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(48) 3431-5150 Edição Impressa Entre em Contato Twitter RSS Capa Economia Entretenimento Esporte Geral Política Segurança Colunistas Artigos Classificados Cidadão Segurança Polícia Civil pede atenção do Governo quarta | 19/10/2011 23:26:00 Talise Freitas Rodrigo Medeiros Textos: Fotos: Alertar a população sobre o descaso do Governo com a Segurança Pública. Este é o objetivo de uma coletiva de imprensa, promovida pelos policiais civis nesta quinta-feira, às 14h, na sede da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma. O chamado "Movimento Unificado" da classe já está atuante em forma de cartazes e camisetas. Agentes, escrivães e delegados de polícia já se vestem com os dizeres: "Descaso do Governo com a Polícia Civil de Santa Catarina e Salário da Polícia Civil: vergonha, um dos piores do país". Policiais de Araranguá, Criciúma e Tubarão participam do manifesto. Nas delegacias, cartazes informando que: "O policial que não morre de tiro o governador mata de fome", alardeiam a situação. E o problema, como afirma o delegado Márcio Campos Neves, é o povo que paga. "O país tem impostos altíssimos, a população de bem paga tudo corretamente e, quando precisa de um serviço público, é prejudicada. Estamos com um efetivo muito abaixo", complementa a autoridade policial que responde pela Delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de Criciúma. A delegacia especializada, por exemplo, não atende mais adolescentes infratores após às 19h, pela falta de agentes. Desistência por desmotivação Já o policial civil, que também faz parte da Diretoria Social da Associação de Policiais Civis da 6ª Região (Arpoc), Emanoel Tavares, reforça que a Polícia Civil está se comprometendo em informar à população o que ocorre dentro da instituição. "A questão ‘salário’, que atualmente é de R$ 781, falta de efetivo e desvalorização serão temas debatidos. Muita gente entra para a corporação, mas acaba desistindo, devido a esses fatores. Queremos mostrar o que isso reverte na Segurança Pública, como, por exemplo, o motivo pelo qual a polícia, muitas vezes, demora a elucidar um crime", caracteriza. Durante a tarde, ele e outro agente da Central de Plantão Policial tiveram que sair em diligências, abandonando o atendimento, por conta da falta de pessoal. "Uma escrivã teve que ficar no nosso lugar. A situação era mais grave e tivemos que dar prioridade para ocorrência", explica Tavares. O delegado Ulisses Gabriel revela que, há 13 anos, não há um reajuste salarial. "Polícia Militar, Receita Federal e Promotoria tiveram aumento de até 300% e a Polícia Civil está, há mais de dez anos, sem receber nenhum reajuste. Estamos fazendo o movimento para chamarmos atenção do Governo e, de forma alguma, queremos atrapalhar a população. Só precisamos que o Estado agilize a nossa situação", diz, acrescentando que, quando um policial tem que se afastar por problemas de saúde, por exemplo, não recebe as horas extras. Já outro policial declara: "Sabe quanto ganha aquele que investiga e elucida os crimes quando você é vítima? R$ 781,82. Este é o salário da Polícia Civil de Santa Catarina", ressalta. Em nota enviada pelo delegado Vitor Bianco Júnior, desde o início do ano de 2011, a Associação dos Delegados de Polícia Civil de Santa Catarina vem buscando tratar diretamente com o governador Raimundo Colombo, por meio de audiência, a situação envolvendo as questões de valorização da Polícia Civil de Santa Catarina, principalmente a remuneração. Pedido, até hoje, não foi atendido "Alheio ao Projeto de Emenda à Constituição, pretendíamos, também, que as classes policiais civis fossem remuneradas por meio de subsídios, já que os vencimentos básicos estão muito aquém do necessário para sobrevivência digna, o que demanda a realização de horas extras, que, inclusive, na Polícia Civil, estão limitadas a 40 horas mensais, mesmo que os trabalhos extraordinários ultrapassem tais horas, o que muitas vezes impede férias e licenças-prêmio ou para tratamento de saúde", revela. Ampliar Imagem Tamanho da Letra: Compartilhe: Page 1 of 2 Polícia Civil pede atenção do Governo - Segurança - Portal Clicatribuna 20/10/2011 http://www.clicatribuna.com/noticia/policia-civil-pede-atencao-do-governo-71097

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(48) 3431-5150 Edição Impressa Entre em Contato Twitter RSS

Capa Economia Entretenimento Esporte Geral Política Segurança Colunistas Artigos Classificados Cidadão

Segurança

Polícia Civil pede atenção do Governo

quarta | 19/10/2011 23:26:00 Talise Freitas Rodrigo Medeiros Textos: Fotos:

Alertar a população sobre o descaso do Governo com a Segurança

Pública. Este é o objetivo de uma coletiva de imprensa, promovida

pelos policiais civis nesta quinta-feira, às 14h, na sede da Divisão

de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma. O chamado

"Movimento Unificado" da classe já está atuante em forma de

cartazes e camisetas.

Agentes, escrivães e delegados de polícia já se vestem com os

dizeres: "Descaso do Governo com a Polícia Civil de Santa

Catarina e Salário da Polícia Civil: vergonha, um dos piores do

país". Policiais de Araranguá, Criciúma e Tubarão participam do

manifesto.

Nas delegacias, cartazes informando que: "O policial que não

morre de tiro o governador mata de fome", alardeiam a situação. E

o problema, como afirma o delegado Márcio Campos Neves, é o

povo que paga. "O país tem impostos altíssimos, a população de bem paga tudo corretamente e, quando precisa de um serviço

público, é prejudicada. Estamos com um efetivo muito abaixo", complementa a autoridade policial que responde pela Delegacia

de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de Criciúma. A delegacia especializada, por exemplo, não atende mais

adolescentes infratores após às 19h, pela falta de agentes.

Desistência por desmotivação

Já o policial civil, que também faz parte da Diretoria Social da Associação de Policiais Civis da 6ª Região (Arpoc), Emanoel

Tavares, reforça que a Polícia Civil está se comprometendo em informar à população o que ocorre dentro da instituição. "A

questão ‘salário’, que atualmente é de R$ 781, falta de efetivo e desvalorização serão temas debatidos. Muita gente entra para a

corporação, mas acaba desistindo, devido a esses fatores. Queremos mostrar o que isso reverte na Segurança Pública, como,

por exemplo, o motivo pelo qual a polícia, muitas vezes, demora a elucidar um crime", caracteriza.

Durante a tarde, ele e outro agente da Central de Plantão Policial tiveram que sair em diligências, abandonando o atendimento,

por conta da falta de pessoal. "Uma escrivã teve que ficar no nosso lugar. A situação era mais grave e tivemos que dar

prioridade para ocorrência", explica Tavares.

O delegado Ulisses Gabriel revela que, há 13 anos, não há um reajuste salarial. "Polícia Militar, Receita Federal e Promotoria

tiveram aumento de até 300% e a Polícia Civil está, há mais de dez anos, sem receber nenhum reajuste. Estamos fazendo o

movimento para chamarmos atenção do Governo e, de forma alguma, queremos atrapalhar a população. Só precisamos que o

Estado agilize a nossa situação", diz, acrescentando que, quando um policial tem que se afastar por problemas de saúde, por

exemplo, não recebe as horas extras. Já outro policial declara: "Sabe quanto ganha aquele que investiga e elucida os crimes

quando você é vítima? R$ 781,82. Este é o salário da Polícia Civil de Santa Catarina", ressalta.

Em nota enviada pelo delegado Vitor Bianco Júnior, desde o início do ano de 2011, a Associação dos Delegados de Polícia Civil

de Santa Catarina vem buscando tratar diretamente com o governador Raimundo Colombo, por meio de audiência, a situação

envolvendo as questões de valorização da Polícia Civil de Santa Catarina, principalmente a remuneração.

Pedido, até hoje, não foi atendido

"Alheio ao Projeto de Emenda à Constituição, pretendíamos, também, que as classes policiais civis fossem remuneradas por

meio de subsídios, já que os vencimentos básicos estão muito aquém do necessário para sobrevivência digna, o que demanda a

realização de horas extras, que, inclusive, na Polícia Civil, estão limitadas a 40 horas mensais, mesmo que os trabalhos

extraordinários ultrapassem tais horas, o que muitas vezes impede férias e licenças-prêmio ou para tratamento de saúde",

revela.

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De acordo com Vitor, Colombo afirmou que iria atender, em audiência, membros da Associação, porém ainda não foi agendada.

"Demonstrando o descaso do Governo do Estado de Santa Catarina com a classe Policial Civil. Assim, a Associação dos

Delegados de Polícia Civil de Santa Catarina, juntamente com representação das demais carreiras policiais civis, dará início ao

movimento de reivindicação de melhorias, que demonstrará o descaso do Governado para com parte da Segurança Pública, que

cuida da repressão do crime", conclui a autoridade policial.

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