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Boletim informativo da Paróquia São Judas Tadeu - Itu/SP - Diocese de Jundiaí

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Page 1: Povo de Deus

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Page 2: Povo de Deus

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Expediente:

Povo de DeusBoletim informativo mensal da Paróquia

São Judas Tadeu. Pároco: Pe. Paulo Eduardo F. Souza

Jornalista Responsável, diagramação e edição.:

Jornalista Tadeu Eduardo Italiani

Mtb.: 47.674

Revisora: Vanda Mazurchi Impressão: AMS Gráfica

Tiragem: 2000 exemplares Endereço: Praça. Júlio

Mesquita Filho, 45 Bairro Rancho Grande CEP 13306-159 Itu - SP Fone (11) 4024-0416 -

Diocese de Jundiaí,

Atendimento na Secretaria Paroquial

Segunda, Quarta e Sábado, das 08h às 12h;

Terça, Quinta e Sexta, das 08h às 12h e das 13h às 17h.

Atendimento do Pároco Padre Paulo Eduardo

- Confissões: Terça-Feira.

Das 15h às 17h30min;Quinta-Feira20h15min;

Sexta-Feira. Das 09h30min às 11h30min;

Atendimento de Direção Espiritual:

Terça-Feira.Das 09h30min às 11h30min;

Sábado.Das 09h30min às 11h30min;

(O atendimento será feito mediante agendamento na

Secretaria Paroquial;)

Celebrações na Igreja Paroquial

2ª a Sábado: 19h. Domingo: 07h, 09h e 18h30

3ª Sexta - feira do mês: Celebração com os

enfermos: 15h

Celebrações nas Comunidades

- Nossa Senhora Auxiliadora: Sábado, 19h;

Domingo, 9h.

- Santa Clara: Sábado 19h;

Domingo: 09h.

Elaborado pela Pastoral da Comunicação

PASCOM

Amados irmãos e irmãs, apresento-lhes o primeiro número de nosso informativo paroquial deste ano de 2015. Como vo-cês poderão perceber, ele é fruto de um trabalho mais abrangente e participativo, pois foi pensado pela nova PASCOM pa-roquial. O Sr. Tadeu Italiani, Coordena-dor Regional da PASCOM, contará com a preciosa ajuda dos nossos paroquianos: Karla Cristiane Messias, Sara Silveira Cardoso, Rita de Cássia Vieira e Josecley Marques Chaves. Este último, a propósi-to, com os conselhos do Tadeu, se está preparando para assumir a coordenação paroquial da PASCOM. Rezemos por eles para que, de maneira vibrante e efi-

caz, consigamos evangelizar através dos meios modernos de comunicação.

Vocês já tiveram a oportunidade de conhecer nosso novo semina-rista, o Douglas Fagundes de Souza. Que a nossa Paróquia seja para ele uma segunda casa, onde se perceba sempre muito bem acolhido! Espero que o JUPA, o COJOJUTA e o JILC comecem o quanto antes os preparativos para a Via-Sacra encenada na Semana Santa. Contem com o entusiasmo, a alegria e o ânimo de nosso seminarista para concretizar esse projeto de evangelização. Agradeço, outrossim, o ca-rinho manifesto ao Daniel Bevilacqua Romano em sua despedida de nossa Paróquia. Esses momentos marcam e animam de verdade nossa caminhada vocacional.

Aproveito o ensejo para recordar-lhes a sempre importante coleta do primeiro final de semana de cada mês. Desde os tempos de Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, toda a Diocese de Jundiaí se compro-meteu a manter o Seminário Diocesano. Não basta rezarmos pedindo ao Senhor que envie operários para a Sua messe: é imprescindível criarmos condições para que esses operários sejam bem formados e possam servir ao Povo de Deus. Sejamos sempre mais generosos em nossas coletas em prol da formação dos futuros padres.

Este ano começou um pouco triste para a nossa comunidade paro-quial: a morte do nosso irmão Alexandre Basílio nos consternou a todos. As circunstâncias que o levaram a óbito só intensificaram a dor da separação. Como, porém, sabemos que a última palavra so-bre a nossa existência não é a morte, alegramo-nos na esperança de que nosso querido Casquinha tenha ouvido do Senhor: “Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei! Vem alegrar-te com teu senhor!” (Mt 25,23). Descanse em paz!

Preparemo-nos para acolher, nos dias 18 e 19 de abril, o “Maná Ofi-cinas”, evento diocesano da Pastoral da Juventude que nossa Paró-

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Índice

Vox Parochi Paróquia em Movimento 2

“Tu és Pedro” 4

“Do Recinto de São Pedro” 6

O Pastor fala com seu rebanho 8

Seja bem vindo, Seminarista Douglas 10

Calendário das Celebrações Penitenciais 11

Momentos da Missa de Natal 12

Missa de Quarta-Feira de Cinzasinicia Tempo Quaresmal 13

Schola Cantorum e Núcleo de Formação em Música e Liturgia são inaugurados em Itu 13

Espaço da Catequese 16

Conhecendo a Paróquia 17

A Reencarnação: uma ideia cristã ou pagã? – VI 18

Vida em Comunidade 20

Mártires da Líbia morreram pronunciando o nome de Cristo 21

“Igreja em Saída” 22

Igreja e sociedade: a Campanha da Fraternidade de 2015 24

quia terá a honra de sediar. Peço que algumas famílias abram as portas de suas casas para que os mais de cem jovens que farão o encontro sejam acolhidos e tenham onde passar a noite.

Dentre as atividades por ocasião do Jubileu de Ouro da Diocese, destacam-se as Santas Missões Populares. Em junho acontecerá um grande retiro que irá preparar os irmãos que serão respon-sáveis pela formação de novos missionários em suas respectivas paróquias. Queremos enviar trinta irmãos para esse encontro! Que o Espírito Santo derrame o ardor missionário em nossas comunidades!

Que nesta Quaresma, que apenas iniciamos, aprendamos a chorar nossos pecados para que iniciemos um verdadeiro caminho de conversão. Sirvamo-nos também das orientações da Cam-panha da Fraternidade, que nos ajudam a concretizar um caminho de mudança, pessoal e social. Este ano, o tema da Campanha é “Fraternidade, Igreja e Sociedade”, e o lema: “Eu vim para ser-vir” (cf. Mc 10,45).

Por fim, filhos e filhas queridos, peço-lhes que não deixem de rezar pelos cristãos cruelmente perseguidos pelos extremistas islâmicos no Oriente Médio e no norte da África. Não podemos ser indiferentes a tanto sofrimento por causa do Reino! Que o sangue dos novos mártires reaviva em nós o amor por Nosso Senhor! É o que nos salva: amar Nosso Senhor! Deus abençoe!

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Caros irmãos e irmãs!No meio desta Semana Santa, a liturgia nos apresenta um

episódio triste: a história da traição de Judas, que vai até os líderes do Sinédrio para mercantilizar e entregar a eles o seu Mestre. “Que me dareis se vos entregar Jesus?”. Cristo, nesse momento, tem um preço. Este ato dramático marca o início da Paixão de Cristo, um caminho doloroso que Ele escolhe com liberdade absoluta.

Ele mesmo diz claramente: “Eu dou a minha vida… Nin-guém a tira de mim; eu a dou por mim mesmo. Eu tenho po-der para entregá-la e autoridade para tomá-la novamente”(Jo 10,17-18). E assim, com essa traição, começa o caminho da humilhação, da espoliação de Jesus. Como se ele estivesse no mercado: isso custa trinta moedas de prata… Uma vez no ca-minho da humilhação e da desapropriação, Jesus o percorre até o fim.

Jesus chega à humilhação completa com a “morte de cruz”. Trata-se da pior morte, pois era reservada para escravos e cri-minosos. Jesus era considerado um profeta, mas morre como um criminoso. Olhando para Ele em Sua Paixão, como po-demos ver em um espelho os sofrimentos da humanidade, encontramos a resposta divina para o mistério do mal, da dor, da morte. Tantas vezes, sentimos horror pelo mal e a dor que nos rodeia, e perguntamos: “Por que Deus permite isso?”. É uma ferida profunda para nós ver o sofrimento e a morte, especialmente o a dos inocentes! Quando vemos crianças so-frendo, é uma ferida para o coração, é o mistério do mal. Je-sus toma todo esse mal, todo esse sofrimento sobre si mesmo. Nesta semana, será bom olhar para o crucifixo, beijar as feri-das de Jesus, beijá-Lo no crucifixo. Ele tomou sobre si todo o sofrimento humano e se revestiu desse sofrimento.

Esperamos que Deus, em Sua onipotência, derrote a injus-tiça, o mal, o pecado e o sofrimento com uma vitória divina triunfante. Em vez disso, Deus nos mostra uma vitória hu-milde que parece humanamente um fracasso. Podemos dizer que Ele vence no fracasso. O Filho de Deus, de fato, parece na cruz um homem derrotado: sofre, é traído, caluniado e, por fim, morre. Mas Jesus permite que o mal esteja sobre Ele; assim, o toma para si e o vence. Sua Paixão não é um aciden-te; sua morte – aquela morte – foi “escrita”. Realmente, não

Publicamos abaixo a íntegra da homilia do Santo Padre, o Papa Francisco, pronunciada na Quarta-Feira Santa, do dia 16 de abril de 2014

“A ressurreição deJesus não é o fim de um conto de fadas feliz, não é o fim feliz de um filme, mas a intervenção de Deus Paiquando a esperança humana estava perdida. No momento em que tudo parece perdido, no momento de dor, no qual muitas pessoas sentem que precisam descer da cruz, é o momento mais próximo da Ressurreição. A noite fica mais escura, pouco antes de começar a manhã, antes de come-çar a luz. No momento mais sombrio, Deus intervém e ressuscita.”

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encontramos muitas explicações. É um mistério desconcer-tante, o mistério da grande humildade de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único” (Jo 3, 16).

Nesta semana, pensamos tanto na dor de Jesus e dizemos para nós mesmos: isto é por mim. Mesmo que eu fosse a úni-ca pessoa no mundo, Ele o teria feito. Ele fez isso por mim. Beijamos o crucifixo e dizemos: ‘Por mim, obrigado Je-sus, por mim’.

Quando tudo parece perdido, quando não resta ninguém, porque golpearam o “pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersaram” (Mt 26,31), é aí, então, que Deus intervém com o poder da ressurreição.

A ressurreição de Jesus não é o fim de um conto de fadas feliz, não é o fim feliz de um filme, mas a intervenção de Deus Pai quando a esperança hu-mana estava perdida. No momento em que tudo parece perdido, no momento de dor, no qual mui-tas pessoas sentem que precisam descer da cruz, é o momento mais próximo da Ressurreição. A noite fica mais escura, pouco antes de começar a manhã, antes de começar a luz. No momento mais som-brio, Deus intervém e ressuscita.

Jesus, que escolheu passar por esse ca-minho, nos chama a segui-Lo no mesmo caminho de humilhação. Quando em determinados momentos da vida en-contramos alguma saída para nossas dificuldades, quando nos afunda-mos na escuridão mais espessa, é o momento da nossa humilhação e espoliação total, a hora em que nós experimentamos que somos fracos e pecadores. É próprio, neste momento, que não deve-mos mascarar o nosso fracasso, mas nos abrir, com confiança, à esperança em Deus, como fez Jesus.

ria feito. Ele fez isso por mim. os: ‘Por mim, obrigado Je-

do, quando não resta o “pastor, e as ovelhas Mt 26,31), é aí, então, er da ressurreição.

é o fim de um conto z de um filme, mas a ndo a esperança hu-mento em que tudo de dor, no qual mui-am descer da cruz, é Ressurreição. A noite de começar a manhã,

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Começamos um novo caminho quaresmal, um caminho que se estende por quarenta dias e nos conduz à alegria da Páscoa do Senhor, à vitória da Vida sobre a morte. Seguin-do a tradição romana, muito antiga, dos estpagios quares-mais, reunimo-nos hoje para a Celebração da Eucaristia. A referida tradição prevê que o primeira estágio tenha lugar na Basílica de Santa Sabina na colina do Aventino. Mas as circunstâncias sugeriram que nos reuníssemos na Basílica Vaticana, atendendo ao elevado número da nossa assembleia que, nesta tarde, se juntou ao redor do Túmulo do Apóstolo Pedro inclusive para pedir a sua intercessão em favor do ca-minho da Igreja neste momento particular, reno-vando a nossa fé no Supremo Pastor, Cristo Se-nhor. Para mim, constitui uma ocasião propícia para agradecer a todos, especialmente aos fiéis da dioce-se de Roma, no momento em que estou para concluir o meu ministério petrino, e pedir uma especial lembrança na oração.

As Leituras proclamadas oferecem-nos sugestões que so-mos chamados a fazê-las tornar-se, com a graça de Deus, atitudes e comportamentos concretos nesta Quaresma. A Igreja propõe-nos, em primeiro lugar, o forte apelo que o profeta Joel dirige ao povo de Israel: “Mas agora diz o Se-nhor, convertei-vos a mim de todo o coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos (2, 12)”. Começo por subli-nhar a expressão “de todo o coração”, que significa a partir do centro dos nossos pensamentos e sentimentos, a par-tir das raízes das nossas decisões, escolhas e ações, com um gesto de liberdade total e radical. Mas, este regresso a Deus é possível? Sim, porque há uma força que não habita no nosso coração, mas emana do próprio coração de Deus. É a força da sua misericórdia. Continua o profeta: “Con-vertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e rico em misericórdia” (v. 13). A

conversão ao Senhor é possível como graça, já que é obra de Deus e fruto da fé que depomos na sua misericórdia. Esta conversão a Deus só se torna realidade concreta na nossa vida, quando a graça do Senhor penetra no nosso íntimo e o abala, dando-nos a força para “rasgar o cora-ção”. O mesmo profeta faz ressoar, da parte de Deus, estas palavras: “Rasgai os vossos corações e não as vossas ves-tes” (v. 13). Com efeito, também nos nossos dias, muitos estão prontos a “rasgarem as vestes” diante de escândalos e injustiças – naturalmente cometidos por outros – mas poucos parecem dispostos a atuar sobre o seu “coração”, a

sua consciência e as próprias in-tenções, deixan-do que o Senhor transforme, re-nove e converta.

Além disso, este “convertei-vos a mim de

todo o coração” é um apelo que envolve não só o indiví-duo, mas também a comunidade. Na primeira Leitura, ou-vimos também dizer: “Tocai a trombeta em Sião, ordenai um jejum, proclamai uma reunião sagrada. Reuni o povo, convocai a assembleia, juntai os anciãos, congregai os pe-queninos e os meninos de peito. Saia o esposo dos seus aposentos e a esposa do seu leito nupcial” (vv. 15-16). A dimensão comunitária é um elemento essencial na fé e na vida cristã. Cristo veio “para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos” (Jo 11, 52). Os nós da Igreja é a comunidade na qual Jesus nos congrega na unidade (cf. Jo 12, 32): a fé é necessariamente eclesial. É importante recordar isto e vivê-lo neste Tempo da Quares-ma: cada qual esteja consciente de que não empreende o caminho penitencial sozinho, mas juntamente com mui-tos irmãos e irmãs, na Igreja.

Por fim, o profeta detém-se na oração dos sacerdotes, os quais, com as lágrimas nos olhos, se dirigem a Deus, dizendo: Não transformes em ignomínia a tua herança, para que ela não se torne o escárnio dos povos! Porque di-riam: “Onde está o seu Deus?” (v. 17). Esta oração faz-nos

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“Mas Jesus põe em evidência aquilo que qualifica a autenticidade de cada gesto religioso, dizendo que é a qualidade e a verdade do

relacionamento com Deus. Por isso, denuncia a hipocrisia religiosa, o comportamento que quer dar nas vistas, as atitudes que buscam o

aplauso e a aprovação.”

Publicamos abaixo a íntegra a homilia do Papa Bento XVI, pronunciada na Quarta-Feira de Cinzas, do dia 13 de Fevereiro de 2013

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refletir sobre a importância que tem o testemunho de fé e de vida cristã de cada um de nós e das nossas comu-nidades para manifestar o rosto da Igreja; rosto este que, às vezes, fica deturpado. Penso de modo particular nas culpas contra a unidade da Igreja, nas divisões no cor-po eclesial. Viver a Quaresma numa comunhão eclesial mais intensa e palpável, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso para aqueles que estão longe da fé ou são indiferentes.

“Agora é o momento favorável, agora é o dia da salva-ção” (2 Cor 6, 2). A urgência com que estas palavras do apóstolo Paulo aos cristãos de Corinto ressoam também para nós é tal que não admite escapatória ou inércia. A repetição do termo «agora» significa que este momen-to não pode ser desperdiçado, é-nos oferecido como uma ocasião única e irrepetível. E o olhar do Apóstolo concentra-se sobre Cristo cuja vida se caracteriza pela partilha, tendo Ele assumido tudo o que era humano até ao ponto de carregar sobre Si o próprio pecado dos homens. A frase de São Paulo é muito forte: Deus o fez pecado por nós. Jesus, o inocente, o Santo, “Aquele que não havia conhecido o pecado” (2 Cor 5, 21), carrega o peso do pecado partilhando com a humanidade o seu resultado: a morte, e morte de cruz. A reconciliação que nos é oferecida teve um preço altíssimo: a cruz erguida no Gólgota, na qual esteve pendurado o Filho de Deus feito homem. Nesta imersão de Deus no sofrimento hu-mano e no abismo do mal, está a raiz da nossa justifica-ção. O converter-se a Deus de todo o coração no nosso caminho quaresmal passa através da Cruz, do seguir Cristo pela estrada que conduz ao Calvário, ao dom to-tal de si mesmo. É um caminho onde devemos aprender dia a dia a sair cada vez mais do nosso egoísmo e mes-quinhez para dar espaço a Deus que abre e transforma o coração. E São Paulo lembra que o anúncio da Cruz ressoa para nós mediante a pregação da Palavra, da qual o próprio Apóstolo é embaixador; trata-se de um apelo que nos é dirigido para fazermos com que este caminho quaresmal se caracterize por uma escuta mais atenta e assídua da Palavra de Deus, luz que ilumina os nossos passos.

Na página do Evangelho de Mateus, que pertence ao chamado Sermão da Montanha, Jesus faz referência a três práticas fundamentais previstas pela Lei mosaica: a esmola, a oração e o jejum; mas são também indicações tradicionais, no caminho quaresmal, para responder ao convite de converter-se a Deus de todo o coração. Mas Jesus põe em evidência aquilo que qualifica a autentici-

dade de cada gesto religioso, dizendo que é a qualidade e a verdade do relacionamento com Deus. Por isso, denuncia a hipocrisia religiosa, o comportamento que quer dar nas vistas, as atitudes que buscam o aplauso e a aprovação. O verdadeiro discípulo não procura servir-se a si mesmo ou ao público, mas ao seu Senhor com simplicidade e gene-rosidade: “E teu Pai, que vê o oculto, há-de recompensar-te (Mt 6, 4.6.18)”. Então o nosso testemunho será tanto mais incisivo quanto menos procurarmos a nossa glória, cientes de que a recompensa do justo é o próprio Deus, permanecer unido a Ele, aqui nesta terra, no caminho da fé e, no fim vida, na paz e na luz do encontro face a face com Ele para sempre (cf. 1 Cor 13, 12).

Amados irmãos e irmãs, confiantes e alegres comece-mos o itinerário quaresmal. Ressoe em nós intensamente o convite à conversão, a converter-se a Deus de todo o coração, acolhendo a sua graça que faz de nós homens no-vos, e de uma novidade maravilhosa que é a participação na própria vida de Jesus. Acompanha-nos neste tempo a Virgem Maria, Mãe da Igreja e modelo de todo o verdadei-ro discípulo do Senhor. Amen!

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“Alegremo-nos pelo sim fi el das pessoas consagradas”“ Felizes são aqueles que se dedicam a Deus “com seu coração indiviso” (cf. 1Cor 7,32-34)

Prezados irmãos e irmãs da Igreja de Deus que se faz presente na Dioce-se de Jundiaí: É motivo de grande alegria testemunhar, na nossa Igreja, a presença e o dinamismo de tantas pessoas consagradas que dedicam suas vidas ao Reino de Deus.

No dia 21 de novembro de 2014, Festa da Apresentação de Maria, o Papa Francisco, que foi ordenado presbítero como religioso jesuíta na Compa-nhia de Jesus, enviou uma Carta Apostólica a todos os(as) consagrados(as) para assinalar os objetivos do Ano da Vida Consagrada. Este referido Ano começou em 30 de novembro de 2014 (1º Domingo do Advento) e termi-nará em 2 de fevereiro de 2016 (Festa da Apresentação do Senhor). O pri-meiro desses objetivos é “olhar com gratidão o passado” para manter viva a própria identidade, sem fechar os olhos às nossas fraquezas humanas. O segundo, é “viver com paixão o presente”, concretizando o Evangelho em plenitude e com espírito de comunhão. Por último, o terceiro objetivo

é “abraçar com esperança o futuro”, sem desanimar por tantas dificuldades que se encontram na vida consagrada, a partir da

crise vocacional.Entre os diferentes ramos da Igreja Católica que vivem

sua vocação religiosa, encontram-se os institutos da vida contemplativa, os institutos de vida apostólica (congrega-ções masculinas e femininas, sociedades de vida apostó-lica), institutos seculares, ordem das virgens consagradas e novas formas de vida consagrada. Na Diocese de Jundiaí

estão presentes oito Congregações Religiosas Masculinas e vinte Congregações Religiosas Femininas, entre elas três co-

munidades de vida contemplativa (as Monjas Carmelitas Des-calças do Carmelo São José, em Jundiaí; as Irmãs Concepcionistas do Mosteiro Nossa Senhora das Mercês e as Irmãs Redentoristas do Mosteiro Imaculada Conceição, ambas de Itu).

A vida consagrada “é um caminho de especial seguimento de Cristo, para dedicar-se a Ele com coração indiviso e colocar-se, como Ele, a serviço de Deus e da humanidade, assumindo a for-

ma de vida que Cristo escolheu para vir a este mundo: vida virgi-nal, pobre e obediente” (Documento de Aparecida, n. 216).

Esta radical consagração a Deus exprime-se e realiza-se mediante a vivência dos três conselhos evangélicos: os votos da castidade,

pobreza e obediência. Neste mundo onde o amor está sendo es-vaziado de sua plenitude, os(as) consagrados(as) tornam-se uma presença do amor com que “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25), denunciando o prazer erigido como ídolo e a banalização do amor. Vivendo pobremente como o Senhor e sabendo que Deus é o único absoluto, os(as) consagrados(as) compartilham seus bens, denunciando a ganância e os que ser-

vem ao dinheiro e ao poder. Pela obediência consagrada e a vivência em comunidade com os(as) irmãos(ãs) que optam

pelo mesmo ideal, os(as) consagrados(as) expressam a co-munhão de Deus Trino, a mais perfeita comunidade, de-nunciando o egoísmo e a autossuficiência.

Deste modo, com sua entrega sem reserva a Deus, generosa e total, e estando a serviço da Igreja e de to-

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das as pessoas, principalmente dos mais pobres e necessitados, os(as) consagrados(as) se tornam para todos sinais luminosos e autênticos do Reino definitivo, quando “Cristo será tudo em todos” (cf. Cl 3,12).

Na homilia que o Papa Francisco proferiu durante a celebração eucarís-tica na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no dia 02 de fevereiro deste ano, Dia da Vida Consagrada, ele afirmou que a consagração religiosa exige serviço: “abaixar-se, fazer-se servo para servir”. E, como é do seu estilo, alertou os(as) consagrados(as) contra os perigos que desafiam a vida religiosa, reduzindo-a a uma “‘caricatura’…, na qual se vive o se-guimento a Cristo sem renúncia, uma oração sem encontro, uma vida fraterna sem comunhão, uma obediência sem confiança, uma caridade sem transcendência” e abertura a Deus.

Queridos irmãos(as) diocesanos: elevemos a Deus nossa ação de graças pelos(as) consagrados(as) chamados(as) a serem testemunhas de que so-mente Deus basta para preencher a vida de sentido e alegria. Agradeça-mos ao Senhor por tantas obras que eles(as) dirigem em nossa Diocese: escolas, creches, asilos, projetos assistenciais e casas de encontros. Peça-mos ao Senhor que os(as) consagrados(as) infundam com a sua oração e seu testemunho radical ao Reino um novo sopro de vida na Igreja e no mundo de hoje, tão marcado pela violência e pela cultura da morte.

Queridos(as) consagrados(as): por fim, dirijo-me a todos(as) vocês a partir da Carta Circular endereçada aos consagrados(as) pela Congrega-ção para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apos-tólica, com o título: “Alegrai-vos” (02 de fevereiro de 2014): “alegrai-vos, exultai, regozijai-vos” (cf. Is 66,10-14), vivendo intensamente a alegria do seu sim fiel, pois “quem encontrou o Senhor e o segue com fidelidade é um mensageiro da alegria do Espírito” (n. 6a). O Senhor lhes diz: “Con-solai, consolai o meu povo” (cf. Is 40,1-2), levando “a todos o abraço de Deus, que se inclinou com ternura de mãe sobre nós: consagrados, sinal de humanidade plena… inclinados no sinal da consolação” (n. 8f).

Maria, modelo de consagração, Mãe intercessora, peço-vos que os(as) consagrados(as) encarnem a Palavra em sua vida, como vós acolhestes com alegria o Verbo de Deus em seu santo seio e no seu coração, oferecen-do a todos, como vós, o Cristo Vivo. Abençoai todos os consagrados(as) ao Reino de Deus e suscitai muitas vocações religiosas.

A todos abençoo, particularmente os consagrados(as) da nossa Dioce-se.

Dom Vicente Costa Bispo da Diocese de Jundiaí

“A vida consagrada “é um caminho de especial

seguimento de Cristo, para

dedicar-se a Ele com coração

indiviso e colocar-se, como Ele, a serviço de

Deus e da humanidade, assumindo a forma

de vida que Cristo escolheu para

vir a estemundo: vida virginal,

pobre e obediente” (Documento de

Aparecida, n. 216).Esta radical

consagração a Deus exprime-se e

realiza-se mediante a vivência dos três

conselhos evangélicos: os votos da castidade, pobreza e obediência.

Neste mundo onde o amor está sendo

esvaziado de sua plenitude,

os(as) consagrados(as) tornam-se uma

presença do amor com que “Cristo

amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25),

denunciando o prazer erigido como

ídolo e a banalização do amor.”

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Neste mês de fevereiro, nossa Paróquia acolhe o seminarista Douglas Fagundes de Souza, que, aos 19 anos de idade, inicia o estágio pastoral na sua caminhada de formação ao Sacerdócio. Cursando o 1º Ano de Filosofia, Douglas tem em seu coração o árduo desejo de servir e a comunidade nos próximos dois anos. Conheça um pouco mais o seminarista Douglas.

Seja bem vindo, Seminarista Douglas !

PD - Como iniciou sua caminhada na Igreja?Sem. Douglas - Sou de família católica e participante

na comunidade. Meus pais se conheceram no ano de 1994 na comunidade matriz da paróquia Santo Antô-nio de Pádua no bairro do Engordadouro em Jundiaí, casaram-se na mesma comunidade e em 1995 eu nas-ci, e também fui batizado ali. Durante muito tempo eles participaram do movimento diocesano de evangeliza-ção de adolescentes Israel, junto com o Pe. José Roberto de Araujo, nosso pároco. Durante 12 anos, meu pai foi ministro da eucaristia e sempre trabalhamos na comu-nidade. Tenho 2 irmãos, Laura com 17 e Matheus com 15. Sempre caminhamos na mesma paróquia, porém passamos atuar mais na comunidade São Vicente de Paulo localizada no Jardim das Tulipas, bairro onde nasci, cresci e descobri a vocação que Deus escolheu para mim. Os padres com os quais eu também atuei na paróquia foram, Pe. César Paiva e Pe. Marcelo Au-gusto.

PD - Durante sua vivência na Igreja, de quais pas-torais já participou?

Sem. Douglas - Quando criança acompanhei meus pais nas atividades que participavam, como o próprio movimento Israel. Quando meu pai era ministro toda família acompanhava-o nas visitas aos enfermos, jun-tos também íamos aos cursos de preparação para o sa-cramento do batismo, participei da equipe de liturgia, e fui coroinha e depois acólito. Porém as três ativida-des pelas quais tenho maior carinho são: Movimento da Mãe Rainha e vencedora três vezes admirável de Schoenstatt, grupos de missão (grupos de rua), e o gru-po de jovens JASC, que muito me ajudaram a discernir minha vocação.

PD - Como foi o chamado a vida sacerdotal?Sem. Douglas - Resumidamente, quando estava na

catequese de preparação para a 1ª Eucaristia, fiz um retiro no seminário diocesano, e naquele final de se-mana a semente foi lançada. Porém nunca busquei me aprofundar naquele sentimento que já habitava em meu coração. O tempo passou cresci e aos 15 anos comecei a trabalhar no aeroporto de Jundiaí e assim deixei mais esquecido aquele sentimento, porém no ano de 2012 junto de alguns amigos resolvi ir para JMJRio2013 e começamos a trabalhar, até que durante o ano de 2013 ocorreu em nossa diocese, o evento do dia do Bom Pastor, encontro destinado a um momento de chamado vocacional. Foi ali que anos depois aquele sentimento que eu já havia sido enterrado retornou a um lugar especial em meu coração, através das pala-

vras de nosso Bispo Diocesano Dom Vicente Costa, sen-ti Cristo o Bom Pastor me chamando. Fui ao encontro do promotor vocacional de nossa diocese Pe. Alberto Simionato, e pedi para fazer os encontros que aconte-cem no seminário. Iniciei os encontros no mês de Maio, mês dedicado a Maria. No mês de Julho fui a JMJ, e mais uma vez senti a confirmação. Continuei o encon-tros até o final do ano, porém tinha um ponto crucial, fiz todos os encontros escondidos, pois tinha medo de revelar o que sentia. E no dia 12 de outubro de 2013 resolvi escrever uma carta aos meus pais dizendo tudo o que tinha transcorrido durante o ano, e que desejava ardentemente ingressar no seminário, e com a graça de Deus, fui surpreendido pela reação de ambos, que me deram total apoio e segurança.

PD - Conte-nos como aconteceu seu ingresso no Se-minário?

Sem. Douglas - No mês de novembro de 2013 recebi o primeiro convite para ingressar no seminário dioce-sano, e disse SIM! No mês seguinte confirmei minha resposta, deixando assim minha faculdade de admi-nistração que havia iniciado, e meu emprego. E no dia 11 de janeiro de 2014 através do Pe. Marcelo Garcia, recebi o envio para o seminário diocesano Nossa Se-nhora do Desterro. Este já é o segundo ano que estou seminarista, já passei pelo propedêutico, e agora ini-ciei o 1º ano Filosofia.

PD - Como tem sido para você, viver essa experiên-cia de ser seminarista?

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Sem. Douglas - Com a graça de Deus tenho sido mui-to feliz, o seminário é um tempo de preparação, ama-durecimento, reflexão, estudo, convivência em meio de pessoas diferentes que buscam o mesmo objetivo, tor-nar-se Padre segundo o coração de Jesus o Bom Pastor. O seminário pode ser comparado a uma rosa, que ao mesmo tempo que é bela trás consigo espinhos que nos permite lembrar que é preciso passar pelas dificulda-des e obstáculos para alcançar a graça do perfume da beleza. Por isso, seguir a Cristo não vale simplesmente a pena, mas vale a vida nosso dom maior que podemos entregar ao serviço do reino de Deus. A experiência de estar seminarista é maravilhosa, pois através dela con-firmo minha vocação, primeiramente de batizado e fi-lho de Deus, e depois de vocacionado ao sacerdócio.

PD - Já conhecia a Paróquia São Judas Tadeu?Sem. Douglas - Não, conhecia apenas a cidade de

Itu. Como disse nas comunidades em que me apre-sentei, para mim tudo é novo, pois nos meus 19 anos nunca sai da realidade da paróquia Santo Antônio, e hoje na realidade da São Judas Tadeu, posso dizer que nesse pouco tempo que estou aqui, venho sendo mui-to feliz. Recebi também uma maravilhosa acolhida de nosso pároco, diáconos, funcionários e todo povo de Deus presente em nossa paróquia.

PD - Como foi para você saber que viria fazer o estágio pastoral na Paróquia São Judas Tadeu?

Sem. Douglas - Primeiramente um susto, pois nun-ca passou em minha cabeça que a primeira paróquia que eu trabalharia já seria distante da sede da diocese, e quando soube que seria na São Judas Tadeu com o Pe. Paulo Eduardo, fiquei mais surpreso ainda, porque sempre acompanhei através das redes sociais, do ver-bo, da internet, a vida de nossa paróquia, e a trajetória de nosso pároco, a quem admirava sempre o zelo pela liturgia da Igreja, o amor a Eucaristia, e o carinho com o povo. Mas digo com todo carinho, a Paróquia São Judas Tadeu já tem um lugar especialíssimo em meu coração, já estão todos gravados em minha história, pois, o primeiro amor nunca esquecemos, e aqui estou fazendo minha primeira experiência pastoral como se-minarista.

PD - Qual sua expectativa de trabalho junto na Pa-róquia São Judas Tadeu?

Sem. Douglas - Que possamos em tudo amar e servir. Espero de todo coração que esses dois anos possam ser frutuosos e abençoados, estou disposto a aprender, a ser corrigido, e quando precisar também ensinar, ser-vindo primeiramente a Cristo, presente na pessoa do padre, pastor enviado a nós pelo próprio Deus.

Calendário das Celebrações Penitenciais“Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia de Deus o perdão

da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja, que tinham ferido com o seu pecado, a qual, pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão”. Catecismo da Igreja Católica – Parágrafo 1422 .

- 03/03, terça-feira - 19h15min. - Paróquia São Judas Tadeu- 04/03, quarta-feira - 19h15min. - Paróquia São Camilo- 05/03, quinta-feira - 19h15min. - Paróquia N.Sra Aparecida- 06/03, sexta-feira - 19h15min. - Paróquia São Cristóvão- 10/03, terça-feira - 19h15min. - Paroquia São João Batista- 11/03, quarta-feira - 19h15min.- Paróquia São Luiz- 12/03, quinta-feira - 19h15min. - Paróquia N. Sra da Candelária- 13/03, sexta-feira - 19h15min. - Paróquia Sagrada Família- 18/03, quarta-feira - 19h15min.- Paróquia Senhor do Horto e São Lázaro- 21/03, sábado - 09h30min - Paróquia N. Sra da Candelária - 26/03, quinta-feira - 19h15min. - Paróquia São José

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Momentos da Missa de Natal“ A verdadeira paz só tem quem vive um coração reconciliado com Deus. Um coração que se deixa perdoar

pelo Senhor. Um coração que se permite fazer uma experiência com Deus.” Pe. Paulo Eduardo F. Souza.

Véspera de Natal Véspera de Natal Véspera de Natal

Véspera de Natal Véspera de Natal Véspera de Natal

Véspera de Natal Missa do Dia de Natal Missa do Dia de Natal

Missa do Dia de Natal Missa do Dia de Natal Missa do Dia de Natal

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No dia 18 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, a Paróquia São Judas Tadeu iniciou, de forma piedosa o período da Quaresma. Durante a missa, houve a imposição das Cinzas.

Ao final, o pároco Pe. Paulo Eduardo realizou o envio dos agentes pastorais que realizarão os grupos de reflexão com o material da Campanha da Fraternidade 2015 e a Via Sacra.

Missa da Quarta-feira de Cinzas inicia Tempo Quaresmal

Schola Cantorum e Núcleo de Formação em Música e Liturgia são inaugurados em Itu

O Instituto Cultural de Itu, associa-ção cultural sem fins lucrativos, man-tenedora do Museu da Música - Itu está criando um novo projeto cultural, a Schola Cantorum (lê-se escola canto-rum) que se traduz do latim por “escola de cantores”. O projeto foi instalado na sexta-feira, dia 20 de fevereiro, com a Missa Inaugural, às 18h, celebrada pelo Pároco da Paróquia de Nossa Senhora Candelária, Padre Francisco Carlos e Mons. Durval de Almeida, Reitor da Igreja do Bom Jesus.

A iniciativa partiu de uma parceria entre o Instituto Cultural de Itu e a Pa-róquia de Nossa Senhora Candelária a fim de criar um processo de formação continuada para cantores da Igreja, es-timulando o Canto Gregoriano, a valo-rização da música sacra tradicional e o estímulo à melhoria do trabalho que já é realizado por cantores nas diversas paróquias da cidade.

O projeto é de grande interesse para a Igreja, para desenvolver a formação musical dos colaboradores que já atu-am e dos que desejam atuar na música sacra, que é parte integrante da liturgia, bem como para o Museu da Música, que guarda grande acervo de obras sacras europeias e produzidas em Itu, que têm sido recuperadas e cantadas pelo Coral Vozes de Itu nos últimos anos.

A primeira parte do projeto, que con-ta com apoio de todos os párocos de Itu, será o Núcleo de Formação em Mú-sica e Liturgia, que visa oferecer forma-ção musical e litúrgica aos leigos das

paróquias e comunidades católicas da cidade.

Núcleo de Formação em Música e Liturgia

A formação para equipes de canto, salmistas, cantores, instrumentistas e leigos (crianças, jovens e adultos) que já atuam na Igreja ou que querem aprender terá início com as aulas em 04 de março. O núcleo iniciará suas ativi-dades proporcionando quatro tipos de formação: em canto, teclado, violão e canto coral infantil. Disciplinas como liturgia, teoria musical, técnica vocal, técnica instrumental e canto coral irão compor os cursos. Os encontros aconte-cerão às quartas e sextas-feiras, na Igre-ja do Bom Jesus, entre 19h30 e 21h30. Para as formações de violão, teclado e canto coral infantil existe a possibili-dade de aulas no período da manhã ou tarde, conforme a formação de turmas.

Os interessados deverão se inscrever nas secretarias das paróquias de Itu (até 28 de fevereiro), preenchendo a ficha de inscrição e carta de apresentação do pároco, pois a formação é específi-ca para quem atua na Igreja. O investi-mento mensal será de R$ 50 (por curso) sem taxa de inscrição.

Estarão no corpo docente do núcleo o Padre Paulo Eduardo Ferreira de Sou-za e Gustavo Boni (liturgia), Fátima Oliveira (técnica vocal), Paulo Zeppini e Luís Roberto de Francisco (canto co-ral), Felipe Boni (teoria musical e canto coral infantil), Ari Mendes (violão), Ri-cardo Oliveira (teclado) e Luís Roberto

de Francisco (harmônio). A coordena-ção pedagógica está a cargo de Felipe Boni e a coordenação administrativa é de Rodrigo Cristofoletti. A coordenação geral é dos Padres Francisco Carlos Ros-si e Durval de Almeida.

A formação se dará em módulos se-mestrais.

Schola Cantorum de ItuOs cantores inscritos no Núcleo de

Formação já participarão de cerimônias na Semana Santa, cantando salmos em melodias oficiais e tradicionais da Igre-ja, dando início à Schola Cantorum de Itu, que também atenderá as solenida-des litúrgicas das paróquias da cidade. Os professores também participarão cantando em diversas atividades reli-giosas e artísticas, como a Missa Inau-gural do projeto e a abertura da mostra “Tesouros da Igreja Matriz de Itu”, além da própria Semana Santa. A direção musical do grupo está a cargo de Luís Roberto de Francisco.

O projeto Schola Cantorum conta com apoio do Museu da Música - Itu, que abriu seu acervo para uso de cola-boradores e alunos, bem como do Coral Vozes de Itu e da Igreja do Bom Jesus, que sediará a formação.

Serviço: Inscrições: De 7 a 28 de fevereiro Local: Secretarias das paróquias de Itu Início das Aulas: 4 de março, às

19h30, na Igreja do Bom JesusMais informações: nucleomusicaleli-

[email protected]

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Catequistas da Paróquia

participam de retiro anual

Catequistas da Paróquia participaram durante os dias 21 e 22 de fevereiro, do Retiro Anual Diocesa-no da Animação Biblíco-Catequética no Centro de Convivência Mãe do Bom Conselho em Jundiaí.

O retiro tinha como Tema: Querígma, Mistagogia, Discipulado e como Lema: “Não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos.”(At 4,20).A nossa pa-róquia foi representada por duas catequistas: Karla do nível Iniciação à Eucaristia e Sueila do nível Ba-tismo.

Formação, celebração e convivência com os irmão de todo diocese, mediado pelo padre Antonio Fran-cisco Lelo, proporcionou momentos plenos da pre-sença do nosso Deus Uno e Trino. Formentando e reforçando a vocação de discípulos e missionários de Jesus Cristo, segundo o apelo do documento de Aparecida. As catequese do padre Lelo possibilitou a compreensão a luz da palavra de Deus do traba-lho que deve ser realizado nas paróquias com uma catequese querigmática, mistagógica e profética em todos os contextos de nossa sociedade.

Diante da missão desafiadora, pedimos que o Se-nhor vá a frente aplainando os caminhos e conta-mos com a intercessão de Nossa Senhora do Des-terro para que os catequistas da Diocese de Jundiaí sejam instrumentos de um novo tempo de graças a fim de realizarem com magnitude a missão confiada a eles.

Clamamos ao Senhor: Ó Deus, cria em mim um coração puro, renova um espírito firme no meu pei-to; não me rejeites para longe de tua face, não retires de mim teu santo espírito.(Sl 51,12-13)

A Paróquia São Judas Tadeu agradece ao Seminarista Daniel, os ensinamen-tos, a dedicação e os serviços prestados a nossas comunidades.

Durante esses dois anos de estágio pastoral, pudemos caminhar e crescer juntos espiritualmente.

Desejamos ao nosso amigo que Ma-ria continue iluminando sua voca-ção e o que o Espírito Santo guie seus estudos,para que, em um futuro próxi-mo, tenhamos mais um sacerdote a tra-balhar na vinha do Senhor.

Em agradecimento pelo serviço e en-sinamentos do nosso amigo Daniel, que ficará para sempre em nossos co-rações.

Obrigado, Daniel!

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Dízimo é a devolução que fazemos ao nosso Se-nhor de tudo que ele nos dá, com carinho e muito amor. Devolver o dízimo a Deus é o dever do bom cristão, um gesto bem generoso, prova de nossa gra-tidão.

É dever de todos agradecer a Deus. Nossa gratidão deve ser concreta, não apenas por palavra. Agrade-cemos concretamente a Deus quando nos abrimos à conversão, buscando viver integralmente o Evange-lho e quando nos comprometemos com as coisas de Deus ajudando a expansão do evangelho e da igre-ja.

Dízimo é um sinal de compromisso, de fidelidade com Deus, com a igreja e com os mais necessitados. Jesus, na sua bondade infinita, instituiu a sua igreja para ela evangelizar, catequizar, servir e santificar. E para que ela possa desempenhar a sua vocação evangelizadora no mundo, necessita de recursos materiais e esses recursos, devem provir de nós,

seus filhos, que somos e formamos a igreja viva de Cristo na terra. Com o dízimo você ajuda a transfor-mar a igreja para que ela seja cada vez mais unida e fraterna, a fim de que possa cumprir a sua missão evangelizadora.

Mensagem do Dízimo

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Devido a algumas dúvidas dos participantes da co-munidade paroquial São Judas Tadeu, sobre o rito de lavar as mãos durante a celebração eucarística, achamos por bem escrever este artigo.

Nossa intenção é explicar a diferença entre lavar as mãos para limpá-la de alguma sujeira e lavar as mãos no sentido de pu-rificação durante a Ce-lebração Eucarística.

Existem dois momen-tos em que o Sacerdote, na Celebração Eucarís-tica lava suas mãos.

No primeiro momen-to quando, após rece-ber as oferendas, ele utiliza o lavabo e lava suas mãos. Esse ges-to tem um significado próprio que é “uma purificação espiritual do ministro de Deus”. Essa purificação compete somente ao Sacerdote, não se estendendo aos Diáconos, que são ministros ordenados, e nem aos ministros extraordinários da sagrada comunhão eucarística quando estão na fun-ção de celebrantes da palavra. Deve-se entender que as mãos do sacerdote não estão sujas, ele apenas as está purificando.

Assim a Instrução Geral sobre o Missal Romano diz o seguinte:

“73. No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas que se converterão no Corpo e Sangue de Cristo.

74. O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas

75. O pão e o vinho são depositados sobre o altar pelo sacerdote, proferindo as fórmulas estabeleci-das.

76. Em seguida, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação interior.”

Em diversas passagens da Bíblia encontramos esse gesto de purificação através da água.

No 2Rs 5,9-14 vemos o Profeta Eliseu que manda

Naamã ir lavar-se sete vezes no rio Jordão para li-vrar-se da lepra. A princípio Naamã ficou bravo não aceitou e nem acreditou em Eliseu mas seu servo o convenceu e ele, após mergulhar sete vezes no rio Jordão, ficou curado da lepra. Esse gesto é simbóli-co, não significa que apenas banhar-se em água se

cura a lepra.Esse gesto também se apli-

ca a celebração eucarística. Portanto quando o Padre lava suas mãos ele está pe-dindo a Deus que o purifi-que espiritualmente.

O segundo momento é após a distribuição da Sa-grada comunhão eucarís-tica, quando o celebrante purifica suas mãos e esta purificação tem outro sig-nificado. Após distribuir a comunhão o celebrante que pode ser o Padre, um diáco-

no e até mesmo um ministro extraordinário da Sa-grada Comunhão Eucarística, devem tomar o cui-dado de lavar suas mãos para que não fique nelas nenhuma partícula da comunhão. Dessa forma as mãos devem ser lavadas num recipiente próprio.

Também nesse caso devemos entender que o gesto de lavar as mãos não é para limpá-las, mas sim para que não permaneçam nelas partículas do corpo de Cristo que possam se perder sem que se perceba. Este cuidado deve ser tomado devido a necessidade de se preservar a dignidade do Corpo de Cristo con-tido nessas partículas.

Em ambos os casos o gesto de lavar a mãos não significa que as mesmas estão sujas. O celebrante e os ministros que participarão da Celebração Euca-rística ou mesmo da celebração da Palavra, devem estar com suas mãos já limpas quando se inicia a celebração.

Esperamos com isso ter esclarecido as dúvidas de nossa comunidade.

Estevão ScaletCerimoniário

Paróquia São Judas Tadeu

Purificar ou lavar as mãos durante a missa?

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O apgrticapupunicopo

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Pastoral da Animação Bíblico-Catequética

“Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações...

Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28,19-20).

Animação Bíblico-Catequética - Nível Crisma

A Crisma, ou Confirmação, é o Sacramento pelo qual o batizado é fortalecido com o dom do Es-pírito Santo, para que, por palavras e obras, seja testemunha de Cristo, propague e defenda a fé. A Crisma é para nós o que Pentecostes foi para os Apóstolos (cf. At 2,1-12).

Nós recebemos o Espírito Santo no Batismo, mas a plenitude dos seus dons recebemos na Crisma. Aí é que estes dons se manifestam com toda a força.

É como a flor que desabrocha e exala seu perfu-me. A matéria da confirmação é a unção do Cris-ma na testa, junto com a imposição das mãos. A forma é: “recebe por este sinal o Espírito Santo, dom de Deus”. O ministro da Crisma é o Bispo, sucessor dos Apóstolos, mas em casos extraor-dinários ele pode delegar algum padre para cris-mar.

O sujeito é todo batizado que ainda não tenha sido crismado, pois o Sacramento da Crisma, por imprimir caráter, é irrepetível.

São três os efeitos deste Sacramento:• o aumento da graça santificante;•a graça sacramental específica, cujo efeito pró-

prio são os 7 dons;• o aprofundamento do caráter (marca) na alma,

que identifica o soldado de Cristo no combate contra o mal.

Para que o Confirmando com uso da razão (= a partir 7 anos) possa receber licitamente este sa-cramento, deve estar adequadamente instruído e em estado de graça e deve ser capaz de renovar as promessas do batismo. Os crismandos devem confessar para receber o sacramento.

Com este Sacramento conclui-se os Sacra-mentos de iniciação Cristão (Batismo, Eucaris-tia e Crisma). Caso o jovem entre na catequese e ainda não é Batizado, no Tempo Pascal recebe o Sacramento do Batismo e no final sela com o

selo do Espírito Santo, o Crisma. No Batismo, é necessário termos pais espiri-

tuais que nos apresentem à Igreja nesta ocasião tão importante. Aconselhem-nos nas lutas da vida, e rezem por nós. Também na Crisma de-vemos buscar bons católicos, que tenham sido crismados, tendo idade suficiente para aconse-lhar seus afilhados, tenha uma vida assídua na Igreja e bom testemunho de fé.

No Batismo nascemos para vida, na Crisma nascemos para a Comunidade. O Crismado deve se comprometer de ser “um outro Cristo” na sociedade, um verdadeiro “Profeta” da atu-alidade, defendendo, anunciando a verdade e denunciando as injustiça. Um Crismado não é um alheio, é um comprometido com o Reino.

Hoje na Paróquia São Judas, vivenciamos as etapas catecumenais conforme o RICA. Mo-mento oportuno para uma intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo, pois, todo Batiza-do, não tem outra razão a não ser se apaixonar pelo o Senhor.

Se você é um(a) crismando(a) apaixonado(a) pelo o Senhor, e que levar essa experiência a outros, venha fazer parte da equipe de cate-quista da nossa Paróquia. Procure a secretaria.

Catequistas da Crisma

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A Reencarnação: uma ideia cristã ou pagã? - IV Por Dom Henrique Soares da Costa,

Bispo de Palmares-PE

Em nossa cidade de Itu, num importante periódico, encontramos sempre artigos que pretendem pro-var a compatibilidade entre o espiritismo e o cristianismo. Como pastor e pai, divulgo quatro tópicos de uma catequese do já conhecido e querido Dom Henrique Soares da Costa, Bispo de Palmares, so-bre o assunto. É meu dever esclarecer aos fiéis católicos confiados aos meus pastorais cuidados que

toda tentativa de acertamento entre espiritismo e cristianismo é nefasta. Nesta edição, o quarto e último tópico.

Comecemos por deixar claro que, em relação à fé cristã, deve-se afirmar com firmeza que o cristianis-mo nunca aceitou a reencarnação como uma expli-cação do que ocorre após a morte. J. HEAD e S.L. CRASTON, reencarnacionistas, afirmam que a Bíblia teria falado na reencarnação e que a Igreja teria alte-rado a Escritura para retirar daí a ideia de reencarna-ção. Pura loucura! Basta comparar a Bíblia cristã com a Bíblia dos judeus - não há diferença. Mais ainda: se a Escritura ensinasse tal ideia, a Igreja não teria ne-nhum problema em aceitá-la; se a Igreja rejeita decidi-

damente a reencarnação é exatamente por ela

ser contra a Escritu-ra! Estes mesmos

senhores, com pose de intelec-tuais, afirmam que a reencar-nação era dou-trina dos pri-meiros cristãos

-como Orígenes, o grande teólogo de Alexandria do século III-, e isto

até o século VI, quando a

I g r e j a m u -

d o u a

doutrina no III Concílio Constantinopolitano, em 563. Tal opinião não tem nenhum fundamento histó-rico, sendo fruto da ignorância ou da má fé.

A doutrina da reencarnação jamais poderia entrar na doutrina judeu-cristã, simplesmente porque, da-dos os pressupostos antropológicos e teológicos des-sa doutrina, não existe a possibilidade de uma crença semelhante. Se não fosse a brevidade deste tópico, eu poderia citar numerosos textos anteriores ao século VI nos quais aparece claro que a Igreja jamais, em tempo algum e de modo algum, foi reencarnacionis-ta. Repito: somente ignorância ou má fé podem afir-mar o contrário.

Os reencarnacionistas dizem que Jesus aceitou a re-encarnação ao afirmar que João Batista é o Elias que devia vir (cf. Mt 11,14; 17,12). Estão errados! Esque-cem alguns detalhes importantes:

1. Segundo a tradição popular dos judeus, Elias não tinha morrido (ou desencarnado, no modo de falar dos reencarnacionistas!). Se não desencarnou, se não morreu, não poderia se reencarnar! Leia-se, sobre isto, 2Rs 2,1-13, que narra o arrebatamento de Elias com corpo e tudo!

2. O próprio João Batista afirmou claramente que não era Elias: basta dar uma olhadinha em Jo 1,21:“Quem és, então? És tu Elias?” - Ele disse: “Não o sou!”

Por que, então, a Escritura diz que Elias voltará (cf. Ml 3,23-24)? Primeiro, o profeta Malaquias não diz que Elias vai se reencarnar... o texto diz assim: “Eis que vou enviar-vos Elias, o profeta, antes que chegue o dia do Senhor, grande e terrível. Ele fará voltar o coração dos pais para os filhos e o coração dos fi-

lhos para os pais, para que eu não venha ferir o país com extermínio”. O profeta Elias tinha vivi-do num tempo em que os filhos de Israel haviam abandonado a fé de seus pais no único Deus ver-dadeiro e tinham adorado a Baal. Elias, com sua pregação forte, fez o coração dos filhos voltar à fé dos pais! Para preparar a vinda do Messias, Deus enviaria um profeta com a mesma missão

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ra! Estes mesmos senhores, com pose de intelec-tuais, afirmam que a reencar-nação era dou-trina dos pri-meiros cristãos

-como Orígenes, o grande teólogo de Alexandria do século III-, e isto

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e a mesma força de Elias: o profeta João Batista que, com sua pregação forte exortou os filhos de Israel a abrirem o coração para as promessas que Deus fizera aos pais, promessa que mandaria o Messias. Só isso! Não adianta pegar frases soltas da Escritura para que-rer defender a ideia de reencarnação! É furado!

E na transfiguração, quando Moisés e Elias apare-cem ao lado de Jesus? Não são espíritos desencarna-dos? Nada disso! Repito pela milésima vez: não existe na Bíblia esta ideia. Aqui, trata-se de uma aparição, do mesmo tipo das aparições de Nossa Senhora. Se-ria muito longo explicar aqui como acontecem essas aparições... basta dizer tranqüilamente que nem Moi-sés nem Elias desceram do céu para vir sobre o Mon-te Tabor!

Aliás, vários textos da Escritura afirmam claramen-te que não há retorno a este mundo depois da morte. Por exemplo: “Davi respondeu: ‘É verdade, enquanto o menino estava com vida, jejuei e chorei. É que pen-sava: Quem sabe, o Senhor terá piedade de mim, dei-xando com vida o menino. Mas agora ele está morto: por que então eu ainda jejuaria? Acaso posso trazê-lo de volta? Um dia irei para junto dele, mas ele não pode mais voltar a mim’” (2Sm 12,22-23). “Ele con-tudo, misericordioso, perdoava a culpa e não os des-truía; muitas vezes reprimiu a cólera e não acendeu todo o furor, recordando-se de que eram carne, um alento fugaz que não retorna” (Sl 78,38s). “Sabemos, com efeito, que ao se desfazer a tenda que habita-mos – nossa casa terrestre – teremos nos céus uma casa preparada por Deus e não por mãos de homens, uma casa eterna. Pois gememos em nossa tenda, de-sejando revestir-nos de nossa morada celeste... Real-mente, enquanto moramos nesta tenda, suspiramos oprimidos porquanto não queremos ser despidos mas sim revestidos de uma veste nova sobre a outra, para o mortal ser absorvido pela vida. Estamos, repi-to, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos do corpo para morar junto do Senhor” (2Cor 5, 1s.4.8). “Estou como que na alternativa. Pois de um lado de-sejo partir para estar com Cristo, o que é muito me-lhor” (Fl 1,23).

Quanto a Orígenes, o teólogo cristão do século III, deve-se esclarecer que ele não foi condenado por sustentar a doutrina da reencarnação, mas a doutri-na da pré-existência das almas (as almas existiriam lá no céu antes de entrarem no corpo... depois da morte voltariam para lá com o corpo ressuscitado... para sempre!) e a doutrina da apocatástase (no final dos tempos tudo seria restaurado... e até Satanás se converteria!). O próprio Orígenes refutou decidida-mente a doutrina da reencarnação como sendo con-

trária às Escrituras e à fé da Igreja, justa-mente ao comen-tar Mt 11, acerca de João Batista e Elias! Orígenes, como todo cristão, acreditava e espe-rava na res-surre ição! E, mesmo que Orí-g e n e s t ivesse e n s i -nado a r e e n -carna-ção, ele não é a Igreja: se-ria apenas a opinião de um teólogo!

A crença na reencarnação é incompatível com a mentalidade judeu-cristã; é muito condizente, ao invés, com a mentalidade bur-guesa moderna, baseada nos princípios de eficácia e rendimento e na ideia de progresso autônomo do homem. A reencarnação é condizente com a visão do homem que se faz sozinho. Esta crença acaba por negar a esperança cristã: não há nada mais que esperar, somente um perdurar desfrutando os bens deste mundo uma e outra vez, mas sem nenhum “ser mais”. Para os cristãos, ao contrário, nosso destino é fruto do amor misericordioso de Deus Pai, que nos transformará para sempre à imagem do Cristo Jesus ressuscitado, numa vida tão plena que não dá nem para imaginar!

Bom, terminamos por aqui nosso tema da reen-carnação. A conclusão é a seguinte: trata-se de uma ideia de origem pagã, completamente estra-nha à mentalidade bíblica e à fé cristã. Crer na reencarnação elimina a fé na ressurreição, que é o centro da fé cristã. Assim, de modo algum é cris-tão quem afirma a reencarnação, já que não aceita que Cristo é Deus, não aceita nem pode aceitar que Cristo nos salvou (a pessoa se salva somente se re-encarnando!) e não acredita na ressurreição! Por isso mesmo a Igreja não reconhece como seu filho nem como católico quem professa a reencarnação, quem invoca os espíritos ou quem participa de ses-sões espíritas. Estes colocam-se fora da comunhão com a Igreja católica... se auto-excomungam!

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Sonho, projeto e construção do Centro Comunitário São Judas Tadeu

No início da década de 1980, o sonho de nossa comuni-dade era a construção de um Salão Paroquial que pudesse atender nossas necessidades. Muitos paroquianos ainda se recordam de como era a construção antiga: um grande salão com colunas de madeira, coberto de telhas, uma pequena parte em alvenaria que servia como cozinha e sala de cate-quese, tudo muito simples e precário.

Em setembro de 1984, Pe. Miguel convocou uma comis-são formada de 3 paroquianos (Presidente e 2 conselheiros) , para organizar e realizar a festa de nosso padroeiro, e com o dinheiro administrar as obras do Centro Comunitário.

Após a festa, a Comissão, com aprovação do Pároco, viabi-lizou a compra de um imóvel de 12x30 m com um salão de 108 m2 (salão Pe. Miguel) que seria utilizado pela comuni-dade enquanto se construiria o Centro Comunitário. Como o dinheiro era pouco a construção foi sendo adiada.

Em outubro de 1985 realizamos novamente a festa do pa-droeiro e com a renda achamos conveniente adquirir outro imóvel com 276 m2 com um salão de 100 m2, negócio este que só foi efetivado em Julho de 1986 a um custo de Cz$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzados, moeda em vigor). Em ou-tubro deste ano, realizamos a festa do padroeiro que rendeu Cz$ 127.000,00, dinheiro este e, o saldo remanescente das festas anteriores, por decisão do nosso Pároco, seria empre-gado na nova construção.

O projeto estrutural do Novo Centro Comunitário foi ela-borado sob o terreno de 20 x 27m, focado numa visão das necessidades daquele momento. Um amplo espaço para rea-lização das festas materiais (quermesse) e pastoral (cateque-se e reuniões de pequenos grupos). Projeto este que teve sua aprovação pela comissão em março de 1987.

Foi constituída, por razão de força maior, um nova comis-são. Com dívidas a vencer não tínhamos como contratar mão-de-obra, a festa do padroeiro se aproximava, e neces-sitávamos pelo menos levantar as colunas, que nos dariam apoio para fazer uma cobertura com lonas para a realização da festa em outubro. Convocamos a comunidade (pedreiros, carpinteiros e todos que pudessem colaborar) e começamos a trabalhar de sábado e domingo, em mutirão e em outubro as colunas estavam na altura da primeira laje.

Com a renda da festa, saldamos as dívidas vencidas e pu-demos contratar o serviço de carpintaria e preparar toda a caixaria para receber a concretagem do piso superior que foi realizado também em sistema de mutirão.

Montamos um verdadeiro canteiro de obras diante da Igre-ja, com betoneiras, 1 carreta de pedra, 1 carreta de areia e 120 sacos de cimento. Um membro da comunidade disponi-bilizou uma retro escavadeira. Pronto, o concreto era colo-cado na pá e levantado quase na altura do primeiro piso de onde era levado por carrinhos até o destino final. Aproxima-damente 120 voluntários trabalharam num sábado das 7h às 14h quando deu por encerrado todo o trabalho de concreta-gem da laje piso do pavimento superior. Alegres e felizes os

120 voluntários se espalharam pelo salão e saborearam um suculento almoço oferecido gentilmente por um benemérito paroquiano, dono de um restaurante.

Não temos registro de datas, mas a obra seguiu lentamente de acordo com a disponibilidade financeira.

Contratamos também um pedreiro e a prefeitura nos cedeu um ajudante e assim começamos a fechar as paredes do pavi-mento térreo. De todos os tijolos usados, compramos apenas 5.000 que foram usados na parede frontal do piso superior. Os demais foram doações das 32 cerâmicas existentes em nosso município.

Levantada as paredes do piso superior e concretada as co-lunas, preparamos a caixaria e foi executada a laje do piso superior, também em sistema de mutirão. Estava assim pron-to para receber a estrutura metálica.

Colocada a estrutura, não tínhamos recursos para adquirir as telhas, elaboramos então listas e 40 voluntários, membros ativos da comunidade, fizeram um trabalho junto ao comér-cio, indústria, e pessoas particulares, pedindo donativos para a compra das telhas. Em 45 dias a arrecadação ultrapassou nossas expectativas, viabilizando a compra e colocação das mesmas.

O Sr. Bispo Diocesano designou um novo Pároco e o en-tão, ficou exercendo a função de Pároco Emérito. Também foi constituída uma nova comissão, que deu sequência aos trabalhos que seguiu lentamente, sempre de acordo com a disponibilidade financeira, o reboco, portas, vitrôs, acaba-mento, pintura, instalação hidráulica e elétrica. Assim em 1991, S. Excia Revma, o Bispo Diocesano, nosso novo Páro-co, o Pároco Emérito, autoridades e toda a comunidade, ale-gremente, inauguramos o tão sonhado Centro Comunitário São Judas Tadeu.

No passar dos anos, em terreno anexo, foram construídas a cozinha atual, despensas e sanitários, no piso térreo, e o salão Dom Gabriel no piso superior e outras obras, porque somos uma comunidade viva. Uma Igreja em movimento.

Luiz Faustino Sobrinho - Membro do CPEAParóquia São Judas Tadeu

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Mártires da Líbia morreram pronunciando

o nome de CristoOs coptas decapitados pelos jihadis-

tas do Estado Islâmico na Líbia morre-ram pronunciando o nome de Cristo. É o que confirma à agência Fides Dom Anba Antonios Aziz Mina, Bispo Cop-ta Católico de Giuzeh. “O vídeo que mostra a sua execução – informa o Bis-po egípcio – foi construído com uma arrepiante montagem cinematográfica, com a intenção de semear terror. No entanto, naquele produto diabólico de horror sanguinário, vê-se que alguns dos mártires, no momento de sua bár-bara execução, repetem ‘Senhor Jesus Cristo’. O nome de Jesus foi a última palavra proferida por eles. Como na paixão dos primeiros mártires, se en-tregaram Àquele que os acolheria. E assim, celebraram a sua vitória, a vi-tória que nenhum carnífice poderá lhes roubar. Aquele nome, sussurrado no último instante, foi o sigilo de seu martírio”.

Entretanto, no Egito, o governo proclamou sete dias de luto nacional pelos mártires da Líbia, en-quanto em diversas dioceses, entre jejuns e vigílias de oração, fiéis e Bispos propõem dedicar a eles no-vas igrejas. O Primeiro-ministro Ibrahim Mahlab re-velou que o próprio Presidente Abdel Fattah al-Sisi deu disposição para construir, financiada pelo Es-tado, uma Igreja dedicada aos mártires da Líbia na cidade de Minya, de cuja região provinha a maior parte dos coptas decapitados pelos jihadistas.

Mortos porque professavam a fé cristã: assim o Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Tawadros II se expressou a propósito dos 21 egípcios decapitados na Líbia. Seus nomes, anunciou o patriarca, serão incluídos no “Sinassário”, o equivalente ao Martiro-lógio Romano da Igreja do Oriente. Um procedimen-to, explica o site terrasanta.net, que é equivalente à canonização na Igreja Latina.

O martírio destes 21 fiéis será comemorado no dia 8 de Amshir do calendário copta (15 de fevereiro no calendário gregoriano). (Com informações do site news.va)

Na Quarta-feira de Cinzas, dia 18 de fevereiro, no final da Audiência Geral

o Papa Francisco lançou mais um apelo à oração pelos irmãos egípcios

mortos na Líbia:

“Gostaria de convidar ainda a rezar pelos nossos irmãos egípcios que,

há três dias atrás, foram mortos na Líbia pelo simples facto de serem

cristãos. O Senhor os acolha na sua casa e dê conforto às suas famílias e

às suas comunidades. Rezemos pela paz no Médio Oriente e no Norte de

África, recordando todos os defuntos, os feridos e os refugiados. Possa a

Comunidade Internacional encontrar soluções pacíficas à difícil situação

na Líbia.” (Rádio Vaticano)

Papa Francisco pede oração aos novos mártires

Geral

os

de

a

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Por Pe. Luis Mosconi No Brasil há várias experiências de Missões Po-

pulares. As Missões Populares despertam para o so-nho e a utopia da Missão de Deus no meio de nós.

Tudo começou em 1990, no Estado do Pará, entre alguns agentes pastorais e lideranças das CEBs. Cons-tatávamos, com satisfação, muitos aspectos positivos; ao mesmo tempo percebí-amos que as pastorais, em geral, apesar de iniciativas generosas, não conseguiam sintonizar com as aspira-ções das massas. Muitos católicos viviam afastados de suas comunidades (um problema que continua até hoje).

Víamos que as causas disso não estavam somente no povo, mas também na maneira de fazer pastoral; sentia-se a necessida-de de buscar caminhos novos. De repente, alguém lançou uma pergunta: E por que não fazer Santas Missões? Sentia-se a necessidade de que os missio-nários viessem do meio do povo; que as Santas Mis-sões fossem mais existenciais, mais inculturadas, mais abertas aos problemas humanos e sociais; e também que entre os objetivos não faltassem o cul-tivo do seguimento a Jesus Cristo, a valorização e a defesa da vida.

Com as Missões Populares pensávamos em inten-sificar a caminhada das comunidades, fazendo das

No ano de 2016, como parte do eventos comemorativos ao Jubileu de Ouro da Diocese de Jundiaí, será realizada um grande ato de evangelização denominado Santas Missões Populares.

Desta forma, a partir desta edição, publicaremos artigos sobre as Santas Missões. Neste primeiro, vamos conhecer um pouco sobre esta grande ação evangelizadora.

paróquias, onde elas iriam acontecer, uma rede de pequenas comunidades eclesiais. Nesse sentido, a primeira experiência realizou-se em 1991, numa pa-róquia do sul do Pará, Xinguara – na época, uma re-

gião marcada pela violência do latifúndio. Foi uma ex-periência inesquecível. As pessoas mais envolvidas, cerca de duzentos missio-nários, entre os locais e os que tinham vindo de outras paróquias para ajudar nos dias de maior pique, que-riam continuar. Continua-mos e nunca mais paramos. Ao longo desses anos foram preparados mais de 100 mil missionários - jovens, adul-tos, idosos - das Santas Mis-sões Populares. Assistimos o nascimento de um movi-mento missionário.

As Missões Populares não são um movimento pastoral à parte e, sim, um ser-viço à Pastoral. Elas levam em conta as pessoas, a realidade pastoral do lugar e as grandes opções da Igreja na América Latina (Medellín, Puebla, Santo Domingo). Por que as Missões Populares são um tempo especial? Pela intensidade da proposta e por uma finalidade pedagógica. O normal da nossa vida é o cotidiano, o dia-a-dia. As Missões Populares querem ser um serviço à cotidianidade da vida, re-lembrando e atualizando rumos, valores, atitudes, posturas, opções inegociáveis.

Nossa vida precisa, de vez em quando, de um

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tempo especial, para acordar, para sacudir; é uma necessidade antropológica. De fato, quase sem per-ceber, caímos na rotina, corremos o perigo de viver uma vida repetitiva, rasteira, acomodada, arrastada, sem sonhos. O mesmo perigo acontece também nos trabalhos pastorais.

É importante perceber avanços, impasses, recu-os, para agir eficazmente nelas através das Santas Missões Populares [fazer um trabalho de grupo ou cochicho para levantar as atitudes e os elementos que bloqueiam uma pastoral missionária profética no dia-a-dia]. As Missões Populares querem marcar presença significativa nessas situações pastorais. Situações das quais elas podem também se tornar vítimas.

Isso depende muito do nível de consciência das equipes pastorais que conduzem o processo.

Os objetivos das Missões Populares relacionados a seguir foram se firmando aos poucos, com a contri-buição de muitos missionários e missionárias:

a) Ajudar as pessoas a dar um sentido autêntico à

própria vida, no aqui e no agora. Ser sujeito históri-co é o maior desafio para qualquer pessoa, de qual-quer raça, crença, cultura, época e lugar.

b) Vivenciar a espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo e do seu Evangelho, como caminho se-guro para uma autêntica existência humana e para construir uma sociedade justa, fraterna e solidária.

c)Convidar e envolver o maior número de pessoas no grande mutirão em defesa da vida e da cidadania para todos. d) Fortalecer, reinventar, reproduzir a caminhada das CEBs (pequenas comunidades ecle-siais), dando a ela maior qualidade.

e) Aprender a viver a comunhão no pluralismo dentro da nossa Igreja, como também em relação à sociedade e às outras Igrejas. f) Valorizar, vivenciar, purificar, à luz do Evangelho de Jesus Cristo, as cul-turas, a religião popular e a história vivida, e muitas vezes sofrida, do povo. g) Despertar nas pessoas o gosto pela missão, pelo conhecimento do outro, do diferente, como algo que enriquece.

Continua na próxima edição

mais informações: www.dj.org.br

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parte, partilhar as próprias convic-ções, contribuin-do para a edi-ficação do bem comum, colocan-do-se ao serviço do mundo, sem ser absorvida por ele.

O documen-to conciliar que melhor expressa esta postura é a Constituição Pas-toral Gaudium et spes (A alegria e a esperança...), aprovado e pro-mulgado por Pau-lo VI em 1965, às vésperas do encerramento do Concílio. Este texto denso inicia com as palavras pa-radigmáticas: “a alegria e a esperança, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as es-peranças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”.

Nele aparece a visão cristã sobre o mundo e o homem, sua dignidade, sua existência e sua vocação; reflete-se sobre a comunidade humana e as relações sociais, o sen-tido do trabalho e da cultura e sobre a participação da Igreja, enquanto “povo de Deus” inserido na sociedade, na promoção do bem de toda a comunidade humana.

Os cristãos e suas organizações tomam parte da história dos povos e da grande família humana. E a Igreja, “povo de Deus”, fiel à missão recebida de Jesus Cristo, quer es-tar a serviço da comunidade humana, não zelando ape-nas pelos seus projetos internos e seu próprio bem. O papa Francisco vem recordando isso constantemente nos seus pronunciamentos: que ela precisa ser “uma Igreja em saída”, uma “comunidade samaritana”, ou como “um hospital de campo”, para socorrer e assistir os feridos... Mas também quando diz que a Igreja não pode se omitir, nem abster de dar sua contribuição para a reta ordem ética, social, econômica e política da sociedade.

A CF vai retomar essas intuições fecundas do Concí-lio e propô-las novamente à reflexão no contexto brasi-leiro, durante o ano de 2015, especialmente no período da Quaresma, em que se prepara a celebração da Páscoa cristã. O lema – “eu vim para servir” retoma as palavras de Jesus: “eu não vim para ser servido, mas para servir e para entregar a minha vida pela salvação de todos” (Mc 10,45). A promoção do verdadeiro espírito fraterno no convívio social é, sem dúvida, um importante serviço à sociedade.

Cardeal Dom Odilo Pedro SchererArcebispo de São Paulo (SP)

Igreja e sociedade: a Campanha da Fraternidade de 2015

Neste ano de 2015, a Igreja Católica Apostólica Roma-na celebra o 50º aniversário de encerramento do Concí-lio Vaticano II, realizado de outubro de 1962 a outubro de 1965. Tratou-se do evento mais marcante da Igreja no século 20.

A comemoração deste aniversário está sendo ocasião para recordar personalidades importantes do Concílio, como os papas João XXIII e Paulo VI; mas também para voltar às grandes intuições e orientações dessa “assem-bleia geral” do episcopado católico de todo o mundo. De fato, os ensinamentos conciliares ainda estão longe de serem plenamente postos em prática, embora um ca-minho significativo já tenha sido percorrido nesses 50 anos.

No Brasil, diversos eventos vêm sendo realizados em âmbitos acadêmicos e eclesiais, nos últimos 3 anos, para comemorar esse cinquentenário. Para 2015, a Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está promo-vendo uma reflexão mais ampla, em nível popular, sobre o Concílio, através da Campanha da Fraternidade (CF). Com o tema - “fraternidade: Igreja e sociedade” –, e o lema – “eu vim para servir” –, a Campanha aborda a rela-ção Igreja-sociedade à luz da fé cristã e das diretrizes do Concílio Vaticano II.

A CF parte de dois pressupostos fundamentais para a vida cristã e centrais no Concílio: a auto-compreensão da própria Igreja; as implicações da fé cristã para o convívio social e para a presença da Igreja no mundo. Em outubro de 1963, na abertura da segunda sessão do Concílio, o papa Paulo VI expressou isso nas duas perguntas feitas no seu discurso aos participantes: Igreja, que dizes de ti mesma? Igreja, dize qual é tua missão? Os 16 documen-tos conciliares respondem a essa dupla interpelação.

De fato, o Cristianismo, vivido pela Igreja Católica, é uma religião histórica e não apenas sapiencial, embora também tenha esta conotação. Além de transmitir ensi-namentos a serem acolhidos pessoalmente, sua proposta também é levar a uma prática social e histórica, onde suas convicções e ensinamentos sejam traduzidos em expressões de cultura e formas de convívio social.

A auto-compreensão da Igreja aparece, sobretudo, no documento conciliar Lumen gentium (A luz dos po-vos): ela entende ser formada por todos os que aderem a Cristo pela fé no Evangelho e pelo batismo; assim, mais que uma instituição juridicamente estruturada, que não deixa de ser, ela é um imenso “povo de Deus”, presente entre os povos e nações de todo o mundo, não se so-brepondo a eles, mas inserindo-se neles, como o sal na comida, ou como o fermento na massa do pão. Portanto, a identificação pura e simples da Igreja com os membros da hierarquia é insuficiente e inadequada; ela é a comu-nidade de todos os batizados, feitos discípulos de Jesus Cristo e testemunhas do seu Evangelho.

A partir desse princípio, entende-se que uma das gran-des questões assumidas pelo Concílio tenha sido a supe-ração da visão dicotômica - “Igreja-mundo”. Isto se des-dobra no esforço da Igreja de abrir-se ao diálogo com o mundo, de estabelecer uma relação fecunda com as rea-lidades humanas, acolher o novo e o bem que há em toda