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LÍNGUA PORTUGUESA ACENTUAÇÃO GRAFICA Professor Cosme da Cunha

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LÍNGUA PORTUGUESA

ACENTUAÇÃO GRAFICA

Professor Cosme da Cunha

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REGRAS GERAIS Proparoxítonas (Sílaba tônica: antepenúltima) As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos: trágico, patético, árvore

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PAROXÍTONAS Sílaba tônica: penúltima Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: l fácil; n pólen; r cadáver; ps bíceps; x tórax; us vírus; i, is júri; lápis om, ons iândom, íons; um, uns álbum, álbuns; ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis.

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PAROXÍTONAS Facilitando... Não se acentuam as paróxítonas terminadas em –a (s), -e (s), -o(s), -em (ns) OXÍTONAS (Sílaba tônica: última) Acentuam-se as oxítonas terminadas em: -a(s): sofá, sofás -e(s): jacaré, vocês -o(s): paletó, avós -em(ns): ninguém, armazéns

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MONOSSÍLABAS: São acentuadas as tônicas terminadas em: -a(s): lá, cá, vá, pá -e(s): né, pé, HIATOS Quando a segunda vogal do hiato for i ou u, tônicos/tónicos, acompanhados ou não de s, haverá acento − proíbo, faísca, caíste, saúva, balaústre, carnaúba, país, aí, baú, Jaú, paraíso, saúde, heroína. Se o i for seguido de nh, não haverá acento − moinho, tainha, campainha, redemoinho

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DITONGOS ABERTOS EM OXÍTONAS Acentuam-se os ditongos abertos em oxítonas, apenas. Ex: herói, Elói, véu, réu, dói,

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Administração – Ministério da Justiça (FUNRIO 2008) 1 -O vocábulo do texto I, cuja acentuação gráfica se justifica pela mesma regra de “ilícitas”, é A) após. B) camelôs. C) século. D) também. E) já.

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Agente de Defesa Sanitária e Ambiental (2008) – CONESUL 2 - Analise as afirmativas sobre a acentuação gráfica das palavras do texto. I.As palavras “estratégia, ninguém e família” obedecem à mesma regra de acentuação gráfica. II.“Tábua” é acentuada para diferenciar de “tabua”. III. “Miúdos” é acentuada porque o “u” é tônico e forma hiato com a vogal anterior. Qual(is) está(ão) correta(s)? a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a III. d) Apenas a II e a III. e) I, II III.

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AGENTE FAZENDÁRIO SC 2008 (FEPESE) 3 - Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados devido à mesma regra de acentuação gráfica. (A) boêmio – inglês – têm. (B) América – hábitos – até. (C) época – café – européia. (D) século – período – saúde. (E) influência – província – concílio.

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Curso Básico de Português

ADJETIVOS

Professor Cosme Cunha

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DEFINIÇÃO Adjetivo é a palavra que modifica o substantivo atribuindo-lhe um estado, qualidade ou característica. A natureza adjetiva possui aspecto funcional, pois exerce referência aos seres. Ex: homem pálido; carga pesada; gosto amargo; filme sensacional.

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Os adjetivos podem ser: primitivo, derivado, simples e pátrio. I – ADJETIVO PRIMITIVO É aquele que não deriva de outra palavra em português Ex: quadro falso;

esposa fiel; blusa nova.

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II – ADJETIVO DERIVADO É o que deriva de um substantivo, verbo ou de outro adjetivo. Ex: salto mortal

morte -- mortal ação lamentável lamentar - lamentável

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III – ADJETIVO SIMPLES É aquele que possui um único elemento. Ex: blusa verde

cidade chinesa

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IV – ADJETIVO COMPOSTO É aquele formado por dois ou mais elementos Ex: história anglo-saxônica

blusa verde-clara

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V – ADJETIVO PÁTRIO OU GENTÍLICO É aquele que se refere à nacionalidade ou lugar de origem. Ex: ponte holandesa

tecnologia francesa

prato baiano

cultura basca

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LOCUÇÕES ADJETIVAS Denominamos locução adjetiva à reunião de duas ou mais palavras com valor de uma única que exerce essência tipicamente adjetiva. Geralmente as locuções adjetivas são compostas por uma preposição e um substantivo.

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dentes caninos dentes de cão amor materno amor de mãe jogos bélicos jogos de guerra carne bovina carne de boi véspera natalina véspera de Natal aroma campestre aroma do campo

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Em alguns casos, a locução adjetiva pode ser também formada por uma preposição e um advérbio. Pneu de trás Jornal de ontem

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O adjetivo pode variar em: gênero; grau; número. I – Flexão de gênero Quanto aos gêneros, os adjetivos se classificam em UNIFORMES e BIFORMES

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ADJETIVOS UNIFORMES Possuem uma única forma para o masculino e o feminino. Ex: música suave / vento suave

gato selvagem / ação selvagem ADJETIVO BIFORME Possuem duas formas: uma para o masculino e outra para o feminino Ex: copo vazio / bolsa vazia

ambiente sujo / sala suja

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1 – Feminino dos adjetivos simples: a) troca-se a vogal “o” pela vogal “a” belo – bela alto – alta b) acrescenta-se “a” aos adjetivos terminados em –u, -es, -or nu – nua francês – francesa lutador - lutadora

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c) Adjetivos terminados em –ão fazem o feminino com –ã, -ona jovem cristão – jovem cristã tio brincalhão – tia brincalhona d) Adjetivos terminados em –eu formam o feminino em –eia ministro europeu – ministra europeia exceção: judeu - judia

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FEMININO NOS ADJETIVOS COMPOSTOS Nos adjetivos compostos, só o último vai para o feminino. Ex: camisa amarelo-clara

máscara médico-cirúrgica

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II – FLEXÃO DE NÚMERO Observa-se a concordância simples com o substantivo. criança feliz- crianças felizes jogo inteligente – jogos inteligentes aula agradável – aulas agradáveis

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Obs: os adjetivos que indicam nome de cor também seguem essa regra. Porém se o nome da cor for um substantivo adjetivado, ele não sofre variação. Ex: camisa cinza / camisas cinza

parede abóbora / paredes abóbora meia celeste / meias celeste

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PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS Nos adjetivos compostos, só último elemento vai para o plural cantor norte-americano cantores norte-americanos Exceção: alguns adjetivos não seguem essa regra: Sapatos azul-marinho Calças verde-musgo Blusas azul-celeste

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São invariáveis os plurais do segundo elemento quando estes se tratarem de substantivo. Ex: carros verde-abacate OBS: plural da palavra surdo-mudo flexiona os dois elementos: surdos-mudos

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III – FLEXÃO DE GRAU A) GRAU COMPARATIVO Ela ficou mais irritada que você. Ela ficou tão indignada quanto você Ela ficou menos enjoada que você Observe que surgem os modelos de superioridade, igualdade e inferioridade.

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B) GRAU SUPERLATIVO Jonas é muito forte (forma analítica) Jonas é fortíssimo (forma sintética) Seguem alguns superlativos nas formas analítica e sintética:

muito amargo – amaríssimo muito amável – amabilíssimo muito fiel – fidelíssimo muito cruel – crudelíssimo muito ágil – agílimo muito severo - severíssimo

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muito inteligente – inteligentíssimo muito frio – friíssimo muito benévolo – benevolentíssimo muito capaz – capacíssimo muito geral – generalíssimo muito incrível – incredibilíssimo muito manso – mansuetíssimo

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POLÍCIA CIVIL RJ (2008) 1 – “Assinale a alternativa em que a troca de posição entre as palavras provoque forte mudança de sentido. (A) “Negras nuvens” (verso 1) – nuvens negras (B) “Exaltado coração” (verso 5) – coração exaltado (C) “longínqua direção” (verso 12) – direção longínqua (D) “alguma salvação” (verso 13) – salvação alguma (E) “olhar ardente” (verso 11) – ardente olhar

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BNDES (2005) – NCE/UFRJ 2 - Os adjetivos mostram qualidades, características ou especificações dos substantivos; a alternativa abaixo em que o termo em negrito NÃO funciona como adjetivo é: a) difícil aprendizado; b) sensação de dificuldade; c) trabalho que é difícil; d) tarefa dificílima; e) acesso difícil.

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ADMINISTRADOR 2002 (CESPE) 3 - 0 termo grifado é locução adjetiva em: a) "Os meninos gritavam na rua atrás das tanajuras..." b) "Aquela cai dentro de vinte minutos." c) "Gostava... de tomar banho de chuva nas biqueiras..." d) "Os passarinhos trocavam de lugar..." e) "Escureceu o mundo de repente.".

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(FUMARC-TC) 4 - As palavras destacadas são exemplos de adjetivo e substantivo, exceto em: a) "0 Brasil teve um grande crescimento econômico a partir de 1870 e se manteve nessa posisão invejavel durante um século inteiro." b) "Trata-se, enfim, de um vasto painel do Brasil atual com o ataque àquelas questões que mais preocupam os brasileiros." c) O balanço apalpa muitos problemas, mas é surpreendentemente otimista no exame do futuro quanto a novos parceiros-comerciais." d) "Repentinamente, o Brasil perdeu gás na rampa dos anos 80 e chega aos 90 numa constrangedora dificuldade." e) "Poucos países têm condições de retomar a prosperidade."

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UCMG 4 - Em todas as alternativas, há correlação entre os termos destacados, exceto em: a) A situação foi considerada gravíssima. b) Todos procederam educados. c) Estas casas devem ter custado caro. d) Alegre e comunicativo, o menino chegou. e) Meu tio foi nomeado embaixador.

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PREFEITURA DE TRÊS CORAÇÕES 2000 5 - Assinale a alternativa que contém o grupo de adjetivos gentílicos, relativos a “Japão”, “Três Corações” e “Moscou”: a) Oriental, Tricardíaco, Moscovita; b) Nipônico,Tricordiano, Soviético; c) Japonês, Trêscoraçoense, Moscovita; d) Nipônico, Tricordiano, Moscovita; e) Oriental, Tricardíaco, Soviético.

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LÍNGUA PORTUGUESA

ADVÉRBIOS

Professor Cosme da Cunha

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Os advérbios são palavras que modificam, criando circunstâncias, o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio; Os aspectos semânticos dessas circunstâncias é que determinam a classificação do advérbio ou locução adverbial. Veja a diferença entre advérbio e locução adverbial: Ontem saí apressado. adv. adv. Pela manhã saí com pressa. loc. Adv loc.adv

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 1 – ADVÉRBIO DE TEMPO Amanhã faremos ótima prova Comprarei novo carro futuramente. Aos domingos, aproveito para estudar. Desde criança gosto de doces.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 2 – ADVÉRBIO DE MODO Saiu-se bem naquela prova. Calmamente, a senhora se aproximou. Comeste mal naquele restaurante? Fale paulatinamente para que entendamos.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 3 – ADVÉRBIO DE LUGAR Sentou no fundo da sala durante a aula. Em Rondônia há belos entardeceres. Deixe o sapato à porta. Não ponha os pés naquela casa!

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 4 – ADVÉRBIO DE AFIRMAÇÃO Ele realmente virá à reunião? Sim, já acabei de estudar Matemática! Certamente ele deixará saudades. Aquela moeda é deveras falsa.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 5 – ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO Não conheci as lendas do local. A escultura nunca fica sozinha no museu. (observe que nesse caso, o advérbio “nunca” pode ser substituído por “não”. Caso fosse substituível por “em tempo algum”, seria advérbio de tempo, conforme o exemplo abaixo: Nunca viajei para o México.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 6 – ADVÉRBIO DE DÚVIDA Talvez troque de carro. Todos os atletas, possivelmente, alcançarão êxito. Foi a frase do mês e, quiçá, do ano.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 7 – ADVÉRBIO DE INTENSIDADE Ela estudava muito para passar. Comeu demais naquela festa. Ele foi bastante inconveniente.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 8 – ADVÉRBIO DE INSTRUMENTO Abria os envelopes com a tesoura. Cortou-se com a lâmina de barbear. Trabalhava com a enxada.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 9 – ADVÉRBIO DE MEIO Seguiu para Florianópolis de carro. Foi de avião para Natal. Trilhava a cavalo os montes longínquos.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 10 – ADVÉRBIO DE CAUSA Morreu de tuberculose naquela manhã. Por pobreza, economizava no transporte. Pediu demissão da firma por estresse.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 11 – ADVÉRBIO DE COMPANHIA Viajou com a tia para Cuiabá. Sempre ensaiava com a melhor amiga. Passeou com o cachorro.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 12 – ADVÉRBIO DE PREÇO Comprou aquela blusa por quinze reais. Atenção!!! Não confundir locução adverbial de peço com objeto direto, conforme exemplo abaixo: Aquela blusa custa quinze reais.

objeto direto

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 13 – ADVÉRBIO DE FINALIDADE. Estudou para o concurso da Caixa. Para o emagrecimento breve, fazia dieta rigorosa. .

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CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 14 – ADVÉRBIO DE CONCESSÃO. Mesmo cansado, completou a maratona. Apesar de fria, entrou na água. Agiu com impulso, embora meticuloso. .

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ATENÇÃO Algumas palavras podem ser confundidas entre advérbio e adjetivo. MEIO Ele estava meio cansado.

= um pouco (advérbio) Ele bebeu meio copo.

= metade (adjetivo) .

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Ag. Previdenciário (FUNDEP) 2009 1 - é oferecido suporte [...] para que, aos poucos, a comunidade tenha autonomia na resolução de problemas locais[...].. (linhas 29 e 30) A expressão sublinhada tem, nessa frase, o sentido de A) modo. B) qualidade. C) quantidade. D) tempo.

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GUARDA MUNICIPAL 2005 2 - Assinale a frase em que meio funciona como advérbio: a) Só quero meio quilo. b) Achei-o meio triste. c) Descobri o meio de acertar. d) Parou no meio da rua. e) Comprou um metro e meio.

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ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE EXTERNO (ACE) - 2002 3 - Morfologicamente, a expressão sublinhada na frase abaixo é classificada como locução: "Estava à toa na vida..." a) adjetiva b) adverbial c) prepositiva d) conjuntiva e) substantiva

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ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE EXTERNO (ACE) - 2002 4 - Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa: a) Quase morri de vergonha. b) Agi com calma. c) Os mudos falam com as mãos. d) Apesar do fracasso, ele insistiu. e) Aquela rua é demasiado estreita.

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Curso Básico de Português

Artigos e Numerais

Professor Cosme Cunha

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ARTIGOS Chamamos de artigo a palavra variável que colocamos antes do substantivo para indicar, ao mesmo tempo, seu gênero e seu número. O artigo é basicamente demonstrativo. Sua função sintática principal é de adjunto adnominal dos substantivos.

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O artigo é classificado como: a) Definido: o, a, os, as; b) Indefinido: um, uma, uns, umas. Os artigos definidos determinam os substantivos de modo preciso e particular. Ao dizer "o livro", faz-se uma referência a um livro em particular. Já os indefinidos determinam os substantivos num aspecto vago, impreciso e geral. Quando se diz "um livro", menciona-se qualquer livro.

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Na língua portuguesa existe uma maneira de combinar os artigos com preposições. A combinação dos artigos definidos com as preposições a, de, em, por (per), resulta, respectivamente, em ao, do, no, pelo, à, da, na, pela, aos, dos, nos, pelos e às, das, nas, pelas. A combinação dos artigos indefinidos com a preposição em, e mais raramente a preposição de, resulta em: num, dum, numa, duma, nuns, duns, numas, dumas

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O artigo transforma palavras de qualquer classe gramatical em substantivo. Exemplo: Ninguém sabe como será o amanhã. Também estabelece sua determinação ou indeterminação: Exemplos: Li o jornal ontem. Li um jornal ontem. No primeiro caso, está-se falando de um jornal em particular. No segundo, de qualquer jornal. Também distingue os homônimos e define seu significado. Exemplos: O rádio, a rádio; o capital, a capital; o moral, a moral.

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Além disso, o artigo também distingue os homônimos e define seu significado. Exemplos: o rádio, a rádio; o capital, a capital; o moral, a moral.

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NUMERAIS Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, organização. Os numerais podem ser: Cardinais Indicam uma quantidade exata Exemplo: quatro, mil, quinhentos Ordinais Indicam uma posição exata Exemplo: segundo, décimo

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Multiplicativos Indicam um aumento exatamente proporcional. Exemplo: dobro, quíntuplo Fracionários Indicam uma diminuição exatamente proporcional Exemplo: um quarto, um décimo

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Os numerais cardinais que variam em gênero são um, dois e as centenas a partir de duzentos: Um menino e uma menina receberão os prêmios do concurso de redação. Cardinais como milhão, bilhão (ou bilião), etc. variam em número: milhões, bilhões (ou biliões), etc. Os demais cardinais são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e número: primeiro, primeira, primeiros, primeiras.

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PMERJ 2004 2 - Em todas as frases abaixo,a palavra grifada é um numeral,exceto em: a)Ele só leu um livro este semestre. b)Não é preciso mais que uma pessoa para fazer este serviço. c)Ontem à tarde,um rapaz procurou por você? d)Você quer uma ou mais caixas deste produto?

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Curso Básico de Português

COERÊNCIA

Professor Cosme Cunha

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A frase não é uma simples sucessão de palavras,assim como o texto também não é uma simples sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato com nossos interlocutores. A coerência é resultante da não-contradição entre os diversos segmentos textuais que

devem estar encadeados logicamente.

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Cada segmento textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressuposto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos eles estejam concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa concatenação, ou quando um segmento atual está em contradição com um anterior, perde-se a coerência textual.

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A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao contexto extra verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo receptor. Um leitor que não esteja contextualizado ao assunto dificilmente conseguirá a plenitude textual.

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A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao contexto extra verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo receptor. Um leitor que não esteja contextualizado ao assunto dificilmente conseguirá a plenitude textual.

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Portanto, A coerência textual é o instrumento que o autor vai usar para conseguir encaixar as “peças” do texto e dar um sentido completo a ele.

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Exemplo: “Podemos notar claramente que a falta de recursos para a escola pública é um problema no país. O governo prometeu e cumpriu: trouxe várias melhorias na educação e fez com que os alunos que estavam fora da escola voltassem a frequentá-la. Isso trouxe várias melhoras para o país.”

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 1 - Em texto da Folha de São Paulo, um morador das margens de uma grande rodovia declarava o seguinte: Hoje já passaram por aqui milhares de caminhões e automóveis, mas eu e minha família já estamos habituados com isso; os garotos até brincam, jogando pedra nos pneus. Há, nesse texto, um conjunto de palavras cujo significado depende da enunciação, ou seja, da situação em que o texto foi produzido. Entre as alternativas abaixo, aquela que indica um termo que NÃO está nesse caso é: a) hoje; b) aqui; c) eu; d) minha família; e) isso.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 2 - O segmento inicial de nosso Hino Nacional diz o seguinte: Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heróico o brado retumbante... Se colocados na ordem direta, os termos desses dois versos estariam assim dispostos: a) As margens plácidas do Ipiranga ouviram / O brado retumbante de um povo heróico; b) As margens plácidas ouviram do Ipiranga / O heróico brado retumbante de um povo; c) As margens plácidas do Ipiranga ouviram / O heróico brado retumbante de um povo; d) Do Ipiranga as margens plácidas ouviram / O brado retumbante de um povo heróico; e) Ouviram as margens plácidas do Ipiranga / De um povo o heróico brado retumbante.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 3 - Falando da Seleção Brasileira de Futebol, um cronista esportivo declarou o seguinte: “Carlos Alberto Parreira deveria fazer o quinteto de Ronaldo, Ronaldinho, Robinho, Adriano e Kaká, com um deles no banco de reservas, pois, assim, teria à sua disposição um substituto de qualidade para possíveis mudanças táticas.”; tal declaração peca por imprecisão, visto que: a) as mudanças não seriam táticas, mas técnicas; b) o quinteto seria sempre formado de quatro jogadores; c) o técnico não pode colocar titulares no banco de reservas; d) nem todas as mudanças produzem o efeito desejado; e) o banco de reservas não pode contar com um só jogador.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 4 – “Tudo aconteceu a partir do momento que chegaram dois homens com dois altos-falantes e começaram a fazer propaganda de um show na porta do prédio. Ora, segundo as normas, é proibido, após as 22h, não fazer barulho neste lugar e, por isso, tivemos que expulsar eles (sic).” Há uma incoerência flagrante no seguinte segmento: a) Tudo aconteceu a partir do momento; b) chegaram dois homens com dois altos-falantes; c) começaram a fazer propaganda de um show na porta do prédio; d) é proibido, após as 22h, não fazer barulho neste lugar; e) tivemos que expulsar eles.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 5 – “O filme publicitário mostra um casal muito bem recebido numa agência bancária e se encerra com uma frase: “UNIBANCO. Nem parece banco”. Certamente pretende-se mostrar a superioridade desse banco sobre outros, mas a frase pode permitir também uma leitura que não seria agradável para os bancos, ou seja, a de que: a) todos os bancos têm a mesma aparência arquitetônica; b) os bancos tratam também de temas econômicos; c) os bancos são muito frios na relação com os clientes; d) os gerentes das agências não atendem os clientes; e) as pessoas receiam entrar nas agências bancárias.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 6 – “Uma lata de um conhecido refrigerante traz escrita a seguinte frase: “Mais importante do que a beleza é o conteúdo”. Considerando-se ser essa uma frase publicitária, pode-se inferir que a leitura esperada pelos publicitários é a de que: a) a lata é bonita, mas mais valioso é o refrigerante; b) a lata é feia, mas o produto é bom; c) não importa a embalagem desde que o produto seja bom; d) a lata não é para ser admirada, mas sim o refrigerante; e) o refrigerante é ótimo apesar da embalagem.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 7 – “Uma creche de São Paulo mandou fazer uma faixa – colocada na fachada do prédio – com os seguintes dizeres: “Ame-os e deixe-os!”. Sobre os dizeres contidos nessa faixa, só NÃO se pode dizer que: a) há uma aparente contradição lógica entre os termos do período; b) os dizeres recordam uma frase da época do “milagre brasileiro”:”Brasil, ame-o ou deixe-o!”; c) a conjunção “e” substitui uma esperada conjunção “mas”; d) o pronome “os” refere-se a “filhos”; e) a creche reconhece a impossibilidade de amar como os pais.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 8 – “Uma indicação de como tomar-se determinado medicamento registrava: “tomar dois comprimidos, de dois tipos diferentes a cada duas horas”. A frase, por ser ambígua, pode gerar confusão: tomar um ou dois comprimidos de cada tipo? A frase abaixo que NÃO traz qualquer possibilidade de ambiguidade é: a) Pedro e José encontraram-se com João; b) A perturbação do chefe prejudicou o projeto; c) O gerente falou com o cliente que mora perto do banco; d) O funcionário, em sua sala, falou com o chefe; e) Pedro encontrou o irmão entrando na loja.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 9 – “A alternativa em que as duas formas da frase NÃO apresentam o mesmo significado é: a) O presidente deseja ser admirado pelos eleitores / O presidente deseja a admiração dos eleitores b) O gerente pretende ser promovido a diretor / O gerente pretende a promoção do diretor c) O guarda teme ser capturado pelos traficantes / O guarda teme sua captura pelos traficantes d) O jogador queria ser denominado “Rei” / O jogador queria a denominação de “Rei” e) A rainha prefere ser amada pelos súditos / A rainha prefere o amor dos súditos .

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 10- A frase abaixo faz parte de seção de uma revista de humor: “Se você é um verdadeiro masoquista. “Se você realmente adorou esta seção. “Não perca o próximo número. “Vai ser muito pior!” O humor, neste caso, é produzido pelo(a): a) crítica feita à própria revista; b) ambigüidade de termos; c) relação “masoquista” / “pior”; d) reconhecimento das próprias falhas; e) ironia do termo “adorou”. .

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Curso Básico de Português

COESÃO

Professor Cosme Cunha

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Coesão "A coesão não nos revela a significação do texto, revela-nos a construção do texto enquanto edifício semântico." --M. Halliday Coesão significa união íntima das partes de um todo. Os caroços de um prato de arroz “unidos venceremos”, que, se jogado na parede, não cairá nenhum grão, possui uma forte coesão.

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Assim é a construção de um texto, todas as palavras não necessárias. Os conectivos possuem função muito importante, pois sem eles o texto não seria tecido, mas um amontoado de palavras sem nexo. Uma das principais ferramentas de coesão é a utilização adequada de conjunções.

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O texto é analogicamente como uma roupa. Precisamos combinar, ver as peças, cores e estação. A coesão é exatamente a linha que tem a função de costurar as partes.

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Seguem alguns exemplos de instrumentação de coesão:

1 - Perífrase ou antonomásia - expressão

que caracteriza o lugar, a coisa ou a pessoa a que se faz referência

Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades

mais importantes do Brasil. A cidade maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, hospitalidade e carnaval.

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2 - Nominalizações - uso de um substantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente. Também pode ocorrer o contrário: um verbo retomar um substantivo já enunciado. Ex.: A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, entretanto, não foi aceita pelo juiz responsável pelo caso. / O testemunho do rapaz desencadeou uma ação conjunta dos moradores para testemunhar contra o réu.

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3 - Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - ainda que se considere a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições favorecem a não repetição de palavras. Ex.: Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um lugar de destaque no evento.

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4 - Um termo síntese - usa-se, eventualmente, um termo que faz uma espécie de resumo de vários outros termos precedentes, como uma retomada. Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. Depois de tudo isso, ainda falta a emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas essas limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o Brasil.

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5 - Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou expressões anteriormente empregados. Advérbios também podem ser usados Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá-las sem a devida orientação. / A instituição é uma das mais famosas da localidade. Seus funcionários trabalham lá há anos e conhecem bem sua estrutura de funcionamento. / A mãe amava o filho e a filha, queria muito tanto a um quanto à outra.

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6 - Numerais - as expressões quantitativas, em algumas circunstâncias, retomam dados anteriores numa relação de coesão. Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo cabia à administração do colégio.

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7 - Elipse - essa figura de linguagem consiste na omissão de um termo ou expressão que pode ser facilmente depreendida em seu sentido pelas referências do contexto. Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar tudo para a assembléia com os acionistas.

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8 - Metonímia - outra figura de linguagem que é bastante usada como elo coesivo, por substituir uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contigüidade semântica. Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O Planalto não revelou ainda a taxa deste mês.

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EXERCÍCIOS TCU 1 - Assinale a opção que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo. O fenômeno da globalização econômica ocasionou uma série ampla e complexa de mudanças sociais no nível interno e externo da sociedade, afetando, em especial, o poder regulador do Estado. _________________ a estonteante rapidez e abrangência _________ tais mudanças ocorrem, é preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a mudança existiu como algo inerente ao sistema social. (Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82) a) Não obstante – com que b) Portanto – de que c) De maneira que – a que d) Porquanto – ao que e) Quando – de que

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Curso Básico de Português

CONCORDÂNCIA VERBAL

Professor Cosme Cunha

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Regra Universal “O verbo concorda com o sujeito” Exemplos: As pessoas lidam bem com o dinheiro.

A verdade e a mentira entraram em guerra.

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Sujeito composto: - Anteposto: nesse caso o verbo vai para o plural. Ex: A falta de dinheiro e a greve dos bancos confirmaram o caos. - Posposto: o verbo fica no plural ou concorda com o elemento que estiver mais próximo. Ex: Passarão o céu e a terra. verbo: plural sujeito composto Passará o céu e a terra. verbo: singular sujeito composto

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Elementos identificados semanticamente: quando os núcleos do sujeito são palavras que pertencem ao mesmo grupo significativo o verbo fica no singular. Ex: Alegria e felicidade nos acompanha

núcleos sinônimos verbo singular constantemente.

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Com elementos ligados por ou: • Se a conjunção cria relação de exclusividade, o verbo fica no singular. Ex: José ou João será eleito presidente. • Se a conjunção não cria relação de exclusividade, o verbo vai para o plural. Ex: Correr ou nadar exigem bom preparo físico.

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Com elementos em gradação, o verbo concorda com o elemento mais próximo: Ex: O vento, a chuva, o frio não os núcleos organizados em gradação inquietava. verbo no singular

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Com  as  expressões  um  e  outro  /  nem  um  nem  outro,  o  verbo  pode  ficar  no  singular  ou  plural.      Ex:    Nem  um  nem  outro  dormiu.    

 Nem  um  nem  outro  dormiram.  

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O verbo acompanhado pelo pronome apassivador se, concorda normalmente com o sujeito. Ex: Vendem-se tapiocas fresquinhas.

Vende-se uma casa na praia. Quando o verbo é acompanhado pelo índice de indeterminação do sujeito esse fica na 3ª pessoa do singular. Ex: Assistiu-se à demonstração de dança.

Precisa-se urgentemente de médicos.

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Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo vai sempre para a 3ª pessoa (singular ou plural). Ex: Vossa Alteza atendeu ao nosso pedido. Vossas Altezas atenderam ao nosso pedido. Coletivo O verbo fica no singular quando o sujeito é um coletivo no singular. Ex: O bando visitava a cidade deserta.

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Porcentagem - O verbo concorda com o sujeito quando esse é um número expresso em porcentagem, sem especificação. Ex: Um por cento não compareceu à aula. Noventa por cento não compareceram à aula. - Quando o sujeito vem especificado o verbo concorda com esse: Ex: Dois por cento dos alunos não compareceram à aula. Dez por cento do alunado está em dia com as mensalidades.

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Há situações em que o número percentual é considerado: a) O partitivo se apresenta antes da porcentagem. Ex: Dos alunos, dez por cento estão em dia com as mensalidades. b) Quando o verbo se apresenta antes da porcentagem. Ex: Não compareceu um por cento dos alunos. c) Quando a porcentagem vem determinada: Ex: Aqueles vinte por cento do Senado não votaram

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Nomes usados só no plural Quando o sujeito é constituído por nomes próprios que só têm plural, o verbo fica no plural se esse nome vier precedido de artigo plural, caso contrário, fica no singular. Ex: Campinas fica no Estado de São Paulo. Os Estados Unidos lideram o movimento

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 1 – ““– Senhor Presidente, Vossa Excelência não me tem permitido usar a palavra! – Senhor Deputado, Vossa Excelência poderá falar após dois outros colegas!”. Esse diálogo, ouvido numa das CPIs do Congresso, mostra: a) a concordância verbal errada com “Vossa Excelência”; b) a má colocação de pronomes pessoais oblíquos; c) a mistura indevida de “Senhor” com “Vossa Excelência”; d) o uso inadequado do tratamento “Vossa Excelência” para deputado; e) o emprego adequado da norma culta da língua.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 2 – A língua portuguesa e os conhecimentos matemáticos nem sempre estão de acordo. A frase abaixo em que a concordância verbal contraria a lógica matemática é: a) 50% da torcida brasileira gostaram da seleção; b) mais de três jornalistas participaram da entrevista; c) menos de dois turistas deixaram de participar do passeio; d) são 16 de outubro; e) participaram do congresso um e outro professor.

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TCU 2002 3 – “__________ três meses que não ___________ os pássaros”. A) faziam / via-se. B) fazia / viam-se C) fazia / se viam D) fazia / se via E) faziam / se viam

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Crase

Professor Cosme Cunha

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Crase Crase não é um acento! Crase é um fenômeno de fusão de duas vogais. Para marcar essa fusão, usa-se o acento a que chamamos de grave. Ex: Luís foi à feira comprar à vista.

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Ocorrerá a crase em língua portuguesa sempre que houver a necessidade de preposição (pelo termo regente) e de artigo ou similar (pelo termo regido). Foi a + a missa regente preposição artigo regido

Logo, Foi à missa.

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Regras e Dicas I – Sempre substituir a palavra feminina por uma masculina. Se a palavra necessitar da combinação “ao”, usar o acentograve no feminino. Ex: O jovem tinha amor à arte

(ao jogo)

Ensinou a dança durante as férias. (o ritual)

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II – Locuções adverbiais femininas necessitam de acento grave. Ex: Ele chegou ás pressas.

Fique bem à vontade. À noite, acenda os lampiões. Lá é fundo, fique à beira do rio.

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Crase Crase não é um acento! Crase é um fenômeno de fusão de duas vogais. Para marcar essa fusão, usa-se o acento a que chamamos de grave. Ex: Luís foi à feira comprar à vista.

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III. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque ocorre a crase. Ex: Vou à França (volto da França)

Vou a Potugal (volto de Portugal) Vou a Cricúma (volto de Criciúma) Vou à Bahia (volto da Bahia)

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NÃO USAR ACENTO GRAVE I – Antes de verbo

Estava a pensar. Voltamos a contemplar a lua.

II - antes de palavras masculinas

Gosto muito de andar a pé. Passeamos a cavalo.

III - antes de pronomes em geral:

Não vou a qualquer parte. Fiz alusão a esta aluna.

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IV - Antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona:

Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza Dirigiu-se à Sra. com aspereza.

V - em expressões formadas por palavras repetidas:

Estamos frente a frente Estamos cara a cara.

VI - quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:

Não falo a pessoas estranhas. Restrição ao crédito causa o temor a

empresários.

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VI - quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:

Não falo a pessoas estranhas. Restrição ao crédito causa o temor a

empresários. VII – Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por nenhum adjunto adnominal, não ocorre a crase. Exemplos: Regressaram a casa para almoçar

Regressaram à casa de seus pais

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VIII - Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase. Exemplos: Regressaram a terra depois de muitos dias. Regressaram à terra natal. IX – Antes de pronome relativo “que” Exemplos:

Este é o livro a que fiz alusão Jonas é o homem a que nos

referimos.

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CASOS FACULTATIVOS I.  Antes de nome próprio feminino:

Refiro-me à (a) Julinana. II. Antes de pronome possessivo feminino:

Dirija-se à (a) sua fazenda. III. Depois da preposição até:

Dirija-se até à (a) porta.

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PARA NÃO ESQUECER Ocorre também a crase a) Na indicação do número de horas:

Chegamos às nove horas. b) Na expressão à moda de, mesmo que a

palavra moda venha oculta: Usam sapatos à (moda de) Luís XV.

c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento: Chegou à tarde (tempo). Falou à vontade (modo).

d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de...

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ATENÇÃO Lembre-se que: Há - indica tempo passado.

Moramos aqui há seis anos

A - indica tempo futuro e distância. Daqui a dois meses, irei à fazenda. Moro a três quarteirões da escola.

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POLÍCIA CIVIL RJ (2008) 1 - No verso 15, às cegas recebe acento indicativo de crase por se tratar de expressão adverbial feminina. Assinale a alternativa em que ocorra inadequação à norma culta no tocante à presença ou à falta do acento grave. (A) A prova será aplicada das 9h às 11h. (B) Sempre me refiro à Ipanema da minha infância. (C) A secretaria funcionará de segunda à sexta. (D) Quando os tripulantes do navio chegaram a terra, todos ficaram aliviados. (E) Ele vive à custa da esposa.

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POLÍCIA CIVIL RJ (2008) 1 - No verso 15, às cegas recebe acento indicativo de crase por se tratar de expressão adverbial feminina. Assinale a alternativa em que ocorra inadequação à norma culta no tocante à presença ou à falta do acento grave. (A) A prova será aplicada das 9h às 11h. (B) Sempre me refiro à Ipanema da minha infância. (C) A secretaria funcionará de segunda à sexta. (D) Quando os tripulantes do navio chegaram a terra, todos ficaram aliviados. (E) Ele vive à custa da esposa.

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Magistério RJ (2008) 2 - _____ Igreja cabe propugnar pelos princípios éticos e morais que devem reger _____ vida das comunidades, enquanto _____ política deve visar ao bem comum. a) A - à - à b) À - a - a c) À - à - a d) À - à - à e) A - a - a

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Curso Básico de Português

FIGURAS DE

LINGUAGEM

Professor Cosme Cunha

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1 - Comparação Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem - e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros. Exemplos: "Amou daquela vez como se fosse máquina. Beijou sua mulher como se fosse lógico." (Chico Buarque)

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2 - Metáfora Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido. Exemplo: "Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão." (Machado de Assis)

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3 - Metonímia Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:

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- o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, tomamos um cálice1 de licor. 1 O conteúdo de um cálice.

- a causa pelo efeito e vice-versa: "E assim o operário ia Com suor e com cimento 2 Erguendo uma casa aqui Adiante um apartamento." (Vinicius de Moraes)

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- o lugar de origem ou de produção pelo produto: Comprei uma garrafa do legítimo porto 3. 3 O vinho da cidade do Porto.

- o autor pela obra: Ela parecia ler Jorge Amado 4. 4 A obra de Jorge Amado.

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- o abstrato pelo concreto e vice-versa: Não devemos contar com o seu coração 5. 5 Sentimento, sensibilidade.

- o símbolo pela coisa simbolizada: A coroa 6 foi disputada pelos revolucionários. 6 O poder. - a matéria pelo produto e vice-versa: Lento, o bronze 7 soa. 7 O sino.

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Catacrese A catacrese é um tipo de especial de metáfora, "é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito estilístico." (Othon M. Garcia) São exemplos de catacrese: folhas de livro pele de tomate dente de alho montar em burro céu da boca cabeça de prego

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Sinestesia A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas). Exemplo: "A minha primeira recordação é um muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal."

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Antonomásia Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a distingue. Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.) do nome próprio. Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) O Cisne de Mântua (= Virgílio) O poeta dos escravos (= Castro Alves)

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Aliteração Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra. Exemplo: "Toda gente homenageia Januária na janela." (Chico Buarque)

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Onomatopéia Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um ruído ou som. Exemplo: "O silêncio fresco despenca das árvores. Veio de longe, das planícies altas, Dos cerrados onde o guaxe passe rápido... Vvvvvvvv... passou." (Mário de Andrade)

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Polissíndeto É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: "Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita, luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça, e morre." (Olavo Bilac)

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Assíndeto É uma figura caracterizada pela ausência, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. "Vim, vi, venci." (Júlio César)

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Elipse omissão de um termo ou expressão facilmente subentendida. Ex: Na sala, alunos inteligentes. Zeugma omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Ex: Alguns estudam, outros não, "O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque)

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Hipérbato Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período. São determinadas por ênfase e podem até gerar anacolutos. Ex; “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante.”

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Hipérbole exagero de uma idéia com finalidade expressiva Ex: Estou morrendo de sede (com muita sede) Ela é louca pelos filhos (gosta muito dos filhos)

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Ironia utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico. Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta

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Ironia utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico. Ex: Essas crianças parecem anjinhos, inclusive aquelas penduradas no lustre e na cortina.

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Ironia utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico. Ex: Essas crianças parecem anjinhos, inclusive aquelas penduradas no lustre e na cortina.

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Gradação apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax) Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça perfeitamente."

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Prosopopeia É a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao Bosco / Aldir Blanc)

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Eufemismo Determinadas palavras e expressões, quando empregadas em certos contextos, são consideradas desagradáveis, ou por apresentarem uma idéia muito negativa ou por chocarem quem ouve. Por isso, é muito comum os falantes substituírem essas expressões por outras mais suaves, mais delicadas, que, mesmo tendo o mesmo sentido, causam menor impacto em quem as ouve. “E fizeste isto durante vinte e três anos (…) até que um dia deste o grande mergulho nas trevas (…)” (Machado de Assis)

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1 - (VUNESP) No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada: a) metáfora b) hipérbole c) hipérbato d) anáfora e) antítese

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2 - (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras? a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo) b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia) c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número) d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração) e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)

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SINTAXE ORACIONAL PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

Professor Cosme da Cunha

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ORAÇÕES COORDENADAS A oração coordenada é aquela que se liga a outra oração da mesma natureza sintática. Num período composto por coordenação, as orações são independentes. Ela podem ser sindéticas (quando a outras se prendem por conjunções), ou assindéticas (quando não se prendem a outras por conectivo)

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As coordenadas sindéticas podem ser: Aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... como, assim... como. Adilson foi ao trabalho a pé e voltou de automóvel. Simão não era rico nem pobre. Estudou não somente Português, como também Geografia. Adversativas: mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão. Argumentou durante duas horas, mas não convenceu. Nesse particular, você tem razão, contudo não me convenceu.

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Adversativas: mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão. Argumentou durante duas horas, mas não convenceu. Nesse particular, você tem razão, contudo não me convenceu.

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Alternativas: ou... ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja. A babá ora acariciava o nem-nem, ora beslicava-o. Conclusivas: logo, portanto, por fim, por conseguinte, conseqüentemente. Vivia zombando de todos; logo, não merecia complacência. Explicativas: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois. Ele caminhava apressadamente, pois estava atrasado.

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Classifique as orações coordenadas conforme o código abaixo: ( 1 ) oração coordenada assindética ( 2 ) oração coordenada sindética aditiva ( 3 ) oração coordenada sindética adversativa ( 4 ) oração coordenada sindética alternativa ( 5 ) oração coordenada sindética explicativa ( 6 ) oração coordenada sindética conclusiva a) Gosto muito de dançar, pois faço “jazz”desde pequenina. b) Recebeu a bola, driblou o adversário e chutou para o gol. c) Acendeu o “abat-jour”, guardou os chinelos e deitou-se. d) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre. A sequência correta é:

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SINTAXE ORACIONAL PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

Professor Cosme da Cunha

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As orações subordinadas se dividem em três grupos:

A) SUBSTANTIVAS

B) ADJETIVAS C) ADVERBIAIS

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A) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Exercem as funções sintáticas que são cabíveis a um substantivo.

A.1) SUBJETIVA Exerce a função de sujeito.

Ex: Convém que estude mais. É provável que façam novo concurso.

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A.2) OBJETIVA DIRETA Exerce funçaõ de objeto direto. Ex: Descobri que existe uma solução. Disse que aplicaria nova fórmula.

A.3) OBJETIVA INDIRETA Exerce função de objeto indireto. Ex: Precisa de que haja reforço. Acreditava em que lhe contava.

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A.4) COMPLETIVA NOMINAL Exerce função de complemento nominal. Ex: Tinha necessidade de que valorizassem o trabalho. Tinha crença em que houvesse mudanças.

A.5) APOSITIVA

Exerce função de aposto. Ex: Havia uma certeza: que venceria o desafio.

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A.6) PREDICATIVA Exerce função de predicativo do sujeito. Ex: A natureza é que precisa de ajuda. Muitas verdades são que nos motivam.

OBS: Observe a diferença entre a oração subjetiva e a predicativa: A subjetiva possui a estrutura: VL + PREDICATICO + SUJEITO ou VI + SUJEITO A predicativa já possui a estrutura: SUJ. + VL + PREDICATIVO

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B) ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA Exercem função de adjunto adnominal e sempre são iniciadas por pronome relativo.

B.1) EXPLICATIVA

Iniciada por vírgulas. Ex: Os homens, que nascem livres, não aceitam a escravidão. Os países da Europa, que fizeram acordo, receberão redução de juros.

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B.2) RESTRITIVA Não são iniciadas por vírgulas. Ex: Os trabalhadores da empresa que fizeram greve receberão a direção em reunião. Os eleitores que não votaram na última eleição tiveram que justificar.

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OBS: Vale ressaltar a grande diferença semântica entre as orações adjetivas. “Os jogadores do clube, que viajaram, não treinarão na segunda-feira.”

Todos os jogadores do clube viajaram.

“Os jogadores do clube que viajaram não treinarão na segunda-feira.”

Apenas o grupo que viajou não treinará.

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C) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Exercem a função de adjunto adverbial em relação à oração principal.

C.1) CAUSAL “Não viajei porque o voo foi cancelado” “…que não seja eterno, posto que e chama…”

C.2) CONDICIONAL “Se vier a São Paulo, me avise.” “Falarei com ele, caso o encontre.”

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C.3) CONSECUTIVA “Comeu tanto que passou mal.” “Ele é tão desagradável que todos foram embora.”

C.4) COMPARATIVA “Trabalhou como um Hércules.” “Choveu muito, tal qual um dilúvio.”

C.5) CONCESSIVA “Saiu cedo, embora todos solicitassem a continuidade do espetáculo.” “Mesmo que perca, cumprimente o adversário.”

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C.6) CONFORMATIVA “Conforme anunciado, baixamos os preços.” “Ele discursou como já era esperado.”

C.7) TEMPORAL “Quando chegares a Rondônia, me telefone.” “Todos puseram crachá assim que chegaram à convenção.”

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C.8) PROPORCIONAL “À medida que estuda, aprende o conteúdo.” “Cansou da atividade ao passo que o sol ficava mais forte”

C.9) FINAL “Estudou muito para que obtivese sucesso naquele concurso.” “Viajou a fim de descansar.”

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Polícia Civil RJ -2008 1 - “Conduzo tua lisa mão / Por uma escada espiral / E no alto da torre exibo-te o varal / Onde balança ao léu minh’alma” (versos 22 a 25) Tomando o trecho acima como um período composto, há: (A) três orações, sendo duas subordinadas. (B) duas orações, sendo uma coordenada. (C) quatro orações, sendo duas coordenadas. (D) quatro orações, sendo uma coordenada. (E) três orações, sendo uma subordinada.

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ANALISTA DE SISTEMAS (2008) Cesgranrio 2 - “mesmo admitindo que grandes massas da população estejam excluídas dele.” (l. 8-10) Os segmentos destacados têm a mesma função que a oração em destaque em: (A)“...criaram novos espaços de conhecimento.”(l.33-34) (B)“Esses espaços de formação têm tudo...” (l. 36) (C)“O conhecimento é o grande capital da humanidade.”(l. 40) (D)“...que precisa dele para a inovação tecnológica.” (l. 41-42) (E)“acabaram surgindo indústrias do conhecimento,” (l. 50)

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Partículas QUE e SE

Professor Cosme da Cunha

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FUNÇÕES DA PARTÍCULA SE 1 – CONJUNÇÃO INTEGRANTE: conjunção introduz orações subordinadas substantivas. Ex: Quero saber se ela virá à festa. 2 - Conjunção subordinativa condicional: introduz orações subordinadas adverbiais condicionais. Ex: Deixe um recado se você não me encontrar.

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3 –Pronome reflexivo: funciona como objeto direto, objeto indireto e sujeito do infinitivo. Ex: A criança machucou-se. (objeto direto) 4 - Pronome apassivador: quando se liga a verbos transitivos diretos com a intenção de apassivá-los. Ex: Contaram-se histórias estranhas.

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5 - Índice de indeterminação do sujeito: quando se liga aos verbos intransitivo, transitivo indireto ou de ligação com o papel de indeterminar o sujeito. Ex: Discorda-se do fato.

Precisa-se de secretárias. Só se é feliz na infância.

Morre-se nas guerras.

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6 - Partícula expletiva: não desempenha nenhuma função sintática ao se associar a verbos. Ex: Ele acabou de sentar-se. 7 – Parte integrante do verbo: ligada a verbos pronominais. Ex: Ela não cansa de queixar-se.

Arrependeu-se do que fez.

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FUNÇÕES DA PARTÍCULA QUE 1 – ADVÉRBIO Intensifica adjetivos e advérbios, atuando sintaticamente como adjunto adverbial de intensidade. Tem valor aproximado ao das palavras quão e quanto. Ex1: Que longe está meu sonho! Ex2: Os braços... Oh! Os braços! Que bem-feitos!

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2 –Substantivo Como substantivo, tem o valor de qualquer coisa ou alguma coisa. Nesse caso, é modificado por um artigo, pronome adjetivo ou numeral, tornando-se monossílabo tônico ( portanto, acentuado). Pode exercer qualquer função sintática substantiva. Ex1: Um tentador quê de mistério torna-a cativante. Ex2: "Meu bem querer tem um quê de pecado..."

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3 – Preposição Equivale à preposição de ou para, geralmente ligando uma locução verbal com os verbos auxiliares ter e haver. Na realidade, esse QUE é um pronome relativo que o uso consagrou como substituto da preposição de. Ex1: Tem que combinar? (= de) Ex2: Amanhã, teremos pouco que fazer em nosso escritório

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4 –Interjeição Como interjeição, a palavra QUE (exclamativo) também se torna tônica, devendo ser acentuada. Exprime um sentimento, uma emoção, um estado interior e, equivale a uma frase, não desempenhando função sintática em oração alguma. Ex1: Quê! Você por aqui! Ex2: Quê! Nunca você fará isso!

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5 – Partícula expletiva ou de realce Neste caso, a retirada da palavra QUE não prejudica a estrutura sintática da oração. Sua presença, nestes contextos, é um recurso expressivo, enfático. Ex1: Quase que ela desmaia! Ex2: Então qual que é a verdade?

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6 – Pronome relativo O pronome relativo refere-se a um termo (por isso mesmo chamado de antecedente), substantivo ou pronome, ao mesmo tempo que serve de conectivo subordinado entre orações. Geralmente, o pronome relativo introduz uma oração subordinada adjetiva, nela desempenhando uma função substantiva. Ex: O livro que li é ótimo.

O médico de que te falei curou meu filho. A rua em que moro é pouco iluminada

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7 – Pronome indefinido substantivo Quando equivale a "que coisa". Ex1: Que caiu? Ex2: A fantasia era feita de quê? 8 - Pronome indefinido adjetivo Quando, funcionando com adjunto adnominal, acompanha um substantivo. Ex1: Que tempo estranho, ora faz frio, ora faz calor. Ex2: Que vista linda há aqui!

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9 - Pronome substantivo interrogativo Substitui, nas frases da língua, o elemento sobre o qual se deseja resposta, exercendo sempre uma das funções substantivas, significando que coisa. Ex: Que terá acontecido? (= que coisa) 10 - Pronome adjetivo interrogativo Acompanha os substantivos nas frases interrogativas, desempenhando função de adjunto adnominal. Ex1: Que livro você está lendo? Ex2: "Por aquela que foi tua, que orvalho em teus olhos tomba?" ( Cecília Meireles)

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11 - Conjunção coordenativa Como conjunção coordenativa, a palavra QUE liga orações coordenadas, ou seja, orações sintaticamente equivalentes. Ex1: Anda que anda e nunca chega a lugar algum. Ex2: Mantenhamo-nos unidos, que a união faz a força.

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12 - Conjunção Integrante O QUE é conjunção subordinativa integrante quando introduz oração subordinada substantiva. Ex1: "E ao lerem os meus versos pensem que eu sou qualquer coisa natural."( Alberto Caeiro) Ex2: Parecia-me que as paredes tinham vulto.

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13 - Conjunção subordinativa Causal Ex1: Fugimos todos, que a maré não estava pra peixe. - Final Ex1: "...Dizei que eu saiba." ( João Cabral de Melo Neto) - Consecutiva Ex1: A minha sensação de prazer foi tal que venceu a de espanto. - Comparativa Ex1: Eu sou maior que os vermes e todos os animais.

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POLICIA CIVIL RJ (2008) 1 - “E em que se vai trocando as pernas” A palavra se no verso acima destacado se classifica como: (A) partícula apassivadora. (B) índice de indeterminação do sujeito. (C) parte integrante do verbo. (D) pronome reflexivo. (E) conjunção.

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POLICIA CIVIL RJ (2008) 2 - “Mas não, é a ti que vejo na colina” Assinale a alternativa em que esteja corretamente classificada a palavra destacada nos versos acima. (A) parte de expressão expletiva (B) conjunção integrante (C) pronome relativo (D) conjunção subordinativa (E) pronome indefinido

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UEPG 3 – Classifique o SE na oração: “Ele queixou-se dos maus-tratos recebidos.” a) Parte integrante do verbo. b) Conjunção condicional. c) Pronome apassivador. PA d) Símbolo de indeterminação do sujeito. PIS e) Conjunção integrante.

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Agente Penitenciário (2004) 4 – Qual é a função do SE em “Não sei se ela vem”? a) conjunção subordinativa condicional. b) conjunção subordinativa integrante. c) partícula expletiva (de realce). d) pronome pessoal. e) conjunção subordinativa concessiva.

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Magistério RJ (2002) 5 – No período “Avistou o pai, que caminhava para a lavoura”, a palavra “que” classifica-se morfologicamente como: a) conjunção subordinativa integrante. b) conjunção subordinativa final. c) pronome relativo. d) partícula expletiva. e) conjunção subordinativa causal

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Curso Básico de Português

PONTUAÇÃO

Professor Cosme Cunha

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Ponto (.) Usado no final de frases declarativas, de orações ou de períodos. Marca pausas longas. Ex.: Anita viajou para Santos. Levou consigo todas as suas joias. Vírgula (,) Usada para marcar pausas de breve duração entre os termos de oração e entre orações de um mesmo período. Nos casos mais comuns usamos a vírgula para separar: a) vocativo - Ex.: — Como vai, Ricardo? b) aposto - Ex.: Moisés, o caçula, sai cedo de casa. c) adjuntos adverbiais - Ex.: Em meados de março, meu tio voltou de Itu. A neve cai sobre a cidade, impiedosamente.

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d) termos de enumeração - Ex.: Comprei bananas, maçãs, peras e abacaxis. e) nomes de lugar nas datas e endereços - Ex.: Embu, 24 de maio de 1996. f) orações - Ex.: Não quero viajar, mas vou mesmo assim. Deus, que é pai de todos, só quer nossa felicidade. g) palavras ou expressões explicativas ou conclusivas Ex.: Assim, estando tudo combinado, assinamos o contrato. Milton concordou comigo, ou seja, fez tudo que eu pedi. OBS.: usa-se também a vírgula para marcar a elipse, ou seja, a omissão de um termo da oração. Ex.: Em São Paulo mora meu pai; em Santos, minha mãe.

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PONTO E VÍRGULA (;) O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar que o período não terminou. Emprega-se nos seguintes casos: - para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si. Exemplo: O rio está poluído; os peixes estão mortos.

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- para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui elementos separados por vírgula. Exemplo: O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove, contra.

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- para separar itens de uma enumeração. Exemplo: No parque de diversões, as crianças encontram: brinquedos; balões; pipoca.

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- para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.) , substituindo, assim, a vírgula. Exemplo: Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã.

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- para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção aparecer no meio da oração. Exemplo: Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas alguns.

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Dois-pontos ( : ) O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. Emprega-se, geralmente: - para anunciar a fala de personagens nas histórias de ficção. Por Exemplo: "Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz : – Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano Ramos)

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- para anunciar uma citação. Exemplo: Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Lembrando um poema de Vinícius de Moraes: "Tristeza não tem fim, Felicidade sim."

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- para anunciar uma enumeração. - Exemplo: Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e Marcos. - antes de orações apositivas. Exemplo: Só aceito com uma condição: Irás ao cinema comigo.

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- para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse. Exemplos: Marcelo era assim mesmo: Não tolerava ofensas. Resultado: Corri muito, mas não alcancei o ladrão. Em resumo: Montei um negócio e hoje estou rico.

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Obs.: os dois-pontos costumam ser usados na introdução de exemplos, notas ou observações. Veja: Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, etc. Nota: a preposição "per", considerada arcaica, somente é usada na frase "de per si " (= cada um por sua vez, isoladamente). Observação: na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, melhorzinho, etc.

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AGENTE DE ENDEMIAS – Jaguará do Sul 2008 (ACAFE) 1 - Do texto a seguir,foram retiradas, propositalmente, as vírgulas. No Brasil o dia da consciência negra é comemorado em 20 de novembro. A data foi escolhida por coincidir como dia da morte de Zumbi dos Palmares em 1695. Neste dia são debatidos temas como a inserção do negro no mercado de trabalho cotas universitárias identificação de etnias moda e beleza negra. Assinale a alternativa que indica corretamente o número de vírgulas retiradas do texto: (A)7. (B)6. (C)5. (D)4.

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PREFEITURA DE ITÁ (SC) - 2007 2 - Assinale a opção em que a supressão das vírgulas alteraria o sentido do anunciado a) os países menos desenvolvidos vêm buscando, ultimamente, soluções para seus problemas no acervo cultural dos mais avançados; b) alguns pesquisadores,que se encontram comprometidos com as culturas dos países avançados, acabam se tornando menos criativos; c) torna-se, portanto, imperativa uma revisão modelo presente do processo de desenvolvimento tecnológico; d) a atividade científica, nos países desenvolvidos, é tão natural quanto qualquer outra atividade econômica e) por duas razões diferentes podem surgir, da interação de uma comunidade com outra, mecanismos de dependência

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Curso Básico de Português

PREPOSIÇÕES E

CONUNÇÕES

Professor Cosme Cunha

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PREPOSIÇÃO Definição: Preposição é utilizada para ligar palavras. Exemplos: Andou a cavalo Saiu com os primos Necessidade de atenção.

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Em muitos casos a preposição possui caráter semântico. Veja os exemplos: Fui a Manaus (ideia de lugar) Fui até Manaus (ideia de limite) Fui para Manaus (ideia de direção)

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Observe a lista de preposições: A ANTE APÓS ATÉ COM CONTRA DE DESDE EM ENTRE PARA PER PERANTE POR SEM SOB SOBRE TRÁS

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LOCUÇÃO PREPOSITIVA Muitas vezes a preposição é representada por um conjunto de palavras que recebe o nome de locução prepositiva. Veja alguns exemplos destacados nas frases abaixo: “Ao longo dos últimos meses, o exército se fortaleceu na fronteira.” “Na empresa, acima de mim, só o presidente.

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Veja alguns casos: abaixo de acima de além de embaixo de de acordo com ao lado de ao redor de em vez de fora de junto a graças a em cima de longe de ao encontro de a respeito de

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Combinação e Contração As preposições a, de, em e por podem unir-se com artigos e alguns pronomes e advérbios, formando as combinações e contrações. Ex: Fez campanha na época da eleição.

em + a

Confira ao lado do mural. a + o de + o Desta água não beberei. de + esta

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CONJUNÇÕES As conjunções servem para unir orações ou palavras de mesma função sintatica. Ex: Viajei, mas não conseguiu repouso.

Gosto de abacate e carambola.

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CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNTIVAS: a) CONDICIONAIS: se, caso, contanto que, uma vez que, desde que; b) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, mais...do que; c) CONFORMATIVAS: conforme, como, consoante, segundo; d) FINAIS: para que, a fim de que; e) PROPORCIONAIS: à medida, ao passo que, à proporção que

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f) CAUSAIS: já que, porque, posto que, uma vez que; g) TEMPORAL: quando, assim que, enquanto; h) CONCESSIVAS: embora, apesar de, mesmo que i) CONSECUTIVAS: tanto...que, tão...que; j) EXPLICATIVAS: pois, porque; k) ADITIVAS: e, nem, como também; l) CONCLUSIVAS: portanto, logo, por isso, então; m) ADVERSATIVAS: mas, porém, entretanto, contudo, todavia; n) ALTERNATIVAS: ou, ora.

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MP (2000) 1) Indique a opção em que a conjunção encerre uma ideia de conclusão. (A) Volto logo, pois estou com muita fome. (B) A rua está tão mal iluminda que ficou perigosa. (C) Acordamos cedo, estávamos, pois, cansados. (D) Assim que chegamos, todos já nos aguardavam. (E) No fim deu tudo certo, haja vista os aplausos de encerramento.

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MAGISTÉRIO RJ(2000) 2) Em um dos casos abaixo, a conjunção “e” não possui valor aditivo. Encontre a opção em que ocorra tal fenômeno. (A) Fui ao cinema e não gostei do filme. (B) Deixei o estádio e me dirigi ao trabalho. (C) Os alunos saíram cedo e os professores foram em seguida. (D) Aportamos no litoral e vimos um belo porto (E) Comprei duas blusas e fui contemplado pela promoção da loja.

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AGENTE EDUCATIVO (2008 – FJPF) 3) O item em que o segmento sublinhado tem seu valor corretamente indicado é: (A) “...as empresas precisam deslocar para manter em dia...” – direção; (B) “Se desenvolvimento dependesse da quantidade de leis...” – condição; (C) “Mesmo que sejam inócuas...” – tempo; (D) “...para manter em dia obrigações tributárias, por exemplo” – explicação; (E) “...a relação entre incapacidade de fiscalização e furor legiferante” – lugar.

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Curso Básico de Português

Processos de Formação de Palavras

Professor Cosme Cunha

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As palavras são divididas em três grandes grupos de formação: A) COMPOSIÇÃO B) DERIVAÇÃO C) OUTROS PROCESSOS

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A)  COMPOSIÇÃO A.1) COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO Como o próprio nome já indica, nesse

processo duas ou mais palavras formam uma nova sem que haja perda mórfica.

Ex: beija-flor, passatempo, girassol, guarda-

roupa.

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A.2) COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO

Nesse processo, duas ou mais palavras formam uma nova, porém existe a perda mórfica.

Ex: aguardente, fidalgo, embora, planalto

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B) DERIVAÇÃO B.1) DERIVAÇÃO PREFIXAL OU

PREFIXAÇÃO Ocorre a partir da inclusão de um prefixo à palavra original.

Ex: infiel, pré-temporada, ilegal, amoral B.2) DERIVAÇÃO SUFIXAL OU SUFIXAÇÃO

Ocorre a partir da inclusão de um sufixo à palavra original.

Ex: realmente, felicidade, amável, amoroso

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B.3) DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA Quando incluímos um sufixo e um prefixo sendo estes fundamentais à existência da palavra.

Ex: abençoar, ajoelhar, enlameado, avermelhado, desalmado.

OBS: quando os afixos podem ser retirados, ocorrem dois processos simultâneos: prefixação além de uma sufixação.

Ex: infelizmente, desalmado

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B.4) DERIVAÇÃO REGRESSIVA Quando ocorre uma perda mórfica. Geralmente o processo existem em nominalizações, ou seja, transformação de verbos em substantivos.

Ex: analisar – análise quebrar – quebra

jogar – jogo estudar – estudo arriscar - risco

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B.5) DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA Ocorre quando há mudança de classe gramatical original.

Ex: Recebeu um não da amiga. mudança de advérbio para substantivo

O amanhecer em Bauru é lindo. mudança de verbo para substantivo.

O candidato fez um comício monstro. mudança de substantivo para adjetivo.

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C) OUTROS PROCESSOS C.1) ONOMATOPEIA

Reprodução imitativa de sons Ex: pingue-pingue, zunzum, miau

C.2) ABREVIAÇÃO Redução da palavra até o limite de sua compreensão Ex:metrô, moto, pneu, extra

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C.3) SIGLA A formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma sequência de palavras Ex:Academia Brasileira de Letras – ABL, UFRJ, UNICAMP, PETROBRAS

C.4) NEOLOGISMO

Nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras que adquirem um novo significado Ex: “malamar”, imexível, cavaquista, petista, pefelista

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C.5) Hibridismo são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo, grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alcoômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino / sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);

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C.6) ESTRANGEIRISMO Ocorre quando uma palavras é incorporada ao idioma nacional a partir da estrutura de uma língua estrangeira.

Ex: deletar, sanduíche, shopping, bidê,

boate, paeja, caratê, jiu-jitsu.

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Agente de Defesa Sanitária e Ambiental (2008) – CONESUL 1 - Considere as afirmativas sobre a formação das palavras do texto. I. Idêntico processo de formação de palavras está presente em “embargo” e “manobra”. II. Na palavra “desembarcou” encontra-se prefixo de origem grega. III.Em “filharada” encontra-se sufixo formador de nome aumentativo. Qual (is) está(ão) correta(s)? a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a III. d) Apenas a I e a II. e) I, II III.

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2. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: a) ajoelhar / antebraço / assinatura b) atraso / embarque / pesca c) o jota / o sim / o tropeço d) entrega / estupidez / sobreviver e) antepor / exportação / sanguessuga

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3. (BB) A palavra "aguardente" formou-se por: a) hibridismo d) parassíntese b) aglutinação e) derivação regressiva c) justaposição

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4. (SANTA CASA) Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de derivação parassintética? a) Lá vem ele, vitorioso do combate. b) Ora, vá plantar batatas! c) Começou o ataque. d) Assustado, continuou a se distanciar do animal. e) Não vou mais me entristecer, vou é cantar.

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LÍNGUA PORTUGUESA

PRONOMES

Professor Cosme da Cunha

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Pronomes são as palavras que possuem duas finalidades: a substituir (pronomes substantivos) os substantivos ou companhar (pronomes adjetivos).

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CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES 1 – Pronome Pessoal Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a que fala, a com quem se fala e a de quem se fala. A)Pronomes pessoais do caso reto Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas

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B) Pronomes pessoais do caso oblíquo São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida). Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição

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Pronomes oblíquos átonos Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes. Pronomes oblíquos tônicos Os pronomes oblíquos tônicos são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.

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Usos dos Pronomes Pessoais Eu, tu / Mim, ti Eu e tu exercem a função sintática de sujeito. Mim e ti exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são precedidos de preposição. Ex. Trouxeram aquela encomenda para mim. Era para eu conversar com o diretor, mas não houve condições

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Agora, observe a oração: Sei que não será fácil para mim conseguir o empréstimo. O pronome mim NÃO é sujeito do verbo conseguir, como à primeira vista possa parecer. Ademais a ordem direta da oração é esta: Conseguir o empréstimo não será fácil para mim.

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PRONOMES POSSESSIVOS São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular) 1ª pessoa sing. – meu, minha 2ª pessoa sing. – teu, tua 3ª pessoa sing. – seu, sua 1ª pessoa pl. – nosso, nossa 2ª pessoa pl. – vosso, vossa 3ª pessoa pl. – seus, suas

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PRONOMES DEMONSTRATIVOS Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo são invariáveis e se empregam exclusivamente como substitutos de substantivos. As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome demonstrativo.

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No espaço: Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala. Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala. Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.

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Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.

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No tempo: Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente. Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo. Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.

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Quanto ao contexto, os pronomes demonstrativos indicam: 1) Este(s), esta(s), isto – refere-se a algo que vai ser mencionado em seguida: A questão é esta: não poderemos votar até que observemos todas as propostas e vida pregressa. 2) Esse(s), essa(s), isso – refere-se a algo que foi mencionado: Precisamos pesquisar a vida pregressa dos nossos candidatos. Essa seria uma atitude sábia do eleitor.

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3) Aquele(s), aquela(s), aquilo – refere-se a elementos já citados e são relacionados os pronomes este(s) e esta(s) nas orações: Gregório de Matos Guerra e Machado de Assis foram escritores e representam marcos na Literatura Brasileira. Este deu roupagem a uma nova forma de prosa, aquele é considerado o primeiro poeta brasileiro.

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São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo: O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros. O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.

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O processo de retomada é muito simples. Comprei o livro de Machado de Assis. O livro de Machado de Assis é ótimo. Ao unirmos as duas orações, usamos o pronome relativo para substituir o termo que se repete. Ex: Comprei o livro de Machado de Assis que é ótimo.

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PRONOMES DE TRATAMENTO 1 – Você – pessoa íntima ou de circulo familiar; 2 – Senhor – pessoa com quem mantemos um certo distanciamento respeitoso; 3 – Vossa Senhoria – pessoa com grau de prestígio maior; 4 – Vossa Excelência – autoridades; desembargadores; 5 – Vossa Santidade – Papa; 6 – Vossa Eminência – cardeais; 7 – Vossa Majestade – reis; 8 – Vossa Alteza – príncipes e duques;

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9 – Vossa Reverendíssima – sacerdotes; 10 – Vossa Paternidade – religiosos de Ordem superior; 11 – Vossa Magnificência – reitores de universidades; 12 - Meritíssimo Juiz – juízes de Direito; OBS: Usamos o termo “Vossa” quando falamos diretamente com a pessoa. Se estivermos falando da pessoa, usaremos a forma “Sua”. Ex: Sua Santidade me pareceu cansado antes de se retirar para os aposentos.

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PRONOMES INTERROGATIVOS São os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto usados na formulação de uma pergunta direta ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso. (Quantos livros você tem? / Não sei quem lhe contou). Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi tudo?).

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Ag. Previdenciário (FUNDEP) 2009 1 - Tudo começa com a escolha da comunidade a ser apoiada. A palavra sublinhada nessa frase pode ser corretamente classificada como um pronome A) demonstrativo. B) indefinido. C) pessoal. D) relativo.

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Concurso de At. Administrativo 2009 (médio) ADVISE 2 - O léxico “esta” presente na segunda linha do enunciado corresponde a um pronome: A) possessivo B) demonstrativo C) interrogativo D) relativo E) indefinido

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3. (IBGE) Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em relação ao uso culto da língua: a) Ele entregou um texto para mim corrigir. b) Para mim, a leitura está fácil. c) Isto é para eu fazer agora. d) Não saia sem mim. e) Entre mim e ele há uma grande diferença

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LÍNGUA PORTUGUESA

REFORMA ORTOGRÁFICA

Professor Cosme da Cunha

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O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R

S T U V W X Y Z

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Trema Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Como era Como fica agüentar aguentar argüir arguir bilíngüe bilíngue

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MUDANÇAS DE REGRAS DE ACENTUAÇÃO 1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Como era Como fica alcalóide alcaloide alcatéia alcateia andróide androide asteróide asteroide bóia boia assembléia assembleia

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2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente. Como era Como fica baiúca baiuca bocaiúva bocaiuva feiúra feiura

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3. 3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era Como fica abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem

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3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era Como fica abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem

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4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Como era Como fica Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao pólo Norte Ele foi ao polo Norte. Gosta de jogar pólo Gosta de jogar polo.

Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.

Comi uma pêra. Comi uma pera.

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OBS: • Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

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5 - Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: enxáguo, delínquo, enxáguem

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b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem, delinquo, delinques, delinque,

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HÍFEN 1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca * Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.

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2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre

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3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra

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Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta * Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

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4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d’água, pé-d’água 5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos: Belo Horizonte — belo-horizontino Porto Alegre — porto-alegrense Mato Grosso do Sul — mato-grossense-do-sul Rio Grande do Norte — rio-grandense-do-norte

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6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, fores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, pimenta-do-reino,

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Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares: a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras). b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).

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Casos gerais 1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano 2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: micro-ondas, anti-infacionário, sub-bibliotecário, inter-regional

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3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos: autoescola, antiaéreo, intermunicipal, supersônico, superinteressante agroindustrial, aeroespacial, semicírculo * Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos: Minissaia, antirracismo, ultrassom, semirreta

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Casos particulares 1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos: sub-região, sub-reitor, sub-regional 2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos: circum-murado, circum-navegação pan-americano

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3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação pré-história, pré-vestibular, pró-europeu

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4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos: coobrigação, coedição, coeducar cofundador, coabitação, coerdeiro corréu, corresponsável

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5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e. Exemplos: preexistente, preelaborar, reescrever reedição 6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos: ad-digital, ad-renal, ob-rogar, ab-rogar

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Concurso de At. Administrativo 2009 (médio) ADVISE 1 – Identifique, entre as palavras abaixo, a que está contrariando o novo acordo ortográfico, conhecido como as Novas Regras da Gramática, estando ela acentuada. A) próximo B) lêem C) chapéu D) órgão E) têm

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Substantivos

Profº Cosme da Cunha

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Os substantivos existem com uma finalidade: nomear seres, lugares, coisas, sensações, sentimentos, etc. Exemplos: Ceará, rapaz, som, dor, tela, computador, defesa

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Gêneros

Os substantivos podem ser diferenciados nos gêneros masculino ou feminino. MASCULINOS o carro; o som; o professor; o amor; o trovão; o vexame

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FEMININOS: a cal; a sorte; a razão; a pessoa; a clareza Interessante notar que não existe relação entre as noções de sexo e gênero:

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Por exemplo: A testemunha (gênero feminino), mas pode ser do sexo masculino.

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A classificação do gênero dos substantivos acarreta a seguinte divisão: Biformes e Uniformes

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SUBSTANTIVOS BIFORMES Geralmente associados ao sexo, diferenciam-se de duas formas Exemplos: menino / menina gato / gata cavalheiro / dama barão / baronesa

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SUBSTANTIVOS UNIFORMES EPICENOS Possuindo forma única, utilizam as palavras macho e fêmea para fazer a variação:

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Exemplos: crocodilo macho x crocodilo fêmea mosca macho x mosca fêmea

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SOBRECOMUNS São os substantivos que possuem apenas um gênero que serve tanto para o sexo masculino como o feminino

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Exemplos: A testemunha; A vítima; A criança; O indivíduo; A pessoa;

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COMUM DE DOIS GÊNEROS São os substantivos que possuem uma só forma, mas permitem o uso de modificadores

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Exemplos: o colega / a colega um estudante / uma estudante meu fã / minha fã

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Atenção!!! Alguns substantivos quando mudam o gênero, mudam também o significado: a testemunha / o testemunho a capital / o capital a cabeça / o cabeça

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NATUREZA SUBSTANTIVA Os substantivos podem ser agrupados em: comum e próprio simples e composto concreto e abstrato primitivo e derivado coletivos

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SUBSTANTIVO SIMPLES O que possui somente um radical. Ex: pedra, ovo, ataque SUBSTANTIVO COMPOSTO O que possui mais de um radical Ex: couve-flor, passatempo

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SUBSTANTIVO COMUM Generaliza elementos comuns, da mesma espécie. Ex: estudante, cão, cidade SUBSTANTIVO PRÓPRIO Indica um ser particular. Ex: Jorge, Fortaleza

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Sendo assim, observe: “Encontrei uma caixa de fósforos no chão da agência da Caixa.” A primeira ocorrência da palavra caixa é substantivo comum; a segunda, próprio.

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SUBSTANTIVO CONCRETO É aquele do qual podemos formar imagem (imaginários ou não) além de fenômenos da natureza. Exemplos: chuva, fada, escola, trovão, Deus, nuvem, maçã.

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SUBSTANTIVO ABSTRATO Os substantivos abstratos vêm de dois processos: . Sensações, sentimentos, etc; . nominalização de ações. Exemplos: dor, alegria, prazer, medo; ataque, choro, defesa, lançamento.

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SUBSTANTIVO PRIMITIVO É o substantivo original, aquele que é a base do radical. Exemplos: pedra, carro, mato SUBSTANTIVO DERIVADO É aquele que existe a partir de um primitivo Exemplos: pedreira, carroça, matagal

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SUBSTANTIVO COLETIVOS Designam um conjunto da mesma espécie. Veja exemplos: alcateia – lobos banca – examinadores cardume – peixes molho – chaves Multidão – pessoas Rebanho - ovelhas

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ARFR 2002 (ESAF) 1 - "Substantivo é o nome com que designamos seres em geral - pessoas, animais e coisas.“ (BECHAPA, Evanildo, Moderna gramática portuguesa. 31. ed. São Paulo: Nacional, 1987, p.73) I - Acabamos perdendo o nosso voo por causa do trânsito ruim. II - Ela me olhou com um olhar estranho. III - 0 "a" pode ter o valor de artigo definido feminino em português. IV - Olhava tristemente a transparência das águas da represa. V - Comprei um par de sapatos gelo para combinar com meu novo vestido. Tomando como referência, única e exclusivamente, o trecho transcrito acima, pode-se afirmar que é substantivo, a palavra destacada a) em todas as sentenças. b) nas sentenças I, II, IV e V. c) nas sentenças I e III. d) na sentença III. e) na sentença V.

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UERJ – Administrativo (1999) 2 - "(UERJ) – Assinale o par em que os vocábulos fazem o plural da mesma forma que a palavra cristão. a) capelão, razão. b) tabelião, vulcão. c) grão, melão. d) questão, irmão. e) cidadão, bênção.

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BNDES 2006 (CESGRANRIO) 3 - Assinale a opção em que a flexão de número do

substantivo composto é feita da mesma maneira que em “beija-flores” (l.21)?

(A) guarda-florestal (B) carro-pipa (C) Boia-fria (D) quebra-mar (E) bem-te-vi

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BNDES 2009 (CESGRANRIO) 4 - Qual o vocábulo que se flexiona em número pela

mesma justificativa que “salva-vidas” (l.26)? (A) Guarda-municipal (B) beija-flor (C) salário-mínimo (D) navio-escola (E) segunda-feira

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ESCREVENTE DE POL. SP 5- Marque a alternativa em que todas palavras sejam

masculinas: a) pijama/dó/telefonema/poeta b) cal/lança-perfume/apendicite/profeta c) estrofe/ator/elefante/esteta d) sanduíche/saca-rolhas/hélice/guaraná

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INVESTIGADOR DE POL. SP 6 -Assinale a alternativa em que, quanto ao gênero,

todos os substantivos são epicenos: a) salmão, zebra, elefante, tubarão b) artista, pernilongo, égua, lente c) pulga, jacaré, cobra, baleia d) selvagem, soprano, rinoceronte, cobra

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AUXILIAR JUDICIÁRIO SP (2002) 7 - Quanto ao gênero, qual alternativa apresenta,

respectivamente, um substantivo sobrecomum e um comum de dois?

a) artista, pessoa b) estudante, tatu c) dentista, aluno d) criança, colega e) onça, barão

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DELEGADO (MT) 2002 7 - O plural do substantivo composto está incorreto na

alternativa: a) leva-e-traz – os leva-e-traz. b) a manga-rosa – as mangas-rosa. c) beija-flor – os beija-flores. d) guarda florestal – os guarda-florestais. e) primeiro-ministro – os primeiros-ministros.

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LÍNGUA PORTUGUESA

SINTAXE

Professor Cosme da Cunha

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Sujeito é a parte da oração em que há o alvo da declaração. São cinco classificações. 1 – Sujeito Simples É o caso que possui um único núcleo. Ex: José chegou cedo ao trabalho.

Morreram todos no acidente. A garotada se divertiu no passeio. Os meus fiéis amigos foram à festa.

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2 – Sujeito Composto Ocorre quando existem dois ou mais núcleos. Ex: França e Japão selaram acordo.

Nesta terça, os deputados e senadores não trabalharam.

Ronaldo e Kaká serão desfalques na próxima partida.

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3 – Sujeito Desinencial Ocorre quando a pessoa está marcada pela desinência número-pessoal do verbo. Exceto para a terceira pessoa do plural. Ex: Vi o acidente pela televisão. (eu)

Escreveste o documento? (tu) Recebeu o salário na sexta. (ele) Encontramos muitos suspeitos. (nós) Acabastes com os recursos? (vós)

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4 – Sujeito Indeterminado Ocorre em dois casos: a) Quando a desinência número-pessoal marcar a terceira pessoa do plural. Ex: Acharam a carteira de Marcos. (eles) b) Quando houver verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação acrescido da partícula SE (índice de indeterminação do sujeito) Ex: Necessita-se de ajudantes

Vive-se bem em Maceió.

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5 – Oração sem sujeito Casos especiais: a) Verbos que indicam fenômenos da natureza Ex: Choveu no Maranhão.

Trovejava muito em Teresina. b) Verbos FAZER e HAVERindicando tempo ou passagem de tempo. Ex: Faz cinco anos de solidão...

Há tempos não o encontro.

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c) Verbo HAVER (quando significar existir) Ex: Haverá aulas na próxima semana.

Houve um tumulto durante o show. Havia muitos alunos inteligentes no

curso. d) Verbos SER e ESTAR indicando tempo ou clima. Ex: Estava muito quente em João Pessoa.

Agora são dez horas.

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PREDICADO É o termo que fornece alguma declaração sobre o sujeito. Existem três modelos: a) PREDICADO VERBAL O núcleo é um verbo. Indica ação. Ex: As árvores quebraram com o vento forte.

Os soldados receberam ordens expressas.

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b) PREDICADO NOMINAL O núcleo é um nome. Indica noção de estado, característica. Ex: A vida anda estressante nas cidades.

A fazenda parecia abandonada. C) PREDICADO VERBO-NOMINAL Possui dois núcleos: um verbo e um nome. Indica uma ação e um estado. Ex: O atleta atuou contundido.

Os rios seguiam poluídos pelo curso.

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3) PREDICATIVO 3.1) PREDICATIVO DO SUJEITO é o termo da oração que atribui uma característica, uma propriedade, um estado ao sujeito. Ex: AS flores são muito perfumadas. 3.2) PREDICATIVO DO OBJETO nos informa alguma coisa a respeito do objeto (complemento do verbo). Ex: Joana comprou flores perfumadas.

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o

4) PREDICAÇÃO VERBAL resultado da ligação que se estabelece entre o verbo e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação. 4.1) VERBO INTRANSITIVO É o verbo que não necessita de complemento. Geralmente vem acompanhado apenas de adjuntos adverbiais Ex: Jurandir caiu na rua.

Ele já sabe. Saímos cedo de casa.

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4.2) VERBO TRANSITIVO Necessitam de complemento. 4.2.1) DIRETO – Complementos sem preposição. Geram um objeto direto. Ex: João encontrou a irmã no salão.

VTD OD Encomendaram-na na terça.

VTD OD

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4.2.2) INDIRETO – Complemento com preposição.

Ex: Nós Gostamos da apresentação. VTD OD

As pessoas creem em novas medidas VTI OI

VTI

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4.2.3) DIRETO E INDIRETO – Possui dois complementos: um sem preposição e outro com.

Ex: Pedi um favor ao vendedor. VTDI OD OI

A diretoria enviou uma circular aos

funcionários VTDI OD OI

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4.3) DE LIGAÇÃO – É o verbo que determina a ligação entre o sujeito e o predicativo. Ex: A casa parecia abandonada VL Predicativo do sujeito

Aqui, em nossa cidade, todos são felizes.

VL Predicativo do sujeito

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Administração – Ministério da Justiça (FUNRIO 2008) 1 - O exemplo do texto II, em que aparece uma oração sem sujeito, é A) “... há uma linha divisória entre o trabalho formal e informal...” B) “No entanto, creditam à prática apenas um ‘jeito de ganhar a vida’ sem cometer crimes.” C) “Todos gostariam de trabalhar tendo um patrão...” D) “Isso é quase um sonho para muitos" E) “São pouquíssimos os que ganham mais de R$300 por mês.”

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(Auxiliar Contábil FGV - 1999) 2 – Indique a opção em que exista predicado nominal. (A) Receberam os fortes concorrentes no palco. (B) Reagimos com violência ao protesto. (C) Estiveram em greve por dois meses. (D) Eram todos pediatras os plantonistas. (E) Saiu muito irritado com a situação.

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LÍNGUA PORTUGUESA

VERBOS

Professor Cosme da Cunha

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Verbos são as palvras em língua portuguesa que podem sofrer as seguintes flexões: Tempo Modo Pessoa Número Voz

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MODOS São três os modos verbais: INDICATIVO (uma atitude que expressa certeza com relação ao fato que aconteceu) SUBJUNTIVO (uma atitude que revela uma incerteza, uma dúvida ou uma hipótese) IMPERATIVO (uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho)

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TEMPOS DO MODO INDICATIVO 1 – Presente - Indica o fato no momento em que se fala. 2 – Pretérito Perfeito - Indica um acontecimento que se iniciou e terminou no passado durante pouco tempo. 3 – Pretérito Imperfeito - Indica um acontecimento que se prolongou ao longo no tempo com inicio e fim no passado ou uma ação habitual do passado. 4 – Pretérito Mais-que-perfeito - Indica um fato passado em relação a outro. 5 – Futuro do Pretérito - Indica um futuro que ocorre no passado. 6 – Futuro do Presente - Indica um fato que irá acontecer no futuro.

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TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO 1 – Presente - Emprega-se o presente do subjuntivo para assinalar: um fato presente, mas duvidoso ou incerto, um desejo ou um sentimento.

Talvez eles façam tudo aquilo que nós pedimos. Talvez ele saiba sobre o que está falando.

um fato futuro, mas duvidoso ou incerto Talvez eles venham amanhã.

um desejo ou uma vontade Espero que eles façam o serviço corretamente. Espero que tragam-me o dinheiro

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TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO 2 – Pretérito Imperfeito - Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para assinalar: uma hipótese ou uma condição numa ação passada, mas posterior e dependente de outra ação passada.

"Talvez a lágrima subisse do coração à pupila…" "Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.”

uma condição contrafactual, ou seja, que não se verifica na realidade, que teria uma certa consequência; pode se referir ao passado, ao presente ou ao futuro.

Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado. Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar. Se ele viesse amanhã, poderia ajudar.

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TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO 3 – Futuro - Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar uma possibilidade a ser concluída em relação a um fato no futuro, uma ação vindoura, mas condicional a outra ação também futura. Quando eu voltar, saberei o que fazer. Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa. Também pode indicar uma condição incerta, presente ou futura. Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também estará

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TEMPOS DO MODO IMPERATIVO 1 – Afirmativo 2 – Negativo OBS: Não tenha medo do imperativo, pois se você souber conjugar o presente (tanto no modo indicativo como no modo subjuntivo) seus problemas acabaram

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IMPERATIVO AFIRMATIVO IMPERATIVO NEGATIVO Ama tu Não ames tu Ame você Não ames você Amemos nós Não amemos nós Amai vós Não ameis vós Amem vocês Não amem vocês Observe que 80% do imperativo é cópia exata do presente do sunjuntivo, enquanto apenas a 2ª pessoa (singular e plural) no imperativo afirmativo é que está no presente do indicativo sem o “s” final.

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FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS 1 – INFINITIVO – sonhar, receber, admitir 2 – GERÚNDIO – sonhando, recebendo, admitindo 3 – PARTICÍPIO – sonhado, recebido, admitido

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VERBO (PESSOAS E NÚMERO) 1ª pessoa – quem fala (eu, nós) 2ª pessoa – com quem se fala (tu, vós) 3ª pessoa – de quem se fala (ele, eles) VERBO (CONJUGAÇÃO) 1ª CONJUGAÇÃO – VT “A” + Des. Infinitivo sonhar, liberar, repousar, atacar, falar 2ª CONJUGAÇÃO – VT “E” + Des. Infinitivo perecer, enaltecer, querer, ler, requerer 3ª CONJUGAÇÃO – VT “I” + Des. Infinitivo sorrir, abolir, falir, ferir, aderir, partir

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CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS I – REGULARES Os verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações em seu radical: Exemplos: cantar, sofrer, amar, partir, receber II – IRREGULARES Os verbos irregulares são aqueles que sofrem alterações, em geral, em seu radical: Exemplos: ter, dar, por, ver

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III – ANÔMALOS Os verbos anômalos são aqueles que apresentam mais de um radical quando são conjugados. São apenas dois: IR e SER IV – DEFECTIVOS Os verbos defectivos são aqueles que não possuem a conjugação completa Exemplos: precaver, falir, feder

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V – ABUNDANTES Os verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Em geral, essas formas são mais frequentes no particípio Exemplos:

aceitar – aceitado – aceito imprimir – imprimido – impresso envolver – envolvido – envolto soltar – soltado – solto eleger – elegido – eleito

OBS: Geralmente, os particípios regulares são usados com os verbos auxiliares TER e HAVER, enquanto os particípios irregulares são usados com o verbo SER Ex: O documento foi impresso ontem

Ele tinha imprimido o documento ontem.

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VOZES VERBAIS Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal. Voz Ativa Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato. Ex: A torcida vaiou o jogador.

O médico curou seus pacientes. Os países investigaram o ataque.

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VOZ PASSIVA Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal. A) Voz Passiva Sintética A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente. Ex: Entregam-se encomendas.

Alugam-se casas. Compram-se roupas usadas.

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B) Voz Passiva Analítica A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva. Ex: As encomendas foram entregues pelo próprio diretor.

As ruas serão pavimentadas pela prefeitura

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VOZ REFLEXIVA Há dois tipos de voz reflexiva: A) Reflexiva Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Ex: Carla machucou-se.

O jovem cortou-se com a faca. A moça penteava-se no quarto.

B) Reflexiva recíproca Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. Ex: Paula e Renato amam-se.

Os jovens agrediram-se durante a festa. Os ônibus chocaram-se violentamente

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PEGADINHAS! 1 – As formas verbais de “VER” e “VIR” no futuro do subjuntivo costumam gerar boas questões em concursos:

Quando ele vir José, o aconselhará. (VER) Quando ele vier, encontrará José. (VIR)

2 – As formas verbais como INTERVIR, REAVER, PRECAVER, COMPOR, REQUERER, REPOR merecem atenção na conjugação, pois comumente são utilizadas em questões de concursos.

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Agente de Endemias (LUDUS) – 2009 1 - No trecho – Finalmente Juvêncio decidiu: – passando a forma verbal decidiu para o tempo futuro, no plural, obtém-se A) decidiram. B) decidirão. C) decidem. D) decidiam. E) decidissem.

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Adjunto Administrativo (Moura Melo – 2008) 2 - “Um luar amplo me inunda...” (Raimundo Correa). Se convertermos a frase dada para a voz passiva analítica, teremos: a) “Inunda-se um luar amplo”. b) “Eu era inundado por um luar amplo”. c) “Sou inundado por um luar amplo”. d) Impossibilidade de o contexto ser passado para a voz passiva analítica.

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Polícia Civil RJ – 2008 3 - “Então despes a luva para eu ler-te a mão” (verso 6) Assinale a alternativa em que, passando-se o primeiro verbo do verso acima para o imperativo e alterando-se a pessoa do discurso, manteve-se adequação à norma culta. (A) Então despi a luva para eu ler-vos a mão (B) Então despe a luva para eu ler-vos a mão (C) Então dispais a luva para eu ler-vos a mão (D) Então despi a luva para eu ler-vos a mão (E) Então dispai a luva para eu ler-vos a mão

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 4 - “O manifesto do Partido Comunista dizia: “Proletários de todo o mundo, uni-vos!”; se essa mesma frase fosse reescrita com tratamento de “vocês” em lugar de “vós”, a forma verbal do imperativo adequada seria: a) unem-se; b) unam-se; c) unem-nos; d) unem-vos; e) une-se.

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BNDES 2005 (NCE-UFRJ) 5 - “Uma coluna do jornal Lance dizia o seguinte: “Isto só será possível se o clube transformar-se em empresa, o presidente do clube trabalhar por isso e o torcedor reaver a confiança no time”. O erro gramatical presente nesse segmento de texto é: a) o emprego de “isso” por “isto”; b) a não repetição da conjunção “se”; c) o emprego de “reaver” por “reouver”; d) a má colocação do advérbio “só”; e) a grafia “presidente” por “Presidente”.