar o processo e o contexto de produção- Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas- Atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido- Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes; o mesmo tema sob perspectivas diferentes)

* Análise de textos lidos:

- Avaliar o nível argumentativo- Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática- Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos)

* Mecânica da leitura

- Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

• Prática de Leitura de textos (verbais e não-verbais; ficcionais e não-

ficcionais)

Desenvolver a leitura pelo método recepcional de forma que se

amplie os horizontes de expectativas do aluno como leitor que domina a

língua enquanto código/sistema e o sentido de letramento – ler e

compreender os subententidos, os discursos – que o capacita ao exercício

de sua cidadania como sujeito omnilateral.

Ler com fluência e dominar progressivamente os aspectos

estruturais da língua (código, gramática, léxico, sintaxe, etc.) e

compreender o contexto histórico, social ideológico, compreender os

efeitos de sentidos oferecidos pela linguagem metafórica; desenvolver a

autonomia do aluno quanto ao uso do dicionário; ampliar o grau de

conhecimento e os níveis estéticos (reconhecendo os recursos estilísticos)

dos gêneros literários; interferir criadoramente no texto, dialogando com

Page 189: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ele e mobilizando seu imaginário para legitimar a interação obra-leitor;

identificar as marcas discursivas ou os operadores argumentativos para o

reconhecimento de intenções, valores, preconceitos de toda espécie

veiculados nos discursos; conhecer as características das obras, autores

da Literatura Brasileira: das origens à Contemporaneidade, os

condicionamentos históricos e sociais, princípios estéticos e ideológicos e

suas realizações nos autores mais representativos das diferentes fases.

• Prática de produção de texto escrito (verbais e não-verbais;

ficcionais e não-ficcionais)

Desenvolver a escrita dominando a língua enquanto sistema e o

sentido de letramento, no aspecto discursivo que o capacita ao exercício

de sua cidadania como sujeito omnilateral

Ler com fluência e dominar progressivamente os aspectos

estruturais da língua (código/relação fonema < > grafema, gramática,

léxico, morfologia, sintaxe, etc.) e sua organização; compreender as

condições em que o texto é produzido: os interlocutores, os objetivos, o

assunto, os gêneros e suportes textuais e o contexto de sua produção;

desenvolver a autonomia do aluno quanto ao uso de dicionário;

compreender e dominar da produção dos diferentes gêneros textuais e

discursivos; aprimorar o pensamento crítico e a sensibilidade estética dos

alunos.

Conteúdos

Desenvolvimento da noção de adequação na produção de textos, reconhecendo a presença do interlocutor e as circunstâncias de produção:

• Referente à produção de textos:o Gênero do narrar – narrativa de ação contendo

todos os elementos, com a presença da criação da intriga/conflito no domínio do verossímel.

o Gênero do relatar – representação de discurso de experiências vividas, situadas no tempo.

o Gênero de argumentar – discussão de

x

x

x

x

X

X

X

X

Page 190: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

problemas sociais controversos – sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição.

o Gênero do expor – apresentação textual de diferentes formas de saberes.

o Gênero do descrever – ações – regulação mútua de comportamentos.

X

x

x

x x

x

x

x

X

X

x• No que se refere ao conteúdo: clareza coerência argumentação

x

x

x x

• Quanto à estrutura:o processos de coordenação e subordinação na

construção das orações;o uso de recursos coesivos;o organização de parágrafos;o pontuação.

x

x

x

x

• Quanto à expressão: - adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjugação verbal)

x x x x

• Organização gráfica dos textos:o ortografia;o acentuação;o recurso gráficos-visuais (margem, título, etc.)

x x x x

• Prática de Análise Lingüística

É proposta da Língua Portuguesa a formação de usuários

competentes da língua, que ao exercitarem a linguagem de forma

consistente e flexível, através da fala, escrita e leitura, adaptar-se-ão a

diferentes formas de uso dela.

A apresentação da variação de tipos e gêneros textuais facilitará a

assimilação, por parte do educando, das regularidades que determinam o

uso da norma padrão, que permitirão a reflexão sobre seu próprio texto.

Entretanto, os aspectos gramaticais a serem trabalhados por

série/ano são:

Conteúdos

Acentuação gráfica x x x x

Page 191: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Concordância nominal e verbal x x x xRegência verbal e nominal x x x xCrase x x xNoções de Versificação x x x xFiguras de linguagem X xEstrutura das palavras x xFormação de palavras x xClasses gramaticais: substantivo, adjetivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição

x x x x

Análise sintática: termos essenciais, integrantes e acessórios da oração x x x xAposto e vocativo x x x xPeríodo simples e composto x x x xPeríodo Composto por Coordenação-Orações coordenadas sindéticas e assindéticas

x x

Período Composto por Subordinação-Orações subordinadas adverbiais, adjetivas e substantivas

x x

Pontuação x x x xOrtografia x x x xComplementação verbal: verbos transitivos e intransitivos x x

22.4 Metodologia

De acordo com a concepção sociointeracionista a língua só existe

em situações de interação e através das práticas discursivas: Leitura –

Escrita – Oralidade – Análise Lingüística.

Leitura

• A prática da leitura de uma ampla variedade de textos que

contemplem diferentes gêneros textuais. Considerando a formação

do leitor, contará com atividades de: memória, intersubjetividade,

interpretação, fruição, intertextualidade, bem como,

reconhecimento da incomplitude dos processos discursivos, os

vazios que eles apresentam – implícitos, pressupostos,

subentendidos – que devem ser preenchidos pelo leitor.

Escrita

Sabendo que o exercício da escrita vivencia a prática de

Page 192: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

planejar, revisar, reestruturar e reescrever textos, possibilita o

exercitar da linguagem de forma consistente e flexível,

adaptando-se a diferentes situações de uso, oportunizando a

socialização da produção textual e deve privilegiar os diversos

gêneros textuais, dentre eles: relatos, bilhetes, cartas, cartazes,

avisos, poemas, contos e crônicas, notícias, editoriais, cartas ao

leitor e entrevistas, relatórios, resumos de artigo e verbetes de

enciclopédia.

Oralidade

• Apresentação de temas variados: histórias de família, da

comunidade, um filme, um livro etc.

• Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio

aluno ou pessoas de seu convívio.

• Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender

opções tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas,

apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites

etc.

• Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constar

as similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita.

• Relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática.

• Debates, seminários, júri-simulados e outras atividades que

possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

• Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de

gravações para serem ouvidas, transcritas e analisadas,

observando-se as pausas, hesitações, truncamentos, mudanças de

construção textual, descontinuidade do discurso, grau de

formalidade, comparação com outros textos, etc.

Análise Lingüística

Page 193: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Formação de usuários competentes da língua que, através da

fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e

flexível, adaptando-se a diferentes situações de uso.

22.5 Avaliação

De acordo com a função interativa, dialógica ou discursiva da

linguagem, o aluno se apropria dos das atividades verbais: fala, leitura e

escrita.

Leitura: será avaliada, conforme as estratégias que os alunos

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu

posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o

aluno faz a partir do texto.

Escrita: os textos serão avaliados como uma fase do processo de

produção e não como produto final. Será avaliado a manifestação da

língua em todos os seus aspectos discursivos, textuais, ortográficos e

gramaticais.

Oralidade: será avaliada considerando-se a participação do aluno nos

diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas

idéias, a fluência de sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele

apresenta ao defender seu ponto de vista, e de modo especial a sua

capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e

situações.

Análise Lingüística: Reestrutura textos revisando os desvios do uso

convencional da língua, dando maior coerência, coesão e capacidade

argumentativa na sua produção escrita:

Page 194: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Adequação à norma padrão;

Utiliza os sinais de pontuação;

Utiliza os tempos verbais de forma adequada;

Acentua as palavras devidamente;

Reconhece maiúsculas e minúsculas, empregando-as na escrita;

Faz concordância verbal e nominal;

Elimina marcas da oralidade no texto;

Utiliza adequadamente os elementos coesivos;

Manipula o dicionário com autonomia para elucidar dúvidas

ortográficas.

22.6 Referências Bibliográficas

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília, 1998.

PARANÁ, SEED. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba, 1997.

PARANÁ, SEED. Diretriz Curricular de Língua Portuguesa. Curitiba, 2006.

23 Proposta Curricular de Matemática

23.1 Apresentação

Page 195: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da

sociedade moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos básicos

contribui para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo

do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.

A Matemática está presente em praticamente tudo que nos rodeia,

com maior ou menor complexidade. Perceber isso é compreender o

mundo à nossa volta e poder atuar nele. E a todos, indistintamente deve

ser dada essa possibilidade de compreensão e atuação como cidadão, em

casa, na rua, no campo, na cidade nas várias profissões, nas várias

culturas, o ser humano necessita contar, calcular, comparar, medir,

localizar, representar, interpretar. E o faz informalmente, à sua maneira

com base em parâmetro de seu contexto sócio cultural. É preciso que

esse saber informal, cultural se incorpore e a matemática da vida, desde

uma simples contagem até o uso de complexos computadores.

A história da matemática nos revela que os povos das antigas

civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos

que vieram compor a matemática que se conhece hoje. As matemáticas,

surgidas na antiguidade por necessidades da vida cotidiana, têm se

transformado em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas.

Como as demais ciências, refletem as leis do mundo que nos rodeia e

servem de potente instrumento para o conhecimento e domínio da

natureza. Pelo alto nível de abstração que as caracterizam, as

matemáticas trazem consigo que todos os seus ramos sejam

relativamente inacessíveis aos que não são especialistas. Essa qualidade

abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade, às nações

idealistas sobre sua independência a respeito do mundo material.

O último fim da vitalidade da matemática se deve ao fato de que,

apesar de sua abstração, seus conceitos e resultados têm sua origem no

mundo real e encontram muitas e diversas aplicações em outras ciências,

na engenharia e em todos os aspectos práticos em outras ciências;

reconhecer isso é o requisito prévio mais importante para entender a

Page 196: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

matemática. Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda

encontre-se em processo de construção, pode-se dizer que ele está

centrado na prática pedagógica da matemática, de forma a envolver-se

com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento

matemático. Sendo assim, pode-se afirmar que os objetivos básicos da

Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto campo de

investigação e de produção de conhecimentos. Natureza científica – e a

melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem matemática.

A finalidade da educação matemática é fazer com que o estudante

compreenda e se aproprie da própria matemática concebida como um

conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc. Outra

finalidade apontada pelos autores “é fazer com que o estudante construa,

por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e,

particularmente, do cidadão, Isto é, do homem público”.

23.2 Objetivos

A educação matemática em especial não se destina a formar

matemáticos, mas sim pessoas que possuam uma cultura matemática que

lhes permitam aplicar a matemática nas suas atividades e na sua vida

diária. Assim, dentro de nossa proposta, desejamos que o aluno possa:

• Contemplar os conteúdos específicos concernentes a cada conteúdo

estruturante, articulando-os: - estruturantes e específicos – fazendo

uso de metodologias que transitem entre as tendências da educação

matemática.

• Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja,

desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo

conceitos e procedimentos, formulando e resolvendo problemas por

si mesmo, e assim aumentar sua auto-estima e perseverança na

busca de soluções para os seus problemas.

Page 197: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis

para compreender o mundo e atuar nele.

• Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidade

e padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de

investigação e sua criatividade na solução de problemas.

• Observar sistematicamente a presença da matemática no dia a dia

(quantidades, números, formas geométricas, simetria, grandezas e

medidas, tabelas e gráficos).

• Habituar-se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação.

• Conhecer, interpretar e utilizar a linguagem matemática

associando-a a linguagem usual.

• Associar a matemática à outras áreas do conhecimento.

• Construir uma imagem da matemática como algo agradável e

prazeroso, desmistificando o mito da genialidade.

23.3 Conteúdos por série/ano

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de

grande amplitude que identificam e organizam os estudos de uma

disciplina escolar, são considerados basilares e fundamentais para a

compreensão do objeto de ensino. Estes conteúdos são relacionados a

partir da análise histórica da referida disciplina.

No ensino da matemática os conteúdos estruturantes foram

definidos pelos professores da rede publica estadual como sendo:

números, operações e álgebra, geometrias, medidas e tratamento da

informação para o Ensino Fundamental.

23.3.1 5ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍCOS

Page 198: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Números, Operações e Álgebra

2. Sistemas de numeração decimal.3. Números naturais e suas representações.4. Conjunto dos números naturais.5. Adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação de números naturais.

6. Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em números decimais.

7. Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência.

Medidas

8. Organização do sistema métrico decimal e monetário.

9. Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento, tempo e temperatura.

10. Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas algébricos.

11. Capacidade e volume e suas relações.

Geometria

12. Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.

13. Construções e representações no espaço e no plano: quadrado, retângulo, triângulo, circunferência, etc.

14. Planificação de sólidos geométricos.15. Ângulos, polígonos, circunferências, círculo

e cilindro.

Tratamento da Informação

16. Coleta, organização e descrição de dados.17. Leitura, interpretação e representação de

dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.

18. Média.

23.3.2 6ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍCOS

Page 199: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Números, Operações e Álgebra

19. Números naturais, inteiros e racionais e suas representações.

20. Conjunto dos números naturais, inteiros e racionais.

21. Adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de números naturais, inteiros e racionais.

22. Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em números decimais.

23. Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência.

24. Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo (razão, proporção, frações e decimais).

25. As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos.

26. Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença.

27. Grandezas diretamente e inversamente proporcionais.

Medidas

28. Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento, tempo e temperatura.

29. Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas algébricos.

30. Capacidade e volume e suas relações.

Geometria

31. Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.

32. Construções e representações no espaço e no plano: quadrado, retângulo, triângulo, circunferência, etc.

33. Planificação de sólidos geométricos.34. Ângulos, polígonos, circunferências,

círculo e cilindro.35. Classificação de triângulos.

Tratamento da Informação

36. Coleta, organização e descrição de dados.37. Leitura, interpretação e representação de

dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.

38. Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas.

39. Noções de probabilidade.40. Média.

23.3.3 7ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍCOS41. Conjunto Numéricos: naturais, inteiros,

Page 200: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Números, Operações e Álgebra

racionais, irracionais e reais.42. As seis operações e suas inversas: adição,

subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação.

43. Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em números decimais.

44. Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência.

45. As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos.

46. Equações, inequações e sistemas de equações de 1º grau.

47. Polinômios e os casos notáveis.48. Produtos notáveis.49. Fatoração de polinômios.

Medidas

50. Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento, tempo e temperatura.

51. Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas algébricos.

Geometria

52. Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.

53. Condições de paralelismo e perpendicularidade.

54. Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro.

55. Ângulos, polígonos e circunferências.56. Representação cartesiana e construção de

gráficos.57. Interpretação geométrica de equações,

inequações e sistemas de equações.58. Classificação de triângulos.

Tratamento da Informação

59. Coleta, organização e descrição de dados.60. Leitura, interpretação e representação de

dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.

61. Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas.

62. Noções de probabilidade.63. Média, moda e mediana.

23.3.4 8ª Série

CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍCOS

Page 201: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ESTRUTURANTES

Números, Operações e Álgebra

64. Conjunto Numéricos: naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais.

65. As seis operações e suas inversas: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação.

66. Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em números decimais.

67. Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência.

68. Propriedades de potenciação e radiciação.69. Equações, inequações e sistemas de

equações de 1º e 2º graus.

Medidas

70. Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento, tempo e temperatura.

71. Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas algébricos e equações do 1º e 2º graus.

Geometria

72. Ângulos, polígonos e circunferências.73. Representação cartesiana e construção de

gráficos.74. Interpretação geométrica de equações,

inequações e sistemas de equações.75. Relações métricas e trigonométricas no

triângulos retângulo.76. Congruência e semelhança de figuras

planas: Teorema de Talles.77. Construção de polígonos inscritos numa

circunferência.78. Proporcionalidade que há em semiretas

formados entre retas paralelas e transversais.

79. Poliedros regulares, polígonos regulares e suas relações métricas.

Tratamento da Informação

80. Coleta, organização e descrição de dados.81. Leitura, interpretação e representação de

dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos.

82. Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas.

83. Noções de probabilidade.84. Média, moda e mediana.

23.4 Metodologia

Page 202: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• a teoria é distribuída por meio de uma linguagem simples,

mas precisa, estabelecendo um diálogo com o aluno,

permitindo que ele progrida sem dificuldade;

• São apresentadas ilustrações e esquemas explicativos;

• Sempre que necessário, são retomados assuntos que fazem

parte do conhecimento prévio do aluno;

• Os temas são acompanhados por atividades ao longo do

texto, objetivando a integração entre o saber e o fazer;

• Os assuntos são relacionados a prática cotidiana do aluno,

com o intuito de atrair-lhe a atenção e o conseqüente

interesse;

• São indicados usos de materiais manipulativos, que

permitem ao aluno o desenvolvimento do raciocínio lógico,

a construção e a generalização de conceitos e o

aprendizado significativo;

• Inclui-se a resolução detalhada de exercícios.

23.5 Avaliação

A avaliação é um elemento, uma parte integrante do processo

ensino-aprendizagem, abrangendo a atuação do professor, o desempenho

do aluno e também os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola

e do sistema de ensino. É algo bem mais amplo do que medir quantidade

de conteúdos que o aluno aprendeu em determinado período.

Portanto, a avaliação deve ser compreendida como:

• Elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino;

• Conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da

intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da

melhor forma;

Page 203: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Conjunto de ações que busca obter informações sobre o que

foi aprendido e como;

• Elemento de reflexão para o professor sobre sua prática

educativa;

• Instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de

seus avanços, dificuldades e possibilidades;

• Ação que ocorre durante todo o processo de

ensino/aprendizagem e não apenas em momentos

específicos caracterizados como fechamento de grandes

etapas de trabalho;

• Focalizar uma grande variedade de tarefas e adotar uma

visão global da matemática;

• Propor situações-problema que envolvam aplicações de

conjunto de idéias matemáticas;

• Propor situações abertas que tenham mais de uma solução;

• Propor ao aluno que formule problemas e resolva-os;

• Usar várias formas de avaliação, incluindo as escritas

(provas, testes, trabalhos, auto-avaliação), as orais

(exposições, entrevistas, conversas informais) e as de

demonstração (materiais pedagógicos);

• Avaliar a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino

oferecido – se , por exemplo, não há a aprendizagem

esperada, significa que o ensino não cumpriu a sua

finalidade: a de fazer aprender.

23.6 Referências Bibliográficas

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática. 5ª a 8ª séries. Ed. Ática.

Page 204: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ANDRINI, Álvaro; VASCONCELOS, Maria José. Praticando Matemática. 5ª a 8ª séries. Ed. Do Brasil, s/d.

GIOVANI; CASTRUCCI; GIOVANI JR. A conquista da matemática. 5ª a 8ª Séries. Ed. FTD, s/d. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná.

24 Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna - Inglês

Page 205: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

24.1 Ementa

Perceber a língua como constituindo o mundo do indivíduo, e não

como um meio transparente e neutro de dar nomes aos fenômenos que

percebemos no mundo. Ela se apresenta como espaço de construções

discursivas, de produção de sentidos indissociável dos contextos em que

ela adquire sua materialidade, inseparável das comunidades

interpretativas que a constroem e são construídas por ela. A língua

adquire uma carga intensa, e passa a ser vista como um fenômeno

carregado de significados culturalmente marcados. Repleta de sentidos a

ela conferidos por nossas culturas, nossas sociedades, a língua organiza e

determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece

entretenimentos possíveis. Em outras palavras, a língua é aqui concebida

como discurso, não como estrutura. É na língua (e não através dela) que

se percebe e se entende a realidade e, portanto, a percepção do mundo

está intimamente ligada às línguas que se conhece. A LEM apresenta-se

como um espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer,

com outros procedimentos de construção da realidade, possibilitando

maneiras diferentes de produzir sentidos e de se perceber no mundo.

Ensinar e aprender línguas é também aprender e ensinar percepções de

mundo e maneiras de construir sentidos, é formar sub,

independentemente do grau de proficiência adquirido. Ao aprender uma

LEM, aprende-se a perceber as possibilidades de construção de

significados, bem como a elaboração de procedimentos interpretativos e a

construção de sentido do e no mundo.

A LEM colabora na formação para a cidadania. Isto significa

priorizar as questões educacionais sobre as técnicas instrucionais;

significa manter como referência o papel de educadores que forma

subjetividades ao ensinar maneiras de produzir entendimentos da

realidade, de construir significados, de entender o mundo.

Page 206: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Há possibilidade de utilizar a LEM em situações de comunicação,

viabilizando a inserção dos educandos na sociedade como participantes

ativos, não limitados a suas comunidades locais, mas capazes de se

relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.

O aprendizado de uma LEM pode proporcionar consciência sobre o

que seja língua e suas potencialidades na interação humana.

Ao utilizar uma LEM na interação com outras culturas, os

educandos podem ser levados à reflexão sobre a língua como artefato

cultural, como um produto que constrói e pode ser construído por

determinadas comunidades que reagem a determinados acontecimentos

com bases em histórias e contextos específicos. Podem reconhecer as

implicações da diversidade cultural construída lingüisticamente em

diferentes línguas, culturas e modos de pensar, compreendendo que os

significados são social e historicamente construídos e passíveis de

transformação.

As LEM são possibilidades de conhecer, expressar e transformar

modos de entender o mundo e de construir significados.

24.2 Objetivos

O aprendizado deve dar ao educando subsídios suficientes para que

seja capaz de compreender e se fazer compreendido na LEM, de maneira

a vivenciar formas de comunicação que lhe permitam perceber a

importância deste conhecimento.

A aquisição desse conhecimento será viabilizada por:

• Experimentar, na aula de LEM, formas de participação que

lhe possibilitem estabelecer relações entre ações

individuais e coletivas

• Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita

• Compreender que os significados sociais e historicamente

Page 207: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

construídos são passíveis de transformação na prática

social

• Ter maior consciência sobre o papel das línguas na

sociedade

• Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e

cultural, constatando seus benefícios para o

desenvolvimento cultural do país

• Ampliar a visão de mundo do educando, contribuindo para

que se torne cidadão mais crítico e reflexivo

• Compara sua própria língua com a LEM estudada

• Refinar a percepção de sua própria cultura por meio do

conhecimento da cultura de outros povos

24.3 Conteúdos por série/ano

24.3.1 5ª Série

• Apresentações

• Cumprimentos, apresentações e despedidas

• Procedências e nacionalidade

• Profissões

• Família

• Animais

• Guloseimas e cores

• Meios de transportes

• Verbo to be (formas: afirmativa, negativa e interrogativa)

• Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e de

tratamento

• Numerais cardinais: verbos to like, to have

• Adjetivos

Page 208: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

24.3.2 6ª Série

• Revisão do verbo to be

• Revisão dos pronomes pessoais, possessivos,

demonstrativos e tratamento

• Informações pessoais

• Esportes

• Horas

• Atividades escolares

• Atividades de rotina e lazer

• Educação

• Informações sobre o dia-a-dia das pessoas

• Descrição do momento presente

• Lugares

• Vestuário

• Compras

• Cômodos e mobília de uma casa

• Verbo modal can

• Numerais ordinais

• Plural dos substantivos

• Palavras interrogativas: which, how, what time, whose,

what, how much

• Preposições: on, in, at, under, biside, between, opposite

• Presentes simples (formas: afirmativa, interrogativa e

negativa)

• Presente contínuo (formas: afirmativa, interrogativa e

negativa)

• Verbo there to be

• Artigos

Page 209: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

24.3.2 7ª Série

• Revisão do verbo there to be

• Serviços e pontos turísticos

• Atividades de rotina e lazer

• Descrição física de pessoas

• Problemas de saúde

• Viagem

• Felicitações

• Thanksgiving day

• Acontecimentos em um futuro próximo

• Expressões interrogativas: how many, why, which, how

often, what, who, how long, when, where, what time, where

• Advérbios de freqüência e locuções adverbiais

• Adjetivos

• Futuro em presente contínuo

• Passado simples: verbos regulares e irregulares

• WH-questions usadas no passado simples

• Futuro com be going to + infinitive

• Expressões adverbiais de tempo

24.3.4 8ª Série

• Revisão do presente simples

• Revisão do uso do artigo indefinido

• Verbos modais: can, could, may, will, would

• Revisão do passado simples de verbos regulares e

irregulares

• Uso do who, what, how many com função de sujeito e objeto

• Tag questions com did

Page 210: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Passado contínuo (formas: afirmativa, negativa e

interrogativa)

• Perguntas com yes/no

• Palavras interrogativas; tag questions com passado

contínuo

• Adjetivos: grau comparativo (igualdade, superioridade e

inferioridade)

• Uso do shall

• Conhecimentos gerais e curiosidades: geografia e descrição

física de pessoas e objetos

• Verbos modais: should/shouldn’t, must/mustn’t, needn’t

• Descrição psicológica das pessoas

• Presentes perfeitos com: ever, never, already, recently,

lately, just, sunce, for

• Conselhos

• Contraste entre presente perfeito e passado simples

24.4 Metodologia

A discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento

intercultural, manifestados por um pensar e agir críticos, por uma prática

cidadã imbuída de respeito à diversidade cultural, de crenças e de

valores, apresenta-se o texto como um princípio gerador de unidades

temáticas e de desenvolvimento das práticas discursivas, pensando que o

falante/escritor tem papel ativo na construção do significado da

interação, bem como o seu interlocutor.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação

primeira com o texto; o professor lê o texto em voz alto, apontando ora

para imagens ou ilustrações, ora para palavras escritas realizando

perguntas aos educandos. Há possibilidades de se fazer discussões orais

sobre sua compreensão, produzir textos orais, escritos e/ou visuais.

Page 211: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

A utilização de recursos visuais auxiliará o trabalho pedagógico em

sala de aula, uma vez que auxiliam o educando no processo de inferência

sobre o tema e sentidos do texto. Podem ser: visuais, orais, cognitivos,

áudios.

O conhecimento lingüístico auxilia no processo ativo de construção

de sentidos, relacionando a informação nova ao conhecimento adquirido

ao longo da vida.

A leitura é um processo de negociação de sentidos, de contestação

de significados possíveis. A gramática relaciona-se ao entendimento dos

procedimentos para construção de significados na LEM.

Os alunos sujeitos reconhecem que os textos são representações da

realidade e que tais representações são construções sociais,

possibilitando-lhes assumir uma posição mais crítica em relação aos

textos. Eles poderão rejeita-los ou reconstruí-los, a partir de seus

universos de sentidos, os quais lhes atribuem coerência através da

negociação de significados.

Trabalhar textos que apresentam um grande número de palavras

transparentes é interessante, com turmas iniciais, pois auxilia o aluno a

perceber que é possível ler um texto em LEM sem muito conhecimento da

língua.

Outra proposta que auxilia a conscientização da linguagem é

apresentar um texto com cognatos e termos transparentes e outro no

qual os conhecimentos de língua materna não favoreçam a sua

conscientização.

A promoção da consciência lingüística poderá ser estimulada após a

leitura de um texto com frases complexas, oferecendo aos alunos uma

lista de frases e suas respectivas traduções e pedir que observem como

as duas línguas se diferem nos dois idiomas.

O professor, ao trabalhar o texto em seu contexto social de

produção, deve selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação

da língua. Numa perspectiva discursiva, o conhecimento formal de

gramática deve ser decorrente de necessidades específicas dos

Page 212: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

educandos, a fim de que possam expressar-se ou construir sentidos com

os textos.

É necessário que os professores de LEM explorem com seus alunos

os diversos tipos de textos, comparando: as unidades temáticas,

lingüísticas e composicionais de um texto com outros textos e construindo

a sua estrutura a partir das reflexões em sala de aula; textos de países

que falam o mesmo idioma estudado na escola e observar aspectos

culturais que ambos veiculam; textos publicados nacional e

internacionalmente sobre um mesmo tema e observar as abordagens de

tais publicações e, as estruturas fonéticas, sintáticas e morfológicas da

língua estrangeira estudada com a da língua materna.

É importante destacar que o trabalho com a produção de textos na

aula de LEM é um processo dialógico ininterrupto, no qual escreve-se

sempre para alguém e de quem se constrói uma representação.

O aluno é agente do processo de ensino e de aprendizagem e cabe

ao professor instiga-lo a buscar respostas e soluções aos seus

questionamentos, necessidades e anseios relacionados à aprendizagem.

Com isto a aula de LEM possibilita aos educandos os conhecimentos dos

valores estabelecidos nas e pelas comunidades de que querem participar.

Cabe ainda ao professor propiciar aos alunos situações de aprendizagem

que favoreçam o desenvolvimento de um olhar crítico que reflita sobre

essas mesmas comunidades, fomentando a transformação e o

alargamento dos procedimentos utilizados para a produção de sentidos.

Cabe ao aluno conhecer e entender a cultura do outro para ter um

bom desempenho ao usar a língua, incluindo reflexões sobre a cultura

nativa e a cultura-alvo. Isto lhe propiciará ir ao encontro de outras

línguas e culturas. Daí, espera-se o surgimento da consciência do lugar

que se ocupa no mundo, extrapolando assim o domínio lingüístico que ele

próprio possa vir a ter.

24.5 Avaliação

Page 213: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Compreende-se a avaliação como instrumento facilitador na busca

de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao

conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo, de

forma que os objetivos acima explicitados sejam alcançados.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na

construção do significado nas práticas discursivas será a base para o

planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem.

Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos,

considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por

meio da interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas:

entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; interação dos

alunos com o material didático; nas conversas em língua materna e na

LEM estudada; e no próprio uso da língua, que funciona como um recurso

cognitivo ao promover o desenvolvimento dos pensamentos e de idéias.

O aluno envolvido no processo de avaliação é também um

construtor do conhecimento. Ele precisa ter seu esforço reconhecido por

meio de ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu

desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da

aprendizagem.

Há que se considerar ainda na avaliação processual da prática

pedagógica, outras formas de avaliação: diagnóstica e formativa,

articulando-as com os objetivos e conteúdos definidos nas escolas a partir

das concepções e encaminhamentos metodológicos apresentados

anteriormente.

24.6 Referências Bibliográficas

BOURDIEU, P. A economia das trocas lingüísticas. São Paulo: EDUSP, 1996. p. 54.

BRASIL, Secretaria de Ensino Fundamental/MEC. Parâmetros curriculares nacionais - Língua estrangeira. Brasília, 1998.

Page 214: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação no. 08 de 15 de dezembro de 2000. Estabelece normas para a educação de jovens e adultos – EF e EM. Conselheiro: Orlando Bogo. Diário oficial do estado do Paraná. Curitiba, 20 dez. 2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. 30 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996. p. 50.

GIMENEZ, Telma. Diretrizes curriculares para o ensino fundamental: línguas estrangeiras modernas – questões para debate. In: PARANÁ, Secretaria de estado da educação. Diretrizes curriculares da rede de educação básica do estado do Paraná: LEM. 2005.

______________. Currículo de língua estrangeira: revisitando fins educacionais. Anais do XI EPLE, 2003.

______________. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras modernas: o caso do Paraná. Signum, v. 2.

______________. O ensino de línguas estrangeiras no ensino fundamental: questões para debate. Londrina, mimeo, 2004.

JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, mimeo, 2004.

______________. O ensino de línguas estrangeira em tempos pós-modernos. Paraná: UFPR, 2004.

PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of colonialism. London: Routledge, 1999.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná: língua estrangeira moderna. 2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR – EF – 2006.

SACRISTÁN, José Gimeno. Escolarização e cultura: a dupla determinação. In: SILVA, Luiz Heron et al. (org.) Novos mapas culturais, noas perspectivas educativas. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 34-56.

Page 215: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy
Page 216: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ANEXO VI

PROPOSTAS CURRICULARES DO

ENSINO MÉDIO

25 Proposta Curricular de Arte

25.1 Ementa

O ensino de Artes divide-se em quatro modalidades: Artes plásticas,

Page 217: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Música, Artes Cênicas e Audiovisual.

25.2 Conteúdos Estruturantes

• Elementos formais: são os recursos artísticos empregados em uma

obra; são a matéria-prima para a produção artística e o conhecimento

em Arte.

• Composição: é o processo de organização e desdobramento dos

elementos formais que constituem uma produção artística. São

conteúdos e técnicas que organizam e constituem a obra de arte.

• Movimentos e períodos: caracterização do contexto histórico,

econômicos, culturais ou sociais presentes na composição artística.

• Tempo e espaço: constitui a categoria articuladora na Arte e tem

caráter social. Esta categoria está presente em todas as áreas da

disciplina e é conteúdo específico dos elementos formais, da

composição e dos movimentos ou períodos.

25.3 Objetivos

25.3.1 Gerais

• Proporcionar aos educandos experiências artísticas significativas

dentro das quatro modalidades artísticas.

• Desenvolver a percepção auditiva, visual, tátil e corporal através de

atividades de criação, percepção, reflexão e discussão da linguagem

artística.

• Desenvolver a sensibilidade e imaginação não só nas produções

individuais como também na observação da produção coletiva e de

outras culturas.

• Ter contato e reconhecer as propriedades específicas de cada

modalidade bem como apresentar domínio das características

Page 218: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

básicas das linguagens artísticas.

25.3.2 Específicos

• Conhecer e identificar elementos básicos das quatro modalidades

artísticas a partir da observação de obras –primas.

• Experimentar, vivenciar e interagir com materiais, instrumentos e

procedimentos variados em arte com objetivo de fazer uso em seus

trabalhos pessoais.

• Compreender a Arte como atividade cultural e dinâmica a partir de

sua contextualização histórica.

• Identificar movimentos culturais entendendo-os como patrimônio

cultural da humanidade.

• Desenvolver a percepção visual através dos elementos básicos como

desenho, pintura, escultura, gravura, colagem, histórias em

quadrinhos, etc.

• Perceber e distinguir técnicas de desenho e pintura como luz e

sombra, profundidade, textura, contraste, luz, volume, cor,

movimento e equilíbrio.

• Desenvolver a percepção auditiva através dos elementos básicos do

som.

• Reconhecer e utilizar os elementos da linguagem dramática como

personagem e ação.

• Ser capaz de utilizar seu corpo como forma de expressão criadora

onde esta dialogue com as expressões cênicas, plásticas e sonoras.

25.4 Conteúdos por série/ano

25.4.1 1º Ano

• Conceito de Arte

Page 219: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Percepção da paisagem sonora e classificação de ruídos

• Parâmetros do som

• Composição musical

• Elementos formais das quatro linguagens artísticas

• Expressão corporal com exercícios de expressão vocal,

facial,gestual e corporal;

• Jogos teatrais;

• História da Arte

25.4.2 2º Ano

• Conceito de Arte;

• Classificação da paisagem sonora da escola

• Audição e classificação de ruído

• Composição musical

• História da Arte (períodos históricos e movimentos artísticos).:

• Campanha envolvendo a escola sobre a poluição sonora

• Elementos formais das quatro linguagens artísticas

• Elementos de formação de cenário (fundo, laterais e objetos fixos e

móveis)

• leitura de texto (fluência, entonação, dramaticidade entre outros).

25.5 Metodologia

A metodologia vai contemplar a apreciação de obras de arte e a

participação ativa dos educandos nas atividades propostas. Os conteúdos

serão abordados através de jogos de criação, improvisação, criação,

reflexão, produção de textos e discussão e contará com o trabalho

individual e coletivo dos alunos.

25.6 Avaliação

Page 220: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

A avaliação será feita através da observação e da produção artística

e textual dos alunos nas atividades propostas. Será avaliada a

participação dos alunos nas produções artísticas, nas discussões e

reflexões das obras-primas apresentadas dentro de seu contexto histórica

e cultural.

25.7 Referências Bibliográficas

26 Proposta Curricular de Biologia

26.1 Apresentação

A Biologia como Ciência ao longo da história da humanidade vem

Page 221: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

construindo modelo para tentar explicar e compreender o fenômeno vida.

Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina não implicam o

resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos

teóricos elaborados pelo homem que evidenciam o esforço de entender,

explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Nesse sentido os conhecimentos científicos do ensino de Biologia

contribuem para a compreensão da construção do pensamento biológico.

Como as diferentes formas de vida estão sujeitos às transformações

que ocorrem no tempo e no espaço, são ao mesmo tempo propiciadoras

transformações no ambiente.

O próprio conhecimento sobre o surgimento e a evolução da vida

demanda uma compreensão que a Ciência não tem respostas definitivas

para tudo. Tendo como característica a possibilidade de ser questionada e

de ser transformada.

O conhecimento é a construção inacabada e a Biologia como parte do

processo dessa construção científica, deve ser entendida e compreendida

como processo de produção do próprio desenvolvimento humano, sendo

uma das formas de conhecimento produzido pelo homem determinado

por suas necessidades materiais de cada momento histórico, sofrendo

influencia do meio social e da economia por ele gerado.

O ensino de Biologia tenta, de maneira geral, compreender a

natureza como uma intricada rede de relações, um todo dinâmico, do qual

o ser humano é parte integrante, com ela interage, dela dependo e nela

interfere, reduzindo seu grau de dependência, mas jamais sendo

independente. Identificar a condição do ser humano de agente e paciente

de transformações intencionais por ele produzidas é também objetivo

desta disciplina.

Mais do que fornecer informações, o ensino e aprendizagem da

Biologia, se volta para o desenvolvimento de competências que permitam

ao aluno lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, e até

mesmo refutá-las, enfim compreender o mundo e nele agir com

autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e de

Page 222: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

outros campos do conhecimento como: Física Química, Geografia,

História, Filosofia entre outras.

No ensino da Biologia, é de extrema relevância para o

desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre

seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento

para que se possam formar cidadãos capazes de pensar seu mundo e com

ele interagir.

A Biologia contribui para compreender a Ciência com um processo

de produção de conhecimentos, um sistema explicativo que opera como

modelos, tendo como critério de legitimação a realidade, formando

sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos que

proporcione o “entendimento do objeto de estudo – o fenômeno VIDA, em

toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres

vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da

diversidade no âmbito dos processos biológicos da variabilidade genética,

hereditária e relações ecológicas e das implicações dos avanços

biológicos do fenômeno VIDA” (DIRETRIZES CURRICULARES DE

BIOLOGIA).

O conteúdo estruturante articulados aos conteúdos específicos

proporcionará aos alunos um saber estruturado, diversificado e integrado

com as outras áreas de conhecimentos, este por sua vez deixará de ser o

agente passivo e passa a ser o agente ativo. Com os conhecimentos

elaborados reforçados com os conceitos científicos dos conteúdos

específicos e estruturados com os estruturantes; organização dos seres

vivos, mecanismos biológicos, biodiversidades, implicações dos avanços

biológicos no fenômeno vida, auxiliará na construção do conhecimento

biológico, promovendo a formação de um sujeito crítico, reflexivo, aos

avanços da ciência e tecnologia disponíveis na sociedade atual.

Sendo histórica, a ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas

ocorridas nos contexto social, político, econômico e cultural dos

diferentes momentos históricos.

Neste sentido histórico da Biologia novos paradigmas do pensamento

Page 223: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

biológicos emergiram, e que revolucionaram a Ciência, são eles que vão

compor os conteúdos estruturantes dos quais desmembram os conteúdos

específicos a serem ensinados em Biologia.

A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos

e atuantes no meio em que vive.

26.1.1. Aspectos Históricos

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção

das diferentes concepções sobre o fenômeno de vida e suas implicações

para o ensino, buscaram–se na história das Ciências os contatos

históricos nos quais pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais

impulsionaram mudanças conceituais no modo como o homem passou a

compreender a natureza.

Foi através do ensino religioso que houve a necessidade do

surgimento das primeiras universidades medievais.

Sobre a influência, ocorreram divergências relativas aos estudos dos

fenômenos naturais, que passaram a ter uma nova trajetória na história

da humanidade.

Com o rompimento de visão Teocêntrica e a concepção filosófica –

teológica medieval houve o abandono de idéias antigas e preferência por

novos modelos.

Vários fatores contribuíram para a mudança do pensamento em

relação às Ciências, os avanços na navegação e conseqüentemente o

desenvolvimento econômico e político, a quebra do poder arbitrário de

Igreja, revoluções industriais do século XVIII.

Ainda nos séculos (XV e XVI) ocorreram modificações de L. da Vinci

introduziu o pensamento matemático, como instrumento para interpretar

a ordem mecânica de natureza.

Houve mudanças na Zoologia, Botânica; se a classificação científica

dos organismos (Carl Von Linné), mas manteve o princípio da criação

Page 224: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

divina.

O pensamento biológico descritivo marca com o uso do Empirismo na

observação e descrição tornou possível a organização da Biologia pela

comparação das espécies nos diversos ambientes. No mecanicista Francis

Bacon (1561-1626) – introduziu idéias sobre aplicação prática do

conhecimento propondo o método indutivo baseado no controle metódico

e sistemático da observação relacionando a forma descritiva e o método

cientifica. Descartes (1596 – 1650) o pensamento biológico mecanicista

foi introduzido utilizando um modelo sobre circulação sanguínea além das

idéias sobre biogênese e a invenção e aperfeiçoamento do microscópio.

No século XVIII com modificações na astronomia, objeto central de

estudo na época com Newton, Descartes; já Kant e Laplace, no final do

século introduziram a possibilidade de expansão de transformação do

Universo, da Terra e dos Seres Vivos. As extinções de espécies forjaram

no pensamento cientifico européias propostas para a teoria da evolução.

A instabilidade da vida no século XVIII e inicio do século XIX, foi

questionada com evidencias do processo evolutivo dos seres vivos

Erasmus Darwin e Jean- Baptista de Monet, apresentaram estudos sobre

a mutação das espécies, ao longo do tempo.

Darwin acreditava na herança de características adquiridas. Para

Lamarck, a classificação era importante, mas artificial.

Lamarck criou o sistema evolutivo em constantes mudanças, para

ele, formas de vida inferiores surgem a partir da matéria inanimada.

No inicio do século XIX, Charles Darwin, apresentou suas idéias

sobre evolução das espécies, mantendo-se fiel a doutrina da igreja.

A teoria da evolução das espécies foi criada a partir de modificação

da ação da seleção natural sobre a ação individual.

A construção do pensamento Biológico ocorreu em movimento não

lineares com momentos de crise, de mudanças de paradigmas de

questionamentos conflitantes, na busca constante por aplicações sobre o

fenômeno vida.

No Brasil, a primeira tentativa de organização de ensino

Page 225: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

correspondente ao atual Ensino Médio foi à criação do Colégio D. Pedro

II, Rio de Janeiro, em janeiro, em 1838, com poucas atividades didáticas

nas Ciências como História Natural, Química e Física, com adoção de

livros didáticos importados da França.

Com o surgimento das primeiras instituições nacionais no Brasil,

criou – se o Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura (IBECA)

em 1946, cujo objetivo era promover a melhoria da formação cientifica

dos alunos que ingressariam no ensino superior.

Na década de 60, por influência de materiais didáticos norte

americano deu-se a ênfase ao ensino do método - cientifico; a

preocupação em criar e manter uma elite intelectual científica e

tecnológica.

Conforme Krasilchik, a escola secundaria deve servir não mais à

formação do futuro cientista ou profissional liberal, mas principalmente

ao trabalhador, peça essencial para responder às demandas do

desenvolvimento.

Os conteúdos eram aprendidos com base na observação, a partir da

qual poderiam ser explicados por raciocínios lógicos comprovados pela

experimentação.

Em 1980 surgiu no Brasil um movimento pedagógico que

reconheceria a análise do processo de produção de conhecimento na

Ciência já na década de 1990 surgiu outro campo de pesquisa, o de

mudança conceitual.

Em 1998 com a promulgação das Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio, para normalizar a LDB 9394/96, o ensino passou a

ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na

área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.

Dentro dos (PCN) era enfatizado o desenvolvimento de competências

e habilidades o que veio prejudicar uma abordagem mais aprofundada

dos conteúdos.

Analisando a situação do ensino público em 2003 percebeu-se a

descaracterização do objeto de estudo da disciplina de Biologia e a

Page 226: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

necessidade de sua retomada.

Estas Diretrizes Curriculares, portanto, consideram a concepção

histórica da Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência. Ao

partir da dimensão histórica da disciplina de Biologia, foi identificado o

marcos conceitual da construção do pensamento biológico. Esse marcos

foi adotado como critérios para a escolha dos conteúdos estruturantes e

dos encaminhamentos metodológicos.

26.2 Objetivos

O objetivo do Ensino de biologia visa propiciar um conhecimento útil

à vida e ao trabalho, nos quais as informações transmitidas se

transformem em instrumentos de compreensão, interpretação,

julgamento, mudança e previsão da realidade, preparando o aluno para o

exercício consciente da cidadania no sentido universal e não apenas

profissionalizantes, aprimorando-o como serem humanos sensíveis,

solidários e conscientes. Com esses objetivos vamos retirar o aluno da

condição de espectador passivo, estabelecendo relação entre o que ele

aprende na escola e a sua vida, propiciando que se inter-relacionem

conhecimentos e que estes produzam um novo conhecimento, mais amplo

e dinâmico sem, entretanto dispensar a especificidade de cada disciplina.

É fundamental que o ensino da Biologia se volte para o

desenvolvimento de habilidades que permitam ao aluno lidar com o

conhecimento, compreendendo e reelaborando e refutando quando for o

caso. Esses são os verdadeiros objetivos do Ensino da Biologia.

26.3 Metodologia

A Biologia é uma. Quer quando estudam, em seus aspectos mais

abrangentes, os ecossistemas, as populações, os indivíduos ou os seus

órgãos, quer quando enfocam os mecanismos, em seus menores e mais

complexos detalhes, em nível celular ou molecular, o biólogo está sempre

Page 227: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

voltado à compreensão de um único e mesmo fenômeno: a vida.

O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes do ensino de

Biologia deve ocorrer de forma integrada, ou seja,sofre a influência do

contexto social, histórico e econômico em que o aluno está inserido.

Nesse sentido, deve se considerar que a pedagogia histórico-crítica

valorizar o saber historicamente acumulado pelos homens. Sendo assim o

professor deve contribuir com subsídios para que o aluno construa o seu

conhecimento. É importante conhecer e respeitar a diversidade social,

cultural e as idéias primeiras do aluno, como elementos que também

constitui obstáculos á aprendizagem dos conceitos científicos que levam à

compreensão do conceito vida.

Sendo que os conteúdos e temas deverão ser problematizados e o

professor a partir da problematização utilizará o método dialético com

aula expositiva, onde o professor provoca e mobiliza o aluno na busca da

construção do conhecimento necessário para a resolução de

problemas.Considerando articulações entre conhecimentos físicos,

químicos e biológicos.Tendo como subsídios:

-A aula introdutória, destinada a apresentar temas fornecendo uma

visão geral;

-Aula expositiva com esquemas no quadro, com a metodologia

dialética;

-Aulas que socializa a pesquisa: conferência, preleção e

comunicação, o professor exercendo o papel de mediador entre o

conhecimento já construído;

-Aulas desenvolvidas junto a comunidade, na participação da

discussão dos problemas que envolvem a comunidade;

-Projetos interdisciplinares, ou possibilidade de relação

interdisciplinar – relações possíveis com outras disciplinas: (quando uma

disciplina oferece subsídio para uma outra disciplina contribuindo na

construção do conhecimento, diálogo entre as disciplinas);

-Leitura e discussões de textos complementares (interpretação de

textos científicos);

Page 228: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

-Discussão de problemas;

-Produção de textos sobre temas específicos, por partes dos alunos;

-Pesquisas em: livros, revistas, internet, televisão, jornais etc;

-Estudo dirigido e trabalho em grupo, tanto para atividades práticas

como pesquisa;

-Aula prática utilizando materiais alternativos, equipamentos

construídos pelos próprios alunos (material alternativo de laboratório) ou

equipamentos mais sofisticados (de laboratório) – elaboração de

relatórios de aulas práticas e demonstrações;

-Filmes com a elaboração de questionamentos para promover a

discussão e o entendimento de tema abordado.

26.3.1 Avaliação Paralela

Embora a avaliação seja intimamente relacionada aos objetivos

visados, o nível de alcance desses objetivos nem sempre se realiza

plenamente para todos os alunos. Sendo assim, o aluno não atingindo o

conhecimento é necessário reforçar em forma de revisão cada tópico, que

seja de real significado para os alunos e propondo novas avaliações.

A recuperação deve ser considerada como uma etapa em que o

diagnóstico possibilita a revisão e reelaboração de conhecimentos não

apreendidos, sendo possível, revisar, reforçar ou reorganizar esses

conhecimentos

-Pesquisa de assuntos e debates sobre os temas onde o professor

mediador verificou maior dificuldade por parte de alunos.

26.4 Conteúdos Estruturantes por série/ano

26.4.1 1º Ano

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS

Page 229: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

- Composição química da célula

- Estrutura celular

- Divisão celular

- Organização dos tecidos

- Os Genes e a Síntese de Proteínas (estruturas celulares: membrana celular, citoplasma e núcleo).

- Mutações

- Câncer

- Funções Celulares

- Seres Autótrofos e Heterótrofos

- Fotossíntese

IMPLICACÕES DOS AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA

BIODIVERSIDADE

- Envelhecimentos - Radicais livres e vitaminas

- Valorização da Vida - (sexualidade tabagismo), (Alcoolismo, drogas)

- Colesterol

- Água potável desafio para a humanidade- Vacinas

- Produção de Celulose e Ecologia

- Biosfera

- Níveis de Organização dos Seres Vivos

- Equilíbrio Ecológico

- Seres Produtores, Consumidores e Decompositores

26.4.2 2º Ano

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS

- Classificação dos Seres Vivos - Processos de Produção de Energia: Respiração Aeróbia e Anaeróbia

Page 230: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

- Os Cinco Reinos: Monera, Protista, Fungi, Animal e Vegetais-características gerais;

- Biomas: Aquáticos e Terrestres

- Taxonomia

- Fisiologia Animal Comparada;

- Fisiologia Vegetal;

- Efeitos negativos das Drogas no Organismo.

BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOS NO FENOMENO DA VIDA

- Cadeia e Teia Alimentar, Relações Ecológicas;

- Origem da Vida;

- Equilíbrio e Desequilíbrio Ecológico (extinção de espécies).

- Produção de Remédios

- Homeopatia e Fitoterapia;

- Armamento Biológico;

- Saúde e Doenças; (alcoolismo e tabagismo)

- Controle Biológico de Pragas;

- Hidroponia.

26.4.3 3º Ano

ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS

MECANISMOS BIOLÓGICOS

- Evolução da Vida;

- Origem das Espécies;

- Núcleo e o Material Genético (estrutura e função), Cariótipo.

- Tipos de Reprodução;

- Reprodução Humana;

- Embriologia;

- Genética. BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOS NO FENÔMENO

DA VIDA - Ecologia-Pirâmide; - Desequilíbrios Ambientais;

-Clonagem; -Manipulação Genética e Bioética; -Célula-tronco; -Projeto Genoma; -Terapia Gênica; -Transgênicos.

26.5 Conteúdos específicos por ano/série

26.5.1 1º Ano

Page 231: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

I – INTRODUÇÃO À BIOLOGIA

- História da Biologia

- Origem da Vida: (noções: abiogênese e biogênese);

- Noções: Sistema Nervoso (stress, esclerose múltipla)

: Sistema Endócrino.

: Sexualidade

II – NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO E ECOLOGIA

- Nível Celular; (célula à biosfera)

- Nível Ecológico;

- Ecossistema: (relações ecológicas)

- Ciclos Biogeoquímicos.

III - ORGANIZAÇÃO CELULAR E MOLECULAR:

- Composição química;

- Estruturas celulares;

- Metabolismos Energéticos;

- Membranas celulares;

- Citoplasma;

- Núcleo;

- Divisão celular;

VI - ORGANIZAÇÃO DOS TECIDOS

- Animal e Vegetal: caracterização

Função

26.5.2 2º Ano

I – ESTUDOS DOS REINOS:

- Sistemas de Classificação;

Page 232: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

- Vírus;

II – DIVISÃO DOS REINOS (FISIOLOGIA COMPARADA)

- Reino Monera;

- Reino Fungi;

- Reino Plantae;

- Reino Animália.

III- BIOMAS E BIODIVERSIDADE

- Aquáticos

- Terrestres

- Ecossistema

- Relações ecológicas;

- Componentes abióticos e bióticos;

- Cadeia alimentar.

IV- DESEQUILIBRIO AMBIENTAL URBANO

26.5.3 3º Ano

I – REPRODUÇÃO

- Gametogênese;

II– EMBRIOLOGIA

III – GENÉTICA

- Histórico

- Conceitos Básicos

- A primeira Lei de Mendel

- A segunda Lei de Mendel

- Interação Gênica

- Alelos múltiplos

Page 233: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

- Heredogramas

- Herança e Sexo

- Aberrações e Anomalias

IV– ORIGEM E EVOLUÇÃO DA VIDA

- Teorias do surgimento do universo, da terra e da vida;

- Lamarck x Darwin

- Mutação

V– ORIGEM DAS ESPÉCIES

- Conquista dos ambientes pelos seres vivos

- Especiação

- Arvore filogenética

VI-- BIOTECNOLOGIA

26.6 Referências Bibliográficas

BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC, 2004.

CHASSOT, A. A Ciência através do tempo. São Paulo: Editora Moderna, 2004.

KRASIKCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. 2006.

DE ROBERTIS, E.D.P., DE ROBERTIS JR., E. M. F. Bases da Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.27 Proposta Curricular de Educação Física

27.1 Apresentação

Page 234: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, em 1882 afirma a importância

da ginástica para a formação do cidadão, equiparando-se em categoria e

autoridade com as demais disciplinas, tornando-se componente

obrigatório dos currículos escolares.

• Origem da EF nas instituições militares (séc. XIX). com influência da

filosofia positivista;

• Visava adestramento do homem para a defesa da pátria e eugenia da

raça, reflexo da ideologia dominante na sociedade;

• Pregava a educação dos indivíduos fortes e saudáveis para sustentar a

atividade produtiva;

• Diferenciava o trabalho intelectual do trabalho manual; associava o

trabalho físico com o trabalho escravo;

• Ginástica = antigo nome da EF nas escolas (Reforma do Ensino

Primário);

• Assim a EF atrelada a valores higienistas, médicos, militares e morais e

em conformidade com as mudanças ocorridas no campo sócio-político-

económico nos mais distintos momentos históricos brasileiros, tornou-se

obrigatória nos cursos primários e secundários conforme as legislações a

seguir:

• 1851 - Reforma Couto Ferraz: torna obrigatória a Educação Física nas

escolas do município da Corte Brasileira;

• 1882 - Parecer de Rui Barbosa sobre o Projeto 224 "Reforma Leôncio

de Carvalho, Decreto n. 7.247. de 19 de abril de 1879, da Instrução

Pública:

defendeu a inclusão da ginástica nas escolas e a equiparação dos

professores de ginástica aos das outras disciplinas";

• Início do século XX -- a educação física ainda sob o nome de ginástica,

foi incluída nos currículos dos Estados da Bahia, Ceará, Distrito Federal.

Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo;

• 1929 - III Conferência Nacional de Educação: profissionais da educação

discutiram os métodos, as práticas e os problemas relativos ao ensino da

Page 235: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

educação física;

• 1937 — Primeira referência explícita à Educação Física em textos

constitucionais federais, incluindo-a no currículo como prática educativa

obrigatória em todas as escolas brasileiras;

• 1961 - Lei de Diretrizes e Bases n. 4024, artigo 22: obrigatoriedade da

Educação Física para o ensino primário e médio até a idade de 18 anos,

justificada pela necessidade da capacitação física do trabalhador ao lado

da capacitação técnica, para o processo de industrialização do modelo

econômico brasileiro, em substituição ao agrário de natureza comercial-

exportadora implementado nos anos 30. A necessidade de adestramento

físico estava associada à formatação de um corpo produtivo, portanto

forte e saudável, que fosse ao mesmo tempo dócil o bastante para

submeter-se à lógica do trabalho fabril sem questiona-la, portanto

obediente e disciplinado nos padrões hierárquicos da instituição militar.

• 1968/1971 - Lei 5.540 e Lei 5.692 (reformas educacionais do ensino):

era considerada uma atividade prática, voltada para o desempenho

técnico e físico do aluno;

• 1969 -Decreto-lei n. 705, dispunha sobre a obrigatoriedade da educação

em todos os níveis de ensino e particularmente no ensino superior

caberia a Educação Física colaborar, através de seu caráter lúdico-

esportivo, com o esvaziamento de qualquer tentativa de rearticulação

política do movimento estudantil (UNE), presente nos debates acerca das

questões políticas (resistentes às intenções antidemocráticas dos

militares) e educacionais (contrários ao convênio MEC-USAID);

• 1971 - Decreto 69.450: regulamentava a Educação Física nos três níveis

de ensino e em conjunto com a Lei n. 6.503/77, regulamentava as

condições da facultatividade da prática da Educação Física pêlos alunos:

• aluno-trabalhador (mais de seis horas/dia); aluno com mais de 30 anos.

pois já estaria inserido no mercado de trabalho; aluno no serviço militar

pelo entendimento da semelhança existente entre o trabalho corporal

levado a efeito nos quartéis e ao das aulas de Educação Física escolar;

aluno fisicamente incapacitado pela tese de que a educação física só se

Page 236: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

justifica pela exclusiva ação pedagógica na atividade física e não na

necessidade de ser pensada, refletida, teorizada e vivenciada nas

possibilidades corporais destes alunos; por fim ao aluno de pós-

graduaçâo que acreditava tinha relação com trabalho intelectual sendo

desnecessária.

a capacitação física para o exercício profissional e a aluna com prole, a

mulher cabe a tarefa de cuidar dos filhos;

• 1996 - LDBN: busca transformar o caráter que a Educação Física

assumiu nos últimos anos ao explicitar no artigo 26. § 3°, que "a

Educação Física integrada . a proposta pedagógica da escola, é

componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias

e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos

noturnos";

• 1988 -Constituição Federal do Brasil: art. 208, inciso IV do capitulo da

educação, onde diz que "o atendimento é um dever do Estado e um

direito da criança de zero a seis anos".

• 1998 - Lei n. 9.696/98: define que o exercício das atividades

profissionais, bem como a designação de profissional de educação física é

uma prerrogativa legal dos profissionais regularmente inscritos nos

Conselhos Regionais de Educação Física (CREFs) que, para tanto

deverão ser portadores de diploma de nível superior.

• 2001 - Parâmetros Curriculares Nacionais - Educação Física: referencial

para discussões e reflexões pedagógicas na escola para a Educação

Infantil e o primeiro e segundo seguimento do Ensino Fundamental.

• 2001 - Lei n. 10.328, de 12 de dezembro de 2001: introduz a palavra

"obrigatório" após a expressão "curricular", constante do § 3° do art.26

da Lei 9.394/96. que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional.

• O processo de escolarização da educação física que se configuraria nos

anos próximos a 1920 e, a partir da década de 70, reconfigura-se no

patamar da cientificização. impulsionado pêlos incrementos das pós-

graduações e da definição de seu objeto de estudo. E que segundo

Page 237: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Gebara (I992) provoca uma certa desescolarização da Educação Física (a

dimensão escolar/pedagógica é atribuída apenas ao professor e não ao

pesquisador). Para Bracht (2003) essa dicotomia entre as atividades de

professor e pesquisador não deve existir na medida em que a educação

física como disciplina acadêmica deve procurar construir seus objetos de

estudo a partir do viés pedagógico, mesmo em ambientes não escolares

(mas educacionais), tais como academias, ruas de lazer, hospitais, hotéis,

etc.

• Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio verifica-se

uma desvalorização da teoria, em nome de questões imediatistas e

abstratas, presentes na pedagogia das competências. As diversas

concepções pedagógicas apresentadas visam um processo de

individualização e adaptação à sociedade, quando deveria ser a

construção e abordagens dos conhecimentos que possibilitem a formação

do sujeito em todas as suas dimensões.

27.2 Objetivos

• Transcender aquilo que se apresenta como senso comum,

desmistificando formas já arraigadas e equivocadas sobre o

entendimento das diversas práticas e manifestações corporais.

• Priorizar a construção do conhecimento sistematizado, de

reelaboração de idéias e práticas que por meio de ações pedagógicas,

intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimento

produzido pela humanidade e suas implicações para a vida.

• Discussão sobre a diversidade cultural em termos corporais, com

intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas,

bem como se posicionarem frente a elas de modo autônomo,

realizando opções, pautadas nos conhecimentos relevantes

apresentados pelo professor.

• Modificação das relações sociais.

• Contemplar os princípios da competição sim, mas principalmente, deve

Page 238: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ser pensado para a coletividade, atingindo as necessidades de toda a

turma, sejam elas de divertimento, de prazer, de recriação, superando

as ideologias tidas como verdadeiras e as normas e regras sociais

estabelecidas.

• Espera-se que os alunos, orientados pelo professor, não sejam meros

receptores de informações, mas que possam, a partir de suas

experiências e as experiências de seus colegas, modificar a forma

como as lutas são trabalhadas na escola, considerando as mais

diversas possibilidades e simbolização.

• Organizar a aula de forma que os alunos possam movimentar-se,

descobrindo e reconhecendo as possibilidades e simbolização.

• Organizar a aula de forma que os alunos possam movimentar-se,

descobrindo e reconhecendo as possibilidades e limites do próprio

corpo permitindo a interação, o conhecimento, a partilha de

experiências que viabilizem a reflexão, a inserção crítica no mundo , o

que implica reconhecer suas inúmeras possibilidades de significação.

• Possibilitar o entendimento dos valores culturais, sociais e pessoais

situados historicamente.

• Permitir a transmissão de sentimentos e emoções da afetividade vivida

nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes, sendo

marcados pela particularidade da criação e pela especificidade dos

gestos que caracterizam cada aluno.

• Os alunos devem auxiliar na construção das regras podendo ser

questionadas e reelaboradas conforme as necessidades e desafios.

• Entender, apreender o jogo, refletindo e reconstruindo enquanto

conhecimento.

27.3 Conteúdos

Os conteúdos de uma série para outra, mudam o grau de

complexidade e dificuldade.

1. Cultura corporal e a formação do cidadão autônomo.

Page 239: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

− autonomia, planejamento participativo

− Cultura corporal.

Diversidade da cultura corporal.

Cultura corporal: atividades dotadas de sentido, significação e

expressão.

Atender às necessidades e interesses da clientela.

2. Educação física e seu contexto atual:

• Esportes

Propiciar o direito e o acesso à prática esportiva.

Conhecimento teórico e prático dos esportes.

Entender os esportes como fenômeno social.

Esporte como provedor de lazer, melhoria da qualidade de vida.

• Necessidades e possibilidades de variação

• Interdisciplinaridade e contextualização.

Ginástica – reconhecer as possibilidades da ginástica, promovendo

um auto conhecimento corporal.

Jogos – aumento da complexidade dos jogos e das brincadeiras,

expressão corporal, jogos cooperativos.

Dança – como forma de expressão corporal e o resgate de valores

sociais e culturais. Ex: folguedo, dança de salão.

Xadrez – como um componente curricular despertando o raciocínio

e a tomada de decisão.

3. Saúde, corporeidade e lazer.

• Importância da Educação Física como promotora da saúde e

qualidade de vida, hábitos saudáveis.

• Orientação para a atividade física regular de qualidade,

gerenciamento do esforço.

• Alimentação: Noções sobre nutrição, prevenção à doenças

Page 240: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

( diabetes, doenças crônicas degenerativas)

• Conhecimento anatômico, fisiológico da sua prática corporal para

ter a consciência e necessidade da educação física a saúde.

• Medidas antropométricas (peso, altura, IMC).

• Consciência corporal (entender suas qualidades e limites, entender

as possibilidades motoras).

• Consciência corporal e a sexualidade (inclusão).

• Atividade física como promotor do desenvolvimento integral do

indivíduo (social, cultural, mental, espiritual e físico).

4. Educação Física: Inclusão e Formação plena.

• Inclusão, diversidade e formação do aluno do Ensino Médio.

• Alteridade, exclusão

• Exclusão e inclusão

• Formação e informação plena.

• Alteridade e inclusão

• Despertar o gosto pelo aprender e o uso deste aprendizado nas

situações cotidianas.

27.4 Metodologia

Metodologia Crítica, superadora onde o conhecimento deve ser

tratado metodologicamente de forma a favorecer a compreensão dos

princípios da lógica dialética materialista: totalidade, movimento,

mudança qualitativa e contradição.

• Permitir ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da cultura

corporal, superando a perspectiva anterior pautada no tecnicismo e na

Page 241: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

esportivização das práticas corporais.

• Referência na pedagogia histórico-crítica estando centrada no

princípio da igualdade entre os seres humanos, em termos reais e não

formais.

• Entende a educação como possibilidade de alcançar transformações

sociais, pois educação e sociedade relacionam-se dialeticamente

(Saviani, 1991).

• Os conteúdos não precisam ser organizados numa sequência baseada

em pré- requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da

complexidade crescente, mudando, portanto, o grau de complexidade,

estabelecendo diferenças de entendimento e de relação entre o

conteúdo e possíveis elementos articuladores.

• Estratégias de Ensino: prática social, problematização,

instrumentalização, catarse e o retorno à prática social.

27.5 Avaliação

- Deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, com

critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e

o processo de ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando,

dessa forma, os processos do aluno durante o ano letivo.

- Avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos poderão

revisitar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no

processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor

outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades

constatadas.

- Processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor estará

organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as

diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas de

ginástica, do esporte, dos jogos e da dança levando os alunos a

refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de construir

uma suposta relação com o mundo.

Page 242: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

27.6 Referências Bibliográficas

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.

___. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre. Magister, 1992.

BRUHNS, H. T. O jogo nas diferentes perspectivas teóricas. In: Revista Motrivivência, Ano VIII, n.09, Dezembro/96.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo. Cortez, 1992.

CORDEIRO Jr, O. Proposta Teórico- metodológica do ensino do judo escolar a partir dos princípios da pedagogia crítico- superadora: uma construção possível. Goiás: UFG, 1999. Memórias de Licenciatura.

DAOLIO, J. . Educação física e o conceito de cultura. Campinas. Autores Associados, 2004.

DARIDO, S. C. e RANGEL, l. C. A. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física. In: Revista Motrivivência, n° 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.

FIAMONCINI, L; SARAIVA, M. do. Dança na escola a criação e a co-educação em pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003 p. 95-120

FOUCAULT, Michela. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 30 ed. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítíca. Campinas: Autores Associados, 2002

LIBÂNEO, J. C. Democratização da Escola Pública: a Pedagogia

Page 243: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Crítico-Social dos Conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.

NOZAKI, H. T. Educação física e reordenamento no mundo do trabalho: mediações da regulamentação da profissão. Tese de doutorado - Niterói: UFF, 2004.

TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação física na escola básica? Pensar a prática, Goiânia, 2:1-23, jun./jul. 1998.

SOARES, Carmem Lúcia. Educação física: raízes europeias e Brasil. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2001.

SOARES, Carmem Lúcia. Imagens do corpo "educado" : um olhar sobre a ginástica do século XIX. In. FERREIRA NETO, Amarilio (org). Pesquisa Histórica na Educação Física. 1 ed. Vitória: 1997, v.2, p. 05-32.

SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.

___. Escola e Democracia. 32. ed. Campinas: Autores Associados. 1999.VAZ, Alexandre Fernandes; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda. Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir do resgate das brincadeiras açorianas. Revista da Educação Física UEM, Maringá, v. 13, n.1, p. 71-77, 2002.

28 Proposta Curricular de Filosofia

28.1 Apresentação

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a filosofia trás

consigo o problema de seu ensino, desde o embate entre o pensamento

de Platão e as teses dos sofistas. Platão admitiria que sem as noções

básicas e técnicas de persuasão, a prática da filosofia teria efeito nulo

sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de

Page 244: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

filosofia se limitasse à transmissão de “técnicas” de redução do ouvinte,

por meio de discussão, o perigo seria outro. A filosofia favoreceria

posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do

conhecimento.

Atualmente, visando a formação pluridimensional e democrática

plena do estudante, o Ensino Médio busca oferecer-lhe a possibilidade de

compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com suas

múltiplas particularidades e especificidades. É nesta multiplicidade que

reside as categorias de pensamento, estas, buscam articular a totalidade

espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a

experiência humana.

A filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e como

conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de

pensamento: não é possível estudar filosofia sem filosofar assim como não

é possível filosofar sem ter conhecimento da filosofia. A filosofia na

escola, pode significar o espaço de criação e da provocação do

pensamento original, da busca da compreensão, da imaginação, da

criação e recriação de conceitos. Nessa perspectiva, a abordagem

filosófica em sala de aula é realizada a partir de grandes temas

filosóficos, ou seja, de conteúdos estruturantes e basilares a serem

trabalhados na perspectiva do estudante, de modo que a investigação e

os textos filosóficos permaneçam sempre ligados à realidade presente.

Portanto, a filosofia tem por objetivo formular conceituamente

problemas que interessam ao pensar de hoje e investigar as diferentes

formas de conceitos envolvidas, desenvolvendo uma maneira peculiar e

geral de interrogar-se sobre a verdade das palavras, das coisas e do ser.

28.2 Conteúdos Estruturantes

Como a disciplina de filosofia é trabalhada em apenas um das três

séries do Ensino Médio, o extenso saber acumulado ao longo de 2600

anos de filosofia só pode, nas condições atuais, ser minimamente

Page 245: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

“recortado”. Tal recorte far-se-á em torno de seis conteúdos

estruturantes essenciais ao estudo da disciplina.

1- MITO E LOGOS

O que é mito?

Funções e características do mito

Condições histórico-culturais para o surgimento do pensamento racional

A filosofia como expressão da racionalidade e do pensamento científico

inicial

O mito e a filosofia.

2- TEORIA DO CONHECIMENTO

A preocupação com o conhecimento e os princípios filosóficos

Os modernos e a teoria do conhecimento

Relações entre sujeito e objeto do conhecimento

Implicações de algumas das teorias do conhecimento e a visão de mundo

que decorrem das mesmas.

3- FILOSOFIA E CIÊNCIA

Senso comum e atitude científica

Método científico e as ciências humanas

A ciência na história , rupturas e revoluções científicas

Provisioridade do conhecimento científico

Mitificação da ciência.

4- A ÉTICA

Ètica e moral

Formação da consciência moral

Page 246: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Caráter histórico, sócio cultural e pessoal da moral

O sujeito moral e o outro

Algumas concepções éticas na história da filosofia

5- FILOSOFIA POLÍTICA

O que é a política?

Relações de poder

Estado e poder

Origem e finalidades da vida política

Algumas concepções políticas na história da filosofia

6- ESTÉTICA

O que é arte

Funções da arte

Arte e intuição, arte e conhecimento, arte e sociedade

Indústria cultural e cultura de massa

Algumas considerações estéticas na história da filosofia

28.3 Metodologia

Essa disciplina deve favorecer a reflexão, a análise e a investigação

de modo a exercitar as habilidades de raciocínio, através do dialogo e da

pesquisa, suscitando o questionamento, a argumentação e a construção

de novos conhecimentos.

É necessário que o educador estimule os educandos na busca de

leis e estruturas presentes nos discursos por ele elaborado, através de

leituras, pesquisas, críticas, debates, reflexões e sistematizações de

assuntos relacionados ao cotidiano dos mesmos.

O ensino de filosofia pressupõe a atividade de leitura, produção de

textos e debates para que o diálogo direcione a aula. O professor também

Page 247: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

pode fazer uso de outros recursos, tais como: filmes jornais, gibis,

revistas, música e gravuras, sem perder a essência filosófica.

A disciplina de filosofia deve proporcionar o desenvolvimento do

raciocínio lógico e coerente, trabalhando os conteúdos sempre associados

à realidade, com isso desenvolve-se a ética nas relações dos indivíduos

principalmente no que concerne ao exercício de sua cidadania.

O respeito à individualidade e à diversidade de culturas assim como

os níveis de desenvolvimento intelectual dos alunos serão a base do

desenvolvimento de técnicas de raciocínio e argumentação, de

questionamento e problematização.

Como dizia G. Lebrum, “os alunos através da leitura e reflexão de

textos, conceitos e doutrinas, aprendem a marcar de todas as palavras,

educando-se para a inteligibilidade, pois onde os ingênuos só vem os

fatos diversos, acontecimentos amontoados, a filosofia permite discernir

uma significação, uma estrutura.”

28.4 Avaliação

Como a disciplina de filosofia possui características próprias

baseadas na análise de reflexão, problematizaçao e sistematização de

conceitos, a avaliação será realizada através de atividades práticas e

escritas, apresentações orais, discussões, debates, leituras e pesquisas,

onde serão considerados a criatividade, interesse, desempenho,

capacidade de argumentação, de análise crítica e domínio de conceitos.

Ao avaliar o professor deve respeitar as posições dos educandos

mesmo não concordando com elas. O importante é o exercício filosófico e

os limites do educando.

Na avaliação, o educando deve demonstrar entendimento sobre o

pensamento filosófico no processo histórico assim como deve se

posicionar como sujeito ativo do processo para a construção de uma

sociedade melhor.

Page 248: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

28.5 Referências Bibliográficas

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda Aranha e MARTINS, Maria H. pires. Filosofando Ed. Moderna, 1993.

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, nº 64. A filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13 edição. São Paulo. Ática. 2003.

___________O retorno do teológico-político. In: Retorno ao republicano. Sérgio Cardoso (org). Belo horizonte: editora UFMG, 2004.

CORDI, Cassiano et al. Para filosofar. Ed. Scipione 2003.

GALLO, S; KOHAN, W.O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

HOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In: FÁVERO.

A A; KOHANN, W.O; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia . Juí: editora da UNUJUÍ, 2002.

29 Proposta Curricular de Física

29.1 Introdução

Epistemologicamente, Física é a ciência que estuda a natureza. Este

significado indica, na verdade, a maneira pela qual a física surgiu, com a

preocupação de nos levar ao conhecimento dos fenômenos naturais. Em

sua origem, os objetivos da física eram, portanto, os mesmos de outras

Page 249: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ciências, hoje conhecidas com nomes diferentes, tais como biologia,

zoologia, botânica, geologia. Química, física, sociologia, psicologia,

historia, lingüística, etc. Não havia fronteiras definidas entre os campos

dessas ciências e todas procuravam desvendar a natureza: a

denominação “filosofia natural” abrangia quaisquer estudos feitos na

tentativa de melhor descrever os fenômenos que ocorriam na terra ou

que daqui podiam ser observados, ouvidos, percebidos, etc. Pouco a

pouco, a física passou a ter seu próprio campo de estudos, mas seu

relacionamento com outras ciências continuou a ser muito forte. Os

fenômenos nela estudados estão presentes a todo momento, em todos os

lugares, no cotidiano das pessoas, na terra, em outras galáxias, enfim, em

todo o universo.

Nos fenômenos naturais que vão sendo descobertos, e também os

conhecimentos referentes a um novo mundo que vem sendo criado pelo

homem ampliam cada vez mais o campo da física, tornando nossas vidas

profundamente envolvidas por ela.

A física foi inaugurada por Galileu Galilei no século XVI, através da

descrição matemática dos fenômenos físicos. Galileu busca descrever um

fenômeno partindo de uma situação particular, por exemplo, a queda de

um corpo sob a ação da gravidade.

Inauguram-se então as bases da ciência moderna, que, a partir de

uma situação particular chega ao geral, tornado possível construir leis

universais.

No século XVII, Bacon, Galileu e Descartes instituíram o método e

retiraram das autoridades eclesiásticas o controle sobre o conhecimento

e iniciaram um período moderno, abrindo caminho para Isaac Newton

que fez a primeira unificação da Física.

A Revolução Industrial e o advento das máquinas à vapor

transformou a vida social e econômica. Nesse contexto houve um

favorecimento do avanço do conhecimento físico e a termodinâmica

evoluiu. Passando o calor a ser entendido como forma de energia

relacionada ao movimento, surgindo então, outra grande unificação na

Page 250: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

física, cabendo a Maxwel, a sistematização, quando da formulação da

teoria eletromagnética da luz.

Einstein, em 1905, propõe a teoria da Relatividade Especial,

alterando os fundamentos da mecânica e apresentando uma nova visão do

espaço e do tempo. Abrindo caminho para o desenvolvimento da

mecânica quântica.

No Brasil a intensificação do processo de industrialização, a partir

dos anos 1950 tornou a física parte do currículo do Ensino secundário,

hoje Ensino Médio.

29.2 Ementa

A disciplina de física propõe o estudo do universo em toda sua

complexidade, esses conhecimentos são apresentados não como coisas da

natureza, ou a própria natureza, mas como modelos de elaborações

humanas para explicar os fenômenos naturais.

Neste sentido a física deve abranger os seguintes conteúdos

estruturantes:

* Estudo dos movimentos, termodinâmica e eletromagnetismo.

O estudo dos movimentos permite a compreensão de fenômenos

ligados ao cotidiano do estudante, como o caminhar, o movimento de

projéteis e dos automóveis, o equilíbrio de corpos num meio fluido, o

movimento dos planetas em torno do Sol e da Lua em torno da Terra.

O estudo da termodinâmica baseia-se nos conceitos de temperatura,

calor e entropia e, pela etimologia da palavra, das relações entre calor e

trabalho mecânico. Entender os processos em que ocorrem trocas de

calor, tão presentes no cotidiano dos estudantes, e os seus principais

conceitos, torna-se fundamental para um estudante ao qual se deseje

apresentar o física como uma ciência em construção e portanto,

compreender o universo em que vivemos.

Page 251: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

A teoria eletromagnética de Maxwel unificou o magnetismo, a

eletricidade e a óptica tornando-se um importante campo de estudos para

o estudante, visto que seus conhecimentos e aplicação estão ligados às

inúmeras inovações tecnológicas surgidas nos últimos cem anos.

29.3 Objetivos

Com a implantação da pedagogia histórico-critica, do Prof. Dermival

Saviani, nasceu o currículo básico, uma reestruturação do ensino de

2ºgrau, hoje Ensino Médio, inclusive na Física, que resultou em:

• Compreensão crítica da sociedade, de modo a enfrentar as mudanças e

atuar sobre elas;

• Aquisição do conhecimento científico;

• Entendimento da relação ciência-tecnologia;

• Levar a uma reflexão sobre o mundo da ciência sob a perspectiva de

que esta não é somente fruto da pura racionalidade científica;

• A física deve educar para a cidadania, formando um sujeito critico,

capaz de admirar a beleza da produção científica;

• Entender o universo e os fenômenos que o cerca;

• Ressaltar a importância conceitual que não leve em conta apenas uma

equação matemática;

• Resolver problemas práticos;

• Permitir que façam previsões com o apoio de experimentos onde se

confronta os dados coletados com os previstos pela teoria;

• Formar pessoas que sejam criativas e participativas capazes de atuar

na sociedade atual.

29.4 Conteúdos

SÉRIES 1ª SÉRIO DO EM 2ª SÉRIE DO EM 3ª SÉRIE DO EMCONTEÚDO

ESTRUTURANTEMOVIMENTO TERMODINÂMICA ELETRO-

MAGNETISMO

Page 252: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ENTIDADES FUNDAMENTAIS

• Espaço.• Tempo.• Massa.

• Calor.• Entropia.

• Carga.• Pólos

magnéticos.• Campos.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

• Inércia.• Momentum de

um corpo.• A variação do

momentum e suas conseqüências.

• Temperatura e calor.

• Reversibilidade e irreversibilidade dos fenômenos físicos.

• A conservação da energia.

• As quatro Leis de Maxwell.

• A luz como uma onda eletromagnética.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

85. Quantidade de movimento (momentum) e inércia, o papel da massa.

86. A conservação do momentum.

87. Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton – a idéia de força.

88. Conceito de equilíbrio e 3ª Lei de Newton.

89. Potência.90. Movimentos

retilíneos e curvilíneos.

91. Gravitação universal.

92. A energia e o princípio da conservação da energia.

93. Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa mola, ondulatória, acústica.

94. Movimentos dos fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade dos fluídos, comportamento

97. Temperatura e sua medida.

98. Leis da Termodinâmica: Lei Zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades termométricas, medidas de temperatura.

99. 1ª Lei da Termodinâmica: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia.

100.2ª Lei da Termodinâmica: máquinas térmicas, a idéia de entropia, processos irreversíveis/ reversíveis.

101.3ª Lei da Termodinâmica: as hipóteses da sua formação.

102.Comportamento da matéria nas proximidades do zero absoluto.

103.As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da

104.Conceitos de carga elétrica e pólos magnéticos.

105.As leis de Maxwell; Lei de Coulomb, Lei de Gauss, Lei de Faraday, Lei de Àmpere e Lei de Lenz.

106.Campos elétricos e magnéticos, as linhas de campo.

107.Força elétrica e magnética e Força de Lorentz.

108.Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito.

109.As ondas eletromagnéticas: a luz como uma onda eletromagnética.

110.Propriedades da luz como uma onda e como uma partícula: a dualidade onda-partícula; Óptica Física e Geométrica. A dualidade da matéria.

111.As interações eletromagnéticas, a estrutura da

Page 253: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

de superfícies e interfaces, estrutura dos materiais.

95. As interações mecânicas.

96. Introdução a sistemas caóticos.

Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.

matéria.

29.5 Metodologia

Assumindo para o ensino da física o pressuposto que considera a

ciência como uma produção cultural.

Concensuamos que o processo de ensino-aprendizagem, em física,

deve partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes.

A experimentação no ensino da física pode contribuir para fazer a

ligação entre teoria e prática.

A linguagem matemática é apenas uma ferramenta para a física,

não podendo ser um pré-requisito para ensinar física, entretanto o

formalismo matemático se faz necessário no entendimento de leis e suas

equações.

Nesse contexto os temas de física devem ser abordados através de

aulas expositivas, trabalhos em grupos, pesquisas, interpretação de

textos, resolução de exercícios e aulas práticas em laboratório.

29.6 Avaliação

A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em conta

todos os aspectos:

• A compreensão dos conceitos físicos;

• A capacidade de análise de um texto científico;

• A capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou

Page 254: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

qualquer outro evento que envolva física;

• Na resolução de listas de exercícios;

• Nos trabalhos em grupo ou individuais;

• Testes escritos;

Para se verificar se o aluno conseguiu de alguma forma fazer uma

ligação entre o que foi trabalhado em aula como situações semelhantes

em outras circunstâncias, pois somente dessa forma o professor terá

subsídios para intervir.

29.7 Referências Bibliográficas

GASPAR, Aberto, Física – Série Brasil, Volume Único, Editora Ática, 1ª Edição.

BONJORNO, Regina Azenha, BONJORNO, José Roberto, BONJORNO, Valter, RAMOS, Clinton Marcico – Física Completa, Volume Único, Editora FTD, 2ª Edição.

PARANÁ, Djalma Nunes da Silva – Física, Volume Único, Editora Ática, 6ª Edição.

BISCOULA, Gualter José, MAIALI, André Cury – Física, Volume Único, Editora Saraiva, 3 ª Edição.

HERSKOWICZ, Gerson, PENTEADO, Paulo César Martins, SCOLFARO, Valdemar – Curso Completo de Física, Volume Único, Editora Moderna, 1ª Edição.30 Proposta Curricular de Geografia

30.1 Apresentação

As relações entre a sociedade e a natureza sempre permearam os

estudos geográficos, pois a compreensão desses fenômenos eram e são

essenciais para garantir a sobrevivência humana.

Nos primórdios da sociedade, o homem apenas descrevia os

fenômenos naturais, as informações sobre a localização e as

Page 255: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

características físicas das regiões conquistadas. Tais conhecimentos eram

fundamentais para se organizarem politicamente e economicamente.

Diante da necessidade de ampliar o seu domínio, o homem passou a

buscar explicações para os fenômenos naturais, a mapear todas as áreas

conquistadas, surgindo desta forma, os primeiros registros geográficos e

cartográficos.

Somente no século XIX é que os conhecimentos geográficos

passaram a ser sistematizado. Neste período, surgiram as sociedades

geográficas que através de expedições buscavam conhecer novas áreas

continentais. Os conhecimentos eram utilizados pelas classes dominantes

para conquistar novas possessões territoriais.

No Brasil, a institucionalização da Geografia se consolidou a partir

de 1930, era uma Geografia descritiva, decorativa, conhecida como

Geografia Tradicional.

As transformações políticas, econômicas e sociais após a Segunda

Guerra Mundial, interferiram no pensamento geográfico sobre diversos

aspectos. Essas transformações se intensificaram no decorrer do século

XX, promovendo a reformulação do ensino da Geografia e nas novas

abordagens para os campos de estudo desta ciência. No Brasil, o

percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60,

que levaram as modificações do ensino da Geografia.

Com o fim do militarismo no Brasil, na década de 80, a renovação

do pensamento geográfico fortaleceu e as discussões teóricas centraram-

se em torno da Geografia Crítica.

Essa nova concepção geográfica tem como objetivo uma análise

social, política e econômica sobre o espaço geográfico trazendo para as

discussões assuntos ligados: à degradação da natureza, intensa

exploração dos recursos naturais, as desigualdades sociais e injustiças da

produção e organização do espaço, bem como, as questões culturais,

políticas e econômicas mundiais, com o objetivo de desenvolver no

educando conhecimentos críticos do mundo que o cerca, com os quais ele

possa pensar a realidade geograficamente despertando uma consciência

Page 256: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

espacial, assumindo um papel de agente transformador da realidade.

30.2 Conteúdos por série/ano

ConteúdosEstruturantes

Conteúdos Específicos

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Dimensão econômica

da produção

do/no espaço

* Conceitos de paisagem, lugar, região, natureza e sociedade;* leitura e representação do espaço geográfico;* Novas tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;

* Modos de produção e formações sócio-espaciais;* revolução técnico-científica-informacional e o novo arranjo do espaço de produção;* Distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;* Oposição norte/sul e aspectos econômicos da produção;* Reestruturação do segundo mundo e economias de transição;

*Internacionalização do capital e sistemas financeiros;* Formação dos blocos econômicos regionais;*Urbanização e hierarquia das cidades: megalópoles, metrópoles, cidades grandes, médias e pequenas;* Industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e ambientais.

Page 257: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Geopolítica

* Os atuais conceitos de Estado-nação, país, fronteiras e territórios;* Regionalização do espaço mundial;

* A nova ordem mundial no início do século XXI: o fim dos três mundos e a atual oposiçaõ norte/sul;

* Fim do Estado de bem estar social e o neoliberalismo; * Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos, culturais, políticos, econômicos entre outros;* Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem - teto, entre outros

* Os novos papéis das organizações internacionais;* Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;* Conflitos rurais e estrutura fundiária;* Questões territoriais indígenas;

Sócio-Ambiental

* Dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais;* O meio ambiente e as grandes paisagens naturais;* Atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas escalas geográficas;* Produção do espaço geográficos e impactos ambientais sobre a água, o solo, o ar, o clima;* Ocupação de áreas de riscos, encostas e mananciais:

* Crise ambiental: conflitos políticos e interesses econômicos;

* Recursos naturais, conservacionismo ( uso sustentável de bens naturais ) e preservacionismo ( áreas protegidas );* Problemas ambientais dos grandes centros urbanos;* Patrimônios culturais e ecológicos;* Biotecnologia e impactos ambientais

Page 258: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Dinâmica Cultural e Demográfi

ca

* Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas;* Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países;

* Composição demográfica dos lugares: geração, gênero etnia;* Relações entre composições demográficas, emprego, renda e situação econômica do país, da região, do lugar;* Diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego;* Nacionalismo, minorias étnicas, separatismo e xenofobia;

* População urbana e população rural: composição etária, de gênero e de emprego;* Diferentes grupos sócio-culturais e suas marcas na paisagem e no espaço urbano e rural;* Movimentos migratórios e suas implicações econômico-culturais e sócioespaciais;* Aspectos culturais das identidades regionais.

30.3 Metodologia

Os conteúdos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica

interligando a teoria, a prática e a realidade. Faz-se necessário que os

conteúdos estruturantes estejam inter-relacionados, garantindo uma

totalidade de abordagem dos conhecimentos específicos.

O ensino da Geografia tem buscado praticas pedagógicas que

permitam apresentar aos alunos diferentes aspectos de um mesmo

fenômeno em diferentes momentos da escolaridade de modo que possam

construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-

se que es desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre

diferentes aspectos da realidade compreendendo a relação sociedade /

natureza.

Essas práticas envolvem procedimentos de problematização,

Page 259: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

observação, registro, descrição, documentação, representação e

pesquisas dos fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a

paisagem e o espaço geográfico, na busca e formação de hipóteses e

explicações da relação permanência e transformações que aí encontram

em interação.

O estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma

conjunta, pois constitui a base material e física sobre a qual o espaço

geográfico é constituído.

A realização do trabalho escolar deve ser essencialmente formativa,

buscando mudanças qualitativas da situação, preservando o trabalho com

a informação.

Nesses trabalhos deve-se considerar que as informações recolhidas

possam ser analisadas através de comparações com o conhecimento

acumulado abrindo espaço para a interdisciplinaridade.

30.4 Avaliação

A avaliação está inserida dentro do processo de ensino-

aprendizagem. Diante disso, deve-se evitar avaliações que contemplem

apenas uma das formas de comunicação dos alunos, ou seja, apenas a

escrita ou a interpretação de textos, porém não podemos abandonar

totalmente esta prática, pois o nosso aluno encontrará esse tipo de

situação na sociedade capitalista na qual está inserido.

Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja

articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o

objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade-

natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global e

vice-versa. Que essa avaliação seja diagnóstica e continua e que

contemple diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura,

interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de

fotos, imagens, tabelas, mapas, gráficos, relatórios de experiências

práticas de aulas de campo, construção de maquetes, produção de mapas

Page 260: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

mentais, apresentação de seminários, pesquisas bibliográficas.

Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda que a proposta avaliativa

deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão

avaliados em cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser

um processo não linear de construções e reconstruções, assentando na

interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do

processo professor / aluno.

30.5 Referências Bibliográficas

ADAS, Melhem. Geografia: Noções Básicas de Geografia. São Paulo. Moderna, 2002.

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de & RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo.Ática, 2002.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília. MEC/SEF, 1997. 166 p.

OLSZEWSKI, katia Marise & SOURIBNT, Lilian . A Terra em Estudo: A Geografia em Questão. São Paulo: Editora do Brasil, 1999.

PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual. Superintendência da Educação. Curitiba, 2006. (Versão Preliminar).

PIFFER, Osvaldo. Geografia no Ensino Médio. São Paulo: IBEP ,2002.

SENE, Eustáquio de. & MOREIRA, João Carlos. A Geografia no Dia-a-Dia. São Paulo: Scipione, 2002.

VESENTINI, José William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo. Ática, 2004.

Page 261: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

31 Proposta Curricular de História

31.1 Apresentação

Na perspectiva da nova Esquerda Inglesa que tem buscado superar

a visão mecânica e reducionista de uma corrente tradicional marxista que

prescreira uma História tradicional calçada em fatos históricos

determinados e aliados à figuras de heróis .

Desta forma em meados da década de 50 as Nova Esquerda Inglesa,

identificados com a vinculação ao Partido Comunista Inglês,

descontentes, romperam com o Partido, influenciando a historiografia

britânica . Deste movimento sugiram historiadores como Rymond

Williams, Eric Hobsbawn, CristopherHill, Edward Hompson e outros.

Assim , estes historiadores passaram a fazer uma revisão crítica do

marxismo, contribuindo para os estudos de História Social, pois a mesma

não segnifica o rompimento com o marxismo, mas atende a demandas do

mundo contemporâneo sem cair nos modismos de tendências históricas

gráficas atuais.

31.2 Ementa

A partir das análises realizadas dentro da visão “Dimensão

Histórica” , verificamos as diferenças e manutenções do conhecimento

histórico nas várias etapas da história do nosso País, destacando a

História tradicional que imperou até Getulio Vargas: eurocêntrica,

factual, linear, heróica, política e de memorização dos fatos.

Com o Estado Novo, surgiu uma visão nacionalista que visava

reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos históricos.

O pós Getúlio Vargas , e , em especial durante a Ditadura Militar,

foi a volta da história tradicional de caráter político, visando apenas o

factual e o linear, sem espaço para análises críticas e interpretações dos

Page 262: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

fatos, além de centrar-se numa formação tecnicista, voltada à preparação

de mão de obra para o mercado de trabalho, em detrimento a área de

humanos .

O fim da ditadura fez crescer debates em torno das reformas

democráticas, principalmente nos anos 90, trazendo novas propostas para

o ensino de história : a pedagogia histórico- crítica, pautada no

materialismo histórico dialético.

A proposta esbarrou na não superação da história linear e

cronológica, como na falta de formação continuada de professores da

área.

Tentou-se com os PCNs, até o final de 2002, essa superação, mas,

por este se dar de forma autoritária, os conteúdos tornaram-se meios

para a aquisição de Competências : preparar cidadãos para as exigências

científico-tecnológicas, adaptando o indivíduos às mudanças sociais, ou

seja , a valorização do ensino humanístico, perdeu mais uma vez seu

valor.

Dentro dos PCNs , as competências apresentadas tinham uma

abordagem funcionalista, pragmática , presentista dos conteúdos de

História.

31.3 Objetivos

De fato , esta superação teve início em 2003 com a elaboração das

Diretrizes Curriculares para o ensino de História , que até o atual

momento está em elaboração e o grande colaborador está na formação

continuada dos professores. Quebrar a concepção de História como

verdade pronta e definitiva, não aceitando dogmatismo e ortodoxia, tendo

em vista que o objeto de estudos dos processos históricos estão

relacionados à ações e relações humanas praticadas no tempo (estruturas

sócio-históricas), buscando preservar uma narrativa histórica respeitando

a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos

e suas relações, expressa no processo de produção do conhecimento

Page 263: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

humano sob a forma da consciência histórica , valorizando a possibilidade

de luta e transformação social.”Entende-se que a narrativa quando –

Histórico – significa que o passado é compreendido em relação ao

processo de Constituição da experiências sociais , culturais e políticas, no

domínio próprio do conhecimento histórico”.

31.4 Conteúdos por série/ano

31.4.1 1º Ano

* Relações de trabalho

Tema : O mundo do trabalho nas diferentes sociedades da pré-história a

Idade Média.

Conteúdos:

• Conceito de trabalho

• O mundo do trabalho na Pré-história;

• O mundo do trabalho no Egito Antigo;

• O mundo do trabalho na Antigüidade clássica greco-romana;

• O mundo do trabalho na Sociedade Pré-Colombianas;

• O mundo do trabalho no Feudalismo;

* Relações de Poder

Tema: Do Estado antigo à descentralização do poder no feudalismo

Conteúdos:

• Estado na Antigüidade Grego-Romana e Egito;

Page 264: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• As transformações do Estado na Idade Média e a formação do

Feudalismo;

• O Estado Islâmico;

• As relações de poder entre os reinos africanos;

* Relações Culturais

Tema: Relações culturais e movimentos de resistências presentes na

sociedade antiga e medieval;

Conteúdos:

• Revoltas dos escravos em Roma;

• A luta dos plebeus contra os patrícios em Roma;

• A mulher Na sociedade greco-romana e egípcia;

• Revolta dos camponeses na Idade Média;

• A organização das cidades na Antigüidade e Idade Média;

31.4.2 2º Ano

* Relações de trabalho

Tema:Relações de trabalho na Idade Média.

Conteúdos:

• Trabalho escravo e trabalho livre no Brasil;

• Surgimento do Trabalho assalariado;

* Relações de Poder

Page 265: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Tema: O Estado na Idade Moderna e suas relações de poder.

Conteúdos:

• Monarquias nacionais e o absolutismo;

• Revolução Francesa e o surgimento do Estado - Nação;

• Independência dos Estados da América e a formação do Estado

Nacional Brasileiro;

* Relações Culturais

Tema: Movimentos culturais e de resistências na Idade Moderna (Europa

e no Brasil Colônia)

Conteúdos:

• Renascimento;

• Iluminismo;

• Reformas religiosas protestantes e Contra-Reforma Católica;

• Movimentos de Contestação e Revolta no Brasil Colônia;

• História a África;

31.4.3 3º Ano

* Relações de Trabalho

Tema: Trabalho no mundo Contemporâneo.

Conteúdos:

• Trabalho no Paraná: escravos, tropeiros , colonos e operários;

• As transformações do Trabalho na contemporaneidade;

Page 266: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Urbanização e industrialização no Brasil;

* Relações de Poder

Tema: O Estado e as Relações de Poder no século XX.

Conteúdos:

• Estado Imperialista;

• Estado Totalitário: Nazismo/ Fascismo;

• A formação da República Brasileira e os Movimentos de

Contestação;

• Estado em tempo de globalização;

• Conflitos na atualidade;

• Urbanização e industrialização no Paraná;

* Relações Culturais

Tema: Relações culturais e Movimentos de Resistências no século XX.

Conteúdos:

• Movimento Operário: Cartismo ,Ludismo e Comunismo;

• Movimento Contemporâneos da mulher, negro, sem-terra,

movimento estudantil;

• Cultura Africana;

• Urbanização e industrialização na sociedade Contemporânea;

Page 267: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

31.5 Metodologia

O encaminhamento metodológico tem como conteúdos

estruturantes as dimensões econômico social, política e cultural, que

levam em consideração as relações de trabalho , poder e culturais ,

abordando os temas , na compreensão para representar o passado.

A partir dos acontecimentos, devemos focalizar o processo do

sujeito que se quer representar do ponto de vista da historiografia,

demarcando o tempo histórico, e definindo um espaço ou território de

observa;cão do conteúdo , para a reconstrução do processo histórico

relativo as mudanças e transformações por meio de acontecimento que

levar a descrição do contexto histórico.

Desta forma buscamos a argumentação , explicação e

problematização dento da concepção do uso de documentos que

permitem a criação de conceitos sobre o passado e o questionamento dos

sujeito a ser construindo.

31.6 Avaliação

Será formal, processual continuada e diagnostica, levando o aluno a

compreender que o estudo do passado se realiza a partir de

questionamento feitos no presente por meio da análise de diferentes

documentos para compreender as relações de trabalho e de poder no

mundo contemporâneo e como o trabalho e o poder se constituem em

diferentes períodos históricos.

As relações culturais , deverá levar o aluno a reconhecer a si o aos

outros como construtores de uma cultura , compreendendo a especificada

de cada sociedade.

Para tanto utilizaremos as atividades:

-Leituras e discussões de textos.

Page 268: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

-Interpretação , analise de mapas e documentos históricos.

-Sínteses

-Pesquisas, discussões e debates,

-Produção de narrativas históricas

-Outros

31.7 Referências Bibliográficas

Figueira , Divalte Garcia- História , Editora Ática, São Paulo .2004

Petta , Nicolina Luiza de- História , Editora Moderna,São Paulo , 2005

Cotrim.Gilberto –História Global e Brasil Geral –Volume Único – SP

Ed. Saraiva , 1997

Nadalin, Sergio Odelon, Paraná Ocupação do território população e

migração em Curitiba, SEED. 2005.

Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio ( Versão

Preliminar ) ,julho /2006

Paraná , Secretária de Estado da Educação. Currículo Básico para a

EscoLA Publica do Estado do Paraná. Curitiba , SEED. 1990.

Page 269: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

32 Proposta Curricular de Língua Portuguesa

32.1 Ementa

A disciplina Língua Portuguesa fundamenta-se na concepção

sociointeracionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros

textuais. Dentro de um processo dinâmico e histórico dos agentes de

interação verbal. Tendo como principal objetivo o aprimoramento do uso

da linguagem nos diversos contextos sociais para que o aluno possa

interagir de forma crítica e efetiva na sociedade, dentro de um processo

dinâmico e histórico dos agentes de interação verbal tanto na

constituição social da linguagem , quanto dos sujeitos que por meio dela

interagem. Vivemos em uma sociedade essencialmente letrada, portanto

a proficiência da língua materna será princípio básico do sujeito

conhecedor e formador, assim a linguagem permite o conhecer amplo.

Todo o conhecimento em sociedades pautadas em herança escrita, como

é o caso da sociedade ocidental. O manejo da língua tem duas fases:

formadora e instrumental , que não podem ser desprezadas; a) formadora

na qual o falante aprende e sistematiza a gramática internalizada da

língua. Neste momento,a língua já é usada o trabalho é de sitematização;

a segunda: a construtora, é o momento em que usa o conhecimento

historicamente acumulado e a partir dele construa sua inserção social.

Com isso, a característica desejável para a disciplina seria que todo

o trabalho com linguagem busque a construção de um sujeito

competente lingüísticamente capaz de ouvir, construir e expressar seu

ponto de vista sobre determinado acontecimento histórico vivido por ele

ou no entorno dele, construir e expressar seu ponto de vista sobre

determinado acontecimento histórico vivido por ele ou no entorno dele,

construindo assim sua identidade lingüística junto ao grupo a que

pertence.

Page 270: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

32.2 Objetivos

Fundamenta-se nos três eixos do discurso, enquanto prática social:

leitura, escrita e oralidade.

• Leitura: Despertar e trabalhar o pensamento critico do aluno,

contextualizando cada movimento literário em sua situação

histórica geratriz. Apresentando a integração entre literatura,

história e arte, dando ênfase para a “sensibilização” do aluno, o que

favorecerá a formação de seu senso crítico.

• Escrita: religar a escritura e a vida, de forma a motivar os alunos a

desvendar e a desenvolver sua capacidade de autodescoberta e

auto-expressão.

• Oralidade: Dar forma às idéias, “arrumar” as palavras para

expressar os pensamentos considerando o contexto lingüístico e a

intencionalidade.

32.3 Conteúdos por série/ano

32.3.1 1º Ano

1. Variação lingüística e estrangeirismos;

2. Fonologia;

3. Estrutura e formação de palavras;

4. Conotação e denotação significante e significado;

5. Ortografia;

Page 271: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

6. pontuação funções e uso da vírgula;

7. Acentuação;

8. Figuras de linguagem;

9. Funções da linguagem;

10. Produção textual:

a) paráfrases;

b) paródias;

c) resumo e resenha;

d) crônicas;

e) narrativas.

11. Coesão e coerência;

12. História da Literatura Brasileira:

a) Trovadorismo;

b) Humanismo;

c) Barroco;

d) Arcadismo.

13. Literatura africana em Língua Portuguesa.

32.3.2 2º Ano

1. Análise do discurso : linguagem, aspecto formal, estilo, ideologia,

posição do autor, contexto histórico, aspecto formal, econômico e político;

2. Discurso direto e indireto;

3. Intencionalidade recursos visuais e sonoros na mídia;

4. Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia,

Page 272: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

paragrafação, título, legibilidade, coesão e coerência;

5. Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto;

6. Classes das palavras;

7. Periodização e estilo da literatura brasileira:

a) Romantismo;

b) Realismo;

c) Naturalismo;

d) Parnasianismo;

e) Simbolismo;

8. Aspectos rizomáticos da Literatura Africana em Língua Portuguesa.

32.3.3 3º Ano

1. Elementos coesivos e coerência textual;

2. Unidade temática – elementos lógicos discursivos, tese, organização de

parágrafos, contexto discursivo, interlocutor, idéia central, seqüencia

lógica, progressão, retomada dos elementos coesivos, título como

elemento coesivo;

3. Estruturação do texto: recursos coesivos, a conectividade seqüencial e

a estruturação temática;

4. Ambiguidade como recurso na construção do texto;

5. Informações explicitas e implícitas e intertextualidade;

6. Categorias sintáticas: sujeito, predicado;

7. Funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto e indireto,

predicatido (sujeito e objeto);

8. O posicionamento na sentença do sujeito, verbo e objeto e as suas

possibilidades de inversão;

9. Sintagma verbal-nominal e sua flexão; a complementação verbal;

10. Regência Verbal;

Page 273: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

11. Colocação pronominal;

12. Literatura – Vanguardas européias, Pré-Modernismo , Modernismo e

Pós-Modernismo;

13. Aspectos rizomáticos da Literatura Africana em Língua Portuguesa.

32.4 Metodologia

De acordo com a concepção sociointeracionista a língua só existe

em situações de interação e através das práticas discursivas: leitura,

escrita e oralidade.

• Leitura: Prática consistente do leitor perante a realidade

(infinidade de textos)

• Escrita: Planejar, revisar, reestruturar e reescrever seus

textos, exercitando a linguagem de forma consistente e

flexível, adaptando-se a diferentes situações de uso.

• Oralidade

- Apresentação de temas variados: histórias de família, da

comunidade, um filme, um livro, etc

- Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio

aluno o u pessoa de seu convívio

- Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender

opções tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas,

apresentar resumos, expor programações, dar aviso, fazer convites,

etc

- Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constar

as similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita

- Relatos de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática

- Debates, seminários, júris simulados e outras atividades que

possibilitem o desenvolvimento da argumentação

- Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de

Page 274: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

gravações para serem ouvidas, transcritas e analisadas,

observando-se as pausas, hesitações, truncamentos, mudanças de

construção textual, descontinuidade do discurso, grau de

formalidade, comparação com outros textos, etc

32.5 Avaliação

De acordo com a função interativa, dialógica ou discursiva da

linguagem, o aluno se apropria das atividades verbais: fala, leitura e

escrita.

• Leitura: será avaliada conforme as estratégias que os alunos

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto

lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como

valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

• Escrita: os textos serão avaliados como uma fase do processo

de produção e não como produto final. Será avaliada a

manifestação da língua em todos os seus aspectos discursivos,

textuais, ortográficos e gramaticais.

• Oralidade: será avaliada considerando-se a participação do

aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele

mostra ao expor suas idéias, a fluência de sua fala, o seu

desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender

seu ponto de vista, e de modo especial a sua capacidade de

adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e

situações.

32.6 Referências Bibliográficas

AGUIAR, Vera T. de.; BORDINI, Maria da Glória. Literatura: a formação do leitor – alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

Page 275: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

ANDRADE, Carlos A. Um novo movimento no ensino da língua portuguesa. In: FAZENDA, Ivani (org). A academia vai à escola. Campinas: Papirus, 1995.

AZEVEDO, Maria A. Para a construção de uma teoria crítica em alfabetização escolar. In: AZEVEDO, Maria A.; MARQUES, Maria L. (orgs). Alfabetização hoje. São Paulo: Cortez, 1994

BAKHTIN, Mikail. Marxismo e filosofia da linguagem. 6a. ed. Tradução de Michel e Yara Vieira. São Paulo: Hucitec, 1992.

BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e Alfabetização: da concepção mecanicista á sociopsicolingüística. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Alfabetização, leitura e escrita. Boletim TV Escola/ Salto para o futuro. Brasília, março de 2004.

FARACO, Carlos A.; TESSA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin. Curitiba: UFPR, 2000.

GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de português. In:

GERALDI, João W. (org). O texto na sala de aula. 2a. ed. São Paulo: Ática, 1997.

______________. Portos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7a. ed. Campinas: Pontes, 2000._______________; MORAES, S.E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas: Mercado de Letras, 1999.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3a. ed. São Paulo: Contexto, 1990.

KRAMER, S. Leitura e escrita como experiência: notas sobre seu papel de formação. In: ZACCUR, E. (org). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A:SEPE, 1999.

MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. São Paulo: Nova Fronteira, 2002.

Page 276: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná. 3a. ed. Curitiba, 1997.

PAZINI, Maria C. Oficinas de texto: teoria e prática. In: Proleituras. Ano 5, n. 19, abril/1998: UNESP, UEM, UEL.

SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

_______________. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. 26o. ANPED: GT Alfabetização, leitura e escrita, outubro de 2003.

VAL, Maria da Graça C. O que é ser alfabetizado e letrado? In: BRASIL, Ministério da educação e do desporto. Alfabetização, leitura e escrita. Boletim TV Escola/Salto para o futuro. Brasília, março de 2004.

Page 277: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

33 Proposta Curricular de Matemática

33.1 Apresentação

A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da

sociedade moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos básicos

contribui para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo

do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.

A Matemática está presente em praticamente tudo que nos rodeia,

com maior ou menor complexidade. Perceber isso é compreender o

mundo à nossa volta e poder atuar nele. E a todos, indistintamente deve

ser dada essa possibilidade de compreensão e atuação como cidadão, em

casa, na rua, no campo, na cidade nas várias profissões, nas várias

culturas, o ser humano necessita contar, calcular, comparar, medir,

localizar, representar, interpretar. E o faz informalmente, à sua maneira

com base em parâmetro de seu contexto sócio cultural. É preciso que

esse saber informal, cultural se incorpore e a matemática da vida, desde

uma simples contagem até o uso de complexos computadores.

A história da matemática nos revela que os povos das antigas

civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos

que vieram compor a matemática que se conhece hoje. As matemáticas,

surgidas na antiguidade por necessidades da vida cotidiana, têm se

transformado em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas.

Como as demais ciências, refletem as leis do mundo que nos rodeia e

servem de potente instrumento para o conhecimento e domínio da

natureza. Pelo alto nível de abstração que as caracterizam, as

matemáticas trazem consigo que todos os seus ramos sejam

relativamente inacessíveis aos que não são especialistas. Essa qualidade

abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade, às nações

idealistas sobre sua independência a respeito do mundo material.

Page 278: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

O último fim da vitalidade da matemática se deve ao fato de que,

apesar de sua abstração, seus conceitos e resultados têm sua origem no

mundo real e encontram muitas e diversas aplicações em outras ciências,

na engenharia e em todos os aspectos práticos em outras ciências;

reconhecer isso é o requisito prévio mais importante para entender a

matemática. Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda

encontre-se em processo de construção, pode-se dizer que ele está

centrado na prática pedagógica da matemática, de forma a envolver-se

com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento

matemático. Sendo assim, pode-se afirmar que os objetivos básicos da

Educação Matemática visam desenvolve-la enquanto campo de

investigação e de produção de conhecimentos. Natureza científica – e a

melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem matemática.

A finalidade da educação matemática é fazer com que o estudante

compreenda e se aproprie da própria matemática concebida como um

conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc. Outra

finalidade apontada pelos autores “é fazer com que o estudante construa,

por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e,

particularmente, do cidadão, Isto é, do homem público”.

33.2 Objetivos

A educação matemática em especial não se destina a formar

matemáticos, mas sim pessoas que possuam uma cultura matemática que

lhes permitam aplicar a matemática nas suas atividades e na sua vida

diária. Assim, dentro de nossa proposta, desejamos que o aluno possa:

• Contemplar os conteúdos específicos concernentes a cada conteúdo

estruturante, articulando-os: - estruturantes e específicos – fazendo

uso de metodologias que transitem entre as tendências da educação

matemática.

Page 279: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja,

desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo

conceitos e procedimentos, formulando e resolvendo problemas por

si mesmo, e assim aumentar sua auto-estima e perseverança na

busca de soluções para os seus problemas.

• Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis

para compreender o mundo e atuar nele.

• Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidade

e padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de

investigação e sua criatividade na solução de problemas.

• Observar sistematicamente a presença da matemática no dia a dia

(quantidades, números, formas geométricas, simetria, grandezas e

medidas, tabelas e gráficos).

• Habituar-se ao estudo, atenção, responsabilidade e cooperação.

• Conhecer, interpretar e utilizar a linguagem matemática

associando-a a linguagem usual.

• Associar a matemática à outras áreas do conhecimento.

• Construir uma imagem da matemática como algo agradável e

prazeroso, desmistificando o mito da genialidade.

33.3 Conteúdos por série/ano

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de

grande amplitude que identificam e organizam os estudos de uma

disciplina escolar, são considerados basilares e fundamentais para a

compreensão do objeto de ensino. Estes conteúdos são relacionados a

partir da análise histórica da referida disciplina.

No ensino da matemática os conteúdos estruturantes foram

definidos pelos professores da rede publica estadual como sendo:

números, operações e álgebra, geometrias, medidas e tratamento da

informação para o Ensino Fundamental.

Page 280: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

33.3.1 1º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍCOS

Números e Álgebra

112.Conjunto dos números reais: conceito, conjunto dos números naturais, conjunto dos números inteiros, conjunto dos números racionais, conjunto dos números irracionais, conjunto dos números reais e operações com conjuntos.

Funções

113.Função afim.114.Função quadrática.115.Função exponencial.116.Função logarítmica: logaritmos –

conceitos, propriedades operatórias dos logaritmos e mufança de base. Função logarítmica – equações exponenciais, equações logarítmicas, inequações exponenciais e inequações logarítmicas.

117.Progressão aritmética: conceitos de seqüências numéricas, conceito de progressão aritmética, termo geral da P.A. e soma dos n primeiros termos de uma P.A.

118.Progressão geométrica: conceito de progressão aritmética, termo geral da P.G. e soma dos n primeiros termos de uma P.G.

Geometria

119.Geometria plana: áreas de figuras geométricas planas (retângulo, quadrado, paralelogramo, triângulo e seus casos particulares: triângulo retângulo e triângulo eqüilátero, losango, trapézio, hexágono, círculo e suas partes).

Tratamento da Informação120.Matemática financeira: retomar conceitos

de razão e proporção e juros simples, juros compostos e descontos simples.

33.3.2 2º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍCOS

Números e Álgebra

121.Matrizes: conceito, representação de matrizes, tipos de matrizes, igualdade de matrizes, operações com matrizes, matriz identidade e matriz inversa.

122.Determinantes: conceito, determinantes de matrizes de 1ª, 2ª e 3ª ordens, menor complementar e cofator, determinantes de matrizes de ordens maiores que 3, Teorema de Laplace, propriedades dos determinantes.

123.Sistemas lineares: conceito, equação

Page 281: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

linear, sistema de equações lineares, classificação de sistemas lineares por escalonamento, regra de Cramer e discussão de sistema linear.

Funções

124.Função trigonométrica: trigonometria no triângulo retângulo – conceito, razões trigonométricas (seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo), relação sen2 x + cos2

x = 1, ângulos notáveis (30º, 45º e 60º); senos e cossenos de dois ângulos suplementares, lei dos senos ou teorema dos senos, leis dos cossenos ou teorema dos cossenos e expressões da área de um triângulo; funções trigonométricas, construção gráfica e conceito de domínio e imagem; equações e inequações trigonométricas.

Geometria

125.Geometria plana: relações métricas no triângulo retângulo (elementos do triângulo retângulo, as relações métricas, aplicações do teorema de Pitágoras na resolução de problemas); polígonos regulares inscritos na circunferência: relações métricas (polígonos regulares inscritos, medida do apótema do polígono em função do raio: quadrado inscrito, hexágono regular inscrito, triângulo eqüilátero inscrito, polígonos regulares circunscritos, medida do comprimento da circunferência).

Tratamento da Informação

126.Análise combinatória: conceito, principio fundamental da contagem, fatorial de um numero natural, arranjos, permutações (simples, circular e com elementos repetidos) e combinações.

127.Probabilidades: conceito, experimento aleatório, espaço amostral, evento, probabilidades em espaços amostrais equiprováveis, probabilidade da união de dois eventos, probabilidade condicional, probabilidade de dois eventos simultâneos (ou sucessivos) e experimentos binomiais.

33.3.3 3º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍCOS

Números e Álgebra

128.Números Complexos: conceito, igualdade de números complexos, adição, multiplicação e divisão de números complexos, complexos conjugados, plano de Argand-Gauss, forma trigonométrica dos números complexos, potência e radiciação de números complexos.

129.Polinômios: conceito, valor numérico e raiz, função polinomial, igualdade de polinômios, adição, multiplicação e divisão

Page 282: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

de polinômios, equações polinomiais, teorema fundamental da Álgebra, teorema da decomposição.

Funções 130.Função Afim.131.Função Quadrática.

Geometria

132.Geometria plana: semelhança de figuras geométrica planas (feixe de paralelas, teorema de Talles nas paralelas, teorema da bissetriz interna, triângulos semelhantes; áreas de figuras geométrica planas (retângulo, quadrado, paralelogramo, triângulo, losango, trapézio, hexágono, círculo e suas partes).

133.Geometria espacial: noções sobre poliedros (poliedros convexos, relação de Euler, poliedros de Platão, poliedros regulares); estudo do prisma (conceito, elementos, classificação, área, volume, paralelepípedos: retângulo e cubo); estudo da pirâmide (conceito, elementos, classificação, área, volume, tronco, tetraedro regular); estudo do cilindro (conceito, elementos, classificação, área, volume, secção meridiana, cilindro eqüilátero); estudo do cone (conceito, elementos, classificação, área, volume, tronco, seção meridiana, cone eqüilátero); estudo da esfera (conceito, elementos, classificação, área, volume, partes da esfera).

134.Geometria analítica: ponto e reta (conceitos, sistema cartesiano ortogonal, distância entre dois pontos, ponto médio de um segmento, condições de alinhamento de três pontos, inclinação de uma reta, equação da reta: forma reduzida, segmentaria, geral e paramétrica, posições relativas de duas retas no plano, distância entre ponto e reta, ângulos entre duas retas concorrentes, área do triângulo); circunferência (conceito, equação da circunferência, posições relativas entre um ponto e uma circunferência, posições relativas de uma reta e uma circunferência, posições relativas de duas circunferências); secções cônicas (conceito, parábola, elipse, hipérbole).

Tratamento da Informação

135.Binômio de Newton:136.Estatística: conceito, variável discreta e

contínua, organização de dados em tabelas, representação gráfica, medidas de posição (medias, moda, mediana, relações entre media aritmética, mediana e moda), medidas de dispersão (amplitude, desvio médio, desvio padrão, variância, coeficiente de variação, quertis, decis, percentis) e medidas de assimetria.

Page 283: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

33.4 Metodologia

• a teoria é distribuída por meio de uma linguagem simples,

mas precisa, estabelecendo um diálogo com o aluno,

permitindo que ele progrida sem dificuldade;

• São apresentadas ilustrações e esquemas explicativos;

• Sempre que necessário, são retomados assuntos que fazem

parte do conhecimento prévio do aluno;

• Os temas são acompanhados por atividades ao longo do

texto, objetivando a integração entre o saber e o fazer;

• Os assuntos são relacionados a prática cotidiana do aluno,

com o intuito de atrair-lhe a atenção e o conseqüente

interesse;

• São indicados usos de materiais manipulativos, que

permitem ao aluno o desenvolvimento do raciocínio lógico,

a construção e a generalização de conceitos e o

aprendizado significativo;

• Inclui-se a resolução detalhada de exercícios.

33.5 Avaliação

A avaliação é um elemento, uma parte integrante do processo

ensino-aprendizagem, abrangendo a atuação do professor, o desempenho

do aluno e também os objetivos, a estrutura e o funcionamento da escola

e do sistema de ensino. É algo bem mais amplo do que medir quantidade

de conteúdos que o aluno aprendeu em determinado período.

Portanto, a avaliação deve ser compreendida como:

Page 284: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino;

• Conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da

intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da

melhor forma;

• Conjunto de ações que busca obter informações sobre o que

foi aprendido e como;

• Elemento de reflexão para o professor sobre sua prática

educativa;

• Instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de

seus avanços, dificuldades e possibilidades;

• Ação que ocorre durante todo o processo de

ensino/aprendizagem e não apenas em momentos

específicos caracterizados como fechamento de grandes

etapas de trabalho;

• Focalizar uma grande variedade de tarefas e adotar uma

visão global da matemática;

• Propor situações-problema que envolvam aplicações de

conjunto de idéias matemáticas;

• Propor situações abertas que tenham mais de uma solução;

• Propor ao aluno que formule problemas e resolva-os;

• Usar várias formas de avaliação, incluindo as escritas

(provas, testes, trabalhos, auto-avaliação), as orais

(exposições, entrevistas, conversas informais) e as de

demonstração (materiais pedagógicos);

• Avaliar a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino

oferecido – se , por exemplo, não há a aprendizagem

esperada, significa que o ensino não cumpriu a sua

finalidade: a de fazer aprender.

Page 285: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

33.6 Referências Bibliográficas

GIOVANNI, José Ruy; GIOVANNI JR., José Ruy; BONJORNO, José Roberto. Matemática completa: ensino médio, volume único. São Paulo: FTD, 2002.

LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática. Editora Positivo.

Apostila da SEED – Diretrizes Curriculares de matemática para o Ensino Médio.

Page 286: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

34 Proposta Curricular de Química

34.1 Apresentação

O ensino da Química no Ensino Médio propicia o aluno reconhecer

os materiais, as substâncias presentes nas diversas atividades do seu dia-

a-dia, a compreensão das transformações químicas nos processos

naturais, industriais, agrícolas e tecnológicos.

Uma prática à ser adotada pelos professores da disciplina é a

abordagem de temas como: lixo, efeito estufa, camada de ozônio, água,

reciclagem, poluição, drogas, etc.

Desse modo, a Química torna-se um instrumento de formação

humana que amplia os horizontes culturais dos alunos, os meios destes

interpretar o mundo e a realidade na qual estão inseridos, de forma

interdisciplinar.

Enfim, no ensino da Química, os conteúdos devem ser direcionados

de modo que possibilite o aluno a ser inserido no mundo do trabalho, bem

como também dar continuidade aos seus estudos.

34.2 Objetivos

- Conhecer os aspectos macroscópicos dos materiais e perceber o que

ocorre no interior das substâncias, ou seja, o comportamento

microscópico.

- Relacionar os acontecimentos históricos e políticos com o

desenvolvimento da Química até os dias de hoje.

- Reconhecer a Química como uma ciência não acabada e passível de

reconstrução e avanços dos conceitos científicos.

- Detectar as interações entre hidrosfera, atmosfera e litosfera para a

exploração do conhecimento de funções químicas.

Page 287: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

- Identificar e relacionar os conhecimentos da química sintética através

de conteúdos científicos e tecnológicos de diferentes fontes.

- Situar o educando como um agente da História, proporcionado-lhe um

suporte para a construção de sua profissão no futuro e, na interação com

as demais disciplinas, tornar-se capaz de desenvolver seu espírito crítico,

compreender suas relações com o ambiente natural e social e, desta

forma, interagir construtivamente com ele.

34.3 Conteúdos por série/ano

34.3.1 1º Ano

* Matéria e sua natureza

• Estrutura da Matéria

• Substância

• Mistura

• Métodos de separação

• Fenômenos físicos e químicos

• Estrutura atômica

• Distribuição eletrônica

• Classificação Periódica:

- organização, períodos e famílias, metais, não metais, gases nobres,

propriedades peródicas

• Grandezas Químicas:

- massa atômica, massa molar, número de Avogrado, volume molar,

mol;

• Ligação Química:

- estabilidade atômica e distribuição eletrônica, regra do octeto,

ligação iônica, ligação covalente, ligação metálica, fórmulas químicas,

ligação entre moléculas (força de London, pontes de hidrogênio).

Page 288: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

34.3.2 2º Ano

* Matéria e sua natureza

• Funções Inorgânicas:

- conceitos, classificação, exemplos.

• Grupos Funcionais:

- Ácidos: conceitos, propriedades, nomenclatura;

- Reações de Ionização e Dissociação.

- Bases: conceitos, propriedades, nomenclatura;

- Sais: conceitos, propriedades, nomenclatura;

- Reações de salificação.

- Óxidos: conceitos, propriedades, nomenclatura.

- Reações Químicas

- conceitos, representação, classificação.

* Biogeoquímica

• Soluções:

- conceitos (misturas);

- classificações (saturada, insaturada e supersaturada)

- grau de solubilidade e concentração.

• Termoquímica:

- quantidade de calor;

- conceitos.

- Poder calórico dos alimentos;

• Cinética Química;

• Equilíbrio Químico.

Page 289: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

34.3.3 3º Ano

* Matéria e sua natureza

• Radioatividade

• Química Sintética

• Introdução à Química orgânica;

• Hidrocarbonetos;

• Funções Oxigenadas;

• Funções Nitrogenadas;

• Isomeria;

• Reações da Química Orgânica;

• Materiais orgânicos diversos e substâncias importantes:

- Lipídeos;

- Sabões;

- Polímeros naturais e artificiais.

Observação: O professor deverá buscar o equilíbrio entre o excesso de

aulas expositivas ou a demasiada abertura da aula, com pesquisas e

trabalhos que, às vezes, pouco acrescentam no aprendizado. O

experimento químico, junto com a teoria e o cotidiano do educando, pode

encorajá-lo a enfrentar as dificuldades naturais da Química, permitindo

assim ao educando, conhecer o quanto a Química pode ser fascinante.

34.4 Metodologia

A abordagem será fundamentada nos seguintes princípios

norteadores:

* Do universo macroscópico ao universo microscópico;

Page 290: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

* Do experimental-prático ao teórico;

* Do geral ao particular;

* Do histórico ao conjuntural.

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em química,

parta de conhecimento prévio dos estudantes, dos quais, será elaborado

um conceito científico. Podemos dizer que a concepção espontânea sobre

os conceitos que o estudante adquire no seu dia-a-dia, na interação com

os diversos objetos no seu espaço de convivência, em que se inicia o

processo de ensino-aprendizagem.

Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído

e sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser

disseminado no ambiente escolar. Considerando os conhecimentos que o

aluno traz, o que propomos nessas Diretrizes Curriculares de Química é

que o aluno do Ensino Médio tenha condições de formar conhecimentos

científicos a respeito dos conhecimentos químicos.

34.5 Avaliação

Avaliação formativa e processual. Este tipo de avaliação leva em

conta todo o conhecimento prévio do aluno e como ele supera suas

concepções espontâneas, além de orientar e facilitar a aprendizagem. A

avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas deve subsidiar e

mesmo redirecionar o curso da ação do professor no processo ensino-

aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo

educacional desenvolvido no coletivo da escola.

Nesse entendimento, a avaliação dessa diretriz deve ser concebida

de forma processual e formativa, sob as condicionantes do diagnóstico e

da continuidade.

Por este motivo, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o

professor deve usar vários instrumentos de avaliação que contemplem

várias formas de expressão dos alunos, como: as abordagens qualitativas

Page 291: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

devem prevalecer sobre as abordagens quantitativas, leitura e

interpretação de textos, produção de textos, leitura da interpretação da

tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas práticas em

laboratório, apresentação de seminários, entre outros. Esses

instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e

objetivo de ensino.

Observações:

- O professor deverá ser justo, porém flexível. Lembrar que o seu objetivo

é fazer o aluno gostar de Química.

- O professor deve revisar as avaliações com a sala; dar oportunidades

para os alunos eliminarem as suas dúvidas, esclareça as demais.

- O professor deve evitar cobrar itens decorados;

- O professor nunca deverá utilizar-se das provas de avaliação como

instrumentos de pressão para coibir indisciplinas ou como meio de forçar

os alunos a estudar conteúdos que, às vezes são “desinteressantes”.

- Diversificar as abordagens, modos de questões, questionar de modo

diferenciado.

34.6 Referências Bibliográficas

CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química de olho no mundo do trabalho. Scipione, 2003.

MASTERTON, William.; SLOWINSKI, Emil J. et al. Princípios da Química. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.

FELTRE, Ricardo. Química Geral. v.1.São Paulo: Moderna, 1996,

LEMBO, Antonio. Química – Realidade e Contexto. São Paulo: Ática, 2004, v.1,2,3.

Page 292: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

35 Proposta Curricular de Sociologia

35.1 Apresentação

Em meados do século XIX, muitos pensadores e cientistas

investigam a necessidade da institucionalização de uma ciência voltada

aos estudos, investigações e observações dos homens em suas interações

sociais, ou seja, como o indivíduo atua no meio onde vive. Para tanto, é

fundamental o esclarecimento de conceitos específicos que revelam a

importância de uma ciência que não apresente semelhanças com outras,

como a psicologia, a economia, a Física, etc. Enfim, o caráter científico se

dá com a definição de um objeto de estudo e os métodos utilizados para

explicar sua relevância.

Mas, a sociologia não foi criada porque alguns intelectuais

desejavam institucionalizar uma ciência. Ela apresentou especificidades

até então incabíveis às análises já existentes, pois define fenômenos,

fatos, acontecimentos sociais que abrangiam sujeitos, e não mais o

indivíduo da Psicologia; adequado num contexto histórico específico – as

transformações ocorridas no mundo do trabalho, oriundas da Revolução

Industrial.

Sem dúvida, tais preocupações geraram contradições e conflitos

científicos. Estará a Sociologia no ramo das Ciências Naturais? É possível

determinar com exatidão fatos e suas conseqüências?

Antes mesmo da ciência, que estudaria fenômenos na sociedade,

ganhar um nome, o pensador August Comte (1798 – 1857) se referiu a

uma física social, devido à possibilidade de observação e experimentação.

A posterior “Sociologia” se aproximava, então, das Ciências Naturais. Isto

porque, para Comte, ela se encontra no estágio positivo da evolução do

pensamento, que passara pelo teológico e metafísico. A preocupação dos

estudos se voltava à problemas, crises na sociedade, e foi Durkheim

Page 293: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

(1858 – 1917) quem apresentou um estudo voltado `a observação e

análises de um FATO SOCIAL, iconizado no problema do suicídio. Daí,

todo um corpo de conceitos vai moldar o que veio a se chamar

POSITIVISMO, com o objetivo de remediar ANOMIAS sociais.

Tanto Comte quanto Durkheim vão dar fundamental importância à

educação como um mecanismo de adequação de indivíduos na sociedade.

O marco acaba sendo representado por Durkheim com seu ingresso na

universidade de Boudeaux, em 1887. e no Brasil, em 1870, já sugeriam a

introdução da Sociologia nos currículos oficiais, pelo conselheiro Rui

Barbosa, em substituição do Direito Natural que trazia o pensamento dos

jusnaturalistas1 dos séculos XVII e XVIII. Porém, somente em 1810 passa

à obrigatoriedade no Ensino Secundário, quando houve a reforma do

mesmo com Benjamin Constant, no então primeiro governo republicano.

Neste período, a Sociologia se aproximava dos estudos sobre moral. A

partir de então, a disciplina passa ocupar os currículos no ensino superior

também, e é ministrada por advogados, médicos e militares, ora com

objetivo de transformar os homens e os seus interesses, ora para

conservar os mesmos. Além da escola secundária, a Sociologia passará a

integrar o currículo da Escola Normal Preparatória, entre 1925 e 1942,

com a Reforma Rocha Vaz e a atuação de Francisco Campos. Apesar dos

avanços consideráveis no papel da Sociologia no Brasil, já em 1961 se

inicia um desmantelamento do seu papel, que se torna optativa ou

facultativa ao ensino secundário – já chamado colegial – com a aprovação

da primeira Lei de Diretrizes e Base – LDB de nº4.024. isto porque, passa

a haver uma crescente preocupação com o caráter técnico na

profissionalização dos alunos nos mais variados níveis de ensino.

__________________________________ 1 O paradigma do direito natural que acompanhou a Modernidade foi a base doutrinária das revoluções burguesas baseadas no individualismo moderno. O Jusnaturalismo foi, sem dúvida, a doutrina jurídica por detrás dos direitos do homem proclamados pelas Revoluções Francesa e Americana. O ser humano passava a ser visto como portador de direitos universais que antecediam a instituição do Estado. (...) O jusnaturalismo moderno, elaborado nos séculos XVII e XVIII, reflete o deslocamento do objeto do pensamento da natureza para o homem, característico da modernidade. O direito natural, como direito da razão, é a fonte de todo o direito. Direitos inatos, estados de natureza e contrato social foram conceitos que permitiram elaborar uma Doutrina do

Page 294: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

Direito e do Estado a partir da concepção individualista de sociedade e da história, características do mundo moderno e que encontrou seu apogeu no Iluminismo.

Nos anos 70, com o período ditatorial, a Sociologia será banida e

reprimida as mais variadas vertentes de investigações, sendo substituída,

legitimamente, por Educação Moral e Cívica, OSPB (Organização Social

dos Problemas Brasileiros) e Ensino Religioso com objetivos claros:

moralização e disciplina. Somente na década de 1980, devido à queda na

demanda de técnicos para o trabalho – nitidamente, em São Paulo – é

recomendada a inserção não somente da Sociologia, mas tambémda

Filosofia e da Psicologia. Iniciam – se então, pesquisas voltadas à

elaboração de propostas curriculares para estas disciplinas, assim como

de livros didáticos públicos.

Percebe – se que não é dada à Sociologia tamanha importância

quando os interesses, econômicos e político, se restringem ao tecnicismo.

Daí, o caráter positivista se expressa mesmo historicamente, como se a

disciplina fosse auxiliar na “cura” dos problemas sociais. E,

concomitantemente, a Sociologia vai sendo “utilizada” conforme o

interesse político educacional. A LDB nº 9.394/96, por exemplo,

determina a obrigatoriedade da disciplina, porém, interpretará como

auxiliar interdisciplinar para as Ciências Humanas. Apenas alguns

estados brasileiros determinarão no currículo do Ensino Médio sua

obrigatoriedade. Em 1997, o deputado padre Roque (PT/PR) altera o

artigo que possibilita outras interpretações e define a obrigatoriedade

das disciplinas Sociologia e Filosofia. A lei apenas permanece tramitando

no congresso e será vetada pelo então presidente, sociólogo, Fernando

Henrique Cardoso, em 08 de outubro de 2001, após já aprovada pelos

congressistas. Inicia – se uma luta pelo Sindicato dos Sociólogos do

Estado de São Paulo (Sinsesp), diretamente, intervindo junto ao MEC

(Ministério da Educação). Somente no final de 2005, a Câmara do Ensino

Básico constrói parecer, com base na mesma LDB de 1996, que reclama

uma nova realidade nas escolas médias. A partir de então, passa haver a

coleta de assinaturas das mais variadas entidades nacionais. E muitos

Page 295: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

mais desafios serão enfrentados pelos professores de Sociologia e,

também, de Filosofia, desde a formação até a preparação e elaboração

dos conteúdos, “ a falta de tradição da disciplina dificulta seu espaço nas

grades curriculares, a carência de materiais didáticos adequados limita o

ensino aos alunos de Ensino Médio, a carência de pesquisa e

metodologias para esse nível e modalidade de ensino implica, de algum

modo, a reprodução de métodos do ensino superior.” (p. 19. Diretrizes

Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná -

SEED).

Devido aos fatos recentes, explicitados acima, não foi produzido na

Sociologia efetivo conteúdo curricular, suas metodologias e recursos de

ensino. Em suma, não possuímos uma tradição de ensino na área. E

devemos estar atentos, criticamente, à pré – determinações que se dá à

disciplina como sendo responsável pela formação de jovens,

principalmente, se tratando de questões políticas como a cidadania. Sem

falar na vinculação da Sociologia nos períodos democráticos. A disciplina

tanto pode assumir análises conservadoras ( lembrando a Moral e Cívica)

ou transformadoras. E, como foi dito sobre o caráter positivista, a prática

do ensino pode adaptar os objetivos político – econômicos de períodos

específicos, legitimando interesses classistas.

Em suma, o que a disciplina deve propor é a desnaturalização de

discursos das mais variados matizes ideológicas. Deverá o aluno estar

preparado para reconhecer os posicionamentos ideológicos, assim como

seus objetivos e suas manipulações. E isto está também voltado à

Filosofia e às outras ciências, tanto naturais quanto humanas, já que o

sujeito precisa duvidar, estranhar, estar curioso para compreender todo e

qualquer fenômeno, aparentemente, natural, óbvio. Para tanto, a

problematização, tão conhecida nos meios pedagógicos, auxiliará na

atividade de formulações de questões, com uso de termos que fazem

parte do vocabulário dos alunos. É o que se chama mediação. O professor

precisa buscar estratégias de ensino adequadas aos jovens e não focar no

caráter, puramente, científico da Sociologia. Para apresentar temas,

Page 296: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

mesmo que sejam relevantes aos alunos, é preciso atrair a atenção,

despertar a curiosidade. Muito mais dificuldades se têm neste estado

atual do comportamento das pessoas, onde a complexidade é ainda maior,

tanto nas estruturas sociais, quanto nas políticas. Por isso, se está

buscando propostas que implementem a disciplina no Ensino Médio, já

sem o apoio de uma tradição que resgataria experiências.

35.2 Objetivos

Aguçar o senso crítico do educando, afim de que este possa se

apropriar dos elementos necessários (conceitos, métodos e práticas

sociológicas) para que haja uma substancial e qualitativa mudança na

leitura do mundo que lhe permita perceber a realidade social, não como

algo estanque, mas como um processo dinâmico, onde “... o homem, ao

transforma – lo, transforma a base material da reprodução da vida

humana e a si mesmo”. E neste processo, se perceba e se assuma como

agente da transformação da realidade social.

35.3 Conteúdos Estruturantes

A relação dos itens programáticos compõe temas fundamentais,

porém, dificilmente trabalháveis na íntegra devido à carga horária. Daí,

ser bem sucedido o professor que seleciona um tema conforme a

realidade dos alunos, da comunidade onde vivem, do trabalho que

executam. Enfim, é possível relacionar cada um dos temas com os

interesses dos alunos. E interconectar o trabalho de um tema com teorias

e conceitos sociológicos, ambos em seu contexto histórico,

continuamente, esclarecendo a diversidade de construções do

pensamento, suas explicações e pontos de vista.

• Construção do conhecimento

o Senso comum e conhecimento científico

Page 297: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

o Ciências sociais e a definição de Sociologia

o Reflexão sobre problemas sociais

• Instituições Sociais

o Socialização

o Funções sociais

o Papéis Sociais

o Interação

• Cultura

o Cultural x Natural

o Antropologia

o Diversidades culturais: igualdade x diferenças

o Cultura popular

o Cultura do consumo: indústria de consumo

o Manifestações culturais ( folclore, valores, arte)

• Trabalho/ globalização/ classes sociais

o Histórico das diferentes atividades humanas e a idéia de

trabalho

o Sociedade capitalista e forma de trabalho: taylorismo,

fordismo e toyotismo.

o Conceito de alienação

o Sociedade globalizada: novas relações de produção e suas

conseqüências.

o Desemprego e exigências profissionais.

o Características econômicas, políticas e culturais.

o Exclusão social.

o Nova ordem mundial e Brasil.

o Brasil: ícone das desigualdades.

o Cotidiano e qualidade de vida.

Page 298: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

• Poder, política e ideologia.

o Conceitos: política, poder e autoridade.

o Funcionamento do Estado no Brasil – poderes.

o Democracia: formas diretas e indiretas de participação.

• Movimentos Sociais

o Históricos e características

o Análises sociológicas dos principais movimentos sociais do

país.

o Cidadania, educação e participação.

35.4 Metodologia

O ensino de Sociologia deve estar associado aos eixos “natureza,

espaço, cultura e tempo”, em que priorize o trabalho do homem, que

produz seu modo de vida, no tempo e no espaço, a partir de suas relações

com outros homens. Nessa disciplina o professor deve ser o mediador

entre o conhecimento que o aluno traz, sua vivência, e o conhecimento

formal, onde a compreensão dos conceitos seja dominada.

Assim, o trabalho a ser desenvolvido deve ser variado incluindo

pesquisas de campo, bibliográficas, desenvolvimento de projetos

interdisciplinar, além de momentos em que os assuntos são expostos pelo

professor como momento de diálogo em que o aluno passa a expor suas

idéias. Também, atividades em que envolvam debates e análises de

situações do cotidiano, permeado por leituras específicas de Sociologia

para a compreensão da realidade social.

O trabalho de pesquisa de campo vinculado ao desenvolvimento e

domínio de conceitos característicos da disciplina serve como ocasião em

que os alunos poderão analisar e interpretar a realidade comparando com

o conhecimento teórico e tomar uma posição mais crítica. Também os

Page 299: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

projetos, que a partir de um problema presente no cotidiano, os alunos

busquem formas de resolve – lo, proporcionando o desenvolvimento de

habilidades para a mudança de atitude frente às situações, colocando – os

como agentes no processo de aprendizagem. Essa forma de trabalho pode

envolver os conhecimentos de outras disciplinas, como a História, a

Geografia e a Filosofia.

No trabalho pode – se usar recursos visuais para enriquecer os

momentos de análise e reflexão dos assuntos desenvolvidos, além de

sintetizar e caracterizar as relações sociais, extraindo o saber, o pensar e

o agir sobre o meio, para se atingir um nível de compreensão mais

organizado, com uma consciência política mais apurada frente às

necessidades sociais.

35.5 Avaliação

A avaliação é um processo que deve ser contínuo, a fim de

acompanhar o desenvolvimento dos alunos. A avaliação também deve ser

analisada incluindo situações em que professor possa observar o

desenvolvimento dos alunos, podendo ser nos trabalhos em grupos, nas

participações das atividades, na exposição de argumentos, nos debates,

além da utilização de instrumentos avaliativos mais formais como os

testes escritos. Nesse aspecto, pode – se destacar as atividades em que

dadas às situações os alunos possam expor seus raciocínios e poder de

argumentação, sendo isto, a fonte para o professor analisar se seus

objetivos estão sendo alcançados quanto à questão de reflexão crítica,

bem como, uma oportunidade para que ele reveja seu trabalho, mudando

sua metodologia quando haver necessidades.

35.6 Referências Bibliográficas

ARCO VERDE. Yvelise Freitas de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. SEED – PR, 2006.

Page 300: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

MEC. Conhecimentos de Sociologia. In: Ciências Humanas e suas Tecnologias: orientações curriculares para o ensino médio; vol. 3. ]

MORAES, Amaury César; GUIMARÃES, Elisabeth da Fonseca; TOMAZI, Nelson Dacio (consultores). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Basca, 2006.

PARANÁ. Identidade no Ensino Médio. SEED, 2006.

_________Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. SEED, 2006.

SCURO, Pedro. Sociologia: Ativa e Didática. São Paulo: Saraiva, 2004.

TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 2000.

DURKHEIM. E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

OLIVEIRA. Pérsio Santos De. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2004.

TORRE. M. B. L. DELLA. O Homem e a Sociedade - Uma Introdução à Sociedade: Companhia Editora Nacional. São Paulo. 1977.

VIEIRA. Liszt. Direito, Cidadania, Democracia: Uma Reflexão Crítica. In: Revista Direito Estado e Sociedade (periódico semestral). Visitado em 01/09/2006.http://www.pucrio.br/sobrepuc/depto/direito/revista/online/rev09_liszt.html

Page 301: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

36 Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna – Inglês

36.1 Ementa

Perceber a língua como constituindo o mundo do indivíduo, e não

como um meio transparente e neutro de dar nomes aos fenômenos que

percebemos no mundo. Ela se apresenta como espaço de construções

discursivas, de produção de sentidos indissociável dos contextos em que

ela adquire sua materialidade, inseparável das comunidades

interpretativas que a constroem e são construídas por ela. A língua

adquire uma carga intensa, e passa a ser vista como um fenômeno

carregado de significados culturalmente marcados. Repleta de sentidos a

ela conferidos por nossas culturas, nossas sociedades, a língua organiza e

determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece

entretenimentos possíveis. Em outras palavras, a língua é aqui concebida

como discurso, não como estrutura. É na língua (e não através dela) que

se percebe e se entende a realidade e, portanto, a percepção do mundo

está intimamente ligada às línguas que se conhece. A LEM apresenta-se

como um espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer,

com outros procedimentos de construção da realidade, possibilitando

maneiras diferentes de produzir sentidos e de se perceber no mundo.

Ensinar e aprender línguas é também aprender e ensinar percepções de

mundo e maneiras de construir sentidos, é formar sub,

independentemente do grau de proficiência adquirido. Ao aprender uma

LEM, aprende-se a perceber as possibilidades de construção de

significados, bem como a elaboração de procedimentos interpretativos e a

construção de sentido do e no mundo.

A LEM colabora na formação para a cidadania. Isto significa

priorizar as questões educacionais sobre as técnicas instrucionais;

Page 302: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

significa manter como referência o papel de educadores que forma

subjetividades ao ensinar maneiras de produzir entendimentos da

realidade, de construir significados, de entender o mundo.

Há possibilidade de utilizar a LEM em situações de comunicação,

viabilizando a inserção dos educandos na sociedade como participantes

ativos, não limitados a suas comunidades locais, mas capazes de se

relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.

O aprendizado de uma LEM pode proporcionar consciência sobre o

que seja língua e suas potencialidades na interação humana.

Ao utilizar uma LEM na interação com outras culturas, os

educandos podem ser levados à reflexão sobre a língua como artefato

cultural, como um produto que constrói e pode ser construído por

determinadas comunidades que reagem a determinados acontecimentos

com bases em histórias e contextos específicos. Podem reconhecer as

implicações da diversidade cultural construída lingüisticamente em

diferentes línguas, culturas e modos de pensar, compreendendo que os

significados são social e historicamente construídos e passíveis de

transformação.

As LEM são possibilidades de conhecer, expressar e transformar

modos de entender o mundo e de construir significados.

36.2 Objetivos

O aprendizado deve dar ao educando subsídios suficientes para que

seja capaz de compreender e se fazer compreendido na LEM, de maneira

a vivenciar formas de comunicação que lhe permitam perceber a

importância deste conhecimento.

A aquisição desse conhecimento será viabilizada por:

• Experimentar, na aula de LEM, formas de participação que

lhe possibilitem estabelecer relações entre ações

Page 303: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

individuais e coletivas

• Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita

• Compreender que os significados sociais e historicamente

construídos são passíveis de transformação na prática

social

• Ter maior consciência sobre o papel das línguas na

sociedade

• Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e

cultural, constatando seus benefícios para o

desenvolvimento cultural do país

• Ampliar a visão de mundo do educando, contribuindo para

que se torne cidadão mais crítico e reflexivo

• Compara sua própria língua com a LEM estudada

• Refinar a percepção de sua própria cultura por meio do

conhecimento da cultura de outros povos

• Encorajar o uso da língua em contexto; estimular a

socialização dos alunos por meio da realização de projetos

• Possibilitar o desenvolvimento de espírito crítico,

capacidade de análise e noções de cidadania

• Estabelecer vínculo entre conhecimento e realidade

• Construir noções de solidariedade e cooperação

• Desenvolver curiosidade a respeito do “diferente”

• Reconhecer a existência da pluralidade cultural; descrever

as características peculiares de sua própria cultura

• Estimular a percepção de que regras, normas, datas, etc,

variam de um país para outro

• Incentivar o melhor aproveitamento do tempo através da

organização de uma agenda semanal

• Usar o preparo de uma bagagem de viagem para

desenvolver no aluno o senso de organização e de

responsabilidade; levar o aluno a reconhecer num texto em

Page 304: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

inglês, informações que ele já possui em língua portuguesa

36.3 Conteúdos Por Série/ano

36.3.1 1º Ano

- Apresentações

- Cumprimentos, apresentações e despedidas

- Simple present: affirmative, interrogative, negative,

imperative forms (do/does)

- Present continuous – past continuous

- To have, possessive case / possessive pronouns

- Prepositions: about, to, of, in, on, at, for, before, after,

from

- Use of can – do – expressing abilities

- Objects Pronouns / subject pronouns

- Realtive pronouns: who, which, what

- Simple past: affirmative, interrogative, negative

- Regular and Irregular verbs (did)

- To be + going to – will – won’t

- Modal verbs: can, could, will, would, shall, should, ought

to, have to, must – affirmative, interrogative, negative

- Phrasal verbs: get back, get off, get on with

- Comparative degree: iguality, inferiority, superiority – use

of as… as, not so … as, less, few more

36.3.2 2º Ano

- Revisão do verbo to be

- Superlative; simple past: interrogative and negative

- Indefinite pronouns: some, any, no, none, every,

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something, anything, nothing, somebody, anybody, nobody,

no one

- Relative pronouns: who, which

- That: conjunction

- Prepositions: between, among, since, for, in, of, on, by,

inside, about, into, out of, under, over

- False friends: expert / smart, notice / news, faculty /

college, retire / take, push / pull, data / date, sort / luck,

large / wide, costume / habit

- Phrasal verbs: look, look at, look after, look for

- Plural of nouns

- Adjetives

- Adverbs

- Simple future / future continuous

- Present perfect / present perfect continuous

- Past perfect / past perfect continuous

- Modal verbs: may, might, need

- Either – or / neither … nor

- Instead of / in spite of

- Anomalous verbs: used to, to be used to

36.3.3 3º Ano

- Modal verbs – could / would / use of the -ing form / such as

yet; should / ought to – both … both and must

- Present perfect in contrast with simple past

- Indefinite part action: since for…

- Present perfect continuous: almost / nearly, so that, until,

once, however, only

- Passive voice: structures

- Past tense / past perfect

- Review activities

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- Texts from vestibular

- Since, just, for, already, yet, ever, never

- Possessive pronouns

- Indirect speech (order or request; questions)

- Would rather / had better / so much

- Relative pronouns

- False friends: parents / relatives, intend / pretend, fabric /

factory, novel / soap opera, actual / present, authem / hino,

antenna / antena, ore / gold

36.4 Metodologia

A discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento

intercultural, manifestados por um pensar e agir críticos, por uma prática

cidadã imbuída de respeito à diversidade cultural, de crenças e de

valores, apresenta-se o texto como um princípio gerador de unidades

temáticas e de desenvolvimento das práticas discursivas, pensando que o

falante/escritor tem papel ativo na construção do significado da

interação, bem como o seu interlocutor.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação

primeira com o texto; o professor lê o texto em voz alto, apontando ora

para imagens ou ilustrações, ora para palavras escritas realizando

perguntas aos educandos. Há possibilidades de se fazer discussões orais

sobre sua compreensão, produzir textos orais, escritos e/ou visuais.

A utilização de recursos visuais auxiliará o trabalho pedagógico em

sala de aula, uma vez que auxiliam o educando no processo de inferência

sobre o tema e sentidos do texto. Podem ser: visuais, orais, cognitivos,

áudios.

O conhecimento lingüístico auxilia no processo ativo de construção

de sentidos, relacionando a informação nova ao conhecimento adquirido

ao longo da vida.

A leitura é um processo de negociação de sentidos, de contestação

Page 307: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

de significados possíveis. A gramática relaciona-se ao entendimento dos

procedimentos para construção de significados na LEM.

Os alunos sujeitos reconhecem que os textos são representações da

realidade e que tais representações são construções sociais,

possibilitando-lhes assumir uma posição mais crítica em relação aos

textos. Eles poderão rejeita-los ou reconstruí-los, a partir de seus

universos de sentidos, os quais lhes atribuem coerência através da

negociação de significados.

Além da leitura, produção de textos orais e escritos e uso de

recursos audiovisuais, os encaminhamentos metodológicos da LEM para o

ensino médio, podem ainda receber colaboração nos seguintes pontos:

- Estímulo à elaboração de discurso a respeito dos contextos

em que os alunos se acham inseridos, bem como ao

reconhecimento da diversidade e pluralidade cultural

- Ativação de conhecimento e experiência prévia dos alunos

- Participação dos alunos na construção de significados

- Envolvimento dos alunos em atividades de interação com

ênfase no processo de aprendizagem cooperativa

- Atividades que estimulem o aluno a trazer a sua vivência

para a sala de aula e a compartilha-la com colegas e

professores; incentivo ao espírito de solidariedade e

colaboração em diversos momentos, tais como : trabalhos

em grupo e em pares, discussões

- Desenvolvimento das habilidades: listening, speaking,

reading, writing – significativas para os alunos

- Desenvolvimento de estratégias de aprendizagem

referentes às quatro habilidades acima mencionadas

- Estímulo à realização de tarefas interdisciplinares

- Desenvolvimento de atividades com temas transversais

Tais encaminhamentos metodológicos podem ser auxiliados ao se

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trabalhar textos que apresentam um grande número de palavras

transparentes é interessante, com turmas iniciais, pois auxilia o aluno a

perceber que é possível ler um texto em LEM sem muito conhecimento da

língua.

Outra proposta que auxilia a conscientização da linguagem é

apresentar um texto com cognatos e termos transparentes e outro no

qual os conhecimentos de língua materna não favoreçam a sua

conscientização.

A promoção da consciência lingüística poderá ser estimulada após a

leitura de um texto com frases complexas, oferecendo aos alunos uma

lista de frases e suas respectivas traduções e pedir que observem como

as duas línguas se diferem nos dois idiomas.

O professor, ao trabalhar o texto em seu contexto social de

produção, deve selecionar itens gramaticais que indiquem a estruturação

da língua. Numa perspectiva discursiva, o conhecimento formal de

gramática deve ser decorrente de necessidades específicas dos

educandos, a fim de que possam expressar-se ou construir sentidos com

os textos.

É necessário que os professores de LEM explorem com seus alunos

os diversos tipos de textos, comparando: as unidades temáticas,

lingüísticas e composicionais de um texto com outros textos e construindo

a sua estrutura a partir das reflexões em sala de aula; textos de países

que falam o mesmo idioma estudado na escola e observar aspectos

culturais que ambos veiculam; textos publicados nacional e

internacionalmente sobre um mesmo tema e observar as abordagens de

tais publicações e, as estruturas fonéticas, sintáticas e morfológicas da

língua estrangeira estudada com a da língua materna.

É importante destacar que o trabalho com a produção de textos na

aula de LEM é um processo dialógico ininterrupto, no qual escreve-se

sempre para alguém e de quem se constrói uma representação.

O aluno é agente do processo de ensino e de aprendizagem e cabe

ao professor instiga-lo a buscar respostas e soluções aos seus

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questionamentos, necessidades e anseios relacionados à aprendizagem.

Com isto a aula de LEM possibilita aos educandos os conhecimentos dos

valores estabelecidos nas e pelas comunidades de que querem participar.

Cabe ainda ao professor propiciar aos alunos situações de aprendizagem

que favoreçam o desenvolvimento de um olhar crítico que reflita sobre

essas mesmas comunidades, fomentando a transformação e o

alargamento dos procedimentos utilizados para a produção de sentidos.

Cabe ao aluno conhecer e entender a cultura do outro para ter um

bom desempenho ao usar a língua, incluindo reflexões sobre a cultura

nativa e a cultura-alvo. Isto lhe propiciará ir ao encontro de outras

línguas e culturas. Daí, espera-se o surgimento da consciência do lugar

que se ocupa no mundo, extrapolando assim o domínio lingüístico que ele

próprio possa vir a ter.

36.5 Avaliação

Compreende-se a avaliação como instrumento facilitador na busca

de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao

conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo, de

forma que os objetivos acima explicitados sejam alcançados.

Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na

construção do significado nas práticas discursivas será a base para o

planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem.

Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos,

considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por

meio da interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas:

entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; interação dos

alunos com o material didático; nas conversas em língua materna e na

LEM estudada; e no próprio uso da língua, que funciona como um recurso

cognitivo ao promover o desenvolvimento dos pensamentos e de idéias.

O aluno envolvido no processo de avaliação é também um

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construtor do conhecimento. Ele precisa ter seu esforço reconhecido por

meio de ações tais como: o fornecimento de um retorno sobre seu

desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da

aprendizagem.

Há que se considerar ainda na avaliação processual da prática

pedagógica, outras formas de avaliação: diagnóstica e formativa,

articulando-as com os objetivos e conteúdos definidos nas escolas a partir

das concepções e encaminhamentos metodológicos apresentados

anteriormente.

36.6 Referências Bibliográficas

ARROYO, Miguel Gonzáles. Trabalho – educação e teoria pedagógica. In: FRIGOTTO, Gardênio (org.) Educação e Crise no trabalho: perspectivas de final de século. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 2001. p. 138-165.

BRASIL, Secretaria de Ensino Fundamental/MEC. Parâmetros curriculares nacionais - Língua estrangeira. Brasília, 1998.

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação no. 08 de 15 de dezembro de 2000. Estabelece normas para a educação de jovens e adultos – EF e EM. Conselheiro: Orlando Bogo. Diário oficial do estado do Paraná. Curitiba, 20 dez. 2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. 30 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

GIMENEZ, Telma. Diretrizes curriculares para o ensino fundamental: línguas estrangeiras modernas – questões para debate. In: PARANÁ, Secretaria de estado da educação. Diretrizes curriculares da rede de educação básica do estado do Paraná: LEM. 2005.

PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of colonialism. London: Routledge, 1999.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná: língua estrangeira moderna. 2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICO-CURRICULAR – EJA – 2006.

Page 311: PPP- Colégio Estadual Presidente Kennedy

SACRISTÁN, José Gimeno. Escolarização e cultura: a dupla determinação. In: SILVA, Luiz Heron et al. (org.) Novos mapas culturais, novas perspectivas educativas. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 34-56.