pós impressionismo

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PÓS- PÓS- IMPRESSIONISMO IMPRESSIONISMO Prof.:Cristiane Seibt

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Pós - Impressionismo

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Page 1: Pós impressionismo

PÓS-PÓS-IMPRESSIONISMO IMPRESSIONISMO

Prof.:Cristiane Seibt

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• Durante o inverno de 1910, o termo pós-impressionismo é empregado pela primeira vez pelo pintor e crítico de arte inglês Roger Fry, ao referir-se a uma exposição realizada em Londres que recebeu o nome Manet e os pós-impressionistas, que apresentava cerca de uma centena e meia de trabalhos de artistas que utilizaram os caminhos abertos pelo impressionismo, mas que rumaram em direções muito distintas. Entre eles, encontramos: Cézanne, Gauguin, Van Gogh, Picasso, Pissarro, Manet, Matisse, Sérusier, Seurat, Signac, Derain, Redon, Vallotton, Vlaminck.

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• O termo pós-impressionismo foi empregado para denominar as diferentes orientações artísticas que foram realizadas por diversos artistas após o impressionismo e que pretendiam uma resposta à estética impressionista ou mesmo a sua depuração por meio de novas experiências pictóricas.

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• O movimento pós-impressionista ocorre subsequentemente ao impressionismo e diz respeito aos artistas que, de maneira independente, buscavam a ampliação de sua capacidade de expressão.

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• Traziam em comum a sondagem e admiração pelas perspectivas provenientes do impressionismo, mas partiram em busca de seus próprios caminhos, no que foram magistrais.

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• Heterogeneidade e diversidade formavam sua tônica que procurava ao mesmo tempo reagir e expandir-se perante ao impressionismo.

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• Os artistas pós-impressionistas tiveram buscas individuais de teorias, interesses e objetivos e não perseguiram uma linhagem estética comum a todos. E embora tivessem interesse na luz não desenvolveram o interesse pelos registros dos fenômenos da luz e da cor, como fizeram os impressionistas, que o empregaram como foco central de suas pesquisas.

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• Nas mãos desses artistas, as sombras impressionistas somem, os contornos e as formas das figuras aparecem e cada artista desenvolve sua linguagem plástica para se expressar livremente.

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• Vamos conhecer um pouco sobre o trabalho de alguns desses grandes artistas, que chegam a ser considerados personagens essenciais dessa nova postura crítica sobre a proposta estética impressionista.

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Paul Cézanne

• O pintor francês Paul Cézanne (1839-1906) é considerado um dos maiores artistas pós-impressionistas e foi aclamado pai da pintura moderna.

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• A pintura de Cézanne aplicou o procedimento de formas construídas enquanto o impressionismo aplicou a diluição da forma.

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• Durante o século XX, encontraremos inúmeros artistas e movimentos que receberam influência das obras e dos conceitos estéticos de Cézanne. A precisão geométrica de suas formas atingiu, particularmente, o cubismo.

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• Foi incompreendido ao desafiar a convencionalidade praticada pela pintura do século XIX, porém permaneceu fiel e íntegro em sua busca pessoal de manifestação artística. Cézanne passou grande parte de sua vida sem presenciar a valorização de sua arte, até que, finalmente, no início da década de 1890 sua obra começou a ser percebida, apreciada e amplamente valorizada e comercializada. Muitos críticos da época o chamavam de incompetente, acusavam-no de não possuir o conhecimento necessário para uma representação pictórica convincente.

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• Deveríamos mencionar Cézanne, que, a propósito, tem sua própria lenda? Nenhum júri conhecido imaginou jamais, nem em sonhos, a possibilidade de aceitar um único trabalho deste pintor, que chegava ao Salão carregando seus quadros nas costas, como Jesus Cristo carregando a cruz. (Le Rappel, 20 de abril de 1874, citado em The new painting. p. 126)

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Paul Cézanne Natureza - morta com maçãs e laranjas (1895-1900), óleo sobre tela, 74 x 93 cm. Musée d’Orsay, Paris, França.

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Vincent Van Gogh

• Van Gogh (1853-1890) nasceu na Holanda e se tornou pintor por volta dos vinte e oito anos, após frustrantes tentativas profissionais. Teve uma existência trágica e torturada pelos distúrbios psíquicos que se agravavam enquanto se desenvolviam seus inúmeros fracassos que iam desde a esfera profissional passando pela sentimental até chegar à sua expressão artística.

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• Embora Van Gogh tenha vivido na mesma época que os grandes talentos impressionistas da pintura internacional, em virtude de sua natureza taciturna e solitária teve pouca convivência com eles. No entanto, aproximou-se de Toulouse-Lautrec, Edgard Degas e especialmente de Gauguin.

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• Contrário aos impressionistas, Van Gogh escolheu as cores marcantes de sua palheta quase arbitrariamente e sua pintura não foi somente o que viu, mas o que sentiu. Seu trabalho é marcado por grossas e contorcidas pinceladas, pelo simbolismo e pela intensidade das cores repletas de movimento nas formas e na vibração das linhas.

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• Seus primeiros contatos com a pintura foram ainda na Holanda e apresentaram forte tendência ao chiaroscuro; já em Paris, vivenciou o impressionismo por um curto intervalo de tempo, mas sua proposta não resolvia suas questões estéticas; seu próximo porto foi o sul da França, em Arles, quando se despojou do naturalismo e assumiu a abstração das cores; por último, elegeu a pacata cidade de Auvers-sur-Oise, localizada próxima a Paris, onde produziu por volta de uma centena de telas em pouco tempo. Em Auvers, morreu e seu corpo, lá, está enterrado.

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• A obra de Van Gogh é ao mesmo tempo bela e perturbadora. Talvez o componente de sua alma torturada tenha sido seu grande diferencial. Havia compaixão em sua maneira de olhar o mundo. Tanto ele quanto o seu trabalho foram intensos.

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• Seu trabalho é belo, marcante e instigante, capaz de produzir inquietação e tem influenciado uma legião de artistas até os dias de hoje. Também exerceu poderosa influência na arte expressionista, assim como em Picasso e Matisse, como veremos adiante. Sua pintura é um convite para a discussão sobre a construção pictórica.

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• Por meio das inúmeras correspondências que manteve com seu irmão Theo, que durante toda sua vida foi seu esteio e porto seguro apoiando-o e socorrendo-o incondicionalmente, o mundo teve oportunidade de conhecer muito da vida e do pensamento da personalidade atormentada desse grande gênio da pintura, que teve seu valor reconhecido apenas após sua morte. Produziu muito e num período consideravelmente curto. Realizou pinturas, desenhos, autorretratos, aquarelas e algumas litografias e gravuras. Durante sua vida, vendeu apenas uma de suas inúmeras obras e, mesmo assim, segundo alguns historiadores, esse fato é discutível, podendo não ter vendido nenhuma sequer. Atualmente, suas telas obtêm altíssimas cifras de milhões de

dólares.

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• Em julho de 1890, sucumbiu à demência e desferiu uma bala contra o próprio peito, mas, ainda assim, padeceu por três dias antes de morrer. Seu irmão Theo morreu seis meses depois e foi enterrado a seu lado em Anves.

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Os trabalhos realizados na Holanda tinham característica do chiaroscuro, como podemos apreciar na tela Os comedores de batatas, 1885, Van Gogh (Museum, Amsterdã). Geralmente, retratavam a temática social dos camponeses e trabalhadores das minas de carvão, pelos quais o pintor demonstrava enorme compaixão.

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• “Procuro através do vermelho e do verde exprimir as mais terríveis

paixões humanas. Quero pintar o retrato das pessoas como eu as sinto e

não como eu as vejo”.

• Van Gogh

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Quarto em Arles (1888). Retratou o quarto da pensão em que morou na cidade francesa, onde produziu inúmeras obras. Esse é um dos seus trabalhos mais famosos. Existem mais duas versões desta obra. Uma se encontra no Instituto de Artes de Chicago e a outra, no Museu de Orsay em Paris.

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Paul Gauguin

• Eugène-Henri-Paul Gauguin (1848-1903) foi um nome importante da pintura pós-impressionista francesa. Somente após percorrer diversas trajetórias de vida, no mínimo, curiosas, é que iniciou definitivamente seu percurso como pintor, no entanto, antes disso, a pintura já povoava seus dias.

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• Aos 17 anos, alistou-se na Marinha Mercante como tripulante e lá permaneceu por cinco anos. Casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad, com quem teve cinco filhos. Fez uma carreira confortável na Bolsa de Valores da França, enquanto se dedicava à pintura somente nos finais de semana, o que já não lhe bastava. Entretanto, com a quebra da bolsa de valores francesa, Gauguin resolve viver, exclusivamente, para a pintura, imaginando que, com seus contatos de outrora, conseguiria abastados patronos compradores de suas obras. Sua previsão estava errada e, por isso, passou sérias dificuldades financeiras até o fim de sua vida em função de sua escolha pela arte. Tempos depois, seu casamento acabou e ele separou-se de sua família.

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• O impressionismo atraiu Gauguin que chegou a comprar quadros de Monet, Manet, Sisley, Pissarro, Guillaumin e Renoir. Pintou com Pissarro. Teve oportunidade de expor seu trabalho nas exposições impressionistas de 1880, 1881 e 1882. Para encontrar seu caminho, sua produção recebeu influência de Cézanne e ficou atento à atuação de Seurat, ao conhecimento de Signac e o talento de Degas ao trabalhar com pastéis chamou sua atenção. Morou com Van Gogh em Arles durante curto período.

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• Depois disso, Gauguin viveu e trabalhou no Taiti e em outros países do sul do Pacífico, onde descobriu na arte primitiva as cores ardentes e as formas planas próprias da natureza selvagem e, com a mais pura prodigalidade, deslocou seu trabalho da tendência impressionista para uma estética própria, singular e sincera, cujo crescimento conceitual proporcionou avanço significativo para a arte produzida no século XX.

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• Seu trabalho apresentou o abandono da interpretação tridimensional, o uso das cores primárias, a simplificação do desenho e a investigação entre natureza e símbolo, verdade e abstração, coerência ocidental e sensualidade primitiva.

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Como coloca o crítico de arte Mário Pedrosa sobre Gauguin:

• É a própria civilização que ele já não consegue conciliar com seu ideal de homem e artista confundidos, é o último despojamento. Para dar àqueles estados de alma que tenta transpor para a tela caráter formalístico plástico semelhante ao da grande arte pré-renascentista, ele precisa depurar-se de todas as camadas superpostas do homem civilizado e viver em contato direto com um mundo inocente, primário, em que as relações entre o ser e a natureza sejam, senão idílicas, ao menos sem artificialismo nem caprichos intelectuais.

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• No Taiti, em virtude de seus dramas pessoais, tentou o suicídio. Mesmo com todos esses contratempos, não deixou sua arte e continuou sua produção, ainda que em menor escala. Tempos mais tarde, foi preso, por três meses, por crime de difamação contra autoridades locais. Em maio de 1903 morreu na prisão, vítima de ataque cardíaco.

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Paul Gauguin . Jacó e o Anjo (1888), Galeria Nacional da Escócia, Edimburgo. Nessa obra, Gauguin simplifica a imagem das mulheres da Bretanha que, no primeiro plano, presenciam a visagem celestial, e, dessa forma, elas se fazem metáforas da fé. Utiliza a cor para separar os dois mundos distintos representados na cena. O vermelho que ilumina o imaginário no chão de Jacó é separado pela diagonal azul da fé e pelo tronco da árvore. Dessa forma, ele foi fiel à sua crença: “Não copiem demais da natureza. A arte é uma abstração”.

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Paul Gauguin . De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? (1897). Museu de Belas Artes de Boston. A tela de quatro metros foi pintada após o recebimento da notícia da morte de sua filha. Levou menos de um mês para ficar pronta. Observa-se da direita para a esquerda a interpretação da evolução da existência humana: a criança no canto inferior direito, ao meio o adulto e sua relação com o conhecimento, e, finalizando, o ancião no canto inferior esquerdo.

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Mulheres do Taiti

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Toulouse - Lautrec• Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa (1864-

1901) foi mais um grande talento a integrar a arte pós-impressionista. Toulouse-Lautrec nasceu em Albi, França, numa família aristocrática descendente de longa linhagem nobre. Foi acometido, durante sua adolescência, por uma doença que afetou-lhe o desenvolvimento ósseo enfraquecendo-o. Em virtude de tal enfermidade, sofreu uma queda, durante sua adolescência, que provocou a fratura de seu fêmur esquerdo e, depois, o mesmo acidente aconteceu com o direito. Em função desses fatos, Toulouse ficou aleijado. Seu tronco cresceu normalmente, mas suas pernas ficaram atrofiadas e sua estatura não ultrapassou 1,50 m.

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• O trabalho de Toulouse-Lautrec apresenta uma temática bastante peculiar, que retrata a charmosa Paris no final do século XIX. Montmartre foi o bairro boêmio parisiense que Toulouse escolheu para viver e que serviu de cenário para sua produção artística, caracterizado pelo traço de seu desenho, que chegava a sugerir muitas vezes um desenho caricato, de linhas dinâmicas, que, provavelmente, recebeu a influência da fotografia das obras de Degas e, também, da pintura japonesa.

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• Além das pinturas, Toulouse produziu cartazes publicitários para vários bordéis e teatros, revolucionando a estética gráfica da época que utilizou a reprodução litográfica em larga escala para essa finalidade.

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• Toulouse-Lautrec tinha uma extraordinária capacidade de observação que se ampliava em razão da sua considerável afeição e de seu respeito pelo semelhante. Viveu a vida intensamente e sempre cercado de muitos amigos. Suas pinturas são famosas por destacarem atrizes, dançarinas, artistas circenses, prostitutas e mulheres de meia-idade. Seu trabalho foi ousado e não apresentou sentimentalismo nem moralismo e tinha o poder de atribuir fascínio e interesse a personagens comuns.

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• Lautrec foi o pequeno grande homem que dedicou toda sua existência à arte.

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La Goulue – Moulin Rouge, 1891. Cartaz de Toulouse-Lautrec para o Moulin Rouge, o primeiro a lhe trazer sucesso.

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Jane Avril no Jardin de Paris, 1893. Cartaz 80 x 95,2 cm. Toulouse retrata sua amiga dançando no cabaré Jardin de Paris, após ter deixado o Moulin Rouge. Pode-se observar o braço de um músico que equilibra e emoldura a célebre composição.

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No circo Fernando