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PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA INFLUÊNCIAS DAS POLÍTICAS E PRÁTICAS DE GESTÃO NO 11º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR ANDRÉ ILHA FELIÚ Trabalho de Conclusão de Pós-Graduação em gestão em segurança Pública, apresentado ao Verbo Grupo Educacional. Porto Alegre, 2017.

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PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA

INFLUÊNCIAS DAS POLÍTICAS E PRÁTICAS DE GESTÃO NO 11º

BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR

ANDRÉ ILHA FELIÚ

Trabalho de Conclusão de Pós-Graduação em gestão em segurança Pública, apresentado ao

Verbo Grupo Educacional.

Porto Alegre, 2017.

INFLUÊNCIAS DAS POLÍTICAS E PRÁTICAS DE GESTÃO NO 11º

BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR

André Ilha Feliú1

RESUMO

O artigo científico apresenta as influências e práticas de gestão adotadas pelo comando do 11º

Batalhão de Polícia Militar pertencente a zona norte de Porto Alegre, como forma norteadora

e mediática no desempenho das ações operacionais que reduziram as estatísticas criminais no

ano de 2017 tendo como base o Projeto Avante da Brigada Militar do Estado do Rio Grande

do Sul que busca transformar estratégias em resultados visando melhor atender as

necessidades da sociedade. Caracterizou-se a pesquisa como bibliográfica, pois foi elaborada

a partir do levantamento de estudo de situação onde se propôs a analisar e solucionar um

problema. Pelas características da pesquisa o método utilizado foi hipotético-dedutivo, pois

parte-se de um problema alquebrado, carente de observação e passíveis de experimentações

racionais e fruitivas. Esta pesquisa, propõe-se, então, a partir dos índices criminais, a verificar,

através dos resultados a adequação da gestão implementada no 11º BPM.

Palavras-chave: Gestão. Projeto Avante. 11º BPM. Resultados.

INTRODUÇÃO

Observa-se que nos deparamos diariamente em leituras de jornais, revistas, telejornais

e rádios, acessos a sites na “web” e redes sociais, que dentre os assuntos mais preocupantes na

população brasileira na atualidade estão aqueles voltados para a criminalidade, violência e

1 Artigo apresentado para conclusão do curso de Pós-graduação em gestão em Segurança Pública da Verbo

Educacional em Porto Alegre, 2017.

- Major do Quadro de Oficiais de Estado Maior da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.

- Bacharel em Ciências Militares área Defesa Social.

- Especialista em Segurança Pública no Estado Democrático de direito.

- Especialista em Políticas e Gestão de Segurança Pública.

drogas. Não obstante haja toda uma estrutura, órgãos de segurança são um regramento

jurídico com a finalidade de garantir a Segurança Pública no país, a população brasileira vive

sob a sensação de total insegurança, pois há um verdadeiro caos na preservação da ordem

pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Entraves podem ser apontadas, como:

impunidade, corrupção na administração pública, morosidade da Justiça, aumento das taxas

de homicídio e de outros crimes violentos, prática de crimes e abuso de autoridade por parte

de policiais, linchamentos ovacionados nas redes sociais, ineficiência das investigações

policiais, falência do sistema carcerário nacional e as dificuldades relacionadas à reforma da

justiça criminal, do código penal e do código de processo penal. Além disso, temos a crise nos

órgãos de Segurança Pública, que, em regra, não remunera de forma condizente com o

exercício da profissão, e, também, a estrutura e preparação são bastante precárias. Destaca-se

que quem mais sofre são os Estados, pois estão comprometidos pela crise fiscal e pelo

descontentamento dos seus servidores públicos. Nesse contexto de agravamento dos

problemas de violência e do crescimento da sensação de insegurança, será solução, a mudança

do sistema de polícia brasileiro adotado e estruturado no século XIX, políticas de governos

mais concretas, ciclo de polícia completo, investimentos nas polícias, construção de novos

presídios, ou até mesmo a implantação de uma política municipal de segurança pública.

Observa-se que as referências anteriores são de fundamental importância para uma mudança

de atitude, o desafio que se apresenta aos gestores da segurança pública em nosso país não é

dos mais simples, tarefa que exigirá a combinação de vontade política e saber técnico. Por

conseguinte a constituição federal brasileira aborda o tema segurança pública explicitamente

como um direito e responsabilidade de todos, logo, entende-se e admite-se a participação

social na concepção e no controle da gestão das políticas públicas, ou seja, merece relevância

no contexto em que a preservação da ordem pública democrática pressupõe uma ampliação

dos atores responsáveis pela segurança pública, para além das organizações policiais. O 10º

anuário de segurança pública/2016, mostrou que o Brasil teve mais mortes violentas entre os

anos de 2011 e 2015 do que a Síria, país que está em guerra civil; que a cada nove minutos,

uma pessoa foi violentamente morta, correspondendo cerca de 160 mortes por dia, restando

comprovado que a maioria das pessoas assassinadas, são jovens do sexo masculino e

residentes na periferia. E como resposta a grave violência urbana e o clamor popular por mais

segurança em cidades brasileiras, foi elaborado o Plano Nacional de Segurança Pública, com

o objetivo de estabelecer a integração, coordenação e cooperação entre governo federal,

estados e sociedade, com execução prioritária para as cidades de Natal, Aracaju e Porto

Alegre. E por estar incluso o Estado do Rio Grande do Sul, foi elencada a capital Porto Alegre

para início da execução do plano nacional. Para tanto, autoridades federais e gaúchas

desencadearam uma série de ações e prioridades visando a redução de homicídios dolosos,

violência contra a mulher, racionalização e modernização do sistema penitenciário e o

combate à criminalidade organizada transnacional. Não obstante, um diagnóstico detalhado da

situação da criminalidade foi elaborado, cabendo aos organismos policiais dentro de suas

atribuições constitucionais e estaduais estabelecerem suas políticas públicas capazes de

atender o bem da coletividade. Todavia a instituição Brigada Militar (BM) para melhor

atender as necessidades da sociedade gaúcha estabeleceu diretrizes estratégicas com o

objetivo de melhorar os serviços prestados à sociedade, implementando o Programa Avante

com o foco de criar uma cultura de gestão por resultados, implementar de forma organizada

projetos e processos estratégicos, disseminar boas práticas entre órgãos da instituição e pensar

no reconhecimento do profissional frente a essas iniciativas. Justifica-se o presente pela

necessidade de mudanças de paradigmas na segurança pública, pois, baseado em princípios da

administração e marketing o saber fazer foi imprescindível no momento. A ferramenta da

gestão fez muito a diferença, abnegar-se foi imprescindível. Desta forma, mister se fez refletir

e compreender os princípios andragógicos na ação de orientação da aprendizagem para uma

formatação ao sucesso. Neste contexto as informações trazidas neste documento cumpriram

os objetivos propostos no início da pesquisa, apresentando as medidas de gestão como forma

norteadora que fizeram a diferença para a redução dos indicadores criminais do ano de 2017,

executadas especificamente pelo 11º Batalhão de Polícia Militar, tendo como consequência,

uma maior credibilidade na polícia e o consequente aumento da sensação de segurança diante

do crescimento dos indicadores de criminalidade e violência na capital do Rio Grande do Sul.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 PROGRAMA AVANTE DA BRIGADA MILITAR

Com o objetivo de implementar uma cultura na Brigada Militar, foi criado o Programa

AVANTE, programa que visou melhor atender as necessidades da sociedade, para tanto,

foram estabelecidas diretrizes estratégicas no intuito de guiar a instituição, implementando

melhorias operacionais, processos de mudanças através do lançamento de novos serviços,

modificações administrativas. A metodologia adotada foi estruturada em quatro pilares para

possibilitar e priorizar as necessidades conflitantes, e, consequentemente, foram definidos os

resultados a serem alcançados, criando-se uma cultura de gestão por resultados que envolve

toda e todos os servidores para garantir o cumprimento das metas da Instituição, em outras

palavras, buscou-se transformar estratégias em resultados. Esse processo consiste no

desdobramento e acompanhamento das metas estratégicas a serem alcançadas por todas as

unidades da Instituição. Esta meta global foi desdobrada desde o nível Institucional até o

último nível gerencial, sendo então negociada e validada pelos Comandos Geral, Regionais e

das Unidades. Para tanto, todos os oficiais da corporação envolvidos receberam treinamento

no Método PDCA2, o que possibilitou o levantamento estruturado das causas que os impedem

de reduzir seus índices e, consequentemente, a elaboração de planos de ação consistentes que

os conduzam ao atingimento das metas estabelecidas. O controle da execução destes planos

de ação, bem como dos resultados obtidos, ocorrerá segundo uma dinâmica de governança

proposta, na qual o comandante “dono” da meta apresenta, mensalmente, seus resultados e

análises de desvio ao nível hierárquico imediatamente superior. Os grupos criminais

priorizados foram homicídios dolosos, latrocínios, sequestros, roubos a pedestres, roubos a

transporte público, roubos a estabelecimentos comerciais e financeiros e Roubos de Veículo.

Dessa forma, Implementou-se de forma organizada uma cultura de gestão de projetos para

que esses estejam alinhados às diretrizes estratégicas da instituição e processos estratégicos de

reestruturação de processos relacionados a estrutura, pessoas e tecnologia, visando à melhoria

do desempenho organizacional como no processo de compras e na melhoria da

operacionalidade do atendimento de emergências 190. Estabeleceu-se que o tempo entre a

ligação atendida e a chegada ao local da ocorrência será o tempo prioritário a ser otimizado

pela reestruturação. Finalmente buscou-se o envolvimento da disseminação de boas práticas

nas unidades da operacionais, ou seja se definiu metas de melhoria, definiu-se ações para

atingir e controle por resultados; estabelecendo-se ações corretivas quando estas forem aquém

do planejado, tornando padronizada as ações que promoveram resultados satisfatórios

elevando o bem estar e o reconhecimento do profissional frente a atitudes, iniciativas e o

trabalho por equipes, valorizando-os por meio de elogios, comendas e medalhas.

2. 11º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR

2 O Ciclo PDCA ou SDCA, significa Plan, Do, Check, Action (Planejar, Fazer, Verificar e Agir). Esse método

tem a função de garantir que a empresa organize seus processos, não importando a natureza.

O 11º Batalhão de Polícia Militar, “Batalhão Coronel FARRAPOS” é resultado das

transformações históricas da Brigada Militar para adequar-se na sua principal missão de servir

ao povo gaúcho. Em 6 de maio de 1967, quatro oficiais da Brigada Militar na Zona Norte da

Capital fundaram a Companhia do Policiamento Rádio Motorizado. No início, o trabalho era

realizado por 70 alunos sargentos, que tinham a missão de formar 100 policiais recém

incluídos na corporação. Onze viaturas Rural Willis, originárias de unidades do interior do

Estado, auxiliavam no patrulhamento. Em 1970, a Cia passou a ser denominada 11º Batalhão

de Polícia Motorizado e em 1974 foi intitulado 11º Batalhão da Polícia Militar (11º BPM).

Em 1984, o batalhão inovou ao informatizar o sistema de despachos de ocorrências,

melhorando assim, a qualidade no atendimento da população. Em janeiro de 1993, chegaram

à unidade as primeiras policiais femininas. No mesmo ano, através de um decreto estadual, o

batalhão criou uma companhia formada e comandada por elas. Foi a primeira unidade da BM

a utilizar bicicletas no policiamento ostensivo e a implantar dentro da corporação o

policiamento comunitário e o Programa Educacional de Resistência as Drogas e a Violência

(Proerd). Atualmente faz parte de uma das seis unidades operacionais que possui o Comando

de Policiamento da Capital, estrutura-se em quatro companhias subdivididas com

responsabilidade em exercer a segurança ostensiva para 278.418 habitantes disseminados em

24 bairros da Zona Norte da capital, o que representa 20% população total de Porto Alegre.

2.1 ESTATÍSTICAS CRIMINAIS NA ÁREA DO 11º BPM

Os índices estatísticos criminais do ano de 2016 de acordo com o 10º ANUÁRIO DE

SEGURANÇA PÚBLICA/2016 mostrava que o Brasil registrou mais mortes violentas

intencionais nos últimos cinco anos do que o país da Síria que ainda está em guerra civil.

Entre março/2011 à novembro/2015 a Síria computou 256.124 mortos, enquanto no Brasil de

janeiro/2011 à dezembro/2015, foram 274.592 mortos. Foram 15.008 homicídios, latrocínios

e lesões corporais seguidas de morte em 2015 e as capitais concentraram 26% dos

assassinatos do país. Diante da situação apresentada, Porto Alegre foi escolhido para

participar do Plano nacional de Segurança Pública, para tanto estatísticas como mortes

violentas relacionadas aos crimes de homicídios dolosos, latrocínios, sequestros, roubos a

pedestres, roubos a transporte público, roubos a estabelecimentos comerciais e financeiros,

furto e roubos de veículo que se mostravam alarmantes necessitavam baixar. Para tanto, o

presente estudo apresenta uma amostra dos índices criminais do ano de 2016 na área do 11º

BPM, enfatizando os atendimentos com prioridades na integridade física, moral e psicológica

do cidadão, tais como: crimes violentos letais intencionais (homicídio doloso e latrocínio),

demais crimes não violentos (roubo de veículos, roubo a pedestre, roubo a transporte público,

estabelecimento comercial, financeiro e de ensino).

Figura 1: Crimes Violentos letalmente intencionais 2016.

Fonte: Escritório de projetos – Estado maior da Brigada Militar

Figura 2: Demais Grupos Criminais 2016

Fonte: Escritório de projetos – Estado maior da Brigada Militar

Metodologicamente a meta na cor azul de 58,1% e -1,4% são valores percentuais que

se deseja reduzir em relação ao ano anterior. A barra de cor vermelha representa o resultado

pior do que o mesmo período no ano anterior. A barra de cor verde representa o resultado

melhor do que o mesmo período no ano anterior. O eixo 0% em azul é o valor referência do

ano anterior. A linha azul refere a meta a ser atingida, ou seja, quando a barra verde alcança a

linha azul a meta foi atingida. Salienta-se que os crimes violentamente intencionais são

homicídios dolosos e latrocínios, enquanto os crimes dos demais grupos criminais referem-se

a sequestros, roubos a pedestres, roubos a transporte público, roubos a estabelecimentos

comerciais e financeiros, furto e roubos de veículo.

Ficou evidenciado com os índices da figura 1 que os crimes contra a vida eram muito

preocupantes e totalmente desvantajosos para uma comunidade que diuturnamente aclamava

por mais segurança, no entanto os crimes da figura 2 apresentavam-se em queda.

Diante do quadro combalido que se apresentava, fazia-se necessário definir uma

estratégia inovadora, um processo contínuo de decisões com evidente definição de qual rumo

seguir, implantar novas formas de gestão, implantar novas plataformas de tecnologia,

desenvolver um gerenciamento adequado de cada elemento que afetasse diretamente a

produtividade e o retorno das ações inovadoras. Para tanto, Peter Drucker com muita

propriedade referenciava que dentre os seus ensinamentos estava o que afirmava a

importância de escolher as melhores pessoas para trabalhar em conjunto, ensinando aos

gestores que a importância do bom negócio é estar do mesmo lado da mesa em que os clientes

estão. Também afirmava que muito do que se chama de gerenciamento consiste em fazer com

que seja difícil para as pessoas trabalharem e que o planejamento de longo prazo não lida com

decisões futuras, mas com um futuro de decisões presentes. Pelas sábias palavras do Austríaco

professor e escritor, considerado como o pai da administração moderna, passou-se então a

formatar-se o planejamento estratégico voltado para fazer-se gestão, processos contínuos de

decisões que evidenciasse uma definição de que rumo seguir e atingisse o intuito de reduzir os

índices de criminalidade para o ano de 2017 e acima de tudo a obtenção da resposta que as

pessoas voltassem a acreditar que a polícia é capaz de propiciar segurança aos cidadãos e

cidadãs.

2.2 INICIATIVAS DE GESTÃO DO 11º BPM

Como meta visa-se cumprir o que preconizava o programa institucional Avante da

Brigada Militar com um único objetivo principal de alcançar níveis aceitáveis de segurança

com a redução dos crimes, priorizar as atividades de polícia ostensiva e desenvolver ações de

gestão na rotina administrativa da instituição.

Diante dessa premissa, primeiramente reuniu-se uma comissão composta pelos

comandantes de frações para se diagnosticar os problemas existentes e metas a serem

atingidos que passavam diretamente pela redução dos elevados índices criminais, maior

motivação do efetivo, aumento do emprego operacional, a superação de uma logística

insuficiente, aumento do foco operacional e a redução das baixas médicas. Para tanto, para

todo problema existe uma alternativa e uma solução que passam por mudanças efetivas e

céleres relacionadas a forma de gestão na administração do batalhão. Existindo-se uma

prioridade, precisou-se modificar a realidade, fazer gestão, trabalhar de forma produtiva,

rápida e eficientemente que convergissem para o que se pretendia, passando a Brigada Militar

estar presente nos ambientes problemáticos, sensibilizando-se gradativamente os integrantes

do batalhão a entenderem e fazer a sua gestão a fim de potencializar suas forças, e como

consequência começou-se a gerar uma melhor prestação de serviço à comunidade.

As primeiras medidas iniciais adotadas foram de estabelecer uma governança local que

estrategicamente atendesse ao cumprimento do Programa Avante da Brigada Militar, bem

como fazer mudanças de gestão nas esferas de recurso de pessoal, da inteligência operacional,

na operacionalidade, no treinamento de pessoal e da logística.

Diante das estatísticas criminais da área de responsabilidade do batalhão, analisou-se

os índices da criminalidade dos vinte e quatro bairros, quantificando-os e mensurando-se

dados como tipo e incidência de ocorrências, horários, dia da semana e modus operandi. De

posse dessa análise percebeu-se que somente oito dos vinte e quatro bairros precisavam

atenção emergencial, logo, direcionou-se o foco estrategicamente para esses bairros sem

descobrir os demais de modo que a sensação de segurança voltasse a se estabelecer. Face as

primeiras medidas iniciais, se obteve resultado positivo nas diminuições das baixas médicas,

basicamente geradas por estresse do serviço, por um ritmo “enlouquecido” que estava

acontecendo, desgastes emocionais por ocorrências com disparos de arma de fogo

desnecessários e muito vezes pelo próprio descontrole administrativo em fazer a gestão. Para

tanto, no campo do recurso de pessoal alterou-se o modelo de escala de serviço que passou de

turnos de 12 horas para 8 horas, ou seja, passou-se de 4 para 3 turnos, tendo como

consequência aumento dos dias trabalhados de 14 para 23 dias e emprego médio de viaturas

de 4 para 16 por turno de serviço. Outro fator relevante foi o aumento do emprego do recurso

humano no final do mês de junho, onde incorporou-se as escalas de serviço 87 novos

soldados, os quais foram empregados na denominada operação visibilidade, passando-se a

serem vistos com nova aparência adotada, apresentando-se com colete refletivo em pontos e

locais estratégicos nas ruas e diante de uma comunidade que estava carente da presença do

policial, que positivamente passou a posar para fotografias com as pessoas da comunidade.

Devido ao aumento de efetivo no terceiro trimestre se empregou dentro das 24 horas uma

média de 40 homens em 3 turnos de serviço, o que representa um percentual de aumento de

50% comparado aos demais meses enquanto eram 4 turnos de serviço.

Através do trabalho de inteligência operacional passou-se a produção de

conhecimentos para as tomadas de decisões nas ações de prevenção (mês, dia, local, turno),

bem como, o uso da informação para focar nas ações de repressão qualificada.

No campo operacional, optou-se por focar na prevenção e visibilidade, estabelecendo-

se três linhas de ações que precisavam ser cumpridas e como formas de melhorias que

passavam pela operacionalidade do atendimento das demandas de emergências 190

envolvendo e incentivando a comunidade efetuar a ligação para comunicações de suspeitos e

ocorrências e depois de consumado determinado delito realizar os registros. Adotou-se

também que todos integrantes do batalhão que entrassem de serviço fossem despacháveis para

ocorrências, estabelecendo-se que o tempo entre a ligação atendida e a chegada ao local da

ocorrência fosse o tempo prioritário a ser otimizado, que até então não ocorria, mudando-se o

paradigma que somente algumas guarnições atendessem a demanda do telefone 190. Para

tanto, após parada diária, antes de sair do aquartelamento os efetivos passaram a informar

condição de atendimento. Fundamentado no relatório sintético de análise criminal no serviço

de atendimento e despacho integrado de emergência semanalmente remetido ao batalhão, o

serviço de inteligência apresentou os dados a governança e essa por sua vez entendeu por

diversificar-se os meios de atendimento de ocorrências através de outras modalidades de

policiamento obtendo-se como consequência a redução no tempo resposta de atendimento que

em janeiro era de 38 minutos para 24 minutos em agosto de 2017. Salienta-se que os postos

de visibilidades passaram a ser aqueles que a comunidade transitava, enxergava.

Conscientizou-se o servidor a utilizar de arnês refletivos e motivou-se a posicionar-se no

posto de maneira que ele como cidadão como gostarias de enxergar o policial, visto que ele na

condição de policial fosse visto e assim tomasse atitude. Douglas da Rosa Soares 3(2017), em

palestra ministrada para Associação dos Moradores do Bairro Três Figueiras, assim

expressou-se: “mudou-se o conceito de correr atrás do ladrão e sim correr atrás do cidadão,

cidade segura não é a que mais se prende e sim, a que mais se previne, cidade limpa não é a

que mais se varre e sim a que menos se suja”. Pessoas que estão em paradas de ônibus ou

chegando para trabalhar em escolas, passeando em praças e parques, em fim nos

deslocamentos para o serviço ou retorno deste, o policial faz-se presente e está sendo visto,

resultado que começou a operação visibilidade passar uma sensação de segurança melhor.

Manteve-se um equilíbrio nas ações de repressão e prevenção antes não vista. Precisava-se

incentivar outras modalidades de policiamento ostensivo com foco a dar uma pronta resposta

a comunidade, intensificou-se o patrulhamento motorizado em operações de visibilidades, no

atendimento ao 190 e na repressão qualificada. Criou-se novas patrulhas tático móvel para dar

cobertura em áreas com estabelecimentos financeiros e rondas a fim de coibir o furto e roubo

de veículos nos bairros através de saturação de área, aumentou-se e treinou-se o pelotão de

operações especiais para manifestações de controle de distúrbios civis, eventos desportivos e

para saturação de bairros com missões específicas, reimplantou-se a modalidade a pé e de

bicicletas, estas que trouxeram um carisma especial, pois aproximou-se mais da comunidade

em praças, parques, feiras, áreas residenciais e comerciais; incentivou-se o patrulhamento

motorizado através de motocicletas, devido sua flexibilidade, agilidade e aumento do poder de

acesso embora se perda um pouco o poder de fogo, no entanto o foco estava para o

planejamento ostensivo em terminais, paradas de ônibus, hospitais, postos de saúde, shopping

center, áreas comerciais bem como também em parques e praças. Ativou-se as patrulhas

escolares nas escolas, a fim de proporcionar mais segurança em estabelecimentos de ensino

mormente com alunos expostos a maior vulnerabilidade e professores vítimas de violência,

bem como ampliou-se o programa educacional de resistência às drogas e a violência

(PROERD) atingindo-se o ensino fundamental de 4ª à 7ª séries. Lecionou-se e deu-se ênfase

as crianças a conviver com a violência e as drogas, no entanto, incentivou-se a fazer suas

próprias escolhas com responsabilidades no intuito desse pequeno cidadão não vir a fazer algo

inadequado e muito menos a utilizar-se das drogas. Formou-se em média 700 crianças por

semestre, ou seja, plantou-se a sementinha do bem. O patrulhamento comunitário e a patrulha

Maria da Penha trouxeram mais aproximação e interação com a comunidade, fortalecendo a

premissa de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas para identificar,

3 Major QOEM Douglas da Rosa Soares, Comandante Interino do 11º Batalhão de Polícia Militar.

priorizar e resolver problemas contemporâneos, como feminicídio, vítimas de agressões,

crimes, drogas, medos, desordens físicas, morais e até mesmo a decadência dos bairros,

objetivando melhorar a qualidade geral de vida na área. A parceria e a cooperação entre a

polícia e a comunidade potencializaram os efeitos positivos. A busca compartilhada de

soluções conjuntas evitou a dispersão dos esforços, e auxiliou a identificação dos problemas

que afetam a todos. A orientação, o aconselhamento e a advertência devem sempre anteceder

as ações repressivas. As ações educativas não podem ocorrer apenas no momento das

infrações, mas através dos organismos comunitários encarregados de promoverem a defesa

social da comunidade, principalmente junto às escolas e associações; promoveu-se palestras

em escolas, empresas, campanhas educativas, brechós beneficentes, incentivou-se as

associações de bairros a se comunicarem e compartilharem de problemas e soluções

encontradas, além de outras formas de divulgação e orientação. Trabalhou-se também a

venda da imagem do policial nas ruas de maneira maciça, ou seja, fazendo-se postagens de

policiais no policiamento em locais estratégicos nas redes sociais, e estes acompanhados de

frases exclamativas como bom dia, boa tarde e boa noite, iniciativa por que muitas vezes o

trabalhador quando desloca-se para o serviço, ou no serviço encerra-se dentro de uma sala,

abaixa a cabeça e só sai para ir embora, ou seja, não vê o policial, mormente está de carona ou

no transporte coletivo, nosso cliente está sempre de cabeça baixa com foco no celular e nas

redes sociais.

Segundo Drucker (1991:123) “marketing é tão básico que não pode ser considerado

uma função separada. É o negócio total visto do ponto de vista de seu resultado final, isto é,

do ponto de vista do consumidor... O sucesso empresarial não é determinado pelo fabricante,

mas pelo consumidor.”

Não obstante, salienta-se que em muitas ações e operações de policiamento, se teve

apoio de outras organizações policiais da capital, que auxiliaram e contribuíram para a

redução dos índices de criminalidade, para tanto, ressalto as modalidades de patrulhamentos

montado, com cães e aéreo.

Quanto a repressão, adotou-se a repressão qualificada, e novamente reporta-se ao

comandante da unidade, que expressou-se em palestra direcionada a empresários utilizando-se

de um princípio adotado de que “cidade limpa não é a que mais se limpa e sim a que menos

se suja, logo, cidade segura não é a que mais se prende e sim a que mais se previne”, passou-

se então a prender menos e prevenir-se mais, corroborando com o pensamento do sociólogo

Sérgio Adorno,4 “repressão policial não é politicamente preventiva”.

Embora a legislação atualmente não tenha ajudado a polícia, estava-se perdendo muito

tempo nas delegacias aguardando lavraturas de prisões, aberturas de vagas em

estabelecimentos prisionais para condução dos presos, ou seja, gerando-se um desconforto nos

direitos igualitários como qualquer cidadão merece ainda que seja ele o infrator.

Consequentemente esse desgaste aumentou o número de horas trabalhadas em excesso, tempo

de espera para se fazer um registro de flagrante, bem como o desfavor da legislação penal,

logo, optou-se então pela policiamento preventivo, enquanto a repressão qualificada de

maneira pontual, ou seja a metonímia da busca do rato quando sabe-se onde ele está, quando

se tem a informação de maneira precisa e não haja efeito colateral como o abuso de

autoridade, a queixa da atuação policial e até mesmo da atuação de policiais insatisfeitos quais

sejam as mazelas. Para tanto, foi importante desenvolver uma capacitação do servidor através

de instruções de defesa pessoal, decisão de tiro, abordagens e controle de distúrbios civis, de

modo que os reflexos foi a redução dos índices de aberturas de procedimentos administrativos

e um servidor menos exaurido, estressado pelo desgaste do serviço diário das mais diversas

ocorrências. Percebeu-se que não era vantajoso para a instituição e para o servidor, portanto

fez-se necessário uma reprimenda da repressão “subversiva” pela qualificada.

Fator preponderante foi a aproximação institucional com órgãos federais, municipais e

estaduais, percebendo-se que o valor na manutenção e zelo pela segurança, seja, no trânsito,

sinalização, prédios públicos, população vulnerável, limpeza e poda de parques e da

pavimentação asfáltica, iluminação, enfim, entenderam que nem tudo são problemas de

polícia. Na aproximação comunitárias dos bairros, também utilizou-se das redes sociais

através dos aplicativos whatsApp, Instagran, Twitter, criando-se e instigando-se a participação

de grupos, embora teve de se ter controle do que os participantes de grupos postavam pois,

disseminava-se muitas vezes inverdades e boatos que geravam pânico e acabavam por

aterrorizar a comunidade, por vezes trabalhadores não iam trabalhar, postos de saúde

fechavam-se as portas, motoristas de ônibus negavam-se a fazer “corridas” do transporte

coletivo, fomentava-se informações equivocadas. Para tanto, passou-se a monitorar as redes

sociais e grupos dos aplicativos dos segmentos importantes como de empresários, transportes,

postos de saúde, trânsito, escolas, bairros, eventos esportivos, lojistas dos quais o batalhão

tem participação através dos comandantes de companhias e pelotões, que por conhecimento

4 Sérgio Adorno - http://www.iea.usp.br/pessoas/pasta-pessoas/sergio-franca-adorno-de-abreu

de causa e detentores do recurso humano gerando-se informações positivas do que realmente

estava acontecendo na comunidade. Através de reuniões de associações de bairros, passou-se

então a interagir harmoniosa e pacificamente em proveito do batalhão, com o fito para

planejar dentro das necessidades que o bairro necessitasse desdobrando-se os recursos para

atender a demanda necessária minimizando-se o dano. Considerando-se que a informação é

primordial e tem de ser célere para um melhor atendimento de emergência, concitou-se a

comunidade a registrar as ocorrências de modo que se tenha uma realidade exata do que se

passa no bairro.

Para tanto, a exemplo da polícia militar de Santa Catarina, Brasília e São Paulo,

implantou-se a tecnologia do atendimento de ocorrência via tablet, o aplicativo disponibiliza

modalidades como o registro de acidentes de trânsito, chat para diálogo entre os policiais

durante os atendimentos e consulta a pessoas e placas de veículos. Mas a principal mudança

está no contato entre a central do 190 e os policiais militares que estão na rua. A partir do

novo sistema, não há mais o chamado pelo rádio, e sim pelo aplicativo. Quando um cidadão

entra em contato para denunciar um crime, o operador do atendimento de emergência 190

joga a ocorrência no sistema para que a viatura mais próxima se desloque ao local. O GPS

(Global Positioning System) do tablet automaticamente indica o caminho mais curto para

atendimento com maior agilidade, sabendo-se do problema de mobilidade urbana existente na

capital gaúcha. Isso evita também que bandidos possam copiar as frequências de rádio usadas

pela polícia para ouvir a troca de informações. Portanto foi necessário entender o mercado do

crime e as necessidades da sociedade.

Outro fator positivo foi que passou-se acreditar no trabalho, no envolvimento, esforço

e dedicação de cada servidor, para tanto a fiscalização operacional ao adentrar de serviço

recebe uma mensagem via aplicativo WhatsApp com a análise criminal do dia anterior no

intuito de reprogramar ações mais eficazes e pontuais.

A mudança mensura-se pela maneira de como se está empregando o recurso e pelo

grau de satisfação da comunidade demonstrado diariamente pelas redes sociais, telefonemas

recebidos e também, pelo aspecto motivador do servidor que está vendo o seu resultado

aparecer com a redução dos índices criminais. Agregando-se a política pública de fiscalização

massificada, o comando semeou parcerias visando utilizar-se das novas tecnologias contra

crime, como o cercamento eletrônico de viaturas e de pontos estratégicos que permitam o

monitoramento através de câmeras a identificação de veículos e pessoas em tempo real.

Quanto ao recurso financeiro estadual, passou-se a ter mais eficiência e controle pois

viabilizaram a recuperação de viaturas, da infraestrutura do batalhão, pagamento de contas

bem como, na distribuição da verba de horas extras ao servidores, aspecto relevante e

motivacional que fez a diferença no emprego operacional. Trabalhou-se a postura da

comunicação social do batalhão que orientada faz divulgação através de mídia positiva,

veiculando para imprensa aspectos positivos e conduzindo à comunidade para um

determinado caminho, o caminho da confiança, da colaboração, e também da prestação de

contas do serviço prestado.

3 RESULTADOS DA GESTÃO

Figura 3 - Crimes Violentos letalmente intencionais 2017

Fonte: Escritório de projetos – Estado maior da Brigada Militar

Significativamente percebe-se que os indicadores de criminalidade do ano de 2017

apresentados na figura 3 em relação aos indicadores do ano de 2016 na figura 1 reduziram

expressivamente. No entanto, os dados comparativos do 1º trimestre/2017 em relação ao 3º

trimestre/2017 apresentaram a redução do crime de latrocínio em 83% e de homicídios em 71

%, ou seja, atingiu os seus fins. Quanto ao indicador de 12% do mês de junho, fugiu do

controle devido a conflitos entre facções criminosas por ocupação do espaço e controle do

tráfico de drogas, no entanto que acelerou-se os empregos na repressão qualificada com um

único objetivo de trazer a paz e tranquilidade para a comunidade atingida, fato concretizado

no mês subsequente.

Figura 4: Demais Grupos Criminais 2017

Fonte: Escritório de projetos – Estado maior da Brigada Militar

Percebe-se que os indicadores de criminalidade do ano de 2017 apresentados na figura

4 em relação ao ano de 2016 da figura 2, reduziram consideravelmente. No entanto, os dados

comparativos do 1º trimestre/2017 em relação ao 3º trimestre/2017 apresentaram as seguintes

reduções: 30% no crime de roubo de veículo, 616 veículos recuperados, 67% no crime de

roubo à estabelecimento comercial, 32% no crime de roubo à transporte coletivo, 12% no

crime de roubo a pedestre, 0% não houve registros de roubos em estabelecimentos de ensino,

no entanto, o crime de furto de veículos embora tenha apresentado aumento significativo, fez-

se um trabalho de inteligência operacional para identificar locais de incidência, modus

operandi e origem dos delinquente, chegando-se à conclusão que quadrilhas oriundas da

região metropolitana estavam agindo por encomendas, atuavam nos bairros de maior poder

aquisitivo, nos horários em que o cidadão estava saindo ou chegando para trabalhar, ora

abrindo ou fechando o portão. Diante dessa premissa, reuniu-se a comunidade e focalizou-se

uma dinâmica de segurança de conscientização através de palestras e utilização do aplicativo

via aplicativo whatssap.

Diante dos números apresentados, responde-se que as influências das políticas e

práticas de gestão adotadas atingiu as metas propostas, exigindo-se mudanças de paradigmas e

culturas, pois conscientizou o servidor a trabalhar motivado e satisfeito por melhor prestar seu

serviço à comunidade.

Conforme preconiza Dalai Lama (1935):

Quando somos pacientes, coisas que mormente consideraríamos muito

dolorosas acabam não parecendo tão ruins. Ao contrário, quando não existe a

tolerância paciente, até as menores contrariedades parecem insuportáveis.

Tudo depende de nossa atitude diante dos fatos. (Dalai-Lama,1935,p.79).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O método que se utilizou envolveu uma concepção direcionada ao marketing,

planejamento de marketing com toques de gestão. Todavia, havia a necessidade de mudar

paradigmas para construir um processo lucrativo para a sociedade, criando valores para eles e

recebendo valor em troca. Paradigmas de reciclagens que passava pelas tomadas de decisões

até a execução propriamente dita, precisava-se formatar um plano estratégico administrativo

que iniciou-se com o entendimento que todos podiam melhorar, embora melhorar, muitas

vezes, pudesse significar mudanças efetivas e necessárias, bastava-se achar as ferramentas

certas para diagnosticar os problemas e tratá-los. Para tanto, precisou-se aplicar um processo

de construção de relacionamentos em todos os níveis hierárquicos, bem como, com o público

externo que desacreditados pela sensação de insegurança. Precisou-se entender as reais

necessidades e desejos do “cliente” (interno e comunidade) elaborando-se uma estratégia

participativa orientada ao cliente, para atrair, manter e cultivar clientes-alvo, fazendo-os

entender que o valor superior estava no sentimento da entrega da prestação do serviço e o

encantamento do recebimento desta.

Através da eficácia operacional, quebra-se regras, pensar por outro ângulo é

fundamental, precisa-se ver com novos olhos a operacionalidade ostensiva. Todos da equipe,

sem exceção, precisam absorver conceitos e saber aplicá-los no dia a dia. A execução se deu

por implementar processos e padronizar a unidade, sem tirar liberdades, com criatividades e o

poder de inovar.

A Brigada Militar, tem como missão a preservação e a manutenção da segurança

pública, cujo destinatário final é a população. A gestão desses serviços é focada no cidadão,

no ambiente local, na qualidade dos serviços de produção, no desenvolvimento do seu público

interno e no monitoramento e acompanhamento de resultados e soluções de segurança

pública. Dessa forma, assim como no mercado empreendedor, busca-se a melhoria dos

processos e serviços prestados. Assim como a criminalidade tem evoluído em níveis

elevadíssimos, tanto no que se refere à violência quanto nos seus métodos de execução, é

sabido que as polícias devem buscar alternativas para poder combater os problemas que têm

afligido a sociedade, buscando alternativas para o policiamento, aproveitando-se de

experiências anteriores para a busca da efetividade em termos de qualidade dos serviços

prestados. Para tanto a Brigada Militar vem unindo esforços de estabelecer uma gestão

estratégica voltada para coesão de procedimentos e atitudes, modelo de atuação policial que

promova um ambiente seguro e a satisfação dos cidadãos. A pesquisa se destinou,

primeiramente a descrever para que serve o Programa Avante da Brigada Militar que conduz

para mudança de atitude por parte da cadeia hierárquica de comandos. Em um segundo

momento se propôs a descrever a história do 11º Batalhão a fim de dimensionar seu vínculo

com a comunidade da zona norte. E, finalmente, a adoção do potencial e influência da política

de gestão que fez a diferença no 11º BPM, alcançando o objetivo principal da pesquisa em

mostrar os resultados de uma trabalho que foi profícuo. Acredita-se que o tema do estudo

abordado apresentou ao autor um nova concepção de gestão baseado nos princípios da

Administração e marketing. Portanto, sugere-se a iniciativa da maneira de gestar adotada pelo

11º BPM como uma das formas de compartilhar as unidades operacionais do Comando de

Policiamento da Capital.

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