portos secos 11/04/2012 superintendência regional da receita federal do brasil da 3ª rf
TRANSCRIPT
PORTOS SECOSPORTOS SECOS
11/04/201211/04/2012
Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 3ª RFSuperintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 3ª RF
RECINTOS ALFANDEGADOS
DE ZONA PRIMÁRIA: portos alfandegados;
aeroportos alfandegados; epontos de fronteira
alfandegados.
DE ZONA SECUNDÁRIA:Colix Postaux
Portos Secos
(art. 3º do Decreto nº 6.759, de 2009)(art. 3º do Decreto nº 6.759, de 2009)
Somente nos recintos de zona primária (portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados)
poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.
LOCAIS DE ENTRADA E SAÍDA DE MERCADORIAS
(Decreto-lei nº 37, de 1966, art. 34, incisos II e III)
PORTOS SECOS Portos secos são recintos alfandegados de uso
público nos quais são executadas operações de:
armazenagem; e
movimentação;
despacho aduaneiro
de mercadorias e de bens de viajantes, sob controle aduaneiro.
OBS: um porto seco não poderá ser instalado na zona primária de portos e aeroportos alfandegados.
(art. 11 do Decreto nº 6.759, de 2009 – Regulamento Aduaneiro)
As operações de MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM de mercadorias sob controle aduaneiro, bem assim a prestação de SERVIÇOS CONEXOS, em porto seco, sujeitam-se ao regime de
permissão ou concessão
OBS: quando os serviços devam ser prestados em porto seco instalado em imóvel pertencente à União, será adotado o regime de concessão precedida da execução de obra pública.
PORTOS SECOS
(Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, art. 1º, inciso VI)
PORTOS SECOS
Observadas as normas legais pertinentes, poderão ser
habilitadas à concorrência as pessoas jurídicas
de direito privado(*) que tenham como objeto
social, cumulativamente ou não, a armazenagem, a
guarda ou o transporte de mercadorias.
(*) sociedades de economia mista, empresas públicas (PJ de direito
privado estatais), outros tipos de sociedades particulares, inclusive
em consórcio.
(art. 4 do Decreto nº 1.910, de 1996)
Em se tratando de permissão ou concessão de
serviços públicos, o alfandegamento somente
poderá ser efetivado após a conclusão do devido
procedimento licitatório pelo órgão competente, e o
cumprimento das condições fixadas em contrato.
(art. 13, § 2º do Decreto nº 6.759, de 2009)
PORTOS SECOS
PORTOS SECOS
O transporte de mercadorias entre um PORTO
SECO e um RECINTO ALFANDEGADO DE
SAÍDA/ENTRADA será feito sob REGIME DE
TRÂNSITO ADUANEIRO.
OBS: tais recintos alfandegados de saída/entrada (porto, aeroporto ou ponto de fronteira) serão utilizados somente como ponto de passagem.
As EADIs, hoje denominadas PORTOS SECOS, foram
criadas no início da década de 1990, época a partir
da qual houve um significativo incremento nas
importações devido a política governamental de
ampla abertura do mercado brasileiro ao comércio
internacional. Tais instalações foram concebidas
para INTERIORIZAR o despacho aduaneiro, e assim
desafogar os portos, aeroportos e pontos de
fronteira, e também, propiciar benefícios fiscais e
VANTAGENS LOGÍSTICAS aos importadores e
exportadores.
PORTOS SECOS
O DESCONGESTIONAMENTO dos portos, aeroportos
e pontos de fronteira se dá pela possibilidade de
proceder ao desembaraço das mercadorias
importadas ou a exportar nos Portos Secos,
utilizando aqueles recintos somente como PONTO
DE PASSAGEM.
PORTOS SECOS
Os contratos para deferimento de concessão ou
permissão para prestação de serviços públicos em
Portos Secos não possuem valor contratual, nem
cronograma e nem empenho de recursos públicos.
Os concessionários e permissionários recebem
pelos serviços prestados diretamente de seus
próprios usuários (importadores e exportadores),
NÃO havendo recursos públicos envolvidos em tais
contratos.
PORTOS SECOS
Assim, a concessionária ou permissionária cobrará
do usuário tarifa que englobe TODOS OS CUSTOS,
inclusive seguros, remuneração dos serviços e
amortização do investimento, bem como aqueles
necessários ao exercício da fiscalização aduaneira,
nos termos e limites determinados pela autoridade
competente.
(art. 4º da IN RFB nº 1.208, de 2011)
PORTOS SECOS
A concessionária ou permissionária poderá auferir
receitas acessórias em decorrência da prestação de
SERVIÇOS CONEXOS com o objeto da concessão ou
permissão, prestados facultativamente aos
usuários.
PORTOS SECOS
A vantagem logística e o benefício fiscal aos
importadores e exportadores ocorrem nos Portos
Secos na medida em que possibilita que as suas
mercadorias sejam desembaraçadas em local mais
próximo de seus estabelecimentos, via de regra
com maior celeridade, assim como é facultado aos
mesmos que as mercadorias sejam entrepostadas
com suspensão de tributos para serem
desembaraçadas fracionadamente a medida da
necessidade de sua utilização no processo
produtivo.
PORTOS SECOS
A Superintendência Regional da Receita Federal do Superintendência Regional da Receita Federal do
Brasil Brasil de jurisdição sobre o local da instalação do
porto seco procederá à instauração dos
procedimentos administrativos relativos ao
certame licitatório.
PORTOS SECOS
Os Portos Secos são regidos pelos seguintes
dispositivos normativos:
Decreto-Lei nº 37/1966;Decreto-Lei nº 37/1966;Lei 8.987/1995 (Lei das Concessões – dispõe Lei 8.987/1995 (Lei das Concessões – dispõe
sobre o regime de concessão e permissão);sobre o regime de concessão e permissão);Lei 9.074/1995 (normas para outorga de Lei 9.074/1995 (normas para outorga de
concessões e permissões de serviços públicos);concessões e permissões de serviços públicos);Lei 8.666/1993 (Lei das Licitações) de forma Lei 8.666/1993 (Lei das Licitações) de forma
subsidiária;subsidiária;
Cont.Cont.
PORTOS SECOS
Cont.Cont.
Lei nº 12.350/2010;Lei nº 12.350/2010;Decreto nº 6.759/2009 (Regulamento Aduaneiro);Decreto nº 6.759/2009 (Regulamento Aduaneiro);Decreto nº 1.910/1996;Decreto nº 1.910/1996;Decreto nº 2.763/1998; Decreto nº 2.763/1998; IN RFB nº 1.208/2011(portos secos);IN RFB nº 1.208/2011(portos secos); IN SRF nº 241/2002 (etiquetagem)IN SRF nº 241/2002 (etiquetagem)Portaria RFB nº 581/2010 (modelos/minuta Portaria RFB nº 581/2010 (modelos/minuta
padrão)padrão) IN TCU nº 27, de 2/12/1998;IN TCU nº 27, de 2/12/1998;Portaria RFB nº 3.518/2011 (alfandegamento).Portaria RFB nº 3.518/2011 (alfandegamento).
PORTOS SECOS
PORTOS SECOS
No Porto Seco poderá ser realizada operação de
despacho aduaneiro para o regime comum (importação ou exportação), para os regimes aduaneiros especiais (drawback, entreposto aduaneiro, admissão temporária,
exportação temporária, etc.) ou para os regimes aduaneiros aplicados em área especial (Zona Franca de Manaus ou Área de Livre Comércio), observadas as restrições estabelecidas em legislação específica.
PORTOS SECOS
Constituem SERVIÇOS CONEXOS à movimentação e armazenagem de mercadorias:
I - estadia de veículos e unidades de carga;
II - pesagem;
III - limpeza e desinfectação de veículos;
IV - fornecimento de energia;
V - retirada de amostras;
VI - lonamento e deslonamento;
VII - colocação de lacres;
VIII - expurgo e reexpurgo;
Cont.
PORTOS SECOS
SERVIÇOS CONEXOS (cont.) :
IX - unitização e desunitização de cargas;
X - marcação, remarcação, numeração e renumeração de volumes, para efeito de identificação comercial;
XI - etiquetagem, marcação e colocação de selos fiscais em produtos importados, com vistas ao atendimento de exigências da legislação nacional ou do adquirente;
Cont.
PORTOS SECOS
SERVIÇOS CONEXOS (cont.) :
XII - etiquetagem e marcação de produtos destinados à exportação, visando sua adaptação a exigências do comprador;
XIII - consolidação e desconsolidação documental;
XIV - acondicionamento e reacondicionamento, apenas para fins de transporte; e
XV - outros serviços, inclusive os decorrentes das atividades de porto seco industrial.
PORTOS SECOS
O Porto Seco deverá estar localizado e instalado de O Porto Seco deverá estar localizado e instalado de acordo com a deliberação da Superintendência acordo com a deliberação da Superintendência Regional da Receita Federal jurisdicionante, Regional da Receita Federal jurisdicionante, baseada em:baseada em:
Estudo Sintético de Viabilidade Técnica e Estudo Sintético de Viabilidade Técnica e Econômica para Implantação de Porto Seco; eEconômica para Implantação de Porto Seco; e
correspondente Demonstrativo de Viabilidade correspondente Demonstrativo de Viabilidade Econômica do Empreendimento,Econômica do Empreendimento,
conforme modelos que integram a minuta-padrão conforme modelos que integram a minuta-padrão de edital, aprovada pela Portaria RFB nº 581, de 15 de edital, aprovada pela Portaria RFB nº 581, de 15 de abril de 2010.de abril de 2010.
PORTOS SECOS
São elementos do referido estudo:
I - levantamento da demanda;II - indicação da área de localização geográfica mais conveniente;III - disponibilidade de recursos humanos e materiais;IV - tipo de carga a ser armazenada; eV - prazo da concessão ou permissão [25 anos, prorrogáveis por 10 anos (*)].
(*) considerando as disposições do § 2º do art. 1º da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995.
PORTOS SECOS