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Pós Graduação em Mediação, Conciliação, Negociação e Arbitragem Dra. CARLEANE LOPES SOUZA Advogada Especialização "lato sensu" em Direito Civil e Processo Civil, Mestranda em Resolução de Conflito e Mediação Pela Universidad Europea del Atlântico (Espanha), Mestranda em Direção Estratégica, Especialidade: Gerencia. Orientação: Resolução de Conflito e Mediação pela Universidad Internacional Iberoamericana (USA) Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Mediação, Conciliação, Negociação e Arbitragem - FACULDADE LEGALE, Coordenadora do Curso de Capacitação da Faculdade LEGALE EDUCACIONAL Coordenadora do Curso de Conciliação e Mediação Judiciais LFG ( Unidade São Jose dos Campos), Coordenadora do Curso de Capacitação de Mediação Judicial da PROORDEM ( Campinas), Coordenadora do Curso de Mediação Extrajudicial (Faculdade Legale, LFG São José dos Campos), Coordenadora das Oficinas de Aperfeiçoamento para Mediadores na Faculdade Legale, Ministra aula de Mediação Judicial pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Instrutora de Técnicas Auto Compositiva, certificada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Mediadora Privada em Disputas Familiares e Empresariais, participou do Curso de Supervisores em Sessão de Conciliação em Brasília, pelo Conselho Nacional de Justiça, Coordenadora do Curso de Capacitação, Treinamento e Aperfeiçoamento de Conciliadores e Mediadores Judiciais da FIG-UNIMESP/GUARULHOS, Mediadora Nomeada pela Justiça Federal.

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Pós Graduação em Mediação, Conciliação, Negociação e

ArbitragemDra. CARLEANE LOPES SOUZA – Advogada Especialização "lato sensu" em Direito Civil e Processo Civil, Mestranda em Resolução de Conflito eMediação Pela Universidad Europea del Atlântico (Espanha), Mestranda em Direção Estratégica, Especialidade: Gerencia. Orientação: Resoluçãode Conflito e Mediação pela Universidad Internacional Iberoamericana (USA) Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Mediação,Conciliação, Negociação e Arbitragem - FACULDADE LEGALE, Coordenadora do Curso de Capacitação da Faculdade LEGALE EDUCACIONALCoordenadora do Curso de Conciliação e Mediação Judiciais LFG ( Unidade São Jose dos Campos), Coordenadora do Curso de Capacitação deMediação Judicial da PROORDEM ( Campinas), Coordenadora do Curso de Mediação Extrajudicial (Faculdade Legale, LFG São José dos Campos),Coordenadora das Oficinas de Aperfeiçoamento para Mediadores na Faculdade Legale, Ministra aula de Mediação Judicial pelo CNJ (ConselhoNacional de Justiça), Instrutora de Técnicas Auto Compositiva, certificada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Mediadora Privada emDisputas Familiares e Empresariais, participou do Curso de Supervisores em Sessão de Conciliação em Brasília, pelo Conselho Nacional de Justiça,Coordenadora do Curso de Capacitação, Treinamento e Aperfeiçoamento de Conciliadores e Mediadores Judiciais da FIG-UNIMESP/GUARULHOS,Mediadora Nomeada pela Justiça Federal.

Datas do Curso

• 27/08- Carleane

• Aspectos Gerais

• 03/09- Dr Alessandro de Souza Lima

• Teoria e analise do Conflito

• 17/09 – Carleane/ Renata Malheiros

• Aspectos Gerais / Teoria da Comunicação

Datas do Curso

• 01; 15 e 29/10/2016 ; 05 e 19/11/2016 e 03/12/2016Aspectos Gerais dos Meios Adequados de Tratamento de Conflito; ProcessoJudicial e Dimensões do processo de mediação; Mediação no JudiciárioNorte-Americano; Mecanismos para obtenção da autocomposição; JustiçaFederal e a Conciliação; Panorama de Direito de Família; Panorama deDireito Civil; Formalização de Acordo.

• 19/11/2016 e 03/12– Seminários/ Encerramento• Temas: Aplicação da Mediação

• Mediação Familiar; Mediação Escolar; Mediação Social e Comunitária; Mediação Penal e Justiça Restaurativa ; Mediação Online; Mediação

Globalizada; Mediação Empresarial e Mediação Condominial.

Formação dos Grupos

• Formação do Grupo WhatsApp;

• E-mail da sala;

• Agenda do CEJUSC Vila Prudente / Praia Grande;

Jornada Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios aprova série de proposições

• Terça-feira, 23/08/2016, na sede do Conselho da Justiça Federal, aplenária da Jornada Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios, emque uma série de proposições acerca da arbitragem, da mediação ede outras formas de solução de conflitos estão sendo votadas. Aotodo, são 103 proposições.

• Confira as proposições aprovadas na plenária, na íntegra, cuja votação foi guiada pelo ministro Salomão:

Jornada Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios aprova série de proposições

• 1 – A sentença arbitral não está sujeita a ação rescisória.• Art.32 da Lei da Arbitragem, trata das possibilidades de ação anulatória, prazo 90 dias, da data da

intimação das partes.

• Art. 966 A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

• II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;

• Enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC) que se referem a este artigo:

• Enunciado n.º 203 do FPPC: Não se admite ação rescisória de sentença arbitral.

• 2 – A mediação é método de tratamento adequado de controvérsiasque deve ser incentivada pelo Estado, com ativa participação dasociedade, como forma de acesso à Justiça e à ordem jurídica justa.

Jornada Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios aprova série de proposições

• 3 - É recomendável que na judicialização da saúde, previamente àpropositura da ação versando sobre a concretização do direito àsaúde - fornecimento de medicamentos e/ou internaçõeshospitalares -, promova-se uma etapa de composição extrajudicialmediante interlocução com os órgãos estatais de saúde.

• 4 - Ainda que não haja cláusula compromissória, a Administração Pública poderá celebrar compromisso arbitral.

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• 5 - Recomenda-se aos órgãos do sistema de Justiça firmar acordos decooperação técnica entre si e com Universidades para incentivo àspráticas dos métodos consensuais de solução de conflitos, bem comocom empresas geradoras de grande volume de demandas paraincentivo à prevenção e à solução extrajudicial de litígios.

• 6 - Os Comitês de Resolução de Disputas (Dispute Boards) são ummétodo de solução consensual de conflito, na forma prevista noparágrafo 3º do art. 3º do CPC.

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• 7 - A carta arbitral poderá ser processada diretamente pelo órgão doPoder Judiciário do foro onde se dará a efetivação da medida oudecisão.

• No código anterior não havia previsão de forma de cumprimento,com isso, gerava dificuldades na comunicação entre os referidosórgãos.

• Art. 237 CPC, IV.

• Art. 22- C Lei de Arbitragem ( incluído pela lei 13.129/15), paragrafo único.

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• 8 - O magistrado pode, a qualquer momento do processo judicial,convidar as partes para tentativa de composição da lide pelamediação extrajudicial, quando entender que o conflito seráadequadamente solucionado por essa forma.

• 9 - O poder público, os fornecedores e a sociedade deverão estimulara utilização de mecanismos como a plataformaCONSUMIDOR.GOV.BR, política pública criada pela SecretariaNacional do Consumidor - Senacon e pelos Procons, com vistas apossibilitar o acesso, bem como a solução dos conflitos de consumode forma extrajudicial, de maneira rápida e eficiente.

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• 10 - Na arbitragem, cabe à Administração Pública promover apublicidade prevista no art. 2, §3º, da lei 9.307/96, observado odisposto na lei 12.527/11, podendo ser mitigada nos casos de sigiloprevistos em lei, a juízo do árbitro.

• Lei 12.527/11 Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos aserem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios,com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIIIdo art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 daConstituição Federal.

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• 11 - Nos processos administrativo e judicial é dever do Estado e dosoperadores do Direito propagar e estimular a mediação como soluçãopacífica dos conflitos.

• 12 - O Estado e a sociedade deverão estimular soluções consensuaisnos casos de superendividamento ou insolvência do consumidorpessoa física, a fim de assegurar a sua inclusão social, o mínimoexistencial e a dignidade da pessoa humana.

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• 13 - A arguição de convenção de arbitragem pode ser promovida porpetição simples, a qualquer momento antes do término do prazo dacontestação, sem caracterizar preclusão das matérias de defesa,permitido ao magistrado suspender o processo até resolução daquestão.

• 14 - Os conflitos entre a Administração Pública Federal direta eindireta e/ou entes da federação poderão ser solucionados pelaCâmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Pública Federal- CCAF - órgão integrante da AGU, via provocação do interessado oucomunicação do Poder Judiciário.

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• 15 - O Poder Público e a sociedade civil incentivarão a facilitação dediálogo dentro do âmbito escolar, por meio de políticas públicas ouparcerias público-privadas que fomentem o diálogo sobre questõesrecorrentes, tais como: bullying, agressividade, mensalidade e atéatos infracionais. Tal incentivo pode ser feito por oferecimento deprática de círculos restaurativos ou outra prática restaurativa similar,como prevenção e solução dos conflitos escolares.

• 16 - O processamento da recuperação judicial ou decretação dafalência não autoriza o administrador judicial a recusar a eficácia daconvenção de arbitragem, não impede a instauração doprocedimento arbitral, nem o suspende.

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• 17 - O acordo realizado perante a Câmara de Conciliação e Arbitragemda Administração Pública Federal - CCAF - órgão integrante da AGU -constitui título executivo extrajudicial e, caso homologadojudicialmente, título executivo judicial.

• 18 - Estimula-se a transação como alternativa válida do ponto de vistajurídico para tornar efetiva a justiça tributária, no âmbitoadministrativo e judicial, aprimorando a sistemática de prevenção esolução consensual de conflitos tributários entre AdministraçãoPública e administrados, ampliando, assim, a recuperação de receitascom maior brevidade e eficiência.

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• 19 - Os árbitros ou instituições arbitrais não possuem legitimidadepara figurar no polo passivo da ação prevista no art. 33, caput, eparágrafo 4º, da lei 9.307/96, no cumprimento de sentença arbitral eem tutelas de urgência.

• Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a declaração denulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.129, de 2015)

• § 4o A parte interessada poderá ingressar em juízo para requerer a prolação de sentença arbitral complementar, se oárbitro não decidir todos os pedidos submetidos à arbitragem.

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• 20 - Enquanto não for instalado o CEJUSC, as sessões de mediação econciliação processual e pré-processual poderão ser realizadas pormeio audiovisual, em módulo itinerante do Poder Judiciário, ou ementidades credenciadas pelo NUPEMEC, ou no foro em que tramitar oprocesso, ou no foro competente para o conhecimento da causa nocaso de mediação e conciliação pré-processual.

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• 21 - A Administração Pública deverá oportunizar a transação por adesãonas hipóteses em que houver precedente judicial de observânciaobrigatória.

• 22 - É vedado às instituições de arbitragem e mediação a utilização deexpressões ou símbolos afins típicos ou privativos dos Poderes daRepública, bem como a emissão de carteiras de identificação para árbitros.

• 24 - O Poder Judiciário e a sociedade civil deverão fomentar a adoção daadvocacia colaborativa como prática pública de resolução de conflitos naárea do direito de família, de modo a que os advogados das partesbusquem sempre a atuação conjunta voltada para encontrar um ajusteviável, criativo e que beneficie a todos os envolvidos.

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• 25 - A sentença arbitral é hábil para inscrição, arquivamento,anotação, averbação ou registro em órgãos de registros públicos,independentemente de manifestação do Poder Judiciário.

• 26 - É facultado ao magistrado, em colaboração com as partes,suspender o processo judicial enquanto é realizada a mediação,conforme o artigo 313, II, do CPC, salvo se houver previsão contratualde cláusula de mediação com termo ou condição, situação em que oprocesso deverá permanecer suspenso pelo prazo previamenteacordado ou até o implemento da condição, nos termos do artigo 23da lei 13.140/15.

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• 27 - As ouvidorias servem como um importante instrumento desolução extrajudicial de conflitos, devendo ser estimulada a suaimplantação, tanto no âmbito das empresas, como da AdministraçãoPública.

• 28 - O pedido de declaração de nulidade da sentença arbitralformulado em impugnação ao cumprimento da sentença deve serapresentado no prazo do art. 33 da lei 9.307/96.

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• 29 - A expressão "sucesso ou insucesso" do artigo 167, parágrafo 3º, doCPC não deve ser interpretada como quantidade de acordos realizados,mas a partir de uma avaliação qualitativa da satisfação das partes com oresultado e com o procedimento, fomentando a escolha da câmara, doconciliador ou do mediador com base nas suas qualificações e não nosresultados meramente quantitativos.

• Art. 167 Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação serãoinscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, quemanterá registro de profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional.

• § 3o Do credenciamento das câmaras e do cadastro de conciliadores e mediadores constarão todos os dadosrelevantes para a sua atuação, tais como o número de processos de que participou, o sucesso ou insucessoda atividade, a matéria sobre a qual versou a controvérsia, bem como outros dados que o tribunal julgarrelevantes.

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• 30 - As comunidades têm autonomia para escolher o modelo própriode mediação comunitária, não devendo se submeter a padronizaçõesou modelos únicos.

• 31 - Nas arbitragens envolvendo a Administração Pública, é permitida a adoção das regras internacionais de comércio e/ou usos e costumes aplicáveis às respectivas áreas técnicas.

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• 32 - Recomenda-se que as Faculdades de Direito mantenham estágiossupervisionados nos escritórios de prática jurídica para formação emmediação e conciliação e promovam parcerias com entidadesformadoras de conciliadores e mediadores, inclusive tribunais, MP,OAB, advocacia pública e defensoria pública.

• 35 - Sugere-se que as Faculdades de Direito instituam disciplinasobrigatórias e autônomas e projetos de extensão destinados àarbitragem, à mediação e à conciliação.

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• 36 - A conciliação/mediação em meio eletrônico poderá ser utilizada no procedimento comum e em outros ritos, em qualquer tempo e grau de jurisdição.

• 37 - A existência de cláusula compromissória não obsta a execução detítulo executivo extrajudicial, reservando-se à arbitragem ojulgamento das matérias previstas no art. 917, inciso I e VI doCPC/2015.

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• Art. 917 Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:

• I – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;

• VI – qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.

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• 38 - A União, os Estados, o DF e os Municípios têm o dever de criarCâmaras de Prevenção e Resolução Administrativa de Conflitos comatribuição específica para autocomposição do litígio.

• 39 - A obrigação de estimular a adoção da conciliação, da mediação ede outros métodos consensuais de solução de conflitos prevista no§3º do artigo 3º do CPC aplica-se às entidades que promovem aautorregulação, inclusive no âmbito dos processos administrativosque tenham curso nas referidas entidades.

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• 40 - Podem ser objeto de arbitragem relacionada à AdministraçãoPública, dentre outros, litígios relativos: I - a inadimplemento deobrigações contratuais por qualquer das partes; II - a recomposiçãodo equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, cláusulasfinanceiras e econômicas.

• 41 - É admissível, no procedimento de mediação, em casos defundamentada necessidade, a participação de crianças, adolescentese jovens - respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau decompreensão - quando o conflito (ou parte dele) estiver relacionadoaos seus interesses ou direitos.

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• 42 - As vias adequadas de solução de conflitos previstas em lei, comoa conciliação, a arbitragem e a mediação, são plenamente aplicáveis àAdministração Pública e não se incompatibilizam com aindisponibilidade do interesse público, diante do Novo CPC e dasautorizações legislativas pertinentes aos entes públicos.

• 44 - Recomenda-se o desenvolvimento de programas de fomento dehabilidades para o diálogo e para a gestão de conflitos nas escolas,como elemento formativo-educativo, objetivando estimular aformação de pessoas com maior competência para o diálogo, anegociação de diferenças e a gestão de controvérsias.

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• 45 - Os gestores, defensores e advogados públicos que, nestaqualidade, venham a celebrar transações judiciais ou extrajudiciais,no âmbito de procedimento de conciliação, mediação ou arbitragem,não responderão civil, administrativa ou criminalmente, exceto seagirem mediante dolo ou fraude.

• 46 - Propõe-se a implementação da cultura de resolução de conflitospor meio de mediação, como política pública, nos diversos segmentosdo sistema educacional, visando auxiliar na resolução extrajudicial deconflitos de qualquer natureza, utilizando mediadores externos oucapacitando alunos e professores para atuarem como facilitadores dodiálogo na resolução e prevenção dos conflitos surgidos nessesambientes.

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• 47 - Os representantes judiciais da União, autarquias, fundações eempresas públicas federais têm autorização legal, decorrente da lei10.259/01 para, diretamente, conciliar, transigir ou desistir derecursos em quaisquer processos, judiciais ou extrajudiciais, cujovalor da causa esteja dentro da alçada equivalente à dos juizadosespeciais federais.

• Lei 10.259/01 -Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais noâmbito da Justiça Federal.

• Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causasde competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem

como executar as suas sentenças.

Jornada Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios aprova série de proposições• 49 - A perspectiva de conciliação judicial, inclusive por adesão, em

razão ou no bojo de Incidente de Resolução de Demanda Repetitiva, écompatível com o CPC/2015 e com a lei de mediação.

• 50 - Caso qualquer das partes comprove a realização de mediação ouconciliação antecedente à propositura da demanda, o magistradopoderá dispensar a audiência inicial de mediação ou conciliação,desde que tenha tratado da questão objeto da ação e sido conduzidapor mediador ou conciliador capacitado.

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• 51 - Os dirigentes máximos de entes estatais que exploram atividadeeconômica podem delegar à sua área jurídica a capacidade de intervir naresolução de litígios extrajudiciais provocados por clientes, em virtude defalhas ocorridas na realização de negócios, emitindo manifestação decaráter mandatório às demais áreas da instituição com a finalidade deindenizar (patrimonial ou extrapatrimonial) ou solicitar providências quereparem o dano causado aos clientes, de acordo com a legislação ejurisprudência pertinentes.

• 53 - O emprego dos meios extrajudiciais de solução de conflito deve serestimulado nacionalmente como política pública, podendo ser utilizadonos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), cujos profissionais,predominantemente psicólogos e assistentes sociais, lotados em áreas devulnerabilidade social, estão voltados á atenção básica e preventiva.

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• 54 - Nas mediações realizadas gratuitamente em programas, câmaras enúcleos de Prática Jurídica de Faculdades de Direito, os professores,orientadores e coordenadores que não estejam atuando ou participandono caso concreto, não estão impedidos de assessorar ou representar aspartes, em suas especialidades.

• 55 - É fundamental a atualização das matrizes curriculares dos cursos deDireito, bem como a criação de programas de formação continuada aosdocentes do ensino superior jurídico, com ênfase na temática da prevençãoe solução extrajudicial de litígios e na busca pelo consenso.

• 57 - Nos colégios recursais, o relator poderá, monocraticamente,encaminhar os litígios aos Centros Judiciários de Solução de Conflitos eCidadania.

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• 59 - O atendimento interdisciplinar realizado por psicólogos e assistentessociais no âmbito da defensoria pública e do MP promove a soluçãoextrajudicial dos litígios, constituindo-se como forma complementar àmediação, à conciliação e à arbitragem, de composição e administração deconflitos.

• 60 - É recomendável a existência de uma advocacia pública colaborativaentre os entes da federação e seus respectivos órgãos públicos, nos casosem que haja interesses públicos conflitantes/divergentes. Nessashipóteses, União, Estados, DF e Municípios poderão celebrar pacto de nãopropositura de demanda judicial e de solicitação de suspensão das queestiverem propostas com estes integrando o polo passivo da demanda paraque sejam submetidos à oportunidade de diálogo produtivo e consensosem interferência jurisdicional.

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• 62 - A ausência de regulamentação prevista no art. 1º da lei 9.469/97 não obsta aautocomposição por parte de integrante da AGU e dirigentes máximos dasempresas públicas Federais nem, por si só, torna-a inadmissível para efeito doinciso II do parágrafo 4º do art. 334 do CPC/2015.

• Lei 9.469/97 dispõe sobre a intervenção da União nas causas em que figurarem, como autores ouréus, entes da administração indireta; regula os pagamentos devidos pela Fazenda Pública emvirtude de sentença judiciária; revoga a Lei nº 8.197, de 27 de junho de 1991, e a Lei nº 9.081, de19 de julho de 1995, e dá outras providências

• Art. 1o O Advogado-Geral da União, diretamente ou mediante delegação, e os dirigentes máximos dasempresas públicas federais, em conjunto com o dirigente estatutário da área afeta ao assunto, poderãoautorizar a realização de acordos ou transações para prevenir ou terminar litígios, inclusive osjudiciais. (Redação dada pela Lei nº 13.140, de 2015)

• 63 - A Administração Pública, sobretudo na área tributária e previdenciária, deveadotar, ex officio, a interpretação pacificada de normas legais e constitucionais,respectivamente, no STJ e no STF, independentemente de julgamento em caso derecursos repetitivos ou repercussão geral ou de edição de súmulas vinculante.

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• 65 - Quando questionada a juridicidade das decisões tomadas pormeio de novas tecnologias de resolução de controvérsias, deve-seatuar com parcimônia e postura receptiva, buscando valorizar eaceitar os acordos oriundos dos meios digitais.

• 66 - É recomendável a criação de Câmara de Mediação de MatériasAmbientais a fim de, pela mediação, possibilitar a abertura dodiálogo, incentivando e promovendo a regularização das atividadessujeitas ao licenciamento ambiental que estão funcionando de formairregular, ou seja, incentivar e promover o chamado "licenciamentode regularização" ou "licenciamento corretivo".

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• 67 - Tendo havido prévio e comprovado requerimento administrativo,incumbe à Administração Pública o dever de comprovar em juízo queadotou suficientes providências legais e regulamentares para aaferição do direito da parte.

• 68 - Se constatar a configuração de uma notória situação dedesequilíbrio entre as partes, o mediador deve alertar sobre aimportância de que ambas obtenham, organizem e analisem dados,estimulando-as a planejarem uma eficiente atuação na negociação.

• 70 - Os pedidos de homologação de acordos extrajudiciais deverãoser feitos no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania,onde houver.

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• 71 - As instituições privadas que lidarem com mediação, conciliação earbitragem, bem como demais métodos adequados de solução deconflitos, não deverão conter, tanto no nome fantasia, marca, razãosocial, dentre outras, nomenclaturas e figuras que se assimilem àideia de Poder Judiciário.

• 72 - Para estimular soluções administrativas em açõesprevidenciárias, quando existir matéria de fato a ser comprovada, aspartes poderão firmar acordo para a reabertura do processoadministrativo com o objetivo de realizar, por servidor do INSS emconjunto com a Procuradoria, procedimento de justificaçãoadministrativa, pesquisa externa e/ou vistoria técnica, compossibilidade de revisão da decisão original.

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• 74 - Recomenda-se a criação de câmaras previdenciárias de mediação ouimplantação de procedimentos de mediação para solucionar conflitosadvindos dos indeferimentos, suspensões e cancelamentos de benefíciosprevidenciários, ampliando o acesso à justiça e permitindo à administraçãomelhor gerenciamento de seu processo de trabalho.

• 75 - A educação para a cidadania constitui forma adequada de solução eprevenção de conflitos na via extrajudicial e deve ser adotada e incentivadacomo política pública privilegiada de tratamento adequado do conflito pelosistema de justiça.

• 76 - O Estado promoverá a cultura da mediação no sistema prisional, entreinternos, como forma de possibilitar a ressocialização, a paz social e adignidade da pessoa humana.

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• 77 - Havendo autorização legal para utilização de métodosalternativos de solução de controvérsias envolvendo órgãos,entidades ou pessoas jurídicas da Administração Pública, o agentepúblico deverá: (i) analisar a admissibilidade de eventual pedido deresolução consensual de conflito; e (ii) justificar por escrito, com baseem critérios objetivos, a decisão de rejeitar a proposta de acordo.

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• 78 - A previsão de suspensão do processo para que as partes sesubmetam à mediação extrajudicial deverá atender ao disposto no §2º do artigo 334 da Lei Processual, podendo o prazo ser prorrogadono caso de consenso das partes.

• Art. 334 Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar dopedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta)dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

• § 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois)meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.

Jornada Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios aprova série de proposições

• 80 - Nas mediações de conflitos coletivos envolvendo políticaspúblicas, judicializados ou não, deverá ser permitida a participação detodos os potencialmente interessados, dentre eles: (i) os entespúblicos (Poder Executivo ou Legislativo) que tenham competênciasrelativas à matéria envolvida no conflito; (ii) os entes privados egrupos sociais diretamente afetados; (iii) o Ministério Público; (iv)Defensoria Pública e (v) entidades do terceiro setor representativas eque atuem na matéria afeta ao conflito.

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• 81 - As empresas e organizações devem ser incentivadas aimplementar em suas estruturas organizacionais um plano estratégicoconsolidado para prevenção, gerenciamento e resolução de disputas,com o uso de métodos adequados de solução de controvérsias. Talplano deverá prever métricas de sucesso e diagnóstico periódico, comvistas ao constante aprimoramento. O Poder Judiciário, as faculdadesde direito e as instituições observadoras ou reguladoras dasatividades empresariais devem promover, medir e premiaranualmente tais iniciativas.

• Métricas: # tipos de métricas (Visibilidade: medidas que sevem como base de comparação com outras mídias tradicionais, são pistas que os usuários deixam)

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• 82 - Além dos Princípios já elencados no art. 2 da lei 13.140/15, a mediaçãotambém deverá ser orientada pelo Princípio da Decisão Informada.

• 83 - As decisões proferidas por um Comitê de Resolução de Disputas(Dispute Board), quando os contratantes tiverem acordado pela suaadoção obrigatória, vinculam as partes ao seu cumprimento até que oPoder Judiciário ou o juízo arbitral competente emitam nova decisão ou aconfirmem, caso venham a ser provocados pela parte inconformada.

• 85 - Havendo registro ou autorização do juízo sucessório competente, nosautos do procedimento de abertura e cumprimento de testamento, sendotodos os interessados capazes e concordes, o inventário e partilha poderãoser feitos por escritura pública, mediante acordo dos interessados, comoforma de pôr fim ao procedimento judicial.

Jornada Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios aprova série de proposições

• 86 - O membro do MP designado para exercer as funções junto aosCEJUSCs, câmaras públicas de mediação e qualquer outro espaço emque se faça uso das técnicas de autocomposição para o tratamentoadequado de conflitos, deverá ser capacitado em técnicas demediação e negociação, bem como construção de consenso.

• 87 - Recomenda-se aos juízes das varas de família dos tribunais ondejá foram implantadas as oficinas de parentalidade, que as partessejam convidadas a participar das referidas oficinas, antes da citaçãonos processos de guarda, visitação e alienação parental, como formade fomentar o diálogo e prevenir litígios.

Jornada Prevenção e Solução Extrajudicial de Litígios aprova série de proposições

• 88 - O membro do MP com atribuição para o procedimentoconsensual, devidamente capacitado nos métodos negociais eautocompositivos, quando atuar como mediador, ficará impedido deexercer atribuições típicas de seu órgão de execução, cabendo talintervenção, naquele feito, a seu substituto legal.

• 89 - O Judiciário estimulará o planejamento sucessório, com ações naárea de comunicação que esclareçam os benefícios da autonomia devontade, com o fim de prevenir litígios e desestimular a via judiciária.

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• 90 - Havendo processo judicial em curso, a escolha de mediador oucâmara privada de conciliação e mediação deve observar opeticionamento individual ou conjunto das partes, em qualquertempo ou grau de jurisdição, respeitado o contraditório.

• 91 - A utilização de comitês e do dispute Board, com a inserção darespectiva cláusula contratual, é recomendável para os contratos deconstrução ou de obras de infraestrutura, como mecanismo voltadopara a prevenção de litígios e a redução dos custos correlatos,permitindo a imediata resolução de conflitos surgidos no curso daexecução dos contratos.(são comitês formados por profissionais experientes e imparciais,contratados antes do início de um empreendimento para acompanhar o processo de execução da obra)

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• 92 - A mediação e a conciliação são compatíveis com a recuperaçãojudicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedadeempresária, bem como em casos de superendividamento, observadas asrestrições legais.

• 93 - A conciliação, a arbitragem e a mediação, previstas em lei, nãoexcluem outras formas de resolução de conflitos que decorram daautonomia da vontade, desde que o objeto seja lícito e as partes sejamcapazes.

• 94 - Os mediadores e conciliadores devem respeitar os padrões éticos deconfidencialidade na mediação e conciliação, não levando aos magistradosdos seus respectivos feitos o conteúdo das sessões, com exceção dostermos de acordo, adesão, desistência e solicitação de encaminhamentos,para fins de ofício.

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• 95 - O Poder Público, o Poder Judiciário, as agências reguladoras e asociedade civil deverão estimular, mediante a adoção de medidasconcretas, o uso de plataformas tecnológicas para a solução de conflitos demassa.

• 97 - O terceiro imparcial, escolhido pelas partes para funcionar naresolução extrajudicial de conflitos, não precisa estar inscrito na OAB enem integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação,ou nele inscrever-se.

• 99 - O Poder Público, inclusive o Poder Judiciário e a sociedade civil,deverão estimular a criação, no âmbito das procuradorias municipais eestaduais, de centros de solução de conflitos, voltados à solução de litígiosentre a Administração Pública e os cidadãos, como, por exemplo, a Centralde Negociação da Procuradoria-Geral da União.

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• 101 - O Poder Público, inclusive o Poder Judiciário e a sociedade civil, deverãoestimular a criação, no âmbito das entidades de classe, de conselhos deautorregulamentação, voltados para a solução de conflitos setoriais.

• 102 - O Poder Público promoverá a capacitação massiva de técnicas de gestão deconflitos comunitários para policiais militares e guardas municipais.

• 103 - O Poder Público e a sociedade civil estimularão a expansão e fortalecimentode ouvidorias dos órgãos do sistema de justiça, optando por um modelo inovadore ativo, com a figura essencial de ouvidor/ouvidora independente dascorporações a que estão vinculados(as).

• 104 - A menção à capacitação do mediador extrajudicial, prevista no art. 9 da lei13.140, indica que ele deve ter experiência, vocação, confiança dos envolvidos eaptidão para mediar, bem como conhecimento dos fundamentos da mediação,não bastando a formação em outras áreas do saber que guardem relação com omérito do conflito.