portugal na guerra - mun-montijo.pt · feridas sociedades- em 1902, a áção da sua pro paganda...
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A N O X V I I DOMINGO, 7 D E JA N E IR O DE 1917 N . ° 8 o g
S E M A N A R I O R E P U B L I C A N O R A D I C A L
A s s in a tu r aA n o . i$ ; semestre. $5o. Pagamento aueantaao.Para fóra: A n o . 1S20; semestre, S60; avuiso. Soa.Para o B ra zii: A n o . 2S00 (m oeaa forte).
PKOPRIETARIO-DIRETOR—José Auguslo SaloioQ
R U A( í o m p n s i ç á o e i m p r e s s ã o )
C Â N D ID O D O S REIS — 126,
P ublicações3 Anuncias— (,a publicação. 804 a linha, nas seguintes. $02. 0 Anúncios na 4.* pagina, contrato especial. Os autógrafos não
2 0 i- se restituem quer seiam ou náo publicados.ye ADMirusTBAnoK-MANUELT. PAULADA EDITQR-LUCIANO FORTUNATO DA COSTA
Portugal na guerraNo discurso p roferido
pelo sr. p reziden te d a Republica, po r ocasião da s u a visita a o C o n g res so , p ro fe r iu o i lu s tre c idadão p a la v ra s fortes de v e rd ad e ácêrca da nossa pa r t ic ipa ção no conflito que e n sa n g u e n ta a E u ro p a . O sr. dr. B ern a rd in o M achado fala e m nom e do paiz, n ão só p o rq u e , pela C onstitu ição , o rep resen ta nas suas re la ções ex ternas , m as ta m b e m p o rq u e a sua a lm a viril r e sum e , concen tra as e n e r g ia s e as asp irações d a a l m a nacional. Referindo-se á p ar tida d a s nossas t ro p a s p a r a os cam pos de b a ta lh a europeia , a f irm o u a razão m o ra l da nossa co ad juva- ção, das dô res e d o s lu to s éertos que nos im pom os: «Não podíam os abd icar em n in g u é m os cuidados, os enca rgos e os sacrifícios da p ró p r ia defesa.» As nações tu te ladas, q u e p e rd e ra m a independencia, de legam nos o u tro s a h o n ra da sua de- feza, P erd idas as q u a l id a des que to rn a m possivel o sacrifício dos h o m e n s , deix a m as, nações de te r o dire ito á v ida livre e as condições necessarias p a ra o to r n a r efectivo. A fôrça m o ra l que p ro v ê m d a s a t i tu d e s h o n ra d a s sup re em g ra n d e p a r te , a des igualdade d o poderio m ilitar. M ais d o q u e as g ra n d e s nações que n*esta h o ra so m b r ia em q u e se p re p a ra a v i tó r ia la n çam n a ba lança do destino o m ácitno dos seu s esforços, as p eq u en a s nações v ê e m jo g a r nos c a m p o s d a b a ta lh a o seu fu tu ro . Im posta pe las a r m a s a v o n ta d e alemã,, r u i - r ia o edificio que o s po v o s de civilização la tina pen o sam en te v ê e m co n s tru in do.. As pequenas, nações reduzidas, de territorios,. d im inu ídas n a su a libe rdade, satélites im po ten tes g i ra n d o n a ó rb i ta da Mit- t leu ropa , que a m e g a lo m a n ia g e rm a n ica quiz constru i r , desapareceriam , da e a r ta politica e seriam , v e r d ade iram en te , p ro v in d a s a-
lem ãs, colónias de ex p lo ra ção, onde o p russ iano , o b a v á ro , o aus tr iaco v ir iam colher as p rim ic ias — sen h o re s d a te r r a e dos h o m ens. A nossa h o n ra , com o o nosso interesse, inde p en d en tem en te de q u a is q u e r co n tra to s , aconse lhav am -n o s a m a rc h a r p a ra ju n to dos ezércitos q u e defendem o m u n d o d a b a r b a r ia cientifica que sobre ele a m e a ç a v a a la s t ra r . «Não p o d ia m o s abd icar em n in g u é m os cuidados, os en ca rg o s e os sacrifícios d a p ró p r ia defeza.»
N ão foi só a co m p reen são d e q u e p a ra v ive r tín h a m o s de a f irm ar p ra t i cam en te o nosso d ire ito á vida, que nos im peliu a tir a r do n ad a u m ezército , que n o s d u ro s com bates de Africa d e m o n s tro u já o seu va lo r, com o o fa rá b r ilh a r im m o rre d o u ra m e n te ao lado d o s hero is cujo san g u e generoso santifica os. cam p o s de b a ta lh a . Não foi só essa com preensão necessária , b a s ta n te forte p a ra e s t im u la r a nossa a- c tiv idade e determ inar- o nosso cam in h o . A ’' Inglate r r a e s tam os ligados, p o r laços que os séculos n ã o a- f ro u x a ram . Ju n to s m o r re ram , defendendo o m esm o cam po , os soldados dos dois paizes am igos . A Ing la te rra ju lgou util á causa c o m u m ço nv idar-nos , n u m a n o ta que foi lida n u m a sessão solene do C o n g re s so , p a r a to rn a r m ais am pla a nossa cooperação , que se efe tua- v a já e m Africa,, on.d.e as nossas t ro p as em cooder- nação com as forças an g lo - beígas- c e rc a v a m os alemães. A nossa e n t ra d a na g u e r r a que u m a d ip lom acia incom preensíve l ev itá - ra , q u a n d o do a ta q u e t r a i çoeiro. de; Naulila,. foi dete rm in ad a p o r u m acto solicitado pela. I n g la te r r a —a requisição, dos, navios, alem ã es surtos, nos, nossos p o r to s — requisição feita no uso de u m direito e de h a r m onia com u m t r a ta d o em q u e a A lem anha só quiz
vèr as m últip las v a n ta g e n s tro u x , p res iden te do g ru p o q u e fru ir ia . Se os nossos francez.in te resse s n ã o aconselha ' v a m a fazer os sacrifícios
— «Nós dese jám os q u e to d as as d o u tr in a s e to d as
necessários, e n t ra n d o em as c ren ças filosóficas o u c a m p a n h a , sacrificando vi- re lig iosas , v e n h a m a re - das p o r tu g u e z a s tã o neces- j presen ta r -se n a delegação
fraceza; p ro v a re m o s ass im aos o u tro s , e a nós m esm os que , seja q u a l fôr a d iver-
sa r ias ao nosso p ro g red i- m e n ta e tã o ca ras ao n o sso coração , a le tra dos t r a tad o s im p u n h a -n o s o de- gencia de ídéias, nos sen tiv e r de a c o m p a n h a rm o s nas h o ra s de a n g u s tia e de tra-
m os capazes de n o s u n ir n ’u m m ú tu o respe ito , n \ i m
ba lhos os nossos aliados, c o m u m esforço pela in fan - p a ra q u e possâm os, no dia cia, n u m a un ica p reocu -da v itó r ia , reco lher os f ru tos do esforço co m u m .
O sr. p rez iden te d a Republica não escondeu os lu tos da g u e r ra , A expedição n ão va i p a ra u m a festa , A v itó r ia é edificada
pação pelo fu tu ro m o ra l d a humanidade!.»,
V am o s v ê r o q u e o con g re s s o p ro c la m o u sobre cas tigos e prém ios.
O assunto, é ta n to mais, in te ressan te q u a n to é cer-
sob re ch ag as s a n g re n ta s e j to h a v e r en tre nós, h om ens cad á v eres que o lh a m os j in te ressados p o r a ssun tos céos indiferentes. Mas os!pedagógicos. que a f i rm a m ,povos fortes, que rea lm en te tê em o direito á vida devem , pelo seu sacrifício, a s s e g u ra r o fu tu ro á n a ção. A s patrias. v iv e m e p ro s p e ra m e eng randecem - se na solidariedade do p r e sente com o passado e com o fu tu ra , P o r tu g a l é u m p a iz q u e te m d ire ito ã vida. E a n in g u é m poderia deleg a r os enca rg o s , os cu idados e os sacrifícios da sua defeza!;
HEN1UQUE DE VASCONCELOS.
(D^O Mundo;»),------------------------ — ------------------------
D evia te r lo g a r n a Haya, de 22 a 27 d ’a g o s to o seg u n d o congresso in te rn a cional de educação, moral., Será,, disse «Les. D roits de 1’H om m e», u m a c o n fro n ta ção pacifica e a m ig a v e l de todos os princípios, confessionais ou sentim entais , p o r cujo, in term édio os h o m ens p ro c u ra m a re fo rm a ou m e lh o ram e n to dos seus sem elhan tes , a e levação do n ivel m o ra l d a s gerações- v indou ras .
O p rim eiro congresso,, e fé tu aao em Londres em 1908, consegu iu já pô r em
e m b o ra o n ão d em o n s trem q ue ?§ corréções peia p a n cada são indispensáveis n.a educação d a infância-, não, o b s ta n te a op in ião d a q u e le filósofo e pen sad o r que diz ser o a m o r e o respeito a s d u a s azas da piedade filial,.
Ha ta m b e m u m g ra n d e n ú m e ro de paes que ach am preferíve l que essa piedade se es tr ibe a n te s nos. m a u s t ra to s que in f in g em aos filhos, q u e r p o r o b ra s q u e r s im plesm en te p o r pa lav ras , j a ^ u m a s , d as quaes não co n tu n d e m m enos q u e as pancadasK
C u lp a d ’csses paes o u d ’aqueles educadores?*
Não. C u lp a especialm ente dos. h o m e n s bons que os não in ic iam n o verdade iro cam inho: d ’aqueles que tê em e n ão dão , sabem e não. se p re s ta m a ensinar.,
0. P..—----------- -------------------------
Í3ma ob.ra a t-ealisar;
Ha a lguns anos. ezistia em Espanha (Malaga) um a S oc iedade intitulada «de pro iéção , de animais, do mésticos. e plantas»; assimco m o u m a «.Sociedade es-
con tac to os educadores de çolap- h u m a n i t á r i a q u e , to d as a s - rd ig iõ e s , . incluin -1 a b ra n g e n d o tam bem , nodo os do México,, do Hin-- d u s tão e- os da. China.,
A ’cêrca d ’este s e cu n d o congresso exclam a M .B ou-
seu p rog ram a , a m e s m a p-rotcçãí) aos, animais e á 's! plantas, levava, no em tan - to , mais longe a §ua esfera.
de áçã o difundindo p o r isso ta m b e m o respe ito pela velhice, a assistência ao s doen tes e feridos, a p ro té - ção pelos fracos , e tu d o mais q u a n to sim bolisa a prálica do B em , E’ p a ra estimaF d ev éra s que a iniciativa a inda p e r d u r e e que isso suceda sem pre* pois,, s e g u n d o v a m o s o b se rv a r po r um b em elab o ra d o e b em ilucidativo, folheto publicado pelas r e feridas Sociedades- e m 1902, a áção da sua p ro p a g a n d a é. tu d o q u an to ha. d e m ais b e n é f i c o . . . . e d e mais necessário .
Refere-se ê.sse folheto aos p rém ios c o n s tan te s de d i plom as e m eda lhas que d u ran te o m e z de s e te m b ro de ig o i foram e n t re g u e s a g ra n d e m im ero de crianças (nada m enos de 48) que p ra t ic a ra m actos de p r o té - ção para com os seus se m elhan tes o u p a r a c o m os animais.
Entre esses 48 e n co n trá m os o m enino Juan Matias* da Escola N orm al (3.° g rau )
'que reco lheu m u h o m e m enferm o que en co n tro u n a rua, e que c o n s e rv o u e m casa a té a o dia seguinte* Alfredo M oreno (com a id a d e de 6; anos) do colégio. p a r t ic u la r de S, Luiz. G o n z a g a , o qual , c o m g ra n d e p resença de esp ir ito , salvou um irm ão de % anos que tinha caído a um, tanque;, A ntonio Nieto C u - ença, da escola pública d e San to A gostinho* que a- Companhou. uma. velha enferma. em várias ocasiões^ A nton ia M unoz, que cuidou, d ia riam en te de, uma, e n fe rm a sem familia; D olo- res Martinez,, Rivas,,d.a es», qola, pública, de S an ta T e - reza de Jesus, que defen deu u m velho que era m altra tado . poç uns rapazes,, custando-lhe ê.sse acto s e r go lpeado p o r eles;. Fernando Martin,, que t i ro u um. gato, do p o d è r de. vários rapazes que Q, e s tav a m ma l,t r a t.a n d o ,,1 e va n d.o- o p a- ra sua ca.sa„ onde o tratou;-, D o lo res Gasquero,..que cui- dou, e, tr.atou, de um cão-, enferm o e que m uito estim a os passaros..
O D O M I N G O
D esejaríam os ainda con t in u a r as descr ições p o r que ainda t in h am o s b a s ta n te para rep ro d u z ir . Mas n ã o q u e re m o s se r longos em dem asia. D irem os , po ré m , mais que , álêm d e s ses 48 d ip lom as e m e d a lhas, as S o c ied ad es distrib u í r a m mais 372 p rém ios p o r ou tro s tan to s ac to s de b o n d a d e b asead o s n a q u e - les que aqui de ixám os assina lados, p rém ios que co n sis tiram em livros úteis, c ró m o s , b r in q u e d o s , etc.
N ão é v e rd a d e que tudo i s to é p ro fu n d am e n te ag ra - davel p a ra o nosso senti m en to? Q u e dúvida. Mas, a par d ’isso, o facto ta m b e m nos traz a lem brança da u rg e n te e indispensável necessidade que eziste em cop ia r a idiéa p a ra 0 nosso paiz.
N u m a te r ra em que a- b u n d a m em tão d im inuta escala as iniciativas de valo r m oral, u m a te r r a o n d e os factos que tais Sociedades p re te n d e m co n tra r ia r , o u an te s fazer diminuir, c r ia n d o nas crianças hábito s de B o n d a d e , tan to se m ultip licam , parece-nos queficava a ca lhar a efeti- v ação de tal iniciativa.
Q u e nos d izem a tal re s pe ito os h o m e n s que en tre n ó s se in teressam p o r estas coisas?
J . FONTANA DA SILVEIRA.
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C A M A R A MUNICIPAL
S E N A D O
Em sessão o rd inaria de 3 d e jane iro c o r re n te e so b a presidencia do noss o ilustre cc rre iig ionario e am igo , sr. A u g u s to G u e r re iro da Fonseca, reuniu na quarta -fe ira ú lt im a o S en ad o Municipal para se p ro c e d e r á eleição da mê- sa e da n o v a C o m issão E- zecutiva. D epo is do digno p res iden te t e r des ignado o s fins da reun ião foi por ac lam ação eleita a m êsa seguin te: P residente , A u g u s to G uerre iro da Fonseca; v íce-presidente , M anuel T ava res P au lada; i.° secretario , Jo ão Soares; 2.0 sec re ta r io , M ário José Salgue iro ; i.° vice-secretario , A nton io M arques Peixinho;2 o v ice-secre tario , A n to nio de S ousa G ouveia .
P ro c e d e u -s e em seguida á eleição da C om issão Eze- cutiya, te n d o , ta m b e m por ac lam ação , s ido eleitos os c idadãos segu in tes : Joaquim M aria G re g o r io , A nton io Cristiano Saloio, Jo sé T eodoz io da Silva, Jo a quim T av a res C as tan h e ira S o b r in h o e José d a Silva Lino V areiro .
À nicotina, m a t a . , .H í u m a , sufoca. . .
«O tabaco , diz-nos o dr. G e o rg e s Petit, n u m a das suas conferencias realizadas em Paris, deve a sua tox icação a m uitas su b s tancias das quais a mais conhecida é a nicotina; a nicotina é um alcalóide liquido, incolor, insolúvel na ag u a e de g ô s to acre . E um veneno m uito violento; um dos mais v io len tos dos alcalóides conhec idos ; o á- cido prussieo so m en te lhe póde ser c o m p a ra d o em violência de áção e perigo d’acidente.
«Se se p u z e r duas g o tas de nicotina so b re a lin- gua d u m cão, ve r-se -ha o po b re anim al fazer alguns esforços de deg lu tição , de pois cair qua>i rep en t in a m ente, deb a te r-se em con vulsões violentas e m o r re r em m enos d u m m inuto .
a A dose m orta l de nico tina— continúa elucidando- nos o d r . G . Pe ti t— é co m preend ida e n t re 20 e 21 mitig. po r kil. dan im al. No h o m e m , u m a só g o ta de nicotina im m e d ia ta m e n te p ro v o ca ac iden tes g raves . O i to go tas é o suficiente para m a ta r um cavalo.»
D os efeitos m orta is da nicotina, nos fala com os seus vastos conhec im en tos cientificos o d r. G . Petit; po rêm ao d e sa g ra d a v e l fum o q u e a co m b u s tão do tabaco p ro v o ca , fa la rem os nós e sem necess ita rm os r e c o r r e r ás af irm ações cientificas p o d e m o s asseve ra r que as fornalhas m ó veis que por toda a p a r te vagueiam c h u p an d o com esm erado cu idado as folhas tox ican tes d o prejudicial tabaco , bem m elhor fariam se, em vez de nos sufocarem com nuvens pestilentas, e m p o rc a lh a re m os veículos de e sp é tu ra çõ es repelentes, e ás vezes por um im perdoáve l descuido nos q u e im arem o v es tu á rio, fossem mais cortezes, re se rv an d o -se p a ra fuma rem q u a n d o se en co n tra s sem no deser to , em pleno oceano ou en tão nos altos p íncaros das to rres , pa ra que em itan d o V ulcano nos lem brassem as irrisões m itológicas, aná logas ás g r o tescas m a c a q u e a d a s dos in v e te rad o s fum adores .
CONCEIÇÃO LO U RE IR O .
C O F R E P E I O L I S
Comeniaxios & N oíicias
Renisiáo p olíticaQuinta feira passada teve lu
gar no Ceniro Democrático d ’es ta vila uma importante reunião, cujo fim foi, principalmente, p rocurar, jun to dos poderes administrativos, remediar n’esta vila 0 mal de que enferma 0 paiz: a
De elmo, cota e broquel, cingi a espada, montei alvo corcel, giona aa liça, e, logo ao despontar da madrugada, mandei correr a ponte levadiça. . .
Fui-me em cala da Fama desejada, qui\ conquistal-a para a ter submissa; e por ela bati-me na arrancada dos combates solenes da Justiça .. .
Cem prélios batalhei, quebrei o gladio. . . N os despojos, porêm , — oh! dôr! — não vejo o seu formoso, rútilo paladio . . .
Volto, — e lutando sempre noite e dia, — a buscai-a, — mentira ou vão desejo, nuvem de oiro nos céos da fantasia . . .
o l í m p io c e s a r .
demasiada, se não quasi impossi- ve), carestia da vida. Em muita coisa boa se acentou e muito se conseguirá em breve. Assim o esperámos para honra d ’um p a r tido cuja preocupação é o bem geral.
S ilv estre CarvalheiraFinou-se segunda feira n’esta
vila 0 nosso amigo e prestante correligionário Silvestre Antonio Qomes Carvalheira, que ha tempo vinha sofrendo horrivelmente os estragos d’uma tuberculose pulmonar. O funeral do desditoso moço, que passou uma vida de fatigante trabalho durante uns oito anos como amanuense da camara municipal d ’este concelho, efetuou-se ás 20 horas do dia immediato, sendo o corpo acompanhado até ao cemiterio por um regular número d ’amigos.
A sua familia, e em especial a sen pae, nosso velho correligio nario e bom amigo, endereçámos a expressão sincera do nosso sentir.
CalendarioDa importante casa de máqui
nas e ferramentas do sr E d u a rdo Pinto ,de Sousa, com escritorio em Lisl ôa na rua da Madalena, 25 e 27, recebemos um bonito calendario para êste ano, que muito agradecemos.
«Horta e Jardim»Sahiu ha dias á publicidade
em Lisbôa êste novo colega, quinzenario de horticultura, flo ricultura, forragens e praticultu ra de que é dirétor e proprietário o sr. Jerónimo Coutinho. A gradecendo a visita, apetecemos- lhe lon*ga e próspera ezistencia^
D ecreto de ecouom iaPor decreto publicado em 30
de dezembro, foram promulgadas várias medidas ezigidas pela situação excecional resultantes do estado de guerra.
E ntre elas a iluminação pública é reduzida a 50 °|0 e a particular a 30 0]°.
Prohibe todas as iluminações exteriores dos edifícios, lojas, restaurantes, cafés, casas de es- pétáculo e simila-res, e os anúncios e reclamos luminosos e bem assim a iluminação das lojas e das montras depois da hora de encerramento dos respétivos estabelecimentos.
As lojas e estabelecimentos similares encerrar-se hão ás 19 horas, continuando as farmaoias su jeitas ao regimen vigente.
Os cafés, restaurantes, tabernas, casas de leilões, teatros, ci
nematógrafos encerrar-se hão ás 23 horas.
O serviço nas repartições públicas começará ás 16.
A hora legal será adiantada 60 minutos de 1 de março até31 de outubro.
«fesradosPor sorteio realisado no dia 1
do corrente na saía das sessões da camara municipal d ’este concelho, a pauta dos jurados criminais que hão de funcionar da* raute êste semestre, iicou assim constituída;
José Maria de Bastos Panelas, Fernando dos Santos Calado, Anton;o Rodrigues de Mendonça, dr. Antonio Maria Marques P erdigão, Diogo Rodrigues de Mendonça, Antonio Cristiano Saloio, Cristiano Rodrigues de Mendonça, Antonio Pedro da Silva, Antonio Morais da Costa Jácome, Antonio Leite, José Rodrigues Pinto, Augusto Ramos Caideira, Manuel P; u ino Gomes, dr. J o sé Victorino' da Mota, José Teo dozio da S ih a , Francisco Freire Caria Junior, José Pereira Fialho e Antonio Joaquim Gregorio, de Aldeg alega.
Matias Aug-nsto Serra, F ra n cisco Salvação. Kstevam Angus to Nunes, Manuel da Trindade Pereira. Maitinho Augusto N unes Junior, Kstevam M anins, J o sé Luiz Antonio de Oliveira e José Raul Caeta .o u'Almeida, de Alcochete.
Luiz José da Co ta Pobrinho, Estanisíau Doming-ues, Pedro Ce- lestin > O ivei:- , Jo iquim Pereira Silva, ALtonio Caetano, Lotiren- ço José da Costa e Luiz Garcia, da Moita.
Joaquim Ah es Dias e Sebas-1 tiâo dos Santos Julio, de Alhos ' Vedros.
Joaquim Ferreira Batata , do Samouco.
«Os L iv r o s d o P o v o »Assim se intitulam uns livri-
nhos de que temos presentes os n.°» 1, 2, 3 e 4 int.tulados respe- tivamente «Como se observa, A utilidade das árvores. Como se ' j fala a bordo e De Ceuta ao Ca bo da Boa Esperança». «Os Li vros do Povo# (noções de tudo) são muito uteis na sua leitura e o seu custo está ao alcance de j todos: 4 centavos cada livrinho | de 64 páginas. Os pedidos podem \ ser dirigidos á Livraria Protissi- j onal, largo do Conde Barão, 49 .— Lisbôa.
Aferição de p è s o s c m edidas.A camara, tomando conheci-’
mento do abnso descarado da parte de alguns comerciantes sem escrúpulos, vai proceder energicamente contra todos os indivíduos qne não tenham dado á a- ferição os pêsos e medidas de que se servem nos seus estabelecimentos, recomendando aos em* pregados êsse serviço terminado o prazo competente.
Ahi vai o aviso.B a i le s
Muito interessantes e animados os bailes realisados dia d ’A- no Novo pela Banda Democratica, Grupo Recreativo Aldegalense, Sport Club e Musicai Club Alfredo Keil.
«A Voz do Operário»Este nosso presado colega da
capital, acérrimo defensor dos o- primidos, comemorou domingo passado o seu 37.° aniversario da sua fundação.
Felicitâmol o dezejando conte muitos mais com inúmeras pros- peridades.
A m anuense d» cansaraTomou hontem posse do ln^ar
de amanuense da camara municipal d ’este concelho, para que havia sido nomeado interinamente em sessão do senado de ante- hontem, o nosso amigo e dedicadíssimo correligionário Luciano Fortunato da Costa, editor de «O Domingo». Foi uma escolha acertadissima, pois que F o r tu nato da Costa é dos republicanos de »antes quebrar que tor- oer» e n ’ele terá sempre a Republica um estrénuo defensor e um bom e leal amigo.
Assistiram ao acto da posse e assinaram o termo muitos dos amigos do apossado que os raan- don servir de bôlos e vinho fino.
Felicitando a oamara pela acertada escolha do novo funcionário, felicitámos, eom um sincero abraço, o nosso amigo F o r tunato da Costa.
Elcccção de cum prim entos.O nosso jornal foi brilhante
mente representado pelo nosso querido amigo e solicito correspondente em Lisbôa, sr. João Carlos Marques, na recéção de cumprimentos no palacio presidencial e na camara de Lisboa realisada no dia primeiro do ano n ’aquela cidade.
Ao bom amigo, os nossos a- gradecimentos.
C oBtribiiiçóesD urante o mez de janeiro es
tá aberto o oofre das tezourarias da Fazenda Pública para a cobrança voluntaria da contribuição de juros, taxa militar e foros; a primeira presUçào da contribuição predial é paga em quatro prestações, com vencimento etn janeiro, abril, julho e outubro, e a contribuição industrial e suntua- ria em duas prestações com vencimento em janeiro e julho.
Ahi fica o aviso.
Lúgubre achadoNa praia do Samouco apare-
oeu ante-ontem o cadáver de um homem, cuja identidade é desconhecida. As autoridades superiores tomaram as providencias que são de uso n’estes casos, sendo o sub delegado de saude de parecer que não houve orime.
Teatro Itecre lo P opularHoje, mais uma vez, vanióS
te r ooasião de apreciar «films» cujo desempenho foi confiado a artistas de mérito. Como os melhores serão ôje projectados no «écran» d ’este salão o «Poço que chora», policial, e «A nova estrela».
— «À chave mestra», fita di
O D O M I N G O 3
vidida em 15 séries, começará a ser corrida ao prócimo domingo,14, havendo na véspera d ’este dia uma sessão pública que o nosso amigo Carvalho dedica ao povo d’esta terra.
C o m is s ã o C z c e u t iv aE m sessão extraordinaria reu
niu quarta feira passada a comissão ezecutiva da camara municipal para a escolha de presidente, vice-presidente e secretários e distribuição'de pelouros, recahin- do aqueles cargos respetivamen- te nos cidadãos Joaquim Maria Gregorio, Antonio Cristiano S a loio, José Teodozio da Silva e Joaquim Tavares Castanheira Sobrinho. Os pelouros foram distribuídos da seguinte fórma: S e cretaria, beneficencia, saúde, instrução, policia e bombeiros, Jo a quim Maria Gregorio; Obras, ca- nalisação e ohafarizes, Anionio Cristiano Saloio; Calcetamento, arborisação da vila, iluminação, talho e casa da venda do peixe, José Teodozio da Silva; Limpeza e cemiterios, Castanheira Sobrinho; Estradas concelhias e sua arborisação, Lino Yareiro.
R ua 1 4 de H aioA camara municipal d'este
concelho deliberou em sessão de sexta-feira passada da r á rua Machado dos Santos o nome de R ua 14 de Maio..
A ldegalense Sport ClubRealisou-se na passada sexta
feira o anunciado saraufque proporcionou aos socios d ’esta sociedade momentos de franca g a rgalhada.
As comedias estavam mal estudadas e pouco ensaiadas, fazendo com qtie os amadores tivessem um trabalho fatigante para se não perderem.
Mas, entre todos os amadores, distinguiram-se, j á pela naturalidade dos seus gestos, j á pelo bom desempenho dos seus papéis, os srs. Antonio Jorge G o mes, Henrique Baldrico Tavares e ÀBtonio Domingos Sal&io.
Banda D em ocratica.— O sen 8 .» asU ersarfo .Na passada terça feira foi co
memorado festivamente o 3.° aniversario da fundação da distinta Baada Democratica de Aidegale- ga, que começou por um grande jan ta r aos ezecutantes da banda, á diréçâo, imprensa republicana e vários convidados, trocando-se no final afètuosos brindes. Quan d& se iniciavam os briades duas gentis damas repabíicanas vieram oferecer duas grandes bandejas de excelentes bolos, manifestando assim a muita estima e simpatia pela Banda Democratica. Em seguida, na ampla casa de ensaios da banda, foi organisa- da uma animadíssima «soirée» dançante que terminou na m adrugada do dia immediato.
Que conte muitos mais com prosperidades, são os nossos sinceros dezejos.
«P o r tugatj!Io dern o»“ Acabámos de receber a visita
«Teste colega de Buenos Aires, que ali é órgão da colónia por- tugueza e á qual está prestando aucílio digno de elogio. E ’ quin zenario e apresenta-se profusamente ilustrado com ótima colaboração e magnifico papel. Como dirétor tem o sr. Ttóiilo. Ca- rinhas, que se mostra um dedicado defensor da Republica e nm patriota a valer.
Agradeoendo a honrosa visita, vam os, em troca, euviar o nosso modesto semanario.
ANÚNCIOS
EDITALM anuel P au lino toromes, ba
charel formado em Oirei-
ío pela ÍÍIniversiòaòe òe
ÍLoimbra, cheíe òa secre
ta ria òa íLamata M u n i
cipal í)o concelho í)e A lòe-
galega i)o Ribatejo:
Faço saber , nos te rm o s e p a ra os efeitos do a r tigo i.° e s e m gg da Lei n.° 294 de 20 de Janeiro de 19 1̂5, c o n ju g ad o com o g° do art. u . ° d o Codigo Eíeitoral de3 de Jutho de 1913 , que o periodo p a ra a inscrição do rec e n se a m e n to politica que ha de se rv ir pa ra 1917» com e ç a rá no dia 2 de J a n e n o prócim o, te rm in an d o no dia 28 de fevereiro seguin te , p o d e n d o inscrever-se com o eleitores, além dos que ficam d o an terio r recenseam e n to , todos os c idadãos do sexo masculino, m aiores de 21 anos ou que co m p le tem essa idade até 8 de ju- iho de 1917 inclusivé, que es te jam no goso dos seus direitos civis e politicos, saibam lêr e e sc rev e r p o r tu guez e res idam no territo- rio d a Republica P o rtu - g ueza .
O s recen sean d o s deverã o e sc re v e r os req u er im en tos p o r seu punho , conform e o m c d ê lo n.° 2 , p o d e n d o ser reconhecidas a le tra e ass ina tu ra po r n o tá rio, o u ser escritos e assin ad o s peran te o p res idente da Ju n ta d e P aróqu ia das suas residências, o qual p o r sua hon ra a te s ta rá a seg u ir q u e assim o foi pelos p ro p r io s req u e ren te s , p e ra n te duas te s tem u n h as , e le ito res da freguezia, queo ass in a rão tam b em .
Ju n ta rã o aos seus re q u e r im en to s a te s tad o de resi- dencia , confo rm e o m o d e lo n.° 3, passado pela Ju n ta de Paróquia o u re g e d o r .
O s req u er im en to s e d o cum en tos são to d o s isentos de im posto do selo e de q u aesq u e r em olum entos ou salários,, desde que sejam s o m e n te passados e a p ro veitados p a ra fim eleitoral.
Jlodelo as." 2
F . .. v (nome, estado, profissão, morada) íiiho de F . . , . e de F . . d e ... . anos de ida.de, nascido a . .... d e ...., de 18. v e batisado (ou registado)) na freguezia de*..... do eouceiho de... ,., sabendo ler e e s crever e residindo h a mais de seis mezes n’este concelho, pretende ser insesito ao ceeensea ineat© eleitoral
P . deferimento.
(Data, assinatura, reconhecimento do notário ou atestado da Ju n ta de Paroquia, perante duas testemunhas, eleitores da freguezia, que assinarão tambem),
HBodelo n.° 3Atesto (ou atestamos) para
fins eleitoraes, que F . , . (nume, estado, profissão) reside n ’esta paróquia d e . , , ha . . mezes.
D ata e assinatura 011 assinaturas, Sêlo em branco ou reconhecimento da assinatura ou assinaturas.
P a ç o s do C o n ce lh o de A ldega lega d o Ribatejo 24 de d zem b ro de 1916.
O chefe da Secretaria
Manuel Pauhno Gomes.
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Pedro dos Santos Correia
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O D O G M A D A O P I N I Ã O P Ú B L I C A
A srtificLalidade ç a desh.onestidade da opinião puhlica. Os trafican- tçs d$ letra reaonda. criadores aa força ticticia da opinião. A força do jor* nai. iqoepenaent r" e o envenenamento subui causado peias suas infptmaçóes Manifestações esPontâneas prepar»aas na som bra: o ezem plo do caso E e y ‘eí%,'_ A crueldade patológica uas massas populares, A. form ação,da oginíãg n a ‘ época do 1 e rro r. O poderio aa opinião pública é o poderia da ignoran,çia^ A com petencia profissional causa ae m aptuão para a c r ít ic dos. lactos p o líticos. Nece.ssidaae de dar á patria utji poder, que seja, independente da ‘o<^ pinião.
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D i v a g a n d o = O n d e principia e on d e acaba D e u s = A p reo cu p a ção da h u m a n id a d e = A Bíblia, a Historia da F ilo so f ia= A te r ra seg u n d o os s a b i o s = O s c rim es e o D eus Bíblico— O diluvio dos h e b r e u s = A Bíblia é o livro mais im m oral que h a = J u l g a m c n t o do D eus da G u e r r a = E u r e c h ! - J e r i c h ó = 0 egíto h is torico a té ao ex o d o do povo de M o y s é s = F i lo s o fa n d o = Filosofando e c o n t in u an d o — D euzes e re l ig iõ e s = A u to s de fé, to r m entos, m ortic ín ios e assassinos em n o m e de D eus
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O livro é dedicado ao eminente homem d'Estado o ilustre cidadão D R . A FO N SO C O S I A . e é uma homenagem ao granJe propagandista republicano D R. M A G A L H A E ? L IM A . Grão-M estre da Maçonaria Portugue- za, á Maçonaria m undial e aps livres pensadores.
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A D E G R A D A Ç Ã O DO P O D E R R E A L
U m a cruel ilusão. O rei reduz ido a simples p re g o e iro público e a m áqu ina d ass in a r . A falsa nob reza do rei constitucional. A irresponsabilidade real o rigem de d e g ra d a ç ã o . Os fam osos á rg u s da «m onarqu ia n o va». A «m onarqu ia nova», m enos m o n a rq u ica do que a m o n a rq u ia velha. A m onarqu ia constitucional não é preferível ao reg im en republicano. O a rg u m e n to do figurino inglez. P o d e r abso lu to e p o d e r a rb itrá rio . O falso equilíbrio social resu ltan te do ca sam en to do po d e r real com o po d er do povo. O p o d e r real, indep en d en te dos súbditos, não conduz ao despotism o. «Reis, g o v e rn a e ousadam en te» . O ezem plo q u e nos vem ’de França. \
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(I F t A N C E Z S E I M E S T R E P A I I A T O D O SNovissimo gu ia de conversação franceza
— # com *—
a pronuncia ílgurada ena son s da fingna portugueza
P O R
M. Gonçalves PereiraVocabularios,
Cartas comerciaes e de amisade Diálogos e frades úteis
------o o o o o -----
i vo lum e c a r to n ad o e franco de p o r t e . . . . $ 3oBrazil e mais paizes e s t r a n g e i ro s ..................$40A ’ C o b r a n ç a ............................................................
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LISBOAEm A ld eg a leg a pó d e este novissimo guia de conversa
ção francesa ser en co n tra d o no es tab e lec im en to do sr. João Silvestre Martins, r u a A lm iran te C a n d ic o dos Reis, 143.
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Caaa volum e cust; apena- 21 . .peio correio 220 rs.. e encontram seja a venda nas p rincipais livrarias do reino, ilhas. Africa e Brazil. Os pedidos devem ser dirigidos ao e d ito r,F K A N C lS i O s i l . \ au i V>y, k.
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LA CONQUISTA DEL OROpor E L M A R Q U E S D E TUDESCO
Obra premiada com 2:5oo F R A N C O
Esta notabilissim a o b ra , contiene el p ro ced im en to científico de o b te n e r facilmente recursos , form a rap id a m en te un capital y consegu ir buenas ren tas . Es util é indispensable al p o b re y al rico.
P a ra el pob re , p o rque sin esfuerzo y facilmente puede constituir un capital; para el rico, po rque le en- scm y prt porciona m edios de a u m e n ta r el suyo.
C o n esta miei esantis im a obra , conseguire is vivir bien, sin inqu ie iudes , una vida tranquila y civilizada.
P R E C IO 5 PESETA S E‘EMPLAR C ualqu ie ra du d a de in terpretación será resuelta porlos Hei ed en s dei Marques de Tudesco C h a le t Bela V ista— Lisbôa D áíundo.
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