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INICIATIVAS A DOMÓTICA POSSIBILITA A EXPERIÊNCIA DE “«HABITAR NUM LAR DIGITAL» PERMITINDO TER O CONTROLO DO EDIFÍCIO NA SUA MÃO, A PARTIR DE QUALQUER PARTE DO MUNDO” GARANTE FILIPE COELHO, CONSULTOR COMERCIAL DA iDR | P. 13 SEXTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2011 | EDIÇÃO N.º 10 | “SUPLEMENTO DISTRIBUÍDO EM CONJUNTO COM O SEMANÁRIO SOL” Boas Festas

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Page 1: Portfolio @ Iniciativas #10

INICIATIVAS

A DOMÓTICA POSSIBILITA AEXPERIÊNCIA DE “«HABITAR NUM LAR

DIGITAL» PERMITINDO TER O CONTROLO DO EDIFÍCIO NA SUA MÃO, A PARTIR DE

QUALQUER PARTE DO MUNDO”

GARANTE FILIPE COELHO,CONSULTOR COMERCIAL DA iDR | P. 13

SEXTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2011 | EDIÇÃO N.º 10 | “SUPLEMENTO DISTRIBUÍDO EM CONJUNTO COM O SEMANÁRIO SOL”

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6 iniciativas

Nos comandos da Pastelaria San Remo há 25 anos, João Mei-reles orgulha-se dos doces

tropicais que a pastelaria apresenta todos os dias nos seus balcões. “Procuramos sempre os frutos mais frescos. Mandamos vir a fruta do Brasil por avião. Fica mais caro mas chega aqui melhor do que se viesse de barco, não é colhida tão verde”, adianta o gerente. Com uma pastelaria variada, as telhas, feitas com amêndoas, os pudins e os doces tropicais realçam-se nos gostos dos clientes. “Os nossos ‘croissants’ também são excelentes, sem esquecer o nosso sortido de miniaturas, sempre frescas”, acrescenta José Santos, o pasteleiro da casa, que também é responsá-vel pelas suculentas sobremesas do restau-rante da pastelaria, que tem capacidade para 80 pessoas. Com várias especialidades, João Meireles destaca as “suas” tripas à moda do Porto, o arroz de pato e o cozido à San Remo e adianta que aceitam encomendas para o Natal, em que o peru é rei. Semi-frios, toucinho-do-céu e bolo brigadeiro são, entre tantas outras, as iguarias propostas para a sobremesa.Nesta quadra natalícia, a aposta recai, natu-

FRUTOS TROPICAIS EM ÉPOCA NATALÍCIA

Pastelaria San Remo

O bolo-rei ‘gourmet’ vai para o seu terceiro ano e a sua aceitação foi um sucesso. O Iniciativas esteve à conversa com João Meireles e José Santos, gerente e pasteleiro da San Remo, que faz parte do grupo restri-to de pastelarias que o podem con-feccionar.

ralmente, no bolo-rei e no pão-de-ló. Mas, explica o pasteleiro, “temos umas excelentes rabanadas, feitas com leite condensado, assim como o bolo-rei de chocolate, o bolo-rei de chila, de maçã, e mais recentemente o bolo-rei ‘gourmet’”. Aposta ganha nos últimos dois anos, a pastelaria San Remo vai para o tercei-ro ano gourmet com grandes expectativas. “Acredito que as pessoas vão aderir cada vez mais a este bolo-rei, até porque não faz tão mal à saúde, leva menos açúcar, não leva con-servantes nem corantes, é melhor para todos”, diz o gerente. José Santos explica a compo-sição do bolo-rei ‘gourmet’, um bolo sem químicos, com “uma selecção de frutos mais específi ca, frutos secos, naturais, enquanto o tradicional leva os frutos cristalizados, que contêm os químicos”. E em vez da tradicional fruta e açúcar no topo, o gourmet leva uma cobertura de geleia natural de cinco sabores, a saber: laranja, kiwi, maçã, ananás e morangos. “São os sabores que mais realçam o bolo-rei”. Mas é o bolo-rei tradicional que ainda lidera as vendas, embora em 2010 tivesse havido uma grande adesão ao ‘gourmet’. O princi-pal entrave está no preço, mais caro do que o tradicional. Este ano, para ir ao encontro do poder de compra cada vez mais restrito dos portugueses, a pastelaria San Remo vai vender ‘gourmet’ de meio quilo, “para as pessoas co-nhecerem e levarem um pequeno para provar, em vez de levar um grande”.Pasteleiro e gerente aconselham vivamente os portugueses a provarem e a compararem as diferenças para o tradicional. No ano passado, ofereceram, inclusive, uma fatia a cada cliente, para acompanhar com o café. “É novidade e temos de a divulgar”. IA

JOÃO MEIRELES, GERENTE DA SAN REMO

UMA DOCE REINVENÇÃOAssociação Comercial de Braga

O bolo-rei faz parte do imaginário dos portugueses e marca presença assí-dua nas mesas natalícias, mas a especialidade que todos conhecemos mudou, após uma metamorfose inovadora e criativa, impulsionada pela Associação Comercial de Braga (ACB), que lhe conferiu nova roupagem. É pois de Bolo-Rei Gourmet que falamos. Fique a conhecê-lo nesta entrevista com Albina Pinhei-ro, responsável pelo Departamento de Associativismo da ACB.

QUANDO É QUE NASCEU O CONCEITO DO “BOLO REI GOURMET” E QUE OBJEC-TIVOS É QUE ESTIVERAM SUBJACENTES À SUA CRIAÇÃO?

O conceito Bolo Gourmet teve o seu início num estudo organolético e técnico-pasteleiro, iniciado em 2008. Foi um longo processo de testes e de reengenharia do receituário de um Bolo Rei tradicional, considerando a resposta ao problema de saúde causado pelos excessos de açúcares e gorduras. Portugal possui já cer-ca de um milhão de diabéticos e um milhão de obesos. Pretendendo-se manter um sector de actividade que pelos seus produtos dá felicida-de e prazer aos consumidores não seja condi-cionado por tendências que o sector da saúde vai, compreensivelmente, impondo. O Bolo Rei Gourmet está associado a uma determinada época do ano, o Natal. Foram vários meses de trabalho intenso e testes sucessivos na elabo-ração de novos preparados de fruta, até chegar a um resultado excelente que satisfi zesse os intervenientes neste processo de produção e reinvenção.

QUAIS É QUE SÃO OS ELEMENTOS DIS-TINTIVOS DO BOLO REI GOURMET RELA-TIVAMENTE AOS DEMAIS BOLOS REI CO-MERCIALIZADOS NA ÉPOCA NATALÍCIA?

O Bolo Rei Gourmet, distingue-se dos outros Bolos Rei, pois trata-se de um Bolo Rei sem frutas cristalizadas, menos açúcar com mais geleias de fruta natural (90por cento de fruta natural) este bolo, sendo coberto com uma ge-leia de marmelo natural, favoreceu uma maior durabilidade do Bolo (7/8 dias), em excelentes condições organoléticas o que não acontece com o Bolo Rei tradicional, muito industrializa-do pelo excesso de recurso aos mix’s artifi ciais (é a diferença entre uma sopa caseira e um sopa instantânea).

COMO É QUE ESTÁ ESTRUTURADO O PROCESSO DE FABRICO E DE COMER-CIALIZAÇÃO DO BOLO-REI GOURMET?Cada pastelaria que vende o Bolo Rei Gourmet está devidamente autorizada pela Associação Comercial de Braga a produzir e vender o Bolo- -Rei Gourmet. Para isso, os pasteleiros tiveram que frequentar uma acção de formação especí-fi ca que os habilitou a fabricar o Bolo Rei Gour-met. As matérias primas e o processo de fabrico estão devidamente controlados. Tem um preço fi xo de venda ao público e cada empresário as-sinou com a ACB um contrato de boas práticas do uso da marca, Bolo Rei Gourmet.

DE QUE FORMA É QUE O BOLO REI GOUR-MET SE APRESENTA AOS CONSUMIDO-RES, EM TERMOS DE IDENTIFICAÇÃO E EMBALAGEM?

O Bolo Rei Gourmet apresenta-se numa emba-lagem própria, com uma paleta de cores fortes e atractivas, onde sobressaem a cor castanha e laranja, com um ‘design’ muito apelativo e apropriado. O Bolo apresenta-se tendo como factor distintivo as geleias de fruta usados na sua decoração e confecção, que passam desde o vermelho, do morango, ao verde do kiwi, ao dourado da maçã e canela, ao amarelo do ana-nás e a cor laranja do respectivo fruto.

TÊM OU PENSAM VIR A TER A MARCA “BOLO-REI GOURMET” REGISTADA?A marca Bolo Rei Gourmet iniciou o seu pro-cesso de registo em Setembro de 2009, mas só em Julho de 2010 aceite o registo, pois houve condicionantes que tiveram que ser ultrapas-sadas. A marca está registada como marca co-lectiva e só pode ser utilizada pelas pastelarias que assinarem um contrato de uso e boas prá-ticas com a Associação Comercial de Braga.

QUAL TEM SIDO A RECEPTIVIDADE E O IMPACTO DESTA INICIATIVA, JUNTO DA INDÚSTRIA E JUNTO DOS CLIENTES?

A indústria da pastelaria aceitou muito bem a introdução deste novo produto inovador no mercado, pois é um produto diferenciador e revolucionário pois criou uma melhor predis-posição dos fabricantes para os produtos ali-mentares mais saudáveis e seguros. Os consu-midores fi cam agradavelmente surpreendidos, acontecendo que muitas das vezes dizem que não gostam de Bolo-Rei tradicional, por causa das frutas cristalizadas, mas quando provam o Bolo-Rei Gourmet fi cam completamente ren-didos ao gosto e a textura do mesmo. IA

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7 iniciativas

BOLO-REI GOURMET: É BOM E APRESENTA-SE BEMAIPAL - Agrupamento Industrial de Panifi cação de Espinho

Se outro monarca na História de Portugal não tivesse sido cognominado de “O Formoso”,

falamos pois de D. Fernando I, este Bolo-Rei Gourmet bem que seria um sério candidato a essa designação, pela sua excelente apa-rência, um aspecto que não desilude, nem na fama, nem no proveito. Criado há dois anos por mestres pasteleiros do Minho, num de-safi o lançado pela Associação Comercial de Braga, em parceria com a Decorgel, esta ino-vação do Bolo-Rei Tradicional subiu ao tro-no das pastelarias aderentes, depois de uma formação comum de todos os profi ssionais envolvidos na sua confecção, com honras de marca colectiva, que obedece a preceitos de um verdadeiro soberano. “O Bolo-Rei Gourmet veio colmatar um nicho de mercado que sentia falta de uma alterna-tiva quer à especialidade tradicional, quer às variantes de frutos secos e a outras, que, na base, são muito parecidas entre si”, começa por afi rmar Paula Tavares, explicando que esta especialidade se dirige “a todos os que não gostam de frutas cristalizadas e dos com-ponentes habituais, bem como àquelas pes-soas que não podem ingerir muita quantidade de açúcar, como os diabéticos”. O Bolo-Rei Gourmet apresenta as frutas do topo sob a forma de geleias naturais, ricas em cor e sa-

Nascida em 1964 como Agrupamento Industrial de Panifi cação de Espinho, fruto da junção de várias padarias da cidade, a AIPAL começou por se dedicar exclusivamente à padaria. Uma década depois apostou na pastelaria, uma área que se tem diversifi cado, sobretudo, desde os anos 80 até hoje. É numa das mais antigas padarias de Espinho, na Rua 19, que vamos conhecer uma das estrelas do Natal, o Bolo-Rei Gourmet, pela mão e pela palavra de Paula Tavares, responsável operacional.

bor, de cinco variedades – morango, laranja, kiwi, ananás e maçã. O próprio interior tem recheio de maçã, para se tornar mais suculen-to e tenro, além de frutos secos. Paula Tavares revela-nos que o Bolo-Rei Gourmet pode ser fabricado durante todo o ano e que a AIPAL produz, para além desta especialidade ino-vadora, outras versões do Bolo-Rei – a tradi-cional, e mais conhecida, e a de frutos secos. “São os três Reis da casa”, brinca. Sensível aos cuidados de alimentação dos consumidores, a AIPAL desenvolveu também uma versão do bolo-rei para celíacos, ou seja, as pessoas in-tolerantes ao glúten presente na farinha de trigo. “Cientes do sucesso alcançado em torno da qualidade, procuramos sempre inovar e in-troduzir novas especialidades, como é exem-plo o Bolo-Rei Gourmet, uma aposta ganha”, reitera, a fi nalizar, Paula Tavares.

ONDE COMPRAR

O Bolo-Rei Gourmet poderá ser adquirido nos nove estabelecimentos da AIPAL, em Espinho, incluindo no de venda nocturna, aberto todos os dias das 21h30 às quatro da madrugada, que vende não só pão e pastelaria quente, onde pontuam os ex-líbris da casa – Pastéis de Nata e Bolas de Berlim -, mas também sal-gados, pizas e lanches. IA

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15 iniciativas

COM ESPÍRITO SOLIDÁRIO Junta de Freguesia de Vila das Aves

Vila das Aves é o título urbano da antiga freguesia rural de S. Miguel das Aves, denominação que resulta da sua localização geográfi ca no bico terráqueo onde os rios Ave e Vizela se encontram. Para conhecer melhor esta freguesia, o Iniciativas esteve à conversa com Carlos Valente, presidente da Junta da Freguesia de Vila das Aves.

Nas últimas décadas, esta fre-guesia evoluiu economica-mente devido à proliferação da

indústria têxtil, contudo recentemente esta fi leira económica começou a dar sinais de estagnação com o encerramento de muitas fábricas importantes. Apesar do pelouro da acção social estar in-tegrado nas competências da Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso, devido à conjuntura actual a Junta de Vila das Aves tem vindo a expandir a sua actuação no âmbito da acção social a fi m de prestar o apoio necessário às pessoas mais carenciadas. “Lamento que, por vezes, não exista a interligação desejada en-tre a autarquia e a Junta para identifi car e so-lucionar casos em conjunto”, sublinha. Mas, independentemente dessa situação, a Junta tem procurado actuar na área da acção social e, nesse sentido, proporcionou a criação da Associação Aves Solidária cujas despesas são suportadas pela Junta de Vila das Aves e sem-pre que é necessário transporte, esta dispo-nibiliza o mesmo para recolha de mobiliário, roupa e alimentos. “Aliás, agora na época de Natal a Aves Solidária realizou uma recolha de alimentos no Intermarché, a fi m de compor os cabazes de Natal que serão entregues às famílias mais carenciadas da freguesia. Pa-ralelamente, prestamos um grande apoio à Associação de Reformados de Vila das Aves e, para tal, disponibilizamos as instalações da

Junta sem encargos para a mesma, onde está instalado um bar social, uma sala de convívio e uma sala destinada aos trabalhos manuais. Para os idosos ainda disponibilizamos aulas de ginástica duas vezes por semana. Estas são duas formas de actuarmos sem termos a acção social confi nada na actuação da Junta”, comenta. Num momento em que se discutem os con-tornos da nova reforma administrativa, Carlos Valente reforça a importância da proximi-dade existente entre as juntas e as popula-ções, sendo por isso necessário implementar uma reforma que tenha em consideração esse aspecto. “É comum a população recor-rer ao presidente da Junta para encontrarem uma solução para os seus problemas e fi co revoltado quando não temos possibilidade de ajudar por falta de mecanismos próprios ou meios fi nanceiros. Se as juntas tivessem maior autonomia e mais meios fi nanceiros, as populações obteriam maiores benefícios directos na sua qualidade de vida. Resta sa-ber quais serão as competências atribuídas às juntas no âmbito da recente reforma ad-ministrativa, um aspecto fundamental espe-cialmente se tivermos em atenção a injusta distribuição de verbas pela Câmara de Santo Tirso às diversas juntas do concelho”, remata Carlos Valente. IA

CARLOS VALENTE, PRESIDENTE DA JUNTA DE VILA DAS AVES

LER NA ÍNTEGRA EM WWW.INICIATIVAS.COM.PT

CRESCER CONTRA A CORRENTEJunta de Freguesia de Monte Córdova

Privada de subsídios e de iniciativa camarária para a prossecução de obras estruturantes, a freguesia de Monte Córdova, a maior do concelho de Santo Tirso em área, e a 5.ª mais populosa, tem registado, sobretudo ao longo da úl-tima década, um grande crescimento, à margem de cisões e decisões motiva-das pelo facto de assumir uma cor política diferente da do município tirsense, como nos revela Manuel Leal, presidente da junta de freguesia local.

COMO É QUE CARACTERIZA A FREGUE-SIA DE MONTE CÓRDOVA, NO CONTEX-TO DO CONCELHO DE SANTO TIRSO?

Em termos económicos e sociais, temos bas-tante capacidade e assumimo-nos como uma freguesia com qualidade de vida. Neste sentido, constatamos nos Censos de 2011 que Monte Córdova foi a freguesia do concelho de Santo Tirso que mais cresceu, a todos os níveis.

APESAR DE MONTE CÓRDOVA TER DI-FICULDADES IMPOSTAS PELA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO, POR NÃO RECEBER FUNDOS HÁ DOIS ANOS, VERI-FICA-SE UM INTERESSANTE DINAMISMO NA FREGUESIA. COMO É QUE É, ANTES DE MAIS, LIDAR COM ESTA SITUAÇÃO NO QUOTIDIANO?

É um facto que nos deixa sem muita margem de manobra… Nos últimos dois anos, a fre-guesia não tem recebido nenhuma ajuda do município, nem em termos de subsídios, nem na realização de obras, quer sejam executadas pela câmara municipal ou delegadas na junta. Apesar disso, continuamos com um dinamis-mo interessante, somos uma freguesia de gen-te empreendedora, que aposta na qualidade. Eu constato que, apesar de enfrentarmos todas estas difi culdades e de não estarmos dotados nem de distribuição de água, nem de rede de saneamento básico, somos a freguesia com mais crescimento do concelho de Santo Tirso, em termos populacionais e de incremento do volume de construção. É muito difícil gerir toda esta realidade, é uma luta que parece inglória, mas que faz com que valorizemos mais as pe-quenas conquistas. Esta discriminação já não é deste século, é inconcebível que aconteça e, sobretudo, que se arraste.

OS CIDADÃOS DE MONTE CÓRDOVA SÃO INTERVENTIVOS, NO SENTIDO DE LUTAR PELOS SEUS DIREITOS E ASSIM FAZER FACE A ESTA DISCRIMINAÇÃO?

Nestes últimos seis anos, tomei um profundo

contacto com a freguesia, conheço muito bem o povo e posso dizer que temos pessoas traba-lhadoras, sérias e empreendedoras, mas deno-to da parte da população um certo mal-estar. Não poderemos suportar durante muito mais tempo esta discriminação do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso em relação à freguesia de Monte Córdova. O mais lacónico é que a edilidade pede às freguesias para elencar as obras prioritárias, para que possam cons-tar do plano municipal de actividades, Monte Córdova sugere aquelas que entende serem as mais prioritárias e algumas destas aparecem incluídas no plano de actividade municipal, mas não têm passado do papel. Temos ne-cessidade de intervenções prementes, como o abastecimento de água, a construção da rede de saneamento e a edifi cação de um pavilhão desportivo, destinado, sobretudo, aos jovens da freguesia, para além de que, sendo a maior freguesia do concelho de Santo Tirso, ainda temos mais de 20 quilómetros de estradas e caminhos de terra batida, que gostaríamos de pavimentar.

CONSCIENTE DESTES CONSTRANGI-MENTOS QUE TEM VINDO A REFERIR, QUAIS É QUE SÃO OS PROJECTOS QUE AINDA GOSTARIA DE CUMPRIR ATÉ AO FIM DO MANDATO, DAQUI A DOIS ANOS?

Temos em vista concretizar a ligação de Caba-nas a Redundo, uma obra, já assumida publi-camente pelo presidente da câmara municipal de Santo Tirso. Gostaríamos de concretizar, e tem sido debatido, o projecto de melhoria da Estrada Municipal 558 e 558-1, a via com mais tráfego, que liga a freguesia à sede de conce-lho. Teríamos um grande prazer em concre-tizar a construção do pavilhão desportivo e a pavimentação dos mais de 20 quilómetros de rede viária da freguesia, sem esquecer a ques-tão da água e o saneamento. Se com todas es-tas difi culdades, a freguesia teve o crescimento conhecido, agora imagine-se se esta estivesse dotada de todas as infra-estruturas… GOSTARIA DE ENDEREÇAR UMA MENSA-GEM FINAL AOS NOSSOS LEITORES?Gostaria de deixar à população de Monte Cór-dova acima de tudo a minha gratidão e o pro-fundo respeito que me merece. Fui candidato a presidente de junta e tive o prazer de ser eleito com a convicção de dar o melhor à freguesia. Podem contar comigo, porque, independente-mente das difi culdades, esta freguesia estará acima de tudo e zelarei sempre pelo seu inte-resse. IA

MANUEL LEAL, PRESIDENTE

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18 iniciativas

A RAZÃO DA NOSSA EXISTÊNCIA Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta

A Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta comemora, em Janeiro de 2012, 122 anos de existência ao serviço da população.

Nesta altura com 121 anos existência e com 17.500 as-sociados o mesmo será dizer

que 12 por cento da população de Matosi-nhos são associados da Associação, sendo a mais velha e a única no género no conce-lho de Matosinhos e com história, anterior à implantação da República, com uma adesão tão signifi cativa que as responsabilidades de exigência aumentam cada vez são mais acrescidas, pelo grau de procura pelos nos-sos associados.Esta associação conviveu com o longo pro-cesso da Republica, e com as suas contra-dições, com as suas fragilidades e com as convulsões que foram surgindo.E enquanto se viveram tempos de instabili-dade, esta Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta, numa linha de co-erência de afi rmação e de convicções pro-fundas foi atuando ao serviço das pessoas, principalmente as mais desfavorecidas, afi rma o presidente António Vilaça, que é o presidente há longos anos.O percurso, sempre ao serviço dos mais pobres, tem sido notável. E segundo An-tónio Vilaça, a associação transformou-se progressivamente num suporte para fa-mílias que foram vítimas de consecutiva incapacidade dos sucessivos regimes, das sucessivas contradições políticas que foram fazendo com que em diversas conjunturas, os ricos fi cassem mais ricos e os pobres mais pobres.Tem sido uma caminhada de muito suces-so ao longo destes 121 anos de existência, porém nos últimos anos a instituição sofreu alterações radicais. Mesmo no coração da

Cidade de S. Mamede de Infesta cresceram as novas instalações que oferecem um am-biente acolhedor, e moderno, com espaço sufi ciente para o exercício das novas tare-fas de apoio à comunidade com algumas valências. Uma de especialidades médicas, outra de medicina física e reabilitação. Esta evolução não seria possível sem os fundadores e todos aqueles que criaram as condições necessárias para que esta gestão que sustentou uma caminhada de sucesso sobretudo aqueles que já partiram, e são muitos mas especialmente aos que colabo-raram nesta caminhada que tem sido muito difícil, graças ao esforço de todos os órgãos sociais desta instituição que ao longo do tempo tem sido os responsáveis pela gestão e pela liderança desta instituição, no ultimo quarto de século de facto com liderança de estes órgãos sociais que deu um salto qua-litativo, tanto na luta pela diversifi cação das atividades e do serviço público, mas tam-bém no apoio na área da saúde, e na cons-trução do novo edifício, estes órgãos sociais ao comemorar os 121 anos de existência, merecem uma homenagem a todos os que durante estes anos todos deram o seu me-lhor em prol desta instituição, merecem a gratidão por tudo o que deram a esta asso-ciação a população da cidade de S. Mamede muito deve a estes homens e mulheres que ao longo dos anos tem contribuído para que esta associação seja uma referência.Está vincado nos alicerces deste edifício, mas também na memória de todos os as-sociados.Também resolvemos um grave problema, que era o problema das ambulâncias, que

congestionava o trânsito, e não garantia condições de segurança, contudo na óp-ticas do presidente da associação, agora é tudo muito mais fácil, pois de um modelo de gestão adaptado às condicionantes da sociedade, passou para um modelo que é capaz de responder à necessidade de en-contrar soluções para os novos problemas das famílias e das pessoas.A prova disso é a criação da Associação dos Doentes de Alzheimer em S. Mamede de Infesta (ADASMI) com o apoio da Câma-ra de Matosinhos e da REFER, na cedência das instalações para a formação de técni-cos voluntários para apoio domiciliário ao doentes e familiares, criada por elementos que fazem parte do Conselho de Adminis-tração da Associação de Socorros Mútuos, e que vem dar resposta a inúmeros doentes e respetivas famílias que sofrem com a doença dos seus familiares.Usando novas tecno-logias rentabilizando os meios humanos, avançando com uma gestão, moderna e efi caz e muito exi-gente, temos que ge-rir bem os recursos físicos, humanos e fi -nanceiros que temos, os resultados que es-tão à vista, já demos um salto signifi cativo, criamos condições

para podermos ampliar em termos de fu-turo.Gerir as instituições privadas mas de inte-resse público é um grande desafi o.Mas para trabalhar para as pessoas para nós é uma profunda motivação.Apesar de não haver ajudas que precisa-vam e que segundo o Conselho de admi-nistração merecem a confi ança de todos, incluindo colaboradores, funcionários, por-que sem eles esta instituição não seria esta referência, no concelho de Matosinhos.O facto de as ajudas não aparecerem não desmotiva este Conselho de Administração, composto ,António Vilaça Joaquim Sousa, Áureo de Almeida, Manuel Moreira e Lino Navio, que cada vez se entusiasma com o evoluir e termos conseguido alguns acordos com as farmácias locais e do grande porto é mais um trabalho de equipa que este grupo tem conseguido.O Conselho de Administração em nome de todos os órgãos sociais deseja um Santo e Feliz Natal e que o ano de 2012 seja para todos um ano de muita esperança.Aos nossos funcionários colaboradores e em especial aos nossos cobradores que são o nosso rosto e que levam o nome da insti-tuição aos nossos associados,Um bem-haja para todos. IA

Artigo por António Vilaça, Presidente do Conselho de Administração

DIRECÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS DE S. MAMEDE INFESTA