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Boletim informativo da Paróquia São Judas Tadeu - Itu/SP - Diocese de Jundiaí

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Page 1: Povo de Deus

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Page 2: Povo de Deus

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Expediente:

Povo de DeusBoletim informativo mensal da Paróquia

São Judas Tadeu. Pároco: Pe. Paulo Eduardo F. Souza

Jornalista Responsável, diagramação e edição.:

Jornalista Tadeu Eduardo Italiani

Mtb.: 47.674 Revisora: Vanda Mazurchi Impressão: AMS Gráfica

Tiragem: 2000 exemplares Endereço: Praça. Júlio

Mesquita Filho, 45 Bairro Rancho Grande CEP

13306-159 Itu - SP Fone (11) 4024-0416 -

Diocese de Jundiaí,

Atendimento na Secretaria Paroquial

Segunda, Quarta e Sábado, das 08h às 12h;

Terça, Quinta e Sexta, das 08h às 12h e das 13h às 17h.

Atendimento do Pároco Padre Paulo Eduardo

-Terça-feira. Das 9h30min às 11h30min

(sob agendamento) e das 15h30min

às 17h30min (não é ne-cessário agendar);

- Sexta-feira. Das 9h30min às 11h30min

(não é necessário agendar);- Sábado. Das 9h30min às

11h30min (sob agendamento);

Celebrações na Igreja Paroquial

2ª a Sábado: 19h. Domingo: 07h, 09h e

18h30 3ª Sexta - feira do mês:

Missa com os enfermos: 15h

Celebrações nas Comunidades

- Nossa Senhora Auxiliadora: Sábado, 19h;

Domingo, 9h.

- Santa Clara: Sábado 19h - Domingo: 09h

Elaborado pela Pastoral da Comunicação

PASCOM

Queridos irmãos e irmãs, que a Paz do Ressusci-tado reine em seus corações! Aproximamo-nos do fim do Tempo Pascal, mas trago muito forte na me-mória e no coração a experiência vivida por toda a Comunidade Paroquial durante a Semana Santa e, especialmente, durante o Tríduo Sagrado, coração de todo o Ano Litúrgico. Agradeço a disponibilida-de e a ajuda do Pe. Clóvis Fontenla e do Pe. Roberto Mendes, que presidiram as celebrações maiores da fé na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora e na Igre-ja Santa Clara, respectivamente. Sem a presença desses sacerdotes, essas comunidades teriam fica-do privadas da celebração do Santo Tríduo – pelo menos da forma como a Igreja o entende e o cele-bra. Deus os recompense!

Aproveito a oportunidade para incentivar a ora-ção pelas vocações sacerdotais. É triste constatar que muitas pessoas passaram a considerar o sa-cerdócio católico, instituído pelo próprio Senhor

Jesus, como algo meramente organizacional, podendo ser substituído por qualquer outra realidade que demonstre eficácia na coordenação de pessoas e entidades. Na condição de pastor dessa pequena porção do Povo de Deus que me foi confiada, quero recordar-lhes esta verdade: sem o sacerdócio ministerial, não há Eucaristia! Sem Eucaristia, não há Igreja! Tudo se resumiria a um amontoado de gente “boazinha” agindo simplesmente de própria iniciativa. Orem, rezem insis-tentemente pedindo ao Senhor que sensibilize o coração dos jovens que Ele escolheu desde toda eternidade para esse augusto ministério. Que os jovens percebam Seu chamado! Que as famílias não tenham medo de ajudar seus filhos a considerarem a possibilidade desse chamado específico do Senhor! E que sejam sacerdotes santos! “Enviai, Senhor, operários para a Vossa messe, pois a messe é grande, e os operários, poucos” (Cf. Mt 9,37-38).

Quero, uma vez mais, pedir a oração de todos vocês por minha pobre pessoa: estou completando quatro anos de presbítero! Peçam ao Senhor por mim! Que eu tenha, cada vez mais, a medida de Cristo! Não a minha própria medida! Não, até mesmo, a medida da Paróquia! Mas a medida de Cristo, que se manifesta na Igreja, que todos os dias nos esforçamos por ser! “Pai Santo, que me chamastes à comunhão do eterno sacerdócio do Vosso Cristo e ao serviço da Vossa Igreja, sem mérito algum de minha parte, fazei que eu anuncie o Vosso Evangelho com mansidão e coragem e distribua fielmente os Vossos Sacramentos!” (Missal Romano).

Acredito que lhes posso fazer mais um pedido de oração! Rezem, desde já, pelo Sí-nodo dos Bispos que acontecerá em outubro deste ano. Uma representação de Bispos de todo o mundo discutirá, à luz da Palavra de Deus, sobre os atuais problemas enfren-tados pelas famílias. Peçamos ao Senhor que ilumine os Pastores da Igreja para que saibam dar uma palavra de consolo, orientação e acolhida em meio a tantos desafios. A mídia e também alguns eclesiásticos, todavia, têm colocado uma certa esperança – a meu ver, infundada – nas resoluções do Sínodo. Tem muita gente esperando uma revolução de consequência necessariamente doutrinal no tocante à indissolubilidade matrimonial. A assembleia sinodal não ousará trair o Evangelho! É preocupante perce-ber certo “democratismo” na Igreja: o “certo”, o “verdadeiro” não se julga pela opinião da maioria! É engraçado: todo mundo gosta de falar do Deus de misericórdia infinita! Poucos, no entanto, querem apelar para Sua misericórdia. Preferem a autojustificação! Ora, se Deus é misericordioso – e nós sabemos que o é realmente! – o melhor caminho é se deixar perdoar; não se autojustificar; não institucionalizar o erro; não passar a considerar certo o que desde sempre, e nos lábios do Senhor, foi tido por errado! Não nos esqueçamos nunca que faz parte do anúncio evangélico, que gera alegria, o forte grito: “Convertei-vos!” (Cf. Mt 4,17). Que Deus proteja o Sínodo!

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Índice

Vox ParochiParóquia em Movimento 2

“Tu és Pedro” 4

“Do Recinto de São Pedro” 6

O Pastor fala com seu rebanho 8

“Duc in Altum” 10

Semana Santa Comunidade Santa Clara 11

Semana Santa Igreja Paroquial São Judas Tadeu 12

Semana Santa Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora 14

Campanha de Contribuição 15

Espaço da Catequese 16

Pastoral da Criança 18

O Dia de Pentecostes 19

Conhecendo a Paróquia 20

Vida em Comunidade 22 Reformas no Salão Paroquial 24

Acessemwww.saojudastadeuitu.com.br

Desejo, neste espaço que me é reservado, manifestar minha alegria pelas crianças da Comunidade São Luiz, no Ta-quaral, que, pela primeira vez, receberam Jesus na Santíssima Eucaristia. No V Domingo da Páscoa, este ano, 18 de maio, foram admitidas à Mesa Eucarística. Agradeço à catequista Márcia todo o empenho e dedicação na evangelização dessas crianças e adolescentes que se preparam muito bem para esse momento mais que especial. Aliás, agradeço o testemunho de amor que muitos membros dessa comunidade nos oferecem: muitos deles percorrem até sete quilô-metros a pé para participar da Santa Missa ou da Celebração da Palavra. Confesso a vocês: às vezes, eu deixo, com aperto no coração, uma igreja matriz lotada, para celebrar com cerca de quinze pessoas na zona rural. Quando chego lá e me encontro com a alegria e o testemunho da fé daquele povo, agradeço ao Senhor que ainda suscita homens e mulheres capazes de sacrifícios por amor a Deus! Nossas grandes comunidades, frequentemente apáticas, preguiçosas, acomodadas, deveriam aprender mais das comunidades rurais! Falo, especificamente, da Comunidade São Luiz e da Comunidade Santa Marta! É sempre uma alegria estar com aqueles meus paroquianos.

Por fim, destaco três acontecimentos de nossa vida em comunidade nas últimas semanas: o início da reforma do sa-lão do “Centro Comunitário São Judas Tadeu”, com a implantação de todo o projeto de segurança; a visita do Sr. João Paulo Poli, da Comissão Diocesana para a execução do Plano, no Conselho Paroquial da Ação Evangelizadora; e a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora, à qual daremos maior destaque no próximo número. Que o Divino Espírito Santo, cuja vinda sobre Maria e os Apóstolos estamos para celebrar, continue guiando a vida de toda a nossa Paróquia! Deus os abençoe!

Pe. Paulo Eduardo F. de SouzaPároco

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O Sacramento do Matrimônio:

“Com licença, obrigado, desculpa!”Publicamos a íntegra da última catequese do Santo Padre o Papa Francisco sobre os Sacramentos,

realizada na Audiência Geral do dia 02 de abril deste ano.

Caros irmãos e irmãs, bom dia!Hoje concluímos o ciclo de catequeses sobre os Sacramentos, falando

sobre o Matrimônio. Este Sacramento leva-nos ao cerne do desígnio de Deus, que é um plano de aliança com o seu povo, com todos nós, um desígnio de comunhão. No início do livro do Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, coroando a narração sobre a criação, afirma-se: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher... Por isso, o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne” (Gn 1, 27; 2, 24). A imagem

de Deus é o casal no matrimônio: o homem e a mulher; não só o ho-mem, não somente a mulher, mas os dois juntos. Esta é a imagem de Deus: o amor, a aliança de Deus co-nosco está representada na aliança entre o homem e a mulher. Isto é muito bonito! Somos criados para amar,

como reflexo de Deus e do seu amor. Na união conjugal o homem e a mulher realizam esta vocação no sinal da reciprocidade e da comunhão de vida plena e definitiva. Quando um homem e uma mulher celebram o sa-

cramento do Matrimônio, Deus, por assim dizer, “espelha-se” neles, imprime neles os seus lineamentos e o carácter

indelével do seu amor. O matrimônio é o ícone do amor de Deus por nós. Com efeito, também Deus é comunhão: as três Pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo vivem desde sempre e para sempre em unidade perfeita. É precisamente nisto que consiste o mistério do Ma-trimônio: dos dois esposos Deus faz uma só existência. A Bíblia usa uma expressão forte e diz “uma só carne”, tão íntima é a união entre o homem e a mulher no matrimônio! Eis precisamente o mistério do matrimônio: o amor de Deus reflete-se no casal que decide viver junto. Por isso, o homem deixa a sua casa, a casa dos seus pais, e vai viver com a sua mulher, unindo-se tão fortemente a ela que os dois se tornam — reza a Bíblia — uma só carne.

Na Carta aos Efésios, São Paulo frisa que nos esposos cristãos se refle-te um mistério grandioso: a relação instaurada por Cristo com a Igreja, uma relação nupcial (cf. Ef 5, 21-33). A Igreja é a esposa de Cristo. Esta é a relação. Isto significa que o Matrimônio corresponde a uma voca-

“Quando um homem e uma mulher celebram o sacra-mento do Matrimônio, Deus, por assim dizer, “espelha-se” neles, imprime neles os seus lineamentos e o carácter in-delével do seu amor. O ma-trimônio é o ícone do amor de Deus por nós. Com efeito, também Deus é comunhão: as três Pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo vivem des-de sempre e para sempre em unidade perfeita. É precisa-mente nisto que consiste o mistério do Matrimônio: dos dois esposos Deus faz uma só existência.

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ção específica e deve ser considerado uma consagração (cf. Gaudium et spes, 48; Familiaris consortio, 56). É uma consagração: o homem e a mulher são consagrados no seu amor. Com efeito, em virtude do Sa-cramento, os esposos são revestidos de uma autêntica missão, para que possam tornar visível, a partir das realidades simples e ordinárias, o amor com que Cristo ama a sua Igreja, continuando a dar a vida por ela na fidelidade e no serviço.

No sacramento do Matrimônio há um desígnio deveras maravilhoso! E realiza-se na simplicidade e até na fragilidade da condição humana. Bem sabemos quantas dificuldades e provas enfrenta a vida de dois esposos... O importante é manter viva a união com Deus, que está na base do vínculo conjugal. E verdadeira unidade é sempre com o Se-nhor. Quando a família reza, o vínculo mantém-se. Quando o esposo reza pela esposa, e a esposa ora pelo esposo, aquela união revigora-se; um reza pelo outro. É verdade que na vida matrimonial existem muitas dificuldades, muitas; que o trabalho, que o dinheiro não é suficiente, que os filhos enfrentam problemas. Tantas dificuldades! E muitas ve-zes o marido e a esposa tornam-se um pouco nervosos e brigam entre si. Discutem, é assim, sempre se altera no matrimônio, e às vezes até voam pratos! Mas não devem entristecer-se por isso, pois a condição humana é mesmo assim! E o segredo é que o amor é mais forte do que o momento do litígio, e é por isso que eu aconselho sempre aos côn-juges: não deixeis que termine o dia em que discutistes, sem fazer as pazes. Sempre! E para fazer as pazes não é necessário chamar as Na-ções Unidas, que venham a casa para instaurar a paz. É suficiente um pequeno gesto, uma carícia... E até amanhã! E amanhã tudo recomeça! Esta é a vida. É preciso levá-la adiante assim, levá-la em frente com a coragem de querer vivê-la juntos. E isto é grandioso, é bonito! A vida matrimonial é realmente bela, e devemos preservá-la sempre, cuidando dos filhos. Outras vezes eu já disse nesta Praça algo que contribui muito para a vida matrimonial. Trata-se de três palavras que é necessário pro-nunciar sempre, três palavras que devem existir sempre em casa: com licença, obrigado, desculpa. Eis as três palavras mágicas. Com licen-ça: para não se intrometer na vida dos cônjuges. Com licença, como te parece isto? Com licença, permite-me. Obrigado: agradecer ao cônjuge; obrigado por aquilo que fizeste por mim, obrigado por isto. A beleza da gratidão! E dado que todos nós erramos, há outra palavra um pouco difícil de pronunciar, mas necessária: desculpa. Com licença, obrigado e desculpa. Com estas três palavras, com a oração do esposo pela esposa

“Quando o esposo reza pela esposa, e a esposa ora

pelo esposo, aquela união revigora-se; um reza pelo

outro. É verdade que na vida matrimonial existem muitas

dificuldades, muitas; que o trabalho, que o dinheiro não

é suficiente, que os filhos enfrentam problemas. Tantas

dificuldades! E muitas vezes o marido e a esposa tornam-se um pouco nervosos e brigam

entre si.”

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A santidade é obra do Espírito Santo

Preparando-nos para a Solenidade de Pentecostes, propomos alguns trechos da catequese do Santo Padre o Papa Bento XVI, realizada no dia 13 de abril de 2011.

Queridos irmãos e irmãs, [depois de várias catequeses sobre as figuras de tantos santos e santas], gostaria de oferecer alguns pensamentos sobre o que é a santidade.

Que significa ser santos? Quem é chamado a ser santo? Com frequência somos levados a pensar ainda que a santidade é uma meta reservada a poucos eleitos. São Paulo, ao con-trário, fala do grande desígnio de Deus e afirma: «N’Ele — Cristo — (Deus) escolheu-nos antes da criação do mundo para sermos santos e imaculados diante d’Ele na caridade» (Ef 1, 4). E fala de todos nós. No centro do desígnio divino está Cristo (...): “De fato, aprou-ve a Deus que nele habite toda a plenitude” (Cl 1, 19). Em Cristo o Deus vivente tornou-se próximo, visível, audível, palpável para que todos possam beneficiar da sua plenitude de graça e de verdade (cf. Jo 1, 14-16). Por isso, toda a existência cristã conhece uma única lei suprema, aquela que São Paulo expressa numa fórmula que recorre em todos os seus escritos: em Cristo Jesus. A santidade, a plenitude da vida cristã não consiste em realizar empreendimentos extraordinários, mas em unir-se a Cristo, em viver os seus mistérios, em fazer nossas as suas atitudes, pensamentos e comportamentos. A medida da santidade é dada pela estatura que Cristo alcança em nós, desde quando, com a força do Espírito Santo, modelamos toda a nossa vida sobre a sua. (...) O Concílio Vaticano II, na Consti-tuição sobre a Igreja, fala com clareza da chamada universal à santidade, afirmando que ninguém é excluído dela: “Nos vários gêneros de vida e nas várias formas profissionais é praticada uma única santidade por todos os que são movidos pelo Espírito de Deus e... seguem Cristo pobre, humilde e carregando a cruz, para merecer ser partícipes da sua glória” (n. 41).

Mas permanece a questão: como podemos percorrer o caminho da santidade, responder a esta chamada? Posso fazê-lo com as minhas forças? A resposta é clara: uma vida santa não é fruto principalmente do nosso esforço, das nossas ações, porque é Deus, o três vezes Santo (cf. Is 6, 3), que nos torna santos, é a ação do Espírito Santo que nos anima a partir de dentro, é a própria vida de Cristo Ressuscitado que nos é comunicada e que nos trans-forma. (...) A santidade tem a sua raiz última na graça baptismal, no sermos enxertados no Mistério pascal de Cristo, com o qual nos é comunicado o seu Espírito, a sua vida de Ressuscitado. (...) Mas Deus respeita sempre a nossa liberdade e pede que aceitemos este dom e vivamos as exigências que ele requer, pede que nos deixemos transformar pela ação do Espírito Santo, conformando a nossa vontade com a vontade de Deus.

Como pode acontecer que o nosso modo de pensar e as nossas ações se tornem pensar e agir com Cristo e de Cristo? Qual é a alma da santidade? De novo o Concílio Vaticano II esclarece; diz-nos que a santidade cristã mais não é do que a caridade plenamente vivida: “ ‘Deus é amor; quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele’ (1 Jo 4, 16). Ora, Deus difundiu abundantemente o seu amor nos nossos corações por meio do Espí-rito Santo, que nos foi doado (cf. Rm 5, 5); por isso o primeiro dom e o mais necessário é a caridade, com a qual amamos Deus acima de todas as coisas e ao próximo por amor a Ele. Mas para que a caridade cresça, como uma boa semente, na alma e nela frutifique, cada fiel deve ouvir de bom grado a palavra de Deus e, com a ajuda da graça, cumprir com as obras a sua vontade, participar frequentemente dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia e da sagrada liturgia; aplicar-se constantemente à oração, à abnegação de si

“De novo o Con-cílio Vaticano II esclarece; diz-nos que a santidade cristã mais não é do que a carida-de plenamente vivida: “ ‘Deus é amor; quem per-manece no amor permanece em Deus e Deus nele’ (1 Jo 4, 16). Ora, Deus difundiu abundantemente o seu amor nos nos-sos corações por meio do Espírito Santo, que nos foi doado (cf. Rm 5, 5); por isso o pri-meiro dom e o mais necessário é a caridade, com a qual amamos Deus acima de to-das as coisas e ao próximo por amor a Ele.”

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mesmo, ao serviço ativo dos irmãos e à prática de todas as virtudes. De fato, a caridade, vínculo da per-feição e cumprimento da lei (cf. Cl 3, 14; Rm 13, 10), orienta todos os meios de santificação, lhes dá forma e os conduz ao seu fim» (Lumen gentium, 42). Talvez também esta linguagem do Concílio Vaticano II para nós ainda seja um pouco solene, talvez tenhamos que dizer as coisas de modo ainda mais simples. O que é essencial? Essencial é nunca deixar passar um do-mingo sem um encontro com o Cristo Ressuscitado na Eucaristia; isto não é mais um peso, mas é luz para toda a semana. Nunca começar nem terminar um dia sem, pelo menos, um breve contato com Deus. E, no caminho da nossa vida, seguir as «indicações estradais» que Deus nos comunicou no Decálogo lido com Cristo, que é sim-plesmente a explicitação do que é a caridade em determinadas situações. Parece-me que esta é a verdadeira simplicidade e a grandeza da vida de santidade: o encontro com o Res-suscitado aos domingos; o contato com Deus no início e no findar do dia; seguir, nas deci-sões, as «indicações estradais» que Deus comunicou, que são apenas formas de caridade. «Por isso o verdadeiro discípulo de Cristo caracteriza-se pela caridade para com Deus e para com o próximo» (Lumen gentium, 42). Esta é a verdadeira simplicidade, grandeza e profundidade da vida cristã, do ser santos.

Talvez possamos perguntar: podemos nós, com os nossos limites, com a nossa debilidade, tender para tão alto? A Igreja, durante o Ano Litúrgico, convida-nos a fazer memória de uma multidão de Santos, ou seja, daqueles que viveram plenamente a caridade, que souberam amar e seguir Cristo na sua vida quotidiana. Eles dizem-nos que é possível para todos percor-rer este caminho. Em todas as épocas da história da Igreja, em qualquer latitude da geografia do mundo, os Santos pertencem a todas as idades e a qualquer estado de vida, são rostos con-cretos de todos os povos, línguas e nações. E são tipos muito diversos. Na realidade devo dizer que também para a minha fé pessoal muitos santos, não todos, são verdadeiras estrelas no firmamento da história. E gostaria de acrescentar que para mim não só alguns grandes santos que amo e que conheço bem são «indicações estradais», mas precisamente também os santos simples, ou seja as pessoas boas que vejo na minha vida, que nunca serão canonizadas. São pessoas normais, por assim dizer, sem heroísmo visível, mas vejo na sua bondade de todos os dias a verdade da fé. Esta bondade, que maturaram na fé da Igreja, é para mim a apologia do cristianismo mais segura e o sinal de onde se esteja a verdade.

Na comunhão dos Santos, canonizados ou não, que a Igreja vive graças a Cristo em todos os seus membros, nós beneficiamos da sua presença e da sua companhia e cultivamos a firme esperança de poder imitar o seu caminho e partilhar um dia a mesma vida bem-aventurada, a vida eterna.

Queridos amigos, como é grande e bela, e também simples, a vocação cristã vista sob esta luz! Todos somos chamados à santidade: é a própria medida da vida cristã. Gostaria de convi-dar todos a abrir-se à ação do Espírito Santo, que transforma a nossa vida, para sermos também nós como peças do grande mosaico de santidade que Deus vai criando na história, para que o rosto de Cristo resplandeça na plenitude do seu esplendor. Não tenhamos medo de tender para o alto, para as alturas de Deus; não tenhamos medo que Deus nos peça demasiado, mas deixemo-nos guiar em todas as ações quotidianas pela sua Palavra, mesmo se nos sentimos pobres, inadequados, pecadores: será Ele que nos transforma segundo o seu amor.

“Em todas as épocas da histó-

ria da Igreja, em qualquer latitude

da geografia do mundo, os Santos

pertencem a to-das as idades e a qualquer estado de vida, são ros-tos concretos de todos os povos,

línguas e nações. E são tipos muito diversos. Na rea-lidade devo dizer

que também para a minha fé

pessoal muitos santos, não to-dos, são verda-deiras estrelas no firmamento

da história.”

Page 8: Povo de Deus

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Caríssimos irmãos e irmãs da Igreja de Deus que se faz presente na Diocese de Jun-diaí:

No período de 30 de abril a 9 de maio, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que reuniu mais de 350 Bispos dos 18 Regionais do Brasil, realizou sua 52ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP). A abertura da Assembleia foi marcada pela ação de graças pelas Canonizações de São João XXIII e São João Paulo II. O Cardeal Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), recordou que “as canonizações são um estímulo para nós, porque nos ofe-recem modelos concretos de santidade e intercessores na comunhão do Corpo Místi-co de Cristo, que é a Igreja”.

Entre os vários temas tratados nessa Assembleia, o tema central foi, pela segunda vez consecutiva, a renovação da paróquia. Foi discutido e aprovado o documento “Co-munidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia”. O objetivo é animar as paróquias de todo o Brasil a se comprometerem em um proces-so de renovação, para que elas sejam organizadas em pequenas comunidades missio-nárias, onde se aprofunde continuamente a experiência de sermos discípulos de Jesus Cristo, e todos se tornem missionários de seu Evangelho. Para isso, foram feitas várias

propostas concretas, que serão estudadas em nossa Diocese, com a finalidade de encontrarmos os melhores modos de

aplicá-las em nossas paróquias. Com relação a este tema, o Papa Francisco pediu que a renovação das paróquias tenha o seguinte objetivo: torná-las ainda mais próximas das pessoas, sendo lugares de comunhão e participação e que estejam orientadas completamente para a missão (cf.

A Exortação Apostólica “Evangelii gaudium” sobre o anún-cio do Evangelho no mundo atual, n. 28).

Já a questão agrária no Brasil e os cristãos leigos e leigas foram os dois temas prioritários. Sobre a questão agrária aprovou-se um do-cumento intitulado “A Igreja e a questão agrária brasileira no início do século 21”. Este documento apresenta o olhar dos Bispos do Brasil, como pastores a serviço de Jesus, o Bom Pastor, diante de

tantos clamores, dilemas, contradições e desafios que vêm da ques-tão da terra, tanto na cidade como no campo. Certamente esse tema

tem sérias implicações sociais em nossa vida, principalmente na vida dos pobres e marginalizados.

Por sua vez, o documento: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-14)” traz o estudo e a reflexão a respeito dos leigos e leigas na Igreja

no Brasil. À luz dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, a Igreja no Brasil está avaliando o caminho dos leigos e

leigas, com a finalidade de apoiá-los para avançarem no exercício de sua vocação e missão na Igreja e na socie-dade brasileira. O texto deste documento será enviado

A 52ª Assembleia Geral da CNBB“Por Jesus recebemos a graça da vocação para o apostolado, a fim de trazermos à obediência da fé, para a glória de seu nome,

todas as pessoas, entre as quais também vós, chamados a pertencer a Jesus Cristo” (cf. Rm 1,5-6).

“Foi discuti-do e aprovado o documento “Co-munidade de co-munidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia”. O objetivo é animar as paróquias de todo o Brasil a se comprometerem em um processo de renovação, para que elas sejam or-ganizadas em pe-quenas comunida-des missionárias, onde se aprofunde continuamente a experiência de ser-mos discípulos de Jesus Cristo,(...)”

Page 9: Povo de Deus

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às Dioceses do Brasil para reflexão e debate nas paróquias e comunidades, a fim de receber contribuições dos leigos. No próximo ano, a temática volta a ser avaliada para possível aprovação como documento oficial da CNBB sobre o laicato.

Foi também apresentado o projeto de reforma política, chamado de: “Pensando o Brasil: Desafios diante das Eleições 2014”, elaborado pelo movimento: “Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas”, que agrupa diversos movimentos sociais e associações, da qual a CNBB faz parte. A finalidade do projeto é promover uma ampla reforma política em vista da consolidação da democracia e da justiça so-cial. Seus principais objetivos são: a proibição de doações de recursos financeiros por empresas para financiar campanhas eleitorais; a mudança no sistema de votação, o qual seria feito em dois turnos: no primeiro, o eleitor votaria no programa do partido político, em ideias e propostas e, no segundo turno, escolheria as pessoas que irão colocar em prática o projeto político; a equiparação entre o número de homens e mu-lheres no meio político, sendo que para cada candidato homem, teria uma mulher; e a regulamentação do Artigo 14 da Constituição de 1988 que trata da soberania popular exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para to-dos. Para que o projeto seja recebido pelo Congresso Nacional como iniciativa popular, a Coalizão deve colher mais de 1,5 milhão de assinaturas.

Outros assuntos também estiveram em pauta como: a evangelização da juventude, campanha contra a fome, Copa do Mundo, Liturgia, entre outros. Quanto às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, cuja validade expira no próximo ano, foi decidido que as Diretrizes serão as mesmas, e serão atualizadas na Assembleia Geral da CNBB do próximo ano à luz da Exortação Apostólica “Evangelii gaudium” sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.

Os trabalhos da 52ª Assembleia Geral da CNBB transcorreram em clima de muita fraternidade, oração e partilha, deixando testemunho da unidade e comunhão entre os Bispos do Brasil.

Caros irmãos e irmãs da Diocese de Jundiaí: agora, após a 52a Assembleia Geral da CNBB, cabe a todos nós tomarmos conhecimento dos documentos e estudos que foram publicados, para que nossa caminhada como discípulos missionários de Jesus Cristo avance ainda mais, e a evangelização seja cada vez mais efetiva na querida Diocese de Jundiaí. Assim queremos tornar nossa Igreja Diocesana: “Casa da Iniciação à Vida Cristã”, segundo o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora.

E a todos abençooDom Vicente Costa

Bispo Diocesano

“...a evangeliza-ção da juventude, campanha contra

a fome, Copa do Mundo, Liturgia,

entre outros. Quan-to às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora

da Igreja do Bra-sil, cuja validade

expira no próximo ano, foi decidido que as Diretrizes serão as mesmas, e serão atualiza-

das na Assembleia Geral da CNBB do próximo ano à luz

da Exortação Apos-tólica “Evangelii

gaudium” sobre o anúncio do

Evangelho no mundo atual.”

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Sem. Daniel Bevilacqua

Neste artigo refletiremos sobre o Espírito Santo ten-do como alicerce a solenidade de Pentecostes.

Esta marca os 50 dias depois da Páscoa. E neste dia celebramos a promessa de Cristo que se cumpre, pro-messa feita em Lc 24,49: “Eu enviarei sobre vós aque-le que meu Pai prometeu.” O Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, “é de algum modo a pessoa divina mais ‘próxima’ de nós, a mais ‘exterior’ de Deus. Mas, ao mesmo tempo em que é esse trans-bordamento de Deus em nossa direção, o Espírito Santo é a expressão da união e do amor do Pai e do Filho, e como tal, o mais inti-mo do ser divino”. (Pe. Luis Ladaria).

Podemos experimentar este amor transbordante durante a Vigília de Pentecostes ao ouvirmos as Proclamações. Elas possuem em comum: O Espírito Santo que nos une e nos dá a vida. Como vemos na profecia de Ezequiel 37,5 “Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: ‘Eu mesmo vou fazer entrar um espírito em vós e voltareis à vida.” O profeta Joel (3,1) acrescen-ta: “Derramarei o meu espí-rito sobre todo ser humano” e ainda em Romanos 8,26: “Também o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pe-dir, nem como pedir; é o próprio Espírito que interce-de em nosso favor, com gemidos inefáveis.”.

E nós, frente a esse amor inesgotável podemos acei-tá-Lo ou não. Porém aqueles que aceitam, cantam com a vida a Sequência de Pentecostes que a Igreja solenemente entoa neste domingo e apresenta ao Es-pirito Santo algumas petições das quais destaco algu-mas para nos auxiliar em nossa reflexão.

“Vem, Hóspede da Alma”: uma grande tentação do homem é viver para si, e se fechar ao amor, se fechar em seus pecados e ao convívio com os irmãos e isso o torna uma pessoa ‘azeda’ e sua alma um lar inóspi-to para o Santo Espírito. O homem é chamado a vi-ver como a Santíssima Trindade, no amor mútuo (ao mesmo tempo em que recebe amor, também oferece o amor) e assim ter a capacidade de se abrir ao outro. E abrindo-se ao Hóspede da Alma, o homem é leva-do a viver em comunidade, colocando as prioridades

dos outros acima das suas próprias.

“Invade o nosso cora-ção. Porque sem a tua for-ça nada pode o homem”: Reconhecendo que so-mos pecadores, criaturas limitadas, e reconhecen-do também a necessidade de alguém que nos impulsione para o bem, que nos torne pessoas alegres e capazes de nos abrirmos à

vontade de Deus e reconhece-lo como único Senhor. Peçamos aqui esta graça de nos abando-narmos totalmente nos braços de Deus, como crianças que pe-dem colo ao Pai.

Pedimos também os dons do Espírito Santo: Sabedoria, In-teligência, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor do Senhor. E sabiamente Deus não derrama sobre uma única pes-soa os sete dons de uma só vez, justamente para nós perceber-mos que precisamos uns dos outros, que não nos bastamos sozinhos.

Recordo aqui um trecho do Hino Veni Creator: “Defende-nos do inimigo, concede o dom da paz, que tua guia invencível nos preserve do mal”. Esta invo-

cação nos faz lembrar que o Espirito Santo é o nosso guia, nosso companheiro nesta vida, ele quem nos dá o discernimento para agirmos entre o bem e o mal e nos ajuda nas batalhas da vida, da qual nosso prêmio é a Vida Eterna.

Razão esta de cantarmos na Sequência de Pentecos-tes a última petição: “Dá-nos a morte santa. Dá-nos alegria eterna”. A alegria de um dia estarmos juntos com nosso Pai para toda eternidade onde o sofrimen-to do pecado não nos alcança mais!

Portanto deixo como sugestão, imitando nosso que-rido Padre Celso Arantes (falecido recentemente) que ao ouvirmos esta Sequência de Pentecostes no domingo, escolhamos uma das petições ao Santo Es-pírito para vivermos durante este ano servindo para nos ajudar em nossos combates diários.

Bom Pentecostes a todos!

coaqnadede

PeEsteliCiSedesojumoouso

ReHinodano

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Semana Santa - Igreja Santa Clara

Domingo de Ramos Domingo de Ramos Domingo de Ramos

Quinta-Feira Santa Quinta-Feira Santa Quinta-Feira Santa

Sexta-Feira Santa Sexta-Feira Santa Sexta-Feira Santa

Vigília Pascal Vigília Pascal Vigília Pascal

Vigília Pascal Vigília Pascal Vigília Pascal

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Semana Santa - Igreja Paroquial São Judas Tadeu

Domingo de Ramos Domingo de Ramos Domingo de Ramos

Apresentação dos Santos Óleos Apresentação dos Santos Óleos Apresentação dos Santos Óleos

Quinta-Feira Santa Quinta-Feira Santa Quinta-Feira Santa

Quinta-Feira Santa Quinta-Feira Santa Quinta-Feira Santa

Sexta-Feira Santa Sexta-Feira Santa Sexta-Feira Santa

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Semana Santa - Igreja Paroquial São Judas Tadeu

Laudes - Sábado Santo Laudes - Sábado Santo Laudes - Sábado Santo

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