1. impressionismo

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Arte

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Sumário do VolumeArte

1. Impressionismo 52. Pós-Impressionismo 173. Expressionismo 354. Fauvismo 375. Cubismo 39

5.1 Cubismo analítico 395.2 Cubismo sintético 39

6. Futurismo 427. Arte Abstrata 45

7.1 Introdução 457.2 Conceito 45

8. A Arquitetura moderna nasceu assim... 489. Art Nouveau 49

9.1 A Art Nouveau no dia a dia 499.2 Arquitetura Art Nouveau 519.3 Victor Horta (1861-1947) 519.4 Hector Guinard (1867-1942) 519.5 Antoni Gaudí 529.6 Louis Sullivan (1850-1924) 54

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Sumário CompletoVOLUME 1

1. Impressionismo 2. Pós-Impressionismo 3. Expressionismo 4. Fauvismo 5. Cubismo 6. Futurismo 7. Arte Abstrata 8. A Arquitetura moderna nasceu assim... 9. Art Nouveau

VOLUME 2

10. Dadá 11. Surrealismo 12. Pop-art 13. Arte Povera 14. Minimalismo15. Arte Conceitual16. Brasil: A semana de Arte Moderna17. A Arte Concreta e Neoconcreta no Brasil18. Arte Contemporânea no Brasil19. A arte da sociedade industrial: cinema e fotografia20. Arquitetura moderna, pós-moderna e contemporânea

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Movimentos

A arte está em todo lugar, faz parte do nosso dia a dia, sendo um elemento definidor da identidade de um povo, de um grupo social e de um indivíduo. Uma obra de arte é sempre uma forma de interpretação (compreensão/visão) do mundo e, também, um exercício de comunicação, de integração e de interação. Desde o princípio do século XX, movimentos (ou correntes) sucedem-se no cenário artístico, visando a definir quais devam ser, na sociedade contemporânea, as funções específicas da arte. Os movimentos e os conceitos da arte moderna foram intencionais, dirigidos e programados desde o começo. Cada movimento foi, deliberadamente, criado para chamar a atenção para certos aspectos específicos: artistas, e, muitas vezes, críticos de arte formavam plataformas para lançar movimentos e formular conceitos. O termo movimento artístico refere-se à “modificação incessante dos processos de criação, assinalando valores que predominaram na arte de tempos em tempos” (por exemplo, ao falarmos em “movimento abstracionista”, estamos, na verdade, expressando a “predominância da representação não figurativa durante certo tempo em algumas partes do mundo”). Um movimento artístico salienta aquilo que os artistas de uma localização temporal específica entenderam, em uma determinada época, como seu programa de ação estética, expressados, principalmente, por meio de obras, manifestos, discursos, pronunciamentos e entrevistas coerentes com os princípios por eles defendidos. Os nomes dos movimentos artísticos são abrangentes e, embora esses sejam relacionados a um determinado espaço de tempo, suas datas devem ser vistas apenas como um ponto de referência — muitos dos conceitos e tendências que definiram um determinado movimento artístico foram historicamente simultâneos, tendo em vista a “enorme riqueza, complexidade, multiplicidade e simultaneidade de ideias”. É importante ressaltar, ainda, quanto aos movimentos artísticos, que nem todo artista pode ser enquadrado em um único movimento e que uma classificação (de uma obra ou de um artista) em vertentes não deve ser interpretada com rigidez, uma vez que serve, muitas vezes, para homogeneizar obras superficialmente semelhantes e para separar, de um determinado corpo de trabalho, um conjunto portador de diferenças que podem ser mínimas — a produção de cada artista deve ser atentamente analisada, com todos os seus desdobramentos.

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Impressão: Nascer do Sol, Claude Monet, 1872. Museu Marmottan. Paris. Óleo sobre tela: 47 x 64 cm. História Geral da Arte — Pintura V.

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Essa pintura foi responsável pelo nome Impressionismo, dado ao movimento das artes plásticas desenvolvido nessa área, entre 1860 a 1880, na França. Esse movimento revolucionou profundamente a pintura, dando início às grandes tendências da arte do século XIX, sendo o começo do caminho rumo à abstração. Podemos dizer que os impressionistas provocaram na representação das cores uma revolução comparável à revolução grega na representação da forma. Eles descobriram que, se olharmos a natureza, ao ar livre, não vemos objetos individuais, cada um com sua cor própria, mas uma brilhante mistura de matizes que se combinam, através dos nossos olhos, na nossa mente. Leonardo Da Vinci já dizia que, na figura humana, tanto o rosto como a roupa parecem verdes, se essa figura caminha por um campo ensolarado. Analisando essa observação, os impressionistas chegaram à conclusão de que a cor não é um valor intrínseco dos objetos, sendo que estes adquirem grande variedade de tonalidades sob a incidência da luz solar. Os efeitos mágicos de luz e do ar eram muito mais importantes do que o tema de uma pintura.

Seu objetivo principal era apresentar uma “impressão” ou as percepções sensoriais iniciais registradas por um artista num breve vislumbre. Arte comentada

É aí que percebemos a influência da fotografia nesse movimento. Em meados dos anos trinta, foi descoberta a fotografia. Esta registra o momento, a percepção imediata da ação. Tudo isso inspirou os impressionistas, que queriam pintar aquilo que realmente viam, concentrando-se somente nos valores da cor, na sua reprodução, na qualidade da forma e no jogo de luzes e sombras, quase ignorando o objeto. Com efeito, utilizaram uma paleta de cores claras, detalhes que lembravam casualmente as fotografias instantâneas e, ainda, pinceladas descontraídas. Renunciaram a todo tipo de simbolismos na representação de temas da vida cotidiana e, assim, desafiaram as tradições clássicas e a concepção habitual da Arte. O traço descontraído dos impressionistas abria novos caminhos à pintura. Apesar de as suas representações se referirem à realidade, os quadros dos impressionistas também pretendiam apresentar a pintura como pintura. Para eles um quadro é sempre artificial, e a imagem pintada é uma ilusão da realidade. Esta referência à realidade do quadro, à vida da pintura, para lá da sua função representativa, permitiu aos artistas distanciarem-se do objeto e interessarem-se apenas pelo “como” da pintura, que agora passou a ser o conteúdo dos seus quadros.

Edouard Manet (1832-1883)

    Edouard Manet, que nunca declarou ser um impressionista, é considerado por muitos como “Pai da arte moderna” ou como precursor do impressionismo. Frequentou cursos de pintura e visitou a Holanda, a Áustria, a Itália e a Espanha para conhecer e estudar os grandes mestres da pintura. Foi sobretudo a pintura espanhola que mais o impressionou, sendo Velázquez e Goya os que mais o influenciaram.

História Geral da Arte — Pintura V.Bar do Folies-Bergère (1881-1882) Manet, Edouard Courtauld Institute Galleries. Londres. Óleo sobre tela 96 x 130 cm.

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Apesar de seu treinamento clássico, Manet se expressava de modo totalmente revolucionário. A modernidade e a atualidade dos temas dos seus trabalhos, as cores que utilizava, parcialmente claras e luminosas, a liberdade com a qual o pintor justapunha cores, em formas simplificadas e bidimensionais, sem meios-tons, eram uma inovação muito admirada pelos jovens pintores impressionistas e detestada pelas críticas tradicionais. Manet usou uma técnica de pintura plana, dando importância aos contornos. O preto foi uma das cores que mais utilizou; além disso, ele preferia pintar pessoas, e não a natureza. No quadro Bar do Folies-Bergère, pintado um ano antes da morte do artista, a sensibilidade de Manet para a harmonia das cores, a reprodução da solidão e da incapacidade de comunicação na sociedade moderna atingem o seu auge. A jovem empregada, apoiada no balcão, assiste, com olhar inexpressivo, cansado e distante, ao burburinho das pessoas no bar. Frente ao balcão está um homem bem-vestido e que só é visível através de seu reflexo no espelho. A sua imagem refletida transforma-se na imagem do observador do quadro.

Os principais pintores impressionistas foram: Claude Monet, Camile Pissarro, Pierre Auguste Renoir, Berthe Morisot e Edgar Degas.

Claude Monet (1840-1926)

As características principais da pintura de Monet eram:• registrar os efeitos da luz solar sobre os seres humanos e a natureza.• sempre pintar ao ar livre, em frente ao tema escolhido.

Monet, Coleção de ArteCatedral de Rouen em Pleno Sol, Monet (1892-1893). Óleo sobre tela 107 x 63 cm. Museu de Louvre, Paris.

História Universal da Arte - volume 3

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Monet chegou a pintar quatorze quadros, representando essa construção gótica num só dia, registrando os vários efeitos da luz solar em diferentes horários. Apesar do motivo ou tema ser o mesmo, o ambiente causado pela luminosidade diferente confere a cada quadro um caráter individual.

Pierre Ausguste Renoir

Renoir gostava de pintar a beleza, a alegria. Especializou-se em figuras humanas banhadas em luz e cor, expressando as alegrias da vida. A terra como paraíso dos deuses — “é isso o que eu quero pintar”, ele disse.

História Geral da Arte - Pintura VLe Moulin de la Gallete, 1876. Óleo sobre tela, 131 x 175. Musée d’Orsay, Paris.

Para mim, um quadro tem que ser principalmente belo, encantador e agradável, sim, realmente bonito. Existem suficientes coisas desagradáveis, não precisamos de criar mais.

Renoir

No restaurante ao ar livre, Moulin de la Gallete, a luz penetra através das folhas das árvores e ilumina o chão e as figuras, formando inúmeras pequenas manchas de cores cintilantes. As personagens e o chão parecem vibrar no jogo de luzes, composto de manchas claras e escuras. Renoir adorava esse tema e pintou-o inúmeras vezes. Muitos amigos dele serviram como modelos para os dançarinos. Renoir pintou mais de 6000 telas de mulheres, crianças, flores e campinas.

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Edgar Degas (1834-1917)

História Geral da Arte — Pintura V.O ensaio do Ballet (1874). Óleo sobre tela: 85,5 x 75 cm. Museé D’orsay, Paris.

A base da arte de Degas é o desenho. Ele traduz em traços precisos um breve movimento, um momento instantâneo — retirado, por exemplo, de um ensaio de balé. Sentia-se próximo dos impressionistas, porque, como eles, quis captar o momento e representar a vida moderna. Seus temas, além de bailarinas, eram corridas de cavalo, cenas da alta sociedade, circo, lavadeiras e, na fase final de sua obra, usou como motivo, nus no banho.

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Berthe Morisot (1841-1895)

Pintora impressionista casada com o irmão mais novo de Edouard Manet.

... Morisot não usava contornos, somente toques de cor para indicar forma e volume, mas seu estilo era mais livre que os dos outros impressionistas. Suas pinceladas vigorosas voavam através da tela em todas as direções. Arte comentada

Morisot pintava cenas domésticas, crianças, mulheres, já que, naquele tempo, as mulheres não podiam ter aulas com modelos vivos, principalmente homens.

Auguste Rodin (1840-1917)

Escultor francês, nascido em Paris, numa família humilde. Quando pequeno, sua única distração era desenhar e, para isso, ele dispunha dos papéis que embrulhavam os pães de seu pobre café da manhã. Rodin estudava em Paris, na Petite École. Várias vezes tentou, em vão, entrar na Escola de Belas Artes. Para sobreviver, começou a trabalhar como modelador e na execução de esculturas ornamentais. Sem formação acadêmica, desenvolveu um estilo próprio com base no modelo vivo. O seu trabalho A idade do Bronze chega a um realismo tão grande que é acusado de usar moldes vivos. Sua obra expressa emoção, sendo que, para isso, ele recorria ao corpo em movimento.

Rodin revitalizou a escultura, abandonando a tradição clássica e apresentando um nu realista, mais que estilizado.

Arte comentada

Rodin se distanciava dos cânones tradicionais da escultura baseando -se em suas experiências pessoais, tendo, como princípio estético, o poder de sugestão.

Impressionism e Post-Impressionism.

Jovem sentada no sofá (1879) 80,7 x 99,7 cm. The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.

A idade do Bronze, Rodin (1876). Minneapolis Institute of Arts.

Arte comentada.

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Arte comentada.Balzac, Rodin (1897). Musée Rodin, Paris.

Auguste Rodin, O pensador (1879-1889). Bronze Alt 0,70cm The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.

História da arte — H.W. Jonson.

Nessa obra, o escultor queria ressaltar o gênio, a alma do escritor Balzac.

Em Balzac, eu procurei... na escultura colocar o que não é fotográfico. Meu princípio é imitar não só a forma, mas também a vida. Rodin

Exercícios de salaExercícios de sala

1 No Impressionismo, os artistas saíram de seus ateliês para pintar ao ar livre, tendo como principal estudo, a incidência da luz solar sobre os objetos.

Monet, um de seus principais representantes, chegou a pintar o mesmo tema inúmeras vezes, com o intuito de ver como o objeto respondia à luz solar em vários horários do dia.

Que tal fazer esta experiência? Escolha uma figura em sua casa, que esteja ao ar livre. Uma árvore, um vaso, um muro, um portão,

qualquer coisa. Você vai observar o elemeto escolhido, em várias horas do dia, ou pelo menos em três momentos: de manhã, ao meio-dia e à tarde (pôr do sol).

Após observá-lo, faça anotações documentando e, se for possível, fotografe. Após a experiência, haverá um debate em sala de aula. Assim serão anotados os pontos em comum

e a conclusão com ilustrações em um álbum.

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O Impressionismo no Brasil

Antes da “Semana de Arte Moderna” de 1922, a arte moderna, através do Impressionismo, já se fazia presente entre nós brasileiros. Destacam-se dois nomes que mostraram o Impressionismo (considerado o primeiro movimento da arte moderna) aos brasileiros: Eliseu Visconti e Georgina de Albuquerque.

Eliseu Visconti (1867-1944)

Nasceu na Itália e veio para o Brasil com a família ainda bebê. Com 17 anos, matriculou-se no liceu de Artes e Ofícios. No ano seguinte, foi para a Academia de Belas Artes, destacando-se como aluno, por seu grande talento. Sua viagem à França, em 1892, prêmio de um concurso, o levou a conhecer de perto os artistas e o movimento impressionista. Esse contato influenciou sua pintura e o fez criar um impressionismo bem particular, com características próprias. Assim, Visconti abre os caminhos da modernidade à arte brasileira, sendo considerado o maior representante do movimento impressionista no Brasil. Nesse período, em Paris, além de estudar na Escola de Belas Artes de Paris, frequentou também o curso de artes decorativas na Escola de Guerin, sendo esta um dos mais importantes centros de ensinos das artes decorativas. Foi aluno de Eugene Grasset, grande conhecedor da Art Noveau. O resultado foi que, além de excelente pintor, Eliseu Visconti tornou-se um pioneiro do desenho aplicado às indústrias e às artes gráficas, introduzindo o art-noveau e sendo o percurssor de uma profissão que só apareceria décadas mais tarde: o designer. Sua produção como designer: cartazes, selos, marchetaria, luminárias públicas, vitrais, estamparia de tecidos, papel de parede, ex-libris, objetos de ferro, revistas, grades etc. Eliseu Visconti possuía um desenho leve e suave, sem contornos definidos e um colorido vivo e alegre, dentro da estética pontilhista. Suas pinturas tinham como tema paisagens, cenas do cotidiano, figuras.

Essa obra pertence à segunda fase da pintura de Eliseu Visconti de 1898 a 1908 É considerada pelas críticas como a melhor desse período.

Eliseu Visconti. autorretrato.

Eliseu Visconti. Gioveutú. Óleo sobre tela, 65 x 49 cm. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

Eliseu Visconti. Morro do Castelo Óleo sobre tela, 80 x 100 cm. Coleção Particular 1909.

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As paisagens de Visconti apresentavam um colorido vibrante e alegre, típico de um país tropical.    Essa obra é um belo exemplo de como o artista transformava uma simples cena do cotidiano em uma expressiva obra de arte.

Os trabalhos mais notáveis de Visconti são as pinturas decorativas que ele executou para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. São consideradas como as suas obras-primas. Ele executou todas as pinturas da sala de espetáculos como Pano de Boca, Proscênio e o Plafond. (pintura do teto).

Pano de Boca

O Pano de Boca com seus 12m de altura e 13 de largura é a maior pintura brasileira. O cenário foi inspirado por Campos Elíseos devido a sua semelhança com a Grécia. Uma balaustrada de mármore com estátuas antigas fazem limite para a cena principal, que guarda, nas palavras do artista: “duas belezas e duas forças, a da natureza, representada pela paisagem, e a da Arte, na linha geométrica da balaustrada e nos admiráveis produtos da escultora helênica”. Ao fundo, no centro, aparece um gênio alado, que representa a arte, sendo posicionado em frente a um arco do triunfo (monumento comemorativo aos grandes feitos). Visconti compõe esta obra representando figuras (mais de 200) que se destacaram na pintura, na música, na literatura, na poesia, na dramaturgia, etc.

“... dotada de incrível vivacidade e tecnicamente perfeita, a obra é um grande e eloquente retrato de época da sociedade brasileira, com destaque para inúmeras personalidades históricas. Suas cores, matizes, seu equilíbrio são notáveis.”

Armando Mariante Carvalho.

Eliseu Visconti. Roupa estendida Óleo sob tela, 67 x 82 cm. Coleção Agnaldo de Oliveira.

Pano de Boca. Theatro Municipal do Rio de Janeiro – “A influência das artes sobre a civilização” – 1908 – Óleo sobre tela de lona – 12m x 16m.

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“... Antes do início do espetáculo, é possível admirar o esplêndido painel que Eliseu Visconti pintou para Pano de Boca. Raramente a arte moderna chega a essa segurança de técnica, numa tão violenta pujança de imaginação.”

João do Rio

Todas essas obras de Eliseu Visconti para o Teatro Municiapal do Rio de Janeiro não foram pintadas diretamente na parede. O artista usava telas gigantes, no tamanho exato do local ao qual estavam destinadas, e só depois eram coladas. Esse método chama-se marouflage.

Proscênio Proscênio é o espaço que fica acima do friso do Pano de Boca. Esse espaço, também pintado por Eliseu Visconti, foi nomeado: As Nove Musas recebem as ondas Sonoras. São retratadas várias mulheres nuas em movimentos esvoaçantes.

Plafond

     No plafond (pintura de teto), o artista deixa transparecer as influências do Impressionismo e do Pontilhismo.     Intitula-se A dança das Horas.         “Nessa composição, os personagens dançam interligados, ao passar dos dias e das noites, em eterno movimento, lembrando a ronda das destinos humanos. As horas correspondentes aos dias estão representadas em cores claras, e as da noite, em cores de leve penumbra”.

Nagib Francisco.

Foyer – Painel Central

Se a música era o tema, o artista usando todo seu talento, cria uma “sinfonia de cores e formas em que vários nus femininos se movimentam num ritmo ondulante”.

Valéria Uchoa Oliveira.

Usa-se a técnica do Pontilhismo, o Art Noveau explora o simbolismo através de elementos da mitologia greco-romana. Nele são representados as nove Musas, as três Graças e Apolo. Roxos, azuis, rosas ou avermelhados suaves são as cores que definem esse trabalho como a obra-prima não só desse artista, mas de toda a arte decorativa do nosso país.

Foyer com o painel A Música.

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Paineis laterais Os paineis laterais têm 6m x 4m: A Arte Lírica – inspiração musical O Drama – inpiração poética.

Painel Lateral do Foyer do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – A Arte Lírica.

Painel Lateral do Foyer do Teatro Municipal do Rio de Janeiro – O Drama.

Geogirna de Alburqueque

   Georgina de Moura Andrada de Alburqueque, nasceu em Taubaté, interior de São Paulo, em 4 de fevereiro de 1885 e faleceu em 29 de agosto de 1962 no Rio de Janeiro.

“Desde menina, demonstrava aptidão para as artes, tendo nessa época aulas de pintura com o artista italiano Rosalbino Santoro (Santoro percorria todo o interior paulista juntamente com outros artistas, retratando paisagens da região), obtendo, desse mestre, as primeiras noções artísticas”.

Jornal O Lince. Reportagem de Gilberto Gomes.

    Com Rosalbino aprendeu a usar as leis da perspectiva, a utilizar corretamente os pincéis e a misturar tintas criando as cores que caracterizam sua pintura.

Em 1904, foi para o Rio de Janeiro, matriculando-se na ENBA (Escola Nacional de Belas Artes), onde foi aluna de Henrique Bernadeli. Nesta fase, recebeu grande influência acadêmica, estilo, que, na época, era dominante no Brasil. Em 1906, récem-casada, foi para Paris com seu marido Lucílio de Albuquerque. Essa experiência fez dela uma das primeiras pintoras com o domínio da técnica impressionista e suas derivações. Georgina de Albuquerque foi pintora, professora, desenhista e primeira presidente do sexo

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