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RESUMO

Este projeto de pesquisa se propõe a investigar como se deu o trabalho dos profissionais de

comunicação na mediação entre as organizações envolvidas na implantação do Complexo

Turístico de Costa do Sauípe e as comunidades nativas da região. Três âmbitos conceituais

norteiam a concepção deste trabalho: a inter-relação dos aspectos técnicos e teóricos das

Relações Públicas com a atividade turística, buscando situar possibilidades de ações conjuntas; a

importância da comunicação na contemporaneidade, relacionando-a com o turismo; a noção de

responsabilidade social nas estratégias de comunicação organizacional utilizadas por um

empreendimento turístico de grande porte. O nosso estudo se processará através de instrumentos

e mecanismos metodológicos específicos. Destacar-se-á os setores de comunicação das

organizações e os representantes das comunidades envolvidas, particularizando as ONG’s

humanitárias e ambientalistas. Para a coleta de dados serão aplicadas as técnicas de observação,

questionários abertos e entrevistas semi-estruturadas, por entendermos que são técnicas que

permitem aos entrevistados uma maior abertura para exposição de suas opiniões. Também nos

permitirão chegar, não só a conclusões objetivas, mas, sobretudo a problematizações de aspectos

subjetivos que envolvem um processo comunicacional do porte do objeto deste estudo.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4

OBJETIVOS ........................................................................................................................... 7

• Objetivo geral .............................................................................................................. 7

• Objetivos específicos .................................................................................................. 7

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................................... 8

HIPÓTESES/PRESSUPOSTOS ........................................................................................... 13

HORIZONTE METODOLÓGICO ...................................................................................... 14

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES .................................................................................. 18

ORÇAMENTO ..................................................................................................................... 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 20

ANEXOS:

Modelo de entrevistas ........................................................................................................... 22

Modelo de questionários ....................................................................................................... 25

Fotos ..................................................................................................................................... 26

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INTRODUÇÃO

O processo de mediação realizado pelos profissionais de comunicação, entre as comunidades

circunvizinhas e as organizações envolvidas na instalação do Complexo Turístico Costa do

Sauípe, com a intenção de legitimar o empreendimento, é para nós estudantes e profissionais de

comunicação um tema de grande relevância.

O percurso que nos levou ao delineamento do problema de pesquisa foi traçado através de

uma revisão bibliográfica inicial desenvolvida ao longo do primeiro trimestre, de sugestões e

indicações de professores-orientadores, e do interesse despertado através do contato com

profissionais que trabalharam na implantação do complexo turístico.

A compatibilização deste objeto com a proposta de interdisciplinaridade foi amplamente

discutida não só pelos membros da equipe que realizam o trabalho, como também pelos

professores das disciplinas envolvidas, que indicaram três âmbitos conceituais básicos para o

desenvolvimento do projeto: a inter-relação dos aspectos técnicos e teóricos das Relações

Públicas com a atividade turística, buscando situar possibilidades de ações conjuntas; a analise

da importância da comunicação na contemporaneidade, relacionando-a com o turismo; a analise

da noção de responsabilidade social nas estratégias de comunicação organizacional utilizadas no

setor turístico. O fato de estar em consonância com a proposta de interdisciplinaridade e

possibilitar a abordagem tanto dos objetivos gerais, como dos objetivos específicos de cada

disciplina estudada neste semestre, que será demonstrado no desenvolvimento deste projeto, foi

sem dúvida, o principal aspecto motivador para a escolha do nosso objeto de pesquisa.

Além de todas essas questões, buscamos delimitar o nosso problema de pesquisa, a algo que

tivesse relevância social, contribuísse para o desenvolvimento humano e que nos permitisse a

percepção dos aspectos teóricos requeridos para o desenvolvimento de problematizações dentro

do tema proposto.

Outro fator motivador na escolha do objeto de pesquisa em questão é a grande visibilidade

que tem um projeto de intervenção desse porte no turismo local que, com menos de três anos de

existência, já está relacionado entre os mais importantes destinos turísticos internacionais,

indicados pelas agências de viagens em todo o mundo.

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O complexo turístico de Costa do Sauípe, como já foi dito, teve a sua primeira fase de

implantação concluída a pouco mais de dois anos. Trata-se de um objeto ainda pouquíssimo

explorado, que, no entanto, é incontestavelmente de interesse público, pois este empreendimento

guarda no seu âmago, antagônicas e polêmicas faces. Com a mesma intensidade que nos revela

todas as possibilidades de ser algo extremamente positivo, também gera uma grande

preocupação com a possibilidade de uma possível falta de comunicação das organizações

envolvidas no complexo com as comunidades circunvizinhas e as conseqüências que esta

ausência de diálogo pode trazer diante do choque cultural promovido por esse convívio.

Estudos realizados através de uma revisão bibliográfica preliminar, indicam que o

empreendimento turístico acabou por influenciar não só os hábitos e costumes locais (a sua

cultura), como também o modo de sustentabilidade dos indivíduos e da sua família. A maior

parte da população não tinha emprego regular e se ocupava de atividades informais, como por

exemplo as culturas de sub-existência: mandioca, milho, quiabo, feijão dentre outras, alternando

com pesca, cata de mariscos, artesanato, prestação de serviços, coleta de frutas, barracas de praia

nos distritos vizinhos, etc. Hoje, ao lado dessas atividades, surgem outras relacionadas à

construção civil e aos serviços de apoio ao turismo.

As informações iniciais que temos sobre o nosso objeto de pesquisa nos remetem a uma

investigação mais profunda de todos os aspectos comunicacionais envolvidos na implantação do

complexo. Saber como de fato se deu esse contato de indivíduos com culturas tão diferenciadas,

como se procedeu o processo de emissão, recepção e interpretação de signos com códigos tão

diferentes, como foi feita essa troca de símbolos e de que forma foram transmitidas e

recepcionadas as mensagens, para constatarmos se por conta das expectativas criadas em torno

deste grande empreendimento, o mito do poder transformador do progresso foi determinante

nesta relação, pois segundo a jornalista e professora Thareja Fernandes (1998):

É compreensível, que a fim de entender os processos de criação simbólica – já que esses nem sempre são conscientes e racionais – o homem contemporâneo faça uso de significantes que lhes são, a um só tempo, próximos e distantes, modificando-lhes o significado.

O porte do empreendimento e a fragilidade econômica das comunidades envolvidas

estabelecem um grande espaço para atuação da sociedade civil organizada no sentido de garantir

posicionamentos éticos e morais no processo de mediação. De acordo com o Relações Públicas

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Henrique Wendhausen (2003, p.41), que desenvolveu sua tese de mestrado sobre processos

comunicacionais no terceiro setor:

As organizações sociais surgem a partir de pessoas que se unem em torno de objetivos comuns para articular, mobilizar recursos e desenvolver ações coletivas de interesse público para e com a sociedade.

Neste aspecto seria relevante pesquisar se houve participações de ONG’s ambientalistas e

humanitárias acompanhando o processo de mediação público-organização, não só cumprindo as

funções intrínsecas de fiscalizar e denunciar possíveis posturas antiéticas, garantindo a boa

qualidade da relação na comunicação das organizações envolvidas com as comunidades, como

desenvolvendo ações para o fortalecimento da interação das comunidades com o complexo

através de projetos de capacitação de mão-de-obra, por exemplo.

Ao conhecer os processos comunicacionais utilizados e as possíveis técnicas de Relações

Públicas aplicadas pelos profissionais de comunicação nesta mediação público-organização,

poderemos vislumbrar, através de um exemplo prático, como um profissional da área se insere

no contexto estratégico organizacional das instituições, além de adquirir uma melhor percepção

dos instrumentos, utilizados em experiências empíricas vivenciadas pelos profissionais

envolvidos no universo pesquisado.

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OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Desenvolver um estudo acerca do processo de mediação realizados pelos profissionais de

comunicação entre as comunidades circunvizinhas e as organizações envolvidas na implantação

do Complexo Turístico Costa do Sauípe, buscando investigar possibilidades de desempenho de

papéis do profissional de Relações Públicas neste processo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Inter-relacionar aspectos técnicos e teóricos das Relações Públicas com a atividade

turística, buscando situar possibilidades de ações conjuntas;

• Analisar a importância da comunicação na contemporaneidade, relacionando-a com o

turismo;

• Analisar a noção de responsabilidade social nas estratégias de comunicação

organizacional utilizadas por um empreendimento turístico de grande porte.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para podermos situar melhor a nossa proposta de estudo será necessário discutirmos os

principais conceitos e noções que serão utilizados dentro de alguns âmbitos conceituais pré-

estabelecidos para a sua elaboração. Os aspectos técnicos e teóricos das RR.PP.; a importância

da comunicação na contemporaneidade; e a noção de responsabilidade social nas estratégias de

comunicação organizacional, são os âmbitos conceituais que nortearão a concepção deste

trabalho e que passaremos a abordar a partir de agora.

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE

Um mega projeto como o do Complexo Turístico de Costa do Sauípe traz na sua estrutura a

“cultura mundializada”, representada pelos seus signos específicos e característicos da pós-

modernidade, através dos objetos “desterritorializados” e da construção de uma percepção de

“não-lugar”, que autor Renato Ortiz (2000, p.105) observa da seguinte forma:

Os hotéis internacionais parecem constituir uma espécie de “não-lugares”, locais anônimos, serializados, capazes de acolher qualquer transeunte, independentemente de sua idiossincrasia. (...) o movimento da mundialização percorre dois caminhos. O primeiro é o da desterritorialização, constituindo um tipo de espaço abstrato, racional, des-localizado. Porém, enquanto pura abstração, o espaço, categoria social por excelência, não pode existir. Para isso, ele deve se “localizar”, preenchendo o vazio de sua existência com a presença de objetos mundializados. O mundo, na sua abstração, torna-se assim reconhecível.

São vários povos num só ambiente, que necessitam transitar em um lugar onde possam criar

referências com o seu mundo. No complexo existem resorts que são “não-lugares”, ou seja, tem

ambientes exatamente iguais a outros instalados em vários países do mundo, com objetos que se

identificam com pessoas de idiossincrasias das mais diversas. O turista que fica numa suite de

um resort em Sauípe, na Jamaica ou no Caribe não sente nenhuma diferença, mesmo se tratando

de lugares com características socioculturais tão diferentes, pois os lugares que transitam são

criados no contexto da “cultura internacional popular”, com objetos mundializados, que fazem

parte de uma “memória coletiva”.

(...) temos a tendência em detectar a mundialização por meio dos seus sinais exteriores. McDonald’s, Coca-Cola, calças jeans, televisores e toca-discos são sua expressão. Nos pontos mais distantes, Nova York, Paris, Zona Franca de Manaus, na Ásia ou América Latina nos deparamos com

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nomes conhecidos – Sony, Ford, Phillips, Renault. (...) a mundialização não se sustenta apenas no avanço tecnológico. Há um universo habitado por objetos compartilhados em grande escala. São eles que constituem nossa paisagem, mobiliando nosso meio-ambiente. (ORTIZ, 2000, p.107).

Neste sentido, entende-se por “memória coletiva” os sinais exteriores, estéticos e visuais que

pessoas de diferentes lugares do mundo compartilham no seu dia-a-dia. Esses conceitos de Ortiz

encaixam-se perfeitamente naquilo que buscamos trabalhar nos âmbitos teóricos deste projeto,

pois o Complexo Turístico Costa do Sauípe foi criado com toda a infra-estrutura necessária para

que os visitantes não precisem sair dele para nada, tem SPA completo com piscina, sauna e

fitness center, restaurantes especializados em culinária internacional, centro de convenções e

eventos, salões de festas, etc. Com isso, muitos turistas têm vindo à Bahia, sem, sequer, ter

conhecido a sua capital Salvador e os municípios vizinhos ao complexo, não tendo acesso assim,

a cultura local, tão rica e diversa.

As comunidades nativas produzem um artesanato originário da herança dos índios

Tupinambás, o mais conhecido e comercializado é o artesanato do trançado da piaçava, que

representava para várias pessoas da comunidade, o sustento das suas famílias, responsável

sobretudo pela ocupação de mulheres e crianças do local. Essas artesãs são chamadas de

tranceiras, que desenvolvem o artesanato a partir da coleta e beneficiamento da palha da piaçava,

palmácea abundante em toda a região. As peças são costuradas com linho de licuri, outra

palmácea local (BAHIA ANÁLISE & DADOS, 2002).

Para dar conta das demandas criadas pela nova realidade trazida pelo complexo, segundo as

fontes preliminares estudadas, se percebe um afastamento dos indivíduos das suas raízes, já se

nota nos nativos, características da “apatia”, ou seja, estão perdendo o interesse pela sua cultura.

(...) numa dada situação de crise os membros de uma cultura abandonam a crença nas mesmas e, consequentemente, perdem a motivação que os mantém unidos e vivos (LARAIA, 1986, p.77).

A nossa proposta de estudo visa investigar se houve diálogo do complexo com a

comunidade neste sentido, se houve alguma tentativa de comunicação com o intuito do

aproveitamento da mão-de-obra para aprimoramento da produção do artesanato local,

valorizando o povo nativo e contribuindo para o seu crescimento enquanto cidadãos. A

importância desta interação entre as organizações que fazem parte do complexo hoteleiro e as

comunidades é muito grande, pois é exatamente essa comunicação, esse diálogo e a propagação

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dessas ações que permitem as pessoas a possibilidade de análise do cumprimento dos

compromissos assumidos com a sociedade. As organizações no mundo atual que não tem

compromisso com a ética, com a verdade e os demais conceitos morais que norteiam a vida da

maioria das pessoas, não conseguem mais se estabelecerem, e, é necessário que o profissional de

comunicação – que faz essa mediação - tenha consciência da sua responsabilidade social e faça o

seu papel com dignidade.

A NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ESTRATÉGIAS DE

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Pretendemos investigar se a noção de responsabilidade social foi e está sendo valorizada

nesta mediação realizada pelos profissionais de comunicação, através de projetos que, envolvam

as comunidades e que estejam indo além das condicionantes impostas pelos organismos públicos

para a execução de um projeto de intervenção deste porte, pois entende-se por responsabilidade

social, aquilo que a organização realiza em ações de interesse público que vá além do que é

obrigatório legalmente para o seu funcionamento.

João Alberto Ianhez (1997, p.159-160) analisa que,

No futuro, mais próximo do que podemos imaginar, as organizações não serão medidas apenas suas performances em vendas, lucros e produtividade, mas sim pelas suas contribuições à sociedade, pelos compromissos que têm com o bem comum.

Neste sentido, Ianhez compreende contribuições à sociedade e compromisso com o bem

comum como, ações sociais que influam na qualidade de vida da comunidade, relação com os

funcionários, defesa de valores e princípios éticos.

Portanto, os administradores serão julgados com base em sua consciência social, comportamento ético, justiça e preservação, nas suas organizações, dos valores maiores da humanidade.

E, acrescenta que, Estamos passando da era do produto para a era da responsabilidade social das organizações, da mudança de uma visão que privilegia o produto para uma visão que valoriza o social, o institucional.

É importante também, investigar se houve algum programa educacional, que orientasse a

população nativa, na comunicação com os turistas visitantes, já que esse convívio seria

inevitável, com tantas nuances comunicacionais e culturais envolvidas, numa ação de

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compatibilização das estratégias comerciais e comunicacionais com a noção de responsabilidade

social. É necessário haver um diálogo entre público e organização para que se perceba a

intencionalidade da organização com relação a responsabilidade social e a nossa investigação

visa exatamente isso, saber se esse diálogo existiu e existe, e quais as proporções desta

comunicação entre públicos e organizações em Costa do Sauípe.

Pesquisar se a noção de responsabilidade social foi valorizada e, se são compatíveis com as

estratégias de comunicação praticadas pelas organizações envolvidas, principalmente a realizada

através da publicidade institucional, que faz questão de frisar em todos os instrumentos, tais

como, panfletos, folders, Web site, etc. o envolvimento e a valorização destas noções pelo

empreendimento Costa do Sauípe. Nestes materiais publicitários, as organizações afirmam ter

projetos em execução, para gerar empregos e agregar valores aos produtos e serviços

desenvolvidos pela mão-de-obra local, a fim de proporcionarem melhoria na qualidade da

produção artesanal, na agricultura de subsistência, nos serviços, na construção civil e jardinagem

e contam para isso com o apoio do Sebrae e do Instituto Souza Cruz. É importante saber

aproveitar a cultura local, qualificar, valorizar e incentivar as pessoas - já que segundo Kotler at

al. (1994, p.221):

(...) uma grande tendência na revitalização de um local é o desenvolvimento de uma herança, a tarefa de preservar a história dos lugares, seus edifícios, sua gente e seus costumes, o maquinário e outros artefatos que retratam a história do lugar.

Além da preocupação com o aproveitamento da cultura local, há uma forte tendência do

complexo em investir no Ecoturismo, por toda abundante riqueza natural que a localidade

proporciona e pelo aumento da demanda deste tipo específico de turismo em todo o mundo.

Apenas o sistema de parques nacionais dos Estados Unidos, considerado como a maior rede de atração turística natural do mundo, recebeu mais de 270 milhões de visitantes em 1989. Já os parques estaduais atraíram mais de 500 milhões (BRASIL, 1994, p.13).

Contudo, a especialista em Ecoturismo, Leida Oliveira (1999, P.40) avalia:

Dada a importância do Ecoturismo para os destinos turísticos com potencial natural e cultural, vale ressaltar, os principais impactos advindos desta atividade [o Ecoturismo]: Culturais - mudança do modo de vida com a introdução de novos valores e perda da identidade da população local; Sociais: - delinqüência, prostituição e risco de saúde, dentre outros; Psicológicos - euforia e xenofobia. Num primeiro momento a comunidade dos núcleos receptores mostram-se receptivas aos visitantes, depois passam

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a até mesmo, repudiá-los por diversos motivos, como os citados nos itens anteriores.

Neste sentido é necessário que seja investigada se há por parte das organizações envolvidas

no complexo, um compromisso em buscar a integração através de um amplo programa de

Relações Públicas que venha englobar todas essas questões, levando os grupos não aos pontos de

interesse comum, mas ao ponto de interseção dos interesses. As relações humanas devem ser

encaradas como uma “guerra sem vencedores”, onde o triunfo tem que ser sempre do diálogo e

da cooperação mútua.

ASPECTOS TÉCNICOS E TEÓRICOS DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

Visamos através deste estudo investigar se no processo comunicacional realizado na

implantação do Complexo Turístico Costa do Sauípe foram utilizadas técnicas de comunicação,

sobretudo de Relações Publicas e se foram corretamente utilizadas, com aplicações de autênticos

instrumentos “mistos” de RR.PP., que estabelecem a “via de mão dupla”, que segundo Porto

Simões (1995, p.87), um dos principais teóricos de RR.PP. no Brasil:

É um sistema que permite a fluência de informações nos dois sentidos, tanto de ida como de volta. A existência desse canal conduziria de modo continuo e desimpedido, a palavra dos públicos para junto do poder de decisão e deste para os públicos.

Nesse aspecto seria relevante também saber como foram resolvidos possíveis conflitos,

eminente do sistema social, no processo de mediação dos profissionais de comunicação, com o

uso da informação, elemento que gera, evita e resolve conflitos.

Pesquisar como se deu esse processo entre organização (grupos empresariais que compõem

o complexo) e públicos (comunidades nativas), saber se foram contratados profissionais de

RR.PP. para desenvolver programas utilizando técnicas adequadas de comunicação que

servissem de ponte entre os públicos internos e externos intervindo harmoniosamente no

processo, pois “a organização não pode prescindir do interesse de conhecer o problema de todos

os públicos e tentar ajuda-los” (Fortes, 2003, p.95).

É relevante levantar se as empresas envolvidas realizaram pesquisas de expectativa com os

públicos externos, já que de certa forma, iriam influenciar no funcionamento da organização,

pois muito mais importante que saber da opinião que as comunidades poderiam ter a respeito da

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implantação do empreendimento, seria procurar pesquisar estes públicos para saber o que

esperavam do complexo, quais eram as suas expectativas sobre o projeto, para que assim,

pudessem ser evitados conflitos posteriores, já que, segundo Simões (1995), esses conflitos se

estruturam pelo distanciamento formado entre o que é proposto e o que é de fato realizado. A

necessidade dessas informações se deve a importância da comunicação no mundo

contemporâneo.

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HIPÓTESES/PRESSUPOSTOS

Os dados levantados através de uma revisão bibliográfica preliminar, nos mostram a

necessidade de trabalharmos com as hipóteses/pressupostos de que:

• Não houve inicialmente uma mediação dos profissionais de comunicação que revelasse

às comunidades nativas o comprometimento das organizações empreendedoras com os

aspectos sócio-culturais das comunidades circunvizinhas, não obstante o fato de que

aparentemente todas as condicionantes arbitradas pelos organismos públicos para

implantação do projeto terem sido atendidas dentro de critérios rigorosos.

• Dos aspectos sociais, os relacionados ao meio ambiente tiveram a prioridade dos

departamentos de comunicação das organizações envolvidas no projeto. Foi realizado

uma grande campanha de divulgação do processo de salvamento da fauna e da flora, onde

afirmam que foram catalogadas e salvas 35 mil plantas e 2,8 mil animais. Além disso, há

campanhas sobre implementação de cursos de educação ambiental e muitas outras ações

concretas foram adotadas para a propagação do trabalho desenvolvido de controle do

impacto ambiental.

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HORIZONTE METODOLÓGICO

O Complexo Turístico Costa do Sauípe é um empreendimento que custou US$ 200 milhões

de dólares na sua primeira fase de construção. Engloba cinco hotéis e seis pousadas, com um

total de 1.650 quartos em uma área de 1.750 hectares. Projeta para sua fase final mais de 26.000

quartos. A construção do Complexo Turístico de Sauípe influenciou direta ou indiretamente a

vida de milhares de pessoas das comunidades circunvizinhas. Na região existem duas

comunidades nativas, Porto Sauípe, município de Entre Rios, e Vila Sauípe, em Mata de São

João. Só a comunidade Vila Sauípe, que era uma pacata e tranqüila vila de pescadores, com seus

códigos e sistemas de signos bem característicos e específicos, tem cerca de 360 residências e

1600 moradores, com a sua linguagem própria, seus costumes, que tiveram a sua rotina

transformada por um grandioso projeto de um complexo turístico, que iria posteriormente ser

reconhecido e respeitado internacionalmente.

O processo comunicacional, objeto deste estudo, congrega de um lado um mega projeto do

setor turístico local, que mobilizou um considerável volume de investimentos internacionais e,

consequentemente, uma série de interesses comerciais que devem ser considerados e, do outro

lado, comunidades carentes, desprovidas economicamente, sem acesso a educação formal, mas

com uma carga cultural muito rica e diversificada, tanto nos aspectos sociais (crenças, costumes,

etc.), quanto nos materiais (artesanato, culinária, etc.).

Nesse sentido, o nosso estudo se processará através de instrumentos e mecanismos

metodológicos privativos de Relações Públicas em pesquisa qualitativa. Destacar-se-á os setores

de comunicação das organizações, as assessorias de imprensa, assessorias de comunicação, etc.,

e os representantes das comunidades envolvidas, lideres de associações, professores, etc.,

particularizando as ONG’s humanitárias e ambientalistas.

Apesar da aplicação de questionários não ser comum em pesquisas qualitativas, para uma

melhor percepção das expectativas e perspectivas da população das comunidades estudadas,

aplicaremos questionários semi-abertos. Visamos estabelecer a força das comunidades nesta

relação com o complexo, observando que,

As relações de poder não se encontram em posição de exterioridade com respeito a outros tipos de relações (processos econômicos, relações de conhecimentos, relações sexuais), mas lhe são imanentes; (...) as relações

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de poder não estão em posição de superestrutura com o simples papel de proibição e de recondução (FOUCAULT, 1993, p.90).

Foucault propõe ainda:

Que o poder vem de baixo, isso é, não há, no princípio das relações de poder, e como matriz geral, uma oposição binária e global entre os dominadores e dominados, dualidade que repercuta de alto a baixo e sobre grupos cada vez mais restritos até as profundezas do corpo social.

Neste sentido,

Deve-se, ao contrário, supor que as correlações de forças múltiplas que se formam e atuam nos aparelhos de produção, nas famílias, nos grupos restritos e instituições, servem de suporte e amplos efeitos de clivagem que atravessam o conjunto do corpo social.

Por todas essas noções e conceitos apresentados, atuaremos não só com os métodos

observacionais e aplicação de entrevistas abertas - tanto no Complexo Turístico Costa do Sauípe,

quanto nas duas comunidades nativas, Porto Sauípe, município de Entre Rios, e Vila Sauípe, em

Mata de São João - como também, com questionários semi-abertos para população.

A coleta dos dados necessários à análise e interpretação da realidade pesquisada, se

processará através de técnicas de pesquisa qualitativa. Neste sentido, durante o seu

desenvolvimento, serão cumpridas as seguintes etapas:

a) Primeira etapa:

• contato com o corpo administrativo, superintendentes, diretores, gerentes e

funcionários, explicando as necessidades da pesquisa e pedindo apoio para

viabilizar a sua realização;

• reconhecimento das estruturas administrativas e físicas dos departamentos de

comunicação das organizações envolvidas;

• reconhecimento das comunidades envolvidas e identificação dos líderes de

opinião destas comunidades;

• observação direta da aplicação das estratégias comunicacionais pelos

profissionais de comunicação contratados pelo complexo hoteleiro, para

identificar e analisar o uso dos instrumentos e a significação deles para os seus

sujeitos;

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• observação direta da vida cotidiana das comunidades para analisar como recebem

e como interpretam as informações advindas do complexo;

• reconhecimento das atividades relacionadas com a comunicação desenvolvidas

pelas organizações do complexo;

• registros dos dados colhidos em um pré-relatório de reconhecimento.

A fase de reconhecimento será realizada através de observação de campo, com registros

escritos, gravações em K-7 e VHS. As fitas K-7 serão transcritas para um pré-relatório e as

imagens gravadas em VHS, arquivadas para consulta posterior.

b) Segunda etapa:

• pesquisa documental;

• histórico das comunidades;

• histórico das organizações que fazem parte do complexo hoteleiro;

• plantas e imagens das comunidades e do complexo;

• hábitos e costumes das comunidades anteriormente a implantação do complexo;

• organograma dos departamentos de comunicação das organizações que fazem

parte do complexo;

• consulta à legislação em vigor, pertinente ao assunto, junto a órgãos

governamentais nas esferas municipais, estaduais e federais.

c) Terceira etapa:

• pesquisa empírica, através de técnicas privativas de RR.PP., entrevistas semi-

estruturadas e aplicação de questionários;

• entrevistas semi-estruturadas com os diretores de comunicação das organizações;

• entrevistas semi-estruturadas com líderes comunitários;

• entrevistas semi-estruturadas com profissionais de comunicação das organizações;

• entrevistas semi-estruturadas com membros de destaque das comunidades;

• distribuição de questionários para 20% da população das comunidades

envolvidas;

Para todas as entrevistas, será necessário um contato inicial e um pedido de permissão

dirigido ao entrevistado, para que conceda a entrevista. Nas pesquisas com membros de destaque

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das comunidades serão considerados os critérios de popularidade e liderança dentro das

comunidades. A nossa pesquisa será do tipo qualitativa, mas entendemos que para melhor

avaliarmos o nível de interação da comunidade com o complexo, se faz necessário, a aplicação

de questionários a uma parcela da população. Como sabemos que uma boa parte da população

das comunidades estudadas são analfabetas, faremos a distribuição dos questionários em

estabelecimentos comerciais, de grande circulação pública e com maiores possibilidades de

alcance das pessoas alfabetizadas, aptas ao preenchimento do mesmo.

d) Quarta etapa:

• compilação dos dados coletados;

• análise, interpretação e sistematização dos dados produzidos;

• comparativo com as hipóteses/pressupostos testados;

e) Quinta etapa:

• redação de relatório dos resultados;

• conclusão e revisão final do texto do relatório;

• realização de reunião para entrega do relatório contendo a conclusão final;

• proposta de intervenção através de um programa de comunicação integrada para

as organizações envolvidas no complexo turístico.

O universo pesquisado será de 100% dos profissionais de comunicação envolvidos com o

complexo, 100% dos líderes comunitários, em torno de 50% dos líderes de opinião das

comunidades e 20% da população das comunidades circunvizinhas do Complexo Turístico Costa

do Sauípe.

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CRONOGRAMA DE TRABALHO

ATIVIDADES PERÍODO

Revisão bibliográfica Março de 2003 a maio de 2004

Reconhecimento dos locais onde serão realizadas as coletas de dados. Observação direta com registro escrito, em áudio e vídeo.

Julho a novembro de 2003

Pesquisa documental. Agosto de 2003 a janeiro de 2004

Pesquisa empírica através de entrevistas e questionários. Outubro de 2003 a março de 2004

Compilação dos dados coletados, análise, interpretação e sistematização dos dados produzidos com produção de relatório.

Dezembro de 2003 a maio de 2004

Revisão final e apresentação dos resultados. Junho a Agosto de 2004

Elaboração da proposta de intervenção do programa de comunicação integrada para as organizações do complexo hoteleiro.

Julho a Setembro de 2004

O período de 18 meses se refere a todas as etapas do projeto de pesquisa, desde a revisão

bibliográfica preliminar para o delineamento do problema de pesquisa, até a elaboração da

proposta de intervenção baseada nos resultados e conclusões finais da pesquisa realizada.

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ORÇAMENTO

DESCRIÇÃO DOS RECURSOS

(HUMANOS/MATERIAIS) QUANT. VALOR

INDIVIDUAL VALOR

TOTAL EM R$ Bolsistas para execução da pesquisa (durante 12 meses) 2 300,00/mês X 12

meses = 3.600,00 7.200,00

Consultoria de um profissional para orientação do processo de pesquisa (4 horas/semanais durante um ano)

1 50,00/hora X 4 X 50 semanas = 10.000,00

10.000,00

Auxiliares técnicos para desempenho das funções organizacionais e administrativas (durante 12 meses)

2 100,00/mês X 12 meses = 1.200,00 2.400,00

Computador + Impressora 1 1.800,00 1.800,00

Pacote de softwares para cadastramento, organização, compilação, tabulação e relatórios de dados coletados

1 800,00 800,00

Despesas com transporte e estadia para deslocamento e hospedagem dos pesquisadores ao campo (despesa/km e estadia)

1

5.000 km (20 deslocamentos) = 1.200,00 (0,24/km) + 80 diárias = 2.400,00 (30,00/diária) = 3.600,00

3.600,00

Material de expediente (papel, cartuchos de impressora, canetas, grampos, pastas, envelopes, etc.)

1

Caixa com 10 pacotes de papel A4, 4 pares de cartuchos de impressoras, pastas, envelopes, outros

600,00

Alimentação para os pesquisadores quando estiverem em campo 2 10,00/dia X 80 = 800,00

Outras despesas não previstas 1 1.000,00 1.000,00

Total 28.200,00

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL.Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo. Coordenação de

Silvio Magalhães Barros II e Denise Hamú M. de La Penha. – Brasília:

EMBRATUR, 1994. P.13.

FERNANDES, Thareja. O Mito Midiático – Um sobrevôo Teórico. Tese (Mestrado) – Faculdade

de Comunicação, Universidade Federal da Bahia. 1998.

FORTES, Waldyr Gutierrez. Relações Públicas – processo, funções, tecnologia e estratégias. 2.

ed. rev. ampl. São Paulo: Summus, 2003.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: Vontade de saber, tradução de Maria theresa da

Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque.12. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

IANHEZ, João Alberto. Relações Públicas na organizações. Obtendo resultados com relações

públicas. CUNSCH, Margarida. São Paulo: Pioneira, 1999.

LARAIA, Roque. Cultura um conceito antropológico. São Paulo: Summus, 1986.

KOTLER, Philip; HAIDER, Donald H.; REIN, Irving. Marketing Público. São Paulo: Makron

Books, 1994.

OLIVEIRA, Leida Baracat de. Ecoturismo nas restingas do Litoral Norte do Estado da Bahia:

uma abordagem do potencial biótico para o desenvolvimento de sistemas de trilhas

interpretativas. Monografia apresentada em julho de 1999. Faculdade de Turismo da Bahia.

Trabalho de conclusão do curso de especialização em ecologia e turismo.

ORTIZ, Renato. Uma Cultura Internacional Popular. In: Mundialização e Cultura. São Paulo:

Brasiliense, 2000.

SIMÕES, Roberto Porto. Relações Públicas: função política. 3. ed. rev. ampl. São Paulo:

Summus, 1995.

WENDHAUSEN, Henrique. Comunicação e Mediação das ONG´s – Uma leitura a partir do

canal comunitário de Porto Alegre. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

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ANEXO I

Modelo de entrevista - diretores de comunicação

1. Há na estrutura administrativa do Complexo Turístico Costa de Sauípe um departamento

de comunicação?

2. Há profissionais de RR.PP. na equipe?

3. Qual a posição que ocupa esses profissionais em relação ao centro do poder (decisão) da

organização?

4. No programa de comunicação desenvolvido no momento da implantação do Compelxo

Turístico Costa de Sauípe existiam instrumentos voltados às Relações Públicas?

5. Houve algum tipo de pesquisa ou auditoria social para detectar as expectativas da

população das comunidades circunvizinhas ao empreendimento?

6. Como avalia o desempenho dos profissionais de comunicação envolvidos no processo de

mediação entre comunidades e organizações do complexo?

7. Fale-me sobre a qualidade das relações entre a população das comunidades

circunvizinhas e os departamentos de comunicação das organizações do complexo.

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ANEXO II

Modelo de entrevista – líderes comunitários

1. Qual a expectativa que tinha antes da instalação do Complexo Turístico Costa de Sauípe?

2. E depois da implantação, como avalia a situação em relação a expectativa que tinha?

3. Qual a sua relação do departamento de comunicação do Complexo Turístico Costa de

Sauípe?

4. O contato que você tem com as organizações que fazem parte do complexo é através de

profissionais de comunicação?

5. Como avalia o acesso das comunidades (através dos seus líderes) aos setores que detém

poder de decisão no complexo?

6. Na implantação do Complexo Turístico Costa de Sauípe houve uma preocupação com o

estabelecimento de diálogo com as comunidades circunvizinhas?

7. Houve algum tipo de pesquisa ou auditoria social para detectar as expectativas da

população das comunidades circunvizinhas ao empreendimento?

8. Como avalia o desempenho dos profissionais de comunicação envolvidos no processo de

mediação entre comunidades e organizações do complexo?

9. Fale-me sobre a qualidade das relações entre a população das comunidades

circunvizinhas e os departamentos de comunicação das organizações do complexo.

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ANEXO III

Modelo de entrevista – profissionais de comunicação

1. Qual a sua função no departamento de comunicação do Complexo Turístico Costa de

Sauípe?

2. Qual a posição que ocupa em relação ao centro do poder (decisão) da organização?

3. Como avalia o acesso das comunidades (através dos seus líderes) aos setores que detém

poder de decisão no complexo?

4. No programa de comunicação desenvolvido no momento da implantação do Compelxo

Turístico Costa de Sauípe existiam instrumentos voltados às Relações Públicas?

5. Houve algum tipo de pesquisa ou auditoria social para detectar as expectativas da

população das comunidades circunvizinhas ao empreendimento?

6. Como avalia o desempenho dos profissionais de comunicação envolvidos no processo de

mediação entre comunidades e organizações do complexo?

7. Fale-me sobre a qualidade das relações entre a população das comunidades

circunvizinhas e os departamentos de comunicação das organizações do complexo.

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ANEXO IV

Questionário – população

1. Antes do Complexo Turístico Costa do Sauípe ser implantado, você achava que ele

mudaria a sua vida para melhor?

( ) sim

( ) não

( ) tinha esperança

2. Você já teve contato pessoal com algum profissional ligado ao complexo?

( ) sim

( ) não

3 Algum profissional do complexo visitou a sua casa para aplicar um questionário de

pesquisa procurando saber o que achava do projeto?

( ) sim

( ) não

4. Você ou algum membro da sua família trabalham no complexo?

( ) sim

( ) não

5. Fale o que acha do Complexo Turístico Costa do Sauípe

6. Fale o que acha da administração do Complexo Turístico Costa do Sauípe

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ANEXO V

Fotos

Foto1 – Comércio de Sauípe

Foto2 – Coqueiral

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Foto 3 – Lagoa de Sauípe

Foto 4 – Lavagem de Sauípe